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Luanda/2018
I
DEDICATÓRIA
A todas as pessoas que como eu, acreditam serem capazes de realizar os seus
sonhos.
ii
AGRADECIMENTOS
“Sabendo que quando a mente está pensando, está falando consigo mesma. ”
Este trabalho jamais seria concretizado se não tivesse o apoio incondicional dos
meus pais, marido, de pessoas amigas e de familiares que contribuíram para a
materialização deste trabalho que é fruto de muita força e coragem.
Agradeço aos incansáveis professores e em especial aos da Universidade Técnica
de Angola - Departamento de Ensino e Investigação de Ciências da Terra, pelas
sábias aulas. A todo pessoal da Empresa Geomineral, em particular o Eng.º Hugo
Bessa pela disponibilização de dados.
O meu agradecimento especial à minha mãe Rosa Quintas, meu pai Eduardo
Quintas, ao meu marido Tekadiomona Ambrósio, aos meus Filhos Luana Ambrósio e
Eduardo Ambrósio, aos meus irmãos, pelo carinho e apoio prestado, e por estarem
sempre presentes em tudo e em todos os momentos da minha vida.
iii
RESUMO
O presente trabalho, tem como objectivo construir uma trincheira para a abertura de
um novo horizonte de extracção na Pedreira de geomineral localizada na província
do Bengo propriamente no município de Caxito, na comuna do Sassa. A produção
anual prevista é de 600.000 ton (226.400m3 “in situ”), para atingir este objetivo foi
realizada uma busca bibliográfica que serviram de base para os argumentos teóricos
e técnicos nas decisões tomadas para a realização do mesmo, tais como uma cópia
do plano de um projecto de abertura de um jazigo, perfil geológico, consultas de
alguns documentos virtuais, bibliografias da faculdade, entrevistas aos especialistas
em mineração e também livros relacionados com abertura de uma trincheira. Logo
se realiza uma caracterização geral da região, assim como mineiro - geológicas da
pedreira, classificação geomecânicas do maciço a tratar para facilitar os critérios
necessários a ter em conta para seu desmonte com recurso a explosivos,
finalmente como resultados se determinam os parâmetros geométricos para a
construção da trincheira como método aplicado para o acesso ao novo horizonte a
explorar na pedreira, assim como os cálculos de trabalhos de perfuração e
explosivos que serão implementados nos trabalhos da abertura de um novo
horizonte, os parâmetros de perfuração e explosão, com tudo isto propõe-se
algumas medidas de proteção do meio ambiente e de higiene dos trabalhadores e
reabilitação das áreas degradadas para uma exploração sustentável.
iv
ABSTRACT
The present work aims to build a trench for the opening of a new extraction horizon in
the Geomineral quarry located in the province of Bengo proper in the municipality of
Caxito, in the commune of Sassa. The estimated annual production is 600,000 tons
(226,400m3 "in situ"), in order to achieve this objective a bibliographic search was
carried out that served as a basis for the theoretical and technical arguments in the
decision making of this work such as a copy of the plan of a project of opening a
geological profilestone, consultations of some virtual documents, college
bibliographies interviews with mining experts and also books related to opening a
trench. Therefore, a general characterization of the region, as well as geological
mineralization of the quarry, is carried out, the geomechanical classification of the
massif to be treated in order to facilitate the necessary criteria to be taken into
account for its dismantling with explosives, finally as results determine the geometric
parameters for the construction of the trench as a method applied to the access to
the new horizon to be explored in the quarry, as well as the calculations of drilling
and explosives that will be complemented in the works of the opening of a new
horizon, the parameters of drilling and explosion, with all this some measures are
proposed to protect the environment and workers' hygiene and to rehabilitate
degraded areas for sustainable exploitation.
v
ÍNDICE DE FIURAS
vi
INDICE DE TABELAS
vii
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA........................................................................................................................ii
AGRADECIMENTOS.............................................................................................................iii
RESUMO..................................................................................................................................iv
ABSTRACT..............................................................................................................................v
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1
Problema..............................................................................................................................2
Objecto de estudo..............................................................................................................2
Objectivo geral....................................................................................................................2
Objectivos especificos..................................................................................................2
Hipóteses..............................................................................................................................2
Justificativa..........................................................................................................................2
Métodos e Materiais..........................................................................................................3
Revisão bibliográfica.....................................................................................................3
Estudo de campo (in situ)............................................................................................3
Trabalho de gabinete e análise dos resultados.....................................................4
1. CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................5
1.1 Lavra a céu aberto.......................................................................................................5
1.3 Classificação geomecânica do maciço rochoso..........................................10
1.3.1 Classificação de Bieniawski............................................................................11
1.3.2 Classificação de Barton....................................................................................11
1.3.3 Classificação GSI (“Geological Strength Index”)......................................13
1.4 Classificação do maciço rochoso de acordo a sua resistência...............13
1.5 Classificação das rochas sobrejacentes segundo a sua porosidade e
permeabilidade.................................................................................................................14
1.6 Classificação das rochas encaixantes de acordo com as
descontinuidades.............................................................................................................15
1.7 Classificação das rochas encaixantes de acordo com as
descontinuidades.............................................................................................................16
1.8 Propriedades físico-mecânica das rochas.........................................................17
1.8.3 Propriedades mássicas da gnaisse...............................................................17
viii
1.8.2 Propriedades de resistência do gnaisse......................................................18
1.9 Perfuração e explosivos.........................................................................................19
CAPÍTULO II. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.......................................25
2.1 Localização geográfica e administrativa............................................................25
2.2 Vias de Comunicação...............................................................................................25
