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Publicaçáo EESC-USP
São Carlos, SP
2003
Copyright O 2003,2001,2000, 1998 -EESC - São Carlos-SP.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, guardada pelo sistema "ietiiev;ilfl ou tiansmitlda de qualquer
modo ou por qualquer outro meio, seja este eletrôiiico, mecânico, de fotocópia, de gravação, ou outros, sem prévia au-
torização, por escrito, da EESC.
Hidráulica Básica
-
Devido à finalidade essencialmente didática da obra, incluiu-se em
todos os capítulos uma série de exercícios resolvidos, somando ao todo
82, que espelhassem as características mais típicas dos conceitos discuti-
dos em cada assunto, além de um conjunto de 265 problemas propostos,
acompanhados das respostas, através dos quais o estudante tem a oportii-
nidade de testar os conkeitos e utilizar o ferramenta1 disponível em cada
tópico.
Procurou-se, em algumas aplicações, fazer uso de metodologias
computacionais como ferramenta que permite ao aluno, de modo rápido,
analisar outros aspectos e alternativas de cada problema proposto. Para
isto, no endereço eletrônico www.eesc.sc.cisp.br/shs,na área Ensino de
Graduação, estão disponíveis quatro programas computacionais nas lin-
guagens Basic e Fortran e várias planilhas de cálculos para resolução dos
exemplos numéricos. ,
Nesta 2- ediçáo foram feitas pequenas correções no texto e nas res-
postas de três problemas. Foram introduzidos quatro novos problemas de
aplicação nos capítulos 3, 4, 8 e 12 Uma versão melhorada da planilha
MOODY.XLS é apresentada no diretório Bombas do endereço eletrônico
wrww.eesc,sc.usp.br/shs.
Quer-se mais uma vez agradecer a todos que auxiliaram com críti-
cas, sugestóes e apontando as falhas que passaram na l%dição, e também
ao público em geral, que fez a edição anterior deste livro esgotar-se em
pouco mais de um ano.
Hidráulica Básica
-
Devido h finalidade essencialmente didática da obra, incluiu-se em
todos os capítulos uma série de exercícios resolvidos, somando ao todo
82, que espelhassem as características mais típicas dos conceitos discuti-
dos em cada assunto, além de um conjunto de 261 problemas propostos,
acompanhados das respostas, através dos quais o estudante tem a oportu-
nidade de testar os conceitos e utilizar o ferramenta1 disponível em cada
tópico. i
Procurou-se, em algumas aplicações, fazer uso de metodologias
computacionais como ferramenta que permite ao aluno, de modo rápido,
analisar outros aspectos e alternativas de cada problema proposto. Para
isto, no endereço eletrônico www.eesc.sc.usp.br/shs,na área Ensino de
Graduação, estão disponíveis quatro programas computacionais nas lin-
guagens Basic e Fortran e várias planilhas de cálculos para resolução dos
exemplos numéricos. ,
S xrn
.
.
CAP~TULO i19
7-
ENERGIA OU CARGA ESPEC~FICA.............................. 287
10.1 Introdução ..............................................................................
287
10.2 Curvas y x E para q = cte e y x q para E = cte ......................288
Sumário
I I
XVII
'
10.3 Escoamento crítico ...... ..................................................... 290
10 4 Determinação das alturas alternadas
em canais retangulares ......................................................... 294
10.5 Velocidade crítica e celeridade ...................................... 296
10.6 Seção de controle ................................................................. 300
10.7 Aplicações da energia específica em transições .................. 301
10.7.1 Redução na largura do canal ................... .
....................... 302
10.7.1.1 Calhas medidoras de vazão .................................................. 303
10 7.2 Elevação no nível de fundo ............................................. 307
10.7.2.1 Vertedor retangular de parede espessa ............................. 308
10.8 Ocorrência da profundidade crítica ...................................... 311
.
.
10 9 Canais de forma qualquer ....................... ..................... 314
. .
10.10 Problemas tipicos ................................................................ 316
10.11 Problemas ..........................................................................
.
327
CAP
.í?
1 RESSALTO HIDRÁULICO ........................................ 3 3 5
Generalidades ...................................................................... 335
.
.
. Descrição do ressalto ................... .................................. 335
..
11.3 Força especifica ..................................................................... 336
11.4 Canais retangulares .......................................................... 339
11.5 Canais não retangulares .................................................. 341
11.6 Perda de carga no ressalto ................................................ 344
11.7 Problemas .......................................................................... 347
._
CAP~TULO$~?/
ESCOAMENTO PERMANENTE GRADUALMENTE
.
VARIADO ....................................................................... 415
.
.
.
14 .
CAP~TULO ESCOAMENTO VARIAVEL EM CANAIS ......................... 455
14.1 Introdução .............................................................................. 455
..
14.2 Definiçoes .............................................................................. 455
14.3 Ondas de translação - Escoamento rapidamente variado ...... 457
14.3.1 Notaçáo ............................................................................ 457
14.3.2 Altura e velocidade de uma onda ........................ . . ........... 458
14.3.3 Onda de translaçáo negativa ................... .
.. ......................463
14.4 Equações hidrodinâmicas ........................... .
.. ...............469
14.4.1 Equação da continuidade ................................................... 469
14.4.2 Equação dinâmica ............................................................ 471
14.5 Simplificações das Equações de Saint-Venant ...................... 474
14.5.1 Onda cinemática ................................................................... 475
14.6 Propagação de cheias em rios ....................... .. .............. 481
14.6.1 Método Muskingum ............................................................... 482
14.6.1. 1 Determinação das constantes K e x .......................... ....... 485 .
.
14.7 Métodos numéricos para a resolução das equações
de Saint-Venant .....................................................................487
14.7.1 Método das características ..................... .
... ................. 487
14.7.2 Métodos de diferenças finitas ...................................... 491
14.7.3 Esquema explícito .................................................................494
14.7.4 Esquema implícito ...................... . . .....................................495
14.8 O programa ExplicM1 .EXE ..................... . ........................ 497
14.9 Problemas ................... . . .....................................................509
BIBLIOGRAFIA - PARTE II ........................................................... 513
% / ~
-
PARTE I
ESCOAMENTO
PERMANENTE
EM CONDUTOS
FORGADOS
[Leonardo da Vlnci]
1.1 TIPOS E REGIMES DOS ESCOAMENTOS
De modo geral, os escoamentos de fluidos estão sujeitos a determina-
das c ondiçóes gerais, princípios e leis da Dinâmica e ? teoria
i da turbulência.
No caso dos líquidos, em particular da água, a metodologia de aborda-
gem consiste em agrupar os escoamentos em determinados tipos, cadaum dos
4
-
Se as partículas do líquido, numa certa região, possuírem rotação em re-
lação a um eixo qualquer, o escoamento será rotacional ou vorticoso; caso
contrário, será irrotacional.
No caso em que as propriedades e características hidráulicas, em cada
ponto do espaço, forem invariantes no tempo, o escoamento é classificado de
permanente; caso contrário, é dito ser náo permanente ou variável.
Escoamento uniforme é aquele no qual o vetor velocidade, em módulo,
direção e sentido, é idêntico em todos os pontos, emum instante qualquer, ou,
matematicamente, aG/ds = O, em que o tempo é mantido constante e as é um
deslocamento em qualquer direção. No escoamento de um fluido real, é co-
mum fazer uma extensão deste conceito, mesmo que, pelo princípio da ade-
rência, o vetor velocidade seja nulo nos contornos sólidos em contato com o
fluido. De forma mais prática, o escoamento é considerado uniforme quando
todas as sqões transversais do conduto forem iguais e a velocidade média em
todas as seções, em um determinado instante, for a mesma. Se o vetor velo-
cidade variar de ponto a ponto, num instante qualquer, o escoamento é dito não
un$orme ou variado.
O escoamento é classificado em superfície livre, ou simplesmente livre,
se, qualquer que seja a seção transversal, o Iíquido estiver sempre em conta-
to com a atmosfera. Esta é a situação do escoamento em nos, córregos ou
canais. Como características deste tipo de escoamento, pode-se dizer que ele
se dá necessariamente pela ação da gravidade e que qualquer perturbação em
trechos localizados pode dar lugar a modificações na seçáo transversal da cor-
rente em outros trechos.
O escoamento em pressão ou forçado ocorre no interior das tubulações,
ocupando integralmente sua área geométrica, sem contato com o meio exter-
no. A pressão exercida pelo líquido sobre a parede da tubulação é diferente da
atmosférica e qualquer perturbação do regime, em uma seção, poderá dar lu-
gar a alterações de velocidade e pressão nos diversos pontos do escoamento,
mas sem modificações na seção transversal. Tal escoamento pode ocorrer pela
ação da gravidade ou através de bombeamento.
O escoamento turbulento livre costuma ser subdividido em regimeju-
vial, quando a velocidade média, em uma seção, é menor que um certo valor
crítico, e regime torrencial, quando a velocidade média, em uma seção, é
maior que um certo valor crítico.
-
ortogonais. Na ausência de efeitos
termodinâmicos e não havendo adição
ou extração de trabalho do exterior, pela
presença de uma bomba ou turbina, é
possível chegar à equação do movi-
mento pela aplicação da equação funda-
mental da Dinâmica à massa que no
instante r ocupa uma certa posição no
espaço.
A equação fundamental da Dinâ-
mica, aplicada a um elemento difereu-
cial da massa de líquido, na forma,
representa o equilíbrio dinâmico das for-
ças, tanto na direção tangencial ao es-
coamento (direção s), quanto na direção
sa dm =(direção
normal pdVol n).
encerra
O elemento de P,
o ponto mas-
no
dn
:'>~(V,P,6
-----
___----
I ar
(r--z -
an dn)dA.
1 ap ,'i-
topográfica ou geométrica relativa a um 2 a8
@ - --ds)dA
plano horizontal de referência; p, massa 2 a"
\@_L&
específica; p, V, velocidade na p gdvd
direçáo s; e 7, tensão de cisalhamento Figura 1.1 Forças sobre o volume elementar.
devida aos efeitos de viscosidade.
1 ap
( p - --ds)dA-(p + 1 ap
--ds)dA=--dsdA ap
2 as 2 as as
b) Força de superfície devido à resistência ao escoamento. Na hipótese
de a variação de velocidade nas proximidades do ponto P s6 ocorrer
na direção n, isto é, não há efeito de binormalidade, a tensão trativa
ou de cisalhamento será responsável por um esforço que se opõe ao
movimento, na forma:
-
-
em que dA* é a irea da face do paralelogramo perpendicular a dire-
ção n.
C) Componente do peso na direção s:
!
Para o sistema de coordenadas intrínseco, isto é, ao longo da linha de
corrente (coordenada s), o campo de velocidade é dado por Y=Y(s,t) e o
campo de aceleração por:
~
I
portanto:
-
dp
- + gdz +d(-)v' =O
P 2
i.Leonhard EU!-,, matemática surro.
que é a equação de Euler' em uma dimensão.
A Equação 1.3 integrada entre dois pontos ao longo da trajetória fica:
-
Hidráulica Básica Cap. 1
O termo
-
Cap. 1 Conceitos Básicos
-
representa a energia gasta para vencer as forças de atnto no deslocamento entre
os pontos 1 e 2, e e ~ t associada,
á portanto, a uma perda de energia ou perda
de carga no escoamento de um fluido real e representada por AH12. Assim, a
integração da Equação 1.9 leva a.
Esta equação, pelo fato de cada parcela representar energia por unida-
de de peso e ter como unidade o metro, admite uma interpretação geométri-
ca de importância prática. Tais parcelas são denominadas como:
e ply (m) - energia ou carga de pressão;
z (m) - carga de posição (energia potencial de posição em relação a
um plano horizontal de referência);
VZ12g(m) - energia ou carga cinética;
i AH (m) - perda de carga ou perda de energia.
Conhecendo-se a trajetória de um filete de líquido, identificada pelas co-
tas geométricas em relação a um plano horizontal de referência, pode-se repre-
sentar os valores de piy, obtendo-se o lugar geométrico dos pontos cujas cotas
são dadas por ply+ z e designado como linha de carga efetiva ou linha piezo-
métrica. Cada valor da soma ply + z é chamado de cota piezométrica ou car-
'
1
-
Hidráulica Básica Cap 1
10
-
Linha de energia ga piezométrica. Se acima da linha piezométrica acrescentarem-se
Linha os valores da carga cinética V2/2g, obtém-se a linha de cargas
..................... totais ou linha de energia, que designa a energia mecânica total por
---__ unidade de peso de líquido, na forma H = ply + z + VZ/2g.
No caso de fluidos reais em escoamento permanente, a carga
total diminui ao longo- da traietória, no sentido do movimento,
como conseqüência do trabalho realizado pelas forças resistentes,
como indicado na Figura- 1.2.
Figura 1.2 Linha de energia e linha piezométricaem
Algumas observações sobre estes conceitos básicos são ne-
escoamento permanente
cessárias.
a ) Como, em geral, a escala de pressões adotada na prática é a escala
efetiva, isto é, em relação à pressão atmosférica, a linha piezométrica
pode coincidir com a trajetória, caso em que o escoamento é livre, ou
mesmo passar abaixo desta, indicando pressões efetivas negativas.
b) Todas as parcelas da Equação 1.11 devem ser representadas geome-
tricamente como perpendiculares ao plano horizontal de referência,
independente da curvatura da trajetória. Na Figura 1.3, a colocação
de um tubo piezométrico no ponto P, em uma seçáo com pressão po-
sitiva, fazcom que o líquido em seu interior atinja o ponto S em con-
tato com a atmosfera, equilibrando a pressão em P. A cota do ponto
S, em relação ao plano de referência, é a cota piezométrica dada pela
, soma ply + z, como na Figura 1.3. O raciocínio pode ser estendido
acrescentando-se a carga cinética.
c) Em cada seção da tubulação, a carga de pressão disponívet é a dife-
rença entre a cota piezométrica, p/y+ z, e a cota geométrica ou topo-
grâfica z. Esta diferença pode ser positiva, negativa ou nula.
4 A linha de carga total, ou linha de energia, desce sempre no
sentido do escoamento, a menos que haja introdução de
energia externa, pela instalação de uma bomba.
A linha piezométrica não necessariamente segue esta pro-
priedade, como será visto adiante.
e ) Quando se utiliza o conceito de perda de carga entre dois
pontos da trajetória, trata-se de perda de energia total, ou
seja, H = p/y + z + VZ/2g,como na Figura 1.2, e não de per-
da de carga piezométrica. Se, no entanto, no escoamento for-
Figura 1.3 Tubo piezométrico. çado em regime permanente a seção geométrica da
tubulação for constante e, conseqüentemente,a carga cinética
também, as linhas de energia e piezométrica serão paralelas,
poaanto pode-se usar como referência a linha piezométrica.
-
Cap 1 Conceitos Básicos
11
E,, = -mV
i 2=-
1 p volv2 =-
1 p AV' (i)
(1.12)
2 2 2
1
dE,,=-dmv
2
2 = - 1p
2
v 3 d A + cz
~ = j -21 p v3 dA
A
(ii) (1.13)
2
Pi
-+ z, +a-V, -
- -+
P2
z, +a-V: + AH,, +----
L díPV)
Y 2g Y 2g g dt
-
O coeficiente de Coriolis é particularmente mais importante nos es-
coamentos livres, nos quais a distribuição de velocidade em uma seção é me-
---uniforme que no escoamento forçado com seção circular.
H~draul~ca
Basica Cap 1
14
-
n,=- + Número de Euler
pvZ
s Oaborne Reynold4 sngenheim iilan- n,= --+ Número de Reynolds5
1
dai. 4842.1912
I
w
&
n, = -
D
-t Rugosidade relativa
e como Ap = y AH e = pg , vem:
-
Cap. 1 Conceitos Básicos 15
-
adimensional a,o que poderá ser conseguido, em cada caso particular, por teo-
ria ou experimentação.
CF p,A-~,PL-Wsen0=0 (1.21)
Figura 1.5 Equilíbrio de forças no escoamento per-
~znsãomédia de cisalhamento (tensão trativa mé- manente.
em ;a
~ U E '
-
Definindo como perda de carga unitária, J(m/m) = AHL,a relação entre
a perda de carga AH entre as seções 1 e 2 e o compnmento do trecho L, a equa-
ção precedente fica :
Esta expressão é válida tanto para condutos forçados quanto para con-
dutos livres, no escoamento uniforme, e tem emprego em Transporte de Sedi-
mentos e projetos de seções estáveis em canais. Em tubos de seçáo circular,
a tensão tangencial distribui-se uniformemente no perímetro e coincide com
o valor médio dado pela Equação 1.25. Em tubos de seção não circular e em
canais, a tensão tangencial tem distribuição não uniforme e TO representa o seu
valor médio no perímetro molhado.
No caso particular do escoamento forçado em seção circular com diâ-
metro D, no qual a área ocupada pelo escoamento é a própria área da seção,
o raio hidráulico vale Dl4. Deste modo, a Equação 1.24 leva a:
que comparada com a fórmula universal de perda de carga, Equação 1.20, vem
cisalhamento, u, = a,
de velocidade sendo definido como velocidade de atrito ou velocidade de
e encontra aplicações em áreas como turbulência,
distribuição de velocidades em condutos forçados, estabilidade hidráulica de
fundo de canais etc. Deve ser observado que a velocidade de atrito engloba
somente a tensão de cisalhamento e a massa específica do fluido, e é definida
sempre pela mesma equação, independente do regime do escoamento ser
laminar ou turbulento e da parede da tubulação ser lisa ou rugosa.
1.5 POTÊNCIAHIDRÁULICA DE BOMBAS E TURBINAS
Conforme foi dito nas observações sobre a Equação I. 1la, a linha de
energia sempre decai no sentido do escoamento, a menos que uma fonte ex-
terna de energia seja introduzida. Turbinas e bombas são máquinas hidráuli-
cas que têm a função, respectivamente, de extrair ou fornecer energia ao
escoamento.
A aplicação do princípio da conservação da energia ao escoamento per-
manente do sistema mostrado na Figura 1.6, no qual a máquina instalada en-
tre as sqões e (entrada) e s (saída) pode ser uma bomba ou uma turbina, resulta
em.
-
s para as bombas: Pot =
rQ(H,-H,) --T Q H
-
rl 11
9,8,QH
s para as bombas: Pot = ( kw)
11
-
para a bomba: H = Z, - Z, + AH, + AH, = Z, - Z, + AH (1.36)
EXEMPLO 1.1
-
Da definição de velocidade de atrito:
EXEMPLO 1.2
[MIO = [M]~' P, =o
n, + [L]' =[L]-3PI+P3+3 , . 112=- Q
,
p--1
2- (coeficiente de vazão)
m~~
[TI" = [T]"~-' p, =-3
-t [L]" =[L]-
3Yl+Y3+2
... y 2 --3
- Q=--
Pot
(coeficiente de potência)
pm3R5
[T]" = [T]72-3 Y3=-5
-
EXEMPLO 1.3
9,8QH -
-
9,8.0,015.68,48
Pot = = 13,42 kW (18,25 cv)
7 0,75
-
Cap. 1 Conceitos Básicos
23
-
PROBLEMAS
Determinar a relação entre a velocidade média V e a máxima V,,, e os
p de Boussinesq, em um conduto cir-
coet icientes de correção a de Coriolis e
culzr em aue se vroduz.
a) escoamento laminar cuja distribuição de velocidades qegne a lei
parabtdica: Figura 1.8 Problema l .I
..
L, ~ ~ ~ ~ ~turbulento
n e n t em
o tubos lisos, cuja distribuição de velocida-
des segue a lei da potência 117 de Prandtl:
-
vula for instantaneamente aberta e a água escoar para a atmosfera.
X nos primeiros 5 segundos do escoamen-
Faça um gráfico de ( V ~ t)
to. Despreze a velocidade da água no reservatório, exceto na região
imediatamente a montante da entrada do tubo. Sugestão: aplique a
Equação 1.11 entre os pontos 1 e 2 em que a pressão é atmosféri-
-v, ca, com AHiz = O.
[Vz(t) = 767 tgh (0,639 t), em que tgh significa tangente hiperbólica]
Figura 1.9 Pmblema 1.4
1.5 A vazão Q de um líquido através de um pequeno orifício em
uma tubulação depende do diâmetro do orifício d, do diâmetro da
tubulação D, da diferença d e pressão Ap entre os dois lados do
orifício, da massa específica p e da viscosidade absoluta p do líquido. Mostre,
usando o teorema dos ris, que a vazão pode ser expressa por:
-
1.8 Em um ensaio em laboratório, uma tubulação de aço galvanizado com
50 mm de diâmetro possui duas tomadas de pressão situadas a 15 m de distân-
cia uma da outra e tendo uma diferença de cotas geométricas de 1,O m. Quando
a água escoa no sentido ascendente, tendo uma velocidade média de 2,l d s ,
um manômetro diferencial ligado às duas tomadas de pressão e contendo
mercúrio acusauma diferença manométnca de 0,15 m. Calcule o fator de atrito
da tubulação e a velocidade de atrito. Dado: densidade do mercúrio d, = 13,6.
[f = 0,028; u, = 0,124 d s ]
1.9 canal aberto de seção reta triangular, com inclinação dos lados
igual :oa uma certa vazão em regime permanente e uniforme. A altu-
ra d'água e igual a 1 ,O m e a declividade de fundo, I, = 0,002 d m . Determi-
ne a velocidade de atrito média na seção. Sugestáo: relemhre o conceito de raio
hidráulico.
[u, = 0,0833 mls]
- -
Ngura 1.11 Problema 1.13. 1.14 A Figura 1.12 mostra o sistema de bombeamento
de água do reservatório Ri para o reservatório Rz , através
de uma tubulação de diâmetro igual a 0,40 m, pela qual es-
coa uma vazão de 150 11s com uma perda de carga unitá-
ria J = 0,0055 mlm. As distâncias RiBi e BiRz medem,
respectivamente, 18,s m e 1800 m. A bomba BI tem po-
tência igual a 50 cv e rendimento de 80%. Com os dados
da Figura 1.12, determine:
a) a que distância de BI deverá ser instalada B2 para que a
carga de pressão na entrada de Bz seja igual a 2 mHzO;
b) a potência da bomba Bz, se o rendimento é de 80%,e a
BI carga de pressão logo após a bomba. Despreze, nos dois
Figura 1.12 Problema 1.14.
itens, a carga cinética na tubulação.
a) [x = 527,3 m]
b) [Pot = 22,06 k W (30 cv); pzly = 14,O mHzO1
ESCOAMENTO UNIFORME EM TUBULAÇÕES
-
escoamento. Este diferencial de velocidade cria tensões tangenciais e dissipa
energia por atrito de escorregamento ou geração de turbulência.
Em um conduto retilíneo, em uma seção afastada de alguma singulari-
dade, no qual o escoamento é dito desenvolvido, isto é, em que o perfil de
velocidade é estável, há uma relação dueta entre a vanação da tensão tangencial
e tal perfil, seja no escoamento lamtnar ou turbulento.
A análise desenvolvida no capítulo anterior, que resultou na Equa-
ção 1.26, pode ser aplicada de modo semelhante a um tubo de corrente
qualquer, de raio r concêntrico com o tubo cilíndrico, em um escoamento
permanente, como na Figura 2.1.
Desta forma, a Equação 1.26 pode ser escrita como:
L= [1-(;)2] Y AH ~2
em que vMx= -
"má, 41rL
-
Equação que foi obtida experimentalmente em 1839 por Hagen' e, um
ano mais tarde, teoricamente por Poise~ille,~
sendo conhecida como fórmula de
Hagen-Poiseuille.
Assim, igualando a Equação 1.20 à Equação 2.9, vem:
-
No caso em que as mgosidades da parede da tubulação E estão totalmente
cobertas pela subcamada limite laminar, tem-se:
U. E
-( 5 Escoamenro rurbulento hidraulicamente liso
v
U. E
-) 70 Escoamento turbulento hidraulicamente rugoso
v
Na condição intermediária, em que apenas as asperezas maiores
transpassam a subcamada limite laminar, alcançando o núcleo turbulento, fica:
U* E
5 < -< 70 Escoamento turbulento hidraulicamente misto
v ou de transiçüo NOescoamento laminar *traves de
uma IubulagSo circular a vsrisçao
da valho é inversamente praparcia-
U, E
O termo -é chamado de númem de Reynolds de rugosidade
V
O escoamento turbulento, como o que ocorre em um jato de água, no
interior da carcaça de uma bomba hidráulica ou mesmo em grandes turbilhões
em um rio, é caracterizado por uma constante flutuação da velocidade, devi-
do ii inerente instabilidade do escoamento. Analisando-se a situaçáo pontual da
velocidade em um escoamento turbulento, pode-se imaginar, em cada direção
x, y e 2, que as velocidades instantâneas são afetadas pela existência de uma
esfera de perturbação, correspondente aos valores assumidos aleatoriamente
pela velocidade de perturbação, conforme a Figura 2.2. Figura 2.2 Esfera de pemrbaçáo
Desta forma, a velocidade instantânea em um escoamento turbulen-
to pode ser considerada como a soma de duas parcelas, a velocidade média
temporal e a velocidade de perturbação.
- T
\I = V + ? ' , com V constante e J?'dt=0,
O
-
v, =v, + v',
-
v, =vy+ v',
v,=Vz + vtz
v
I-"
----- -.... - - .
. . .--
-
Na equação anterior, P é uma função desconhecida de y e, portanto, da
mesma forma que a viscosidade turbulenta q, é função de posição.
Com base em condições de semelhança e estatística entre perfis de ve-
locidades na turbulência, von Kármán4propôs a seguinte relação para o com-
primento de mistura:
em que r = R - y, portanto:
7
-
Hidráulica Básica Cap. 2
36
.- .
~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~
-
2.4.1 TUBOS LISOS
A Equação básica 2.20, para um tubo de raio R, pode ser escrita como:
v
- V"ax + 2,5 In-Y
U. U, R
v
- - - 5,s + 2 5 In-Y u* = 2,5111y + C + C = 5,s + 2,5 I nu l
u* v v
que substituída na Equação 2.21, toma-se:
observando que:
-
tores, com um pequeno ajuste nos termos numéricos, na forma:
v -
- --vdl + 2,s In-Y = V"a" + 2.5 In-E + 2,s ln-Y
u, U, R u. R E
HidrBulica Básica Cap. 2
-
Os ensaios de Nikuradse demonstraram que a soma dos dois primeiros
termos do segundo membro dessa equação permanece constante e igual a 8,48,
o que toma:
v Y
-= 8,48 + 2.5 ln-
u, E
1 R
-= 2,04 log- + 1,67
Jf E
U E
para ) 70, correspondente a
v ReyJT)198
D/E
EXEMPLO 2.1
-
e, pela Equação 2.31:
--
- $,48 +2,5 ln
0,156
+
O 15
10-
.'. v,,, = 3,28 m l s
EXEMPLO 2.2
R
'
In- = 1.5 :. - = e- i,s = 0,223
Y R
Este mesmo resultado é encontrado se o tubo for mgoso (mostre), o que
leva a uma condição prática muito importante. Para medir a vazão em uma
tubulação de raio R, basta instalar um tubo de Pitot na posição y/R = 0,223, de-
Cap. 2 Escoamento Uniforme em Tubulaçóes 43
--
-
v 1
v,, 1+3,75(JT78)
Esta equação tem caráter geral e é válida tanto para tubos lisos quanto
mgosos. Com este resultado, passa-se ao Exemplo 2.3.
EXEMPLO 2.3
R 3,O-2,6 405
-- - 2,5 ln- .: = 2,5 In --.: u. =0,133mIs
U, Y Ue 0,015 .
Equação 1.28:
7
-
portanto: V = 2,46 m/s, daí f = 0,023 e Q = 2,46.7~.0,05~
= 0.01 9 m7/s.
EXEMPLO 2.4
0,316 -- = 0,0251
Blasius: f =
~e y0,25 2 5 0 0 0 ~ , ~ ~
daí:
v
Lei da raiz sétima: -= - 49 = 0,817
v ~ x 60
equação que foi utilizada para reproduzir o diagrama de Moody (ver Figura 2.7)
Cap. 2 Escoamento Uniforme em Tubulações
47
-
É interessante observar o valor do expoente da velocidade nas expressões
chamado Reynoldo cmlco, 4 aquele
Wla 0 qY111 0 88E-87.nlO tUrbYiBnt0
da perda unitária para os três tipos de escoamentos: turbulento rugoso, laminar
muda para laminai? e turbulento liso. No primeiro, o fator de atrito para um mesmo tubo é cons-
tante e, portanto, a perda de carga unitária é proporcional ao quadrado da
velocidade e, consequentemente, ao quadrado da vazão, na forma.
EXEMPLO 2.5
EXEMPLO 2.6
com o fator de atrito caIculado pela Equação 2.37, após determínar a veloci-
dade média, V = 1,40 d s , e o número de Reynolds, tem-se:
Portanto:
-
EXEMPLO 2.7
Equação I.lla + p A / y + ~ ~ / 2 g + z A = p , / y + ~ ~ / 2 g + z B + ~ ~ A B
-
Reynolds, varia proporcionalmente ao quadrado da velocidade média. Existem
várias fórmulas empíricas (equações de resistências) aplicáveis às tubulações
de seçáo circular, que podem, de maneira geral, ser representadas na forma:
-
Tabela 2.3 Valores da constante P da fórmula de Hazen-Williams
A$o corrugado (chapa ondulada) C = 60 Aço com juntas lock-bar, tubos novos 130
Aço com juntas lock-bar, em sewrço 90 Aço galvanizado 125
Aço rebitado, tubos novos 110 Aço rebitado, em uso 85
Aço soldado, tubos novos 130 Aço wldado, em uso 90
Aço soldado com revestimento especial 130 Cobre 130
Concreto, bom acabamento 130 Concreto, ncabamento comum 120
Ferro fundido, novos 130 Ferro fundido, após 15-20 anos de uso 100
Ferro fundido, usados 90 Ferro fundido reveshdo de cimento 130
Madeiras ein aduelas 120 Tubos extrudados, P V C 150
-
I
Considere um escoamento Nibulenlo
liso com v a a 0.Se a vaza0 for
aumentada sm 50%. continundo
Esta expressão foi posta em forma de gráfico, para diâmetros de 50, 100, ainda essosmento turbulento liso. que
variavao oofrerd a perda de carga
150 e 200 mm, números de Reynolds na faixa de 104 a 107 e quatro tipos de uni16iia7
-
Hidráulica Básica Cap. 2
56
--D-150mm -0i15Omm
-tD=200mm
1EtW iE+OS Rey 1E*06 1-07 lE'O4 1EIO5 Rey 1E*06 1E*O/
-
ral menores que 4") e presença de grande número de conexões, é usual a uti-
lização de uma fórmula empírica na forma:
a) Material: aço galvanizado novo conduzindo água fria
-
Hidráulica Bãsica Cap. 2
58
-
2.7 CONDUTOS DE SEÇÃO NÃO CIRCULAR
Nos itens anteriores, foi vista uma série de formulações que refletem as
relações entre a perda de carga, a dimensão da tubulação circular e a caracte-
rística do escoamento. No caso das seções circulares, existe uma simetria axial
do escoamento, o que resulta em uma distribuição uniforme da tensão de
cisalhamento no perímetro. No caso de condutos de geometria diversa da cir-
cular, o efeito de forma da seção influi em tal distribuição de tensões e, con-
seqüentemente, no fator de atrito. Em tais seções desenvolve-se escoamentos
secundários e a distribuição de velocidade não tem simetria, de modo que a
tensão cisalhante tende a ser menor nos cantos da seção que a média em todo
o perímetro.
No tratamento analítico de seções não circulares, admite-se que a tensão
tangencial média ao longo do perímetro molhado da seção varie de modo si-
milar à indicada na Equação 1.27, em que f tem o mesmo significado do fa-
tor de atrito nas tubulações circulares, e só diferirá daquele de uma certa
proporção que leve em conta a forma geométrica da seção.
Igualando-se as Equações 1.25 e 1.27, chega-se a:
EXEMPLO 2.8
%
O sistema de abastecimento de água de uma localidade é
feito por um reservatório principal, com nível d'água suposto cons-
tante na cota 812,OO m, e por um reservatório de sobras que
complementa a vazão de entrada na rede, nas horas de aumento de
consumo, com nível d'água na cota 800,OO m. No ponto B, nacota
760,OO m, inicia-se a rede de distribuição. Para que valor particu-
tema
lar daévazão
a mostrada
de entrada
na Figura
na rede,
2.9?
QB,Determine
a linha piezométrica
a carga de pressão
no sis- 650 rn
760 O
disponível em B. O material das adutoras é aço soldado novo. B
420m
Utilize a fórmula de Hazen-Williams, desprezando as cargas ci-
néticas nas duas tubulaçóes. Figura 2.9 Exemplo2.8.
Pela situação da linha piezométrica, pode-se concluir que o
abastecimento da rede está sendo felto somente pelo reservatório
superior, o reservatório de sobra está sendo abastecido, pois a cota
piezométrica em B é superior a 800,OO m, e também as perdas de
carga unitárias nos dois trechos são iguais, mesma inclinação da linha pie-
zométrica. Deste modo, Ji = 12 = (812-800)/(650+420) = 0,0112 m/m.
Pela Tabela 2.4 o valor do coeficiente de rugosidade vale C = 130, e
pode-se determinar as vazões nos dois trechos, pela Tabela 2.3, como:
Trecho AB: Di = 6", C = 130 e Ji = 1,12 m1100 m -+ P = 1,345.103,en-
cio:
w
-
60 Hidráulica Básica Cap. 2
-
Trecho BC: D? = 4", C = 130 e J? = ],I2 n1/100 m + P = 9,686.101,en-
Conridele dois tubas escoando 6gus
sob piesoao. um da se@o quadrada tão:
de lado B e outrO EIISUIB~ de didrnetra
D Qud a r e l q b o enfie a e D para que
as seçõen tenham o mesmo ralo
hldrbulico?
Portanto, a diferença está sendo conmmida pela rede: QB= 14,2 11s
A cota piezométrica ein B é igual ao NA do reservatório principal,
menos a perda de carga entre A e B.
EXEMPLO 2.9
2.8 PROBLEMAS
I1 E
2.1 Mostre que a condição -) 70 con-esponde a
v
2.3 A fim de determinar a tensão de atrito exercida por um fluido sobre a pa-
iede de um tubo rugoso, as velocidades vi e vz são medidas na região turbu-
lenta, nas dlhtâncids y I e yz da parede do hibo. Mostre que a tensão de atrito
é dada por
=G)
v
vm'íx
IIn
n
!= -K -y , em que Ké a constante de vou Kármán.
I-n
Y
-
-
2.5 Mostre que a Equação 2.31 pode ser escrita como:
2.7 Água escoa em um tubo liso, E = 0,O mm, com um número de Reynolds
igual a 106.Depois de vários anos de uso, observa-se que a metade da vazão
original produz a mesma perda de carga original. Estime o valor da mgosidade
relativa do tubo deteriorado.
2.9 Água escoa em uma tubulação de tugosidade relativa E/D = 0,002 e Rey =
105.Quando a tubulação é trocada por outra, de mesmo material, com diâme-
tro igual a 213 do diâmetro original, a perda de carga unitiria nas duas situa-
ções é a mesma. Determine a velocidade média na tubulação de menor diâmetro,
em relação à velocidade média na tubulação original. Sugestão: use as Equa-
ções 2.21 e 2.26.
[Vz= 0,77 Vi]
-
90% da velocidade na linha central (velocidade máxima). Determine a relação
entre a velocidade média V e a velocidade central v,j, e a rugosidade relati-
1 va da tubulação. S~lgestão:utilize o resultado do Exemplo 2.2 e as Equações
2.20 e 2.34.
[V = 0,784 v,,,&,; E/D = 0,01471
2.1L
1 Dado um tubo circular e outro não circular, ambos tendo o mesmo pe-
rírnetro P, para um escoamento turbulento de um líquido de viscosidade
cinemática V e vazão Q em ambos os tubos, mostre que:
a) o número de Reynolds é o mesmo em ambas as situações, e dado por
Rey = 4 QI(P v);
b) a perda de carga unitária no tubo não circular é relacionada à perda
de carga unitária no tubo circular, pela expressão:
-
2.15 Com que declividade constante deve ser assentada uma tubulação retilínea,
de ferro fundido novo, E = 0.25 mm, de 0,10 m de diâmetro, para que a carga
de pressão em todos os pontos seja a mesma. Vazão de água a ser transporta-
da: 11 11s.
e no ponto B, 643,411 m e 3 1,8l 11s. A que distância do ponto A deverá estar lo-
calizado o vazamento? Repita o cálculo usando a fórmula de Hazen-Williams.
a) [x = 355 m] b)[x = 275 m]
2.21 Em uma tubulação horizontal de diâmetro igual a 150 mm, de ferro fun-
dido em uso com cimento centrifugado, foi instalada em uma seção A, uma
mangueira plástica (piezômetro) e o nível d'água na mangueira alcançou a
altura de 4,20 m. Em uma seção B, I20 m i jusante de A, o nível d'água em
outro piezômetro alcançou a altura de 2,40 m. Determine a vazão.
[Q = 76.5 I Ils]
2.24 Se o diâmetro de uma tiibulação de aço rebitado for duplicado, que efei-
to isto provoca na vazão, para uma dada perda de carga constante, consideran-
do que ambos os escoamentos são Iaminares.
[Q?= l6.Qi1
-
água dentro da agulha e o amto entre o êmbolo e a sennga Adote Rey,,, = 2300. Vis-
cosidade cinemática da água v = 1e6m2/s.
[t = 18,78 s , F = 5,19 N]
-
[Q = 0,121 m3/s; J = 6,80-10.' mim; y = 29 mm (33.47 mm);
dV1dy = 1,41 mlslm]
\
turbulento hidraulicamente liso? Por quê?
[A perda de carga unitária aumenta em 21%; Não]
-
a) a vazão original do sistema por gravidade.
b) a potência necessária à bomba para recalcar uma vazão de 0,15 m3/s.
c) as cargas de pressão imediatamente antes e depois da bomba, despie-
zando as perdas de carga localizadas e considerando a carga cinética
na adutora
d) desenhe as linha de energia e piezométnca após a instalação da bomba,
nas condições do item anterior.
Sugestão: reveja a Equação 1.36, observando os níveis d'água de mon-
tante e jusante.
a) [Q = 0,117 m3/s]; h) [Pot = 34,93 kW (47,5 cv)]; c) [pante&= 6,61 mHzO;
d) pd,,Jy = =25,61mH201
3.1 INTRODUÇÃO
As instalações de transporte de água sob pressão, de qualquer porte, são
constituídas por tubulações montadas em sequência, de eixo retilíneo, unidas
por acessórios de natureza diversa, como válvulas, curvas, derivações, regis-
tros ou conexões de qualquer tipo e, eventualmente, uma máquina hidráulica
como bomba ou turbina. A topologia do sistema é a mais variada, desde uma
linha única em uma instalação de bombeamento até uma rede de distribuição
em uma instalação predial ou sistema de irrigação. Nos trechos retilíneos, de
diâmetro constante e mesmo material, a perda de carga unitária é constante,
desde que o regime seja permanente.
