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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS CIÊNCIAS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

2017/Iº Semestre
SEMINÁRIO Nº 2

TEMA: MATERIAIS PÉTREO ARTIFICIAIS. MATÉRIAS PRIMAS.


PROPRIEDADES. FORMAS DE FABRICAÇÃO. CLASSIFICAÇÃO E
CARACTERÍSTICAS.
SUBTEMA: EMPRESAS QUE PRODUZEM PRODUTOS CERÂMICOS EM ANGOLA.
FORMAS DE OBTENÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA, DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE
FABRICO EMPREGADOS, TIPOS DE MATERIAIS COMERCIALIZADOS. NORMAS E
EXIGÊNCIAS PARA OS PRODUTOS.

ELABORADO POR: GRUPO Nº 2

TURMA: ECV5-M1

DOCENTE: ANTÓNIA DORZAN NORMAN

ANO 2017
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIA CIÊNCIAS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I
SUBTEMA: EMPRESAS QUE PRODUZEM PRODUTOS CERÂMICOS EM ANGOLA.
FORMAS DE OBTENÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA, DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE
FABRICO EMPREGADOS, TIPOS DE MATERIAIS COMERCIALIZADOS. NORMAS E
EXIGÊNCIAS PARA OS PRODUTOS.

ELABORADO POR GRUPO Nº 2

DHANA SILMARA DE OLIVEIRA VENÂNCIO- 20153155

GIL JONE MATEUS SOARES – 20151694

JANICE CARINA CHIPENDA KUTEKILA- 20151768

JEREMIAS ANTÓNIO BARNABÉ LIVULO- 20150039

JOFRE BASHIR BANJE FERNANDES- 20150374

ECV5-M1

DOCENTE: ANTÓNIA DORZAN NORMAN


RESUMO

O presente trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Materiais de


Construção I. No mesmo, debruçamo-nos sobre as empresas que
produzem produtos cerâmicos no nosso país, Angola, as formas de
obtenção da matéria-prima, descrição dos processos de fabrico
empregados na sua execução, tipos de materiais comercializados, e as
normas e exigências usadas pelas empresas descritas. Este tema foi
desenvolvido com o objectivo principal de descrever os modos de
obtenção dos produtos cerâmicos, estabelecendo as suas propriedades
mais importantes, sendo que grande parte das informações aqui
apresentadas é fruto de pesquisas intensivas, realizadas no variado
núcleo de empresas que se dedicam à confecção e comercialização
destes materiais.

Palavras–chave: Argila, Cozimento a altas temperaturas, Cerâmicos.

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ÍNDICE

1. OBJECTIVOS ............................................................................................... 1
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2
3. MATERIAIS CERÂMICOS ............................................................................ 3
4. FORMAS DE OBTENÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA, DESCRIÇÃO DOS
PROCESSOS DE FABRICO EMPREGADOS ........................................................ 4
4.1. DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO .............................. 5
4.1.1. PREPARAÇÃO DA MASSA ................................................................. 5
4.1.2. FORMAÇÃO DAS PEÇAS ................................................................... 5
4.1.3. COLAGEM OU FUNDIÇÃO ................................................................ 5
4.1.4. PRENSAGEM ....................................................................................... 6
4.1.5. EXTRUSÃO ........................................................................................... 6
4.1.6. TORNEAMENTO .................................................................................. 6
4.1.7. TRATAMENTO TÉRMICO ..................................................................... 6
4.1.8. SECAGEM............................................................................................ 7
4.1.9. QUEIMA ............................................................................................... 7
4.1.10. ACABAMENTO ................................................................................... 7
4.1.11. ESMALTAÇÃO E DECORAÇÃO ........................................................ 7
4.2. PRODUTOS COMPLEMENTARES AO PROCESSO CERÂMICO ........... 8
5. TIPOS DE MATERIAIS COMERCIALIZADOS ................................................ 9
5.1. POROSOS ....................................................................................................... 9
5.1.2. Tijolos ................................................................................................ 9
5.1.3. Telhas.............................................................................................. 10
5.1.4. Azulejos .......................................................................................... 11
5.1.5. Pastilhas.......................................................................................... 12
5.2. NÃO POROSOS ............................................................................................. 12
5.2.1. Grés cerâmico .............................................................................. 12
5.3. LOUÇA ......................................................................................................... 13
5.3.1. Sanitária ......................................................................................... 13
6. NORMAS E EXIGÊNCIAS PARA OS PRODUTOS ...................................... 14
6.1. NORMAS E REQUISITOS............................................................................... 14
6.1.1. NORMAS .............................................................................................. 14
6.1.2. REQUISITOS ........................................................................................... 16

