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MTNISTÉRIODO EXÉRCITO

SECRETARIA DE CIÊNCIA E
INSTITUTO MILITAR D E É N
DEPARTAMENTO DE ENGENBARIA DE

MARIA JOSÉ CANDIOTA P. A LIMA

ALVARO VIEIRA
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS
Volume 1

Sumário

, 9 Natureza dos Solos


L 9 Relações Volumétricas e Gravimétricas dos Solos
I

I
9 Importância e Objetivos dos Ensaios de Solos
1 9 Preparação de Amostras de Solos para Ensaios de Caracterização
1
O DNER ME-041194
t
I 9 Determinação do Teor de Umidade
I Planilha de Cálculo
I
O DNER ME 213194, DNER ME 052194 e DNER ME 088194
I
I
9 Determinação da Densidade Real dos Grãos de Solo
I DNER ME 093194
I
9 Análise Granulométrica dos Solos
I
I Planilhas de Cálculo
I DNER ME 080194 e DNER ME 051194
'
O

9 Determinação dos Limites de Consistência dos Solos


1
1 Planilha de Cálculo
I DNER ME 122194, DNER ME 082194 e DNER ME 087194
'
1
9 Classificação de Solos
9 Compactação de Solos
Planilha de Cálculo
DNER ME 129194, DNER ME 162194 e DNER ME 092194
9 índice de Suporte Califómia
I
Planilha de Cálculo
1
I DNER ME 049194
1
b
b
I
I
I
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

NATUREZA DOS SOLOS

1. Introducão

O material rochoso, próximo a superfície da crosta terrestre, sofre continuamente


um processo de decomposição e transporte, durante o qual experimenta profundas
transformações.

Intemperismo é o termo usado para descrever o processo de decomposição das


rochas por agentes atmosféricos e biológicos, segundo as mais variadas formas de ação;
o transporte das rochas alteradas está associado a erosão pela chuva, rios, vento e gelo.
Ao produto final do intemperismo dá-se o nome de solo e sua natureza depende,
principalmente, dos seguintes fatores: tipo da rocha que lhe deu origem, clima, cobertura
vegetal, topografia e do tempo de intemperização.
Numa classificação genética, que leve em conta tão somente a formação original,
os solos podem ser divididos em dois grandes grupos: solos residuais e solos transporta-
dos.
Os solos residuais são aqueles provenientes da decomposição e alteração das ro-
chas in-situ, onde o agente de transporte é reduzido a um mínimo.
Quando as condições climáticas e topográficas são favoráveis, os produtos do in-
temperismo podem sofrer os efeitos da erosao e de agentes transportadores que os re-
movem para outros locais -terrenos baixos, rios ou oceanos.
Incluem-se entre os principais agentes de transporte a ação da gravidade, que faz as
massas de solo cairem ao longo de encostas, as águas superficiais de rios ou enxurradas
e o vento. Os solos formados depois do transporte e deposição dos materiais chamam-se
solos transportados.
São ainda da maior importância técnica os denominados solos orgânicos que, sob
o ponto de vista da engenharia, apresentam características indesejáveis, destacando-se
sua elevada compressibilidade e alta capacidade de absorção de água.
Os solos orgânicos podem originar-se da impregnação de matéria orgânica em
sedimentos pré-existentes (argilas orgânicas), da transformação carbonífera de materiais
de origem vegetal contida no material sedimentado (turfas) e pela absorção no solo de
carapaças de moluscos ou diatomáceas.
-
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2. Composição dos solos

Qualquer massa de solo é composta por um conjunto de partículas sólidas que se


tocam entre si, deixando espaços vazios entre elas - os poros do solo. As partículas são
pequenos grãos de diferentes minerais, enquanto os vazios poderão estar preenchidos
com água, ar ou parcialmente com ambos ( figura 1).

Figura 1. Esqueleto sólido contendo água, partículas


sólidas e bolhas de ar nos vazios

Assim, um solo é um sistema trifásico constituido das fases sólida (mineral),


líquida (água) e gasosa (ar ou vapor d'água).
As soluçóes dos problemas de engenharia geotécnica requerem o conhecimento,
não só das características de cada fase em separado, mas também da natureza das
mútuas interaçóes entre elas, responsáveis, juntamente com outros fatores, pela forma-
@o das estruturas dos solos.
As seguintes propriedades estão vinculadas a fase sólida:

Textura
A textura de um solo é identificada pelo seu aspecto visual ou como ele se faz
sentir. Depende do tamanho relativo e forma das partículas, bem como dos intervalos de
distribuição de suas dimensóes.
Quanto a textura, os solos são classificados como solos de granulação grossa e
solos de granulação fina. Uma linha divisória conveniente para distinguir essas catego-
-
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rias seria o menor diâmetro de grão visível a olho nú (cerca de 0,05mm). Assim, solos
com partículas de maiores dimensões como areias e pedregulhos são solos de granula-
ção grossa. Os siltes e as argilas, compostos de partículas minerais muito finas, são so-
los de granulação fina.
A resposta aos problemas de engenharia dos solos de granulação grossa está
relacionado a sua textura. Entretanto, nos solos de granulação fina, a presença da água
responde muito mais por seu comportamento do que a textura e as dimensões dos grãos,
considerados isoladamente. A água afeta a interação entre os grãos minerais e isto altera
sua plasticidade e coesão.

Granulometria dos Solos


Em decorrência, principalmente, do seu processo de formação, as dimensões das
partículas de um solo variam amplamente, desde partículas coloidais, extremamente fi-
nas, até pedregulhos com vários centímetros. O intemperismo físico, que reduz a rocha a
fragmentos menores, sem qualquer alteração química dos materiais, dá origem as
partículas quartzosas que'constituem as areias e pedregulhos.
O intemperismo químico caracteriza-se pela ação de agentes que atacam a rocha,
modificando sua constituição mineralógica ou química. Assim, minerais como feldspatos e
algumas espécies de mica, presentes numa rocha submetida a intemperização química,
vão transformar-se nas argilas minerais (caolinitas, ilitas e montmorilonitas), as partículas
de dimensões muito pequenas (c 5p), presentes nos solos argilosos e responsáveis por
suas propriedades.
A descrição quantitativa da textura de um solo é feita através da sua granulome-
tria, ou seja, da determinação das dimensões de seus grãos e da distribuição percentual
em peso dos grãos, em intervalos de dimensões, previamente estabelecidos nos métodos
de classificação, baseados exclusivamente na granulometria dos solos.
Esses intervalos denominam-se fraç6es de solo e recebem designações que são
utilizadas na descrição dos solos. Várias são as escalas utilizadas em diversos paises,

Intervalo (mm) Fração

pedregulhos
areias
siltes
argilas
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mas de acordo com a escala granulométrica brasileira ( ABNT ) as frações de solo tem as
denominções da tabela seguinte.
Os solos arenosos são perfeitamente identificáveis pela sua composição granu-
lométrica.
Entretanto, isso não acontece com os solos finos. Nem todo solo, cuja composição
granulométrica apresenta elevada porcentagem da fração argila, possui as propriedades
características dos solos argilosos, destacando-se a plasticidade, coesão, baixa permea-
bilidade e compressibilidade. As partículas de poeira de rocha são de granulação muito
fina mas não conferem ao solo propriedades coesivas.
Por outro lado, a presença de uma pequena quantidade de argila mineral numa
massa de solo afeta as propriedades daquela massa. Quanto maior a quantidade de ar-
gila mineral, mais o comportamento do soloserá governado pelas propriedades da argila.
Se o teor de argila atingir 50%, os grãos de areia e silte estarão flutuando numa matriz de
argila e não terão efeito no comportamento do solo.
A afividade das partículas de argila mineral decorre da sua composição mine-
ralógica, da forma dos grãos e da interação das partículas com a águados vazios.
Também é preciso notar que o termo argila é utilizado para designar diferentes
materiais e conceitos:
argila pode referir-se as particulas de argilas minerais, muito ativas eletro-
quimicamente,
fração de solo argila, presente na composição granulométrica de um solo,
solos argilosos - ocorrências naturais que são misturas de partículas de dife-
rentes tamanhos, cujo comportamento é fortemente afetado pela presença de
argilas minerais.

Forma das partículas


As areias e os pedregulhos são constituidos de particulas arrendondadas ou, mais
precisamente, de forma poliédrica. Suas dimensões são aproximadamente iguais nas três
dimensões. A forma das partículas individuais dos solos granulares é pelo menos tão im-
portante quanto a sua granulometria, na definição das suas propriedades de engenharia,
em especial na sua resistência ao cisalhamento.
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Dependendo do grau do
intemperismo e do processo de
transporte que sofreram, podem
Angular Subangular
se apresentar mais ou menos
angulares e com a superfície ru-
gosa. Para fins da engenharia
Subarredondada Arredondada geotécnica, as partículas podem
ser classificadas, qualitativamen
te, por uma análise visual, de
Bem arredondada acordo com as formas mostradas
na figura 2
Fig 2. Formas das partículas de solos não coesivos

As partículas de argila, embora invisíveis a olho


nú, apresentam uma forma lamelar, ou seja, semelhante
a lamelas ou escamas, onde uma dimensão é muito pe-
quena em relação as outras duas ( figura 3).

Fig3. Partícula lamelar de argila

A superfície da partícula de argila mineral possui uma carga elétrica negativa, cuja
intensidade depende principalmente de suas características mineralogicas; as atividades
físicas e químicas decorrentes dessa carga superficial constituem a chamada atividade
da superfície do mineral. Outra propriedade importante dessas partículas é a elevada su-
perfície específica, isto é, a relação entre área superficial e a sua massa. Isto significa
que, a quase totalidade da massa da partícula encontra-se próxima da superfície. Quanto
menor o diâmetro do grão maior a superfície específica, atingindo nas montmorilonitas, a
mais ativa das argilas minerais, o valor de 800 m21g.
Essas características são as responsáveis pela interação das partículas com a
água e os ions existentes na água dos vazios e como consequência, pela estrutura ou
arranjo das partículas, pela permeabilidade e pela plasticidade dos solos argilosos.
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RELAÇOES VOLUMETRICAS E GRAVIMÉTRICAS NOS SOLOS


1. Introdução

A solução dos problemas de engenharia geotécnica utilizam parâmetros básicos


referentes as três fases constituintes do solo. Para facilitar a visualização das fases e a
deduçáo de expressões para o calculo desses parâmetros é utilizado um diagrama
hipotético - o diagrama de fases - em que se admite que os componentes de cada fase
podem ser representados isoladamente.

Volumes Pesos

a) Solo natural b) Diagrama de fases


Figura 1. Representação esquemática dos solo

Constata-se na figura 1, que o diagrama de fases envolve seis parâmetros desco-


nhecidos, referentes aos volumes e pesos das diferentes fases. Entretanto, na prática, o
peso do ar é desprezível em relação aos demais, reduzindo as incógnitas a cinco.
Podem ser determinadas, diretarnente no
laboratório, as grandezas: P - peso total da amostra úmida.
p, - peso da amostra seca em estufa

V - volume total da amostra úmida.


Partindo dessas grandezas e de correla-
ções simples, serão calculadas: V, - volume da matéria sólida

p, - peso da água, na amostra úmida

V, -volume da água.
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2. Parâmetros Dimensionais

Relacionam o peso das diferentes fases com seus correspondentes volumes,


através do conceito de peso específico, isto é, da relação entre o peso do material e seu
volume.

Peso específico da água

Peso específico da matéria sólida

Peso específico aparente do solo ou peso específico úmido y = P/ V

Peso específico aparente do solo seco r, = Ps/V

No sistema internacional de unidades, os pesos específicos ( y ) são medidos em


(kN Im3). Considerando-se que no laboratório, determinam-se massas e não pesos, as
3
correlações citadas podem traduzir massas específicas ( p ), expressas em (kg I m ) ou

(g Icm3).
As transformações entre essas grandezas se faz pela relação (r = p g), onde g é a
aceleração da gravidade ( g = 9,81 m Is2).

3. Parâmetros adimensionais

São parâmetros importantes para o entendimento das propriedades mecânicas


dos solos e através deles podem ser representados seus estados físicos e as conclusões
da aplicação das teorias da Mecânica dos Solos a um problema prático.
Por serem adimensionais, são independentes do sistema de unidades empregado
usando-se, indiferentemente, massas ou pesos desde que todos os valores constantes
da expressão tenham unidades coerentes.

Teor de umidade natural h =(P,/P~)~o@%

índice de vazios e = Vy/Vs


Porosidade n =(V~/V)~@O%

Densidade real dos grãos sólidos 6 =Y,/Y.


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IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DOS ENSAIOS DE SOLOS

I. Introdução

O projeto e a análise da ampla variedade dos problemas da engenharia


geotécnica, tais como, barragens de terra, muros de contenção, escavações, aterros,
estabilidade de taludes e fundações são solucionados pela combinação dos seguintes
conhecimentos:
geologia e história da área envolvida
informações referentes a situações ou projetos análogos
teorias da mecânica dos solos e fundações
propriedades físicas dos solos, traduzidas por parâmetros, determinados ex-
perimentalmente, por ensaios de campo ou de laboratório.
Portanto, o processo completo de uma construção, desde a sua concepção até a
conclusão, é complexo e depende de julgamentos criteriosos em todas as etapas.
O aspecto abordado neste curso, os ensaios de laboratório, constituem um ele-
mento muito importante desse processo integrado. Sem dúvida, nenhum outro ramo da
engenharia civil utiliza, na sua rotina de trabalho, as investigações de laboratório em tão
elevada proporção. Essa necessidade emana da grande complexidade da constituiçáo
dos solos, de sua tremenda variabilidade e do fato dos solos estarem totalmente fora do
controle dos engenheiros, ao contrário dos outros materiais de construção, produzidos
industrialmente. Assim, somente em cálculos preliminares ou anteprojetos, algumas infor-
mações podem ser estimadas, usando-se dados de projetos análogos, referentes a con-
dições semelhantes dos solos ou correlações empíricas.

2. Natureza e im~ortânciados ensaios

As investigações do terreno com a coleta de amostras e os ensaios de laboratório


são interligados e, naturalmente, o escopo, tipo e qualidade das investigações e subse-
quentes ensaios são decididos face a consideração dos problemas em potencial da es-
trutura ou construção proposta.
Em determinadas situações, pode ser necessária uma investigação piloto do ter-
reno, envolvendo amostragem, para estabelecer-se o tipo e as características do solo a
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ser estudado. Em função dessa investigação piloto, é elaborado um programa de ensaios


de laboratório, do qual se concluirá as dimensões e a natureza das amostras, bem como
a frequência de amostragem para atender as variações laterais e verticais do material.
Decidido o programa apropriado de ensaios, o programa de investigações é reali-
zado com o propósito de atender a previsão de ensaios. É importante que o programa de
campo seja dotado de flexibilidade, pois o conhecimento do local estudado, poderá indi-
car a necessidade de se alterar o número de amostras coletadas, conduzindo a um au-
mento ou diminuição, nesta fase dos trabalhos, dos objetivos e quantidade dos ensaios
de laboratório.
Os ensaios de solo podem ser grupados em categorias, de acordo com os ob-
jetivos a atingir e as propriedades que pretendem determinar. Para a finalidade deste
curso, serão consideradas as categorias de ensaios que interessam aos problemas liga-
dos a engenharia rodoviária.

- -- --

Ensaios de caracterização

Os ensaios de caracterização incluem as seguintes determinações:


teor de umidade natural
peso específico aparente
densidade real dos grãos sólidos
composição granulornétrica por peneirarnento ou sedimentação
limites de consistência (liquidez, plasticidade e contração).

Estes ensaios permitem a classificação dos solos e, consequentemente, uma pre-

i visão do seu comportamento nos demais ensaios e futuramente na construção.


E norma corrente nos laboratórios de solos, a obrigatoriedade da execução dos
ensaios de caracterização em todas as amostras submetidas a outros tipos de ensaios.
Em outras situações, é efetuada a caracterização na totalidade das amostras
coletadas, para permitir a extensão, a um horizonte de solo, das propriedades determi-
nadas através ensaios em amostras pontuais
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Ensaios de cornpactação

Em muitos projetos da engenharia civil tais como a construção de aterros,


pavimentos rodoviários e aeroportos, os solos precisam ser levados a um estado mais
denso para melhorar suas propriedades de engenharia. Para isso, sáo compactados,
mecanicamente, por equipamentos dotados de rolos, martelos ou vibradores.
O peso específico a ser obtido no campo é definido por meio de ensaios básicos
padronizados, denominados ensaios de compactação os quais objetivam determinar a
correlação entre o teor de umidade e sua massa específica aparente.
Em função da energia empregada na compactação dos corpos de prova, os en-
saios mais empregados são denominados:
ensaio de compactação normal ou ensaio de Proctor
ensaio de compactação com energia do AASHO intermediária
ensaio de compactação com energia do AASHO modificada

Ensaios para pavimentos

0 s ensaios frequentemente empregados nos projetos de pavimentos são os se-


guintes:

equivalente de areia: utilizado no controle dos finos de materiais granulares, usa-


dos em pavimentação.

índice suporte Califórnia permite determinar um valor relativo da capacidade suporte


( ISC ou CBR ) de um solo, compactado nas condições de umidade ótima e
massa especifica aparente seca, correspondentes a energia
de compactação, adequada ao projeto em tela.

mini - CBR semelhante ao anterior, porém realizado com corpos de


prova miniatura, utilizado em solos de granulação fina (pas-
sando na peneira 2,Omrn

triaxial ciclico utilizado para obtenção do módulo de resistência do subleito


e dos materiais a serem utilizados nas camadas integrantes
do pavimento. Esse parâmetro é utilizado pelos modelos me-
canísticos de projeto e de avaliação de pavimentos.
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Ensaios de adensamento

Os solos de granulação fina, saturados, quando submetidos a um carregamento,


sofrem um processo de adensamento, isto é, deformam-se com diminuição de volume,
pela expulsão da água dos vazios.
A velocidade de adensamento de um solo é função de sua permeabilidade; nos
solos argilosos o processo é muito lento, podendo prolongar-se por muitos anos, quando
se tratar de argilas moles ou muito moles.
O estudo do adensamento apresenta interesse especial nos projetos de aterros
executados sobre camadas espessas de argila compressível. Na escolha do tipo de
pavimento, deverá ser considerada a possibilidade de ocorrência de recalques diferen-
ciais.
O ensaio de adensamento, executado em amostras indeformadas de solo, repro-
duz o processo de adensamento e determina os parâmetros necessários ao cálculo das
seguintes previsões:
amplitude dos recalques totais e diferenciais
tempo total do recalque
evolução do recalque com o tempo

Resistência ao cisalhamento

A ruptura das massas de solo se dá por cisalhamento, segundo planos onde uma
combinação das tensões normal e tangencial, produz deformações plásticas na massa de
solo ou o deslocamento de umas partículas em relação as outras.
A resistência ao cisalhamento é regida pela lei de Mohr - Coulomb cuja expressão
modernaé .c=c+(o-u)tg+
onde:
z - resistência ao cisalhamento
c - coesão
o - tensão normal ao plano de cisalhamento
u - pressão neutra ou pressão nos poros
+ - ângulo de atrito interno
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É importante destacar que c e 4 são apenas parâmetros definidores da equação


linear da resistência ao cisalhamento. Isto é, c e 4 não são propriedades do material, tais
como cor, densidade dos grãos, limites de consistência, etc. e para um mesmo solo po-
dem variar com um número grande de fatores.
Entre os fatores que influem no valor dez estão a velocidade de aplicação dos
esforços, a maior ou menor facilidade de escoamento do fluido contido nos poros, con-
dições de drenagem, o grau de saturação e a história das tensões do solo.
Os equipamentos e as técnicas de execução dos ensaios para a determinação dos
parâmetros da resistência ao cisalhamento procuram então reproduzlr no laboratório, o
mais fielmente possível, as condições no campo, para uma situação específica.
As condições de carregamento e de drenagem determinam os tipos clássicos de
ensaios de resistência ao cisalhamento:

UU - não adensado - não drenado PD a drenagem é impedida em todas as eta-


pas do carregamento; a ruptura ocorre
sem que as tensões induzidas pelas car-
gas tenham se transformado em pressões
efetivas.

A experiência mostra que os resultados desses ensaios aplicam-se, satisfatoria-


mente, as análises da estabilidade de fundações e aterros apoiados em argilas moles, no
final de construção.

e CU - adensado - não drenado PP a drenagem é permitida numa primeira etapa


do carregamento, possibilitando a tranferência
das cargas aplicadas a estrutura do solo; a
ruptura da amostra se dá com a drenagem
impedida e portanto com um excesso de
pressão neutra provocado pelos esforços
aplicados.

Os ensaios adensados - não drenados são aplicáveis em situações onde um ma-


ciço, em equilíbrio com as tensões aplicadas, por qualquer razão, é submetido a uma
solicitação rápida, sem possibilidade de dissipação das novas pressões neutras geradas.
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Exemplo clássico de aplicação é na análise de estabilidade do talude de montante de


uma barragem após rebaixamento rápido.

CD - adensado - drenado PP a drenagem é permitida em todas as etapas do


ensaio, ocorrendo a dissipação das pressões
neutras induzidas em todo o processo, inclu-
sive na ruptura a qual é atingida com a aplica-
ção de velocidades de deformação bastante
lentas.

Os parâmetros obtidos nesses ensaios c' e 4' são denominados coesão e ângulo
de atrito efetivos, respectivamente. São empregados na solução de problemas envol-
vendo a análise de estabilidade de taludes naturais e artificiais, a capacidade de carga
de fundações e o cálculo de pressões de terra.
A ruptura de um subleito sob a ação da carga no pavimento é evitada dotando-se
o pavimento de uma espessura suficiente de modo a limitar-se as tensões de cisa-
Ihamento no subleito, a valores compatíveis com a resistência ao cisalharnento do solo.
Por razões de ordem prática, esse dimensionamento é geralmente feito com base em
índices, correlacionados a experiência de comportamento de pavimentos sob condições
de tráfego diversas. Esses índices são determinados em ensaios, como por exemplo o
índice suporte California. Entretanto, o projeto dos pavimentos pode ser feito mediante os
resultados dos ensaios clássicos de Mecânica dos Solos, realizados em amostras de so-
los compactados.
Na determinação dos parâmetros de resistência ao cisalharnento de um solo são
utilizados os seguintes equipamentos:

&
ensaio de compressão triaxial
Trata-se~domais completo e versátil equipamento
para a determinação da resistência ao cisalhamento,
O3
permitindo a reprodução das mais diversas con-
O V"
dições de carregamento e drenagem, além da
i õ3 i 01 medida das pressões neutras desenvolvidas durante
carregamento ruptura
O ensaio.
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Um corpo de prova cilíndrico é colocado numa câmara pressurisada e submetido a


três tensões de compressão, mutuamente ortogonais. A tensão vertical de compressão é
aumentada até a ruptura do corpo de prova, por cisalhamento ou deformação excessiva.
Os parâmetros de resistência são obtidos de envoltórias de resistência ao cisa-
Ihamento, traçadas através dos círculos de Mohr, correspondentes as diversas amostras
ensaiadas.

ensaio de compressão simples


Consiste num caso particular do ensaio triaxial, onde
a amostra de solo é levada a ruptura por compres-
são, sem a presença da pressão confinante
Obtem-se a resistência não drenada c, e as caracte-
I '
carregamento ruptura rísticas tensão - deformação de solos argilosos

Podem ser realizados em amostras de argila indeformadas, amolgadas ou com-


pactadas. desde que as amostras consigam se manter intactas, sem a pressão confi-
nante.

ensaio de cisalhamento direto


Este ensaio consiste, essencialmente, em submeter-

e
se uma amostra a uma tensão normal fixa e a seguir
induzir-se uma tensão cisalhante crescente, ao
- T longo de uma superfície pre-determinada, até que
ocorra a ruptura por cisalhamento do solo. Obtem-
5
I5
carregamento ruptura se, então, uma correlação entre a tensão cisalhante
na ruptura e a tensão normal, definindo-se direta-
mente a envoltória de Mohr-Coulomb.

Trata-se de um ensaio simples para a determinação da resistência ao cisalha-


mento, mas apresenta desvantagens em relação ao ensaio triaxial: - plano de cisalha-
mento pre-determinado, distribuição não uniforme de tensões no plano de ruptura e im-
possibilidade da medida das pressóes neutras desenvolvidas no ensaio. Por outro lado,
oferece vantagens nos ensaios de materiais não coesivos, pela facilidade de preparação
dos corpos de prova, com a densidade relativa necessária.
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São utilizados no cálculo de fatores de segurança de taludes, cálculo de pressões


de terra e estabilidade de fundações.

3. Qualidade dos ensaios de laboratório


Atualmente, os equipamentos e as técnicas para a realização da maioria dos en-
saios de solo estão altamente desenvolvidos e aperfeiçoados. Entretanto, este aspecto
não se constitui numa garantia de que serão obtidos os melhores resultados no levanta-
mento de um local para um projeto em particular. A representatividade e confiabilidade
dos resultados dos ensaios mantem uma relação estreita com o processo de amostragem
e o tratamento concedido as amostras, desde a coleta até a realização dos ensaios.
Estão apresentados a seguir alguns comentários e recomendações, relacionados
a qualidade dos ensaios.

3.1 Processos de amostragem


Os ensaios de laboratório são realizados em amostras coletadas durante uma
campanha de investigação do local onde será construida a obra e a escolha do tipo des-
sas amostras está condicionada, principalmente, as características e parâmetros do solo
a serem determinados.
Qualquer que seja a natureza das amostras, a principal exigência é que sejam re-
presentativas da massa que compõe a camada da qual foram retiradas. Isto implica em
decisões sobre as dimensões da amostra, método de amostragem e pontos de coleta.
Para a realização de ensaios de caracterização, compactação e índice suporte
Califórnia, isto é, ensaios onde não seja necessário preservar a estrutura original exis-
tente no terreno, a exigência a ser atendida pelas amostras é que conservem todos os
constituintes minerais do solo "in-situ" e se possível seu teor de umidade natural.
Quando se trata de determinar parâmetros relacionados a deformação ou re-
sistência são necessárias amostras indeformadas, ou seja, aquelas onde o amolgamento
foi reduzido a um mínimo.
As amostras indeformadas podem ser obtidas pelo emprego de algum amostrador,
usualmente utilizando tubos de paredes finas, cravados estaticamente no terreno, sem
choques ou vibrações, ou retirando a amostra das paredes de um poço escavado.
Ambos os tipos de amostras (tubos ou oriundas de poços) devem ser seladas com
cera, colocada imediatamente após a amostragem. A escolha da cera é importante e de-
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/em ser consideradas suas propriedades quanto a trincas, resistência, fraqueza e per-
neabilidade. A cera usualmente incorpora uma camada de estopa e a espessura do selo
~ o d evariar de 12 mm a 25 mm, dependendo da função do selo. Geralmente a cera tem
m a base hidrocarbonatada; a cera de parafina é a mais comumente usada, embora já se
enha verificado que seu desempenho pode ser inferior ao de outras ceras.
Todas as amostras devem ser encaminhadas ao laboratório com as informações
;obre o método de amostragem, a localização exata e nivelamento dos locais de coleta,
lata de amostragem e outras informações relevantes.

3.2 Estocagem das amostras

Preferencialmente, as amostras devem ser testadas pouco tempo após a chegada


io laboratório, porque a estocagem das amostras, mantendo-se o teor de umidade e
outras propriedades é muito difícil. Por outro lado, quanto mais cedo forem obtidos os re-
sultados dos ensaios das primeiras amostras coletadas num determinado local, mais fácil
I
I será a modificação da programação com a indicação de maior número de amostras ou de
I maiores dimensões. Inevitavelmente, algum armazenamento será necessário e poderá
I
até ser importante, se estudos posteriores estiverem programados. Nessas situações, a
estocagem deve ser adequada em termos de espaço, temperatura e controle de umidade.
I

3.3 Manuseio das amostras no laboratório

Antes de qualquer ensaio e subsequentes análises, é responsabilidade essencial


I
do laboratorista criar um sistema simples de registro e etiquetagem das amostras,
I fazendo anotações, identificando, descrevendo e classificando, adequadamente, as amo-
stras de solo. Tal descrição poderá somente repetir as do responsável pelos trabalhos do
campo, não obstante, servirá como uma verificação das informações vindas da
prospecção que incluem detalhes tais como o número das amostras, profundidade de ex-
tração, etc. Outro benefício da descrição do laboratório é o relacionamento posterior das
mesmas com os resultados dos ensaios de laboratório, auxiliando a avaliaçáo e julga-
mento dos resultados.
A descrição e identificação deve incluir aspectos do solo observados, visualmente,
tais como, fissuras, a presença de camadas, raizes orgânicas, lentes de areia, a pre-
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sença de pedregulhos, etc. Além disso é necessário observar comportamento do mate-


rial, quando submetido aos testes usuais de classificação táctil-visual e anotar qualquer
aspecto que o distingua.
No manuseio da amostra, quando da extraçáo do amostrador, deve-se evitar o
contato com as mãos desprotegidas pois pode provocar perda de umidade e amolga-
mento. Analogamente, deve-se providenciar um suporte adequado para a amostra que
está sendo extraida, cuidado essencial para se evitar fraturas ou trincas.
Os cortes e acertos devem ser executados cuidadosamente, rápidos e precisos,
sendo vantajoso o uso de uma caixa de corte, com a amostra devidamente fixada. Os ins-
trumentos de corte escolhidos devem ser adequados ao material que está sendo
manuseado e podem constar de serras de fio, facas afiadas e ainda serras de lâmina,
acessórios esses, disponíveis em várias dimensões. As preocupações mais importantes
devem ser: evitar a distorção, o amolgamento e a obstrução de faces potenciais de dre-
nagem.
Qualquer movimento físico aplicado a uma amostra de solo deve ser constante,
lento e planejado.
Em alguns casos, o corte da amostra pode mostrar-se muito útil. quando se neces-
sita analisar a estrutura e tipo de solo. Entretanto, isto só pode ser realizado em amo-
stras, com diâmetro mínimo de 100 mm para evitar perturbaçóes na amostra. Se o corte
da amostra for fotografado imediatamente após o corte e, subsequentemente, após diver-
sos períodos de secagem, podem ser obtidas informações úteis em relação ao acama-
mento e permeabilidade.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

PREPARAÇÃODE AMOSTRAS DE SOLO PARA


ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO

1. Introdução

A preparação das amostras é a etapa que precede a realização dos ensaios de


caracterização e o processo consiste em secar, destorroar, quartear, pesar e peneirar a
amostra, para no final das operações, obter-se uma quantidade suficiente, homogênea e
representativa do solo a ser analisado.
No Brasil, dispõe-se dos seguintes documentos normativos para a realização da
preparação das amostras:

DNER-ME 041194 Preparação de amostras para ensaios de caracterização

ABNT MB-27 ( NBR-6457) Amostras de solo - Preparação para ensaios de com-


pactação e ensaios de caracterização.

Ambas as normas citadas estão voltadas para grandes amostras de material amol-
gado, geralmente coletadas com irado em jazidas ou no sub-leito de estradas. Entretanto,
os ensaios de caracterização são também necessários em materiais oriundos de amo-
stras indeformadas, tais como tubos de parede fina ou blocos escavados. Normalmente,
essas amostras não apresentam material de granulação grauda e portanto, algumas eta-
pas iniciais da preparação são desnecessárias e as quantidades de material manuseado
ão reduzidas.

2. Sequência das operacões

A preparação das amostras compõe-se de cinco etapas:


secagem parcial das amostras
* destorroamento
quarteamento
pesagem
peneiramento
18
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

2.1 Secagem parcial das amostras

A secagem, primeira etapa da preparação, pode ser feita por três processos:

Exposição ao ar L- A amostra é espalhada em área aberta, em con-


tato direto com o sol e ar.

Exposição a luz infravermelha * A amostra é espalhada em bandejas rasas e ex-


posta a luz infravermelha, por um período de 12
horas.

Secagem em estufa -3. A amostra é colocada em estufa, por um período


de 12 horas, a uma temperatura máxima de 60° C.
Esta alternativa só deverá ser empregada, se
houver conhecimento de que a temperatura não
mudará as características do material, como pode
ocorrer em solos com matéria orgânica.

2.2 Destorroamento da amostra

O destorroamento tem como finalidade desagregar as partículas menores das


partículas maiores do solo.
A amostra é colocada no almofariz de por-
celana, com capacidade de 5 kg de solo, e aos
poucos, com auxílio da mão de gral, recoberta de
borracha, pressiona-se a amostra, fazendo-se
movimentos circulares até se conseguir uma total
desagregação das partículas do solo.
Fig. 1

O destorroamento deve ser feito de maneira que não reduza o tamanho natural
das partículas. Para isso a mão de gral deve ter seu recobrimento em perfeito estado.
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2.3 Quarteamento da amostra


Quarteamento é o processo pelo qual se extrai da amostra total, uma amostra
menor, homogênea e representativa da amostra ensaiada.
O quarteamento se faz com a amostra destorroada, podendo ser auxiliado por um
repartidor de amostras.
No quarteamento direto, a amostra é colocada sobre uma superfície plana e limpa,
misturada intensamente com uma pá, se for grande amostra, ou colher, se for uma pe-
quena amostra, e arrumada numa pilha cônica.

Fig. 2 Fig. 3

Esse cone é então achatado, por pressão da pá e a seguir a amostra é dividida em


quatro partes.

I
Descarta-se duas partes, situadas
diametralmente, misturando-se o material
restante e repetindo-se com ele o processo de
I
quarteamento, até obter-se uma amostra ho-
mogênea, com o peso necessário aos ensaios.

Fig. 4
O repartidor de amostras tem como função dividir
em duas partes a amostra que nele for lançada,
distribuindo o material em duas bandejas. Assim,
a amostra original é colocada em caçambas, a
qual é colocada, em diagonal, sobre o separador
e o solo é despejado, fazendo-se movimentos de
vai-vém até esgotar toda a amostra da caçamba.
Fig. 5
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

O material de uma das bandejas é descartado, submetendo-se o solo da outra


bandeja a nova separação, até se conseguir uma amostra com o peso desejado.

A amostra representativa, obtida no quarteamento, deverá ter cerca de.


solos argilosos ou siltosos - 1500 g
solos arenosos ou pedregulhosos - 20009

O peso da amostra representativa, obtido com aproximação de 5 g, deve ser regis-


irado como o peso total da amostra seca ao ar.

2.4 Peneiramento da amostra

O peneiramento é a última etapa do processo de preparação da amostra e nele o


material é separado para os diferentes ensaios.
É recomendável que, antes do peneiramento, se proceda a mais um destorroa-
mento com a finalidade de desagregar todos os torroes, eventualmente existentes, de
modo a assegurar a retenção na peneira somente dos grãos maiores que a abertura da
malha.
Toda a amostra é passada na peneira com abertura de 2,00 mm (no IO), desti-
nando-se o material como se segue.

Material retido na peneira (nOIO)

Utilização Quantidade

Este material é reservado para a granulometria grossa.


Entende-se por granulometria grossa, o processo pelo qual se de- o que ocorrer
terminam os diâmetros de partículas superiores a 2,O rnm e sua per-
centagem na amostra total
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMVDNER

aterial que passa na peneira (nOIO)

Utilização Quantidade

?terminação da umidade higroscópica, isto é o teor de umi- 2 50 g


ide existente em um solo parcialmente seco.

tecuçáo da granulometna fina, ou seja a determinação dos solos argilosos K 70 g


-.>metros das partículas inferiores a 2,O mm
solos arenosos
ou pedregulhos K 120 g

Determinação da densidade real dos grãos - relação entre o


s 10 g
peso e o volume real dos grãos sólidos, referida ao peso es-
pecifico da água.

4pós a retirada das quantidades acima referidas, o restante do


material ainda não aprovei-
material deve ser passado na peneira com abertura de 0,42 mm
tado
(no40), objetivando-se a separação de material para a determina-
ção dos limites de consistência.

1
l Material que passa n a peneira (n040)

Utilização Quantidade

Determinação do limite de liquidez, isto é o teor de umidade que s 70 g


define a transição do estado liquido para o plástico.

Determinação do limite de plasticidade, isto é o teor de umidade s 50 g


que define a transição do estado plástico para o semi-sólido.

Determinação do limite de contração, isto é o teor de umidade E 50 g


1 que define a transição do estado semi-sólido para o estado .
I
1
I
1 3. Anexos

,
1

1
Anexo 1 - Fluxograma para preparação da amostra para ensaios de caracterização
Anexo 2 - DNER - ME 041194 Solos - Preparação de amostras para os ensaios de ca-
l racterização
1
1
I
I
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMEDNER
- -
I n
4 --- -

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11
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w
4
1
MT- DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEh.1
I Solos - preparaçiío d e amostras para ensaios d c cnracterizaçio
I
Norma rodoviária Método d e Erisaio DNER-MX 041194 1
I
p. 01/04 '

I Este documento, que é uma norma técnica, apresenta os procedimentos para preparaçáo de amostras de
solos para análise granulométrica com sedimcntação, para a determinação dos limites de Iiquidez e
I
plasticidade, fatores de contraçáo, dcnsidadc real c umidade Iiigroscopica.
I

I
ABSTRACT
I

Thismethoddescribes thedrypreparation ofsoil samples, as receivedfrom thefield, formechanical analysis


I and physical tests, and for determination of shrinkaçc factors, specific gravity and moisture-density
I relations.

I - SUMANO
O

W
1 5O 2 Referências
I
,O
m 3 Aparelhagem
1 .-
I

L '
3
4 Operaçõespreliminares
r
i g 5 Amostras

I
'z
C,
L
Esta Norma dccorreu da neccssidadc d c s c adaptar. quanto i f o r i i ~ aa D N E R - M E 041163 à
DNER-PRO 101193, iiianicndo-sc inaltci-ivcl o scii conteúdo tecnico.

