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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – DCB


DISCIPLINA: BASES QUÍMICAS DA BIOLOGIA
DOCENTE: NÁDIA MACHADO ARAGÃO

PROPRIEDADE DAS SUBSTÂNCIAS


DISCENTE: MARIA EDUARDA DE JESUS MOURA

Jequié-BA
Setembro-2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................3
2. OBJETIVO.................................................................................4
3. MATERIAIS UTILIZADOS.........................................................5
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.........................................6
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................7
6. CONCLUSÃO.............................................................................13
7. QUESTIONÁRIO.........................................................................14
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................15
Introdução

Matéria é tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço, estando ela presente em três
estados de agregação estáveis que varia de acordo a temperatura e pressão na qual está
submetida, sendo elas o estado sólido, no qual as partículas estão fortemente ligadas, o
estado líquido, no qual as partículas se encontram mais fracamente ligadas do que no
estado sólido e o estado gasoso, no qual as partículas estão tão fracamente ligadas que não
tomam forma, corpo ou volume definido.
A matéria contém propriedades diversas, com as físicas (que não alteram a identidade
das substâncias), e as químicas (que são mais significativas ou fundamentais do que as
transformações físicas). Podendo também ser classificadas com gerais ou específicas, as
propriedades gerais são aquelas que se apresentam em todo tipo de matéria, como massa,
volume, elasticidade e etc. Enquanto as especificas são propriedades exclusivas de cada
matéria, como dureza, ponto de ebulição condutividade térmica entre outros. Pelas
propriedades específicas podem-se analisar as interações das partículas que compõem a
matéria.
De acordo com as propriedades específicas distingue-se a forma que essas moléculas
interagem entre si e dependendo dessas interações (ligações químicas inter e
intramolecular) a matéria será constituída por ligações iônicas, covalentes e metálicas.
Formando forças de dipolo instantâneo ou dipolo induzido que será determinado pela
polaridade das substâncias.

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Objetivo

Relacionar o tipo de ligação química em algumas substâncias com as suas propriedades


físicas.

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Materiais Utilizados

Reagentes:
 Giz
 Sal de cozinha
 Pedaços de madeira
 Açúcar
 Parafina
 Água
 Detergente
 Alumínio
 Cobre
 Barra de ferro
 Mercúrio
 Iodo
 Areia
 Grafite
 Tetracloreto de carbono (CCl₄)
 Álcool etílico (C₂H₅OH)

Equipamentos:
 Tubos de ensaio
 Pisseta
 Bico de Bunsen
 Vidros de relógio
 Placas de Petri
 Bastão de vidro
 Pinça

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Procedimento Experimental

4.1 Observou-se o estado de agregação dos seguintes materiais: giz, sal de cozinha,
madeira, açúcar, parafina, água, alumínio, cobre, ferro e mercúrio.

4.2 Foi colocado, separadamente, um grama de: sal de cozinha, iodo, parafina e areia
em vidros de relógio. Testou-se a dureza de cada sólido, esfregando com a extremidade
inferior de uma caneta de plástico, ou dispositivo similar.

4.3 Segurou-se com a mão a ponta de um bastão de giz, levou-se ao bico de Bunsen e
aqueceu-se por 30 segundos. Observou-se a condutividade térmica do material. Repetiu-se
o mesmo procedimento com os seguintes materiais: madeira, grafite e cobre.

4.4 Colocou-se, separadamente, cerca de um grama de: sal de cozinha, iodo, parafina,
areia e detergente em tubo de ensaio. Aqueceu-se em bico de gás. E observou-se o que
aconteceu. Aqueceu-se por aproximadamente dois minutos.

4.5 Testou-se a solubilidade de sal de cozinha, iodo, parafina, areia e detergente em tubo
de ensaio. Posteriormente, foi testado com álcool e por último testou-se em tetracloreto de
carbono.

4.6 Testou-se a condutividade elétrica de NaCl( s), NaCl(aq), açúcar(aq), metal, plástico,
madeira, borracha e vidro.

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Resultados e discussões

4.1 Estado de agregação

Tabela 1 – Teste do estado de agregação.

SUBSTÂNCIAS ESTADOS DE AGREGAÇÃO


GIZ SÓLIDO
SAL DE COZINHA SÓLIDO
MADEIRA SÓLIDO
AÇUCAR SÓLIDO
PARAFINA SÓLIDO
ÁGUA LIQUIDO
ALUMÍNIO SÓLIDO
COBRE SÓLIDO
FERRO
SÓLIDO

MERCÚRIO LIQUIDO
AREIA
SÓLIDO

GRÁFITE SÓLIDO

O estado de agregação baseia-se diretamente com os tipos de interação que ocorrem


entre as substâncias assim determinando como tais substâncias iram ser encontradas em
temperatura ambiente. Sendo essas caracterizadas de acordo com o arranjo molecular, que
define assim o ponto de fusão e ebulição das matérias.

