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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS CIÊNCIAS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I
2017/Iº Semestre
SEMINÁRIO Nº 1

TEMA: MATERIAIS PÉTREO NATURAIS E ARTIFICIAIS. MATERIAS


PRIMAS. PROPRIEDADES. FORMAS DE FABRICAÇÃO.
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS.
SUBTEMA: FORMAS DE OBTENÇÃO. EXPLORAÇÃO E BENEFÍCIO. PRINCIPAIS JAZIDAS
DE PEDRAS NATURAIS QUE ABASTECEM A CONSTRUÇÃO EM LUANDA.

ELABORADO POR: GRUPO Nº 2


TURMA: ECV5-M1
DOCENTE: ANTÓNIA DORZAN NORMAN

ANO 2017
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIA CIÊNCIAS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

SUBTEMA: FORMAS DE OBTENÇÃO. EXPLORAÇÃO E BENEFÍCIO. PRINCIPAIS JAZIDAS


DE PEDRAS NATURAIS QUE ABASTECEM A CONSTRUÇÃO EM LUANDA.

ELABORADO POR GRUPO Nº 2


DHANA SILMARA DE OLIVEIRA VENÂNCIO- 20153155
GIL JONE MATEUS SOARES – 20151694
JANICE CARINA CHIPENDA KUTEKILA- 20151768
JEREMIAS ANTÓNIO BARNABÉ LIVULO- 20150039
JOFRE BASHIR BANJE FERNANDES- 20150374
ECV5-M1
DOCENTE: ANTÓNIA DORZAN NORMAN
RESUMO

O presente trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Materiais de


Construção I e tem como tema “Materiais pétreos, formas de obtenção,
exploração e benefício, principais jazidas de pedras naturais que
abastecem a construção em Luanda”. Tem como objetivos descrever os
modos de obtenção e exploração destes materiais em Angola.

Neste trabalho é descrito o conjunto de operações necessárias para a


transformação das pedras naturais aos tamanhos comerciais e o modo
de lhes conferir as características necessárias para a sua aplicação na
construção; as diferentes formas de extração e exploração das mesmas;
os possíveis riscos gerados pela exploração desses materiais, bem como,
as características das jazidas de Angola, sua localização, e as principais
rochas que abastecem as construções em Luanda.

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ÍNDICE

1. OBJECTIVOS. .............................................................................................. 1
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2
3. FORMAS DE OBTENÇÃO ............................................................................ 3
4. CARACTERIZAÇÃO DE PROCESSOS PRODUTIVOS .................................. 6
4.1. EXPLORAÇÃO. ....................................................................................... 6
4.1.1. HISTÓRICO DA EXPLORAÇÃO DE PEDRAS NATURAIS .................... 6
4.1.2. FASES DE EXPLORAÇÃO .................................................................... 7
4.1.3. EXPLORAÇÃO DE ROCHAS ORNAMENTAIS.................................... 7
4.1.4. PROCESSOS DE EXTRAÇÃO .............................................................. 7
4.1.5. TÉCNICAS DE DESMONTE .................................................................. 8
4.1.6. EXPLORAÇÃO DE ROCHAS INDUSRTIAIS ......................................... 9
4.2. TRANSFORMAÇÃO ................................................................................ 9
4.2.1. ROCHAS ORNAMENTAIS ................................................................. 10
4.2.2. ROCHAS INDUSTRIAIS....................................................................... 11
4.3. RISCOS DAS ACTIVIDADES DE EXPLORAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
11
5. CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS JAZIDAS ....................................... 13
5.1. PRINCIPAIS JAZIDAS DE PEDRAS NATURAIS QUE ABASTECEM A
CONSTRUÇÃO EM LUANDA .......................................................................... 16
6. CONCLUSÃO ........................................................................................... 17
7. BIBLIOGRAFIA. ......................................................................................... 18

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1. OBJECTIVOS.

 OBJECTIVOS GERAIS.
 Descrever os modos de obtenção das pedras naturais utilizadas
em Angola, estabelecendo as propriedades mais importantes.
 Reconhecer os produtos elaborados com estes materiais na
construção.