1
!

t
Macrodcsciitorcs RIT: riornia, niciodo de c~i.nici. cwaio de solo
.
1 Microdescritores DNER: ensaio de caracteriznçio, liiiiitc de Attcrbcrç, ensaio de solo

Palavras-chave IRRD/Il'R: mctodo dc ensaio (6288), amostra (ii~atcrial)(6251), cnsaio (6255), solo
t

I I ~ e s c r i t o r e sSINORTEC: normas, cnsaio do solo, arnostras


1
Aprovada pclo Consclho dc Adiiiiiiisiraçio ciii 16/04/64 Auior : DNERDrDTc (IPR)
h
I ~~rsoluy50
n" -1- . Scssiio no CAI -1- I Adaptrqlo da DNER-ME 041163 iDNER-PRO 101193.
b (~roccsso
na 2010001 8769164-4 I aprovada pcla DrDTc ciii 25IU4191
DNER-ME 041/94 1
p. 02/04
1 OBJETIVO

Este Método fixa o procedimento para preparação de amostras de solos para ensaios de caracterização

2 REFERÊNCIAS

2.1 Referências bibliográficas


No preparo desta Norma foram consultados os seguintes documentos:
1 a) DNER-ME 041163, designada Preparação de amostras de solos para ensaios de caracterização;
b) ABNT MB-27, de 1984, reçistrada no SINMETRO como NBR-6457, designada Amostras de solos
-preparação para ensaios de coiiipaciaçio c cnsaios dc caracterizaçáo,

-1
o
c) AASHTO T 87/86, designada Dry preparaiion of disturbed soil samplefor test

5
v
a: 3 APARELHAGEM
W
A aparelhagem necessária é a seguinte:
o
a) peneiras de2,O mm e d e 0,42 mm de acordo com a ABNT EB-22, de 1988, registradano SINIvíETRO
como NBR-5734, designada Peneiras para ensaio;
.
a,
g b) repartidores de amostras de 1,3 e 2,5 cm de abertura;
w
'O
$
'O
c) balança com capacidade de 5 kg, sensível a 5 ç;
n:
g
.- d) balança com capacidade de 200 ç, sensivel a 0,01 g;
E
ao e) balança com capacidade de 1 kg. sensivel a 0,l g;
tm
y f) almofariz e mão de gral recobena de borraclia, coni capacidade de 5 kg de solo;
'O
ea g) pá de mão, de forma arredondada, com Iâniina de alumínio e cabo de madeira;
;
h) tabuleiro de chapa de ferro galvanizado, com 50 cm x 30 cm x 6 cm de altura;

i) aparelho secador com lâmpada de infravermelho. para secagem de amostras de solos ou outro
dispssiiivo pr.72 o mesnio fim.

4.1 A amostra de solo como recebida do campo deverá ser seca ao ar ou pelo uso d e aparelho secador,
de modo que a temperatura de amostra não exceda 60 "C, a menos que experiência prévia tenha mostrado
queumamaiortemperaturanão mudará as caracteristicas do solo. Aieguir, desagreçam-se completamente
os torrões no almofariz com a mão degral recoberta de borracha ou com auxilio de dispositivo mecânico,

I de maneira que evite reduzir o tamanho natural da particulas individuais do solo

4.2 Reduz-se todo o material preparado segundo o item 4.1 com o auxilio do repartidor de amostras OU
pelo quaneamentQ, até s e obter uma amostra representativa para os ensaios desejados (cerca de 1 500 g,
para solos argilosos ou siltosos e de 2 000 g, para solos arenosos ou pedregulhosos).
DNER-ME 041194 1
p. 03/04
4.3 O peso da amostra representativa obtido no item 4.2, com aproximação de 5 g, é anotado como peso
total da amostra seca ao ar.

4.4 Passa-se esta amostra seca ao ar na peneira de 2,O mm, tomando-se a precauçãode desagregar, no
almofariz, com auxíiio de mão de gral revestida de borracha, todos os torrões que ainda existam .
eventualmente, de modo a assegurar a retenção na peneira somente dos grãos maiores que a abertura da
maiha.

5 AMOSTRAS

5.1 Para analise granulométrica com sedimentação, umidade higroscópica e densidade real de solos.

-.6.
5.1.1 Afração de amostra seca ao arretidanapeneira de2,O mm será lavadanesta peneira, a fim de eliminar
o material fino aderente as partículas de diimetro maior que 2,O mm e seca em estufa a 105 "C - 1 10 "C,
E até constância de peso; este material, retido e lavado na peneira de 2,O mm, e seco: servirá para a análise
granulométrica das fiaçòes da amostra maiores que 2,O m.
n:
k'
L
n
o 5.1.2 Da fiação da amostra seca ao ar, que passa na peneira de 2,O mm (item 4.4), separa-se, com auxílio
O do repartidor de amostras ou pelo quaiteamento, uma quantidade em peso de cerca de 250 g; desta
2
O
quantidade tomam-se:
0
a
ET a) cerca de 50 g para o ensaio de deteminação da umidade higroscópica;
m
b) cerca de 70 g ou 120 g (respectivamente: no caso de solos argilosos ou no de arenosos e
u das fraçòes da amosira meiiores que 2.0 mm:
pedreguliiosos) para a análise granulomft~~ca
ie
o
..
c) cerca de 10 g para o ensaio de determinação da densidade real.
a

E
0
a
I
g 5.2 Para determinação dos linutes de liquidez, de plasticididade e fatores de contração.

5.2.1 Passa-se fração restante da amostra que passou na peneira de 2,O mm (item 5.1.2) na peneira
de 0,42 mm, tomando-se a-precaução de desagregar no almofariz com o auxilio da mão de gral
revestida de borracha, todos os torròes que ainda existam e\sentualmente, de modo a assegurar a
retenção na peneira somente dos grãos maiores que a abertura da mallia da citada peneira.

5.2.2 Da fiação que passa na peneira de 0,42 mm, retira-se, com o a u d o do repartidor de amosti-as ou
pelo quarteamento, uma quantidade em peso de cerca de 200 g; desta quantidade tomam-se cerca de 70 g
para o ensaio de determinação do limite de liquider cerca de 50 gpara o ensaio de determinação do LMite
de plasticidade e cerca de 50 g para detenninação dos fatores de contração.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE

I . Introdução

A água desempenha papel importante no comportamento dos solos, especial-


mente nos de granulaçáo fina. Assim, a quantidade de água pode provocar modificações
nas propriedades dos solos, como por exemplo:
plasticidade das argilas
diminuição da resistência ao cisalhamento, por saturação
contraçáo, por secagem
facilidade de compactaçáo

Convencionou-se denominar " teor de umidade" a relação, expressa em percent-


agem, entre o peso da água existente numa certa massa de solo e o peso das partículas
sólidas.

Teor de umidade 3

A principal dificuldade na determinação prática da umidade reside na definição do


peso seco, pois a presença da água nos solos pode acontecer sob várias modalidades:

Água livre ou orientada, existente no vazios do solo


A água livre representaa maior parcela da água existente nos solos podendo, em
alguns casos, exceder o peso das partículas sólidas.
Nos solos argilosos, as partículas de argila mineral, química e eletricamente ati-
vas, interagem com as moléculas da água nos vazios, cuja estrutura molecular se com-
porta como um dipolo elétrico. Assim, existem moléculas de água orientadas, cuja quanti-
dade depende da superfície específica das partículas do solo, tipo do mineral e da pre-
sença ou ausência de ions na água dos vazios.
Nos solos arenosos (areias, pedregulhos, etc) os processos padronizados para a
determinação do teor de umidade, removem toda a água livre sem afetar a estrurura indi-
vidual das partículas. Entretanto, nos solos coesivos (argilas) e solos orgânicos, as
partículas individuais podem ser afetadas pela secagem em estufa.
24
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Água de hidrataçáo
Trata-se da água presente nas unidades da estrutura cristalina das argilas. Exceto
para alguns tipos de argilas, a secagem em estufa a temperatura de 110' C, não remove
a água de hidratação.

Água adsowida
As moléculas de água, próximas a superfície, ficam fortemente orientadas, pois
são fortemente atraidas a superfície do cristal de argila, pelas altas forças elétricas su-
perficiais. Essa camada de água é denominada
1 - água adsorvida.
A camada de água adsorvida possui ca-
asua racterísticas diferentes da água livre, apresen-
tando-se com maiores peso específico e viscosi-
dade e comportando-se mais com um sólido do

I Fig. 1 I que como líquido. Várias propriedades dos so-


los, como plasticidade, movimento da água e ligação das partículas, são influenciadas
pela camada de água adsorvida. Somente temperaturas muito elevadas (300' C) podem
remover a água adsorvida.
A questão foi resolvida na Mecânica dos Solos, convencionando-se que o peso
seco é o que se obtem, secando-se o material em estufa, com temperaturas de 110' C a
115' C, durante um período suficiente, para chegar-se a um peso constante. Em geral,
são necessarias 15 a 16h de estufa para obter-se uma amostra seca. Na realidade, a
escolha da temperatura é arbitrária, pois o solo continua com a película de água adsor-
vida. Considera-se que a 110-115' C a água remanescente já faz parte da estrutura
sólida.
2. Métodos de determinação do teor de umidade

O teor de umidade pode ser determinado pelos seguintes métodos:

Método de laboratório
Determinação do teor de umidade, com secagem em estufa
Métodos expeditos de campo
0 Método expedito " Speedy"
Método expedito do alcool
b
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMUDNER
I

P 2.1 Método para a determinação do teor de umidade, com secagem em estufa

Este é o método preciso para a determinação do teor de umidade e sem dúvida é


o ensaio mais executado no laboratório, pois além de ser utilizado na determinação do
teor de umidade do solo "in-situ" ( teor de umidade natural ), utilizando amostras pre-
]aradas para essa finalidade, a determinação do teor de umidade é parte integrante de
?nsaios que objetivam a determinação de outros parâmetros do solo tais como por exem-
110, os limites de consistência e ensaio de compactação.
Os ensaios são realizados obedecendo a norma rodoviária :
DNER - ME 213 / 94 Solos - determinação do teor de umidade

I 2.1.IMaterial empreqado

Estufa elétrica, controlada au-


tomaticamente por termosta-
to, capaz de manter a tem-
peratura entre 110° C + 5" C.

1 Recipientes com tampa, constituidos de material capaz de ser sub-

/1 metido a ciclos de aquecimento e resfriamento, sem apresentar altera-


coes.
cada recipiente deve ser pesado, com tampa. determinando-se seu
1 peso ou a tara do recipiente P.
. ~~

(c)
Fig. 2
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

2.1.2 Preparacão da amostra

A amostra deve ser representativa do material do qual se deseja determinar o teor


de umidade. A quantidade deve ser a prescrita pelo método de ensaio que se estiver exe-
cutando.
Não havendo outras indicaçoes, é recomendável fazer-se duas ou três determina-
ç6es do teor de umidade de uma mesma amostra e tomar-se a média das determinações
como o valor final.
Quando se tratar de grandes amostras ou havendo a presença de material graudo,
deve-se adotar as massas mínimas de amostras de material úmido, constante da
Tabela 1.

Tabela 1 - Massas mínimas de amostras de material úmido, em função do tamanho


máximo das partículas

Tipo de solo Tamanho máximo das partícu- Massa mínima da amostra


las mm (peneira) úmida
(9)
Pedregulho 50 1O00
25 500
12,5 300
Areia 4,8 ( n 0 4 ) 1O0
0,42 ( no 40 ) 1O
Silte I argila 0,075 ( no 200) 10

2.1.3 Execucão do ensaio

P Colocar a amostra úmida no recipiente e tampar. Pesar o conjunto, imediatamente,


anotando o peso P,.

P Remover a tampa e colocar o conjunto na estufa elétrica, mantendo-o na estufa até


que seu peso se torne constante, controlado com várias pesagens consecutivas
Retirar o conjunto da estufa, tampar e deixar resfriar, até a temperatura ambiente,
antes da pesagem.

> Pesar o conjunto após o resfriamento, anotando o peso PZ


CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

2.1.4 Cálculo do ensaio:

Determinações diretas Valores calculados

Peso da cápsula metálica P

Peso da cápsula + solo úmido P1 Peso da água Pa = P1 - P2

Peso da cápsula + solo seco P2 Peso do solo seco P, = P2 - P

Determinação do teor de umidade:


P, x100
h %=
ps

Métodos expeditos de campo para determinaçáo do teor de umidade

Quando numa construção, o comportamento esperado para um material está li-


gado ao teor de umidade, impõe-se um controle de qualidade da construção e a determi-
nação, no campo, desse parâmetro. Enquadram-se nessa situação, as construções de
I

I aterros compactados para fins rodoviários, ferroviários, diques, barragens de terra, etc.
Quando não se dispõe de estufa no canteiro, ou principalmente, quando se neces-
I
sita de resultados imediatos, são utilizados os ensaios expeditos de campo, podendo-se,
I
entretanto, prejudicar a acurácia dos resultados.
1

I 2.2 Determinação da umidade pelo método expedito "Speedy"


b
Os ensaios são realizados obedecendo a norma rodoviária :

DNER - ME 052 194 Solos e agregados miudos - determinação da umidade com


emprego do "Speedy"

Neste método, a umidade é determinada pela pressão do gás resultante da ação


Ja água contida na amostra sobre o carbureto de cálcio que se introduz no aparelho es-
~ecíficodo ensaio.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

2.2.1 Material empregado

r I A aparelhagem principal é o conjunto


grampos para prende "Speedy" constituido do recipiente de
a tampa
pressão, tampa dotada de um manômetro
e duas esferas de aço para quebra da am-
pola ( Fig. 3 ).

7, ~ --- São ainda necessários:


ampolas com o reagente carbureto de
tampa
cálcio ( CaC2 ) finamente pulverizado

esferas de aço balança com sensibilidade de 0,01 g


para quebra da
amoola

Fig. 3 Aparelho Speedy para determinaçáo de umidade

2.2.2 Preparo da amostra


Deve-se fazer uma previsão do teor de umidade da amostra a ser ensaiada e com
esse valor obtem-se o peso da amostra na Tabela 2

Tabela 2 Peso da amostra em função da umidade estimada

Umidade estimada ( % ) I Peso da amostra ( g )


5

1o

20

30 ou mais
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2.2.3 Execucão do ensaio

I ,---.. Obedecendo a sequência abaixo,


r. são inseridos no recipiente de pressão:
a amostra de solo pesada

/
/ i as esferas de aço
i
a ampola de carbhreto de cálcio, a qual

l
,/'

i
i\
,?
.,L !!
/'
,-
I deve deslizar, cuidadosamente, pelas

I I paredes da câmara, a fim de evitar que

Fig 4 se quebre.

Nesta sequência, o aparelho é levado a po-


siçáo horizontal e recolocada a tampa, selando-se o
conjunto.
A seguir, o conjunto, já na posição vertical é
agitado, vigorosamente, várias vezes, para quebrar-
se a ampola.
Cerca de um a três minutos serão necessários
para a completa reação do carbureto de cálcio com a
água livre da amostra. A pressão dos gases libera-
dos na reação (eteno - C2 H>), será indicada no
manômetro. Quando essa indicaçao permanece
I
constante, toda a água presente já reagiu com o
Fig 5
carbureto e a pressão do manômetro ( p, ) é ano-
tada

Se a leitura manométrica for menor do que 0,2 kg/cm2, o ensaio deve ser repetido
com o peso de amostra na Tabela 2 , imediatamente superior ao empregado. Se a leitura
for maior do que 1,5 kglcm2,repete-se o ensaio com um peso imediatamente inferior.

2.2.4 Cálculo do ensaio


Cada equipamento Speedy vem acompanhado de uma tabela de aferição, em que
os elementos de entrada são a pressão lida no manômetro ( p, ) e o peso da amostra,
obtendo-se a umidade do solo ( h, ), em relação ao peso da amostra úmida.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Para determinar a umidade, em relação ao peso seco da amostra, utiliza-se a fór-


mula:

h%=
4 x 100 em que:
100 - h,
h -teor de umidade em relação ao peso seco do material

h, - umidade obtida pelo aparelho Speedy, em relação a


amostra total úmida

2.2.5 Prováveis causas de erros

A calibração fornecida pelo fabricante deve ser aferida, de tempos em tempos, pois
com o uso, a pressão lida no manômetro pode não mais corresponder ao valor da umi-
dade, obtido na curva de calibração.

O recipiente de pressão deve estar completamente vedado durante o ensaio, para não
haver escapamento do gás, o que poderá ocorrer se a borracha usada na vedação não
estiver em perfeito estado.

O carbureto de cálcio só deverá ser colocado no aparelho, no interior de uma ampola


e nunca lançado a granel. Tratando-se substância fortemente higroscópica, a reação
teria início antes do fechamento do recipiente.

2.3 Determinação da umidade pelo método expedito do álcool

Os ensaios são realizados obedecendo a norma rodoviária : -

DNER - ME 088 194 Solos - determinação da umidade pelo método expedito do


álcool
Neste método, a água do solo é eliminada pela queima do álcool etilico que é
lançado no solo. ~ r a t a - & e
portanto de um processo precário da determinação da umidade
e só deve ser utilizado com a autorização da fiscalização da obra.
Por outro lado, a norma estabelece que o material a ser ensaiado deve ser pre-
viamente passado na peneira de abertura 2,O mm, o que não recomenda seu emprego na
determinação da umidade, num trabalho de controle de compactação.

31
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Assim, o processo adequa-se melhor a determinação da umidade higroscópica de


amostras secas ao ar.

2.3.1 Material empreaado

A aparelhagem específica para a realização


deste ensaio, compõe-se de uma cápsula metálica,
com diâmetro de6,O cm e fundo perfurado, dotada
de um suporte.
Utiliza-se ainda: balança com capacidade de
200 g, sensível a 0,001 g; peneira de 2,O mm, de
acordo com a ABNT EB-22; álcool etílico

Fig 6

2.3.2 Preparo da amostra


A amostra terá cerca de 509 de material, passando na peneira de 2,Omm.

2.3.3 Execucão do ensaio


Pesa-se a cápsula e o suporte ( P, )
A amostra é colocada na cápsula metálica, sendo cuidadosamente espalhada em toda
superfície, determinando-se o peso do conjunto, inclusive o suporte ( PZ)
Depeja-se uma certa quantidade de álcool etílico na amostra, revolvendo-a com a
espátula e inflamando-se a seguir o álcool; esta aperação é repetida três vezes
Pesa-se a cápsula com o solo seco inclusive o suporte ( P3 )

2.3.4 Cálculo do ensaio

Determinações diretas Valores calculados

Peso da cápsula metálica PI

Peso da cápsula + solo úmido P2 Peso da água P, = P2 - P3


Peso da cápsula + solo seco P3 1 peso do solo seco pr = ~3 - P,

Calcular o teor de umidade pela fórmula:


CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

3 Anexos

Anexo 1 - Planilhas para a determinação do teor de umidade pelos métodos da estufa,


expedito do álcool e expedito Speedy

Anexo 2 - DNER - ME 213194 p. 01 103 - Determinação do teor de umidade

Anexo 3 - DNER - ME 088194 p. 01 1 06 - DeterminaHo da umidade pelo método expe-


dito do álcool

Anexo 4 - DNER - ME 052194 p. O1 104 - Determinação da umidade com o emprego do


"Speedy"
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO
TEOR DE UMIDADE
EM: OPERAWR:
MOSTRA: DATA:
ITERESSAW. VISTO:

)eteminação da Umidade pelo Método da Estufa

Ensaio Peso da Cápsula + Cápsula + Amostra Solo Teor de


No Cápsula (g) Solo Úmido (g) Solo Seco (g) Úmida (g) Seco (g) Umidade (%)
1 54,40 104,34 103,64 49,94 49,24 1,42

)eterminação da Umidade pelo Método Expedito do Álcool

Ensaio Cápsula + Cápsula+Suportei3ápsula+Suport~ Amostra Solo Teor de


N" Suporte (g) Solo Úmido (g) + Solo Seco (g) Úmida (g) Seco (g) Umidade (%)
1 114,43 164,43 163,47 50,OO 49.04 1,96

)eterminação da Umidade pelo Método Expedito "SPEEDY"

' Ensaio Umidade Peso Pressáo Mano- Teor de


I NQ Estimada(%) (9) métrica (kglcm2) Umidade (%)
1 5,o 20,o 0,lO 0-5
JMIDADE PESO DA
%TIMADA(%) AMOSTRA (g)
I 5 20
10 1o
I
20 5
I30 OU MAIS 3

Página 1
MT - D E P A R T A M E N T O N A C I O N A L D E E S T R A D A S D E R O D A G E M
Solos - determinação d o t e o r d e uniidade

Norma rodoviária Mctodo d e Ensaio


I
DNER-ME 213194
p. 01/03

RESUhIO
Este documento, que e uma norma tecnica, prescreve o metodo a ser adotado na execução de ensaio para
determinação do teor d e umidade de solos Prescreve a aparelhaçeni. a arnostraçeni e os requisitos para
obtenção do resultado

I ABSTRACT I
This document presents the procedure for determination of tlie soil n~oisturecontent It prescribes the
apparatus, sarnpling and the conditions for obtention of the result

2 O Apresentação
o
E
1 Objetivo
'
b
O
2 Referência

'
a
o 3 Definiçào
o
D
b m
.=
u
L
relhaçein
L 2
Amostra
1 6 Ensaio
!

Esta Norma decorreu da n e c e s s i d a d e d e s e adaptar, q u a n t o a f o r m a , a DNER-ME 213188 a


. DNER-PRO 101/93, m a n t e n d o - s e inalterável o s e u conteúdo t é c n i c o .

Macrodescritores MT: ensaio, ensaio em !aboratorio, ensaio d e solo

icritores ensaio, ensaio d e laboratório, ensaio d e solo,solo (estado natural), teor d e umidade,

-umidade do solo
-chave IRRDIIPR:ensaio (6255), método d e ensaio (6288), solo (41 561, teor deumidade (5920)
"
Descritores S I N O R T E C : ensaio. ensaio de laboratório, ensaio do solo, solos. umidade
b
e,
Aprovada pelo Conselho de Administração eiii 20101188 Autor :DNERIDrDTc (IPR)
e,
e, I ResoluçZo V65188 Sess5o n" CAI 03188 1 Adaptação da DNER-ME 213188 i DNER-PRO 101193, 1
I Processo no 20100022924187-0 I aprovada pela DrDTc em 21/03/94. I
DNER-ME 213194
p. 02/03

b
Esta Nornia prescreve o método de dcterniiiiação do teor de umidade de solos. ,,
b I

I
1 2.1 Referências biblio@icas

I
I a) DNER-ME 213188. desiçnadd Solos - deterniinação do teor de umidade. I

I
I I b) ASThl D 2210-71. Standartl iiiciliocl of 1;iboratory dcccriiiiiiiitioii of iiioisturc contcnt of soil
i

1
1
....
O
1 Para os tini desta Nornia r i o adotadas as seguintes defin~yUes

i
3.1 Teor de umidade de solo !

Relação entre a massa de'água presente eni um certo volume de solo e a niassa das paniculas solidas, no
i
mesmo volume, expressa em percentaçeni.

' 5
w
o
Expressão quantitativa da aptidão de um instrumento de medida d e distinguir valores muito próximos da
0
i
-E
.-
grandeza a medir sem necessidade de interpoiação.

I P 4 APARELHAGEM
o
,lu
3 4.1 Estufa eletrica, controlada automaticamente por termostato,capaz d e manter a temperatura
g continuamente entre 1 1 0 "C i 5 "C.
4.2 Balanças com resolução de O,]% da massa da amostra de solo

4.3 Recipientes d e material resistente a corrosão einfenso a mudança de massa ou desintegração, quando
submetidos a repetidos ciclos d e aquecimento e resfriamento, dispondo d e tampas para evitar a perda de
umidade das a 3 s t r a s neles contidas antes da pesagem. e evitar a absorção d e umidade da atniosic;-a ,pós
a secagem e durante a pesagem final
I

I 5 AMOSTRA

5.1 Coletar uma amostra representativa do material do qual s e deseja determinar o teor de uniidade, na
quantidade prescrita pelo metodo de ensaio que se esti\!er executando. Caso não haja indicação dessa
quantidade, adotar as massas minimas constantes da Tabela a seguir
DNER-ME 213194
p. 03/03
Tabela - hlassas mininias das aniostras de niaterial úmido, em funqáo do taniaribo máximo das
particulas

Tanianho máximo 1 hlassa mínima


das particulas I da amostra úmida
m m (perieira) I
I g

2 6.1 Pesar o recipiente (ver 4 3). linipo e seco, com a respectiva tampa, anotando-se o valor obtido como
aniassa ou tara do recipiente. nl
LT
u
6.2 Colocar dentro do recipiente a amostra úmida. fechando-o com a tampa, imediatamente. Pesar o
conjunto, anotando-se o valor obtido como a massa bruta umida, nibu
o
'O
m
6.3 Remover a tampa e colocar o conjunto na estufa elétrica a temperatura constante de 110 'C 5 "C,
O mantendo-o na estufa até que a sua massa se torne constante, que é a se uir pesada e anotada como a massa
*
ai
?
bruta seca, mbs; ao retirar o conjunto da estufa, deve-se logo tampa- o e deixa-lo resfriar a temperatura
ambiente antes da pesagem.
?
B
-
o
.-
E
Nota 1: Em geral, são suficientes umas I 5 h a 16 h para a completa secaçem $a amostra; a pratica é pesar
a aniostra tantas vezes consecutivas quantas necessarias ate constancia de massa. Para evitar
absorção de umidade, as amostras secas devem serretiradas da estufa, antes de nela colocar novas
ai amostras umidas. Para cada determinação de umidade utiliza-se um recipiente
a
o
iIC
Nota 2: Um ~ c i p i e n t esem tampa ode também ser usado, contanto que a amostra úmida seja pesada
B8 resfriamento no Sessecador.
'I
imediatamente a os sua co eta, e desde que a amostra seca seja tanibem logo pesada apos seu

LT
Nota 3: Após o ensaio as amostras devem ser descartadas e não utilizadas em mais outros ensaios

I 7.1 Calcular o teor deumidade de maneira seçuinte:

I onde:
1 h - teor de umidade, %;

1m m
bu
- massa bruta úmida correspondente a inassa do recipiente mais a amostra de material úmido, ç,
- massa bruta seca correspondente a massa do recipiente mais a amostra de material seco, g ;
bs
m - massa do recipiente, g.
isolas eagregados miúdos- determinaçáo d a umidade com emprego do
ii ~ ~ ~ ~ ~ d v ; i i r i a Método de Ensaio DNER-Mj (1-1

p. 01 '(.
. - ..

l ~ s t documento.
e que é uma norma tecnica, fixa o procedirnçnro para a determinação expedita tl,! r < . : .
'unirdade desolo s e a-regados n~iudo,;ielo uso cin inistuia coni ~iirhure~)decal<:i»,
colocadaeni d ,!
'medidor de pressão de gas, denominado "Speed)", e prrscre,,? as condicoes p u a o b t e n ~ ã od o , c 5 . i i . i

ABSTRACT
Ttiis riiethod of test is intended to determine tIie nioisture conteiit of soils and fine aggregates bv i i i : , : ! i
acalcium carbidegas pressure moisture rester deriurninated"Speedy" and pracribes conditicins f o r i:i..;d)
result.

-8 I O Apresentação
-.

c
y 2 Rc'erência
0
o 3 Aparelhagem
o
u
- 4 Amostra
al
8. 5 Ensaio
i6 Resultado

I
u
$E Anexo normativo
c
O O APRESENTAÇ~O
!!I
Esta Norma decorreu da necessidade d e se adaptar, quanto a forma, a DNER-ME 0 5 2 1 6 4
a
& DNER-PRO 101193, mantendo-se inalteravel o seu conteúdo técnico.

- . --

n~acrorlescritoreshíT: norrna, ensrio, ensaio oe solo, metodo dc eiisaia


. - -~ ~

solo, teor de ~ ~ m i d a dumidade.doso10,


e, agregado rii:iiuo >.

(estado natural)
_ _ _ _l._.-.-...-

metododeerisaio(6288), solo(4 1 S6), teor de umidade ( 3 9 : ;

-~

C
~ ~

Descritores SINORTEC: normas, umidade, agregados

-.--.- . .
Aprovada pelo Conselho Executivo em 16/04/64 - 7 A u t o r : D N E R D r D T c (IPR)
I Resoluçlo no -1- Sessão no C N -I- I Adaptaçáo da DNER-ME 052164 i DNER-PRO I(!
/Processo no 2010001 8769t61-4 di,ro\ada pela DrDTc em 25/01/34
Este Método fixa o modo pelo qual se determina a umidade de solos e de agregados miúdos pelo erripir.
do aparelho "Speedy"

2 REFERÊNCLA

2.1 Referência bibliográfica


INO preparo d a t a Norma foi consultado o seguinte documento
DNER-ME 052164, designada Determinação da umidade pelo metodo expedito "Speedy"

3 APARELHAGEM
A aparelhagem necessária é a seguinte:
a) conjuntoWSpeedy"(Anexo-Figura),
b) ampolas com cerca de 6,5 g de carburero de calcio (CaC,)

.g 1 4 AMOSTRA

O peso da amostra a ser utilizada é estimado pela umidade que se admite a amostra possuir, de acordo co,
a Tabela seguinte:

Tabela - Peso amostra e m função da umidade admitida.

I
Umidade estimada, % i Peso da amostra, g
. -.

5 20

20

30 ou mais
i
I
5

15 ENSAIO

a) Pesa-se a amostra e coloca-se na cimara do aparelho "Speedy";


b) introduz-se na câmara duas esferas de aço, seguidas da ampola de carbureto de cálcio, deixanoo
deslizar com cuidado pelas paredes da câmara, a fim de evitar que se quebre,
c) fecha-seoaparelho, agita-se-o repetidasvezes paraquebrar a ampola, oqueseverificateroccvrido i.c
surgimento da pressão assinalada no manôrnetro,
-
d) lê-se a pressão manométrica após esta se apresentar constante, o que indica que toda a exisrci!
nn amostra reagiu coni u sarbureici.
I ~ o i aSe a leitura manométrica for menor d o q u e 20 kPa (0.2 kp/cm2), o e n s a i o d e v e ser r e p c ' ! c i ~L
I
peso d e amostra imediatamente superior ao empregado. conforme Capitulo 4 S e a I t r , ~ u.;i :
I
I maior d o que 150 kPa (1,- kg!cm2), repete-se o ensaio c o m um peso imediatamenic ~ r i t c i . ' .

e) entra-se na Tabela de aferição propria d o apaielho corn a leitura manométrica e o peso d.1 iiii,, ..
utilizada no ensaio, obtem-se a percentagem de umidade em relaçáo a amostra total úmida

6 RESULTADO
I

I Para determinar a umidade h , em relação ao peso do solo seco, utiliza-se a fórmula

