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Corrosão:

Casos práticos de corrosão


em campo
Prof. Eng. Willy Ank de Morais (UNISANTA e UNAERP)
Corrosão: Casos práticos de corrosão em campo
1. Apresentação, Contexto e Objetivos
2. Corrosão e o Aço Inoxidável
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
4. Alguns Casos Práticos
5. Conclusões
Referências

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1. APRESENTAÇÃO,
CONTEXTO E OBJETIVOS
Palestra “Corrosão: Casos práticos de corrosão em campo”
1. Apresentação, Contexto e Objetivos
Prof. Willy Ank de Morais
Membro da ABM a 30 anos, criador e instrutor de cursos e treinamentos.

Atua principalmente nos seguintes temas: propriedades mecânicas, fratura, fadiga, aço e manufatura aditiva
(metais), consultorias e ensino de Engenharia.

• Trabalhou/a: UFOP, COSIPA/USIMINAS-Cubatão e INSPE///BRAS.


• Trabalha: UNISANTA, UNAERP, WILLY ANK-Soluções.
• Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Engenharia da Confiabilidade na UNISANTA.
• Associações: ABM, INDA, AEAG/AEAMG/AEAVR.
1. Apresentação, Contexto e Objetivos
O Contexto
1. Apresentação, Contexto e Objetivos
O Contexto
A baixada santista é famosa pelas:
• Praias da região
• Complexo portuário de
Santos-Guarujá-Cubatão
• Indústrias do polo industrial
de Cubatão
1. Apresentação, Contexto e Objetivos
O Contexto
A baixada santista é famosa pelas:
• Praias da região

Fonte: minha janela.

Fonte: https://www.hoteis.com/go/brasil/br-melhores-praias-de-santos

Fonte: https://www.guaruja.sp.gov.br/inedito-piso-de-vidro-esta-instalado-no-mirante-das-galhetas/
1. Apresentação, Contexto e Objetivos
O Contexto
A baixada santista é famosa pelas:
• Complexo portuário de Santos-Guarujá-Cubatão

Fonte:
https://www.facebook.com/guarujacidade/photos/a.86
1256723955448/3464364490311312/?type=3
Fonte: https://petronoticias.com.br/sociedade-aguaviva-pede-revisao-e-mais-
transparencia-nos-planos-de-expansao-do-porto-de-santos/
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_de_Santos
1. Apresentação, Contexto e Objetivos
O Contexto
A baixada santista é famosa pelas:
• Indústrias do polo industrial de Cubatão

Fonte: https://www.cubatao.sp.gov.br/turismo-industrial-
programa-fabrica-aberta-e-retomado-na-unipar-em-cubatao/

Fonte: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/polo-industrial-de-cubatao-sp-
recebe-r-300-milhoes-para-modernizar-producao-de-fertilizantes.ghtml
Fonte: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/10/arte-em-
tanques-gigantescos-em-polo-industrial-mudam-cara-de-cubatao.html
1. Apresentação, Contexto e Objetivos
O Contexto
E também temos desafios...

Fonte: https://www.npegroup.com.br/desmontagem/

Fonte: serviço WILLY ANK - Soluções


Fonte: Pinterest
Fonte: https://casaeconstrucao.org/dicas/maresia/
1. Apresentação, Contexto e Objetivos
Objetivos:
1. Situar a corrosão e o aço inoxidável
2. Apresentar casos gerais da literatura com foco nos aços inoxidáveis
3. Discutir casos práticos pessoais de uso (ou não) de aços inoxidáveis
4. Conclusões

Fonte: https://casaeconstrucao.org/dicas/maresia/
2. CORROSÃO E O AÇO
INOXIDÁVEL
Palestra “Corrosão: Casos práticos de corrosão em campo”
2. Corrosão e o Aço Inoxidável
A corrosão pode ser definida como uma reação
química ou eletroquímica entre um material e o
ambiente, que leva a uma deterioração do
desempenho do material (adaptado de [1]).

