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FACULDADES DOCTUM DE TEÓFILO OTONI

ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA


SISTEMAS DE ESGOTO

TANQUES SÉPTICOS

VICTOR LUIZ BATISTA AGUIAR


2 Sistema Fossa-Sumidouro

NBR 7229/1993

Projeto, construção e operação de


sistemas de tanques sépticos

Objetivo: Esta norma fixa as condições exigíveis para


projeto, construção e operação de sistemas de tanques
sépticos, incluindo tratamento e disposição de efluentes e
lodo sedimentado. Tem por objetivo preservar a saúde
pública e ambiental, a higiene, o conforto e a segurança
dos habitantes de áreas servidas por estes sistemas.
3 Sistema Fossa-Sumidouro

NBR 13969/1997
Tanques sépticos - Unidades de tratamento
complementar e disposição final dos efluentes
líquidos - Projeto, construção e operação

Esta Norma complementa a parte referente ao tratamento e


disposição dos efluentes de tanques sépticos da NBR
7229:1993, que contemplava transitoriamente este assunto
em seu anexo B, até a edição da presente Norma.
4 Sistema Fossa-Sumidouro

Sistema de tanque séptico: Conjunto de unidades


destinadas ao tratamento e à disposição de esgotos,
mediante utilização de tanque séptico e unidades
complementares de tratamento e/ou disposição final
de efluentes e lodo.
5 Sistema Fossa-Sumidouro

O uso do sistema de tanque séptico somente é indicado para:

a) área desprovida de rede pública coletora de esgoto;


b) alternativa de tratamento de esgoto em áreas providas de
rede coletora local;
c) retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da
utilização de rede coletora com diâmetro e/ou declividade
reduzidos para transporte de efluente livre de sólidos
sedimentáveis
6 Sistema Fossa-Sumidouro
Restrições ao uso do sistema

O sistema em funcionamento deve preservar a qualidade das


águas superficiais e subterrâneas, mediante estrita
observância das restrições desta Norma, relativas à
estanqueidade e distâncias.

É vedado o encaminhamento ao tanque séptico de:

a) águas pluviais;
b) despejos capazes de causar interferência negativa em
qualquer fase do processo de tratamento ou a elevação
excessiva da vazão do esgoto afluente, como os
provenientes de piscinas e de lavagem de reservatórios de
água.
7 Sistema Fossa-Sumidouro
Distâncias mínimas

Os tanques sépticos devem observar as seguintes


distâncias horizontais mínimas:

a) 1,50 m de construções, limites de terreno,


sumidouros, valas de infiltração e ramal predial
de água;
b) 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede
pública de abastecimento de água;
c) 15,0 m de poços freáticos e de corpos de água
de qualquer natureza.
8 Sistema Fossa-Sumidouro
Dimensionamento

O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula:

Onde:

V = volume útil
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos (ver Tabela 1)
T = período de detenção (ver Tabela 2)
K = taxa de acumulação de lodo digerido (ver Tabela 3)
Lf = contribuição de lodo fresco (ver Tabela 1)
Sistema Fossa-Sumidouro
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10 Sistema Fossa-Sumidouro
11 Sistema Fossa-Sumidouro
12 Sistema Fossa-Sumidouro

Geometria dos tanques

Os tanques sépticos podem ser cilíndricos ou


prismáticos retangulares. Os cilíndricos são
empregados em situações onde se pretende
minimizar a área útil em favor da profundidade; os
prismáticos retangulares, nos casos em que sejam
desejáveis maior área horizontal e menor
profundidade.
13 Sistema Fossa-Sumidouro

Medidas internas mínimas

As medidas internas dos tanques devem observar o que segue:

a) profundidade útil: varia entre os valores mínimos e máximos


recomendados.
b) diâmetro interno mínimo: 1,10 m;
c) largura interna mínima: 0,80 m;
d) relação comprimento/largura (para tanques prismáticos
retangulares): mínimo 2:1; máximo 4:1.
14 Sistema Fossa-Sumidouro
15 Sistema Fossa-Sumidouro

Após passar pela fossa, o efluente líquido, isento de


materiais sedimentáveis e flutuantes (retidos na
fossa) deve ser disposto de alguma forma no meio
ambiente.