 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS.
 Conhecer a origem do material pétreo.
 Conhecer e compreender os processos envolvidos na
exploração e transformação das rochas.
 Idenfificar as principais jazidas de Angola, quais delas
abastecem a cidade de Luanda e que produtos provéem
delas.

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2. INTRODUÇÃO

Desde os tempos remotos que o homem já dispunha da necessidade do


uso das pedras para fazer armas e utensílios diversos, e a importância das
pedras foi tão grande para o homem primitivo, que marcou uma das
etapas na caminhada da sua evolução: a Idade da Pedra.

Pese embora o facto de a pedra ser um dos primeiros materiais a ser


utilizado pelo homem, tendo sido considerado como dos mais nobres, a
pedra é hoje dos materiais que mais necessita de aperfeiçoamentos
tecnológicos nos processos de extracção e transformação.

Em obras de construção civil e não só, muitas vezes depara-se com a


necessidade do uso dos materiais pétreos naturais ou artificiais, em
função do papel que eles venham a desempenhar na construção, tendo
em conta as propriedades que os mesmos apresentam. Eles são obtidos
de diferentes rochas, mais abaixo descritas, formadas por diversos
minerais que variam de rocha para rocha, o que faz com que cada
rocha apresente as suas características intrínsecas.

Sendo assim, existe a necessidade de conhecê-los de forma minuciosa,


visto que existe uma variedade deles.

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3. FORMAS DE OBTENÇÃO

A obtenção dos materiais é feita através de um conjunto de operações


que permitem a retirada de pedra natural da jazida e reduz a formas e
tamanhos compatíveis para o uso e aplicação em obras de engenharia.

Quanto a forma de obtenção, os materiais pétreos podem ser naturais


ou artificiais.

Naturais: são aqueles que são utilizados como se encontram na natureza,


extraídos geralmente de grandes formações rochosas através de
escavações a céu aberto, sofrendo apenas algumas transformações
físicas para o devido uso. Ex: cascalhos, pedregulhos, seixos rolados,
encontrados em leitos de rio e lagoas, etc.

Artificiais: são aqueles que necessitam de uma transformação física e


química do material natural para a sua utilização. Ex: escória, argila
expandida, argila calcinada, pó de pedra, rochas fragmentadas em
britadores.

De forma unificada, os materiais pétreos naturais e artificiais, podem ser


magmáticos, metamórficos ou sedimentares, isto é, de acordo com as
rochas que lhes deu origem.

Rocha pode ser definida como um corpo sólido natural, resultante de um


processo geológico determinado, formado por agregados de um ou
mais minerais arranjados segundo as condições de temperatura e
pressão existentes durante sua formação. Também, podem ser corpos de
material mineral não cristalino, como o vidro vulcânico (obsidiana) e
materiais sólidos orgânicos, como o carvão.

Os minerais formativos das rochas são compostos de silício, ferro, cálcio,


sódio, potássio e magnésio, combinados com oxigénio, apresentando-se
normalmente sob a forma cristalina.

Figura 1 - Composição em termos percentuais dos minerais que formam as rochas

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Os materiais magmáticos são aqueles que têm origem na lava vulcânica,


pertencendo a esta categoria os granitos, os pórfiros, etc.

Da solidificação do magma resultam as rochas magmáticas, que


também podem ser chamadas de ígneas ou eruptivas e a sua textura
depende do tamanho e da disposição dos minerais constituintes. As
rochas que resultam da consolidação em profundidade designam-se
plutónicas ou rochas magmáticas intrusivas (granito, sienito) e vulcânicas
ou rochas magmáticas extrusivas (basalto) se a consolidação se
processar à superfície. Estas rochas são normalmente isotrópicas e
homogéneas por resultarem de materiais fundidos.

Os materiais sedimentares são consequentes de depósitos compactados


por fortes pressões, e a estes pertencem os calcários, os arenitos, os
travertinos, etc.