Fonte: https://foodsafetybrazil.org/corrosao-soldas-equipamentos-
de-aco-inoxidavel/
2. Corrosão e o Aço Inoxidável
Existem várias classificação da corrosão:

Fonte: https://www.ispatguru.com/basic-concepts-of-corrosion-of-iron-and-steel/
2. Corrosão e o Aço Inoxidável
Existem várias classificação da corrosão:
1. Corrosão uniforme
2. Corrosão galvânica ou eletroquímica
3. Corrosão erosão
4. Corrosão por frestas
5. Corrosão sob tensão
6. Corrosão pontual /alveolar (por ‘pitting’)
7. Corrosão intergranular
8. Lixiviação seletiva

Fonte: https://www.icz.org.br/corrosao.php
2. Corrosão e o Aço Inoxidável
Existem várias classificação da corrosão [2]:

• Corrosão uniforme

Fonte: Sachs [3]


2. Corrosão e o Aço Inoxidável
Existem várias classificação da corrosão [2]:

• Corrosão uniforme

• Corrosão por pite e alveolar

Fonte: GENTIL [4].


2. Corrosão e o Aço Inoxidável
Existem várias classificação da corrosão [2]:

• Corrosão uniforme
Perigo

• Corrosão por pite e alveolar

• Corrosão na forma de trinca


Fonte: GENTIL [4].
2. Corrosão e o Aço Inoxidável
O aço inoxidável está no imaginário “popular” como :
• um material caro,
(pessoa jurídica só usa se for obrigatório,
pessoa física ‘ostenta’)
• não corrói,
(podendo fazer o que quiser com ele)
• não ‘gruda’ imã.
(se for magnético não é inox.)
Fonte: https://inoxbr.com.br/o-aco-inoxidavel-pode-enferrujar/

Fonte: https://www.walmart.com/ip/Magnetic-Knife-Bar-15-
Inch-Stainless-steel-Strong-Magnet-Knife-holder/199476336
2. Corrosão e o Aço Inoxidável
• Os aços inoxidáveis são categorizados em cinco famílias distintas de acordo
com a sua estrutura cristalina [1].

Fonte: https://www.azom.com/article.aspx?ArticleID=470
2. Corrosão e o Aço Inoxidável
• Cada família possui propriedades mecânicas
típicas, assim com tende a compartilhar uma
natureza comum em termos de resistência
ou susceptibilidade a formas particulares de
corrosão.

Fonte: adaptado de várias fontes, por exemplo B. AL-Mangour, “Powder metallurgy of stainless steel: stateof-the art, challenges, and development,” in Stainless
Steel, pp. 37–80, Nova Science Publishers, Inc., 2015. (https://www.researchgate.net/publication/298083929_Powder_metallurgy_of_stainless_steel_State-of-
the_art_challenges_and_development/citations )
2. Corrosão e o Aço Inoxidável
• Existem graus, dentro destas famílias, adequados para uso em ambientes
variados como atmosférico (aplicações arquitetônicas) até em ambientes com
vapores altamente reativos (aplicações em indústrias químicas).

Fonte: https://spinox.com.br/aplicacao-do-aco-inox-na-industria-de-
petroleo/

Fonte: https://issuu.com/cbca-acobrasil/docs/473_aa18
Fonte: https://www.mobilbatch.com.br/agitador-industria-quimica

Fonte:https://espacoemovimento.blogspot.co
m/2010/11/isabela-couy-fonseca_07.html
3. ALGUNS CASOS
(PRÁTICOS) DE LITERATURA
Palestra “Corrosão: Casos práticos de corrosão em campo”
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.1. Foles de aço inoxidável (1975) [5]:
• Dois foles de aço inoxidável AISI 304 trabalhavam em contato com vapor d’água.
• Presença de trincas com ramificações em ambos os foles (trincas intergranulares).
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.1. Foles de aço inoxidável (1975) [5]:
• Soluções de cloretos, alcalinas como hidróxido de sódio e/ou potássio, agentes redutores como
sulfeto de sódio e/ou fenol são meios agressivos capazes de provocar corrosão sob tensão.
• Os resultados de microanálise química indicam depósitos heterogêneos com sódio, potássio e
enxofre, evidenciando um meio agressivo presente no uso do equipamento.
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.2. Palhetas de Compressor de Ar (1984) [5]:
• O aspecto da fratura da palheta é por fadiga.
• Porém a superfície das palhetas exibem
intenso ataque corrosivo por pites
(especialmente nas bordas de ataque e fuga).
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.2. Palhetas de Compressor de Ar (1984) [5]:
• Trata-se de uma peça de aço inoxidável martensítico forjada, temperada e
revenida com um nível elevado de inclusões ricas em silício, alumínio e cálcio.
• Nos pites observou-se uma alta concentração de contaminantes (cloro e enxofre), frequentemente
associados às inclusões.
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.3. Corrosão do trocador de calor em um incinerador
com solvente clorado (1992) [6]:

• Placas finas de um trocador de calor de combustão com solvente


clorado em aço inoxidável 309 apresentaram corrosão severa dentro de
6 meses de serviço.
• O sistema operava em média 7 h/dia,
3 dias por semana, 52 sem. por ano.
• Presença de vapores de metanol e
cloreto de metileno a uma temp. do
gás de aprox. 25 °C (77 °F) com
aprox. 97% de ar.
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.3. Corrosão do trocador de calor em um incinerador
com solvente clorado (1992) [6]:

• O exame metalográfico das placas mostrou que a oxidação interna acelerada foi a causa da falha.

AISI 304 AISI 309 AISI 316


3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.3. Corrosão do trocador de calor em um incinerador
com solvente clorado (1992) [6]:

• Racks de corrosão de ligas candidatas (inox. 304, 309 e 316, Inconel 600 e 625, Incoloy 800 e
825 e liga Inco C-276) foram colocados diretamente na corrente de gás quente, contendo HCl
e Cl2, para testes in situ.
• Os testes confirmaram a adequação das ligas de níquel-cromo para tal ambiente. O Inconel
625 foi selecionado para fabricação de um novo pré-aquecedor/trocador.
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.4. Análise de falhas em tubulação do pré-aquecedor de
Ar da caldeira de uma usina sucroalcooleira [7]:

• O emprego do aço inoxidável tem se mostrado uma das principais


ferramentas para esta redução de custos no setor sucroalcooleira,
entretanto, erros de especificação podem levar a falhas prematuras.
• Tubos de aço inoxidável AISI 409 romperam após meia safra quando
aplicados no pré-aquecedor de ar da caldeira de uma usina.
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.4. Análise de falhas em tubulação do pré-aquecedor de
Ar da caldeira de uma usina sucroalcooleira [7]:
3. Alguns Casos (Práticos) de Literatura
3.4. Análise de falhas em tubulação do pré-aquecedor de
Ar da caldeira de uma usina sucroalcooleira [7]:
• Os resultados apontaram formação de
cloreto nas paredes internas dos tubos que, em
conjunto com o ambiente, acelerou o processo de
corrosão.
• Devido às condições de trabalho do equipamento é
recomendável o emprego de aços inoxidáveis com
maior resistência à corrosão, (AISI 304 ou 444, este
último que apresenta melhor troca térmica).
• Para casos específicos, o AISI 439 pode também ser
indicado, desde que anteriormente verificadas as
tendências de formação de
cloretos e condensados
4. ALGUNS CASOS
PRÁTICOS
Palestra “Corrosão: Casos práticos de corrosão em campo”
4. Alguns Casos Práticos
4.1. Trocador de calor casco-tubo:
• Uso do “aço inox.” não estava atendendo o rendimento de troca
térmica necessário, sem falar que é um material mais caro.
• Adotou-se o aço carbono, que tem uma condutividade térmica
maior (!). AISI 1010 Steel Thermal Conductivity: 51.9 W/m-K

304 Stainless Steel Thermal Conductivity: 16.2 W/m-K


409 Stainless Steel Thermal Conductivity: 24.9 W/m-K

• Porém há uma perda de rendimento ao longo do tempo devido à


corrosão e incrustação de material.
• De tempos em tempos, deve-se fazer uma limpeza por jateamento.
• Às vezes o teste de montagem indica um tubo com vazamento
(um tubo entre algumas centenas).
Fonte: https://www.willyanksolucoes.com/projetos
4. Alguns Casos Práticos
4.1. Trocador de calor casco-tubo:
• Porém há uma perda de rendimento ao longo do tempo devido à
corrosão e incrustação de material.
• De tempos em tempos, deve-se fazer uma limpeza por jateamento.

