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Tecnologia Farmacêutica e

Dermocosméticos

TECNOLOGIA DAS
FORMAS
FARMACÊUTICAS
LÍQUIDAS NÃO
ESTÉREIS

Profa.Ovidia Augusta da F. Almeida Brito


INTRODUÇÃO:
ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS
 O que é uma mistura?
Como se classificam as misturas?

Mistura homogênea Mistura heterogênea

Apresenta as mesmas propriedades Não apresenta as mesmas


em toda a sua extensão propriedades em toda a sua extensão

Sistema monofásico Sistema polifásico

Exemplo: Exemplo:
Mistura de açúcar em água Mistura de areia em água
Formas Farmacêuticas
Líquidas Não Estéreis

Soluções
Suspensões
Emulsões
I – Soluções:
 As soluções podem ser preparadas a partir
de qualquer combinação de sólidos,
líquidos e gases, os três estados da
matéria.
 Em farmácia o interesse em soluções está
limitado, na maioria das vezes, a
preparações contendo um soluto sólido,
líquido e, com menos freqüência, gasoso
dissolvido num solvente líquido.
CONCEITO DE SOLUÇÃO
 Conceito
Qualitativo:
Sólido + Líquido
Líquido + Líquido
Gás + Líquido

Anatomia:
Dispersor (Solvente) NaCl
+ Disperso (Soluto) NaCl H2O +
H2O
CONCEITO DE SOLUÇÃO
 Conceito Quantitativo - Relação: Soluto / Solução

Concentração Percentual - C
C= Massa do Soluto (g) / Volume da Solução (L) - (M/V)
C= Volume do Soluto (mL) / Volume da Solução(L) -(V/V)

Concentração Molar - M
M= Número de Moles do Soluto / Volume da Solução (L)

Concentração Molal - Ml
Ml= Número de Moles do Soluto / Massa do Solvente (Kg)
Classificação das
Soluções Farmacêuticas
 De acordo com o uso específico:
 soluções orais,
 soluções auriculares,
 soluções oftálmicas,
 soluções tópicas.

 Outras soluções:
 xaropes;
 elixires;
 espíritos ou águas aromáticas
 tinturas ou extratos fluídos
 injetáveis.
Formulando e Preparando
Soluções... É preciso...
 Saber as informações sobre a solubilidade e a
estabilidade de cada um dos solutos presentes
em relação ao solvente ou ao sistema solvente
empregado.
 Evitar combinações de fármacos ou adjuvantes
que ocasionem interações químicas ou físicas
que possam afetar a qualidade terapêutica ou a
estabilidade farmacêutica do produto.
 As solubilidades de muitos fármacos nos
solventes usuais estão estabelecidas na USP e
em outros livros de referência.
SOLUBILIDADE

• A solubilidade de uma substância num


determinado solvente indica a concentração
máxima na qual uma solução com aquela
substância e aquele solvente pode ser
preparada.
• Quando um solvente, em dada temperatura, já
tiver dissolvido todo o soluto de que é capaz,
diz-se que está saturado.
ESTIMATIVA DA SOLUBILIDADE
DE UM FÁRMACO NUM LÍQUIDO
Baseando-se na estrutura molecular e nos grupos
funcionais do fármaco.

As informações colhidas com grande número de


compostos químicos levaram à caracterização da
solubilidade dos grupos de compostos, e embora possa
haver eventuais imprecisões no que diz respeito a algum
membro de um grupo, as generalizações são úteis.

Quanto maior o número de grupos polares presentes,


maior será a probabilidade de solubilidade do composto
orgânico em água.
EXPRESSÕES GERAIS QUE
DESCREVEM A SOLUBILIDADE RELATIVA
Relação de Solubilidade em Água entre
Sais e Bases Orgânicas Correspondentes:
Moléculas Orgânicas:

 Moléculas que têm um grupo funcional polar


geralmente são solúveis até o comprimento
total de cadeia de cinco carbonos.
 As moléculas que têm cadeias ramificadas são
mais solúveis que o composto correspondente
com cadeia reta.
 A hidrossolubilidade diminui com o aumento
do peso molecular.
 Quanto maior a semelhança estrutural entre
soluto e solvente, maior a solubilidade.
Solventes Auxiliares:
 Mais Usados:
 Álcool,
 Glicerina e
 Propilenoglicol.