A presença de cada um destes acessórios, necessários para a operação
do sistema, concorre para que haja alteração de módulo ou direção da veloci-
dade média, e conseqüentemente de pressão, localmente. Isto se reflete em um
acréscimo de turbulência que produz perdas de carga que devem ser agrega-
das perdas distribuídas, devido ao atrito, ao longo dos trechos retilíneos das
tubulações. Tais perdas recebem o nome de perdas de carga localizadas ou sin-
gulares.
Para a maioria dos acessórios ou conexões utilizados nas instalações
hidráulicas, não existe um tratamento analítico para o cálculo da perda de carga
desenvolvida. Trata-se de um campo eminentemente experimental, pois a ava-
liação de tais perdas depende de fatores diversos e de difícil quantificação.
A presença do acessório na tubulação altera a uniformidade do escoa-
mento e, apesar da denominação perda de carga localizada, a influência do
acessório sobre a linha de energia se faz sentir em trechos a montante e a
jusante de sua localização. A Figura 3.1 mostra uma situação esquemática da
presença de um estrangulamento (diafragma) em uma tubulação, destacando-
se dois trechos de interesse. No trecho 1-2, a montante, onde ocorre uma con-
vergência das linhas de corrente, há uma aceleração do movimento e alteração
no perfil de velocidade, contribuindo para um acréscimo na intensidade da tur-
bulência do escoamento principal. Do mesmo modo, a jusante, trecho 2-3, a
-
-
,,, Hidráulica Básica Cap. 3
-
,,---. - -~.
- desaceleração, de forma mais efetiva, provoca a formação de
.-f-=
.=-.-.h-4
redemoinhos às expensas da energia do fluido, energia esta que
L.E.real
se transforma em calor quando o processo turbilhonar cessa,
após o escoamento ser novamente estabelecido. Assim, há uma
variação contínua no desenvolvimento da linha de energia entre
as seções 1 e 3; para efeito prático, convencioua-se representar
esta variação de modo concentrado na seção da singularidade
que a provoca, seção 2. O desenvolvimento da linha de energia
O O a montante e a jusante do acessório, trechos caracterizados por
Figura 3.1 Perda de carga localizada em um um escoamento permanente e rapidamente variado, difere para
gularnento. cada tipo de geometria da singularidade.
-
A Figura 3.2 mostra o resultado do levantamen- 030 ~~ ~ -
aumento (alargamento) ou diminuição (estreitamente) da Fignra 3.2 Curva K x Reynolds para um cotovelo de 4S0.
seção transversal. No caso de um alargamento bmsco,
como na Figura 3.3 a perda localizada ocorre pela desa-
celeração do fluido no trecho curto entre as seções 1 e 2, de áreas AI
e Az, respectivamente. A determinação da perda localizada, neste
caso, permite um tratamento analítico, pela aplicação do teorema da
-L-.-.
!B
experimentalmente,que a pressão na área AB é, em média, aproxima-
damente igual à pressão na seção 1, e a flutuação se deve aos rede-
moinhos na zona morta fora do escoamento principal.
Para o volume de controle escolhido, a aplicação do teorema
da quantidade de movimento, no regime permanente e uniforme,
"I
* --- -- r
-------------
%3
"2 X
leva a A O
Figura 3.3 Alargamento bmsco.
ZF, =pQ(Vz -VI ) (3.2)
A
m
C, =0
(3.8) Figura 3.5 Contraçáo brusca
A2
-
NA. central de abertura pequeno, o coeficiente K
depende exclusivamente do atrito de superfície e,
à medida que este ângulo cresce, o efeito pre-
L,E. .
....
.......
~~~~.~
~~~~~~~
(a) cal
Figura 3.7 Coeficientes d e perdas localizadas em (a) expansão e (b) contraçáo, conforme ( 6 )
-
Cap. 3 Perdas de Carga Localizadas
,5
._
trada nas referências Ito (12), WES (6), Idelcic (1 I), Miller (16) e Len-
castre (13).
Figura 3.8 Curva circular de raio r e
No caso específico de curvas e cotovelos, como observado nas ângulo a
Figuras 3.8 e 3.9, respectivamente, os valores do coeficiente K podem
ser determinados para o ângulo a, em graus, pelas Equações 3 . 1 0 3.11. V
h
-
3.3.3 REGISTRO DE GAVETA
Com frequência, as tubulações dispõem de mecanismos que permitem re-
gular a vazão transportada, ou mesmo promover o fechamento total. Tais equi-
pamentos, comumente chamados de válvulas, podem ser de diversos tipos,
tamanhos e geometrias, tais como válvula de borboleta, registro de gaveta,
registro de globo, registro de ângulo, válvula em Y etc. Quando totalmente
abertas, as válvulas não produzem alterações substanciais no escoamento,
porém, quando parcialmente fechadas, provocam perdas de carga considerá-
veis. Para o caso do registro de gaveta, de larga aplicação, cujo processo de fe-
chamento se dá através de uma lâmina vertical, como
na Figura 3.10, a Tabela 3.2 apresenta os valores do
coeficiente K em função do grau de fechamento da
Q válvula, sendo a perda calculada pela Equação 3.1
+ com a velocidade média do escoamento na seção Pie-
na da tubulação. Deve-se observar, na Tabela 3.2, que
o valor do coeficiente de perda de carga aumentara-
Figura 3.10 Registro de gaveta. pidamente com o grau de fechamento da válvula.
-
3.3.5 VALORES DIVERSOS DO COEFICIENTE DE PERDA DE CARGA
Alguns valores indicativos dos coeficientes de perda de carga para diver-
sos acessórios são apresentados na Tabela 3.4, observando que, pela natureza do
problema, tais valores não são universais, mesmo porque, para determinados
acessórios o valor de K é função do próprio diâmetro.
-
Hidráulica Básica Cap. 3
,8
-
mites a montante e a jusante. A diferença de cotas topográficas entre
tais superfícies representa, obviamente, a energia total de que o sis-
tema dispõe para, sujeito às condições da linha, veicular uma certa
vazão no escoamento estritamente por gravidade.
b) A adutora é constituída por vários trechos cilíndricos de comprimen-
tos L,, de diâmetros iguais ou não, e seções A,B,C,D,E,F, nas quais
singularidades provocam perdas localizadas.
C) Cada trecho retilíneo provocará uma perda de carga distribuída, dada
por J, L,, em que J, é a perda de carga unitária calculada pelas expres-
sões discutidas no capítulo anterior, e cada singularidade provocará
uma perda localizada dada por K V2/2g.
d) Eventualmente, no sistema adutor poderá haver elementos Ek inter-
calados que provoquem troca de energia com o fluido (bombas ou
turbinas) e que forneçam ou retirem energia equivalente, em metros
de coluna d'água, a AEr.
ZI
Desta forma, o balanço energético global do siste-
ma da Figura 3.12 é dado por:
+ C , Af~C,AE,
AZ=C.J~L, , (3.12)
A Equação 3.12 pode ser utilizada em cada ligação entre duas seções em
que se verifique o contato com a atmosfera exterior e, associada à equação da
continuidade, resolver problemas inerentes à interligaçiío entre três ou mais re-
servatórios, como será visto nos capítulos seguintes.
-
da de carga e variação da pressão, conhecendo-se a vazão e as características
da tubulação; o cálculo da vazão a partir das características da tubulação e da
energia que sustenta o escoamento; e o dimensionamento do diâmetro da li-
nha, necessário para que passe uma determinada vazão, compatível com a di-
ferença energética entre seções.
Algumas aplicações feitas no capítulo anterior seguiram esta linha em
situações nas quais não havia perdas localizadas. O tratamento analítico dos
três problemas, através da equação de Bemoulli e das equações de resistência
já vistas, continuará a ser utilizado com o aumento do grau de dificuldade pela
presença de singularidades. Desta forma, é necessário ter uma idéia prévia, em
cada situação, da importância relativa das perdas localizadas, isto é, quando
elas podem ser desprezadas sem prejuízo do cálculo. Em tubulações curtas
como na sucção de uma bomba, ou em sistemas como instalações hidráulico-
sanitárias em edifícios, em que, além dos trechos serem curtos, existe um grande
número de acessórios, as perdas localizadas são absolutamente preponderantes.
Nos projetos de redes de distribuição de água, nos quais diâmetros e
EI
comprimentos são relativamente grandes, as perdas de carga localizadas cos- Imagine o escoamento de uma cem
-!as0 a m ~ de 6 um
~ eotreitamenta
tumam ser desprezadas, face às perdas por atrito nos comprimentos retilíneos gradual com anguio de 60' a reiaáo
das tubulações. Em geral, em sistemas hidráulicos nos quais as perdas locali- de diametros 02/01 E 1.5.
Se o sentido do escoamento lor
zadas não perfazem mais que 5% das perdas distribuídas, podem, em princí- invsltido a perda de carga ~ ~ c a ~ i ~ ~ a
aumenta ou diminui7
pio, ser desprezadas. Como regra básica, se uma linha de tubulações tiver um
comprimento retilíneo entre os acessórios igual a 1000 vezes o diâmetro, ou
mais, as perdas de carga localizadas têm influência secundária na perda total
do sistema.
Neste sentido, considere-se a ligação entre dois re- N.A.
servatórios abertos e mantidos em níveis constantes, fei-
ta por uma tubulação de um determinado diâmetro D e
comprimento L, na qual se instalou um registro de gave-
ta aberto, conforme Figura 3.13. O traçado das linhas de
energia e piezométrica é o convencional, levando-se em
conta as perdas na entrada, no registro e na saída da linha.
Para efeito comparativo do valor da relação L/D e das
perdas localizadas, sobre a velocidade média na tubulação
e, conseqüentemente, sobre a vazão, fixa-se o valor do
coeficiente de atrito f = 0,025, independente do número de Figura 3.13 Influência das perdas localizadas.
Reynolds.
O balanço energético entre os reservatórios, dado pela Equação 3.13,
com os valores dos coeficientes de perda de carga localizada retirados dos itens
anteriores, é calculado por:
1
-
Hidráulica Básica Cap. 3
80
EXEMPLO 3.1
-
O processo de convergência é garantido se, a cada passo, o novo valor da ve-
locidade V for calculado pela Equação 3.14, usando o valor do coeficiente f do
passo anterior. Quando o valor do coeficiente de atrito f for constante, o pro-
cesso convergiu.
1. Seja V = 1,O m/s Tabela Al+ f = 0,0202 +A2 = 2,98 m # 10
m
2. Seja f = 0,0202 +Equação 3.14 +V = 1,833 m / s + Tabela A 1 3
f = 0,0193
3. Seja f = 0,0193 + Equação 3.14 +V = 1,873 m/s + Tabela Al+
f = 0,0193
O valor de f não se alterou e o processo convergiu para o valor da veloci-
dade média 1,873 d s e, conseqú-entemente, a vazão será cerca de 0,033 m3/s
Uma maneira mais rápida de atingir a convergência do método é prelimi-
narmente desprezar as perdas localizadas, de modo que a perda total do sistema
AZ = 10 m seja somente devida à perda distribuída no comprimento L = 410 m.
Desta forma, a perda de carga unitária pode ser calculada e, com o auxílio da
tabela da Equaçáo 2.38, TabelaA2, a primeira aproximação da velocidade pode
ser determinada como:
AZ=AH - 10
J= - -= 0,0244 m/m Tabela A2 4 V E 1,95 m/s
L 410
valor bem mais próximo do correto (V = 1,873 d s ) , que a tentativa inicial
V = 1.0 mls. Incluindo-se as perdas localizadas, a velocidade real será um pou-
co menor que o valor preliminar 1,95 d s .
EXEMPLO 3.2
-
belados abauto, determine o diâmetro d do bocal para o qual se obtém o mai-
or alcance do jato livre.
-
Pela tabela anterior, verifica-se que o termo entre parênteses passa por
um mínimo para a relação (d/D)Z= 0,5, o que fornece o valor do diâmetro do
bocal d = 35,35 mm.
-
tas, desde que a perda de carga total em ambas seja a mesma, para uma mes-
ma vazão.
Para cada acessório, caracterizado pelo valor de K, pode-se tabelar a
Equação 3.16 para valores médios do fator de atrito. Nesta linha, foi feita uma
análise estatística de regressão linear nos dados dos comprimentos equivalentes
de várias peças usadas em instalações hidráulicas, apresentadas na Tabela 3.7
da referência A.B.N.T. (I), para tubos metálicos, aço galvanizado e ferro fun-
dido. Para diâmetros variando de 314" até 14". pode-se verificar uma boa re-
lação linear entre o comprimento equivalente e o diâmetro da peça na forma
L, = a + PD, que, após transformada para L D = d D + P, foi calculada a mé-
dia aritmética para a faixa de diâmetros indicada, e apresentada na Tabela 3.6.
A forma de apresentação dos comprimentos equivalentes como função de um O comprimemo de um tubo com lata?
determinado número de diâmetros, como na Tabela 3.6, é particularmente in- de atnto 1 = 0,020, expreso em nume-
ro* da d~nmaros,equlvalenfe s uma
teressante em cálculos de dimensionamento, determinação do diâmetro de uma v61v~Iad~ Bngula aberta, vale quanto?
certa linha, ou quando se utilizam programas de computador.
Para tubos de P.YC. ou cobre, os valores dos comprimentos eqnivaIentes
recomendados pela A.B.N.T. e constantes da Tabela 3.7 não permitem a aná-
lise de regressão feita anteriormente, isto é, não há linearidade entre o com-
primento equivalente e o diâmetro para cada acessório. Desta forma, a tabela
original foi simplesmente transcrita, não podendo ser transformada para apre-
sentar os comprimentos equivalentes em números de diâmetros.
EXEMPLO 3.3
-
Tabela 3.6 Compnmentos equivalentes em número de diâmetros de
canalizaç.ãopara peças metálicas, feno galvanizado e trrro fundido
-
Cap. 3 Perdas de Carga Localizadas
87
-
Pela equação da energia, a cota piezométrica imediatamente antes do
chuveiro pode ser calculada por: C.P,h = C.PA- AHt, em que AHt é a perda de
carga total distribuída e localizada entre A e o chuveiro. Como AHt = J Lt a
perda unitária pode ser calculada pela equação de Fair-Whipple-Hsiao, na
forma J = /3 Q' 75, Equação 2.48, com auxílio da Tabela 2.5. Tomando como
referência o plano horizontal passando pelo ponto A, a cota piezométrica neste
ponto é a própria carga de pressão. Assim, a equação da energia fica:
Tabela 3.7 Comprimentos equivalentes (m), peças de P.V.C. rígido ou cobre, conforme A.B.N.T. (I).
EXEMPLO 3.4
-
Seja X a cota piezométrica imediatamente antes do tê localizado em B.
Para os dois ramos da instalação, tem-se as seguintes perdas totais:
AHBD = X - 3,O e AHBC = X - l,O, de onde se conclui que AHnc =
AHBD+ 2,O, portanto:
JBCLnc = JBDLBD+ 2,O (I)
em que LBCe LBDsão OS comprimentos totais dos dois trechos. Da Tabela 3 6
os comprimentos equivalentes dos dois trechos podem ser detemados como.
Trecho BC Trecho BD
Tê lateral I M"
Como QBO= 1,38 QBC,as perdas de cargas unitárias JBCe JBDpodem ser
determinadas pela equação de Fair-Whipple-Hsiao. na forma J = P Q1", Equa-
ção 2 48, com auxilio da Tabela 2.5. Logo, pela Equação I, vem:
longo som diametro de 0.10 m. De
acordo com a Tabela 3.6 pode-se
afirmar que quando s vazba pelo
CO~OYBIO lor de 1 UO,a perda de carga
localizada é igual a 2.2 m?
Logo, a vazão que sai do reservatório A será a soma Q B+~QBD= 2,45 Vs.
a) [Q = 3,14.10-3 mYs]
b) [Ah = 3,27 m , L, E 94 m]
/
I
I
Figura 3.17 Problema 3.1.
!
3.2 A determinação experimental dos coeficien-
tes e das perdas de carga localizada é feita median-
E --.
-"
D
te medidas de pressão e declividades das linhas P4 E o'
a
piezométncas, em trechos de escoamento estabelecido e 2 L
n
-
Hidráulica Básica Cap. 3
90
-
'Verdim6tio BomDm no
são disponível no ponto médio do trecho horizontal do sifao. Adote os seguintes
snmregoe~eti~niso
w.~e~~.us~.brlsh~
coeficientes de perda de carga localizada: entrada K, = 0,5, saída K = 1,0, curva
de 45" K = 0,2. Material da tubulação ferro fundido com revestimento as-
fáltico. Utilize a equação de Darcy-Weisbach.
I
3.8 Dois reservatórios, mantidos em níveis constan- N.A.
tes, são interligados em linha reta através de uma tubu-
lação de 10 m de comprimento e diâmetro D = 50 mm,
de P.V.C. rígido, como mostra o esquema daFigura 3.23.
Admitindo que a única perda de carga localizada seja
devido ?I presença de um registro de gaveta parcialmen-
te fechado, cujo comprimento equivalente é L,= 20,O m, e
usando a fórmula de Hazen-Williams, adotandb C = 145,
determine: Figura 3.23 Problema 3.8.
a) a vazão na canalização supondo que o registro
esteja colocado no ponto A;
b) idem, supondo o registro colocado iio ponto B;
C)a máxima e a mínima carga de pressão na linha, em mH20, nos casos
a e b;
d) desenhe em escala as linhas piezométrica e de energia.
Considere, em ambos os casos, a carga cinética na tubulação.
a) [QA = 4,37 USI
b) [QB = 4,37 IIs]
~ mH20, (p,ly),,,, = 0,75 mHzO, (pbly),,~,= 0,75 mH20,
c) [ ( ~ J Y =) ~-1,25
(pb/Y)már = 2,75 mH2Ol
- VI A-
I
Figura 3.25
2
Problema 3 12
3.12 O escoamento de água através de um tê é mostrado na Figura 3.25.
Uma parte do escoamento é dirigida verticalmente para cima através do ramal
(3);o restante continuana horizontal através do ramal (2). Sendo o tê simétrico
e todas as áreas iguais a A, obtenha uma expressão da variação de pressão
Ap = p2 -pt ao longo do tê em relação a Q1/Qi.Faça um gráfico de Ap/0,5pVi2
como função de Q3/Qi.Sugestão. utilize o teorema da quantidade de movimento
no volume de controle que é o próprio tê.
AH &I J
tg. = - = -- --- =J
-
JGi& (4.1)
AC LcosP cosp
Figura 4.1 Perda de carga unitána e declividade da
linha piezométnca
7
-
Hidráulica Básica Cap. 4
94
._
-
lor da vazão no trecho NP, a linha piezométrica, interrompida no trecho PX,
readquire sua declividade.
Calculando-se a adutora para fornecer uma vazão Q ao reservatório R2,
sob carga total H, sendo a linha piezométrica CD, tem-se, pela Equação 2.42.
-
PCA.
b) Traçado 3 - A canalização corta a L.C.E. e o
P.C.E., mas fica abaixo da L.C.A. Devido à pressão pró-
PCE,
pria, a água irá até o ponto G, estorvando-se (retirando- --.
-.-..
----.
L C A.
se o ar acumulado) o trecho GEF por meio de uma bomba;
o encanamento funcionará como um sifão. As condições
são piores que no caso anterior, pois o escoamento ces-
sará completamente desde que entre ar no trecho GEE
sendo necessário, portanto, escorvar novamente o sifão
para permitir o funcionamento da adutora. Figura 4.4 Traçado 3.
TT
.-; - --
-- -- - - - - -- --
Esta hipótese permite um tratamento analítico do pro-
---_,.._
.'.--
\
\
blema, usando-se as equações de resistência discutidas no
.. Capítulo 2 para o dimensionamento do sistema ou verifica-
*
Qm ção de vazões e perdas de carga.
..
--.
-... Suponha um trecho de tubulação de diâmetro constan-
--i te e rugosidade uniforme, de comprimento L, alimentado por
uma vazão Q, na extremidade de montante, sendo Q a va-
Y zão residual na extremidade de jusante, conformeFigura 4.6.
Figura 4.6 Definição de vazão equivalente
Sendo q a vazão unitária de distribuição e x uma abscissa marcada a
partir da extremidade de montante, em que a vazão residual é Q,, as segurn-
tes relações estão disponíveis:
-
cha, a linha de energia é representada por uma parábola, cujas tangentes inicial
.
e final têm inclinações correspondentes aos escoamentos uniformes de vazões
Q e Q j, conforme a Figura 4.6. Chamando de Qd = q L = Qm- Qj a vazão
total distribuída no percurso, a Equação 4.8 é aproximadamente igual a:
2 2
AH = KL- L = ~ K L Q ~ ,
3 3
-
Hidráulica Básica Cap. 4
100
-
Portanto, comparando-se a equação anterior com a Equação 4.10
verifica-se que, se a vazão na extremidade de jusante for nula, a vazão
fictícia é dada p o r
EXEMPLO 4.1
Qd = Qm - Q, = 5,0 11s
Daí, a vazão unitária de distribuição será:
-
Duas situações poderão ser analisadas: equivalência entre dois condutos
simples e equivalência entre um conduto e um sistema.
L* = Li [d"'[?] 4.87
-
~goso é proporcional ao quadrado da vazão, enquanto, no regime laminar, é
proporcional a primeira potência da vazão, semelhante a lei de Ohm V = RI.
a) Sistema em série
A característica pnncipal de tal sistema, assim como na associação de re-
sistências em série, é que o conduto é percorrido pela mesma vazão (corrente
elétrica) e a perda de carga total entre as extremidades é a soma das perdas de
carga (queda de tensão) em cada tubo. O conduto equivalente, de comprimento
L, diâmetro D e coeficiente de atrito f, a um sistema de n tubulações, pode ser
determinado como:
portanto:
b) Sistema em paralelo
O sistema em paralelo é mais complexo que o sistema em série, uma
vez que, como na associação de resistências em paralelo, há uma redistribuição
da vazão de entrada (corrente elétrica) pelos trechos inversamente proporcio-
nal às resistências hidráulicas (ôhmicas). A característica básica do esquema
6 que a perda de carga (queda de tensão) é a diferença de cotas piezométricas
(~otenciaiselétricos) na entrada e saída do sistema (circuito), de modo que a
perda de carga é a mesma em todos os trechos e a vazão de entrada é igual à
soma das vazões nos trechos.
-
-
Q
104
-- Hidráulica Básica
I
Desenvolvendo e observando que a perda de carga é constante, chega-
se a:
I
I
-
EXEMPLO 4.2
-
106 Htdráulica Básica Cap. 4
-
Pela propriedade do írecho em paralelo, as perdas de carga nos condu-
tos de 4" e de 6" de diâmetro são iguais entre si e iguais à diferença de cotas
piezométricas entre o reservatório superior e o ponto B. Deste modo.
AH,, 750 Q;
= 593,OO-580,20 = 0,0827.0,020 - ;. Q~ = 0,028m3/s
0,15'
600
AH,, = 593,OO-580,20 = 0,0827.0,020.-Q: .: Q, = 0,0114m31s
0,105
-
1 AH = ZI - Z2. A vazão pode ser determinada como:
.~.....
...... ~ ~
~.~~~~ ~
41 ?, 1
~~~~~~~
-
A questão básica é saber como as vazões são distribuídas pelos três con-
dutos na condição de regime permanente, isto é, estando o sistema em equilíbrio.
A questão fundamental para a determinação das vazões é conhecer o valor da
cota piezométnca no ponto de bifurcação, ponto B. Pela própria condição to-
pográfica do sistema, é evidente que o reservatório 1 será sempre abastecedor,
enquanto o reservatório 3 será sempre abastecido.
Seja X o valor da cota piezométrica em B. Três situações se apresentam,
a) Se X > Zz, a vazão descarregada do reservatório 1 será transferida parte
para o reservatório 2 e parte para o 3, isto é, RI abastece R2 e R3.
b) Se X = 2 2 , a vazão no conduto 2 é nula, perda de carga nula, e a va-
zão que sai de R I é integralmente transferida para R3.
C) Se X < Zz, o reservatório Rz passa a ser também abastecedor, portanto
R1 é abastecido pelos outros dois.
A determinação das vazões pode ser feita por um processo de tentativa
e erro, fixando-se o valor da cota piezométrica em B, o que define as perdas
de cargas nos três trechos, e verificando a condição de continuidade das vazões
no ponto de bifurcação. Admitindo um coeficiente de atrito único para as três
tubulações, as equações que devem ser satisfeitas são:
EXEMPLO 4.3
-
Trecho AB -AHAB= 30,0 - 24,22 = 5,78 m + JAB= 5,78 m 1810 m =
= 0,714 mil00 m
Para DAB= 0,40 m, JAII= 0,714 m1100 m e C = 130, pela Tabela 2.3,
vem:
-
ratura. Para a água a 20°C, a tensão de vapor vale 2,352 liN/m2 (0,24 mHzO),
pressão absoluta.
Como condições operacionais, o siião deve ter juntas herméticas para
evitar entrada de ar externo, o que cessaria o escoamento, e garantir uma ve-
locidade média passível de arrastar o ar ou gases desprendidos, evitando o seu
acúmulo nos pontos altos. As condições energéticas e topográficas necessárias
ao funcionamento do sifão podem ser determinadas pela aplicação da equação
de Bemoulli aos pontos de interesse.
A velocidade média, e conseqüentemente a vazão, pode ser determina-
da pela aplicação da equação de Bernoulli aos pontos A e D, ambos sujeitos
à pressão atmosférica local, computando todas as perdas de carga existentes,
na forma:
A Equação 4.27 indica que a saída do sifão deve ser tão baixa quanto
maiores forem as perdas de carga.
Aplicando a equação de Bernoulli entre os pontos A e C, chega-se a:
-
Outra condição limite de funcionamento pode ser obtida fazendo-se a
pressão no ponto alto ser igual à tensão de vapor da água p,, e então, pela ex-
pressão anterior:
-
Esta expressão é conhecida como lei dos orificios, a ser discutida pos-
teriormente, sendo um coeficiente definido como coeficiente de vazão.
EXEMPLO 4.4
a ) a vazão descarregada;
b) as coordenadas do ponto de pressão
mínima, em relação ao referencial xy, Figura 4.14 Exemplo 4 4
c ) a pressão mínima.
Em um sifão, a pressão mínima pode não ocorrer no ponto mais alto, mas
logo à sua jusante, uma vez que as perdas por atrito e na entrada podem redu-
zir mais a pressão do que o acréscimo causado pela diminuição de cota topo-
gráfica.
O comprimento de arco de uma curva plana, entre os pontos a e b, é
dado por:
I
Desprezando-s410dBS as perdas de
carga. podere alimar que a pissseo
na ponto mais alta de um sifsa
independcdavazso?
AH 4,O dy = 0 . 2 . ~+ x =0,77 m
J=- - = 0,153 mlm = -
L,, 17,814+8,33 dx
-
A continuidade do escoamento entre a superfície do reservatório e a saída
da tubulação, de área AI, permite escrever:
d Vol dz
Q=v.A, = P Jz . A , = - d t = -A,(z).- d t
A relação entre a variação dos níveis d'água com o tempo é dada por:
- - dz,
z 2 -- z -1 H + - - - -dz, dH
dt dt dt
dz, -
-- -.d H 1
dt dt (I+A,/A,)
4.9 PROBLEMAS
-
dade de jusante seja nula. Determine a perda de carga total na adutora, des-
prezando as perdas localizadas ao longo da adutora.
[AH = 19,61 m]
4.4 Quando água é bombeada através de uma tubulação A, com uma vazão
de 0.20 m3/s, a queda de pressão é de 60 kN/mZ, e através de uma tubulação
B, com uma vazão de 0,15 m3/s, a queda de pressão é de 50 kN/mZ.Determi-
ne a queda de pressão que ocorre quando 0,17 m3/s de água são bombeados
através das duas tubulações, se elas são conectadas a) em série, b) em parale-
lo. Neste último, caso calcule as vazões em cada tubulação. Use a fórmulade
Darcy-Weisbach.
a) [Ap = 107,6 kN/mZ]
b) [Ap = 13,l l<N/mZ;QA= 0,0933 m'ls; QB= 0,0767 m3/s]
-
b) a cota piezométrica no ponta A. ...
. ..
.......
...-- - --------.
...
...
......
..----
7--
Despreze as perdas localizadas e a carga cinética.
a) [H = 15 m] b) [C.PA= 8,78 m] - L,. D1
"-JJ4
Li, DI
4.6 Uma localidade é abastecida de água a partir dos re-
servatórios C e D, do sistema de adutoras mostrado na Fi- LZ.D> @
-
gura4.19. As máximas vazões nas adutoras CA e DA são d e
8,O 11s e 12,O i/s, respectivamente. Determine: Figura 4.18 Problema 4.5.
a) os diâmetros dos trechos CA e DA, para vazão
máxima de 20,O Vs na extremidade B do ramal AB,
de diâmetro igual a 0,20 m, sendo a carga
de pressão disponível em B igual a 30
mH20;
b) a vazão que afluiria de cada reservatório ao .....
....
se produzir uma mptura na extremidade B.
Todas as tubulações são de ferro fundido
novo, C = 130. Despreze as cargas cinéticas nas tu-
bulações.
a) [DCA= DDA= 0,10 m]
Figura 4.19 Problema4.6.
b) [QCAE18,3 11s: QDAE 15,O I/s]
-
4.8 Três reservatórios A, B e C são conectados por três tubulações que se
juntam no ponto J. O nível do reservatório B está 20 m acima do nível de C e
o nível de A está 40 m acima de B. Uma válvula de coiitrole de vazão é insta-
lada na tubulação AJ, imediatamente a montante de J. A equação de resistên-
cia de todas as tubulações e da válvula é dada por, AH(m) = rQ2, em que r é 0
coeficiente de resistência e Q, a vazão em m'is. Os valores de r para as três tu-
bulações são: r,, = 150, rgj = 200 e r,, = 300. Determine o
valor do coeficiente r de resistência da válvula AHv(m) =
rQ2 para que a vazão que chega ao resei-vatório C seja o
dobro da que chega ao reservatório B.
.....
4.9 O esquema de adutoras mostrado na Figura 4.21 faz
72u.11 650 rn parte de um sistema de distribuição de água em uma cidade,
cu.ja rede se inicia no ponto B. Quando a carga de pressão
disoonível no nonto B for de 20,0 inHiO, determine a vazão
F i y r a 4.21 Ploblcina 4 9 no trecho AB e verifique se o reservatói-io I1 é abastecido ou
abastecedor. Nesta situação, qual a vazão QB que está indo
para a rede de distribuição? A partir de qual valor da carga
de pressão em B a rede é abaitecida somente pelo reservatório
I? Material das tubulações: aço rebitado iiovo. Despreze
as perdas localizadas e as cargas cinéticas e utilize a fór-
mula de Hazen-Williams.
[QAB = 42,93 11s; abastecido;
Qn = 27,97 11s; psly > 15 mHzO]
4.10 No sistema de abastecimento d'água mostrado na
Figura 4.22, todas as tubulações têm fator de atrito f =
Figura 4.22 Prableina 4 10 0,021 e, no ponto B, há uma derivação de 5,0 Vs. Despre-
zando as perdas de carga localizadas e as cargas cinéticas,
determine a carga de pressão disponível no ponto A e as
vazões nos trechos em paralelo.
..: . . . , .
-
a) a carga de pressão mínima i10 sistema deve ser de 2,O mH?O;
b) as vazões que chegam aos reservatórios E e D devem ser iguais
Despreze as perdas de carga localizadas e as cargas cinéticas.
[DAB= 0,20 m; DBC= 0,15 in; DCE= 0.10 m]
I
I5 m<.>
.....~...
......- ~
~~~~~. ~ - .
~ ~ ~
C
Figura 4.24 Problema 4.16.
. -b
. . ~ ~ ~.....................
. . ~ ~ . ~ . .~.~ ~
D
4.16 Um reservatório alimenta uma tubulação de 200 mm de
diâmetro e 300 m de comprimento, a qual se divide em duas tu-
bulações de 150 mm de diâmetro e 150 m de comprimento,
como na Figura 4.24. Ambos os trechos estão totalmente abertos
para a atmosfera nas suas extremidades. O trecho BD possui
saídas uniformemente distribuídas,ao longo de seu comprimen-
to, de maneira que metade da água que entra é descarregada ao
longo de seu comprimento. As extremidades dos dois trechos
estão na mesma cota geométrica e 15 m abaixo do nível d'àgua
do reservatório. Calcule a vazão em cada trecho adotando
f = 0,024, desprezando as perdas localizadas e a carga cinética
nas tubulações.
Resolva o problema de duas maneiras primeiro, usando no trecho BD
o conceito de vazão fictícia e, segundo, determinando a perda de carga distri-
buída em um elemento de comprimento dL e depois fazendo a integração de
O a L (de B até D):
[QAE= 0,076 m7/s;Qnc = 0,033 m3/s; QBD= 0,043 m3/s]
I
5.2 ALTURA TOTAL DE ELEVAÇÁOE
ALTURA MANOMETRICA
Na Seção 1.5 foi definida a altu-
ra total de elevação de uma bomba
como a diferença entre a carga ou
energia do escoamento à saída e à en-
trada da bomba Veremos agora outras
definições importantes de alturas ou
cargas em sistemas elevatórios
Com referência à Figura 5 1, na
qual sáo mostradas as linhas de energia e
piezométnca em dois esquemas de bom-
2 , : cata do nível d'águgua no reservatório inferior Ri.
21:cota da nível d'água no rescrvatúrio superior Ra.
beamento, bomba afogada e náo afogada
Zb: cota de assentamento do eixo da bomba. de eixo horizontal, a seguinte terminolo-
Z:cota da linha de energia relativa, na entrada ds bomba. gia será adotada (ver definições abaixo
2.: cata da lanha de energia relativa, na saída da bomba.
C,: Fora da linha piezoméitica relativa, na entrada da bomba. da figura).
C,: cota da linha piezométrica relativa. na saída da bomba.
Z = Z, - Zb:alrura esriitico de succão. diferenpa de cotas entre o nível do eixo da b m b a e
Das definições anteriores e dos
a superfície livre do reservaótia inferior, negativa no esquema ri (bomba não afogada) e po- esquemas da Figura 5.1, podem-se ex-
sitiuu no esquems h (bomba afogada). trair as seguintes relações:
a
L = õ - olturo esrdrica de recolque, diferença de cotas entre o nível em que o líquido é
abandonada ao sair da tubula$ão de recdque e o nível do eixo da bomba.
H, = Zz - Zi: altura genmérrico ou altura estárico rarai, diferença entre os níveis de água dos
~..... -..
...
.
r?~r""nótinr,
-
H, = C. L: alrwo monomPrico de suc@o. carga de pressão relativa disponível na entrada da
bamba. em relaçao ao plano honzontol de cota Zb ; negativa no esquema a e positiva na h
H, = C. - Z h : alium ma~iométricude ncalque, cama- de .riressão relativa dis~onívelna saída
da bomba, em relaçáo ao plano horizontal de cata7.a.
H, = C, - C, = H, - H,: altura manométrica roral, diferencial entre as cargas de pressão re
lativas na saída e na entrada dn bomba.
AH, = 28 - Z: perda de carga total. disribuída e localizada, na tubulaqão de suc~ão.
AH, = Z - 22:perda de cargs total, distnbuida e localizada, na tubulaçáo de recalque. Pela Equação 5.1, se as tubula-
ções de recalque e sucção tiverem diâ-
metros iguais, a altura total de elevação
se confunde com a altura manométrica.
v: carga mnétlca na tubulaçao de reealque
- Em geral, a tubulação de sucção tem
2g
um diâmetro comercial imediatamente
h, = Z - Za =H. v: = Z + AH,.
+- altura total de sucção
superior ao da tubulação de recalque,
2g para diminuir a velocidade e ocorrer
menores perdas de carga. A Equação
h, = Z - Zb = H, +-v: = L + AH. altura total de recalque 5.2 fornece um resultado importante
2g
H = Z, - Z altura ou carga total de eleva@a para o cálculo da altura total de ele-
vação e, conseqüentemente, da po-
tência necessária à bomba.
Figura 5.1 Linhas de energia e piezométrica em uma instalaçSo de bomba.
Cap. 5 Sistemas Elevatórios - Cavitação
I I
lZ5
9,8.QH 103.QH
Pot = (kW) ou Pot = (CV) Q(m3/s) e H(m) (5.3)
11 75 q
em que q é o coeficiente de rendimento global da bomba, que depende
basicamente do porte e características do equipamento.
r A potência elétrica fornecida pelo motor que aciona a bomba, sendo
umseu rendimento global, é dada por:
9,8. Q H 103.Q H
Pot, = (kW) ou Pot, = (cv)
75.q.11,
e = e , + K - P D com K ( l
20
-
Cap. 5 -
Sistemas Elevatórios Cavitaçáo
127
-
i Deste modo, o peso d a unidade de comprimento da tubulação, pela
Equação 5.6, fica:
1 2 Ja~qilesAntome C1
engenhsiro e ~ m < e
A Equação 5.13 será usada posteriormente para desenvolver a fór-
1 mula de Bresse,' para o cálculo do diâmetro econômico de uma tubulação
de recalque.
-
na forma J = KQ"/Dm.Como o único parâmetro de projeto conhecido é a
vazão Q a ser recalcada, tem-se um problema com três incógnitas, J, D e
V, e duas equações, portanto um problema indeterminado
Se o diâmetro adotado for relativamente grande, resultarão perdas
de carga pequenas, portanto a altura total de elevação H = H, + AH e a po-
tência do conjunto elevatório necessária serao relativamente pequenas,
com custos menores, enquanto o custo da linha adutora será alto. Se, ao
contrário, o diâmetro adotado for relativamente pequeno, a linha adutora
terá custo baixo, enquanto as perdas de carga serão altas e o conjunto
elevatório ficará mais caro por exigir uma potência maior.
Como a vazão e a altura geométrica são fixas, os custos totais da
linha adutora e do conjunto elevatório, incluindo o custo anual de energia
elétrica, dependem, de modos opostos, do diâmetro escolhido. Assim,
existirá um diâmetro conveniente para o qual o custo total do projeto, in-
cluindo a abertura de valas, assentamento de tubulações, consumo de
energia elétrica, unidade de reserva do gmpo motor-bomba e custo eco-
nômico do capital investido (taxa de juros e amortização), será mínimo.
Para uma adutora de comprimento L, diâmetro D e uma taxa de en-
cargo financeiro t ouros e amortização do capital), o gasto anual global
pode ser calculado por:
9,8.Q.(H, + J .L)
Custo, = .N.T.A
rlrlm
-
14
cessário para vencer somente o desnível topográfico H,,
quando a perda de carga se torna desprezível
A soma das curvas 1 e 2, que corresponde ao en-
cargo anual da instalação, e o diâmetro conveniente, ou
drâmerro econômlco De, que é aquele que torna a soma
dos custos mínima, estão mostrados na Figura 5.2.
