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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


Campus Santa Rosa

GEOLOGIA APLICADA
À ENGENHARIA

AULA 4

Professor: André Bock


Eng. Civil Dr. UFRGS - Geotecnia/Pavimentação
Geologia Aplicada à Engenharia

MINERALOGIA
É a ciência geológica que estuda os minerais, as
substâncias inorgânicas sólidas e cristalinas que
são as constituintes das maiorias das rochas.

Exemplos de Minerais e Utilização


Geologia Aplicada à Engenharia

MINERALOGIA
Porque estudar os minerais?

• Porque os minerais são constituintes de todas as rochas.


• Muitos minerais têm valor econômico (elevado).
• Muitos minerais são importantes na indústria, saúde e política.
• O conhecimento da mineralogia é importante para a compreensão
das rochas bem como do funcionamento e evolução do planeta.
• Vários aspectos da geologia estão ligados à mineralogia tais como a
geoquímica de fluídos (reações de equilíbrio químico com minerais),
a geofísica (prop. das rochas ligadas às prop. físicas dos minerais), etc.
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MINERALOGIA
O QUARTZO tem hoje larga aplicação industrial no controle da
frequência de ondas de rádio e em diversos aparelhos
eletrônicos graças ao recente reconhecimento das suas
propriedades piroelétricas e piezoelétricas.
Geologia Aplicada à Engenharia
Geologia Aplicada à Engenharia

PETROLOGIA
Geologia Aplicada à Engenharia

Mineralogia e petrologia

Conforme a origem de uma rocha, ela pode


ser classificada como:
Geologia Aplicada à Engenharia

Mineralogia e petrologia
ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS são aquelas
provenientes do resfriamento do magma. Por isso
são denominadas de rochas primais e revelam a
composição química das substâncias que estão no
manto.

Qualquer que seja a rocha, quando exposta à


atmosfera, sofre um conjunto de ações ambientais
denominado de intemperismo e são transformadas
em fragmentos denominados de solos.

→ Milhares de anos
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Mineralogia e petrologia

Com menor resistência, os solos são vulneráveis à


ação erosiva da água, do vento, ou de outros
processos mecânicos, sendo arrancados do seu local
de origem e levados até regiões mais baixas
denominadas de bacias sedimentares.

Lá esses solos, em condição de soterramento,


podem desenvolver ações de consolidação ou de
cimentação dos seus grãos, transformando-se em
materiais mais resistentes.

São as ROCHAS SEDIMENTARES.


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Mineralogia e petrologia
Em função do expressivo soterramento ou em
função dos movimentos das placas tectônicas, as
rochas sedimentares e as rochas magmáticas podem
ter suas características físicas e químicas alteradas
pela elevação da temperatura e da pressão.

Essas transformações dão origem a uma família de


rochas denominadas de ROCHAS METAMÓRFICAS.

Se a temperatura e a pressão forem muito elevadas, a rocha pode


entrar em estado de fusão, efeito denominado de “anatexia”.
É quando uma rocha da crosta terrestre volta à sua origem,
voltando a ser magma. Magma → Superfície (ação geodinâmica),
cristalização e tornar-se rocha: CICLO DAS ROCHAS.
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Mineralogia e petrologia
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ROCHAS
• Rochas Ígneas ou magmáticas
– Cristalização do magma
– Normalmente são silicáticas
– Jazidas de ouro, platina, cobre, estanho...
– Trazem informações sobre as profundezas
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ROCHAS
• Rochas Sedimentares
– Consolidação de sedimentos
– Trazem informações sobre mudanças no meio
• Fósseis
• Petróleo
• Carvão Mineral
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ROCHAS
• Rochas Metamórficas
– Rochas pré-existentes que ficam sujeitas a grandes
variações nas condições de ambiente (T e P)
• Mudanças Físico-Químicas

Trazem informações sobre os grandes eventos


geotectônicos
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PETROLOGIA DAS ROCHAS


ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS
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IMPORTÂNCIA DAS ROCHAS ÍGNEAS


As rochas ígneas constituem 80% da massa crosta terrestre,
embora correspondam a apenas 15% da superfície aflorante.

A resistência alta faz com que seu emprego seja vasto na engenharia:

• pedras de cantaria (blocos);


• lâminas para revestimento de pisos e fachadas;
• melhores pedras britadas para a produção de concretos;
• as melhores rochas para a confecção de barragens;
• nelas os túneis podem ser mais econômicos.
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ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS


• Origem do Nome
– Ígnis: fogo

• Cristalização de magma
– Magma: rocha derretida no subsolo (z↓)
– Lava: magma que saiu do subsolo
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ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS


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ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS


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ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS


Classificação de acordo com a forma de ocorrência:

➢ Rochas Extrusivas (Vulcânicas)

São aquelas resultantes do resfriamento das


lavas em contato com a atmosfera.