As rochas sedimentares são formadas pela deposição de detritos


oriundos da desagregação de rochas pré-existentes ou pela
acumulação de substâncias orgânicas animais ou vegetais ou pela
precipitação química de sais dissolvidos nas águas dos rios, lagos e mares.
Devido ao seu processo de formação, as rochas sedimentares são
geralmente estratificadas. Estas rochas são anisotrópicas por possuírem
propriedades diferentes nas direcções paralela e perpendicular ao
respectivo estracto. As rochas sedimentares podem ainda classificar-se
em rochas sedimentares:
 Detríticas: são aquelas provenientes da desagregação de
rochas pré-existentes (arenitos);
 Químicas: são aquelas resultantes da precipitação de
substâncias que se encontram em dissolução (calcário);
 Orgânicas: são aquelas formadas pela acumulação de
restos animais e vegetais (turfa);
 Residuais: são aquelas resultantes de solos endurecidos por
precipitação de hidróxidos de Fe e Al ou outros compostos.

Os materiais metamórficos consequentes da transformação das rochas


magmáticas e sedimentares por temperaturas e pressões elevadas,
pertencendo a esta categoria os mármores.

As rochas metamórficas (meta+morfhos; meta=mudança, morfhos=


forma) resultam, como referido atrás, da transformação de qualquer tipo
de rocha, quando esta é sujeita a um ambiente onde as condições físicas
(pressão e temperatura) são muito diferentes daquelas onde a mesma se
formou.

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Rocha Original Rocha Metamórfica Resultante


Arenito Quartzito
Calcário Puro Mármore Branco
Calcário Dolomítico Mármore Verde
Granito Gneiss
Basalto Xistos verdes
Tabela 1: Relação rocha original e rocha metamórficas resultante.

As propriedades mecânicas das rochas metamórficas dependem do


nível de xistosidade (ausente, fraca ou forte), da composição
mineralógica e da textura que elas apresentarem, no entanto, pode
dizer-se que o seu comportamento mecânico se situa entre o das rochas
ígneas e o das rochas sedimentares: têm maior densidade e são mais
resistentes do que as rochas sedimentares que as originam e são menos
resistentes e mais deformáveis do que as rochas ígneas originais.

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4. CARACTERIZAÇÃO DE PROCESSOS PRODUTIVOS

A produção de rochas é caracterizada pela existência de duas sub-


actividades: a extracção e a transformação, das quais serão descritas a
seguir o modo de organização da produção e os riscos que elas
englobam.

4.1. EXPLORAÇÃO.

4.1.1. HISTÓRICO DA EXPLORAÇÃO DE PEDRAS NATURAIS

A exploração de rochas ornamentais data já da antiguidade. Iniciada


pelos Egípcios e continuada pelos Gregos, foi mais tarde retomada pelos
Romanos a partir do ano 200 A.C.

O desmonte de rochas para fins ornamentais não poupava o esforço do


homem e dos animais para que fossem erguidas as edificações
monumentais que caracterizaram aquelas épocas. A pedra assumia
então, um protagonismo importante ao nível da construção, pelo que
todos os sacrifícios eram permitidos em prol desta actividade.

Com o decorrer dos tempos começou a ser atribuído maior valor à vida
humana, tendo para isso contribuído as imposições económicas que, a
partir de determinada altura, começaram a imperar na indústria
extractiva, em geral, e na exploração de rochas ornamentais, em
particular, que conduziram, naturalmente, ao avanço científico e
tecnológico. Prova deste avanço foi o emprego de pólvora negra para
desmonte no processo de extracção de mármore a partir do século XIX.

Esta nova técnica veio aumentar os níveis de produção, embora tenha


também contribuído para a deterioração de determinadas jazidas,
graças à fracturação induzida pela acção do explosivo no maciço. Do
material desmontado com recurso àquela técnica, só uma pequena
parte pode ser aproveitada comercialmente pelo facto da estrutura
cristalina do mármore não suportar as ondas da explosão. Com a
situação existente havia que pensar numa nova solução de desmonte
que minimizasse a perda de material e que aumentasse a produtividade.

