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ORIGEM MECÂNICA
DOS SOLOS
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HISTÓRICO
OBJETIVOS
O objetivo da Mecânica dos Solos é auxiliar na solução dos problemas de fundações e obras de terras
através de métodos científicos de projeto ajustado à realidade física dos solos
DEFINIÇÃO DE SOLOS
Com a finalidade especifica da Engenharia Civil, o solo pode ser definido como todo material da
crosta terrestre escavável por meio de pá, picareta, escavadeiras ou qualquer outro meio mecânico,
sem necessidade de explosivos.
ORIGEM E FORMAÇÃO
O solo tem sua origem imediata ou remota na desintegração mecânica ou decomposição química das
rochas pela ação do inteperismo.
A desintegração mecânica das rochas ocorre, principalmente pela ação física da água, dos vegetais e
pela variação da temperatura. Os solos resultantes de desintegração têm, em geral, partículas de
diâmetros grandes constituindo os “solos grosso” (areia e pedregulhos).
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Na decomposição química das rochas, o principal agente é a água e os principais mecanismos de
ataque são: oxidação, hidratação, carbonatação e ação química dos organismos e materiais orgânicos.
Neste caso durante o processo de formação dos solos há modificação química ou mineralógica das
rochas de origem. Os solos resultantes têm partículas com diâmetros pequenos sendo denominados
“solos finos” (siltes e argilas). O solo é, portanto, uma função da rocha de origem e dos vários agentes
de alteração.
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MINERAIS ARGÍLICOS
As argilas são constituídas por minerais cristalinos muito pequenos, chamados minerais argílicos,
dentre os quais se distinguem três grupos principais: caolinitas, montmorilonitas e ilitas.
Os minerais argílicos compostos de unidade de silício e alumínio.
As argilas Caoliniticas são pouco expansivas em presença de água, pois são formadas de uma unidade
de silício e alumínio, que se unem alternadamente conferindo-lhes uma estrutura rígida.
As montmorilonitas são formadas por uma unidade de alumínio entre duas unidades de silício. A
ligação entre essas unidades permite a passagem de moléculas de água e consequentemente são muito
expansivas em presença de água.
As betonitas são exemplo de argilas do grupo montmorilonita. Essas argilas apresentam uma
propriedade chamada tixotropia que é de grande importância na Mecânica dos Solos. A tixotropia
pode ser explicada da seguinte forma: “amassando-se uma amostra da fração muito fina de um solo
e, a seguir, deixando-se repousar a massa adquire com o tempo, maior resistência coesiva. Se a
amostra é novamente amassada, mantido o teor de umidade, sua coesão diminui consideravelmente,
porém, deixando-se outra vez em repouso, torna a recuperar seu valor”.
As lamas tixotrópicas são muito empregadas nas perfurações de poços de petróleo e fundações.
TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO
1.Classificação Pedológica:
Esta classificação divide o solo em três camadas denominadas horizontes:
A – Camada Superficial
B – Subsolo
C – Camada Profunda
Esses horizontes se diferenciam pela cor e composição química.
A classificação pedológica é de maior interesse para a agronomia
HORIZONTES
ZONA DE ATIVIDADE BIOLÓGICA A
B
SOLO DE ALTERAÇÃO C
ROCHA ALTERADA
ROCHA SÃ
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CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA
A classificação Genética leva em conta somente a formação originária do solo. Sob esse ponto de
vista, os solos são divididos em: Residuais, Transportados e Orgânicos. Tal classificação terá apenas
um grande valor esclarecedor, mas, não permite uma correlação com as propriedades geotécnicas do
solo.
CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA
Com várias finalidades costuma-se classificar o solo simplesmente por sua composição
granulométrica, isto é, a porcentagem relativa das frações (pedregulhos, areia, silte e argila) que
compõem o solo. Em Mecânica dos Solos esta classificação é eficiente somente para solos grossos
(areias e pedregulhos). Mas, para a classificação granulométrica é necessário anteriormente
estabelecer uma escala. No Brasil a escala da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é
oficialmente adotada e estabelece:
Areia – solo não coesivo e não plástico formado por minerais ou partículas de rochas com
diâmetros compreendidos entre 0,06 mm e 2,0 mm:
- areia fina – (0,06 a 0,2 mm)
- areia média– (0,2 a 0,6 mm)
- areia grossa – (0,6 a 2,0 mm)
Siltes – solo não coesivo e não plástico formado por minerais ou partículas de rochas com
diâmetros compreendidos entre 0,06 mm e 0,002 mm;
Argila – são constituídos de minerais muito pequenos, chamados minerais argílicos com
partículas de rocha cujos diâmetros são menores que 0,002 mm.
CLASSIFICAÇÃO GEOTÉCNICA
Uma classificação para fins de Engenharia deve levar em conta tanto a granulometria dos solos como
sua plasticidade. Os dados mínimos de tal classificação serão:
- Curva Granulométrica;
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- Limite Liquidez;
- Índice de Plasticidade.
O sistema de classificação mais usado em Mecânica dos Solos é o chamado Sistema Unificado. Este
sistema estabelece a divisão dos solos em três grandes grupos:
- Solos grosso: quando a maioria absoluta dos grãos é maior do que 0,074mm;
- Solos finos: aqueles cujo diâmetro da maioria dos solos é menor do que 0,074mm;
- Solos altamente orgânicos: turfas.
No grupo dos solos grossos estão os pedregulhos, as areias e solos pedregulhosos ou arenosos com
pequenas quantidades de finos (silte e argila).
Em cada grupo os solos são designados por letras. Assim, por exemplo: SC significa do inglês Sand
(areia) e Clay (argila).
A tabela 1 mostra o Sistema Unificado de Classificação de Solos.
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