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DIVISÃO DE ENGENHARIA

ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO MINERAL


IV ANO – CURSO DIÚRNO

MINERAIS ÍNDUSTRIAIS

ESTUDO DA MINERALOGIA, OCORRÊNCIA, TECNOLOGIA, APLICAÇÃO E


MERCADO DOS MINERAIS: CORINDO, DIAMANTE, DIATOMITO, DOLOMITE,
VERMICULITE E ESTUDO DE DETERGENTES

Tete, Março 2016


Discentes:
Anuar Armindo Bernado
Aurélio Estevão Chiposse
Elias Silva Malunguissa
Jane Raúl Maculanhane
Pedro Fernando Magaço
Osvaldo Carlos Joaquim

ESTUDO DA MINERALOGIA, OCORRÊNCIA, TECNOLOGIA, APLICAÇÃO E


MERCADO DOS MINERAIS: CORINDO, DIAMANTE, DIATOMITO, DOLOMITE,
VERMICULITE E ESTUDO DE DETERGENTES

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado no curso de licenciatura em
Engenharia de Processamento Mineral para
efeitos de análise e devida avaliação, sob
orientação do regente da cadeira:

Eng. Fabião Bzínguè

Tete, Março 2016


DEDICATÓRIA

Aos nossos pais, que nos deram educação, ensinamentos que nos ajudaram a enfrentar
todas as dificuldades neste percurso da nossa formação académica.
Aos nossos queridos irmãos e primos, que sempre nos apoiaram e entenderam quando
não podíamos estar com eles em vários momentos familiares.

I
AGRADECIMENTO

O desenvolvimento do presente trabalho da cadeira de minerais industriais, não seria


possível sem o apoio de todos aqueles que, de forma directa ou indirecta, deram o seu
contributo para que tivesse sido dado importante. A sua realização foi possível graças às
colaborações e apoios que reconhecemos ser indispensáveis e fundamentais, os quais, de
forma particular, desejamos agradecer.
Gostaríamos de agradecer a Deus, pela oportunidade de vivermos e resistirmos a todas
dificuldades durante este percurso de formação.
Manifestamos gratidão as senhoras bibliotecárias pela atenção e disponibilização de
livros a tempo inteiro, aquando a realização do trabalho.
Manifestamos o nosso profundo agradecimento ao docente (geologo) Gilberto Goba
Sabonete, pelo esclarecimento de dúvidas que nos foram surgindo durante a realização do
trabalho.
Sentimos que a amizade e o carinho dos amigos, particularmente os colegas graduados
neste ano o nosso agradecimento especial.
Por fim um agradecimento a todos que de uma ou doutra forma colaboraram para a
realização do trabalho.

II
RESUMO

O presente trabalho é focalizado no estudo dos minerais corindo, diamante, diatomito,


dolomite, vermiculite no que se refere a mineralogia, ocorrência, tecnologia, aplicação e o
mercado destes e no estudo de detergente. O mineral corindo é um óxido de alumínio que
assume que ocorre em duas formas, como rubi de com cor vermelha e safira com variedade de
cores destacando-se o azul mais comum, é usado como gema na produção de jóias., sendo
este um dos minerais mais duros depois do diamante com uma dureza de 9 na escala de Mohs.
O diamante é uma forma alotrópica do carbono com uma estrutura cristalina e constitui o
mineral mais duro na escala de Mohs, é formado no manto superior sob pressões e
temperaturas de ordem de 70 kbar e 1750oC e o seu aparecimento na superfície em
quimberlitos é associado a evento geológicos, vulcanismos, sendo recentemente mais
produzido na República da África do Sul e muito usado como gema (diamante incolor) e nas
brocas de perfuração tanto para teste de resistência doutros minerais. Diatomito é constituído
essencialmente por 80 a 90% de sílica, origem biogénica resultante da aglomeração das
frústulas das diatomáceas, dada a sua maior capacidade de absorção é usado para a
estabilização da nitroglicerina na produção do dinamite, um dos explosivos muito usado tanto
na mineração quanto na construção civil. Dolomite é mineral a base do carbonato de cálcio e
magnésio, ocorrendo em rochas sedimentares, a partir deste pode se obter através da
calcinação a cal, um matéria muito usado na construção civil. Vermiculite pertence a classe
dos silicatos As partículas de vermiculita são muito semelhantes as da mica, a maioria das
propriedades físicas e ópticas é praticamente igual à da biotite, a vermiculita é originada a
partir da biotite, flogopita, diópsido, hornoblenda e de serpentina por alteração ao longo de
zonas de falhas até uma profundidade de 100m ou por alteração hidrotermal a baixa
temperatura de piroxenitos, dunitos, carbonatitos, periódicos e anfíbolas. Os detergentes são
anti-sépticos, produtos orgânicos indispensáveis para manter a limpeza, diferindo dos sabões
comuns pelo seu poder de ph controlado no processo de produção que permite a eficiência do
seu uso quanto em águas duras.

