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Lubrificantes e Técnicas de Lubrificação

Objetivo: D i s c o r r e r s o b r e l u b r i f i c a n t e s e t é c n i c a s d e l u b r i f i c a ç ã o n a r e l a ç ã o c o m o s d i f e r e n t e s
elementos de máquinas, métodos e aplicações.

– Introdução
2) - Óleos Lubrificantes
2.1) - Introdução
2.2) - Sistemas de Refinação
2.3) - Características Físicas e Químicas
2.3.1) - Densidade
2.3.2) - Ponto de inflamação e de Combustão
2.3.3) - Viscosidade
2.3.4) - Índice de Viscosidade
2.3.5) - Ponto de Fluidez ou de Congelamento
2.3.6) - Resíduo de Carbono
2.3.7) - Cinzas Sulfatadas
2.4) - Aditivação de lubrificantes

3) - Graxas Lubrificantes
3.1) - Introdução
3.2) - Composição
3.3) - Composição
3.4) - Fabricação
3.5) - Características

4)- Lubrificação
4.1)- Generalidades
4.2)- Métodos de Aplicação de Óleos
4.3)- Mancais de Deslizamento
4.4)- Mancais de Rolamentos
4.5)- Réguas, Guias e Barramentos
4.6)- Engrenagens
4.7)- Sistemas de Circulação
4.8)- Sistemas Hidráulicos
4.9)- Lubrificação de Cilindros: Compressores de Ar

5)- Conclusão

6) Bibliografia

TRIBOLOGIA

Numa linguagem mais simples, Tribologia nada mais é do que o estudo do atrito. Todos nós conhecemos e estamos diante do
atrito o tempo todo. É graças ao atrito que podemos, por exemplo, caminhar. Os automóveis se deslocam graças ao efeito do
atrito sobre as suas rodas, e ainda, só conseguimos segurar um simples copo também devido ao atrito. Podemos observar que
o atrito está presente nas atividades mais corriqueiras do nosso dia-a-dia, permitindo-nos realizar simples ações, mas podendo
também ser indesejável, como em mancais e rolamentos.

O atrito tem origem nas microscópicas imperfeições da superfície dos materiais, de maneira que, até
uma polida barra de ouro apresenta atrito. Como o próprio nome sugere, o que ocorre é um "atrito" ou
fricção entre as superfícies dos corpos em contato, gerando uma força que age, tangencialmente às
superfícies, chamada de Força de Atrito (Fat). A força de atrito é a soma, das componentes
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tangenciais à superfície, das forças elementares de ação e reação que atuam na estrutura
microscópica de ambos os corpos em contato, quando esses são postos a deslocar-se, um
relativamente ao outro.(Fig.1) Sendo assim, a sua representação vetorial é feita, tangencialmente à
superfície do corpo em questão e com o sentido contrário à tendência do movimento.
Observa-se que a força de atrito entre duas superfícies depende da força com que se comprime essas
superfícies uma contra a outra (Força Normal à superfície) e do grau de irregularidade da superfície,
esse último medido através do Coeficiente de Atrito, que é um número adimensional e representa a
relação entre a força de atrito e a força normal que age sobre as superfícies, de maneira que
podemos escrever:

Coeficiente de Atrito = Fat / N, ou Fat = M x N.

Observe que a força de atrito não depende da área de contato entre as superfícies. Embora isso seja
aceito e aplicado mundialmente, existem experimentos que apontam para uma dependência entre o
atrito e a área de contato.

Note-se que a força de atrito não ocorre apenas quando há deslocamento. Quando um corpo está em
repouso, mas submetido à ação de uma força que não seja capaz de iniciar o seu movimento, o atrito
já está agindo e é justamente a força de atrito que impede o deslocamento do corpo.(Fig.2)

É o que ocorre, por exemplo, quando tentamos empurrar um objeto pesado, como uma geladeira, por
exemplo. Quando tentamos empurrá-la aplicamos uma força, até que ela entre em movimento. Durante
o seu repouso o que atua é a força de atrito, anulando a nossa força. Nesse caso a força de atrito
atua no corpo ainda em repouso e é chamada Força de Atrito Estático, pois o corpo ainda está em
repouso. Se continuarmos a aumentar nossa força, tentando empurrar o objeto, a força de atrito
estático também aumenta, até que o corpo entra em movimento. Nesse instante percebe-se que a
força de atrito diminui ligeiramente ficando mais fácil empurrar o objeto, depois que ele entra em
movimento.
Percebemos, portanto, que o atrito estático é maior ou igual ao atrito dinâmico, este último ocorrendo
justamente depois do início do movimento (Fig. 3). Me>=Mc.
Uma explicação para essa questão seria o fato de que depois de iniciado o movimento ocorre uma
menor interpenetração entre as irregularidades das superfícies...

"é como se não houvesse tempo para que as superfícies se encaixassem."

Note-se que o atrito não existe apenas nos corpos sólidos, os fluidos, como a água ou o ar, também
exercem forças de atrito sobre os corpos que lhes atravessam ou mesmo entre as suas camadas. É
justamente isso que define a viscosidade dos fluidos e a sua resistência ao escoamento. A nossa
pesquisa, no entanto, apenas desenvolverá o atrito seco, sem lubrificação, entre sólidos, mas
especificamente, entre os diversos tipos de aços e metais usados em Engenharia Mecânica e Civil.

CURIOSIDADES:

Menor Fricção:

De acordo com o GUINNESS BOOK, o Livro dos Recordes, o menor coeficiente de atrito estático e dinâmico era, em 1995, de
cerca de 0,04 e corresponde ao politetrafluereteno (PTFE, [-C2-F4-]n). Esse coeficiente equivale a gelo molhado sobre gelo
molhado. Sua primeira produção em escala foi feita em 1943 e vendida com o nome comercial de Teflon. Seria impossível a
um ser humano andar sobre uma superfície dessas, haja vista que a força de atrito em seus pés seria reduzidíssima.
Na edição de 1996, no entanto, o Guinness publicou um menor coeficiente de atrito, 0,03. Este resultado foi obtido ao deslizar-
se o óleo lubrificante Hi-T-Lube sobre ele mesmo. Já o lubrificante mais eficiente do mundo é o Tufoil, fabricado pela
Fluoramics Inc. de Mahwah, Nova Jersey, cujo coeficiente de fricção e 0,29.
-
Na centrífuga da Universidade de Virgínia, EUA, um rotor sustentado magneticamente foi girado a 1000rps em um vácuo de 10
6
mm de Hg. Ele perde apenas um rps por dia, o que lhe permitirá girar durante anos.

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INTRODUÇÃO
Neste trabalho será mostrado, através de duas partes distintas, uma dissertação sobre lubrificantes e lubrificação.
Primeiro será dada a exposição sobre óleos e graxas lubrificantes, apresentando suas características básicas e os
aperfeiçoamentos que são feitos para sua utilização.
Na outra parte do trabalho, serão mostradas as aplicações específicas dos lubrificantes em certos elementos mecânicos,
dando ênfase aos que compõem máquinas operatrizes.

