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REVISÃO PARA PROVA DE MECANICAS DAS ROCHAS .

PROBLEMAS DE ENGENHARIA EM MEIOS ROCHOSOS

Obras de engenharia em superfície

Taludes naturais

Minas em céu aberto: Rupturas em escavações não são incomuns. Importante dar atenção a
verticalização da escavação.

Cortes em geral.

Explicar o motivo pelo qual a mecânica das rochas se desenvolveu mais lentamente do que a
mecânica dos solos.

Porque a Mecânica das rochas esteve muito apoiada na geologia de engenharia e a rocha ao
contrário do solo, sempre foi erroneamente considerada estável acima de tudo, por conta
desse pensamento levou a demora de começar o estudo das rochas em quanto ciência

Nas rochas, quais são os efeitos das fissuras (em combinação com os poros)?

Deformações, Permeabilidade (a capacidade de percolação da agua que é aumentada,


podendo levar assim materiais indesejáveis para o interior da rocha)

Discorra sobre a importância do intemperismo e dos seus produtos para fins de mecânica das
rochas

Com o processo de intemperismo a gente tem o processo de formação dos solos, a


decomposição da rocha e a reestruturação, com isso a gente tem um material mais permeável,
mais deformável, menos competente e resistente. Logo a gente vai proporcionando a retirada
e materiais a translocação de materiais finos, o destacamento e transporte de blocos que são
fundamentais para a formação de solos. O intemperismo atua para transformar a rocha,
quanto mais intemperizado é uma rocha menos características da rocha de origem são
observadas.

Explique a diferença de intemperismo para alteração.

Os dois se referem a mudanças físico-químicas, quando é falado sobre mudança física é


desagregação. Decomposição é arremetido a mudança química. Ambos tratam dessas
mudanças, porem o intemperismo está mais associado a decomposição e desagregação. O
intemperismo e alteração podem dizer a mesma coisa, quem usa intemperismo está
preocupado em ressaltar mudanças físico químicas, e quem usa o termo alteração está
preocupado em falar de mudança de desempenho Geomecânico.

O que aconteceria de apenas tivéssemos a atuação de forças internas na confecção do relevo?

Se somente tivéssemos atuações internas teríamos relevos extremamente íngremes


pontiagudos, montanhas muito pouco suavizadas. A justa posições de eventos internos e
externos atua para soerguer grandes cadeias de montanhas expondo a elas aos agentes
externos responsáveis da decomposição das mesmas.
Os processos geodinâmicos internos, que desenvolvem movimentos e transformações
químicas e físicas da matéria existente dentro do planeta, serão examinados sob três aspectos:

O magmático, que trata do magma, sua formação e movimentação no interior da crosta.

O metamórfico, das transformações mineralógicas e estruturas das rochas pré-existentes, no


interior da crosta.

O tectônico, dos diversos tipos de esforços internos, que as rochas são submetidas, isto é, da
deformação da crosta terrestre e resultados estruturais característicos, como por exemplo, as
montanhas.

O metamorfismo pode ser de:

Contato (devido às transformações da rocha encaixante, pelo calor emitido de um corpo ígneo
intrusivo);
Dinâmico (devido à pressão e cisalhamento sobre material rochoso a grandes profundidades,
dando origem a milonitos);
Regional (onde novas condições de pressão e temperatura, geralmente sobre o material
crustal, em zonas de subducção, originam amplas variedades de rochas metamórficas, tais
como: ardósias, filitos, micaxistos e gnaisses, segundo grau crescente das condições de
metamorfismo).

DEFINIÇÕES BASICAS

Rocha: é uma associação natural de minerais (geralmente dois ou mais), em proporções


definidas e que ocorre em uma extensão considerável. O granito, por exemplo, é formado por
quartzo, feldspato e, muito frequentemente, também mica.

Maciço rochoso: é um conjunto segmentado de rochas justapostas, separadas por


descontinuidades. Em linhas gerais, este é mais heterogêneo e anisotrópico do que uma rocha
intacta.

Planos de acamamento: é a definição utilizada para descrever planos formados a partir da


deposição de sedimentos em camadas. Estas apresentam diferentes características
(propriedades físicas).

Planos de junta: é a definição utilizada para descrever planos formados a partir do alívio de
tensões. Estas apresentam-se em famílias, ou seja, com mesma orientação, espaçamento e
características estruturais, e denotam grande importância na estabilidade de encostas.

Planos de falha: é a definição utilizada para descrever planos formados a partir da “superfície
de fratura de rochas em que ocorre ou ocorreu deslocamento relativo entre os dois blocos de
um lado e de outro desta superfície que tende a ser plana, mas pode ser curvilínea”.