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7. EMPRESAS QUE FABRICAM PRODUTOS CERÂMICOS EM ANGOLA ..... 19
7.1. CERÂMICA BENGO- GRUPO IMOFIL ................................................. 19
7.1.1. PRODUTOS FABRICADOS PELA EMPRESA CERÂMICA BENGO... 19
7.2.1. PRODUTOS FABRICADOS PELA EMPRESA CERÂMICA C.I.C. ...... 21
7.3. PROARQ- TELHAS CERÂMICAS .................................................................... 21
7.3.1. PRODUTOS FABRICADOS PELA EMPRESA PROARQ ..................... 22
8. CONCLUSÃO ........................................................................................... 23
9. BIBLIOGRAFIA. ......................................................................................... 24

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Tijolo 9 e Tijolo 20 .................................................................................. 9


Figura 2: Telha Lusa Cobert. ............................................................................. 10
Figura 3: Acessórios de telhas Cobert. ........................................................... 11
Figura 4: Azulejo Gresart Passion ..................................................................... 11
Figura 5: Azulejo Gresart Playtile...................................................................... 11
Figura 6: Pastilha cerâmica Gresart. ............................................................... 12
Figura 7: Grés cerâmico Gresart Wood classic ............................................. 12
Figura 8: Grés cerâmico Gresart Sandstone Smooke. ................................. 13
Figura 9: Bidê Sanitana, Lavatório Sanitana, Sanita Roca. ......................... 13
Figura 10: Produtos comercializadas pela empresa Cerâmica Bengo. ... 20
Figura 11: Produtos comercializadas pela empresa Cerâmica C.I.C....... 21
Figura 12: Produtos comercializadas pela empresa ProArq. ...................... 22

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela1. Dimensões de fabricação dos blocos de vedação ................... 17


Tabela2. Dimensões de fabricação de tijolos de furação horizontal com
estrias de reboco ........................................................................................ 18

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1. OBJECTIVOS

OBJECTIVOS GERAIS
 Descrever os modos de obtenção dos produtos cerâmicos,
estabelecendo as suas propriedades mais importantes.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
 Compreender o processo de fabricação do material
cerâmico;
 Conhecer o mercado angolano relativamente aos
materiais cerâmicos produzidos e comercializados.

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2. INTRODUÇÃO

Seja na construção de uma casa inteira, de uma piscina, de um lavabo


para as visitas, ou ainda de uma padaria, o começo de uma obra é um
projecto que visa a realização e posterior construção de uma ideia ou
sonho. Para que estes sonhos não se tornem pesadelos, é imprescindível
a escolha de materiais adequados a cada uso que se lhes pretende
conferir.
Na construção civil, temos materiais que são utilizados há muitos anos da
mesma forma, e outros que evoluem constantemente. A evolução dos
materiais de construção não é um processo recente, pois teve início
desde os povos primitivos, que utilizavam os materiais assim como os
encontravam na natureza, sem qualquer transformação. Com o
desenvolvimento do homem e, consequentemente, das sociedades,
surgem necessidades que levam à transformação desses materiais de
uma maneira simplificada, afim de facilitar o seu uso ou de criar novos
materiais a partir deles. Assim, o homem começa a moldar a argila.

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3. MATERIAIS CERÂMICOS
A argila como material de construção começou a ser utilizada pela sua
abundância, pelo custo reduzido e por ser um material que na presença
de água pode ser moldado facilmente, secando e endurecendo na
presença de calor. Além disso, o uso dos produtos cerâmicos produzidos
a partir do cozimento das argilas surgiu da necessidade de um material
similar às rochas, nos locais onde havia escassez das mesmas.
De acordo com Petrucci (1975) os povos assírios e caldeus utilizavam
tijolos cerâmicos para obras monumentais como os Palácios de
Khorsabad e Sargão. Já na Pérsia, o tijolo era utilizado para casas
populares e no Egipto, apesar de as pirâmides serem construídas com a
utilização pedras, os operários que trabalharam nas suas construções
moravam em casas de tijolos. Por outro lado, os romanos levaram seus
conhecimentos sobre os produtos cerâmicos a várias partes do mundo e
os árabes deixaram exemplos notáveis de aplicação dos tijolos como a
Mesquita de Córdova, a Giralda em Sevilha e a Alcazaba de Granada.
Há regiões do mundo onde os tijolos cerâmicos são utilizados, em
algumas cidades, como material para a pavimentação de ruas, em
função da pouca disponibilidade de rochas próprias para esse fim. Com
o surgimento do betão, a função do tijolo como material estrutural foi
parcialmente esquecida, sendo o material utilizado principalmente com
a função de vedação.
A argila é um material composto principalmente por silicatos e alumina
hidratada. Ainda de acordo com Petrucci (1975) as diferentes espécies
de argilas, consideradas como puras, são na verdade misturas de
diferentes hidrossilicatos de alumínio, denominados de materiais argilosos,
sendo que os materiais argilosos se diferenciam entre si pelas diferentes
proporções de sílica, alumina e água em sua composição, além da
estrutura molecular diferenciada, todavia os principais materiais argilosos
que têm importância como material de construção são a caulinita, a
montmorilonita e a ilita.
Os motivos pelos quais os produtos cerâmicos continuam sendo muito
utilizados na construção civil são a razoável resistência mecânica e
durabilidade, além do custo acessível e das qualidades estéticas, dentre
outros factores como: alto ponto de fusão, isolamento eléctrico, embora
possam existir materiais cerâmicos semicondutoras, condutores e até
mesmo supercondutores (estes dois últimos, em faixas específicas de
temperatura), estabilidade sob condições ambientais severas e dureza.
Os principais materiais cerâmicos são: materiais cerâmicos tradicionais,
vidros e vitrocerâmicas, abrasivos, cimentos, cerâmicas avançadas.