Palavras chaves: rocha, mineral, mineralogia

III
ABSTRACT

The present work is focused on the study of minerals diamond, corundum,


diatomaceous earth, dolomite, vermiculite, in terms of its mineralogy, occurrence, technology,
application and market and also in the study of detergent. The mineral corundum is an
aluminium oxide that occurs in two forms, as red ruby and sapphire with variety of colours, in
which blue is common, is used as gemstone in jewellery production, being this of the hardest
mineral after diamond with a hardness of 9 on the Mohs scale. The diamond is a allotropic
form of carbon with a crystalline structure and is the hardest mineral in the Mohs scale, is
formed in the upper mantle under pressures and temperatures of 70 kbar and 1750oC
respectively, and their appearance on the surfaces in kimberlites is associated with geological
event, volcanism, and more recently produced in the Republic of South Africa, used as gem,
(colourless diamond) and drill bits and endurance test for other minerals. Diatomaceous earth
is constituted essentially by 80 to 90% by silica, biogenic origin resulting from the
agglomeration of shells of diatoms, given its greater absorption capacity is used for the
stabilization of nitro-glycerine in the production of dynamite, one of the explosives in both
mining and construction. Dolomite is the base of mineral magnesium and calcium carbonate,
occurring in sedimentary rocks, from this can be obtained through the calcination the calcium
oxide, a substance widely used in construction as well in the furnace melting. Vermiculites
belongs to class of silicates, vermiculite particles are very similar those of mica, most optical
and physical properties is practically he same to that of biotite. Vermiculite is originated from
biotite, phlogopite, diopside, ornoblenda and serpentine by alteration along fault zones to a
depth of 100m or hydrothermal alteration at low temperatures of piroxenitos, dunites,
carbonatites, periodical and amphiboles. Detergents are antiseptics, organic products
indispensable to maintain cleanliness, differing from common soaps for its ph controlled
power in the production process which allows the efficiency of its use in hard water.

Key words: Rock, mineral, mineralogy

IV
LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Tabela 1 – Minerais fonte de corindo…………………………………..……..……..pag. 12

Tabela 2 – principais países de mercado do corindo……………………………....…pag. 13

Figura 1 – Distribuição de quimberlitos e lamproitos…………………..…………….pag. 15

Figura 2 – Diagrama de fluxo de tratamento de diatomito……………………….……pag. 18

Figura 3 – Fluxograma típico de tratamento/ beneficiamento da Dolomite. CTM 2005


…………………………………………………………………………………………pag. 20

Figura 4 – Diagrama de tratamento típico da vermiculite………………….……..…..pag. 22

Tabela 3 - Principais aplicações da vermiculite…………………………….…….…..pag. 23

Tabela 4 -Comparação de pós convencionais fosfato/zeólita………………….…..…pag. 25

V
INDICE
DEDICATÓRIA ...................................................................................................................................... I
AGRADECIMENTO .............................................................................................................................. II
RESUMO ............................................................................................................................................... III
ABSTRACT ........................................................................................................................................... IV
LISTA DE FIGURAS E TABELAS ....................................................................................................... V
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 10
2. OBJECTIVOS DO TRABALHO ................................................................................................. 11
2.1. Geral ...................................................................................................................................... 11
2.2. Específicos ............................................................................................................................ 11
3. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 11
4. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 11
5. CORINDO..................................................................................................................................... 12
5.1. Mineralogia ........................................................................................................................... 12
5.2. Ocorrências ........................................................................................................................... 12
5.3. Tecnologia ............................................................................................................................. 13
5.4. Aplicações ............................................................................................................................. 13
5.5. Mercado................................................................................................................................. 13
6. DIAMANTE ................................................................................................................................. 14
6.1. Mineralogia ........................................................................................................................... 14
6.2. Ocorrências ........................................................................................................................... 14
6.3. Tecnologia ............................................................................................................................. 15
6.4. Aplicações ............................................................................................................................. 16
6.5. Mercado................................................................................................................................. 16
7. DIATOMITO ................................................................................................................................ 16
7.1. Ocorrência ............................................................................................................................. 17
7.2. Tecnologia ............................................................................................................................. 18
7.3. Aplicações ............................................................................................................................. 19
7.4. Mercado................................................................................................................................. 19
8. DOLOMITO ................................................................................................................................. 19
8.1. Mineralogia ........................................................................................................................... 19
8.2. Ocorrência ............................................................................................................................. 20
8.3. Tecnologia ............................................................................................................................. 20
8.4. Aplicação............................................................................................................................... 20
8.5. Mercado................................................................................................................................. 21
9. VERMECULITE........................................................................................................................... 21
9.1. Mineralogia ........................................................................................................................... 21
9.2. Ocorrências ........................................................................................................................... 21
9.3. Tecnologia ............................................................................................................................. 22
9.4. Aplicações ............................................................................................................................. 23
9.5. Mercado................................................................................................................................. 23
10. DETERGENTE ......................................................................................................................... 23
11. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 26
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 27
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objectivo o estudo de minerais industriais, em específico


o corindo, diamante, diatomito, dolomite e vermiculite e a descrição sobre os detergentes no
âmbito da consciencialização do seu desempenho para a limpeza em comparação ao sabão
comum. Constituem o foco primordial no estudo dos minerais mencionados a mineralogia,
ocorrência, tecnologia, aplicação e mercado destes. Sendo este um trabalho baseado em
pesquisas bibliográficas, realizado dentro desta instituição de ensino, como trabalho em
grupo. É de grande importância o conhecimento destes tópicos para um engenheiro de
processamento mineral, dado a relação directa que estes se encontram ligado durante os
processos de tratamento dos minerais, a estipulação do preço e a localização do mercado para
a colocação do seu produto final, sendo por estas e outras razões o estudo deste tema.

