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27/03/2023
Introdução
Não quero que o material dure nem excessivamente nem muito pouco!
Fatores que devem ser considerados na seleção de materiais:
Material
Operação
Manutenção preditiva
Ambiente corrosivo
Projeto
Vida de projeto
Seleção de Materiais 1
Disponibilidade (às vezes um equipamento que remove umidade, tipo peneira
molecular e TEG, pode parar, por exemplo, 6 horas por ano, nesse período não vou
remover condensado e pode corroer. Posso me dar ao luxo de deixar minha
tubulação com corrosão durante 6 horas?)
“Aço carbono é o melhor amigo do homem” → é muito disponível, pau pra toda obra.
Aços corten e mariloy → aços patináveis, menor taxa de corrosão que o aço carbono,
mas têm baixa disponibilidade no mercado.
Seleção de Materiais 2
de falhas (presença de O2, CO2 tem alta (presença de O2, CO2 tem baixa
probabilidade de falha) probabilidade de falha)
CO2
H2S
H2O
O2
pH
C5+
Cloreto
Cloro
NOx, SOx
Hg
S8 (enxofre elementar)
BTEX (aromáticos)
Início da produção
Final da produção
Máximo de gás
Máximo de água
Seleção de Materiais 3
Usa-se o Pegasus para simular uma curva de produção e diferentes cenários. Existem
os cenários mais otimistas e mais pessimistas.
Variáveis operacionais:
Fatores relevantes:
Elevada espessura
Peso
Custo
Disponibilidade
Ex.: o aço 516 gr. 70 pode operar a até -45 graus com até 50 mm de espessura. Acima
disso ele resiste a até -29 graus.
Seleção de Materiais 4
bifásico (líquido ou gás carregando sólidos) deve-se controlar o nível de dureza
para evitar que os sólidos erodam a superfície do material.
Corrosão pelo O2, esse gás é problemático porque pode permear ligações
flangeadas e causar corrosão por aeração diferencial.
Corrosão galvânica: pode ocorrer não apenas internamente, mas também pode
ocorrer externamente. Ex.: casco em aço carbono e cabeçote em superduplex (o
óleo não tratado enxergava apenas o superduplex). Devo considerar risco de
corrosão galvânica? Devo considerar o efeito da chuva? Ou afeta muito pouco?
Não há uma única resposta certa! Devo considerar sobretudo a experiência.
Seleção de Materiais 5
Análise de sensibilidade para injeção de inibidor de corrosão; sistema a montante
da desidratação, sistema a montante da remoção dos contaminantes. Ex.: P-58, lá
houve muito problema na unidade de TEG, a qual tinha baixa eficácia, removia
apenas 80% da água, isso custou 10% da espessura de corrosão da tubulação nos
primeiros 10 meses.
NaOH
Ácido oxálico
Ácido sulfâmico
Foi usado um aquecedor externo com água quente pra manter a solução quente,
bomba pra injetar no trocador e filtros para remover contaminantes. Foi verificado que
nem mesmo titânio ou inconel seriam capazes de aguentar o material. Só zircônio
aguentaria. A solução foi a escolher um material diferente para cada fluido e condição
operacional diferente.
ISO 21457 (mais importante na área de topside, E&P, é a mais usada pela
Petrobras).
NORSOK M-001 (traz uma visão mais voltada para o Mar do Norte).
ISO 15156
Seleção de Materiais 6
Na ISO 21457 existem tabelas que consideram quais mecanismos de corrosão estão
presentes em cada tipo de material (aço carbono, CRA etc). Deve-se considerar tb o
pH, pois em uma planta multifásica pode haver condensação de água que, por ser
destilada, não têm íons como o sulfato que causam efeito tampão na água, daí essa
água destilada varia de pH muito rapidamente com contaminação de ácidos. Há uma
lista de itens que devem ser considerados na seleção de materiais, como mudança de
teor de H2S, metodologia de cálculo de pH, se há mercúrio ou não, se será
considerado O2 em água, limitações de uso em aço inox, proteção catódica em duplex,
limitações de propriedades de temperatura para não metálicos, quais os requisitos para
proteção catódica. CO2 e H2S também envolvem uma análise da fugacidade, que deve
ser levada em conta na determinação da possibilidade de haver corrosão. Obs.: a
fugacidade é uma pressão efetiva que traduz o desvio do gás real relativamente ao gás
ideal; no gás ideal as forças intermoleculares são inexistentes e a fugacidade é igual à
pressão. Lembrar que em tubos de troca térmica o material das serpentinas estará
numa temperatura intermediária entre o fluido interno e externo. Se houver
depósito/incrustações pode haver um mecanismo de corrosão por depósito.
Na ISO 21457 tb tem uma tabela que permite selecionar materiais para água do mar
clorada. Ligas cobre-níquel, tipicamente acima da velocidade de 2,5-3 m/s passam a
sofrer erosão ou corrosão-erosão. Essa tabela mostra uma temperatura máxima em
que cada material pode operar. Lembrando que o cloro aumenta o potencial de
oxidação na corrosão por cloreto. Tb há uma tabela de seleção para temperatura
máxima de operação quando o equipamento está submetido a SSC. Água produzida
tem um teor de cloreto muito maior, mas um baixo teor de O2. Mas conforme a água
vai subindo no riser vai acumulando O2 nela. A tendência é igualar a temperatura
máxima de operação para corrosão atmosférica e corrosão desaerada por cloreto. E
quanto à temperatura mínima? Devo usar ensaio charpy? Há tabelas na ISO 21457
que indicam as temperaturas mínimas de operação e se há requisito de charpy ou não.