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4. FORMAS DE OBTENÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA, DESCRIÇÃO DOS


PROCESSOS DE FABRICO EMPREGADOS

As matérias-primas para o fabrico de produtos cerâmicos podem ser


obtidas de duas formas, nomeadamente a natural e a sintética.
A matéria-prima natural é aquela que é obtida através de operações
físicas, tal como a argila, feldspato, quartzo, lepidolita, calcita, fluorita,
dolomita e zirconita. Já a sintética é aquela que é obtida através de
processos químicos, a partir de matérias-primas naturais (magnesita,
calcita, etc) ou outras matérias-primas sintéticas (alumina, zircônia, etc).
Elas geralmente são fornecidas prontas para uso, necessitando apenas
em alguns casos de um ajuste de granulometria.
Grande parte das matérias-primas utilizadas na indústria cerâmica
tradicional é natural, tendo como principais o feldspato, a sílica e a argila,
encontrando-se em depósitos espalhados na crosta terrestre. Após a
mineração, os materiais devem ser beneficiados, isto é, desagregados ou
moídos, classificados de acordo com a granulometria e muitas vezes
também purificadas.
Os processos de fabricação empregados pelos diversos materiais
cerâmicos assemelham-se parcial ou totalmente. O setor que mais se
diferencia quanto a esse aspecto é o do vidro, embora exista um tipo de
refratário (eletrofundido), cuja fabricação se dá através de fusão, ou
seja, por processo semelhante ao utilizado para a produção de vidro ou
de peças metálicas fundidas. Esses processos de fabricação podem
diferir de acordo com o tipo de peça ou material desejado. De um modo
geral eles compreendem as etapas de preparação da matéria-prima e
da massa, formação das peças, tratamento térmico e acabamento. No
processo de fabricação muitos produtos são submetidos a esmaltação e
decoração.

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4.1. DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO


4.1.1. PREPARAÇÃO DA MASSA
Os materiais cerâmicos geralmente são fabricados a partir da
composição de duas ou mais matérias-primas, além de aditivos e água
ou outro meio. Mesmo no caso da cerâmica vermelha, para a qual se
utiliza apenas argila como matéria-prima principal, dois ou mais tipos de
argilas com características diferentes entram na sua composição.
Dessa forma, uma das etapas fundamentais do processo de fabricação
de produtos cerâmicos é a dosagem das matérias-primas e dos aditivos,
que deve seguir com rigor as formulações de massas previamente
estabelecidas. Os diferentes tipos de massas são preparados de acordo
com a técnica a ser empregada para dar forma às peças. De modo
geral, as massas podem ser classificadas em:

 Suspensão, também chamada barbotina, para obtenção de


peças em moldes de gesso ou resinas porosas;
 Massas secas ou semi-secas, na forma granulada, para obtenção
de peças por prensagem;
 Massas plásticas, para obtenção de peças por extrusão, seguida
ou não de torneamento ou prensagem.

4.1.2. FORMAÇÃO DAS PEÇAS


Existem diversos processos para dar forma às peças cerâmicas, e a
seleção de um deles depende fundamentalmente de fatores
econômicos, da geometria e das características do produto. Os métodos
mais utilizados compreendem: colagem, prensagem, extrusão e
torneamento.

4.1.3. COLAGEM OU FUNDIÇÃO


Consiste em verter uma suspensão (barbotina) num molde de gesso,
onde permanece durante um certo tempo até que a água contida na
suspensão seja absorvida pelo gesso, enquanto isso, as partículas sólidas
vão se acomodando na superfície do molde, formando a parede da
peça. O produto assim formado apresentará uma configuração externa
que reproduz a forma interna do molde de gesso.
Mais recentemente tem-se difundido a fundição sob pressão em moldes
de resina porosa.

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4.1.4. PRENSAGEM
Nesta operação utiliza-se sempre que possível massas granuladas e com
baixo de teor de humidade. Diversos são os tipos de prensa utilizados,
como fricção, hidráulica e hidráulica-mecânica, podendo ser de mono
ou dupla acção e ainda ter dispositivos de vibração, vácuo e
aquecimento. Para muitas aplicações são empregadas prensas
isostáticas, cujo sistema difere dos outros. A massa granulada com
praticamente 0% de humidade é colocada num molde de borracha ou
outro material polimérico, que é em seguida fechado hermeticamente e
introduzido numa câmara contendo um fluído, que é comprimido e em
consequência exercendo uma forte pressão, por igual, no molde.

