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11Figura 12Figura 13Figura 14Figura 15Figura 16Figura 17Figura 18Figura 19Figura 20Figura
21Figura 22Figura 23Figura 24Tabela 1Tabela 2Tabela 3Foto 1Foto 2Foto 3Foto 4
Salvador
2011
ii
Salvador
TERMO DE APROVAÇÃO
2011
iii
TERMO DE APROVAÇÃO
___________________________________________________________
1º Examinador – Prof. Msc. Roberto Rosa da Silva – Orientador
Instituto de Geociências, UFBA/ Petrobrás
___________________________________________________________
2º Examinador – Geólogo Paulo da Silva Milhomem
Petrobrás
___________________________________________________________
3º Examinadora – Química Claudia Yolanda Reyes
Instituto de Geociências, UFBA
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter conseguido chegar até este tão esperado momento da minha vida,
minha graduação em Geologia e por ter me concedido saúde, perseverança, persistência, por
ter me dado forças para lutar e por ter iluminado o meu caminho nesta dura caminhada,
durante esses anos de muita dificuldade, lutas, renúncias e erros, na tentativa de sempre
acertar.
Agradeço a minha família, por todo o apoio, dedicação, amor e paciência cedidos ao longo
destes anos. Em especial aos meus pais: Elza e Levi e a minha irmã Joanita.
Aos mestres, tão importantes para minha formação, em especial, a Hailton, Ângela,
Simone, Flávio, Roberto Rosa, Olívia, Johildo, Tânia, Reginaldo, Haroldo Sá, Amalvina,
Tânia, Félix, Amim Bassrei e Lamark (in memoriam).
Aos funcionários do IGEO, em especial Mércia pela dedicação aos alunos e pela paciência
comigo.
Aos orientadores Roberto Rosa e Olívia pela orientação deste trabalho, pelos
conhecimentos compartilhados e pela paciência de ambos.
Aos amigos conquistados nesta longa caminhada e que fazem parte da minha vida para
sempre: André Lyrio, Gleice, Mariana, Henrique Assumpção, Acácio, Nelize, Gleide,
Fabiane, Dira, Bianca, Luciano Mata, Milena, Luís Henrique, Rebeca, Valter, Josafá,
Anderson Muniz, Henrique Balogh, Maria Sales, Marília, Renilda, Fernando Cunha, Fábio
Rodamilans, Ana Fábia, Leila Karine, Kátia Abdala, Alex Gomes e a todos que fizeram parte
desta caminhada.
vi
RESUMO
ABSTRACT
There are similarities in the evolution and tectonic history of sedimentary deposits between
the Brazilian marginal basins, because of their comparable genesis, related to the disruption of
Gondwana. Based evolution, one can infer that there are similarities between the sedimentary
basins in west Africa and eastern of Brazil. The African basins have geological structures
comparable to those found in Brazil and have potential for the discovery of large volumes of
oil in localized areas of deep water. This work was developed through a bibliographic review
highlighting the characterization of source rocks by geochemical techniques of TOC, Rock-
Eval pyrolysis, vitrinite reflectance, thermal alteration index for assessing the source rock
potential and maturation of organic matter, as well as the techniques used for analyzing
biomarker. Complementing this work, we present the source rocks which occur in the basins
of the west african coast in order to establish possible correlations between the different
source rocks sampled in basins now separated by the Atlantic Ocean.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS.............................................................................................................. xi
LISTA DE FOTOS ................................................................................................................xiii
FOTOMICROGRAFIA ........................................................................................................xiii
LISTA DE TABELAS ...........................................................................................................xiii
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 15
2. OBJETIVO ...................................................................................................................... 16
3. METODOLOGIA ........................................................................................................... 16
4. ORIGEM DO PETRÓLEO INORGÂNICA X ORGÂNICA ..................................... 17
5. SISTEMA PETROLÍFERO ........................................................................................... 19