Essa ISO tb determina que deve haver qualificação da fabricação. A parte de soldagem
é especialmente complicada em alumínio, por problemas de corrosão galvânica, deve
haver qualificação. Aplicação de revestimento, materiais cladeados, soldagem de
duplex tb requerem qualificação da mão-de-obra.
Seleção de Materiais 7
API 581: norma de inspeção baseada em risco. Norma para seleção de materiais
baseada em probabilidade de falha haja vista um certo mecanismo de dano. Essa
norma vem sendo mto usada em unidades de amina, lugares onde ocorre corrosão
cáustica ou onde pode haver CST por cloreto. Aí é importante ver o teor de cloreto em
ppm e pH. Embaixo das tabelas da API RP 581, há notas que determinam que deve
ser reduzida ou aumentada uma categoria de susceptibilidade de acordo com o teor de
Cl- em ppm.
ISO 15156: norma usada para serviços ácidos. Tem as partes 1, 2 e 3. Sua Tabela 1 diz
a lista de aplicações dessa norma, pois há certos equipamentos nos quais a ISO 15156
se aplica, em outros não. Em águas com baixo teor/baixa pressão parcial de H2S, por
exemplo, há uma aplicação limitada dessa ISO. Parte 1: faz uma revisão geral de como
a ISO funciona e como o material deve ser qualificado pela ISO. Há 2 maneiras de
qualificar: i) pela experiência, histórico etc. ii) testes laboratoriais, em autoclave, com
H2S em condições específicas para acelerar o processo corrosivo (o teste pode durar 1
mês). Aços níquel (Aço 3-Ni ou aço 9-Ni) podem requerer testes de lab, pq esses aços
não estão listados na ISO. Essa norma não se aplica em aços com Ni > 1%. Parte 2:
mostra os requisitos para o aço carbono. Aqui utiliza-se a pressão parcial ou
fugacidade do H2S para ver se um aço atende os critérios de operação em SSC por
Seleção de Materiais 8
H2S. Gráficos de qualificação: se cair na região 1 ou 2, não é mandatório fazer ensaio
de laboratório, mas na região 3 é obrigatório.
Seleção de Materiais 9
causa do comportamento diferenciado do fluido, é mais difícil do que a análise de um
tanque ou outro equipamento estático.
IOGP JIP-33: Traz indicação de materiais mais usados em tubings.
IOGP S-563: tem fichas de materiais e seus requisitos específicos. Fala dos ENDs
necessários na fabricação de cada tipo de material.
N-1706: requisitos adicionais de serviço ácido com H2S no refino. O serviço pode
ser classificado como tóxico ou não (requisito de segurança). Leva em conta teor
de H2S, presença de água líquida, teor de cianeto, requisitos de serviço sour e
HIC.
N-76: requisitos para tubulações. Mostra que, de acordo com o serviço, um material
diferente deve ser escolhido, e tb leva em conta a temperatura e mostra a taxa de
corrosão admissível. O Portal CODTUB permite encontrar tudo isso!
28/03/2023
Seleção de Materiais 10
Seleção de Materiais - Estimativa de Corrosão pelo
CO2 em aços Baixa Liga
No pré-sal há teores de CO2 mto elevados, por isso podem ser colocados materiais
CRA, como duplex e superduplex no processamento primário. A jusante do
processamento primário e da remoção de condensado (água), há menor risco de
corrosão e aí pode-se usar aço carbono.
Mtos equipamentos e materiais são antigos e são basicamente aço carbono, pois
naquela época extraí-se preponderantemente petróleo do pós-sal, com menor
corrosividade. É necessário fazer uma análise de adequação ao uso, muitas vezes.
Petrocorr = programa que estima taxa de corrosão.
Corrosão externa - é mais relevante em sistemas subsea.
Qto mais nobre um material (ex.: liga de Ni, liga de asteloy, liga de Ti etc.) maior o seu
custo. Quando o projeto está no início, recebe-se uma consideração bastante
conservadora, com nível de contaminantes no fluido, mas a medida em que tem-se
novas informações sobre o fluido e descobre-se que ele não é tão nocivo, pode-se
fazer um downgrade na metalurgia. Devemos focar quando é possível usar aço
carbono e aço baixa liga, por serem mais baratos. O aço carbono deve ter uma
sobrespessura de corrosão projetada. A desvantagem de uma alta espessura de
corrosão é que aumenta o peso.
CO2
H2S → normalmente o aço carbono aguenta mais H2S que o CRA. Inclusive para o
aço carbono ou baixa liga, é benéfico ter um pouquinho de H2S pra formar uma
camada de produto de corrosão (sulfeto) para evitar corrosão adicional pelo CO2.
Seleção de Materiais 11
Requer bissulfito de sódio pra ser removido.
