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Índice

Introdução ---------------------------------------------------- 2

O que são recursos minerais ------------------------------- 3

• Minerais metálicos e não metálicos ----------------- 3

Desenvolvimento da mineração no mundo e em Portugal 4

A Mineração ------------------------------------------------- 8

Impactos da exploração mineira -------------------------- 9


• Ambientais e humanísticos -------------------------- 9
• Socioeconómicos ----------------------------------------- 10

Alternativas à utilização dos minerais ------------------ 11

Conclusão ---------------------------------------------------- 12

Webgrafia ---------------------------------------------------- 13

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Introdução
Desde o principio da humanidade o ser humano utiliza o seu meio envolvente,
explorando-o, de forma a melhorar as suas condições de vida, seja individualmente
ou em comunidade. No começo não acarretava consequência, porque a tecnologia
que o Homem possuía não era suficiente para ocorrer uma exploração excessiva e/ou
nociva para a Natureza e o Homo Sapiens somente produzia o que carecia, mas com
o avançar dos anos as “não consequências” passaram a ligeiras agressões, até o ser
humano passar a consumir dois planetas Terra de recursos para saciar “the mass
consumption”.
Encontramos no nosso planeta, diversos recursos que podem ser utilizados para a
nossa vida, como por exemplo, recursos hidrológicos como a água, recursos
biológicos como as árvores, e recursos geológicos, como os minerais e
hidrogeológicos.
No caso particular dos recursos minerais, estes estão presentes na crosta terrestre e
são classificados de acordo com a sua composição química em minerais metálicos e
não metálicos. Existem diversos exemplos de recursos minerais, uns mais comuns
como o zinco e o alumínio, e outros mais raros como o ouro e a prata.
A mineração é a prática responsável pela sua exploração, e consiste na pesquisa,
exploração, extração, transporte, processamento, beneficiamento e comercialização
do minério. Existem dois tipos de mineração que se discernem pelas técnicas
utilizadas que são a lavra a céu aberto e a lavra subterrânea.
Contudo a exploração feita está associada a impactos ambientais negativos como a
desflorestação e a poluição logo devem ser tomadas medidas para melhorar a
sustentabilidade deste tipo de industria, sejam alternativas para os minerais ou até
formas de preservar os recursos e explorações mais “verdes”.
Portugal é um país rico em recursos minerais, que podem ser utilizados como
matérias-primas, nomeadamente na construção, na ornamentação e outras
industrias. No nosso país, desde há séculos, está presente a utilização e exploração
destes recursos.
Neste trabalho, no âmbito da disciplina de Geologia, iremos falar sobre o que são
considerados recursos minerais, como funciona a exploração de minerais, a sua
história e desenvolvimento até os dias de hoje e tentaremos encontrar alternativa que
visão melhorar a industria de exploração mineira e diminuir as consequências desta
no nosso planeta.

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Recursos minerais
Os minérios são rochas ou minerais onde podem ser retirados minerais de
minério ou gemas, para ser minério é fundamental que o produto tenha
concentração acima da sua média na superfície terrestre, são encontrados
naquilo que nós chamamos de jazigo mineral que é um “agregado de
substâncias de origem mineral que se encontra na crusta terrestre e que é
suscetível de exploração económica. “Do ponto de vista geoquímico, um jazigo
mineral pode ser considerado como uma concentração anormalmente elevada
de um determinado elemento químico, produzida por diferentes processos
geológicos.” (jazigos minerais – Infopédia) Os minérios vão, depois, ser
utilizados como matéria-prima para a industria. Num jazigo mineral o
material que é aproveitado designa-se de minério e aquele que é descartado é
a ganga ou estéril.