2) - Óleos Lubrificantes

2.1) - Introdução

Os Óleos lubrificantes são preparados com crus de petróleo com características físicas e o grau de
rendimento operacional e quantitativo dos lubrificantes apresentando diferenças consideráveis.
Estes Óleos são obtidos com base na parte mais viscosa dos crus e separados por destilação. Podem
t a m b é m s e r p r o d u zi d o s p o r s í n t e s e , p a r t i n d o d e h i d r o c a r b o n e t o s m a i s l e v e s p r o v e n i e n t e s d o s c r u s e
incluir, ainda, elementos orgânicos não derivados de produtos petrolíferos.
Os crus petrolíferos são diferenciados de acordo com o tipo de sua base. Existem os de base
parafínica, de base intermediária e de base naftênica.
São consideráveis as diferenças entre as propriedades físicas dos Óleos lubrificantes fabricados com
d i f e r e n t e s t i p o s d e c r u s . P o r e x e m p l o , o s Ó l e o s l e v e s p r o v e n i e n t e s d o s c r u s p a r a f í n i c o s c a r a c t e r i za m -
se por um alto Índice de viscosidade, um elevado ponto de congelação e um baixo peso específico.
Outros produtos, identicamente destilados, mas provenientes de crus de base intermediária, têm um
Índice de viscosidade mais baixo, um igual ou possivelmente inferior ponto de congelação e um peso
específico mais elevado, enquanto que os obtidos por simples destilação de crus de base naftênica
mostram um baixo Índice de viscosidade, um baixo ponto de congelação e um peso específico
superior aos dos de base parafínica e intermediária.
O fabricante de óleos lubrificantes tem de escolher criteriosamente entre os crus de várias
procedências, o que lhe convém. Esta escolha terá de ser baseada nos conhecimentos das
p r o p r i e d a d e s f í s i c a s o u q u í m i c a s d o s p r o d u t o s l u b r i f i c a n t e s q u e p o d e p r o d u zi r c o m o s i s t e m a d e
processamento a seu dispor.

2.2) - Sistemas de Refinação

São vários os processos para a refinação de óleos lubrificantes. O primeiro trabalho consiste em
proceder à destilação fracionada do cru para separar os produtos mais voláteis, não lubrificantes, das
f r a ç õ e s r e s i d u a i s m a i s d e n s a s a s e r e m u t i l i za d a s n o f a b r i c o q u e t ê m e m v i s t a .
A presença de parafina em quantidade excessiva, de grande número de hidrocarbonetos instáveis, de
r e s i n a s , a s f a l t o s e o u t r o s e l e m e n t o s i n d e s e j á v e i s , e x i g e n o v a s r e f i n a ç õ e s p a r a q u e s e p o s s a p r o d u zi r
um óleo de alta qualidade.
Os processos de refinação são os seguintes:
Refinação por solventes; Refinação por Ácidos; Remoção de parafina; Descoloração e Hidrogenação.

2.3) - Características Físicas e Químicas

As características de comportamento em serviço de um lubrificante não podem ser devidamente descritas, partindo apenas de
resultados obtidos pela análise de suas propriedades físicas ou químicas. É por essa razão que os consumidores de
lubrificantes, como as entidades militares e muitas organizações comerciais, exigem, nas suas especificações, ensaios de
rendimento efetivo além das características físicas e químicas.

2.3.1) - Densidade

Densidade de uma substância é a relação entre o peso de um determinado volume de matéria e o


peso de igual volume de água, medidos à mesma temperatura. Na prática, os métodos mais usuais
p a r a d e t e r m i n a r a d e n s i d a d e u t i l i za m h i d r ô m e t r o s o u p i c n ô m e t r o s . U m s i s t e m a d e u n i d a d e s m u i t o
usado na indústria de petróleo para representar a densidade é o seguinte:
Graus A.P.I. =(141,5 1 / Densidade) - 131,5.

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Como a densidade se modifica em função de variações térmicas, as suas determinações são
normalmente efetuadas a temperaturas controladas, ou então corrigidas por meio de tabelas, de
a c o r d o c o m a t e m p e r a t u r a p r e s c r i t a p a r a o e n s a i o u t i l i za d o .

2.3.2) - Ponto de inflamação e de Combustão

O ponto de inflamação de um Óleo é a temperatura mínima à qual o óleo liberta à sua superfície, uma
concentração suficiente de vapores, para se inflamarem, quando se aproxima uma chama livre.
Por exemplo, se aquecermos um óleo lubrificante em um recipiente aberto com velocidade de
aquecimento pré-fixada, começará a liberação de pequenas quantidades de vapores inflamáveis, que
aumentarão com a temperatura. À temperatura mínima, medida no seio do óleo, a que, por
aproximação de uma chama livre, se produz a combustão fugaz dos vapores acumulados à superfície,
dá-se o nome de ponto de inflamação. No entanto, a concentração de vapores não é suficiente para
m a n t e r a c o m b u s t ã o e a c h a m a a p a g a - s e . T o d a v i a , s e f i ze r m o s a u m e n t a r s u f i c i e n t e m e n t e a
temperatura no seio do óleo, a liberação dos vapores será bastante rápida para manter uma
c o m b u s t ã o c o n t í n u a . A o v a l o r d e s t a t em p e r a t u r a c o r r e s p o n d e o p o n t o d e c o m b u s t ã o .

2.3.3) - Viscosidade

Provavelmente a propriedade mais importante de um óleo lubrificante é a sua viscosidade. Esta


propriedade traduz o grau de atrito interno ou de resistência que um líquido oferece ao fluir. A
v i s c o s i d a d e a b s o l u t a d e u m l í q u i d o t e m s i d o d e f i n i d a c o m o o a c r é s c i m o d e f o r ç a n e c e s s á r i a p a r a f a ze r
deslocar uma superfície plana de um centímetro quadrado sobre outra, com a mesma configuração, à
r a zã o d e u m c e n t í m e t r o p o r s e g u n d o , e s t a n d o o s r e f e r i d o s p l a n o s s e p a r a d o s e n t r e s i p o r u m a c a m a d a
de líquido de um centímetro de espessura. A unidade usada para medir essa força é o "poise", que
tem as dimensões grama por centímetro por segundo. A unidade em que se exprime a viscosidade
cinemática é o "stoke" cujas dimensões são centímetros quadrados por segundo.
Viscosidade cinemática (Vk) = Viscosidade Absoluta (VA) / Peso específico
Vk ("Centistoke") = VA ("Poise") / (100 x Peso Específico)

Outros sistemas de medida da viscosidade são o Saybolt, Redwood e Engler.

A viscosidade do lubrificante tem que ser suficientemente elevada para assegurar uma película
lubrificante e bastante baixa, para que as perdas por atrito próprio não sejam excessivas. Dado que a
viscosidade do lubrificante se altera com variações térmicas, torna-se necessário levar em conta a
temperatura que o óleo atingirá quando a máquina se encontrar em funcionamento, além disso, como
no caso dos óleos para automóveis, estes devem ser suficientemente fluidos, mesmo a temperaturas
a b a i x o d e ze r o , p a r a p e r m i t i r e m o a r r a n q u e e a r á p i d a c i r c u l a ç ã o d o ó l e o .

Em alguns óleos lubrificantes, a viscosidade altera-se mais com as variações térmicas do que em
outros. Hoje se adicionam polímeros para modificar a variação dos óleos lubrificantes, no aspecto de
viscosidade, com a temperatura.

O fato da viscosidade dos óleos lubrificantes se modificar com a temperatura é um fator importante
para muitas aplicações. Apesar de terem sido propostos vários sistemas para a representar, não se
c o n s e g u i u a i n d a e s t a b e l e c e r q u a l q u e r a c o r d o m u n d i a l . O m a i s u t i l i za d o é o Í n d i c e d e v i s c o s i d a d e .