2.3 Hidrologia....................................................................................................................25
2.4 Relevo...........................................................................................................................26
2.5 Condições Climáticas..............................................................................................26
2.6 Solo e Vegetação.......................................................................................................27
2.7 Característica Geológica.........................................................................................27
2.8 Tectónica.....................................................................................................................28
2.9 Reservas......................................................................................................................30
2.10 Caracterização mineiro técnica da pedreira Geomineral.............................30
2.10.1 Fases de trabalho de abertura do jazigo...................................................30
2.10.2 Metódos de abertura do jazigo carga e transporte de material...........31
2.10.3 Sistema de exploração...................................................................................32
2.10.4 Equipamentos de exploração.......................................................................32
2.10.5 Equipamentos minero usados na Geomineral.........................................34
2.10.6 Trabalhos de perfuração e explosão na pedreira Geomineral.............35
2.10.7 Explosões secúndaria das rochas subremedidas..................................37
CAPÍTULO III ANÁLISE E RESULTADOS......................................................................39
3.1 Abertura de um novo horizonte de extração.....................................................39
3.1.1 Vias de acesso....................................................................................................39
...............................................................................................................................................39
3.1.2 Velocidade do avanço da abertura da trincheira.......................................41
3.1.3 Cálculo do tempo de trabalho de abertura da trincheira.........................41
3.2 Parâmetros geometricos da trincheira na pedreira.........................................41
3.3 Resultado do calculo dos furos............................................................................42
3.4 Resultado dos cálculos dos trabalhos de perfuração e de explosão para a
construção da trincheira................................................................................................46
3.5 Medidas de proteção e higiene do trabalho.......................................................50
3.5.1 Trabalhos mineiros............................................................................................50
ix
3.5.2 Trabalhos de perfuração e explosão.............................................................51
3.6 Regras gerais de segurança na perfuração e explosão.................................53
3.7 Medidas minimizadoras dos impactos da exploração no ambiente...........54
3.8 Recuperação das áreas degradadas pela mineração......................................55
3.9 Princípios de recuperação de áreas degradadas.............................................56
3.10 Medidas de recuperação para as áreas degradadas.....................................57
CONCLUSÕES......................................................................................................................58
RECOMENDAÇÕES.............................................................................................................59
Referências............................................................................................................................60
GLOSSÁRIO..........................................................................................................................62
ANEXOS..................................................................................................................................66
x
INTRODUÇÃO
1
PROBLEMA
OBJECTO DE ESTUDO
OBJECTIVO GERAL
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
HIPÓTESES
JUSTIFICATIVA
2
necessidade de manter a pedreira activa por mais tempo, fazendo-se assim uma
avaliação “custo-benefício” que permita sugestões, inovações ou implementações de
novas tecnologias de extração segura e que garantam maiores índices de eficiência
da mina.
O presente trabalho, também foi motivado pelo desejo de aumentar o tempo de vida
da mina, visando um aumento no tempo de exploração.
MÉTODOS E MATERIAIS
Revisão bibliográfica
3
Trabalho de gabinete e análise dos resultados
4
1. CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Silva (2008) na mineração a céu aberto, o método mais utilizado é
a lavra por bancadas. Este tipo de lavra pode ser definido como um processo de
mineração onde depósitos de sub-superfície a superfície, são escavados em forma
de bancos. Geralmente este método é utilizado em depósitos minerais regulares,
possuindo larga escala em termos de taxa de produção, sendo responsável por
mais de 60% de toda a produção lavrada por métodos de superfície.
Segundo (DAMASCENO 2008), para a realização do projeto de um talude de mina
deve-se atentar principalmente para a geometria das bancadas de escavação e
dos taludes inter-rampa. A figura 1 mostra uma seção típica de um talude de mina
com seus parâmetros definidores.
5
FIGURA 1 - PARÂ METROS QUE DEFINEM A GEOMETRIA DE UMA MINA A CÉ U ABERTO
Altura da Bancada
6
(2002) a altura das bancadas jamais deve exceder os 15 m. Já o DNIT –
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (2009) recomenda que a
altura dos taludes em corte não ultrapasse os 8m. Este valor apresentado pelo
DNIT possui uma maior rigorosidade envolvida, por ser este orgão mais criterioso
quanto à segurança da estrutura. Para fins de um dimensionamento primário, este
valor pode ser considerado como válido, ficando sobre a responsabilidade do
projetista a otimização posterior do projeto, com valores mais adequados ao
empreendimento mineiro.
Largura da Bancada
A bancada é feita para a divisão do talude geral, quebrando sua continuidade, com
dimensões e posicionamento em níveis adequados, também servindo de acesso
aos diferentes níveis. A largura da bancada é dimensionada de maneira tal que
permita o acesso de equipamentos destinados à remoção dos materiais
desmontados, mas evitando que os materiais desmontados atinjam níveis
inferiores (DNPM 2004). Segundo Girodo (2005) as bancadas são normalmente
dimensionadas para reter algum material desgarrado das paredes superiores,
evitando assim o seu deslocamento até as partes inferiores da mina. De acordo
com Torres (2013) a largura das bancadas está diretamente ligada à altura das
mesmas. b = 4,5m + 0,3.h𝑏
Onde:b - Largura da Bancada;hb - Altura da bancada adotada.
7
FIGURA 2: DIFERENCIAÇÃO ENTRE PRAÇA E BANCADA DE MINA
(A.F 2013)
Por princípio, um ângulo de talude deve ser tal que permita a continuidade das
operações que se realizam em seu nível ou em níveis inferiores e superiores. Ou,
em outras palavras, um talude deve permanecer estável enquanto durarem as
operações de lavra e após seu fechamento (DNPM 2011). Segundo Girodo (2005)
o volume de estéril produzido é significativamente afetado pelo ângulo de talude de
escavação e assim deve ser levada a cabo uma cuidadosa avaliação dos
parâmetros geotécnicos envolvidos. De acordo com Marangon (2010) os padrões
usuais indicam as inclinações associadas aos gabaritos estabelecidos nos
triângulos retângulos mostrados na figura 3.
Largura da Rampa
Vantagens
- Drenagem natural e transporte descendente quando em encosta;
- Alta produtividade devido à grande mecanização e pouca mão-de-obra;
- Baixo custo operacional;
- Período em geral curto para o início das operações;
- Permite boa estabilidade dos taludes;
- Relativamente flexível;
- Segurança e higiene satisfatória.