._
de onde, finalmente:
-
em que X é a fração do dia, isto é, o número de horas de funcionamento do
sistema dividido por 24. Em qualquer caso, o diâmetro encontrado deve ser
aproximado para o diâmetro comercial mais conveniente.
EXEMPLO 5.1
-
Tabela 5.1 Determinação do custo total anual de um sistema elevatório
ees~
sc USP bdshs na drea Ensino
-
a vencer grandes cargas com vazões relativamente baixas, em que
o acréscimo de pressão é causado principalmente pela ação da for-
ça centrífuga, Figura 5.4a.
-
Hldraulica Básica Cap. 5
134
-
De modo análogo, combinando-se os adimensionais n3, coeficiente
de potência, e iIl, chega-se a:
Ns =
;i
=E= W~ Pot2 (gWSi4 [W (radls)] (5.20)
-..-.s
CLL"p4.d-
~ d d .C \ +
Mi, fAf
(9.
gJ
-. N, =- .H3I4
\ I a com n(rpm), Q(m3/s) e H(m) (5.21)
nC"@,
-
i
&
N,= -~514 com n(rpm), Pot(cv) e H(m) (5.22)
nJQ p&r=g&!U
N,= 3,65. -
H 314
~ Cap 5 Sistemas Elevatórios - Cavitaçáo
-
coeficientes adimensionais são iguais, para pontos homólogos de suas cur-
vas características, as leis de semelhança que governam as relações entre t a s
pontos homólogos podem ser estabelecidas, para p = cte , como segue:
1
Q -
n2= cte. = 1
nl D: - n2D: " Q,
Ii4 = cte. = ? q2
=li (5.3 1)
13'
- -
catálogos, curvas dimensionais da altura de elevação em função da vazão,
-
H = f(Q), da potência necessária em função da vazão, Pot = f(Q), e do ren-
dirnento em função da vazão, q = f(Q).
As curvas características de uma bomba são obtidas experimentalmente em
um banco de ensaio, no qual, para cada vazão recalcada, são medidas a vazão e
a altura de elevação, com auxílio de manômetros, e o torque no eixo da má-
quina. Para cada par de valores de Q e H, a potência útil ou hidráulica é dada por:
EXEMPLO 5.2
I I139
= KQ"
-7
-
Hidráulica Básica Cap. 5
-
Esta equação é genericamente chamada de resutência do sistema, repre-
sentando as características geoméhicas da associação e o material das tubulações.
Para manutenção da vazâo Q através do sistema de recalque, uma certa quantida-
de de energia E deve ser fomecicia. No escoamento por gravidade entre dois reser-
vatórios, como foi visto, a diferença de nível AZ (diferença de energia
potencial) é a responsável pela manutenção da vazão, de modo que no
equilíbrio tem-se:
Figora 5.8
o m i; ,,o
J, H*
o: iii <!I
Curva característica de um sistema.
Q1b.)
Conhecendo o diâmetro, comprimento e coeficiente
de rugosidade das tubulações ou da tubulação equivalente, a
Equação 5.37 pode ser posta em forma gráfica, com o expo-
ente n = 2 da fórmula universal, como na Figura 5.8.
Cap. 5 Sistemas Elevatórios - Cavltaçáo 141
-
lação, pela Equação 5.37, e leva-se ao gráfico da curva da
bomba. Como a vazão bombeada é igual à soma das vazões
nas tubulações, e a perda de carga é a mesma, para determ-
nar a curva característica do sistema (resultante)basta somar
graficamente, para cada valor de H, as vazões nas tubula-
ções. A Figura 5.10 mostra o procedimento para desenhar a
curva resultante de um sistema com duas tubulações, T-1 e
T-2, em paralelo e uma única altura geométrica. Para um
certo valor de H, a distância xy corresponde à vazão veicu-
lada pela tubulação T-1, que deslocada na mesma horizontal
m'ls)
Q, QI + Q I e marcada a partir da vazão que passa pela tubulação T-2,
Figura 5.10 Associacáo de duas tubulações em paralelo. gera um ponto da curva resultante da associação. O proces-
so é repetido para outros valores de H a fim de desenhar a
curva resultante, curva do sistema. A metodologia é a mes-
ma para três ou mais tubulaçóes em paralelo. Na Figura 5.10, A é o ponto de
funcionamento do sistema que corresponde a uma vazão total recalcada q,; qi e
q2 são as vazões que passam pelas tubulações T-1 e T-2; e evidentemente a va-
zão qt é a soma das vazões qi e qz.
Uma outra solução gráfica intermediária para este problema é, pri-
meiro transformar o sistema em paralelo em uma tubulação equivalente,
de um diâmetro comercial fixado, usando a Equação 4.20 ou a Equação
4.21, e depois traçar a curva característica da tubulação equivalente no
gráfico da curva da bomba, o ponto de cruzamento das duas curvas forne-
cerá a vazão total do sistema.
Se a curva característica da bomba for dada em forma de tabela, H = f(Q)
e q = f(Q), a determinação das curvas características das tubulações, da curva
resultante da associação em paralelo e do ponto de funcionamento da bomba
será feita com o uso de uma planilha eletrônica, como no Exemplo 5.3.
Fu yin
EXEMPLO 5.3\
Uma bomba centrífuga, com rotação igual 1750 rpm e curva caracte-
rística dada pela tabela a seguir, está conectada a um sistema de elevação de
água que consta de duas tubulações em paralelo e dois reservatórios. Uma
tubulação de 0,10 m de diâmetro, comprimento de 360 m e fator de atrito
f = 0,015 está ligada ao reservatório com nível d'água na cota 800,00 m, e
a outra, de 0,15 m de diâmetro, comprimento de 900 m e fator de atrito f =
0,030, está ligada ao reservatório com nível d'água na cota 810,00 m O re-
servatóno inferior tem nível d'água na cota 780,00 m. A s s u m d o que os fa-
tores de atrito sejam constantes, independentes da vazão, determine:
-
-
a j o ponto de funcionamento do sistema,
6 ) as vazões e m cada tubulação da associação;
c) a potência necessária à bomba.
O O
c/ Pot = 9'8'0'030 34 = 14,28 kW (19,42 cv) O 0005 001 0015 0 0 2 0025 0 0 3 0035 004 0045 0 0 5 0055
0,70 Q ím'ii)
H~dráulicaBásica Cap. 5
144
-
Deve ser observado, na Figura 5.1 1, que, até uma vazão de aproximada-
mente 0,014 m3/s (linha pontilhada), o escoamento é duecionado para a adutora
T-1que liga o reservatório mais baixo. Somente quando a altura de elevação da
bomba superar 30 m, altura geométnca do reservatóno mais alto, é que ambos
os reservatórios serão abastecidos.
-
duas bombas iguais em série é obtida duplicando-se, na vertical, os valores
de H, para cada vazão, enquanto a característica da associação em paralelo
é obtida duplicando-se, na horizontal, os valores de Q, para cada altura total
de elevação.
Na associaçáo em série, a curva característica da tubulação T-1 corta a re-
sultante no ponto D, ponto de funcionamento do sistema em série, e cada bomba
da associação funcionará no ponto E, recalcando a mesma vazão Q, e fomecen-
do uma altura total de elevação igual à metade da altura de elevação do sistema.
Na associação em paralelo, a curva característica da tubulação T-2
corta a curva resultante no ponto A, ponto de funcionamento do sistema em
paralelo, e cada bomba da associação funcionará no ponto B, recalcando
uma vazão QB= 0,s QAsob a mesma altura total de elevação. Quanto à as-
sociação em paralelo, é importante observar que:
a ) o ponto C representa o ponto de funcionamento de uma única
bomba operando isoladamente no sistema T-2;
b ) o ponto B representa o ponto de funcionamento de cada bomba
operando conjuntamente no sistema T-2; '
i
c) pela própria curvatura da curva característica da tubulação, tem-
se sempre que QA < 2 Qc, isto é, associando-se duas bombas
iguais em paralelo, não s e consegue dobrar a vazão correspon-
dente a uma única bomba instalada no sistema;
d ) se na associação em paralelo uma das bombas parar de funcionar,
a unidade que fica em operação tem seu ponto de funcionamento
deslocado de B para C, em que, a despeito da diminuição da altu-
ra total de elevação, há um aumento de potência necessária pelo
aumento na vazão. É no ponto C que a potência necessária do
motor elétrico deve ser calculada.
Os casos representados na Figura 5.12 para as tubulações T-I e T-2 são
somente demonstração geral de que cada caso de associação de bombas em
série ou paralelo deve ser estudado individualmente. A resposta para a melhor
soIução depende, obviamente, do aspecto da curva característica da bomba e
também da curva característica do sistema. Por isso. em geral, para a associa-
ção de duas ou mais bombas, é recomendável que as bombas sejam iguais.
Sempre se deve procurar uma solução em que o ponto de funcionamento de
cada bomba na associação esteja próximo ao ponto de rendimento ótimo.
EXEMPLO 5.4
9,8QH
Pot = -- 9,8'0,027'14 = 4,74 kw (6,46 H lml n WI
11 0,78 90
80
-
Na montagem da planilha, via EXCEL, deve ser observado que, para a
associação em série, as vazões, coluna 2, são repetidas abaixo da sequência
onginal e as alturas de elevação são duplicadas e deslocadas a direita para a co-
luna 4. Na associação em paralelo, as vazões são duplicadas e deslocadas
para baixo e as alturas de elevação, manudas e deslocadas para a coluna 5. 1
Selecionando todas as células da planilha, o gráfico da Figura 5 13 é gerado.
-
I
m) Em instalações com bombas em paralelo e um único reservatório
I
inferior, deve-se empregar tubulações de sucção independentes.
I n) Recomenda-se manter sempre uma unidade de reserva para qualquer
I eventualidade de parada da bomba e para manutenção do sistema.
o ) É convenienteque a partida e a parada do grupo motor-bomba
1 seja feita com o registro da tubulação de recalque fechado.
p) É importante que se tenha um programa de manutenção eletrome-
cânica, de modo a garantir que o sistema tenha vida longa e livre de
avarias
! retenção tipo leve, registro de gaveta, duas curvas de 45" e uma curva de
90°R 0 = 1. Determine o tipo da bomba, diâmetro do rotor, rendimento no pon-
to de funcionamento, potência necessária à bomba e potência elétrica do motor.
Trata-se de uma aplicação padrão no assunto, em que, a partir do es-
tabelecimento da vazão necessária à demanda do projeto, a adutora de
recalque é dimensionada por um critério econõmico e, para o diâmetro da
canalização de sucção, em geral, é adotado o comercial imediatamente su-
perior ao de recalque. A altura total de elevação da bomba é calculada pela
Equação 5.2,utilizando-se o método dos comprimentos equivalentes para o
cálculo das perdas de carga totais no recalque e sucção.
a ) Cálculo das perdas de carga na sucção e no recalque.
Da Tabela 3.6, tiram-se os comprimentos equivalentes aos acessórios
existentes nas tubulações de sucção e recalque, apresentados na tabela a seguir.
Hidráulica Básica Cap. 5
152
-
Sucção (D, = 0,15 m) Recalque (D, = 0,10 m)
0,537
AH, = J, .L, = 45,87 = 0,25 m e AH, = J;L, =
1O0
Figura 5.15 Cumas características das bombas KSB b) Cálculo da altura total de elevação, tipo e carac-
MEGANORM 50-315 terísticas da bomba.
Pela Equação 5.2, tem-se H = Hg + AHs + AHr =
= 23 + 0,25 + 19,06 = 42,31 m.
Fixada a rotação, com a vazão e a altura total de elevação, escolhe-se em
um catálogo de fabncante uma bomba que satisfaça tais condições e tenha no
ponto de funcionamento um rendimento razoável. Evidentemente, a solução
não é única, pois para cada fabricante poderá existir ao menos uma bomba re-
comendável.
Utilizando-se a Figura 5.14, para Q = 54 m'/h e H = 42,31 m, uma solução
possível seria uma bomba KSB-MEGANORM tamanho 50-315, a 1750 rpm,
cujo diagrama em colma é mostrado na Figura 5.15.
Para o ponto de funcionamento Q = 54 m3/h e H = 42.31 m, na Fi-
gura 5.15, uma bomba com diâmetro do rotor igual a 307 mm é suficiente
e o rendimento será 11 5 61 %. Se o ponto cair entre duas curvas, deve-se
Cap. 5 Sistemas Elevatórios - Cavltaçáo
adotar o rotor de diâmetro maior e verificar, traçando-se a curva caracte- ,dPsHoz& -0-R25-4f
rística do sistema de tubulações, o novo ponto de funcionamento que terá a' J
,34,-& CID .I*
vazão e altura de elevação ligeiramente maiores que as iniciais. c k ULX
Pot = 9'8'Q'H - 9'80'015'42'31 = 10,19 kW (13,87 cv) (13,67 hp) dPsug \, h3P~\.\~
rl 0,61
"n& -a," cu.k ,,,
O motor deve ter uma potência elétrica superior à absorvida pela
bomba, cujo acréscimo, em relação à potência da bomba, depende do tipo
e tamanho desta. Os acréscimos na potência da bomba, recomendados em
(4), são dados na tabela abaixo.
; :p8g"6i*
,qi.Bb&8i:; , , .,&g.;$i&5:
;:.j: :c
até 2 h p 50%
2a5hp 30%
5a10hp 20%
10 a 2 0 hp 15%
maior que 20 hp 10% "Agua mole em p d r a dura tanto bate
ate que fura."
5.9 CAVITAÇAO
5.9.1 O FENOMENO
Quando um líquido em escoamento, em
uma determinada temperatura, passa por uma região
de baixa pressão, chegando a atingir o nível corres-
pondente à sua pressão de vapor, naquela temperatu-
ra, formam-se bolhas de vapor que provocam de
imediato uma diminuição da massa específica do 1í-
quido. Estas bolhas ou cavidades sendo arrastadas
no seio do escoamento atingem regiões em que a
pressão reinante é maior que a pressão existente na Figura 5.16 Efeito da cavitaç.o sobre rofor de uma bomba
1 região onde elas se formaram. Esta bmsca variação
de pressão provoca o colapso das bolhas por um pro-
cesso de implosão. Este processo de criação e colapso das bolhas, chamado
cavitação,é extremamente rápido, chegando à ordem de centésimos de segun-
-
Hidráulica Básica Cap. 5
154
og*,u;a S;yC*V -
L -
,-.-c&
v2 - P
PZ + -
N.P.S.H., = - '
Y 2g Y
em que p,ly é a pressão de vapor da água ou tensão d e saturação do va-
1 por, em uma determinada temperatura.
Aplicando-se a equação d a energia entre a superfície do reservató-
rio e a entrada da bomba, vem:
em que:
1 . v:-0
-- (nível constante)
I
I
2g
zi = O (referencial)
= Z (altura estática de sucção)
AH, (somatório de todas as perdas de carga até a entrada da bomba)
Portanto, fica:
Y
-
Hidráulica Basica Cap. 5
156
_L
7,
. 8
Z,=+
I
N.P.S.H., -
Y
em que o sinal positivo corresponde à bomba afogada (Equação 5.44).
-
em que H é a altura total de elevação da bomba. Na equação anterior, o coefici-
II ente de cavitação de Thoma é interpretado como a relação entre a energia dis-
ponível no ponto critico, representada pela carga cinética, e a energia total H.
I Quando p, + p,, a cavitação toma-se iminente no ponto crítico, e obser-
vando que o numerador da Equação 5.50 é o N.P.S.H., o coeficiente de cavi-
, tação de Thoma é dado por:
I
-
Hidráulica Básica Cap. 5
160
-
fase final do projeto, quando já se tem especificado o tipo de equipamento e,
portanto, as curvas características completas. Já o critério do coeficiente de
cavitação o deve ser usado em fase de anteprojeto quando ainda não se defini-
ram as especificações. Ele fornece uma primeira indicação sobre a máxima al-
tura estática de sucção, e o único parâmetro necessário ao cálculo, além da
vazão e da altura de elevação, é a rotação em que a bomba irá operar. Este
critério é tanto mais preciso quanto mais próximo do ponto de ótimo ren-
dimento da bomba ele for usado.
/
EXEMPLO d6
1
A bomba mostrada na Figura 5.20 deverá recalcar uma vazão de 30 m3/h
comuma rotação de 1750 rpm e, para esta vazão, o N.P.S.H. requerido é de 250
m. A instalação está na cota 834.50 m e a temperaíura média da água é de 20" C.
Determinar o valor do comprimento xpara que a folga entre o N.P.S.H. dispo-
nível e o requerido seja de 3,80 m. Diâmetro da tubulação 3", material da tubu-
iapao r.v . ngiuu,
~ çuciiLicnlr ur rugubiuauc ua iuiiiiuia ur: ~ L ~ L ; c ~ ~ - LYL VL L ~ L ~ L
> =
760 - 0,081~834,50
= 13,6.( ) = 9,42 mH,O
Y 1O00
Figura 5.20
UCI
Exemplo 5.6.
Pela Tabela 5 2, a pieisão de vapor da água a 20' C
vale p,/y = 0,24 mH?O e, pela Figura 5 20, a altura estática
de sucção é Z = 834,50 - 833,lO = 1,40 m
Como:
N.P.S.H., = p 8 - I ' ~ - Z - A H ,
Y
vem:
EXEMPLO 5.7
1760&%
N, = 3,65 = 189,6 (centrífuga rápida)
37,s0.'"
I 0,= 0,22 =
9,62 - 0,20 - h,,,,
26,5
.: h, = 339 m
1 5.10 PROBLEMAS
-
3,2 m. Selecione a bomba mais indicada para o Justifique. Para a bomba
selecionada, qual a potência requenda? Despreze
-
que o ponto de cruzamento da curva da associação em paralelo com a
curva da associação em série, que é o ponto de funcionamento, também
pertence à curva característica da tubulação, que é representada pela fór-
mula de Hazen-Williams.
5
eficiente da fórmula de Bresse K = 1.5, diâmetro de
recalque igual ao diâmetro de sucção, comprimentos
-
.E
23
21
reais das tubulações de sucção e recalque, respectiva-
1 mente, de 6,O m e 674,O m, comprimentos equivalen- 19
\
tura geométrica de 20 m. Com a curva característica de O 2 4 6 8 10 12 14 ,G
uma bomba, indicada na Figura 5.22, determine: Q (tis)
a) Associando em paralelo duas destas bom- Figura 5.22 Pmblema5.4.
bas, obtém-se a vazão desejada?
b) Em caso afirmativo, qual a vazão em cada bomba?
c) Qual a vazão e a altura de elevação fornecidas por uma bomba
I
I isoladamente instalada no sistema?
d) Que verificações devem ser feitas antes de escolher a bomba, de
acordo com os pontos de funcionamento obtidos?
-
164 Hidraulica Básica Cap. 5
-
dos por uma tubulação de 6" de diâmetro, 1025 m de comprimento e fator de
atrito f = 0,025. Desejando-se aumentar a capacidade de vazão do sistema,
instalou-se, imediatamente na saída do reservatório superior, uma bomba cen-
trífuga cuja curva característica é dada na tabela a seguir. Desprezando as per-
das de carga localizadas e a perda de carga na sucção, determine a nova vazão
recalcada, a cota piezométrica na saída da bomba e a potência requenda. Ob-
serve que, no caso, a altura geométrica na Equação 5.38 é negativa.
a)[Q=89m'lh,H=40m,q=76%;Q=68m'/h,H=45m,?l=64%]
b) [n = 1900 rpm]
c) [Pot = 18,96 kW (25,78 cv)]
-
têm diâmetro de 4", fator de atrito f = 0,030 e os seguintes aces- ~i,,,) 2a
N.P.S.H.(a>)
sórios: na sucção, de 6,O m comprimento real, existe uma vál- 20
5.11 Qual deve ser a rotação específica de uma bomba para recalcar
0,567 m31s de água através de uma adutora de 3050 m de comprimento, diâ-
metro de 0,60 m e fator de atrito f = 0,020, altura geométrica nula, com ro-
tação de 1750 rpm?
Qual deve ser a rotação específica se duas bombas idênticas e iguais a
esta são instaladas em paralelo e em série?
5.12 Uma bomba transfere água entre dois reservatórios mantidos no mesmo
nível, altura geométrica nula. O eixo da bomba está situado 1,83 m acima do
-7
-
-
nível d'água de ambos os reservatórios.Para uma rotação de 1200 rpm, a vazão
descarregada é de 6,82 Vs e as perdas de carga totais na sucção e no recalque
valem, respectivamente, 2,44m e 9,15 m. Até que valores podem chegar a ro-
ração da bomba e a vazão recalcada, sem ocorrer cavitação, se o coeficiente de
cavitação crítico vale o, = 0,045? Assuma que a bomba trabalha com um rendi-
mento máximo constante e que a pressão atmosférica e a pressão de vapor da
água correspondem, respectivamente, a 10.33 mH?O e 0,26 mHzO. Que tipo de
bomba é recomendado para este trabalho? Utilize uma equação de resistênciii,
pai2 o cálculo das perda!: de carga, na foima, AH = const . Q2.
[Q = O,01 I4 m'ls, nz = 2000,6 rpm; N, = 57,6 (centrífuga lenta)]
12
-- 10
5.14 Uma bomba centrífuga está montada em uma cota topográfica
0 8
'
a
I
s
de 845,00 m, em uma instalação de recalque cuja tubulação de sucção
tem 3,5 m de comprimento, 4" de diâmetro, em P.V.C. ngido, C = 150,
1 4
a constando de uma válvula de pé com crivo e um joelho 90°. Para um
r 2
recalque de água na temperatura de 20" C e uma curva do N.P.S.H. re-
o querido dada pela Figura 5.25, deteimine a máxima vazão a ser re-
O 10 15 20 25 30
verao IltS) calcada para a cavitação incipiente. Se a vazão recalcada for .igual a 15
Ils, qual a folga entre o N.P.S.H. disponível e o N.P.S.H. requerido.
Figura 5.25 Problema 5 14
Altura estática de sucção igual a 2,O m e a bomba é não afogada.
Cap 5 Sistemas Elevatorios- Cavitaçao 167
N1
[Qm6,= 20 11s; Folga = 3,2 lu]
50
5.15 A curva característica de uma bomba centrífuga
40
é dada na Figura 5.26. Quando duas bombas iguais a
esta são associadas em série ou em paralelo, a vazão
-
E 30
I
através do sistema é a mesma. Determine a vazão bom-
?O
beada por uma única bomba quando instalada no mes-
mo sistema. A altura geométrica é igual a 10 m e utilize 10
a equação de Darcy-Weisbach.
11
[Q 14,5 m7/h] i! 5 111 11 20 25 30 31 41, 41
Q ,m 'ilil
5.16 No sistema de bombeamento mostrado tia Figura Figura 5.26 Problema 5.15.
5.27a para a vazão de recalque igual a 16 Ils, a perda de
carga total na tubulação de sucção da bomba B I é de
1,40 m. Para esta vazzo, o N.P.S.H. requerido pela bomba B2 é igual a 5,O m.
Preteiidendo-se que a folga entre o N.P.S.H. disponível e o N.P.S.H. requerido
pela bomba B2 seja igual a 3,20 m, calcule o máximo coinpnmento do trecho da
adutora entre as duas bombas. Toda a adutora, sucção e recalque é de P.V.C. I-í-
gido C = 150, de 4" de diâmetro. Temperatura média da água de 20" C.
Dado curva característica da bomba Bi. Despi-eze as perdas localizadas iio
recalque.
e,,
-
perdas de carga localizadas na tubulação de recalque, a carga cinética e sa-
bendo que a tubulação de sucção com 3,50 m de comprimento possui uma
válvula de pé com cnvo e um cotovelo raio curto 90°, determine
a) a vazão que chega ao reservatório superior;
b) a carga d e pressáo disponível na entrada da bomba;
c) a altura manométrica da bomba;
d) a potência necessária à bomba, supondo rendimento de 65%,
e) a potência necessária ao motor elétrico comercial
a) [Q = 7,85 Ils]; b) [p/y= - 2,98 mHiO]; c) [H, = 43,XO m];
d) [Pata = 12.89 cvj; e) [Por. = l i hp]
5.18 O sistema de bombeamento mostrado na Figura 5.29
consiste de duas bombas iguais, instaladas em paralelo, e duas
tubulações de mesmo diâmetro, comprimento e coeficiente de
nigosidade. Usando a fórmula de Hazen-Williams e conhecen-
do a curva característica de uma bomba e a curva característi-
ca do sistema de tubulações, determine a vazão em cada
Figura 5.28 Problema 5.17. tubulação e a cota piezométrica na saída das bombas. Despre-
ze as perdas localizadas e as cargas cinéticas nas tubulações.
H(,") 50
45
40
35
30
25
20
15
10
O
O 25 5 7,s 10 12.5 15 17,s 20
Q (mXIhih)
Figura 5.29 Problema 5 18.
REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
I
aplicação importante, dentro do projeto de abastecimento de água, é o di-
" V B ~ Ouma mulher de samaria a tirar
mensionamento ou verificação das redes de distribuição de água. 6gua. ~ a s u ilhe diire: ' ~ 6 - m ede
beber'."
Um sistema de distribuiçáo de água é o conjunto de tubulações, acessó-
rios, reservatórios, bombas etc., que tem a finalidade de atender, dentro de con- 4-71
~JMO
-
Ponta seca A rede é classificada como ramificada quaI"
do o abastecimento se faz a partir de uma tubulação
Rescwatdiio tronco, alimentada por um reservatório de montante
de inoiitunte
ou mesmo sob pressão de um bombeamento, e a
distribuição da água é feita diretamente para os
condutos secundários, e o sentido da vazão em
Secundária
qualquer trecho da rede é conhecido. Esta concep-
ção geométrica é utilizada para o abastecimento de
pequenas comunidades, acampamentos, granjas,
Figura 6.1 Esquema de uma rede ramificada. sistemas de irrigação por aspersão etc. A Figura 6.1
apresenta um esquema desse tipo de rede.
Conforme a Figura 6.1, os pontos de derivação de vazão elou de mudan-
ça de diâmetro são chamados de nós e a tubulação entre dois nós é chamada
de trecho, o sentido do escoamento se dá da tubulação tronco para as tubula-
ções secundárias, até as exrremidade?smortas ou pontas secas.
O padrão geométrico da rede ramificada impõe que a distribuição da
vazão fique condicionada à tubulação tronco, de modo que, se ocorrer um rom-
pimento no ponto A, toda a área a jusante ficará prejudicada.
As redes malhadas, em vez de possuírem uma única tubulação tronco, são
constituídas por tubulações tronco que formam anéis ou nzalhas, nos quais há
possibilidade de reversibilidade no sentido das vazões, em função das solicita-
ções de demanda. Com esta disposição, pode-se abastecer qualquer ponto do
sistema por mais de um caminho, o que permite uma maior flexibilidade em
satisfazer a demanda e na realização da manutenção da rede com o mínimo de
interrupção no fornecimento de água.
O esquema geométrico de uma rede malhada, mostrado na
Rede secundária Figura 6.2, é o mais cornum na maioria das cidades, nas quais o
sistema viário tem um desenvolvimento em várias direções (ra-
dial).
1 Qualquer que seja o tipo da rede, malhada ou ramificada,
o projeto deve satisfazer algumas condições hidráulicas li-
mitantes, como pressões, velocidades e diâmetros. Quase sempre
a topografia do terreno é o fator determinante no projeto de uma
rede, e como os comprimentos das tubulações são razoáveis, as
perdas de carga distribuídas propiciam uma diminuição nas co-
Figura 6.2 Esquemade uma rede malhada com quamo ta~ piezométricas dos nós e, em conseqüência, nas pressões dis-
anéis ou malhas. poníveis. Como norma, o projeto deve garantir uma carga de
pressão dinâmica mínima de 15 mH20, para permitir o abasteci-
mento de um prédio de três pavimentos e uma carga de pressão estitica má-
xima de 50 mH20, a fim de reduzir as perdas por vazamentos nas juntas das
Cap. 6 Redes de Distribuição de Água
171
-
tubulações. Em sistemas de porte, em que há diferenças de cotas topográficas
superiores a 60 m, é conveniente dividir a rede em zonas de pressão, de modo
aevtta pressões excessivas nos pontos baixos da rede. O controle das pressões
mínima e máxtma pode ser feito através da instalação de bombas ou válvulas
redutoras de pressão, respectivamente
I As redes malhadas são projetadas com diâmetro m'nimo de 4" nos con-
dutos principais (anéis), admitindo-se 3" para núcleos urbanos com população
de projeto inferior a 5000 habitantes, e diâmetro mínimo de 2" na rede secun-
dária. Em geral, as perdas de carga unitárias nas tubulações normalmente uti-
lizadas variam entre J = 0 , l m1100 m a 1 m1100 m. Perdas unitárias desta
ordem correspondem, em média, a velocidades entre 0,60 m/s e 1,20 m/s, faixa
de velocidade que resulta mais satisfatória do ponto de vista operacional e eco-
nômico. Na Seção 6.4, serão discutidos os padrões de velocidades utilizados
nos projetos de redes.
-
Como o consumo de água em uma cidade varia no decorrer do dia, são
previstos reservatórios de distribuição com capacidade conveniente; tais reser-
vatórios servirão de volante para suprir as vazões necessárias nas horas de
grande consumo. Desta forma, a rede de distribuição deverá ser dimensionada
para uma vazão denominada vazão de dzstribuição, dada por:
-
Esta relação é usada para o pré-dimensionamento dos diâmetros em re-
des ramificadas e malhadas. Em forma de tabela a Equação 6.4 fica:
1- . , i ?
~,,K, >,, .I r L r ~
L9,
1
Tabela 6.1 Velocidades e vazòes máximas em redes de abastecimento. JG ' ' i,/!
i~ , ~'
I .
. .,? I . .$ ,Ar \I.
';r , '
I
,. ;,
,,i r
,r .i\ , i'l,
,, -
A".
rede, .X Li.
I
/ "\ ' Coluna 5 Vazão a montante do trecho Q, = Q, +qL
.- ~ -
y--
+a
Q ", , u-
Q
--~
6 Vazão fictícia, Q, = seQj#Oou Q,=mse
2 43 1
~ ~
EXEMPLO 6.1
-
a) população a ser abastecida, P =
2900 hab;
b) cota de consumo per capita média,,
q, = 150 Vhabldia;
c) coeficiente do dia de maior consu-
mo, ki = 1,25;
d) coeficiente da hora de maior deman-
da, k2 = 130;
Figura 6.3 Exemplo 6.1.
e ) horas de funcionamento diário do
sistema, h = 24 h;
fl material das tubulações aço galvanizado novo, fator de atrito f =
0,026;
g) o trecho e s r e o reservatório e o ponto A, onde inicia a rede, não terá
distribuição em marcha.
Dcspreze as perdas de carga localizadas e as cargas cinéticas.
Pela Equação 6.3, a vazão de distribuição é dada por:
,=Qd---
- 9'44 - 0,0074 /(s.m)
L,, 1270
-
Hidráulica Básica Cap. 6
-
Tabela 6.2 Planilha de c5lculo do Exemdlo 6 1. I
. . ..%
Trn Cxiz V d 3 3 li\# Di~m J tnv H < : i > t ~ic'ncn~i~ i i i ) C'.ird ~pie,<,iniinr..i i n arri ri^ J C [UC>*:..I mH:O
n" liii, J . 1 I i i (!I,III) IUíim) (ml 5lr>nl~ 1 Jii.~n I h1iinl;n I JJ..~ I hl.,nlrn I lul.n
b t,<+kq:.~v\
, m
.t,:
':,>,~?,
Pela Tabela 6.2, o ponto mais desfavorável, em termos de pressão, é o nó
a jusante do trecho 4, que na planta é o ponto mais alto. A carga de pressão dis-
ponível neste ponto vale X - 116,55, que igualada a 15 mH20, impõe que o ní-
vel d'água no reservatório seja X = 131,55 m.
A máxima carga de pressão estática na rede é a diferença de cotas en-
tre o nível d'água no reservatório e o ponto de cota topográfica mais baixa,
85,O m. Assim, tem-se:
- -
Carga de pressão estática máxima = 131,55 85,O = 46,55 mHzO -
EXEMPLO 6.2
!I
/.
I
1
-
HidrBulica Básica Cap. 6
-
Portanto, a cota piezométrica na saída da bomba vale:
Ql%
mo nó) em qualquer circuito fechado dentro do sistema (malhas ou
anéis) é igual a zero.
Para aplicação dessas duas condições, em geral, con-
venciona-se que as vazões que afluem ao nó são positivas, e
as que dele derivam são negativas. Para os anéis, convenciona-
se como sentido positivo de percurso o sentido horário, de - -
modo que as vazões e, conseqüentemente, as perdas de carga, Q4 Q2 Anel
'
serão positivas se forem coincidentes como sentido prefixado 103
QD
No cálculo da perda de carga em cada trecho da rede Figura6.5 Convençaes utilizadas para as equaFòes
utiliza-se uma equação de resistência na forma AH = K.,Q". fundamen~ais.
Como regra geral, uma rede malhada com m. anéis ou
malhas e n nós gera um total de m + ( n 1) equa~ões'inde~endentes,e à
-
-
180 Hfdraulica Basica Cap. 6
-
i i U = 3cCLyl especificado, o trecho a ser determinada a vazão e as pressões nas ex-
3U= --.8 t L L%
-L ( 4;(UV, 4)
tremidades.
5,2 7, c) Admite-se que a distribuição em marcha que ocorre nos trechos que
'~"
formam os anéis seja substituída por uma vazão constante.
d) Supõem-se conhecidos os pontos de entrada e saída de água (reser-
vatórios, adutoras e os nós distribuídos nos anéis) e os valores da7
respectivas vazões
,IL I - ~. . .. L. . i2 :,.:. -'. e ) Atribui-se, partindo dos pontos de alimentação, uma distribuição de
> -
~ ~
(:L,, 2 i 'S .;S. <: q.~:; :. vazão hipotética Q;, pelos trechos dos anéis, obedecendo em cada iió
i)
à equação da continuidade CQi = 0.
f) Para cada trecho de cada anel, conhecendo-se o diâmetro (que pode
v *b\ : 5 \ 8 5-
1 &I -maru
>p *) ser pré-dimensionado pela condição de velocidade limite da Tabela
6.1), o comprimento e o fator de atrito, calcula-se o somatório das
perdas de carga em. todos os. anéis. Se para todos os anéis tivemos
XAH = O, a distribuição de vazões estabelecida está correta e a rede
-
é dita equilibrada.
+
gi Se, em pelo menos um dos anéis, CAH O, que é a situação mais co-
mum, a distribuição de vazão admitida será corrigida, somando-se
(compénsando-se) algebricamente a cada urna delas um valor AQ, de
modo que as novas vazões em cada trecho serão:
Q=Qa+AQ /%a, ] C 902 -". (6.5)
de mado a se atingir: i 'I4 -
-
e finalmente:
-
Hldraullca Básica Cap 6
182
-
tia na perda de carga (erro de fechamento do plano piezométrico), a tolerân-
cia da vazão (erro de balanço na equação da continuidade), o número de
iterações necessárias (10 é suficiinte), o número do nó escolhido para fixar a
carga de pressão (nó de início do cálculo do plano piezométnco), a carga de
pressão adotada para este nó e as cotas topográficas de todos os nós
Em outra tabela de entrada, deve-se informar os números dos trechos de
cada anel, com o sinal positivo se a vazão preestabelecida no início, naquele
trecho, estiver no sentido arbitrado (em geral percorrendo o anel no sentido
horário) e negativo, caso contrário.
Finalmente, a última tabela é preenchida com os números dos nós de
montante e jusante de cada trecho, respeitando o sentido arbitrado da vazão,
o valor da vazão em 11s (sem sinal), o comprimento e diâmetro de cada trecho,
o coeficiente C de rugosidade da fórmula de Hazeri-Williams ou a rugosidade
absoluta E (em milímetro) do tubo.
Não é necessário informar simultaneamente o valor do C e do E. somen-
te o correspendente à eqdação de resistência que se vai usar. Se todos os tu-
-
bos da rede tiverem a mesma rugosidade, o coeficiente pode ser dinitado
- uma
vez na primeira &lula da coluna e copiado para todos os outros trechos
Após a montagem do arquivÒ de dados, tecle o campo CALCULAR e
escdlha a equaçào de resistência que desejar. Após o cálculo, se as condições
impostas de carga de pressão mínima nos nós e velocidades nos trechos foram
respeitadas, tecle IMPRIMIR ou SALVAR, para ter a solução do problema.
Se as condições impostas de pressões e velocidades não forem atendi-
das, tecle FECHAR, voriando para a tela anterior, e altere algum dado do pio-
blema, diãmetro ou pressão no nó inicial.
O programa informa as cargas piezométticas r a s cargas de pressão em
todos os nós (junções), a distribuição de vazões (com sinal), as velocidades nos
trechos, as velocidades máximas de norma, dada pela Equação 6.4, e o custo
total das tubulaçóes, baseado em uma função de custo embutida na rotina, so-
mente para efeito de comparação entre duas ou mais soluções tecnicamente
viáveis. Observar que, se o sinal da vazão em algum trecho for negativo, isso
significa que o sentido do escoamento é invertido quanto aos 116s (montante e
jusante) previamente escolhidos.
Para iniciar, antrz no gerenciador de arquivos do Windows, vá ao drive ,
A ou B e tecle REDEM.EXE no diretório REDES. O programa REDEM.EXE
deve estar no mesmo diretório ou disquete que contém as demais bibliotecas
do Visual Basic.
Cap 6 Redes de Distribuição de ~ g u a
1 183 (
-.
O arquivo de dados pode ser salvo ou pode ser aberto, teclando o cam-
po ARQUiVO, nas formas comuns do ambiente Windows. O arquivo de resul-
tados pode ser salvo ou impresso diretamente.
trocados. '.
-4, -5, -6). Os trechos comuns a do& anéis aparecem na numeração com sincús
I .
j
Os trechos podem ter todos o mesmo coeficiente de mgosidade da fót-
mula de Hazen-Williams ou mgosidade absoluta para a fórmula universal, ou
náo.
Abrindo-se o programa REDEM.EXE, pode-se criar um novo arquivo
de dados ou carregar um arquivo de dados previamente gravado.
-
-
Hldraulica Basica Cap 6
184
-
. 0
.A critrud.~dos dacios do pn)hlciiia 2 niosir.id:i 11.1
.............. .
- . . . .-.
....... . . -. -. ..........
...,. ,".,
e. < I I" .
1 ,. I <
P- Figiiiii 6 7 (ver :irquivo ESEhl(h.3).<l;iti
,i-",, observe a numeração dos trechos e dos nós de
110 TTal.ii".ii na "sida d.ig. ,
.
I
montante e jusante, com o sinal correspondente ao sen-
ri* cm~&m.Ionondr.r*rd.,m c... l: W
tido da vazão preestabelecida.
No exemplo foi adotada uma tolerância na va-
zão, valor de A Q do método de Hardy Cross, igual a
0,0001 m3/s e a tolerância no erro de fechamento da li-
nha piezométrlca$e 0,01 m, perfeitamente compatíveis
com-os dados e a natureza do problema.
