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UNIESI – Centro Universitário de Itapira

Marcos G. Balque

Gilberto C. Silva

Analise dos efeitos do uso da solda nas armaduras para concreto

ITAPIRA

2018
Marcos G. Balque

Gilberto C. Silva

Análise dos efeitos do uso da solda nas armaduras para concreto

Trabalho de conclusão de curso de Engenharia Civil


apresentado no Centro Universitário de Itapira (UNIESI)
para obtenção do título de Engenheiro Civil

Orientador: Rogério Chaves

ITAPIRA

2018
Marcos G. Balque

Gilberto C. Silva

Analise dos efeitos do uso da solda nas armaduras para concreto

Trabalho de conclusão de curso de Engenharia Civil


apresentado ao Centro Universitário de Itapira (UNIESI)
para obtenção do título de Engenheiro Civil

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA
___________________________/__/__
Rogério Chaves
Centro Universitário de Itapira
___________________________/__/__
Moisés Longatto
Centro Universitário de Itapira
___________________________/__/__
Ma. Juliana C. de Freitas Cescon
Centro Universitário de Itapira
AGRADECIMENTOS

Agradecemos as nossas famílias, esposas, filhos, amigos e professores, por nos incentivarem e
apoiarem durante os últimos cinco anos em que passamos na vida acadêmica, período este vivido muito
intensamente ao conciliar, estudos, trabalho, família e vida social. Em especial agradecemos as nossas
esposas que em diversas ocasiões, além de nos apoiarem, tiveram que resolver situações difíceis sem
nossa presença, tudo para que pudéssemos continuar centrados em nossos estudos e vencermos as
provações. Mas hoje, depois dessa longa jornada, podemos sentir aquela sensação muito reconfortante,
aquela que faz valer apena todo o esforço, toda dedicação e também todo tempo abdicado junto as
famílias e amigos, mas, como tudo na vida passa, essa também termina e marca nossa história de vida
como mais uma importante conquista, a qual consagramos com a obtenção do título de Engenheiro
Civil.
Analise dos efeitos do uso da solda nas armaduras para concreto
Analysis of the effects of weld use on concrete reinforcement

Marcos G. Balque¹, Gilberto Ciconello², Rogério Chaves³


Aluno¹, Aluno², Docente do Centro Universitário de Itapira³

Contato: mbalque@gmail.com
gilberto@arqtec-arquitetura.com.br

RESUMO

Durante os últimos anos, houve um aumento significativo de empresas fornecedoras de ferragens


armadas para construção civil, sendo estas ferragens, fornecidas de forma tradicional, ou seja, com os
estribos amarrados às barras longitudinais com arame recozido, porém ultimamente estas ferragens
também vêm sendo fornecidas pelo processo de soldagem. Esta última vem causando muita
curiosidade, e ao mesmo tempo preocupação aos consumidores quanto a possibilidade do seu uso gerar
alguma perda ou efeito indesejado nas estruturas de concreto armado. Em uma breve pesquisa sobre o
assunto, foi observado que há pouco material e conhecimento difundido a respeito da fabricação destas
ferragens armadas através de soldagem. Neste contexto, o presente trabalho tem como finalidade a
realização de uma pesquisa bibliográfica e análise experimental para verificação dos ganhos e/ou perdas
de resistência destes materiais. Com esta finalidade, partiu-se da análise sobre os efeitos provocados
nas barras longitudinais, possivelmente causados pela exposição térmica do processo de soldagem, as
quais acredita-se que geram perdas nas propriedades mecânicas do material base, e consequentemente
perda da resistência a tração.

Descritores: Concreto Armado, Soldagem, Resistência dos Materiais.


ABSTRACT

During the last few years, there has been a significant increase in the number of companies that supply
reinforced fittings for civil construction. These hardware are traditionally supplied, ie, with stirrups
attached to longitudinal bars with annealed wire, but these hardware has also been supplied lately by
the welding process. The latter has been causing much curiosity, and at the same time concern to
consumers as to the possibility of their use generating some loss or undesired effect on reinforced
concrete structures. In a brief research on the subject, it has been observed that there is little material
and widespread knowledge about the manufacture of these fittings through welding. In this context, the
present work aims to carry out a bibliographical research to verify the gains and / or losses of resistance
of these materials. To this end, we started with the analysis of the effects of longitudinal bars and
stirrups caused by the high temperatures of the welding process, which are believed to generate losses
of the elasticity characteristics of the base material, and thus decrease of tensile strength.