De encontro a esta ideia, foi desenvolvido em 1854 o fio helicoidal, pelo


francês Eugène Chevalier, na forma curiosa de uma máquina para serrar
a pedra.

O fio helicoidal começou a perder o prestígio que detinha com o


aparecimento, em 1978, da máquina de fio diamantado que, com os
melhoramentos sucessivos, se tornou num equipamento de corte de
mármore em todas as direcções (cortes verticais, horizontais e inclinados)
com excelentes rendimentos.
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4.1.2. FASES DE EXPLORAÇÃO

Podem considerar-se as seguintes fases de vida de uma exploração:


pesquisa, operacional, suspensão de lavra, abandono e recuperação
paisagística.

A fase de prospecção e pesquisa pode ser efectuada por verificação


directa ou através de sondagens por amostragem e perfuração. No
primeiro caso é necessário proceder à retirada de vegetação, solo de
cobertura e desmonte de alguma rocha causando impactes ambientais
na topografia, flora e fauna. Quando se recorre a sondagens há uma
minimização dos impactes porque se efectua apenas uma remoção
localizada de solo e se facilita a recuperação no caso de não se dar
continuidade à exploração. Neste caso é também possível uma melhor
planificação da exploração e gestão das reservas.

Na fase de suspensão encontram-se as pedreiras onde houve


interrupção da exploração mas existe ainda a hipótese de retoma da
actividade.

A fase de abandono corresponde à desactivação da actividade finda a


qual o explorador deverá proceder às medidas de segurança e
recuperação paisagística.

A maior parte das pedreiras encontra-se na fase operacional, que será


descrita a seguir.

4.1.3. EXPLORAÇÃO DE ROCHAS ORNAMENTAIS


Os processos de extracção das pedras naturais das respectivas
formações geológicas (pedreiras) variam de acordo com as condições
topográficas, a posição e profundidade do terreno, a qualidade da
pedra, o tipo de manufactura da pedra e sua utilização.

As operações principais para extracção de blocos primários nas


explorações de rochas ornamentais são:
 Furação
 Corte
 Derrube
 Esquartejamento
 Extracção
 Acabamento

4.1.4. PROCESSOS DE EXTRAÇÃO


O processo inicia-se com a destapação que consiste na remoção da
vegetação e solo que cobre o maciço rochoso, cuja espessura é por
vezes considerável. Esta operação é efectuada com pás carregadoras,
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escavadoras e manualmente. Segue-se a remoção dos cabeços. Esta


operação pode ser realizada por deflagração com explosivos no caso
do material estar fracturado ou a qualidade da rocha não justificar uma
extracção mais cuidada. Quando a rocha é de melhor qualidade
destacam-se os cabeços através de operações de perfuração e
serragem com fio diamantado.

Inicia-se seguidamente o abaixamento de pisos, usado para o desmonte


em profundidade, que pode ser efectuado com o fio diamantado. A
abertura de canais consiste na execução de um rasgo na frente de
desmonte com a forma trapezoidal, seguindo-se a individualização das
talhadas. Nesta fase empregam-se máquinas perfuradoras, máquinas de
fio diamantado, pás carregadoras e gruas. Após o abaixamento de piso
e a abertura de canais, tem-se o fundo da pedreira com várias frentes
de desmonte em bancada. Procede-se à separação dessas bancadas
do resto do maciço. As máquinas perfuradoras executam os furos por
onde passa o fio diamantado que efectua o corte.

Após cada talhada estar individualizada procede-se ao derrube com o


equipamento adequado para uma 'cama', previamente construída com
o objectivo de amortecer a queda e minimizar a quantidade de
fracturas. A 'cama' é constituída por terra, fragmentos de rochas e pneus
velhos. Quando, no decorrer dessa operação, as talhadas se
fragmentam em vários blocos ou quando têm peso ou dimensão
excessiva é necessário proceder ao esquartejamento dos blocos na
pedreira, com martelos pneumáticos, engenho monolâmina
diamantada ou máquinas de fio diamantado, para que tomem uma
forma mais regular.