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2. OBJECTIVOS DO TRABALHO

2.1. Geral
 Estudar os minerais corindo, diamante, diatomito, dolomite e vermiculite e os
detergentes

2.2. Específicos
 Analisar a mineralogia de cada mineral
 Identificar as principais zonas de ocorrência de cada mineal
 Descrever os processos tecnológicos por mineral
 Mencionar os mercados mundiais por mineral
 Discutir as aplicações por mineral

3. JUSTIFICATIVA

O conhecimento profundo dos minerais constitui uma tarefa fundamental para o


engenheiro de processamento mineral, visto que só com os domínios em características dos
minerais poderá realizar de uma forma eficaz a escolha de métodos para os processos de
beneficiamento, conhecerá o valor de cada mineral em função ao seu grau de pureza e em
relação aos preços estipulados no mercado, bem como conhecerá o local para a colocação do
seu produto para venda. Deste modo, o presente trabalho consiste na descrição de alguns
minerais com vista a dar o conhecimento necessário no âmbito destes minerais.

4. METODOLOGIA

Pela colaboração dos membros do grupo e em base em pesquisas bibliográficas foi


produzido o presente trabalho, através de consultas em livros com temas relacionados a
questão em estudo, sendo também baseado em buscas na internet para complementar os
requisitos do presente trabalho.

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5. CORINDO
O corindo é um mineral à base de óxido de alumínio (Al2O3). A sua composição
química é trióxido de alumínio, com 59,9% de Al e 47,1% de oxigénio.

O nome corindo tem a sua origem na palavra proveniente do tâmil kurudam (uma das
línguas do Sul da Índia) cujo significado é rubi. O corindo foi pela primeira vez identificado
na Índia, é conhecido desde o início dos tempos, e sua presença sempre foi marcante em todas
as civilizações, seja pela utilização como gema ou por seu uso industrial. Em Moçambique, o
corindo foi conhecido desde os tempos coloniais portugueses.

5.1. Mineralogia

O mineral corindo pode ser gerado por processos magmáticos e metamórficos. E é um


mineral típico das rochas metamórficas que se formam a partir de rochas preexistentes quando
submetidos a altas pressões e temperaturas. Também pode ser encontrado em rochas ígneas
formadas pela consolidação de magmas profundos pobres em sílica. Também pode ser
produzido artificialmente por aquecimento de alumina acima de 450oC, Campos (1999). O
corindo cristaliza no sistema romboédrico, apresentando fractura concoidal.

Minerais Composição Cor Densidade Dureza


Corindo Al2O3 Verde, vermelho, cinzento 3,9-4,1 7-9
Esmeril Corindo + Magnetite Cinzento, negro 3,2-4,5 7,25
Tabela 1 – Minerais fonte de corindo (VELHO, 2005 apud HARBEN, 1995).

5.2. Ocorrências

No grupo de mineral corindo, tem-se as variedades das gemas, sendo os mais


conhecidos os rubi de cor vermelha e a safira de cor azul. O rubi de ponto de vista químico é
um óxido de alumínio com pequenas quantidades de crómio, em substituição do alumínio. O
rubi é minerado na Africa, Asia e na Australia. Os depósitos de rubi são mais comuns na Sri
Lanka e na Tailândia, porém também são encontrados em Montana e na Carolina do sul nos
Estados Unidos e em Moçambique, no distrito de Montepuez, na província de Cabo
Delegado.

A safira é uma variedade de forma monocristalina de óxido de alumínio, em


substituição do alumínio. No que se refere a ocorrência os depósitos mais conhecidos da safira

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são as da Sri Lanka. Os outros depósitos importantes são as da Birmânia, na zona Tailandesa
de Chantaburi e em Moçambique na província de Niassa. Em Moçambique o mineral corindo
ocorre a norte de Moçambique, concretamente nas províncias de Niassa e Cabo Delgado, em
forma de rubi e safira. Também esse mineral ocorre na província de Tete, concretamente nos
distritos de Changara, Mutarara e Tsangano.

5.3. Tecnologia
Comummente, são submetidos a tratamentos térmicos a fim de melhorar sua cor, ou
seja, queimar certas inclusões, como nas Esmeraldas também é usada à técnica de
preenchimento de fracturas para esconder as falhas, assim sendo os comerciantes sempre
conseguem de alguma forma valorizar seus produtos com algumas técnicas.