Keywords: Concrete Structures, Welding, Resistance of materials


INTRODUÇÃO

Para entendermos melhor os motivos que impulsionaram as empresas a buscarem novas


tecnologias na fabricação das armaduras para concreto, faz-se necessário uma visão panorâmica geral
do mercado da construção civil, das empresas, materiais, normas e métodos, os quais, acrescentam
informações fundamentais a este estudo para início da análise sobre a viabilidade técnica do uso das
armaduras soldadas para concreto.

Cenário da Construção Civil

Segundo Gonçalves (2016), sabe-se que a mão de obra é a principal forma de trabalho na
construção civil brasileira. O setor da construção civil brasileira viveu nos últimos anos alterações em sua
base administrativa e produtiva frente a crise que atingiu o setor, levando as empresas a adotarem
estratégias, buscando principalmente a redução dos custos e aumento da qualidade e adaptação ao
novo contexto. Nos dias atuais, as empresas procuram se adaptar às novas tecnologias como novos
materiais, estruturas, assim fazendo que tenha o mínimo de desperdício no canteiro de obra. Logo, as
empresas e construtoras que desejam obter vantagens competitivas no mercado devem produzir pelo
menor custo, sem, no entanto, deixar de considerar as qualidades exigidas para o produto. A crescente
competitividade do setor de construção civil no Brasil, relacionado à nova mentalidade do público alvo,
vêm impulsionando as empresas do ramo em busca de novas técnicas construtivas. Nesse sentido, a
industrialização de armaduras tornou-se fundamental para o bom desempenho das empresas do setor.

Ainda neste sentido, Batista (2015), menciona que as armaduras soldadas são utilizadas em todo
o mundo há vários anos. Na Europa, em particular, está utilização é bastante ampla em praticamente
todos os principais países do bloco europeu. No caso do Brasil o uso de armaduras soldadas se
restringia, a telas soldadas e treliças, pequenas armaduras de dimensões padronizadas utilizadas na
autoconstrução, e principalmente pequenas colunas ou pilares produzidos a partir de CA-50 e CA-60 e
pequenas “sapatas” produzidas a partir de CA-50.
Vantagens e desvantagens:

Entre as vantagens das armaduras soldadas em relação as amarradas com arame de aço
recozido, conforme informações obtidas no site da Arcelor Mittal, estão:

Vantagens:

• Maior produtividade da mão de obra;


• Custos menores dos insumos de soldagem em relação ao custo de arame recozido;
• Não necessidade de soldagem de 100% dos pontos de interseção, em alguns casos, basta soldar
cerca de 50% a 70% dos pontos;
• Maior rigidez das peças e, portanto, maior facilidade de manuseio;
• Melhor controle dos espaçamentos dos estribos;
• Racionalização do canteiro de obras, com a disponibilização dos espaços destinados à montagem
de armaduras;
• Maior rapidez de execução da obra.

Desvantagens:

• Baixa densidade de carga no transporte; Necessidade em algumas obras dos equipamentos


adequados, gruas ou guinchos para o descarregamento e içamento das armaduras;
• Necessidade de planejamento de soldagem, algumas armaduras ou barras de determinadas
armaduras ou mesmo alguns pontos de cruzamento ou pontos de interseção de barras, em razão
de dificuldades operacionais durante a montagem final na forma, não devem ser soldados.

Materiais utilizados na fabricação das armaduras

Apesar de popularmente chamarmos de ferros os materiais das armaduras, estes são fabricados
em aços, e os mais utilizados na construção civil são os aços CA-50 e CA-60.
Figura 1 – Vergalhão GG50 (aço-50)
Fonte: GERDAU S.A.1

No entanto para as armaduras soldadas, o item 8.3.9 da NBR 6118/2003 (Projeto de estruturas
de concreto – Procedimento), estabelece que: para que um aço seja considerado soldável, sua
composição química, deve obedecer aos seguintes limites percentuais máximos:

C = 0,35%;
Mn = 1,50%;
Si = 0,50%;
P = 0,050%;
S = 0,050%.
Carbono Equivalente (CE) = 0,55%,
onde CE = C+Mn/6+ (Cr+V+Mo)/5 + (Cu+Ni)/15

Segundo Batista (2015), o aço CA-50 não soldável, ou seja, o CA-50 convencional, sem restrições
de composição química, não pode ser utilizado na execução das armaduras soldadas.