h= hl x 100
I 100 - h l

onde:
h - teor de umidade em relação ao peso do solo seco, em percentagem;
~-
~~~ ~
~ ---- ~ ~~
-

- ..

ANEXO NORYATIVO DNCR - M E 0 5 2 1 r

p. 04/0'
I
I
I

F16URA - APARCLHO " ¶ P f L V f " PARA DETERNINAC~O DC,UYIOADE

j
5
-
MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

I
Solos - determinação d a umidade pelo método expedito do álcool
b Norma rodoviária Método d e Ensaio DNER-ME 088194
1 p. 01104
I
b RESUMO
b Estedocumento, queéurnanorma técnica, apresentaas condiçõesparaadeterminação expeditadaumidade
1 desolosedeagregados miúdospelo emprego do álcool para secagem Prescrevea aparelhagem e condições
para a obtenção dos resultados.
b

1 Thisdocurnent presents theprocedurefor rapid deterrnination ofthernoistureofsoilsand offine aggregates


by rneans of alcohol ignition. 1t prescribes tlie apparatus and conditions for obtaininç results.
b
1
t
SUMÁRIO

1 +!
O Apresentação
o
1 .o-
o I Objetivo
L E
8 2 Referências
I
W
I
z 3 Aparelliagen~
0
O

-
I

1 . -
3v
.-
4 Amostra

5 Ensaio
u
I 6 Cálculos
mV)
u Anexo normativo
b

I
-E
o
.-
I
$ o APRESENTAÇÃO
o
im
I g Esta Norma decorreu da necessidade de se adaptar, quanto a forma, a DNER-ME OSSI64 a
DNER-PRO 101/93, mantendo-se inalteravei o seu conteúdo tecnico.
L - k
b a!
I

I
ivI;?rr~lescritoresMT: ensaio. método de ensaio, ensaio de solo
I

I
I-
I Microdescritores DNER: ensaio. ensaio de solo. umidade do solo

IPalavras-chave IRRDIIPR: ensaio (6255), solo (41 5 6 ) , método de ensaio ( 6 2 8 8 ) , álcool (7347)
i
Descritores SINORTEC: nornias. uniidade. ensaio do solo

I
Aprovada pelo Conselho Esccuiivo cni 16/04/04 Autor : DNERDrDTc (IPR)
Rcsolu$ão 11" -1- Scsdo n" CAI -!- Adaptação da DNER-h4E 088164 a DNER-PRO 101193,
Prowsso n" 2010001 8769104-4 aprovada pela DrDTc eni 25/04/94.
'
I
1
I Este Método fixa o modo pelo qual se determina a umidade de solos e de agregados miúdos pelo emprego
deálcool etilico.
A umidade se determina pela adição de álcool a amostra e sua posterior queima
I
Nota: EsteMétodo é empregado quando autorizado pela fiscalização da obra.
1

1
I
. 2.1 Referências bibliográficas
/ N preparo
~ desta Norma foram consultados os seguintes documentos:
i
1 a) DMR-ME 088161. designada Determinayio da uniidade pelo método expedito do álcool,
b) Lisboa. Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Norma para determinação do teor de umidade de
solos.

3 APARELHAGERI

A aparelhagem necessária é a seguinte:


/ a) balanya com capacidade de 200 g, sensivel a 0.01 g;
I b) cápsula metálica de fundo pefurado e suporte. conforme Figura. em a n u o ;
c) espatula de aço com lâmina flexivel com ponta arredondada com cerca de 8 cm de comprimento e 2
cm de largura;
I O
>m
' 3
u
La
d) pinçametálica;
I w
e) álcooletílico;
'I:
f ) peneira de 2,O mm, de acordo com a ABNT EB-22, de 1988, registrada no SINh4ETRO
1 como NBR-5734, designada Peneiras para ensaio.
I
1 4 AMOSTRA
I
Tomam-se cerca de 50 g de solo a ser ensaiado, passando na peneira de 2,O mm
I

15 ENSAIO

/ !
I
a) Pesa-se a cápsula e suporte (P,);
I
b) deposita-se na cápsula a amostra, tendo-se o cuidado de espalhá-la em toda superficie; 1
c) determina-se o peso da cápsula com a amostra úmida, inclusive o suporte (P2);
d) despeja-se quantidadeadequada deálcool etiliconaamostra, revolvendo-a com a espátulaeinflamando
i
a seguir o álcool; repete-se esta operação três vezes;
e) pesa-se a cápsula com o solo seco e o suporte (r3).
.
b : .. f8

V"'
b DNER-ME 088194
1 p. 03/04
1
1
6 CALCULOS
I
1
a) determina-se o peso da amostra úmida pela diferença P2 - P , = Ph ;
L
L b) determina-se o peso da amostra seca pela diferença P3 - P1 = P s; .

L c) determina-se aumidade pela fórmula:


I
L h=
Pl, - Ps x 100
I P5
I
I -.5.
m
onde:
h -umidade, em percentagem,
I
o
I
o
P - peso da amostra úmida;
h
I
P - peso da amostra seca.
[r
w
I z
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5

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u 1Anexo
I w
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I

I
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L
I ,
PERSPECTIVA

V I S T A DE CIMA

UNIDADE DE MEDIDA: C E N T ~ M E T R O i s m i
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

DETERMINAÇÃODA DENSIDADE REAL DOS GRÃOS DE SOLO

1. Introdução
A massa específica de um sólido é a relação entre a sua massa e o seu volume.

Quando se divide a massa específica pela massa específica de outra substância,


M
geralmente a água, obtem-se a densidade relativa a água 6 =
V.P,
A densidade é um número adimensional.
Desse modo, a densidade de um solo pode ser definida como a relação entre a
massa das partículas sólidas e o massa de um volume idêntico de água.
Na Mecânica dos Solos, a densidade dos grãos é necessária no cálculo de outros
ensaios, inclusive a granulometria por sedimentação e na determinação das relações
peso-volume, isto é, índice de vazios, grau de saturação e outros índices físicos.
Nos solos existem vazios entre as partículas sólidas, com a presença de ar, após a
eliminação da água, por secagem. Esses vazios podem ser grandes o suficiente para se-
rem vistos a olho desarmado - solos de granulação grossa - ou serem tão pequenos que
são invisíveis, mesmo em instrumentos com elevada ampliação.- solos de granulação
fina. Por outro lado, a determinação da densidade exige o conhecimento do volume das

partículas ( Vs ), com a eliminação total do ar dos vazios. Entretanto, as partículas maio-


res apresentam vazios na sua superfície de onde não se consegue extrair o ar e seu vol-
ume é computado como volume das partículas.
Existem, portanto, critérios diferentes para definir-se a densidade dos solos nas
duas condições descritas:

A densidade real dos grãos de solo que passam na peneira no 4 (0,475 mm ), re-
presentada pelo símbolo F , é a relação entre a massa de um dado volume de partículas
sólidas, numa temperatura determinada, e a massa de igual volume ,de água destilada,
na mesma temperatura.

Para o material retido na peneira no 4 é definida a densidade aparente das


partículas, como a relação entre a massa das partículas e o volume total, obtido por imer-
são das partículas em água, sem a expulsão do ar retido em seus vazios superficiais.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

A maioria dos solos inorgânicos apresentam a densidade real dos grãos variando
entre 2,60 e 2,80. A maior frequência desses valores está no intervalo de 2,65 a 2,75.
Solos derivados de materiais, excepcionalmente pesados, podem apresentar
I
valores de F maiores do que 3,OO. Solos com elevado teor de matéria orgânica ou com ,
partículas porosas (solos diatomáceos) possuem densidade real abaixo de 2,60 e alguns 1

I
com apenas 2,OO.

2. Método para a determinação da densidade m l pelo método do picnômetm


I

Este método é utilizado na determinação da densidade real dos grãos de solos


que passam na peneira de 4,8 mm.
I
No Brasil, dispõe-se dos seguintes documentos normativos para a realização
I
desse ensaio I

DNER-ME 093194 Solos - Determinação da densidade real I

q
ABNT MB-28 ( NBR-6508) - Grãos de solos que passam na peneira de 4,8 mm -
Determinação da massa específica I

2.1 Material empregado


t

A fig.l contém parte da apare-


Picnõmetro com capacidade de 503 ml
I Balança de 2.M) kg. sensível a
O.@Z g
lhagem empregada no ensaio,
com as seguintes especificações:
picnômetro com capacidade de
500 ou 1000 ml, com tampa de
vidro esmerilhada externarnen-
te e perfurada.
Cápsulas para umidade termometro graduado em
Seringa de borracha

V Termâmetro graduado em @,5"C 0,5 'C, de O 'C a 60 O C .


Cápsulas de porcelana balança com capacidade de
2,00 kg, sensível a 0,01g
Fig. 1
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEDNER ,
I Completam a aparelhagem necessária a determinação da densidade dos solos:

bomba de vácuo com registros, vacuômetro e conexões, capaz de aplicar um


vácuo de 88 kPa ( 66 cm de mercúrio a O OC), para remoção do ar aderente ás
partículas do solo
I
peneira de 2,OOmm

funil de vidro com 5 cm de diâmetro, espátula de aço de 8 cm de comprimento,


pinça metálica, água destilada.

2.1.1 Calibracão do picnômetro

A calibração objetiva determinar o peso do picnômetro cheio de água destilada e


deareada até a marca existente no gargalo, para diversas temperaturas da água. Traça-
se uma curva que correlaciona os pesos do picnômetro cheio com as temperaturas.
A calibração obedece a seguinte sequência de operações:
colocar água destilada, ocupando cerca de metade do picnôrnetro;
. tampar o frasco e aplicar o vácuo durante um período de 15 minutos;
colocar mais água no picnômetro até um pouco abaixo da marca do gargalo, aplicando
novamente o vácuo por mais 15 minutos;
colocar o picnômetro num banho com água, acima da temperatura ambiente; aguar-
dando o tempo necessário para que o picnômetro atinja a temperatura do banho;
retirar o frasco da água, secá-lo externamente e completar a água no interior do pic-
nômetro de modo que a base do menisco coincida com a marca do gargalo.
pesar o conjunto picnômetro + água, com sensibilidade de 0,01 g; a seguir agitá-lo
suavemente e inserir um termômetro, até a metade do frasco, registrando a tempera-
tura da água.
-repetir as operações acima, colocando-se o frasco em banhos com temperaturas
abaixo da temperatura ambiente, obtendo-se os pontos necessários ao traçado da
curva de calibração.
A calibração deve ser feita para todos os picnômetros utilizados no 1a.boratório.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

2.2 Preparação da amostra


A amostra é preparada de acordo com a norma DNER-ME 041194 - Preparação de
amostras para ensaios de caracterização. Recolhe-se a amostra do material que passa
na peneira de 2,O mm. na umidade higroscópica. Separa-se, mais de 10g de material e
seca-se em estufa, até constância de peso; seguindo-se o resfriamento no dessecador.
Toma-se, no mínimo, 10 g do material seco para constituir a amostra a ser ensaiada.
Utilizando-se picnômetros de 500 ou 1000ml as amostras serão constituidas de 70
a 1009 de material.

2.3 Execução do ensaio


O procedimento para a determinação da densidade real do solo compõe-se das
seguintes etapas.
Determinar o peso do picnômetro vazio, limpo e seco ( P1 )

Transferir a amostra para o picnôme-


tro, com o auxílio do funil de vidro, to-
mando-se todo o cuidado para evitar a
perda de material.
Pesa-se o conjunto, picnômetro + solo

seco e determina-se ( P2 )

Adicionar água destilada até cobrir,


com excesso, a amostra, podendo at-
ingir-se até a metade do picnômetro.
A seguir, liga-se o picnômetro a
bomba e aplica-se o vácuo, durante
pelo menos 15 min. O picnômetro
deve ser agitado,. suavemente, em
intervalos regulares. A baixa pressão
provocará o borbulhamento da água.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Com a bomba desligada, retira-se a mangueira do picnômetro e adiciona-se água


destilada até I c m abaixo da base do gargalo; aplica-se novamente o vácuo por 15
minutos, pelo menos.
Adicionar água destilada até cerca de 1 cm abaixo da marca de calibração do pic-
nômetro, deixando-o em seguida em repouso até que a temperatura do mesmo se
equilibre com a do ambiente. Com o auxílio de um conta-gotas, adicionar água desti-
lada no picnômetro, até que a base do menisco coincida com a marca de referência.
Pesar o conjunto picnÔmetro+solo+água, com precisão de 0,01 g, anotando-se o valor

( p3
Após a pesagem, inserir o termômetro até meia altura do picnômetro e anotar a tem-
peratura.
Quando se dispõe da curva de calibração do picnômetro, obtem-se o peso do pic-

nômetro cheio de água destilada e deareada até a marca de referência (P4),entrando-se

com a temperatura ( t ), do conteudo do picnômetro.


Caso não se tenha essa informação, é necessária a seguinte etapa final.
Retirar todo o material de dentro do picnôrnetro; lavá-lo e colocar água destilada até
metade de sua altura, aplicando a seguir o vácuo. Adicionar mais água destilada até
enchê-lo completamente; colocar num banho de água a temperatura ambiente, du-
rante 15 minutos; colocar a rolha perfurada de modo que a água aflore a sua parte
superior, anotando a temperatura do banho ( t ); retirar o picnômetro do banho,

enxugá-lo com um pano limpo e seco e pesar a seguir (P4)

2.4 Cálculo do ensaio

Valores calculados

Massa do picnómetro vazio e seco P1 (g) Massa da amostra PS= Pz - Pi (g)


Massa do picnômetro com a amostra P2 (g)

Massa do picnómetro + água p4 (g) Massa da água na calibração


P,, = P4 - P,

Massa do picnómetro + solo + água P3(g) Massa da água no picnómetro, após


adição do solo
P,'= P3 - Pz
38
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

A diferença ( Pac e Par ) decorre do volume ( VS ) ocupado pelos grãos sólidos, ou seja,
corresponde a massa de um volume de água, idêntico ao das partículas de solo, isto é:

vs. Pat = (P4 - PI) - (P3 - P2)


A densidade real dos grãos de solo, na temperatura ( t ), é calculada por

O resultado final deverá ser a média de duas determinações, no mínimo, e só será


considerado válido quando a diferença entre os valores obtidos não ultrapassar 0,009.
Será expresso por um número adimensonal, com aproximação de centésimos
Como a massa específica da água varia com a temperatura, convencionou-se pa-
dronizar os valores da densidade real dos grãos de solo para a temperatura de 20'
Assim, o valor obtido no ensaio, na temperatura ambiente ( t ), deverá ser multipli-

cado por um fator de correção ( k20 ), definido como a relação entre a densidade relativa
da água na temperatura ( t ) e a densidade relativa da água a 20 "C, obtidas em tabelas.

onde:
620 - densidade real do solo a 20 O C
k20 - fator de correção para a temperatura de 20 O C
6 , - densidade real do solo a temperatura ( t )

2.5 Prováveis causas de erros

Imprecisões nas pesagens do picnômetro e seu conteudo. Como o cálculo da densi- ,


dade real dos solos é baseada na diferença de pesos as quais são pequenas, com- ,
paradas com esses pesos; a mesma balança deve ser empregada para a calibraçáo
I
volumétrica do frasco e para a determinação da densidade, sempre que for empregada
I
uma curva de calibração I

1
Temperatura do picnômetro e do seu conteudo não uniforme. Tanto na calibração do
1
frasco como na determinação da densidade, devem ser tomados os maiores cuidados
,
-" IMi-DEPU<T*MENToNACIONAL DE ESTRADAS D E RODAGEM
-
Solos determinação da densidade real
Norma rodoviiria Método de Ensaio DNER-ME 093194
p. 01104 1
RESUMO
Estedocumento, queéumanorma técnica, apresenta oprocedimentoparaa determinação da densidadereal
de solos. Apresenta requisitos concementes a aparelhagem, cálculos e para obtenção do resultado

ABSTRACT
This document presents theprocedurefor determiuiugthe specific gravity of soils. It presents requirements
conceming apparatus, samples and for obtaining result.

-
ai
C
o
O Apresentação

õE 1 Objetivo
o
a 2 Referências
Lu
5
O
3 Aparelhagem

8m 4 Amostra
.c
O
5 Ensaio
3
u
6 Cálculos e resultados
Y1a>
u
.- o APRESENTAÇÃO
E
E Esta Norma decorreu da necessidade de se adaptar, quanto à forma, a DNER-ME 093164 a
o DNER-PRO 101193, mantendo-se inalterável o seu conteúdo técnico.
'O3.
u
- 1 OBJETI\'O
Esta Norma fixa o modo pelo qual se determina a densidade real dos solos.

Macrodescritores MT: uorma: ensaio, ensaio ein laboratório, nictodo d:. ensaio, eusaio de solo

, Microdescritores DNER: ensaio. ensaio de laboratório, ensaio de solo. ensaio de densidade


I

' Palavras-chave IRRDIIPR: ensaio (6255), método de ensaio (6288), solo (4156), densidade (5908)
'
b

1
Descritores SINORTEC: normas, ensaio do solo
L I
rovada pelo Conselho Executivo em 16/05/64 Autor : DNER/DrDTc (IPR)
solução no -1- Sessão 11" CAI -1- I Adaptação da DNER-ME 093164 à DNER-PRO 101193, /
DNER-ME093194
p. 02104

2.1 Nonna complementar


IN~ apiicaqão desta Nonua 6 necessário consultar:
IDNER-ME 0 4 I A 4 designada Reparação de amostras de solos para ensaios de caracterizayão

2.2 Referências bibliográficas


No preparo desta Nonna foram consultados os seguintes documentos:
a) DNER-ME 093164, designada Deiisidade real de solos,

-
m
C
o
+
b) ASTM D 854-83, designada Specific gravity of soils,
c) AASHTO T 100-86, designada Specific gravity of soils
E
O
5z 3 APARELHAGEM
n
O A apareihagem necessária é a seguinte:
o
-0
.r
O
a) repartidor de amostras de 1,3 cm de abertura;
b) peneira de 2,O mm, conforme ABNT EB-22, de 1988, registrada no SINMETRO como NBR-5734,
designada Peneiras para ensaio;
c) balança com capacidade de 200 kg, sensível a 0,01 g;
d) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 'C e 110 "C;
e) picnômetro com capacidade de 50 ml;

f) termômetro graduado em 0,5 "C, de O "C a 60 "C;


g) bico de gás ou outra fonte de calor;
h) cápsula de porcelana com 5 cm de diâmetro;
i) dessecador;
j) funil de 5 cm de diâmetro;
1) pegador de madeira.
I
I
4 AMOSTRA
I

I
I
4.1 A amostra é obtida de acordo com o item 4.b da N o m DNER-ME04 1/63 (ver 2.1).
t
I 4.2 Seca-se a amostra até peso constaute em estufa a 105 "C - 110 "C e esfria-se no dessecador

I 4.3 Tomam-se, no mínimo, 10 g de solo seco como amostra a ensaiar.


ENSAIO

1 Pesa-se o picnômetro vazio, seco e limpo (P,)

,' i 5.2 Coloca-se a amostra no picnômetro e pesa-se (P2).

'I
I 5.3 Coloca-se, a seguir, água destilada no picnômetro até cobrir, com excesso, a amostra.

1 5.4 Aquece-se opicnômetro, deixando ferverpelomenos 15 minutos,para expulsartodo ar existente entre


I as partículas do solo, agitando-o para evitar superaquecimento.
l

I 2 5.5 Deixa-se o picnômetro esfriar ao ambiente.


C
1 2
o
5.6 Enche-se completamente o picnômetro coui a g u a destilada. coloca-se em um banho de agua à
temperatura ambiente, durante 15 minutos, coloca-se a roha perfurada de modo que aflore a sua parte
superior e anota-se a temperatura do banho (t); retira-se do banho e enxuga-o com um pano limpo e seco.
z
n
o
m 15.7
O Pesa-se o picnômetro e contddo (Pi)

w
& 5.8 Retira-se, a seguir, todo o material de dentro do picnôrnetro; lava-se e enche-o completamente com
água destilada; coloca-o no banho de água a temperatura ambiente, durante 15 minutos, coloca-se a rolha
$ perfurada, de modo que a água aflore à sua parte superior e anota-se a temperatura do banho (t); retira-se
-0
- o picnômetro do banho, enxuga-o com um pano limpo e seco e pesa-o a seguir (P4).
.-
i6 I C~CULOS
E RESULTADOS

3
6.1 A densidade real do solo a temperatura (t) é dada pela seguinte formula:

Dt - densidade real do solo a temperatura t;


/ p I -peso do picnômetro vazio e seco. em g;
P2 -peso do picnômetro mais amostra, em g;
-
/pl peso do piniômetm mais amostra, mais água, em g;
P4 - peso do picnômetro mais água, em g.

6.2 O resultado íinal é expresso emnúmero adimensional e com aproximação de centésimos.

6.3 O resultado do ensaio será considerado quando obtido pela média de duas determinações,no mínimo,
e quando não diferirem do 0,009.
DNER-ME 093194

6.4 Ovalor da densidadereal dwerá serreferido a água a temperatura de 20 'C, calculado dovaiorrefendc
à água a temperatura (t), como segue:

I 1onde:
I

1
1D2, - densidade real do rolo a 20 'C;
I
kZ0 - razão entre a densidade relativa da água a temperatura (t) e a densidade relativa da água a 20 "C
obtida na Tabela a seguir;
l

1 , ID, - dcuçidadc real do solo à icrnpcratura (1).


I
I
-
m

"-
Tabela -Razão entre a densidade relativa da água à temperatura (t) e a densidade relativa da
água a 20 'C.
I
E
I E
E
lu
Tqemnirast Densidade Fator de Temperaturas t Densidade Fator de
O relativa correqão relativa correção
,O em°C da água k20 em "C da água k20
m
.=
v
a! 4 1,0000 1,0018 19 0,9984 1,0002
a 5 1,0000 1,0018 20 0,9982 1,0000
r
m 6 0,9999 1,0017 21 0,9980 0,9998
V:m 7 0,9999 1,0017 22 0,9978 0,9996

-
TI 8 0,9999 1,0017 23 0,9976 0,9993
m
0
.- 9 0,9998 1,0016 24 0,9973 0,9991
1O 0,9997 1,0015 25 0,9971 0,9989
E
P 11 0,9996 1,0014 26 0,9968 0,9986
O
am 12 0,9995 1,0013 27 0,9965 0,9983
o. 13 0,9994 1,0012 28 0,9963 0,9980
3

3 14
15
0,9993
0,9991
1,0011
1,0009
29
3O
0,9960
0,9957
0,9977
0,9974
%
I
I: 16 0,9990 1,0008 31 0,9954 0,9972
17 0,9998 1,0006 32 0,9951 0,9969
18 0,9986 1,0004 33 0,9947 0,9965

Nota: Para referir o valor da densidade real do solo a água com a temperatura diferente de 20 "C, devi
I ser calculado o valor de k,, para a temperatura x desejada.
B
b
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMEIDNER
1
para garantirem que as temperaturas medidas são representativas do picnômetro e do
conteudo, durante o período em que são realizadas as pesagens

Falta de limpeza do picnômetro. A curva de calibração perderá a validade se o


t acúmulo de sujeira no frasco alterar seu peso. Por outro lado, se o interior do gargalo
b
não estiver limpo, poderá formar-se um menisco com forma irregular.

Menisco não coincidente com a marca existente no gargalo. uma gota de água a mais
pode produzir um erro de 0,059, aproximadamente. Este erro pode ser minimizado to-
mando-se a média de várias leituras, a mesma temperatura. Quando a suspensã'o for
1 opaca, uma forte luz colocada atrás do gargalo, facilitará a visão da base do menisco.
I
Emprego de água contendo sólidos em dissolução. É essencial que se empregue ex-
1
1 clusivamente água destilada.

Remoção incompleta do ar nos vazios do solo. Esta é a mais séria fonte de erros na
determinação da densidade dos solos e conduz a determinação de valores mais
baixos da densidade. Para verificar se o ar foi totalmente removido, durante a aplica-
ção do vácuo, reduzir lentamente o vácuo e observar o abaixamento da superfície da
água no gargalo do picnômetro. Se a superfície da água abaixar menos do que 3 mm,
pode-se considerar que o ar foi suficientemente removido da suspensão. Convém no-
tar que o ar dissolvido na água não afetará os resultados, podendo ser dispensada na
calibração e quando se completa a água ate a marca do gargalo.

3. Anexos

t
Anexo 1 - DNER - ME 093 194 p. O1 104 DeterminaÇao da densidade real
t
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DOS SOLOS


i . Princípios da análise granulométrica

1.I.Objetivos
Como mostra a figura 1, um solo compõe-se de partículas de várias formas, tama-
nhos e quantidades. A análise granulométrica divide essas partículas em grupos pelas
suas dimensões ( frações de solo ) e determina suas proporções relativas ao peso total da
amostra.
A análise granulométrica é o ensaio básico de laboratório, necessário a identifica-
ção de um solo, pelos sistemas de classificação adotados na engenharia de solos.

Fig.1 As partículas deste solo foram divididas em seis grupos no


laboratório. A partícula maior tem diâmetro de 15 mm. As maiores
dimensões em cada grupo, da esquerda para a direita, são 0,07,
0,3,1, 2, 5, e 15mm, respectivamente.

1.2 Frações de solo


A grande maioria dos sistemas de classificação dos solos dividem as partículas
sólidas, com base nas suas dimensões, nas seguintes categorias - matacão, pedra,
pedregulho, areia, silte e argila, com a opção de dividir a areia em grossá, média e fina.
Na Tabela 1, estão representadas as frações de solo adotadas por alguns sistemas
de classificação de solos e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
t
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER
I
I Tabela 1 Classificação das frações de solo segundo ABNT, USCS, AASHTO, ASTM
1 Areia
Argila Silte Pedregulho Pedra Matacáo
I ABNT Fina Media Gmssa
p 0.005 0.05 0.42 2 4.8 76 250
p Arela Pedregulho
Finos, ( argila, silte ) Pedra Matacão
UsCS Fma Media ~ ~ ~Finos Grosso
~ a
t
0.075 O 425 2 4,75 19 75 300
b
1
I
AASHTO
O 005
Silte
t
O 075
Ftna
Areia

0.425
Grossa
2
Pedregulho

75
Matacáo

t Areia
ASTM Argila Silte Pedregulho Pedra Matacão
1 - Fins Media Gmasa
I . 1 1 1 1 1 1 1 1

Diâmetro dos grãos ( rnm )

Constata-se que as partículas podem apresentar dimensões superiores a 200 mm


ou serem menores do que 0,002 mm. A relação entre esses extremos é de 10~11.
A medida que a dimensão D diminui, o número de partículas contidas na unidade de
3
massa aumenta proporcionalmente a 1ID e sua massa individual diminui na mesma rela-

ção.
Outra distinção entre as partículas finas e grossas está no valor da grandeza de-
nominada superfície específica que expressa a área superfícial total das partículas por
unidade de massa.
Admitindo como esféricas as partículas de solo, a superfície característica de uma
areia fina é 0,03 m21g, enquanto as das argilas minerais, caolinita e montmorilonita, são
10 m21g e 1000 m21g, respectivamente. Essa propriedade influencia, largamente, a intera-
@o entre as partículas de solo.
Assim, enquanto nas areias predominam as forças gravitacionais, nas partículas de
argila, pela elevada superfície específica, atuam, predominantemente, as forças
eletrostáticas responsáveis pela interação de uma partícula com outra e com o fluido que a
cerca.
1.3 Curva de distribuição granulométrica
Os solos naturais são uma mistura de partículas que não se enquadram somente
em um intervalo ou fração de solo, podendo cobrir duas ou mais categorias. Então, para
representar-se a distribuição dos grãos pelas várias categorias recorre-se, geralmente, a
uma distribuição estatística acumulada.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

A curva de distribuição granulométrica é traçada marcando-se, a percentagem de


material com dimensões menores do que uma determinada dimensão, versus essa di-
mensão de partícula, numa escala Iogarítmica.
A figura 2 mostra uma curva típica de distribuição granulométrica. Os valores mar-
cados são sempre crescentes pois se trata de uma curva acumulada.

O,$ 1 10
Diâmetro dos grãos ( mm )

Argila Silie Areia Pedregulho Pedra


Rna 1 Mede / Grossa 1

0,005 0.05 0,42 2 4,8 76

Fig. 2 Curva de distribuição granulométrica

Lançando-se a curva junto a uma escala padronizada, pode-se, de imediato, obter


informações sobre as características granulométricas do solo.
a posição da curva na escala indica tratar-se de um solo de granulação grossa
ou de granulação fina;
a alta declividade, o achatamento e a forma geral da curva informam sobre a
distribuição dos grãos pelos diversos diâmetros.

Os solos granulares, como as areias e pedregulhos, podem ser classificados pela


curva de distribuição granulométrica, inferindo-se daí as suas propriedades de engen-
.
haria.
As informações completas sobre a classificação dos solos serão objeto de outra
unidade deste Curso. Entretanto, será apresentada a seguir uma classificação aplicada
as areias e pedregulhos, decorrente de suas composições granulométricas, onde se de-
finem três tipos principais, representados na figura 3.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEDNER

0,1 1 1o
Diâmetro dos grãos ( mm )

Argila I silte
Fina
Areia
1 Media 1 Grossa
Pedregulho Pedra

0,005 0.05 0.42 2 4.8 76

Fig. 3 Exemplo de curvas granulométricas de areias e pedregulhos

Solos uniformes - Nos solos uniformes (figura 3 - curva A), a maioria dos grãos
possui, aproximadamente, a mesma dimensão. A curva apresenta alta declividade,
aproximando-se da vertical.

A uniformidade dos solos é caracterizado pelo coeficiente de uniformidade C,

O60
c,, = - Onde: D - diâmetro do grão correspondente a 60%
D10
mais fino
Do - diâmetro do grão correspondente a 10%
mais fino. Esse valor é denominado diâme-
tro efetivo.

C, representa a inclinação média da curva entre 10 e 60%, e o valor máximo que


pode assumir é igual a 1, correspondente a um solo perfeitamente uniforme, com todas
as partículas iguais.

Solos bem graduados - Nos solos bem graduados (figura 3 - curva B), as dimen-
s6es das partículas abrangem uma extensa faixa de valores, a curva granulométrica é
suave, apresentando uma concavidade típica dos materiais bem graduados.
I CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

A distribuição granulométrica pode ser caracterizada pela sua curvatura, ou mais


especificamente, pelo coeficiente de curvatura C,
1
Define-se coeficiente de curvatura (C,) pela expressão:
1

I @o
C, = onde. Do - diâmetro do grão correspondente a 30%
I Dl 0 ' D60
I mais fino

I
Por definição, os pedregulhos e as areias são considerados bem graduados
I
quando:
I

pedregulhos C, > 4 e 1 <C,< 3


areias C, 6 e 1 <C,< 3

I
Solos mal graduados - O termo mal graduado aplica-se a qualquer solo que não
I se enquadre como bem graduado, inclusive aos solos uniformes. Nos solos mal graduados
I faltam partículas com certas dimensões e suas curvas granulométricas apresentam tre-
I
chos quase horizontais ( figura 3 - curva C).

As propriedades dos solos não dependem somente das dimensões das partículas,
mas também de outros fatores tais como a composição mineralógica, estrutura e história
geológica. Nas argilas, a plasticidade e a consistência controlam muito mais o seu com-
portamento mecânico do que a distribuição granulométrica; por isso, os ensaios dos limites
de Atterberg fornecem informações mais significativas, para a classificação e a previsão
do comportamento dos solos finos, do que as obtidas nas análises granulométricas.

1.4 Aplicações da análise granulométrica na prática da engenharia


Na prática da engenharia geotécnica, os resultados das análises granulométricas
dos solos são importantes na solução de várias situações:
Seleção de material para aterro Os solos empregados na construção de aterros
I

I e barragens de terra devem estar dentro de determinados limites, definidos pelas curvas
I de distribuição granulométrica. As várias zonas de uma barragem de terra, por exemplo,
I
tem diferentes características granulométricas.
I
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Materiais para pavimentos rodoviários Cada camada de um pavimento rodo-


viário ou de aeroportos deve atender a uma granulometria especificada para que se ob-
tenha uma fundação mecanicamente estável.
Materiais para filtros As especificações para a granulometria de uma camada
de filtro estão relacionadas, de certo modo, a composição do terreno adjacente ou da
próxima camada de filtro. Essas especificações, conhecidas como critérios para filtros,
evitam que as pequenas partículas, carregadas pelas forças de percolação, ocupem os
vazios entre as partículas maiores.
Drenagem do terreno As características de drenagem de um terreno depende
da proporção de finos ( partículas com dimensões de siltes e argilas ) presente no solo.
Injeçáo no terreno O tratamento do terreno com calda de cimento ou produtos
químicos consiste na injeção, de líquidos com características mecânicas ou químicas
predefinidas, nos vazios do solo para diminuir a permeabilidade do terreno ou melhorar
suas propriedades mecânicas. A escolha do processo de injeção e o volume de terreno
que poderá ser impregnado depende, principalmente, da distribuição granulométrica dos
solos.

1.5 Tipos de análise granulométrica


Há dois processos distintos para a obtenção da distribuição granulométrica dos
solos:
análise granulométrica por peneiramento

análise granulométrica por sedimentação

O peneiramento é empregado para partículas com dimensões das areias e


pedregulhos (solos grossos com grãos maiores do que 75 pm), enquanto a sedimentação
(análise com densímetro ou pipeta) é usada nos solos mais finos. As análises por penei-
ramento e sedimentação são combinadas para definir a composição granulométrica dos
solos que possuem grãos finos e grossos
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

2. Análise granulométrica por peneiramento

A análise por peneiramento aplica-se a solos contendo pequena quantidade de


material, passando na peneira no 200, desde que não haja interesse em se conhecer a
distribuiçáo granulométrica da porção da amostra que passa naquela peneira.
O processo consiste em passar a amostra através de um conjunto de peneiras,
empilhadas em ordem decrescente da abertura da malha, e pesar o material retido em
cada peneira. !

No Brasil, existem os seguintes documentos normativos, referentes a análise


granulométrica por peneiramento:
DNER - ME 080 194 Solos -Análise granulométrica de solos por peneiramento
ABNT EB - 22 I 88 Peneiras para ensaio 1

2.1 Material empregado

Fig. 4 Conjunto de peneiras padronizadas

Conjunto de peneiras dentro dos padrões das normas brasileiras (Fig. 4), construidas
com malhas de aço e aberturas estabelecidas nas normas, variando de 50 mm a
0,075 mm, incluindo ainda o fundo e a tampa. Algumas peneiras são identificadas por
números. Da série de peneiras, indicadas na norma para este ensaio (Tabela 2), sele-
ciona-se aquelas cujas aberturas cubram o intervalo das dimensões das partículas pre-
sentes na amostra ensaiada.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMUDNER

Tabela 2 Abertura das peneiras padronizadas

No. da Abertura No. da Abertura


peneira (mm) peneira (mm)
I

50,80 No. 16 ?,I8


38,lO No. 30 0,60
25,40 No. 40 0,42
19,05 No. 50 0,30
9,52 No. 100 0,15
No. 4 475 No. 200 0,075
No. 10 2,oo

Agitador de peneiras (fig. 5), com dispositivo


para fixação desde uma até seis peneiras, in-
clusive tampa e fundo;
Balanças que permitam pesar 200 g, 1,O kg e
5 kg com sensibilidades de 0,01g, 0 , l g e 5g,
respectivamente;
Repartidor de amostras de 1,3 e 2,s cm de
abertura;
Almofariz e mão de gral recoberta de borra-
cha, com capacidade de 5 kg de solo;
Estufa capaz de manter a temperatura entre

I Fig.5 Agitador de peneiras t

1
Recipiente cilíndrico, aberto, com capacidade de 5 litros, munido de bico vertedor,
I

para desagregar a amostra de solo por lavagem; I

Escova metálica para limpeza das peneiras.


-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMEIDNER

2.2 Preparação da amostra


O material a ser ensaiado deve ser previamente seco ao ar, podendo-se usar a
estufa ou lâmpada infravermelha, desde que a temperatura não exceda 60%. Todos os
torrões de solo devem ser desmanchados por pressão dos dedos ou utilizando-se o al-
mofariz e a mão de gral.
A amostra a ser ensaiada deve ter um volume, grande o bastante para representar
o solo no campo, mas pequeno o suficiente para não sobrecarregar as peneiras.
A sobrecarga de uma peneira resultará numa separação incompleta, acarretando erros
no ensaio.
Assim, amostras muito grandes recebidas do campo, devem ser divididas em
amostras menores, por quarteamento, para preservar a distribuição granulométrica, em-
pregando-se nesta operação o separador de amostras.
Após o quarteamento, separa-se o material que vai ser peneirado, obedecendo-se
aos seguintes critérios:
solos argilosos ou siltosos 1 500 g
solos arenosos 2 O00 g
Do que sobrar da amostra total, separar 509 de material passado na peneira de
2,0mm, para a determinação da umidade higroscópica

2.2.1 Determinacão da umidade hiaroscópica

A umidade higroscópica é o teor de umidade dos solos secos ao ar e sua determi-


nação obedece as normas para o cálculo da umidade, com secagem do material em
estufa. As pesagens devem se feitas com aproximação de 0,Olg.
Determinam-se as seguintes grandezas:

Peso do material úmido - Ph


Peso do material seco em estufa - P,

e o cálculo da umidade se faz pela fórmula: h=


Ph - Ps x 100
r?
2.3 Execução do ensaio

O material fino (menor que 0,075 mm) pode provocar a presença de torrões endu-
recidos ou aderir aos grãos maiores; para separá-los é necessário colocar a amostra no
recipiente cilíndrico, com água, esfregando-se o material com as mãos, aguardando-se o
I
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tempo necessário a desagregação dos torrões. I

O peneiramento será executado na fração de solo retida na peneira no 200. En-


tretanto, o lançamento de toda a amostra, diretamente nessa peneira, poderia danificar
I

sua malha, muito delicada. Então, toda a amostra, inclusive a água, é vertida do recipi-
l

ente onde foi lavada, para um conjunto de duas peneiras: a peneira no 4 (4,8 rnrn),
apoiada na peneira no 200 (0,075 mm). As frações retidas são lavadas em água corrente,
diretamente nas peneiras, até que a água de lavagem se apresente limpa e a seguir,
usando-se também jato d'água, são transferidas para uma cápsula de porcelana e secas
em estufa, até constância de peso. Quando o solo apresenta uma fração muito grande,
retida na peneira de 2,O mm, o peneiramento dessa fração poderá ser conduzido,
separadamente d a fração retida na peneira de 0,075 mm.
A operação de peneirarnento propriamente dito, obedecerá as etapas descritas a
seguir:
Retirar a amostra da estufa e deixar esfriar
Selecionar o conjunto de peneiras adequado ao solo ensaiado. A escolha das peneiras de-
pende, usualmente, da experiência, critérios e aplicações pretendidas para a análise granu-
lométrica. Geralmente, são suficientes seis peneiras. A peneira superior terá uma abertura
um pouco superior ao tamanho da maior partícula.
Arrumar as peneiras em ordem decrescente de abertura, apoiadas num fundo de peneira.
Colocar a amostra na peneira superior e a tampa, para evita a entrada de poeira ou perda
de material durante o peneiramento.
Colocar as peneiras no agitador (fig 5), vibrando o ~- - .-~.

conjunto por um período de cerca de 10 a 15 minutos .!& *:+


jLp*; P,
ou até que a vibração não produza mais apreciável
:.
-\ -4,