Classificação ISO de viscosidade

Grau de Viscosidade Limite de Viscosidade Limite de Viscosidade


Viscosidade Mediana Cinemática cSt à 40º C Cinemática cSt à 40º C
ISO cSt à 40º C Mínimo Máximo
ISO VG 2 2.2 1.98 2.42
ISO VG 3 3.2 2.88 3.52
ISO VG 5 4.6 4.14 5.06
ISO VG 7 6.8 6.12 7.48

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ISO VG 10 10 9.00 11.0
ISO VG 15 15 13.50 16.5
ISO VG 22 22 19.8 24.2
ISO VG 32 32 28.8 35.2
ISO VG 46 46 41.1 50.6
ISO VG 68 68 61.2 74.8
ISO VG 100 100 90.0 110
ISO VG 150 150 135 165
ISO VG 220 220 198 242
ISO VG 320 320 288 352
ISO VG 460 460 414 506
ISO VG 680 680 612 748
ISO VG 1000 1000 900 1100
ISO VG 1500 1500 1350 1650

2.3.4) - Índice de Viscosidade

O Índice de viscosidade (IV) de um óleo é um valor empírico que estabelece uma relação entre a
variação, que a sua viscosidade sofre com a temperatura, e as variações idênticas de dois óleos de
referência, um relativamente sensível (Índice de viscosidade 0) e outro relativamente insensível
( Í n d i c e d e v i s c o s i d a d e 1 0 0 ) . É p o s s í v e l p r o d u zi r ó l e o s m a i s s e n s í v e i s à t e m p e r a t u r a , d o q u e o s q u e s e
encontram abrangidos pela referência IV=0, ou outros menos sensíveis do que os que figuram com a
referência IV=100.

O Í n d i c e d e v i s c o s i d a d e d e u m Ó l e o p o d e s e r d e t e r m i n a d o a p a r t i r d e t a b e l a s n o r m a l i za d a s ( A S T M
Special Technical Publication No 1148), desde que se conheçam as viscosidades medidas a 100 e 210
F (37,8 e 99 C) ou 40 e 100 C. Em resumo a viscosidade de todos os óleos diminui com o aumento de
temperatura, mas a dos Óleos com alto Índice de viscosidade não varia tanto com a dos que têm um
baixo IV, para idênticas amplitudes de variação.

2.3.5) - Ponto de Fluidez ou de Congelamento

O ponto de fluidez ou de congelação de Óleo mineral é a temperatura mais baixa na qual ela escorre ou flui quando resfriado
em condições determinadas. Como o óleo é resfriado lentamente e em repouso, as parafinas contidas nele começam, a
cristalizar, o que turva o óleo, e a separar-se da solução com o aspecto de uma malha rígida, constituída de cristais que se
ligam entre si, formando pequenas bolsas, onde o óleo fica retido. Quando a formação de cristais se torna suficientemente
densa, o óleo deixa de escorrer.

2.3.6) - Resíduo de Carbono

O resíduo carbonoso de um Óleo lubrificante é o depósito, expresso em percentagem de peso, que o Óleo produz após a sua
vaporização e carbonização, em condições normais. A quantidade de depósitos carbonosos depende da origem do cru, das
proporções das matérias destiladas e residuais e do tipo de refinação a que foi sujeito. Assim, os resíduos carbonosos dos
óleos naftênicos são ligeiramente menores do que os dos parafínicos, os dos destilados consideravelmente inferiores aos dos
óleos residuais, e os dos que foram altamente refinados, menores do que os daqueles que tenham sofrido apenas uma
pequena destilação.

2.3.7) - Cinzas Sulfatadas

As cinzas ou resíduos sulfatados de um óleo lubrificante, são os resíduos que ficam após o óleo ter sido calcinado por via
úmida, sob a ação do Ácido sulfúrico. Exprime-se o resultado sob a forma de percentagem, em peso, do resíduo final em
relação ao peso inicial do óleo calcinado, é um ensaio quantitativo dos elementos metálicos que o óleo contém. Como todos
eles têm enxofre, queimando-os diretamente, obter-se-á um depósito, ou cinza, constituído de uma mistura de óxidos metálicos
e sulfatos.
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2.4) - Aditivação de lubrificantes

Nas formulações de lubrificantes são empregados compostos químicos que, atuando por meios físicos
ou químicos, proporcionam novas características ao lubrificante ou melhoram as já existentes. Eles
podem ter alguma finalidade específica ou exercerem múltiplas funções.
Alguns dos aditivos mais usados são os seguintes:
D E T E R G E N T E S - m a n t é m a s s u p e r f í c i e s a s e r e m l u b r i f i c a d a s l i m p a s e , p r i n c i p a l m e n t e , r e d u ze m a
tendência de formação de depósitos.

DISPERSANTES - mantém em suspensão e finamente divididos, produtos insolúveis originários da combustão e da oxidação e
impurezas que penetram no sistema, formando depósitos. Este tipo de aditivo é usado mais comumente em lubrificantes
destinados a motores de combustão interna.

INIBIDORES DE OXIDAÇÃO - Evitam ou retardam a oxidação do óleo, agindo dos seguintes modos:

Interrompendo a cadeia de reações entre o oxigênio e os hidrocarbonetos, evitando a formação de


b o r r a s , v e r n i ze s o u c o r r o s ã o p o r s u b s t â n c i a s a c i d u l a d a s .

Impedindo a ação catalítica dos metais, que oxidam o lubrificante do sistema, através da cobertura da
superfície metálica pelo agente desativador. Alguns inibidores de oxidação atuam como "interruptor
de cadeia" e "desativadores" simultaneamente.

INIBIDORES DE CORROSÃO - Evitam ou retardam o ataque dos compostos ácidos às superfícies


metálicas, derivados da combustão dos motores. Eles são compostos químicos alcalinos que agem
p e l a n e u t r a l i za ç ã o d e s t e s c o m p o s t o s á c i d o s o u p e l a f o r m a ç ã o d e u m a p e l í c u l a n a s u p e r f í c i e m e t á l i c a .

INIBIDORES DE FERRUGEM - Impedem a formação de ferrugem em metais ferrosos pela deposição


de camadas na superfície, impedindo a ação da umidade.

INIBIDORES DE ESPUMA - Para que não se forme espuma estável no sistema usa-se este aditivo que
pela redução da tensão superficial do óleo, promove um rompimento mais rápido da bolha de espuma.

PASSIVADORES - Passivam a ação catalítica das superfícies metálicas que aceleraria a oxidação do
óleo.

MELHORADORES DE ÍNDICE DE VISCOSIDADE - São polímeros de elevado peso molecular que


m e l h o r a m o Í n d i c e d e v i s c o s i d a d e d o ó l e o , r e d u zi n d o a t e n d ê n c i a d a v i s c o s i d a d e a l t e r a r - s e s o b o
efeito da temperatura.

DEPRESSANTE DO PONTO DE MÍNIMA FLUIDEZ - São polímeros de elevado peso molecular que
m o d i f i c a m a f o r m a d e c r i s t a l i za ç ã o d a p a r a f i n a c o n t i d a e m ó l e o p a r a f í n i c o s , a b a i x a n d o s e u p o n t o d e
m í n i m a f l u i d e z. A p e s a r d i s s o , n ã o a f e t a m o p o n t o d e n é v o a n e m a v i s c o s i d a d e d o ó l e o e n t r e o s
cristais de cera.

DEMULSIFICANTES - São compostos químicos que têm a propriedade de acelerar o processo de


separação água-óleo.

AGENTES ANTIDESGASTE - São aditivos que atuam através de ação química de polímeros, que
ocorrem a temperaturas relativamente baixas.

M E L H O R A D O R E S D E P E L Í C U L A - R e d u ze m a p o s s i b i l i d a d e d e c o n t a t o d i r e t o e n t r e s u p e r f í c i e s
metálicas, formando uma película resistente de substâncias absorvidas pelo metal. Este aditivo pode
duplicar ou até triplicar a carga suportada pelos lubrificantes minerais.

PRESSÃO MODERADA - Este aditivo reage com a superfície metálica por ser mais ativo, resultando
um composto capaz de suportar cargas ainda mais elevadas que o anterior.

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EXTREMA-PRESSÃO (EP) - São aditivos usualmente aplicados em lubrificantes para engrenagens e
lubrificação por camada limítrofe, onde são submetidos a altas temperaturas e pressão, reagindo
quimicamente com superfícies metálicas em atrito, originando películas extremamente finas, que
evitam a gripagem mesmo que a película de óleo tenha sido rompida. A ação deste aditivo pode ser
prejudicada pela presença de inibidores de corrosão, já que sua formulação contém combinações de
enxofre, fósforo e cloro.