4.1.5. TÉCNICAS DE DESMONTE

Existem diferentes técnicas de desmonte cuja selecção se faz de acordo


com as características de cada rocha (resistência à compressão, dureza,
tenacidade, porosidade e abrasividade), os processos de optimização
da produção e o grau de mecanização que se pretende. Geralmente
não se recorre apenas a uma técnica.

O fio diamantado, o fio helicoidal, a lança térmica os explosivos e o


desmonte directo são as diferentes técnicas que se dispõe para efectuar
a operação.

A utilização do fio diamantado é a técnica mais utilizada, tendo


substituído o fio helicoidal. Possibilita o corte de rochas duras e abrasivas
e também um aumento considerável das velocidades de corte e
consequentemente da produção. O fio diamantado é também usado

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para regularização das formas dos blocos extraídos de modo a facilitar o


seu manuseamento e transporte.

A utilização de explosivos é cada vez menos frequente dado que origina


microfracturação da rocha e fracturação de grande volume de material.
Os explosivos usados são mais fracos e o doseamento é realizado com
mais cuidado. É principalmente usado para remover materiais de baixo
valor económico.

O desmonte directo é executado, principalmente, com serra de braço,


serra com disco e jacto de água. As duas primeiras técnicas são mais
clássicas mas têm alguns limites de utilização por escassez de
profundidade de corte.

No corte de superfícies verticais para separar os grandes blocos primários


de rocha, utiliza-se por vezes a lança térmica. Esta técnica emprega-se
apenas em rochas com elevado teor de sílica tais como granitos e
dioritos.

4.1.6. EXPLORAÇÃO DE ROCHAS INDUSRTIAIS

Os tipos de rochas mais utilizados para fins industriais são o calcário e o


granito.

As operações numa exploração de rochas industriais são bastante


diferentes das operações efectuadas no caso das rochas ornamentais.
As principais operações são desmonte, carga e transporte de material
rochoso.

No caso das rochas industriais o desmonte é realizado com explosivos


quando se trata de massa mineral consistente ou por desmonte directo
em massas incoerentes. O desmonte directo pode ser manual, mecânico
ou hidráulico com jacto de água sendo utilizado no caso de massas
minerais facilmente desagregadas como, por exemplo, a exploração de
argila, areia e cascalho e outros materiais de construção.

4.2. TRANSFORMAÇÃO

A área de transformação compreende uma série de etapas,


equipamentos e processos de acordo com o produto final que se
pretende obter.

O sector de exploração de materiais pétreos está subdividido em duas


grandes partes, a das rochas ornamentais e a das rochas industriais, os
processos de transformação das mesmas possui um sistema produtivo
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padronizado, havendo apenas algumas alterações de acordo com o fim


pretendido.

No caso das rochas industriais o processo de transformação compreende


as fases de trituração, classificação e operações auxiliares; e no caso das
rochas ornamentias são seguidas as etapas de serragem, corte e
polimento,selecção e acabamento.

4.2.1. ROCHAS ORNAMENTAIS

 Serragem

Esta fase destina-se à transformação dos blocos em chapa serrada, com


espessura variável a fim de lhes conferir a forma de paralelepípedos e
retirar-lhes os possíveis defeitos estruturais. É um processo
predominantemente automatizado, com constante recurso a circuitos
fechados de água.

No caso das rochas calcárias a tecnologia usada sofreu uma grande


transformação nos ano 50/60, com a substituição da areia siliciosa por
segmentos preparados co diamante industrial. A serragem passou a ser
efectuada por engenhos de corte diamantado constituídos por
multilâminas, o que permite cortar o bloco em várias chapas de
diferentes espessuras predefinidas ao mesmo tempo.
Com o passar do tempo, várias soluções mecânicas foram sendo
desenvolvidas com o objectivo de prolongar o tempo de contacto entre
a lâmina e o bloco, pois é importante que a capacidade de serragem
dos engenhos permita um aumento da velocidade de corte e a melhoria
de qualidade do produto serrado.