4.1.5. EXTRUSÃO
A massa plástica é colocada numa extrusora, também conhecida como
maromba, onde é compactada e forçada por um pistão ou eixo
helicoidal, através de bocal com determinado formato. Como resultado
obtém-se uma coluna extrudada, com seção transversal com o formato
e dimensões desejados; em seguida, essa coluna é cortada, obtendo-se
desse modo peças como tijolos vazados, blocos, tubos e outros produtos
de formato regular.
A extrusão pode ser uma etapa intermediária do processo de formação,
seguindo-se, após corte da coluna extrudada, como é o caso da maioria
das telhas, ou o torneamento, como para os isoladores elétricos, xícaras
e pratos, entre outros.

4.1.6. TORNEAMENTO
Como descrito anteriormente, o torneamento em geral é uma etapa
posterior à extrusão, realizada em tornos mecânicos ou manuais, onde a
peça adquire seu formato final.

4.1.7. TRATAMENTO TÉRMICO


O processamento térmico é de fundamental importância para obtenção
dos produtos cerâmicos, pois dele dependem o desenvolvimento das
propriedades finais destes produtos. Esse tratamento compreende as
etapas de secagem e queima.

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4.1.8. SECAGEM
Após a etapa de formação, as peças em geral continuam a conter
água, proveniente da preparação da massa. Para evitar tensões e,
consequentemente, defeitos nas peças, é necessário eliminar essa água,
de forma lenta e gradual, em secadores intermitentes ou contínuos, a
temperaturas variáveis entre 50 ºC e 150 ºC.

4.1.9. QUEIMA
Nessa operação, conhecida também por sinterização, os produtos
adquirem suas propriedades finais. As peças, após secagem, são
submetidas a um tratamento térmico a temperaturas elevadas, que para
a maioria dos produtos situa-se entre 800 ºC a 1700 ºC, em fornos
contínuos ou intermitentes que operam em três fases:
 Aquecimento da temperatura ambiente até a temperatura
desejada;
 Patamar durante certo tempo na temperatura especificada;
 Resfriamento até temperaturas inferiores a 200 ºC.
O ciclo de queima compreendendo as três fases, dependendo do tipo
de produto, pode variar de alguns minutos até vários dias.
Durante esse tratamento ocorre uma série de transformações em função
dos componentes da massa, tais como: perda de massa,
desenvolvimento de novas fases cristalinas, formação de fase vítrea e a
soldagem dos grãos. Portanto, em função do tratamento térmico e das
características das diferentes matérias-primas são obtidos produtos para
as mais diversas aplicações.

4.1.10. ACABAMENTO
Normalmente, a maioria dos produtos cerâmicos é retirada dos fornos,
inspecionada e remetida ao consumo. Alguns produtos, no entanto,
requerem processamento adicional para atender a algumas
características, não possíveis de serem obtidas durante o processo de
fabricação. O processamento pós-queima recebe o nome genérico de
acabamento e pode incluir polimento, corte, furação, entre outros.

4.1.11. ESMALTAÇÃO E DECORAÇÃO


Muitos produtos cerâmicos, como louça sanitária, louça de mesa,
isoladores elétricos, materiais de revestimento e outros, recebem uma
camada fina e contínua de um material denominado de esmalte ou
vidrado, que após a queima adquire o aspecto vítreo. Esta camada

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vítrea contribui para os aspectos estéticos, higiênicos e melhoria de


algumas propriedades como a mecânica e a elétrica.
Muitos materiais também são submetidos a uma decoração, a qual pode
ser feita por diversos métodos, como serigrafia, decalcomania, pincel e
outros. Neste caso são utilizadas tintas que adquirem suas características
finais após a queima das peças.