A saída do programa, para a rede equilibrada após
cinco iterações do método de Hardy Cross, fornece as
vazões em cada trecho, as velocidades médias em cada
trecho, as velocidades máximas da Tabela 6.1, as cotas
Figura 6.7 Entrada de dados para o Exemplo 6.3. piezométricas nos nós e as cargas de pressão disponíveis,
e é mostrada na Figura 6.8.
- Da análise dos resultados, observa-se que as car-
gas de pressão dinâmicas variam entre 15,41 e
24,46 mHzO e que somente no trecho 3 a velocidade está muita
abaixo do valor máximo relativo à tubulação de 4".
A E Y U O L E C YELOCI0ADEE)IPGB IlTtR&FI)EE 160:
Nos trechos 3 e 6 as vazões são negativas, indicando que
estão em sentido contrário-ao anteriormente adotado.
No &echo reservatório -t nó 1, com vazão de 40 I/s, diâme-
tro de 0,25 m, comprimento de 520 m e E = 0,0015 mm, a perda
................ 116.61 15.11 ,,
. ,
-
b) uma bomba que mantém uma altura to-
tal de elevação de 41,90 m, para a vazão.
!ecalcada;
C) uma caixa de passagem, em nível cons-
tante, com N.A = 26,91 m;
,
d) vazão de distribuição em marcha (vazão
unitária de disCibuição) constante a pai-
tir do ponto A e igual a q = 0,02 I/(sm).
Determine:
a) os diâmetros de recalque e siicção (ado- Figura 6.9 Problema 6. I.
tar o mesmo) usando a Equação 5.18
(ver a Seção 5.4.3);
b) a carga de pressão disponível imediatamente antes e depois da bomba;
c) os diâmetros dos trechos AB e BC, sendo o ponto C uma ponta seca,
vazão nula. Dimensione os diâmetros pelas vazões de montante de
cada trecho;
d) a carga de pressão disponível no ponto B;
e) a potência do motor elétrico comercial.
Dados:
a) rendimento da bomba 65%;
b) material de todas as tubulações, ferro fundido novo, C = 130;
c) utilize a equação de Hazen-Williams;
d) perdas de carga localizadas no recalque, desprezíveis.
-
C) as cotas topográficas dos pontos são
. q I
... I ~ ~ ~R = ~ I I 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7
..
?'"""'i':':,.':ii,=<.
.i..@j~a.(,p);~~~
,.... .. ., ' 435 1 400 1 405 1 410 1 410 ( 430 1 415 1 410
1.
[N.A. = 450,44 m]
,6.5 Considere uma rede simples, como na Figura 6.13, na qual "
todos os trechos têm o mesmo comprimento,igual a 300 m, e o
mesmo diâmetro de 8". Na entrada da rede, ponto A, a vazão é
de 100% e na saída, ponto D, também. Determine, usando a
equação de Hazen-Williams, a distribuição de vazões, em per-
centagem, nos trechos, observando que.0 resultado independe
do valor do coeficiente de rugosidade C adotado. Repita o cál-
culo usando a fórmula universal, verificando que há pequenas Figura 6.13 Problema 6.5.
alterações nas vazões quando se altera o valor do coeficiente de
iugosidade absoluta E.
[QAB= 58,08%: QBE = 16,16%; QBC = Qco= QAF = QFE = 41,92%1
-
TABELA A I
TABELA A2
-
, Tabela A i
1
-
Hidráulica Básica
194
-
Tabela A i
195
8.1 hiillOi1 U.iJ101i l I . , ? I I IIO??? IJ.ll??ti 0.0?4h O I I Z j j i1.18263 0 . 0 2 7 ~O.OZJ? 1,0?(1< .).ii?17 O.Li?* D . O 3 ? r '1,'
i 115 1511JU 0 , ~ l l ~ I~,I..'!Io
~Il ~1,0?l'111,02?0 11,0241 11.l125U ll.0?5x UO?71 0 0 ? b 5 11.1<~1~
uJl?l3 i l , o t 2 j í,I?t, h 4
-
-
Hidráulica Básica
196
-
I I
Tabela A I
19'
-
Hidráulica Básica
198
-
Tabela A I
199
Tabela A i
201
1
-
Hidráulica Básica
202
TABELA A2
7
--
Hidráulica Básica
204
-
7
Hidráulica Básica
206
-
Tabela A2
207
I
7
-
Hidraulica Básica
208
-
-
Tabela A2
209
-
-
Hidráulica Básica
210
-
-
Tabela A2
211
-
7
-
Hidráulica Básica
212
-
-
Tabela A2
213
-
7
Hidraulica Básica
214
-
Tabela A2
215
-
-
Hidráulica Básica
216
-
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-
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B~lhao,1965.
PARTE II
ESCOAMENTO
PERMANENTE E
NÁO PERMANENTE
EM CONDUTOS
' "'RES
-
O mesmo não ocorre com as iugosidades dos canais, em que, além dos tipos
de materiais usados serem em maior número, é mais difícil a especificação do
valor numérico da rugosidade em revestimentos sem controle de qualidade
industrial ou, mais difícil ainda, no caso dos canais naturais.
No que conceme ao estabelecimento dos parâmetros geométricos da
seção (área, perímetro, altura d'água), é visível a maior dificuldade para os
canais, pois, enquanto os condutos forçados têm, basicamente, seçóes circu-
lares, os canais se apresentam nas mais vanadas formas geométricas, além do
1r
que esses parâmetros geométricos podem ainda variar no espaço e no tempo
Do ponto de vista da responsabilidade técnica, os projetos em canais são
mais preocupantes, já que, se um erro de 0,30 m no plano piezométrico de uma
rede de distribuição de água não traz maiores conseqüências, uma diferença de
0,30 m no nível d'água em um projeto de sistema de esgotos ou galerias de
águas pluviais pode ser desastroso.
Q ,
e as declividades de interesse. Conforme a Figura
y h A 7.1, os principais elementos geométricos são:
.. -- ....,
1 P a ) Área molhada ( A )é a área da seção
1" reta do escoamento, normal à direção
Figura 7.1 Elementos geométricos de uma seção. do fluxo.
-
g) Altura hrdráulica ou altura média (H,) é a relação entre a área mo-
lhada e a largura da seção na superfície livre. É a altura de um retân-
gulo de área equivalente à área molhada.
-
longo de uma mesma tr'ajetória; elas podem, entretanto, diferir de uma traje-
tória para outra. As trajetórias são retilíneas e paralelas, a linha d'água é pa-
ralela ao fundo, portanto a altura d'água é constante e I, = I,= Ir.:
Quando as trajetórias não são paralelas entre si, o escoamento é dito não
nniforme, a declividade da linha d'água não é paralela à declividade de fun-
do e os elemento; característicos do escoamento vanam de uma seção para ou-
tra. Neste caso, a declividade de fundo difere da declividade da linha d'água
I. # Ia.
O escoamento variado pode ser permanente ou variável, acelerado ou
desacelerado, se a velocidade aumenta ou diminui no sentido do movimento
O escoamento variado, por sua vez, é subdividido em gradualmente
variado e rapidamente variado. No primeiro caso, os elementos característi-
cos da corrente variam de forma lenta e gradual, de seção para seção, e no
segundo, há uma variação brusca na altura d'água e demais parâmetros, sobre
Exltlrb uma forma geom6tn~ada
.*i0 reta de um cana1 no qus1 o raio uma distância comparativamente pequena. 0 s escoamentos bmscamente va-
hidrbdlco 6 igual B altura hrdrbulica7
riados serão estudados como fenômenos locais, cujos principais exemplos são
o ressalto hidráulico, que é uma elevação bmsca da superfície livre que se
produz quando uma corrente de forte
velocidade encontra uma corrente de
fraca velocidade, e a queda brusca,
que consiste em um abaixamento notá-
vel da linha d'água sobre uma distân-
cia curta.
A Figura 7.2 apresenta alguns
tipos de escoamentos permanentes em
um canal uniforme e de declividade
constante.
Figura 7.2 Tipos de escoamentos permanentes, uniformes e variados Em resumo, os escoamentos em
canais são classificados como:
Escoamento permanente
IzxI
Ainda do ponto de vista classificatório, pode-se distinguir, comp nos
condutos forçados, dois tipos de regime, laminar e turbulento. As principais
forças que amam sobre a massa líquida são a força de inércia, da gravidade,
de pressão e de atrito, pela existência de viscosidade e rugosidade, e são ex-
pressas, sendo L uma dimensão geométrica característica, como.
Força de inércia + F, = ma = pL3V2/L= pVZL2
Força da gravidade -r F, = mg = pL3 g
Força de pressão + F, = pLZ
Força viscosa -t F, = y (AVlAy) A = yVL2 1 L = yVL
O número de Reynolds é a relação entre a força d e inércia e a força
viscosa e, no estudo dos canais, este adimensional é expresso por:
Rey
pVL
=---
- VR,
v v
em que V é a velocidade média na seção considerada, Rh, O taio hidráulico da
seção e v, a viscosidade cinemática da água.
Como para os condutos forçados circulares Rh = D14 e para Rey < 2000
caracterizava regime laminar, pela Equação 7.2, para os canais tem-se Rey <
500 no regime laminar. A grande maioria das aplicações práticas ocorre para
números de Reynolds bem maiores que 500, caracterizando escoamentos tur-
bulentos.
Em um escoamento em canal a linha
O número de Reynolds permite classificar os escoamentos livres em t&s de ansrgia pode cruzar e linha d bgua?
E t linha piszam6trica pode?
tipos, como se segue:
a) Escoamento laminar Rey < 500
b) Escoamento turbulento Rey > 2000
c) Escoamento de transição 500 < Rey < 2000
Outro adimensional muito utilizado em estudos de canais é o número de I wiiiiam Froude. engenheiro briuni-
Fraude,' definido como a raiz quadrada da relação entre a força de inércia e CO. 1810.1879
I
principalmentenos canais naturais, as velocidades variam acentuadamente de
O escoamento gradualmente variado 6
nao uniforme e permanente? um ponto a outro. A desuniformidade nos perfis de velocidades nos canais
YF-
depende da forma geométrica da seção e é devida às tensões cisalbantes no
fundo e paredes e à presença da superfície livre. De modo geral, nos canais
prismáticos, a distribuição vertical da velocidade segue uma lei aproximada-
mente parabólica, com valores decrescentes com a profundidade e a máxima
velocidade ocorrendo um pouco abaixo da superfície livre.
,, - r ,,;.\cbi ~li,\~~l A Figura 7.3 mostra, para a
~ ....- -.
.
I,\( .i.jr seção transversal de um canal pris-
mático, a forma das isotáquias ou
vmáx. / I linhas de igual velocidade e, para
0.6 Z uma seção longitudinal, um perfil
u Vmed
de velocidades.
-
profundidade da seção longitudinal, ou aproximada- N.A.
mente igual à velocidade pontual a 0,4 h.
r-F&[
~LT
Um escoamento permanente que dependa de três
coordenadas x, y, e z para a definição de suas proprie-
dades e caractedsticas é dito tridimensional. Esta situa-
r v=""<
ção ocorre em canais retangulares estreitos nos quais a
relação entre a largura na superfície livre e a altura
o s
YO.!
d'água é menor que 3. & . medida que esta proporçáo a 2
m.
cresce, pode-se utilizar um modelo mais conveniente D
Y o
J dqL@,,&
2\/^,".&+~@,s'.
Os cálculos são consideravelmente simplificados com a adoção do mo- -- - ~ ~~
EXEMPLO 7.1
A
R h --=-
- P BB+ '2y, y , como B» y .O. R,= y + R, = 1.5 m, daí:
-.
-
Hidráulica Básica Cap. 7
230
-
V.Rh
Rey = -- - 0'519'1'5 = 7,785.10' > 2000 ;. regime turbulento.
v ~ o - ~
Para um canal retangular, a altura hidráulica é a própria altura d'água,
pois pela Equação 7.1:
V 0,s 19
Fr =--- = 0,135 < 1 .: regime fluvial
*
pf=yy=yhcosa (7.14)
. .:..
fundo, isto é, as linhas de corrente são paralelas ao fun-
- 7.9.
do do canal, conforme a Figura
Sobre o elemento.de volume de espessura dx, largura unitá-
ria e altura h, as forças atuantes na direção s são a componente do
.:..
L>>. peso do elemento e a força de pressão na base. A condição de equi-
líbrio na direção s impõe:
dw=yhdx
pdx=yhdxcosa (7.15)
Q\
Como h = y.coscc, em que y é a altura do escoamento medi-
Figura 7.9 Canal de grande declividade. da verticalmente, vem:
-
O mesmo não acontece, por exemplo, com o escoamento no trecho
retilíneo, e de grande declividade, de um vertedor de uma barragem, como na
Figura 7.2.
Portanto, no escoamento em canais, a superfície livre coincide com a
linha piezométrica, desde que a distribuição de pressão seja hidrostática, isto
é, se a curvatura vertical das linhas de corrente e acelerações forem desprezí-
veis e o canal for de baixa declividade.
No escoamento permanente gradualmente variado, levando em conta
que a alteração da altura d'água de seção a seção é suave e a curvatura das
linhas de corrente, pequena, para efeito prático, o escoamento será assumido
paralelo e a distribuição de pressão, hidrostática.
Desta forma, na grande maioria dos casos a serem
estudados em canais de fraca declividade, abertos ou fecha-
dos, existirá a distribuição hidrostática de pressão e a linha r
piezométrica coincidirá com a linha d'água. Para estas con- .....
dições, a carga piezométrica (p/? + z) é constante na seção e
a energia total, por unidade de peso, em relação a um certo
plano horizontal de referência, assumindo que a distribuição P.H.R.
de velocidade seja uniforme (a= 1) e a distribuição de pres-
são, hidrostática (p = y y), é dada por: Figura 7.10 Carga total em uma seção, distribuição hi-
drostática.
H = z + - +P - vZ = z + y + -v2 (m)
Y 2g 2g
7.6 PROBLEMAS
-
tia das forças viscosa e da gravidade avaliando os regimes do escoamento atra-
vés da determinação dos números de Reynolds e Froude. Viscosidade da água
v = 106 m2/s.
[Rey = 3.75-105: Fr = 0,365; Regime turbulento e fluvial]
-
v =o
- ( ) (ver Problema 2.5)
u*
-
Hidráulca Básica Cap. 7
236
-
linhas de corrente limites, superfície Iivre e fundo, e conhecendo a velocida-
de Vi da linha de corrente de raio Ri, mostre que a pressão devido ao efeito
centrífugo na base do vertedor, segundo a Figura 7.7, é dada por:
e jusante.
Considere o escoamento apresentado na Fi-
gura 8.1, em que um canal prismático, de decli-
Escoamento
-- variado
Escoamento
unifomievariado - Escoamento
-
No trecho inicial do canal, haverá uma aceleração do escoamento neces-
sária para a velocidade passar de um valor praticamente zero no reservatório
para um valor finito. Neste trecho, há um desbalanceamento das forças, já que
a componente da força de gravidade supera a força resistiva. Com o aumento
da velocidade, cresce a força de resistência até que esta se toma, em módulo,
igual e oposta à componente da gravidade. Ao se atingir o equilíbrio, chega-se
a um movimento com velocidade constante, que é caracterizado pela constân-
cia da vazão através da seção reta e constância da altura d'água, identificando
o escoamento uniforme. Próximo i extremidade de jusante, o escoamento é in-
fluenciado pela presença da queda livre e existe novamente o desbalancea-
mento das forças, caracterizando um escoamento acelerado no qual a altura
d'água varia gradualmente, o que é chamado de escoamento permanente gra-
dualmente variado.
Desta maneira, pode-se verificar que, em canais curtos, as condições de
escoamento uniforme não são atingidas e que este tipo de escoamento é difí-
cil de ocorrer na prática, porém a adoção deste modelo forma a base para os
cálculos de escoamentos em canais.
Este capítulo tratará essencialmente de canais prismáticos, de baixa
declividade, com fronteira rígida (não sujeita à erosão) e altura d'água cons-
tante y, chamada altura normal.
I, ükv*~
* 9-)t;UD-r;.k~~~ = U.
r\- ,IL.cc~~\M.&~\.~.O-A+=-
\Gf-
fundo I,, tal que se possa tomar a altura d'água me-
dida na vertical, conforme foi visto no capítulo ante-
rior, as forças que atuam sobre o volume de controle
~~...~.
..~~.. ABCD, da Figura 8.2, são a componente da força de
gravidade na direção do escoamento, W.sena, as for-
ças de pressão hidrostática e a força de cisalhamento
nas paredes e fundo.
Aplicando a 2"ei de Newton ao volume de
controle, tem-se:
Figura 8.2 Forças que atuam sobre a massa fluida.
~ a p . - 8 Canais - Escoamento Permanente e Uniforme 1 1
239
e daí:
fica:
em que .L, é a tensão média de cisalhamento sobre o perímetro molhado. .L< O c%,,.* ..c,,,?.~ ,IC.IC.A.T~~>:<
Observe que a Equação 8.4 é a mesma equação deduzida na Seção 1.4,
Equação 1.25, para cundutos forçados, trocando-se a perda de carga unitária
I*= 1- = Ty,,
. ,L,
J pela declividade de fundo do canal I,, que no caso é igual à declividade da
linha de energia Ir.
como:
Conforme a Equação 1.27, a tensão de cisalhamento pode ser escrita
+:A
rko
I
q7
L .(c.
j
o
,~~&-dn
Lc
L?
Fazendo C =
E - tem-se finalmente:
- I
L-
a ) Força da gravidade
A componente do peso na direção do escoamento é dada por:
Cap 8 Canais - Escoamento Permanente e Uniforme
Iu1 I
como a declividade é assumida pequena, sen a s tg a z d z l d x . Note que
o sinal é negativo, indicando que a cota topográfica z diminui com o anmen-
to de x. Assim:
b) Força de pressáo
Entre as seções I e 2, temos as seguintes variações
A altura d'água na seção 1 é y e na seção 2 é:
Como tanto quanto A são função de y e este, por sua vez, é função de x,
pode-se escrever:
-
-
Hidráulica Básica Cap 8
242
1_
d dA
mas como - l y d A = y-
dy dy
vem finalmente:
C) Força de atrito
A força de atrito que se opõe ao movimento é igual ao produto da tensão
média de cisalhamento z,pela área de contato com o perímetro molhado P.
243 1
Pela 2qe1 de Newton, a força resultante é produto da massa do volume de
controle pela aceleração na direção x. Como, por hipótese, o escoamento é
permanente e a aceleração local é nula, só há aceleração de transporte ou
convectiva; deste modo, fica:
portanto
-
simples, e atualmente a mais empregada, foi proposta por Manningz em 1889,
através da análise de resultados experimentais obtidos por ele e outros pesqui-
mando, 1816-1897
sadores. A relação empírica é da forma:
A
.. -
:
hidraulicamente liso, de transição e hidraulicamente mgoso e que o parâmetro - -4,3.n&~a/''*~
número de Reynolds de mgosidade servia de base na classificação como: & *= L L m E
/3
- & si ~ 2 ~ 7 0
U* E
5 5 Rey* =-570 (8.27) - / 3ur mo :
v
h*;
b
O escoamento é considerado turbulento liso se Rey* < 5, mgoso se
Rey* > 70 e de transição no intervalo.
O que foi discutido na Seção 2.3 sobre a influência do número de Reynolds
e da rugosidade relativa sobre o fator de atrito em tubulações circulares pode ser
estendido para os canais, de modo a caracterizar o tipo de escoamento para o
qual os coeficientes C e n ficam constantes.
Como no diagrama de Moody, a partir de um determinado número de
Reynolds, o fator de atrito fica constante, as Equações 8.8 e 8.25 só devem ser
aplicadas quando o escoamento no canal se tomar turbulento mgoso Rey* > 70,
pois nesta faixa os coeficientes C e n são constantes.
Como o coeficiente n da fórmula de Manning não tem um significado
físico determinado, enquanto o parâmetro E tem base física e é relacionado
com o tamanho da mgosidade da parede e pode ser medido, é interessante ob-
servar a dependência entre os dois no escoamento turbulento rugoso. Para isso,
basta comparar a equação empírica de Manning com uma equação de resistên- de ~ U ~ O S In~6 ~um
Wparametio
adimensianll como o fatoi de atrito f?
cia mais exata.
Utilizando o conceito do diâmetro hidráulico da seção, a Equação 2.34
desenvolvida para os condutos rugosos pode ser escrita como:
Pela Equação 8.33, visto que E está elevado à potência 116, um erro na
estimativa de seu valor tem efeito bem menor no cálculo de V, quando com-
parado com aquele introduzido por um erro similar na estimativa de n.
Apesar deste detalhe, como a fórmula de Manning é a mais popular em
projetos de canais, é comum a especificação do coeficiente n retirado de tabe-
las e não da rugosidade absoluta equivalente, E. Na aplicação da fórmula de
Manning, a ser detalhada na Seção 8.4, a parte cmcial é a escolha do valor do
coeficiente n e deve-se ter em mente que os valores recomendados nas Tabe-
las 8.5 e 8.6 são valores médios indicativos. A escolha do valor de n para um
canal particular exige do projetista critério e bom senso, na medida em que,
mesmo nos canais regulares, outros fatores além do revestimento podem alterar
a rugosidade, como crescimento de vegetação, processos de erosão ou sedimen-
tação e até mesmo a presença de curvas pela alteração dos perfis de velocidade.
Para cursos d'água naturais, as fotografias apresentadas nas referências Chow
(11) e Chaudhry (10) auxiliam na determinação do coeficiente.
-
Cap. B Canais - Escoamento Permanente e Uniforme
247
-
Uma metodologia para a estimativa do valor de n em um canal largo, a
partir de dados de velocidades levantados em campo, é mosirada no ExempIo 8.1.
EXEMPLO 8.1
v0,80
Fazendo X = - -
v0.20
._
e, finalmente, como
e fazendo
R = ap213e L = 9,
fica:
Jió
portanto:
e finalmente:
I
M
y, =-, em que M =
K
(0-sen0)
A=D
Figura 8.6 Seção circular. 8
Cap. 8 I,:
Canais - Escoamento Permanente e Uniforme
D (1 - sen 8/8)
R, =
4
(O - sen O) (O - sen 0)
:. u =
8 8
portanto:
- (O - sen O)
R=ap -
8
Finalmente, o coeficiente de forma da seção circular é dado por:
-
Dando-se valores à relação y,/D, lâmina d'água relativa, pela Equação
8.44, pode-se calcular os correspondentes valores de O e daí os valores de Ki,
pela Equação 8.46, com os quais montou-se a Tabela 8.1.
EXEMPLO 8 , f
<L;:? ,\. ,t. ',
Determinar a altura d'água em uma galeria de águas pluv&ài"s, de concreto
~
-~ -
EXEMPLO 8.3
P
\
i nQ
Fazendo K, = 8,3
b A'
pode-se montar uma tabela na qual, para vários valores d e y,/b e para cada
inclinação do talude Z, tem-se os correspondentes valores de Kz. Isto é apre-
sentado na Tabela 8.3.
rsoiucL% d 4 '
1Pode-se Mimar qw o e o s o a m t o em
um canal, na condl~aode minimo
peiimetro molhado, 6 escoamento
Crlflco?
Em alguns tipos de problemas como, por exemplo, em projetos de sis-
temas de esgotos, em que as tubulações trabalham parcialmente cheias, é in-
teressante conhecer os elementos hidráulicos e geométricos para vánas alturas
d'água. Também é necessário saber, para uma determinada lâmina d'água, qual
é a relação entre a vazão que está escoando e aquela que escoaria se a seção
fosse plena. Estas relações podem ser fornecidas por gráficos, como na Figu-
ra 8.7, ou através de tabelas
As relações entre o raio hidráulico, a velocidade e a vazão em uma de-
terminada lâmina, e na seção plena são obtidas a partir das expressões:
(1 - sen 810)
R, = D
4
v
- = (1 - sen o / o ) ~ ~ '
2= -
1
(8 - sen 8)(1 - sen 0/8)"~ (8.57)
Q, 2n:
EXEMPLO 8.4
&= Z
Dimensione um canal trapezoidal com taludes 2H:lV, declividade de
fundo I, = 0,0010 mim, revestimento dos taludes e fundo em alvenaria de
~~ - - 8- 5
i-%.
pedra a r g a z a d a em condições regulares, para transportar uma vazão Q = ~ lac;?r
i
6,5 $1~. Utilize uma razão de aspecto m = bly, = 4. Calcule a velocidade
média e verifique se a seção encontrada é de mínimo perímetro molhado.
Na Tabela 8.5, determina-se o coeficiente de mgosidade n = 0,025.
Na Tabela 8.2, determina-se o coeficiente de forma K, em função de m =
4 e Z = 2, e vale K = 1,796.
O coeficiente dinâmico vale:
7
-
Hidraullca Básica Cap. 8
258
Então:
b
m = -= 4 :. b = 4,12 m (largura de fundo)
Yo
I
Mostre qus a iegao traperoidal de
condutos podem ter cobertura plana, simplesmente uma laje de cobertura, ou
minimo primetro molnada 6 circuno- cobertura em forma de abóbada.
erita B uma semicircunferBnciq cujo
di8metro coincida com a superfície
livre.
No primeiro caso, a cobertura não exerce influência sobre as condições
de escoamento, a não ser no caso limite em que a lâmina d'água entre em con-
tato com ela. Já no segundo caso, a forma geométrica da cobertura influi no
escoamento pela alteração gradual do perímetro molhado e, conseqüentemente,
do raio hidráulico.
-
Cap. 8 Canais- Escoamento Permanente e Uniforme
259
-
8.7.1 SEÇÓES CIRCULARES
São as mais empregadas na maioria das obras em que são necessárias
seções fechadas.
Como pode ser visto na Figura 8.7, existe uma peculiaridade na maneira
pela qual o raio hidráulico varia em relação ?
l iâ m a líquida. A medida que a 1â-
mina líquida aumenta, há um aumento gradual da área molhada e do perímetro
molhado. Entretanto, a partir de uma certa altura, devido à conformação geo-
métrica da cobertura, um pequeno acréscimo na altura d'água provoca aumen-
to proporcionalmente maior no perímetro molhado do que na área molhada.
Portanto, o raio hidráulico aumenta até uma altura d'água em que o perímetro
molhado cresce mais lentamente que a área molhada, e decresce daí em diante.
Pode-se observar também que a curva de velocidade acusa uma dimi-
nuição no crescimento no mesmo ponto em que ocorre a diminuição do raio
hidráulico. Isto é evidente, uma vez que, pela fórmula de Manning, para n e
I, fixados, a velocidade é diretamente proporcional ao raio hidráulico. Para a
vazão, o ponto de máximo é diferente do ponto de máximo da velocidade,
como mostra a Figura 8.7, pois a vazão depende conjuntamente do raio hidráu-
lico e da área molhada, e como a área é sempre crescente, o máximo da vazão
ocorre para uma altura d'água maior.
Matematicamente, esta diferença entre os pontos de máximos pode ser
constatada a partir do emprego da fórmula de Manning e das expressões geo-
métricas dadas pelas Equações 8.40 e 8.42. Substituindo essas expressões nas
Equações 8.25 e 8.26, chega-se a:
EXEMPLO 8.5
-
Na Tabela 8.5, tira-se o valor do coeficiente de mgosidade, n = 0,014.
Na Figura 8.8 para a seção capacete, a área molhada e o raio hidráuli-
co na seção plena valem, respectivamente:
V--
alores~ a seção plena:
-..-
I I
Figura 8.8 Gráficos para seçóes especiais - Lencastre (34).
-
EXEMPLO 8.6
-
P R O J E T O - E X E M P L O 8.6
I RESULTADOS
...............I
I RUGOSIDADE n --
I DECL TALUDE Z -
I LÂMINA Y -
I LARG FUNDO B -
-
I ÁREA MOLHADA A --
I LARG SUP T -
I VEL MÉDIA V M P ~=
I VAZÃO
I FROUDE
I DECL. FUNDO I --
8.9 PROBLEMAS
-
Trecho 1 - Diâmetro: Di = 150 mm
Declividade: 11= 0,060 mím
Trecho 2 - Diâmetro Di = 200 mm
Declividade 1 2 = 0,007 mím
Determine a máxima e a mínima vazões no trecho para que se verifi-
quem as seguintes condições de norma:
a) Máxima lâmina d'água: y = 0,75D.
b) Mínima lâmina d'água: y = 0,20D.
C)Máxima velocidade: V = 4,O d s .
d) Mínima velocidade: V = 0,50 d s .
Coeficiente de rugosidade de Manning, n = 0,013.
[Qm&= 0,025 m3/s; Qmí, = 0,0033 m3/s]
8.9 Um emissário de esgoto, de concreto em condições regulares, cnja se-
ção tem a forma de arco de círculo baixo com altura H = 1,25 m, transporta
uma vazão de 1,70 m3/s Sendo a declividade de fundo I, = 0,001 mím, deter-
mine a lâmina d'água e a velocidade média.
[h = 0,88 m; V = 1,13 d s ]
1
8.10 Determine a mínima declividade necessária para que um canal tra-
pezoidal, taludes 4H:IV, transporte 6 m3/s, com uma velocidade média igual
a 0,60 m/s. Coeficiente de rugosidade, n = 0,025.
[I,, = 3,2.1W4m/m]
-
8.13 Determine a relação de vazões entre um canal trapezoidal em taludes
1H:lV, largura de fundo igual a três vezes a altura d'água, e um canal tra-
pezoidal de mesmo ângulo de talude, mesma área molhada, mesma mgosidade
e declividade de fundo, trabalhando na seção de mínimo perímetro molhado
[QIIQz = 0,951
8.19 Um trecho de coletor de esgotos de uma cidade cuja rede está sendo
remanejada tem 100 m de comprimento e um desnível de 0 3 0 m. Verifique se
o diâmetro atual, de 200 mm, permite o escoamento de uma vazão de 18,6 11s.
Em caso contrário, qual deve ser o novo diâmetro desse trecho, Determine a
lâmina líquida correspondente e a velocidade média. Material das tubulações,
Cap 8 Canais - Escoamento Permanente e Undonne
267
-
nanilha cerâmica, n = 0,013 e adote como lâmina d'água máxima no coletor
{ID = 0,50
D = 250 mm; y, = 102 mm; V = 0,99 d s ]
1
'
possui seção quadrada de 2,O m de lado e é revestido em concreto, em más
condições,e o segundo trecho de se@o circular, de 1.5 m de diâmetro, revestido
I em concreto em boas condições. Desprezando as perdas de carga localizadas,
determine a v a s o que escoa no túnel. Observe que a fórmula de Manning é
válida para condutos forçados também.
[Q = 4,O m31s]
-
Tabela 8.2 Cálculo de canais valores do coeficiente de forma K.
-
-
Tabela 8.2 Cálculo de canais valores do coeficiente de forma K. (connnuaçdo)
Tabela 8 3 Cálculo da altura d'8gua normal Valores de K, = n Q i(bY"1:")
Cap. 8 Canais- Escoamento Permanente e Uniforme
271
-
Tabela 8.3 Cálculo da altura d'água normal. Valores de K, = n Q l(bRflIo"Z)(continuaçfio)
7
-
Hldraulica Basica Cap. 8
272
-
Tabela 8.4 Elementos hidráulico&c geoinétncos da seção ciiciilar
Cap 8 Canais - Escoamento Permanente e Uniforme 273
-
Tabela 8.5 Valores do coeficiente de mgosidade da fórmula de Manning
.
...
taludes ................. ................................... 0,025 0,030 0,035* 0,040
Canais com fundo de terra e taludes empedra-
do 0,028 0,030 0,033 0,035
ARROIOS E RIO
I . Limpos, retilineos e uniformes ..................... 0,025 0.028 0,030 0,033
2. Como em 1. porém com vegetação e pedras. 0,030 0,033 0,035 0,040
3. Com meandros, bancos e poços pouco pro-
fundas, limpos .............. .
... .................... 0,035 0,040 0,045 0,050
4. Como em 3, águas baixas, declividade fraca 0.040 0,045 0,050 0.055
i. Como em 3 , com vegetação e pedras ............ 0,033 0,035 0,040 0,045
6. Como em 4, com pedras ............................... 0,045 0,050 0,055 0,060
7 . Com margens espraiadas. pouca vegetação ... 0,050 0,060 0,070 0,080
8. Com margens espraiadas, muita vegetação ... 0,075 0,100 0,125 0,150
* Vslares aconselhados para proietos.
-
Hidráulica Básica Cap. 8
274
-
Tabela 8.6 Valores de n. (extraído de Bandini: Hidráulica,"01.1). 1
N" Natureza das Paredes n
-
3. Deve-se, em canais abertos e principalmente em canais fechados,
deixar uma folgagurevanche de 20% a 30% da altura d m -
ma. do nível d'água
-. máximo_deqrojeto.
-- Com isto, tem-se uma certa 8
Tabela 9.1
EXEMPLO 9.1
[ = A R?'+
( m )1,53. 0,8171' :. Q,, = Z O O m3/ s
0'014'Q~1 =
EXEMPLO 9.2
',. :.L , 9,
Determine a capacidade de vazão de um canal para drenagem urbana,
.---I!
com 2,O m de base e 1,0 m de altura d'água, declividade de fundo igual a I, =
I
\ L
; /
0,001 mlm e taludes 1,SH:1 V. O fundo corresponde a canal dragado em con-
L
dições regulares e os taludes são de alvenaria de pedra aparelhada em boas
condições. Esta seção é de mínimo perímetro molhado?
Pela Tabela 8.5, revestimento do fundo ni = 0,030; revestimento dos ta-
ludes nz = 0,014.
Da Equação 9.2, a mgosidade equivalente da seção é dada por:
EXEMPLO 9.3
NA.
Utilizando o programa CANAIS3.EXE, de-
termine a capacidade de vazão do canal cuja seção
é mostrada na Figura 9.3, sabendo que a declivi-
dade de fundo vale I, = 0,0005 m/m e que o coe-
ficiente de rugosidade n do perímetro ABCD vale
0,030 e do perímetro DEF vale 0,040.
Para as seçóes compostas, o usuário deve es- Figura 9.3 Exemplo 9.3.
colher no menu do programa a opção seção traped
ret mista. A seção pode ter um ou dois leitos se-
cundários (várzea), isto é, leitos fora da caixa do canal (leito principal). No
caso da Figura 9.3, os dados de entrada para o programa são:
Leito principal:
a ) largura do leito principal b, = 5 m;
b) máxima altura d'água (sem sair do leito principal) yi = 1 m;
c ) inclinação do talude Z, = 1 (459;
d ) rugosidade no = 0,030.
Leito secundário esquerdo, não existe na Figura 9.3, mas a entrada de
dados é:
a ) largura de fundo bi = 0;
b) altura d'água yl = 1,0 m (observe que é a altura que falta para com-
pletar os 2,O m);
c) inclinação do talude ZI = I (igual ao leito principal);
d ) rugosidade ni = 0,030 (mesmo perímetro)
Leito secundário direito:
a) largura de fundo bz = 10 m;
b) inclinação do talude Z2 = 1 (pode ser diferente da anterior ou não);
c) rugosidade n~ = 0,040;
d) declividade de fundo do canal I, = 0,0005 mlm.
-
282 Hidráulica Básica Cap. 9
l
Saída do programa:
PROJETO - EXEMPLO 9.3
I RESULTADOS I
I R U G . EQUIV. n = 0,036 1
I LÂMINA Y = 2.00 I
I A R E A MOLHADA A = 24,OO 1
I LARG. SUP. T = 19.00 1
i VEL. MÉDIA VMÉD = 0.74 1
I VAZÁO O .= 18.51 1
I D E C L . FUNDO I = 0.Ó00501
EXEMPLO 9.4
Rey .u
=L=
E 0,0622.3.10-~
= 186,9 > 70 :. a fronteira é rugosa.
v 10-~
Da Equação 8.25:
9.3 PROBLEMAS
Ta]
mim, conforme a Figura 9.4. Figura 9.4 Problema 9.3.
9.4 Uma galeria de águas pluviais de concreto, após anos de uso, ......... ..........
....~~. .......... ....
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~~
seja o mesmo do concreto, determine em que percentagem foi redu- Y = 0,25~ .. . < . i..:
-
estrutural tem condições hidráulicas de escoar a vazão de projeto, em condi-
ções de escoamento livre.
[Não tem]
9.6 Uma galeria de Aguas pluviais de seção retangular escoa uma certa va-
zão, e m escoamento uniforme, com uma largura de fundo igual a 0,90 m e
altura d'água de 0,70 m. Em uma determinada seção, deverá haver uma mu-
dança na geometria, passando para uma seção circular. Determine o diâmetro
da seção circular para transportar a mesma vazão, com a mesma altura d'água,
rugosidade e declividade de fundo.
9.8 Qual deve ser a declividade de fundo de um canal trapezoidal com talu-
des 2H:lV, largura de base b = 3,O m, para transportar uma vazão de 3,O m3/s
com velocidade média de 0,60 m/s. Coeficiente de rugosidade do fundo e ta-
ludes n = 0,018.
[I, = 2.104 m/m]
N.A.
9.9 Para a seção composta mostrada na Figura
9.7, a inclinação dos taludes vale 1,5H:lV, o coe-
ficiente de rugosidade do leito principal é ni =
0,022 e do leito secundário nz = 0,035. A decli-
vidade de fundo do canal I, = 0,0002 m/m. Deter-
mine a altura d'água yz do leito secundário quando
a vazão escoada for igual a 90 m3/s e a vazão limi-
Figura 9.7 Problema 9.9. te para não haver extravasamento do leito princi-
pal. Utilize o programa CANAIS3.EXE.
[Qii, E 18 m3/s; y2 = 1,82 m]
-
600 mm, em regime uniforme, a vazão transportada é de 0,322 m3/s. Despre-
zando a perda de carga na entrada e saída da tubulação, detemne o coeficiente
de mgosidade n e a vazão descarregada quando a diferença de níveis d'água
entre os reservatórios for 4,5 m e o conduto trabalhar em pressão.
[n = 0,0148; Q = 0,562 m3/s]
w
9.11 Deseja-se projetar uma canaleta para desvio de água conforme a geo- .....
metria mostrada na Figura 9.8. Qual deve ser a largura L para que a canaleta
transporte uma vazão Q, igualmente distribuída entre a parte retangular e a
parte semicircular da seção?
[L = 1 2 8 m]
Figura 9.8 Problema 9 11
9.12 Demonstre que um canal trapezoidal, cuja seção molhada é um semi-
hexágono regular, funciona na condição de mínimo perímetro molhado.
-
9.16 Determine a largura de fundo de uin canal com altura d'água igual a 1,25
in declividade dos taludes 1V:2H, declividade de fuiido igual a I , = 0,0596,
fundo revestido de alvenaria de pedra seca em condiçóes regulares, taludes de
alvenaria de tijolo com argamassa de cimento em boas condições e vazão a ser
transportada 6,75 m3/s. Verifique a velocidade média. Utilize o programa
CANAIS3.EXE.