ADITIVOS DE ADESIVIDADE - São aditivos usados em lubrificantes aplicados em máquinas que


exigem destes, características antigotejantes. São materiais pegajosos ou extremamente viscosos.

COMPOSTOS ESPECIAIS - é uma categoria genérica que engloba aditivos gordurosos naturais ou
sintéticos adicionados em lubrificantes que exigem maior resistência à lavagem por água e melhor
d e s l i za m e n t o , p r i n c i p a l m e n t e e m v e l o c i d a d e s b a i x a s .

3) - Graxas Lubrificantes

3.1) - Introdução

A American Society for Testing Materials, no seu ASTM designation D288, define graxa lubrificante
como: "Produto de dispersão de um agente espessante num lubrificante líquido, com uma consistência
entre sólida e semifluida, podendo conter outros ingredientes destinados a conferir-lhe propriedades
especiais".

Espessante + Fluida + X = Graxa

Nesta fórmula, o espessante pode ser qualquer produto que, combinado com um líquido apropriado,
p r o d u za a e s t r u t u r a d e u m a g r a x a . O f l u i d o t a n t o p o d e s e r u m ó l e o m i n e r a l c o m o q u a l q u e r o u t r o
p r o d u t o , m e s m o s ó l i d o , q u e p o s s u a p r o p r i e d a d e s l u b r i f i c a n t e s . O " X " u t i l i za d o n e s t a e x p r e s s ã o
representa, na composição final da graxa, quaisquer produtos do tipo aditivo ou modificadores.

PORQUE SE UTILIZAM AS GRAXAS? As graxas são indicadas para os pontos que não dispõem de
v e d a ç ã o p r ó p r i a o u q u e , q u a n d o a t ê m , é i n s u f i c i e n t e e , p o r t a n t o , a c o n t a m i n a ç ã o o u o v a za m e n t o d e
um lubrificante líquido seriam constantes. A graxa lubrificante é por si própria, um vedante, suprindo
a falta ou melhorando a estanqueidade de uma vedação precária.
E l a s s ã o u t i l i za d a s t a m b é m o n d e o ó r g ã o a l u b r i f i c a r n ã o é a c e s s í v e l .

3.2) - Composição

COMPONENTES LÍQUIDOS

A maior parte das graxas que hoje se fabricam contêm óleo mineral como seu componente líquido. A
viscosidade dos líquidos usados vai desde a do petróleo de iluminação até à dos óleos para cilindros.
E m g r a x a s e s p e c i a i s , o p r o d u t o p e t r o l í f e r o u t i l i za d o p o d e s e r p a r a f i n a , v a s e l i n a o u a s f a l t o . S ó e m
c a s o s e x c e p c i o n a i s , a l t a m e n t e e s p e c i a l i za d o s , é q u e o c o m p o n e n t e l í q u i d o n ã o é u m ó l e o m i n e r a l

ESPESSANTES

O s p r i n c i p a i s s a b õ e s m e t á l i c o s u t i l i za d o s n o f a b r i c o d e g r a x a s s ã o o s d e s ó d i o , c á l c i o , a l u m í n i o , l í t i o
e bário. De início, as graxas eram feitas com sabões de cálcio; depois, na sua fase imediata de
desenvolvimento, com sabões de sódio. Mais tarde passaram a ser usados outros como os de
alumínio, lítio e bário. Muitas graxas contêm estes componentes sob forma mista na qual entram, por
exemplo, sabões de sódio e cálcio, ou de lítio e cálcio. Tais lubrificantes são geralmente conhecidos
como graxas de base mista.
O u t r o s t i p o s d e s a b õ e s s ã o o s d e c h u m b o e zi n c o , q u e s ã o u t i l i za d o s c o m o a g e n t e s m o d i f i c a d o r e s ,
visto possuírem por si próprios, muito pouco ou mesmo nenhum poder espessante.
A p a r t i r d e 1 9 4 5 a p a r e c e r a m e t ê m s i d o u t i l i za d o s o u t r o s e s p e s s a n t e s q u e n ã o s ã o d o t i p o s a b ã o
metálico. Um dos mais usados tem sido a "bentonite" que é uma argila modificada; outros são os
"Aerogels de Sílica". Recentemente ingressaram no campo da classe novos espessantes: as resinas
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d o t i p o u r é i a a l q u í d i c a . E s t e s t r ê s t i p o s d e e s p e s s a n t e s t ê m s i d o u t i l i za d o s e m g r a x a s c o m e r c i a i s . O
seu uso tem se limitado, porém a fins especiais.
Muitos outros espessantes foram apresentados: negros de fumo, corantes, pigmentos, fibras
f i n a m e n t e g r a n u l a d a s ( n y l o n ) , e t c . N o e n t a n t o , a m a i o r p a r t e n ã o f o i u t i l i za d a , q u e r d e v i d o a o s e u a l t o
preço, que à insuficiência de características operacionais.

ADITIVOS E MODIFICADORES

Os componentes das graxas que se representou por um X na fórmula genérica, classificam-se como aditivos e ou
modificadores. Pode-se tratar de um produto que tenha sido adicionado à graxa para modificar a estrutura, a cor, ou para
melhorar o rendimento desta depois de acabada. Tais ingredientes podem ser antioxidantes, inibidores de ferrugem, elementos
destinados a permitir pressões extremas, redutores do ponto de congelação, melhoradores do Índice de viscosidade, agentes
de untuosidade, pigmentos e espessantes sólidos ("fillers").
Um dos produtos agora muito empregado em graxas é o bissulfeto de molibdênio. O seu emprego é
benéfico porque reduz o desgaste e aumenta a capacidade de carga, em operações sujeitas a baixas
velocidades, ou a movimentos restritos ou oscilantes. é considerado um aditivo.

FABRICAÇÃO
O fabrico de qualquer graxa envolve a dispersão dos elementos espessantes no fluido, a qual pode ser realizada de várias
maneiras.
O sabão provém de matérias graxas, quer de ácidos graxos quer de glicerinas. Essas são saponificadas com uma base de um
metal como, por exemplo, o que se obtém misturando um óleo graxo com soda cáustica para produzir um sabão de sódio. Para
realizar a operação, dissolve-se a matéria graxa numa quantidade de óleo mineral ao qual se adiciona uma solução aquosa
com a quantidade necessária de soda cáustica, destinada a fazer o sabão de sódio. Desta forma obtêm-se um sabão hidratado
de sódio, parcialmente disperso em Óleo mineral, que é desidratado, em seguida, por aquecimento. Uma vez seco, é
desdobrado com mais Óleo mineral para poder atingir a consistência desejada para a graxa depois de pronta.

CARACTERÍSTICAS

CONSISTÊNCIA

"Consistência" é uma das expressões usadas para definir as propriedades que os líquidos plásticos e
os sólidos possuem para fluir quando submetidos à pressão. De início, empregavam-se os termos
"mole", "espesso", "médio", etc., para representar essa característica, mas, por fim, fixou-se o
sistema de medida universal designado por ASTM D217 em que é usado um cone metálico de peso
determinado e em 1941, o National Lubricating Grease Institute (NLGI) criou e adotou uma
c l a s s i f i c a ç ã o d e c o n s i s t ê n c i a p a r a e s t e s p r o d u t o s , c o m v i s t a à s u a n o r m a l i za ç ã o .

A consistência de uma graxa lubrificante tem pouco significado no que se refere ao seu
c o m p o r t a m e n t o e m s e r v i ç o . I s t o q u e r d i ze r q u e g r a x a s d e c o n s i s t ê n c i a m u i t o d i f e r e n t e s p o d e m d a r
resultados idênticos num determinado mancal e que outras, com a mesma consistência, se comportam
da maneira mais diversa. O grau de consistência é, no entanto, útil na previsão do que pode valer
uma graxa como vedante ou retentor. Isto significa que, de duas graxas com a mesma composição,
mas consistências diferentes, a que oferecer uma consistência maior terá melhores qualidades, como
vedante.