Minerais metálicos e não metálicos


Como já foi referido, os minerais podem ser classificados em duas categorias:
minerais metálicos e não metálicos.
Os minerais metálicos são minérios que contêm na sua composição química
substâncias metálicas, devido a este facto estes tipos de minerais têm uma
grande capacidade de condutividade elétrica, também possuem mais dureza
e uma maior resistência à corrosão do que os não metais
Entre eles está o ferro, minério que, quando processado nas fábricas de
siderotecnia, pode gerar o aço. Esse material é importante na construção civil,
na indústria automobilística e em outros produtos comercializáveis.
O cobre é um material metálico utilizado na fabricação de fios, condutores
elétricos, peças de automóveis, etc. Por sua vez, o alumínio é um material
formado a partir da bauxita, recurso mineral extraído da deposição milenar de
materiais rochosos, que pode ser utilizado em vários produtos, como panelas,
as placas de vitrocerâmica, etc.
Em Portugal tem se o conhecimento de haver alguns recursos minerais
metálicos, que são: cobre, chumbo, zinco, estanho, volfrâmio, ouro, ferro,
manganês e lítio.
Os minerais não metálicos, são aqueles cujos a composição química não
contém elementos químicos metálicos, por isso não tem tanta condutividade
elétrica como os minerais metálicos. Podemos tomar como exemplos o
enxofre, o diamante e a areia.
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O enxofre, elemento químico da família dos calcogênios, é um recurso mineral
não metálico muito importante na vulcanização de borrachas naturais, na
produção de detergentes e na fertilização do solo. Além disso, é um dos
componentes da gasolina e, quando liberado na atmosfera, pode contribuir
para a poluição ambiental e para a chuva ácida.
O diamante, por sua vez, é uma pedra muito valorizada em todo o mundo,
não só pela sua beleza, mas também pela sua resistência, sendo o mineral mais
resistente que existe. O diamante é muito utilizado na confeção de joias bem
como para o corte de porcelanas e vidros.
A areia é um conjunto de minerais que se encontra em praias, terrenos e
possui utilidades diversas: filtros, decoração de ambientes, matéria-prima
para a fabricação de vidro, entre outros usos.
Os recursos minerais energéticos são aqueles utilizados para a produção de
energia elétrica, calorífica ou mecânica, entre eles, o carvão, o gás, o petróleo,
o urânio, o xisto etc.
Em Portugal existem vários tipos de minerais não metálicos a serem
minerados e utilizados para várias coisas, estes são principalmente: mármores
ornamentais, calcários ornamentais e industriais, quartzo, feldspato, caulinos,
argilas comuns, areias especiais e comuns, e sal-gema.

Desenvolvimento da mineração no Mundo e em


Portugal
Homo Sapiens, ferramentas e sua influencia
O primeiro indício de uma utilização de recursos minerais foi com a procura
de rochas mais apropriadas para fazer ferramentas. Sendo
que as ferramentas de pedra têm aproximadamente 2,6
milhões de anos (Figura 1), ao seja, mais antigas que o
Homo Sapiens. Por volta de 1.9 milhões anos atrás foi o
começo da utilização de rochas como armas e seguido logo
pela escavação de melhores pedras para cortar e fazer Figura 1 – Primeiras ferramentas
de pedra
ferramentas.
Com o desenvolvimento do Homo Sapiens, e da sua população as
comunidades deixaram de parte estilos de vida nómadas, e a fixaram-se perto
de água e comida. Pouco tempo depois as localizações de outros recursos
naturais começaram a ter impacto na localização das comunidades. Os
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materiais retirados do solo estavam provavelmente entre os primeiros a serem
trocados entre as populações, algumas podiam ter acesso a obsidiana
(valorizado por ser afiado) outras tinham acesso á melhor argila para fazer
vasos, taças, etc. Estas trocas influenciaram o desenvolvimento de
comunicação e podem ser consideradas a base da civilização.

A História da Mineração
A mina mais antiga conhecida para um mineral específico é uma mina de
carvão no sul da África, que parece ter trabalhado entre 40 mil a 20 mil anos
atrás. Mas, a mineração não se tornou uma indústria significativa até que
civilizações mais avançadas se desenvolveram de 10 mil a 7 mil anos atrás.
Antigamente, os únicos metais disponíveis eram aqueles encontrados em
estado metálico na natureza. O mais abundante foi o cobre. Mas ouro, prata e
mercúrio também foram encontrados e valorizados. A aplicação do fogo aos
materiais extraídos tornou-se um avanço tecnológico e provou ser um dos
avanços críticos da civilização. De facto, os produtos transformaram-se pela
aplicação de calor, como resultado, a cerâmica endureceu para durar mais de
um ano e os metais podem agora ser derretidos e transformados em objetos.

A Fundição
O avanço da tecnologia na cerâmica em conjunto com a experiencia e
observação dos resultados da queima em diferentes materiais levou ao
desenvolvimento da fundição (a extração de metais do minério). Os egípcios
e sumérios fundiam ouro e prata há 6 mil anos. Como resultado, esses metais
passaram a ter um valor de transferência entre as pessoas e entre as culturas.
Há aproximadamente 5.5 mil anos foi a descoberta do estanho. O estanho,
misturado com cobre, deu origem ao bronze, a primeira liga mais dura que
seus metais constituintes. A metalurgia avançou nos próximos milhares de
anos, assim como o uso de outros materiais extraídos:
• o asfalto foi exportado da área do Mar Morto para o Egito há cerca de
4.500 anos.
• O cobalto era usado para colorir o vidro
• Navios egípcios importavam ouro do sul da África
• Na Suméria, as moedas de metal começam a substituir a cevada como
moeda legal.