alteração na quantidade de material retido em cada y
*. ~ .- za:ií
. . ~ ~ . , r2
..
peneira (1% num minuto de vibração). Não dispondo- (,.'>G ( 61 ,<-
L o O@?- - l,
~v%$phP!:
--. P:
se do agitador mecânico, a vibração das peneiras P.~.
\,, - - -9
deverá ser feita, manualmente, através de
movimentos horizontais e verticais, intercalados com
pequenas batidas no conjunto, durante, no mínimo,
15 minutos.
Retirar o conjunto de peneiras do agitador e iniciar a /'i,

pesagem das frações de solo retidas em cada


/',IA I
peneira, iniciando pela peneira superior. Transferir o
material para o prato da balança, sobre um pedaço
Fig. 6 Fraçóes retidas nas peneiras
-
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de papel grosso ou um recipiente maior calibrado e determinar seu peso P l , com aproxi-
mação de 0,l g. Repetindo-se a operação para cada peneira e para o fundo, teremos os
pesos Pl, P2, P3 . P, e P,+l das fraçóes de solo, retidas em todas as peneiras e deposita-
das no fundo, no final do peneiramento (fig. 6).

2.4 Cálculo do ensaio


Como descrito anteriormente e representado na figura 6, o peneiramento é reall-

zado numa pilha genérica de n peneiras, com aberturas diminuindo do topo para o fundo,

ordenadas de 1a n, sendo os pesos retidos em cada peneira P1,P2, P3 ... Pn

Na realidade, considerando-se a amostra como um todo, o material que efeti-


vamente é retido numa peneira qualquer é a soma das fraçóes retidas em todas as penei-
ras com aberturas maiores do que a da peneira em questão e portanto, situadas acima
dela na pilha de peneiras para o peneiramento, conforme discriminado abaixo:

Ordem da peneira Material retido acumulado

No cálculo desse ensaio objetiva-se a determinação das percentagens das fraçóes


de solo, mais finas do que as aberturas de cada peneira, ou seja a percentagem do mate-
ria1 que passa na peneira, em relação ao peso total da amostra seca. Com essas percen-
tagens é traçada a curva de distribuição granulométrica.

O ensaio permite o cálculo imediato da percentagem relativa ao material retido em


peso de solo seco retido na peneira
cada peneira: % retida =
peso da amostra total seca

e as percentagens acumuladas retidas em cada peneira, somando-se a percenta-


gem retida na peneira considerada, as percentagens de todas as peneiras acima dela.

I % retida acumulada = C % retida na peneira e acima dela 1


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A percentagem do material que passa é determinada pela diferença:

% passando = 100 - % retida acumulada


Face ao exposto e considerando as recomendações da norma rodoviária DNER -

ME 080194, o cálculo do peso total da amostra seca compreende as seguintes etapas:

(a) Peso parcial seco da amostra Soma dos pesos das frações retidas na peneira
total de 2,O mm e nas de maior abertura de malha.
(a)=(Pl+P2+P3 .+.P,o
.i)
A Norma considera que a secagem ao ar elimina,
totalmente, a água da fração acima de 2,0mm,
então este somatório representa uma parcela do
peso seco da amostra total.

(b) Peso da fração que passa na O ensaio parte de uma amostra total representa-
peneira de 2,O mm, seca ao ar. tiva (Ph), seca ao ar, na qual existem frações
completamente secas, cujo peso foi determinado
no item (a), anterior. Subtraindo-se do peso da
amostra total, (Ph) o valor calculado no item (a),
obtem-se o peso seco ao ar da fração que passa
na peneira de 2,O mm.

(b)=(Ph)-(a)

(c) Peso seco da fração de solo O peso obtido em (b) corresponde a uma fraçáo
que passa na peneira com de solo com umidade higroscópica; obtem-se seu
abertura 2,O mm correspondente peso seco multiplicando-se por
um fator de correção.

onde h é a umidade higroscópica

(d) Peso total da amostra seca Compõe-se da soma dos pesos secos das fra-
ções de solo, retidas e que passam na peneira de
2,O mm, determinadas nos itens acirna (a) e (d)
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O valor P, - peso total da amostra seca será utilizado para calcular as percenta-

gens retidas em cada peneira e as percentagens retidas acumuladas, conforme explicado


anteriormente.

2.5 Causas prováveis de erro

A presença de torrões não desmanchados Quando o material contém finos plásti-


cos, esta causa de erro é mais frequente e devem ser cumpridas as recomendações
quanto a lavagem prévia e destorroamento do material.

Vibração das peneiras em penodos muito curtos ou com movimentos inadequa-


dos As amostras devem ser vibradas de modo que uma partícula fique exposta a
abertura da peneira, em diversas posições, possibilitando sua queda.

Peneiras com telas quebradas ou deformadas As peneiras devem ser inspecio-


nadas, frequentemente, de modo a se ter segurança de que suas aberturas não estão
maiores do que o padronizado.

2.6 Apresentação dos resultados


Os resultados das análises por peneiramento são apresentados na forma de uma
curva de distribuição granulométrica, traçada numa escala semi-Iogarítmica conforme a
figura 7. Essa curva é obtida plotando-se os diâmetros das partículas (abertura da
peneira) como abcissa (escala logarítmica) e as percentagens, em peso, dos mais finos
como ordenada (escala aritmética).
-
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0.001 0,Ol 0.1 1 1o


Diâmetro dos gráos ( mm )

Argila Silte I Areia Pedregulho Pedra


! ! Fina / MBdia 1 Grossa

Fig. 7 Curva granulométrica obtida na análise granulométrica por peneiramento

3. Análise granulométrica por sedimentaçáo

3.1 Objetivos
A analise granulométrica por sedimentaçáo tem como objetivo definir a curva
granulométrica dos solos que são muito finos para serem ensaiados por peneiramento.
Nessa análise, as partículas são separadas por seus diâmetros, usando o proces-
so físico da sedimentação, descrito pela lei de Stokes (1891). Os diâmetros dos grãos
menores do que a peneira no 200, siltes e argilas, são calculados pelas distâncias de
queda das partículas e a percentagem dos mais finos são determinadas medindo-se o
peso específico da suspensão solo-água.
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3.2 Princípios da sedimentação

-u A esfera rígida com diâmetro D, representada


L--\->
na figura 8, está irnersa num fluido de viscosidade
H-
q, que se desloca com uma velocidade V. De acordo
com a lei de Stokes o fluido viscoso movendo-se,
- w
- - lentamente, exerce a força de arrasto F sobre ã es-
> fera:
Fig. 8 Escoamento laminar junto
F=3?r.qVD (1)
a uma esfera fixa.

A viscosidade do fluido tem a dimensão de uma massa dividida pelo comprimento


e pelo tempo; geralmente sua unidade é g1cm.s.
A lei de Stokes só se aplica quando o fluido desloca-se muito lentamente e a
grandeza R, denominada número de Reynolds é menor do que 1 pois, somente nessa
situação as moléculas do fluido descrevem as trajetórias representadas na figura 8. O
número de Reynolds é adimensional e definido pela relação entre as forças de inércia e
de viscosidade. No caso particular do escoamento em torno de uma esfera, R, assume a
expressão:

R, = -- (2) sendo p a massa específica do fluido


rl
I

I 0 Aplicação da lei de Stokes a uma esfera em queda no interior de um fluido


I
Quando uma esfera de raio R cai com velocidade constante V,num fluido de vis-
I
cosidade?, fica submetida as seguintes forças:

4
I peso da esfera + 3 n R' y, onde y, é o específico do solo

I força de arrasto - 6n qV R
I
4 a

1 ernpuxo - 7~ R' y a onde y, é o específico do fluido


3
I
I Quando essas forças estão em equilíbrio, CI sornatório das expressões acima é
I nulo e a velocidade Vassume um valor constante, deduzido como se segue.
1
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Com o valor de V poderá ser deduzido o correspondente valor de R,

onde p, é amassa específica do fluido

Considerando-se uma esfera com massa específica p , = 2,7 g / c n ~ 3, caindo em

queda livre na água de massa específica pfl = 1,O g/cm3 e viscosidade 71 = 0,01 glcn?.s ,

poderão ser calculadas as velocidade de queda V e os correspondentes números de Rey-


nolds. A Tabela 2 contém esses valores para esferas de raios 0 , l e 0,001 mm.

Tabela 2 Velocidade e número de Reynolds


para esferas de vários raios.

Pela tabela 2, constata-se que a lei de Stokes não se aplica a esferas com raios
superiores a 0 , l mm, porque I?, > 1. O diâmetro 0,lmm é portanto, o limite superior
aproximado do tamanho de partículas para as quais é válida a equação 4.

O limite inferior são as partículas menores do que Ipm, ou seja, as partículas coloi-
dais, nas quais predominam as ações das forças eletrostáticas superficiais sobre as das
forças gravitacionais, submetendo as partículas a um movimento aleatório. denominado
Browniano.
Assim, admitindo-se as partículas de solo esféricas, os diâmetros anteriormente
mencionados, estabelecem o intervalo para o emprego do processo de sedimentaçâo.
Como conseqüência da equação 6, a esfera de raio I?, na superfície do líquido no
. .

instante I =~ O atingirá a altura H no tempo i


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3.2.1 O processo de sedimentacão

*
t=Os Para analisar o mecanismo segundo
- o qual se pro-
cessa a sedimentação de partículas de solos em suspensão
- .3 3 -
num certo volume de água, pode-se considerar um modelo
-Li
<U
0 o -
simplificado de suspensão (figura 8) no qual um solo, con-
n
m .o
o 0 -
stituido de partículas com apenas Gafro diâmetros diferen-
-
-4
c
3
O
L
Q
.
a c - tes, é colocado num recipiente com altura de 50 cm, cheio de
e3 O - água. Inicialmente,agitando-se o conjunto solo-água, as
50 u
A B C D
partículas distribuem-se na suspensão, uniformemente O
processo de deposição inicia-se no instante t = O, tão logo
Fig. 9 Representação es-
quemática da sedimenta- cesse a agitação da mistura.
ção

Tabela 3 Velocidade de queda das partículas


em suspensão

Tipo de Diâmetro Velocidade de queda


partículas (pm) (cmls)

A (silte) 35 0,1090
B (silte) 12 0,0128

C (silte) 4 0,0014

D (argila) 2 0,0004

Num espaço de tempo muito curto, todas as partículas atingem sua velocidade de
queda uniforme, a qual depende de suas dimensões. No modelo hipotético considerado,
as partículas A, B, C e D que compõem o solo, atingirão as velocidades de queda apre-
sentadas na Tabela 3.
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t = 2 min
T7=

A B C D A B C D

Fig. 10 Representação esquemática do processo de sedimentação das particulas A,


B, C e D cujas características estão na Tabela 3

No tempo t = 10 s, as partículas mais grossas A desceram cerca de 1 cm, en-


quanto as partículas de argila deslocaram-se apenas 40 vm.
Após um período de t = 15 min, todas as partículas maiores de silte (A) já se de-
positaram no fundo enquanto as partículas B só se depositam, totalmente, no fim de
t =3 h.
Decorrido um tempo t = 8 h do início da sedimentação, somente as partículas de
argila (D) permanecem em suspensão.
O processo de sedimentação seleciona as partículas pelas suas dimensões,
analogamente como as peneiras separam as particulas mais grossas.

Na dispersa0 inicial, as partículas estão uniformemente distribuidas e em qualquer


profundidade são idênticos o peso das partículas e a percentagem dos grãos menores do
que uma determinada dimensão.
De acordo com o mecanismo da sedimentação, exposto na figura 9, em qualquer
tempo t > 0, todas as partículas acima da profundidade H, tem um diâmetro menor do
que D fornecido pela expressão:

Na profundidade H, a concentração das partículas de diâmetro D é constante, de


t =O até t = WV, onde V é a velocidade de queda das particulas de. diâmetro U. No
tempo t > HIV, não haverá mais particulas de diâmetro D na profundidade H. As percent-
agens em peso da fração de solo mais fina do que D é determ~nadaatravés da concen-
-
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tração das partículas ( peso por unidade de volume ) na profundidade H, no tempo t. O


processo normalizado para a análise granulométrica por sedimentação determina o em-
prego de um densímetro para a medida da concentraçáo da suspensão, em intervalos de
tempo t previamente estabelecidos. Nesse caso, a altura H em cada tempo t , correspon-
derá a profundidade em que se encontra0 centro.de volume do densímetro utilizado.

3.2.2 Peso específico da mistura fluido - partículas

O peso específico da mistura pode ser deduzido a partir da expressão de seu


peso total:

Peso total da mistura:


onde:
V - volume total da supensão
y - peso especifico médio da suspensão
Peso específico da mistura: P, - peso das partículas sólidas

(9) y, - peso específico do grão


;I, - peso específico da água

Considerando a correlação y, = 6 . y, fórmula (9) pode ser expressa:

+ Pa (10) sendo 6 = densidade real dos grãos


V

A medida que as partículas se depositam, o peso P, das partículas em suspensão

diminui, gradualmente, até zero e y reduz-se até o valor y,

O peso específico da suspensão y, o qual varia com a profundidade e o tempo, é


lido no densímetro.

3.2.3 Determinacões com o densímetro

De acordo com a figura 11, o densimetro tem uma haste graduada e um bulbo pe-
sado, para permitir sua flutuação, compensando o empuxo sofrido quando imerso na
suspensão.
O peso específico da mistura varia com a profundidade e o tempo. Como o peso
do densímetro permanece constante, uma diminuição do peso especifico da mistura im-
plica no aumento da área molhada do densímetro, para contrabalançar o novo empuxo
no bulbo.
I
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- peso especifico
/ Haste dasuspensão
Portanto, a haste do densímetro
I
pode ser graduada para medir o peso
específico da mistura, na profundidade
H, correspondente ao centro de gravi-
dade do bulbo.

Se (P,),for o peso inicial das

partículas sólidas na suspensão, (y) o

peso específico da mistura, no tempo t e

na profundidade (H),a percentagem q


O I % das partículas menores que o diâme-
LI
Fig. 11 Densimetro V
tro D, em relação ao peso total P,, po-
derá ser deduzida introduzindo-se modificações na fórmula (10):

3.3 Documentos normativos

A análise por sedimentação fornece a distribuição granulométrica das partículas


menores que 0,075mm (passando a peneira no. 200) Entretanto, um solo pode
conter partículas abrangendo uma gama muito ampla de diâmetros, exigindo uma
combinação dos métodos de peneiramento e sedimentação para a obtenção de sua
curva granulométrica.
' As normas disponíveis, abaixo relacionadas, descrevem os procedimentos neces-
sários a execução de uma análise granulométrica combinada.
. .

DNER - ME 051194 Solos - Análise granulométrica


ABNT MB - 32 188 ( NBR 7181 ) Solo -Análise granulométrica
Para a aplicação dessas Normas é necessário consultar:
DNER - M E 041 1 9 4 Solos - Preparação de amostras para ensaios de caracteriza-
ção
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3 . 4 Material empregado

A figura (12) contém um conjunto parcial do material utilizado na análise granu-


lométrica por sedimentação.

IL proveta de vidro, altura 45 cm e diâmetro


6.5 cm, traço indicando 1 000 ml a 20 ' C

peneira 10 balança de 200 g


peneira 200 sensível a 0,Olg
I

Fig. 12 Conjunto de alguns materiais empregados na sedimentação

Estão incluidos n a aparelhagem:

Aparelho de dispersão - Dispositivo mecânico


= 9,5 cm
constituido de uma base com uma coluna, onde
é acoplado um motor capaz de girar uma haste
vertical a uma velocidade de 10 000 rpm, sem
carga. Na extremidade da haste existe uma hé-
lice substituivel, com $=1,90 cm. O conjunto in-
clui um copo especial destinado a conter a
amostra durante a dispersão, dotado de chi-
i-4 = 6.5 i I
canas fixas, longas e curtas,.

Chicanas
A
'$j c] = 1,gcln
longas

Fig. 13 Copo de dispersa0 e detalhe da hélice


61
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3
Densimetro de bulbo simétrico, calibrado para ler 1 000 glcm ,
I
na água pura a 20 'C e graduado em 0,001, num intervalo de 0.995

0,995 a 1,050 g/cm3.


Previamente, o densimetro deve ser calibrado, determinando-se as
distâncias do centro de volume do bulbo as diversas leituras do
densirnetro, ~ b t e n d o ~ saecurva de calibração. A curva de calibra-
ção dará a altura média de queda das particulas em suspensão.
Nesta etapa, são determinadas ainda as correçóes a serem aplica- 1,050

das ás leituras, decorrentes do efeito da temperatura do ensaio, da


influência do agente dispersor e da imprecisão da leitura, pela difi-
culdade em se identificar a correta posição do menisco. (Ver em
anexo, notas específicas sobre este assunto).
Terrnôrnetro graduado em 0,5 OC , de O a 50 OC.
Tanque para banho de temperatura constante, onde serão colo-
cadas as provetas, durante o ensaio.
Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 OC e 110 OC.
Peneiras padronizadas números 16, 30, 40, 50, 100 e 200, in- 4 30
u

fundo
C ~ U S ~ V ~ e tampa. Dimensóes em mm

Cronômetro, relógio de alarme, becher de vidro com capacidade


Fig.14 Densimetro
de 250 ml.

Os grãos muito finos dos solos, normalmente, tendem a flocular numa suspensão,
isto é, aderem uns aos outros e se depositam juntos. Para evitar a floculação, adiciona-se
um agente dispersor, recomendando a Norma, o emprego de uma solução de hexa-
metafosfato de sódio com a concentração de 45,7g do sal por litro de solução. Essa
solução deve ser frequentemente preparada de acordo com os seguintes procedimentos
Pesar 4 5 7 g de soluto de hexametafosfato;
Colocar o soluto num copo becker e adicionar 954,3 ml de água destilada (o que faltar
para completar o litro);
Aquecer o copo bécker, agitando o conteudo durante o aquecimento, com o auxilio de
uma espátula até que o hexametafosfato de sódio se dissolva completamente;
Retirar o copo becker da chama e deixar descansar até atingir a temperatura ambi-
ente;
Para tamponar este defloculante com carbonato de sódio adicioná-lo aos poucos até
obter um pH entre 8 e 9, verificado com o uso do papel indicador.
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3.5 Preparação da amostra

Preparada a amostra total de acordo com a Norma DNER-ME 041/94, separar da


fração que passa na peneira de 2,O mm, uma amostra com cerca de 120 g para solos
arenosos e 70 g para solos argilosos. Essas amostras, colocadas num becker, devem ser
pesadas com aproximação de 0,01 g.
Adicionar água destilada até que amostra fique submersa e á seguir acrescente
125 ml da solução do defloculante (hexametafosfato de sódio), agitando a mistura até
que o solo fique totalmente molhado. A amostra permanecerá em repouso por um periodo
mínimo de 12 horas ou até que todos os flocos sejam totalmente desmanchados.
Para a obtenção dos resultados do ensaio de sedimentação é necessário o conhe-
cimento da umidade higroscópica e da densidade real dos grãos da amostra ensaiada.
As determinações desses valores obedecerão as suas respectivas Normas e deverão
estar disponíveis quando do término do ensaio de sedimentção.

3.6 Execução do ensaio de sedimentaçi30


Transferir, cuidadosamente, toda a mistura (solo + defloculante) para o copo dispersor, re-
movendo com água destilada todo o material que tenha aderido ao copo de vidro becker. Acres-
centar água destilada até que o nível fique a 5 cm abaixo da borda do copo dispersor. Agua em
excesso provocará perda de material durante a dispersão (Figura 15).

Submeter a mistura a a@o do aparelho de dispersão por um período de 5, 10 ou 15 minutos,


dependendo da plasticidade do solo. Quanto menor a plasticidade, menor o tempo necessário
para a dispersão completa da amostra. Os solos com índice de plasticidade menor ou igual a 5
poderão ser dispersados em 5 minutos; os de indice de plasticidade entre 5 e 20, em 10 minutos
e os de indice de plasticidade maior que 20, em 15 minutos (Figura 16).

Fig. 15
Fig. 16
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Transferir o material do copo dispersor para uma


proveta de 1 000 ml, removendo-se com água desti-

3 lada todo
dispersor.
0 material que tenha aderido ao copo do

Completar com água destilada até atingir o traço cor-


respondente a 1 000 ml (Figura 17).
Colocar, em seguida, a proveta no banho agitando-se
frequentemente com uma bagueta de vidro para
manter as partículas em suspensão. Quando a sus-
pensão atingir a temperatura de equilíbrio, a proveta é
retirada do banho para ser submetida a um processo
de agitação.
Fig. 17

Tampar a boca da peneira com a palma de uma das mãos e com a outra agitar a proveta, ex-
ecutando durante 1 minuto, movimentos enérgicos de rotação, pelos quais a boca da proveta
passe de cima para baixo e vice versa. Com isso, desloca-se o material do fundo da proveta pro-
duzindo-se uma suspensão uniforme (Figura 18)

Fig 18 Como agitar a proveta


Imediatamente após o período de agitação, colocar a proveta no banho, anotando na folha de
ensaio a hora exata do inicio da sedimentação. Mergulhar o densímetro na proveta, cuidado-
samente, para evitar perturbações na suspensão. C o f l ~ e ~ a n do 0densimetro dentro da proveta,
fazer as leituras densimétricas correspondentes aos tempos de sedimentaçáo de 30 segundos, 1
minuto e 2 minutos.
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As leituras ( L ) devem tomar como referência a parte superior do menisco. Como os densíme-
tros são graduados para se obter a massa específica da suspensão, lê-se os dois últimos alga-
rismos e estima-se o terceiro. O valor a ser registrado na folha de ensaio será ( L - 1 ) .1000.
Assim, uma leitura L = 1,0304 será anotada 30,4.

No fim de 2 min e após cada leitura subsequente, colocar o termômetro na suspensão e regis-
trar a temperatura com aproximação de 0,5 'C. Retirar o densimetro, lenta e cuidadosamente,
colocando-o em outra proveta com água destilada a temperatura do banho. Este procedimento
será repetido no final de cada leitura, pois a permanência do densimetro na suspensão, no inter-
..?I0 entre as leituras, pode trazer erros significativos nas leituras, pela aderência das particulas
solo ao densimetro.

9 Efetuar novas leituras a 4, 8, 15 e 30 minutos, 1, 4 e 25 horas, a contar do inicio da sedimen-


tação, mergulhando o densimetro cerca de 15 a 20 segundos antes de cada leitura. O densime-
I deverá estar em equilíbrio no ato da leitura.

3.7 Peneiramento no ensaio combinado peneiramento-sedimentação

I A figura anexo 1 contém um fluxograma com os procedimentos executados na


análise granulométrica dos solos que contem partículas cujas dimensões abrangem um
L
amplo intervalo. Na preparação da amostra total são separadas as frações de solo reti-
b
das e que passam na peneira no 10. A sedimentação é realizada com a fração que passa
h
ienor que 2,O mm), mas só seleciona, pelos tamanhos dos gráos, as menores que
075rnm (peneira no200). Para a obtenção da curva de distribuição granulométrica com-
eta é necessária a execução do peneiramento da fração de solo maior do que 2,O mrn,
denominado peneiramento da amostra total e da fração de solo cujas dimensões estão
b compreendidas entre 2,O mm e 0,075 mm., designado peneiramento fino ou peneirmento
da amostra parcial
b
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER
3.7.1 Execucáo do peneiramento fino

Terminadas as leituras do ensaio de sedimentação, verter


todo o material na peneira de 0,075 rnm e lavá-lo em água
potável corrente (fig. 19). Remover, com excesso de água,
todo o material que eventualmente tenha aderido a proveta.

Secar a parte retida na peneira, em estufa a 105 OC -


110°C , até constância de peso.

Fig. 19
Passar o material seco na pilha das peneiras de 1,2 - 0,6 - 0,42 - 0,30 - 0,15 e
0,075mm, anotando os pesos retidos em cada peneira com aproximação de 0,01 g.

3.7.2 Execucão do peneiramento da amostra total ( peneiramento qrosso )

Com o solo seco ao ar e retido na peneira d e 2,O mm , obtido no processo de preparação


da amostra total, será efetuado o peneiramento denominado peneiramento da amostra
total ou peneiramento grosso.

Passar o material seco numa pilha das peneiras de 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 e


2,0mm, anotando os pesos retidos em cada peneira com aproximação de 0,l g.

3.8 Cálculo do ensaio

Analogamente ao adotado no peneiramento simples, admite-se que a fração de solo


acima de 2,0mm, seca ao ar, não contém umidade higroscópica. Será necessário determinar-se
o peso seco da amostra total e o peso seco do material usado na suspensáo.

Peso s e c o d a amostra total

(a) Peso seco da fração de solo Soma dos pesos das frações retidas na peneira
retido na peneira no10 de 2,O rnrn e nas de maior abertura de malha,
obtidos no peneiramento grosso
1
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMEIDNER
b

(b) seco da fiação de solo Subtair do peso úmido da amostra total (Pt) o
passando na peneira no 10 peso seco determinado em (a), obtendo-se o
peso úmido do solo da amostra total, passando
na peneira no 10 (Pt - P g ) Este valor deve ser
multiplicado pelo fator de correção da umidade
1O0
higroscópica para transformá-lo em
100+ h '
peso seco.

(c) Peso seco da amostra total O peso seco da amostra total será a soma

Peso seco do material usado na sedimentação

Designando-se por Ph O peso da amostra úmida (umidade higroscópica), prepara-


da para o ensaio de sedimentação de acordo com o item 3.5, o correspondente peso

seco será P, = Ph.

Percentagem do material que passa no peneiramento grosso


Para cada uma das peneiras de 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 e 2,O mm serão deter-
minadas as percentagens de material retido, as percentagens retidas acumuladas e a

percentagem de material que passa, todas relativas ao peso seco da amostra total (Pts)

Este cálculo será conduzido de acordo com o constante no ítem 2.4 - Cálculo do
ensaio por peneiramento simples., usando-se no denominador das expressões o valor do
peso seco da amostra total, acima referido.
A percentagem de material que passa na peneira de 2,O mrn (no 10) é muito im-
portante para o cálculo das percentagens no peneirarnento fino e na sedimentação, daí
receber a designação especial (N).

Percentagem do material que passa no peneiramento fino


As percentagens relativas as peneiras de 1,2 - 0,6 - 0,42 - 0,30 - 0,15 e 0,075mm

são calculadas relativamente ao peso seco (Ps) da amostra usada na sedimentação


CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Considerando que este peneiramento e a sedimentação são realizados com uma


amostra parcial da amostra total, coletada do material que passa na peneira de 2,O mm, a
percentagem que passa calculada através dos pesos retidos nas peneiras, refere-se a
essa amostra parcial e deverá ser multiplicada por N, para transformá-la numa percenta-
gem que passa da amostra total.

Percentagem do material em suspensão


O cálculo das percentagens correspondentes a cada leitura do densímetro partem

da fórmula 11, apresentada no ítem 3.2.3

A expressão acima traduz a percentagem em relação a amostra parcial e para


convertê-la numa percentagem da amostra total, tal como no peneiramento fino, também

deverá ser multiplicada por N, passando a: Q = ~Ps - 6-1


( o ) k - y o ((2)
)
Considerando que:
3
V = 1 000 cm3 y = L (leitura do densimetro) p, = I g/cm

6 = densidade real dos grãos do solo

a fórmula 12, transforma-se em

Aos valores das leituras densimétricas serão somadas, algebricamente, as cor-


reções R, correspondentes a temperatura da suspensão quando da leitura.
I I

I
I
Diâmetro das partículas de solo em suspensão em suspensão
. .
A fórmula 7, decorrente da lei de Stokes, permite calcular, para cada leitura do
densimetro, o diâmetro D para o qual todas as partículas em suspensão acima da pro-
fundidade H são menores do que ele. A profundidade H corresponde ao centro de volume
do bulbo do densímetro, quando se realiza uma leitura densimétrica e é obtido da curva
de calibração do densímetro.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Para se obter o diâmetro D em (mm), os demais componentes da fórmula devem


entrar com as seguintes unidades:

D - diâmetro das partículas mm


q - coeficiente de viscosidade do meio dispersor, a temperatura do ensaio g.s/cm2
H - altura de queda das partículas cm
t -tempo de sedimentação s
3
y, = 6. y, - massa específica dos grãos do solo g/cnz
3 3
y., massa específica da água ( admitida igual a 1,O0 g / c m ) g/cm

Os valores da viscosidade da água (q),a diversas temperaturas, podem ser retira-


dos de tabelas e a densidade real dos grãos ( 6 ) ,obtida do ensaio específico.
Os cálculos podem ser facilitados pelo nomograma de Casagrande (Anexo 2) ,
preparado para o densímetro em uso ou através de programas de computador.
Como as partículas de solo não são esféricas, hipótese da lei de Stokes, os
valores calculados de D são diâmetros equivalentes, isto é, diâmetros de partículas esfé-
ricas de massa específica igual a dos solos em suspensão, que cairiam com as mesmas
velocidades que as partículas do solo.

3.8 Causas prováveis de erros

Emprego de tipo ou quantidade de defloculante não adequado a natureza do solo.


Dispersão incompleta do solo na suspensão.
Solo em excesso na suspensão - Os resultados da análise com o densímetro será
afetada, se a quantidade da amostra ultrapassar as recomendações da norma.
Insuficiente agitação prévia da proveta.
. Falta de cuidado na introdução ou retirada do densímetro - Distúrbios na suspensão
ocorrem, principalmente, quando o densímetro é retirado muito rapidamente, após uma
leitura.
Falta de limpeza da haste do densímetro - Poeira ou gordura na haste do densímetro
impedem o desenvolvimento completo do menisco.
Desuniformidade ou variação excessiva da temperatura, durante a execução da sedi-
mentação.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEmNER

Perda de material na transferência de recipientes.


Lavagem insuficiente da fração grossa na peneira no 200 ou arraste de grãos nessa
operação.

3.10 Apresentação dos resultados

Os resultados são apresentados sob a forma de uma curva de distribuição granu-


lométrica, marcando-se no eixo das abcissas, em escala logarítimica, os diâmetros da
partículas e nas ordenadas, em escala aritmética, as percentagens de diâmetros mais fi-
nos que os diâmetros considerados.
Através da curva granulométrica poderão ser determinadas a composição granu-
lométrica do solo, traduzida pelas fraçóes definidas num sistema de classificação ou as
percentagens de grãos mais finos que um determinado valor que seja de interesse
prático.
Na figura 20 está traçada uma curva de distribuição granulométrica, onde estão
indicados os trechos obtidos por peneiramento e pela sedimentação.

0.001 0.01 0.1 1 10


Diâmetro dos grãos ( mrn )

Argila ~ Silte
~ ..-.
~

Fina
~~
Areia
~

Médla
~~ --

Grossa
-
Pedreguiho Pedra

0,005 0.05 0.42 2 4.8 76

Fig. 20 Curva granulométrica obtida num ensaio combinado de peneiramento - sedimentação

70
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IME/DNER

4. Anexos

Anexo 1 - Calibraçáo do densímetro pg. 01104

Anexo 2 - Fluxograma para a realização do ensaio de granulometria

Anexo 3 - Ábaco para o cálculo dos diâmetros equivalentes, segundo o método do


densímetro ( Nomograma de Casagrande)

Anexo 4 - Planilha para o ensaio de granulometria por peneiramento pg. 01102

Anexo 5 - Planilha para o ensaio de granulometria por peneiramento e sedimenta-


ção pg. 01102

Anexo 6 - DNER - ME 080194 Solos - Análise granulométrica por peneiramento


pg. 01104

Anexo 7 - DNER - ME 051194 Solos -Análise granulométrica pg. 01112


-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMUDNER

As leituras feitas com o densímetro, durante a realização da sedimentação,

-
-
menisco -
necessitam ser corrigidas devido a três efeitos:
- temperatura -4 CT

defloculante
C
,
Cd
A correção devido a temperatura do ensaio faz-se necessária pela diferença
existente entre o volume do bulbo do densimetro na temperatura do ensaio e seu valor na
temperatura de calibração, em virtude da dilatação térmica do vidro. A correção devido ao
menisco é necessária pela impossibilidade de se fazer as leituras no densimetro no nível
de repouso da suspensão argilosa em virtude da sua turbidez. Assim, fazem-se as leituras
na parte superior do menisco, abatendo-se a diferença entre esse plano e o nível da
suspensão. A correção devido ao defloculante é feita em conseqüência do mesmo
aumentar a altura do menisco.

1. Correçáo devido &temperatura (C,)

O volume do bulbo do densimetro, por ocasião das leituras, pode ser calculado da
forma:

V,=v,[l+a(~-T,)] (I)
onde
VT = volume do bulbo do densimetro na temperatura do ensaio
Vc = volume do bulbo na temperatura de calibração do densimetro
a = coeficiente de dilataçáo volumétrica do vidro
T = temperatura do ensaio
Tc =temperatura de calibração do densímetro

Considerando-se que as leituras densimétricas são proporcionais ao volume


deslocado pelo bulbo do densimetro, tem-se:

onde

Anexo 1
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMEIDNER

Lc = leitura densimétrica na temperatura de calibração


LT= leitura densimétrica na temperatura do ensaio
ou seja:

I
Sendo essa expressão do tipo -, desenvolvendo-a em série pelo método da
l+A
divisáo de Mercartor, obtém-se 1 - A + A' - + ... , que, considerando-se apenas os
dois primeiros termos, fornece:

ou ainda

uma vez que L, = 1 e a(T-Tc) é muito menor do que 1

Normalmente os densímetros são calibrados a temperatura de 20°C e o valor


médio do coeficiente de dilatação volumétrica do vidro é a = 0.000025. Assim, obtém-se:
L, = L, - 0.000025(T - 20)

O peso específico da suspensão, num instante qualquer, é obtido por

onde yc é o peso especifico da água a temperatura de calibração. No caso de calibração


a 20°C tem-se yc = y z = 0.99823. Da mesma maneira, pode-se escrever que:

YSP =[I+(L, -111 [ 1 + k c - 1 ) ] = 1 + ~ , - 1 + ( ~ ,-I)@, -1)

ou ainda, desprezando o último termo:

A expressão da porcentagem de partículas com diâmetro <: d, num instante


qualquer, em relação ao peso da amostra parcial N e dada pela Equação 12 (pag 68)

2 Anexo 1
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

onde ya é O peso específico da água na temperatura do ensaio. Com vistas a facilitar o


uso dessa expressão, pode-se calcular previamente o valor do último termo ,y(, - ya),
para diversos valores de temperatura, dispensando-se a consulta de tabelas de peso
específico da água durante os cálculos. Para isso, substituindo-se o valor de
, , ,y obtém-

se:

ou, rearrumando,

Fazendo
(LT- 1) = LDx lu3 -+ leitura densimétrica sem correção
(yc- ya) - a(T- Tc) = CTXlu3 --+ correção devido a temperatura

e considerando que o volume da suspensão V = 1.000 cm3, obtem-se

Considerando-se o densímetro calibrado a 20°C, pode-se substituir os valores de yc, a e


T, na expressão de CT,obtendo-se:

CT = 1.000 (O. 99823 - ya- O. 000025(T-20) (6)

Com essa expressão, pode-se traçar um gráfico do fator de correção CTdevido a


temperatura em função da temperatura do ensaio T, como mostrado na Figura 1.

Para densímetros calibrados a 20°C a correção será positiva para T> 20% e
negativa para T<20°C, sendo nula quando T=20°C.

Anexo 1
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMUDNER

-2
1O 15 20 25 30
TEMPERATURA ('C)

Figl Variação do coeficiente de correção com a temperatura

2. Correçáo devido ao menisco (C,,,)

Os densímetros são calibrados em líquidos transparentes, fazendo-se as leituras


no nível da sua superfície de repouso do líquido. Como a suspensáo argilosa utilizada no
ensaio é turva, é necessário fazer-se as leituras no nível superior do menisco, subtraindo-
se a altura do menisco determinada com água Iímpida, conforme mostrado na Figura 2.

3 LEITURA

Fig 2 Correção devido ao menisco

Anexo i
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMUDNER

Essa diferença é sempre positiva e constante para um dado densímetro a uma


mesma temperatura, com um valor aproximado de 0 5 gldm3 para a maioria dos
densímetros.
Como a adição do defloculante modifica a altura do menisco, deve-se determinar
os valores de Cm fazendo-se flutuar o densímetro em uma proveta com água (875 cm3) e
defloculante (125 cm3), variando-se a temperatura entre 10 e 40°C, fazendo-se as leituras
acima e abaixo do menisco e calculando-se o valor da wrreção correspondente a cada
temperatura. Com os valores obtidos, traça-se a curva de correção devido ao menisco em
funçáo da temperatura como mostrada na Figura 3.

b
1 0 20 30 40
TEMPERATURA

Fig 3 Correção devido ao menisco (C,)

Assim, a leitura densimétrica corrigida será


L, = LD + C,,,
onde LDé a leitura densimétrica, durante o ensaio, no nível superior do menisco e C, a
correção correspondente.

3. Correção devido ao defloculante (Cd)

A adição do defloculante aumenta a densidade da água. Em conseqüência, o peso


específico da água utilizada na suspensão é um pouco maior do q
e; o valor de ya
utilizado nos cálculos, necessitando ser corrigido para levar em conta esse efeito. Assim,
a correção C@será subtraída da leitura densimétrica, sendo, portanto, de sinal contrário a
correção devido ao menisco.
5 Anexo 1
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMEIDNER

O valor máximo de Cd pode ser estimado através da concentração do agente


dispersor na solução stock (usualmente adotada de 45.7 g de hexametafosfato de sódio
para 1 dm3 de solução) e do volume dessa solução para cada litro dágua. Assim:
Cd = Xd Vd (gldm3)
onde Xd é a concentração do dispersor (g/dm3) e Vd O volume da solução stock num litro
dágua (dm3). Usualmente se emprega 125 ml de solução para cada litro dágua, obtendo-
se
Cd = 45.7 x 125 x 0.001 = 5.71 g/dm3
Na prática, o valor medido de Cd e um pouco menor do que o calculado uma vez que o
peso específico do agente dispersor é um pouco menor do que o peso específico das
partículas de solo.

4. Procedimento de correcão

As correções da leitura densimétrica, devido os efeitos da temperatura (CT), do


defloculante (Cd) e do menisco (Cm)podem ser somadas algebricamente, para cada
temperatura, dando a correção final:

podendo-se obter um gráfico (ou tabela) de correção para cada densímetro

A leitura densimétrica a ser considerada na Equação 5 do calculo da porcentagem


de partículas com diâmetro d deve ser, então, corrigida para consideração desses três
efeitos, obtendo-se finalmente:

Anexo I
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

5. Determinação da altura de queda

Chama-se altura de queda a distância compreendida entre as leituras densimétricas e


o centro de volume do densímetro, medida no eixo longitudinal, conforme mostrado na
Figura 3.

Fig 3 Alura de queda de um densímetro

O centro de volume de um densímetro é obtido pela distância em centímetros que


vai da extremidade inferior do bulbo ao plano que divide na metade o volume deslocado
pelo densímetro quando imerso num líquido, estando a marca do meio da graduaçáo da
escala na superfície do líquido.
A determinação experimental do centro de volume de um densímetro é feita
imergindo-o lentamente numa proveta com água, até a metade da sua escala
densimétrica, anotando-se os valores da imersáo (cm) e do volume deslocado (cm3) no
nível da suspensão, traçando-se o gráfico correspondente. Determina-se, graficamente, a
ordenada correspondente a metade do volume deslocado, conforme mostrado Figura
4.

I li 3 irnersáo T

I
v12 v
VOLUME DESLOCADO AV (cm )

Fig 4 Determinação do centro de volume

7 Anexo 1
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Para se obter a altura de queda correspondente a uma determinada leitura


densimétrica mede-se a distância, em cm, da base do bulbo as leituras extremas da
escala do densímetro, subtraindo-se a distância do centro de volume. Estas distâncias,
marcadas no eixo das ordenadas, correspondentes as leituras densimétricas, marcadas
no eixo das abscissas, fornecem dois pontos que, ligados por uma reta, permitem a
obtenção da altura de queda das três primeiras leituras densimétricas feitas após 30
segundos, um minuto e dois minutos, durante as quais o densímetro náo é retirado do
interior da proveta.

6. Correcão devido à irnersao

Após a terceira leitura, o densímetro é retirado do interior da proveta, sendo


remlocado alguns segundos antes das leituras subsequentes. Quando se imerge o

densímetro na proveta, há uma elevação do nível da suspensão de um valor igual a -,


v
A
onde V é o volume deslocado e A a área da seção transversal da proveta, conforme
mostrado na Figura 5. Por outro lado, uma partícula que esteja inicialmente no nível
correspondente ao centro de volume do densímetro se elevará a metade desse valor, ou
v
seja, -
2A

Anexo 1
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMEIDNER

Fig 5 Correção devido à imersão

Em conseqüência, a partir da quarta leitura densimetrica, inclusive, é necessário


? se faça a correçáo da altura de queda, devido a imersáo, traçando-se uma reta
,alela a reta de altura de queda anteriormente determinada, afastada da mesma do

3r de L , medido para baixo, conforme mostrado na Figura 6.


2A

LEITURA DENSIMÉTRICA
SEM CORREÇÃO

Fig 6 Gráficos da altura de queda em funçao da leitura densimbtrica

9 Anexo 1
-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMEKINER

"r
5
a
W
2
I 8
4c.

Anexo 2
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER
I

e
m
- -
O * u " I
"
O N :L
?" F

ALTURA DE OUCOA E U Cn.

ILCUNDOS
HORAS

Anexo 3
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇAO

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA PÔR PENEIRAMENTO

OBRA: OPERADOR:
VISTO: DATA:
AMOSTRA:

PENEIRAMENTO

Página 1
I

I
I I
1 CURVA GRANULOMÉTRICA

0,l 1 1o
abertura das peneiras (mn)

Página 2
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DOS SOLOS


. .. DATA I
~STRO: VISTO:
~TRA: OPERADOR:

b PENEIRAMENTO DA AMOSTRA TOTAL (AT)


C

1
PENEIRAMENTO DA AMOSTRA PARCIAL (AP)
Amostn Parcial Ph = 70 Amostra seca parcial = 61,58
, 0.W1 0.01 0.1 1 10 1W I
1
Diâmetro das Partículas
- -.
i
I -
/ M T DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

'
I 1 Solos - análise granulométrica por peneiramento
Norma rodoviária Método de Ensaio DNER-ME 080194
p. 01/04
'
' RESUMO
I
Este documento, que éuma normatécnica, apresenta0 procedimento para a análisegranulométrica de solos
1 por peneiramento Considera os requisitos concernentes a aparelhagem, amostragem e cálculos
1
I
' ABSTRACT
I This document presents the procedurefor thequantitative determination ofthe distribution ofparticlesizes
1
in soils, by sieving. It considers requirements concerning apparatus, sampling and calculations.
1
I SUMÁRIO
O Apresenta~ão
I +o
"-
I 1 Objetivo
'
O
Ov
c 2 Referência
' W
0 3 Aparelhagem
' o
'' zO 14 Amostra

r--aaa-
I
l
a 5 Umidade higroscópica

?? 16 Ensaio
1 z 7 Cálculos e resultados
s ?$
'
1
1.
Oo
tm APRESENTAÇÁO

t /. B
8 Esta Norma decorreu da necessidade de se adaptar, quanto a forma a DNER-ME 080164 a
a: DNER-PRO 101193, mantendo-se inalterável o seu conteúdo técnico.
B
1
b Macrodescritores'MT: norma, ensaio, ensai, em laboratório, ensaio de solo, método de ensaio
b
1 Microdescritores DNER: ensaio, ensaio de laboratório, análise granulométrica, solo (estado natural)
b
B
b Palavras-chave IRRDIIPR: ensaio (6255), método de ensaio (6288), solo (41 56), granulometria (6200)

b Descritores SINORTEC: normas, granulometria


1
'. Aprovada pelo Conselho Executivo em 16/04/64 ( Autor DNERDrDTc (IPR) I

' 1
b
Resolução no -1- Sessão no CAI -1- I Adap<a$ão da DNER-ME 0XiiR4 i DNER-PRO I0IIP?
1 OBJETIVO

Esta Norma fixa o modo pelo qual se procede a análise granulemétrica de solos por peneiramento

2 REFERÊNCIA

2.1 Referência bibliográfica


No preparo desta Norma foi consultado o seguicte documento:
DNER-ME 080164, designada Análise granulométrica de solos por peneiramento.

A aparelhagem necessária é a seguinte.


a) peneiras de 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,O - 1,2 - 0,6 - 0,42 - 0,30 - 0,15 e 0,075 mm, inclusivetampa
e fundo, conforme ABNT EB-22, de 1988, registrada no SINhETRO como NBR-5734, designada
Peneiras para ensaio;
b) agitador para peneiras, com dispositivo para fixação desde uma peneira até seis, inclusive tampa e
fundo;
/ c) repartidores de amostras de 1.3 e 2.5 cm de abertura;
d) balança com capacidade de 200 g sensível a 0,01 g;
e) balança com capacidade de 1 kg, sensível a O, 1 g;
f) balança com capacidade de 5 kg, sensível a 5 g;
g) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 "C e 110 OC;
h) cápsula de porcelena com capacidade de 500 ml;
i) almofariz e mão de gral recoberta de borracha, com capacidade de 5 kg de solo;
j) recipientecilíndrico, aberto, com capacidadede 5 litros, munido de bicovertedor, paradesagregar por
lavagem a amostra de solo;

1) pá de mão de forma arredondada, com lâmina de alumínio;


rn)tabuleiro de chapa de ferro galvanizado, com 50 cm x 30 cm x 6 cm de altura,
n) aparelho secador com lâmpada de infravermelho, para secagem de -amostras de solos ou outro
dispositivo para o mesmo fim.

4 AhIOSTRA

4.1 A amostra de solo como recebida do campo deverá ser seca ao ar ou pelo uso de aparelho secador,
de modo que a temperatura da amostra não exceda 60 'C, a menos que experiência prévia tenha mostrado
queumamaiortemperaturanão mudará as características do solo. A seguir, desagregam-secompletamente
os torrões no almofariz com a mão de gral recoberta de borracha ou com auxílio de dispositivo mecânico,
de maneira que evite reduzir o tamanho natural das partículas individuais do solo.
DNER-ME 080/94
p. 03/04
4 2 Reduz-se todo o material preparado segundo o item 4.1, com o auxílio do repartidor de amostras OU
pelo quarteamento, até se obter uma amostra representativa de cerca de 1 500 g, para solos argilosos OU
siltosos e de 2 000 g para solos arenosos ou pedregulhosos, do restante do material é separada uma porção
para determinação da umidade higroswpica, conforme o Capítulo 5.
4.3 O peso da amostra representativa obtido no item 4.2, com aproximação de 5 g, é anotado como peso
,total da amostra seca ao ar.

Tomam-se cerca de 50 g de material seco ao ar que passa na peneira de 2,O mm e determina-sesua umidade
pela fórmula:

u
... / h - teor de umidade, em percentagem;
rr
LY
z
n
Ph - peso do material úmido;
n
O
m
Ps - peso do material seco em estufa a 105 "C - 110 "C, até constância de peso
- a
3
u Fazem-se as pesagens com a aproximação de 0,01 g.
2a
n

i.-.-- 6 ENSAIO
E
I;
6.1 Coloca-se a amostra representativa obtida segundo o Capítulo 4 no recipiente referido em 3 j , com
'8 água esfregando-a com as mãos a fim de desagregar os tcrrões de solo existentes. Verte-se a amostra com
a água de lavagem através das peneiras de 2,O rnrn e de 0,075 mm, colocadas uma sobre a outra, tomando-
- e se a orecaucão
,~~de remover oara as citadas oeneiras. com auxílio de iato de áeua. o material oue ainda
a
I no recipiente  peneira de 2,Ômm é uiada somente c o m o objetico de evitar que ;material
de diâmetro maior i enha wbrecarre.qar a de 0.075 mm. danificando sua malha Transfere-se nouamen~eas
frações da amostra retidas nas penei& mencionadas, sempre com auxílio do jato de água, para o recipiente
e repetem-se as operações de lavagem no recipiente e nas peneiras, como antes descritas, até que a água
de lavagem se apresente limpa
I
I 1
6.2 As frações da amostra retidas nas peneiras de 2,O mm e de 0,075 mm, após lavadas, com água /
corrente, diretamente nestas peneiras, serão transferidas, com auxílio de jato de água, para a cápsula de I
porcelena de 500 ml, e secas em estufa a 105 "C - 110 "C até constância de peso I

6.3 Procede-se, a seguir, ao peneiramento do material seco contido na cápsula de porcelana, na série
desejada de peneiras, constituída das peneiras escolhidas dentre as referidas no item 3.a; pesam-se com a
aproximação de 0,l g as frações da amostra retidas nas peneiras consideradas.

7 CÁLCULOS E RESULTADOS

L 7 1 Peso da amostra total seca - somam-seos pesos das frações retidas na peneira de 2,O mm e nas demaior
abertura de malha
- - .-
DNER-ME 080194
p. 04/04

7 . 2 Da diferença entre o peso total da amostra seca ao ar (amostra representativa, Capitulo 4) e o peso
obtido no item 7.1 resulta o peso da fração da amostra seca ao ar, que passa na peneira de 2,O mm.

I 1O0
7 3 O produto do peso obtido no item 7 2 pelo fator de c o r r e ç ã o E , em que h é a umidade
hjgroscópica, obtida segundo o Capitulo 5, é o peso da fração da amostra seca que passa na peneira de 2,O
mm

I
7.4 A soma dos pesos obtidos nos itens 7.1 e 7.3 será o peso da amostra total seca
I

Nota: Despreza-se. nesta Norma, a umidade das frações de solo acima de 2,O mm.

1 '. 7.5 Percentagem da amostra total seca retida em cada peneira - com o peso da fração retida em cada uma
I 2 das peneiras, obtido conformeo item 6 3, calcula-seapercentagem em relação ao peso da amostratotal seca;
E
E

-
0 1
ar 7.6 Percentagem acumulada de material seco em cada peneira - obtém-se somando a porcentagem retida
nesta peneira as percentagens retidas nas peneiras de aberturas maiores.
I Solos -Análise granulmétrica

Norma rodoviária Método de Ensaio DNEH-RIC 0 5 1/94


p. 01/12

Este documento, que é uma norma técnica, apresenta o procediniento para a deterniinação granuloniétrica
de solos Prescreve a aparelhagem, amostragem, e os requisitos gerais para execução do método e para
obtenção do resultado.

ABSTRACT
Thismethod describes aprocedurefor thequantitative determination ofthe distribution of particles sizes in
soils. It considers the apgaratus, sampling, and tliepeneral requirements for the method executioii and for

-I O Apresentação
o

0:
/ I Objetivo
2 Referências
z
0
o 3 Aparelliagem
O
um
.=
O
4 Amostra
- $15 Ensaio

n
-
m
I
3 6 Cálculos
.- 7 Resultados
E
g Anexo normativo

r
-

hfacrod~scritoreshIT: norma, ensaio, ensaio em laboratório, método de ensaio

DNER: ensaio, ensaio de laboratório, análise granulométrica


/~icrodescritores

Palavras-chave IRRDAPR: ensaio(6255), métodode ensaio (6288), granulometria(6200), sedi~nenta~ão


(4032)
I
I
Descritores SINORTEC: normas, granulonietria, sedin~entação

Aprovada pelo Conselho Executivo em 16/04/64 Autor : DNEFVDrDTc (IPR)


~ à-1-~
( ~ e s o l u no Sessáo no CAI -1- Adaptaçâo da DNER-ME 051164 a DNER-PRO 1011Y^

IProcesso n" 20 10001 8769/64-4 aprovada pela DrDTc em 25/04/94.


Esta Norma decorreu da necessidade de se adaptar, quanto a forma, a DNER-ME 051164 a
DNER-PRO 101193, mantendo-se inalterável o seu conteúdo técnico.

Este Método fixa o modo pelo qual se procede i análise granulométrica de solos

2 REFERÊNCIAS

12.1 Norma complementar


I N ~aplicação desta Norma énecessário consultar:
DNER-ME 041194, designada Solos - prepai-ação de amostras para ensaios de caiacteiizaçâo

2.2 Referências bibliográficas


No preparo desta Norma.foram consultados os seguiutes documentos:
a) DNER-ME 05 1/64, designada Análise gi-anulométrica de solos;
b) ABNT MB-32, de 1984, regstrada no SINMETRO como NBR-7 181, designada Solo - análise
granulométrica;
c) AASHTO T 88-86, designada Particle size aiialysis of soils

3 APARELHAGEM
A aparelhagem necessária é a seguinte:

a) aparellio de dispersão (Anexo-Figura 1) coiii Iiéljces substituí\~eis(Aiiexo-Figura2) e copo niunido de


chicanas ou outro dispositi\ro capaz de produzir dispersão eficiente da amostras;
- -
b) peneiras de 50 38 25 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,O - 1 >2- 0,6 - 0,42 - 0,30- 0'1 5 e 0,075 nini, iii~lusi\~e
tampa
e fuiido, conforme ABNT EB-22, de 1988, registrada no SMMETRO coiiio NBR-5734, designada
Peneiras para ensaio;

d) proveta devidro, de cerca de 45 cm de altura e 6,5 cm de diâmetro, com traço indicando 1 000 rnl a
20 "C;
I e) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 "C e 110 "C;

f ) balança com capacidade de 1 kg, sensível a O, 1 g;


g) balança com capacidade de 200 g, sensível a 0,01 g;

h) cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml;


i) densimetro debulbo simétrico, calibrado a 20°C egraduado em0,001, de0,995 a 1,05O(Anexo-Figur;
4);
/ j) termômetro graduado em 0,s "C,de O "C a 50 'C;
I k) cronômetro para intervalo de tempo até 30 n~inutoscom precisão de 1 segundo;

I) relógio de alarme para intervalo de tempo até 120 minutos com precisão de 1 minuto;
m) banho no qual se possam colocar as provetas de modo a conservar as dispersoes em temperatura
aproximadamente constante durante o período de sedimentação (Anexo-Figura 5),
n) becher de vidro com capacidade de 250 ml.

14 AMOSTRA

A amostra para ensaio será obtida de acordo com o Capítulo 4 da Norma DNER-ME 041194 (ver 2.1),
constará das seguintes partes:
0)
+A

a) todo o material retido na peneira de 2,O min,


o
LI
b) material que passa na peneira de 2,O min, do qual
0:
UJ
z I - cerca de 10 g serão usados para deterininação da umidade higroscópica,
n
O 11- cerca de 120 g; no caso de solos arenosos, ou cerca de 70 g para solas siltosos e argilosos, serão
o
O
m
usados no ensaio de sedinientação.
.e
LI
0
0. 5 ENSAIO

I P
h - teor de umidade, em percentagem;
- peso do material úmido;
I h
P - peso do niaterial seco em estufa a 105 "C - 1 10 "C até constância de peso Fazem-se as pesagens com
a aproximação de 0,01 g.

5.1.2 Pesa-se em um bécher, com aproximação de 0,) g, o material do item 4.b.11.A seguir, juntam-se,
comodefloculante, 125 ml desolução de hexametafosfato de sódio com aconcentração de45,7 g d o sal por
litrodesolução, agitando-se ate que todoo material fique perfeitamentemolhado, edeixa-se em repouso pelo
tempo mínimo de 12 horas.

Notas: I) A solução de hexametafosfato de sódio deverá ser tamponada com carbonato de sódio até que a
solução atinja um pH entre 8 e 9, evitando, assim, a reversão da solução para ortofosfato de sódio;
2) Poderão ser usados outros dispersores,nasconcentraçóesabaixoindicadas:polifosfato de sódir
com a concentração de 2 1,6 gílitro de. solução; trifosfato de sódio com a concentração de 18,s
gtlitro de solução, tetrafosfato de sódio ioni a concentrac?~?e 35,l gllitrc 40 solução.
... .. ... -. --.
.
5.1.3 Verte-seentãoamisturano copodedispersão, removendo-secom ábwadestiladatodoomaterial qur
tenha aderido ao bécher. Adiciona-se mais água destilada até que seu nível fique 5 cm abaixo da borda dr
w p o e submete-se a mistura a ação do aparelho de dispersão. O tempo de dispersão poderá ser de 5,10 ou
15 minutos, dependendo do índice de plasticidade do solo. Os solos com índice de plaiticidade menor ou
igual a 5 poderão ser dispersados em 5 minutos; os de índice de plasticidade entre 5 e 20, em 10 minutos.
e os de índice d e plasticidade maior que 20, em 15 minutos. Solos contendo grande percentagem da micz
podem ser dispersados em 1 minuto.

5.1.4 Transfere-se a dispersão para aproveta, removendo-se com água destilada todoo material quetenhp
aderido ao corpo do dispersor. Junta-se água destilada até atingir o traço correspondente,a 1 000 ml, em
seguida, wloca-se aproveta no banho. Agita-sefrequentemente comuma baguetapiramanter, tanto quantc
possível, as partículas em suspensão. Logo que a suspensão atinja a temperatura de equilíbrio, retira-se 2
proveta do banho e tampando-lhea boca com uma das mãos, executam-se, coni o auxílio da outra. durante
I minuto, movimentos enérgicos derotação, pelos quais a boca da proveta passe de cima para baixo evice-
versa.

5.1.5 Imediatamente depois de terminada a agitaçâo, coloca-se a proveta no banho, anota-se a hora exat;
de início de sedimentação e mergulha-se cuidadosamente e densínietro na suspensão. Fazem-se as leituras
do densímetro correspondentes aos tempos de sedimentação, t, de 30 segundos, 1 e 2 minutos, conservandc
o densímetro na suspensão; terminadas as leituras retira-se lenta e cuidadosamente o densinietro dr
suspensão. Fazem-se leituras subsequentes a 4, 8, 15 e 30 minutos, 1, 4 e 25 horas a contar do início dz
sedimentação. São facultativas, as leituras correspondentes a 2 , s e 50.horas. Por ocasião de cada leitura dc
densímetro, anota-se a temperatura da suspensão com aproxiniaçâo de 0,5 "C.

5.1.6 Após cada leitura, excetuadasasduasprinieiras, retira-selentamenteodensímetroemergulha-seem


água a temperatura do banho. Cerca de 15 a 20 niinutos antes de cada leitura, mergulha-se lenta e
cuidadosamante o densímetro na suspensão, fazendo-se as leituras na parte superior do menisco, wm
aproximação de 0,0002, após o densímetro ter ficado em equilibrio.

15.2 Peneiramento

LE I 5. 2. 1 Material proveniente do ensaio de sedimentação


-8

r Terminadas as leituras feitas por ocasião doensaio de sedimentayão, verte-see lava-sea suspensão, com águe
b potável, na peneira de 0,075 mm; remove-se, com excesso de água, todo o material que tenha aderido a
proveta. Seca-se a parte retida na peneira, em estufa a 105 "C - 1 10 "C, até constância de peso e passa-
P se nas peneiras de 1,2 - 0,6 - 0,42 - 0,30 - O,] 5 e 0,075 mni, anotando-se, com aproxiniação de O,] g, os
pesos acumulados em cada peneira.

5.2.2 Material retido na peneira de 2,O mm


Pesa-se o material retido na peneira de2,O mm (item 4.a). Passa-se este nfaterial nas peneiras de 50 - 38 -
25 - 19 - 9,5 - 4,8 e 2,O mm, anotando-se, com aproximação de 0,l g, os pesos retidos em cada peneira.

6.1 Peso total da amostra seca

Subtrai-se o peso de material seco retido até a peneira de 2,O mm, do peso total da amostra seca ao ar (iterr
3.c da Norma DNER-ME 041194, ver 2.1); niultiplica-se a diferença assim obtida pelo fator de correçi
,em que h e a umidade Iiigroswpica determinada como indicado no item 5.1.1. Somando-se es
v resultadoaopeso domaterial retidonapeneirade7,Qrnm (item 5.2.2' -1-téni-seo peso total daamostra ser
C
DNER-RIE 051194
p. 05/12

Nota 3: Ocálculo supõeque aspartículasretidasna peneira de 2,Omm esecasao arnão coiitenhaui umidade
higroscópica.

16.2 Peso do material seco usado na suspensão


1O0
Obtém-semultiplicando o peso do material seco ao ar (item 5.2.1) pelo fator de começão em
que b e a umidade higroscopica (item 5.1.1). 100+b

- -
6.3 Percentagem de material que passa nas peneiras de 50 - 38 - 25 19 9,5 - 4,8 e 2,O mm
Com opesodo material retido emcada uma daspeneirasacima consideradas, calcula-se a percentagetnretida
em relação ao peso da amostra total seca; com esta, a percentagem acumulada em cada peueira, e, por
subtracão de 100, a percentagem passando em cada peneira considerada.
0)
Y

6.4 Percentagem do material em suspensão


E

k
L
0
I Acha-se a percentagem correspondente a cada leitura do densímetro, referida ao peso total da amostra, pela
fórmula:
O 6 I O00 (L
C
- I)
3
.e
o
Q=Nx--
6-I
x
PS
m
& onde:
m
3 Q -percentagem de material em suspensão no instante da leitura do densímetro;
D
rc
.- N -percentagem da amostra total que passa na peiieii-a de 2,O mm;
E
P -peso do material seco usado na suspensão (iteui 7.2), em g;
/ s
'5 6 - massa específica real do solo, em gicm3;
Rx
3 L - leitura comgida do densimetro (L = L + R), em que L é a leitura na parte superior do menisco e R
C
a a correção devida ao menisco e à variação de densidade do meio dispersar proveniente da adição do
defloculante e da variação de temperatura, obtida da calibração do deusímetro utilizado no ensaio.

Nota 4. Aconselha-se a convenção de escrever, dasleituras do densimetro e da correção. soniente


os algarismos a direita da vírgula, e de passar estas 3 (três) casas para a direita; assim, a
leitura L = 1,0154 e a correção R = + 0,0012 serão anotadas respectivamente, L = 15,4
e R = + 1,2.
esta convenção, a expressão, 1 000 (Lc- 1) da fórmula é substituída pela soma L + R(no caso 15,4
se
+ 'i>2=do16,6).
16.5 Diâmetro daspartículas de solo em suspensão

6.5.1 Calcula-se o diâmetro máximo das partículas em suspensão, no momento de cada leitura do
densimetro, pela fórmula (expressão da lei de Stokes):
r
1'1800r\ a
d= ; X -
' 6-6a t
- . -- ~.
I
onde:
I

I d - diâmetro máximo das partículas, em mm;


I

L
16 - coeficieute deviscosidade do meio dispersor (água), em g/cm2;
a - altura de queda daspartículas, correspondentes a leitura do densímctro, em centimetro, obtidana curva
de calibração do deusúnetro;
t - tempo de sedimentação, em segundos;
I
I
- massa especifica real do solo, em g/cni3;
I 6a -densidade absoluta do meio dispersor, em g/cm3
al
a.
C
I o
+ Notas 5) Os diâmetros daspartículas. determinados pela lei de Stokes. são "diâmetros equivalentes'> jsto
I E é, diâmetrosdepartículas esféiicasde massa específica igual a de solos em suspensão que camam
O- com as mesmasvelocidades que as partículas do solo;
I
a
I u
z 6) O cálculo dos diâmetros pela lei de Stohes pode sei feito pelo método gráfico de Casagraude,
D adiante reproduzido;
I O
O
I D
m
7) A altura da queda dasparticulas émedida pela distâiicia entre o centro devolunie do deusimetro
I
r
O
e a superfície livre da suspensão.
-
I
a>
3
u

I
3 6.5.2
-0
Tabala abaixo dá os diâmetros d conespondentes aos tempos t prescritos nesta Norma, adniitindos
os seguintes valoresna fórmula de Stokes:

I t
I
8
O
= 1,03 x 10-s g.seg/cm2 (água a 20 'C);
im
I - 6 = 2,65 g/ciu3;

t I Tabela -Diâmetros das partículas em função dos tempos de sedimentação.

t-min 1 d-mni 1 t-horas 1 d-mm

I 6.5.3 Para alturas de queda diferentes de 20 cm, multiplicando-se os diâmetros obtidos na Tabela pelo '
I
I
coeficiente:
!
I
I
6.5.4 Para massa especificas reais do solo diferentes de 2,65 g/cm3, multiplicam-se os diâmetros obtido!
na Tabela pelo coeficiente:

6.5.5 Paraviscosidadedaáguadiferentes de 1 ,O3 x 1 O-'gseg/cm2, niultiplicani-seos diânietrosobtidosnz


Tabela pelo coeficiente:

-5
0

6.5.6 A correção ka pode ser obtida diretaniente da Figura 6 do Anexo, desenhada para csda densímetr~
o equerelacionaasleiturasdodensímetroaestacorreçào.AscorreçõesK e K podernserobtidascomauxílio
E
O
das Figuras 7 e 8 do Anexo. 6 i1
(r
W
z
o Nota 8 : Exemplo decálculo do diâmetro das partículas desoloeiiisuspensáo para asseguintes condiçòes.
o
o t = 1,O min; a = 15,0 cm; 6 = 2,56 g/cm3; T = 21 "C. Obtém-se na Tabela, d = 0,001 mni.
'O
m
.c
O

Coe*ienteparaconeçãoded: Ka = 0 , 8 7 ; K 6 = 1,03; K = 0,99; donde o seguinte diâmetro


1
'
Q corrigido: d = 0,061 x 0,87 x 1,03 x 0,99 = 0,054 m m .
2a>
73
m
-
.- 16.6 Percentageni de material que passa nas peneiras de 1.2 - 0.6 - 0.42 - 0.30
L
- O, 15 e 0,075 nini
C: Com opeso do material seco retido em cadauina das peneiras acimaconsideradas, calcula-sea percentagem
o retida em relação ao pesoda amostra parcial secausada nasedimentação; com esta, apercentagem acumulada
,m
em cada peneira; por subtração de 100, a percentagem que passa da amostra parcial eni cada peneira
3 considerada Exprimindo esta percentagem em relaçâo a percentagem que passa da amostra total na peneira
&
a
de 2,O mm, ter-se-á a percentagem que passa da amostra total seca.

17.1 Curva dedistribuiçãogranulométrica

Desenha-se a curva de distribuição granulométrica, marcando-se em abscissas (escala Iogarítmica) os


diâmetros das particulas e em ordenadas (escala aritmética) as percentagens das partículas i>iaioresdo que
os diâmetros considerados.

17.2 Composiçãogranulométrica
Considera-se "Composição granulométrica" do solo analisado o conjunto das percentagens de partículas
com diâmetros abaixo de4,8 mm, 2,O mm, 0,42 mm, 0,075 mm, 0,065 mrn e 0,005 mni, 0,00 1 mm eoutros
diâmetros que por conveniência devem ser incluídos para bem definir a composição granulométrica.
ANEXO NORMATIVD - ?lOURAS
DNLR - ME 051 / 9 4
p. 08/12

Fl6URA 2 - PORMENOR DA
U~LICE

UNIDADE DE M E D I D A : C E N T I M E T R D i sm 1

CHICAW CHICANAS
LONOAS CURTAS

FIGURA 3 - COPO DE D I S P E R S ~ O
CAIXA DE MADEIRA

PROVETA-

ENTRADA DE A'BUA

UNIDADE D E Y EDIDA t C E N T I M E ~ R O(em)

FIOURA S. - TANQUE P A R A BANHO DE T E M P E R A T U R A CONSTANTE

ta.* o..,
27'. O.*,

..
1. 1.'- O..#
1.10
O )S... O.** C

. 9 1 i-.. *

. oro ;
I.: 1,-
- v.
'S.-- 9.0,

I..-.
I#.
lP. -
FIOURA 7 11'- I,,O
I I ~ n e x oinformativo -Diâmetro das partículas pelo nomograma de Casagrande.

O cálculo dos diâmetros daspartículaspela lei de Stokes, pode ser feito pelo nomograma construido por A
Casagrande. A Figura 9 dá as indicações necessárias para sua construção e a Figura 10 apresenta un
nomograma já construído O nomograma, sendo a represeiitação gráfica de lei de Stohes, é adaptavel :
qualquer densímetro, desde que se tenha feito a correlação entre as alturas de queda e as leituras dc
densimetro. O uso do nomograma é elucidado pelo exemplo abaixo:

Dados obtidos no ensaio:

P
- leitura do deusimetro ............................................. 34,O cm
-
a altui-a da queda correspondente A leitura acima ........... 15 cm
-
o
o t
E
- tempo da sedimentação ........................................ 1 min
O - temperatura da suspensão .......................................
T 21 'C

Z 18 - massa espec'ca real do solo ......................................


O
2,56 dcni3
o
um
.C; Modo de proceder: ligam-se osvalores 2,56 e 21 das respectivas escalas E e T por urna reta que cortará a
escala B no ponto 11,6. Outra reta ligando os valores de 15,O cm e 1 minuto nas escalas a e t determinará
r na escala V avelocidade de 2,s cmlseg. Unia terceira reta, ligando estevalor ao ponto 1 1,6 sobre a escala
B, cortará a escala d no ponto 0,054 mm, que é o diâmetro máximo procurado das partículas em suspensão,
u nesta ocasião.
-m
I D N E R - M E OSI/V
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

DETEWMINAÇÃODOS LIMITES DE CONSISTÊNCIA DOS SOLOS

1. Introdução

O termo consistência é usado para descrever um estado físico, isto é, o grau de li-
gação entre as partículas das substâncias. Quando aplicado aos solos finos ou coesivos,
a consistência está ligada a quantidade de água existente no solo[ ou seja, ao seu teor de
umidade.
As propriedades mecânicas de uma argila são profundamente alteradas pela'modi-
ficação do teor de umidade. Entretanto, o grau dessa influência depende da quantidade de
água e do tipo do solo em questão. Para um dado teor de umidade, diferentes tipos de
solo apresentam comportamentos diferentes, que dependem da sua constituição mine-
ralógica, tamanho dos graos e superfície específica. Assim, por exemplo, um solo com
teor de umidade h = 30% poderá corresponder a um silte no estado líquido ou a uma argila
no estado rijo com elevada resistência.
Uma argila amolece quando se adiciona água e, se a quantidade acrescentada for
excessiva, forma-se uma lama que se comporta como um líquido viscoso com resistência
ao cisalhamento praticamente nula; diz-se que a argila está no estado líquido.
Se a água for gradualmente reduzida, num processo lento de secagem, a argila
começa a oferecer alguma resistência as deformações, podendo ser facilmente moldada
sem variação de volume, mantendo sua nova forma sem apresentar trincas. Este é o
esfado plástico. Este estado se torna possível pela forma lamelar dos grãos dos solos fi-
nos e pela presença da água adsorvida, que permitem o deslocamento relativo das
partículas.
Com uma posterior perda de água por evaporação, a argila sofre uma diminuiçáo
de volume e aumenta sua rigidez até tornar-se quebradiça; este é o estado sem;-sólido.
Prosseguindo a secagem, a argila continua a se contrair e atinge um volume
mínimo. Além deste ponto, a secagem não mais provocará uma diminuição de volume; o
ar começa a entrar nos poros da argila, dando a ela uma tonalidade mais clara e o solo
torna-se aos poucos mais duro; este é o esfado sólido.
Os quatro estados característicos de consistência dos solos finos estão representa-
dos na fig. 1. As transições de um estado para o seguinte não se fazem de forma abrupta,
mas gradualmente. Para caracterizá-las, foi necessária a criaçâo de procedimentos em-
píricos. pelos quais se deierminam teores de umidade que representam os limites de con-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

sistência, também designados como limites de Atterberg, cientista sueco que primeiro os
definiu, numa classificação dos solos para aplicação na agricultura.

2. Limites de consistência dos solos

Embora Atterberg tenha definido, inicialmente, seis limites de consistência com os


quais o teor de umidade de um solo poderia ser comparado, na prática corrente da enge-
nharia geotécnica, o termo limites de Atterberg refere-se, somente, ao limite de liquidez
(LL), limite de plasticidade (LP) e limite de contração (LC).
A figura 1 mostra a variação de volume de um solo, inicialmente no estado líquido,
submetido a variação da umidade por evaporação e a posição dos limites de consistência.

Limite de Limite de Limite de


contração plasticidade de liquidez

Fig. 'i Variação do estado de consisténcia com a diminuição da umidade


Limite de liquidez - E o teor de umidade na qual se unem, em um centímetro de com-
primento, os bordos inferiores de uma canelura, aberta por um cinzel de dimensões pa-
dronizadas, em uma massa de solo colocada em um aparelho também padronizado (con-
cha de Casagrande), sob o impacto de 25 golpes desse aparelho. O limite de liquidez
marca a transição do estado líquido para o estado plástico.
Limite de plasticidade - É o teor de umidade no qual o solo começa a quebrar, em pe-
quenas peças, quando enrolado em bastões de 3 mm de diâmetro. O limite de plasticidade
e o menor teor de umidade em que o solo se comporta plásticamente, definindo portanto,
a transição entre o estado plástico e o semi-sólido.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Limite de contração - É o teor de umidade no qual qualquer perda de umidade não


provocará uma diminuição de volume. Marca a transição entre o estado semi-sólido e o
estado sólido.
O estudo da consistência dos solos argilosos é feito com os solos em condições
bem diferentes das reais, pois utilizam uma mistura de água, com o solo totalmente amol-
gado. A prática tem mostrado, entretanto, que os parâmetros daí obtidos tem relação di-
reta com as propriedades dos solos que interessam aos probIemas.de engenharia.
Os ensaios de granulometria fornecem o teor da fração argila presente no solo, mas
infelizmente, nenhuma informação sobre o tipo de argila. Para a identificação das argilas
minerais no solo, seriam necessários ensaios de difração com raio-X, demorados e muito
caros para a prática da engenharia. Por outro lado, a determinação dos limites de liquidez
e plasticidade são experiências fundamentais para a classificação dos solos argilosos, tra-
zendo indicações sobre os prováveis tipos das argilas minerais.

3. Determinacão do limite de liquide2


Os documentos normativos para a realização do ensaio para a determinação do
limite de liquidez são os seguintes'
DNER - ME 044 194 Solos - Limite de liquidez de solos
ABNT - MB 030 - Solos - Limite de Liquidez
3.1 Material necessário:
Balança de 200 g, sensível a 0,01g

Aparelho de Casagrande

Rec~piente Cápsula de porcelana


com tampa Placa 500 ml

Fig. 2 Conjunto da aparelhagem ut~lizadano ensaio


CURSO DE TECNOLOGIA DE S9LOS - IMEIONER

Aparelho de Casagrande - O aparelho de Casagrande é a peça mais importante para a rea-


lização do ensaio e sua construção deve atender ás dimensões padronizadas pela Norma,
reproduzidas na fig 3.

BRONZE OU

CINZEL

Dimensões em cm

Fig. 3 Aparelho de Casagrande padronizado

A aparelhagem deverá ser verificada e calibrada antes da realização do ensaio,


observando-se os seguintes aspectos:

J Verificar se o pino que conecta a concha ao dispositivo de sustentação apresenta


desgaste ao ponto de provocar uma folga na concha;

J Apertar o parafuso que prende a manivela a concha;

J Verificar se a concha apresenta desgaste. O uso prolongado do aparelho pode


causar o aparecimento de uma ranhura ao longo da concha. Isto pode ser percebido
passando-se o dedo na sua superfície interna; se a concha estiver gasta a esse
por;!o deverá ser substituida;

J Verificar se os cinzéis apresentam desgaste; suas dimensões devem ser as


normalizadas;

J Antes de cada ensaio ou a intervalos adequados, verificar a altura de queda da I

concha que deverá ser de 1 cm. O gabarito para a calibração é o cabo do cinzel que I

deve ser colocado no ponto de contato da concha com a base do aparelho, apoiando
I

75 4
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIONER

a concha sobre ele. Após desapertar os parafusos 1 e 2, indicados na fig. 3, girar a


manivela do aparelho, acionando simultaneamente o parafuso 3 até o instante em
que o excêntrico apenas raspe o suporte da concha, sem suspendê-la Apertar os
parafusos 1 e 2. Para confirmar o ajustamento, girar a manivela a aproximadamente
duas revoluções por segundo. Se o ajustamento estiver correto, um leve estalo será
ouvido. Quando a concha for elevada além do calibramento desejado ou não se
ouvir qualquer barulho, a calibração deve ser repetida.

Constam ainda da aparelhagem necessária:


estufa capaz de manter a temperatura entre 105 OC - 110 OC;

cronômetro para intervalo de tempo até 30 minutos com precisão de 1 segundo.

peneira padronizada, no 40 (0,42 mm)

3.2 Preparo da amostra


É importante que seja única a preparação das amostras para a realização dos
ensaios do limite de liquidez e de plasticidade. A amostra total deve ser preparada de
acordo com o método DNER - ME 041 I 94 e do material que passa n a peneira no 40,
separada uma amostra de 200 g para a totalidade dos ensaios.
Para a determinação do limite de liquidez a amostra deverá ter cerca de 70 g.
A amostra deve ser seca ao ar pois a secagem em estufa, principalmente se houver a
presença de matéria orgânica, poderá alterar as propriedades de plasticidade da argila Nesses
casos o ideal seria que o ensaio fosse realizado com a amostra no seu teor de umidade natural.

3.3 Execução do ensaio

Colocar a amostra na cápsula de porcelana e adicionar aos poucos 15 a 20 cm3 de água


destilada. Misturar o solo e a água com a espátula até obter uma mistura uniforme que se
comporte como uma pasta plástica, moldável facilmente pela espátula. Nunca usar a concha
para o preparo da pasta.

Transferir parte da massa plástica para a concha do


aparelho, colocando-a na área do ponto de contato da
concha com a base. Espalhar a massa plástica de tal
modo que ocupe aproximadamente dois terços da
superfície da concha, evitando a formaçáo de bolhas
de ar. Alisar a superfície de modo que fique paralela a

Fig. 4 Colocação da pasta na concha base e com uma espessura máxima de 1 cm (fig. 4)