 Corte e polimento.
Os processos de tratamento das superfícies sofreram grande
desenvolvimento, permitindo um aumento da produção e da qualidade
na uniformidade do produto.
Após a serragem dos blocos, o material é direccionado às zonas de corte
e polimento.

Na fase de corte as chapas são cortadas em peças pequenas tais como


ladrilhos, mosaicos ou contarias. Enquanto que na fase de polimento
recorre-se à polidoras de tapete, com o intuito de se efectuar a remoção
das rugosidades e/ou imperfeições presentes na superfície de cada
peça previamente cortada.

De acordo com o produto final que se pretende obter, existem linhas de


polimento de chapa e linhas integradas de produção de ladrilhos desde
o bloco ao polimento, para os quais se utilizam sistemas de polimento
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contínuo e equipamentos de corte de discos diamantados


respectivamente.

 Selecção e acabamento.
Na fase de selecção, o material é agrupado com base na semelhança
de características, como por exemplo, a tonalidade, o tamanho e o
tratamento aplicado de modos a se obter um produto final uniformizado.

A textura final dos elementos de pedra pode ser de diversos tipos,


consoante a natureza da pedra, a utilização pretendida e o aspecto
estético. Deste modo, poder-se-ão ter elementos de pedra com
acabamento bruto (obtido pela fendilhação da rocha), acabamento
serrado (obtido pelo corte da pedra) ou acabamentos tratados (como
o amaciado, o polido, o bujardado ou o flamejado).

4.2.2. ROCHAS INDUSTRIAIS

A rocha desmontada na pedreira é transportada para a instalação de


britagem constituída por máquinas de trituração, selecção e transporte.

Neste campo os produtos finais das centrais de britagem, por ordem de


granulometria são: balastros, britas, gravilha, bago de arroz, areia, pó de
pedra e granulometrias relactivas à produção de material de dimensão
diversa.

A maior parte deste material é aplicado na preparação de betão e


argamassa, enchimento, bases, rodoviárias, aglomerados asfálticos e
balastros para ferrovias.

4.3. RISCOS DAS ACTIVIDADES DE EXPLORAÇÃO E


TRANSFORMAÇÃO

Sendo o risco o elemento que pode afectar a actividade de um agente


ou o desenrolar de uma operação económica, sintetizam-se os riscos
destas actividades em quatro grandes grupos.

 Exploração/Geologia.
Sendo que estas actividades trabalham directamente com o substracto
rochoso, é fundamental que se conheçam as características da região
em estudo, a fim de se evitar problemas como a má programação da
produção, os custos de produção acrescidos e a incorrecta utilização
dos equipamentos.

 Estruturais.

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Existe um conjunto de problemas estruturais que poderão condicionar o


desenvolvimento das unidades extractivas e transformadoras, entre os
quais destacam-se:

- Dificuldades no processo de obtenção de licenças de exploração;


insuficiência nas infra-estruturas de apoio à actividade extractiva,
nomeadamente no que respeita à electrificação e acessos às pedreiras;

- Dificuldades logísticas, nomeadamente a nível de vias de acesso, o que


dificulta o escoamento do produto e o fornecimento de materiais
necessários para a exploração;
- Baixa produtividade e reduzida formação dos trabalhadores;
- Incorrecto dimensionamento da actividade;
- Elevado custo de transporte;
- Baixo nível tecnológico.

 Mercado.
É de conhecimento geral que o mercado de comercialização de rochas
em Angola e no exterior ainda se encontra num estado crescente, assim
sendo, é necessário que se tenham em conta os principais factores de
risco do comércio global, dos quais constam:
- A diminuição do consumo na Europa Ocidental, apesar do consumo
a nível mundial estar a aumentar;
- A forte concorrência de produtos alternativos como a cerâmica;
- A pressão dos produtores “low price”, particularmente na área de
transformados;
. A necessidade de adaptação dos produtos face às características
dos mercados (conhecimento e capacidade de influenciar tendências
da moda);
-A necessidade de compreender os mercados e os canais de
distribuição.

