Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE GEOFÍSICA
Luanda
2023
BEMÁSIO DE JESUS TEIXEIRA CAHANDA
Luanda
2023
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente
à Deus todo poderoso pela dádiva da vida.
Aos meus queridos Pais (Manuel
Alberto e Isabel Teixeira) pelo apoio e
carinho que me têm dado até os dias de
hoje, aos meus queridos irmãos e demais
familiares que sempre me apoiaram e
incentivaram a seguir os meus ideais.
Aos meus amigos e todos aqueles
que sempre me apoiaram ao longo de mais
uma jornada que hoje chega ao fim.
AGRADECIMENTOS
Ngola Kituba
RESUMO
I.5- PROBLEMÁTICA
O presente trabalho tem como Problemática ou questão principal assente na
Possibilidade de existência ou não de Reservatórios de Hidrocarbonetos na zona de
estudo (Miradouro da Lua) e na eficiência que os métodos utilizados durante a
elaboração do presente trabalho vão apresentar para caracterização desses reservatórios
ou das estruturas sedimentares ao redor a partir de uma combinação de 3 métodos
(Sedimentologia, Petrofísica e Sísmica) que vão se completar e auxiliar tendo em conta
o tipo de dados e informações a serem obtidas individualmente em cada método ou na
combinação dos mesmos durante a sua aplicação.
I.6- JUSTIFICATIVA
A bacia do Kwanza entrou com blocos em Onshore e Offshore na nova oferta de
licitação feita pela Agência Nacional de Petróleos, Gás e Biocombustíveis de Angola
(ANPG). A zona do Miradouro apresenta excelentes afloramentos que auxiliam no
entendimento destes objectos geológicos.
O presente trabalho a ser apresentando surge no intuito de apresentar um
conjunto de evidências da possível existência de reservatórios de hidrocarbonetos na
zona do Miradouro da Lua a partir de observações de campo nos afloramentos e
estruturas sedimentares que compõem a zona, análises de laboratório e correlações de
dados exisentes da zonas juntando-se assim ao conjunto de informações e dados já
existentes da zona para aumentar no leque de informações que vão permitir diminuir as
ambiguidades e incertezas referentes a possibilidade de “existência ou não de
reservatórios de hidrocarbonetos nessa zona particular da Bacia do Kwanza”.
Revisão bibliográfica
Esta etapa consistiu no levantamento de informações geológicas preliminares
ligadas ao tema central desta monografia. A sua concretização foi possível através do
acesso aos resultados de estudos já realizados tanto naquela zona, como noutras, que
apresentam contexto geológico similar. Consultaram-se as cartas geológicas de Angola
de número 184 SUL-D33 E 185 SULL-D33 às escalas 1: 1.000.000 e 1: 250.000, a carta
topográfica da zona de estudo, à escala 1: 250.000, imagens espectrais (ASTER), livros
e artigos científicos, disponíveis tanto em revistas científicas digitais, como na
Biblioteca do Instituto Superior Politécnico de Ciências e Tecnologia(ISPTEC) .
A pesquisa bibliográfica acabou por se estender por todas as fases de
desenvolvimento deste trabalho, devido à necessidade constante de aprofundamento de
alguns assuntos abordados nos diferentes capítulos.
Localização
A zona do Cuacra encontra-se localizada na província do Kwanza Sul, uma das 18
províncias de Angola. Essa região está estrategicamente posicionada na parte central da
província, o que a torna de grande importância tanto em termos geográficos quanto em
termos de acesso a diferentes áreas e serviços dentro do Kwanza Sul.
Cuacra faz fronteira ao norte com a comuna do Quiri, ao sul com o município de Porto
Amboim, a leste com o município de Quibala e a oeste com o município de Sumbe.
Essa localização ajuda a definir a zona do Cuacra como um ponto de conexão com
outras áreas
importantes da
província,
permitindo a
interação entre
diferentes
comunidades e o
acesso a
serviços e
recursos.
Hidrográfica
O destaque principal é o rio Cambongo, que corta a região e desempenha um
papel crucial na hidrografia local. A geologia da região influencia diretamente a
formação do relevo, determinando a disposição das bacias hidrográficas, a direção dos
cursos d'água e a morfologia dos rios e afluentes. As áreas com rochas mais porosas
podem permitir uma maior infiltração da água, contribuindo para a formação de
aquíferos subterrâneos e, consequentemente, para a recarga de nascentes e rios.
A composição dos solos afeta a capacidade de retenção e escoamento da água.