9
Desvantagens
- Limite de profundidade em cerca de 300 m, devido a limites tecnológicos e
dos equipamentos;
- Grande investimento de capital;
- Sujeito a condições climáticas diversas;
- Degradação massiva do meio ambiente;
- Requer depósitos e equipamentos grandes.
(1)
É de salientar que os três quocientes apresentados na expressão, correspondem a
três aspetos relativos ao maciço rochoso:
1. RQD/Jn - Definido pelos dois primeiros parâmetros correspondentes da
estrutura global do maciço, o seu quociente representa uma medida das dimensões
dos blocos. Este tem um valor variável entre 200 e 0,5;
2. Jr/Ja - Indica a resistência ao corte da descontinuidade mais desfavorável
caracterizada pela sua rugosidade e estado de alteração. Quociente é crescente
com o aumento da rugosidade e diminui com o aumento do grau de alteração;
3. Jw/SRF - Este representa o estado de tensão do maciço rochoso. O
parâmetro SRF caracteriza o estado de tensão do maciço, enquanto Jw é a medida
da pressão de água, que tem um efeito adverso na resistência ao escorregamento
das descontinuidades.
A aplicação deste sistema é mais complexa que o sistema proposto por Bieniawski
(1989), como tal é incluído nas Tabelas o intervalo das classes dos cinco novos
parâmetros utilizados, o valor do índice RQD já foi mencionado anteriormente
(BARTON N. 1974). É de referir que contrariamente ao sistema proposto por
(BIENIASWSKI 1989), (BARTON N. 1974) consideraram que a orientação das
descontinuidades tem um papel menos relevante no comportamento do maciço. Os
parâmetros Jn, Jr, e Ja são, segundo o autor, os que mais contribuem para o seu
comportamento. Contudo, a orientação das descontinuidades está implícita nos
parâmetros Jr e Ja, isto porque são aplicados à descontinuidade mais desfavorável.
(ALMAGUER 2001)
12
A criação desta classificação geomecânica, desenvolvida por Hoek (1994) e Hoek et
al. (1995), está relacionada com o critério generalizado de Hoek- Brown para os
maciços rochosos e a estimativas dos seus parâmetros resistentes.
Com esta classificação dos maciços rochosos pretende-se estimar a diminuição da
sua resistência estrutura com diferentes condições geológicas. Na avaliação do
índice geológico de resistência - GSI - são tidos em conta diversos aspetos do
maciço rochoso, como é o caso da sua qualidade em função do grau e das
características de fracturação, da sua geológica, do tamanho dos blocos e alteração
das descontinuidades.
13
Tabela 1:Classificação das rochas encaixantes segundo a sua resistência
(BIENIASWSKI 1989)
Rochas encaixantes
Resistência à
Rocha constituinte. Classificação.
compressão (Mpa).
Aluvião da gnaisse, argiloso,
Não determinado ---------------
ripioargiláceo.
Aluvião do gnaisse, ripioso,
Não determinado ---------------
margoso- burgoso-ripioso.
Maciços rochosos
Resistência a
Classificação.
compressão (Mpa)
Gnaisse meteorizado, pouco
14,2 Resistência muito baixa.
resistente, fortemente fissurado
Gnaisse relativamente
preservado, resistente, 40,5 Resistência baixa.
fissurado.
Gnaisse preservado, muito
71,1 Resistência média.
resistente, fracamente fissurado.
14
Tabela 2:Classificação do porosidade nos solos
(BIENIASWSKI 1989)
Porosidade (%) Denominação
50-45 Alta
45-35 Média
35-30 Baixa
(BIENIASWSKI 1989)
Espaçamento das fraturas (cm) Caracterização
2 cm Extremamente próximas
2 – 6 cm Muito próximas
6 – 20 cm Próximas
20 – 60 cm Moderadamente afastadas
60 – 2 m Afastadas
6m Extremamente afastadas
15
1.7 CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS ENCAIXANTES DE ACORDO COM
AS DESCONTINUIDADES
Devido à heterogeneidade e ao efeito escala que torna pouco representativo os
resultados do campo, dificultando a obtenção dos parâmetros necessários para
definição dos maciços rochosos, foram desenvolvidos sistemas empíricos de
classificação de maciços rochosos que permitem obter os parâmetros necessários
para um projeto mais racional. Entre os vários índices de classificação geomecânica,
neste trabalho referem-se às de Bieniawski, RMR (Rock Mass Rating) e o de Deere,
RQD (Rock Ouality Designation):
O sistema de classificação geomecânica apresentado por Deere em 1969 baseia-se
na quantidade de fracturas e na alteração da rocha e pode ser quantificado de duas
maneiras diferentes, sendo a primeira a partir de testemunhos de sondagem e a
outra a partir da velocidade sísmica. No primeiro caso é definido o índice de
qualidade da rocha (RQD) como o somatório dos comprimentos dos fragmentos de
testemunho com comprimento igualou maiores que 10 em, são e duros, divididos
pelo comprimento total deste testemunho. Para o cálculo utiliza-se:
∑ Li( ¿10 cm)
RQD = ∗100 (2)
Lt
25-50 Fraco
50-75 Razoável
75-90 Bom
90 – 100 Excelente
O peso médio relativo dos cinco primeiros parâmetros foi determinado a partir da
tabela de Classificação geomecânica de Bieniawski -1989. Para tal fez-nos concluir
que o maciço em estudo se encontra muito fraco onde o ângulo de atrito da massa
rochosa varia de 15 – 200.
(1)
Determinação da Densidade: Para a sua determinação se utiliza o método
psicométrico, pela seguinte expressão matemática:
(2)
Onde: VS é o volume da amostra de rocha no seu estado denso, cm3
(3)
(4)
Onde:
Pmáx- carga máxima sobre a amostra no momento da sua destruição [Kg/f].