Como mencionado anteriormente, a matéria em estado sólido se encontra com suas


moléculas fortemente ligadas, acarretando assim forma e volume definidos. De tal forma, o
giz, sal de cozinha, madeira, açúcar, parafina, alumínio, cobre e ferro possui estado sólido
em temperatura ambiente.

Já a água e o mercúrio se encontram em estado liquido em temperatura ambiente por


conta de suas moléculas estarem afastadas e desorganizadas, tendo volume, mas não
forma definidos.

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4.2 Teste de Dureza

SUBSTÂNCIAS DUREZA
SAL DE COZINHA DURO
IODO MOLE
PARAFINA MOLE
AREIA DURO
Tabela 2 – Teste de dureza

A ligação do sal de cozinha (cloreto de sódio) é iônica, o sódio transfere um elétron para o
cloro para formar os íons Na+ e Cl-. Sendo assim o sódio se torna um cátion, pois perde um
de seus elétrons, logo se tornando eletricamente positivo, enquanto o cloro se torna um
ânion, assim se tornando eletricamente negativo e é justamente esta a causa de tal
elemento se tornar tão resistente.

O iodo quando em temperatura ambiente se apresenta como um sólido de cor escura e


um leve brilho metálico, composto por uma ligação covalente apresenta baixo ponto de
fusão e não suporta grandes pressões físicas.

Derivada do petróleo, a parafina estruturada por hidrocarbonetos saturados com forças de


dipolo induzido. É considerada apolar. Em temperatura ambiente se encontra em estado
sólido, porém é facilmente riscada por não ter uma ligação resistente.

A areia é um conjunto de grânulos de natureza mineral, sendo um dos seus principais


componentes o dióxido de silício. Composta por ligações covalentes tem um aspecto duro,
pois tem uma estrutura fortemente entrelaçada.

Ao se analisar o material, observou-se que a areia e o sal de cozinha são duros, o iodo é
quebradiço quando passa por pressão física, a parafina é considerada mole devido a sua
facilidade em ser riscada.

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4.3 Condutividade Térmica

SUBSTÂNCIAS CONDUTIVIDADE TÉRMICA


GIZ NÃO CONDUZ
COBRE CONDUZ
GRAFITE CONDUZ
MADEIRA NÃO CONDUZ

Tabela 3 – Teste de condutividade térmica

A condutividade térmica se dá através das colisões entre as partículas que compõem as


substâncias e da distância intermolecular, para assim determinar o calor específico de cada
matéria.

O giz não conduz calor, pois a ligação iônica que o forma possui forte foça de atração
não permitindo a movimentação de elétrons necessária para a condução de calor.

Por conta de sua ligação metálica o cobre é um ótimo condutor térmico, onde há elétrons
livre que por sua agitação transferem o calor de forma mais prática.

O grafite é formado por força de dipolo induzido por conta das ligações duplas de
carbono, por conta disso, a sua força de atração é fraca fazendo que seja possível a
movimentação dos elétrons com facilidade para a condução térmica.

A madeira, considerada um isolante térmico natural por conter massas de ar na sua


estrutura. É queimado facilmente, porém por sua ligação ser covalente é um mau condutor
térmico, então como a ligação é fortemente ligada nos contém elétron livres para se
movimentarem e conduzirem calor.

4.4 Mudanças de estados


SUBSTÂNCIAS MUDANÇAS OBTIDAS
SAL DE COZINHA NÃO MUDA SEU ESTADO
IODO SUBLIMA
PARAFINA FUSÃO
AREIA NÃO MUDA SEU ESTADO

Tabela 4 – Teste de mudança de estado

Quando aquecido notou-se que o sal de cozinha não mudou o seu estado. As moléculas
do sal estão ligadas de forma iônica, ou seja, numa forte força de atração. Logo o seu ponto
de fusão é alto.

O iodo quando aquecido sublima por conta de sua ligação ser de dipolo induzido, sendo
assim fácil romper a sua ligação. O seu vapor tem uma coloração roxa, pois quando ocorre
uma passagem de elétrons de níveis de maior energia para níveis de menor energia
acontece a emissão de fótons.

Por conta de seu baixo ponto de fusão devido a sua fraca força de dipolo induzido a,
parafina mudou para o estado líquido.

Não aconteceram alterações na areia por conta de sua ligação covalente, a alta
compactação de suas moléculas faz com que a mudança de estado seja rara.

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4.5 Solubilidade
TETRACLORETO DE
SUBSTÂNCIAS ÁGUA ÁLCOOL
CARBONO
SAL DE COZINHA SOLÚVEL NÃO SOLÚVEL NÃO SOLÚVEL
IODO POUCO SOLÚVEL SOLÚVEL SOLÚVEL
PARAFINA NÃO SOLÚVEL NÃO SOLÚVEL SOLÚVEL
AREIA NÃO SOLÚVEL NÃO SOLÚVEL NÃO SOLUVEL
DETERGENTE SOLÚVEL SOLÚVEL NÃO SOLÚVEL

Tabela 5 – Teste de solubilidade

No teste de solubilidade, foi observado que substâncias de polaridades semelhantes se


solubilizam.