Figura 2 – Vergalhão 50S (aço-soldável)


Fonte: Arcelor Mittal2

¹Disponível em: <https://www.gerdau.com/br/pt/produtos/vergalhao-gerdau-gg-50#ad-image-0 >. Acesso em 20 de maio de


2018.
²Disponível em: <http://longos.arcelormittal.com.br/pdf/produtos/construcao-civil/arcelormittal-50s/catalogo-arcelormittal-50s.pdf>.
Acesso em 20 de maio de 2018.
Execução de solda nas armaduras:

O uso de solda na fabricação das armaduras, exige-se, procedimentos adequados, conforme item
8.1.5.4.4 da NBR 14931/2003 (Estruturas de concreto – Execução – Procedimento), afirma que apenas
podem ser emendadas por solda barras de aço com características de soldabilidade, ou seja, aço
soldável.

Segundo Batista (2015), A soldagem em geral envolve a aplicação de uma elevada densidade de
energia em um pequeno volume do material, o que pode levar a alterações estruturais e de
propriedades importantes na região da solda e próxima a ela, a chamada ZTA, Zona Termicamente
Afetada. No caso das armaduras soldadas e também no caso das emendas de vergalhões por solda, uma
maneira de evitar as alterações acima citadas é a utilização de materiais que sejam menos sensíveis à
operação de soldagem, tal como é o caso dos vergalhões soldáveis que apresentam um baixo teor de
carbono equivalente. Os processos de soldagem normalmente utilizados e recomendados para a
fabricação de armaduras soldadas são o processo MIG, manual ou robotizado, utilizando arames bitolas
finas de até 1,0mm.

ZTA: Zona Termicamente Afetada

Conforme Silva (2010), quando há a união de metais por processos de soldagem por fusão,
ocorre o aquecimento e, consequentemente, a fusão localizada destes materiais, seguido por um rápido
resfriamento sob condições de restrição imposta pela geometria da junta. Como resultado, a
microestrutura original e as propriedades do metal na região próxima do metal de solda são
modificadas. Esta parte transformada do metal de base, que não chega a ser fundida, é usualmente
conhecida como zona termicamente afetada (ZTA).

Gonçalves (2016), após análise de resistência experimental e numérica de viga prismática de


concreto armado amarrado e soldado, cita: Pode-se observar que as vigas com armação soldada no pico
máximo de força, algumas amostras apresentaram quebra do estribo no local onde a solda foi feita,
podendo ser esse efeito devido à contribuição do eletrodo naquele local aplicado. Já nas vigas com

²Disponível em: <http://longos.arcelormittal.com.br/pdf/produtos/construcao-civil/arcelormittal-50s/catalogo-arcelormittal-


50s.pdf >. Acesso em 20 de maio de 2018
amarração não houve quebra ou violação dos arames no ponto de amarração; e cita ainda como
trabalhos futuros a realização de uma análise de tensões residuais da solda dos estribos.

MATERIAIS E METODOS

Para este estudo, direcionamos a análise sobre os efeitos da soldagem nas barras longitudinais
das armaduras para concreto. Serão preparados para o ensaio, 03 corpos de provas a partir de uma
barra de aço CA-50, e mais 6 corpos de provas da mesma barra, as quais receberão soldagem. O
diâmetro da barra longitudinal utilizada é de 10mm, e 5mm para os estribos, atendendo os requisitos da
norma NBR-6118.

Para que possamos obter dados que reflitam a realidade encontrada atualmente, o material da
barra utilizada foi o CA-50 comum, ou seja, o mesmo material utilizado para fabricação de ferragens
armadas também por solda. Para este estudo não analisamos o aço soldável, o qual é o material
indicado para este fim.

Corpos de prova

Figura 3 – Corpo de prova para ensaio de tração.


Fonte: Autoria própria.
Preparação dos corpos de prova soldados

A união das barras longitudinais com as transversais (estribos), foram realizadas pelo processo de
soldagem MIG-MAG. O consumível de solda utilizado, ou seja, o arame de solda foi o AWS 5.18 tipo
ER70S-6. O posicionamento da união do estribo no vergalhão será variado da seguinte forma: 03 no
centro do corpo de prova e 03 deslocado em ±20mm para que seja melhor verificado a influência da
solda no ponto de ruptura da amostra.

Figura 4: Corpo de Prova com estribo soldado com ±20mm, deslocado em relação ao centro do CP para ensaio de tração.
Fonte: Autoria própria.