 Riscos de Segurança e Acidentes de Trabalho.


Os acidentes de trabalho resultam das condições de (in)segurança em
que a actividade é exercida, e são causados por riscos associados ao
seu exercício e que actuam de forma inesperada e violenta, provocando
lesões que se tornam visíveis no momento.

Esta actividade, sobretudo na extracção, está sujeita à contingência da


ocorrência de acidentes de trabalho devido à dimensão e peso dos
materiais trabalhados, ao tipo de equipamentos utilizados, bem como à
reduzida formação dos trabalhadores e à escassa utilização dos
Equipamentos de Protecção Individual (EPI).
Segundo o "Guia da avaliação de risco em operações mineiras a céu
aberto", a análise de riscos nas instalações de beneficiação de minerais
deve incluir como princípios de prevenção:
- A sua concepção e construção;
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- Os acessos;
- A conservação e limpeza;
- Definição do posto de trabalho;
- Competência do pessoal;
- Equipamento mecânico e mecanismos perigosos;
- Riscos para a saúde;
- Equipamento de protecção pessoal;
- Trânsito de viaturas.

O mesmo organismo aponta o modelo para avaliação do risco definindo


as seguintes etapas quanto à segurança no trabalho:
- Identificação do perigo;
- Identificação das pessoas em risco;
- Eliminar o perigo;
- Avaliação do risco;
- Definição das medidas de controlo;
- Registo da avaliação;
- Revisão, no caso de alteração dos locais de trabalho.

Quanto à defesa do ambiente, há que ter em conta e avaliar as


agressões que as instalações de beneficiação podem provocar nos seus
componentes: ar, água, solo, paisagem, biodiversidade, homem e as
suas comunidades.

5. CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS JAZIDAS

O conflito político-militar que flagelou Angola durante quase três


décadas cristalizou o desenvolvimento de quase totalidade dos sectores
produtivos do País. Por maioria de razão, a situação do sector das rochas
ornamentais não é, presentemente, muito diferente da registada
aquando da Independência.

Assim, e tal como há três décadas, as principais zonas extractivas


continuam a localizar-se nas Províncias da Huila, do Namibe e,
parcialmente Cunene explorando-se, respectivamente, granitos e
mármores. Existem outras pequenas explorações, mas as mais relevantes
e marcantes para a definição da estrutura da indústria, continuam a
localizar-se nestas Províncias do Sul de Angola.

São conhecidas em Angola numerosas ocorrências de rochas eruptivas,


metamórficas e sedimentares que poderão ser utilizadas como pedras
ornamentais e agregados. O conhecimento geológico regista um
conjunto de outras ocorrências de rochas para uso nas construções nas
seguintes regiões:

Kwanza-Norte, as ocorrências localizam-se em Quixico, Cacolombo e


Zanga.
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 No Quixico, trata-se de uma rocha brechóide de coloração


cinzenta sobre o escuro. Apresenta-se bastante fracturada, e
mesmo fissurada, fissuras que formam, por vezes, um recticulado
preenchido com filonetes calcíticos de cor branca que,
frequentemente, não o enchem totalmente, desvalorizando- a
como rocha ornamental.

 No Cacolombo, trata-se de uma camada sedimentar, sub-


horizontal, bastante extensa, com uma espessura de cerca de 10
metros, apresentando-se a rocha susceptível de aproveitamento
com coloração castanho-escura de grão fino a médio.

 Na Zanga, trata-se de uma brecha calcária, aflorante a média


encosta, com uma espessura da ordem dos 8 metros,
apresentando colorações acinzentadas em várias tonalidades.

No Uíge, as ocorrências localizam-se em N’gage e Nova Caipemba.


 Nas ocorrências de mármore do N’gage as rochas aproveitáveis
como ornamentais têm uma coloração cinza e nas de Nova
Caipemba existe uma maior variedade de coloração que vai do
negro venado, ao verde e também ao cinza, sendo a
granulometria de ambas de fina a média.