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Segurando a concha e o cinzel que julgar o mais


adequado (fig. 5), abrir uma canelura na massa de
solo, segundo o plano de simetria do aparelho e de tal
modo que a espessura da massa de solo seja de Icm.
Nos solos arenosos podem ser necessárias várias
passagens do cinzel, para se abrir, progressivamente,
a canelura. Na última passagem, o cinzel deve atingir
a concha, conformando uma canelura com as carac-
terísticas descritas acima.
Fig. 5 Colocação da pasta na concha

Colocar a concha no suporte e acionar a mani-


vela a uma velocidade de duas revoluções por
segundo, propiciando a elevação e a queda da
concha até apoiar-se na base. Continuar girando
a manivela até que as duas metades do solo
entrem em contato, na parte inferior da canelura
numa extensão de Icm. Durante o ensaio o solo
se abate e escoa plasticamente na concha, sem o
deslisamento da superfície.
Registrar o número d e golpes necessários
Antes do ensaio Após o ensaio
I
para fechar a canelura
Fig. 6 Ensaio do limite de liquidez
I
Remover cerca r--- Transferir com a espátula, para um recipiente com
tampa, uma porção de solo, com de cerca de 10 g.
coletada em ambos os lados da canelura e transver-
salmente a ela.
Pesar imediatamente o conjunto (recipiente e solo)
e, logo após colocar na estufa, durante o tempo ne-
cessário a secagem. Repetir a pesagem na retirada
da estufa, determinando o teor de umidade

Fig. 7 Coleta de amostra para deter- Transferir o material remanescente para a cápsula

minação da umidade de porcelana.


CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

As operações anteriores devem ser repetidas em pelo menos mais três amostras com umida-
3
des diferentes, o que se obtem com adições de água gradativamente crescentes (1 a 3 cm ) ou
por diminuição da quantidade de água, revolvendo a massa de solo, continuamente, com a
espátula. Recomenda-se que se obtenha, pelo menos, uma determinação com resultados nos
seguintes intervalos de número de golpes: 25-35, 20-30 e 15-25. Para isso é necessário ajustar a
umidade como mencionado.

3.4 Cálculo do ensaio

Para cada amostra ensaiada dispõe-se de um par de valores:


N - número de golpes necessários ao fechamento da canelura
h - teor de umidade da massa de solo quando foi determinado N

Esses valores são levados a um gráfico, marcando-se num eixo o número de gol-
N, em escala logarítimica, e no outro o teor de umidade h, numa escala decimal,
mo exemplificado na figura 8. Através dos pontos obtidos deverá ser ajustada uma
rera. Entretanto, quando os pontos não permitirem o traçado da reta, devem ser executa-
das determinações adicionais obtendo-se novos pontos.

1O 20 25 40 1O0
Número de golpes
Fig. 8 Gráfico para determinação do limite de liquidez

O limite de liquidez é valor do teor de umidade em que a reta corta a coordenada


Je 25 golpes, lido com aproximação de 0,1%.
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4. Determinação do limite de plasticidade


A determinação do limite de plasticidade está normalizada nos seguintes docu-
mentos
DNER - ME 082194 - Solos - Determinação do limite de plasticidade
ABNT - MB 031 ( NBR 7180 ) -Solo - Determinação do limite de plasticidade
4.1 Material necessário
. Placa de vidro com superfície esmerilhada
O Cilindros de metal com 3 mm de diâmetro e 10 cm de comprimento
Cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml
Cápsula de alumínio com tampa, para determinação de umidade

Estufa capaz de manter temperaturaentre 105 'C e 110 'C


Balança com capacidade de 200 g, sensível a 0,001 g
Espátula com lâmina flexível com cerca de 10 cm de comprimento e 2 cm de
largura

4.2 Preparo da amostra

O preparo da amostra para a execução do limite de plasticidade é idêntico ao do


limite de liquidez separando-se, inicialmente, 50 g de material que passa na peneira de
0,42 mm.

4.3 Execução do ensaio

Colocar a amostra na cápsula de porcelana. Adicionar aos poucos água destilada e hoge-
neizar com a espátula até obter uma pasta plástica, com uma umidade tal que o solo não agarre
nas mãos, quando o solo for manuseado.

/ Separar uma pequena quantidade de material


(209) e formar uma bola

Colocar a bola sobre a superfície esmerilhada e


pela pressão dos dedos dar uma forma elipsoidal.
Rolar o material entre os dedos e a placa de vidro,
com a pressão suficiente para moldá-lo na forma
de um cilindro de diâmetro uniforme (fig. 9).
L i
Fig. 9 Rolagem do solo
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

O número de rolagens deverá estar compreendido entre 80 e 90 1 minuto. Entende-se por


rolagem o movimento da mão, para frente e para trás, retornando ao ponto de partida.

O objetivo do ensaio é obter, com a rolagern, um cilindro com 3 mrn de diâmetro,


onde apareçam os primeiros sinais d e ruptura. Essa condição pode não ser atingida na
primeira tentativa.

O cilindro poderá atingir o diâmetro de 3 rnrn e não estar fissurado (2) ou quebrar
antes de ter esse diâmetro (1). Os números referem-se as ilustrações da fig. 10.
Quando se apresentar a situação
bastonete de solo
(2), remodelar a amostra numa bola e
4 mais seco do que no LP
repetir o processo de rolagem. Re-

2 L
- mais úmido do que no LP petir a remodelagem e rolagem até
obter a situago (3), correspondente
ao LP. Não precipitar o aparecimento
de fissuras do cilindro de solo, com
exatamente 3 mm, reduzindo a velo-
Fig. 10 Situações de amostras no ensaio de LP cidade de rolagem, a pressão dos
dedos ou ambos

As trincas poderão surgir quando o cilindro de solo tiver um diâmetro superior a 3,O rnrn (1).
Considerar essa situação aceitável para o término do ensaio, desde que o solo tenha sido rolado
antes até atingir a forma de um cilindro de 3 mm de diâmetro

1 1 As fissuras manifestam-se de forma diferente, de-


pendendo do tipo de solo; alguns se desagregam em
numerosos pequenos aglomerados de partículas;
outros formam uma camada externa, tubular, que
começa a desagregar em ambas as pontas, progre-
dindo em d i r e @ ~ao meio e, finalmente, o cilindro se
rompe em vários pedaços pequenos
Ao se fragmentar o cilindro, transferir imediata-
mente os seus 'pedaços parâ o recipiente ade-
Fig. 11 Solo no estado do limite de plas-
ticidade quado e determinar sua umidade

Repetir as operações anteriores, pelo menos três vezes., utilizando o restante do ma-
terial preparado.
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4.4 Cálculo do ensaio


Para cada determinação, será calculado o teor de umidade do material no final do
ensaio, utilizando o material recolhido, pesado e seco em estufa.
O resultado do ensaio será a média de pelo menos três determinações do limite de
plasticidade, cujos valores não difiram mais de 5% da média. Caso não se disponha
desses valores, deverão ser executadas novas determinações.
A diferença entre o limite de liquidez e o limite de plasticidade, denomina-se indice
de plasticidade IP = LL - LP e representa o intervalo de valores do teor de umidade, em
que o solo se encontra no estado plástico. Quanto maior o índice de plasticidade maior a
plasticidade da argila.
Se o limite de liquidez ou de plasticidade não puder ser determinado pelo ensaio,
ou se o limite de plasticidade for igual ou maior que o limite de liquidez, o solo é conside-
rado não plástico ( NP).

5. Determinação do limite de contração e da razão de contração

5.1 Definições
Os solos de granulação fina contraem-se, continuamente, quando seu conteudo de
água diminui por evaporação, até que o teor de umidade atinja o limite de contração.
Neste ponto, as partículas estão muito próximas entre si e o volume do solo não mais
será reduzido, mesmo que o teor de umidade prossiga diminuindo. As argilas são mais
sucetíveis a contração do que os siltes e as areias. Nos solos muito coesivos, o limite de
contraçáo é apreciavelmente menor do que o limite de plasticidade, exceto nos siltes que
tem limites de plasticidade e contração semelhantes.

50 i ,,,,''
rn Ensaio

-~~-
,
:
'

;F LC LP I
I-
. .
LL 1
. .
O 1O 20 30 41 h:
Teor de umidade (%) Teor de umldade ( % j

Fig.12 Curva de contração típica Fig.13 Definição da relaçso RC


81
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Limite de contração

Na fig. 12 está representada uma curva típica da variação do volume total V (cm3)

de uma argila, quando o teor de umidade h (%) diminui. O volume varia proporcional-

mente com a perda d'água h entre os pontos A e B, onde h > LP. Entretanto, entre os
pontos C e D, não haverá mais variação de volume quando o solo secar.
O limite de contração LC é o teor de umidade na interseção das linhas AB e CD.
A interseção no eixo vertical, isto é, o ponto F, corresponde ao volume das partículas de
solo.

Razão de contração
A figura 13 derivou-se da figura anterior pois, foi obtida dividindo-se o eixo das or-
denadas ( volume total do solo V ) , pelo volume total do solo, quando totalmente seco V,.

O eixo vertical na figura 13 representa então, a relação V / V, , adimensional. Na reali-

dade, V, é o mínimo volume total que o solo pode assumir, com teores de umidade
abaixo do índice de contração.
A relação de contração é a declividade da linha AF na figura 13

onde VI é o volume total correspondente a umidade hl e V2 é o volume quando a

umidade é h2.
As colunas desenhadas na fig. 13 ilustram a variação do volume total do solo e de
seus constituintes: ar, água e constituintes sólidos, em vários estágios da secagem por
evaporação. Nos maiores teores de umidade, o solo está totalmente saturado e o volume
varia linearmente com a umidade h. O volume da fração sólida é sempre constante e
igual ao volume no ponto F. No ponto E as partículas sólidas não podem mais aproximar-
se e ainda que a evaporação prossiga, o ar passa a ocupar os vazios entre as partículas
sólidas
Quando VI e são V? maiores do que LC , o teor de umidade diminui, linearmente,
com a variação de volume

Considerando as correlações h = 7
4
(vnl - Va2 = 1:
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A fórmula (1) assume a expressão:

Mudança volumétrica
Denomina-se mudança volumétrica (MV) de uma massa d e s o l o q u e está sofrendo
evaporação, ao decréscimo de volume experimentado, quando sua umidade varia d e
uma umidade qualquer até seu limite d e contração (V, - V s ) .

Nesse caso h, = LC e considerando a fórmula (2)

MV = (hl - LC). RC (3) onde h, = umidade inicial

5.2 Documentos normativos

As Normas disponíveis para a realização do ensaio para a determinação do limite


de contração e dos denominados fatores de contração são os seguintes:
DNER - ME 087 194 Solos - Determinação dos fatores de contração.
ABNT - MB 055 1 8 2 ( NBR 7183 ) - Determinação d o limite e relaçáo de contração
de solos

5.3 Material necessário

Para a realização do ensaio é necessária a seguinte aparelhagem:

cápsula cilíndrica ou metálica ou de porcelana, de fundo plano, com cerca de 4 cm de


diâmetro e 1 cm de altura, denominada cápsulas de contração;
cuba de vidro de cerca de 5 cm de diâmetro e 2,5 cm de altura;
placa de vidro, com três pinos de metal, para mergulhar a pastilha de solo no mercúrio, com
as características e dimensões fixadas na DNER - ME 087194;
cápsula de porcelana com cerca de 10 cm de diâmetro;
espátula com lâmina flexível de cerca de 8 cm de comprimento;
régua de aço de cerca de 30 cm de comprimento;
proveta de vidro, graduada em 0,2 ml e capacidade de 25 ml;
balança com capacidade de 200 g, sensível a 0,01 g;
mercúrio suficiente para encher a cuba de vidro
* estufa capaz de manter a temperatura entre 105 "C e 110 "C.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMUDNER

5.4 Preparo da amostra

Da amostra total preparada de acordo com DNER - ME 041194, separa-se 50 g de

material passando na peneira no. 40.

5.5 Execução do ensaio

Colocar o solo na cápsula de porcelana; adicionar água destilada e com o auxílio da


espátula, misturar durante aproximadamente cinco minutos ou até obter uma massa fluida, sem
a inclusão de bolhas de ar.
Untar as paredes da cápsula de contração com vaselina para impedir a aderência de
solo;
Colocar no centro da cápsula de contraçáo, aproximadamente um terço do volume de
solo necessário para enchê-la; bater a cápsula de encontro a uma superficie firme, protegida
com folhas de papel. Repetir essas operações até encher completamente a cápsula de contra-
ção. Razar o excesso de material com a régua de aço, até conseguir uma superficie plana, to-
mando todos os cuidados para evitar a formação de bolhas de ar.

Deixar o solo secar ao ar até obser-


. var sensível mudança de tonalidade;
I,Ocm
. levar a cápsula a estufa para secagem
Antes da contraçãa Depois da contraçáo
1 ate constbncia de peso (Fig 14)
1 Fig. 14 Cápsula antes e após a contração 1
Determinar o peso do solo seco contido na cápsula de contração (P,),
com aproximação de

0 , O l g.

Para determinar o volume da pastilha de solo


seco, será utilizado o processo de imersão no
mercúrio, executando-se as seguintes etapas.

Colocar a cuba de vidro na cápsula de por-


celana, enchê-la de mercúrio, removendo o ex-
cesso por pressão da placa de vidro (Fig 15).

I
Fig. 15 Enchimento da cuba com mercúrio
CURSO DE TECNOI-OGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Retirar a pastilha de solo da cáp-


sula de contração e colocá-la sobre o
mercúrio, na cuba de vidro.
Pressionar a placa de vidro, com
os três pinos sobre a pastilha,
Borda da cuba
esmerilha,ja Cuba de porcelana - --
mercúrio deslo~adq evitando a permanência de ar entre a
placa de vidro e a pastilha

Fig. 16 Determinação do volume do solo seco Medir na proveta o volume ( VS )


deslocado pela pastilha (fig. 16)
I I
b
I
5.6 Cálculo do ensaio
b
Cálculo do limite de contração - Para o calculo do limite de contração deve-se con-
C
1 siderar as correlações entre os índices físicos do solo, em especial a que correlaciona,
b para os solos saturados, o índice de vazios (e) com o feor de umidade (h) e a densidade
! vi.
real dos grãos do solo (6) e=-~h.6
h
Y?
'
L
No limite de contração L C = h e o solo está saturado, apresentando, entretanto, o
mesmo índice de vazios do solo quando seco, que pode ser calculado pela expressão

L Igualando-se as duas expressões para o valor do índice de vazios (e), chega-se a:

! onde: y, - massa específica da água, em glcm3


6 =densidade real dos grãos de solo

b I/, = volume da pastilha de solo seco, em cm3

P, =peso da pastilha de solo seco, em g


As fórmulas para o cálculo da razão de contração (RC) e da mudança volumétrica

C (MV) foram deduzidas no item 5.1. São elas, respectivamente:

8
xc = - e MIJ = (h, - LC). RC
v,
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Importância da contração dos solos, na prática da engenharia


Os efeitos da contração dos solos na prática da engenharia são fundamentalmente
importantes, sob o ponto de vista da engenharia geotécnica. As trincas de contração são
provocadas, nos climas secos, pela evaporação da superfície e pelo abaixamento do len-
çol freático. Quando o clima se modifica e o solo volta a ter contato com a água, ele
tende a aumentar.de volume e expandir. As variações de volume resultantes, tanto da
contração como da expansão, podem atingir ordens de grandeza capazes de causar sé-
rios prejuizos a pequenas construç6es e pavimentos rodoviários.

5.7 Prováveis causas de erro nos limites de consistência


Causas gerais, aplicáveis a todos os ensaios

Falhas no preparo da amostra - Perda de finos quando da remoção das


partículas mais grossas na peneira no40 ou material secado em excesso.
Erros na determinação do teor de umidade, considerando a pequena quanti-
dade de material empregado.
Erros de cálculo
Limite de liquidez

Dispositivo de Casagrande mal construido ou calibrado incorretamente


Desgastes em qualquer parte do aparelho, em especial no contato da concha
com a base e nos cinzéis.
Presença de solo no ponto de contato da concha com a base - qualquer mate-
rial que caia na base deve ser removido antes da colocação da concha.
Perda de umidade durante o ensaio - Valores errados ou erráticos podem ter
origem na secagem do material durante o ensaio.
Limite de plasticidade

Diâmetro final do bastonete de solo incorreto. A comparação do diâmetro da


amostra com os calibres cilíndricos de metal, podem ajudar bastante na correção
dop ensaio.
Tempo de rolagem da amostra muito curto - Se houver qualquer dúvida quanto
a amostra já apresentar as trincas necessárias, é preferível trabalhar a amostra um
pouco mais do que interromper o processo muito cedo.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

imite de contração

Cápsula de contração sem lubrificação - Se a cápsula não for lubrificada com


óleo, a massa de solo pode aderir ao recipiente e a pastilha trincar, quando da se-
cagem
Presença de bolhas de ar na pastilha
. Secagem rápida da pastilha - Para evitar trincas na pastilha, a secagem deve
ser lenta; inicialmente, na temperatura ambiente do laboratório até que a mudança
de cor seja efetivamente observada,seguindo-se então a colocação na estufa:

5. Anexos

Anexo 1 - Planilha para os ensaios dos limites de consistência e densidade real dos
grãos do solo. pg. 01 102

Anexo 2 - DNER - ME 122 194 Solos - Determinação do limite de liquidez pg. 01/07

Anexo 3 - DNER - ME 082 / 94 Solos - Determinação do limite de plasticidade pg. 01103

Anexo 4 - DNER - ME 087 1 94 Solos - Determinação dos fatores de contração


pg. 01105
I
b
1 MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
1 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE FORTIFICAÇAO E CONSTRUÇÃO
I
b
'
L
OBRA:
INTERESSADO:
AMOSTRA:
OPERADOR:
DATA:
MSTO

Limite de Liquidez (LL)

Limite de Plasticidade (LP)

Limite de Contração (LC)


Cápsula N' Peso Cápsula peso Cápsula Pesa Solo Voi. Hg Vi is' 116 LC
solo Seca (g) (a) Seca (g) ~es~oca&(crn') (%I ,
9 23,03 7,09 15,94 83 0,5207 0,3738 14,69
11 23,lO 7,19 15,91 8,4 0,528 0,3738 15,42
(LC) MÉDIO 15,l

Densidade Real dos Grãos do Solo

Picnômetro Picnômetro Temperatura Picnômetro Solo Agua 6 6


c + Água (g) (Celsius) +Solo + Água (g) Seco (g) Desloc.(g) Médio
4 636,27 26 698,94 100,17 37,50 2,671
9 633,96 26 696.65 100,04 37,35 2,678 2,675

I
Página 1
-
LL RETA DE ESCOAMENTO

y = -O,Y18x + 76.783 I
10

o,
10
1
1W
-
'NÚMERO DE GOLPES (n Esc Log)

Página 2
I .klT - DEPARTAMENTO NACIONAL D E ESTRADAS DE R O D A G E M
C+i. Solos-determinaçiio do limite d e liquidez - método de referêuci:~
1 e método expedito
1 Norma rodoviária Método de Ensaio DNER-M-E 122194
I p. 01/07
1
1 RESUMO
Este documento, que e uma nornia tecnica, contem um nietodo de referência para determinação do limite
1 liquidezdesolos.assim comoum mctodocxpcditoa.~ustadoasolosbrasiIeiros,cujosIimitesdcliquideznão
' excedam a 150%. Dcscrevc a ap;irclliagcnl, os procedimentos para execução dos ensaios e os critérios
estabelecidos para obtenção dos resultados.
I
I ABSTRA CT
This docunient prescnts thc proccdure for dctermination ofsoils Iiquid limit, and a speedy metliod, for the
1 sameob,icctive, applied toBraziIiansoiIswith Iiniits not exceeding 1 5 0 % Itprescribestheapparatusandthe
criteria forobt;iininç rcsiilts.
1

1
1 6 -2
o
O Aprescniaçào

I Objetivo
t
ko
2 Referências
\ w
z
o 3 Definiçòcs
o

5 Calibraçào do aparclho Casaçrandc


1 6 Amostra
7 Método de refertncia
8 Método expedito

9 Anexo normativo

Esta Nornia dccorreu da ncccssidadc de s e adaptar, quanto à forma, a D N E R - M E 122187 a


DNER-PRO 101193. mantcndo-se inalierável o scu conteúdo técnico.
Macrodescritort.~i\lT. ensaio. ciisaio ciii laboratório, çcotecnica

Microdesciitorcs DNER: ensaio, ensaio tlc laboratorio. Iiriiite de liquidez, solo (cstado mecânico), solo
I
(estado natural)

b Descritorcs SINORTEC: ensaio. ensriio de laboratorio, limite liquido (solos), solos

'
b
Aprovada pclo ConsclliodcAdniinistr~ç50ciii 10107/S7 ' Auior :DNER/DrDTc(IPK)

I - 1 Resoluç3n n" 1 183187 Scss5o no CAI 20/87 Adaptação da DNER-ME 122187 a DNER-PRO 101193,
/ aprovada pcla Dr DTc
I( Processo no 20 100009i'54/X2-1 eni 13/04/94.
I
DNER-ME 122194
p. 02/07

Os métodos constantes da presente Norma têm por objetivo determinar o limite de liquidez de solos. O
método de referência deve ser sempre usado nos casos em que o limite de liquidez seja superior a 150% e
no caso de controvérsia quanto a resultados obtidos segundo o método expedito.

2 REFERÊNCIAS

I/ 2.1 Norma complementar

Na aplicação desta Norma é necessirio consultar

DNER-ME 04 1194, designada Solos - preparação dc amostra para ensaios de caracterização

2.2 Referências bibliográficas

No preparo desta Norma foram consultados os seguintes documentos:


a) DNER-ME 122187, designada Determinação do limite de Iiquidez de solos - método da referência e
[r
w
z método expedito;
n
O
O
b) Métodorápidoparadeteminaçãodelimitedeliquidezajustadoasolosbrasiieiros,engenheirosSalomâo
-8
.e Pinto, Olivalter Viegas de Oliveira, P R 605, 1975.
V
m
3
u c) ABNT MB-30, de 1984, registrada no SINMETRO como NBR-6459, designada Solo- determinação
m do limite de liquidez
510
u
m
.= 3 DEFINIÇOES
n
E
Para os fins desta Norma são adotadas as seguintes definições:

3.1 Limitede Iiquidez


T w r deumidade do solo com o qual seunem, em um centímetro de comprimento, as bordas inferiores de
uma canelura feita em uma massa de solo colocada na concha de um aparelho normalizado (Casagrande),
sob a ação de 25 golpes da concha,sobre a base desse aparelho. O limite de liquidez marca a transição do
estado plástico ao eitado líquido. E representado por LL, expresso em percentagem

1 3.2 Curva de fluidez


Curva de fluidez é a curva resultante da representação gráfica da relaçâo dos teores de umidade, marcados
emabscissas, com osnúmeros degolpes correspondentes, marcados em ordenadas. Emprega-seem abcissas
uma escala aritmética e em ordenadas uma escala loçarítmica Utilizando-se esta representação, obtém-se
uma reta

A aparelhagem necessária é a seguinte:

-.
a) aparelho com as caracteristicas e dimensões indicadas no Anexo-Figura 1;
b) cinzel com as características e dimensões indicadas na Figura 1 em anexo;
DNER-ME 122194
p. 03/07
I c) balança sensível a 0,01 g ;
1 d) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 'C - I I0 'C;

e) recipiente para guardar amostras sem perda de umidade antes das pesagens,

f) cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml;


g) espátula com lâmina flexivel de cerca de 8 cm de comprimento e 2 cm de largura,

I h) pinça para retirar objetos da estufa;

i) cronômetro para intervalo de tempo até 30 minutos, com precisão de I segundo;


I j) esfera de aço com 8 mm de diâmetro.
Notas: 1) Verificar as caracteristicas da base de ebonitedo aparelho, deixando cair, em queda livre, a esfera
de aço com 8mm de diâmetro, de uma altura de 250 mm sobre a superficie da mesma, devendo
a altura de restituição estar compreendida entre 183 mm e 230 mm;
2)Verificar a massa do conjunto concha + guia do excêntrico que deve estar compreendida no
*
intervalo de 200 g 20

1 5 CALIBMÇÃO DO APARELHO CASAGRANDE

1 O aparelho deverá ser calibrado do seguinte modo:


I a) suspender a concha;
b) colocar o centro do calibrador (cabo do cinzel) no ponto de contato da concha com a base do aparelho,
apoiando a concha sobre o calibrador;
c) desapertar os parafusos I e 2;
d) girar a manivela do aparelho, acionando simultaneamente o parafuso 3, até o instante em que o
excêntrico apenas raspe o suporte da concha, sem suspendê-la;

' II e) apertar os parafusos I e 2


A altura da queda da concha deve ser constante e igual a 1 cm

Nota: O pino que liga a concha ao dispositivo de sustentação não deve estar gasto, não permitindo
deslocamentos lateriais; os parafusos que prendem a concha ao dispositivo de sustentação devem
estar bem apertados; a concha do aparelho não deve apresentar sulco devido ao uso prolongado do
cinzel; o cinzel deve ser inspecionado para verificação das dimensões especificadas.

6 AMOSTRA

Da amostra obtida de acordo com o item 4.d da Norma DNER-ME 041194 (ver 2. I), tomam-se cerca de
70 g.
DNER-ME 122194
p. 04/07

7.1 Ensaio

'
7.1.1 Colocar a amostra na cápsula referida em 4.f, acrescentar 15 cm3 a 20 cm3 de água destilada e
homogeneizar a mistura de solo e á Tua com a espátula Posteriores adições deágua serão da ordem de 1 cm'
a 3 cm3 procedendo-se a perfeita omo eneização da mistura, que se deve apresentar como uma massa
f
plástica. O tempo de homogeneização eve estar compreendido entre 15 min e 30 min, sendo maior o
intervalo de tempo para os solos mais argilosos. Nunca usar a concha do aparelho para homogeneização da
mistura.

7.1.2 Tomar uma porção suficiente da mistura pre arada, colocando-a na concha em torno do ponto
B
correspondente ao de contato cntrc a conclia e a base o aparelho. Espalhar a seguir a massa plástica, de tal
modo quc a ii1esm;i ocupe ;iproxii~iadaiiicriic213 da supcrfiçiç da concha. Eiiiprcgar o iiicrior iiuiiicro
possível de passadas da espátula, para evitar formação de bolhas de ar no interior da massa. Alisar com a
espátula a massa de solo. ate que esta se apresente com I cm de espessura no ponto de máxima espessura.
Oexcessodamassadesolodeveserretirado daconcha doaparelho ecolocado nacápsula deporcelana, antes
referida.

7.1.3 Produzir uma canelura na massa de solo segundo o plano desimetria do aparelho, usando cinzel, de
tal modo que a espessurada massa na parte central seja de 1 cm (ver Anexo-Figura 2).

I Nota: Para uso do cinzel, observar o seguinte:


1) Solos argilosos: o cinzel deveráser passadoumaúnicavez, ressionando-seapontado mesmo
P
contra a concha, de modo a seobter uma canelura regular, impa e com as dimensões daseção
transversal do cinzel;
2) Solos arenosos: o cinzel deverá ser passado diversas vezes, demodo a abrir progressivamente
a canelura. Na ultima passada, o cinzel deve ser apertado contra a concha a fim de ser obtida
uma canelura como exigido em 1.

7.1.4 Golpear contra a base do a arelho, pelo acionamento da manivela, a concha contendo a massa de
P
solo, com avelocidade de duas vo tas por segundo, ate que as duas bordas inferiores da canelura se unam
na extensão de 1 cm.
Nota: Não é permitido girar a manivela estando a mão do operador sobre a base do aparelho.

7.1.5 Transferir com a espátula, para o recipiente referido em 3.e, uma porção de solo colhida de ambos
os lados da canelura, e transversalmeiite 3 -Ia, abrangendo a porção e m u e s e verificou a união
das bordas: pesar imediatamente o conjunto recipiente mais solo, levan2o-o, a seguir, para uma
estufa a 1OS "C - 1 10 'C, para determinação da umidade. As determinações s ã o com aproximação
d e 0,01 g .

/ Determinar aumidade pela fórmula:

I em que:

- teor da umidade, em percentagem;


/ h

I Ph -%assa do solo úmido;


PS- massa do solo seco em estufa a 105 'C' - 110 'C, até constância de massa
-
DNER-ME 122194
p. 05/07
1 7.1.6 Retirar o solo remanescente na concha, transferindo-o para a cápsula de porcelana

7.1.7 Repetir as operações descritas em 7.1.1 a 7.1.6, pelo menos mais três vezes, com a d i g e s de água
gradativamentecrescentes; objetiva esse procedimento obter massas de solo de consistência ue emitam
pelo menos umadeteminação do número de golpes em cada um dos seguintes intervalos. 23-3!, 20-30 e
15-25.

7.2 Resultado

7.2.1 Os valores de umidade e número degolpes são representados em um sistema de eixos ortogonais,
noqual, naordenada, em escala logarítmica, são representadosos números degolpes ena abcissa, em escala
aritmética, os correspondentes teores de umidade.

7.2.2 Pelos pontos lançados no gráfico seratraçada uma reta, tão próxima quanto possível, de pelomenos
-
E
E
três pontos.

8 7.2.3 O limite de liquidez, expresso em teor de umidade, é o valor da abcissa do ponto da reta
correspondente a ordenada de 25 golpes.
i5
L
D
o 7.2.4 O resultado, expresso em percentagem, é aproximado para o número inteiro mais próximo
O
2
r
* 7.2.5 Na impossibilidade de se conse ir abertura deuma canelura na massa de solo existente naconcha
%m f"
ouoseu fechamento com mais de25 go pes, considerara amostracomonão apresentando limitedeliquidez.
-
em
1 8.1 Ensaio
a
O
O ensaio deve ser realizado de acordo com o disposto nos itens 7.1.1 a 7.1.6, para duas determinages
distintas, atendendo ao intervalo de 20 a 30 para o número de golpes (N) e dentro da faixa de umidade de
3 até 150% (máximo).
8
-
a
-
Tabela Valores de K (N) e m função do número de golpes
Nod e golpes, (N) K(N)
--
I
DNER-ME 122194
p. 06/07
8.2 Resultado
O limitede liquidez é determinado pela fórmula:

em que:

h -teor de umidade (%). correspondente a N golpes;


N -número de golpes na determinação de um ponto do ensaio;
LL- limite de liquidez (%)

No caso deos valores encontrados nas duas determinações (ver 8.1) diferirem demais de 1%, o ensaio deve
ser repetido.
O limite de liquidez é a média das duas determinações

/ Anexo
ANEXO NORMATIVO - FlBURAS
DNER-ME 122/94

APARELHO DE CASABRANDE PAM OETERMINAÇ~O


DO L I M I T E DE LIQUIOEZ

- SE& QUADRADA
/

CINZEL

EBONITE 1 EBONITE

ANTES DO E N S A I O

D E P O I S DO E N S A I O

FIOURA 2
MT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM
-
Solos determinação do limite de plasticidade

Norma rodoviária Método de Ensaio DNER-ME 082194


p. 01/03

1 RESUMO
Este documento, que éumanormatécnica,apresenta0 procedimentopara determinação do iimitedeplasticidade
de solos e prescreve a aparelhagem, a execução e condiçõespara a obtenção do resultado.

This document presents the procedure for d e t e e a t i o n of the plastic iimit of soils andprescnies the apparatus,
execution and conditions for the obtention of results.

O Apresentação
-
m
C
2 1 Objetivo
O
E 2 Referências
S
Ez 3 Aparelhagem
n
o 4 Amostra
O
u
.- 5 Ensaio
E
O
m
u 6 Resultado

.-*u
'EEsta Norma decorreu da necessidade de se adaptar, quanto a forma, a DNER-ME 082163 à
a
DNER-PRO 101193, mantendo-se inalterável o seu conteúdo técnico.

1%

2O 1 OBJETWO
P.
Este Método fixa o modo pelo qual se determina o iimite de plasticidade de solos.

Macrodescritores MT: ensaio, método de ensaio, ensaio em laboratóno

Microdescritores DNER: ensaio, ensaio de laboratóno, Emite de plasticidade

Palavras-chave JRRDIIPR: ensaio(6255),métodode ensaio (6288),Emitedepiasticidade(5923),solo(4156)

I
Descntores SINORTEC: normas, ensaio de piasticidade
~
Aprovada pelo Conselhode Adrn~nistraçãoern16/04/01 Autor. DNERIDrDTc (LPR)
Resolução no -i- Sessão no CAI -/- Adaptação da DNER-ME 082163 a DNER-PRO 101193,
Processo no 20100018769164-4 aprovada pela DrDTc em 25104194.
DNER-ME 082194
p. 02/03
I
2 REFERÊNCIAS
I

I
2.1 Norma complementar
1

I Na aplicação desta Norma é necessário consultar:


DNER-ME 041194, designada Solos - Preparação de amostras para ensaios de caracterização.

/ No preparo desta Norma foram consultados os seguintes documentos:


I
a) DNER-ME 082163, designada Limite deplasticidade de solos;

I 2 -
b) ABNT MB-3 1, de 1984, regishada no SINMETRO como NBR-7180, designada Solo determinação do
S limite deplasticidade;
1
L

c) AASHT; T 90-86, de"ada Detemhing the plastic limit andplasticity index of soiis.

3 APARELHAGEM

A aparelhagemnecessária é a seguinte:
a) cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml;
b) espátula com lâmina flexível de cerca de 8 cm de comprimento e 2 cm de largura;
c) placa devidro de superficie esmedhada;
d) cilindro de comparação de 3 mm de diâmetro e cerca de 10 cm de comprimento;
e) recipientes que permitam guardar amostras sem perda de umidade antes de sua pesagem;
f ) balança com capacidade de 200 g, sensível a 0,01 g;

g) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 "C e 110 "C.

4 AMOSTRA

I 1 Da amostra obtida de acordo com o item 4 da DNER-ME 041194 (ver 2. I), tomam-se cerca de 50 g,

I 5 ENSAIO

a) coloca-sea amostrana cápsulaejunta-se água destilada em quantidadesuficientepara se obtermassaplástica.


~eseadiuonaraáguaaospoucos,misturando-secontinuamentecomaespátula atécompletahomogenização
da massa;
b) separam-se cerca de 20 g da massa obtida como descrito na alínea a, modelando-a na forma elipsoidal.Roia-
se esta massa entre os dedos e a face esmeriihada da placa devidro, compressão suficiente, a hde moldá-
ia na forma deum cilindro de diâmetro uniforme. Onúmero de rolagens deverá estar compreendido entre 80
e 90 por minuto, considerando-se uma rolagem como o movimento da mão para a fiente e para a trás,
retomando ao ponto de partida.
DNER-ME 082194
p. 03103

Notas: 1) Quando o diâmetro do cilindro de solo atingir 3 mm, quebra-sso em seis ou oito pedaços; amassa-se,
a seguir, com os dedos, osreferidospedaços,até se obter uma massa de forma elipsoidal. Procede-se
novamente a rolagem até formar um cilindro de 3 mm de diâmetro, juntando, amassando e rolando,
L ..
reuetidamente. até aue o cilindro de solo desamemie sob auressão reauerida~araa rolaeemenão
" seia
rn~isposiveltomia; um no\.o cilindro coni o solo. A desa&egaçào pAde occher quando o cilindro de
wloaprewritarumdiámetromaiordoque3mm Estede\~esercous.ideradoumestágjofnialsatisfatóno,
tendoemvista que o solo foi antes rolado até atingir a forma de um ciliodro de3 mm de diâmetro.
2)Adesagregaçãomanifestar-seadiferentemente, conforme o tipo de solo.Algunssolos se desagregarão
em numerosos pequenos aglomerados de partículas. Outros, poderão fonnar uma camada externa,
tubular, que começa a desagregar emambas aspontas, progredindo emdireção ao meio e, halmente,
o cilindro rompe em \,ános pedaços pequenos. Solos muito argilosos requerem mais pressão da mio
para a deformação do cilindro, particularmentequando se aproxima do limite deplasticidade. quando,
&tão, o cilindro parte-se em uba série de segm&tos, coma forma de tubo, cada um com c&ca de 6
a 10 mm de comprimento. Dificilmente o operador poderá produzir a desagregação do cilindro
exatamente com 3 mm de diâmetro, a não ser reduzindo o número de rolagens, a pressão da mão, ou
ambos e continuando a operação, sem deformação posterior, até que o cilindro se desagregue.
3)Épermitido, entretanto, reduzir a quantidadetotal de deformações, no caso de solospoucosplásticos,
fazendo com que o diâmetro inicial da massa de solo de forma elipsoidal se aproxime dos requeridos

c) ao se fragmentar o cilindro, transferem-se imediatamente os seuspedaçospara o recipiente e determina-se a


umidade pela formula:

onde:

h - teor de umidade, em percentagem;


Ph - peso do material úmido;
P - peso do material seco em estufa a 105 "C - 110 "C, até constância de peso.
S

Fazem-se as pesagens com a aproximação de 0,01 g;


d) repetem-se as operaçõesanteriores até que se obfenhamtrêsvalores que não di6ram da respectiva média de
mais 5%.

6 RESULTADO
, O limite de plasticidade é expresso pela média dos teores de umidade obtidos como foimdicado.
l
Notas: 1)Calcula-seomdicedeplastindadedeumsolopeladiferençanuméricaentreolimitedeliquidezeolimite
deplasticidade;

i 2, Y ando o limite de liquidez ou limite deplasticidade não puderem ser detemimdos, anota-se o mdice
e plasticidade como NP (não plástico);
3 ) pdo o solo for extremamentearenoso, o p a i o dolimite deplasticidadedeve serfeito antesdo ensaio
o lunite de liquidez Se o limite deplasticidadenão puder ser determinado, anotar ambos como NP
(nãoplástico);
4) Quando o limite de plasticidade for igual ou maior do que o limite de liquidez anota-se o mdice de
plasticidade como NP (não plástico).
-
f-"
MT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTFUDAS DE RODAGEM
I
Solos- determinação dos fatores de conb-açáo
I .
1 Norma rodoviária Método dc Ensaio Dh'ER-ME 087194
I p. 01/05
I

I RESUMO
I Este documento, que é uma norma técnica, apresenta o procedimento para a determinação de fatores de
I contração de solos, designados limite de contração, razào de contração e mudança volumétnca. Apresenta
os requisitos concementes a aparehagem, a execução dos eusaios e aos cálculos para obtenção dos
I resultados.
I

I ABSTRACT
I

I
This document funiishes data froni whicli tlie follo\ving soil cliaractenstics may be calculated:
i
I
- b)c) volumetric
w
sluiiikagc raiio. a~id

I
I
-o
chaiige.

I 5
O
It presents requiremeiits couceniing apparatus for testiuz: sarnples. aiid calculatioiis for obiainùig results.

o
I O
O Apreseutaçào
. Om.--
1 Objetivo
C- a
I 2 Referências
::
I 3 Definições
ffi
'0
G 4 Aparehageui
E
E 5 Amostra
o
Nffi

D
3 6 Eusaio
9w 7 Cálculos
u
Anexonomatn*o

1
Macrodescritores RlT: no!r;r. ensaio, ensaio eiii lalyoratóiio, niétodo de ensaio
1
I
I
B Microdescritores DNER: eiisaio. ensaio de laboratório, ensaio de contratilidade
1
Palavras-chave IRRDIIPR: ensaio (6255). método de ensaio (6288), solo (41 56)

Descritorcs SINORTEC: noniias. eiisaio do solo. eusaio de contração

Aprovada pelo Conselho Executivo em 16/04/64 Autor : DNERDrDTc (IPR)

IResolução n" -1- Sessão li* CAI -1- i ~ d a ~ t a ç ãdao DNER-DPT 087164 i DNER-PRO 101193,
DNER-ME 087194
p. 02/05

Esta Norma decorreu da necessidade de se adaptar, quanto a forma, a DNER-DPT M 087164 a


DNER-PRO 101193, mantendo-se inalterável o seu conteúdo técnico.

1 Este Método k a osprocedimentospara determinação do lunite de contração, da razão de contração e da