5.1 AMBIENTES DE PRESERVAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA ............................. 20
6. CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA DAS ROCHAS GERADORAS .................. 23
6.1 CARBONO ORGÂNICO TOTAL (COT) ..................................................................... 23
6.2 PIRÓLISE DE ROCK-EVAL ........................................................................................ 24
6.2.1 PARÂMETROS OBTIDOS NA PIRÓLISE ........................................................... 26
6.2.2 APLICAÇÃO DOS PARÂMETROS OBTIDOS NA PIRÓLISE .......................... 28
6.2.3 TIPOS DE QUEROGÊNIO ..................................................................................... 30
6.2.4 ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA ............................. 34
6.2.4.1 DIAGÊNESE, CATAGÊNESE E METAGÊNESE ......................................... 35
6.2.5 REFLECTÂNCIA DA VITRINITA ........................................................................ 37
6.2.6 ÍNDICE DE ALTERAÇÃO TÉRMICA .................................................................. 41
6.2.7 PERFIL GEOQUÍMICO .......................................................................................... 42
7. BIOMARCADORES GEOQUÍMICOS ....................................................................... 44
7.1 CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE MÉDIA PRESSÃO (CLMP) .............................. 47
7.1.2 CROMATOGRAFIA GASOSA (WHOLE OIL) ..................................................... 49
7.1.3 – ESPECTROMETRIA DE MASSA ...................................................................... 52
7.1.4 ISÓTOPOS ESTÁVEIS DE CARBONO ................................................................ 54
8. CARACTERIZAÇÃO DOS AMBIENTES DEPOSICIONAIS DAS ROCHAS
GERADORAS ......................................................................................................................... 57
8.1 GRUPO I - LACUSTRINO DE ÁGUA DOCE ............................................................. 58
8.2 GRUPO II- LACUSTRINO DE ÁGUA SALINA ......................................................... 59
8.3 GRUPO III - MARINHO EVAPORÍTICO .................................................................... 60
8.4 GRUPO IV- MARINHO CARBONÁTICO .................................................................. 62
x
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE FOTOS
FOTOMICROGRAFIA
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIAÇÕES
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
Este trabalho tem por objetivo principal discutir rochas geradoras em termos de
ambiente de geração (lacustre doce, lacustre salino, marinho, hipersalino), através de seus
biomarcadores fazendo a correlação rocha geradora - óleo nas bacias da costa leste brasileira.
Como objetivo específico, será discutida a caracterização das rochas geradoras através
das técnicas geoquímicas de COT, Pirólise, Reflectância de Vitrinita, Índice de Alteração
Térmica para avaliação do potencial gerador e maturação da matéria orgânica, como também
as técnicas utilizadas para determinação dos biomarcadores.
3. METODOLOGIA
Essa pesquisa bibliográfica foi estendida também às Bacias da Costa Oeste Africana, a
fim de serem estabelecidas possíveis relações entre as diferentes rochas geradoras presentes
em bacias hoje separadas pelo Oceano Atlântico.
17
Berthhelot, químico e político francês, em 1866 disse que o petróleo se originaria nas
proximidades do núcleo terrestre. O CO2 aí existente se combinaria com metais alcalinos
livres, produzindo compostos do tipo C2Na2. Estes, em contato com a água, dariam origem ao
acetileno que, por reações de polimerização e hidrogenação, formaria os demais
hidrocarbonetos do petróleo, tanto aromáticos como saturados.
Nas décadas de 60 e 70, foi estabelecido e firmado o conceito de rocha geradora, base
da Teoria Orgânica Moderna: “Se foi encontrado petróleo, deve existir uma rocha geradora a
ela relacionada” (Welte, 1965).
5. SISTEMA PETROLÍFERO
Uma rocha geradora (Figura 1) deve conter um teor médio a elevado de matéria
orgânica (> 1%). Trata-se, portanto, de rocha formada sob condições excepcionais, daí sua
raridade relativa (Apostila de Geoquímica do Petróleo, CENPES 2009).
Figura 1: Visão microscópica de uma rocha geradora de petróleo. Em amarelo as vitrinitas, em preto o
óleo Fonte: Abreu, 2007).