Na Província de Luanda as ocorrências localizam-se em Quibaxe e


Cacuaco.
 As ocorrências do Quibaxe situam-se no Vale do Rio Loma,
apresentando-se com colorações de tons cinza. Em Cacuaco, as
rochas apresentam-se com o aspecto “margaço” de Portugal, de
cores acastanhadas.

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Figura 2: Centros extractivos da província da Huíla.

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5.1. PRINCIPAIS JAZIDAS DE PEDRAS NATURAIS QUE ABASTECEM A


CONSTRUÇÃO EM LUANDA

No que concerne a Rochas Ornamentais, em Luanda tal como em todo


país, as principais jazidas são as do Namibe da Huíla e Cunene. O mapa
abaixo mostra a distribuição e os tipos de Rochas Ornamentais nestas
zonas.

Quando se tratam de Inertes, as principais pedreiras que abastecem


Luanda localizam-se na Província do Bengo, onde foram licenciadas mais
de 190 empresas, nas quais 56 estão já instaladas, e 48 das mesmas
encontram-se em pleno funcionamento, 4 em fase de arranque e igual
número paralisadas.

É de realçar que das empresas que se encontram em pleno


funcionamento 33 são de pedreiras de gnaisse, 12 areeiro, 8 burgaleiras,
1 de pedreira de rochas asfálticas, igual número de pedreira de calcário
e gesso.

Um dos principais investidores do sector mineiro na Província do Bengo e,


também fornecedor de pedras às empresas de construção sediadas na
província de Luanda é, a Geomineral que produz cerca de 320 toneladas
de brita, pó de pedra, tuvenã, rochão britado, blocos e argilas, por hora.

A empresa Geomineral ocupa uma área de 100 hectares, mas apenas


28 estão a ser explorados, o restante está reservado para projectos em
carteira. A mesma emprega 35 angolanos e 9 estrangeiros. O
investimento inicial ronda a volta dos 12 milhões de dólares.

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6. CONCLUSÃO

Como foi referido ao longo do trabalho, o sector das rochas pode ser
dividido em duas grandes partes, o das rochas ornamentais, que
compreende aquelas utilizadas para fins decorativos, destinados
maioritariamente à pavimentos, revestimentos e aplicações domésticas,
e o das rochas industriais, que engloba peças destinadas essencialmente
ao sector da construção e ao sector químico.

Angola é um País particularmente rico em recursos minerais, com um


potencial de desenvolvimento considerável, com os recursos em rochas
ornamentais localizados, fundamentalmente, em duas províncias:
Namibe e Huíla (mármores e granitos e, em particular, granito negro).
Todavia, parte importante do potencial de extracção está por confirmar,
científica e empiricamente.

A estabilização do quadro político-militar veio abrir renovadas


perspectivas aos potenciais investidores privados, sejam eles estrangeiros
ou nacionais. Assim, a identificação de aspectos que podem constituir
um factor de risco, no que tange a análise dos recursos no país,
nomeadamente a valorização das matérias primas (geológicos), a
reestruturação industrial (estruturais) e a criação de adequadas estruturas
comerciais (mercado), constituem indicadores primordiais no estudo de
viabilidade económica e ambiental da exploração.

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7. BIBLIOGRAFIA.

 GOUVEIA, J.; MONACA, P.; MONTEIRO, J.; NETO, M., Instituto


para a Cooperação Económica. Riquezas Minerais de Angola.
Lisboa: ICE.
 Neto, M. G. N. Mascarenhas, Universidade Moderna, Curso de
Geologia e Exploração de Diamantes. Geologia de Angola I e
II.
 INETI. Guia Técnico, Sector da Pedra Natural. Lisboa, 2001.
 Moreira, Anabela M., Instituto Politécnico de Tomar. Pedras
Naturais. 2008.
 Mineração. Pesquisa em:
http://grupohobi.com.br/mineracao/. 23/03/2017.
 Materiais Pétreos. Pesquisa em:
https://www.engenhariacivil.com/dicionario/materiais-petreos.
23/03/2017.

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