Solos mais permeáveis, como areias e cascalhos, permitem a infiltração mais rápida da
água, enquanto solos argilosos podem reter mais umidade, influenciando a quantidade
de água disponível nos rios e riachos. Falhas, fraturas e dobramentos, influenciam na
direção e no padrão de drenagem da água, zonas de falha pode atuam como uma
barreira para o fluxo da água, afetando a distribuição dos cursos de água na região.
Geomorfologia
O relevo do Cuacra é marcado por uma combinação de planícies aluviais,
colinas, vales, pequenas montanhas e planaltos. As planícies aluviais são encontradas ao
longo das margens dos rios e ribeiras da região, oferecendo solos férteis e propícios para
a agricultura. São áreas planas adjacentes aos rios e córregos, formadas pela deposição
de sedimentos carreados pelas águas. Essas planícies são propícias para atividades
agrícolas devido à fertilidade do solo. As colinas e vales conferem à paisagem do
Cuacra um aspecto ondulado e variado. Os vales podem ser resultado de processos
erosivos causados pela ação dos cursos d'água ao longo do tempo.
A presença de pequenas montanhas e planaltos contribui para a diversidade do
relevo, influenciando na drenagem da região e na formação de paisagens mais elevadas.
Os processos erosivos, como a erosão hídrica e fluvial, desempenham um papel
fundamental na formação das características do relevo, especialmente na criação dos
vales e na deposição de sedimentos nas áreas aluviais. Os movimentos tectônicos e a
atividade geológica podem ter influenciado a formação das montanhas e planaltos na
região, moldando o relevo ao longo de milhões de anos
A diversidade geomorfológica do Cuacra desempenha um papel importante na
vida da comunidade local. Essas características impactam diretamente as atividades
econômicas, influenciando a agricultura, a pecuária e até mesmo o desenvolvimento
urbano, além de desempenhar um papel crucial na disponibilidade de recursos naturais e
na conservação ambiental da região.
Enquadramento Regional
Geologia de Angola
Principais bacias sedimentares de Angola
De acordo com Tavares (2000), os enchimentos sedimentares no litoral de
Angola estão subdivididos em cinco (5) sectores, os quais se resumem a três bacias
costeiras, nomeadamente a bacia do Congo a Norte, ao Centro a bacia do Cuanza (e
bacia de Benguela), e a Sul a bacia do Namibe, encontram-se delimitadas a Leste pelo
soco cristalino, e a Oeste pelo oceano Atlântico tal como representado na figura
Enquadramento
Regional
O Sumbe caracteriza-se pela
ocorrência de distintas unidades crono-estratigráficas. Nas proximidades da zona
costeira destacam-se unidades de rochas sedimentares do Mesozóico e Mesozóico-
Cenozóico, ao passo que em zonas mais distais à linha de costa destacam-se as unidades
de rochas cristalinas do Arcaico e do Proterozóico.
Elementos ortoquímicos
Figura 2. 4 Classificação dos carbonatos segundo Folk (1959-1962), a qual usa prefixos para
indicar a estrutura dos grãos presentes (bio – para fósseis, pel - para peletes, oo – para oóides, e
intra – para intraclastos).
Calcário aloquímico espático (tipo I), formado por grãos aloquímicos cimentados por
calcite espática, calcário aloquímicos microcristalino (tipo II), composto por grãos
aloquímicos em matriz micrítica e calcário microcristalino (tipo III), sem grãos
aloquímicos. Folk (1956) considera uma classe especial (tipo IV), as rochas constituídas
por massas recifais ou estruturas orgânicas desenvolvidas in situ, denominadas biolitito.
Para descrever as características da segunda componente, Folk (1956) classifica
os depósitos de acordo com a energia do ambiente de deposição. Ambientes de energia
baixa apresentam, tipicamente, maiores concentrações em lama pura ou quase pura. Em
ambientes de energia intermédia, as acumulações de lama com concentrações de grãos
são mais comuns, enquanto em ambientes de alta energia ocorrem acumulações de
grãos classificados e arredondados com a lama da matriz virtualmente removida
(Scholle & Scholle, 2003).
Para a terceira componente, Folk (1956) estabelece uma terminologia para
variados tamanhos do material transportado ou para o precipitado autigénico, sendo,
também, usado para os produtos de recristalização ou de substituição como a dolomite
(Figura 2.5).