5.4. Aplicações
O corindo pode ser facilmente classificado para ser aplicado, como partículas da
origem a bordos do tipo cinzel, que raspa mais do que risca.
O corindo pode também ser usado na produção de tijolos refractários aluminosos e
como fluxo no fabrico de aço.

5.5. Mercado
A produção mundial de corindo deve rondar 50 – 60 000 t/ano, não incluindo as
gemas de corindo. O mercado de corindo tem vindo a mostrar tendência para diminuir de
importância, devido à competição com abrasivos sintéticos de modo que só conseguira
sobreviver nichos com base em preços competitivos (Tabela 2).
Mercado de corindo Mercado do esmeril
Produtor Exportador Importador Produtor Exportador Importador
Zimbabwe Zimbabwe Canadá Turquia Turqia Holanda
República da República da França Grécia Grécia Índia
Àfrica do Sul África do Sul Alemanha EUA Holanda Canadá
Índia Índia Índia Reino Unido
CEI Japão EUA Alemanha
Holanda França
Reino Unido Japão
Tabela 2 – Principais países dos mercados de corindo e de esmeril (VELHO, 2005 apud
HARBEN, 1995).

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6. DIAMANTE
O diamante, cujo nome vem do grego significando inflexível, duro, na medida em que
é considerado a substância natural mais dura, é uma das formas estruturais do carbono nativo.

6.1. Mineralogia
O diamante é um mineral que pertence ao sistema cubico, surgindo frequentemente em
cristais de hábito Octaédrico com clivagem octaédrica perfeita mas podendo apresentar outros
hábitos, até mesmo o cubico.

Os cristais de diamante podem ocorrer associados aos seguintes minerais: olivina,


ilmenita, cromita, piropo, enstatita e diópsidio, bem como aos elementos seguintes: Al, Si, Ca,
Mg, Fe, Cr. O diamante é formado sob pressões e temperaturas muito elevadas, que podem
atingir valor de 70kbar e 1800°c, respectivamente. Estas condições genéticas verificam se a
cerca de 200 a 300 km de profundidade, no manto superior da terra. O quimberlito de provir
de regiões do manto superior onde o diamante corresponde à forma estável de carbono e a
sílica se encontra sob a forma de coexiste, isto é, entre 100 e 300 km de profundidade

6.2. Ocorrências
A rocha-mãe do diamante é o quimberlito, rocha vulcânica ultrabásica cujo nome
provem do local sul-africano kimberley onde existem importantes explorações de diamante.
Esta rocha pode ser definida como sendo um peridotito serpentinizado e carbonatado, de
textura porfiritica, contendo nódulos de outras rochas ultrabásicas e caracterizadas por possuir
minerais que se formam a elevada pressão como é o caso de piropo. A ocorrência de diamante
junto da superfície da terra foi provocada por fenómenos de vulcanismo que originaram o
quimberlito, que é a rocha – mãe do diamante.

O principal país onde correm o diamante é a República da África do Sul. Destacando


se outros país como a Tanzânia, Zaire, Zimbabwe e a Rússia. Outros depósitos importantes
ocorrem também em áfrica (Serra Leoa, Costa do Marfim, Angola Libéria), na Asia (Índia),
na América (EUA e Estado do Arkansas), e na Austrália.

Outra ocorrência primária do diamante é o lamproito, rocha ígnea magnesiana


ultrapotassica. Para além dos jazigos primários destacam-se igualmente os de origem
secundária, que podem ser aluvionares e eluvionares. Em Moçambique na província de

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Manica, no distrito do mesmo nome na região de Bragansa, em Cabo-delgado, no distrito de
Gurué na Zambézia há indícios da ocorrência do diamante em quantidades não especificadas.

Figura 1– Distribuição de quimberlitos e lamproitos diamantíferos e não diamantíferos


(VELHO, 2005 apud EVANS, 1993).

6.3. Tecnologia
A recuperação dos diamantes é em função das suas propriedades físicas. A separação
da ganga é apenas mecânica, já os diamantes tem uma associação íntima com esta. Um dos
processos mais utilizados baseia-se no facto de o diamante não se recobrir por uma película
aquosa porque a sua superfície não tem afinidade para a água. Assim, passa-se o concentrado
por mesas vibratórias engorduradas e os diamantes ficam presos na camada de gordura. De
seguida, funde-se a pasta gordurosa para libertar os graus de diamante, passando-os depois
por água fervente.

Outro processo consiste na utilização de raio X, já que os diamantes são luminescentes


quando expostos a aquela radiação. O concentrado conduzido numa correia transportadora
passa sob o feixe de raio X e câmaras escuras.

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Sob acção dos raio X os diamantes tornam-se fluorescentes, activam uma célula
fotoeléctrica que dispara um jacto muito forte de ar comprimido e faz desviar os diamantes da
sua trajectória normal, projectando-os num recipiente onde se acumulam.

