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O basalto é uma rocha ígnea eruptiva (magmática) de composição máfica, por isso rica em silicatos de

magnésio e ferro e com baixo conteúdo em sílica, que constitui uma das rochas mais abundantes na
crosta terrestre.[1] É uma rocha de granulação fina, coloração escura, matriz afanítica,
frequentemente com textura porfírica, com fenocristais de olivina, augite e plagioclase, e uma matriz
cristalina fina. Como minerais acessórios encontram-se, principalmente, óxidos de ferro e titânio.
Ocasionalmente encontram-se basaltos com matriz vítrea, denominados sideromelanos, com raros
cristais ou mesmo sem eles. O basalto, pela sua dureza e resistência à meteorização, é explorada para
a produção de alvenarias e de agregados de construção civil e como rocha ornamental para
revestimentos e calçadas. A produção de fibras de basalto é uma indústria em expansão.

O basalto é similar, em composição e origem, a rochas ígneas máficas como a diabase, o gabro e o
andesito. O basalto também ocorre nas superfícies da Lua, de Marte e de Vênus, assim como em
alguns meteoritos.

Descrição
Basalto é, por definição assente no diagrama QAPF (diagrama de Streckeisen), uma rocha ígnea
afanítica (de grão fino) com geralmente 45-55% de sílica (SiO2) e menos de 10% de minerais
feldspatoides por volume, e onde pelo menos 65% do volume da rocha é constituído por feldspato na
forma de plagioclase. Os basaltos são o tipo mais comum de rocha vulcânica na Terra, sendo um
componente chave da crusta oceânica e a principal rocha constituinte da generalidade das ilhas
oceânicas, incluindo a Islândia, os Açores, a Madeira, as Canárias, Cabo Verde, Reunião e as ilhas do
Hawaii. Os basaltos apresentam em geral uma matriz de grãos muito finos, ou mesmo de vidro
vulcânico, intercalada com grão minerais visíveis a olho nu, os fenocristais. A densidade média é de
2,8-3,0 g/cm3.

O basalto é definida pelo seu conteúdo mineral e textura, sendo que descrições físicas sem contexto
mineralógica podem não ser confiáveis em algumas circunstâncias. O basalto é geralmente de
coloração cinzenta-escura a preta, mas meteoriza rapidamente para castanho ou vermelho-ferrugem
devido à oxidação dos seus minerais máficos (ricos em ferro) em hematite e outros óxidos e
hidróxidos de ferro. Embora geralmente caracterizadas como "escuras", as rochas basálticas exibem
uma ampla gama de colorações devido a processos geoquímicos regionais. Devido à meteorização ou
à presença de altas concentrações de plagioclase, alguns basaltos podem ser bastante claos,
superficialmente semelhantes a andesitos para os olhos não treinados.

O basalto tem uma textura mineral de grão fino devido à rocha em fusão sofrer um arrefecimento
rápido demais para permitir o crescimento de grandes cristais minerais. Apesar disso, muitas vezes é
porfirítico, contendo cristais grandes (fenocristais) formados antes da extrusão que trouxe o magma à
superfície, incorporados numa matriz de granulometria fina. Estas fenocristais são geralmente de
olivina ou de uma plagioclase rica em cálcio, materiais que apresentam as mais altas temperaturas de
fusão entre os minerais que podem cristalizar a partir do material em fusão.

O basalto com textura vesicular é conhecido como «basalto vesicular» quando a maior parte do
volume da rocha é sólido, mas é designado por «escória» quando as vesículas ocupam mais de 50%
do volume. Esta textura resulta da libertação dos gases dissolvidos no magma, os quais ao saírem da
solução formam bolhas à medida que o magma descomprime ao atingir a superfície, mantendo-se as
bolhas aprisionadas na lava, que endurece antes de os gases poderem escapar.

O termo «basalto» é por vezes aplicado a rochas intrusivas hipabissais, ou rochas subvulcânicas, com
uma composição típica dos basaltos, mas, apesar desta similaridade em composição, estas rochas
apresentam uma matriz fanerítica (grosseira) e são geralmente referidas como diabase (também
conhecido como dolerite) ou, quando apresente grandes fenocristais (cristais com mais de 2 mm de
diâmetro), como gabro. O gabro é frequentemente comercializado sob o nome de «granito negro».

Nas eras Hadeana e Archeana e no baixo Proterozoico, a composição química dos magmas que
alimentaram as erupções vulcânicas dessas eras da história da Terra era significativamente diferente
da predominante na actualidade, devido à imaturidade da diferenciação crustal e da astenosfera.
Estas rochas vulcânicas ultramáficas, com conteúdo de sílica (SiO2) abaixo dos 45% são geralmente
considerados como komatiitos.

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