 Contribuem de maneira eficaz para a obtenção


das características das soluções farmacêuticas
e para manter a sua estabilidade.
A Água na Indústria Farmacêutica:
Água Purificada, USP
 Obtida por destilação, tratamento por troca de íons,
osmose reversa ou outros processos apropriados.
 É preparada com água que atenda aos requisitos
dos órgãos de proteção ambiental referentes à
potabilidade.
 Quando evaporada à secura, não deve deixar mais
de 0,001% de resíduos (1 mg de sólidos totais por
100 ml de amostra evaporada).
 Destina-se à preparação de formas farmacêuticas
aquosas, exceto as destinadas à administração
parenteral (injetáveis).
PREPARAÇÃO DAS SOLUÇÕES

 Na maioria das vezes, as soluções


farmacêuticas não são saturadas com soluto.

 A concentração dos preparados farmacêuticos


costuma ser expressa em termos de
porcentagem, embora nas preparações muito
diluídas possam ser usadas expressões
concentração proporcional.
Acelerando a dissolução:

 Calor
 Tamanho das partículas
 Agente solubilizante
 Forte agitação
SOLUÇÕES ORAIS E
PREPARADOS PARA SOLUÇÃO ORAL
 As soluções destinadas à administração oral
geralmente contêm flavorizantes e corantes para tomar
o medicamento mais atraente e palatável.
 Quando necessário, também podem conter
estabilizantes, para manter a estabilidade química e
física das substâncias ativas, e conservantes para
evitar a proliferação de microrganismos na solução.
 Formuladas de tal modo que o paciente recebe a dose
usual do medicamento num volume conveniente de
administração:
 5 ml (uma colher das de chá),
 10 ml ou 15 ml (uma colher das de sopa).
Preparações Extemporâneas
 Alguns fármacos têm estabilidade insuficiente para
garantir longos prazos de validade.
 Forma de pó ou de grânulos para reconstituição.
 Essas misturas em pó contêm todos os componentes
da fórmula, como princípio ativo, flavorizante, corante,
tampões e outros, exceto o veículo.
 Uma vez reconstituídas, as soluções resultantes
permanecem estáveis quando guardadas em
refrigerador pelo período indicado na bula, que em
geral é de sete a catorze dias, dependendo da
preparação.
Soluções orais para reidratação
 Calcula-se que mais de cinco milhões de crianças
com menos de quatro anos de idade morram
anualmente por motivo de diarréia no mundo inteiro.
 As soluções para reidratação oral geralmente são
eficazes no tratamento de pacientes com pouca
depleção volêmica, de 5 a 10% do peso corporal.
 Uma típica solução oral para reidratação contém 45
mEq de Na+, 20 mEq de K+, 35 mEq de Cl-, 30
mEq de citrato e 25 g de dextrose por litro.
 Essas formulações são vendidas em líquido ou em
pó para reconstituição.
Solução oral para lavagem do cólon
 Colonoscopia: administração de dietas
liquidas durante 24 a 48 horas antes da
intervenção, de laxantes orais, como por
exemplo citrato de magnésio ou bisacodil
na noite anterior, e enemas duas a quatro
horas antes da intervenção.
 Solução balanceada de eletrólitos com
polietilenoglicol (PEG-3350)
XAROPES
 Conceito: preparações aquosas concentradas de
um açúcar ou de outra substância que o substitua,
com ou sem acréscimo de flavorizantes e princípios
ativos.
 Xaropes não medicamentosos: contêm flavorizantes
mas não fármacos.
 São preparados combinando-se cada um de seus
componentes, como sacarose, água purificada,
flavorizantes, corantes, com o fármaco e outras
matérias-primas indicadas.
 É possível encontrar grande variedade de fármacos
na forma de xarope.
COMPONENTES DOS XAROPES
 Além da água purificada e dos fármacos... :
1) Açúcar, usado para tornar o produto doce e
viscoso,
2) Conservantes antimicrobianos,
3) Flavorizantes e
4) Corantes.
Além disso, muitos xaropes, especialmente os
comercializados, contêm solventes especiais,
agentes solubilizantes, espessantes ou
estabilizantes.
Xaropes à base de sacarose
e os isentos de açúcar

