Você está na página 1de 6

PROPRIEDADE E REATIVIDADE DE ELEMENTOS REPRESENTATIVOS

1. PALAVRAS CHAVE: comportamento, fenômenos químicos, evidencia


2.OBJETIVOS:
As práticas empíricas realizadas no laboratório, tiveram a finalidade de aprendizado em relação
ao reconhecimento e reatividade de alguns elementos representativos, a geração e reatividade de
Halogênios e a explicação do porquê ocorre cada reação, assim identificando suas evidências e
justificativas.
3. INTRODUÇÃO:
O estudo de elementos representativos na química geral desempenha um papel essencial na
compreensão da reação química e das propriedades dos elementos. Neste experimento,
examinamos a reatividade de vários elementos representativos, desde metais alcalinos, como
lítio, sódio e potássio, até não metais, como fósforo branco, fósforo vermelho e enxofre.
Utilizando exemplos específicos como magnésio e alumínio, estudamos as tendências de reação
desses elementos e suas implicações para a compreensão dos princípios básicos da química. Ao
estudar as propriedades e o comportamento desses elementos, podemos desenvolver uma
compreensão mais profunda dos fenômenos químicos e de seu uso em diversas situações.

4.1 MATERIAIS E MÉTODOS


MAGNÉSIO E ALUMÍNIO

 2 tubos de ensaio
 Alicate
 Bico de Bunsen
 Fita peguena de alumínio
 Fita pequena de magnésio
 Solução de NaOH 6,0 mol-1
 Solução de HCl 3,0 mol-1
 Solução de HCl 6,0 mol-1
Para descobrirmos sobre a reatividade dos elementos representativos: Alumínio e Magnésio,
o experimento baseou-se em 2 partes.
A primeira parte, utilizou-se de um alicate de metal para pinçar a pequena fita de magnésio
e levá-la ao topo da chama redutora do Bico de Bunsen e anotar o seguinte resultado. Em
seguida, efetuou-se o mesmo procedimento com a fita de alumínio.
A segunda parte, consistiu-se em colocar as fitas dos metais alcalinos em tubos de ensaio
separadamente e logo adicionou-se algumas gotas da Solução de HCl 3,0 mol em cada um.
Anotou-se a reação de observação a olho nu. Deixou-se os tubos de ensaio em repouso por
aproximadamente 1 hora. Após passado o tempo, notou-se que ambas as fitas se
dissolveram no HCl. Em breve, adicionou-se 28 gotas de NaOH 6 mol-1, no tubo de ensaio
que continha o alumínio, a quantia exata para que a solução passe pela fase de formar um
precipitado e logo tornar-se totalmente homogênea e incolor. Em seguida, adicionou-se a
mesma quantia no tubo de ensaio do magnésio, que passou pelo mesmo processo até tornar-
se um transparente levemente esbranquiçado. Por fim, adicionou-se mais algumas gotas (26
gotas no total) de HCl até que ambas as soluções se tornassem novamente incolores.
4.2 MATERIAIS E MÉTODOS
LITIO, SÓDIO E POTÁSSIO

 Água destilada
 Espátulas
 Fenolftaleína
 Pinça
 Placa de Petri
Para esse experimento, com o auxílio do professor, na capela, cortou-se o metal alcalino lítio,
pegou-o com uma pinça e introduziu-o em uma Placa de Petri que já continha água destilada e
algumas gotas de fenolftaleína. Repetiu-se o mesmo experimento com mais 2 metais alcalinos:
o sódio e o potássio e em seguida anotou-se as observações.

4.3 MATERIAIS E MÉTODOS


FÓSFORO BRANCO, FÓSFORO VERMELHO E ENXOFRE

 Erlenmeyer
 Rolha
 Colher
 Enxofre
 Agua destilada
 Azul de bromotimol
Com o auxílio de um professor, pôde-se realizar a queima do enxofre que se procedeu da
seguinte forma:
A primeira instância, utilizou-se de uma pequena quantidade de enxofre em uma colher,
localizada na base de uma rolha, afim de usá-la como vedação. Quando se introduziu a colher
dentro de um erlenmeyer contendo um pouco de água destilada, vedou-se com a rolha e agitou-
se o frasco para que a água entrasse em contato com o enxofre e anotou-se a reação assistida.