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O Desenvolvimento de Civilizações em torno da Mineração
Figura 2 – Minas de Laurion
Com o desenvolvimento da civilização mediterrânea, a
mineração tornou-se uma das indústrias mais importantes
do mundo. Atenas enriqueceu devido às extrações das minas
de prata (minas de Laurion – Figura 2). Atenas caiu quando
Esparta ganhou o controle das minas de prata. Os romanos
expandiram-se, em parte, em busca de minas. O crescimento
da civilização exigia cada vez mais dinheiro para financiar
suas operações e precisava-se de metal para criar
equipamentos militares.
Durante a ascensão da Europa, os governos deram aos
mineradores direitos para possuir terras e lucrar com os minerais que lá
encontravam. No entanto, os governos exigiram sempre uma parte da receita
da mineração como pagamento pela cedência dos direitos minerários . Como
resultado, perpetuou a perceção de que os países não poderiam desenvolver
sem a exploração de recursos naturais. A civilização progrediu exigindo uma
quantidade crescente de material extraído para fabricar as necessidades da
vida quotidiana e financiar as economias das nações.
O movimento dessa riqueza mineral do continente americano financiou o
Renascimento. Eventualmente, a criação e expansão dos países da América,
juntamente com o desenvolvimento da era Industrial, resultaram na geração
de mineração que temos hoje.

Atual Mineração
Na verdade, se os seres humanos não tivessem criado leis e politicas para
fornecer o incentivo de mineradores, as nossas vidas provavelmente seriam
totalmente diferentes. Foi o nosso poder industrial (com base em recursos
minerais) que ajudaram a vencer várias guerras, construir ferrovias e rodovias,
pontes e cidades.
Os recursos minerais levaram-nos e levarão ao futuro. O crescimento da
tecnologia só aumentou a necessidade de cobre. A construção de recursos de
energia verde (eólica, solar, geotérmica) requer extensos recursos minerais
para fornecer alumínio e as ligas especiais necessárias para novas aplicações.

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Em Portugal
Figura 3- Tresminas, complexo mineiro romano
A exploração e a utilização de recursos minerais metálicos
em Portugal está presente ao longo dos tempos e começa
mais ou menos no período corresponde á ocupação
Romana em Portugal, existindo diversos vestígios
espalhados pelo território nacional sendo que esses
espaços são agora classificados como interesse
arqueológico. Em, por exemplo, na Vila Pouca de Aguiar. (Figura 3)
No século XIX a Mina de S. Domingos, localizada no concelho de Mértola, cuja
dimensão do projeto de exploração de pirite (mineral de
cor amarela latão, de brilho metálico e composição FeS2,
a sua utilização mais comum é o fabrico de ácido
sulfúrico) implicou a construção de imensas
infraestruturas, dentro e fora do espaço minério, tais como
uma barragem de águas junto ao rio Chança, linhas férreas
com cerca de 21km da mina até ao Guadiana, que incluía Figura 4 – Mina de S. Domingos
um terminal de carga de navios por onde se fazia a exportação dos minérios
explorados.
Na primeira metade do século XX, entre a 1ºGuerra Mundial e os anos 70,
estavam ativas inúmeras minas de volfrâmio ou
tungsténio (sobretudo utilizado para fabricar
filamentos de lâmpadas de incandescência e tubos
eletrónicos). Salientando que durante a 2ºGuerra
Mundial a atividade mineira legal e ilegal atingiu
Figura 5- Minas da Panasqueira uma dimensão nunca anteriormente alcançada,
sendo que na época era um dos pilares económicos do país, dessa atividade
restam as Minas da Panasqueira (Figura 5), que são responsáveis por manter
Portugal como o segundo produtor de tungsténio.
Por volta dos anos 80 foi inaugurado as Minas de
Neves-Corvo, no Alentejo, com exploração de
minerais de elevado teor, em especial o cobre, e
também o zinco, estanho, prata, etc. que depois da
descoberta de novas massas, em Lambor e Semblana,
consegui ampliar o seu tempo de vida em mais de 30 Figura 6 – Minas de Neves-Corvo
anos. A mina de Neves-Corvo é responsável por Portugal, ser o segundo maior
produtor de cobre da União Europeia contribuindo também para o
crescimento da produção de índio a nível mundial.