Assim, em águas óxicas, a matéria orgânica tende a ser degradada, enquanto em águas
anóxicas há melhores condições de preservação (Petroleum Geoscience Technology, 2011).
Em bacias onde toda a coluna d’água é óxica, altas taxas de sedimentação podem
auxiliar na preservação da matéria orgânica, retirando-a da interface água/sedimento mais
rapidamente (Petroleum Geoscience Technology, 2011).
Figura 2: Preservação da Matéria Orgânica. Fonte: Notas de Aulas de Geologia do Petróleo (Silva,
2011).
Quais os tipos de amostras utilizadas nas análises geoquímicas que serão discutidas a
seguir? Amostras de calha, testemunhos e afloramentos (Figura 3).
22
Para este estudo, são utilizados dados de análises rotineiras de carbono orgânico total
(COT), pirólise Rock-Eval e petrografia orgânica através da reflectância da vitrinita ou do
índice de alteração de pólens e esporos. Esta metodologia é aplicada no estudo de rochas
geradoras de bacias brasileiras.
A maior parte do carbono orgânico nos ambientes aquáticos ocorre sob forma de
carbono dissolvido, sendo o restante de natureza particulada.
COT > 1% para folhelho e COT > 0,5% para calcilutitos. Depois o material é pesado
para se ter uma idéia do resíduo insolúvel. Após a amostra ser colocada no aparelho Zeco e
queimado a 1000ºC o novo CO2 é encaminhado para um analisador medir o teor de C no CO2.
Para análise de COT é necessário de 3 gramas de amostra. Com 0,25g o material seria
queimado a 1200ºC e a dissociação térmica gera CO2 da MO.
Para esta análise, 0,5 grama de amostra de rocha é acidificada em ácido hidroclórico
(HCl) concentrado, visando eliminar o carbono inorgânico. Após a acidificação, o resíduo
insolúvel é levado a um forno e submetido a temperaturas de até 1200ºC.
Figura 5: Método da Pirólise: Simulação do processo natural de maturação da matéria orgânica. Fonte:
Apostila de Geoquímica do Petróleo, CENPES (2009).
Nessa análise são obtidos três picos (S1, S2 e S3) em diferentes faixas de temperatura
e o Tmáx. Cada pico possui um significado dentro do processo de geração e migração do
hidrocarboneto.
Após essa queima, a matéria orgânica libera CO2 medindo assim o seu teor (CO2) na
amostra que é S3. Este dióxido de carbono não provém da combustão e sim da perda de
grupos funcionais presentes no querogênio (hidroxilas e carboxilas).
26
Quando associamos esses picos ao teor de carbono orgânico total, obtemos parâmetros
que nos permitem caracterizar a matéria orgânica. Esses parâmetros são denominados de
índices de hidrogênio, de oxigênio, de produção e de transformação. Todos os produtos da
pirólise, como esses parâmetros, estão descritos a seguir.
Pico S1 - É obtido por volta de 300ºC e está associado aos hidrocarbonetos livres
passíveis de migração. Hidrocarbonetos livres presentes nas amostras, que fornecem a
quantidade de hidrocarbonetos gerados pela rocha e que não sofreram migração. A
área de cada pico obtido, é computada durante a pirólise sendo representada em
unidades de volume de rocha (S1 - mg Hc/g rocha);
Figura 6: Esquema geral de pirólise de rochas, parâmetros adquiridos e registros. Fonte: Lavargue (1998).
28
Desta forma S1+S2 expressos em miligramas (mg) de hidrocarbonetos por grama (g)
de rocha, forneceriam uma avaliação do potencial de geração, estando relacionados ao tipo e à
abundância de matéria orgânica.
Sendo Tmáx a temperatura máxima de pirólise (em ºC) usada como parâmetro de
maturação, de modo geral, as rochas termicamente imaturas apresentam valores de Tmáx <
435º-440ºC, enquanto aquelas que alcançaram o pico de geração apresentam valores de Tmáx
entre 440º-450ºC.