VISCOSIDADE APARENTE

Quando se trata de fluidos sujeitos às leis de Newton, o fluxo ocorre no momento em que lhe é
aplicada uma força que lhe é proporcional. Com os fluidos não abrangidos por aquelas leis, como é o
caso das graxas lubrificantes, torna-se necessária uma certa força inicial antes de conseguir imprimir-
lhes movimento. A esta força, chama-se "ponto de cedência". Nos óleos lubrificantes a viscosidade é
independente do valor do esforço de cisalhamento. Nas graxas a viscosidade diminui com o aumento
d o v a l o r d e s t e e s f o r ç o . P o r e s t a r a zã o , a v i s c o s i d a d e d e u m a g r a x a n ã o p o d e s e r e x p r e s s a n o s
m e s m o s t e r m o s u t i l i za d o s p a r a ó l e o s l u b r i f i c a n t e s .

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PONTO DE GOTA
É a temperatura em que a graxa passa do estado semi-sólido ao líquido. Uma graxa que serve para
ser empregada apenas a baixas temperaturas, devido à volatilidade do seu elemento fluido, pode
apresentar o mesmo ponto de gota ou superior à de outra que suporta altas temperaturas.

LUBRIFICAÇÃO
GENERALIDADES
Os órgãos mecânicos que necessitam de lubrificação são os mancais, as engrenagens, as superfícies
p l a n a s d e s l i za n t e s e o s c i l i n d r o s . E s t e s ó r g ã o s p o s s u e m s u p e r f í c i e s a j u s t a d a s e n t r e s i , q u e s e m o v e m
u m a s e m r e l a ç ã o a o u t r a s , d e s l i za n d o , g i r a n d o , a p r o x i m a n d o - s e o u r e t r o c e d e n d o , e m m o v i m e n t o s
s i m p l e s o u c o m b i n a d o s . E s t e s ó r g ã o s s ã o l u b r i f i c a d o s , c o m o f i m d e e v i t a r o u r e d u zi r a o m í n i m o o
atrito e o desgaste.
O papel do lubrificante consiste em impor ou manter, entre superfícies móveis, uma película com
p r o p r i e d a d e s a d e q u a d a s p a r a r e d u zi r o c o n t a t o e n t r e e l a s , t e n d o s i m u l t a n e a m e n t e , u m a t r i t o i n t e r n o
bastante baixo para que o consumo de energia seja mínimo.

PELÍCULAS ESPESSAS

A lubrificação de película espessa é a ideal, pois assegurando uma separação total, não permite o
contato entre as superfícies móveis, não havendo, portanto, desgaste. Além disso, a força de atrito,
que é apenas devida ao atrito interno do fluido, é muito menor do que quando há atrito entre
superfícies móveis.
As películas espessas formam-se de três maneiras distintas:
Pelo movimento relativo de duas superfícies paralelas lubrificadas, na lubrificação hidrodinâmica; pelo
movimento em determinadas condições, de superfícies lubrificadas uma de encontro à outra, na
lubrificação com esmagamento de película; por pressão de bombeamento do fluido lubrificante entre
superfícies que não se movem, necessariamente, uma em relação à outra - lubrificação hidrostática.

4.2)- Métodos de Aplicação de Óleos

De uma maneira geral, a lubrificação dos elementos de máquinas dividem-se fundamentalmente em


duas classes, cada uma delas dependentes do tipo da respectiva película lubrificante. São elas:
lubrificação fluida e lubrificação por camada limítrofe.

LUBRIFICAÇÃO FLUIDA

Este tipo de lubrificação exige um fluxo de óleo constante, o qual mantém as superfícies separadas.
Isto se consegue, conforme o caso, em qualquer das seguintes situações:

CUNHA DE ÓLEO OU LUBRIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA

E m a l g u n s c a s o s , q u a n d o a v e l o c i d a d e r e l a t i v a d a s s u p e r f í c i e s é c o n s i d e r á v e l , p r o d u z- s e u m a a ç ã o , a
que se dá o nome de formação de película por efeito de cunha, que evita o contato metálico entre
elas. A película fluida forma-se por efeito do próprio movimento da superfície superior ao procurar
imprimir às camadas de óleo que estão em contato com ela uma velocidade igual à sua. Devido à
configuração convergente dos apoios fixos, as camadas comprimem-se no final do plano inclinado,
originando uma força que se opõe a que as superfícies se toquem e que haja contato metálico.

ÓLEO SOBRE PRESSÃO

Existem casos em que o movimento entre as superfícies é tão lento que não é possível manter uma
película entre o eixo e o casquilho., sendo então necessário injetar lubrificante para manter uma
película fluida e evitar o contato metálico entre as superfícies. No pinos de pistões, aplica-se o
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lubrificante por meio de pressão no ponto onde é mínima a pressão entre o pino e o casquilho, porque
mudando instantaneamente o ponto onde a carga incide, esta não consegue expelir a película que a
suporta. Ao deslocar-se na outra direção, encontra cheio o espaço onde atuará a compressão e que
foi, entretanto suprido com óleo sob pressão. A reversão de movimento auxilia a formação de película
por pressão.

LUBRIFICAÇÃO POR CAMADA LIMÍTROFE

Este tipo de lubrificação envolve uma camada bem fina que pode ter entre 0,0002 e 0,0005 mm de
espessura, e que é suficiente para proteger a superfície em que é aplicada. Normalmente, com este
tipo de lubrificação não se pode evitar um certo contato metálico, e, portanto desgaste, embora o seu
uso seja corrente e prático por motivos do projeto de máquinas, carga, velocidade, etc., é de baixo
c u s t o o p e r a c i o n a l e d e i n s t a l a ç ã o . E n t r e o s s i s t e m a s u t i l i za d o s t e m o s o s c o p o s d e l u b r i f i c a ç ã o p o r
Óleo e graxa, por mecha, lubrificadores mecânicos, etc. é também conhecido pelo nome de
l u b r i f i c a ç ã o p o r p e r d a t o t a l , p o i s o l u b r i f i c a n t e u t i l i za d o n ã o é r e c u p e r a d o .

4.3)- Mancais de Deslizamento

MATERIAIS UTILIZADOS NOS MANCAIS

Durante o funcionamento de um mancal lubrificado por película espessa, as propriedades mais


importantes que deve possuir um material que o constitui serão resistência à compressão, boa
resistência à fadiga, ductibilidade e resistência à corrosão.
Com a lubrificação por película limite, devemos considerar, como propriedades essenciais, a
resistência às escoriações, a capacidade de se adaptar às irregularidades e desalinhamento do eixo e
ainda a de envolver partículas abrasivas.

CANAIS E RANHURAS

Os mancais destinados à lubrificação por película espessa precisam de canais que permitam a distribuição do óleo e
assegurem um fluxo de lubrificante suficiente para a sua formação e arrefecimento.
O s c a n a i s n ã o d e v e m s e r c o r t a d o s n a zo n a d e p r e s s ã o , n e m a t r a v e s s á - l a . C a s o c o n t r á r i o , a f a s t a r ã o o
ó l e o d a q u e l a zo n a , r e d u zi n d o a c a p a c i d a d e d e c a r g a d o m a n c a l .
Os canais destinados à lubrificação de mancais por película limite são idênticos aos empregados em
lubrificação por película espessa. Deve-se lembrar, entretanto, que a quantidade de lubrificante
r e c e b i d a p e l o s m a n c a i s s u j e i t o s à l u b r i f i c a ç ã o l i m i t e é p e q u e n a e m u i t a s v e ze s i n t e r m i t e n t e .
O s p r i n c í p i o s f u n d a m e n t a i s d e l o c a l i za ç ã o d o s c a n a i s n o s m a n c a i s l u b r i f i c a d o s c o m g r a x a s ã o
praticamente os mesmos que se aplicam aos mancais lubrificados por película fina de óleo. No
entanto, porque a graxa não flui tão facilmente como o óleo, os seus canais têm que ser mais largos e
profundos, de modo a não exigirem uma pressão elevada que leve a graxa para onde é necessária.