[b = 3,82 m; V = 0,85 mls]
9.19 Para o canal cuja seção reta é mostrada na Figura 9.9, com coeficiente
de mgosidade de Manning igual a n e declividade de fundo igual a I,, mostre
que a máxima vazão veiculada, em regime permanente e uniforme, sem que
haja extravasamento, é dada por
r 813
Q ma, = 2,3252 -
n
Logo, para uma dada seção do canal e para uma dada vazão, a energia
específica é função só da geometria e em particular da altura d'água
-
Isto indica que a curva y x E tem duas assíntotas, uma ao eixo das
ahscissas E = B e outra à bissetriz dos eixos coordenados, E = y.
Assim, somando graficamente a reta a 45" e a hipérhole, chega-se
ao gráfico da Figura 10.1.
É também de interesse prático o estudo de como a vazão unitária
q varia com a altura d'água y para uma dada energia específica constante,
E = E,. A Equação 10 5 pode ser escrita como:
Aqui, também pode-se traçar um gráfico y x q, observando-se que Figura 10.1 Relação altura d'água-energia
as condições de contorno são: específica (vezao constante)
pri-[
se y -t O, q + O (não há água)
se y + E,, q + O (há água em condição estática)
Isto mostra claramente que deve haver um valor máximo de q para Y
algum valor de y entre O e E,. A curva tem o aspecto apresentado na Figu-
ra 10.2.
Com referência ao gráfico da Figura I O. 1, pode-se observar que, para
cada nível de energia prefixado, existem duas possibilidades de veicular
2
y, --.~
. ~ - ...,..
~.....~ yizs
.--~ - - ~ ~~
uma vazão q no canal retangular. O escoamento pode se dar com uma al-
tura d'água y ,, que corresponde à raiz da Equação 10.5 que se encontra no
ramo inferior da curva, ou pode se dar com uma altura d'água y2, que y, ......' ........:
!
corresponde à raiz da mesma equação que se encontra no ramo superior da
curva. Estes dois escoamentos têm caracten'sticas bem diferentes, o de al-
tura d'água yl é chamado de escoamento rápido, torrencial ou supercrítico 9 4,,ix 9
e o de altura d'água yz é chamado de escoamento lento,fluvial ou subcrítico Figura RelaEáoalturad.água-vazáo
e as profundidades y i e yz são chamadas de profundidades alternadas ou (energia específica cons-
correspondentes. tante).
Um ponto destaca-se nos gráficos das Figuras 10.1 e 10.2, aquele re-
ferente à energia mínima ou o seu correspondente referente à vazão máxima.
Evidentemente, estes pontos são correspondentes, já que ambos os gráficos são
a representação da mesma equação. A profundidade associada a estes pontos
é denominada profundidade crLtica y,, a qual corresponde à fronteira entre os
dois ramos da curva, e é um dos parãmetros utilizados para a identificação do
tipo de escoamento no canal.
Sintetizando as observações sobre a Figura 10 1, pode-se concluir que,
1. se y > y, + V < V,, escoamento subcrítico:
1
-
Hldraulica Baslca Cap 10
290
-
2. se y < y, -+V > V,, escoamento supercntico;
3. se y = y, + V = V,, escoamento crítico;
4. uma diminui~ãono nível de energia específica disponível provoca
um abaixamento na linha d'água, no escoamento fluvial e uma ele-
vação no escoamento torrencial.
Fr =-
v , na qual H, é a altura hidráulica da seção
Js.m
Como para a seção retangular a altura hidráulica é igual à altura d'água,
a expressão do número de Froude para esta seção é dada por.
dE dy
se- >O >O+Fr<l
dy dE
-
Hidráulica Básica Cap. 10
s92
-
Isto indica um fato de grande importância: em um canal retangular a
profundidade crítica depende somente da vazão por unidade de largura.
Em continuação, a energza espec@ca miazma ou energta espec@ca cri-
ticapode ser calculada substituindo a Equação 10.1 1 em 10.5. Isto leva a.
1
A velocidade crítica V, pode ser calculada a partir da expressão dr
zão unitária.
Como q = V, y, tem-se na condição de regime crítico:
v A<,
e de
Será visto mais adiante que a velocidade crítica é igual à velocidad~
- c.+,L.:, -5
. -
a
f - - _L__
h4 2 y c
-0-0136 propagação de uma onda de pequena amplitude propagando-se sobre a super-
&.ntA.%m.
.
-%cxn :
i
-
WCyf =-,.>C
declividade de um longo canal em que ocorre o escoamento uniforme crít:--
Para um canal retangular de grande largura, pode-se aproximar o raio hid:
,L".
ráu-
1 lico pela altura d'água, conforme mostrado no Capítulo 7.
^"e
-
v-.
-:.yc.),k, -4LLA,.'?
Assim, para condições de escoamento uniforme crítico em um c;
retangular largo, a fórmula de Manning pode ser escrita como:
I,
11.
1
;"
- --
YC'
1' (10.14)
Este parâmetro também pode ser usado como indicador do tipo do es-
coamento que está se processando, pela comparação com a declividade de
fundo I, do canal. Assim:
~ > A , z . -:.r> *u
se I, I,, o escoamento uniforme é subcrítico e o canal é dito de "j5ra-
I
cn declividade ";
f
t&&&<, 3.7
se I, > I,, o escoamento uniforme é supercrítico e o canal é dito de
'Yorte declividade".
Algumas observações sobre as condições do regime critico ainda são ne-
cessárias:
1. todas as equações desenvolvidas até agora, 10.4 a 10.6 e 10.1 1 a
10.14, valem única e exclusivamente para canais retangulares;
-
2. da Figura 10.1, pode-se observar que, nas proximidades da altura
crítica, uma pequena variação da energia específica implica uma
considerável variação na altura d'água. Fisicamente, significa que,
uma vez que muitas profundidades podem ocorrer para praticamente
a mesma energia específica, o escoamento nas vizinhanças da pro-
fundidade crítica possuirá uma certa instabilidade, a qual se mani-
festará pela presença de ondulações'na superfície do líquido. Isto
realmente ocorre no escoamento uniforme crítico;
:iG
3. conforme a Equação 10.1 1, a profundidade crítica é crescente Y
com a vazão q, portanto para vazões maiores as curvas da Figu-
ra 10.1 serão deslocadas para a direita, porém o lugar geométri-
co dos pontos de mínimo (escoamento crítico) será uma reta de
declividade 2Ec/3, como na Figura 10.4; &@>-..
Y../
4. o tratamento matemático desenvolvido pode ser feito partindo-se
da Equação 10.6 e chegando-se às mesmas expressões e proprie- Y . . ~ ~. ~
~ .._......
r_....
=qi -
dades. ...
Para determinar a variação da vazão unitária q com a profundidade E
y, para um valor fixado da energia E, em um canal retangular, pode-se re- mgura10.4 L~~~~geo,,,étnco dos pon-
escrever a Equação 10.6 na'forma:. tos d e mínima energia -
seção retanylar.
q2 = 2 g ~ y -2 Zgy' (10.15)
1
-
Hldr6ulica Básica Cap. 10
294
->. UyU'Ly'L" U.IIYLL"L LII".,LI" L,"* "'LL'L" Y LIWI'L, L, - V L,"U..Y" J - " "U
y = E. O aspecto da curva q = f(y) iiiostrado na Figura 10.2 pode ser ex-
plicitado pela determinação do ponto de máximo da função, diferenciando a
Equação 10.15 em relação a y, na forma.
"3
y- -,,.,,,_2.,,
6 J , "Y-.')I, i\ .i C
n Iin
<.",
dy
vel para um encoamento sm um canal
retangulsr 6 1,o m. quanto vales
vazão POI unidade de largura? Igualando a zero a Equação 10.16 e simplificando, vem:
y(2E-3y) = O (10.17)
na:
H1 (zr?)~,
Em muitos problemas práticos é necessário determinar as raízes da
Equação 10.5, para uma dada vazão e energia específica, de modo rápido, sem
necessidade de resolver a equação do 3" grau resultante. Para isto, pode-se
adimensionalizar a Equação 10.5 usando a Equação 10.11, como:
Figura 10.5 Curvas q = f(y) para E
constante - seção retan-
9 1 y + Y ' , que dividida por y, fica:
2
gular.
E =y+ = 2
2g Y 2y2
-
-
um canal?
Da Equação 10.5:
-
-
Hidráulica Básica Cap 10
296
y = -(~gl)li(I)U.
=
9,s
= 0,47 m c yo = l,l5 m (Fluvial)
EXEMPLO 10.2
-
b
Um canal retangular tem 1,20 m de largura Quais são as duas profun-
didades nas quais é possível ter um escoamento de 3,s m3/s de água, com uma
E~cmmentocom profundidade crnisa energia ou carga específica de 2 3 6 m.
ocorre quando a energia espeinice B
m6xima, para uma dada v a s o ? A altura ctftica é dada pela Equação 10.11.
daí Ely, = 2,8610,954 = 3,O e, pelo gráfico da Figura 10.6, as duas alturas
adimensionais são y l/y, = 2,95 e ydy, = 0,45, o que fornece y I = 2 3 1 m (flu-
vial) e y2 = 0,43 m (torrencial).
portanto:
-
Combinando as Equações 10.21 e 10.22, tem-se:
Deve ser notado que a Equação 10.24 é válida somente para ondas de
pequena amplitude, uma vez que, na dedução das Equações 10.21 e 10 22, des-
prezou-se termos na forma Fy &V,pois Fy << y. Posteriormente, uma expres-
são mais geral para a celeridade de ondas de gravidade será desenvolvida.
No escoamento crítico, o número de Froude é igual à unidade, assim,
pelas Equações 10.9 e 10.13, a velocidade crítica vale:
-
10.6 SEÇAO DE
CONTROLE
~ . -"
~...===------------
.~..~.
~~.~ . . -...
! !r
0
1-L A
.........................
. . . . . . . .B-.~
1
ci /
É importante em hi-
dráulica dos canais o conhe-
,I, / ....... ~ ~ ~ C~ ~..... - . ,I' ~
~ 1 .
~
r*
I !
~~~~~
A ~~~~
,!A';,
q,
...-....---
---
,
~
,,,,,,,, A ' q
BI, :,
',0
mina uma relação entre altu-
ra d'água e vazão. Tais seções
são chamadas de seções de
controle, porque controlam as
profundidades do escoamento
Figura 10.10 Conceito de seçáo de controle. em trechos do canal a sua
montante ou a sua jusante,
dependendo do tipo de escoa-
mento que está ocorrendo. Para o regime crítico, pode ser estabelecida uma re-
lação entre a l m a d'água e vazão, portanto uma seção crítica é uma seção de
controle. As maneiras como estas seções influenciam no escoamento são as
mais variadas possíveis. O conceito pode ser exemplificado através de uma
estrutura de transbordamento de um reservatório mantido em nível constante,
constituídwpor um vertedor de crista espessa como na Figura 10.10.
Considerando, para simplificar, que a estrutura seja retangular de largura
b e relativamente curta para que a perda de carga entre a seção de entrada e a
queda livre a jusante seja desprezível, duas situações são analisadas.
a) Quando a comporta de controle a jusante estiver totalmente fechada,
não haverá escoamento e a água estará parada, com altura y = E,
(energia específica disponível), situação correspondente ao ponto A
da curva de vazão. Abrindo-se parcialmente a comporta até a posição
B, ocorrerá uma pequena vazão e a altura d'água no vertedor cairá,
pois haverá transformação de energia potencial em cinética. Conti-
nuando a abrir a comporta de jusante, a vazáo vai crescendo e a al-
tura d'água y, diminuindo, até que se atinja o valor da vazáo máxima
dada pela Equação 10.18, e compatível com a energia específica dis-
ponível E,, cuja profundidade correspondente é a crítica, ponto C da
curva de vazão. A partir desta situação, a comporta não mais influi-
rá no escoamento e a vazão e a altura d'água não mais se alterarão.
b) Deixando a comporta de jusante totalmente aberta e operando outra
a montante, como indicado pontilhado na figura, quando esta estiver
totalmente fechada, a vazão será nula (não há água na estrutura),
portanto y = O (ponto D na curva de vazão). Abrindo-se esta comporta
crescerão continuamente a vazáo e a altura d'água até que se atinja,
como no caso anterior, a vazão máxima compatível com a energia es-
-
Cap. 10 Energia ou Carga Especifica
301
-
pecífica disponível E,, cuja profundidade correspondente é a ctítica,
ponto C da curva de vazão.
No primeiro caso, que corresponde ao trecho AC da curva de vazão, o
elemento controlador do escoamento está a jusante da seção correspondente,
e o escoamento é fluvial No trecho DC da curva de vazão, o elemento con-
trolador do escoamento está a montante da seção correspondente e o escoa-
mento é torrencial
Este fato'tem uma importância prática significativa. O regime subcrítico
é controlado por alguma característica colocada a sua jusante e as perturba~ões
originadas em determinada posição propagar-se-ão para montante. No caso do
escoamento supercrítico, este é controlado por uma característica colocada a
sua montante. Como exemplo das duas situações, tem-se a constmção de uma
barragem em um n o (regime fluvial), condicionando a linha d'água a sua
montante pelo aparecimento de um remanso de elevação que se faz sentir à
grande distância da barragem, seção de controle, ver Figura 7.2. Ainda na
Figura 7.2, a seção de controle, barragem, condiciona o escoamento torrencial,
a sua jusante, pelo vertedor.
No jargão técnico, costuma-se dizer que o escoamento torrencial "igno-
ra" o que está ocorrendo águas abaixo; por exemplo, a descarga do vertedor da
Figura 7.2 não é afetada pela existência de um ressalto hidráulico localizado
ao pé do mesmo.
Como veremos no Capítulo 13, o conceito de controle será usado no cál-
culo da linha d'água no escoamento permanente e variado, cálculo que se ini-
cia em uma seção de altura conhecida, seção de controle, e prossegue no
sentido no qual o controle está sendo exercido, isto é, de jusante para montante,
se o escoamento for fluvial, e o contrário, se for torrencial.
pequenas panurba$óes propagam.oe
para montante e para jusante ou s6
para montante7
Os conceitos de energia específica e escoamento crítico, em conjunto com
os gráficos das CUNaS y x E para q = cte, Figura 10.1, e y x q para E = cte., Fi-
gura 10.2, são utilizados para analisar o comportamento da linha d'água, devi-
do àpresença de uma transição cuia como redução de largura, elevação do nível
de fundo ou combinação dos dois efeitos. O efeito da transição pode alterar o
escoamento de várias maneiras, alterando até o regime de subcrítico para
supercrítico ou o contrário, inclusive gerando o aparecimento de um ressalto
hidráulico. As aplicações serão inicialmente feitas para a seção retangular por
simplicidade, mas as propriedades e características dos escoamentos podem ser
estendidas à seção trapezoidal, tratada mais adiante. As transições analisadas
serão curtas e de geometria suave para que se possam desprezar as perdas de
carga. Em geral, o fluxo resultante é convergente e, como discutido na Seção
3.3.1, a perda de carga devido à aceleração é pequena.
-
Hidráulica Basica Cap 10
302
-
10.7.1 REDUÇÃO NA LARGURA
D O CANAL
Considere, como na Figura
10.1lb, um canal retangular com lar-
gura bi na seção 1 e largura bz < bi
na seção 2, sem variação da cota de
fundo entre as seções. A vazão unitá-
ria q? na seção 2 é maior que a vazão
42 '4, unitária qi na seção 1 e, conforme a
Figura 10.4, as curvas de energia es-
E, E; E pecífica se deslocam para a direita
Figura 10.11a. Figura 10.11b. quando q aumenta. Considerando o
escoamento na seção 1 fluvial, na Fi-
gura 10.1 la, a altura d'água compatível com a energia disponível Ei = cte. vale
yi (ponto A). A altura d'água na seção 2 é menor que yi e maior que y, e
corresponde ao ponto B, pois E1 = cte. Considerando o escoamento na seção 1
torrencial, na Figura 10.1Ia, a altura d'água compatível com a energia disponí-
vel E1 = cte. vale y l *(ponto A*). A altura d'água na seção 2 é maior que y ~ e*
menor que y, e corresponde ao ponto B'.
Portanto, a altura d'água decresce se o escoamento a montante for flu-
vial e cresce se for torrencial, sem haver, em cada caso, mudança de regime.
Se a largura da seção 2 for reduzida ainda mais, aumentando a vazão
unitária, até que a reta E, := cte tangencie a curva da energia específica dese-
nhada para a vazão qa, a altura d'água nesta seção será a altura crítica, inde-
pendente do tipo de escoamento na seção 1 ser fluvial (A+C) ou torreiicial
(A*+C). Trata-se, portanto, de uma situação limite na qual aenergia disponí-
vel em 1 ainda é suficiente para veicular a vazão. Reduzindo-se ainda mais a
largura em 2, conforme a Figura 10.1la, a reta Ei = cte. não cortará a curva
da energia desenhada para q2 > q,z, pottanto não há solução matemática para
o problema físico, nas condições iniciais de montante. Supondo que o escoa-
mento em 1 seja fluvial, as perturbações originadas pela transição propagar-
se-ão pafa montante e a altura d'água deverá ajustar-se por si mesma, até que
condições críticas sejam produzidas na seção 2, seção de controle. Em outras
palavras, haverá alterações nas condições de montante pelo aparecimento de
uma curva de, remanso com a altura d'água na seção 1 aumentado para o va-
lor y i+, ponto A+, até atingir uma energia, necessária para veicular a vazão uni-
tária qz > qc2 condizente com a largura da seção 2, bi< b,. Nesta situação, O
escoamento passará de fluvial a montante da transição para crítico na transi-
ção e, na sequência, para torrencial, retomando ao escoamento fluvial através
de um ressalto hidráulico se, a jusante, o canal for de fraca declividade. Des-
ta forma, a condição limite de largura na seção 2, para que o escoamento se pro-
cesse sem que sejam alteradas as condições de montanie, é que o escoamentona
seção 2 seja crítico e não haja elevação da linha de energia a montante.
-
Cap. 10 Energia ou Carga Especifica
303
~&';~iL,i~-
goto, e a calha venturi, utilizada em sistemas de irrigação.
Tais estmturas de medição têm convencionalmente uma
entrada suavemente afunilada, uma seção contraída (garganta)
de paredes paralelas, um trecho divergente e em geral fundo
plano, conforme Figura 1 0 . 1 2 ~A. coníração lateral produz uma
variação da velocidade e da profundidade ao longo da calha que
- ,..~.
.....~..~. ~~~~~~
~~~~~
~~~~~
,
a) Calha venun.
podem ser relacionadas para a determinação da vazão. Duas si-
tuações de escoamento podem ocorrer, com diferentes linhas
d'água. Se as condições são tais que o escoamento permanece v 3 zg linha de energia,
J;iz I
fluvial em toda a calha, sem atingir a altura crítica, Figura
10.12a, a estrutura é chamada calha venturi e tem característi-
tas análogas aos medidores venturi usados em tubulações.
....~
yc
- I$!?&..
---....,..
....~
.~
~~~
da qual vem:
1
-
H~dmulicaBásica Gap 10
-
Para levar em conta a não uniformidade na distribuição de velocidade
e a pequena perda de carga na transição, a equação antenor é multiplicada por
um coeficiente de vazão Cd, com valor em torno de 0,97, ficando.
EXEMPLO 10.3
\o. yvn
Um canal retangular com 3,b m de largura, rugosidade n = 0,014 e
declividade de fundo I, = 0,0008 mlm transporta em regime permanente e
uniforme uma vazão de 6,&m7s+&m uma determinada seção, a largura é re-
duzida suavemente para 2; m, assim qual a altura d'água nesta seção? Qual
deveria ser a largura da seção contraída para que o escoamento seja crítico,
sem alteração das condições do escoamento a montante? Despreze as perdas
na transição.
A altura d'água no regime uniforme, que será a altura d'água imedia-
tamente antes da constrição, pode ser determinada pela Tabela 8.3, como se-
gue:
V 6,Ol (3,0,1,26)
Fr, = --- = 0,45 :. escoamento fluvial.
&= 455%
Pela conservação da energia específica entre uma seção do canal e a
seção contraída, tem-se:
-
I
-
A altura crítica na seção 2 vale:
portanto a mínima energia necessária nesta seção, para que o escoamento ocor-
ra sem alterar as condições de montante, vale:
3 3
E,, = - y,, = - . 0,86 = 1,29m < E , = 1,39m
2 2
E
NaFigura 10.6, para A =1,61 -+a=
1,35 :. y, = 1,16m
Yc2 Y c2
Logo, houve um abaixamento da linha d'água na seção 2 de 0,10 m.
A largura limite da seção 2 para que o escoamento a montante não seja
alterado corresponde à condição EI = 1,39 m = E,z. Assim:
-
fundo na seção 2, para que o escoa-
mento se processe sem que sejam al-
teradas as condições de montante, é
que o escoamento na seção 2 seja
crítico e não haja elevação da linha
de energia a montante.
Se o escoamento na seção 1
for torrencial e AZ > AZ,, haverá a
formação de um ressalto hidráulico
a montante da transição e a perda de
energia que ocorre no ressalto toma
E, E, E, E: E I impossível analisar o problema
Figura 10.13a. Figura 10.13b. usando somente o diagrama de ener-
gia específica y x E.
EXEMPLO 10.4
-
Hidraulica Básica Cap. 10
310
-
A energia disponível antes da transição vale:
-%-
-2%
constante; e o segundo, a um canal retangular e horizontal de largura unifor-
memente variada, como na calha venturi.
I A Figura 10.15a ilustra
a ocorrência da profundidade ~ - - ~ ~ ~
2 -=---- , --....-----
.4.- , , --...
----..
crítica
de fortenadeclividade, I, >canal
entrada de um I,, e -
--
S .
.
.
I
Supondo desprezíveis a /+CQ)
perda de carga na passagem do reservatório para o canal e a carga cinética de
aproximação, o que significa dizer que a energia disponível é somente a ener-
gia potencial H, o primeiro caso pode ser tratado matematicamente, com H e
q constantes, na forma:
-
Hidráulica Básica Cap 10
312
-
Pela Equação 7.4, o número de Froude para uma seção qualquer é dado
porr
d~ = I - - Q ? B (10.41)
A
dy g ~ 3
Observe que a Equação 10.41 é a correspondente da Equa- Figura 10.16 Canal de forma qualquer
çáo 10.7 para a seção retangular, e que aquela passa a ser um caso .'
EXEMPLO 10.5
4.1-P. Um canal circular de raio R escoa uma determinada vazão com uma
altura d'água correspondente à meia seção, e o regime é crítico. Determine a
rel,ãoy,.
h: Na condição da lâmina d'água, y, = R, A, = z y,Z/Z e B, = 2y, e, pela
I Equação 10.44, tem-se. p
7 5
Usando a laimulabe c h 6 m ~* r s
que a dedividade critico de um cand
reiangular bem Isrgo B dada pai:
1. = WC'.
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
o
0.01 0.1 1 10
pdDTn
Fipra 10.18 Altura crítica em canais circulares.
7
-
Hidráulica Básica Cap. 10
318
-
b ) Problema 2
Determinação da altura crítica em um canal trapezoidal, conhecendo-se
a vazão Q, a energia mínima E, e a inclinação do talude Z.
Partindo-se da Equação 10.44 e das relações geométricas da seção
trapezoidal, foi gerada uma expressão adimensional em função de dois pa-
râmetros.
E
--
~0.60
- ,~ O ( 2
1 , 5 0 3 ~ , ' para D ( 0,8
E
9
D
= 1 , 3 7 8 ~ ~ ' para
.' 0,8 ( c ( 1,2
D
(10.46)
d) Problema 4
Henderson (28) apresenta como um problema importante a determina-
ção da largura de fundo b, de um canal trapezoidal, dados Q, y, e Z, e indica
que este problema só pode ser resolvido por tentativas. Porto e Arcaro (40)
desenvolveram expressões adimensionais que tomam explícita e imediata a
determinação da largura de fundo, em termos dos adimensionais:
0.01 0,l
+v=-Q = -
16 = 1,19 mls
A 13,41
-
ZE, - 2.15 = 1
$=----
b 3
Para y0 = YC = 0,81
D
na Figura 10.18 tira-se:
-
D5/2
=2
-
.: Q=2,0 m3/s
M
D =- e na Tabela 8.1, para
K, .
EXEMPLO 10.9
EXEMPLO 10.10
-
Como a seção reta na entrada do canal é irregular, não há uma relação
explícita para a profundidade crítica que se estabelece na entrada do canal.
Assim, o problema pode ser resolvido vra planilha eletrônica, observando que,
na ausência de perdas, a relação vazão - altura d'água, correspondente à Equa-
ção 10 6, é dada por:
1
A, = -(B, +B,-,) .0,3 + A,-, , em que B, é a largura da seção. Obsarve a Figum 10.4. Considere um
1 2 csnai tmpezoidai de 4.0 m de largura
*fundo e inclinapio dos taludes
IH:iV. VOEOacha que, para esta
eeqo, o lugar geometrico das ponton
de mínima energia 6 uma &? se for
Planilha d e cálculo do Exemplo 10.10 uma m a , ela te6 coeficienteangular
-
EXEMPLO 10.11
I I,:
Na Figura 10.17:
,,= 1.7 = !?
Yc
:, y, = 0,88m ( y, = 1,5m .: fluvial.
E 1,576
Como 2 = -= 0,77 ( 0,8, a suposição é válida.
D 2,06
-
-
10.11 PROBLEMAS
10.3 A água está escoando com uma velocidade média de 1,O mis e altura
d'água de 1,O m em um canal retangular de 2,O m de largura. Determine a nova
altura d'água produzida por:
a) uma contração suave para uma largura de 1,7 m: e
b) uma expansão suave para uma largura de 2,3 m
c) Calcule também a maior contração admissível na largura, para não
alterar as condições do escoamento a montante.
a) [y2 = 0,97 m]; b) [yz = 1,Ol m]; c) [b, = 1,09 m]
10.4 Um canal trape oidal com altura d'água de 1,05 m deve transportar, em
f
regime uniforme, 16, O m3/s de água sobre uma distância de 5 km. A inclina-
ção dos taludes é de 2H: 1V e a diferença total de nível d'água nos 5 km é de
850 m. Qual deve ser a largura de fundo do canal para que este escoamento
se faça à velocidade crítica? Qual é o coeficiente de mgosidade de Manning,
correspondente?
[b = 3,69 m; n = 0,0121
7
-
Hldráullca Bastca Cap 10
328
-
10.5 Seja um canal retangular com largura igual a 1,O m, no qual há, em uma
determinada seção, uma mudança de declividade de fundo e o coeficiente de
mgosidade de Manning vale 0,010. As profundidades normais do escoamen-
to, a montante e a jusante do ponto de\mudança de declividade, valem, respec-
tivamente, 0,40 m e 0,20 m. A declividade de fundo a montante da seção de
mudança vale I, = 0,005 m/m. Determine:
a) Há mudança do tipo de escoamento nos dois trechos? Justifique
b) A partir de qual vazão há uma mudança do tipo de escoamento?
a) [Não]; b) [Q,í, = 4,75 m3/s]
10.7 Em um canal cuja seção reta é parabólica, dada pela Equação Y = K XZ,
em que K é uma constante, mostre que a relação entre a altura crítica e a ener-
gia mínima é dada por: Y, = 0,75 Et.
-
I
c) Se foi, calcule as alturas d'água imediatamente a montante e a jusante
do degrau.
a) [Fluvial; E = 2,57 m]; b) [Foi modificado]; c) [yn, = 2,676 m e yt,, = 0,63 m]
-
10.14 Se 13 é o ângulo mostrado na Figura 10.25 iio escoamento em um ca-
nal circular, mostre que, se o escoamento é crítico. a seguinte relação é verda-
Q2
-- - (b-senbcosp)'
64senp
Figura 10.25 Problema l0.14. 10.15 Determine a capacidade de vazáo de uin canal trapezoidal, com talu-
des l,5H:IV, de alvenaria de pedra argamassada, em condições regulares, e
fundo de concreto magro. A altura d'água no regime uniforme é 0,80 m e a lar-
gura de fundo 1/30 m. Verifique se esta seção é de mínimo perímetro molha-
do e calcule o número de Froude do escoamento. Declividade de fundo, I, =
0,0007 mim.
[Q = I ,72 m'/s ; Não ; Fr = 0,3281
-
10.19 Um longo canal trapezoidal, de largura de fundo igual a 1,50 m, ta-
ludes lV.IH, declividade de fundo I,,= 0,0025 mlm e coeficiente de ru-
gosidade de Manning n = 0,018, é alimentado porum reservatório de grandes
dimensões e termina por uma queda brusca. Na extremidade final do canal,
nas proximidades da queda brusca, a altura d'água é 0,75 m. Determine a al-
tura da superfície livre do reservatório acima da soleira de fundo na seção de
entrada do canal. Despreze as perdas de carga na entrada do canal-
[H = 1 ,O7 m]
10.20 Um reservatório de grandes dimensões, mantido em nível constante,
descarrega emum canal retangular bastante largo, de fraca declividade e igual
a I, = 0,001 d m , coeficiente de rugosidade de Manning n = 0,020. A carga
específica disponível é igual a E, = 2,O m (diferença entre o N A. no reservatório
e o fundo do canal na seção de entrada). Assumindo que a perda de carga
localizada na entrada do canal seja igual a 5% da energia disponível, isto é, 5%
de E,,, determine a vazão unitária no canal.
[q = 3,64 m31(sm)]
,
10.21 Mostre que, para um canal retangular na seção de mínimo perímetro
molhado, se o escoamento uniforme for crítico, sendo n o coeficiente de
mgosidade de Manning, a vazáo e a declividade críticas são dadas por:
-
largura 3,O m, seção retangular, deverá ter uma elevação no fundo (degrau) de
altura AZ,tal que a altura d'água imediatamente a sua montante eleve-se para
1,30 m. Desprezando as perdas na mudança de seção, determine.
a) a vazão no canal,
b) a sobrelevação necessária AZ.
a) [Q = 4,17 mYs]; b) [AZ= 0,44 m]
-
prezando as perdas de carga na transição do reservatório para a canaleta. Su-
gestân: utilize
a Equação 10.44.
[Q = 9,18 10-2m3/s]
Fr,
AZ,=y,[l+-- 1,5 . ~ r , ~ " ]
2
10.30 Determine a altura crítica, para uma vazão de 2,O m3/s, no canal de
seção quadrada mostrada na Figura 10.28.
[y, = 0,944 m]
-
Hldrául~caBásica Cap. i 0
334
-
10.33 Determine a altura y na entrada de um longo canal trapezo~dalde largu-
ra de fundo igual a 4,O m, inclinação de taludes lH.IV, alimentado por um gran-
de reservatório de nível constante, sendo conhecida a descarga Q = 7,O m3/s e a
carga específica disponível E, = 1,0 m (diferença entre o N A. no reservatório e
o fundo do canal na seção de entrada). Despreze a perda de carga na transição
[y E 0,86 m]
10.38 Qual deve ser o diâmetro D de uma galeria de águas pluviais, para que
com uma declividade de fundo I, = 4,5 m/km e uma altura d'água y = 0,40D,
o escoamento uniforme seja crítico. Coeficiente de rugosidade n = 0,015.
[DE1,50m]
Cap. 11 Ressalto Hidráulico
1 1
331
11.1 GENERALIDADES
um ceno retinir como ferro e cadeias.
O ressalto hidráulico ou salto hidráulico é o fenômeno que ocorre na que, junto ao furioso estrondo da
transição de um escoamento torrencial ou supercrítico para um escoamento hgu8, qus lhas fazia acompanhamento,
poriam pavor a quem quer qus nao
fluvial ou subcrítico. O escoamento é caracterizado por uma elevação bmsca tom D~~ ouixots."
no nível d'água, sobre uma distância curta, acompanhada de uma instabilida- [DomOU;XO~da h hiaocha. cap. xx -
?*pane - Miguel da Cervantss
de na superfície com ondulações e entrada de ar do ambiente e por uma con- Saavedra]
sequente perda de energia em forma de grande turbulência. O ressalto ocupa
uma posição fixa em um leito uniforme, desde que o regime seja permanen-
te, e pode ser considerado como uma onda estacionária. Este fenômeno local
ocorre frequentemente nas proximidades de uma comporta de regularização ou
ao pé de um vertedor de barragem. O ressalto é, principalmente, utilizado
como dissipador de energia cinética de uma lâmina líquida que desce pelo pa-
ramento de um vertedor, evitando o aparecimento de um processo erosivo no
leito do canal de restituição. O ressalto também pode ser encontrado naentrada
de uma estação de tratamento de água, na calha Parshall, e é usado para pro-
mover uma boa mistura dos produtos químicos utilizados no processo de pu-
rificaçao da água.
fi
-- -
~~ ~/
~~.~.~.~.~ & ,
,,,,,,,,,,,,,,,r
,
-- J
e -
*
. ~ ~-
, , ,
5
',~ . ,
, , ,
2 -
, ,
1-,
, , ,i, ) ,
to dependendo da elevação mais ou menos impoaante da
superfície da água. A Figura 11.2 estabelece uma clas-
, sificação do tipo de ressalto em função do número de
0
c1Rrssalto oscilante 2,s < Fi,<4.5 <i) essalto eslacionário 4.5 < Fr, < 9.0
Figura 11.2 lipos de ressaltas hidráulico em função do número
Froude na seção de montante.
No ressalto ondulado, a transição entre o escoa-
de Fraude a montante. meuto torrencial e o fluvial ocorre de modo gradual e as
perdas de carga são essencialmente devidas ao atrito nas
paredes e.fundo.
O ressalto fraco ainda tem aspecto ondular, mas com zonas de separação
na superfície líquida, e as perdas de carga são baixas. Em geral, para Fri < 2,
não se considera o fenômeno como ressalto propriamente dito.
Para 2,s < Frl < 43, o ressalto já se apresenta sob seu aspecto típic
Nesta faixa o ressalto tem a tendência de se deslocar para jusante, não guar-
dando posição junto à fonte geradora.
O aspecto apresentado ria Figura 11.2d corresponde ao que se denomi-
na ressalto ordinário ou ressalto estacionário e que cobre o domínio de ap.'
cação do ressalto como dissipador de energia em obras hidráulicas. Pa
números de m u d e na faixa entre 4,s e 9,0, a dissipação de energia varia e
tre 45% e 70% de energia disponível a montante.
Para Fri > 9, que caracteriza o ressalto forte, em geral não é utilizar
nas construções hidráulicas devido a efeitos colaterais sobre as estruturas i
dissipação, como processos abrasivos ou mesmo cavitação.
L- u0;G
11.3 FOAÇA ESPEC~FICA
Como problema importante no estudo do ressalto, apresenta-se aque
relativo ao relacionamento das alturas conjugadas, para uma dada geometr
do canal e uma dada vazão. Por ser o escoamento bmscamente variado, acon
panhado de uma brusca mudança na força hidrostática, seu estudo deverá si
feito a partir do teorema da quantidade de movimento, aplicado ao líquido coi
finado ao volume de controle limitado pelas seções nas quais ocorrem as al-
turas conjugadas.
Para um escoamento permanente, o teorema da quantidade de movitnen-
to mostra que a resultante de todas as forças que atuam sobre o volume de con-
trole é igual ao fluxo da quantidade de movimento através da superfície de
controle
Supondo um canal de fraca declividade e observanx que a componente
do peso e a força tangencial nas paredes e fundo são opostas e de pequenas
magnitudes, pode-se desprezá-las com o intuito de obter uma expressão sim-
ples. Assim, sobre o volume de controle atuarão as forças de distribuição de
pressão nas seções 1 e 2 da Figura 11.l.Desta forma, tem-se, para escoamento
unidimensional:
Da Estática dos Fluidos, a força de pressão sobre uma área plana é dada
por: F = y A, em que, como na Seção 8.2., L é a distância vertical desde
a superfície livre até o centro de gravidade da seção molhada. Portanto:
&tu,&
,,
«r#b 2 ~ ~ $ 3 j ) 5 '= Colocando-se em gráfico a altura d'água y contra a força específica F,
para uma dada geometria do canal e vazão, obtém-se a curva de força espe-
d b . E =
--
c$ca que possui as seguintes propriedades (ver Equação 1 1 5 e Figura 1 1.3).
a) se y -,O :. F + e a curva 6 assintótica ao eixo das abscissas;
bl se y + m .: F4 e a curva estende-se indefinidamente para a di-
reita;
c) se y = y, , F passa por um mínimo, qualquer que seja a forma do canal;
d) para um dado valor da força específica F, a curva apresenta duas al-
turas yi e yz, que são as alturas conjugadas do ressalto.
A terceira propriedade da curva da força específica pode ser facilmen-
te deduzida observando a Figura 11.3, diferenciando a Equação 11 5 e igua-
lando a zero. Assim:
Y 1
daí:
nal. Observe que a Equação 11.8 foi deduzida pela aplicação do teorema da
quantidade de movimento, enquanto chegou-se a este meimo resultado no
Capítulo 10, Equação 10.42, usando a equação da energia.
.
momento eotstico da seç&o molhada,
cuia da~ivadaem relaqso a y e a
pbpria Bica. O conceito de momento
Logo: 1 + 8 ~ r >
: 9 .: ~ r>
: 1 .: Frl > 1
esIá1ico de uma mção tambbm 6
Utilizado em RBOistCnCia dos Materld~.
h Donde se conclui que 86 haver8 ressalto se o escoamento a montante da
singularidade for/torrencial.
É importante observar que esta condição não é necessária e suficiente,
é só necessária, isto é, se o escoamento for torrencial e a singularidade produzir
a altura requerida yino regime fluvial, o ressalto se forma; se não, o escoamen-
to continua torrencial, sem a formaçáo do ressalto. Isto é válido qualquer que
seja a forma da seção.
-
V
Cap 11 Ressalto Hidráulico
341
-
11.5 CANAIS NÃO RETANGULARES
Para canais trapezoidais, circulares, triangulares ou parabólicos, podem
ser desenvolvidas, a partir da Equação 11.4, expressões adimensionais que re-
lacionam as alturas conjugadas com o número de Froude na seção em que o
escoamento é torrencial.
Para as seções trapezoidais simétricas, com largura de fundo b e incli-
nação dos taludes IVZH, um desenvolvimento adimensional daEquação 11.4
pode ser feito a partir das seguintes considerações geométricas.
A força de pressão hidrostática em um canal de seção trapezoidal simé-
trica de altura d'água y é dada por:
2
1
-[i - y2]
M
+ -[1
3 [
-y3]= Fr, ( I + M ) ~ ( I + M )
I+ , ][,(I
, +MY) (11.15)
-
seção retangular, enquanto M = cones- -
Na Figura 11.4, M = 0 corresponde à
EXEMPLO 113
; ap,*rs ,+i-n*++-rr c+ L-) o3 4
Um vertedor de uma barragem des-
(carrega em um canal retangular, su=e-
'mente longo, uma vazão unitária q = 4,0 mY
(sm). O canal tem declividade de fundo I, =
0,0001 mlm, revestimento de concreto em
condições regulares e pode ser considerado
1 2 3 4 5 6 7 8 9
-
larzo. Ocorrendo um ressalto hidráulico nes-
te canal, determine suas alturas conjugadas.