 Outros açúcares:
 dextrose, ou por
 Não açúcares:
 Sorbitol, glicerina e propilenoglicol.
 Substâncias Não Glicogênicas:
 metilcelulose ou hidroxietilcelulose.
Xarope Simples
 85 g de sacarose em água purificada suficiente para
produzir 100 ml de xarope.
 Não precisa de conservantes;
 Não possui água disponível: proliferação microbiana?
 Sua densidade é de aproximadamente 1,313.
 A solubilidade da sacarose em água é de 1 g em 0,5
ml; assim, para dissolver 85 g de sacarose, seriam
necessários 42,5 ml de água.
Xarope anti-histamínico
 Maleato de clorfeniramina 0,4 g
 Glicerina 25,0 ml
 Xarope 83,0 ml
 Solução de sorbitol 282,0 ml
 Benzoato de sódio 1,0 g
 Álcool 60,0 ml
 Corante e flavorizante q.s.
 Agua purificada, q.s.p 1000,0 ml
Xarope de sulfato ferroso

 Sulfato ferroso 135,0 g


 Ácido cítrico 12,0 g
 Solução de sorbitol 350,0 ml
 Glicerina 50,0 ml
 Benzoato de sódio 1,0 g
 Flavorizante q.s.
 Água purificada, q.s.p 1000,0 ml
Conservantes, Flavorizantes
e Corantes.
 Conservantes antimicrobianos
 Ácido benzóico (0,1 a 0,2%),
 Benzoato de sódio (0,1 a 0,2%)
 Combinações de metil, propil, e butilparabenos (num
total de aproximadamente 0,1%).
 O Álcool normalmente não está presente em
quantidade que possa ser considerada suficiente
para a conservação (15 a 20%). 
 Flavorizantes
 Corantes
Conservantes, Flavorizantes
e Corantes.
 Flavorizantes (tornando o sabor agradável...)
 Sintéticos ou naturais,
 Óleos voláteis (ex., óleo de laranja),
 Vanilina e
 Outros...
 Hidrossolubilidade
 Flavorizantes pouco hidrossolúveis: Adição de Álcool
 Corantes (tornando o xarope mais atraente...)
 Devem:
 Combinar com o flavorizante
 Ser hidrossolúveis, não reativos com os outros componentes
 Apresentar cor estável (pH e luz)
PREPARAÇÃO DOS XAROPES:
 Características físico-químicas dos componentes...
 4 métodos:
 1) dissolução com ajuda de calor;
 2) dissolução sem aquecimento,
 3) acréscimo de sacarose a um liquido medicinal...
 4) mais de um dos métodos acima...
CONSERVAÇÃO DOS XAROPES
 (1) armazenagem em baixa temperatura,
 (2) conservantes:
 glicerina,
 ácido benzóico,
 benzoato de sódio,
 metilparabeno ou
 álcool...
 (3) alta concentração de sacarose

 No entanto, surgem dificuldades...


 Qual a quantidade do conservante?
O método da "água livre"
 EXEMPLO : Que quantidade de álcool?
 Rx
 Fármaco 5 ml
 Outras matérias-primas sólidas 3 ml
 Glicerina 15 ml
 Sacarose 25g
 Etanol 95% q.s.
 Agua purificada q.s.p. 100 ml
 Dados:
 Densidade do Xarope Simples= 1,313
 Quantidade de água conservada pelo xarope?
 O volume ocupado pela sacarose, fármaco e outros sólidos ?
 A Glicerina: conserva uma quantidade equivalente de volume
 18% de álcool para conservar a água ....
ADMINISTRAÇÃO E USO CORRETO
DAS FORMAS LÍQUIDAS ORAIS
 O mais prático é que isso seja feito com colher
das de chá ou das de sopa, dependendo da
dose desejada.
 É preferível que a medida seja feita de maneira
mais precisa, por meio de dispositivos que
garantam a administração da dose correta
 É recomendável que após a ingestão do
medicamento o paciente tome um copo de
água.
 A história do paciente... Diabéticos, álcool...
ELIXIRES
 Soluções hidro-alcoólicas transparentes,
edulcoradas e geralmente flavorizadas.

 Menos doces e menos viscosos que os xaropes.