4.4)- Mancais de Rolamentos

Os órgãos essenciais de um mancal de rolamento compreendem um anel fixo e um anel giratório


separados por elementos rolantes, de modo a permitirem movimento livre do anel giratório que
suporta a carga.
As esferas ou roletes movem-se sobre guias ou pistas que têm a configuração de canais. Um dos
anéis é montado no eixo e o outro fixo numa caixa que encerra todo o conjunto.
Em um rolamento, a distribuição de carga é possível, originando pressões elevadíssimas entre as
superfícies de contato dos elementos rolantes e dos anéis.

A NECESSIDADE DE LUBRIFICAÇÃO

E n q u a n t o t r a b a l h a m , o s r o l a m e n t o s p r o d u ze m s e m p r e u m p o u c o d e a t r i t o q u e r e s u l t a p r i n c i p a l m e n t e
de:

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Atrito fluido oferecido pelo lubrificante que, dada a sua viscosidade, se opõe ao deslocamento e
agitação impostas pelos elementos rolantes;
D e s l i za m e n t o s e n t r e o s v á r i o s e l e m e n t o s d o r o l a m e n t o .

É e s t e a t r i t o d e d e s l i za m e n t o q u e t o r n a n e c e s s á r i a a l u b r i f i c a ç ã o . E n t r e a s s u a s c a u s a s p o d e m o s
incluir:

D e s l i za m e n t o e n t r e o s e l e m e n t o s r o l a n t e s e o s a n é i s ;
D e s l i za m e n t o e n t r e o s e l e m e n t o s r o l a n t e s e o s s e u s s e p a r a d o r e s ;
D e s l i za m e n t o e n t r e a s e x t r e m i d a d e s d o s r o l e t e s e o s o m b r o s d a s p i s t a s n o s r o l a m e n t o s d e r o l e t e s e
em certos tipos de rolamentos de encosto;
D e s l i za m e n t o e n t r e o s e i x o s e o s r e t e n t o r e s d o t i p o c o n t a t o d a s c a i x a s q u e c o n t é m o r o l a m e n t o ;
D e s l i za m e n t o e n t r e o s e l e m e n t o s r o l a n t e s a d j a c e n t e s e m r o l am e n t o s q u e n ã o t ê m s e p a r a d o r e s .

Ao lubrificante cabe o papel de manter uma película apropriada entre todos estes elementos móveis,
d e m o d o a r e d u zi r o a t r i t o e n t r e s u p e r f í c i e s m e t á l i c a s e p r o t e g ê - l a s c o n t r a o d e s g a s t e . D e v e
igualmente proteger, contra a ferrugem e outros efeitos corrosivos. Em alguns casos, o lubrificante
atua, ainda, como refrigerante.

FATORES QUE AFETAM A LUBRIFICAÇÃO

O emprego de Óleo ou graxa depende do sistema concebido pelo construtor para aplicar o lubrificante e para o conservar
dentro do mancal. As características exigidas a um lubrificante dependem muito das velocidades e temperaturas operacionais.
Se for utilizada graxa, esta terá ainda que auxiliar os retentores a impedir a entrada de contaminantes nocivos.

EFEITOS DA VELOCIDADE

A seleção da viscosidade de um óleo para rolamentos depende, de certa forma, das velocidades
periféricas a que eles se encontram sujeitos.
Se for graxa o lubrificante selecionado para rolamentos de baixa, ou mesmo de média velocidade,
deverá possuir fluidez suficiente para penetrar vagarosamente entre os elementos rolantes. Para altas
velocidades emprega-se graxas relativamente consistente, mas não tanto que os elementos rolantes,
depois de terem nela aberto um canal, não possam captá-la e distribuí-la em pequenas quantidades.

EFEITOS DA TEMPERATURA

A s t e m p e r a t u r a s d e o p e r a ç ã o s o f r e m , à s v e ze s , a c r é s c i m o p o r i r r a d i a ç ã o d e c a l o r p r o v e n i e n t e d e u m
eixo aquecido, por calor que recebe o mancal através da atmosfera e ainda pelo calor gerado pelo
atrito resultante de agitação excessiva da graxa, quando esta se encontrar em excesso. A altas
temperaturas, o óleo no mancal torna-se menos viscoso e a graxa mais fluida.
A l é m d i s s o , a s a l t a s t e m p e r a t u r a s f a ze m a u m e n t a r o g r a u d e d e t e r i o r a ç ã o , p o r o x i d a ç ã o , t a n t o d o s
óleos quanto das graxas.
No caso de rolamentos expostos a baixas temperaturas, o óleo torna-se mais viscoso e a graxa mais
dura, o que contribui para aumentar consideravelmente o atrito.

EFEITOS DAS CARGAS

A carga normal em um rolamento produz, entre os elementos rolantes e as pistas, pressões unitárias de tal forma elevadas,
que chega a parecer impossível que a película de lubrificante resista sem se romper, evitando assim o contato entre superfícies
metálicas e o desgaste prematuro. O fenômeno explica-se por se verificar um extraordinário acréscimo na viscosidade do
lubrificante logo que este fica momentaneamente preso, sob as esferas ou os rolos, suportando estas elevadíssimas pressões.
De fato, quanto maior for a carga exercida sobre o mancal, mais viscoso se torna o lubrificante. além disso, essas pressões
exercem-se momentaneamente sobre a película de óleo, não dando tempo ao lubrificante de escapar.
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4.5)- Réguas , Guias e Barramentos

A s r é g u a s , g u i a s e b a r r a m e n t o s s ã o ó r g ã o s d e m á q u i n a s d e d i v e r s o s t i p o s . F a ze m p a r t e d e p r e n s a s
p a r a f o r j a r e e s t a m p a r , d e g u i a s d e c r u ze t a s d e c o m p r e s s o r e s , d e m o t o r e s D i e s e l , d e m á q u i n a s a
vapor e de máquinas-ferramentas como tornos, retificas, plainas, limadores e fresadoras.
A lubrificação dos barramentos e guias de máquinas-ferramenta assume aspectos de especial
i m p o r t â n c i a v i s t o q u e a s p e ç a s a p r o d u zi r d e v e m o b e d e c e r a r i g o r o s a s t o l e r â n c i a s . T ê m d e s e r d e t a l
f o r m a e f i c a z, q u e o d e s l o c a m e n t o d e t o d o s o s ó r g ã o s m ó v e i s , c o m o c a b e ç o t e s , m a n c a i s d e r e t i f i c a s ,
mesas e porta-ferramentas, seja sempre suave e ofereça a precisão requerida. Para estas máquinas
deve escolher-se um óleo que corresponda a exigências de lubrificação limite.

FORMAÇÃO DE PELÍCULAS

Quando duas longas superfícies paralelas, como a mesa e a guia, se deslocam umas sobre a outra, o
óleo entre elas tende a ser expulso. A abertura de canais nas réguas contribui para resolver este
inconveniente, dividindo uma guia comprida em guias suficientemente curtas. Desta forma, o
lubrificante é distribuído a partir dos canais, estabelecidos a espaços tão curtos que a possibilidade
d o ó l e o e s c a p a r f i c a m u i t o r e d u zi d a .