.--
Fr, =L & Se o canal é wgo, o raio hidráulico
JsHmi
é igual à altura d'água, e a altura normal
Figura 11.4 Relaçáo das alturas conjugadas em funçáo de Fr, e M , canais trape- ~ o d eser determinada IDela fórmula de
Manning, na forma: c>!? >> iJ
fia; .?L-, 3
2
Cálculo da altura crítica: y, = ( 4 ) ' 1 3 + yc = 1,18 rn < y, = 3,05 m
g
2
O I ~ E S ~ I I Ohianu~icosempre ocorre Fr22 -- -q = l6 = 0,057 4 Fr, = 0,24
na pasnagern de urna proiundadads gy; 9,8. 3,0S3
inferior & normal para urna supriar?
EXEMPLO 11.2
I
e como na garganta, seção 3, o escoamento é crítico, a equação da energia
1 (observe que é após o ressalto) fica:
1
3
E, =E,, = - y,, = 2,63 m
2
:. y,, = 1,75 m
:. bl = 1,93 m.
I Pela continuidade, Q = q, . b3 = 14
7
H~dráulicaBásica Cap. 11
344
-
, 2'
EXEMPLO 11.3
I , :"
\ 1.1
, ,. ,
,: ; .:. i ,"
A aliura d'água no regime torrencial em um canal trapezoidal com largura
de fundo igual a 3,O m, inclinação dos taludes Z = 1,5 e vazão de 20 m3/s vale
y I = 0 5 0 m. Determine a altura conjugada no regime fluvial.
I- I ~?;,, -.P: Na seção 1, os parâmetros geométricos e hidráulicos valem:
? sr
área A] = (ml + Z)yi2 = (3,0/0,50 + 1,5) 0,502 = 1,875 m2;
I;, -~ .:.c'>",?: \P.
largura na superfície Bi = b + 2.Zy1 = 3.0 + 2.1,5.0,50 = 4,5 m;
altura hidráulica H,i = Ai031= 1,875/4,5 = 0,417 m;
velocidade média Vi = Q/Ai = 2011,875 = 10,67 m/s.
M = -Zy, -
-
1,5.0,50 = 0.25
1' 3,O
Na Figura 11.4, para Fri = 5,28 e M = 0,25 vem:
Y = yz/yi = 5,4 :. y2 = 2,70 m
-
Se a perda de carga no ressal-
to pode ser calculada a partir de
I expressão deduzida analitica-
ite, o mesmo não se dá com o
iprimento do ressalto, distância
,.,,,e as seções em que ocorrem as
alturas conjugadas. A experiência
tem mostrado que, para canais re-
tangulares. o comprimento Lj de um
ressalto estacionário é bem definido
e se situa normalmente entre 5 e 7
vezes o valor de sua altura (yz - y i),
ou, segundo certos autores, o com-
I
primento é da ordem de 6y2.
Figura 11.5 Comprimento do ressalto em função do número deFroude. seção rctnnplar
1 A Figura 11.5 apresenta o grá-
I fico adimensional do comprimento
do ressalto, em canais retangulares, em função do niimero de Froude na entrada
do ressalto.
Devem ser observados na Figura 11.5 as faixas de desempenho do res-
salto em função do número de Froude e que, para 4,5 < Fri < 10, que é a fai-
xa normalmente utilizada em projetos de diss~paçãode energia, o compnrnento
, do ressalto é cerca de seis vezes o valor da altura alternada no regime fluvial.
A eficiência do ressalto é medida pela sua capacidade de dissipação da
' energia mecânica do escoamento torrencial e é definida por:
EXEMPLO 11.4
1,60 + ¶* = 0,25 + q2 +
19,6.1,60 19,6.0,25*
V (132610,25)
Fr=-- = 3,22, portanto escoamento torrencial
A eficiência vale:
(1'26'0'30)
&-,/m-=
Para Fr, =--- - 2,45 (ressalto fraco), na Figura 11.5 o
1.7 PROBLEMAS
I .......
~ ~~. ~...
.~~....
. ~ ~ ~ ~ ~ . .
medir as alturas conjugadas y i e y,, foram colocados dois 1
-
\
~2
-
11.2 Um canal trapezoidal de largura de fundo igual a 1,O m e taludes
1H:IV transporta uma vazão de 3,5 m3/s e, em uma determinada seção A, a
altura d'água vale 0,95 m Verifique se uma singularidade qualquer, a jusante
desta seção, poderá produzir um ressalto hidráulico no canal entre a seção A
e a singularidade. Justifique sua resposta.
[Não há possibilidade de ocorrer o ressalto]
11.3 Partindo da equação da força específica, para as seções de montante
e jusante de um ressalto hidráulico em um canal retangular, mostre que, entre
os números de Froude nas seções, existe a relação:
-
11.8 A partir da equação das alturas conjugadas de um ressalto hidráulico
em um canal retangular, demonstre que:
=.?
.
-
11.14 Mostre que a relação entre o ganho de energia potencial, definido pela
diferença y2 - yi. e a perda de energia cinética, definida pela diferença.
~ Y Y ?I
V:-V1 , no ressalto hidráulico em um canal ietangular vale.
2g (YI +
AT
h1
H/
,
~ a r e c ~fina
c
<I.s*
Parede espessa
do orifício, denomiiiada carga sobre o orjfcio, estes podem ser clas-
sificados como pequeitos e graizcles. São ditos pequeiios se sua dimeii-
são geométrica verrical, diâmetro ou altui-a. é menor que um terço da
carga H.
Quanto ã espessura da parede na qual está inserida a abertura
e a forma do jato em contato com a superfície interna da parede, os
orifícios são classificados como de parede$na ou delgada e de pa-
rede
a
grossa ou espessa. Os orifícios de parede fiiia são aqueles em que
veia líquida só está em contato com a linha de contorno, perímetro
Figura 12.la. Figura 12.lb. do orifício, Figura 12.1a, e nos orifícios de parede espessa o jato adere
i parede da abertura segundo uma superfície, Figura 12.1b. Neste
último caso, a espessura da parede é menor que unia vez e meia a
menor dimensão do orifício. Se a espessura da parede for duas a três vezes
maior que a menor dimensão da abertura, esta é classiticada como um bocal.
O estudo dos orifícios de parede espessa se faz do mesmo modo que o dos
bocais.
-
-
q L.'
A- A ,
s/
,,-Seção
-V
coiiliai<lri
das partículas são sensivelmente paralelas entre si, a distribuição de velocidade
é uniforme, com área traiisversril igual a aproximadamente 60% da Brea geomé-
trica do orifício, e na qual a pressão é praticamente uniforme em todos os pon-
tos e igual$ pressão exterior da região em que a descarga está se dando.
Para uin orifício circular de aresta viva e diâmetro D, a seção conti-aí-
da do jato situa-se a uma distância aproximada da parede interna da abertura
igual a 0,5 D.
A relação entre a área transversal do jato A , na seção contraída, e a
Figura 12.2 Seçáoçontraída de uiii jaio área do orifício A é deiiomiriada coejicienfe de contração, C , (ver Equação
I~vre. 3.8), e pode ser determinada experimeiitalmente. Para orifícios circulares de
~ Cap. 12 Oflflcior - Tubos Curtos - Venedores 111 I
parede fina, o valor médio de C, é da ordem de 0,62, variando com as dimen-
sões do orifício e com a carga H.
c
" A,
I--
- área da seção contraída
área do orifício
H~drhulicaBásica Cap. 12
354
i
ponto da trajetória. Tomando outra linha de corrente, ou trajetória, já que o
d escoamento é permanente, a velocidade dada pela Equação 12.3 variará para
C
@ @ cada linha de corrente, conforme o valor da carga h. Entretanto, consideran-
do o orifício de pequenas dimensões em relação àcarga h, pode-se considerar
Figura 12.3 Escoamento Por um orifício. que na seção contraída c-c a velocidade é uniforme e igual àquela correspon-
- média H, distância vertical da superfície do Iíquido até o centro
dente à carga
de gravidade da seção contraída.
Aplicando a equação de Bemoulli ao tubo de corrente entre as seções
d-d e c-c, assumindo distribuição uniforme na seçáo d-d, coeficiente de Coriolis
a = 1 e velocidade média V,, obtém-se o valor teórico da velocidade na seção
contraída, como:
I I
Devido à existência de perdas de energia no escoamento ao entrar no
orifício e durante a passagem pelo mesmo, a velocidade real na seção conmída
L ligeiramente inferior à velocidade teórica dada pela Equação 12.5. A relação
entre a velocidade real V e a velocidade teórica VI, que teria lugar se não hou-
vesse perdas, denomina-se coeficiente de velocidade, C,, cuja ordem de gran-
deza para orifícios circulares de parede fina é 0,98. Assim:
c V
=-=
velocidadereal
" V, velocidade teórica
-
Tabela 12.1 Valores do coeticienre de vazão para orifícios circulares,
verticais de parede fina - Azevedo Netto (6)
1 v2 v2 v2
Ah=----=
ct 2g 2.g (C: )
--I ,-
2g
1 12.5 DETERMINAÇÁO
U M ORIF~CIO
EXPERIMENTAL DOS COEFICIENTES DE
A pwda dm c a r p am um oriiicio de
pequenas dlmens6eo, sendo H a carga
dlsponivel e v, a velocidade tediisa.
pode ser a p r e s s a por
que é a equação de uma parábola, de vértice em A, que fornece V em função
de x e y, determinados experimentalmente, e daí C, como:
H --7 v:
2e
-
O fator a pode ser calculado em função da relação H/a (carga média/
altura do orifício), como na Tabela 12.2.
12.7 ORIF~CIOSAFOGADOS
O orifício é dito afogado ou submerso quando a cota do nível d'água a
jusante é superior à cota do topo do orifício. Sejam, como na Figura 12.7, dois
reservatórios de grandes dimensões, nos quais a área da seção transversal é muito
maior que a área A do orifício, de modo que a carga cinética de aproximação seja
v,zo;, Ib desprezível. Sendo H a diferença de nível, no escoamento permanente, a aplica-
ção da equação de Bemoulli entre as seções a-a e b-b, esta última coincidente
com a seção contraída do jato, levando em conta a perda de carga, fica:
Como o alcance dos dois jatos é o mesmo, pela Equação 12.16, tem-se:
1 ~
sas para navegação, operação de limpeza de decantadores em estações de tra-
tamento de água etc.
Uma das situações práticas é a determinação do tempo necesshio para
que a cota da superfície livre do líquido, em um depósito de certa configura-
ção geometrica e dispondo de um orifício no fundo, passe d e um valor
h, para hz.
Seja, como na Figura 12.11, um reservatório no qual não há ali-
mentação compensadora, de modo que a abertura do orifício no fundo
provoca uma diminuição gradual da profundidade e, consequentemen-
te, da pressão sobre o orifício.
Admitindo o coeficiente de vazão Ca do orifício de área A,, cons-
tante, isto é, independente da carga, o problema pode ser tratado pela
aplicação da equação da continuidade e usando a Equação básica 12.10.
Figura 12.11 Escoamento sob carga variavel.
Para uma carga genérica h sobre o orifício, em um tempo qual-
quer t, a vazão é dada pela Equação 12.10. No intervalo d e tempo dt, a
equação da continuidade aplicada ao volume de controle é dada por:
Q ( t ) = C , A, J2gh=--d dt
Vol
-
--
dh
A(hIdt
EXEMPLO 12.2
-
A lei de descarga do bocal, equação equivalente &Equaçãobásica 12.10,
pode ser determinada pela aplicação das equações de Bemoulli e da continui-
dade e das definições dos coeficientes dos orifícios, A equação de Bemoulli
aplicada entre a g q ã o do ~ v ed'água
l no reservatório de área A, »A e a seção
de saída fica:
H =
vZ
-+ (V, - v ) 2+ k-v2
2g 2g 2g
'
cerca de 34%.
Isto ocorre porque na seção contraída a pressão é inferior à pressão at-
mosférica, o que se pode constalar aplicando a equação de Bemoulli entre a
superfície livre do reservatório e aquela seção, na forma.
H,,, 4 P,-P"
= --
3 Y
Para valores de H se aproximando do valor dado pela Equação 12.45,o
escoamento se toma intermitente com quebra de continuidade da veia líquida
Os valores do coeficiente de vazão de um bocal cilíndrico, colocado
perpendicularmente ao plano da abertura, em função da relação compnmen-
to L diâmetro D, são mostrados na Tabela 12.3.
-
I O bocal de Borda propicia um jato líquido bem regular, com uma con-
tração na entrada do bocal maior que a observada nos orifícios, sem tocar as
paredes internas do mesmo.
1
I
Este tipo de bocal permite um tratamento analítico para determinar a
relação entre os coeficiente de contração e de velocidade.
Sendo H a carga sobre a linha média do bocal, A, sua área geométrica
e A,, a área da seção contraída, para um reservatório de grandes dimensões, a
distribuição de pressão é hidrostática na seção a-a, isto é, a carga N.A.
cinética de aproximação é desprezível. Seja o volume de controle limi-
tado pelas seções a-a e c-c, sendo que nesta última a pressão é igual a
atmosférica, a aplicação do teorema da quantidade de movimento, na di-
reção x, ao líquido dentro do volume de controle, na condição de esco-
I
amento permanente, fica:
\ Portanto:
-
Se o comprimento do bocal for menor que 2D, o coeficiente de vazão
aumenta, tendendo ao valor de C* correspondente aos orifícios de parede es-
pessa. Se o comprimento do tubo for maior que 2,5D, a veia líquida, após atin-
gir a seção contraída, preenche totalmente a seção do bocal, produzindo uma
descarga análoga aos tubos adicionais cilíndricos externos.
-
I
livre do reservatório e a geratnz superior na entrada do tubo, deve ser no mí-
(
nuno igual a uma vez e meia a carga cinética, para evitar a formação de vór-
tice na entrada do tubo.
O coeficiente de descarga para os tubos curtos é dado pelas tabelas a
seguir.
Tabela 12.5 Valores de C, para condutos circulares de concreto com entrada arredondada:
Manual de H~dráulrca,Armando Lencastre (34).
I
7
-
Tabela 12.6 Valores de C, para condutos circulares de concreto com entrada em aresta viva
Manual de Hidráulica, Armando Lencastre (34)
NA.
~~~~.
.... .....
~~~~
~ ...1'.
......
~ ~ ~~~~
- EXEMPLO 12.3
-
Discuta a solução.
Modo (a)
A perda de carga unitária é dada por: J = AHL = 0,70130 = 0,0233 d m .
Para E = 0,25 mm, D = 0,30 m e J = 2,33 d100m. a Tabela A2 fome-
I ce a vazão Q = 0,188 m3/s.
Modo (b)
Equação da energia:
. 0,302
Daí: Q = 0,55.
R
4
Jm= 0,144 m3/s
-
12.12 COMPORTAS DE FUNDO PLANAS
Um tipo de controle utilizado em canais é uma comporta pla-
na, como na Figura 12.16, a maioria das vezes vertical e de mesma
I
largura que o canal (sem contrações laterais). Tal dispositivo contro-
la as características do escoamento fluvial a montante e torrencial a
sua jusante. Trata-se, basicamente, de uma placa plana móvel que, \ I,
ao se levantar, permite graduar a abertura do orifício e controlar a
descarga produzida. A vazão descarregada pela comporta é função
do tirante de água a sua montante e da abertura do orifício inferior,
com o escoamento podendo ser considerado bidimensional. Depen-
dendo da condição hidráulica de jusante, o escoamento após a com-
porta pode ser livre, em geral seguido de um ressalto hidráulico, e
Figura 12.16 Comporta plana vertical. suhinerso ou afogado,como será discutido adiante.
Na situação de uma comporta de fundo colocada em um ca-
nal retangular de fundo horizontal e mesma largura, nZo há contraçóes laterais
do jato e este pode ser tratado como bidimensional.
I
O escoamento pode ser tratado através da lei dos orifícios, observando
que a lâmina líquida descarregada pelo orifício de abertura b, a partir do ponto
A, sofre uma conhação vettical até alcançar um valor y2 = C, b a uma distância
L _= 1,3.b (seção contraída). Na seção contraída, as linhas de correntes são ho-
rizontais e têm uma distribuição de pressão hidrostática. A montante da com- 1
porta, a energia disponível é a soma do tirante de água yl e da carga cinética
de aproximação ~ : / 2 que ~ , se toma mais importante à medida que a relação
yl/b diminui.
A distribuição de pressão sobre a comporta e na seção do
orifício é mostrada lia Figura 12.17,juntamente com os principais
parumetros geométricos de interesse.
A determinação da vazão descarregada pode ser feita atra-
v&sde um balanço de energia e continuidade, entre duas seções
com alturas d'água substancialmente uniformes (distribuiç?
hidrostática de pressão). Considerando descarga livre e despreza]
do as perdas de carga entre as seções 1 e 2, pode-se escrever:
Fazendo
9=cdh& (12.55)
0.6
Observe que. na lei de vazão de uma comporta, a carga a
montante é o próprio tirante de água, e não a distância vertical des- 0,5
de a superfície livre até o centro de gravidade do orifício.
08
Os coeficientes de contração e de descarga, para uma com- cd !
porta vertical, dependem da relação yi/b e têm sido objeto de de- 0.3
terminação experimental por vários investigadores, como Henry 0,2
), cujo trabalho é considerado O mais extensivo e confiável, e
1s resultados foram confirmados por Rajaratnam e Subramanya O, I
1 e posteriormente reanalisados por Swamee (57).
Henry apresenta um gráfico para determinação do coeficiente O 2 4 6 8 10 12 14 16
de vazão, para escoamento livre ou submerso, em função da aber- Y I ~
tura relativa y i h e do grau de submersão do escoamento a jusante Figura 12.18 C o e f i c i e n t e de descarga de uma
y&, conforme a Figura 12.18. comporta plana vertical. Henry (29).
Para propósitos práticos, o coeficiente de contração pode ser
considerado constante, praticamente independente da relação y i h , e igual a C,
=0,61.
I comporta plana e ietangular,pode-se
Recentemente, Swamee (57) apresentou equações para o coeficiente de assumir distribuipã~hidrmt6tica de
I pressa.,?
descarga, para condições de escoamento livre ou submerso, e uma relação geo-
I
-
-
métrica para definir a separação entre escoamento livre e submerso, baseado
no gráfico de Henry.
As expressões, levantadas via análise de regressão, são as seguintes
a) Descarga livre:
b) Descarga afogada:
EXEMPLO 12.4
q = C, b = 0 , 5 6 5 . 0 , 2 0 . \ I m = 0,67 m3/(sm)
-
378 Hidráulica Básica Cap. 12
-
N.A.
Uma análise simples e aproximada do escoamento afo-
.....
gado, em uma comporta retangular, pode ser feita a partir de
algumas hip6teses estabelecidas aos escoamentos nas seções 1,
2 e 3.
a) Nas três seções o escoamento é assumido bidimensional.
b) Na seção 2, seção contraída, o escoamento é divididaem
duas partes, a parte inferior ocupada -por água em moviien-
i i 3 to direcionado e a parte superior por água estagnada, onde,
Figura 12.20 Escoamento afogado sob uma comporta. embora com grande turbulência, não há um movimento re-
sultante em qualquer direção (água morta). A vazão uniti-
ria na seção 2 é dada por q = C, b VZ.
c) A distribuição de pressão nas três seções segue a lei hidrostática
d) A perda de carga entre as seções 1 e 2 é desprezível (escoamento con-
vergente), isto é, toda a perda se concentra no trecho em que há ex-
pansão do jato, entre as seções 2 e 3.
Aplicando a equação da energia entre as seções 1 e 2, vem:
-
Pode se verificar pela Equação 12.61 que, para uma vazão q constante,
isalturas y e y3 variam no mesmo sentido, isto é, a diminuição de y3 produz
uma diminuição simultânea em y, até a condição limite em que:
EXEMPLO 12.5
Da Equação 12.55 +q = C, b 6,
substituindo a relação anterior:
EXEMPLO 12.6
-
Verificação da hipótese.
A condição limite para que a comporta funcione livre é que o tirante
d'água y? seja igual a altura conjugada de y = yz = C, b = 0,21 m, para a va-
zão q = 1,O m3/(sm).
1,02
Alturas conjugadas tA =
0,21 2 9,8.0,213
Alturas conjugadas +-
0,21
=
2
1,82'
9,8. 0,2i3
-1
1
.: y, =1,69 m
12.13 VERTEDORES
Vertedor ou descarregador é o dispositivo utilizado para medir e/ou con-
trolar a vazão em escoamento por um canal. Trata-se, basicamente, de um ori-
fício de grandes dimensões no qual foi suprimida a aresta do topo, portanto a
parte superior da veia líquida, na passagem pela esttutura, se faz em contato
com a pressão atmosférica. A presença do vertedor, que é essencialmente uma
1
-
Hidráulica Basica Cap 12
382
-
parede com abertura de determinada forma geométrica, colocada, na maioria
dos casos, perpendicularmente à corrente, eleva o nível d'água a sua montante
até que este nível atinja uma cota suficiente para produzir uma lâmina sobre
o obstáculo, compatível com a vazão descarregada. A lâmina líquida des-
carregada, adquirindo velocidade, provoca um processo de convergência ver-
tical dos filetes, situando-se, portanto, abaixo da superfície livre da região não
pemirbada de montante. \
Os vertedores são estmturas relativamente simples, mas de grande im-
portância prática devido a sua utilização em numerosas constmções hidráuli-
cas, como sistemas de irngação, estações de tratamento de água e esgotos,
barragens, medição de vazão em córregos etc.
-
C)Quanto à natureza da parede: parede delgada se a espessura da pa-
rede for inferior a dois terços da carga, e < 213 h, e de parede espes-
sa caso contrário, e > 213 h.
6)Quanto à largura relativa da soleira: sem contrações laterais se a lar-
gura da soleira for igual à largura do canal de chegada, L = b, e com
contrações laterais se a largura da soleira for inferior à largura do
canal de chegada, L < b.
e ) Quanto à natureza da lâmina: lâmina livre se a região abaixo da 1â-
mina for suficientemente arejada, de modo que a pressão reinante
seja apressão atmosférica, lâmina deprimida se a pressão abaixo da
lâmina for inferior à pressão atmosférica e lâmina aderente quando
não há bolsa de ar abaixo da lâmina e esta cola no paramento (face)
de jusante, sem, entretanto, ser afogada.
f ) Quanto à inclinação do paramento da estrutura com a vertical, podem
ser: vertical ou inclinado.
g ) Quanto à geometria da crista: de crista retilínea, circular e poligonal
ou em labirinto.
-
c) A medida da carga deve ser feita a montante do vertedor a uma dis-
tância em torno de seis vezes a máxima carga esperada. A cota do
nível d'água para a medida da carga deve ser feita em um poço de
medição externo ao canal, para suavizar as flutuações da corrente.
6)Com o propósito de evitar que a lâmina vertente cole na parede, a
carga mínima deve ser da ordem de 2 cm.
\
e) A largura da soleira deve ser, em geral, superior a três vezes a carga
f) Não são recomendadas cargas altas, superiores a 50 cm
Detalhes conshwtivos, de instalação e operação, bem como recomenda-
ções de norma e coeficientes experimentais, deste e de outros tipos de ver-
tedores, podem ser encontrados na literatura especializada como Bos (8) e
Ackers et a1 (2).
A Figura 12.22 apresenta uma seção longitudinal do escoamento
sobre um vertedor retangular, de parede fina e sem contrações laterais. As-
sumindo algumas hipóteses simplificadoras, uma análise elementar pode
ser feita para a determinação da vazão em relação aos outros elementos
hidráulicos e geométricos. Supondo que a distribuição de velocidade a
montante do vertedor seja uniforme, que a pressão em tomo da seção AB
da lâmina vertente seja atmosférica, que os efeitos oriundos da viscosida-
de, tensão superficial, turbulência e escoamentos secundários possam ser
. de Bemoulli oode ser a~licadaà linha de corrente
des~rezados.a eauacão>
portanto:
-
na qual
0.65 h
r V~ ... v2 I
'
A Equação 12.68 é a expressão fundamental da relação gntre
Figura 12.23 Dsstrtbutção de pressão na seqãa vazão e carga em um vertedor retangular, e tanto o coeficiente de contra-
contraída ção C, quanto o termo Vo2/2ghdependem da configuração geométrica do
escoamento, em particular da relação h P (cargalaltura do vertedor), e
consequentemente o coeficiente de descarga Cd também depende de h/P
Sendo L a largura da soleira, igual à largura do canal, a vazão total
descarregada vale:
Observe que a equação anterior também pode ser obtida da lei de vazão
em um orifício retangular de grandes dimensões, Equação 12.20, fazendo-se
nesta hi = O (não há aresta superior), h2 = h e b = L
Portanto, na Equação básica 12.70, o coeficiente de vazão Cd incorpo-
ra todas as hipóteses simplificadoras e os efeitos secundários da viscosidade,
tensão superficial, rugosidade da placa e do padrão de escoamento a montante.
a ) Bazin (1889)
I
I
sujeito a: 0,08 < h < 0,50 m, 0,20 < P < 2,O m.
'
b) Rehbock (1912)
4. meodor ~ehbock.engenheiro s pro-
Iesoor slemso. 1864-1950. I
I
sujeito a: 0,25 < h < 0,80 m, P > 0,30 m e h < P.
I
I C) Rehbock (1929)
sujeito a: 0,03 < h < 0,75 m, L > 0,30 m, P > 0,30 m e h < P.
A equação de Rehbock fornece bons resultados quando detalhes
como boa ventilação da lâmina, soleira bem polida, dispositivos de
uniformização do campo de velocidade a montante forem considera-
dos, sendo indicada em trabalhos de laboratórios, por sua precisão. Os
valores obtidos pelas expressões de 1912 e 1929 são concordantes.
d) Francis (1905)
I \
sujeito a: 0,25 < h < 0,80 m, P > 0,30 m e h < P.
Para P/h > 3,5, o valor da carga cinética de aproximação é pequeno
e o coeficiente médio da equação de Francis torna-se Cd = 0,623, po-
dendo-se utilizar a fórmula prática.
-
rais e contraídos, os autores propuseram uma expressão para o coeti-
ciente de vazão similar à expressão de Rehbock, na forma:
veltedor retanwlar de parsde tina nlo
deve ser medida cxalatamenfa na seqüo
de instalavüo do medidor?
sujeito a: 0.10 < P < 0,45 m, 0,03 < h < 0,21 m e L = 0,82 d, obser-
vando que, para levar em conta efeitos de tensão superficial e visco-
sidade do líquido, a largura da soleira e a carga foram reduzidas em
1 mm, pela introdução dos conceitos de carga efettva h, e largura
efetiva L, Deste modo, a equação básica, Equação 12 70, é escnta
como:
-
Considerando a Figura 12.24, que mostra um vertedor triangular com
ângulo de abeaura a e carga h, a relação entre vazão e carga pode ser facil- b
mente determinada, desprezando a carga cinética de aproximação. n b L 4
i
n
A descarga teórica elementar através da faixa de altura dy e largura 2x
vale :
P
Como tg ( d 2 ) = x/(h-y), a vazão elementar torna-se:
Figura 12.24 Vertedor triangular de parede
fina.
Compare este resultado com aquele obtido via Análise Dimensional, ver
o Problema 1.6, que já mostrava que a vazão era diretamente proporcional ao
produto da raiz quadrada da aceleração da gravidade pela carga elevada à po-
tência 512.
A vazão real é obtida multiplicando-se a vazão teórica por um coeficiente
de vazão, menor que a unidade.
Q = 1,40 h5I2
sujeito a: 0,05 < h < 0,38 m, P > 3h, b > 6 h
-
390 Hldraullca BBsica Cap. 12
-
b) Gouley e Crimp
-
EXEMPLO 12.7
I
POI que O vsttedor triangular 6 mais
sensivel, na medida da vazão, que a
12.16.1 CARACTER~STICASDO ESCOAMENTO ",angular?
1 I
A presença de um vertedor lateral em um canal retangular, caso mais
comum, devido à distribuição de vazão ao longo de sua largura, altera o per-
-
-
Hldraullca Básica Cap 12
392
-
fil d'água imediatamente a sua montante e a sua jusante. Do ponto de
vista prático, as alturas d'água a montante e a jusante do trecho de lo-
calização do vertedor são assumidas como as alturas normais correspon-
dentes às vazões Qi de montante e Q 2 < Qi de jusante. A hipótese básica
para o desenvolvimento analítico das condições de escoamento é que,
dada a limitada largura da soleira, a energia específica no trecho do
vertedor permaneça constante. A característica da curva altura &água x
vazão para uma dada energia específica constante E, (ver Seção 10.2)
Q? Q, Q
é que a altura d'água decresce no sentido do fluxo, quando a vazão di-
Figura 12.26 Curve y r Q para E,,= cte. minui, se o escoamento for torrencial e cresce se o escoameiito for flu-
vial, conforme a Figura 12.26.
A Figura 12.27 apresenta os perfis d'água em três si-
tuações diferentes, em que P é a altura da soleira do vertedor,
Q,, a vazão vertida lateralmente e y,, a altura crítica, cluando
o escoamento a montaiite for fluvial ou torrencial.
Y,<Y, ?
Q
12.16.2 EQUACIONAMENTO
Aprorima$Ho: Supercririco Na hipótese da energia específica ser constante ao lon-
go da soleira, vertedor lateral retangular de altura P e com-
primento L, de soleira delgada ou espessa, canal principal
retangular de largura b e escoamento de aproximação fluvial,
caso mais comum na prática, de acordo com a Figura 12.28,
tem-se:
F ic I
1 ' 'YI QL
-
Topo do canal
i I
&ta equação foi integrada por de Marchis (17) em 1932, para x = O até
x = L, largura da soleira do vertedor, resultando em: 5. ~ i u l i o
dm ~ a r c h iengenheiro
sor italiano, 1890-1972.
. e profet
3 b
L =- - - , na qual
2Cd
7
-
12.16.3 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE DESCARGA
A determinação do coeficiente de descarga para um vertedor lateral de
parede fina ou espessa tem sido objeto de trabalhos experimentais, os quais
mostram a influência da presença de paredes no canal lateral sobre a trajetó-
ria das linhas de fluxo. O coeficiente de descarga é, basicamente, função do
O 86CWmen10 SObrBB soletra da um
tipo de escoamento a montante do vertedor, através do número de FroQde do
variedor lateral de lorrna refangulsr escoamento de aproximação.
Resultados de trabalhos experimentais, para a geometria retangular,
podem ser encontrados em Hager (271, Subramanya e Awasthy (55). Ranga
R~JU e t a l (441, Swamee et al. (56) e Singh er al. (53), entre outros.
No caso de um vertedor lateral convencional, sem estar conectado
a um canal lateral, Figura 12.29, os dados de Subramanya e Awasthy
(55) fomecem uma expressão do coeficiente de vazão, função do núme-
r0 de Froude no canal principal, a montante do vertedor, dado pela
Equação 12.89:
Q
L
F~I Cd = 0,622 - 0,222 Fr, O C P C 0,60 m (12 89)
-
QI
Fri
lateral (veja a Figura 12.28), a Equação 12 90 é modificada pela
introdução de um parãmetro K, que leva em conta o efeito do
comprimento M da crista do vertedor, na forma:
K = 1 para(y, - P ) 2 2 . M
K = 0.80 + 0,10(y, - P ) / M para (y, - P ) < 2.M (12 92)
-
para o coeficiente de vazão Ca, em função de ambos, Fr, e da relação P/yi,
1 Equação 12.93.
EXEMPLO 12.8
-
Finalmente, a largura da soleira, pela Equação 12 88, vale: I
-
Os dados apresentados na Tabela 12.7 foram adaptados Jv'izg
-___-.-.
de King (31), para vertedores de soleira espessa, horizontal e ...... .....
-
Nestes casos de grandes vazões é comum o uso de vertedores-extrava-
sores, que são essencialmente grandes vertedores retangulares, projetados com
uma geometria tal que promova o perfeito assentamento da Iâmina vertente
sobre toda a soleira. Isto tem por propósito, além de promover um coeficien-
te de descarga máximo para o vertedor, prevenir o aparecimeu o de pressões
L-
negativas, que podem originar um processo de cavitação no con reto Também
um perfil mal desenhado pode provocar o aparecimento de turbulência, des-
colamento e oscilação na veia vertente.
A idéia básica no projeto de uma soleira espessa que seja "hidrodi-
nâmica" é desenhá-la seguindo a forma tomada pela face inferior de uma Iâ-
mina vertente que sai de um vertedor retangular, de parede delgada, sem
contrações e bem arejada. Esta forma, chamada, de soleira normal, pode ser
estudada teoricamente, desprezando-se os efeitos da viscosidade e tensão su-
perficial, através dos princípios da balística e equações da cinemática.
A soleira espessa de um descarregador é dita normal, para uma deter-
minada vazão Q d , se o seu perfil é tal que se verifica a pressão atmosférica
local ao longo da soleira, quando veiculando a vazão Q d .
m'
.~~~~~
~.~.. - - ..- A Figura 12.33 apresenta a analogia entre a geometria da
lâmina sobre um vertedor retangular de parede fina e o descar-
regador de soleira normal. Deve ser observado que, em um ver-
tedor de soleira normal, a carga hd, chamada de carga de projeto,
é medida em relação ao ponto mais alto do perfil (crista).
Pela Figura 12.23, o ponto mais alto da face inferior do
(8) (h) jato livre, em relação à crista, no vertedor de parede fina, atin-
~i~~~~ 12.33 a) vertedor deparedefina; e b) vertedor. ge o valor AH = 0,12 h, que na Figura 12.33b é a distância ver-
extravasar de soleira normal. tical entre as cristas dos dois vertedores.
A lei de descarga de um vekedor-extravasor, de largura L,
segue a expressão básica, Equação 12.70, na forma:
i-.
Portanto, para o mesmo nível d'água no reservatório d e montante, a
1 despeito do maior atrito desenvolvido na estrutura de soleira espessa, o coe-
ficiente de vazão da soleira normal é maior que do vertedor de parede fina.
na qual X e Y sáo coordenadas da soleira com origem no ponto mais alto do energia. para um vefiedor de parede
perfil (crista) e hd é a carga estática de projeto (sem considerar a velocidade BSPBSSB liso, considerando a carga
cinetica de apiexlmapáo, mostre que o
de aproximação) associada à vazão de projeto Qd. O trecho do perfil entre a coeficiente de V a s o C. da ~~~~~á~
12.96 pode ser determinado pela
crista e o paramento de montante fica definido por dois arcos de círculos de equaçao:
raios R I e R2, e distâncias a e b, como na Figura 12.34. o,isic: + 1 =C"*'
!
12.8.2 VARIAÇAO DO COEFICIENTE DE VAZÁO COM A CARGA em que P e a altura do u m d o r e h. a
um g m c o Cd r Ph.
carga estMica. ~ a ç a
Na Equação 12.95, que relaciona a vazão de projeto com a carga de pro-
' jeto, isto é, a carga com a qual se desenha a soleira normal, conforme a Equa-
ção 12.98. o coeficiente C, é denominado coeficiente básico de vazáo.Quando
a vazão pklo extravasor varia, tanto a carga quanto o coeficiente de vazão va-
riam e este último cresce quando a carga cresce. Considerando um vertedor
Bazin, quando a vazão aumenta para QI > Q d , a face inferior da lâmina afas-
ta-se da crista, mas no vertedor de soleira normal ela permanece aderente à
estrutura, criando então depressões sobre a soleira normal que dão lugar ao
1 aumento da velocidade e conseqüente aumento do coeficiente de vazão. Nes-
ta situação em que a carga de trabalho é maior que a carga de projeto h > h,,
!
a soleira é dita deprimida, funcionando com pressão inferior à atmosférica
-
local. Em caso contrário, isto é, quando h < hd, a soleira é dita comprimida,
funcionando com pressão superior à atmosférica local.
Para se prevenir contra o aparecimento de efeitos indesejáveib de des-
colamento da veia e cavitação na estrutura, como norma, a máxima va~ão
desviada pelo vertedor-extravasor deve ser tal que a carga correspondente seja
h,, = 1,33.hd
A expressão geral da vazão descarregada por um vertedor com perfil da
soleira dado pela Equação 12.98, de largura L, sem contrações laterais, em
função da carga de trabalho qualquer h é:
EXEMPLO 12.9
-
iiível d'água da eclusa = 379,70 ni, iio tempo t = 0;
e comportas: oito de (I x 1) m';
e coeficiente de descarga C,i = 0,63; /
e velocidade de abertura das compoitas = 0,125 mlmiii;
e eclusa: comprimento = 129,00 m;
e eclusa: largura = 11,10 m.
-
b) A equação do N.A. x tempo, desde o final da abertura das compor-
tas até o enchimento total da eclusa, pode ser desenvolvida usando as
mesmas equações, observando que a área das comportas fica constan-
te e igual a At. Assim:
12.19.2 ESVAZIAMENTO DE UM
--
E
-Y5
400 --
395 --
/"-
RESERVATÓRIO DE D
--
ij 390
ABASTECIMENTO PREDIAL v,
.a
I
No projeto de Instalações Hidráulico- 3 385 --
I
I Sanitárias de um prédio de apartamento, um
dos aspectos a serem considerados é o tempo
E
1 necessário para o esvaziamento do reservató-
rio superior. Em geral, tal reservatório de for-
ma prismática, com seção reta A e altura H, é
375
O
-
100 200 300 400 500 soo 700 no0 900
I conectado, no fundo, a uma tubulação metá- ~ e m p o(3)
lica de um certo diâmetro, como na Figura Figura 12.36 Curva de enchimento da eclusa.
12.37. A tubulação de 2,O m de comprimento
' possui um registro de gaveta aberto e um co-
tovelo 9 0 2 culto. Determinar o diâmetro da tubulação para que o tempo
de esvazi ento seja, conforme a NB-92, menor que 2 h. Despreze a diferença
de cotas entre o fundo do reservatório e a saída da tubulação. H
I
A equação da continuidade pode ser escrita como:
I
A vazão sobre o muro (vertedor de soleira espessa) é dada pela Equa-
ção 12.94 e vale: Q v = C, 1,704 L H ~portanto:
~ ~ ,
com Cd tirado da Tabela 12.7.A vazão total do rio será, portanto, de 5,09 m3/s.
Neste exemplo, partiu-se da premissa de que os orifícios eram de gran-
des dimensões, o que levou a um valor do tirante d'água y igual a 2,43 m e um
valor da carga sobre os orifícios igual a H = 2,43 - 0,45 = 1,98 m, o que re-
sulta em carga maior que três vezes a dimensão vertical do orifício, podendo
este ser tratado como de pequenas dimensões. De fato, para o mesmo valor de
Cd = 0,643, a lei dos pequenos orifícios, Equação 12.10, fica:
-
12.19.4 BACIA DE DETENÇAO EM SISTEMAS DE CONTROLE DE
-
CHEIAS URBANAS
Uma das estruturas utilizadas para o controle e atenuação da vazão de
pico de um hidrograma, em projetos de drenagem urbana, ou mesmo em ba-
cias rurais, é a implantação de uma bacia de detenção que propicie o ama-
zenamento temporário do volume de água que chega a uma determinada seçáo.