 Mais adequados que os xaropes para manter em
solução componentes solúveis em água e álcool.
 Características: estáveis e de fácil preparação.
 A proporção de álcool: Muito variável...
 Outros solventes: glicerina e propilenoglicol.
 Edulcorante artificial: sacarina – Alto teor alcoólico.
 Flavorizantes e corantes...
 Autoconservantes: de 10 a 12% de álcool...
 As formulações ficam por conta dos fabricantes.
Elixir de Fenobarbital
 Fenobarbital 4,00 g
 Óleo de laranja 0,25 ml
 Propilenoglicol 100,00 ml
 Álcool 200,00 ml
 Solução de sorbitol 600,00 ml
 Corante q.s.
 Água purificada, q.s.p 1000,00 ml
Exercícios
 Realize os cálculos necessários, para atender a
Prescrição médica, manipulando a forma
farmacêutica liquida oral.

Cloridrato de Cetirizina..........10mg por 5 mL


Zinco quelado à 20%..............20mg por 5 mL
Vitamina B1............................30mg por 5 mL
Xarope Simples q.s.p.........................200 mL
Dar 5 mL a noite.
 
Formas Farmacêuticas
Líquidas Não Estéreis

Soluções
Suspensões
Emulsões
Suspensões: Introdução
 Vantagens:
 facilidade de deglutição
 homogeneidade da dose.

 As dispersões de substâncias sólidas num


líquido podem ser classificadas pela
solubilidade da fase dispersa na fase
dispersante, resultando desde dispersões
moleculares (no caso de haver solubilidade) até
suspensões, quando o disperso é insolúvel no
dispersante.
O que é uma dispersão?

“Dispersão é o nome dado ao sistema


constituido de duas ou mais espécies químicas
uniformente distribuidas entre si...”
• Disperso é a substância presente na dispersão em
menor quantidade.

• Dispersante também chamado de dispergente é a


substância presente na dispersão em maior quantidade.
Classificação das Dispersões quanto ao
tamanho das partículas da fase dispersa

Partículas do disperso Denominação


< 1 nm Dispersões moleculares,
soluções verdadeiras
1-100 nm Dispersões coloidais
> l00nm Suspensões
 
Anatomia de uma Suspensão
Suspensões: Conceitos
 São sistemas heterogêneos contendo uma fase sólida
dispersa na fase externa líquida ou semi-sólida. Estas
últimas constituem as pomadas tipo suspensão (pastas),
que não serão tratadas aqui.
 Formam dispersões particuladas: a fase interna, chamada
dispersa, é insolúvel, ou praticamente insolúvel, na fase
externa (fase dispersante).
 Geralmente, a fase dispersa representa 0,5 a 40% da
preparação e apresenta partículas de dimensões entre 0,1
e 100 m.
 Grande versatilidade, o que justifica seu emprego,
podendo ser administradas, por exemplo, pelas vias oral,
parenteral e cutânea.
Exemplos de Suspensões Orais
Justificativas para
o emprego de suspensões
 Justificativa
 Insolubilidade dos Fármacos
 Melhoria do sabor  
 Obtenção de ação prolongada
 Aumento da estabilidade dos fármacos.
Problemas na formulação
 Preparo relativamente complexo

 Principais problemas técnicos:


1- controle da velocidade de sedimentação.
 2- molhabilidade das partículas dispersas.
Fases das Suspensões
Estabilizantes:
Agentes Suspensores
Sedimentação:
Agentes suspensores

 Frequentemente, as partículas sólidas da


fase dispersa são mais densas que as
partículas líquidas da fase externa:
sedimentação das partículas do disperso.
 A velocidade de sedimentação de
partículas sólidas num meio fluido é
regida pela lei de Stokes
Lei de STOKES