A produção de diamante sintético utiliza dois processos: o primeiro consiste na


aplicação de pressões e temperaturas ultra elevadas a uma mistura de catalisador de carbono-
metano pelo uso de prensas hidráulicas poderosas, sendo este processo o mais utilizado; o
segundo método consiste em submeter uma mistura de catalisador de carbono-metano a um
choque explosivo.

6.4. Aplicações
O diamante industrial, para além de ser usado como abrasivo, é também aplicado em
granulado e pó, como matriz, para trefilação, equipamentos de torneamento e de furacão; para
testar a dureza de materiais; serras; material de sondagens. Mais de 75% dos diamantes
indústrias são usados na forma de matriz ou pó, a maior parte destinada a produção de mós de
discos de cortes. O restante 25% divide-se entre pedras grandes aplicadas como ferramentas
de trefilação, enquanto as pequenas são usados como pontas de brocas de sondagem. Também
pode ser aplicados em conjunto com materiais cerâmicos, metais ou plásticos, para moagem e
discos de corte aplicados para o aperfeiçoamento de outros abrasivos como os carbonetos, SiC
e WC.

6.5. Mercado
Nos anos 1725, os diamantes provinham da índia e do Sri Lanka, depois até 1892 a
produção foi dominada pelo brasil, tendo, em seguida, passado para a república da África do
sul. A evolução da produção de diamantes tem sido enorme. Em 1999, os maiores produtores
de diamantes, tinham extraído 145 milhões de carates, mais de 85% do mercado. A produção
mundial de diamante sintético e natural é superior a 490 000 000 de carates, dos quais 120
000 000 correspondem a diamantes naturais, industriais, e gemas, e os restantes a sintéticos. O
mercado internacional é dominado pelos seguintes países: India, Brazil, China e Africa do
Sul.

7. DIATOMITO
O diatomito, também designado por terra diatomácia ou KieselgurI, é uma rocha
sedimentar siliciosa com mais de 50% de carapaças ou frústulas de diatomáceas. O termo
diatomito provém do grego diatémein, que significa cortar ao meio.
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O diatomito puro, constituído exclusivamente por diatomáceas é raro. Em geral,
contém argila, cinza vulcânica, silte e outras impurezas, em percentagem variável até 50%. O
diatomito tem uma densidade muito baixa (0,60 - 1) e possuindo ainda grande capacidade de
absorção de líquidos, baixa condutividade térmica, baixa dureza e propriedades refractarias
(funde entre 1400 e 1600oC).
As diatomáceas são algas de água doce, salobra ou salgada, cuja carapaça é de
natureza siliciosa à base de opala C, opala C/T e cristobalite a.
Quimicamente, os diatomitos são constituídos por sílica geralmente entre 80-90%,
sendo muito raro ocorrerem diatomitos, sendo muito raro ocorrerem com valores de sílica
acima de 95%. Geralmente, os diatomitos conte impurezas que se manifestam nas análises
químicas pela presença de Fe, Al, Mg e CaCO3. Em termos mineralógicos co-depositados ou
como minerais secundários, identificam-se minerais argilosos, quartzo, gesso, mica, calcita e
feldspato. Impurezas menos comuns são: salgemas, fosfatos, pirite, cherte e cinza vulcânica.
Como contaminante biogénicos, destacam-se os radiolários, os os tracodos e os bivalves. Nas
situações em que os teores das impurezas são muito elevados costuma-se adoptar uma
terminologia própria: diatomito arenoso, margadiatomítica, entre outras.
Como o diatomito natural possui a natureza siliciosa, quando calcinado, uma parte da
sílica amorfa transforma-se em sílica cristalina, essencialmente cristobálite. Quando esta é
inalada em certas quantidades e durante bastante tempo a sílica cristalina pode provocar
silicose, uma doença pulmonar.

7.1. Ocorrência
As rochas diatomíticas ocorrem em sedimentos lacustres, estuarinos, lagunares e
marinho de idade Cretácica, Terciária e Quaternária. Nos locais dessas ocorrências, as águas
seriam de baixas profundidades, geralmente não superior a 35 a 40m, e possuíam valores
elevados de SiO2, entre 5 e 20 ppm para se formarem as carapaças siliciosas das diatomáceas.
Estes são relativamente abundantes em vários continentes. Os depósitos de diatomitos
reflectem uma certa estabilidade ambiental das condições de disposição, bem como ambientes
adequados a sua preservação.
A principal região produtora do diatomito no mundo localiza-se no estado norte-
americano da Califórnia, em Lompoc.

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7.2. Tecnologia
O diatomito é, em geral, explorado a céu-aberto, havendo nalguns locais, exploração
subterrânea. No primeiro caso, após a remoção do material que está sobrejacente, e como não
é necessária a aplicação de explosivos, o minério é extraído por escavadoras e transportado
por camiões. O diatomito é agrupado em diferentes lotes, de acordo com a cor, densidade,
pureza e propriedades de filtragem, reflectindo os diferentes graus de qualidade.
Os processos de moagem e de tratamento, muito importantes, devem ser cuidadosos,
porque devem preservar a forma e a estrutura particular dos esqueletos das doatomáceas.
Segue-se depois, uma fase de secagem e, finalmente, a classificação de modo a obter-se
diferentes granulometrias (Figura 2).