Ao projetista interessa saber o comportamento do órgão evacuador para as
várias vazões de entrada, de modo que a máxima vazão de saída da bacia de
detenção seja compatível com as condições hidráulicas do canal de jusante.
Uma dessas estruturas foi projetada para o
controle de cheias na Av. Pacaembu. na cidade de
São Paulo, constando basicamente de um reserva-
I tório, na Praca Charles Miller, de base retaumlar
.
com um volume útil de 74000 d,possuindo
, , como descarregadores uma abertura retangular
, . de 1,00 x 0,SO m no fundo (orifício), um vertedor
retangular de 2,O m de largura com soleira na
cota 742,40 m e uma soleira superior para aten-
der a excessos de vazão, na cota 744,00 m, como
na Figura 12.39.
75 ,-
, ,, I ,,
- O projeto hidrológico definiu como vazão
100 com período de retomo de 25 anos o valor 43 m31
Figura 12.39 Sistema extravasar da Praça a máxima de vazão da
Charles Milier. galeria existente na Av. Pacaembu é de cerca de
13 d l s .
Nestas condições, pede-se determinar a
curva de vazão da estrutura de descarga entre as
cotas de 737,75 e 744,OO m.
Chamando de y a altura d'água no reserva-
tór~o,até a cota 742,40 m, tem-se a lei de vazão
dada pelo orifício inferior, tratado como de pe-
quenas dimensões. Adotando, conforme dado da
projetista, THEMAG Engenharia Ltda, Canholi
(9), um coeficiente de vazão constante Cd = 0,62,
corrigido pelo fato de o orifício estar junto ao
fundo, na forma
-
Q = 3C, ~m
em que,o coeficiente Cd é dado na Tabela 12.5 I
daí fica:
q=0,551.0,5. Jm=
2,113m 3/(sm]
b) Condição limite para não haver afogamento da comporta de montan-
te:
yi = y,,,, = C, b -+ yi = 0,305 m (altura conjugada do ressalto)
9 Cap. 12
y2= 1,58 m
c) Verificação da condição de afogamento.
Pela Equação 12.58, para não haver afogamento:
12.20 PROBLEMAS
-
410 Hidráulica Basoa Cap. 12
-
12,3 Um reservatório de barragem, com nível d'água na cota 545,OO
m está em conexão com uma câmara de subida de peixes, através de um
orifício circular com diâmetro Di = 0,50m. Essa câmara descarrega na
atmosfera, por outro orifício circular de diâmetro DZ= 0,70m, com
centro na cota 530,OOm. Após certo tempo, cria-se um regime perma-
nente (níveis constantes). Sabendo-se que os coeficientes de contraçáo
dos dois orifícios são iguais a C, = 0,61 e os coeficientes de velocida-
de, iguais aC, = 0,98,calcular qual é a vazão de regime e o nível d'água
na câmara de subida de peixes.
Figura 12.44 Problema 12.3.
[Q = 1,80m3/s; N.A. = 533.10 m]
4.00 in
c) a distância x da vertical passando na saída do orifício até o poiito
onde o jato toca o solo (alcance do jato);
d) interrompendo-se bruscamente a alimentação, Q, = O, no instante
t = 0, determinar o tempo necessário para o nível d'água no reser-
vatório baixar até a cota 3.0 m.
a) [Qt z 0,77 Vs], b )[Ah = 0,118 m]; c) [x = 3,88 m]; d) [t = 16,50 min]
I
-
12.11 Um reservatório de forma cônicd, cuja áiea superior é S e a área do
orifício no fundo é S,, tem coeficiente de descarga, suposto constante, igual a
Cd. Qual o tempo necessário para seu esvaziamento total?
2 S.h
[T=-
5 C', s, rn I
12.12 Calcule a vazão teórica pelo vertedor de parede fina mostrado na Fi-
Figura 12.49 Problema 12.11 gnra 12.50. A carga sobre a soleira é de 0,15 m. Utilize a Equação 12.79.
[Q = 40,23 Ils]
.:
1 0,20m 14""
Figura 12.50 Problema 12.12.
413
[d G 4,lO cm]
-
N.A.
7 12.19 Na instalação mostrada na Figura 12.52, o
vertedor é triangular com ângulo de abertura igual a
90° e o tubo de descarga é de concreto com entrada
. ...~.
.~~~
~~~~~
6.00 m
em aresta viva. Determinar o diâmetro do tubo de des-
carga. Usar a fórmula de Thomson.
0,80 m i
[D = 0,15 m]
Fiaura 12.52 Problema 12.19. 12.20 Um tubo descarrega uma vazão Q em um re-
servatório A, de onde passa ao reservatório B por um
bocal de bordos arredondados e finalmente escoa para
a atmosfera por um bocal cilíndrico externo, conforme a Figura 12.53. Depois
de o sistema entrarem equilíbrio, isto é, os níveis d'água ficarem constantes,
I determine a diferença de nível Ah entre os reservatórios A e B e a vazão Q.
4 Dados: bocal de bordos arredondados: A = 0,002 m' - Cd = 0,98
IA ;1 , , 1 III
bocal cilíndrico externo: A = 0,001 mZ - Cd = 0,82
H, = O,80 m
[Ah = 0,12 m; Q = 3,O I/s]
Figura 12.53 Problema 12.20.
12.21 Determinar qual deve ser o diametro do tubo de concreto,
..............
com entrada em aresta viva e 15 m de comprimento, para que a
vazão seja igual à que passa pelo tubo de ferro fundido de 30 cm
1.20 m de diâmetro. Os tubos estão na horizontal e descarregam livremente
D=3flcrn
na atmosfera.
0.45m
L i - Q 1500m
D-1
[D E 0,30 m]
ESCOAMENTO PERMANENTE
GRADUALMENTE VARIADO
13.1 GENERALIDADES
Conforme foi definido anteriormente, o escoamento permanente é gra- ladeira, estava com vontade de chegar
dualmente variado quando os parâmetros hidráulicos variam de uma maneira 809 juazeiros do lim do p6tio.'l
-
13.2 EQUAÇAO DIFERENCIAL DO ESCOAMENTO PERMANENTE
GRADUALMENTE VARIADO
A equação diferencial de tal movimento pode ser deduzida utilizando-
se algumas hipóteses simplificadoras:
a) A declividade do canal é pequena, de modo que a altura d'água me-
dida perpendicularmente ao fundo do canal pode ser confundida com
a altura medida na vemcal.
b) O canal é prismático, isto é, qualquer seção é constante em forma e
dimensões.
c) A distribuição de velocidade em uma seção éfixa, isto é, o coeficien-
te a de Coriolis é unitário. Esta hipótese geralmente envolve peque-
no erro, particularmente no caso em que a carga cinética é pequena
quando comparada à altura d'água, como é o caso do escoamento em
canais de fraca declividade. Isto ocorre devido ao fato de o fator de
correção da velocidade estar muito próximo da unidade. Valores deste
fator sob várias condições têm sido encontrados variando entre 1,01
e 1,12, com média em tomo de 1,05. Se a distribuição desvia-se subs-
tancialmente da unidade, então o fator de correção da velocidade deve
ser considerado na derivação da equação do escoamento gtadualmen-
te variado.
d) A distribuição de pressão em uma seção é hidrostática, isto é, existe
um certo paralelismo entre as linhas de corrente do escoamento.
À luz destas hipóteses e utilizando-se da
Figura 13.1, determina-se a equação, para uma
seção qualquer, como se segue:
A energia disponível, por unidade de peso
do líquido, em uma seção S, em relação a um re-
ferencial arbitrário, vale:
' g
Figura 13.1 Elementos do esc&mento vanado.
Diferenciando a equação anterior com res-
peito a x, abscissa medida ao longo do canal e orientada no sentido do escoa-
mento, tem-se:
-
-
Observando que a derivada dWdx é sempre negativa, devido à orienta-
ção de x, e que vale dWdx = - Ir, em que If é a declividade da linha de ener-
gia, e que dzldx, definida como o seno do ângulo que o fundo do canal faz com
a horizontal, também é negativa e igual a dzldx = - I,, em que I, é a
declividade de fundo, a Equação 13.2 toma-se.
Desta maneira, a equação mostra que, para uma dada vazão Q, os ter-
mos Ii e Fr2 variam de forma inversamente proporcional a altura d'água y, já
que ambos têm uma forte dependência inversa com a área molhada A. Isto é
válido para todas as seções utilizadas normalmente em projetos de canais.
Para a discussão das propriedades e características das curvas de reman
so é necessário analisar os sinais do numerador e denominador da Equaçãc
13.5 e como estes sinais são afetados pela magnitude de y.
Inicialmente, deve ser observado que o numerador da equação, I, Ii -
se y = y, i\ I, = I, (escoamento uniforme)
se y > y, -t I, < I,
se y < yo -t If > I,
-
da água é assintótica ao nível normal a montante.
Quando y + ;. Fr + 0 e dy / dx + I,, isto é, a superfí-
cie da água é assintótica a uma horizontal a jusante (observar o sis-
Figura 13.2 Canal de fraca declividade - curvas M,
canal. Como tirantes d'água de alturas próximas a zero não têm interesse prá-
tico, este limite perde o significado. Para efeito prático, a curvaM3, que é cres-
cente no sentido do escoamento, tem início em uma seção de altura finita, por
exemplo, a seção contraída de um jato sob uma comporta.
Quando y + y,, a curva tende a atravessar quase perpendicularmente o
nível crítico, porém, diferentemente do que ocorre com a curva Mz, uma vez
que, sendo o escoamento referente à curva M?, torrencial, e como o canal é de
fraca declividade, poderá haver a formação de um ressalto com mudança bms-
ca da curva M3 para o escoamento uniforme ou talvez para uma curva Mi ou
ML Ocorrendo a formação do ressalto, a sua altura conjugada no regime tor-
rencial será a máxima altura d'água atingida na curva M3 e, portanto, a altu-
ra crítica não é atingida, como no caso da curva M2.
Este tipo de curva ocorre em certas mudanças de inclinação e a jusante
de comportas com abertura inferior i altura crítica para a vazão descarregada.
1
-
Hidráulica Básica Cap. 13
420
-
Para um canal de forte declividade, um procedimento
-=-= análogo ao anterior determina as propriedades e características
das curvas S, representadas na Figura 13.3.
YC>Y>YO ~Y=z-_
dr + - Região A, curva SI
Yo
Y'0Y'cY NN A curva é convexa e crescente, a montante nasce quase
S3 &=:_+ perpendicularmente ao nível crítico, em geral após um ressalto,
dx -
e a jusante tende assintoticamente para uma horizontal.
Declividade forte D
Esta curva ocorre a montante de barragem descarreea-
Figura 13.3 Canal de forte declividade - curvas S dora,de estreitamentos como pilares_de_pmks. e em certas
mudanças -
----- de declividades.
Região B, curva SZ
A curva é contava e decrescente, a montante nasce quase perpendicu-
larmente ao nível crítico e a jusante tende rápida e assintoticamente ao nível
normal.
Esta curva ocorre em um canal de fone declividade alimentado por um
reservatório, como discutido na Seção 10.8.
Região C, curva S3
A curva é convexa e crescente, a jusante tende assintoticamente para o
nível normal.
Esta curva ocorre a j u ~ p o d a s d m u g m ~ ~ d e s c a r
Para um canal de declividade crítica, as curvas podem ser consideradas
como intermediárias às curvas M e S .
Região A, curva C1
A curva é crescente, com desenvolvimento praticamente horizontal, par-
tindo do nível crítico a montante e tendendo a jnsante para uma horizontal.
Região C, curva C3
A Y>(Y,=Y,) A curva é crescente, partindo de uma a h -
C __. rad'água iinita, e tendendo ao nível crítico apsan-
NC
YO=yc y<(yO=yc) --
~ Y - z - _- te, com desenvolvimento praticamente horizontal.
di
A curva C>, que corresponderia a alturas
de água compreendidas entre o regime uniforme
Figura 13.4 Canal de declividade crítica - curvas C e o crítico, não existe, já que no caso tem-se y =
yo = yc.
Para canais retangulares largos, tais que
Rh = y, utilizando a equação de Chézy, pode-se mostrar através da Equação
13.6 que todos os perfis em canais com declivrdade crítica são linhas retas e
horizontais.
-
a
por só depender da geometria da seção e da vazão, subsiste.
Canal horizontal
As curvas de remanso são o caso limite das curvas M,
Figura 13.5 Canal horizontal - curvas H.
quando a declividade do canal tende progressivamente a zero.
Só existem os tipos H2 e H3 e ocorrem em situações análogas
às dos tipos M2 e M3.
Em canais de aclive ou contra declividade também não
se define escoamento uniforme. Os tipos A2 e A3 correspon- dy=;=_
dem aos tipos H2 e H3 e ocorrem em situações semelhantes. ~ Y L L = + N.C
te. Entretanto, em um canal com algumas seções .de contro- canalem aciive
le, o ~ e r f i d'água
l pode ser desenhado pela c o m p o s i ~ ~dos
o Figura 13.6 Canal em contra declividade - curvas A.
vários tipos de pems traçados a montante e a jusante de cada
seção de controle. Assim, a Figura 13.7 mostra os tipos de
curvas de remanso que ocorrem em um canal de fraca de-
clividade alimentado por um reservatório e ter-
minando por uma queda bmsca. Deve ser
observado primeiro que as curvas são da classe
M e que o tipo M3 ocorre porque a abertura da
comporta é inferior à altura crítica. A composi-
ção dos perfis, discutida anteriormente, leva ao
esquema apresentado.
Cabe ressaltar que, se a distância entre a
' comporta e a queda for suficientemente longa, Figura 13.7 Composição de perfis da linha d'kgua.
haverá a formação do ressalto com uma mndan-
ça brusca do perfil M3 para Mz ou mesmo para
o escoamento uniforme. A figura apresenta ainda a curva das alturas con-
jugadas, que é o lugar geométrico correspondente às alturas conjugadas de
cada uma das alturas d'água do perfil M3. Esta curva é de interesse na deter-
minação da localização do ressalto, quando após este acontece uma curva Mi
' ou M2. Se após o ressalto o escoamento for uniforme, sua localização é mais
1 fácil, pois a altura conjugada no regime torrencial pode ser calculada pela
1 Equação11.11.
I '
1
-
Finalmente, as características dos perfis que foram mostrados permite
as seguintes observações:
1. Em um canal uniforme, um observador se deslocando no sentido da
corrente vê a altura d'água diminuir, desde que a linha d'água este-
ja compreendida entre o nível normal e crítico (região B, curvas Mz,
Sz, H2 e Az), e aumentar, desde que a linha d'água seja exterior a este
intervalo (regiões A e C).
2. O conceito importante de seção de controle discutido na Seção 10 6
se aplica ao caso do escoamento gradualmente variado. Assim, o es-
coamento subcrítico possui um controle de jusante, por exemplo, cur-
vas Mi (barragem) e M2 (queda bmsca), enquanto o escoamento
supercrítico possui um controle de montante, por exemplo, curva M3
(comporta de fundo).
4U I
e a energia específica aumenta na direçáo do
escoamento.
I Para o perfil M3, tem-se y < y, e, por-
tanto:
dE
I( > I,, logo - <o
dx
,
13.5 SINGULARIDADES
Vários tipos de singularidades, como miidaiiça de declividade, mudan-
ça de seção, alteração da cota de fundo, podem ocorrer ein canais; tais traii-
sições provocam o aparecimento de curvas de remanso. Serão eshidados três
casos, a seguir.
a) Mudança bmsca de declividade, pas-
\ sando de uma declividade inferior à
crítica para unia declividade superior
? crítica,
i conforme a Figura 13.9.
Para um canal suficientemente iongo,
em seções muito afastadas a montan-
Figura 13.9 Mudança de declividadc de frecil para forte.
te e a iusante da seção 0, ocorrerá,
respectivamente, escoameiito unifor-
me subcrítico com altura normal y,i e escoaiiiento uniforme super-
crítico com altura d'água y,2 < y,,. A transição entre estas duas
alturas iiormais será feita por duas curvas de remanso, M2 a montante
de O e Sz a sua jusante.
-
e como:
-*
dy
dx
o
já que o líquido estâ sendo acelerado, conclui-se que Fr = 1 e o es-
coamento é crítico.
Na verdade, a altura crítica não ocorre exatamente na seção em que
ocorre a mudança de inclinação, uma vez que nas vizinhanças desta
seção há uma convergência dos filetes e a distribuição da pressão se
afasta da hidrostática. Na realidade, o ponto correspondente ao escoa-
mento ctitico encontra-se um pouco a montante de seção 0, confor-
me visto na Seção 10.8; para muitas aplicações práticas, pode-se
considerar estas duas seções coincidentes.
6) Mudança bmsca de declividade,
passando de uma declividade su-
si perior à crítica para outra inferior
à crítica, conforme a Figura 13.10.
-
Hldrauiica Basica Cap 13
426
-
Outras composições de perfis poderão ser vistas na Figura 13 12
EXEMPLO 13.1
, r J
-
A vazão em um longo canal trapezoidal de 3,O m de largura no fundo
\, : ',, /' - i! e taludes 2H:1V, com declividade constante, é de 28 m3/s. Os cálculos pela fór-
.~ i mula de Manning indicam que a altura normal para aquela vazão é de I ,8 m.
, ~ . Em uma certa seção A do canal, a profundidade é de apenas 1,O m. A profun-
. ~
didade do escoamento a jusante de seção A será maior, menor ou permanece-
rá a mesma? Justifique.
Cálculo da altura critica
Para Q = 28 m3/s, b = 3,O m e Z = 2, o gráfico da Figura 10.17 fornece:
b
< = ~ ~ ~ = 2 2 9,8.
9 ~ 3,05~ = 1 , 6 2 + ~z =Y ~1 ,y, 0= =1,50- m.:
BEtBbeleSem a passagem suave do
regime rdpida s montante para o
regime lento a jusante?
Tipo de canal:
Como y, = 1,80 m > y,= 1,50 m, canal de fraca declividade, curvas M
Tipo de curva de remanso:
Na seção A, y = 1.0 m < y, c y,, escoamento supercrítico + curva M7
Como a curva M3 é crescente, a profundidade aumentará para jusante
EXEMPLO 13.2
Energia: E = 2,80m = y, + Q2
2g(3. y O l 2
1 3 ~ 0)2/3
Manning: --
3+2~,
I
1 Combinando-se as duas equações pela eliminação de Q, chega-se a:
-
Q=A- EXEMPLO 13.3
IR
YI ] fiQ=kAR23
Em um canal retangular, suficientemente
longo, escoa uma vazão de 8,s m3/s, em regime
uniforme, com uma altura
largura b = 3,O m. Em
canal, um degrau de 0,60 m de altura é construído
no fundo do canal e nesta mesma seção a largura é
reduzida para 2.4 m.
FiguraI 13.13 Solução gráfica do problema da alimentaçào de um canal Sendo esta singularidade curta, esquema-
de fraca dedividade por um lago.
tize os perfis das curvas de remanso esperados a
montante e a jusante da singulaidade, identifican-
do e calculando todas as alturas d'água importantes. Despreze as perdas na
transição.
a) Tipo de escoamento em uma seção,antes da singularidade.
escoamento fluvial
Portanto, somente curvas tipo M,podem acontecer no canal.
b ) Cálculo da mínima energia específica necessária na seção do degrau
para passar a vazão dada.
3
:. E,, = - y,
2
= 1,63 m
- -
Para
-
A altura y.,, conjugada de y, = 1,50 m, é calculada pela Equação
11.11. I
O perlli da supedicie livre oe apioxcma
do nivel critieo, que tipo de movimento
ocorre? O que acontece com os tlletes ,.,., , (curva M?)
EXEMPLO 13.4
100,oo
i I v Um canal trapezoidal, de 4,O m de largu-
h-..~....
~~~~~~
48,oo
ra de fundo e taludes 1H:lV, coeficiente de
mgosidade n = 0,015 e suficientemente longo
em seus dois trechos de declividades diferen-
tes, liga dois reservatórios em níveis constan-
tes, como na Figura 13.15.
Assumindo que o trecho inicial seja de
forte declividade, desenhe o perfil das curvas
de, remanso e, se ocorrer um ressalto hidráuli-
Figura 13.15 Exemplo 13.4.
co, verifique se ele se localiza a montante ou a
jusante do ponto A. Despreze as perdas na en-
trada do canal.
a ) Determinação da altura crítica e da vazão transportada.
Como E = E, = 2,O m, b = 4.0 m e Z = 1,0, tem-se da Figura 10.20:
-
Cap 13 Escoamento Permanente Gradualmente Variado
431
-
na Figura 10.17 vem:
b 4
m = - = -= 2,80 e com Z = I , a Tabela 8.2 fornece K = 1,495
Yc 1,43
Fórmula de Manning:
0,015.26
=0,108 i-0,26= :.
y,, = 1,04 m
- 4,0'" &@% b
Trecho 2:
-
4 Localização do resralto
Cálculo da altura coiijugada de y , ~, conforine Seção 11.5
Para:
A
H,,,, = - = 0,86 m
B
Y?- - 1,7
- :. y, = 1,77 i11
Y "i
EXEMPLO 13.5
Figura 13.16 Linha d'água do Exemplo 13.4.
Uni canal retaiigular de 250 m de lai-gura,
coeficieiiie de rugosidade 11= 0.01 5,é alimentado
por uma comporta plana (H = 1,50 in e b = 0.30 m), de mesma largui-a,como lia
Figura 13.17. O primeiro trecho do canal tem declividade I,I = 0,0024m/m e o se-
gundo, la>= 0,006 m/m. Ambos os trechos são suficientemente loiigos para
Eap. 13 Escoamento Permanente Gradualmente Variado 433
Trecho 1:
por que não pode ocorirx escoamento
p e m n s n f e uniforms sm um canal de
declividade nula?
Trecho 2:
K2 = b811II/Z - 2,5813
o2
a
U Q - 0,015 2,21 = 0,037 +h= 0,155 :. y,
b
= 0,39 m
-
Hidráulica Básica Cap. 13
434
-
Conclusáo: O primeiro trecho S de fraca declividade, curvas M, e o se-
gundo é de forte declividade, curvas S.
Determinação do perfii d'água.
PrOximo à comporta, y 0,30 m < y, < y, -t curva M3 seguida de um
ressalto.
Próximo ao vertedor, y = 0,30 + h, em que h é a carga sobre a soleira
Equação 12.78 -,Q = 1,838(L- 0,2h)h3" + S,21 = 1,838(2,40- 0,2h),
]I---/=
O,S3 2
[!
9,8,0,53~
.: y, = O,34 m > 0,18 m -t curva M,
--
Yz L - ] y2 = 0.47 m c O,95m i curva Si
0,39 2 9,8.0,39~
-
E, -E,
Ax= (x, - x,) = - (13.10)
I. -Tr
Figura 13.18 Computação da distância entre seções para altura d'água
especificada. na qual EZe E, são as energias específicas nas SeçÕes
consideradas e I, = f(xf, a declividade da linha de ener-
gia calculada pela fórmula de Manning, na seção do
trecho à qual corresponde uma altura d'água média
- 1
y = - (yi + yz) conforme a Figura 13.18.
2
Deve-se observar que Ax pode ser positivo ou negativo conforme a
de cálculo se dê ou não no sentido positivo do eixo dos x, sentido da
cálculo deve ter início em uma seção de controle e prosseguir no sen-
o controle está sendo exercido, isto é, de montante papju~ante,
se o escoamento for supercritico (Ax > O), e de jusante para montante,se for
subcrítico (Ax < O).
, 1
O cálculo deI, é tão mais preciso quanto menor for o intervalo Ax
Assumindo válido o uso de uma equação de resistência do movimento
passagem da urna curva Srpara uma uniforme, para o cálculo da declividade média da linha de energia, o proces-
EYW. $77
so de cálculo segue a seguinte sistemática: a partir da altura d'água inicial yi
(seção de controle), arbitra-se um valor para y2, calcula-se E1 e Ez e, portanto,
o numerador da Equaçáo 13.10; com o valor médio da altura d'água no trecho
1-2, calcula-se I, pela fórmula de Manning e daí determina-se h,distância en-
tre as duas seções, pela Equação 13.10. A partir da seção 2, repete-se o pro-
cesso para a seção seguinte, usando-se os resultados anteriormente obtidos na
seção 2. No processo numérico pode-se fixar em cada passo um valor constan-
te de Ay para o cálculo dos correspondentes Ax, observando que a natureza da
--
-
curva influi no valor adotado para Ay, Assim, no cálculo de uma curva M3, que
é uma curva relativamente curta, utiliza-se, para melhorar a precisão do cáI-
culo, valores pequenos de Ay, enquanto se o perfil for Mi, que é de longa ex-
tensão, as seções poderão ser mais afastadas, Ay maior.
Os sinais do numerador e denominador da Equação 13.10 deverão ser
compatíveis com o tipo de curva de remanso e o correspondente sinal de Ax
deve ser coerente com o sentido relativo da marcha de cálculo. Exemplificando
no caso de um perfil M3. Para esta curva, y < y, +&> I,, portanto o deno-
minador é negativo. O numerador é sempre negativo, uma vez que, para esta
curva, a energia decresce no sentido da corrente e, portanto decresce com y,
pois a curva é crescente (ver Seção 13.4). Desta forma, Ax > O, o que confir-
ma que o cálculo procede de montante para jusante, isto é, no sentido em que
o controle está sendo exercido.
Outra forma de resolução numérica da Equação 13.10 é determinar a
declividade da linha de energia no trecho Ax, como a média aritmética das
declividades da linha de energia calculada com as alturas d'água y~ e yz nas
extremidades do trecho. Assim a Equaçáo 13.10 pode ser escrita como:
-
de energia no trecho, está na adoção do valor do incremento ou decremento Ay,
Quanto menor for a diferença entre as alturas d'água nas extremidades do tre-
cho, menor será o correspondente valor de Ax e mais preciso será o procedi-
mento de cálculo.
Vários tipos de métodos numéricos para a integração da equação dife-
rencial do movimento permanente gradualmente variado são apresentados na
literatura, Chow (1 I), Chaudhry (10), como o método de Euler, método de
Runge-Kutta de 4%rdem, métodos tipo preditor-corretor etc. Com o advento
das planilhas eletrônicas, a solução da Equação 13.10 pode ser realizada, via
"direct step method", de forma prática e rápida.
Para as seções trapezoidais (retangulares) e circulares são apresentadas
ver diretdrio canais na endereça ele- as planilhas de cálculo para a linha d'água pelo "direct step method", respec-
trõnico www.es~c.usp.biloho na Are8
Ensino de Gradusç3o. tivamente, REMANSO.XLS e REMCIRC.XLS*. Nestes dois programas, os
parâmetros de vazão, declividade, mgosidade, inclinação do talude e largura
de fundo ou diãmetro são fixados no início da planilha, e a altura d'água ini-
cial (seção de controle) e o incremento ou decremento Ay adotado pelo usuá-
rio. Se houver qualquer alteração nos parâmetros fixados, a linha d'água é
imediatamente recalculada.
O uso dos programas aparece nos exemplos seguintes.
\
>-A , ~.&r>:
:o
,',
~~
M
-.
1~j L. 5
a
EXEMPLO 13.6
taludesUm
1H:lV.
canaldeclividade
trapezoidal,
decom
fundo I, =m0,030
2,50 de largura
rnlm, coeficiente
de fundo, inclinação
de mgosidade
n = 0,018, transportauma vazão de 5,7 m3/s. Em uma determinada seção, exis-
te uma comporta de fundo, plana e vertical, e a altura d'água a montante da
comporta é igual a 2,40 m. O escoamento no canal é uniforme a montante da
dos
-
7," .9U.-J-G
uXz2;;,- influência da comporta. Determine o perfil d'água a montante da comporta.
",
- o , 0 I<? C"
A altura d'água normal y,pode ser calculada pela Tabela 8.3.
,a 5,3
,~,- .
-
C*"
-
.
,,-
nQ 0,018.5,7
8- '
<
P a r a K 2 = ~ = = 0,051 + -= 0,17
' .-'/L
i
2J8/' @
, %Õ b
1 0
p-: 0 .I d.!.,:/i- A altura crítica yc pode ser calculada pela Figura 10.17, através do
.I
adimensional T, na forma:
- "'8:.
-
Cap. 13 Escoamento Permanente Gradualmente Variado
439
Q
v--=-- 57 - 4,52 m/s ;. Fr, =
l- A 1,26
HldrauiicaBásica Cap 13
440
-
vos, indicando que a marcha de cálculo é feita no sentido em que o controle
está amando. Como o escoamento a montante da comporta é fluvial, a pertur-
bação causada propagar-se-á para montante.
Na plauilha REMANSO.XLS, a curva de remanso é determinada pelo
"step method", fixando-se nas células B4 a F4 os valores dos parâmetros ge-
ralmente conhecidos para este tipo de cálculo, o coeficiente de rugosidade n,
no a"# existe "ma comporta com a declividade de fundo I,, a vazão Q, a largura de fundo b e a inclinação do
abertura de fundo inferior b altura
Critica, paro a vasa transportada. talude Z ,
VOCP. ache passível a existancia de
uma curva de remanso tipo MZa Portanto, qualquer nutro exemplo é rapidamente calculado fixando-se a
altura d'água da seção de controle na célula H4 e adotando-se, na célula G4,
o incremento (decremeuto) Ay.
Outro modo de utilização da planilha é quando a vazão é a incógnita e se
tem duas alturas d'água no canal e a distância entre elas (ver Problema 13 18)
Neste caso vxla-se o valor da vazão na célula D4 até que o valor de x na
coluna 10 seja igual à distância entre as seções de alturas d'água conhecidas
, .
,, LI r.i'.i,C"
. .-:.: Planilha de cálculo do Exemplo 13.6.
VG.,,
~
J2:
Cap 11 Erioamenia Permanente Gradualmente Vanado MI I
EXEMPLO 13.7
M O 90
D = - e pela Tabela 8.1 para = = 0,75 + K, = 0,624
K1 D 1,20
Portanto:
A altura crítica para aquela vazão é dada pelo gráfico da Figura 10.15.
-
Planilha de cálculo do Exemplo 13.7.
u3
EXEMPLO 13.8
-
Hidráulica Básica Cap. 13
444
-
A altura d'água no pé do vertedor pode ser calculada usando a equação
da energia entre o nível d'água no reservat6rio e o fundo do canal, que na au-
sência de perdas fica:
-
Equação 13.6, pois o escoamento não é retilíneo e paralelo. Assim,
as partes correspondentes das curvas de remanso apresentadas em
tracejado, na Seção 13.3, são mais teóricas do que reais.
e) A Figura 13.22 mostra vários exemplos da ocorrência das curvas de
remanso, em diversas situações, juntamente com a presença do res-
salto hidráulico e da indicação da seção de controle.
- i
1 r--.._
--.
S c ~ à odc coiitrolc
--- Nivel critico
- . - Nivcl noriiial
L
A
13.9 PROBLEMAS
a) a vazão transportada;
b) a declividade de fundo;
c) a altura d'água imediatamente antes do hueiro;
d) as alturas conjugadas de um eventual ressalto (iustifique a ocorrên-
cia ou não);
e) o perfil da linha d'água, indicando os tipos de curva de remanso, os
níveis normal e crítico.
a) [Q = 0 3 4 m3/s]; b) [I, = 0,0038 mlm]; c) [y = 1,O m]; d) [não há ressalto];
e) [curva Mi de y, = 0,40 m até y = 1,0 m]
-
13.7 Um reservatório é controlado por uma comporta plana e vertical, com
abertura de fundo igual a 0,40 m e carga a montante igual a 3,28 m. A água é
descarregada em um trecho de canal com declividade de fundo I,) = 0,01 m/m
e coeficiente de mgosidade de Manning n = 0,020. Este pnmeiro trecho é segni-
do por outro no qual a altura d'água normal é y,z = 1,0 m. Considerando o ca-
nal bastante largo e os trechos l e 2 suficientemente longos para permitir a
ocorrência do regime uniforme, determine:
a) a vazão unitária;
b) a profundidade normal do trecho 1;
c) os tipos de regime nos dois trechos;
d) a linha d'água desde a comporta até a altura normal do trecho 2, in-
dicando claramente as curvas de remanso existentes e calculando as
alturas conjugadas de um eventual ressalto.
a) [q = 1,80 m3/(sm)]; b) [y,i = 0,54 m], c) [trecho 1 torrencial, trecho 2 fluvial];
d) [curva&,ressalto com yl = 0,455 m e yz = 0,869 m, curva Si até y02 = 1,0 ml
-
b) o tipo de curva de remanso a montante da seção A;
c) a altura H a montante da comporta
a) [Q = 0,71 m3/s], b) [curva Mil; c) [H = 0,94 m]
-
a) [q = 2,24 m9/sm];b) [y G 2,30 m]; c) [curva Sz, ressalto com yi = y, =
0,76 m e yz = 0,84 m , curva Si de yz = 0,84 m até y = 2,30 m]
-
c) Existe a possibilidade de alterar a abertura da comporta para que ela
funcione sem provocar o aparecimento de alguma curva de remanso
a sua montante?
a) [há; y, = 0,22 m; yz = 0.65 m]; b) [curva Mil; c) [não há]
0.50 m
. ........
......
fundo é de 886,50 m. Para uma vazão máxima es- I ~~~~~~~
13.19 Num canal trapezoidal com largura de fundo h = 2,0 m, inclinação dos
taludes Z = 1 5 , declividade de fundo I, = 0,002 d m , rugosidade equivalente das
paredes e fundo E = 0,003 m (cimentado), transporta uma vazão Q = 12 m3/s
Existindo na extremidade de jusante um reservatório cuJa superfície livre está
na cota 1,60 m,sendo zero a cota de fundo do canal na saída, determine:
a) a curva de remanso que ocorre no canal;
b) a cota do nível d'água em uma seção situada a 100 m a montante da
entrada do reservatório.
a) [curva Mil; b) [cota = 1,632 m]
h Q2
H = Z + - + ~ , na qual:
cose 2gA-
h é aprofundidade do canal na seção considerada, medida perpeii-
dicularmente ao fundo do canal.
-
H~draulicaBásica Cap. 13
454
-
e A é a área molhada da seção transversal do canal
1 - - -.,d-2gAt
z~ ,-0'
8, o ângulo formado entre o fundo do canal e a hori-
. zontal.
Q, a vazão no canal, em regime permanente.
Para o sistema de referência zx adotado, mostre
que a equação diferencial da linha d'água para canais
de grande declividade é dada por:
dh - tg8 -1, dH a declividade
em que I, = --é
x dx - 1- ~~2 dx
Figura 13.30 Problema 13.23. COSO
da linha de energia.
I_
-
Para ondas de águas rasas, em que L >z y, a tangente hiperbólica tende
ao valor do arco, tanh (2nylL) 3 2nylL, e então a celeridade de tais ondas é
expressa por:
V-,
+ L+T
b) Onda n e g a I h de monlante
.- - -
Ay>O Ay<D v, +
gmpos. No caso das ondas de cheias, em ......
...... ~ ~ ~~...
~~~~~~
~~~~~
1-e
ções deduzidas na Seção 14.4, enquanto se
o escoamento não estacionário for raprda- Escoamento 1 Intumescêncta Intuineicencia 1 Esçoainento
mente variado, se manifestando por uma inicial I inicial
brusca alteração na profundidade da água, Q Q+AQ Q+AQ I Q
AQ<O AQ<O
como, por exemplo, gerado pelo fechamen-
to rápido de uma comporta, equações bem C) Onda positiva de montante d ) Onda negativa dejusante
mais simples serão deduzidas na próxima
Seção.
VARIADO A a
Iniumesc8ncia i Escoamento Escoamento i Innimescência
I inicial ~niiial
14.3.1 NOTAÇÃO I
A i Q Q 1 Q+AQ
O escoamento não estacionário era- AQ>O AQ>O
pidamente variado caracteriza-sepor uma Figura 14.1 Geraçáo de ondas por variação brusca AQ de vazão.
superfície livre com uma bmsca variação na
profundidade da água. A variação bmsca na
linha d'água é provocada por uma variação bmsca de vazão AQ, que forma uma
descontinuidade Ay chamada defrente da onda. Após esta descontinuidade, de
comprimento desprezível, o corpo da oada se desenvolve paralelamente à super-
fície da água do escoamento estabelecido inicial (ver Figura 14.1). Como con-
seqüência, no corpo da onda a vazão é igual a Q + AQ.
Há quatro diferentes tipos de ondas nesta condição, conforme aFigura
14.1, Favre (201, páginas 33-44, e Graf (26), página 32.
-
-
a) Se a perturbação é provocada por uma variação da vazão AQ em uma
seção situada a montante, a onda propagar-se-á no sentido da corrente
e 6 chamada de onda de montante.
a l ) Se o transitório for produzido por um aumento na vazão, AQ > O, a
linha d'água estará acima do nível d'água inicial, Ay > O, e a pertur-
bação é dita onda positiva de montante, ver Figura 1 4 . 1 ~ .
a2) Se o transitório for produzido por uma diminuição na vazão, AQ < 0,
a linha d'água estará abaixo do nível d'água inicial, Ay < 0, e a
perturbação é dita onda negativa de montante, ver Figura 14.lb.
b ) Se a perturbação é provocada por uma variação da vazão AQ em uma
seção situada a jusante, a onda propagar-se-á no sentido contrário da
corrente e é chamada de onda de jusante.
b l ) Se o transitório for produzido por um aumento na vazão, AQ > O, a
linha d'água estará acima do nível d'água inicial, Ay > O, e a pertur-
bação é dita onda positiva de jusante, ver Figura 14.ld.
62) Se o transitório for produzido poruma diminuição na vazão, AQ < 0,
a linha d'água estará abaixo do nível d'água inicial, Ay < O, e a
perturbação é dita onda negativa de jusante, ver Figura 14.la.
A Figura 14.2 apresenta os quatro tipos
Aberiurn da comparta Fechamento dr comporta de onda, em um escoamento rapidamente
variado, provocados pela abertura ou fecha-
de jusante de montante
mento de uma comporta plana e vertical em um
canal.
......
-~....... ......
.....
AQ>o - aQ.0 - 14.3.2 ALTURA E VELOCIDADE
P DE UMA ONDA
Figura 14.2 Exemplo dos quatro tipos de ondas de translação
Nesta Seção serão derivadas equações
que permitem a determinação da altura da onda
Ay e da celeridade absoluta V,, devido a uma súbita mudança na vazão. O
equacionamento é idêntico ao desenvolvido na Seção 10.5, para perturbaçõe~
de pequena amplitude. As hipóteses adotadas são praticamente as mesmas,
como canal horizontal sem atrito, distribuição de pressão hidrostática e distri-
buição uniforme de velocidade em ambas as seções a montante e jusante da
perturbação, descontinuidade abmpta na altura d'água, de comprimento des-
prezível e aspecto constante, e superfície da água atrás da onda paralela à li-
nha d'água não perturbada.