mudança volumétnca de solos.
I

1
2. i Norma complemcritar
1
1
-po
o Na aplicação desta Norma éuecessário cousultar:
E
1 O DNER-ME 04 1/94, designada Solos - Preparação de amostras para eusaios de caracterização
OC
1 W
z
t n
o 2.2 Referências bibliográficas
1
I
i=
O
No preparo desta Norma foram consultados os seguintes documentos:
7
w
I a) DNER-DPT M 087/64, designada Fatores de contração de solos; 1
-0

'D
b) ABNT MB-55, de 1969, registrada no SINMETRO como NBR-7183, designada Solo - determinação
ffi
do limite e relação de contração:
0
.-
E c) ASTM D 427-74. desipada S M a g e factor~of soils;
w
a
o
im
d) AASHTO T 92-86. designada Detemiiuiug tlie s M a g e factors of soils
C"
3
O
-& 3 DEFINIÇÕES

IPara os efeitos desta Norma, são adotadas as seguintes definiçòes:

13.1 Limite de contração


1
Teor deumidade contido emum solo, expresso em percentagem do peso do solo seco, abaixo do qual não
1
' haverá decréscimo devolume da massa de solo com a perda de umidade.

1 3.2 Razão de contração


1
Razão entreuma dada mudança devolume e a correspondente mudança do teor de umidade acima do iimite
1
' de contração.

1 3.3 Mudançavolumétnca
Decréscimo devolume da massa do solo quando o teor deumidade éreduzido de determinada percentagem
até atingir o limite de contração.
DNER-ME 087194
p. 03105

IA aparelhagem necessiria é a seguinte:


a) cápsula de porcelana com cerca de I O cm diâmetro;
I b) espátula com lãmina flexível de cerca de 8 cm de comprimento e 2 cm de largura;
c) cápsula ciiíndrica metálica ou deporcelana, de fundo plano, com cerca de 4 cm de diâmetro e 1 cm de
altura, neste Método denominada "cápsulas de contração" (Figura I em anexo),
1 d) régua de apo de cerca de 30 cm de comprimento;
1 e) cuba de vidro dc cerca dc 5 CIU dc diáiiietro c 2;5 cni de altura;

f ) placa de vidro, coni três pinos de iiietal, para uierguiiiar a pastillia dc solo iio iiicrciirio, coiii :is
-
a> características e dimensões mostradas na Figura 1 em anexo;
-
c
o
g) proveta devidro, graduada em 0,2 ml capacidade de 25 ml;
E
O h) balança com capacidade de 200 g. sensivel a 0'01 g;
a:
W
$ i) mercúrio suficiente para eiiclier a cuba do vidro esl~ecificadana a h e a e;
o
nOm j) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 'C e I I O "C
r
v

(U
u
2 Tomam-secerca de50gdesolosdaporçâodematerialquepassanapeneirade0.42~preparadadeacordo
-.-.-- com o Capitulo 4 da Norma DNER-ME 041194 (ver 2.1).
0
L.

E
aO õ ENSAIO
tm
0.
2
g 6.1 Coloca-sea amostraiia cápsula deporcelana emistura-se cuidadosamente com água ate obter-seuma
$ massa fluida, homogênea, facilmente trabalhável com a eyátula e sem hclusões de ar.
a:
6.2 Untam-se asparedes da cápsula de contração com)cáselina para imperdir a aderência do solo. Coloca-
seno centro da cápsula de contração aproxbadameiite 113 dovolume de massa fluida de solo necessário
para enchê-la, batendo-a: em seguida, de encontro a uma superficie firme, protegda com folhas de papel ou
papelão, demodo que0 solovenha ocupartodo o fundoda cápsula. Repete-se esta operação maisduasvezes,
até encher-se completamente a cápsula de coutração. Raza-se o excesso dematenal com a régua de aço, até
resultar em uma superficie plana. Tomam-se precauções para evitar formação de bolhas de ar.

6.3 Deixa-se o solo secar ao ar até sensível mudança de tonalidade, secando-o depois em estufa a 105 "C
- 110 "C, até constância de peso.

16.4 Determuia-se, com aproximação de 0.01 &. o peso do rolo seco contido na cápsula de contração ((P).

6.5 Determina-se o volume da pastilha seca como se segue:


DNER-ME087194
p. 04/05

6.5.1 Na cápsula de porcelaua, coloca-se a cuba devidro cheia de mercúriooremovendo-se o excesso de


mercúrio da cuba pressionando-o com a placa de vidro.

6.5.2 Retira-se a pastilha de solo da cápsula de contração e se a coloca cuidadosamente sobre o mercúrio
queenchea cuba devidro; fez-sepressão com a placa devidro, com ostrêspinossobre a pastilha, obngando-
a a mergulhar inteiramente no mercúrio, como na Figura 3 em anexo. Ovolume do mercúrio deslocado pela
pastilha emedidonaproveta eanotado comovolumedesolo seco (VS).Dwemsertomadasprecauçóespara
evitar a permanência de ar entre a placa de vidro e a pastilha.

17.1 O limite de cotitração (LC) C calculado pela fómiuln:

a:
u onde:
z
n
-massa especifica da água. em g.lcm3;
0 IA.,
o
ZO 6 - densidade real do solo;
al
g V -volume da pastilha de solo, seco, em cm3;
al

2 PS- peso da pastilha de solo, seco, em g.


'O

'I)

i I 7. 2 A razão de contração (RC) é calcula pela fórmula:

7.3 A mudança volumetnca (MV) é calculada pela s e y t e fórmula:

IMV = (h, - LC)RC


onde:
h 1 -teor de água
A N E X O NORWATIVO - FIOURAS
DNER- ME O87/S4

p. 0 5 / 0 6

ANTES D P ~CONTRA* EPOU DI CONTRA

FIQURA I - C Á P ~ U L A DE ccurnrtb

0,Ie i1.82 i7.62 VIU70

PINOS DE LATÁO PRESW


COM SÁLUMO

FIGURA 2 - P L A C A DE V I D R O

DETALHE DA PLACA D E VIDRO

U N I D A D E DE MEDIDA : CENTIMETRO Icml

W R D O DA C U I A MEMURIO DESWUDO PELA


ESMERILHADO PASTILHA DE SOLO

FiüURA 3 - APARELHO PARA DETERMINAÇÁO DOS FATORES DE C O N T R ~ Á O


DO S O L O

\
' >
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMUDNER

CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS

1. Introducão

Os cálculos de qualquer projeto de engenharia envolvendo solos são baseados nas


propriedades específicas da classe a que pertence o solo. Compreende-se daí a impotân-
cia da classificação do material, em Mecânica dos Solos. Apesar das limitações a que
estão sujeitas as diferentes classificações, constituem elas um meio prático e indispensá-
vel para a identificação dos solos.

2. Principais sistemas

- Sistema Unificado de Classificação dos Solos - SUCS (Unified Soil Classification -


USC), originária do Airíield Classification de A. Casagrande para pavimentos de aero-
portos, do Bureau of Reclamation americano.

- Sistema de Classificação do HRB (Highway Research Board) originária da classifi-


cação do Bureau of Public Roads americano.

- Classificação MCT (Miniatura Compactado Tropical), desenvolvida por Nogami e Vi-


Ilibor (1981), baseada em propriedades obtidas em corpos-de-prova cilíndricos
compactados em equipamento miniatura e padronizado pelo DNER pela CLA
259196, "classificação de solos tropicais para finalidades rodoviárias utilizando cor-
pos-de-prova compactados 4m equipamento miniatura.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS - SUCS

De um trabalho conjunto do "Bureau of Reclamation" e do "Corps of Engineers" ,


assistido pelo Professor Arthur Casagrande, da Universidade de Harvard, foi publicado,
em 1953, pelo "WATERWAYS EXPERIMENT STATION", o SISTEMA UNIFICADO DE
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS. Este sistema é um aperfeiçoamento e ampliação da-
quele elaborado, em 1943, para aeroportos, por Casagrande.
O S.U.C.S baseia-se na identificaçáo dos solos de acordo com as suas qualidades
de textura e plasticidade, e agrupa-os de acordo com seu comportamento quando usado
em estradas, aeroportos, aterros, e fundações.
Neste sistema, consideram-se as seguintes características dos solos:

a) Porcentagens de pedregulhos, areia e finos (fração que passa na peneira nQ


200, silte e argila);
b) Forma da curva granulométrica;
c) Características de plasticidade e compressibilidade

As principais divisões são:

- mais de 50% em peso retido na penei-


- solos de granulação grossa
ra n"00

>\ - mais de 50% em peso passado na pe -


- solo de granulação fina
neira n"00

-facilmente identificaveis pelo seu as -


- solo altamente orgânicos
pecto

O critério granulométrico empregado diverge do correspondente do H.R.B. e da


A.A.S.H.O.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

As vantagens do emprego do S.U.C.S. estão no exercício da identificago de cam-


po, na adoção de uma simbologia que diz da natureza do solo, e no valor prático das indi-

~
I
cações que a classificação proporciona a vários ramos da engenharia de solos
Neste sistema, as iniciais adotadas nos símbolos têm as seguintes significações
1 G - GRAVEL (cascalho ou pedregulho)
S - SAND (areia)
C - CLAY (argila)
W - WELL GRADED (bem graduado)
P - POOR GRADED (mal graduado)
F - FINES (fino)
M -MO (palavra sueca que significa limo, material inter-
I mediário entre silte e areia).
O - ORGANIC (orgânico)
L - LOW COMPRESSIBILITY (baixa compressibilidade)
H - HIGH COMPRESSIBILITY (elevada compressibilidade)
Pt - PEAT (turfa)

Assim, teremos por exemplo:

GW - pedregulho bem graduado


GP - pedregulho mal graduado
SW - areia bem graduada
SP - areia mal graduada

As curvas granulométricas dos solos permitem a determinação dos coeficientes de


uniformidade e de curvatura necessários a este sistema de classificação.
Coeficiente de uniformidade:

Coeficiente de curvatura:
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

Onde Dio , Dai Da são OS valores dos diâmetros correspondentes a 10%, 30% e
60% em peso passando nas curvas granulométricas.
Para que um solo possa ser classificado como bem graduado, deve satisfazer as
seguintes condições:

Classificação fronteiriças: os solos que possuem características de dois grupos são


designados por combinaçóes de símbolos de grupos.
Por exemplo: GW - GC - mistura bem graduada de pedregulho e areia com arga-
massa argilosa.
O LL e o IP podem nos dar um ponto na zona hachurada do Gráfico de Plasticida-
de. Teremos então por exemplo:
GM - GC, SM - SC, ML - CL.
p ~ ~ - ~ -~ ~- ~ ~ - ~p
~ ~ p

-
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS IMEIDNER
1 GRWYLAFAO GROSSA
50% OU MENOS PASS. PEN. N" 200

9 FAZER GRANULOMETRIA

PEDREGULHO (G) AREIA (S)


A MAIOR PARTE DA FRAÇÃO A MAIOR PARTE DA FRAÇÃO GRAÚDA
GRAUDA É RETIDA NA PEN. ~ ' 4 PASSA NA PEN. ~ ' 4

ENTRE 5% E 12%
PASSA NA PEN. N' 200 PASSA NA PEN. N" 200 PASSA NA PEN. N' 200

'METRIA E PLASTICIDADE
-
P. EX: GW GM

m
O
z

Q
''XE DA ZONA >
O
m
V)

4
$
-
5
z
m
a
I
GFANULAÇÃO FINA
MAIS DE 50% PASS.PEN ~ ' 2 0 0

I
FAZER ENSAIOS DE LL E LP
NA FRAÇAO QUE PASSA NA PEN. "0

L
LIMITE DE LIOUIDEZ LIMITE DE LIQUIDEZ
INFERIOR A 50
I

PONTO NA ZONA HACHURADA DO


HACHURADA DO GRAFICO DE ORAFICO DE PLASTICIDADE L1NHA"A DO GRAFICO DE L1NHA"K DO GRAFICO DE LINHA "A DO ORAFICO DE
PLASTICIDADE PLASTICIDADE PLASTICIDADE PLASTICIDADE

DO SOLO SECO NA ESTUFA

'7'7 INORGANICO +i e/INORGANICO

I 1 1
OL I L ML MLCL
\
I GRÁFICO DE PLASTICIDADE I

70 80 90

LIMITE DE LIQUIDEZ
L
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER
I
Y CLASSIFICAÇÃO PELO HRB

I
Este Sistema se baseia em 04 (quatro) parâmetros básicos a saber:
I
1
t - Limite de Liquidez (LL)
I
I
- índice de Plasticidade (IP)

I - Granulometria
I
I
- Indice de Grupo (IG) que é função dos outros três
I

I Grupos Sub-grupos
, A-I a , b
I
- Solos Granulares - P#200 < 35% 4, 5, 6, 7
I
-
I

Grupos Sub-grupos
I
A-4 -
I
- Solos Silto-Argiloso - P#200 > 35% -
-
A-7 5, 6
I

- índice de Grupo -obtenção:

onde: a = P#200 - 35 O<a<40


b = P#200--15 O<b<40
c = LL - 40 O<c<20
d = IP - 10 O<d<20
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER
t

ÁBACOS PARA O CÁLCULO DO ~NDICEDE GRUPO

PORCENTAGEM PASSANDO N? 200


'2 h

76 66 66 46 36

PORCENTAGEM PASSANDO NP 200


SISTEMA DE CLASSIFICAÇAO HRB I
Classificação Solos Granulares Solos Silto - Argilosos
Geral P~OO 35% P ~ O>O35%

Grupos A-I A-3 A-2 A-4 A-5 A-6 A-7

Sub-Grupos A-Ia A-Ib A-2-4 A-2-5 A-2-6 A-2-7 A-7-5


A-7-6
PIO c50 - - - - - - - - - -
p40 < 30 C 50 > 50 - - - - - . - -
p200 < 15 c 25 c10 < 35 c 35 T 35 c 35 > 35 > 35 > 35 > 35
LL - - - c 40 > 40 c 40 > 40 < 40 > 40 < 40 > 40
IP c6 c6 NP c 10 110 10 > 10 51O c10 > 10 > 10

índice d e O O O O O c4 14 c8 112 c16 c 20


Grupo (IG)

Tipos de Fragmentos de Areia Pedregulhos e areias siltosas ou Solos Solos


Material pedra, pedregulho e fina argilosas siltosos argilosos
areia

Classificação
c o m o subleito
Excelente - bom Regular F mau
Classificar os solos abaixo pelos sistemas SUCS e HRB, de acordo com as suas propriedades

%EMPESOPASSANDO PARAMETROS DO SOLO IG CORRESP CLASSIF


No #4 #I0 #40 #200 LL LP IP c. c, Observação LL IP IG HRB SUCS
4.8 mm 2 0 mm 0.42 mm 0 075mm

1 96 92 63 48 54 32

2 98 97 78 60 45 33

3 27 20 13 9 33 20 20 8 Finos Plasticos

4 48 37 8 O 15 2

5 81 60 42 10 26 16 1 Finos Plastiws

6 1O0 90 86 82 80 50 Solo Orgânico

7 89 26 15 7 40 30 17 55 Finos nao Plastiws

8 60 30 , 1O 3 34 20 Finos Plasticos

9 60 30 10 8 20 15
I CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDNER

.~. ~ ~

osso~60~5~jnuwi6
ap solos ou!$oo3ojnuo~6
ap solos

1O0
b CURSO DF TECNCiLOGI4 DE SOILX IWm\%R
b
B COMPACTAÇÃO DE SOLOS
B
b
b 1. Introdução
6
b A utilização de solos como material de construção pressupõe a sua densif~cação
b
através de compactação. Entende-se por compactaçáo de um solo o processo manual
B
ou mecânico que visa reduzir o volume de seus vazios através da expulsão de ar,
aumentando, assim, o seu peso específico e melhorando as suas propriedades .como
resistência, permeabilidade e compressibilidade

A técnica de compactação de solos é relativamente recente e vem evoluindo muito


através da evolução tecnológica dos equipamentos de compactação no campo, através
u de rolos compactadores pesados, com ações estáticas e dinâmicas.
b
b
. 2. Curvas de compactação
b
b Quando se realiza a compactação de um solo, em laboratório, sob diferentes
I) condições de umidade e para uma determinada energia de compactação, a curva de
L

variação dos pesos específicos secos Y,, em função da umidade h , tem o aspecto

indicado na Figura 1
b

Fiq 1 Curva de compactaçáo

Esta curva nos mostra que há um determinado ponto para qual Y, é máximo. O
eor de umidade correspondente a este ponto de peso específico aparente máximo é
!
I jenominada umidade ófima - hOf Para cada solo, sob uma dada energia de compactação,
8 101
h
b
Y
CURSO DE TECNOL.OGI.4 DE SOLOS - I U X

existem, então, um hOt e um Y.,,.,. Esse comportamento pode ser explicado

considerando-se que a medida em que cresce o teor de umidade o solo torna-se mais

trabalhável, resultando em Ys maiores e teores de ar menores. Como, porém, não é

possível expulsar todo o ar existente nos vazios do solo, a curva de compactação não
poderá nunca alcançar a curva de saturação (curva de Va, = O), justificando-se, assim, o

ramo decrescente a partir de Y,,,.,. A equação da curva de saturação pode ser

estabelecida sabendo-se que

Estando o solo saturado (S = I)


tem-se
e = h.6

donde

ou, em termos de y,

Esta equação - para 6 e y, constantes - representa uma hipérbole equilátera, que é

justamente a curva de saturação, limitando, pois, uma zona onde se situam todas as
curvas de compactação. Assim, o teor de umidade necessário para saturar um solo é
dado por
CURSO DE TECNOLOGIADE SOLOS - IW,lnNER

A Figura 2 mostra curvas de isosaturação para diversos valores de grau de


saturação e a posição relativa das curvas de compactação para energias variáveis.
II

I b

h
Fig 2 Curvas de isosaturação e curvas de compactação correspondentes

3. Ensaios de com~actacão

n Originalmente proposto por Proctor, em 1933, o ensaio de


compactação hoje em dia é conhecido como ensaio normal de
Proctor (ou AASHO Sfandard), consistindo em se compactar uma
amostra dentro de um recipiente cilíndrico, com aproximadamente
1.O00 crn3, mostrado na Figura 3, em 3 camadas sucessivas, sob a
ação de 25 golpes de um soquete pesando 2.5 kg, caindo de 30.5
cm de altura. O ensaio é repetido para diferentes teores de umidade,
determinando-se, para cada um deles, o peso específico aparente
Com os valores obtidos, traça-se a curva ys x teor de umidade,
1
nt
CJLINORO 1 i1 obtendo-se, como já visto, o ponto correspondente a h,t e )'s,max.

*
j
I I 1 Para o traçado da curva é conveniente a determinação de, pelo
menos, cinco pontos, de forma a que dois deles se encontrem no
Fig 3 Equipamento ramo ascendente (zona seca), um próximo a umidade ótima e os
Proctor
outros dois no ramo descendente da curva (zona úmida).
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMEIDPIXR

A energia de compactação desse ensaio é de aproximadamente 5.7 kg.cm/cm3,


calculada pela expressão

onde
E = energia específica de compactação, por unidade de volume
P = peso do soquete (kg)
h = altura de queda do soquete (cm)
N = número de golpes por camada
n = número de camadas
V = volume do solo compactado (cm3)

Atualmente, tendo em vista o maior peso e eficiência dos equipamentos de


compactação, tornou-se necessário alterar as condições do ensaio para manter a
indispensável correlação com o esforço de compactaçáo obtido no campo. Surgiram,
assim, o ensaio intermediário e o modificado de Proctor (ou AASHO intermediário e
modificado), com energias de compactação de 12.8 e 27.1 kg.cmlcm3, respectivamente.

Na prática rodoviária é comum utilizar-se, nos ensaios de compactação, o mesmo


molde metálico e o soquete utilizados no ensaio CBR (índice de Suporte Califórn~a),
modificando-se o número de golpes e o número de camadas para a obtenção das
mesmas energias previstas no ensaio Proctor. A comparação entre esses ensaios está
mostrada no Quadro 1
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOIOS - IME/DNF,R

QUADRO 1. Comparação entre os diversos ensaios de compactação


! i - . ..~.:-c \. , C c,' ,.;
. :. ,...,,-
, ;:<";
,
~

. ~

NORMAL 15.2 12.2 4.5 45.7 15.1 6.35 12 5 2.084 5.9


AASHO
INTERM 26 12.8
AASHO
MODIFIC r,
55 27.1

Evidentemente, aumentando-se a energia de cornpactação obter-se-ão valores


diferentes para h,t e y,,,. Como se verifica pela Figura 4, ao crescer o esforço de

compactaçáo o ys,maxaumenta e a hOtdecresce ligeiramente.

I
Fi.12-3 h

Fig 4 Variação de y, e hofcom o aumento da energia de compacpção

Esse fenômeno pode ser explicado pelo fato de que quanto maior for o esforço de
cornpactação tanto mais próximos uns dos outros se poderá forçar os grãos dos solos a
ficarem. Porém, com pequenas umidades aparecerá um atrito grão-a-grão que dificultará
o esforço de compactação, impedindo o seu entrosamento completo, de forma a atingir

105
CURSO DE TECNOIOGIA DE SOLOS - IbEiDhTK

grandes densidades. É o que acontece no ramo esquerdo das curvas de compactaçáo. Í

I
Quando a umidade do solo for muito grande, esse estará quase saturado e os grãos como
que "boiando" em água, não oferecendo resistência a cornpactação, porém, as
densidades serão tanto mais baixas quanto maiores forem os teores de umidade, pois os
filmes de água em torno dos grãos crescerão de espessura a medida que as umidades
crescem. É o que acontece no ramo direito das curvas. No ponto correspondente a
umidade ótima a espessura do filme de água é próxima a estritamente necessária para
saturar os vazios correspondentes a máxima densidade possível de ser obtida com o
esforço de compactação empregado.

4. Fontes de erros no ensaio

Alguns fatores podem provocar erros na obtenção da curva de compactação em


laboratório, como, por exemplo:
I -
I
destorroamento incompleto do solo durante a preparação da amostra;
l - homogeneização deficiente da amostra após adição da água (absorção
i

incompleta e desuniforme da água pelo solo);


- reutilização do solo. Alguns solos são afetados pela recompactação,
principalmente alguns solos argilosos ou solos com concreções ferrujinosas
I
lateríticas, que apresentam aumento do peso especifico seco máximo e
I
diminuição do teor de umidade ótima;
- número insuficiente de pontos para definição adequada da curva de
compactação; I

- base inadequada para apoio do molde durante a compactação; I


I
- determinação incorreta do volume interno do molde;
I
- fatores humanos durante a compactação: distribuição desuniforme dos golpes I
iI sobre a superfície da camada, não verticalização do soquete, variações na I
I
I elevação do soquete, velocidade de aplicação dos golpes, não liberação total do I

soquete durante a queda;


I
- variação excessiva na espessura de cada camada;
- determinação do teor de umidade através de amostra não representativa, e
- calibração incorreta do soquete.
I
CURSO DE TECNOLOGIADE SOLOS - ME1DNF.R

5. Controle da compactação no campo

O controle da compactação de solos, no campo, deve ser feito através de dois


procedimentos:

* controle do teor de umidade, antes do início da compactação, de forma que o


solo seja compactado na umidade ótima, com uma tolerância máxima
especificada., Para esse controle, o método mais utilizado é do speedy pela sua
simplicidade e acurácia, e o
controle do peso específico aparente seco, após a compactação, através do
Grau d e Compacfação ( G, ) definido como a relação entre o peso específico
obtido no campo e o peso específico máximo seco obtido em laboratório:

0
Não sendo atingido o valor mínimo do grau de
compactação especificado, caberá a decisão de se
,,:!;:,':.'.!;,;>,
prosseguir na compactação ou de se revolver o material e .......
...... ..;
..\.
.............
><
...............
.,..I....
:<

de recompactá-10. O processo mais utilizado para a ..;:;e::


....
...:.,'.::,:r ,.,.: I ~ A S CJ
I.
.........
,;... " .......
\.:

determinação do peso específico aparente in sifu é o do ..r........,


., .,.;.

frasco de areia, mostrado na Figura 5. Neste método,


utiliza-se uma areia de peso específico aparente
conhecido, determinando-se o volume do orifício escavado
pela diferença de peso antes e após a abertura o registro b4
do frasco. Fig 5 Ensaio do frasco de areia
No caso da compactação de aterros é comum utilizar-se o método da família de
curvas d e cornpactação. Segundo esse método, para cada tipo de solo de uma
determinada ocorrência calculam-se curvas de cornpactação médias para uma

determinada energia, grupando-se as de mesmo ,,y, e calculando-se a média dos


teores de umidade. Com isso obtém-se as curvas exemplificadas na Figura 6.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IIiE/DI\ER

UMIDADE h -O/,

Fig 6 Família de curvas de compactação

Por esse método, determina-se no campo o teor de umidade compactado e seu


peso específico aparente seco, locando-se esse par de valores no gráfico das curvas. Por
interpelação entre as curvas da família, traça-se a curva de compactaçáo passando pelo

ponto assinalado, obtendo-se o e a h,( do solo compactado, e , portanto, o desvio da


umidade ótima e o grau de compactação Gc (%) correspondente.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IAIE/DM,R
l

i-c-
h (%) constante

3 6 9 12 15
NoPASSADAS

r REDUÇÁO D o s POROS DE AR I
vazios (poros)
gráas salidas

AV

b
-
PRESSÃO APLICADA (um')
CURSO DE TECNOT20GIADE SOLOS - lME/D\ER

CURVA DE LABORATÓRIO X CURVA DE CAMPO

A
H-. CURVAS DO ROLO
t ,
COMPACTADOR
" /'
,I( ,'r\I I '\\
I( ,' I \'\
I \ \

8
/ I
, Ir.,
vI, \,
\ \'\
CURVA DE LABORAT~RIO
I ,
(Energia E)
' I
,
,
Ni ,
,
NI
v. + b

hot (rolo) hot (lab) TEOR DE UMIDADE

INFLUÊNCIA DO REUSO DO MATERIAL

REUSO E CONSEQUENTE
AGREGACAO DE PART~cULAS

SEM REUSO

REUSO E CONSEQUENTE
QUEBRA DE GRAOS
CURSO DE TECNOLOGIADE SOLOS. I M E ~ N E R

VARIAÇÃO DA UMIDADE X ENERGIA DE COMPACTAÇÃO

F
3 6 9 12 15 NoPASSADAS

ENERGIA + No PASSADAS = 9
Ys

h2 h3 h4 h (%)
CURSO DE TECI\'OLOGIA DF SOLOS - 1h.ff.IDhER
b

I INFLUÊNCIA DO SECAMENTO PRÉVIO DO SOLO /

A A
C1 SECAGEM PREVIA
I'S YS C1 SECAGEM PRÉVIA

SI SECAGEM

$
7 hb
SI SECAGEM
7

h h
PONTE NOVA ILHA SOLTEIRA

Ys 1 C1 SECAGEM PRÉVIA
CURSO DE TECNOLOGIADE SOLOS - IhEiDNER

6. Anexos

Anexo 1 - Calibração de Densímetro.

Anexo 2 - Planilha para o Ensaio de Compactação - pg 01

Anexo 3 - DNER-ME 129194 - Solos - Compactação utilizando amostras não


trabalhadas - pg 01107.

Anexo 4 - DNER-ME 092194 - Solos - Determinação da massa específica


aparente "in-situ", com emprego do frasco de areia - pg 01105.
MINIST~RIOw EXERCITO
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE FORTIFICAÇAO E CONSTRUÇAO

COMPACTACAO DE SOLOS
BRPI: cLASslFlcAçAO:
ISTO: OPERADOR:
MOSTRA: DATA:
MT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM
Solo- determinação da massaespecífica aparente6'in situ", com emprego
do frasco d e areia
Norma rodoviária Método de Ensaio DNER-ME 092194
p. 01/05

Este documento, que é uma norma técnica, apresenta o procedimento para a determinação da massa
específica aparente do solo, "in situ", com emprego do frasco de areia, aplicado ao subleito e às d~versas
camadas do pavimento Prescreve a aparelhagem, as condições para a obtenção dos resultados e do grau de
compactação

ABSTRACT
This document presents the procedure for determination of the in-place density of soils by the sand-cone
method applied to subgrades and to various pavement layers It prescribes the apparatus and conditions for
obtaining result and of the compaction degree

o! SUMÁRIO
-c
U

o O Apresentação
Ov 1 Objetivo
[r

0 2 Referências
o
o 3 Aparelhagem
O
m
0 4 Ensaio
m
/5 CBlculos e Resultados
Anexo normativo

io DNER-PRO
Esta Norma decorreu da necessidade de se adaptar, quanto à forma, a DNER-ME 092164 à
101193, mantendo-se inalterável o seu conteúdo técnico.
'8
1 OBJETIVO

- I Este Método fixa o modo pelo qual se determina, por intermédio do frasco de areia, a massa especifica
aparente do solo, "in situ". Aplica-se ao subleito e as diversas camadas de solo do pavimento.

cnsaio, método de ensaio, ensaio de campo, areia


i
Ihli<rod.siritores DNER: ensaio, ensaio de campo, solo (estado natural) I1

Palavras-chave IRRDKPR: ensaio (6255), solo (4156), método de ensaio (6288), areia (4105)

I Descritores SINORTEC: normas, ensaio "in situ", massa especifica aparente


1
3 Aprovada pelo ConselhoExecutivo em 161041ó4 Autor DNERDrDTc (IPR)
Resolução no -1- Sessão no CAI -I- Adaptação da DNER-ME 092164 a DNER-PRO 101193
(Processo no 2010001 8765'64-4 I aprovada pela DrDTc em 25101!91.
DNER-ME 092194
p. 02/05

2 REFERÊNCIAS

2.1 Referências bibliográficas


No preparo desta Norma foram consultados os seguintes documentos
a) DNER-ME 092164, designada Determinação da massa especifica aparente do solo, "in situ", com
emprego do frasco de areia;
b) ASTM D 1556-74 - Test for density of soil in piace by the sand-cone method

I3 APARELHAGEM

A aparelhagem necessária é a seguinte:


o
1 a) frasco de vidro, metálico ou de plástico, com 3.5 litros de capacidade. dotado de gargalo rosqueado e

/
a: funil provido de registro e de rosca para se atarraxar ao frasco, de acordo com a Figura em anexo,
X
O
b) bandejaquadradadealuminiocom cercade3Ocm delado, com bordas de2,5 cm de altura, com orifico
circular no centro, dotado de rebaixo para apoio do funil referido no item anterior, de acordo com a

d) balança com capacidade de 10 kg, sensível a 1 g;


2m
TI
- e) talhadeira de aço com 30 cm de comprimento;

E I0 martelo de i t g ;

'U.
1 g) recipiente que permita guardar amostra sem perda de umidade, antes de sua pesagem;

9:8 h) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 "C e 110 "C, ou instrumental que permita a
determinação da umidade segundo as normas D E R - h f E 052194 e D E R - M E 088194;
a
I i) balança com a capacidade de I kg, senrivel a O, I g;
I j) areia (fração compreendida entre 0,8 mm e 0,6 mm) lavada, seca e de massa especifica aparente,
determinada tonforme o item 4.2.
I
4 ENSAIO

I
4.1 Determinação do peso da areia correspondente ao volume do funil edo rebaixo do orificio na bandeja:
I
a) monta-se o conjunto frasco + funil, estando o frasco cheio de areia, e pesa-se (PI);
b) instala-se o conjunto frasco + funil sobre a bandeja citada em 3.b e esta sobre uma superfície plana;
I
abre-seo registro, deixando aareiaescoar livremente até cessar0 seu movimento no interior do frasco;
fecha-se o registro, retira-se o conjunto frasco + funil, e pesa-se o conjunto frasco + funil, estando o
frasco com a areia restante (PZ);
c) o peso da areia deslocada, que encheu o volume do funil e do rebaixo do orificio da bandqia, será:
4.2 Determinação da massa especifica aparente da areia, 1,:
I a) monta-se o conjunto frasco +funil, estando o frasco cheio de areia, e pesa-se (P4);

b) coloca-se o conjunto frasco + funil sobre a bandeja e esta sobre a borda de um cilindro, com volume
Vconhecido, tendo 10 a 15 cm dealturae diâmetro igual oumenordo queoorificio circular da bandeja;
abre-seo registro, deixando a areia escoar livremente até cessar o seu movimento no interior do frasco
efecha-seo registro; retira-se0 conjunto frasco+ funil, estando0 frasco com a areia restante, pesando-
; )0, @
'
c) o peso da areia que encheu o cilindro será:
P 6 = P 4 - P 5 - P3

--
m
c
o onde

I P3 - é O valor obtido conforme o item 3;


O
iz
D
1 d) amassa especifica aparente da areia seri:

m3
u onde:
m
3
D
Pa- massa específica aparente da areia (g/cm3);
m
2 P6 -valor obtido na alinea c (g);
.e
L
m
P V -volume do cilindro (cm3).
O
tm
c-
3
4.3 Determinação da massa específica aparente do solo, "in situ"
t?
a: a) limpa-se a superficie do solo onde será feita a determinação, tornando-a, tanto quanto possível plana
e horizontal;
b) coloca-se a bandeja nessa superficie e faz-se uma cavidade cilíndrica no solo, limitada pelo orifício
central da baiideja e com profundidade de Leria 3p 15 cm,
I C) recolhe-se na bandeja o solo extraído da cavidade, pesando-o (Ph);
d) tomam-se, imediatamente, cerca de 100 g deste solo e determina-se a umidade (h) pelo processo da
estufa, do "Speedy" ou do álcool;
I e) pesa-se o conjunto fra.?.cn + funil, atando o frasco cheio de areia (Pb;
f) instala-seoconjunto frasco+funil, demodoqueo funil fiqueapoiadonorebaixodoorifício dabandeja.
Abre-seo registrodo frasco, deixando aareiaescoar livremente atécessaro seu movimentono interior
do frasco. Fecha-se o registro, retira-se o conjunto frasco + funil, pesando o conjunto com a areia que
nele restar (P8).

-.
DNER-ME 092194
p. 04/05
15 CÁLCULOS E RESULTADOS

-
5.1 Peso da areia deslocada (Pg) determina-se pela diferença.

5 2 Peso da areia que enche a cavidade no solo (PIO)-determina-se pela diferença entre o peso da areia
deslocada (Pg) e o peso da areia determinado conforme o item 4 1 (P3)

5 . 3 Massa especifica aparente do solo úmido "in situ" (ph)obtém-se pela fórmula:

5 4 Massa especifica aparenie do solo seco, "in sim" ( p )obiLm-se pela fórmula:
C] I

5.5 Grau de compactação - Obtém-se pela fórmula.

onde:
- massa especifica aparente do solo seco, "in situ";
p.S1-massa especifica aparente do solo seco, obtida em laboratório, de acordo com o método exigido para
a obra.
-w-
BAXETA DE
BORRACHA
,

--

2,s

CORTE U

FIBURA - F R A S C O DE VIDRO E B A N D E J A
I
I
I
-4 t -
Solos compactaçáo ablizando amostras náo trabalhadas
Norma rodoviária Método de Ensaio DNER-ME 129194
I p. 01107
\

I RESUMO
1 Estedocumento, que éumanorma técnica, estabeleceummétodo para determinar a correlação entre o teor
i deumidade e a massa especifica aparente do solo seco, quando a fração do solo que passa pela peneira de
19 mm é compactada nas energias de compactação normal, intermediária e modificada, usando amostras
não trabalhadas.
ABSTRACT
This document presents the procedure for detennining the relationship between the moisture content and
density of soil material passing a 19 mm siwe, when compacted on the normal, intermediate and modified
energies and when using undisturbed samples. It describes the apparatus and the required calculations.

SUMARIO
.
al
O Apresentação
+
1 Objetivo
O
K 2 Referências
Lu
z
a 3 Aparelhagem
O

Y
.
24
O
Preparação da amostra
5 Execução do ensaio
a
0-
m 6 Energias de compactação
O
M
0 7 Cálculos
m
3 8 Resultados
E
g Anexo normativo
O
'23.
O
Pa o APRESENTAÇÁO
al
Esta Norma decorreu da necessidade de se adaptar, quanto a forma, a DNER-ME 129189 i
DNER-PRO 101193, mantendo-se inalterável o seu conteúdo técnico.

Ilacrueiser'tores MT: ensaio, ensaio de solo, ensaio em laboratório


I
Microdescritores DNER: compactação, ensaio, ensaio de compactação, ensaio de laboratório, ensaio de
solo

I Palavras-chave IRRDIIPR compactação (3686), ensaio (6255), método de ensaio (6288), solo (4156)

Descritores SLNORTEC: normas, ensaio de compactação do solo, ensaio do solo

Aprovada pelo Conselho de Administração em 21/07/89 Autor : DNEROrDTc (PR)


Resolução ti- 1680/89, Sessão no CAI 27/89 Adaptação da DNER-ME 129189 a DNER-PRO 101193,
Processo no 51 100000896/94-6 aprovada pela DrDTc em 05/04/94,
DNER-ME129194
p. 02107

:sta Norma fixa um método de determinação da correlação entre o teor de umidade de solo e sua massa
specífica aparente seca, quando a fração de solo quepassa na peneira de 19 mm é compactadanas energias
ormal, intermediária e modificada, utilizando amostras não trabalhadas.

.I Referências bibliográficas

[opreparo desta Norma foram consultados os seguintes documentos:

a) DNER-ME 129189, designada Compactaçâo de solos;


b) DNER-ME 047164, designada Compactação de solos - método A;
c) DNER-ME 048164, designada Compactação de solos - método B;

d) ABNT MB-33, de 1984, registrada no SINMETRO como NBR-7182, designada Solo ensaio de -
compactação;
e) AASHTO T 180-86, designada Moisture - density relations of soils using a 10 Ib (4,54 kg) rammer
andan 18indrop.;

f ) ASTM D 1557-78, designada Moisture - density relations of soils and soil-aggregate mixtures using
10 lb (4,54 Kg) rammer and 18 in (45,7 cm) drop.

L aparelhagem necessária é a seguinte:


a) molde cilíndrico metálico de 15,24 cm i 0,05 cm de diâmetro interno e 17,78 cm i 0,02 cm de altura,
com entalhe superior externo em meia espessura; cilindro complementar com 6,08 cm de altura e com
o mesmo diâmetro do molde, com entalhe inferior interno em meia espessura ena altura de 1 cm; base
metálica com dispositivo de fixação ao molde cilíndrico e ao cilindro complementar, tudo conforme
aFigura 1 em anexo. Omolde cilíndrico e o complementar devem ser constituídos do mesmo material;
b) disco espaçador metálico de 15,OO cm i 0,05 cm de diâmetro e de altura igual a 6,35 cm *0,02 cm,
conforme Figura 2 em anexo;
c) soqueie metálico cilíndrico, de face interior plana de diâmetro igual a 5,08 cm i 0,01 cm, massa de
4,536 k g i 0,01 kg, e com a altura de queda igual a 45,72 cm i 0,15 cm, conforme Figura 3 em anexo.
A camisa cilíndrica do soquete deve possuir pelo menos 4 (quatro) oriíicios de 1 cm de diâmetro, em
cada extremidade, separados entre si de 90 " e aproximadamente a 20 cm das extremidades.
Instrumental mecanizado para desempenho das mesmas funções pode ser usado, devendo para esse
fim ser sempre ajustada a altura de queda do soquete, por meio de dispositivo reguiador próprio, para
aplicação dos golpes,

d) extrator de amostra do molde cilíndrico, para funcionamento por meio de macaco hidráulico, com
movimento alternativo de uma alavanca;
e) balança com capacidade de 20 lig. com sensibilidade de 1 g ;

f ) balança com capacidade de 1 kg. com sensibilidade de 0,1 g;


g) e&a capaz de manter a temperatura a 110 "C i 5 'C;

h) almafariz e mão de gral recoberta de borracha, com capacidade para 5 kg de solo;


1
)
I
1
i) régua de aço biselada, rija, de cerca de 30 cm de comprimento;
j) repartidor de amostras de 5,O cm de abertura;
)
1) cápsulas de alumínio com tampa, ou de outro matenal adequado, capazdeimpedir aperda deumidade
1 durante a pesagem;
m) peneiras de 50 mm, 19 mm e 4,8 mm, conforme ABNT EB-22, de 1988, registrada no SIMMETRO
I como NBR-5734, designada Peneiras para ensaio;

1
/ n) proveta pyaduada, com capacidade para 1 000 ml;
1 1 o) papel de filtro circular com 15 cm de diâmetro;
1
' m
w
C
p) acessórios, tais como bandeja, espátula, coiber de pedreiro, etc. Dispositivo mecânico, capaz de
realizar a mistura do solo para cada acréscimo de umidade, pode ser usado.
'L
'i 2
4 PREPARAÇÁO DA AMOSTRA

4.1 A amostra de solo como recebida é seca ao ar, destorroada no almofariz pela mão de gral,
)o homogeneizada ereduzida com o auxilio do repartidor de amostras ou por quaneamento, até se obter uma
1% amostra representativa de aproximadamente 6 kgpara solos siltosos ou argilosos, e aproximadamente 7 kg
,,Ppara solos arenosos ou pedregulhosos. A secagem também pode ser realizada por aparelhagem de secagem,
desde que a temperatura não exceda de 60 "C.
0)

'3 peneira,
4.2 A amostra representativa é passada, a seguir, na peneira de 19 mm; havendo material retido nesta
é procedida a substituição do mesmo por igual quantidade em peso do material passando na de 19
)gE mm e retido na de 4,8 mm, obtida de amostra representativa conforme 4.1.
Sj
P
),$ 4.3 Repetem-se as operações referidas nos itens 4.1 e 4.2 tantasvezes quantos corpos-de-prova tiverem
de ser mcldados, geralmente cinco.
b,"
rPar
Nota: A operação descrita no item 4.2 é realizada após eliminação prévia de agregado retido na peneira
de 50 mm, caso exista.
b

1 5.1 Fixar o molde a base metálica, ajustar o cilindro complementar e apoiar o conjunto em base plana,
resistente efirme, tal como a deum cilindro ou cubo de concreto pesando não menos que 90 kg. Compactar
omaterialno molde com o disco espaçador, como f h d o falso, em cinco camadasiguais, deforma a se obter
ia altura total do corpo-de-prova de cerca de 12,5 cm, após compactação

.
Aplicar em cada camada golpescom o soquete caindo de45,72 cm, distribuídosuniformemente sobre
) a superíiciedacamada. Por ocasião da compactação deve ser assente,previamente, sobre o disco espaçador,