Esses contaminantes capturam elétrons do metal (ferro zero), formando ferro oxidado e
contaminante reduzido. A presença de água é fundamental para haver corrosão, pois é
um bom eletrólito. Pode ocorrer de o teor de contaminantes não mudar, mas como o
teor de água vai aumentando (aumenta o BSW) ao longo da vida de produção do poço
(pq a quantidade de água produzia - injetada + água do reservatório, aumenta), vai
aumentando a corrosividade do meio.
Gráfico: ordem de taxa de corrosão → O2 > CO2 > H2S. Só um pouquinho de O2 (1-8
ppm) pode causar uma taxa mto alta. Já o CO2 requer valores mto maiores pra corroer
a taxas apreciáveis, 100x maiores em torno de 100 a 800 ppm).
Quando o CO2 está em água, ele acidifica o meio, formando ácido carbônico. Os íons
H+ capturam elétrons do ferro e aí gera produto de corrosão. O processo corrosivo
aumenta com o aumento da temperatura, isso é levado em conta no PETROCORR.
A corrosão por CO2 tende a ser alveolar e os alvéolos tendem a se interconectar
conforme o processo corrosivo continua e aí chega uma hora que a tubulação fura. A
corrosão por CO2 não pode ser considerada uniforme.
Gráfico: conforme passa o tempo, a taxa da corrosão em propagação da penetração
diminui, ao passo que a propagação lateral aumenta - trata-se da interligação dos
alvéolos.
Fatores que influenciam a corrosão pelo CO2:
Temperatura
pH
Características do material
Seleção de Materiais 12
Padrão de escoamento e velocidade de escoamento. Qnto maior a velocidade,
maior a perda de espessura no escoamento.
Teor de ácido acético (Na vdd trata-se de teor de ACETATO TOTAL, pois o ácido
acético se dissocia e forma sal de acetato) → é danoso para o material, aumenta a
taxa de corrosão.
Seleção de Materiais 13
pCO2 = pressão total x fração molar de CO2. Quanto maior o pCO2, maior a
solubilização do CO2 em água, aumentando a taxa de corrosão.
Efeito do pH: tem muita relação com o pCO2. Qnto maior o pCO2, menor o pH e aí
sobe a taxa de corrosão. Quando se aumenta o pH (pH >5), pode-se formar carbonato
de ferro protetor, que reduz a taxa de corrosão.
Efeito protetor do óleo: há óleos que, para um mesmo teor de água, protegem mais ou
menos o tubo.
Composição química do eletrólito (água): tb influencia na taxa de corrosão. Existem
águas que, a depender do nível de sais dissolvidos nela, pode ser um eletrólito mais
forte ou mais fraco. Existem íons que conseguem inclusive aumentar a resistência da
solução a mudança de pH.
EXEMPLOS PRÁTICOS
NORSOK: SOFTWARE norueguês para estimar taxa de corrosão. A taxa de corrosão
por cupom de corrosão foi menor que a estimada por simulação, ainda que na mesma
ordem de grandeza. A divergência ocorreu pq assumiu-se que o gás estava úmido
(simulação) quando não estava (real).
Alguns dutos são não pigáveis.
O programa PETROCOR deve ser um pouco mais conservador que o real em termos
de taxa de corrosão para garantir que o tubo não irá furar e não haverá vazamento de
petróleo no oceano.
quando é alta,
quando é baixo, aumenta taxa de corrosão, pq aí tem
Teor de O2 aumenta a taxa de
menos passivação
corrosão
Velocidade de quando é baixa, aumenta a taxa de corrosão (pq aí tem quando é alta,
Seleção de Materiais 14
fluxo estagnação, pode concentrar um sal que pode formar aumenta a taxa de
pite) corrosão
quando é alta,
Temperatura quando é alta, aumenta a taxa
aumenta a taxa
O íon Cl- aumenta a condutividade da água e forma pite, propiciando a corrosão por
O2. A composição salina tb influencia na taxa de corrosão por O2! Muitas vezes, qndo
o teor de salinidade é extremamente alto, não adianta colocar inibidor de corrosão, pq
vai corroer o aço carbono ou a camada de passivação de qualquer jeito. Quando o teor
de cloreto é altíssimo é melhor colocar bissulfito de sódio pra remover o O2. Já quando
é baixo (ex.: utilidades), pode-se acrescentar inibidor.
A energia livre de Gibbs padrão muda de acordo com o tipo de reação de oxi-redução.
Se o delta G < 0, a reação é espontânea. O delta G pode ser variado com proteção
catódica (impressão de corrente, uso de metal de sacrifício), deslocando o valor
negativo para positivo, deixando a reação não espontânea.
Diagrama de Pourbaix: pode ser usado para verificar em qual região há corrosão,
imunidade ou passividade. A região da passivação aumenta com um pouco de H2S,
por conta do sulfeto de ferro que protege o aço de corrosão adicional.
Quando um metal tende a corroer preferencialmente em relação ao aço, pode-se usá-lo
como metal de sacrifício.
Metais de sacrifício: metais com potencial de oxidação maior que o ferro : Al, Zn e Mg e
suas ligas (formam anodos em relação ao aço). Esses anodos de sacrifício na proteção
catódica devem ser projetados para que, em toda a vida de projeto, não sejam perdida
massa superior à massa total dos anodos.