Seja, conforme a Figura 14.3a, o escoamento não permanente rapida-
mente variado provocado pela abertura brusca de uma comporta plana sobre
um escoamento uniforme inicial de velocidade média Vi. A velocidade média
Vz da água e o aumento da profundidade Ay, a montante da descontinuidade,
P
-
são provocados pelo aumento da
vazão AQ. A Figura 14.3a mos-
tra a visão de um observadores-
tacionário, postado na margem,
enquanto a Figura 14.3b mostra a
visão de um observador que se
desloca para jusante com veloci-
d e i g u a l à celeridade absoluta Figura 14.3 Transformação do escoamento variável em pemanente.
da onda V,.
A altura da onda e a sua celeridade podem ser determinadas pela apli-
cação da equação da continuidade e do teorema da quantidade de movimento ao
volume de controle da Figura 14.3b, transformando o escoamento variável em
escoamento permanente pela sobreposição de um campo de velocidade - V,,
à situação original da Figura 14.3a.
Na condição de escoamento permanente e fluido incompressível as
equações ficam:
a ) Equação da continuidade
-
(V, -V,)' = g A >(% A2 -71 Ai)
A , (A2 - A , )
-
Observe que para ondas de pequena amplitude, na qual y 1 = yz = y, a
Equação 14 11 toma-se a Equação 14.4.
A celeridade absoluta é determinada substituindo AI = byi e A: = by: na
Equação 14.5, e simplificando torna-se:
-
b) Onda negativa de jusante V, = Vi - c (sentido contrário da corrente):
EXEMPLO 14.1
v, =----
QI - 1,60 = 0,80m/s
by, 2.1,0
Na seção 2 tem-se:
EXEMPLO 14.2
uma mda da translaF"io positiva, sm um
canal *,angular com profunmdade no
Um canal retangular de 3,O m de largura e lâmina d'água igual a 0,90 m escoamento nao perturbado y. = 1.20 m
alinieiita uiua estação elevatória que recalca uma vazão nominal de 2,O m3/s. e velocidade media V = 1.90 Ws, pode
subir O canal com uma celeridade
&vendo uma interrupção súbita das bombas, qual a altura e celeridade abso- absoluta de 3.80 mls?
luta da onda de translação no canal que se propaga para montante"
Com a paralisação total das bombas, tem-se AQ = - 2,O m7/s, portanto
na seção de jusante Qz = O e Vz = O. No escoamento não perturbado, tem-se:
v, =----
QI - 'O - 0,74m/s
by, 3.0,90
-
reisalto hidráulico móvel. Já na onda negativa, a parte superior da frente que
se propaga com velocidade mais alta que a parte inferior tem a tendência de
se afastar desta. A forma de uma onda negativa não permanece estável, mas va-
ria em função do tempo à medida que a onda se afasta da comporta
Uma análise simplificada das características de uma onda negativa pode
ser feita utilizando-se a equação da continuidade e o teorema da quantidade de
movimento, assumindo a formação de uma perturbação elementar em um ca-
nal liso. A integração da equação gerada fomece o perfil da superfície líquida
como função do tempo e a velocidade de deslocamento da onda como função da
U m onda de tramla.la~áonegtniva de
profundidade ou como uma função da posição no canal e do tempo.
montante pode se propagar em senti-
do contr6rio h corrente? A partir de um desenvolvimento análogo ao efetuado na Seção 10.5,
pode-se combinar as Equações 10.21 e 10.22 para achar a equação diferencial
que relaciona a profundidade do escoamento à velocidade média na seção. Em
forma de diferenciais totais a combinação das duas equações leva a:
e daí:
1 I
465
14.24 e 14.25.
Figura 14.4 Onda negativa de montante.
v(y) = -
3
2-
VI + -x(y)
3 t
- -
2
3
6 (14.26)
-
na e vertical a montante da turbina é parcialmente fechada de modo instantâneo,
fixando a vazão de admissão em Qr = 0,5 m3/s.
a) Determine as características das ondas de montante e de jusante que
partem da seção da comporta.
b) Determine a forma da frente destas ondas.
Devido ao fechamento parcial da comporta, a situação hidráulica no ca-
nal é equivalente aquela mostrada na Figura 14.2b, com uma onda positiva de
jusante e outra negativa de montante.
a)) Cálculo da onda positiva de jusante
Para O escoamento não perturbado (uniforme), a velocidade Vi vale:
QI = V~.b,yl= 40 - + V I= 40/(1,58~10)= 2,53 m/s
Na seção da comporta, a vazão é bmscamente reduzida para 0,5 m3/se
a equação da continuidade fica:
Qr = Q2 = V2 b.yz = 0,5 +V2 = 0,5/(10.yz) = 0,051~2
Pela Equação 14.15, onda positiva de jusante, y2 > y I, vem:
1
A celeridade relativa da onda é dada pela Equação 14.11
k
A celeridade absoluta é dada p Ia Equação 14.12,
A Onda negativa de montante
Escoamento uniforme
para y = yz = 0.78 m
I
Uma onda do rransi.(io negravi d
um. O".% po.itiva i"".",.% ou um.
onda positiva movena-.. pai* l r k 7
Tabela 14.1 Determinaçáo da forma da frente de onda negativa de montante
-
Cap. 14 Escoamento Variável em Canais
469
-
O escoamento em um canal é dito não permanente ou variável se a
profundidade da água, assim como os outros parâmetros hidráulicos, va-
riam com o tempo. O escoamento não permanente é, em geral, também
não uniforme ou variado.
As leis básicas da Mecânica, as quais servem de base para os estu-
dos relativos aos transitórios hidráulicos em escoamentos livres, são a
equação da continuidade (conservação da massa) e a equação dinâmica
(quantidade de movimento). Tais relações podem ser obtidas a partir de
um conjunto de hipóteses, algumas delas já utilizadas na Seção 8.2, como:
escoamento unidimensional, distribuição de pressão hidrostática, canal de
baixa declividade, canal prismático-de declividade constante, fluido
incompressível com vazão dada por Q = V(x,t) . A(x,t) e perda de carga no
regime variável computada por uma equação de resistência do regime
permanente e uniforme.
ay = Vy representa a velocidade
na qual B é a largura na superfície livre e -
at
com que está se movimentando verticalmente a superfície livre de água:
Portanto, a variação do volume fica sendo:
aA
ay d x =-dx
B
at at
Substituindo este resultado na Equação 14.31, a equação da conti-
nuidade torna-se:
-
a) pressão a
dF = -y A- Y dx, no sentido contrário a x;
Jx
b) gravidade + W, = -y A-dx
az = y AI, dx, no sentido de x;
ax
c) atrito + F, = - z, P dx, no sentido contrário de x, sendo P o perí-
metro molhado da seção.
A força de atrito pode ser escrita em função de Ir, declividade da linha
de energia, assumindo válida, para o escoamento não permanente, a Equação
8 5 e a equação generalizada de Darcy-Weisbach, na forma:
-
-
V' A dx V'
P dx =- pf- -dx =-yf- - A = - yd(AH)A
8 8 R, 4 % 2g
~s,cY(PY.dÃ)=-P~2~+P~2~+-(P~2~)dx
a
Fiwra 14.9 Volume de controle.
ax
a
V(p d Vol) =-(pVA)dx = p [A-
aV aA
+ V-]dx (14.40)
a
t at at
1 - I - - - ay V
--
av iav
f - o
ax ax at
Permanente uniforme+ I 1 I
Permanente não uniforme-, I I
Não permanente não uniforme+ /
No caso do escoamento permanente não uniforme, em que aV& = O, a
Equação 14.44 se reduz ao resultado do Problema 13.1, mostre.
-
Hidráulica Basica Cap. 14
474
-
14.5 SIMPLIFICAÇÕES DAS EQUAÇOES DE SAINT-VENWT
As equações completas do escoamento não permanente variado, Equações
14.35 e 14.44, requerem, para sua resolução, elaboradas técnicas numéricas bem
como uma grande quantidade de dados hidráulicos do canal, principalmente se
forem aplicadas aos cursos d'água naturais ou ao escoamento superficial em
uma bacia hidrográfica.
Para a dedução das equações algumas hipbteses simplificadoras foram
adotadas: fluido incompressível; escoamento unidimensional, no qual a velo-
cidade média é representativa da variação espacial na seção e o sentido predo-
minante do escoamento é longitudinal; distribuição hidrostática de pressão na
vertical, desprezando-se eventuais efeitos de componentes de aceleração verti-
cal; variação gradual das seções transversais e ausência de singularidades como
contrações, pilares d e ponte, soleiras de fundo etc; e, finalmente, assumindo
que a declividade da linha de energia possa ser calculada por uma equação
estabelecida para o regime permanente e uniforme, como a fórmula de
Manning ou Chézy.
Observando-se cada um dos termos da Equação 14.44, estes podem ser
considerados como a representação de um gradiente ou declividade. O primei-
ro termo é a declividade energética que leva em conta o atrito. O segundo e
terceiro termos representam a declividade da linha d'água I, e são termos de
gravidade e pressão. O quarto e quinto termos representam a declividade de-
vido à variação da velocidade no espaço e no tempo e são termos de inércia.
A situação hidráulica do curso d'água, como declividade, largura da
seção, existência de várzeas etc., impõe uma importância relativa a cada um
dos termos da equação dinâmica geral, Equação 14.44. Segundo Henderson
(28) para rios com declividade de fundo I, > 0,002 mlm, os dois termos de
inércia na equaçâo são, em geral muito pequenos, podendo ser desprezados
com o objetivo de diminuir a dificuldade matemática da resolução do proble-
ma. Também, conforme Cunge et a1 (141, baseados na observação de uma onda
de cheia no rio Reno, mostram que a ordem de grandeza dos termos de inér-
cia é 10-', enquanto que a dos termos de atrito e gravidade é 10." Assim, des-
prezando-se os termos devido às acelerações local e convectiva, termos de
inércia, a Equação 14.44 é simplificada como:
-
que não há grande variação espacial e temporal da velocidade no processo de
propagação.
Se além dos termos de inércia for também desprezado o termo de pres-
são, ayldx = O, aequação do momentum assume a sua forma mais simplificada
possível como:
Escoamento uniforme
A relação Q = f(y) é chamada de relação cota-descarga ou
f (onda cinemátaca) curva chave e possui as seguintes caracten'sticas:
a ) no escoamento não permanente, a mesma vazão Q ocorre para duas
profundidades y diferentes, conforme o nível d'água esteja subin-
do ou descendo, onda de cheia em ascensão ou depleção. Este fato
ocorre pela influência do termo de aceleração local (l/g)(aV/at);
(onda dinãmica) b) o nível máximo de água atingido não corresponde à máxima va-
zão, que ocorre antes deste nível ser atingido;
c) a linha tracejada intermediária corresponde ao escoamento unifor-
Figura 14.10 Repre8entação de uma curva de me, modelo onda cinemática.
descarga em laço.
O conceito de onda cinemática foi introduzido por Lighthill e
Whitham (36) como sendo uma onda na qual a vazão Q é somente
funçãa da profundidade y, o que implica que os outros termos de declividade
na Equação 14.44 sejam desprezíveis e, como conseqüência, I, = IE.Conside-
rando a existência de uma onda com estas características e utilizando a equa-
ção da continuidade, Equação 14.34, vem:
-
A aplicabilidade do modelo onda cinemática, como uma aproximaçXo
válida para a equação dinâmica completa, é dada por Woolhiser e Liggett (59),
na forma:
EXEMPLO 14.4
EXEMPLO 14.5
Logo, C= a 2
= - V e da definição de número de Froude vem:
3
Cap 14 Escoamento Variivel em Canais
1 1
479
EXEMPLO 14.6
-
- Ver diretono var!avel no endereqo
eleldnco www eeic so usp bdnhs na
Utilizando a planilha CINEMÁTICA.XLS*, monta-se o hidrograma
na seção x = O pelas expressões lineares anteriores, e para cada vazão deter-
area Ensino de Graduaqão
mina-se o parâmetro K2 = n.Ql(bgi3 ver Seção 8.4.1. A planilha calcula
o valor da relação ylb, dada pela Equação 8.49, e então o valor de y As
várias vazões do hidrograma inicial, de forma individual, são propagadas
para jusante, cada uma com sua própria celeridade calculada pela Equação
14.59, função de y. Para cada valor da celeridade CK,calcula-se o tempo de
percurso da onda At = L/CK,o tempo d e chegada da onda (vazão individual)
é a soma do tempo de partida, coluna 1, com o tempo de percurso, coluna
---e -
7, r- n- n-.-f n- -r.m arnlanilhn
.-..A -a -..,
-.- -a ceoiiir
Planilha de cálculo do E x e m ~ l o14.6.
2 ::yJ,200:'
10
\\ '-
1000 2WO 3W0
Tempo ( 5 )
Figura 14.12 Hidrogramas do Exemplo 14 6
4000 5000
,
6000
Na mesma planilha, coloca-se em gráfico o hidro-
grama original e o propagado, conforme Figura 14.12.
Observe que não há atenuação do pico de vazão do hi-
drograma propagado, há somente um deslocamento no
tempo.
O modelo onda cinemática, a despeito de suas Iim-
tações, pela simplicidade, muitas vezes é incorporado a
modelos de transformação chuva-vazão em projetos de
drenagem urbana, na simulação do escoamento em canais,
coletores pluviais ou mesmo sobre os terrenos da bacia.
Neste caso, em geral a relação biunívoca entre a vazão e a
altura d'água ou área molhada é dada por
-
Cap. 14 Escoamento Variável em Canais
481
-
em que a e m são parâmetros da onda cinemática para a geometria parti-
cular do canal.
Como restrição de aplicação, o modelo onda cinemática não é reco-
mendável em situações de escoamento com influência de jusante, como
remansos provocados por estrangulamentos, lagos, barragens etc, uma vez
que o termo relativo à pressão, aylax, foi desprezado.
- -
-
-
Hidrauiica Bãsica Cap 14
482
-
trecho é relativamente fácil de ser obtido por uma equação S = f(0). Por ou-
tro lado, na propagação da cheia pelo trecho, o escoamento é não uniforme,
como mostra a Figura 14.13b, e a linha d'água tem declividade diferente da
declividade do fundo, além de se alterar se a cheia estiver na fase ascensional
ou em depleção. Na situação de escoamento não permanente, tem-se I # O e
Ai + AI.
Como tanto I quanto O varem com o tempo, então, para um dado in-
tervalo de tempo At, podem ser aproximados pela média aritmética dos valores
no início e no final do intervalo. Por outro lado, a variação no armazenamento
AS, positiva ou negativa, pode ser expressa como a diferença dos armaze-
namentos no final e no inlcio do intervalo. Assim, a Equação 14.61 pode ser
discretizada como:
-
fator de ponderação que espelha a influência relativa de I e O na determinação
do armazenamento no trecho.
O método Muskingum assume m/n = I e b/a = K, resultando em uma re-
lação linear simples entre armazenamento e vazões, na forma:
com:
-
NO processo de propagação da cheia, para que não haja possibilida-
de da vazão estimada 0, ser negativa, a relação entre os parâmetros K, x e
o inrervalo de tempo At deve satisfazer.
EXEMPLO 14.7
-
Hidráulica Básica Cap. 14
486
EXEMPLO 14.8
-
A tabela a seguir mostra os cálculos para x = 0.2
-
celeridade relativa c. As equações diferenciais a derivadas parciais são trans-
formadas em um sistema deequações difereiiciais ordiiif~rias,por meio da as-
sociação entre as variáveis iiidepeiideiites x e t e a celeridade relativa de
propagação das ondas.
A equação da continuidade, Equação 14 35, obseivando que a derivada
parcial da área A em relação i variável x pode ser esciita na forma:
Uma combinação linear das Equações 14.43 e 14.7 1 pode ser obtida
multiplicando-se a Equação 14.71 por um inultiplicador descoiihecido h # O
e somando-se à Equação 14.43, o que i-esulta em:
-
d V + --
g d y = g(1, - I,) sujeita a
dt c dt
-d x= v + c
dt
X
>
-
Deve ser observado que, enquanto as Equações de partida 14.43 e 14.71
são válidas para quaisquer valores de x e t, as Equações transformadas 14 79
e 14.80 são válidas somente ao longo das curvas características.
Multiplicando as Equações 14.79 e 14.80 por dt e integrando ao longo
das características A P e BP, obtém-se:
P P P
dV - dy= g (I, - 1,)dt (14.82)
C
A A A
-
nas quais as quantidades conhecidas são combinadas em duas constantes C, e
C,, dadas por:
em que ~ [ ( A x )representa
~] os termos restantes da série que contêm potências
de As maiores ou iguais I? quarta ordem. Rearrajando cada equação e dividindo
ambos os membros por Ax, sendo O[(Ax)] os terinos restantes da série que
contêm potências de Ax maiores ou iguais a um, fica:
fl(x,) =
f (x, + Ax) - f (x,)
(14.92)
As
I . :_ x,-AX XX, X, + A X
,
x
A Equação 14.92 é chamada de rh~~rcn~(~~nif~ipro~re.isivn
Eq~lação14.93 é chamada de chfireng~~~finit~~
enquanto a
Ambos os esquemas são
~z~rt'.rs/'vn.
ditos de primeira ordem, isto é, os erros inerentes em ambas as equaçóes são de
primeira ordem. D o ponto de vista da repreçeiita$ão geométrica do coil-
ceito de derivada, conforme a Figura 14.16, a tangente à curva no ponto de
rigura
14,16 Aproni,naçjo por dire. abscissa x,, é o valor de f'(x,), enquanto as Equações 14.92 e 14.93 indicam, I-es-
renças finitas. pectivamente, a declividade das retas que passani por PB, na diferença finita pro-
gressiva, e AP na diferença finita regressiva.
Outra possibilidade de aproximaçáo do vnloi- da derivada no ponto, por
diferenças finitas, é através da declividade da linha que passa por AB, que pode
ser determinada eliminando-se f(x,) nas Equações 14.92 e 14.93, o que leva a:
-
Cap. 14 Escoamento Variável em Canais
493
-
A Equação 14.94 é chamada de diferençafinita centrada, e é um esque-
ma de aproximação de segunda ordem, isto é, com precisão melhor que os an-
teriores.
..,-o oue
~ L node
~ ~ - ser
r - verificado
~ - - ~ - eeometricamente na Fieura 14.16.
~ ---- ~~~~
0~~~~ ~~~ ~ ~ ~ 0
-
Dependendo do tipo de diferença, finita, regressiva, centrada ou progres-
siva, a ser usado na solução de determinado problema, dois diferentes esque-
mas podem ser elaborados. Se a aproximação por diferença finita da derivada
espacial, derivada parcial em relação a x, for expressa em termos de valores
das variáveis no nível de tempo conhecido, as equações resultantes podem ser
resolvidas diretamente, para cada nó computacional em cada tempo. Este es-
quema é chamado de esquema explicito. Se, por outro lado, a aproximação por
diferença finita da derivada espacial for expressa em termos de valores das va-
riáveis no nível de tempo desconhecido, as equações algébricas do sistema in-
teiro são resolvidas simultaneamente e o esquema é dito esquema implícito.
No esquema implícito obtém-se um sistema de equações algébncas li-
neares ou não lineares, envolvendo as variáveis V(x,,tk) e y(x,,tk), que é resol-
vido por métodos conhecidos, de eliminação de Gauss, de Gauss-Seidel,
Newton-Raphson etc.
av v,:, -v,!,
-sz
a x 2 AX
em que máx(1 V+c 1) é o maior valor absoluto previsto para a velocidade ab-
soluta da onda, dada por: V f a
14.7.4 ESQUEMA IMPL~CITO
No esquema implícito, as derivadas parciais em relação ao espaço são
substituídas por aproximações de quocientes de diferenças finitas, em termos
das variáveis no nível de tempo desconhecido. Dependendo das aproximações
por diferenças finitas e coeficientes usados, várias formulações de esquemas
implícitos são usadas na técnica de modelagem do escoamento variável em
canais. Um destes esquemas mais utilizados para a análise do escoamento não
permanente com superfície livre é o esquema de Preissmann, ver Ligget e
Cunge (35).
-
Hrdrául~caBasica Cap 14
496
k- l
V %-+I estável, recomenda-se usar um valor do coeficiente de ponderação
0,55 < O < I. Em aplicações típicas, valores de 0 entre 0,6 e 0,7
X
i-I i?+i têm sido usados.
wX Substituindo-se as aproximações das Equações 14 100, com
@ =OS, nas Equações 14 71 e 14.44 e simplificando, obtêm-se as
Figura 14.18 Esquema de diferenças iinitas equações:
-
I I
Existe alguma re8111ç60 quanto ao
pBS80 dB
V B l O l a SBl adOtSd0 PBrS O
tempo AI no esquema de difemnçss
tinitas implicito?
-
mático, retangular, trapezoidal ou triangular, utilizando o esquema explícito de
diferenças finitas, é discutido no Exemplo 14.9.
Este programa, que consta da referência Graf (26), páginas 50 a 71, foi
traduzido, adaptado e utilizado conforme permissão dos autores, Prof. W. H.
Graf e Prof. M S. Altinakar, da Escola Politécnica Federal de Lausane.
Trata-se de um programa na linguagem Fortran para a resolução de
problemas transitórios em canais. no caso particular em que a condição de
contomo de montante é um hidrograma de cheia conhecido, aproximado por
uma forma triangular. A condição de contomo de jusante é simplesmente uma
rela~ãoaltura-vazão dada pela fórmula de Manning no regime uniforme
O exemplo numérico desenvolvido foi reproduzido exatamente como
consta na referência citada, página 50
M
Pela Equaçáo 8.39 + y, =- e M=
K
b 5
Para Z = O e m = - = -= 4,167, na Tabela 8.2 + K = 1,548
Y o 1.20
V8
portanto, M = = 1,20 . 1,548 + Q = 8,245 m'ls
Q 8,245
O que significafatar de raaiaçao?
I
A velocidade média vale V, = -= -- - - 1,374 m l s
A 5 . 1,20
V, -
O número de Froude vale, Fr = - 1,374 - 0,40 (fluvial)
-Jgy,-J?%W-
B) Discretizaçâo das equações
Para a resolução via esquema explícito, o domínio da solução no espa-
$0-tempo 6 representado sob forma de uma matnz de duas dimensõe~nas
variáveis V(x,,tk) e y(x,,tk), OU em termos das variáveis originais do programa
U(I,J) e H(I,J), em que J é o número da linha (tempo) e I, o número da colu-
na (espaço).
Segundo o esquema da grade computacioual da Figura 14.17, o trecho
do canal é dividido em I = NN estações (nós) e NN - 1 subtrechos. No pro-
grama o número de subtrechos é fixado em MAXDrV = 100 e, portanto, o
número máximo de nós (estações) é NNMAX = MAXDIV + 1 = 101.
O cálculo da profundidade e da velocidade média, a cada tempo,
nas estações internas, i = 2 a i = NN - 1, pode ser feito com as Equações
14.97 e 14.98, com o coeficiente de ponderação adotado a = I , o que, no
caso da seção retangular, transforma as equações em:
-
Hidráulica Básica Cap. 14
5,,,
At
y:" = y: --[v:(yl<+, - y:)+ y:(v,:, -V:)] (seção retangular)
Ax
-
Na estação 101, x = 3000 m, os valores máximos da vazão, ,Q
, = 38,45
m7/s,da profundidade,,y, = 3,72 m e velocidade V,,, = 2,07 d s ocor-
rem simultaneamente no tempo t = 2400 S.
Em relação à Figura 1 4 . 2 0 ~é interessante observar que no nó 1, no
tempo t = 4800 s, a velocidade decresce até V = 1,06 d s , valor sen-
sivelmente abaixo da velocidade inicial V = 1,375 m/s corresponden-
te ao regime uniforme.
Isto ocorre devido ao fato de que, até o estado da cheia deixar de in-
fluir no nó 1, com a vazão descendo para Q = Q, = 8,25 m3/s, a onda
continua influindo nos nós de jusante. O escoamento é de certa forma
freado, conservando uma altura d'água y = 1 3 5 m superior iquela re-
lativa ao escoamento uniforme. As condições de escoamento un7for-
me no n6 1 s6 são restabelecidas no tempo t = 8760 S.
C) A atenuação dos valores máximos da profundidade, da vazão e da ve-
locidade, de uma estação a outra, pode ser vista nas Figuras 14.20a,
b e c. Os valores numéricos podem ser lidos no arquivo de saída do
programa, e são:
u
Tabela 14.2 Quadro de entrada de dados para o programa ExeplrcM1 exe
~ -
-
Tabela 14.3 Arquivo de saída do programa ExeplicM1exe.
NU-O
-
DE TRECHOS, NDIV = 100 COMPRIMENTO DOS TRECHOS, DX (m) = 30.000 NUMERO DE NOS, NN= NDIV+ 1 = 101
PASSO DE TEMPO, DT(s) ,100 DURACAO DOS CALCULOS, TMAX (s) = 12500.000 FREQUENCIA DE ESCRITA ((pas) = 1200
-
1 Tabela 14.3 Arquivo de saida do programa ExeplicMl .exe. (conrinuaç~oQo)
-
-
Tabela 14.3 Arquivo de saida do programa ExeplicMl.exe. (continuação)
8640.08 8.249 1.m 1.373 8.271 1.205 1.373 8.375 1.213 1.381
8760.01 8.249 1.201 1373 8.267 1.201 1.374 8.354 1.211 1380
888004 8.249 1201 1.373 8.264 1.203 1.374 8.337 1.209 1.379
9C03.07 8.249 1.201 1.373 8.262 1.203 1.374 8.322 1.m 1.379
912003 8.249 1.201 1.373 8.259 1.202 1.374 8.310 1.m 1.378
924003 8.249 1.201 1.373 8258 1.202 1.374 8.302 1.205 1.377
9360.06 8.249 1.201 1.373 8.255 1.201 1.374 8.291 1.204 I377
948009 8.249 1.201 1.373 8.255 1201 1.374 8.284 1.201 1.377
96M02 8.249 1.201 1373 8.254 1.201 1374 8.278 1.203 1.376
9720.05 8.249 1.201 1.373 8.253 1.201 1.375 8.274 1.202 1,376
984008 8.249 1.201 1.373 8.253 1.201 1.375 8.269 1.202 1.376
9960.01 8.249 1.201 1.373 8.252 1.201 1.375 8.266 1.202 1.376
ICO80.04 8.249 1.201 1.373 8.252 1.201 1.375 8.263 1.201 1.376
10203.07 8.249 1.201 1.373 8.252 1.203 1.375 8.261 1.201 1.375
10320IO 8.249 1.201 1.373 8.251 12W 1.375 8.260 1.201 1.375
10440.03 8.249 1.201 1.373 8251 1.203 1.375 8.258 I201 I375
105H).05 8.29 1.201 1.373 8.251 12CO 1.375 8.257 1.201 1.375
10680.08 8.249 1.201 1.373 8.251 1203 1375 8.255 1201 1.375
1080301 8.249 1.201 1.373 8.251 1.203 1.375 8.254 1.201 1.375
IW20.01 8.249 1.201 1.373 8.251 1.m 1.375 8.254 1.203 1.375
llMO07 8.249 1.201 1.373 8.251 1203 1.375 8254 1.m 1.375
1116003 8.249 1.201 1.373 8.250 1.203 1.375 8.253 1203 I375
11280.M 8.249 1.201 1.373 8.250 1.203 1.375 8.253 1.203 1.375
114W.ffi 8.249 1201 1.m 8,250 1.203 1.375 8.253 IZW 1175
11520.W 8.249 1.201 1.373 i 8.250 1.203 1.375 8.253 1.203 1.375
11640.02 8.249 1.201 1.373 8.250 12CO 1.375 8.252 1.203 1.375
11760.05 8.249 1.201 1.373 8250 1.m 1.375 8252 120U 1.375
11880.08 8.249 1.201 1.373 8.250 1.203 1.375 8.252 1.ZW 1.375
120X)OI 8.249 I.201 1.373 8.250 1.203 1.375 8.252 1.203 I375
1212004 8.249 1.201 1.373 8.250 1.203 1.375 8.252 1.203 1.375
12240.07 828 1201 1.374 8.250 1.203 1.375 8.252 1.203 1.375
12360.10 8.249 1.201 1.374 8.250 1.203 1.375 8.252 1.203 1.375
12480.03 8.249 1.201 1.374 8.250 1.2W 1.375 8.252 1.203 1.375
Figura 14.20 Gráfico das relações y(x) = f(t), Q(x) = f(t)e V(x) = f(t).
O 10 20 30 40 50
o (m3/s)
Figura 14.21 Relação Q(x) = f(y)para o n6 51, x = 1500 m.
-.
Figura 14.22 GrAfico das relações -=,f(t), Q(x) = f(t)e V(x) =f(t) com um passo de tempo At = 0,20 S.
-
-
14.9 PROBLEMAS
14.1 Uma comporta plana e vertical alimenta um canal retangular com uma
vazão tal que a altura d'água no canal é igual a 1,O m e a velocidade média é
de 0,60 mís. A descarga de água é bruscamente aumentada em 100% pela aber-
tura da comporta. Determine a variação ocorrida na altura do escoamento e a
velocidade de propagação da onda para jusante.
[Ay = 1,01 m]
14.5 Um rio escoa uma certa vazão com altura d'água igual a 2,40 m e ve-
locidade média de 0,90 mís, quando encontra uma onda de maré com um au-
mento brusco na lâmina d'água para 3,60 m. Determine a velocidade com que
a onda se propaga para montante e a magnitude e a direçáo da velocidade da
água atrás da onda.
-
14.6 As condições iniciais do escoamento uniforme são iguais às do Problema
14.1. Detemine a variação ocomda na altura do escoamento e a velocidade de
propagação da onda para montante se uma comporia na extremidade de jusante
for súbita e totalmente fechada.
14.7 Mostre que, para uma seção retangular em que a largura de fundo é igual
à altura d'água, o parâmetro m da onda cinemática, Equação 14.60, é igual a
413, usando a fórmula de Manning, e igual a 514, usando a fórmula de Chézy.
14.10 Uma chuva dishibuída sobre uma bacia hidrográfica, mostrada na Fi-
gura 14.23, provoca simultaneamente, nas seções A e B, o
hidrograma mostrado na tabela abaixo. Usando o método
Muskingum de propagação de cheias, determine a máxima vazão
combinada e o tempo de ocorrência na seção C.Para o trecho AC,
os valores do tempo de trânsito e do coeficiente de ponderação
valem K = 6 h e x = 0,22. Adote At = 3 h.
-c
[Qp = 174 m3/s; t, = 18 h]
Figura 14.23 Problema 14.10.
Cap. t 4 Escoamento Variável em Canais
511
-
14.11 Os hidrogramas de entrada e saída de um certo trecho de um rio são
dados na tabela abaixo. Utilizando as planilhas MUSKINGUMI.XLS e
MUSKINGUM2 XLS, determine os valores de K e x mais convenientes para
o trecho e, com estes valores, propague o hidrograma dado na segunda tabe-
la, determinando a vazão de pico e o tempo de ocorrência.
-
[I 31 CRAUSE, E. Hydraulique des Canaur Découverts em Régime Pennanent.
Paris, Eyrolles, 1951, 257p.
1141 CUNGE, J. A.; HOLLY, F. & VERWEY, A. Practzcal Aspects of
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516 HidrBulica Basica
Hidraulica Basica
518
-
Diagrama de Moody, 46 variado, 4 H
Diagrama em colina, 138 variável, 4 Harpa deNikuradse. 36
Diâmetro econâinico. 129 Escoamento crítico, 226
Diâmetro equivalente, 58 Escoamento Iaminar, 3, 28 I
Diâmetro hidráulico, 58 Escoamento paralelo, 232 Inclinação dos taludes, 278
Diferença finita centrada, 493 Escoamento quase-permanente, 114 Influência relativa das perdas de carga
Diferença finita progressiva, 492 Escoamento sob carga variável, 362 localizadas, 78
Diferença finila regressiva, 492 Escoamento subcrítico ou fluvial, 226 Intervalo de tempo computacional, 493
Difusores, 7 4 Escoamento supercrítico ou torrencial, 226
Dimensionamento econômiw da tubulação Escoamento tu~bulento.3 0 L
desecalque, 125 Escoamento turbulento hidraulicamente Largura de topo, 222
Distribuição de pressão, 230 liso, 31 Lei da raiz sétima de Prandtl, 44
Disinbuição d e vazão em marcha. 97 Escoamento turbulento hidraulicamente misto Lei de distribuição universal de
Distribuição hidrostática de pressão, ou de transição, 3 1 velocidade, 34
233,374 Escoamento turbulento hidraulicamente Lei de Newton da viscosidade, 28
Bistribiiições de velociaade, 32 mgoso, 3 1 Lei dos orifícios, 113, 355
Escoamento turbulento mgoso, 246 - Lei universal de distribuição de
E Escoamentos em superfície livre, 221 velocidade, 35
Eclusa'para navegação, 401 Esquema implícito. 495 Linha de carga absoluta, 94
Eficiência do ressalto, 345 Experiênciade Nikuradse, 36 Linha de carga efetiva, 94
Elementos hidráulicos d a seção Extremidades mortas, 170 Linha de corrente, 8
circular, 256 Linha de energia, 9, 10
Energia ou carga cinética, 9 F Linha piezoméuica, 9,221
Energia ou carga de pressão, 9 Fator de atrito da tubulação f, 14 Localização do ressalto hidráulico, 442
Equação da energia, 4 Fator de atrito f, 47
Equação de Borda-Camot, 72 Fator de ponderação x, 483 M
Equação de Darcy-Weisbach, 1 4 Fator de relaxação, 494 Máxima tensão de cisalhamento, 278
Equação de Francis, 387 Força da gravidade, 240 Medidores Venluri, 7 4
Eq~iaçãode Mariotte, 125 Força de atrito, 242 Métcdo das características, 487
Equação deweisbach, 385 Força de pressão, 241 Método dos compriinentos equivalentes, 84
Equação diferencial do escoamento Força especifica, 336 Método Muskingum, 482,485
permanente gradualmente Fórmula d e Blasins, 37.50 Métodos de diferenças finitas, 491
variado. 41 6 Fórmula de Bresse. 129 Modelo de difusão ou não inercial, 474
Equaçjo dinâmica, 47 1 Fbrmula de Chézy, 240 Modelo hidrodinâmico, 475
EquaçUes de resistència, 53, 238 Fórmula de Colebrook-White, 44 Modelos hidráulicos, 481
Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao, 56 Mosaicos de utilização, 149
Fórmula de Hagen-Poiseuille, 3 0 Movimento permanente gradualmente
Escoamenlo, Fórmula de Hazen-Williams, 53 variado, 97
bidimensional, 3 FOrrnula de Manning, 243, 260
em pressão, 4 Fórmula de Swamee-Jain, 4 8 N
em superfície livre, 4 Fórmula universal de perda de carga, 14.29 N.P.S.H. disponível, 155, 157
forçado, 4 Fórmulas empíricas para o escoamento N.P.S.H. requerido, I57
iamiiiar, 3 , 2 8 turbulento, 52 Nós de fronteira, 493
nZo permanente, 4 Frente da onda, 457 Número de cavitação, 158
não unifonne, 4 Número de Euler, 14
pennanenle, 4 G Número de Froude, 225
turbulento, 3, 30 Golpe de ariete, 95 Número de Reynolds de
unidimensional, 3 Grade de pontos ou grade mgosidade, 31
uniforme, 4 computacional, 493 Número de Reynolds, 14, 225
índice analitico 519
-
o Rede ramificada, 169 Tubulação de recalque, 123, 127
OconEncia da profundidade crítica, 31 I Redes de distribuição de água, 79, 169 Tubulação de sucção, I23
Onda cinemática. 475 Redes malhadas - método de Hardy
Onda de jusante, 458 Cross, 178 v
Onda de montante. 458 Redes ramificadas, 173 Valores da mgosidade absoluta
Onda negativa de jusante, 462 Registro de gaveta, 76 equivalente, 49
Onda negativa de montante, 461 Relação cota-descarga ou curva chave, 476 Valores do coeficiente K. 71
Onda oscilatória. 456 Relações desemelhança, 135 Valores do coeiicieiite K para diversos
Onda positiva de jusante, 461 Remanso, 415 acessários, 77
Onda positiva de montante, 461 Resistência do sistema, 140 Válvula de borboleta, 76
Ondas capilares, 455 Ressalto hidráulico, 224, 335 Vazão de adução, 171
Ondas de gravidade. 455 Rotação específica, 133 Vazão de distribuição, 172
Ondas de translação, 456 Rotação nominal, 135 Vazão equivalente, 99
Orifícios, 35 1 Rugosidade absoluta equivalente, 246 Vazáo equivalente ou vazão fictícia, 99
Orifícios afogados. 360 Rugosidade equivalente da seção, 276 Vazão fictícia, 174
Rugosidade relativa, 14 Vazão unitária de distribuição, 97
P Velocidade de atrito, 15, 16,38,243
Parâmetros de forma, 249 S Velocidade de cisalhamento, 16
Perda de carga em orifícios, 356 Seção contraída, 73 Velocidade econômica. 130
Perda de carga no ressalto, 336.344 Seções de minimo perímetro molhado, 254 Velocidade média temporal, 32
Perda de carga unitária, 16 Sifões, 110 Velocidades e vazões máximas em redes de
Perda de energia ou perda de carga, 9 Singularidades, 423 abastecimento, 173
Perdas de carga localizadas, 69 Sistema em paralelo, 103 Ventosas, 95
Perímetro molhado, 222 Sistema em série, 103 Vertedor Cipoletti, 391
Plano de carga absoluto, 94 Sistema pró-básico, 13 Vertedor de soleira espessa horizontal, 396
Plano de carga efetivo, 94 Sistemas elevatórios, 123 Vertedor retangular de parede espessa, 308
Ponto de operação ou ponto de Sistemas hidráulicos de tubulações. 93 Venedor retangular lateral, 391
funcionamento, 141 Soleira normal, 398 Vertedores, 381
Potência do conjunto elevatório, 125 Step method, 435 Vertedores-extravasares, 398
Potência hidráulica, 17 Subcamada limite larninar, 30 Viscosidade de redemoinho, 32
Pressão atmosférica, 157 Submergência. 150 Viscosidade de turbulência. 32
Pressão de vapor, 157
Prisma de armazenamento, 481 T
Problema dos três reservatórios, 107 Tendo de cisalhamento, 28
Programa CANAIS3.EXE, 262 Tensão de trabalho admissívei
Programa COEEEXE., 230 do material, 126
Programa EXEMPLICMI .EXE, 497 Tensão de vapor, I 10
Programa, REDEM.EXE. 181 Tensão média de cisalhamento, 15.239
Propagação de cheias em rios, 481 Tensão tangencial, 27
Tensões de Reynolds, 33
Q Teoremade Bernoulli. 7
Queda bruta. 19 Teorema de Tomcelli, 354
Qucda litil da turbina, 17 Teorema dos lis, 13
Teoria dos grandes orifícios, 358
R Traçado da tubulação, 94
Raio hidráulico, 15,222 Tubo de Pitot, 42
Razão de aspecto, 250 Tubos curtos com descargalivre, 370
Razão de aspecto ni, 254 Tubos lisos, 38
Rede malhada, 169 Tubos rugosos, 39