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Disposição Final Dos Resíduos Sólidos

LIXÕES: É uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos municipais, que se caracteriza pela simples
descarga sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.

Características-

 Facilita a proliferação de vetores (moscas, baratas, ratos)


 Não evita a geração de odores indesejáveis
 Não evita a poluição do solo, águas superficiais e subterrâneas pelo lixiviado
 Não há controle dos tipos de resíduos encaminhados ao local
 OBS: geram fumaça, vento e poeira

ATERRO: é uma técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou risco á saúde pública e a
segurança, minimizando os impactos ambientais.

Obs: presença de resíduos tóxicos e rejeitos sem valor econômico

Classificação dos aterros-

1- Forma de disposição: aterros de rejeito, aterro controlado, aterro energético, aterro sanitário.
2- Técnicas de operação: aterros em depressão e aterros superficiais (de trincheira, de rampa e de área).

Aterro de rejeito: Recebe rejeito e materiais inertes de um processo prévio de tratamento.

Aterro controlado: Disposição do lixo bruto no solo com recobrimento diário no término de todo trabalho.

Aterro energético: construído dentro dos princípios do aterro sanitário, porém com modificações que permitam
maior geração de gás e seu aproveitamento como fonte de energia.

Aterro sanitário: É um dos métodos mais utilizado no mundo. Sendo uma técnica de disposição de resíduos sólidos
urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Método
esse que utiliza princípios de engenharia e normas operacionais específicas, que promovem um confinamento seguro
com controle da poluição ambiental e proteção do meio ambiente. Confinam-se os resíduos sólidos a uma menor área
possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada
de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário.

Obs: É comum confundir aterro sanitário com depósitos, lixões.

Vantagens-

 Custo de investimento muito menor que o requerido se comparado às formas de tratamento de resíduos
 Custo de operação muito menor que o requerido pelas instalações de tratamento de resíduos
 Método completo, pois não apresenta rejeitos ou refugos a serem tratados em outras instalações
 Simplicidade operacional
 Flexibilidade operacional, sendo capaz de operar bem mesmo ocorrendo flutuações nas quantidades de
resíduos a serem aterradas.

Medidas técnicas-

1- Base do aterro - Impermeabilização ou selamento


2- Drenagem e escoamento das águas superficiais
3- Sistema de drenagem do chorume
4- Sistema de tratamento do chorume
5- Sistema de drenagem dos gases

1- Base do aterro - Impermeabilização ou selamento


Base do aterro: No momento da escolha da área é importante evitar os locais que apresentem solos
excessivamente permeáveis ou com lençol freático no seu nível máximo muito próximo da superfície. A camada
de solo que servirá de base para o aterro deve ser a mais homogênea e trabalhável possível, isenta de blocos
grandes e matacões, com baixa permeabilidade, como os depósitos de argilas, siltes e suas misturas.

Impermeabilização do solo: Podem ser utilizadas camadas de solos argilosos (1 m) compactados a camada
posterior constituída por um forro de impermeabilização de membranas sintéticas, também conhecidas como
geomembranas (PEAD de alta densidade). O material adotado deverá conferir a estanqueidade, apresentar
resistência mecânica e química, vida útil longa. Atualmente, uso de mantas de polietileno de alta densidade
(PEAD), com espessura variando em torno de 2,0 (dois) milímetros. RESISTE à ação de óleos e solventes, tem
baixa permeabilidade a vapores de água e gás, tem resistência às intempéries e às altas temperaturas.