Proteção catódica por proteção (o metal se torna cátodo): o metal a ser protegido vai
pra região de imunidade graças à corrente de retificação. É mais usado em sistemas
terrestres, em sistemas subsea é mais comum usar o anodo de sacrifício.
Injeção de produtos químicos para inibir corrosão: embora inibam a corrosão, eles
podem atrapalhar o processo, estabilizando a emulsão água-óleo (fica mais difícil de
separar no separador), formando espuma ou borras ou reduzindo a estabilidade
térmica. O inibidor deve ser compatível com o processo, com passagem de PIG etc.
Deve-se avaliar se o produto químico fica mais na fase aquosa ou oleosa. Deve-se
levar em conta que o filme/película que se liga ao aço protegendo-o da corrosão pode
ser mais ou menos protetor/persistente. Há uma concentração ótima para o inibidor.
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Inibidores catódicos: atuam na área catódica, inibindo a reação catódica.
Fornecem íons metálicos que são insolúveis. Ex.: sais de Zn, Mg e Ni.
Seleção de Materiais 16
Estimativa de Taxa de Corrosão - modelos
NORSOK-M506 → baseado em norma norueguesa.
HYDROCOR → software da Shell, deixou de ser comercializado, feito em excel e
passou a dar problemas nas atualizações do office.
Waard-Milliams - década de 70 - primeiro modelo de corrosão por CO2
Site do simulador da Petrobras → http://petrocorr.cenpes.petrobras.com.br/Petrocor/
O ponto onde a reta de ligação cruzar a linha da taxa de corrosão, é o valor da taxa
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Se, além da linha vertical da taxa, a reta de ligação cruzar tb a reta vertical do fator
de scaling, multiplica-se a taxa pelo fator de scale. Ex.: Taxa1 = 10 mm/ano e fator
de scaling = 0,7. Taxa2 = 7 mm/ano.
Seleção de Materiais 18
multiplica-se o valor calculado da taxa pelo fator de molhabilidade. Ex.: a taxa é 3
mm/ano e o fator é 0,08 → 3 x 0,08 = 0,24 mm/ano. OBS.: lembrar que deve-se usar,
preferencialmente, o valor de watercut (% de água) em vez do valor de BSW (o qual,
além de indicar o teor de água, tem tb o teor de sedimentos).
A taxa de corrosão obtida por simulação pode ser segmentada em diferentes períodos
de tempo de acordo com os dados operacionais históricos e variações de condições
operacionais. Mas e quando não há informações suficientes de monitoração? Digamos,
por exemplo, que só há dados de monitoração dos últimos 5 anos, e antes disso não
eram acompanhadas as variáveis de projeto. Nesse caso, faz-se uma média dos
valores de taxa desse período e faz-se uma extrapolação fazendo-se uma análise
bastante conservadora.
Seleção de Materiais 19
Problemas ambientais: ao longo do tempo, a plataforma reinjeta água do mar e reinjeta
água produzida, aí se obtêm 2 valores diferentes de taxa de corrosão, uma para água
do mar e outra para água produzida.
A taxa de corrosão varia ao longo do comprimento do duto em sistemas subsea, pois
regiões de maior profundidade têm maior exposição à corrosão externa por água do
mar. Qual valor de taxa é considerado para estimar a vida remanescente? R.: o ponto
de maior taxa, de modo que a análise seja a mais conservadora possível. Aí estima-se
a vida remanescente dividindo-se a espessura remanescente pela taxa:
tremanescente
T empo =
taxa
Inibidores de hidrato: ajudam a reduzir a taxa de corrosão. Isso foi verificado tanto
experimentalmente quanto por simulação.
Teste de deslocamento de cobre: avalia-se a eficácia do inibidor de corrosão. Como é
feito? R.: coloca-se um cupom de corrosão com inibidor numa solução de cobre. Caso
o inibidor seja protetor, o cupom não deverá ter qualquer ponto vermelho/cobreado em
sua superfície, pois o inibidor formará uma película que impede a adsorção de cobre
em sua superfície.
Seleção de Materiais 20
ESTUDO DE CASO: verificou-se maior proteção na geratriz inferior do duto, mas a
geratriz superior não era protegida. Isso porque o inibidor era muito denso e se
acumulava na parte inferior do duto. Para corrigir isso, foi usado um inibidor de
corrosão com maior teor de volátil.
29/03/2023
Seleção de Materiais 21
duplex por superproteção catódica. Uma corrente de 1000 mV é ideal para proteger o
aço carbono, mas para o duplex é demais, vai haver sobrepotencial!
Sistemas de separação primária: separador atmosférico (à pressão atmosférica),
gravitacional (na vdd todos são gravitacionais). Há demisters nos separadores para
reterem a água do gás. Depois do separador trifásico, há degaseificador (separa gás
da emulsão) e dps ocorre a separação entre água e óleo pelos trocadores
eletrostáticos. Ao final, temos um separador atmosférico que separa o óleo do gás.
Tanto o degaseificador quanto o separador atmosférico direcionam o efluente gasoso
para a unidade de recuperação de vapor (URV). O separador eletrostático recebe água
de diluição para coalescimento das gotículas de água e assim facilitar a separação. Em
qualquer tanque estrutural, deve-se trabalhar abaixo de 80 graus, pq acima disso vai
haver tensões térmicas e redução do limite de escoamento.