F₀ - Área transversal da amostra (cm2).
18
(5)
Onde:
Mf - Momento flector de destruição [gf/ cm2].
a - Coeficiente de flexão.
b - Largura da amostra [mm].
h - Altura da amostra [mm].
19
Incremento das atividades de escavação de rocha destinadas à produção de
blocos de rocha e também à busca de metais;
Processos metalúrgicos cada vez mais intensos e diversificados;
Maior utilização de rocha fragmentada como agregado de concreto e na
pavimentação de estradas.
As principais propriedades de um explosivo que são analisadas para o emprego
destes são: Força, velocidade de detonação, resistência à água, coesão,
resistência ao congelamento e sensibilidade (DNPM 2004). O importante nos
serviços com explosivos é que a energia gerada nas detonações, que é
praticamente instantânea, seja corretamente aproveitada na fragmentação da
rocha ou minério, evitando-se perdas e abalos resultantes de sua dissipação pelo
maciço e pelo ambiente (GERALDI 2011). O desmonte de rochas com explosivos
continua sendo o método mais barato de fragmentação de rochas pouco friáveis,
no entanto, o custo associado aos danos causados pelo desmonte em termos de
segurança e produtividade de minas e obras está se tornando cada vez mais
importante.
O desmonte de rocha, será eficiente se a energia do explosivo for utilizada nos
seus principais objetivos que são: a fragmentação desejada, preservação do talude
remanescente, formação da pilha do material adequado com os equipamentos de
carregamento lavra. E são condicionados a vários parâmetros básicos, que
influenciarão diretamente sobre os custos das diversas operações unitárias, como:
finalidade do material a ser trabalhado, as características das rochas, a situação
topo-geográfica e a mão-de-obra disponível. Após uma criteriosa análise desses
parâmetros é que poderão ser definidos os investimentos de forma a viabilizar a
operação do desmonte de rocha.
Licínio B., em 2013, realizou alguns estudos sobre o aperfeiçoamento dos
trabalhos no desmonte com explosivo na mina de Luó (Lunda Norte - Angola) cujo
objetivo era a melhora dos resultados do desmonte de rochas com explosivo, e a
diminuição da percentagem de blocos sobre dimensionados no maciço da mina em
estudo admitidos pela cadeia tecnologia o que obrigava a uma fragmentação
secundária. Essas investigações permitiram estabelecer uma metodologia para o
desenho dos parâmetros de explosão na qual se considerou as propriedades
físico-mecânicas das rochas, caracterização estrutural do maciço e, as
20
propriedades das substâncias explosivas. Segundo (GERALDI 2011) os explosivos
podem ser classificados de uma forma generalizada.
I. Deflagrantes ou Explosivos Lentos
II. Detonantes
São explosivos especiais, de uso reservado das Forças Armadas (GERALDI 2011).
Estes explosivos, sob determinadas especificações, podem ser usados em
ambientes inflamáveis, como na presença de grisu (metano misturado com o ar) ou
poeiras carbonosas (DNPM 2004).
Acessórios de Detonação
21
Os chamados acessórios de detonação são sempre consumidos na explosão e tem
a finalidade de iniciar uma carga explosiva, fornecer ou transmitir chama para
iniciar explosão e propagar onda explosiva de um ponto para outro, ou de uma
carga para outra (DNPM 2004).
I. Cordel Detonante
Permitem a ligação com o tempo de retardo entre furos ou entre filas de furos.
Estes dispositivos permitem uma maior adequação do tempo de retardo ao tipo de
rocha e condições estruturais do maciço rochoso a desmontar. Também
proporcionam melhor adequação da sequência de detonação dos furos, visando
orientar a direção de lançamento dos fragmentos de rocha, em função da posição
geográfica da frente de escavação (GERALDI, 2011).
III. Espoletas
22
As espoletas são utilizadas nas operações de fogacho para desmonte de blocos,
em furos isolados e também na iniciação de linhas de furos carregados,
interligados por outros acessórios. O acionamento se dá por uma chama direta e,
assim que a espoleta detona, esta provoca a detonação do explosivo com o qual
estiver em contato (GERALDI, 2011). A figura 7 exemplifica um espoleta de
queima.
São modernos acessórios ainda de alto custo de aquisição que permitem uma
melhor adequação dos tempos de retardo ao tipo e às condições geomecânicas do
maciço de escavação, reduzindo as vibrações pelo terreno causadas pela
detonação e melhorando a fragmentação da rocha (GERALDI 2011). A figura 9
exemplifica um sistema de iniciação eletrônico.
23
FIGURA 9:SISTEMA DE INICIAÇÃO ELÉTRICO (BRITANITE 2013)
24
2.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E ADMINISTRATIVA
A Pedreira Geomineral localiza-se na Província do Bengo, como mostra a figura 10,
nas proximidades do Sassa-Povoação a 5 quilómetro a NE da cidade de Caxito no
Município de Dande na Comuna de Icolo e Bengo, é uma das Províncias de Angola
localizada no Norte do País.
2.3 HIDROLOGIA
Uma das suas maiores riquezas é a rede hidrográfica que atravessa este território,
banhado pelos rios Dande, Zenza, Kwanza e Longa. Como não podia deixar de ser,
estes rios são detentores de uma vasta gama de crustáceos e peixes variados entre
os quais a muito apreciada tilápia. As bacias hidrográficas existentes na província
são:
Barragem das Mabubas;
Barragem de Quiminha.
25
Os principais rios existentes na província são:
Rio Bengo;
Rio Dande;
Rio Loge;
Rio Onzo;
Rio Kwanza;
Rio Lufumo;
Rio Lué;
Rio Longa.
2.4 RELEVO
A região predomina uma grande extensão aplanada e algumas sobrelevações
podendo atingir 200 m. Na pedreira atinge depressões de 80 a 21 m. A figura 11
apresenta o Modelo Digital do Terreno da área em estudo.