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Depois de um período de baixos preços que se mantiveram até o final de 2004,
que colocou em causa as poucas minas portuguesas, a elevada procura de
matérias-primas resultante do crescimento das economias asiáticas,
principalmente a China e a Índia, ocasionou uma subida rápida dos preços do
mercado mundial que teve como consequência imediata um aumento da
atividade de
Após um período de baixos preços que se mantiveram até fins de 2004, que
pões em causa as poucas minas portuguesas, a elevada procura de matérias-
primas resultante do crescimento das economias asiáticas, em especial da
China e da Índia, provocou uma subida rápida dos preços no mercado mundial
que teve como reflexo imediato um aumento da atividade de prospeção* e
pesquisa em todo o Mundo.
Prospeção* - Atividades geológicas e mineiras, que têm como objetivo efetuar um reconhecimento do valor
económico da área explorada ou de um jazigo

A Mineração
Como já foi referido a mineração é o processo de exploração de recursos
minerais e é formada por um conjunto de fases que se podem resumir:
• Pesquisa para localização do minério.
• Prospeção para determinação da extensão e valor do minério localizado,
neste processo não há praticamente impacto ao meio ambiente.
Consiste em atividades que utilizam dados de satélite, aéreo ou
superficiais, onde uma pessoa com conhecimento técnico adequado
(pode ser um geólogo), anda pela região para calcular o potencial das
rochas, solo e outros elementos naturais.
• Apreciação dos recursos em termos de dimensão e teor do depósito.
• Planeamento, para avaliação da parte do depósito economicamente
extraível.
• Estudo para avaliação do projeto e decisão entre iniciar ou abdicar da
exploração.
• Desenvolvimento de acessos ao depósito que se vai explorar.
• Lavra, alude às etapas do progresso do projeto e a extração. É o conjunto
de operações coordenadas que têm como objetivo o aproveitamento
industrial da mina. Processo em que ocorre a separação da ganga e o
estéril.
• Recuperação da zona afetada pela exploração de forma a que tenha um
possível futuro uso

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Na mineração existem dois tipos de lavra que se distinguem pelas técnicas
utilizadas na extração do minério. Essas práticas dividem-se em lavra a céu
aberto e lavra subterrânea. Na escolha entre os dois métodos estão em
consideração as características da área em que será realizada a atividade, como
a forma, profundidade do minério e aspetos geológicos, são ponderados
também aspetos econômicos, sociais e ambientais e questões de segurança e
higiene.
Figura 7- Lavra a céu aberto
O método da lavra a céu aberto, consiste na retirada
do minério de depósitos que se encontram em
superfície ou baixas profundidades (menor que
100m) e ocorre a exploração até a retirada total do
minério.
O outro método é a lavra subterrânea, utilizada na
extração de minérios em depósitos que se
encontram em maiores profundidades, maiores que
100m e são explorados por meio de equipamentos
complexos para esse fim.
Figura 8 – Lavra subterrânea

Impactos da exploração mineira Figura 9 – material estéril

Impactos Ambientais e Humanísticos:


Como já foi referido anteriormente, a exploração
mineira é composta por diversas fases distintas,
sendo a lavra é a que traz mais consequências para o
ambiente. Nesta fase, o material estéril (material que
é rejeitado num jazigo mineral) acumula-se à superfície, criando montanhas
artificiais de cada vez maiores dimensões designadas por escombreiras, estas
formam montes mal consolidados que podem originar desabamentos
terrenos.
Figura 10- escombreiras
Ainda na extração mineira, a ganga Figura 11- aquífero
(material estéril) pode
conter uma fração do
minério extraído (sem
valor económico) e
por ação da água da chuva, estes materiais são
deteriorados e transportados em solução para os

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aquíferos (formações geológicas responsáveis pelo armazenamento de águas
subterrâneas), contaminando-os. Certos elementos químicos (chumbo,
mercúrio e arsênio), que se encontram presentes nas escombreiras, depois da
sua deterioração, podem tornar as águas subterrâneas impróprias para
consumo humano.
Nas áreas mineiras abandonadas o risco ambiental e humano, consiste na
contaminação das águas, consequência da descarga direta de poluentes
gerados na mina e que desta se dirigem para as linhas de água, levando à
infiltração de poluentes nos aquíferos. As plantas e os animais, por
dependerem das condições dos solos e da água, podem ser atingidos por não
conseguirem suportar as condições de acidez e toxicidade das águas. A
existência de vegetação espontânea autóctone pode ser fortemente atingida
ou até mesmo destruída através da toxicidade inerente a certos teores de
metais pesados, pela excessiva acidez do substrato que pode interferir na
disponibilidade de nutrientes essenciais para a sobrevivência da planta. Em
suma, a água e o vento são os principais meios de transporte dos resíduos da
mineração deixados nas minas abandonadas e que contaminam as águas e
solos, afetando as plantas, animais e, por fim, o homem.