Classificação de Dunham
A classificação de Dunham (1962) é a mais utilizada e uma das mais simples,
baseia-se nas proporções grão/lama e nas texturas deposicionais. Se os grãos estiverem
dispersos na matriz, o carbonato designa-se suportado pela lama; ao passo que se os
grãos estiverem interconectados, com a lama a preencher os espaços vazios, designa-se
carbonato suportado pelos grãos (Figura 2.6).
Mudstone: é uma rocha carbonatada constituída por lama carbonatada e menos
de 10% de grãos (Dunham, 1962). Forma-se, geralmente, em ambiente deposicional de
baixa energia.
Wackestone: é uma rocha carbonatada constituída por lama carbonatada e mais
de 10% de grãos (Dunham, 1962). Forma-se, geralmente, em ambiente deposicional de
baixa energia.
Packstone: é uma rocha carbonatada constituída por grãos interconectados e
lama carbonatada (Dunham, 1962). Este tipo de rocha sugere uma variedade de
ambientes deposicionais, isto é, de alta energia, se os primeiros constituintes forem
abundantes e de baixa energia, para os segundos.
Grainstone: é uma rocha carbonatada constituída por grãos interconectados, sem
a presença de lama carbonatada (Dunham, 1962).
Boundstone: é uma rocha carbonatada, na qual os sedimentos são aprisionados
por organismos como corais ou algas, durante a sua deposição. Geralmente são
depositados em ambientes de alta energia.
Calcários cristalinos: são rochas carbonatadas que carecem de evidências de
texturas deposicionais suficientes para serem classificadas.
Figura 2.6 Classificação dos carbonatos segundo Dunham (1962).
Tabela 2. 1 Posições dos extremos de absorção dos carbonatos em µm nas bandas do sensor
ASTER.
METODOLOGIA APLICADA
Neste capítulo é apresentada a metodologia proposta para a execução do
trabalho, assim como as técnicas aplicadas na obtenção, processamento e análise dos
dados.
Na metodologia foram descritas as diferentes etapas de execução das tarefas.
Esta metodologia compreende os trabalhos de gabinete, o trabalho de campo, o de
laboratório e o de interpretação dos resultados, que culminam na redacção do relatório
final.
Quanto à aquisição e processamento de dados, foram realizadas duas
abordagens: A primeira refere-se aos dados de Sensoriamento Remoto, onde se explica
o seu processo de aquisição, assim como o processamento pelo método da Razão de
Bandas. A segunda abordagem refere-se aos dados geológicos obtidos em laboratório.
Nesta última abordagem são referidos os dados obtidos pelos métodos petrográfico,
geoquímico, mineralógico (difracção por raios X) e fluorescência de raios X (FRX).
3.1 Metodologia de trabalho
Para o alcance dos objectivos apresentados neste trabalho foi proposta uma
metodologia que contempla, tal como já foi mencionado, várias tarefas, enquadradas nas
fases de trabalho de gabinete, trabalho de campo, trabalho de laboratório e o de
interpretação dos resultados, tal como ilustra o fluxograma da figura()
Preparação do trabalho de campo
Depois de identificada a área de estudo, os potenciais afloramentos foram
seleccionados em diferentes etapas (Figura ), através da combinação entre imagens
aéreas, mapas geológicos, topográficos e outras informações geológicas preliminares.
Com as imagens visualizadas através do Google Earth, foi possível localizar os
potenciais afloramentos, as suas coordenadas e a sua acessibilidade. Com o auxílio do
software ArcGisPro, foram elaborados mapas de localização e geológicos, com
informações mais detalhadas. A selecção dos potenciais afloramentos baseou-se em
critérios como a informação geológica disponível, a sua representatividade, a densidade
da cobertura vegetal, e as vias de acesso.
Devido à densa cobertura vegetal e às inúmeras dificuldades nos acessos aos
afloramentos (com base nos dados preliminares), foi necessário identificar e digitalizar
as vias de acesso a cada afloramento seleccionado. Como mostra a figura, esta tarefa foi
efectuada com o auxílio do Google Earth. No final, cada ponto passou a dispor de
informações geográficas e geológicas mais detalhadas. e medição da atitude das
camadas, das fracturas e do seu tipo de preenchimento.
Amostragem
A amostragem foi realizada sobre calcários, com o propósito de caracterizá-las
petrograficamente. Foram recolhidas vinte amostras de mão e 33 amostras de
core/testemunho em três poços perfurados, distribuídas por seis afloramentos. Para
serem recolhidas amostras frescas e representativas foi necessário escavar trincheiras,
como mostra a figura 3.5. Foram cuidadosamente recolhidas amostras de mão em vários
pontos do mesmo afloramento, a fim de serem submetidas à análise de lâminas
delgadas, DRX e FRX.