Figura 2– Diagrama de fluxo de tratamento de diatomito (VELHO, 2005 apuda


O`DRISCOLL, 1987).

O diatomito pode passar por uma fase de calcinação, com o auxílio da adição de um
fluxo ou fundente, a temperatura da ordem dos 870 a 1100oC, obtendo-se um produto rosado.
Esta fase é muito importante porque, para o diatomito poder ser aplicado como ajudante de
filtragem, deve sofrer um ajustamento da distribuição dimensional das suas partículas. O pó é
sinterizado, ou apenas sofre um aquecimento em fornos rotativos, antes de ser moído e
classificado. Na gama de temperaturas entre 870 e 1100oC, os resíduos orgânicos são
queimados, a estrutura das diatomáceas colapsa e endurece, e algumas diatomáceas e
fragmentos são sinterizados, formando pequenos agregados ou aglomerados. A energia
despendida possui uma influência enorme no preço final do diatomito produzido, podendo
representar 25 a 30%. O tratamento do diatomito requer muita energia envolvida na redução
do teor em humidade, na moagem, na classificação, na secagem e na sinterização.

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7.3. Aplicações
A mais importante utilização do diatomito é em filtração, clarificação de líquidos
(água, vinho, cerveja, licor e sumos de fruta) e separação de óleos e soluções químicas. Outras
aplicações com muito interesse verificam-se no papel, tintas e borrachas, como excipiente de
pesticidas e como abrasivos suaves. O diatomito de pior qualidade pode ser aplicado no
fabrico de mosaico, cerâmico ou telhas e tijolos, enquanto o de superior qualidade pode ser
utilizado em filtros.

7.4. Mercado
A produção do diatomito é superior a 1,3Mt por ano, sendo os principais produtores os
EUA (40%), CEI (15%) e a França. O diatomito comercial possui 86 a 94% de s lica, sendo
usado em pó ou calcinado, situação que modifica algumas propriedades como sucedem, por
exemplo com a dureza.

8. DOLOMITO
O nome dolomito foi referido pela primeira vez no sec. XVIII pelo mineralogista
francês Sylvain Gratet, natural de Dolomieau (Iseere), e não por um pretenso dolomieau como
é referido em obras técnicas. Trata-se de uma matéria-prima extremamente versátil, apesar de
ser considerada em plano secundário em relação a uma outra rocha carbonatada, esta mais
comum, o calcário.

8.1. Mineralogia
O dolomito ou dolomia é uma rocha semelhante a um calcário, na qual predomina a
dolomite, CaMg(CO3)2. Num extremo das rochas carbonatadas encontra-se o calcário,
constituídos com mais de 90% de calcite, CaCO3, enquanto no outro extremo encontrasse o
dolomito, podendo ocorrer todas as composições intermédias entre estes dois extremos.

Além dos componentes principais (Magnésio e cálcio), as análises químicas das


dolomites revelam a presença de sílica, óxidos de ferro e outros componentes menores, que
estão relacionados com a presença de minerais detríticos e ou de neoformação ou com
diadoquias de magnésio com o ferro.

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8.2. Ocorrência
As principais regiões produtoras de dolomita situam-se em Sesimbra e em rio maior,
Portugal (bragarense) em Moçambique, a dolomite ocorre na zona sul na província de Gaza e
na província de Tete ocorre associado ao filão de calcite no distrito de Moatize.

8.3. Tecnologia
O tratamento das rochas carbonatadas, em particular o mineral Dolomite, depende do
uso e especificações do produto final. A britagem em estágio unitário e o peneiramento são os
métodos usuais para obtenção de produtos. A obtenção de produtos para aplicações
consideradas nobres necessita de um circuito complexo de beneficiamento

A flotação, a separação magnética, entre outros, são processos usados para


concentração de dolomite ou remoção das impurezas, quando necessária. Desse modo, são
obtidos produtos de carbonato de cálcio e magnésio, por meios físicos de purificação ou
beneficiamento, com elevados índices de pureza para atender à necessidade do mercado a que
se destina. Tais procedimentos são usados nas etapas de concentração e não de purificação,
razão pela qual há, em alguns casos, dificuldades no processo de purificação.

Figura 3 - Fluxograma típico de tratamento/ beneficiamento da Dolomite. CTM 2005.

8.4. Aplicação
As aplicações de dolomite são muito variadas, agrupando-se em agregados e matérias
de construção, agricultura, indústrias químicas, e metalúrgicas entre outras.

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8.5. Mercado
A produção de dolomite no mercado internacional é de cerca de 870 Mt/ano só nos
EUA. Este país constitui o maior produtor mundial desta matéria-prima, utilizando-as em
larga escala em bruto e industrializada. Na Europa, a produção andara muito perto de 1000 Mt
e, entre os países europeus o reino unido ocupa a primeira posição com uma produção acima
dos 13 Mt/ano.