4.2. PRODUTOS COMPLEMENTARES AO PROCESSO CERÂMICO


Esmaltes ou vidrados são misturas de matérias-primas naturais e produtos
químicos ou compostos vítreos que aplicados à superfície do corpo
cerâmico e após queima, formam uma camada vítrea, delgada e
contínua. Esta tem por finalidade aprimorar a estética, tornar o produto
impermeável, melhorar a resistência mecânica e propriedades elétricas
entre outros fatores. As composições dos esmaltes (vidrados) são
inúmeras e sua formulação depende das características do corpo
cerâmico, das características finais do esmalte e da temperatura de
queima.
Entre as matérias-primas naturais: quartzo, areia do mar, quartzito, caulim,
lepidolita, espodumênio, ambligorita, feldspato, calcita, fluorita, etc.
Entre os produtos químicos: borax, carbonato de sódio, nitrato de sódio,
carbonato de potássio, nitrato de potássio, óxidos de chumbo,
carbonato de magnésio, carbonato de lítio, óxido de zinco,etc.
Os esmaltes (vidrados) podem ser classificados em cru, de fritas ou uma
mistura de ambos:
- O esmalte cru, constitui-se de uma mistura de matérias-primas numa
granulometria bastante fina, que é aplicada na forma de suspensão à
superfície da peça cerâmica. Na operação de queima a mistura se
funde e adere ao corpo cerâmico, adquirindo o aspecto vítreo durante
o resfriamento. Esse tipo de vidrado é aplicado em peças que são
queimadas em temperaturas superiores a 1200 ºC, como sanitários e
peças de porcelana.
- Os esmaltes de fritas diferem dos crus por terem em sua constituição o
material denominado de frita. Esta pode ser definida como composto
vítreo, insolúvel em água, que é obtida por fusão e posterior resfriamento
brusco de misturas controladas de matérias-primas.

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5. TIPOS DE MATERIAIS COMERCIALIZADOS

Os produtos cerâmicos para a construção classificam-se em:


 Porosos: Tijolos, telhas, ladrilhos, azuleijos, pastilhas, manilhas, etc.;
 Louça: Calcária, feldspática e sanitária;
 Não porosos: Grés cerâmico e porcelana;
 Refratários: Silicosos, silício-aluminosos, aluminosos, magnesita,
cromomagnesita e cromita.
Todos esses materiais são comercializados nos diferentes mercados a
nível nacional, porém, apenas duas das classes citadas (porosos e
refratários) são de produção interna, os restantes materiais provêm de
importações. Também é de realçar que dos materiais porosos, são
produzidos apenas, tijolos e telhas.
Abaixo encontram-se descritos os principais materiais cerâmicos
constituintes das diferentes classes (com excepção dos refratários)
citadas anteriormente, baseando-se em uma pesquisa de campo no
mercado nacional.

5.1. POROSOS

5.1.2. TIJOLOS

Os tipos de tijolos comercializados nos principais mercados em Luanda,


provêm da comuna de Icolo Bengo, sendo classificados em função das
dimensões, como descrito abaixo:
 Tijolo Cerâmico 9 - 30x20x09;
 Tijolo Cerâmico 11 - 30x20x11;
 Tijolo Cerâmico 15 - 30x20x15;
 Tijolo Cerâmico 20 - 30x20x20;

Figura 1: Tijolo 9 e Tijolo 20

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5.1.3. TELHAS

As telhas comercializadas em Luanda são na sua maioria importadas,


devido a fraca produção interna (insuficiente para corresponder às
necessidades do mercado), e pelo facto de serem desacreditadas por
parte dos vendedores, alegando baixa qualidade.
As telhas mais requisitadas são provenientes de Portugal, em que as
marcas preponderantes são: Cobert e Estrela Dalva.
Na pesquisa de campo feita em diversas lojas, nas quais algumas são de
referência, como: Fermat, Trading Constroi e CAPI, nenhuma delas
comercializa telhas nacionais, o que é preocupante no que no tange ao
desenvolvimento do sector produtivo das telhas nacionais.
Passo a citar os principais tipos de telhas e acessórios para as mesmas
encontrados no mercado de Luanda.
 Telha Sol 10 Uralita – Lusa;
 Telha Sol 12 Uralita – Lusa;
 Telha Lusa Estrela Dalva 12;
 Telha Lusa Estrela Dalva 10;
 Cumes de 3 Vias Macho e Fêmea 10 e 12;
 Cumes de 4 Vias Macho e Fêmea 10 e 12;
 Cume Empena 10 e 12;
 Pata de Leão Lusa 10 e 12;
 Pata de Leão Marcelha 10 e 12;
As telhas e acessórios citados pertencem as marcas a Cobert e Estrela
Dalva.

Figura 2: Telha Lusa Cobert.

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Figura 3: Acessórios de telhas Cobert.

5.1.4. AZULEJOS

Em Angola não existem fabricas de azulejos sendo todos importados, em


que a maioria provem de Portugal, comercializados em diversas cores e
tamanhos designes e acabamentos, sendo difícil a sua classificação.
Sendo assim, não foi possível classificar os principais tipos e tamanhos
comercializados sendo quase todos diferentes. Ficamos por citar apenas
alguns tipos e marcas encontradas.
 Gresart – Playtile 20x50 – com mais de 10 cores disponíveis;
 Gresart – Passion 20x50 – com diversas cores e designes;
 Gresart – Fórum 33x50 / 33x33 – com diversas cores e designes;
 Revigres – 30x60/ 30x45 – com várias cores e estilos.

Figura 4: Azulejo Gresart Passion

Figura 5: Azulejo Gresart Playtile

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5.1.5. PASTILHAS
As pastilhas também estão disponíveis em diversas cores e padrões, cuja
marca predominante é também a Gresart.