Trabalho de laboratório
Análise petrográfica
A análise petrográfica foi realizada em amostras de mão e em lâminas delgadas.
Amostras de mão: consistiu na avaliação do nível de reactividade das amostras em
presença de uma solução ácida (HCl), identificação dos minerais constituintes, da
estrutura da rocha e presença de fósseis.
Lâminas delgadas: foram analisadas no Laboratório de Mineralogia do Instituto
Geológico de Angola-IGEO consistiram na identificação dos principais minerais
constituintes, na determinação da relação entre os grãos, identificação do tipo de ligante,
tipo de
Análise geoquímica
Os dados geoquímicos foram realizadas pelo método de Espectrometria
por Fluorescência de Raios X (FRX), no Instituto Geológico de Angola (IGEO),
para a individualização dos elementos maiores e menores.
Antes de serem analisadas, as amostras passaram pelo processo de
preparação, que envolveu as fases de tratamento, trituração, culminando na
moagem e peneiração. Depois do primeiro processo seguiu-se o analítico, que
consistiu na dissolução e análise dos elementos maiores, menores e traços dos
carbonatos.
O objectivo deste processo foi efectuar uma análise completa dos óxidos
dos elementos maiores, assim como determinar os elementos menores,
visando dispor de dados suficientes para uma caracterização geoquímica
coerente.
Análise mineralógica por Difracção de Raios X (DRX)
Depois de terem sido recolhidas, as amostras foram levadas para o
Laboratório de Sedimentologia do IGEO em Luanda, para a devida preparação.
A preparação das amostras consistiu inicialmente na sua selecção, que foi feita
com base na análise visual do seu estado de conservação. Posteriormente,
procedeu-se à limpeza de cada uma das amostras, seguida da sua pesagem
(430g para cada uma das amostras) e no final, a catalogação e embalagem
das mesmas. As amostras recolhidas e preparadas foram submetidas a
análises mineralógicas pelo método de DRX. Os resultados desta análise
serviram de base para a caracterização das litofácies presentes naqueles
afloramentos.
III.1- ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO REGIONAL E LOCAL
Análise Petrográfica
Foram descritos seis (6) afloramentos localizados na área do Sumbe. Critérios
como a representatividade, particularidades do afloramento e a qualidade das
imagens disponíveis, ditaram a sua selecção (Figura 5.1).
A descrição consistiu na identificação, no tipo de litologia, as estruturas
sedimentares, a espessura das camadas, a disposição espacial das mesmas
(coordenadas geológicas).
Afloramentos
Os afloramentos são constituídos por calcários de cor branca leitosa, enquanto
no topo afloram calcários de cor cinzenta e castanha (Figura 5.2). Tendo por base de
suporte o mapa geológico de Angola, este ponto faz parte da Formação Cuvo Superior.
Afloramento xxx
j
Análise Geoquímica
Carbonatos do Município do Sumbe
A caracterização geoquímica dos carbonatos da zona do Sumbe foi efectuada em
20 amostras de mão e em 33 amostras de core/testemunhos retirados em 3 poços , e os
resultados obtidos foram tratados em diagramas para modelar e classificar os diferentes
tipos de carbonatos e as algumas relações importantes entre si.
AMOSTRAS DE MÃO
Geoquímica dos elementos maiores
Quimicamente, os carbonatos estudados nesta zona apresentam teores elevados
em CaO, variando entre 39.68% e 54,57%; SiO2 de 0,68% a 12,8%; MgO de 0,11% a
0.68%; Al2O3 de 0,16% a 1.2%; Fe2O3 de 0,06% a 0,6889%; (Tabela 5.7).