CARACTERÍSTICAS DO LUBRIFICANTE

N o s b a r r a m e n t o s d e m á q u i n a s - f e r r a m e n t a s d e p r e c i s ã o , d e v e - s e u t i l i za r ó l e o s c o m a s s e g u i n t e s
características especiais:

Viscosidade apropriada para as temperaturas operacionais, que lhes permitam distribuir facilmente
s o b r e a s s u p e r f í c i e s d e d e s l i za m e n t o ;
elevada resistência de película para que esta se mantenha oferecendo a desejada proteção contra o
desgaste;
u n t u o s i d a d e e m e l e v a d o g r a u , p a r a r e d u zi r e m o a t r i t o e s t á t i c o n o m o m e n t o d o a r r a n q u e ;
adesividade apropriada, para que não escorram de superfícies lubrificadas de um modo intermitente.

O lubrificante deve também possuir características que se oponham ao conseqüente efeito de


lavagem.

4.6)- Engrenagens

No que se refere à lubrificação e manutenção de películas lubrificantes espessas, as engrenagens


podem se dividir em três classes distintas:

Cilíndricas, helicoidais, simples ou em espinha, e cônicas com dentes retos ou helicoidais;


de rosca sem-fim;
hipóides.
As diferenças entre o engrenamento dos dentes destes três tipos de engrenagens têm uma influência
considerável na facilidade com que se formam e mantêm as películas lubrificantes, e nas
propriedades dos lubrificantes necessários para que nelas se obtenha uma lubrificação eficiente.

FORMAÇÃO DA PELÍCULA

As condições com que se forma a película entre os dentes de engrenagens são uma combinação das
q u e s e r e g i s t r a m n o s m a n c a i s d e d e s l i za m e n t o e d e r o l a m e n t o . P a r a d a r u m a i d é i a m a i s c l a r a ,
recorremos a dois roletes cilíndricos.

Suponhamos que dois roletes se encontram comprimidos entre si e que girem em direções opostas à
mesma velocidade periférica, sem escorregamento. Se colocarmos óleos sobre os roletes, este ficará,
é claro, aderente à superfície de cada um. Todavia, no ponto onde se tocam, será notada uma
tendência para o expulsarem por esmagamento. Por efeito da sua viscosidade, o Óleo opõe-se a esta
ação, o que faz com que os roletes se afastem um do outro para lhe dar lugar. Se for alta a
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velocidade de rolamento, baixa a pressão entre eles e elevada à viscosidade do óleo, este resistirá ao
esmagamento durante o curto espaço de tempo em que esta ação decorre, e uma quantidade
apreciável de óleo fica entre os roletes. Desta forma, o óleo separa os roletes formando-se uma
espessa película de lubrificante e, quanto mais elevado for o grau de rolamento, maior será o
esmagamento e a espessura da película. Se for baixa a velocidade de rolamento, alta a pressão e
r e d u zi d a a v i s c o s i d a d e d o ó l e o , é m u i t o p r o v á v e l q u e t o d o o l u b r i f i c a n t e s e j a e x p e l i d o p a r a f o r a d a
zo n a d e c o n t a t o , e s c a p a n d o i n c l u s i v e p e l o s l a d o s d o s r o l e t e s . N e s t a s c o n d i ç õ e s e c o m u m t a l
lubrificante, não será possível obter uma película eficiente.

FATORES A CONSIDERAR NA ESCOLHA DE LUBRIFICANTES

Ao selecionar um lubrificante para engrenagens, há muitos fatores de concepção e operacionais a


c o n s i d e r a r . O s p r i m e i r o s d i ze m r e s p e i t o a o s i s t e m a d e a p l i c a ç ã o , c o n f o r m e a s e n g r e n a g e n s s e j a m
fechadas em caixa, com lubrificação abundante, ou abertas e escassamente lubrificadas. Na escolha
da viscosidade e da resistência de película do lubrificante a empregar, deve levar-se em conta o
seguinte:

Tipo de engrenagem;

velocidade da engrenagem motora; relação de redução; temperatura operacional; potência de


a c i o n a m e n t o ; g r a u e g r a n d e za d a c a r g a ( u n i f o r m e o u s u j e i t a a c h o q u e s ) .

CARACTERÍSTICAS DO LUBRIFICANTE

O Êxito ou o fracasso da lubrificação depende de uma finíssima película de lubrificante. Só é possível


obter uma lubrificação econômica e de confiança, empregando óleos com características adequadas,
tais como:

Viscosidade correta; elevada estabilidade química; boa demulsibilidade; elevada resistência de


película ou untuosidade; propriedade antiferrugem; alto teor anti-solda (engr. sem-fim ou hipóides).

Classificação AGMA para lubrificantes de engrenagens fechadas

Sem Extrema Pressão


(com). Viscosidade Viscosidade
Com Extrema Pressão
(inibidor ferrugem e SUS @ 100º F cSt @ 3.8º C
oxidação)
1 193/235 41.4/50.6
2 284/347 61.2/74.8 2EP
3 417/510 90/110 3EP
4 626/765 135/165 4EP
5 918/1122 198/2425 5EP
6 1335/1632 288/3526 6EP
7 1919/2346 414/5067 7EP
7 Compound 1919/2346 414/5067 7EP
8 Compound 2837/3467 612/7488 8EP
8A Compound 4171/5098 900/1100

4.7)- Sistemas de Circulação

A expressão sistemas de circulação aplica-se a um dispositivo em que o óleo, contido num depósito
central, é distribuído, sobre pressão, aos órgãos a lubrificar. Todo o lubrificante distribuído é
r e c o l h i d o n u m t a n q u e d e d e c a n t a ç ã o e r e g r e s s a a u m r e s e r v a t ó r i o p a r a n o v a u t i l i za ç ã o .

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Av..Candido Hartmann 3530 / 108 R. Geraldo F. Gomes , 61 , 4.andar
0800175888
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CONSIDERAÇÕES DE SERVIÇO IMPOSTAS AO LUBRIFICANTE

O ó l e o u t i l i za d o e m s i s t e m a s d e c i r c u l a ç ã o d e v e m a n t e r - s e e m e s t a d o d e s e r s u c e s s i v a m e n t e u t i l i za d o
durante longos períodos. Quando em serviço, encontra-se sujeito a aquecimento e a Íntimo contato
com o ar e, por efeito de atrito ou de indução térmica, a temperatura do lubrificante, contido no
reservatório, poderá atingir um valor expressivo.
Estas condições operacionais exigem certas características ao lubrificante, no que se refere à
v i s c o s i d a d e e c a p a c i d a d e d e r e d u zi r a o m í n i m o o a t r i t o e o d e s g a s t e , d u r a n t e o s p e r í o d o s d e
lubrificação limite.

O RESERVATÓRIO

As dimensões do reservatório são calculadas, tendo em conta a capacidade da bomba principal, o


volume de lubrificante requerido pelos mancais, engrenagens e outros órgãos a lubrificar. Deve ser
s u f i c i e n t e m e n t e g r a n d e p a r a a s a í d a d o Ó l e o s e f a ze r l e n t a m e n t e . N a p r á t i c a , a c a p a c i d a d e d o
r e s e r v a t ó r i o s i t u a - s e e n t r e u m m í n i m o d e d u a s e u m m á x i m o d e c e r c a d e q u a r e n t a v e ze s a v a zã o d a
bomba.

O TROCADOR DE CALOR PARA O ÓLEO

A capacidade do arrefecedor ou esfriador tem que ser tal, que a temperatura do lubrificante se
mantenha abaixo de um valor máximo limite, durante os períodos mais quentes do verão. E deve
possuir meios de controlar a temperatura do lubrificante, em qualquer momento, por modificação do
fluxo da água de refrigeração.

OXIDAÇÃO

O lubrificante, ao sair dos mancais, engrenagens ou outros órgãos, apresenta-se quente e sob a
forma de pequenas gotas ou neblina que se misturam intimamente com o ar. Nestas condições, têm
tendência para oxidar, sendo esta tanto mais elevada quanto mais altas forem as temperaturas e mais
intensa a agitação.