9. VERMECULITE
A vermiculite corresponde a um grupo de silicatos micáceos ou lamelares, hidratados,
ferro magnesianos, aluminosos e trioctaédricos. Este mineral foi primeiramente estudado por
Thomas Webb, em 1824, que verificou que quando sujeito a uma chama ou outra fonte de
calor se expandia em diversas formas que se assemelhava a pequenos vermes, daqui a
designação de vermiculite.

9.1. Mineralogia
As partículas de vermiculita são muito semelhantes as da mica, variando na cor, entre
incolor a verde e negro, resultado da composição química. A vermiculita pode apresentar uma
composição química muito variável, dependendo da composição da mica original, uma vez
que é um mineral secundário e das mudanças químicas que tenham ocorrido durante a
meteorização e troca catiónica, a estrutura da vermiculite é muito semelhante a do talco, e a
das micas.
A composição química média da vermiculite pode ser traduzida pela seguinte fórmula:
(Na0,12, K0,39, Mg0,19, Ca0,13, 6H2O)(Mg5,Fe2+0,2, Fe3+0,8)(Si5,5, Al2,5, O20)(OH)4

9.2. Ocorrências
Na República de África do Sul na região de KrugerPark ocorre um importante
depósito de vermiculite no carbonatito de Palabora. A vermiculite ocorre nas rochas
ultrabásicas, estando disseminada com apatite. São identificados dois tipos de vermiculites,
um de cor acastanhada que apresenta a seguinte composição química: 5% de H2O, 12% de
Al2O3 e 6,5% de óxidos de ferro e que apresenta uma capacidade de expansão de 26 vezes;
outro, de cor negra, que possui uma menor capacidade de expansão, 11 vezes, e de
composição química: 2,5% de H2O, 7% de Al2O3 e 8,5% de óxidos de ferro.

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9.3. Tecnologia
Os processos de refinação da vermiculite envolvem, em geral, três fases, que
consistem na separação da vermiculites da ganga, seguida delaminação em folhas e,
finalmente, na sua classificação em separados granulométricos. Na primeira fase, o minério é
granulado em fracções abaixo de 20 mm ou 16 mm, sendo o material aderente removido por
lavagem e por classificação. As lâminas de vermiculites são separadas da ganga por
classificação através de jactos de ar em multi estados bem como por flutuação colunar (Fig. 9)

Figura 4 – Diagrama de tratamento típico da vermiculite pelo processo em húmido (VELHO,


2005 apudHINDMAN, 1994)

Na indústria, são utilizados fornos verticais, a óleo ou a gás, alimentados a uma taxa
constante, que expandem a vermiculite de um modo muito rápido a uma temperatura a volta
de 1000oC. De seguida, a vermiculite é arrefecida a cerca de 400oC, sendo feita passar por
um separador que remove as impurezas.
O produto obtido possui baixa densidade, elevado isolamento acústico e térmico,
inércia química e resistência ao fogo.
Por outro lado, é inodoro, não irritante e relativamente refractário. Estas características
tornam a vermiculite muito útil em matérias para a construção civil, como é o caso dos
agregados ultraleves.

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9.4. Aplicações
As aplicações da vermiculita são muito diversificadas, podendo dividir-se as suas
aplicações em quatro áreas globais como mostra a tabela 3.
A sua principal aplicação é na indústria de construção civil como isolante térmico e
acústico, incorporada em materiais a prova de fogo. A vermiculite esfoliada termicamente
constitui a base de algumas placas leves de paredes, absorvendo tensões localizadas e ajuda a
resistência a condensação da humidade.

Construção Horticultura Agricultura Outros


Placas de gesso; Germinação de Ração para animais; Tintas;
Isolantes; sementes; Pesticidas; Filtros;
Protecção ao Hidroponicos; Fertilizantes; Absorventes;
fogo; Composto de Condicionadores de solos; Vedantes;
Protecção semeadura; Produtos antiaderentes; Isolantes;
acústica; Micropropagação; Agentes de volume; Fornos;
Tabela 3 - Principais aplicações da vermiculite (VELHO, 2005)

9.5. Mercado
A capacidade de produção da vermiculite a nível mundial é de cerca de 550 000 t com
uma capacidade de utilização máxima de 100%, o mercado apresenta-se estabilizado,
fortemente influenciado pela actividade da construção civil. Os EUA constituem o principal
mercado da vermiculite com o consumo destinado, quase exclusivo a construção civil. A
produção mundial é dominada pelos EUA e república da África do sul e que em conjunto
dominam mais de 75% do mercado, sendo os principais países importadores a Alemanha,
Bélgica, Reino unido, Holanda, Canada e o Japão. O primeiro produtor mundial é a república
da África do sul com um valor aproximado de 220 000 t seguida dos EUA com 190 000 t.