um papel de filtro circular de 15 cm de diâmetro.
b
b
5.3 Remover o cilindro complementar, tomando-se o cuidado de destacar com a espátula o matenal a ele
aderente. Com a régua de aço biselada rasar o excesso de matenal na altura exata do molde e determinar,

,
I com aproximação de 1 & a massa do material úmido compactado mais a do molde; por dedução da massa

9
do molde, determinar a massa do material ~ m i d ocompactado, P'h.
DNER-ME 129194 1

I
' 5.4 Remover, com o exwator de amostra, o corpo-de-prova do molde cilíndrico e retirar de sua parte
central duasamostrasrepresentativasde cerca de250 g cadauma para determinação daumidade Pesarestas
I amostras e secar em estufa numa temperatura de 1 I O "C i 5 "C, até constância de massa Fazer as pesagens
\
com a aproximação de 0,01 g e tomar a média como a umidade representativa do corpo-de-prova
compactado.
I

I
5.5 Repetem-se as operações referidas nos itens 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4, para teores crescentes de umidade,
utilizando amostras de solo não trabalhadas, tantas vezes quantas necessárias para caracterizar a c w a de
I compactação do material, n o mínimo, cinco vezes.
l

I
6 ENERGLAS DE CORIPACTAÇÁO
I
m
"- 6.1 Método A - Normal
I

l o
, $ Realizar todas as operações indicadas nos Capítuios 4 e 5, sendo que, para o especificado no item 5.2,
O
referente a número de golpes, aplicar 12 golpes por camada.
1z5
n
o 6.2 Método B - Intermediária
1

'O
u
{m Realizar todas as operações indicadas nos Capítulos 4 e 5, sendo que, para o especiíicado no item 5.2,
referente a número de golpes, aplicar 26 golpes por camada.
2
u

6.3 Método C - Modificada

'rmE Realizar todas as operações indicadas nos Capítulos 4 e 5, sendo que, para o especiíicado no item 5.2,
referente a número de golpes, aplicar 55 golpes por camada.
m
P
o
ta
5 %
7 CÂLCULOS
u
12
a
7.1 Umidade
Apartir da fasedo ensaio descrito em 5.4, calcular os teores de umidade (h) referentes a cada compactação,
pela fórmula:

I
onde:
i \ h - t e o r de umidade em percentagem;
-massa da amostra úmida. como obtida em 5.4;

I Ps -massa da amostra seca em estufa na temperatura de 110 "C i 5 "C, até constância de peso
I
) 7.2 Massa cspccífica aparciilc do solo seco çoiiipaci;ido
CI.

'/
1
a) caicdar primeiramente a massa específica aparente do solo úmido, após cada compactação, pela
f6mda:
DNER-ME 129194
p. 05/07

onde:
Yh - massa específica aparente do solo úmido, em g/cm3 ;
P' h - massa do solo úmido compactado, obtida como indicado em 5.3, em g ;
V - volume do solo compactado, em cm3 (capacidade do molde).

b) determinar, a seguir, a massa específica aparente do solo seco, após cada compactação, pela fórmula:

-
m
+ Ys=Yhx-
1 O0

100+ h
E
a: onde:
W
Y, - massa específica aparente do solo seco, em g/cm3 ;
O
O
%
Yh - massa específica aparente do solo úmido, em g/cm3 ;
.e
-
U
m
3
h - teor de umidade do solo compactado, obtido como indicado em 7.1
0-

'I
$ 8
-
'0
R(
0
RESULTADOS I
.?z
Ea> 8.1 C w a de compactação
P
o A curva de compactação e desenhada marcando-se, em ordenadas, as massas especificas aparentes do solo
9 seco Ys e, em abscissas, os teores de umidade correspondentes, h.
1m

Ba
m
a: 8.2 Massa específica aparente máxima do solo seco
Este valor é determinado pela ordenada máxima da curva de compactação,

/ 8.3 Umidade 6tima


I
Valorria abscissa correspondente, na curva de compactação, ao ponto damassa específica aparentemáxima
do solo seco.

i Anexo 1
-- -

ANEXO N O R Y A T I V O - FIBURAS DNER - ME 129/94

p. 0 8 / 0 7

VISTA SUPERIOR

ORlfl'Ci0 O € 0.32 NO
PRATO DE BASE

I
I

I
I

t
I
1
b
UMIDADE DE NEMDA CENT~METRO( s m l
I
b FIOURA I - M O L D E C I L ~ N D R I C O , CILINDRO COMPLEMENTAR E BASE Y E T ~ L ~ C ~

1
1
b
1
B -.
b
B
b
-
t0,01
CORTE

F I O U R A 2 -DISCO ESPAÇADOR FIOURA 3 - SOOUETE


MT - DEPARTAMENTO NACIONAL D E ESTRADAS D E RODAGEM
)Y
12
-
Solos ensaio d e compactação utilizando amostras trabalhadas
I
I Norma rodoviária Método d e Ensaio DNER-ME 162194
1 p. 01107
I

I Este documento, que éuma norma técnica, estabeleceum método para determinar a correlação entre o teor
I de umidade e a massa específica do solo seco, quando a fiação do solo que passa pela peneira de 19 mm
e compactada com energias de compactação diferentes, usando amostras trabalhadas
I

1
I
ABSTRACT
I This document presents the procedure for determining the relationship between the moisture content and
I density of soil material passing a 19 mni sieve, when compacted on thenormal. intermediate and modífied
energies, and when using disturbed samples. It describes tlie apparatus and the required calculations.
I

I
m sUMÁRIO
' C
o
I õ
C
O Apresentação

3 Aparelhagem

4 Preparação da amostra
5 Execução do ensaio
6 Energias de compactação

7 Cálculos
8 Resultados

I Esta Norma decorreu da necessidade d e se adaptar, quanto a forma, a DNER-ME 162185 a


I DNER-PRO 101193, mantendo-se inalterável o seu conteúdo técnico.
I

I
Macrodescritores MT: ensaio. ensaio emlaboratóno. e n s a i ~de soin,;ivimentação, camadado pavimento
1/
I ~ i c r o d e s c r i t o r e sDNER: compactação, ensaio. ensaio de compactação, ensaio de solo, grau de
I
compactação, teor de umidade
I

I Palavras-chave IRRDIIPR: compactação (3686), solo (4156). teor de umidade (5920), granulometna
I
(6200), ensaio (6255). normahação (9075), método de ensaio (6288)
I
I
I
Descritorcs SINORTEC: nomias. ensaio dc compactação do solo. ensaio do solo, granulometna
I
Aprovada pelo Conselho de Administraçào em 23110185 Autor : DNERIDrDTc (PR)
I
Resolução-no + , Sessão no CAI 036185 Adaptação da DNER-ME 162185 a DNER-PRO 101193,
I
I Processo no 51 100000898/94-9
* dado nâo disponivel
1 aprovada p i a DrDic eni 05104194.
-
I I
DNER-ME 162194
p. 02/07

I Esta Norma í h a o método de determinação de correlação entre o teor de umidade de solo e sua massa
especifica aparente seca, quando a fração de solo que passa na peneira de 19 mm é compactada utilizando
amostras trabalhadas.

2.1 Referência bibliográfica


I
No preparo desta Norma foram consultados os seguintes documentos:
a) DNER-ME 162185, designada Compactação de solos para materiais que passam na peneira de 19 mm
nas energias de compactação normal, intermediária e modificada, utilizando amostras trabalhadas;
b) DNER-ME 047164, designada Compactação de solos - método A;
c) DNER-ME 048164, designada Compactação de solos método B; -
d) ABNT MB-33, de 1984, registrada no SINIETRO como NBR-7182, designada Solo - ensaio de
compactação;
e) AASHTO T 180-86, designada Moishue - density relations of soils using a 10 lb ( 4 3 4 kg) rammer
and an 18 in drop;

-
f) ASTM D 1557-78, designada Moisture density relations of soils and soil-aggregate mixhires using
10 Ib (4,54 kg) rammer and 18 in (45,7 cm) drop.

, $13 APARELHAGEM
A aparelhagem necessária é a seguinte:
*
a) molde cilíndrico metálico de 15,24 0,05 cm de diámetro intemo e 17,78 i 0,02 cm de altura, com
entalhe superior externo em meia espessura; cilindro complementar com 6,08 cm de altura e com o
mesmo diámetro do molde, com entalhe inferior interno em meia espessura e na altura de 1 crn; base
metálica com dispositivo de íixação ao molde cilíndrico e ao cilindro complementar, tudo conforme
aFigura 1 em anexo. O molde cilindrico e o complementar devem ser constituidos do mesmo material;

1 b) disco espaçador metálico de 15,OOi 0,05 cm de diâmetro e de altura igual a 6,35 i 0,02 cm, conforme
Figura 2 em anexo;
I
I c) soquete metálico cilíndrico, de face inferior plana, de diâmetro igual a 5,08 i 0,01 cm, pesando 4,536
* 0,01 kg, e com a altura de queda igual a 45,72 i 0,15 cm, conforme Figura 3 em anexo. A camisa
cilíndrica do soquete deve possuir pelo menos 4 (quatro) odicios de 1 cm de diâmetro, em cada
I exTremidade, separados entre si de 90" aproximadamente a 20 cm das ex~remidades.Instrumental
1 mecanizado para desempenho das mesmas funçõespode ser usado, devendo para esse .6m ser sempre
ajustada a altura de queda do soquete, por meio de disposit~oregdador próprio, para aplicação dos
b golpes;
b
d) extrator de amostra do molde cilindrico, para funcionamento por meio de macaco hidráulico. com
b movimento alternativo de uma alavanca;
b
1 e) balança com capacidade de 20 kg, sensivel a 1 g;
1
I
f) balança com capacidade de 1 kg, sensível a 0,l g;
. I
DNER-ME 162194
p. 03/07

I g) estufa capaz de manter a temperatura a 110 "C * 5 OC; I


I

I i)
h) almofariz e mão de gral recoberta de borracha, com a capacidade de 5 kg de solo;
I'
régua de aço biselada, rija, de cerca de 30 cm de comprimento;
I
j) repartidor de amostras de 5,O cm de abertura;
1) cápsula de alumhio com tampa, ou de outro material adequado, capaz de impedir a perda de umidade
I
durante a pesagem;
m) peneiras de 50 mm, 19 mm e 4,8 mm, conforme ABNT EB-22, de 1988, rcgistrada no SMMETRO
como NBR-5734, desipiada Peneiras para ensaio;
8 I n) proveta graduada, com capacidade dc 1 000 1111; I
o) papel de íiitro circular com 15 cm de diâmetro;
O
, p) acessórios, tais como bandeja, espátula, colher de pedreiro, etc. Dispositivo mecânico, capaz de
O realizar a mistura do solo para cada acréscimo de umidade, pode ser usado.
i u

O
4.1 A amostra como recebida é seca ao ar, destorroada no almofariz pela mão de gral, homogeneizada
I
5
e reduzida com o auxilio do repartidor de amostras ou por quarteamento, até se obter uma amostra
representativa d e aproximadamente 6 kg, para solos siltosos ou argilosos e aproximadamente 7 kg, para
1 2 solos arenosos ou pedreguihosos. A secagem também pode ser realizada por aparelhagem de secagem,
u desde que a temperatura não exceda de 60 "C.
o .Y
I -
F

,
L

4.2 A amostra representativa é passada, a seguir, na peneira de 19 mm; havendo material retido
o nestapeneira, éprocedida a substituição do mesmo por igual quantidade em peso do material passando
1
' La
- na de 19 mm e retido na de 4,3 mm, obtida de amostras representativa conforme 4.1.
'$
u

Nota: A operação descrita no item 4.2 é realizada após eliminação prévia de agregado retido na peneira
'i? de 50 mm, caso exista.
1
' 5 EXECUÇÁO DO ENSAIO
1
b
' 5.1 Fixar o molde a base metálica, ajustar o cilindro complementar e apoiar o conjunto em base plana,
resistente e fume, tal como a d e u m cilindro ou cubo de concreto pesando não rnenos que 90 kg. Compactar
omaterialno molde com o disco espaçador, como fundo falso, em cinco camadas iguais, de forma a se obter
,
b

b
uma altura total do corpo-de-prova de cerca de 12,5 cm, após compactação.

Aplicar em cada camada golpes com o soquete caindo de 45,72 c q distribuidos uniformemente sobre a
superfície da camada. Por ocasiâo da compactação deve ser assente, previamente, sobre o disco espaçador,
' um papel de f l t r o circular de 15 cm de diãmetro.

'
b

h
5.2 Remover o cilindro complementar. tomando-se o cuidado de destacar com a espátula o material a ele
aderente. Com a régua de aço biselada rasar o excesso de material na altura exata do molde e determinar,
com aproximação de 1 g, o peso do material úmido compactado mais o molde; por dedução do peso do
)
molde, determinar o peso do material úmido compactado. P'h
DNER-ME 162194
p. 04/07
5.3 Remover, com o extrator de amostra, o corpo-de-prova do molde cilíndrico e retirar de sua parte
central duasamostrasrepresentat~asdecerca de250 gcadaumapara determinação da umidade. Pesar estas
amostras e secar em estufa numa temperatura de 110 "C i 5 "C, até constância de peso. Fazer as pesagens
com a aproximação de 0,l g, e tomar a média como a umidade representativa do corpo-de-prova
compactado.

5.4 Desmanchar inteiramente o material do corpo-de-prova, adicionar água nas percentagens de 1 a 2 por
cento e homogeneizar. Compactar essematerial de acordo com o item 5.1 eproceder as operações dos itens
5.2 e 5.3.

5.5 Repetir essas operações para teores crescentes de umidade, tantas vezes quantas necessárias para
caracterizar a curva de compactaçâo, no mínimo, cinco vezes.

-I
m 6 ENERGIAS DE COMPACTAÇÁO
C
O

16.1 Mbtodo A - Normal


-
L,

Realizar todas operações indicadas nos itens 4 e 5, sendo que, para o especificado no item 5.1, referente a
número de golpes, aplicar 12 golpes por camada.
o

O
-
6.2 Método B Intermediária
0)

Realizar todas operações indicadasnos itens 4 e 5, sendo que, para o especificado no item 5.1, referente a
numero de golpes, aplicar 26 golpes por camada.
2a>
u
ffi
2E 6.3 Método C - Mod6cada
Realizartodas operaçõesindicadasnos Capítulos4 e 5, sendo que,para o especificado no item 5.1, referente
o a número de golpes, aplicar 55 golpes por camada.
tffi
o.
3
0

7 . 1 Umidade
Apartir da fase do ensaio descrito em 5.3, calctilar osteores deumidade (h) referente a cada compactação,
pela formula:

1 onde:

I --h teor de umidade em percentagem;


/ p h peso da amostra úmida. como obtida em 5.3;

IpS - peso da amostra seca em estufa na temperatura de 110 "C i 5 "C, até constância de peso.
DNER-ME 162194
p. 05107
1 17.2 Massa especifica aparente do solo seco compactado
I a) calcular primeiramente a massa específica aparente do solo úmido, após cada compactação, pela .
I fórmula:

I
onde:

1 y,
I

l
- massa especifica aparente do solo Unido, em gicm3;
l
1 I P' -
I1
peso do solo úmido cornp;ictado, ohtido como indicado em 5.2. eni g;
I
V - volume do solo compactado, em cm3 (capacidade do molde).
I
1 -5
a,

'
1
E
8
b) determinar, a seguir. a massa especsca aparente do solo seco, após cada compactação, pela fórmula:

' s Ys=Yhx100
' oo 0
100+ h

I
x= onde: O
- m
1
w Ys- massa especifica aparente do solo seco. em gicm';
I

1 -
30 Y,- massa específica aparente do solo úmido, em g/cmT,
m
h - teor de umidade do solo compactado, obtido como indicado em 7.1
, E P
1 ,2 8 RESULTADOS

' "
' =
8.1 Curva de compactação

E desenhada a curva de compactação marcando-se, em ordenadas. as massas eçpecíficas aparentes do solo


b seco ySe, em abscissas, os teores de umidade correspondentes, h.
I

'
1
I 8.2 Massa especifica aparente máxima do solo seco

I ~ s t valor
e é determinado pela ordenada m á k a da cunra de compactação.
1
18.3 Umidade ótima
I E o valor da abscissa correspoiideiite. na c u n a de compactação. ao ponto da massa especifica aparente
B máxima do solo seco
b
b
t
b h / Anexo
I
1 -
b
VISTA SUPERIOR

ORIFÍCIO
DE 0.32 t i 0
PRATO DE B X i E

UNIDWE DE-MEDIDA: CENTI'WETW i c m l

FIGURA I - MOLDE C I L ~ N D R I C O . CILINDRO CONPLEMENTAR E BASE M E T ~ L I C A


VISTA -SUPERIOR
0 l 5 p O 2 0.05 I

CORTE
CORTE

FIGURA 2 - DISCO ESPAÇAOOR FIBURA 3 - SOOUETE


UNIDADE DE MEDIDA : CENTI'METRO 1-1
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IhE,QmR

~NDICEDE SUPORTE CALIFÓRNIA

1. Introdução

O ensaio CBR - índice de Suporte Califórnia - introduzido por Porter, em 1929,


foi desenvolvido especificamente para o dimensionamento de pavimentos rodoviários
flexíveis, sendo mais tarde adaptado pelo Corpo de Engenheiros para o projeto de
pavimentos de aeroportos, mantendo-se ainda hoje como o parâmetro de projeto mais
utilizado.
Por definição, CBR expressa a relação entre a resistência a penetração de um
cilindro padronizado numa amostra do solo compactado e a resistência do mesmo
cilindro em uma pedra britada padronizada. O ensaio permite, também, obter-se um
índice de expansão do solo durante o período de saturação por imersão do corpo-de-
prova.
Embora o ensaio seja mais frequentemente realizado com amostras moldadas em
laboratório, é possível sua realização em amostras indeformadas ou mesmo in situ.

I 2. Sequência do ensaio
I

Existem dois procedimentos para a realização do ensaio:


utilizando amostras não trabalhadas (DNER ME - 40-94)
utilizando amostra moldada na umidade ótima (DNER ME-50-94)

No primeiro caso, são moldados 5 (cinco) corpos-de-prova, com teores crescentes


de umidade, utilizando amostras de solo não trabalhadas, caracterizando a curva de
compactação na energia desejada (12, 26 ou 55 golpes por camada). Para cada corpo-
de-prova determina-se o índice de Suporte California correspondente. Para determinação
do CBR final traça-se a curva de compactação (peso específico secox teor de umidade)
e, na mesma folha, a curva de variação do CBR com o teor de umidade. O valor da
ordenada dessa curval correspondente a umidade ótima, fornece o índice de Suporte
California final da amostra.
CIRSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - I W A N E K

No segundo caso, utiliza-se apenas um corpo-de-prova moldado na umidade


ótima, determinada previamente num ensaio de compactação na energia desejada,
procedendo-se o ensaio com apenas essa amostra. Evidentemente esse procedimento é
mais simples, exigindo a mobilização de menor quantidade de equipamento, pessoal e
tempo.
O ensaio CBR consiste nas seguintes etapas:

moldagem do corpo-de-prova
imersão do corpo-de-prova
penetração do corpo-de-prova

2.1 Moldagem do corpo-de-prova

O ensaio é feito com amostra de solo passando na peneira de %', compactada


num molde cilíndrico de 15 cm de diâmetro e 17.5 cm de altura, provido de um colarinho
de extensão com 5 cm de altura. Durante a compactação, usa-se um disco maciço de aço
com 7.5 cm de altura como fundo falso deste cilindro. O corpo-de-prova é compactado na
mesma energia da utilizada no ensaio de compactação (12, 26 ou 55 golpes por
camada), estando antes a amostra umedecida na umidade ótima previamente
determinada.

2.2 Expansão do corpo-de-prova

A determinação da expansão do material, devida a absorção de água, é feita


colocando-se o corpo-de-prova previamente compactado, colocando-se sobre ele um
papel filtro e, acima deste, um disco perfurado munido de uma
A
haste ajustável, com uma sobrecarga de discos anelares de
peso 4.5 kg, equivalente ao peso do pavimento. A seguir
imerge-se o cilindro com a amostra compactada, junto com o
disco e a sobrecarga, dentro de um depósito cheio d'água.
durante 4 (quatro) dias. Sobre a haste coloca-se um
extensômetro (com sensibilidade de 0.01 mm) montado em
Fig I Imersão d o C.P. tripé, ajustando-se a leitura, conforme mostrado na Figura 1.
CURSO DE TECNOLOGIA DE SOLOS - IMTinT\!R

Fazem-se as leituras no extensômetro, a cada 24 horas, calculando-se a expansão do


material em relação a altura inicial do corpo-de-prova.

2.3 Penetração do corpo-de-prova

A medição da resistência a penetração é feita através do


puncionamento na face superior da amostra, de um pistão com
aproximadamente 5 cm de diâmetro, sob uma velocidade de
penetração de 1.25 mmlmin, utilizando-se a prensa mostrada na
Figura 2. A deformação é medida por meio de um defletômetro
fixo no pistão e apoiado no cilindro recipiente da amostra. As
cargas correspondentes são determinadas através das leituras
do rnicrõmetro (com sensibilidade de 0.001 mm) integrante do
anel dinamométrico que compõe o aparelho. Por meio destas
leituras e da curva de aferição do anel obtém-se as cargas
atuantes no pistão, as quais, divididas pela sua área, fornecerão
as pressões aplicadas a amostra. Traça-se a seguir a curva
-
pressão-penetração, a qual, se apresentar ponto de inflexão,
Fig 2 Prensa CBR
deverá ser corrigida. Para tal, traça-se uma tangente por esse ponto,

Fig 3 Correção da curva pressão penetração


CURSO DE F,CNOWGIA DE SOLOS - IMF.inNER

sendo sua interseção com o eixo das abcissas adotado como a nova origem, que se
deverá tomar para as penetrações A Figura 3 ilustra esse procedimento.
As pressões assim obtidas, expressas em porcentagens das "pressões padrões",
denominam-se índices de Suporte California - ISC (ou CBR), adotando-se como valor
final do CBR a maior das porcentagens obtidas para as penetrações de O.lXe0 . 2 .

3. Ensaio CBR in-situ

O ensaio CBR pode ser realizado no campo


utilizando-se um dispositivo que permita a penetraça0 do
pistão através de um macaco hidráulico reagindo contra
uma armação metálica com sobrecarga, como a carroceria
de um caminhão, por exemplo. A Figura 4. Ilustra a
realização desse ensaio.

Fig 4 Ensaio CBR in situ

4. Anexos

Anexo 1 - Planilha para o Ensaio do índice de Suporte Califórnia - pg 01102

Anexo 2 - DNER-ME 049194 - Solos - Determinação do Índice de Suporte


Califórnia utilizando amostras não trabalhadas - pg 01114.
MINISTERIO DO EXÉRCITO
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHANA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE FORTIFICAÇAO E CONSTRUÇAO

ENSAIO DO ~NDICEDE SUPORTE CALIFÓRNIA


I

OBRA: CLAsslFlCAÇAO:
VISTO: OPERADOR:
ILHOSTRA: DATA:

Método - ME 50-64 DNER

>

DatdHora Tempo Leitura Diferença Expansão


Decomdo(h) (mm) (mm) (%I -
DM)6/97 9 : m 103,w
07106197 9:m 24 55.03 -45.03 -3.95
081061979:W 48 55,W -45.03 3.95
m m 79 : m 72 55.03 -45,~ 3.95
1O m 7 9 : m 96 54.03 -16.03 -4.04
Peso do Moide+Solo+Agua Após Ernbebição (g) 9 484 Agua Absorvida (9) 28

Penetração Caiibrapo:Y=mX + A
m= 0.166 A= 0,553
Tempo Penetraçao Pressáo Padráo Leitura no Pressáo (Kglcm') I.S.C.
(rnin) (mm) I (Pi) (kg/crnz) Extensômetro Calculada Corrigida (%)

% de Umidade Após o Ensaio de Penetração


Cápsula Peso da Cápsula + Solo Cápsula Peso da Solo Umidade
Nr. Cápsula (g) + Agua (9) + Solo (g) Agua (g) Seco (g) (%)
No Topo 50 52.31 139.68 131.35 8.33 79.04 10.54
NOFundo 51 55.32 145.66 137.40 8.26 82,CE 10,ffi
UMIDADE MEDIA 10,30

Página 1
Página 2
-- -.-
-.
r n E A - I G TKACIOXAL
O DE ESTRADAS DE RODAGEM
Solos-determinacão d o índice deSuporteCalifórnia utilizando amostras
não t r a b a l h a d a s
Norma rodo\ iária bletodo d e Ensaio D S E R - M E 049194
p. 01114

I
Este docunientn. que é unia nornia técnica. deterniina o valor relativo do suporte de snlos. utiliz.arido-se
aniostras defoniiadariãn traballiadasde niaterial que passa na peneira de 19nitii. conesj)orideiite a uniidade
otinia e massa especifica aparente maxinia seca. obtidas lias c o n d i ~ ò e sque o Metodo estabelece
i
!This dociiiiierit of t e n is iiiteiided for deteniiiiiing the Califnmia beanng ratio of soils viieri tlie! are
;coiii~iactediii tlie lahnraton a i olitiir~unininisture coiiteiit to \.an.irig degreez of d c i i i t ) usiiig a 2.49 kg
liariinier dropped frorii a height of 3(fi nini Tlie test is usefiil for e\.aluating, subgrade aiid hare courses
; containing niatenalspassiiig the 19 nmi sie\.e. It presents requii enients concernmp apparatus. sanipliiig. and
iconditions for obtaining results.

.
A
SI~RIÁRIO
.-
C
O
o O Apresentaçâo
E

a 1 Objetivo
F
6 2 Referência
o
3 Aparelhageni

c-
3w 5 Ensaio
@

6 Calculos
0
.A<
7 Resiiltados
xo Anexo noniiati\o
?'!

N
o APRESE~TAÇÃO
c
i
; E s t a Nornia decorreu da necessidade d e se adaptar. q u a n t o a forma. a D N E R - M E 049174 a
i D N E R - P R O 1 O 1 ! 9 3 . m a n t e n d o - s e inalterável o seu c o n t e ú d o técnico.
--
l i l a c r o d e s c r i t o r e s RIT: nomia. ensaio em laboratório, niétodo de ensaio, ensaio de solo
i
rillcrodescritores DNER: ensaio, ensaio de laboratório. ensaio de solo, ensaio CBR
II -
I Pala\.ras-chave I R R D h P R : eiisaio(6255). metododeensaio(6288). solo(4 156). úidice califomia(CBR)
(3087). amostra (niatenal) ( 6 2 5 I )

Descritores SINORTE<': normas. aniostras. ensaio do solo

1 Aprovada pelo (.oiisellio 4diiiiii1strat,ioerii 24'02'75 i Autor DKER.DrDTc (IPR)


I Resalu~iari0 Scss5o 11" C%'7 ' 7 1 /
I

I
Ad3pta~hoda DNER-h1E 0-19'74 a DNER-PRO 10119?
Processo no 5 1 l00000R87194-7 / apro\.ada pela DrDTc eni 05104'94
dado não dtsporuvel
DNER-ME 049194
p. 02/14

1 Esta Norma fixa as condições para determinação do lndice de Suporte California de solos utilizando
I
amostras não trabalhadas
I

2 REFERÊNCIA

12 I Referência bibliográf,ca

N o preparo desta Nornia foi consultado o seguinte documento

DNER-hlE 049174. designada indice d e Suporte California de solos utilizando amostras não trabalhadas

A aparelhagem necessária e a seguinte


a) coniunto de hronze ou latão. constituído de molde cilindrico com 15,20 cm de diâmetro interno e 17,80
cri, d e altura. corii entalhe superior externo em meia espessura. cilindro coniplementar corn 5,00 cm de
iiltura. ciitii entaliic inferior intenioeni meia espessura. epratodebaseperfurado coni24.00ciii dediâmetro.
u)rii dispositi~.o para fixação do molde cilindrico antes referido (Figura 1 em anexo).

h ) disco e s p a ~ a d n rmaciço. de aço. coni I5,OO cm de diâmetro e 6.40 cni de altura (Figura 2 eni anexo).
a! :
c) soquete cilindrico de bronze ou latão. para compactação, face inferior plana. de altura de queda de
45.70 cm. com 4,50 kg de peso e 5.00 cm de diâmetro de face inferior (Anexo-Figura 3 ) -
0 11
n 1 d ) prato perfuiado de bronze ou latão. coni 14.90 cni de diâmetro e 0,50 cm d e espessura, com haste
o :
e '
central de hron7.e ou latin. a ~ i ~ ? t a ~ciinstituida
el. de unia parte fixa rosqueada e de uma caniisa
rosqueada inceiriamente e rrcartilliada externamente. coni a face superior plana para contato com o
i
aI estensômctro (Anexo-Figura 4).
o
:c
g e) tripé porta-extensômetro. de bronze ou latão. com dispositivo para fixação do extens6metro(Anexo-
-8L Figura 5 ) .
?b 1
a: 1) disco anelar de aço para sobrecarga, dividido dianietraln~enteem duas panes. com 2.27 kg de peso
total. coni diàriietro externo de 14.90 cni e diêmctro interno de 5.40 cni (Figura b e111anexo).

g) extens0nietro corn curso riiinimo de I 0 m m , graduado em 0.01 mm.

h) prensa para determinaqão d o indice d e suporte California (Anexo-Figura 3) composta de


I - quadro forriiado or b a ~ e travessa de ferro fundido e 4 (quatro) tirantes de aço. apresentando a
1 travessa uni e n t a k r inlerior para suspensão de um conlunto dinamoniitrico.

- macaco de engrenagem. de operação manual por nio\.imento giratório de uma manivela, com duas
velocidades. aconipanhado de um prato reforçado ajustavel aomacaco, com 24 cni de diâmetro. para
suportar o molde,

!i - conlunto dinanionietricci coni capacidade para 4 000 kg. serisivel a 2.5 k s . constituído por anel de
ac& corii diiiiensõe.; cortipati\eiç cnni a carga aiitiin apresentada. com dispositivo para se fixar ao
entalhe da tra\esTa. e\tensònietro graduado eii: t i n f t l nini. fixa ao centro do anel para niedir
encunanienic dtanietr,iis p i s t ã ~de
~ penetra~icj(f'iciira E em anexo). de aqo. coni 4.96 cni de
diiliietro e coni unia altura decerca de 19 cm. varia) elconforme as condtqoes de ensato. fixo apane
inferior do anel, e extensòmetrci graduado em O.0l mni. com curso maior que 12.70 mm. fih
1I lateralnientr ao pistão. de maneira que seu pino rc apoie na borda superior do molde
i) extrator de amostras do molde cilindrico. para funcionamento por meio de macaco hidraulico, com
mo\.imento alternati\.o de uma alavanca,

j) balde de chapa de ferro galvanizado com capacidade de cerca de 20 litros. com fundo de diâmetro
minimo de 25 cm,

I) papel de fitro circular de cerca de 15 crn de diâmetro,


I
m) balança com capacidade de 20 kg. sensível a 5 g
I

I
4 AMOSTRA

i4 1 .A aniostra rccebida sera seca ao ar. destorroada no alniofariz pela mão de gral. honlogeneizada e
reduzida. coni o auxilio do repanidor de aniostas ou por quaneamento. ate se obter uma amostra
I .-
a rcpreseiitativa de 6 000 g . para solos siitosos ou argilosos e 7 000 g. para os arenosos ou pedregulhosos
I
C
-
2
u ,
~
E '4 2 Passa-se esta amostra represenrati\.a na peneira de I9 mnl. havendo material retido nessa peneira,
procede-se a suhstituiqão do mesnio por igual quantidade eni peso do material passando na de I9 rnm e
5z retido na 4 , 8 rnm. obtido d e outra aniostra representativa conforme o item 4 1
n
O
8 4 3 Repete-se as operaçòes referidas nos itens 4 1 e 4 2 tantas vezes quantos corpos-de-prova tiverem de
2
U
ser moldados. geralmente cinco
- m
3
u
5 ENSAIO
um
m
2 5.1 Moldageni do corpo-de-prova
Em
al
o 15 I I
'C
Fixa-seo rrioIdeasuabascniet;llica. aiusta-seociIindrocomplementareapoia-seoconjuntoembase
y i plana e firiiie ('ciir~pact~i-se
o ri?ateri;il referido no Capitulo 4. com o disw espaçador especificado no item 3 b.
' u ~ r rfunclo
i ~ falso eiii cinco cariiadi~\iguais de í'vnria a se ter uma altura total de solo de cerca de 12.5 cm, após
k
O
Ia wriipactaçà~. Cada camada recebera I2 golpes do soquete (caso de materiais de subleito). 26 ou 56 golpes
a: !(caso de niateri;iiç de suh-base e base). caindo de 45.7 cm. distribuidos uniformemente sobre a superfície

Ida
1
15 1 2 Remove-se o cilindro complenientar. tendo-se antes o cuidado d e destacar. com o auxilio de uma
f a c a . o material a ele aderente Coni uma régua rigida biselada rasa-se o material na altura exala do molde
le deierniina-se. coni aproximaqão de 5 g. o peso do material iimido cornpactado, P '
h
1
! -
I5 1 3 Retira-se do material excedente da moldagern uma aniostra representativa de cerca de 100 g para
da uniidade Pesa-se esta aniostra e seca-se em estufa a 105 'C - I I 0 'C: ate constância de
a deterrnina~ãc>
peso. e fazem-se as pesagens com aproximação de O, I g

i5 1 4 Repeterii-se a\ operaçi~esdo? itens 5 1 1 . I 2 r 5 I ? para teores crescentes de uniidade. utilizando


ailir)\tra\ dc ri;ic1 trahal tiiida' tarii;i. 1 e i c s q u a n t s nccr\yai ias para caracterizar a curva de wnipactação
IEstes corpo.-di-prilia moldatios çerài! utilizado> no\ ensaio\ de expansão e penetração I
I
Procede-se ao calculo da niacsa especifica aparente do solo conforme descrito no Capitulo 6
D N E R - M E 049194
p. 04114
I
5 2 Expansão
I
I
I iTerminadaq as rnoldagens necessariai para caracterizar a curva de compactação. o disco espaçador decada
/corpo-de-prova sera retirado. os moldes invertidos e fixados nos respectivos pratos-base perfurados
I

Em cada c o r p o - d e - p r o ~ ano
, espaço dei\ado pelo disco espacador será colocada a haste de expansão com
os pesos anelares que equibaleni ao peso d o pavimento

I ~ s t asobrecarga não poderi ser menor do que 4,536 ky


I
Adapta-se. ainda. na haste de expansão. um extensômetro fixo ao tripé porta-extensônietro. colocado na
borda superior do cilindro, destinado a medir as espansoes ocorridas, que deverão ser anotadas de 24 em
I 24 horas, em porcentagens da altura inicial do corpo-de-prova Os corpos- de-prova deverão permanecer
I

I
.-
-
c
,
imersos em agua durante 4 (quatro) dias
" T e r n i i n a d ~i>
periodo de emhehiçào. cada nicilde cem o corpo-de-prova sera retirado da iniersão e deixada
,e$coar a a l u a durante 15 minuto:. pesaiido-se a seguir o ionlunto Findo esse tenipo. o corpo-de-prova
I Ii
C
estara preparado para a penetração

I
a
E Procede-se ao cilculo daexpansào e da igua absorvida durante a embebição, conforme descrito no Capitulo 6
Lu
I
Z

!-
.-2
0
O /
O ensaio de penetração é realizado eni uriia prensa conforme especificado no item 3 h
Para esse ensaio deverão ser colocadas no topo de cada corpo-de-prova, dentro do molde cilíndrico as
g
mesmas sobrecargas utilizadas no ensaio de expansão (ver item 5.2).
I %e
" Il.e\a-se esse coriiiinto ao prato da prensa e faz-se o assentaniento do pistão de penetração no solo atravks
$ ' d a aplicaqãr, tie i i i i i ; i carga d e a ~ i r i ~ \ i r i i i i d a i i i e r i t t4. . 5 k g controlada pelo deslocanierit~>
d(, ponteiro do
7C e ~ t e n s ó i i i e t i odii anel dinariioriieti i c o zerarii-se. a seguir. i) extens6nietro do anel dinaiiionietrico e o que

L n i e d e a peneiraqàci do pistão no solo Aciona-se a manivela da prensa (dispositivo micronietrico) com a


CL
velocidade de1 .?7 nirn!min ( 0.05 pol!min ) Cada leitura considerada no extensbmetro do anel e função de
'$ luma penetração do pistão no solo e de uni tempo especificado para o ensaio, conforme Tabela 1
1= 1 I
Tahela 1 - Leituras obtidas n o extensômetro d o anel e m f u n ç ã o d a penetração
d o pistão no solo e d o tenipo.
Leitura no
Tempo Penetração extensômetro do
anel
.-
I
min ~- ~~
PO~
~---d
mm mm

5
As leituras efetuadaq no eutens0metro do anel medem encunamentos diametrais provenientes da atuaçã(
B das cargas
v
P --
DNER-ME 049/94
p. OS114
h'o gráfico de aferição do anel tem-se a correspondência entre as leiruras lidas no extensôrnetro do anel e
'i as cargas atuantes
O caiculo do Indice d e Suporte C'alifornia (ISC) correspondente a cada corpo-de-praia sera calculado
conforme descrito no Capitulo 6

I
6 Cálculos
I

I I
I
O calculo da rnassa especifica aparente do solo seco conipactado de cada corpo-de-pro~amoldadc
descrito no Item 5 1 na umidade h, e feito como segue
I

I
6 1 1 Deterniina-seprimeiraniente a massa especifica aparenieúrnida $Ih), de cada corpo-de-prova, pela
I
formula

i1 ~ - ' ~
I
onde
I =
z
D
I O peso do solo úmido compactado. obtido como indicado eni 5 . 1 2, em g.
o
u
I

U
V - volume do solo úmido compactado, em cm 3
L e i
3
D

p 6 1 2 A s e l u i r se obteni a massa especifica aparente do solo seco compactado (C1 5 ) pela formula
I 2
I m 1 1 o0 7
em d c n i -
I
ps= phx -
100+ h
m
I n
o onde
ipc
I e
I 3
3
h .teor de iiiiiidade do solo compactado conio indicado eni 5 1 3. em percentcigeni

I
!Ph - peso do material Ymido.
I
I P S - peso do material seco
I
I
1
I
I I
b
b
I
I
I
DNER-ME 049194
p. 06/14

6 1.3 Ocalculo de expansão e d a água absonida (item 52)durante a embebiçãopara cada corpo-de-prova
será feito obedecendo a Tabela 2 abaixo:

T a b e l a 2 - C á l c u l o d a expansão e d a água absorvida

Data
1
!
i
i
I,
Hora
I

j
,
.

Tempo
-

.
Leituras no
Decorrido ex-tensôrnetro
rnin
I
! mm
i
Molde no

Diferença d e l e h a s
no extens6metro

~
mm
i
I
i
i
Expansão

O?'

Peso domoldeesolo úmido


após embebição, g
I
-- 1

Peso da água absonida. g i

As colunas apresentadas na Tabela 2 indicam:


U
L- 0

1
Z Coluna 1 - data do início d o ensaio,
m
'e 22-- Coluna 2
Coluna 3
-
-
hora das leituras efetuadas no ex-tensômetro.
tenipo d e c o m d o entre as leituras do extensónietro. que deverão ser de 24 em 24 horas;
r
b Coluna 4 - leituras no extensômetro,
1 a
1 ,% Coluna 5
Y
- diferença das leituras efetuadas de 24 em 24 horas.
3 Coluna 6 - porcentageni d e expansão relatka a altura inicial do corpo-de-pro\,a

1
1
1
II O cálculo do Indice de S u p o n e Califomia (iteni 5 3) correspondente a cada corpo-de-pro\a será feito
obedecendo a Tabela 3 abaixo

-
Tabela 3 Cálculo d o índice d e S u p o r t e Califórnia (ESC)
I
I
1
5 6 7
Tempo I'ressão Leitiiras tio Molde No ~

.~-.--
' ~~~~ ~

em I'enetra$ã» padrão .extai.Gnietro. Presão ISC


~ .
minutos : rnrn pol : kglcm' I mm
__i-__-, 1
DNER-ME 049/94
p. 07/14

As colunas apresentadas no quadro indicam

coluna i - tempo.
j ~ o l u n a2 - penetração ocorrida no tempo especificado.
Coluna 3 - ressão adrão. q u e e a correspondenteaum determinado tipo de pedra britadaqueapresenta
Pndice Supone California d e 100%
Coluna 4 - leituras no extensômetro do anel,
Coluna 5 - pressão correspondente as leituras do anel no grafico de aferição do mesmo,

I-
a!
o iajustaro
!
Coluna 6 -
Coluna 7 -
pressão corrigida,
o Indice de Suporte California IISC)
f ' A pressão corrigida (coluna h ) cide Ter obtida pela correção d
F . . a
ponto zero da c u n a a i n i de corrigir os efeitos provenientes cun'atr
ressão- enetração Consiste em
a irregu
. aridade da superficie do
1
corpo-de-prova
6
0
: I ~ ~ r e s e n t a n da ocun.apressào-penetração uni ponto de inflezão. traça-se uma tangente à c u w a nesse ponto
a r c ~ U C a1iiw111a
. 11itcrw1)1eo u x o da.\ ahscissas. a c u n a corrigida sera então esta tangente riiais a porção
C coriie\a tl;i ciii-1;i ciri~iiial ccirizidcr,id;i a oriserii niudada dra c ponto eni que a tangente corta o eixo das
c ,i. iihiissas.
.. . $'
se1,i c d distanciadecle poiito a nrigeiii doseixos oriid-se asabscissas dospontoscorrespondentes
2 a s enetraçòei de O.i polegada e 0 . 2 polegadas a distáncia c. coiii o que se dererniina. na c u n a obtida, os
.-5 v arores correspondentes das noias ordenadas, as quais representam o s valores das pressões corrigidas para
Ias penetrações antes referidas
A correção pode ser obtida como mostra o gráfico da figura 9 em anexo
R
('alifornia (ISC'). eni percentageni. parii cada corpo-de-prova e obtido pela fórniula
C pressão calculada ou pressão corrigida
E0i jsc= ~~~~ -- x 100,
a pressão padrão
.o~
,"."
'k Iadotando-se o maior dos valores obtidos nas penetrações de O , 1 e 0,2 polegadas
P

7 1 Determinação da massa especifica aparente máxima. seca e úmida otima


Os valores das niassa especificas aparentes. secas. de cada corpo-de-prova. e os valores correspondentes
das umidades de riicildageni peririiiirão 0 traçado da cuixa de coriipactação do solo
A ~ r d e n a d ~riiatinia
i da c u n a fornece a niassa especifica aparente. rna\inia seca. e a abscissa que lhe
corresponde e a umidade otima do solo

7.2 Determinação do Índice de Suporte California final


/ ~ preferência
e na niesma folha eni qiir se representa a c i i n a dc conipactação. usando-se a niesmaescala
d a s uniidadc, dc ~iioldaileni.rt.~istr;iiii-sreni escala adcqii.id;i \ o t j r r o eixo das ordenadas. os valores dos
! Indices de ~ i i ~ i r i r('alitorriia
ie cihcidni scgiiridci esie hleiodi> corres[irindenres aos \aIoies das uriiidadesque
:sewirani para a consrruçio d;i cur\a de cciriip;ictação anieriorniente descrita
1
O valor dd ordenada desta c u n a correspondente a umidade otinia antes determinada. fornece o Indice de
Supone California (ISC)
V I S T A SUPERIOR

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