Uma ligeira oxidação do lubrificante é inofensiva, mas se progredir, tem três efeitos distintos:

Alguns dos produtos oxidantes que até então eram solúveis tornam-se insolúveis e, ao separar-se,
formam depósitos;
a viscosidade do óleo aumenta;
o lubrificante pode tornar-se moderadamente ácido.

EMULSÕES

A a g i t a ç ã o d o ó l e o c o m á g u a , c o n t r i b u i p a r a a f o r m a ç ã o d e e m u l s õ e s q u e d e v e m s e d e s f a ze r
rapidamente do reservatório onde a agitação é mínima.

FERRUGEM

A água e o oxigênio, originam ferrugens no sistema de circulação, particularmente durante os


períodos de parada, em que as superfícies normalmente cobertas com óleo se encontram
desprotegidas. A melhor maneira de combater a ferrugem é eliminar a água que se encontra no
sistema.

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CARACTERÍSTICAS DO ÓLEO
Tomando como base à necessidade de manter o lubrificante nos sistemas de circulação, em estado de
servir durante longos períodos, e, considerando as condições que ele tem de enfrentar, é forçoso
c o n c l u i r q u e , p a r a a l é m d a v i s c o s i d a d e a d e q u a d a e d a c a p a c i d a d e d e r e d u zi r o d e s g a s t e d u r a n t e o s
curtos espaços de tempo de lubrificação limite, deverá dispor de outras características, como:
Elevada estabilidade química; propriedades antiferrugem; boa demulsibilidade.

4.7)- Sistemas de Circulação

Os órgãos mais importantes de muitas máquinas industriais são acionados por meio de óleo sobre
pressão. Para conseguir este objetivo, pode ser constituído um sistema simples com os seguintes
elementos: um reservatório, uma bomba, válvulas de comando, motor hidráulico e tubulação destinada
a ligar estas unidades entre si. O conjunto recebe o nome de sistema hidráulico.

PROPRIEDADES EXIGIDAS AOS FLÚIDOS


As propriedades destes fluidos compreendem a transmissão de pressão e energia; a vedação de
v a za m e n t o s e m ó r g ã o s c o m f o l g a s m í n i m a s ; a r e d u ç ã o d e a t r i t o e d e s g a s t e e m m a n c a i s e e n t r e
s u p e r f í c i e s d e d e s l i za m e n t o d e b o m b a s , v á l v u l a s , c i l i n d r o s , e t c . , e a l g u m a s v e ze s , e m b a r r a m e n t o s ;
r e m o ç ã o d e c a l o r ; r e m o ç ã o d e i m p u r e za s , p a r t í c u l a s d e d e s g a s t e o u o u t r a s ; e a i n d a , p r o t e ç ã o d e
todas estas superfícies contra ferrugem.
Para desempenharem satisfatoriamente as suas funções, os órgãos dos dispositivos hidráulicos
exigem o emprego de um óleo que possua, simultaneamente, fluidez adequada e propriedades para
r e d u zi r o a t r i t o . P o r o u t r o l a d o , p a r a q u e e s s e s ó r g ã o s p o s s a m m a n t e r - s e e m s e r v i ç o a t i v o d u r a n t e u m
período relativamente longo, o óleo deve protegê-los contra o desgaste. A viscosidade é uma das
q u a l i d a d e s m a i s i m p o r t a n t e s p a r a s a t i s f a ze r e s t a s e x i g ê n c i a s .

4.8)- Sistemas Hidráulicos

As propriedades exigidas aos fluidos, quer pelos dispositivos hidráulicos, quer pelas condições em
que operam, podem resumir-se nas seguintes:
Viscosidade apropriada e elevado Índice de viscosidade;
poder antidesgaste e de redução de atrito adequado;
elevada resistência á oxidação;
boa separação da Água (demulsibilidade);
boas propriedades antiferrugem;
boa resistência á formação de espuma.

4.9)- Lubrificação de Cilindros : Compressores de Ar

Os cilindros e pistões constituem elementos essenciais de muitas máquinas, como compressores,


máquinas a vapor, motores de combustão interna, sistemas hidráulicos, motores pneumáticos,
ferramentas pneumáticas e atuadores lineares que movimentam diversos mecanismos de comando.
Quando trabalham com gases, a quantidade de óleo requerida para a lubrificação dos cilindros é
geralmente muito pequena. Apesar disso, o desgaste mecânico, originado por uma lubrificação tão
p o u c o a b u n d a n t e , r a r a s v e ze s é p r o b l e m a . O d e s g a s t e q u e a l i s e r e g i s t r a é n o r m a l m e n t e o r i g i n a d o p o r
contaminantes abrasivos ou por corrosão.

O problema que de fato existe, é em geral resultante de condições impostas ao lubrificante fora deles
ou, no caso de motores de combustão interna, onde as condições impostas pelo processo ocorrem
dentro do cilindro.

FATORES QUE AFETAM A LUBRIFICAÇÃO DO CILINDRO

TEMPERATURA DE FUNCIONAMENTO
A temperatura a que funcionam os cilindros de compressores de ar é um fator importante, visto afetar
a viscosidade do Óleo e promover a sua oxidação, contribuindo, deste modo, para a formação de
depósitos.

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VISCOSIDADE
É bem conhecida a influência do aumento da temperatura na redução da viscosidade do lubrificante,
assim como olfato desta ter um papel preponderante na distribuição de óleo sobre os órgãos a
lubrificar. Os óleos com viscosidade baixa, permitem uma boa distribuição, mas não proporcionam
películas lubrificantes suficientemente fortes. Os que possuem elevada viscosidade não se distribuem
tão rapidamente sobre os órgãos que dela carecem, pelo que requerem uma lubrificação mais
abundante.

OXIDAÇÃO
As finas películas lubrificantes, que aderem às paredes dos cilindros dos compressores, suportam
temperaturas muito elevadas e estão permanentemente sujeitas à ação da passagem de ar quente.
Este fato dá lugar a severas condições de oxidação, sempre progressiva, cujas conseqüências
dependem da sua estabilidade química.

CONTAMINAÇÃO
O ar aspirado pelos compressores arrastam consigo uma grande variedade de matérias
contaminantes. Estas substâncias têm diversos efeitos nocivos na lubrificação e manutenção de
compressores. As partículas duras têm um efeito abrasivo sobre as superfícies dos cilindros e podem
prejudicar o ajustamento dos segmentos. Alguns agentes contaminantes ocasionam oxidação do
lubrificante, por efeito catalítico, e os produtos químicos podem reagir diretamente com o óleo,
formando depósitos ou dando lugar á corrosão.

CARACTERÍSTICAS DO ÓLEO
Quando os cilindros dos compressores são lubrificados por salpico proveniente do carter, leva-se em
consideração que o óleo deve ter propriedades necessárias, não só para a lubrificação dos cilindros
mas também para a dos mancais. As características, exigidas aos óleos destinados à lubrificação de
compressores de ar são:

Viscosidade adequada;
elevada estabilidade química;
resistência de película elevada;
grande polaridade pelas superfícies metálicas.

5)- Conclusão

Claramente é identificado a importância da lubrificação em qualquer dispositivo mecânico, evitando


desgastes, corrosões, oxidações, aquecimento excessivo e, conseqüentemente, evitando a quebra e
avarias destes.

A lubrificação e controle estabelecem parâmetros fundamentais na determinação da vida útil do equipamento. Colaboram para
isso os planos de lubrificação, utilização dos produtos corretos, utilização de técnicas de análises , etc.

6) Bibliografia
Curso Básico de lubrificação - Mobil Oil do Brasil; Manual de Recomendações Técnicas de
Lubrificantes Shell - Shell do Brasil ; Manual de Produtos Texaco; Planos de Lubrificação Shell e
Castrol ; Manuais de fabricantes de máquinas.

Rettim Engenharia Ltda ,


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