Impactos sócio económicos:


Segundo os grandes senhores, a indústria da mineralização é vital à sociedade,
pois esta é um importante fornecedor de matérias primas comparativamente
com outros setores da indústria, sendo acompanhado por uma grande
importância no desenvolvimento da economia, da população e da
competitividade no setor industrial. Por outro lado, devido aos grandes
impactos causados por esta mesma atividade, esta é acompanhada de diversos
desafios com o fim de obter a aceitação pública. Por esta mesma razão é de
grande urgência e importância que haja um aperfeiçoamento das práticas
sustentáveis no desenvolvimento da atividade mineira, podendo-se adotar
para tal feito grupos de indicadores capazes de analisar os eventuais impactos
sociais decorrentes da exploração mineira.
Os impactos sociais que mais se destacam nestes casos, são relacionados ao
uso e ocupação de terras, saúde e direitos humanos como impactos negativos
e renda e emprego, como impactos positivos.

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Alternativas na utilização dos minerais
Infelizmente, não existem muitas alternativas para a utilização dos minerais e
ao que parece nós somos cada vez mais dependentes deles. Por isso, neste
trabalho irão ser apresentados alguns exemplos de materiais que têm um
baixo grau de poluição em relação aos materiais usados mais recorrentemente,
mas que têm a mesma eficácia ou até um melhor desempenho.
- Baterias:
Geralmente as baterias fabricadas têm na sua composição elemento químico
bastante poluente, sendo ele o lítio. Para alternativa a este material, temos a
junção de dois elementos químicos, lítio e enxofre, que juntos conferem à
bateria uma maior capacidade de armazenar energia, reduzindo ao mesmo
tempo, o peso da bateria em si e tornando o trabalho de criação muito mais
barato.

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Conclusão
Ao longo do nosso trabalho denotamos que o desenvolvimento de uma comunidade
depende da exploração e consumo de recursos minerais, estes foram importantes
desde há milhões de anos e atualmente são fundamentais para o nosso dia-a-dia, ao
nosso redor, nos objetos, existe uma chance muito grande de na sua constituição
possuir recursos minerais ou na sua fabricação ter sido utilizado um recurso mineral.
Na exploração estão envolvidos diversos passos: uma pesquisa profunda sobre a
geologia do local, necessária para a continuação ou o término do projeto; a lavra que
pode ser a céu aberto ou subterrânea, e é neste processo que ocorre os impactos
ambientais mais negativos, que perturbam o equilíbrio terrestre, poluindo as águas ou
tornando o espaço, jazigo, em algo inutilizável podendo ter inúmeras outras
consequências para o meio ambiente; a última fase é a recuperação da mina onde são
tomadas medidas para recuperar o local para que posso ser utilizado com outro
objetivo.
Portugal é um local com grande interesse minério estando presentes no território
minerais não metálicos e metálicos, ocorrendo a exploração destes recursos desde o
tempo dos romanos. A industria de recursos minerais tem uma grande importância na
economia sendo que o potencial mineiro nacional é bastante elevado, contudo
continua a ser necessário investir nos domínios da investigação e prospeção mineral,
pois a identificação de novos alvos depende em larga medida da pesquisa
multidisciplinar, contribuindo para a valorização deste património geológico.
Como já foi referido a exploração mineira provoca diversos impactos ambientais sendo
que o principal é contaminação das águas que afeta o solo, a água e também as plantas
e animais que necessitam desses. Outros impactos relacionados com a exploração de
recursos minerais são os socioeconómicos que podem ser negativos com a violação dos
direitos humanos, uma vez que diversas minas se localizam em países em
desenvolvimento e por isso os salários são abaixo dos mínimos. Existem também
impactos positivos como a criação de emprego, quando as explorações estão em países
desenvolvidos.
Em suma, na realização deste trabalho adquirimos novos conhecimentos, sendo que o
desenvolvimento da exploração é um dos aspetos que foi mais interessante pesquisar,
devido a sua longa história que nós não tínhamos qualquer ideia. A nossa opinião sobre
a exploração mineira é que é uma industria necessária para Portugal e para o mundo
em termos económico e material, notamos isso devido á falta de alternativas para a
sua utilização, não conseguimos fabricar certos objetos sem a utilização de minérios.
Mas é importante encontrar novas formas de exploração que diminuam os impactos
negativos e outros danos causados.
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Webgrafia
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