➢ Rochas Intrusivas (Plutônicas)

São aquelas resultantes do resfriamento do


magma em contato com outras rochas.
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ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS

)
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ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS


➢ Rochas Extrusivas
Rochas extrusivas só ocorrem quando o magma mais
fluido (lava) chega à superfície.
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ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS


➢ Rochas Extrusivas
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ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS


➢ Rochas Extrusivas
Existem as seguintes manifestações de rochas extrusivas:

1- Derrames
A lava flui por fendas espalhando-se em grandes extensões.

2 - Vulcanismos
A lava flui por canais formando cones em áreas mais restritas.

3 - Depósitos Piroclásticos
Decorre de explosões em vulcões obstruídos que lançam
materiais incandescentes pelo ar e depositam-se no seu entorno
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1 - DERRAMES
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DERRAMES BACIA DO PARANÁ


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Na Serra Geral, existe uma sequência de cerca de 20 derrames que


se superpõem uns aos outros. Os derrames inferiores possuem
espessura entre 10 e 20 metros e são basálticos. Os últimos são
andesíticos ou riolíticos e possuem espessura de até 70 metros.
Cada derrame demarca um degrau no relevo das encostas,
conforme mostra a figura.
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Cada derrame possui cinco zonas com estrutura diferente:


- no topo, há uma concentração de bolhas de voláteis que deixa
vesículas (se vazias) ou amídalas (se preenchidas por minerais);
- Região com fraturamento horizontal;
- Centro, fraturamento vertical;
- Região com fraturamento horizontal e,
- Contato com outro derrame, uma zona com tendência vítrea.
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Detalhe da superposição de derrames no


cânion do Fortaleza no Aparados da Serra-RS:
os paredões verticais correspondem às
disjunções colunares.
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Torres/RS
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Base do derrame em Torres – RS:


na parte superior aparece a disjunção
horizontal e na parte inferior o topo do
derrame mais antigo onde aparece a
brecha vulcânica
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Base de derrame explorado


em pedreiras em Nova Prata:
o restante do derrame, que
deveria aparecer acima da
disjunção horizontal, já foi
decomposto e erodido.
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Pedreira comercial de basalto


em Estância Velha:
as bancadas de extração
priorizam a zona de
fraturamento vertical.

Detalhe do basalto colunar:


esta porção do derrame
costuma ser priorizada para
a extração de pedra britada
pois tem minerais maiores
que a base do derrame e
não tem vesículas como o
topo.
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2 - Vulcanismo
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2 - Vulcanismo de lava basáltica


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Arquipélagos de ilhas vulcânicas:


- alinhamento cronológico
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3 - Depósitos Piroclásticos
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ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS


Rochas intrusivas são aquelas originadas nas
camadas internas da crosta terrestre.
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ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS


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ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS


A classificação dessas rochas pode ser feita de acordo
com as suas formas de ocorrências:

Plutônicas ou abissais
Quando o magma resfria em grandes profundidades na
crosta terrestre, geralmente por ascensão lenta de magma
mais leve. Nessa categoria estão os batólitos e stocks.

Hipoabissais
Quando o magma resfria em profundidades menores,
geralmente pela infiltração de lava em descontinuidades da
crosta. O resfriamento é mais rápido e nessa categoria
inserem-se os diques e sills.
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ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS


BATÓLITO – resfriamento a grande profundidades
Trata-se de uma grande massa de material magmático com
extensão maior do que 100 Km².

STOCK – resfriamento a grande profundidades


É uma massa semelhante ao Batólito mas com extensão
inferior a 100 Km².
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ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS


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ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS


Diques e Soleiras (sills)
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DIQUES
Diques de diabásio em
meio a rochas
sedimentares denota
bem a forma discordante
das estratificações

Diques de riolito em
meio ao gnaisse
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ROCHAS ÍGNEAS ou MAGMÁTICAS


Estrutura das rochas ígneas
A estrutura das rochas ígneas está relacionada com o tipo de intensidade
do seu fraturamento, o que está ligado em grande parte à velocidade do
resfriamento.

Basalto, rocha extrusiva


muito fraturada

Granito, rocha intrusiva plutônica


maciça a pouco fraturada
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ROCHAS ÍGNEAS ou MAGMÁTICAS


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ROCHAS ÍGNEAS ou MAGMÁTICAS

Por que existem rochas


com mesma textura,
mesmo ambiente de
formação, mas
composição distinta?

Composição Mineralógica
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ROCHAS ÍGNEAS

GRANITO
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BASALTO
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ROCHAS ÍGNEAS
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ROCHAS ÍGNEAS

Instalação de
britagem
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Rolamento
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Binder

Base

Sub-Base

Reforço Subleito

Regularização

Subleito Natural
Obrigado pela Atenção!

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