Outra configuração: tratamento de óleo em 2 estágios sem separador atmosférico. Mais
usado em plataformas novas.
SSDS = superduplex.
AC+625 = Aço carbono + inconel-5
PBAC = P80, P82, P83
Biocida → ajuda a matar bactérias redutoras de sulfato → causam incrustação e
produzem H2S.
Sistemas de Gás
Sistema de compressão úmido: objetiva aumentar a pressão dos sistemas de gás.
Existe a compressão principal (opera com gás) e a recuperação de vapor
(gás/condensado). O gás chega da separação gravitacional, vai para o vaso que
remove qualquer arraste de líquido; depois vai para um vaso de resfriamento onde sai
condensado; depois passa por um compressor (1 ou mais) para aumentar a pressão e,
devido ao aumento de pressão, diminui a temperatura e depois passa por outro
trocador para corrigir a temperatura. Fatores problemáticos: carreamento de água livre
(água produzida) e presença de cloreto.
Seleção de Materiais 22
VRU (msm coisa que URV, vapor recovery unit) = pega o líquido do TO e VTO
O compressor já teve problemas com corrosão por frestas, devido ao alto teor de
cloreto.
No VRU há tb uma alta concentração de H2S (em ppm, apesar de a pH2S ser baixa),
por causa das separações nos TOs e VTOs. Tb há uma alta concentração de BTEX, o
que causa preocupação caso haja materiais não metálicos. O superduplex tem a
preocupação com formação de fase sigma, especialmente os forjados, fundidos etc.
enfim, todos os duplex que passaram por algum processo a quente. Costuma-se fazer
weld overlay nos tubos do VRU.
E qual a preocupação com o 316? Corrosão por frestas e CST. Além disso, o aço 316
tem resistência inferior ao do aço carbono, o q leva a maiores espessuras e maior
peso! Dual certificate = resistência mecânica do 316 e composição do 316L, além de
ter alta rastreabilidade.
Desidratação
Qual o objetivo de remover água? Reduzir a corrosividade e evitar formação de
hidratos, que podem plugear a linha. Não pode bloquear a linha de jeito nenhum, daí
injeto glicol q inibe formação de hidrato, além de servir como inibidor de corrosão. A
jusante da desidratação pode ser usado aço carbono sem problema. Para
Seleção de Materiais 23
desidratação, pode-se usar TEG (trietileno glicol), que reduz água a até 40 ppm, mas
com peneira molecular chega-se a 1 ppm!
O gás úmido entra na parte de baixo da torre adsorvedora, entrando em contra corrente
em relação ao TEG. O gás seco sai por cima da torre. Ou seja, a água é adsorvida pelo
TEG (TEG rico), q depois é regenerado. A unidade de regeneração de TEG é a mais
crítica e visa à formação de TEG pobre. É crítica pq controla o teor de água em ppm na
saída do gás seco. A unidade de regeneração passa por um vaso flash, filtros, reboiler,
trocadores e de calor. Além da água, o TEG adsorve um pouco de H2S e outros
contaminantes tb.
Na unidade de regeneração, o TEG vai estar a alta temperatura, o que requer materiais
mais resistentes a altas temperaturas. 2 Parâmetros críticos na unidade de TEG:
quanto % do tempo essa unidade ficará parada, e qnto de água ela remove.
Após a unidade de desidratação é feita monitoração com cupons e ERs pra avaliar a
eficácia dessa unidade.
Unidade de peneira molecular: única unidade onde usa-se refratário. Zeólitas adsorvem
a água e aí o efluente passa por um filtro. A zeólita se comporta como um leito
fluidizado e pode ter problemas com erosão. A zeólita opera a temperatura ambiente.
No entanto, para regenerar a zeólita, aquece-se o gás seco (já desidratado) e este é
Seleção de Materiais 24
passado pela torre das zeólitas. Há um ciclo nos 3 reatores que alternam entre si sua
operação: 16 horas operando e 8 horas regenerando → pode ter fadiga térmica!
Seleção de Materiais 25
Após a válvula JT, a temperatura abaixa a ~0 grau, o que requer aço carbono para
serviço para baixas temperaturas.
Seleção de Materiais 26
Remoção de CO2: usam-se membranas. A membrana é feita de material não metálico,
normalmente acetato de celulose. Por conta da permeação, perde-se pressão do gás, o
que requer passar pelo compressor de novo. A membrana precisa ser trocada
periodicamente.
Porém, o permeado sai com mta água (acima de 500 ppm) e aí pode formar hidratos
no sistema de injeção de CO2.
Remoção de H2S
H2S pode ser removido por:
Leito fixo
Membranas
O gás entra numa torre adsorvedora em contra corrente com a amina. Essa amina fica
rica em H2S (altamente corrosiva) e precisa ter o H2S removido ao ser lavada com
água. Dps volta a ser amina pobre.
Seleção de Materiais 27
Leito fixo: adsorve o H2S. Tem a desvantagem de não ser regenerável, precisa trocar.
Outro problema da amina: ela adsorve não apenas H2S, mas tb CO2, o qual compete
com a amina pelos sítios de adsorção. A amina deve ou ser usada em plataformas com
baixo teor de CO2 ou a jusante da remoção de CO2. Mais um problema da amina:
pode causar CST.