27
pertencentes ao concelho de Caxito e a sudoeste uma outra pequena área que se
situa no concelho de Quibaxe.
A região está enquadrada geologicamente a um período correspondente ao arcaico
inferior separados com arcaico superior pelo limite de idade 3000 ± 100 m.a, as
rochas metamórficas, ultrametamórficas e intrusivas desenvolvidas na área dos
escudos, designadas anteriormente por complexo de base 90 são consideradas
como rochas mais antigas no território de Angola. A área de Caxito Sassa até
Nambuangongo não difere das características supracitadas. As rochas metamórficas
do arcaico inferior estão representadas por gnaisses variados (piroxénicos,
hipersténicos ou piroxénicos com biotita e Granada e outros), xistos, anfibolitos e
mais raramente por eclogitos, quartzitos. Todas estas rochas são atribuídas a fácies
granulítica (B1) e anfibólica (B2) do metamorfismo regional. O arcaico inferior foi
subdividido em dois grupos: inferior e superior.
No grupo inferior fazem parte as rochas constituídas por plagiognaisses piroxénicos,
anfibolitos, eclogitos, gnaisses cordieríticos e silimaniticos, quartzitos ferruginosos
bem como plagiomigmatitos, enderbitos. O grupo superior é constituído por gnaisses
biotítico-horneblendicos, biotitico-hipersténicos e bimicáceos, disténicos e grafitosos,
anfibolitos, xistos Biotíticos.
2.8 TECTÓNICA
No sector angolano da Plataforma Africana destaca-se nitidamente dois andares
estruturais:
O inferior, isto é, o soco cristalino, que constitui a nossa área de estudo
(complexo litológico-estruturais do Arcaico e do Protorozóico Precoce);
O superior que corresponde a cobertura da plataforma, constituída pelos
complexos do Protorozóico Tárdio (Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico).
Estruturas do Protorozóico Precoce dos Escudos: “Troughs” de rochas verdes
e depressões.
29
FIGURA 12:GNAISSE COM FILÃO DE QUARTZO E XISTO
2.9 RESERVAS
O desenvolvimento da exploração na pedreira é feito em flanco de encosta, tomando
como profundidade máxima de escavação 60 metros (seis bancadas de 10 metros
de altura cada), banquetas de segurança finais com 6 metros de largura média,
prevendo a ocorrência de 5 % de material estéril e massa volúmica do material a
extrair de 2,65 ton/m3. Ocupa uma extensão de cem (100) hectares, cuja área de
exploração é de 384 m², estimamos como reservas úteis, cerca de 29.000.000
toneladas (10.940.000 m3 “in situ”), somente 25 % desta se encontra em exploração,
tendo vida útil de 48 anos. A produção anual prevista da pedreira será cerca de
600.000ton (226.400m3 “in situ”). (LOPES 2015).
30
2.10.2 METÓDOS DE ABERTURA DO JAZIGO CARGA E TRANSPORTE DE
MATERIAL
As acções de desmonte da área, serão precedidas por operações preparatórias da
lavra que pretendem assegurar os parâmetros de segurança, economia, do bom
aproveitamento do recurso mineral e de protecção ambiental. Estas operações
preparatórias consistem na desmatação e na construção de uma rampa de acesso à
pedreira e na construção da rede de drenagem periférica. A remoção, do material
desmontado através da pega de fogo, será efectuada por escavadoras hidráulicas e
pá carregadoras. As figuras 13 e 14 exemplos de máquinas usadas na remoção de
estéril e do material util.
31
a um martelo hidráulico quebrador, equipado numa escavadora hidráulica. A figura
15 mostra uma das escombreira da geomineral.
w E
w
w
32
A execução das operações unitárias numa exploração mineira requer meios
tecnológicos, isto é, máquinas e equipamentos adequados. Ver as figuras 17, 18 e
19.
FIGURA 17:RETROESCAVADEIRA
34
C, balde 5 m¬3 destape e
carregamento
Camião articulado, CAT 735, Transporte do
capacidade de carga 35t, 22 2 material útil/material Operacional
m¬3 estéril
Camião articulado, CAT 735, Transporte do
capacidade de carga 35t, 22 1 material útil/material Avariado
m¬3 estéril
Pá-carregadora, Carregamento dos
CAT,966,capacidade da 1 compradores e Operacional
caçamba 3.6 m¬3 transporte de carga
Pá- carregadora, CAT Alimentação da
962,capacidade da caçamba 3.2 1 instalação de Operacional
m¬3 tratamento
Perfuração do
Perfuratriz, ROC D7 1 Operacional
maciço rochoso
Limpeza dos furos
Compressor 1 Operacional
da malha de fogo
Cisterna acoplada ao tractor Irrigação das pistas
1 Operacional
agrícola
Carro multifuncional(Manitú), Serviços de
1 Operacional
CAT TH580 elevação
Quando detonadas várias linhas de fogo, as mais distantes da face têm quantidade
maior de explosivo, para conseguir empurrar o material das primeiras linhas. Carga
de coluna: Concentração Cc de 40 a 50 % da concentração da carga de fundo,
distribuída na extensão lc = H1 - 2,3 V. A distribuição é conseguida por espaçadores
de material inerte, ver figura 20.
FIGURA 20:DETONADORES
(NICOLAU 2014)
Dependendo da fiabilidade dos explosivos e das condições climatéricas, poderá ser
necessário usar cordão detonante, ao longo de todo o furo, para garantir a
36
detonação de toda a carga explosiva. Ilustrações da aplicação de alguns acessórios
de detonação figura 21.
Também como vias de aceso ao nível, temos a trincheira que se utilizará como via
de transporte da rocha útil da fronte para a planta agilizando os trabalhos de
transportação. Esta trincheira terá uma largura de 16.5m (duas vias), uma longitude
de 106 m e a área da mesma de 1749 m 2 e um volume de 3533m 3. A pendente
máxima desta trincheira será de 8%. Como mostra a figura 23 da trincheira.
