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Sabe-se que 60 milhões de brasileiros (9,6 milhões de domicílios) não possuem coleta de esgoto. Destes,
a maioria se localiza em:
Quase 75% de todo o esgoto sanitário coletado nas cidades é despejado “in natura”, o que contribui para
a poluição dos cursos d’água urbanos e das praias;
A imagem ao lado
representa espacialmente o
índice de atendimento total
de coleta de esgoto,
distribuído por faixas
percentuais, segundo os
estados brasileiros.
Um mesmo processo industrial pode apresentar grande variabilidade nos efluentes dependendo da
matéria-prima utilizada, do processo empregado e do nível tecnológico da empresa.
Esgoto é o termo utilizado para caracterizar os despejos provenientes dos diversos usos da água;
Esgotos sanitários: despejos líquidos constituídos de esgotos domésticos e industriais lançados na rede
pública e águas de infiltração;
• Coletores
– Coletor de esgotos ou coletor secundário: canalização que recebe efluentes dos coletores
prediais;
– Coletor Tronco: canalização principal de maior diâmetro, que recebe os efluentes de vários
coletores de esgotos,
• Interceptores: canalizações de grande porte que interceptam o fluxo dos coletores com a finalidade
de proteger cursos de água, lagos, praias, etc, evitando descargas diretas
– Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs): têm por objetivo reduzir a carga poluidora dos
esgotos sanitários antes de seu lançamento no corpo de água receptor;
Obras de lançamento final: destinadas a descarregar de forma conveniente os esgotos sanitários no corpo
de água receptor
I-Caracterização dos efluentes
É toda água residuária gerada pelas atividades e necessidades humanas em uma residência e que fluem
através da rede de esgoto. Podem igualmente serem lançadas diretamente no ambiente ou redirecionadas
para estações de tratamento.
Características principais:
É toda água residuária gerada pelas atividades industriais e que fluem através da rede de esgoto. Podem
igualmente serem lançadas diretamente no ambiente ou redirecionadas para estações de tratamento.
Características principais:
• compostos orgânicos
• substâncias radioativas
• ácidos
• metais pesados
a) Características físicas: as impurezas estão associadas aos sólidos presentes na agua. Os sólidos
podem estar na forma suspensa, coloidal ou dissolvida (classificados pelo diâmetro). Alguns
parâmetros físicos indicadores da qualidade das águas são: cor, turbidez, sólidos, temperatura,
sabor e odor.
b) Características químicas: as impurezas químicas podem ser classificadas em orgânicas e
inorgânicas. Quando submetida a uma temperatura de 500 C a parte orgânica é volatizada,
sobrando a parte inorgânica ou mineral. Alguns parâmetros químicos indicadores da qualidade das
águas são: pH, alcalinidade, dureza, cloretos, ferro, manganês, nitrogênio, fósforo, fluoretos,
oxigênio dissolvido, demanda biológica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO).
c) Características biológicas: com relação à qualidade da água, os micro-organismos possuem
grande relevância em determinados ambientes, devido à sua atuação nos processos de depuração
dos despejos ou à sua associação com doenças ligadas à água. Alguns parâmetros biológicos
indicadores da qualidade das águas são: bactérias do grupo coliforme e algas.
Os poluentes inorgânicos podem causar problemas de formação de lodo e assoreamento, e tbm, em caso
de minerais e nutrientes, como nitrato e fosfato, um crescimento excessivo de algas no corpo receptor
(eutrofização). Isso pode causar variações no nível de oxigênio, com a água se tornando anaeróbia
durante a noite, junto a grandes variações do pH. As algas ainda podem produzir componentes tóxicos e
causar aparência desagradável no corpo d’água.
A poluição microbiana pode comprometer a saúde pública, principalmente se essa água for usada para
abastecimento humano, irrigação de culturas agrícolas ou para recreação.
A caracterização qualitativa do esgoto visa quantificar os diversos parâmetros associados aos poluentes
no esgoto.
Características físicas:
- Sólidos:
- Temperatura:
- Turbidez:
A turbidez do esgoto é causada por sólidos suspensos – tais partículas insolúveis do solo, matéria
orgânica e organismos microscópicos- que refletem a luz incidente na solução. Pode ser
quantificada com um aparelho (Turbidímetro), sendo expressa em unidades nefelométricas de
turbidez (UNT). Quanto mais intenso o reflexo, maior a turbidez. A turbidez não tem relação direta
com a concentração de poluentes, mas pode ser indicativa da concentração dos sólidos
suspensos. Assim, a turbidez é usada principalmente como parâmetro de controle, para verificar a
eficiência de remoção de sólidos em suspensão na ETE.
Características químicas:
A matéria orgânica presente no esgoto (50% dos sólidos totais) é um dos fatores principais que determina
o potencial poluidor do esgoto. A m.orgânica é composta dos elementos: C, H, O, N em forma de
proteínas, carboidratos, gorduras, óleos, ureia, surfactantes e pesticidas.
- DBO
-pH
O pH do esgoto bruto geralmente esta entre 7,4 e 6,7, sendo que quanto mais velho o esgoto, mais
baixo o pH. É um parâmetro importante para monitorar os processos de tratamento do esgoto. Se o
esgoto afluente se torna muito acido ou muito alcalino pode ser necessário ajustar o pH, pois a
maioria dos processos de tratamento de esgoto é biológica, e especialmente processos anaeróbios
e de nitrificação são pouco resistentes a condições muito acidas ou alcalinas.
-Nitrogênio
-Fosfato
O fosfato é um componente presente no esgoto por causa da degradação biológica de proteínas,
além de estar presente na composição de muitos detergentes por se associar a metais como cálcio
e magnésio, que em forma livre diminuem a formação de espuma. É um importante nutriente dos
processos aeróbios. A remoção do fosfato presente no esgoto é bastante difícil com os processos
de tratamento de esgotos comumente empregados. Como o fosfato é um nutriente causador de
eutrofização, o seu uso na composição de detergentes já é proibido em muitos países.
Características biológicas:
Os coliformes servem para indicar se a amostra dói contaminada com fezes (com um risco maior de conter
patógenos). A quantidade de E.coli (inerente ao TGI do ser humano) é usada para identificar qual parte
dos microrganismos encontrados pode ser de origem humana.