Há relatos de aminas causarem taxas de corrosão apreciáveis até mesmo em aço 316.
Nesse caso, até mesmo aços inox precisam estimar uma sobrespessura de corrosão.
Há limites de velocidade para o aço carbono em que a corrente de aminas deve escoar.
Sistema de Compressão/Injeção
Compressão seca: tem um trocador de calor (comum ou PCHE → trocador de calor em
circuito impresso) e vaso de separação. Quais materiais usar nessa unidade? R.: aço
carbono, aço baixa liga (3,5-Ni) ou até mesmo superduplex caso a pressão seja mto
alta ou até mesmo inconel (para temperaturas mto baixas). Para fazer o trocador de
calor com circuito impresso, usa-se ou duplex ou Core 316.
E os aços Ni? Em mtos lugares diz que não pode usar aço níquel em serviço ácido. O
aço Ni foi desenvolvido pra plantas com 5 ppm de H2S e alto teor de CO2 e serviço
Seleção de Materiais 28
criogênico (até -200 graus), mas sem expectativa de serviço ácido. O 9-Ni não aguenta
a corrosão acima de 200 ppm. Só dá pra usar aço-Ni se tiver clad!
Sistema de Despressurização: deve ser feita uma avaliação de risco de formação de
CO2 sólido.
Aço carbono LT = aço carbono baixa temperatura (low temperature). É um aço carbono
microligado ao Ni.
Contaminação com O2
Alta salinidade
Seleção de Materiais 29
Sistema de Captação de Água do Mar
Esse sistema pega água do mar para servir de fluido de resfriamento no circuito
fechada de água e tb para injeção dessa água no reservatório. A água em Búzios pode
chegar a 30 graus! Isso ocorre por causa das correntes marítimas. Para esfriar em um
trocador uma corrente a 50 graus para 40 é preciso mta água! Essa água é retirada de
uma profundidade de ~10 metros. Como a temperatura da água é função da
profundidade, está sendo pensado um tubulão que puxa água a 300 metros de
profundidade, onde a água está a ~5 graus.
O que a água traz de problemas?
Salinidade
Temperatura da água
Teor de O2
Bactérias
Sulfatos
Seleção de Materiais 30
Quais materiais devo usar pra água do mar:
Superduplex (já deu problema por corrosão em solda por baixa de soldagem, e
corrosão por frestas nos flanges)
Qual solução pode ser dada? R.: TALVEZ usar superduplex com anodo de sacrifício.
Mas não há resposta certa, pq até hj não se conhece material q resista a essas
condições de maneira satisfatória. O ideal é ter cuidado com a fabricação das
tubulações, a soldagem e a operação delas.
O sistema de captação tem as seguintes partes:
Tubulão
Filtragem
Injeção de hipoclorito
Nos projetos mais novos, usam-se filtros para remoção de peixes, filtros para sólidos
de 50 microns, membrana, sistema de remoção de sulfato (evita incrustação e
bactérias) - q usa membranas para remover o íon sulfato - desaeradora pra remover
O2 (com sequestrante de oxigênio) e bombas injetoras. Essas membranas q retiram o
sulfato não podem receber cloro, pq aí degrada a membrana. O PVC é uma boa
alternativa para usar nesse sistema, pq o PVC não é afetado por um dos produtos
químicos que são usados como biocida.
Seleção de Materiais 31
Composto por anel de incêndio, sistema de dilúvio e sistema de combate com CO2. Os
materiais mais utilizados são:
CuNi
Aço galvanizado
FRP
sistema de aquecimento
Posso ter, nesse sistema, corrosão por depósito, galvânica, por cloretos. Biológica não!
Seleção de Materiais 32
Pode haver condensação ácida no recuperador de calor, a depender da temperatura da
água.
O q se controla nesse sistema? R.: pH básico, teor de cloreto baixo, teor de nitrito
(inibidor de corrosão) baixo e teor de ferro baixo.
Num meio com nitrito e cloreto, e sulfato pode haver passivação, pite ou corrosão
uniforme. Caso [NO-] >> [Cl-] & [SO4--], haverá passivação. Caso contrário, ou seja,
[Cl-] & [SO4--] >> [NO-], haverá corrosão uniforme. Para valores de [NO-] ~ [Cl-] &
[SO4--], há corrosão por pites.
Seleção de Materiais 33
Falha por contaminação cruzada: Ocorre qndo há mistura entre água de resfriamento e
água do mar, aumentando corrosão. Pode ocorrer devido à furos no trocador de calor
por onde passam as 2 águas.
Seleção de Materiais 34
ventes, ultimamente tem-se usado gás de queima de combustível que, ao subir de
nível, esse gás vai pro topside e, caso o nível de tanque caia (por causa do offloading),
repõe-se o volume de gás expulso. O gás de queima tem 2% de O2, o que pode
contaminar o sistema de topside, por isso para resolver tal problema, o gás O2 foi
colocado no VRU, pra contaminar todo o sistema de gás com O2. Isso n ocorre o
tempo inteiro, apenas eventualmente. Mas aí gera-se outro problama, pq o H2S vai se
combinar com o O2, formando enxofre elementar, o qual é altamente corrosivo, mto
mais do que o H2S e o O2 separadamente!