Fonte: https://www.willyanksolucoes.com/projetos
4. Alguns Casos Práticos
4.1. Trocador de calor casco-tubo:

Obs.: Já limpo por


jateamento !

Fonte: https://www.willyanksolucoes.com/projetos
4. Alguns Casos Práticos
4.1. Trocador de calor casco-tubo:
• Às vezes o teste de montagem indica um tubo com vazamento
(um tubo entre algumas centenas).

Fonte: https://www.trocadordecalor.com.br/trocador-de-calor-
casco-e-tubo
4. Alguns Casos Práticos
4.2. Corrosão sob tensão induzida por soldagem em tubos de inox. 316L [8]:
• Falha prematura de uma tubulação industrial de aço inoxidável 316L,
que ocorreu em nove anos de operação e que foi causada por corrosão
sob tensão na grande maioria das suas juntas soldadas.
• O fluído transportado era uma solução de cloreto de sódio (15%) e
hidróxido de sódio (10%), a uma temperatura de 95°C, situação essa que
deveria levar a tubulação a apresentar uma expectativa de vida de vinte
anos.
• Foram avaliadas as condições de ataque químico ao aço inoxidável,
incluindo os efeitos de processo, projeto, montagem e os efeitos
soldagem especialmente nas alterações térmicas nas juntas soldadas.
• As falhas ocorreram somente nas das zonas afetadas pelo calor (ZACs) e
nos cordões de soldas.
4. Alguns Casos Práticos
4.2. Corrosão sob tensão induzida por soldagem em tubos de inox. 316L [8]:
• Não foram observados sinais de sensitização nos tubos, mesmo nas regiões
falhadas.
• A baixa dureza encontrada e as análises metalográficas não indicaram a
formação de fase sigma.
4. Alguns Casos Práticos
4.2. Corrosão sob tensão induzida por soldagem em tubos de inox. 316L [8]:
• Ensaios realizados através do método ASTM G30, comprovaram que o principal motivo da corrosão é
o de tensão conjugada com o meio ao qual
os tubos foram expostos. CP Meio Local
Resultados obtidos na região
dobrada
Solução Laboratório Formação de pites de corrosão
1
laboratorial pura (estático) (Figura 11.a)
Laboratório Formação de pites de corrosão
2 Licor da planta
(estático) e trincas
Planta Formação de pites de corrosão,
3 Licor da planta industrial trincas e depósito de cloreto
(agitação) (Figura 11.b)

(b) CP3 (40X)

(a) CP1 (40X)


4. Alguns Casos Práticos
4.3. Estudo e avaliação da susceptibilidade à corrosão de aços inoxidáveis
austeníticos em ambiente industrial [9]:

• O uso do aço AISI 304L no lugar do AISI 304 é importante


para evitar a sensitização nas operações de soldagem.
• Porém, nem sempre o sistema é eficaz na seleção e da
liga correta, evidenciando meios de tratamento e a
importância da gestão adequada de materiais.

Fonte: https://www.willyanksolucoes.com/projetos
4. Alguns Casos Práticos
4.3. Estudo e avaliação da susceptibilidade à corrosão de aços inoxidáveis
austeníticos em ambiente industrial [9]:

• Foram utilizadas duas chapas de aço inoxidável, AISI 304 e AISI


304L respetivamente, com tamanho de 200 x 300 x 8 mm cada.
• Teor de carbono de ambas (!) as chapas:
0,035%C
• Segundo a norma ASTM A480, existe uma tolerância de 0,005% na composição
de carbono para este aço (Anexo A1 da norma), portanto, temos amostras que
atendem tanto a especificação para AISI 304 e AISI 304L (!)
4. Alguns Casos Práticos
4.3. Estudo e avaliação da susceptibilidade à corrosão de aços inoxidáveis
austeníticos em ambiente industrial [9]:

• Como as amostras eram iguais (!), procedeu-se à soldagem de


forma diferenciada, o CP01 foi soldado corretamente (T<150°C na
chapa) e o CP02 foi soldado em condições extremas de campo.
4. Alguns Casos Práticos
4.3. Estudo e avaliação da susceptibilidade à corrosão de aços inoxidáveis
austeníticos em ambiente industrial [9]:

• Como as amostras eram iguais (!), procedeu-se à soldagem de


forma diferenciada, o CP01 foi soldado corretamente (T<150°C na
chapa) e o CP02 foi soldado em condições extremas de campo.
4. Alguns Casos Práticos
4.3. Estudo e avaliação da susceptibilidade à corrosão de aços inoxidáveis
austeníticos em ambiente industrial [9]:
• Quando se compara as imagens do CPs nota-se que o procedimento de
soldagem teve enorme influência no início de corrosão intergranular no
CP-02 em relação ao CP-01.
4. Alguns Casos Práticos
4.4. Análise de corrosão por pite em placa de troca térmica de material
austenítico de um trocador de calor:
• Corrosão por pite localizado, evidenciado em placas de troca térmica industrial, resfriado por água
sem tratamento químico para eliminação de impurezas na sua composição química.
4. Alguns Casos Práticos
4.4. Análise de corrosão por pite em placa de troca térmica de material
austenítico de um trocador de calor:
100 m
• Característica da corrosão por pite:

200 m
4. Alguns Casos Práticos
4.4. Análise de corrosão por pite em placa de troca térmica de material
austenítico de um trocador de calor:
100 m
• Característica da corrosão por pite:

50 m

200 m
4. Alguns Casos Práticos
4.4. Análise de corrosão por pite em placa de troca térmica de material
austenítico de um trocador de calor:
• Foram retiradas amostras da água de resfriamento do equipamento para análise de sua
composição química durante o período onde foi observada a falha
• Os resultados da quantidade de cloretos:

período de 13/06/2014 a
23/10/2014
4. Alguns Casos Práticos
4.4. Análise de corrosão por pite em placa de troca térmica de material
austenítico de um trocador de calor:
• CONCLUSÕES
• Eliminada a hipótese de material fora de especificação.
• Com a análise metalográfica pode-se observar a caracterização da corrosão
• A análise química dos componentes da água de refrigeração que apresentou elevações no teor de
cloretos da água utilizada no processo de resfriamento pode-se observar a corrosão eletroquimica por
pite localizado.
4. Alguns Casos Práticos
4.5. Fratura de um tubo de Trocador de Calor Casco-Tubo de
ASTM A240 Grau 316L :

• Estudo realizado para caracterização da fratura observada


durante a inspeção extraordinária realizada no equipamento
Trocador de Calor casco tubo

• A falha foi identificada pela inspeção feita a partir da diluição


da composição química do produto resfriado que circula no
interior do feixe tubular.
4. Alguns Casos Práticos
4.5. Fratura de um tubo de Trocador de Calor Casco-Tubo de
ASTM A240 Grau 316L :

• Através da interação de vários ensaios


realizados na amostra pode-se
caracterizar a origem do dano através
das marcas de catracas e corrosão
intergranular observada na superfície
interior do tubo de troca térmica.

ASTM A240 Grau 316L (ou AISI 316L)


%C %Si %Mn %P %S %Cr %Ni %Mo
0,03 0,44 0,82 0,045 0,006 17,40 10,12 2,02
4. Alguns Casos Práticos
4.5. Fratura de um tubo de Trocador de Calor Casco-Tubo de
ASTM A240 Grau 316L :

• Metalografia da seção transversal da


fratura ilustrando a presença de trincas
intergranulares na superfície interna do
tubo (parte superior da imagem).

ASTM A240 Grau 316L (ou AISI 316L)


%C %Si %Mn %P %S %Cr %Ni %Mo
0,03 0,44 0,82 0,045 0,006 17,40 10,12 2,02
4. Alguns Casos Práticos
4.5. Fratura de um tubo de Trocador de Calor Casco-Tubo de
ASTM A240 Grau 316L :

• Metalografia da seção longitudinal da


fratura ilustrando a presença de uma
série de trincas na superfície interna do
tubo (parte superior da imagem).