Figura 6: Pastilha cerâmica Gresart.

5.2. NÃO POROSOS


5.2.1. GRÉS CERÂMICO
Em Angola já não existem fabricas de Mosaicos (pois o investimento
Brasileiro no sector em 2007 não teve rendimento) sendo todos materiais
comercializados, de origem estrangeira, em que a maioria provem de
Portugal, comercializados em diversas cores e tamanhos designes e
acabamentos, sendo difícil a sua classificação. Sendo assim, não foi
possível classificar os principais tipos e tamanhos comercializados sendo
quase todos diferentes. Ficamos por citar apenas alguns tipos e marcas
encontradas.
 Gresart – Vintage Wood 50x100R / 25x100R/ 16x100R/ 15x60NR –
com diversas cores e designes;
 Gresart – 60x60/ 25x60 – Mosaico vidrado;
 Teak Mocha – 60x60 – Pamesa, com diversas cores e estilos;
 Margres – disponível em varias cores, tamanhos e formas.

Figura 7: Grés cerâmico Gresart Wood classic

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Figura 8: Grés cerâmico Gresart Sandstone Smooke.

5.3. LOUÇA

5.3.1. SANITÁRIA
As louças sanitárias tal como os outros produtos são na sua maioria
importadas de Portugal, os materiais que dominam as construções em
Luanda são das seguintes marcas: Sanitana, Cifial e Roca, com diversos
produtos tais como: Sanitas, Sanitas infantis, Bidês, Lavatórios, Sanitas
turcas, Urinóis, mini Urinóis etc.

Figura 9: Bidê Sanitana, Lavatório Sanitana, Sanita Roca.

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6. NORMAS E EXIGÊNCIAS PARA OS PRODUTOS

6.1. NORMAS E REQUISITOS


As normas asseguram as características desejáveis de produtos e
serviços, como qualidade, segurança, confiabilidade, eficiência,
intercambiabilidade, bem como respeito ambiental – e tudo isto a um
custo econômico.
Quando os produtos e serviços atendem às nossas expectativas,
tendemos a tomar isso certo e a não ter consciência do papel das
normas. Rapidamente, nos preocupamos quando produtos se mostram
de má qualidade, não se encaixam, são incompatíveis com
equipamentos que já temos, não são confiáveis ou são perigosos.
Quando os produtos, sistemas, máquinas e dispositivos trabalham bem e
com segurança, quase sempre é porque eles atendem às normas.
As normas têm uma contribuição enorme e positiva para a maioria dos
aspectos de nossas vidas. Quando elas estão ausentes, logo notamos.
Assim sendo, das normas que também regularizam os produtos
cerâmicos podemos destacar as seguintes:
 NBR - (Norma brasileira)
 NP - (Norma Portuguesa NP EN 771-1:2011)
 ISO - (13006 e 10545)

6.1.1. NORMAS
Normas Portuguesa NP
Norma Portuguesa NP EN 771-1:2011+A1:2016, aborda sobre as
Especificações para unidades de alvenaria. Parte 1: Unidades cerâmicas
(tijolos cerâmicos)
Normas Brasileiras (NBR)
No que tange a materiais cerâmicos, a norma brasileira é muito
abrangente como veremos a seguir:
Normas para Blocos cerâmicos maciços
NBR 7170/83 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - especificação;
NBR 6460/83 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - verificação da
resistência à compressão;
NBR 8041/83 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – forma e
dimensões.
Normas de componentes cerâmicos, (2005):

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NBR 15270-1: Componentes cerâmicos – parte 1:


 Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação: Terminologia e
requisitos;

NBR 15270-2: Componentes cerâmicos – parte 2:


 Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural: Terminologia e
requisitos;

NBR 15270-3: Componentes cerâmicos – parte 3:


 Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação: Métodos
de ensaio.

Normas execução de alvenaria (blocos cerâmicos):


NBR 15812-1: 2010 – Alvenaria estrutural – blocos cerâmicos. Parte 1:
Projectos.
NBR 15812: 2010 – Alvenaria estrutural – Blocos cerâmicos. Parte 2
Execução e controle de obras.
NBR 8545: 1984 – Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos
e blocos cerâmicos – Procedimento
Normas para tubos cerâmicos:
NBR 5645:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações;
NBR 6549:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações – verificação da
permeabilidade;
NBR 6582:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações – verificação da
resistência à compressão diametral;
NBR 7530:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações – verificação
dimensional.
Normas para o revestimento cerâmico:
NBR 13816: 1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia;
NBR 13817: 1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Classificação;
NBR 13818: 1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e
métodos de ensaio;
NBR 15463: 2013 – Placas cerâmicas para revestimento – Porcelanato;