Entre os processos eficientes e econômicos de


disposição do efluente líquido das fossas estão:

• diluição (corpo d’água receptor)


• sumidouro
• vala de infiltração
• vala de infiltração e filtro de areia
16 Sistema Fossa-Sumidouro

Filtros Anaeróbios

São estações de tratamento primário de esgotos sanitários,


geralmente com forma prismática, seção quadrada ou retangular,
com fundo falso em concreto armado, cheios de pedra britada
graduada, nos quais os efluentes procedentes das fossas
sépticas são distribuídos de maneira a sofrerem maior oxidação
e, consequentemente, maior ação bacteriana.

Sumidouros

São poços de forma prismática ou cilíndrica, destinados a receber


os efluentes das fossas sépticas e a permitir a sua infiltração
subterrânea.
17 Sistema Fossa-Sumidouro
18 Sistema Fossa-Sumidouro
19 Sistema Fossa-Sumidouro

Filtros Anaeróbios - Dimensionamento

O volume útil dos Filtros Anaeróbios pode ser obtido pela


expressão:

onde
N = número de contribuintes
C = contribuição de despejos em litros/pessoa dia (Tabela 01)
T = período de detenção em dias (Tabela 02)
20 Sistema Fossa-Sumidouro

Sumidouro- Dimensionamento

A área de infiltração pode ser obtida pela expressão :

onde
V = volume de contribuição diário
N = número de contribuintes
C = contribuição unitária de esgotos, conforme Tabela 01.
Ci = coeficiente de infiltração do terreno.
21 Sistema Fossa-Sumidouro

Estabelecimento do Coeficiente de Infiltração do Terreno ( Ci )

• Deverão ser escolhidos seis pontos nas proximidades do local


onde será disposto o efluente da fossa séptica.

• Será aberta uma vala cujo fundo deverá coincidir com o plano
útil de absorção.

• Serão abertos buracos de seção quadrada de 30 cm de lado e


30 cm de profundidade; o fundo e os lados do buraco serão
escarificados, de modo a tornar as superfícies ásperas; o
material solto do fundo será retirado e o espaço preenchido com
5,0 cm de brita 01 limpa;
22 Sistema Fossa-Sumidouro

Estabelecimento do Coeficiente de Infiltração do Terreno ( Ci )

• Em seguida, os buracos serão mantido cheio com água,


adicionando-se mais água, à medida que ela for se infiltrando no
terreno. O processo será repetido até que o abaixamento do
nível se torne o mais lento possível;

• Os buracos serão novamente cheios com água;

• Quando a água estiver a meia profundidade, será medido, em


cada buraco, com um relógio e uma escala graduada, o tempo
gasto, em minutos, para um abaixamento de 1cm. Este tempo é,
por definição, o tempo de infiltração ou de percolação.
23 Sistema Fossa-Sumidouro

Estabelecimento do Coeficiente de Infiltração do Terreno ( Ci )

• De posse do tempo, será determinado o Coeficiente de


Infiltração através da expressão:
24 Sistema Fossa-Sumidouro
Coeficiente de infiltração
Faixa Constituição provável dos solos
(L/m2 x dia)
Rochas, argilas compactas de cor branca
cinza ou preta, variando a rochas alteradas e
1 Menor que 20
argilas medianamente compactas de cor
avermelhada
Argilas de cor amarela, vermelha ou marrom
2 medianamente compacta, variando a argilas 20 a 40
pouco siltosas e/ou arenosas
Argilas arenosas e/ou siltosas, variando a
3 areia argilosa ou silte argiloso de cor amarela, 40 a 60
vermelha ou marrom
Areia ou silte argiloso, ou solo arenoso com
4 húmes e turfas, variando a solos constituídos 60 a 90
predominantemente de areias e siltes
Areia bem selecionada e limpa, variando a
5 Maior que 90
areia grossa com cascalhos
25 Trabalho – Dimensionamento
tanques sépticos

Grupo 1 – residência de 4 pessoas – Tanques retangulares


Grupo 2 – residência de 8 pessoas – Tanques retangulares
Grupo 3 – residência de 12 pessoas – Tanques retangulares
Grupo 4 – residência de 4 pessoas – Tanques cilíndricos
Grupo 5 – residência de 8 pessoas – Tanques cilíndricos

Obs:
Todos os grupos deverão utilizar o Coeficiente de Infiltração: 50 L/m2 x dia
Considerar uma residência de Padrão médio
Intervalo entre limpezas: 1 ano

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