ASTM A240 Grau 316L (ou AISI 316L)


%C %Si %Mn %P %S %Cr %Ni %Mo
0,03 0,44 0,82 0,045 0,006 17,40 10,12 2,02
4. Alguns Casos Práticos
4.6. Falha em um rotor de uma planta química.

• Rotores de produtos químicos, que apresentaram vida útil curta (aprox. 1 ano),
• O material do rotor informado seria Uranus 52N+ ou AISI 904L ou 2RK65

Ni e Cr
COMPOSIÇÃO QUÍMICA PREN ou PRE
equiv.
TIPO DE AÇO
Eq. Eq. Eq. Eq. Eq. Eq. Eq.
%C* %Si %Mn %Cr %Ni %Mo %Cu %W %N
(1)D (1)A (2)A (3)D (4)A (5) (6)

Amostra “A” 0,056 0,86 0,86 24,4 7,02 3,5 1,95 0,249 0,202 39,2 42,0 42,4 43,9 36,1 9,1 29,2

Amostra “B” 0,064 1,06 1,19 23,8 7,17 3,47 2 0,05 0,223 38,8 41,9 42,0 43,0 35,8 9,7 28,9

URANUS 52N+ 0,015 0,8 0,8 25 6,5 3,5 2 0,02 0,25 41 44 44 45 38 7 30


4. Alguns Casos Práticos
4.6. Falha em um rotor de uma planta química.
• A presença de fase sigma nestas amostras, ocupando os
espaços entre os grãos austeníticos.
• A fase sigma é mais rica em cromo e molibdênio.
• Durante a formação da fase sigma, as fases
circunvizinhas perdem elementos de liga (Cr e Mo)
importantes para o seu desempenho em condições de
corrosão.
4. Alguns Casos Práticos
4.6. Falha em um rotor de uma planta química.
4. Alguns Casos Práticos
4.6. Falha em um rotor de uma planta química.

• O fator-chave para a obtenção de uma vida útil


curta dos rotores foi a existência de cerca de 17%
de fase sigma.
• Esta fase leva a um empobrecimento localizado nos
elementos de liga importantes (diminuição local do
PREN) com consequente redução heterogênea na
resistência à corrosão.
• A fase sigma também gera um intenso
descasamento de comportamento mecânico
(940HV versus 250 a 280 HV).
4. Alguns Casos Práticos
4.7. Melhoria no desempenho de instalações de recebimento de grãos:

• Estudo da substituição do aço carbono (AISI 1020) revestido


com UHMW ou de polietileno em módulos de passagem de
açúcar e grãos (milho e soja, normalmente).

Aço inoxidável 410D (K03).


Aço inoxidável 410D.
Aço inoxidável ENDUR 300 .
4. Alguns Casos Práticos
4.7. Melhoria no desempenho de instalações de recebimento de grãos:

• Será empregado o transportador pneumático da UNISANTA,


projetando grãos de milho, à uma velocidade de 5 m/s por um
período pré-determinado de aproximadamente 1 hora.

• Após as projeções, a verificação para


desgaste, será através da comparação
da medição da rugosidade e
macrografia antes e após as
Mesmo que o custo dos aços inoxidáveis sejam maiores, projeções.
através dos testes realizados será definido o retorno
financeiro em termos das diminuições das intervenções
por manutenção, e aumento da confiabilidade no
processo
4. Alguns Casos Práticos
4.8. Solução prática para resolver casos de trincas em tubulações de aço
inoxidável:
• Através da soldagem de novas camadas...
4. Alguns Casos Práticos
4.8. Solução prática para resolver casos de trincas em tubulações de aço
inoxidável:
• Através da soldagem de novas camadas...
4. Alguns Casos Práticos
4.8. Solução prática para resolver casos de trincas em tubulações de aço
inoxidável:
• Através da soldagem de novas camadas...
4. Alguns Casos Práticos
4.9. Oxidação no corrimão do mirante das galhetas
• É necessário dar condições para a camada
passiva se estabelecer, mesmos após as
operações de soldagem.