4.4 MATERIAIS E MÉTODOS


GERAÇÃO E REATIVIDADE DE HALOGÊNIOS
4.4.1 GERAÇÃO
CLORO: Realizou-se os experimentos em uma capela da seguinte maneira: Colocou-se 20 gotas
de uma solução de hipoclorito de sódio, NaClO 5% e 20 gotas de tolueno em um tubo de ensaio,
mediu-se a temperatura. Formou-se uma solução de 2 fases, a camada correspondente ao
tolueno é a superior devido a sua polaridade baixa densidade. Adicionou-se algumas gotas de
uma solução 6 mol L^-1 de HCl, na capela. Agitou-se suavemente a mistura para que fique de
forma homogênea. A cor final da reação foi laranja.
BROMO: Na capela, colocou-se 20 gotas de uma solução saturada de KBr e 40 gotas de tolueno
em um tubo de ensaio. Adicionou-se o agente oxidante da reação, somente 2 gotas de ácido
sulfúrico concentrado. Anotou-se as observações: reação exotérmica, formação do bromo no
fundo do tubo de ensaio. Após agitar o tubo de ensaio a cor final foi vermelho.
IODO: Colocou-se 20 gotas de uma solução saturada de KBr e 40 gotas de tolueno em um tubo
de ensaio. Adicionou-se 2 gotas de ácido sulfúrico concentrado, na capela. Agitou-se
suavemente a mistura de modo que o ácido se misture com a solução de iodeto de potássio.
Anotou-se as observações. Sua cor final foi arroxeada.
4.4.2 REATIVIDADE
REAÇÃO ENTRE O BR2 E O I-
Usando uma pipeta de Pasteur, transferiu-se apenas metade da fase orgânica em que o Br2
estava dissolvido para outro tubo e, logo, adicionou-se alguns cristais de KI sólido a solução e
agitou-se.
REAÇÃO ENTRE O BR2 E O Cl-
Repetiu-se a operação com a outra metade da fase orgânica contendo bromo e alguns cristais de
cloreto de sódio sólido. Registrou-se as observações.
REAÇÃO ENTRE O I2 E O ZINCO EM PÓ
Colocou-se 2,5 Ml de etanol em uma proveta e mediu-se a temperatura, 29°C. Adicionou-se o
etanol à 0,25 g de iodo em pó em um tubo de ensaio e misturou-se até sua dissolução, a cor
observada nesse instante é marrom escuro. Mediu-se a temperatura em vários momentos e a
solução foi ficando cada vez mais quente, chegando até 33°C. Podemos concluir a respeito à
alteração de energia da reação que é um processo exotérmico. Quando a reação terminou, a cor
do iodo desapareceu, sobrou zinco em excesso. Por fim, filtrou-se a solução para um tubo de
ensaio e transferiu-se algumas gotas do filtrado para um vidro de relógio e o aqueceu, até que
restasse somente um sólido esbranquiçado, o iodo.

5.1 RESULTADOS E DISCUSSÃO


MAGNÉSIO E ALUMÍNIO
Ao colocar o magnésio(Mg) sobre a chama do Bico de Bunsen ocorreu uma reação de
combustão, exotérmica e bastante rápida. Houve a queima do material e a mudança da cor, que
antes era cinza metálico, e após o derretimento passou a ter uma coloração branca, e ao final ao
reagir com o ar resultou em uma incidência de luz forte, resultando no óxido de magnésio
(MgO). A equação dessa reação devidamente balanceada é:

2 𝑀𝑔(s) + 𝑂₂(g) → 2 𝑀𝑔𝑂(s)


Seguidamente com o alumínio não foi diferente, a reação somente ocorreu mais lentamente
comparando-o ao magnésio. A seguir sua equação balanceada:
2 Al(s)+ 3/2 O2(g) -> Al2O3(s)
A explicação para que a reação seja mais rápida ou mais lenta em relação a outra se dá devido a
diferença entre a tendência de ceder elétrons, ou seja, os metais que têm maior tendência de
ceder elétrons são mais reativos e aparecem no início da fila de reatividade dos metais; já os
metais menos reativos, com menor tendência de ceder, aparecem no final da fila. Conforme a
imagem a seguir:
Além disso o alumínio apresenta uma característica de resistência à corrosão. Essa resistência se
explica devido ao fato de esse metal, quando exposto ao ar, interagindo com o gás oxigênio,
forma uma película protetora denominada óxido de alumínio (Fe2O3). Esse fenômeno recebe o
nome de passivação. Por isso, a reação do alumínio foi mais lenta comparando-o ao magnésio,
pois tem uma tendência menor de ceder elétrons.
Para o segundo experimento, ao colocar as fitas dos metais em meio ácido (HCl), não parte de
um princípio diferente do primeiro, pois ao coloca-las no tubo de ensaio contendo o ácido, no
mesmo instante o magnésio começou a efervescer, mais rápido do que o alumínio. Durante o
experimento em ambas as reações se notou a liberação de calor devido a reação exotérmica,
além da liberação de gás hidrogênio, formando as seguintes reações:

Mg(s)+2HCl(aq) = MgCl2(aq)+H2(g) e 3HCl + Al(OH)3 → AlCl3 + 3H2O

Após a adição de NaOH as reações formaram precipitado e seguiram da seguinte maneira:


MgCl2 + 2NaOH → Mg(OH)2 + 2NaCl e AlCl2 + 2NaOH → Al(OH)2 + 2NaCl

Formou-se precipitado devido a algumas propriedades da formação final, como:

Solubilidade em água: O hidróxido de alumínio é praticamente insolúvel em água,


formando um precipitado branco quando entra em contato com ela. Por outro lado, o
hidróxido de magnésio é apenas parcialmente solúvel em água, formando uma
suspensão coloidal conhecida como leite de magnésia.