O O2, junto com o cloreto, pode causar corrosão sob tensão. No entanto, como isso é
eventual, nem sempre é necessário selecionar/trocar o material por um mais resistente
à corrosão. Pode-se recorrer a liga de níquel para que o equipamento consiga resistir
ao enxofre elementar.
Sistemas de Drenagem
É importante drenar o topside para evitar empoçamentos.
Drenagem fechada
Seleção de Materiais 35
Drenagem aberta: leva a água para os tanques de slope.
Qual material usar no sistema de drenagem? Depende do tipo de água que está sendo
drenada. Posso usar PVC? Dependendo do caso dá. Normalmente usa-se aço carbono
de 3.2 mm para esse sistema. Pode-se inclusive aço carbono revestido na região do
riser balcony, pq lá bate mto respingo da água do mar.
30/03/2023
Seleção de Materiais para Equipamentos Submarinos
Requisitos necessários para Materiais Metálicos
REVIT
Seleção de Materiais 36
Propriedades mecânicas
Erosão: pode ser causada por areia (pós-sal) ou por carbonatos (pré-sal)
AA Serviço geral
BB Serviço geral
CC Serviço geral
DD Serviço sour
EE Serviço sour
FF Serviço sour
Quais os contaminantes mais críticos da água do mar injetada? R.: Sulfato (pra evitar
incrustação) e O2 (< 10 ppb). Cloreto normalmente não é crítico na água do mar, a
Seleção de Materiais 37
menos que esteja junto com O2.
Gás seco → Gás que não condensa. Definindo em termos técnicos: é o gás que está a
pelo menos 10 graus acima da sua temperatura de ponto de orvalho.
Riser deve ser rígido ou flexível? Atualmente flexível tem grandes problemas com
corrosão por CO2, mas tem a vantagem de ser reutilizável e poder ser realocado.
Aço carbono pode ser usado em dutos de injeção de gás, contanto que seja seco.
A Petrobras não utiliza inox martensítico ou super duplex em duto rígido (por conta do
risco de fragilização por hidrogênio)
Dutos flexíveis → antigamente usavam-se dutos de 304L e 316L para as carcaças. Hj
em dia n se usam mais essas ligas austeníticas pq têm baixa resistência mecânica,
especialmente agora que se tem trabalho a maiores profundidades de água. Outros
materiais usados - atualmente - em carcaça de flexível: duplex, superduplex,
superaustenítico 6Mo
Undermatch → solda com limite de escoamento menor que o do metal de base. Aços
13Cr, duplex e superduplex são mais susceptíveis à fragilização por H.
A liga 625 é extremamente resistente à corrosão, mas mto cara. Pretende-se trocá-la
por 6Mo ou liga 825, que têm custo e resistência à corrosão intermediários entre 625 e
316.
Clad metalúrgico → a chapa é fabricada, laminada e soldada.
MLP → mechanically lined pipe → oriundo da inserção de um tubo CRA em um tubo de
aço carbono-manganês. Normalmente é seamless (sem solda longitudinal).
Seleção de Materiais 38
Dutos flexíveis - armaduras de pressão e tração → normalmente se usa aço carbono
perlítico (eutetoide). Como nesse caso há uma relação muito grande de volume de
metal em relação à área de passagem de fluido, há pouco problema com corrosão.
Teoria de consumo do H2S: o enxofre reage com os íons ferro formados da corrosão
da armadura e aí o sulfeto reage com o ferro, em vez de reagir com o aço.
Duto Flexível
Vantagens Desvantagens
Seleção de Materiais 39
soldado a partir de chapas. Esse problema já não acontece em dutos seamless (sem
solda).
• Corrosão Galvânica;
• Corrosão-erosão;
• Fragilização pelo hidrogênio (associado à entrada do hidrogênio no material
promovida pela proteção catódica no lado externo dos dutos submarinos →
superproteção catódica);
• Corrosão-fadiga
Para ter corrosão sob tensão em geral não pode haver corrosão (não tem perda de
massa). Ou tem apenas corrosão ou apenas corrosão sob tensão. Isso ocorre pq, caso
haja formação de produto de corrosão na corrosão, esse produto vai embotar a trinca
e deter seu movimento, impedindo a ocorrência de CST!
Hibernação = deixar o equipamento pré-comissionado e intertizado
ESTUDO DE CASO: Corrosão galvânica no flange em transição entre o subsea e o
topside. No flange de baixo tem liga de Ni (necessária pra resistir à água do mar) e no
de cima aço carbono em contato com o ar. Qual a solução? Fazer weld overlay e/ou
flanges de mesmo material.
Seleção de Materiais 40
Corrosão sob tensão por cloreto: SCC-Cl- CSCC: corrosão sob tensão por cloreto em
aço carbono não é comum! É mais comum em 316 por exemplo!