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6.1.2. REQUISITOS
Os requisitos gerais para os produtos cerâmicos, segundo a NBR-15270:1
são os seguintes:
 Fabricação
O bloco cerâmico de vedação deve ser fabricado por conformação
plástica de matéria-prima argilosa, contendo ou não aditivos, e
queimado a elevadas temperaturas.
 Identificação
O bloco cerâmico de vedação deve trazer, obrigatoriamente, gravado
em uma das suas faces externas, a identificação do fabricante e do
bloco, em baixo relevo ou reentrância, com caracteres de no mínimo 5
mm de altura, sem que prejudique o seu uso.
Nessa inscrição deve constar no mínimo o seguinte:
a) identificação da empresa;
b) dimensões de fabricação em centímetros, na sequência largura (L),
altura (H) e comprimento (C), na forma (L x H x C), podendo ser suprimida
a inscrição da unidade de medida em centímetros.
 Unidade de comercialização
Para fins de comercialização, a unidade é o milheiro.
 Características visuais
O bloco cerâmico de vedação não deve apresentar defeitos
sistemáticos, tais como quebras, superfícies irregulares ou deformações
que impeçam o seu emprego na função especificada.
As características visuais do bloco cerâmico face-à-vista devem atender
aos critérios de avaliação da aparência especificados.
 Características geométricas
Forma

O bloco de vedação deve possuir a forma de um prisma reto, sendo sua


geometria indicada esquematicamente conforme indicado nas figuras 1
e 2.
NOTA: as figuras são ilustrativas quanto ao tipo e furos dos blocos.

Dimensões de fabricação

As dimensões de fabricação dos blocos de vedação são as indicadas na


tabela 1.

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Tabela1. Dimensões de fabricação dos blocos de vedação

Ainda sobre alguns requisitos, a norma portuguesa padroniza o tijolo


“furação horizontal com estrias de reboco”, conforme a tabela que se
segue, e é de referir que algumas das cerâmicas angolanas fabricam
este tipo de tijolo.

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Tabela2. Dimensões de fabricação de tijolos de furação horizontal com estrias de reboco

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7. EMPRESAS QUE FABRICAM PRODUTOS CERÂMICOS EM ANGOLA

Em Angola existem várias empresas que fabricam materiais cerâmicos,


dentre elas encontramos algumas responsáveis pelo fabrico de vidros e
outras pelo fabrico de telhas, tijolos e outros, sendo as últimas o foco dESTE
trabalho.
Além das empresas que já se encontram em funcionamento, há ainda
planos para a construção de uma fábrica na província do Kwanza-Sul
pela empresa Opin Consulting, com o intuito de suprir as necessidades
do mercado. Os produtos saídos desta fábrica, nomeadamente tijolos,
telhas e tijoleiras, seriam colocados no mercado a um preço
relativamente mais baixo que as empresas concorrentes por serem de
produção nacional.

7.1. CERÂMICA BENGO- GRUPO IMOFIL


A empresa iniciou as suas actividades laborais em 2007, dedicando-se
desde então à fabricação de produtos cerâmicos certificados para a
indústria da construção e comercialização de matérias-primas.
A empresa dispõe da sua própria exploração de matéria-prima, com
uma área de concessão de 100 ha. O Parque Industrial IMOFIL incorpora
as unidades de produção e/ou comercialização da Cerâmica Bengo,
Madeifil, Prebengo e Tincotrade, situado no km 48 da Estrada de Viana,
Catete, província do Bengo.
Com uma área industrial coberta aproximada de 7.500 m2 conta com 75
trabalhadores distribuídos por diversas áreas que contribuem para o
sucesso e desenvolvimento da Empresa.

7.1.1. PRODUTOS FABRICADOS PELA EMPRESA CERÂMICA


BENGO
Actualmente a fábrica conta com uma produção diária máxima de
40.000 unidades de tijolo, que obedecem a rigorosos sistemas de
selecção e de controlo de qualidade que caracterizam o seu produto
final.
A empresa comercializa blocos e tijoleiras com diferentes tamanhos e
formatos, cada um deles com uma aplicação e função específica, a
selecção destes dependerá da necessidade do cliente, podendo os
funcionários fazer um aconselhamento de acordo com a.

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Figura 10: Produtos comercializadas pela empresa Cerâmica Bengo.

7.2. CERÂMICA C.I.C.

A cerâmica Industrial e Comercial (C.I.C.), SA deu início às suas


actividades a 07 de Setembro de 2007, na cidade de Luanda, Angola,
com o objectivo de fabricar produtos que se destinam ao abastecimento
do mercado dos materiais de construção civil.
Instalada na província de Luanda, Município de Icolo e Bengo, Km 49 –
Estrada Luanda/Catete, com capital nacional e estrangeiro, a Cerâmica
Industrial e Comercial “C.I.C.”, SA é uma empresa Angolana integrada
no sector da cerâmica estrutural e é a maior produtora de tijolo cerâmico
no Mercado Angolano.
Assim como a empresa referida anteriormente, a C.I.C. dedica-se à
produção de produtos cerâmicos certificados para a indústria da
construção, bem como a comercialização e explorações de suas
próprias matérias-primas, possuindo importantes reservas de extracção.
As suas instalações encontram-se implantadas numa área total de 30.000
m2, dos quais 10.584 m2 são de área coberta.