10. DETERGENTE
Durante muitos anos o sabão foi o agente de limpeza dominante, obtido a partir do
óleos naturais e de um produto alcalino, inicialmente a partir de determinadas árvores e
plantas, mais, actualmente, é a partir da soda cáustica. A necessidade de se adicionar o
produto alcali resulta do facto de o sabão não funcionar na água ácida (havendo a necessidade

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de aumentar o pH da água). Mais o sabão vê diminuída a sua capacidade em água dura dando
origem a uma espuma insolúvel.

Os detergentes modernos são bastante complexos e vieram substituir o sabão tornando-


se um produto com um elevado grau de eficiência.

Um detergente é um produto que necessita participar no processo de lavagem em 3


fases: penetração no tecido, libertação da sujidade e remoção desta na lavagem sem
redeposição. Apesar de detergente de elevada quantidade conter mais de 25 ingredientes, os
principais componentes são os activadores de superfície, o estruturante e o sistema
branqueador.

O componente orgânico do detergente, molécula orgânica de cadeia longa, é, por sua


vez, atraído por gordura e por óleo que são insolúveis em água. Estas moléculas rodeiam as
partículas de gordura e de sujidade através de um revestimento que é hidrofílico, sendo
portanto atraído pela água. A sujidade fica em suspensão na água podendo, então, ser retirada
com facilidade. Estes activadores de superfícies constituem então, a parte fundamental do
detergente. É a superfície activa destes agentes que reduzem a tensão superficial da água,
melhorando a molhabilidade do tecido e remove a gordura, o óleo e outras manchas contendo
os dispersores durante a lavagem. Podem ser divididos em aniónicos, catiónicos e não-
iónicos. Convém referir desde já que, para além da qualidade do detergente, a qualidade ou
dureza é um factor importante na qualidade da lavagem.

Os estruturantes são usados para tornar os activador de superfície mais eficiente,


especialmente em águas duras, pela remoção do cálcio e do magnésio da solução, que, de
outro modo, redepositavam sobre os tecidos. Estes iões podem ser removidos por
precipitação, por armadilhagem ou por troca catiónica.

Os estruturantes para além de eliminar a dureza da água também removem os metais


pesados e proporcionam a alcalinidade necessária para a remoção das manchas e terra.

Finalmente, os branqueadores são fundamentais para a remoção completa das manchas


coloridas.

Os principais minerais utilizados nos detergentes são: fosfatos (tripolifosfato de sódio,


STPP), zeólitos sintéticos, sulfato de sódio. Durante muitos anos, o principal estruturante

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utilizado tem sido o STPP (tripolifosfato de sódio), que desactiva o cálcio e o magnésio, é
uma fonte de alcalinidade, mantem o pH da água, desflocula e dispersa as partículas.

Os detergentes de lavagem podem ser divididos em pós, pós compactos líquidos e


líquidos concentrados. Cada um possui diferentes formulações, com diferentes incorporações
de minerais aditivos.

Os zeólitos constituem o principal substituto do fosfato, não só por razões ambientais


também porque existe a tendência, actualmente, para produzir detergente compacto. Os
zeólitos absorvem com grande eficiência os estruturantes e, portanto, são adequados para
cargas elevadas de aditivos de elevado valor como são os activadores de superfícies.

Componentes Fosfato Zeólito


STPP (tripolifosfato de sódio) 25 -
Zeólito A - 30
Activador não iónico 2 4
Activador anionico 12 10
Carbonato de sódio 10 15
Silicato de sódio 6 2
Policarboxilato - 1
Agente anti-redeposição 1 1
Sulfato de sódio 44 37
Tabela 4 - Comparação de pós convencionais fosfato/zeólita (valores em percentagem)
(VELHO, 2005)

O zeólito A registou na europa, em 1989, um consumo de cerca de 325 000 t, tendo


aumentado para cerca de 370 000 t em 1995. Em termos mundiais, nos finais de 1992, o
consumo de zeólito foi de cerca de 1.44 Mt, tendo atingido os 2.8 Mt no ano 2000. Mas nem
em todos países se verifica um aumento acentuado do consumo de zeólitos.

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11. CONCLUSÃO

Os minerais industriais apresentam grande diversidade de aplicações, assim como de


preços. O valor atribuído aos minerais industriais é decorrente de suas propriedades físicas e
de sua performance nos processos industriais, ao contrário dos minerais metálicos, cujo preço
é função principalmente de sua composição química.
Os países industrializados dominam tanto o lado da demanda quanto da oferta de
minerais industriais. Os principais produtores mundiais, a excepção de diamante e fosfatos,
estão localizados nos países industrializados da Europa Ocidental e Oriental, América do
Norte e Austrália.
Os processos tecnológicos dos minerais em estudo são em função a mineralogia,
necessidades ou aplicações de cada mineral, que por sua vez são em função dos custos
envolvidos no tipo de equipamentos e métodos adequados.

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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) VELHO, Lopes. 2005. Minerais Industriais: Ocorrência e Aplicações.


Lisboa;
2) João Alves Sampaio, Salvador Luiz Matos de Almeida. Minerais Sinteticos
tratamento de Calcário e Dolomito.
3) www.google.com/geologystudiesminerals/mineralaplication

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