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Este Trabalho Técnico foi preparado para apresentação na 7a Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos, realizada no período de 09 a 12 de
Setembro de 2003, em Florianópolis - SC. Este Trabalho Técnico foi selecionado para apresentação pela Comissão Técnica do Evento, seguindo
as informações contidas na sinopse submetida pelo(s) autor(es). O conteúdo do Trabalho Técnico, como apresentado, não foi revisado pelos
patrocinadores do 7 COTEQ. Os organizadores não irão traduzir ou corrigir os textos recebidos. O material, conforme apresentado, não
necessariamente reflete as opiniões das Associações envolvidas, Sócios e Representantes. É de conhecimento e aprovação do(s) autor(es) que este
Trabalho Técnico seja publicado nos Anais da 7ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos.
Abstract
The purpose of this paper is to describe the service performed by Angra I Nuclear Power Plant
(Brazil) expert team, which led to replacement of the rubber lining of all the piping of the service
water system (SAS) for which sea water is used as a cooling fluid for safety-related component
heat removal.
The nuclear power plant operation is briefly described, showing the importance of the
operability of this system, which is to be kept in operation even when the reactor is shut down.
The original rubber lining condition is shown and the piping deterioration is focussed on to show
the large extent of corrosion and the application of cast polyethylene lining on the inner surface
of the new piping. The physical-chemical characteristics of this product, the entire application
procedure, the qualification tests on the premises as well as the care taken in the installation of
the rubber-lined piping on Angra 1 site and the modification cost are also presented.
Resumo
Este trabalho tem por objetivo mostrar o serviço realizado pela equipe de técnicos da Central
Nuclear de Angra 1, que levou a substituição do emborrachamento de todas as tubulações dos
sistema de água de serviço (SAS) que utiliza água do mar como fluído refrigerante para retirar
calor dos componentes de segurança da Usina.
Faremos uma breve descrição do funcionamento de uma central nuclear onde mostraremos de
forma suscinta a importância da operabilidade deste sistema que deve ser mantido em
funcionamento mesmo com o reator desligado.
Mostraremos as condições em que se encontrava o emborrachamento original enfocando o
estado de degradação da tubulação já com processo de corrosão avançado e o processo de
aplicação do revestimento de polietileno fundido na sua superfície interna das novas tubulações.
Apresentaremos ainda as características físico-químicas deste produto, todo processo de
aplicação, os testes de qualificação realizado na fábrica, bem como os cuidados durante a
instalação das tubulações revestidas no site de angra1 e os custos inerentes à esta modificação.
Palavra-chave: Polietileno , Polietileno Fundido, Revestimento de Polietileno
______________________________
1
Mestre, Engenheiro Químico – ELETRONUCLEAR S.A.
2
Engenheiro Elétrico – ELETRONUCLEAR S.A.
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Introdução
O Sistema de água de serviço (SAS) de Angra 1 é um dos mais importante com respeito a sua
função de garantir a perfeita refrigeração dos componentes de segurança do reator nuclear. Este
sistema utiliza água do mar como fluído refrigerante circulando em tubulações revestidas com
borracha natural para evitar corrosão do aço carbono das tubulações.
Entretanto o revestimento de borracha natural apresentou deterioração ocasionando corrosão
intensa nas tubulações que comprometeram o funcionamento e a boa performance do sistema
SAS. Este fato nos levou a substituirmos a borracha natural por revestimento de polietileno
fundido que até o presente momento tem mostrado uma performance exemplar após 10 anos de
utilização.
I- Histórico
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II- Características do Revestimento de Polietileno Aplicado
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Cuidados especiais:
III-2) Aplicação
1. Tubo curvo: A peça é fixada, todas as aberturas são tamponadas, exceto uma, pela
qual é introduzido o pó de polietileno, até atingir-se 80 a 100% do volume,
tamponando-se em seguida (foto3). A peça é então girada, por um tempo determinado
que varia conforme a dimensão da peça, até que se obtenha a espessura necessária. A
peça é retirada do dispositivo giratório e o excesso de pó retirado.
2. Tubo reto: A peça é colocada sobre um par de roletes, apoiado pelos flanges (foto4).
Com auxílio de uma lança, introduz-se o pó previamente calculado e pesado no tubo
pré-aquecido.
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- Resfriamento:
Resfria-se com água ou à temperatura ambiente.
- Acabamento:
Com auxílio de uma plaina e lixadeira é feito acabamento na face do flange até se atingir
a superfície plana.
- Pós-aquecimento:
Ocasionalmente, dependendo da geometria da peça, realiza-se pós-aquecimento para
completa fusão do pó de polietileno.
1. Inspeção visual.
Será realizada inspeção visual após a execução do revestimento com finalidade de se
verificar a uniformidade da aplicação, existência de bolhas, correta aderência e outras falhas.
2. Teste de Descontinuidade.
O revestimento deverá ser verificado quanto a existência de falhas através da aplicação
do PINHOLE TESTER a uma tensão de 10.000 volts ao longo de toda a superfície revestida
(foto5).
3. Medida de Espessura.
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A medida de espessura a ser realizada por métodos eletromagnéticos com instrumentos
aferidos deve ser determinada em áreas de aproximadamente 1 dm2, em aproximadamente 10
pontos (foto6) .
4. Teste de Dureza
A dureza shore "D" deverá ser determinada em corpos de prova testemunhos com
diâmetro mínimo de 35mm e espessura mínima de revestimento de 1,2 mm conforme norma
ASTM-D-2240, sendo executado no mínimo 3 medidas em cada corpo de prova.
IV- Custos
Vale ressaltar que o custo total até o presente momento monta um valor de U$128.000,00
(cento e vinte oito mil dólares). Considerando que ao longo de 10 anos de operação do SAS não
houve nenhuma parada não programada deste sistema por falha do polietileno, podemos afirmar
que o benefício oriundo da troca do revestimento superou a nossa expectativa, com custo
relativamente baixo em se tratando do conforto operacional que vem sendo proporcionado.
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V- Conclusão
Pudemos constatar na última Parada (P11) em 2002, a integridade dos primeiros trechos
de tubulações que foram revestidos em 1993 por ocasião da P4, perfazendo 10 anos em serviço
contínuo sem apresentar os problemas de corrosão mostrado nas fotos 1 e 2..
Com base no exposto, hoje o sistema de água de serviço (SAS) de Angra 1 apresenta uma
condição confortável de disponibilidade operacional com o revestimento de polietileno em suas
tubulações, garantindo a integridade do reator ao cumprir sua missão de resfriar os componentes
de segurança de Angra 1.
VI- Bibliografia
O presente trabalho fora elaborado com base nos registros de relatórios e instrução
técncas internas da Eletronuclear específicos desta tarefa, porém de caráter confidencial e à
disposição dos empregados no arquivo técnico da Usina.