A quantidade de petróleo gerado pode ser representada diretamente pelo valor de S1,
caso não tenha ocorrido expulsão de óleo. Durante a fase em que ocorre apenas geração de
petróleo, sem expulsão, a taxa de transformação calculada com base nos potenciais original e
residual é igual ao valor do índice de produção (IP).
Índice de Hidrogênio (IH) – pode ser comparado à razão S2 (mg HC) / carbono
orgânico total da rocha em gramas.
Índice de Oxigênio (IO) – pode ser comparado à razão S3(mg CO2)/ carbono orgânico
total da rocha em gramas.
Figura 7: Taxa de transformação da matéria orgânica. Fonte: Tissot & Welte (1984)
Espetalié et al. (1985).
Em muitos casos, entretanto, o processo de diagênese pode obliterar a estrutura original, o que
resulta na formação de um querogênio amorfo (Petroleum Geoscience Technology, 2011).
Figura 9: Principais tipos de querogênios, caracterizados em diagrama de Van Krevelen. Fonte: Tissot &
Welte, 1980.
O querogênio do tipo I possui o maior potencial para geração de óleo, seguido pelo
tipo II, com um potencial moderado para a geração de óleo e gás, e pelo tipo III, que possui
um baixo potencial para a geração de óleo. Nas rochas sedimentares, além dos mencionados
acima, também pode ocorrer um tipo denominado de querogênio residual, derivado de matéria
orgânica intensamente retrabalhada e oxidada (Petroleum Geoscience Technology, 2011).
Diferentes tipos de querogênios podem ser caracterizados pela relação entre os índices
de hidrogênio e oxigênio. Por exemplo, querogênios Tipo I (matéria orgânica amorfa) exibem
teores de IH elevados baixos teores de índice de oxigênio, sendo favoráveis à geração de óleo.
Amostras ricas em matéria orgânica lenhosa (Tipo III) possuem baixa razão de H/C,
sendo favoráveis à geração de gás. Entre estes dois extremos situa-se a matéria orgânica do
tipo algal marinha (Tipo II), além de pólens, esporos e cutículas de vegetais superiores,
adequada à geração de óleo e gás.
O processo natural de formação do petróleo pode ser resumido como uma função do
incremento das condições de soterramento (gradiente térmico é importante) da matéria
orgânica e formação das rochas geradoras, onde ocorrem variações na abundância e
composição dos hidrocarbonetos gerados (Silva, 2007).
Após sua incorporação nos sedimentos, a matéria orgânica passa por uma série de
transformações. São reconhecidas três fases na evolução da matéria orgânica em função do
aumento de temperatura: diagênese, catagênese e metagênese (Figura 10).
Figura 10: Estágios de maturação da matéria orgânica. Apostila Interna do Curso de Formação
de Geologia do Petróleo (RH/UP/ECTEP 2009).
.
35
Ainda durante a catagênese, sob temperaturas mais elevadas, o querogênio passa pela
zona regressiva de geração de óleo, na qual aumenta a proporção de n-alcanos de baixo peso
molecular (Petroleum Geoscience Technology, 2011).
O potencial gerador original se refere ao querogênio que ainda não foi submetido à
catagênese, ou seja, cuja taxa de transformação é zero (Petroleum Geoscience Technology,
2011).
Figura 11: Esquema do equipamento óptico utilizado para a determinação da reflectância da vitrinita.
Fonte: Silva(2007).
39
- o perfil de maturação em diagrama monolog é uma reta contínua, desde que não
tenham ocorrido eventos térmicos locais ou tectônicos posteriores à época da máxima
transformação térmica (Apostila de Geoquímica do Petróleo, CENPES, 2009).
Foto 1: Determinação do R0% através da reflectância da vitrinita. Fonte: Apostila Interna do Curso de
Formação de Geologia do Petróleo (RH/UP/ECTEP, 2009).
Os valores de IAT, por serem subjetivos, devem ser comparados com os valores da
Reflectância da Vitrinita (%R0). Por exemplo, valores entre 2,6 e 3,0 de IAT correspondem a
valores entre 0,6 e 1,0 de %R0 (Quadros, 1987).