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7.2.1. PRODUTOS FABRICADOS PELA EMPRESA CERÂMICA C.I.C.


O processo de fabricação da Cerâmica C.I.C. é baseado nas normas EN
771-1:2003 e EN 771-1:2003/A1:2005 (NP EN 771-1:2012). Assim, são
produzidos e comercializados tijolos cerâmicos de enchimento de
furação horizontal com estrias de reboco, pertencentes à categoria II, do
tipo LD (Low Density - baixa densidade). Este tipo de tijolos é utilizado em
paredes de alvenaria protegida, não resistentes, sujeitas a exposição
passiva, com requisitos acústicos e de resitência ao fogo.

Figura 11: Produtos comercializadas pela empresa Cerâmica C.I.C.

7.3. PROARQ- TELHAS CERÂMICAS


A empresa PROARQ - Telhas Cerâmicas surgiu no início de 2009, com o
objectivo de elaborar projectos habitacionais e sua construção,
procurando de uma forma progressiva corresponder às exigências do
mercado da construção. As suas instalações estão situadas na estrada
de Catete, Km 52, Via Mazozo, com uma área de 65.000 m 2.
Além da comercialização dos produtos, nomeadamente telhas de várias
especificações, a empresa dedica-se também ao aconselhamento dos
clientes, acompanhamento e planeamento de obras, execução,
colocação e montagem do material comercializado.

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7.3.1. PRODUTOS FABRICADOS PELA EMPRESA PROARQ


A empresa ProArq possui uma fábrica cujo foco de produção são as
telhas cerâmicas. Eles possuem 4 tipos de telhas com as denominações
Lógica, Sol10, Sol12, Marselha, que variam em formato, cor e aplicação.

Figura 12: Produtos comercializadas pela empresa ProArq.

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8. CONCLUSÃO

Apesar de já haver fábricas que produzem material cerâmico no país, a


oferta de tijolos e telhas fica actualmente, muito aquém das
necessidades do mercado. Segundo registos verificados até ao ano de
2010, a produção anual nacional de tijolos situava-se em 91,334 milhões
de unidades, ao passo que as necessidades ficavam além dos 2.500
milhões de unidades. Na produção de telhas a oferta era de 396.000,
muito longe das necessidades, que atingiam os 7,125 milhões de
unidades.
Tendo em conta que Angola é um país em construção, e tendo sido
verificado aumento do volume de construção em alvenaria, considera-
se a produção nacional insuficiente, levando o país a recorrer a
exportações para suprir as necessidades do mercado e, que
actualmente.
Conclui-se então que os cerâmicos foram evoluindo e deixaram de ser
pesados, espessos e rígidos como na antiguidade, tornando-se delgados
em função dos processos de produção actualmente mais
industrializados, sendo que o seu sucesso económico (cerâmicos) tem
sido alcançado não só pela racionalização das estruturas em si, mas
também porque é possível os materiais aplicados desempenhem várias
funções simultaneamente, tais como: isolamento térmico e acústico,
protecção ao fogo e adequação às condições climáticas (sobretudo do
nosso país que possui um clima tropical).

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9. BIBLIOGRAFIA.

- PROCESSO DE FABRICAÇÃO. Disponível em:


http://abceram.org.br/processo-de-fabricacao/. (29/04/2017)
- GRUPO IMOFIL- CERÂMICA BENGO. Disponível em:
http://www.imofil.com/pt/empresas/ceramica-bengo. (28/04/2017)
- CERÂMICA CIC. Disponível em: http://www.cic.co.ao/ceramica-
cic.html. (28/04/2017)
- EMPRESA. Disponível em: http://www.pro-arq.net/empresa.php.
(28/04/2017)
- Belo, 13/02/2010. MAIOR FÁBRICA DE CERÂMICA NASCE NO KWANZA-
SUL. Disponível em:
http://www.angolabelazebelo.com/category/fabrica-de-ceramicas/.
(28/04/2017)
- CATALOGOS DE MATERIAIS CERÂMICOS. Disponível em:
http://www.gresart.com/index.php
- CATALOGO DE LOUÇAS SANITÁRIAS. Disponível em:
http://www.sanitana.com/pt/downloads_revista.php
- CATALOGOS DE LOUÇAS SANITÁRIAS. Disponível em:
http://www.pt.roca.com/
- NORMAS PORTUGUESAS TECNICAS DE CONFECIONAMENTO DE TIJOLOS
http://www.lnec.pt/fotos/editor2/QPE/mandato_116.pdf

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