Procedimento de soldagem dos Corpos de Prova

Para eliminarmos as variáveis de erros de execução de solda, realizamos a soldagem atendendo


os requisitos da norma ASME IX quanto aos requisitos de qualificação do processo de soldagem e do
soldador.

Ensaio de Tração

O método de verificação da resistência, foi através de ensaio de tração conforme normas ABNT
NBR ISO-6892 e ISO 15630-1, o qual foi realizado no laboratório de ensaios da Fatec Arthur de Azevedo
da cidade de Mogi-Mirim.
Tabela 1 – Propriedades mecânicas exigíveis de barras de fios e aço destinados a armaduras para concreto armado

Fonte: NBR 7480:2007.

Ensaio de tração nos corpos de prova

Figura 5 – Corpo de prova I (sem solda) Figura 6 – Corpo de prova II (com solda)
Fonte: Autoria própria. descentralizada em 20mm
Fonte: Autoria própria.
Figura 7 – Corpo de prova III (com solda centralizada)
Fonte: Autoria própria.

Corpos de Prova pós ensaio

Figura 8 – Corpos de provas, aço (sem solda) Figura 9 – Corpos de prova (com solda centralizada)
Fonte: Autoria própria. Fonte: Autoria própria.
Gráficos dos ensaios de Tração

Figura 10: Gráfico dos ensaios dos corpos de prova (sem solda).
Fonte: Fatec Arthur Azevedo de Mogi Mirim.
Figura 11: Gráfico dos ensaios dos corpos de prova (com solda no centro do CP).
Fonte: Fatec Arthur Azevedo de Mogi Mirim.
Figura 12: Gráfico dos ensaios dos corpos de prova (com solda no descentralizada em ± 20mm do centro do CP)
Fatec Arthur Azevedo de Mogi Mirim.

RESULTADOS

Abaixo seguem as tabelas com os comparativos dos resultados obtidos dos ensaios de tração:

Tabela 2: Resultados dos ensaios de tração dos corpos de provas (sem solda).
Parâmetro CP1 CP2 CP3 Md Dp
Limite de Resistência (MPa) 584 563,5 550,9 566,13 13,6
Módulo de Elasticidade (GPa) - - - - -
Limite de Escoamento (MPa) 491 470 460 473,67 12,9
Alongamento (%) 12,3 21,3 19,9 17,83 4,0
Redução de Área (%) 55,1 53,8 55,1 54,67 0,6
Fonte: Fatec Arthur Azevedo de Mogi Mirim.
Tabela 3: Resultados dos ensaios de tração dos corpos de provas (com solda).
Parâmetro CP1 CP2 CP3 Md Dp
Limite de Resistência (MPa) 580,4 566,41 560 568,94 8,5
Módulo de Elasticidade (GPa) - - - - -
Limite de Escoamento (MPa) 488,7 473,42 473,7 478,61 7,1
Alongamento (%) 21,01 22,25 20,77 21,34 0,6
Redução de Área (%) 55,11 56,44 55,11 55,55 0,6
Fonte: Fatec Arthur Azevedo de Mogi Mirim.

Tabela 4: Resultados dos ensaios de tração dos corpos de provas (com solda descentralizada).
Parâmetro CP1 CP2 CP3 Md Dp
Limite de Resistência (MPa) 564,25 558,61 595 572,62 16,0
Módulo de Elasticidade (GPa) - - - - -
Limite de Escoamento (MPa) 476,6 469,7 504,24 483,51 14,9
Alongamento (%) 20,71 23,05 23,08 22,28 1,1
Redução de Área (%) 53,76 56,44 56,44 55,55 1,3
Fonte: Fatec Arthur Azevedo de Mogi Mirim.

Tabela 5: Comparativo das médias dos resultados dos ensaios de tração dos corpos de provas
em relação à referência (Sem Solda)
Médias
Parâmetro CP CP CP Md Dp
S/Solda C/Solda C/Solda D
Limite de Resistência (MPa) 566,13 568,94 572,62 569,23 2,7
Módulo de Elasticidade (GPa) - - - - -
Limite de Escoamento (MPa) 473,67 478,61 483,51 478,60 4,0
Alongamento (%) 17,83 21,34 22,28 20,49 1,9
Redução de Área (%) 54,67 55,55 55,55 55,26 0,4
Fonte: Fatec Arthur Azevedo de Mogi Mirim.