Foliação metamórfica: é a definição utilizada para descrever uma propriedade estrutural de


rochas que sofreram metamorfismo.
Discordância (inconformidade): é a definição utilizada para descrever Superfície que separa
unidades estratigráficas de idades significativamente diferentes e que representa um grande
período de não deposição ou de erosão das camadas abaixo e acima desta superfície de
discordância. O intervalo de tempo correspondente a uma discordância chama-se hiato. A
discordância pode ser paralela, angular ou inconforme com relação à estruturação das rochas
acima e abaixo da superfície de discordância. A própria superfície de discordância pode ser
irregular (desconformidade) ou plana, paralela aos estratos (paraconformidade).

Margens de intrusões ígneas: é a definição utilizada para descrever as bordas de intrusões


(diques e batólitos)

Descontinuidades: É o termo utilizado para descrever um plano de fraqueza da rocha.


Características das descontinuidades:

Orientação:

Espaçamento: fd = N/L fd: Frequência; N: Número de traços de descontinuidades intersectadas


pela linha de varredura; L: Comprimento da linha de varredura (em metros).

Ed = 1/fd Ed: Espaçamento médio; Fd: Frequência.

Persistência: “É definida como a razão da área dos segmentos intactos pela área total da
descontinuidade, e é expressa em porcentagem. P = (1-(Cint/Cd))*100
Rugosidade: Relevância maior em situações compostas por descontinuidades não preenchidas
Abertura e Preenchimento: Distância de afastamento dos blocos.
Alteração:
Para que serve a avaliação das propriedades-índice das Rochas?
Para a Descrição quantitativa, Comparação e Mensuração

Fórmulas:

Densidade Relativa da rocha ou Gravidade Específica (propriedade variável que depende da


saturação): G=γ/γw

Densidade Relativa ou Gravidade Específica dos Grãos (propriedade constante): Gs= γs/γw

Densidade Relativa ou Gravidade Específica da constituição mineralógica.

Vi = porcentagem do volume do constituinte mineral i.


Gsi = Densidade relativa do volume do constituinte mineral i.

Peso específico: Fornece informações sobre a mineralogia ou os constituintes dos grãos e o


grau de alteração (quanto maior for o grau de alteração, menor o peso específico).

γ=𝑃/𝑉
γ=(𝑃𝑠+𝑃𝑤)/𝑉
γ𝑠=𝑃𝑠/𝑉𝑠
𝑃𝑤=1 𝑔𝑓/𝑐𝑚^3
𝑃𝑤=9.8 𝑘𝑁/𝑚^3

O Peso Específico se relaciona aos estados saturado, seco e natural, e aos constituintes sólidos
da amostra da rocha, através das seguintes relações:

γsat = Psat/V para S=100% Peso Específico Sat


S = (Vw/Vv)*100% Grau de Saturação
γd = Ps/V Peso Específico Seco
γnat = Pnat/V Peso Específico Natural

Porosidade
Expressa a proporção de vazios na massa total da rocha.
n=(Vv/V)*100%
Rochas sedimentares o<n<90%
Calcários n>/=50%
Arenitos n = 15%
Rochas Ígneas e Metamórficas
n<=2% (Sãs)
20% </= n </= 50% (Intemperizadas)
Umidade Gravimétrica (w)
w = Pw/Ps
Volume de vazios
Vv = (Psat-Ps)/γw ou Vv = Pw/γw
Porosidade
n = Vv/V
Índice de Vazios
e = n/(1-n)

Define-se o teor de umidade de saturação, wsat, para rochas que se encontram


completamente saturadas (S=100%, Vw=Vv). Esta propriedade pode indicar a porosidade
efetiva da amostra, uma vez que, neste caso, todos os vazios interconectados estão
preenchidos somente por água.

Determinação da porosidade através do teor de umidade de saturação, wsat

Velocidade de propagação de onda (Velocidade Sônica) – como índice do grau de fissuramento


da rocha.

Cálculo de velocidade longitudinal da onda (Vi*) na amostra, de acordo com a sua composição
mineralógica (velocidade que ocorreria se o espécime não tivesse poros nem fissuras).
Conhecida, portanto, a composição mineralógica da amostra, tem-se:

Cálculo do índice de qualidade (IQ)

IQ(%) = (Vl/V*i) x 100

V*i – Velocidade de propagação longitudinal da onda na rocha.


Vl – Velocidade de propagação longitudinal da onda.

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