CaO SiO2 Al2O3 TFe2O3 MgO
39,6852 8,8877 0,8835 0,4782 0,1193
47,1193 12,865 1,2801 0,5834 0,1889
48,5126 10,5642 1,0184 0,576 0,1792
52,5239 3,1958 0,747 0,4513 0,2823
53,8753 1,5584 0,5975 0,2428 0,1913
51,2415 6,6145 0,6588 0,2076 0,6812
52,3069 3,4621 0,8249 0,6192 0,303
52,8599 3,1884 0,7316 0,3436 0,1917
54,1641 1,4945 0,371 0,2262 0,1737
54,1527 1,8563 0,4285 0,2069 0,1816
53,6794 1,926 0,558 0,3944 0,2001
54,0816 1,581 0,6149 0,2428 0,1892
53,8146 1,8369 0,5847 0,315 0,2031
54,1355 1,5652 0,6141 0,2409 0,1877
54,4467 0,9994 0,2351 0,0785 0,2696
54,5781 0,6805 0,1651 0,066 0,4077
53,2856 2,3325 0,5322 0,142 0,2651
52,4297 2,8603 0,8244 0,6886 0,2785
53,1253 2,5503 0,6592 0,5544 0,2896
53,0517 2,7232 0,7118 0,5784 0,2727
Diagrama das litofácies dos carbonatos
O diagrama das litofácies dos carbonatos, formado por três óxidos (CaO, MgO e
SiO2), permitiu determinar os tipos de fáceis das amostras analisadas. Os resultados da
projecção mostram que todas as amostras caem no campo dos carbonatos calcíticos, à
excepção de três: BC-02 que apresentam uma ligeira tendência quartzítica (Figura).
Como também pode ser constatado no diagrama de classificação, existe uma
tendência das componentes mineralógicas estarem no campo dos carbonatos calcíticos ,
exceptuando as três amostras BC-02 que apresentam uma tendência dolomítica.
POÇO N*01
Geoquímica dos elementos maiores
Quimicamente, os carbonatos estudados nesta zona apresentam teores elevados
em CaO, variando entre 12,73% e 52,22%; SiO2 de 3.87% a 45.89%; MgO de 0,31% a
2.01%; Al2O3 de 0,61% a 11.95%; Fe2O3 de 0,61% a 5,41%; P2O3 de 0,02% a 0,17%;
Na2O de 0,03% a 0,8%; K2O de 0,05% a 2,52%; SO3 de 0,02% a 2.71%; TiO2 de 0,09%
a 0,69%, com ocorrência do Cl de 0,001% a 0,04%.(Tabela 5.7).
S A F M P K
AMP S l2O e2O C Mn2O T 2O 2O N S C
LE IO2 3 3 aO gO 3 iO2 5 % a2O O3 L-
5
S 3 1 0 2,2 0 0 0 0 0 0 0 0
1 ,87 ,03 ,67 2 ,44 ,16 ,09 ,04 ,15 ,04 ,05 ,04
5 0
S 5 1 0 1,5 0 0 0 0 0 0 0 ,00
2 ,03 ,05 ,69 2 ,41 ,15 ,09 ,04 ,15 ,04 ,06 9
4 0
S 8 1 1 8,9 0 0 0 0 0 0 0 ,01
3 ,55 ,81 ,01 1 ,37 ,16 ,1 ,04 ,21 ,03 ,04 4
4
S 8 1 1 8,7 0 0 0 0 0 0 0 0
4 ,39 ,89 ,89 5 ,4 ,14 ,09 ,03 ,21 ,03 ,06 ,01
5 0
S 6 1 0 1,7 0 0 0 0 0 0 0 ,01
5 ,2 ,18 ,99 6 ,37 ,16 ,13 ,03 ,12 ,04 ,03 2
4 0
S 9 1 1 6,3 0 0 0 0 0 0 0 ,00
6 ,62 ,68 ,28 9 ,35 ,18 ,1 ,04 ,17 ,04 ,03 1
5 0
S 6 1 0 1,8 0 0 0 0 0 0 0 ,00
7 ,5 ,07 ,96 3 ,32 ,13 ,11 ,04 ,07 ,03 ,03 8
S 6 1 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0
8 ,11 ,06 ,99 0,7 ,31 ,14 ,1 ,04 ,07 ,03 ,02 ,01
3 2
5 0
S 7 0 0 0,5 0 0 0 0 0 0 0 ,00
9 ,71 ,61 ,66 3 ,32 ,13 ,09 ,03 ,05 ,04 ,03 3
1 4 0
S 1,8 1 2 7,0 0 0 0 0 0 0 0 ,01
10 9 ,85 ,35 4 ,33 ,16 ,09 ,03 ,32 ,03 ,1 3
4 1
S 5,8 1 5 2,7 2 0 0 0 2 0 2 0
11 9 1,95 ,41 3 ,01 ,1 ,69 ,14 ,52 ,8 ,71 ,02
O diagrama das litofácies dos carbonatos, formado por três óxidos (CaO, MgO e
Fe2O3), permitiu determinar os tipos de fáceis das amostras analisadas. Os resultados
da projecção mostram que todas as amostras caem no campo dos carbonatos calcíticos,
à excepção de uma: S11, que apresentam uma tendência dolomítica (Figura).