O sal de cozinha se solubiliza na água, pois ambas são polares, no álcool se dissolveu
pouco, pois o álcool é polar e apolar e no tetracloreto de carbono não se dissolveu, pois o
solvente é apolar.

O iodo é pouco solúvel em água por ser apolar, porém deixando uma tonalidade
amarelada na água, no álcool por se parte apolar foi dissolvido com facilidade apresentando
uma cor violeta, já no tetracloreto de carbono obteve uma alta solubilidade por ambos serem
apolar, apresentando uma tonalidade roxa forte.

A parafina é apolar então não se dissolve nem em água e nem no álcool, pelo fato de ser
um hidrocarboneto não se mistura bem com substâncias polares. Já no tetracloreto de
carbono a parafina se dissolve, pois ambas são apolares.

O detergente apresenta parte polar e parte apolar e por isso foi solúvel em água, já no
álcool que tem as mesmas características foi dissolvido parcialmente e no tetracloreto de
carbono foi insolúvel formando uma solução bifásica.

E a areia por conta de ser composta de rochas não foi solúvel em nenhum dos
solventes.

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4.6 Condutividade elétrica


Tabela 6 – Teste de condutividade elétrica

SUBSTÂNCIAS CONDUTIVIDADE ELÉTRICA


NaCl(s) NÃO CONDUZ
NaCl(aq) CONDUZ
AÇUCAR(s) NÃO CONDUZ
AÇUCAR (aq) NÃO CONDUZ
METAL CONDUZ
PLÁSTICO NÃO CONDUZ
MADEIRA NÃO CONDUZ
BORRACHA NÃO CONDUZ
VIDRO
NÃO CONDUZ

Pudemos perceber dentro do teste de condutividade elétrica que o cloreto de sódio e


açúcar em sua forma sólida não conduz energia assim com o plástico, madeira, borracha e
vidro, porque esses materiais se encontram em sua forma neutra ou possuem ligações
iônicas. Com seus elétrons tão intensamente ligados entre si que não havia elétrons livres
para realizar a condução de eletricidade.

Na solução aquosa do cloreto de sódio, pôde-se observar uma boa condutividade, por
conta da dissociação de íons Na+ e Cl-, tornando esses dois íons livres para conduzir
eletricidade. Na solução aquosa do açúcar, não ocorreu a condução, pois o açúcar
permanece com a sua forma molecular, mesmo diluída.

Já o metal foi o que apresentou melhor condução elétrica por conta das ligações
metálicas que o forma tendo no material grande quantidade de elétrons livres possibilitando
assim a condução elétrica.

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Conclusão
Os objetivos da prática foram obtidos, pois: foi possível relacionar as propriedades
físicas da matéria com os tipos de ligações presentes, através dos testes de dureza,
condutividade térmica e elétrica, solubilidade e mudança de estado, compreendendo assim
como os tipos de interação determinam as propriedades especificas de cada substância.

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QUESTIONÁRIO

5.1 Compare em termos de interações intra e intermoleculares as substâncias sal de


cozinha, iodo, parafina e areia.

Sal de cozinha: iônico

Iodo: covalente, dipolo induzido

Parafina: covalente, dipolo induzido

Areia: covalente, dipolo dipolo

5.2 Explique os resultados observados no item 4.3. Quais materiais apresentaram


maior condutividade térmica? Por quê?

O cobre e o grafite apresentam maior condutividade térmica, e o grafite por conta da sua
semelhança estrutural com as ligações metálicas (os elétrons livres em sua composição)
justificam tal característica em ambos.

5.3 Explique os resultados do item 4.5, relacionado à solubilidade das substâncias sal
de cozinha, iodo, parafina, areia e detergente em água, álcool e tetracloreto de
carbono.
O sal de cozinha se solubiliza na água, pois ambas são polares, no álcool se dissolveu
pouco, pois o álcool é polar e apolar e no tetracloreto de carbono não se dissolveu, pois o
solvente é apolar. O iodo é pouco solúvel em água por ser apolar, porém deixando uma
tonalidade amarelada na água, no álcool por se parte apolar foi dissolvido com facilidade
apresentando uma cor violeta, já no tetracloreto de carbono obteve uma alta solubilidade por
ambos serem apolar, apresentando uma tonalidade roxa forte. A parafina é apolar então não
se dissolve nem em água e nem no álcool, pelo fato de ser um hidrocarboneto não se
mistura bem com substâncias polares. Já no tetracloreto de carbono a parafina se dissolve,
pois ambas são apolares. O detergente apresenta parte polar e parte apolar e por isso foi
solúvel em água, já no álcool que tem as mesmas características foi dissolvido parcialmente
e no tetracloreto de carbono foi insolúvel formando uma solução bifásica. E a areia por conta
de ser composta de rochas não foi solúvel em nenhum dos solventes.

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Referências Bibliográficas

1. MCMURRY, Jonh. Química Orgânica. 6. Ed. São Paulo: Thomson. 2013.


2. RUSSEL. J. B. Química Geral. 2. Ed. São Paulo: Pearson. 2002.
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