39
FIGURA 23:ESBOÇO DO PLANO DA TRINCHEIRA DE ABERTURA
DO NOVO HORIZONTE DE EXTRACÇÃO
40
Lt∗Qd 106∗1400
Va= = =8 ,835 m/dia
Vta∗Ke 16760 .86
Onde:
Lt – longitude da trinchera(m)
Qd – productividade diaria dos equipamentos de carga(m 3/dia).
Vta – volume de abertura da trincheira e considerando o coeficiente de
empolamento(m3).
Ke – coeficiente de escoamento 1.5.
Lt 10
Ta= = =11 , 97 dias
Va 8 , 835
41
Para abertura da trincheira pretendida vai ser necessários fazer furos no maciço
para este é feito depois da perfuração, podemos ter a ideia de quantos furos
teremos na base de cálculo a seguir (ver as equações de 21 até 31 em anexo)
42
FIGURA 25:PERFIL TRANSVERSAL DA
TRINCHEIRA
43
FIGURA 26:PERFIL LONGITUDINAL DA TRINCHEIRA
44
TABELA 9:RESUMO DOS CÁLCULOS DOS FUROS
45
3.4 RESULTADO DOS CÁLCULOS DOS TRABALHOS DE PERFURAÇÃO
E DE EXPLOSÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA TRINCHEIRA
A substância explosiva a utilizar é o Anfo que tem (q) gasto específico de 4,01 kg/m 3,
e dinamite na carga de fundo. Tendo em conta estes dados aplicam-se as seguintes
equações (ver em anexo).
Uma vez realizados os trabalhos dos cálculos dos furos dos explosivos a serem
utilizados na área (espaço) onde será projectada a trincheira se obteve os seguintes
valores que se resumem na tabela já a seguir, tabela 11.
Para o estudo será calculado os parâmetros do plano de fogo, sendo estes variados
e combinados de acordo com a granulometria desejada, sendo esta função do
tratamento e utilização posterior do material, que na seguinte situação é para a
produção de agregados para construção civil. O estudo do plano de fogo será
apresentado uma análise sobre a fragmentação da rocha, pois uma fragmentação
46
de má qualidade resultará em maiores custos no desmonte secundário quanto no
carregamento, transporte, britagem e manutenção dos equipamentos.
Retardos muito pequenos provocam o movimento das últimas fileiras de furos, antes
que ocorra o movimento de rocha correspondente ao primeiro afastamento. Isso faz
com que ocorra uma menor fragmentação do material e possivelmente crie
problemas de fraturamento da rocha.
47
TABELA 10:RESUMO DOS VALORES DE CADA FURO
48
FIGURA 27:MALHA DE PERFURAÇÃO EM PARALELO E SEQUÊNCIA DE
ACESSO DOS FUROS DA TRINCHEIRA
49
3.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO E HIGIENE DO TRABALHO
As medidas de Proteção e Higiene do trabalho são de vital importância para o
melhor desenvolvimento e organização dos trabalhos na pedreira, já que a sua vez
assegura a proteção do operário no seu local de trabalho, evitam as irregularidades
que podem colocar em perigo a vida dos mesmos e a destruição dos equipamentos
que são utilizados nos trabalhos mineiros.
De acordo às regras de segurança, proteção e higiene do trabalho para a exploração
dos jazigos de rochas úteis a céu aberto vigentes no nosso país, como medidas de
proteção temos as seguintes:
A exploração de jazigo deve realizar-se de acordo as soluções dadas nos seguintes
documentos:
Plano dos trabalhos mineiros.
Relatório Geológico.
Actualizações topográficas da pedreira.
Relatório Hidro geológico detalhado e actualizado da pedreira.
Projecto de exploração aprovado pelo organismo competente.
Os operários que desejam trabalhar na Pedreira devem passar por um curso
de aprendizagem sobre as técnicas de segurança e primeiros socorros.
O trabalho com equipamentos mecánicos e transporte só se permitirão
executar pessoal que passe um curso e alcance a qualificação requerida.
A direção técnica dos trabalhos mineiros estará a cargo do pessoal designado
pela direção da empresa.
Os equipamentos mineiros e de transportação devem revisar-se
periódicamente para que mantenham um bom estado e os equipamentos com a
sinalização, freios, proteção das partes móveis e as medidas contra incêndio, além
disso, devem ter também.
50
3. A altura de dispersão da massa rochosa voada não deve ultrapassar de 1.5
vezes a altura máxima de carga da escavadora. Em caso de exceder-se esta
magnitude, deve diminuir-se até o plausível por meio do Buldózer.
4. Ao cessar os trabalhos, as equipes utilizadas na frente de extração e em
transporte de materiais se situarão no lugar seguro, com a cabine fechada e a fonte
de alimentação desconectada.
5. É proibido descansar nas frentes de trabalho, perto dos taludes dos terraços e
dos mecanismos em funcionamento, nas vias de acesso e suas imediações e
debaixo dos equipamentos estacionadas.
6. Durante a carga descarrega trituração de rochas à mão e outros trabalhos
similares, os trabalhadores usarão óculos protetores com cristais inquebráveis e
luvas apropriadas para o tipo de trabalho.
7. As escavações que apresentam perigo de queda para as pessoas serão
isoladas convencionalmente, colocando-se letreiros preventivos nas zonas de maior
periculosidade.
51
3.5.2.1 DETERMINAÇÃO DAS DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA SÍSMICA
DURANTE AS EXPLOSÕES
KC: Coeficiente que depende das características do terreno de base das construções
a proteger, neste caso: 5
: coeficiente que depende do índice de acção da explosão, nas pedreiras as
explosões do solo se realizam para a fragmentação das rochas pelo que =1
Q0: peso completo da carga para um só tempo
Q0=5000 kg
Substituindo:
TB=KB*
Q
Onde:
TB; distância de segurança.
KB: coeficiente de proporcionalidade cuja magnitude depende das condições de
localização e da magnitude da carga, assim como de carácter do terreno.