Trincamento por H2S → deve-se controlar a dureza. Esse mecanismo pode ocorrer
tanto em aço carbono qnto CRAs. “H2S não respeita nobreza!” Inclusive aço carbono
resiste melhor ao trincamento por H2S que o duplex! Esse mecanismo é mais comum
em forjados e trabalhados a quente de modo geral. Teste proof ring (método A) →
Consiste em submeter o material a um esforço de tração de carga constante e solução
de H2S (borbulhando H2S continuamente para repor o H2S consumido pelos íons
Fe++) durante um certo tempo. Se o CP não trincar após o fim do ensaio, ele passa! O
método A se subdivide em soluções A, B e C, todas contendo H2S + outra substância.
Norma NACE susceptibilidade ao HIC → Quanto menor a pressão parcial de H2S,
maior o período de tempo do ensaio para induzir o HIC. A diferença para o teste do
proof ring é que não tem tensão aplicada! O teste NACE de susceptibilidade ao HIC tb
tem 3 tipos de solução, mas a B e a C têm composição diferente da do proof ring. Se,
no ensaio HIC, o CP passar, ele está qualificado para qualquer tipo de serviço sour e o
critério de aceitação aceita um pouquinho de trinca.
Seleção de Materiais 41
Como controlar o HIC? R.: controla-se a aciaria, especialemente os teores de S, Mn e
P! Tb pode-se fazer TMCP (thermo mechanical control process) → laminação
controlada, o material é recristalizado e resfriado, mantendo-se o grão bem fino,
dispensando a adição de elemento de liga pra aumentar resistência.
Fluidos da produção: Água produzida/CO2/H2S.
Qualifica-se o aço carbono (e isso vale apenas para aço carbono!) medindo-se a
dureza pode-se qualificá-lo para regiões 0, 1, 2 ou 3 (a 3 é necessariamente serviço
ácido). Na região 0 não preciso me preocupar com dureza, teoricamente. O gráfico
abaixo possui pouca aplicação para dutos flexíveis, mas para rígidos sim. Diz-se,
avaliando-se o valor de pH, pH2S e dureza se o o aço é um aço região, 2, região 3 etc.
Esse gráfico só serve pra SSC, não serve pra HIC!
Seleção de Materiais 42
O hidrogênio pode ser gerado por superproteção catódica, e aí permeia no aço. Aços
austeníticos são mto resistentes ao HIC, haja vista a maior solubilidade e menor
difusividade do H em austenita.
ESTUDO DE CASO: Falha de parafusos de BAP por conta da dureza elevada e
proteção catódica, trincou por hidrogênio!
SCC-CO2: corrosão sob tensão pelo CO2: como se convive com isso? R.: classificam-
se os dutos fora da abrangência (não susceptível ao trincamento por CO2, haja vista
seu baixo teor), ou dutos dentro da abrangência (susceptível ao trincamento por CO2
por conta de sua alta concentração).
As trincas podem ser ramificadas ou não. Existe uma competição entre o mecanismo
de falha (K1) e a corrosão.
Near neutral pH SCC-CO2 → outro tipo de corrosão que ocorre no solo.
O CO2 permeia em diversas camadas do tubo flexível, incluindo as poliméricas e
metálicas. No ambiente do anular do duto flexível a água fica confinada em uma região
de baixa vazão de água e alta área de metal. Assim, a solução ficará supersaturada em
íons ferro e aí se favorece a precipitação de carbonato de ferro protetor! A depender
das condições (temperatura, fugacidade do CO2) e da tensão aplicada, se a pertlita é
Seleção de Materiais 43
esferoidizada ou não, ocorre dissolução anódica da trinca, que se propaga por causa
da tensão aplicada quando K1 > K1c. Materiais mais resistentes são mais suceptíveis
ao SCC-CO2.
Seleção de Materiais 44
Caso o duto esteja na região vermelha, estima-se a vida remanescente dele por
simulação.
Se houver mto CO2, impossível usar aço carbono msm com inibidor de corrosão →
recomenda-se usar aço 6Mo e MLP.
Seleção de Materiais 45
Água Injetada: normalmente é água do mar tratada ou rejeição de água produzida cujo
principal contaminante é o O2! Essa água injetada tem menor pH e maior temperatura.
Não posso usar aço carbono em água injetada (é tratada, pero no mucho)! Então, no
lugar de aço carbono posso usar um aço cladeado internamente.
Os microrganismos formam um biofilme em presença de O2 (aí neste caso são
microrganismos aeróbicos) o potencial é enobrecido e atinge-se o potencial de geração
de frestas (quebra-se a camada passiva) → vai ocorrer corrosão por frestas! Isso
ocorre principalmente na etapa de hibernação!
O aumento da temperatura aumenta a corrosão causada por biofilme até um ponto de
máxima taxa, mas trabalhando-se acima dessa temperatura os microrganismos
morrem e aí a taxa de corrosão cai. Ou seja: nem sempre o aumento da temperatura
irá aumentar a taxa de corrosão!
Já em ambiente desaerado, ainda assim pode ter corrosão devido à formação de BRSs
caso haja sulfato no meio → é a MIC (corrosão induzida por microrganismos. Maneiras
de evitar a MIC:
usar biocidas
remover sulfato (lembrando que o objetivo principal do sulfato n é inibir BRSs, mas
sim evitar incrustação).
OBS.: O sequestrante de O2 deve ser adicionado ANTES do biocida para evitar q haja
reação entre eles. Caso essa reação ocorra, o biocida e o sequestrante são ambos
desativados.
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