 V= 2r2 (1 - 2) g


18
 A velocidade de sedimentação das partículas (v),
influenciada pela força da gravidade (g), é diretamente
proporcional ao raio das partículas dispersas (r) e à
diferença entre as densidades da fase dispersa (d1) e da
fase dispersante (d2), e inversamente proporcional à
viscosidade do meio dispersante (h). Resumindo...
Agentes Suspensores
para veículos aquosos
 Gomas: arábica (5-10%) e adraganta (2%),
 Alginatos (Kelgin®, Kelcosol®, Kelcoloid®)
 Metilcelulose (MC400 2,4%, MC1500 1,7%, MC4000 1,35%),
 Hidroxietilcelulose (Cellosize®),
 Carboximetilcelulose sódica,
 Celulose microcristalina,
 Carbopol 934,
 Argilas (Bentonita, Atapulgita, Hectorita = Veegum®),
 gelatina (Pharmagel A e B),
 Polietilenoglicóis, álcool polivinílico e polivinilpirrolidona.
 Para veículos oleosos: Lanolina (5-6%), ceras (1%) e
monoestearato de alumínio (2%).
Flutuação:
Molhabilidade das partículas
 Nas suspensões farmacêuticas, dificilmente ocorrerá
flutuação das partículas dispersas causada pela menor
densidade destas em relação à fase externa.

 O que ocorre, com certa freqüência, é a baixa ou nula


molhabilidade das partículas dispersas pela fase líquida:
repelência pela fase externa
Preparação de Suspensões:
Floculação Controlada
 Tão importante quanto a velocidade de sedimentação é o
tipo de sedimento formado, ou seja, sua estrutura.
 As partículas devem permanecer uniformemente dispersas
no veículo por um período de tempo satisfatório, para
assegurar correta dosificação, e, ao sedimentarem, serem
facilmente redispersíveis por agitação.
 Sedimentos de estrutura agregada e compacta...
 Desfloculação: forças de repulsão interparticular...
...cargas elétricas na superfície das partículas.
 Partículas eletricamente carregadas ficam envolvidas por
uma atmosfera iônica. Formam-se duas camadas elétricas:
 1- quase fixa na superfície das partículas, movendo-se, inclusive,
com o próprio movimento destas,
 2- difusa, que se estende até determinada distância no liquido
dispersante.
Preparação de Suspensões:
Floculação Controlada
 Potencial Zeta : potencial de um campo elétrico gerado pela dupla
camada iônica das partículas eletricamente carregadas.
 Impede a aproximação das partículas por um efeito de repulsão.
 O potencial zeta é tanto maior quanto maior for a camada difusa,
resultando em maior força de repulsão entre as partículas
dispersas: estado de desfloculação - tendência à formação de
sedimentos compactos de difícil redispersão.
 Floculação controlada é uma ação tecnológica utilizada para
controlar o estado de desfloculação e modificar a estrutura do
sedimento formado.
 Certas substâncias, como eletrólitos, polímeros iônicos e
tensoativos iônicos, ao serem adicionadas a uma dispersão de
partículas desfloculadas, podem se acumular na dupla camada
elétrica e atuar na carga elétrica original da partícula, reduzindo o
potencial zeta e promovendo a floculação do sistema.
Agentes Floculantes
 Reduzem o potencial zeta, causando a aproximação
das partículas até uma distância entre 1000 e 2000 A.
 A estrutura flocular, assim formada, apresenta as
partículas frouxamente ligadas, dando origem a
sedimentos facilmente redispersíveis.
 Eletrólitos, como os íons fosfato (floculante negativo) e
o íon alumínio (floculante positivo) são os agentes
floculantes de maior utilização.
 A determinação da concentração ideal de agente
floculante é realizada experimentalmente, recorrendo-se
ao preparo de uma série de suspensões, contendo
concentrações crescentes do agente floculante.
Acondicionamento das Suspensões
Acondicionamento das Suspensões
 Geralmente apresentam-se prontas para consumo,
devendo o frasco ser agitado antes do emprego.
 Fármacos instáveis: suspensão extemporânea...
 fármaco+agente suspensor+adjuvantes: na forma de pó
 O próprio paciente finaliza a preparação, adicionando
água filtrada até atingir o volume assinalado no frasco ou
no rótulo do produto.
 Frascos próprios para líquidos, com capacidade um
pouco maior que o volume total da preparação, para
facilitar a agitação antes do uso.
 Orientação farmacêutica...
Exercício.

 1-) Se o formulador dissolve o conteúdo de 8 cápsulas


cada uma contendo 250mg de cloridrato de clindamicina
em quantidade suficiente de solvente para preparar
120,0mL de solução, qual a porcentagem (p/v) na
solução final?
 2-)Se uma injeção intravenosa contém 20% (p/v) de
manitol, quantos mL dessa injeção deverão ser
administrados para oferecer ao paciente uma dose de
100,0g de manitol?

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