52
3.5.2.3 DETERMINAÇÃO DO RAIO DA ZONA PERIGOSA DO VÔO DOS
PEDAÇOS DE ROCHA DURANTE A EXPLOSÃO
53
Escavadoras
A escavadora deve estar localizada em uma base estável e horizontal de degrau e
proibida transitar ou situar-se dentro do raio de giro da escavadora quando esta está
em funcionamento. Para a carga do material aos caminhões, operador da
escavadora dará o sinal convindo à entrada e saída dos caminhões.
Bulldózer
Se Proibe o trabalho do Bulldózer em direção transversal ao pendente. A
manutenção, lubrificação e regulação do Bulldózer devem realizar-se em um largo
horizontal, com o motor desligado. Os ângulos máximos de parâmetros da frente
durante o trabalho não deve exceder nas subidas de 25º e na descida com carga de
30º.
54
- Manutenção da rede de drenagem quer na área explorada, quer na área
envolvente, para evitar o transporte de material sólido em suspensão, aquando das
chuvas intensas;
- Manutenção dos acessos às frentes de trabalho, para minimizar as vibrações.
Transmitidas aos condutores das máquinas, reduzir o desgaste dos equipamentos e
diminuir a emissão de CO2;
- Recuperação, com os materiais estéreis anteriormente armazenados, das áreas de
extracção esgotadas;
- Armazenamento e reutilização da água pluvial que se acumule no fundo da
pedreira, quer na rega dos acessos quer no sistema de despoeiramento;
- Acondicionamento e gestão adequada dos resíduos gerados em toda a actividade;
utilização de equipamentos e máquinas tecnologicamente evoluídas. (Benedito A.,
1998).
55
A mineração a céu aberto resulta da destruição da vegetação existente e no perfil do
solo. Segundo o Ferreira (1995) a deterioração, desgaste, estrago: degradação de
rochas (MOISÉS, 2003). A degradação ambiental ocorre quando há perda de
adaptação as características físicas, químicas e biológicas e é inviabilizado o
desenvolvimento socioeconómico.
O passivo ambiental que é um termo usado no sentido monetário “para conotar o
acumulo de danos infligidos ao meio ambiente natural por uma determinada
actividade ao pelo conjunto de acções humanas”.
Segundo Ribeiro (2000), o passivo ambiental é constituído pelas expectativas de
sacrifícios de benefícios futuros, impostos pela legislação e regulamentações
ambientais (taxas, contribuições e multas) em decorrência de ressarcimento a
terceiros por danos provocados, estimativos de gastos para recuperação de áreas
degrada das por iniciativa própria, ou seja, exigida por lei ou terceiros.
Segundo a Environmental Protection Agency (E.P. A) da Austrália (1995) explica que
os objectivos da recuperação dos espaços degradados pela mineração são de
conversão da área para uma condição segura e estável a restaurar a área a sua
condição anterior a mineração, (AUSTRALIA, 1995).
56
autostentavel e a completa integração da área reabilitada as áreas circunvizinhas
(Australia, 1995).
Encerramento da pedreira
Segundo Vale (2000) é o processo que acompanha o ciclo de vida da mina e
encerra as actividades de descondicionamento e restauração (RIBEIRO, 1998). Os
objectivos do fechamento de uma pedreira são:
Proteger a saúde humana e do meio, ambiente mediante a manutenção da
estabilidade física e química;
Possibilitar a reutilização da terra uma vez que as operações mineiras sejam
concluídas;
Minimizar, em longo prazo, a responsabilidade das empresas de mineração
com o meio ambiente.
58
RECOMENDAÇÕES
59
REFERÊNCIAS
60
MOISES, A,A. GEOLOGIA E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO DOS DEPOSITOS. 2003.
MUNARETTI, E. DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE MISTURA
DE EXPLOSIVOS A BASE DE NITRATO DE AMONIO E OLEO COMBUSTIVEL.
2002.
NETO, P,A. “APONTAMENTOS DE OPERAÇÕES MINEIRAS I.” s.d.
NEVES DE MARGARIDA, D,M. CARACTERIZACION GEOMECANICA DEL
YACIMIENTO LA INAGUA. 2002.
NICOLAU, MANUEL SIMÃO. ESTUDO DA EFECTIVIDADE E EFICIÊNCIA DOS
EQUIPAMENTOS DE EXTRACÇÃO UTILIZADOS NA MINA DE EXTRACÇÃO DE
INERTES GEOMINERAL. lUANDA, 2014.
OTANÕ NOGUEL, J. Acción de la explósion en las rocas ligadas. 1998.
PEDRO ALEXANDRE A, M. METODOLOGIA PARA PROJRCTOS DE FRAGMENTAÇÃO
DE ROCHAS COM EXPLOSIVOS. 2007.
PEDRO ALEXANDRE, A,M. Metodologia para el disenõ de las voladuras en las canteras
de aridos. 2006.
PISMENNIY A, V e KOVALENKO,A. ARGUMENTAÇÃO TÉCNICA ECONOMICA,
ELABORAÇÃO DA ESTRATEGIA DE EXPLORAÇÃO DA CHAMINÉ DE CATOCA.
2008.
RIBEIRO, M,S. CUSTEIO DAS ACTIVIDADES DE NATUREZA AMBIENTAL. 1998.
RICARDO, H,S CATALANI,G. MANUSL PRATICO DE ESCAVAÇÃO:TERRAPLANAGEM
E ESCAVAÇÃO DE ROCHA. 2017.
RUFINO E., DIEGUEZ Y e SATURNINO E. Análise de estabilidade de taludes na pedreira
geomineral combinando as tecnicas de geoprocessamento. Luanda, 2018.
SANTOS, DOS. s.d.
SILVA, A,M,P. SUSTENTABILIDADE OPERACIONAL NO CONTEXTO DA INDUSTRIA
MINERAL. 2008.