ASTM A588

Fonte:
https://www.anzor.com.au/technical/stainless-
steel-overview/the-dos-and-donts-of-stainless-
steel-fasteners1
Fonte: https://www.guaruja.sp.gov.br/em-um-ano-mirante-das-galhetas-e-visitado-por-mais-de-215-mil-pessoas/
5. CONCLUSÕES
Palestra “Corrosão: Casos práticos de corrosão em campo”
5. Conclusões
• A corrosão é um fenômeno de
degradação que pode ser minimizado,
mas sempre estará presente.

• Melhores materiais e práticas podem


ser empregados para se ‘conviver’ bem
Perto da praia:
com o fenômeno.
• O suporte de 304 e apresenta sinais de ferrugem.
• O 316 das porcas/parafusos estão indo bem...
Fonte: https://www.anzor.com.au/technical/stainless-steel-overview/the-dos-and-donts-of-
stainless-steel-fasteners1
5. Conclusões
• Os fenômenos envolvidos (mesmo os
básicos) não são bem conhecidos por
aqueles que fazem acontecer na prática.

• Muitas soluções imediatistas podem ser


tomadas neste contexto.

Guarda corpo (pintado) e um eletroduto (galvanizado)


na entrada de uma planta de produtos químicos, nota-se
a condição do grampo de fixação.
5. Conclusões
• Assim, o uso de soluções mais
duradouras e inovadoras enfrenta muita
reticência dos usuários.

• A grande armadilha é empregar uma


solução mal implementada e criar o
efeito “isso não adianta”, ou “já
tentamos e não dá certo”.
O conhecimento costuma não ser valorizado de
imediato, mas este dá resultados...
Fonte: https://www.linkedin.com/posts/sergio-r-barra-dr-eng-294794b_corros%C3%A3o-corrosion-
mitiga%C3%A7%C3%A3o-activity-7026262404116168704-6YCN/?originalSubdomain=br
REFERÊNCIAS
Palestra “Corrosão: Casos práticos de corrosão em campo”
REFERÊNCIAS
1. DAVIS, J. R. (Editor). Corrosion – Understanding the basics. Materials Park (USA): ASM International, 3th printing, 2004. 560p.
2. CARVALHO, Nestor Ferreira. Corrosão Fundamentos e Informações. Santos: Edição do autor, 2019. 360p.
3. SACHS, Neville W. Practical Plant Failure Analysis – a guide to understanding Machinery deterioration and improving equipment
realiability. Boca Raton (USA): CRC Press, 2007. 260p.
4. GENTIL, Vicente. Corrosão. 6o edição. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2011.
5. AZEVEDO, César R. F.; CESCON, Tibério (Editores). Metalografia e Análise de Falhas – casos selecionados (1933-2003). São Paulo:
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), 2004. 410p.
6. ASM HANDBOOK, Case Histories in Failure Analysis. ASM International, vol. 1 e 2, Materials Park, 1992 e 1994.
7. ALVES, Joner Oliveira; SAEDLOU, Saghi Ophelie Bahar; OLIVEIRA, Tarcísio Reis de. Análise de falhas em tubulação do pré-aquecedor de ar
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http://dx.doi.org/10.4322/tmm.2014.032.
8. POUSA NETO, A. ; FERNANDES, D. P. ; MORAIS, W. A. ; MORAIS, Willy Ank de. Investigação da ocorrência de Falhas Prematuras em uma
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9. GOMES, H.D.; SIDRÃO, M.S.; FIGUEROA JR.; L.C.; SOUZA, G.F.. Estudo e avaliação da susceptibilidade à corrosão de aços inoxidáveis
austeníticos em ambiente industrial. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Engenharia Mecânica) - Universidade Santa
Cecília. Orientador: Willy Ank de Morais. Disponível em: https://www.willyanksolucoes.com/projetos, acesso em 8 de Nov. de 2023.
Obrigado pela atenção, bom
evento a todos !!

Corrosão:
Casos práticos de
corrosão em campo

Prof. Eng. Willy Ank de Morais


(UNISANTA e UNAERP)
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