Vulnerável: rachaduras e a danos causados por cortes e punções por materiais agressivos presentes no
lixo. A movimentação de máquinas e caminhões, necessitando de proteção mecânica, geralmente
constituída por uma camada de solo.
2- Drenagem e escoamento das águas superficiais
Sistema de drenagem de águas pluviais: a presença de água no aterro na fase construtiva pode impossibilitar
totalmente a compactação, a cobertura dos resíduos, impedir o acesso dos veículos que transportam os
resíduos. Sendo que quando encerrados os aterros podem ter a estrutura destruída por erosões.
 Objetivo: coletar águas das chuvas na área de intervenção e situadas à montante do aterro,
desviando para outras drenagens.
 As águas precipitadas nas imediações dos aterros devem ser captadas e desviadas por canaletas
escavadas no terreno original, acompanhando as cotas de forma a conferir uma declividade
conveniente ao dreno.

 A água pluvial não deverá ser misturada aos líquidos percolados do aterro, pois estes necessitarão de
tratamentos mais complexos, antes de ser lançado à drenagem natural, o que não ocorre com a água
pluvial.
 Além disso, poderão seguir diretamente para o corpo receptor, mantendo-se os cuidados para
redução do material em suspensão e evitar erosão no ponto de lançamento.

3- Sistema de drenagem do chorume


Tem por objetivo coletar os líquidos percolados dos resíduos depositados nos aterros. Conduzindo para então
reduzir as pressões destes sobre a massa de lixo e, também minimizando o potencial de migração para o
subsolo. Esse sistema deve impedir que o percolado ataque às estruturas do aterro (camada de
impermeabilização de base, por exemplo).
O líquido percolado de um aterro sanitário compõe-se das seguintes parcelas:
 Água de chuva que incide sobre a massa de resíduo durante o transporte até o aterro
 Água de chuva, que cai sobre o aterro e que transita na célula, passando por todo material
 O chorume
Como é feita a drenagem do chorume-
 Tubos de PVC, de concreto ou barro, que são perfurados
 Drenos cegos de brita n° 1 e n° 2
 Declividade baixa (entre 1% e 2%)
 Canaletas ou valas escavadas de largura aproximada de 60 cm e preenchidas com pedra britada.
Obs: Os drenos de líquidos percolados situam-se na região mais crítica do aterro, isto é, na base do
mesmo.
Todas as drenagens de líquidos percolados devem ser direcionadas para um tanque de acumulação, para
início das operações de tratamento.

4- Sistema de tratamento de chorume


Sistema de tratamento de líquidos percolados
 Percolados de aterro sanitário: O líquido percolado coletado durante o estágio de acidificação do
aterro tem valores muito altos de: DBO (38.000 mg/L); DQO (60.000 mg/L); e carbono orgânico total
(21.000 mg/L).
 Prever um sistema de coleta e tratamento dos líquidos percolados: recirculação e irrigação,
tratamento em lagoas de estabilização, tratamentos químicos, tratamento por filtros biológicos,
tratamento em estações de tratamento de esgotos.

5- Sistema de drenagem dos gases


Sistema de drenagem do biogás: Tem por objetivo drenar os gases provenientes da decomposição da matéria
orgânica, evitando migração através dos meios porosos que constituem o subsolo, podendo se acumular em
redes de esgoto, fossas, poços e sob edificações (internas e externas ao aterro sanitário).
“O gás do aterro”- é uma mistura heterogênea de gases compostos de:
 Metano (CH4), com cerca de 50 a 70% do total
 Dióxido de carbono (CO2), com 20 a 30% do total
 Outros gases, como NH3, H2S, N2, e H2
 É auto-inflamável quando reage com outras substâncias (até mesmo com o oxigênio), podendo
provocar acidentes, colocando em risco a segurança das pessoas envolvidas na operação.
 Quando há uma concentração de 5% do gás metano em ambiente fechado, torna-se necessária a sua
rápida liberação para que não ocorram explosões no local. Logo, é necessária a instalação de um
sistema de drenagem do gás.

EXEMPLIFICANDO A IMAGEM:
1- Ductos captadores de gases
2- Captação de tubo dreno
3- Preenchimento de anel drenante
Obs: A produção de gás inicia-se quase que imediatamente após a deposição do resíduo. Pico de produção
em 10 anos, podendo se estender por um período maior que 40 anos.

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