TADEU, D. CONCEITOS GERAIS E CLASSIFICAÇÕES DE JAZIGOS MINERAIS,
ENGENHARIA DE GEOLOGIA E DE MINAS. 1995.
VALE, E. FECHAMENTO DE MINAS: MODULO ECONOMICO E FINANCEIRO. 2000.
VIERA REIS, D. OPERAÇÕES MINEIRAS. 2001.
www.rochas gnaisse.htm. maio de 2019.
61
GLOSSÁRIO
Estéril (rocha de cobertura): Agregado de minerais presentes numa mina, mas que
não possui valor económico, embora muitas das vezes, tenha que ser removido para
permitir o acesso ao minério. (Lemos, C., 2009).
62
Gnaisse: Rochas metamórficas, de textura xistosa aparente, essencialmente
constituídas por quartzo, feldspato e mica. (Maia C. e Costa F., 1959).
Minério: Rocha, ou mineral que contém um metal que pode ser extraído
lucrativamente. (Faria C. ,2008).
63
Tecnologia de exploração mineira: Conjunto de conhecimentos relativos aos
métodos, processos, maquinarias e instrumentos que permitem a extracção da
matéria-prima necessária para obtenção de produtos minerais, segundo
especificações de fabrico e com base em alguns critérios económicos. (Tadeu D.,
1995).
Tamanho de uma mina: É a capacidade de produção que pode ser atingida pela
mesma quando em operação durante um período de tempo normal, do ponto de
vista técnico e económico.
Trincheira: Escavação mineira a céu aberto, que tem a finalidade de dar acesso a
um corpo mineral ou parte deste e por ela transitam ou passam os tipos de
transportes de materiais, pessoas e outros equipamentos destinados a exploração
mineira de um jazigo (Guerrero A. et. Al, 2006).
64
65
ANEXOS
P
Nc=
a
Nc=50 / 2,5 Nc= 20 colunas
Nc → número de colunas
P→profundidade da trincheira
Nt
Nff =
Nf
Nff = 140/ 7 Nff = 20 furos
66
6. Quantidade de metros a perfurar da trincheira
7. Largura da trincheira
A= Wp= (Nf-1) *a A= 15 m
8. Comprimento da trincheira
Z= a*Nff Z=50 m
Cf = NT * L CF= 16380m
67
CÁLCULOS DOS TRABALHOS DE PERFURAÇÃO E DE EXPLORAÇÃO PARA A
CONSTRUÇÃO DE TRINCHEIRAS NA GEOMINERAL.
P = 7,85*d2*∆
d = 76 mm≈ 0,076 m; ∆ = 1 kg / m3
Onde: P: peso da carga por metro linear; d: diâmetro do furo; ∆: densidade de carga.
W p =d∗
√ 8,2∗Δ
M∗q
W p =d∗
√
8,2∗1
1,2∗0 , 28
W P =4 .93 m
4. Comprimento de extraperfuração
5. Comprimento de atacamento
H 0,5
L= +L L= +0,7
sen α EXT sen 87 L=1 .2 m
H – Profundidade
Q = K*V Q = K*a*b*H Q = 1 kg
Qmax = (L-Lex) * P
7. Profundidade do furo H2 = 1 m
L=1 .7 m
Q = 2 kg
Qmax = 0.045 kg
69
LC = 44 m
Q = 0,8 m
Q = 38.3 kg
L=2 .2 m
Q = 3 kg
Qmax = 0.067 kg
LC=66 m
Q = 1,2 m
Q = 38.3 kg
L=2 .7 m
Q = 4 kg
Qmax = 0.09 kg
70
Longitude de carga do explosivo
LC = 88m
Q=1,6 m
Q = 38.3 kg
L=3,1 m
Q = 5 kg
Qmax = 0.10 kg
LC = 111 m
Q=2m
Q = 38.3 kg
L=3 . 7 m
Q = 6 kg
71
Qmax = 0.13 kg
LC = 133 m
Q = 2,4 m
Q =38.3 kg
L=4 .2 m
Q = 7 kg
Qmax = 0.15 kg
LC=155m
Q = 2,8m
Q = 38.3kg
L=4 .7 m
Q=8 kg
72
Carga máxima admissível no furo
Qmax = 0.18 kg
LC = 177 m
Q=3,2 m
Q = 38.3 kg
L=5 . 2m
Q = 9 kg
Qmax = 0.20kg.
LC = 200 m
Q = 3,6 m
Q = 38.3kg
L = 5.7 m
73
Q = 10 kg
Qmax=0.22 kg
LC = 222 m
Q = 4m
Q = 38.3kg.
L = 6.2 m
Q = 11 kg,
Qmax = 0.24 kg
LC = 244 m
Q = 4,4 m
Q=38.3 kg
L=6.7 m
LC = 266 m
Q = 4,8m
Q = 38.3kg
L = 7.2 m
Q = 13 kg
Qmax = 0.29 kg
LC = 288 m.
Q = 5,2 m.
Q = 38.3 kg.
L = 7.7 m
Q = 14 kg.
75
Carga máxima adimissivel no furo
Qmax =0.31 kg
LC = 311m
Q = 38.3 kg
L = 8.2m
Q = 15 kg
LC = 333 m.
Q = 6m
Q = 38.3kg
L = 8.7 m
Q = 16 kg
LC=355 m
Q=6,4 m
Q=38.3 kg
L = 9,2 m
Q = 17 kg
Qmax = 0.38 kg
LC = 377m
Q = 6,8m
Q = 38.3kg
L = 9, 7m
Q = 18 kg
Qmax = 0.40kg
77
Longitude de carga do explosivo
LC = 400 m
Q = 7,2 m
L = 10.2m
Q = 19 kg
Qmax = 0.43 kg
LC = 422m
Q=7,6 m
Q=38.3 kg
L = 10,8 m
Q = 20 kg
Qmax = 0.45kg.
78
LC = 444m
Q = 8m
Q = 38.3kg
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