Reatividade ácida: Ambos os hidróxidos reagem com ácidos, porém, o hidróxido de


magnésio reage de maneira mais vigorosa devido à maior basicidade do íon hidróxido
em relação ao alumínio.

5.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO


5.2.1 LITIO, SÓDIO E POTÁSSIO
Esses são alguns dos elementos na tabela periódica conhecidos como metais, possuem
características como: são maleáveis e fáceis de serem cortados, não são semelhantes aos demais
metais. Devido à alta reatividade com a umidade do ar e o oxigênio, são geralmente
armazenados em querosene ou óleo benzeno. Portanto, quando adicionados em água, conforme
o experimento, obtiveram uma rápida reação que desencadearam explosões, devido a combustão
do hidrogênio com o oxigênio do ar.
Os resultados desse experimento reagindo algumas peças de Li, Na e K foram semelhantes uma
a outra, a única diferença entre eles foi a intensidade em que as reações ocorreram.
As reações ocorreram da seguinte maneira (em que x equivale ao Lítio, Sódio e Potássio):
2 x(s) + 2 H2O(l) = 2 xOH (aq) + H2 (g) + calor
É um processo exotérmico, e ao final a água com fenolftaleína, através da cor rosa, deixa a
prova de que torna-se um meio básico.
A diferença de intensidade entre esses metais acontece, por motivos de distância entre os
elétrons e o centro, pois quanto mais longe os elétrons ficam do centro, mais fácil é para separá-
los. Além disso a velocidade de reação envolve conceitos como o efeito do raio atômico e o
efeito sobre a energia de ionização.
O nível de reatividade, portanto, segue como Li<Na<K

5.2.2. FÓSFORO BRANCO, FÓSFORO VERMELHO E ENXOFRE


No experimento, após o enxofre reagir com a água, liberou gás (SO2). O SO2 reage com a água
formando o ácido sulfuroso (H2SO3):
SO2 (g) + H2O (l) → H2SO3 (aq)
Ele pode também reagir com o oxigênio presente no ar dentro do pote e formar o trióxido de
enxofre, que, por sua vez, reage com a água dentro do pote e forma o ácido sulfúrico, como as
reações a seguir:
SO2(g)+ ½ O2(g) → SO3(g)
SO3(g) + H2O(l)→ H2SO4(aq)
Por consequência, uma evidencia de que o experimento foi finalizado, é a mudança de cor da
agua, que antes com o azul de bromotimol estava básico e com coloração azulada e ao final
tornou-se amarelo, provando a mudança para um meio ácido.
Com base nos conhecimentos adquiridos durante as aulas, tornou-se possível compreender as
principais reações que ocorrem ao acender um palito de fósforo.
O fósforo vermelho é colocado na lixa da caixinha. Quando riscado, o fósforo vermelho (Pn)
transforma-se em fósforo branco (P4), que é muito mais reativo e incendeia. O calor gerado
inicia a reação entre as substâncias presentes na cabeça do palito (sulfeto de antimônio e outras
substancias). A reação global é:
P4 + 5 O2 + 3 S + 2 KClO3 = P4O10 + 3 SO2 + 2 KCl + calor.

5.2.3. GERAÇÃO E REATIVIDADE DE HALOGÊNIOS


Para esses experimentos o tolueno foi somente utilizado como solvente.
REAÇÃO ENTRE BR2 E O I-
Nessa reação espontânea, processo que ocorre no sistema sem a necessidade de nenhuma ação
externa para sua continuação, houve a formação Br- e I2. O delta E > 0 comprova isso.
Segue os cálculos:
CONTA
REAÇÃO ENTRE O BR2 E O CL-
Nessa reação não espontânea, processo que não irá ocorrer sem a aplicação constante de uma
ação externa, não houve a formação de Br-. O delta E < 0 comprova isso.
Segue os cálculos:
CONTA

REAÇÃO ENTRE O I2 E ZINCO EM PÓ


Podemos observar que o etanol numa temperatura de 29°C adicionando iodo e o Zinco em pó
foi observado uma alteração de energia da reação, visto que a temperatura subiu para 31°C
comprovando assim que o processo é exotérmico. Após isso, a cor marrom do Iodo
desapareceu, a solução foi filtrada e com a ajuda de um a pipeta transferiu-se algumas gotas em
um vidro de relógio, assim ocorrendo a evaporação do solvente, logo observando a formação de
um sólido esbranquiçado.
Zn + I2 ---> ZnI2

6. CONCLUSÃO
Portanto pode-se concluir que quando ocorre uma reação química, sempre há evidências de sua
ocorrência, como: alteração de cor (indicadação de ph); efervescência (formação de gás);
mudança de temperatura (comprovação de reações endotérmicas ou exotérmicas); formação de
suspensão, etc. Na prática empírica, todas as situações foram realizadas e analisadas com
sucesso.
7 . BIBLIOGRAFIA

 Atkins
 Chang

Você também pode gostar