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Quanto ao ponto de ruptura, esperava-se que este se desse junto ou próximo ao ponto soldado,
ou seja, na zona fragilizada pela soldagem, (ZTA), no entanto os pontos de ruptura das barras sem solda
ensaiadas foram mais aproximados da garra do equipamento de tração, ficando aproximadamente
entre o centro do CP e a garra. Já nas barras soldadas, os pontos de ruptura aproximaram-se um pouco
mais da região soldada porem ainda fora do esperado.
Notou-se também que os resultados obtidos no ensaio de tração das amostras, para as
características de resistência ao escoamento do aço CA-50, ficaram um pouco a quem do que determina
a NBR 7480:2007 como valor mínimo, ou seja, 500 MPA. No Entanto, este estudo não foi comprometido
por esta questão, pois foram comparados os dados obtidos da mesma barra em estados com solda e
sem solda da mesma amostra.
Os resultados acima apresentados, obtidos dos ensaios de tração, indicam que não houveram
perdas de resistência e das demais propriedades mecânicas dos corpos de provas analisados soldados
em relação aos de referência sem solda.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Acredita-se que, por ser pequena a quantidade de solda depositada para unir o estribo ao
vergalhão, ou seja, a relação entre a área do material base e a área afetada pela solda, não gerou
significativa exposição térmica, de forma a não afetar substancialmente as propriedades mecânicas dos
corpos de provas analisados.
De forma preliminar, até que estudos mais apurados sejam realizados, este estudo não
encontrou impedimentos no uso da ferragem armada com uso de solda na fabricação de vigas para
concreto, ficando apenas a escolha do uso entre a soldada ou amarrada em relação ao grau de
dificuldade da montagem no local da aplicação e custos.

PERSPECTIVAS PARA ESTUDOS FUTUROS

Como oportunidade de continuidade a este estudo, acreditamos que uma análise sobre a ação
da solda nos estribos seja importante, conforme assim também indicou Gonçalves (2016), em sua
dissertação, visto o motivo de serem mais afetados termicamente pela soldagem, por terem menor área
de massa em relação a solda depositada.
Também é oportuno a verificação de amostras de armaduras soldadas, coletadas aleatoriamente
no mercado, para verificar se as mesmas estão sendo devidamente executadas pelo processo de
soldagem, seguindo todos os requisitos normativos, conforme foi realizado neste estudo.
REFERÊNCIAS:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.


NBR 6118, Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Aço destinado a armaduras para estruturas de


concreto Armado – Procedimento. NBR 7480, Rio de Janeiro, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Materiais Metálicos – Ensaio de tração à temperatura


ambiente. NBR 6892, Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Barras de aço destinadas a armaduras para concreto
armado com emenda mecânica ou por solda determinação da resistência a tração. NBR 8548, Rio de
Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Execução de estruturas de concreto – Procedimento.


NBR 14931, Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Barras de aço CA-42-S com características de


soldabilidade para concreto armado. NBR 8965-85.

INTERNATIONAL STANDARD. Steel for the reinforcement and prestressing of concrete – test methods.
ISO 15630-1/2010.

THE AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL ENGINEERS. Section IX Welding Qualifications, 1983.

GONÇALVES, W.L. Análise Experimental e Numérica utilizando Vigas Prismáticas Com Armação de Aço
Com Estribos Amarrados e Soldados / Dissertação de Mestrado: UNIFEI, Itajubá/MG, 2016.

ALONSO, M.B. Caracterização de união por solda de topo em barras CA-50 com eletrodos revestidos /
Dissertação de Mestrado: Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.
SILVA, R. F. Caracterização da zona termicamente afetada de aço produzido via resfriamento acelerado /
Dissertação de Mestrado: UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais, 2010.

BATISTA, A. Vergalhão Soldável, 2015. Disponível em:<http://www.ilhafer.com.br/benef%C3%ADcios-


da-solda-mig-a103.htm> acessado em: 20 de maio, 2018.

Cartilha Aço CA50 – Soldável: disponível em:<


http://longos.arcelormittal.com.br/pdf/produtos/construcao-civil/arcelormittal-50s/cartilha
arcelormittal-50s.pdf> acessado em 20 de maio, 2018.

Armadura Soldada: disponível em:< http://longos.arcelormittal.com.br/pdf/produtos/construcao-


civil/belgo-pronto/catalogo-belgo-pronto.pdf> acessado em 20 de maio, 2018.

Os autores declararam não haver qualquer


potencial conflito de interesses referente a este
artigo.

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