42
mento de
adoras em Ro
químicos COT S2 IH IO Tmax S1
ise Rock-
:
1500m
3200m
Figura 12: Perfil geoquímico. Fonte: Apostila Interna do Curso de Formação de Geologia do
Petróleo, RH/UP/ECTEP, 2009.
44
7. BIOMARCADORES GEOQUÍMICOS
Altas razões de pristano / fitano indicam rochas geradoras com maior percentual de
matéria orgânica terrestres. Baixas razões indicam geradoras com maior quantidade de
material marinho (Figura 16).
46
Figura 16: Relações entre Pristano e Fitano. Fonte: Apostila de Geoquímica do Petróleo, CENPES, (2009).
Figura 17: Roteiro das análises geoquímicas de biomarcadores. Fonte: Apostila de Geoquímica do
Petróleo (CENPES 2009).
47
Este processo tem a finalidade de separar os componentes dos óleos (Foto 2) nas
frações parafinas (normais, ramificadas e cíclicas), compostos aromáticos e compostos
polares (resinas + asfaltenos) (Figura 18). A separação é feita através da passagem da amostra
de óleo diluída em um solvente (n-hexano + padrão colestano), que é a fase móvel, por uma
coluna de sílica, que é a fase estacionária (Lopes et al., 2008).
Os compostos polares que ficam retidos nas pré-colunas são pressurizados com etanol,
extraídos, concentrados e armazenados em frascos separados, para o cálculo da composição
da amostra analisada (Lopes et al., 2008)
48
Foto 2: Análise de cromatografia líquida de média pressão. Fonte: Apostila Interna do Curso de Formação
de Geologia do Petróleo( RH/UP/ECTE, 2009).
49
Para a análise de cromatografia gasosa de óleo total (whole oil), deve ser injetado 1μl
da amostra diluída em diclorometano no cromatógrafo a gás. O injetor permite o controle da
vazão de amostra injetada e é mantido a 300ºC (Lopes et al., 2008).
Cada grupo de moléculas semelhantes é vaporizado e arrastado pelo gás inerte hélio,
passando por um tubo capilar de metilsilicone com 30m de comprimento e 0,25mm de
diâmetro interno, contendo uma fina película de fase estacionária (Lopes et al., 2008).
O tempo de saída dos grupos de compostos depende da afinidade que estes têm com a
fase estacionária. As moléculas mais voláteis tendem a sair primeiro. Por isso, trabalha-se
com uma rampa de aquecimento de 40º a 320ºC, com taxa de aquecimento de 2,5ºC/min,
permitindo que os mais pesados saiam gradativamente com o aumento da temperatura (Lopes
et al., 2008).
Foto 3: Análise de Cromatografia Gasosa. Fonte: Apostila Interna do Curso de Formação de Geologia do
Petróleo (RH/UP/ECTEP, 2009).
51
Figura 19: Cromatografia Gasosa Óleo Total (whole oil). Fonte: Apostila de Geoquímica do Petróleo
(CENPES 2009).
Figura 20: Exemplos de óleos de diferentes origens analisados por cromatografia gasosa. Fonte: Apostila
de Geoquímica do Petróleo (CENPES 2009).
Os alcanos ramificados de médio peso molecular (C9 a C25) são conhecidos como
isoprenóides, isto é, compostos saturados derivados do isopreno. Eles possuem um radical
metila ligado a cada 4 átomos de carbono da cadeia linear e têm como precursores biológicos
a cadeia lateral da molécula da clorofila e arqueobactérias (Treibs, 1936 apud Peters e
Moldowan, 1993).
As frações do petróleo separadas por cromatografia líquida podem ser analisadas por
métodos gravimétricos, por espectroscopia do infra–vermelho, espectroscopia de fluorescência e
do ultra–violeta. Entretanto, os métodos mais utilizados são a cromatografia em fase gasosa e a
cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG/ EM) (Wang & Fingas,
1995).
3. Câmara de ionização
4. Analisador de massa
5. Detetor de íons
6. Computador para aquisição, processamento e apresentação dos dados.
Esse tipo de análise denomina-se full-scan (varredura completa). Nela todo o espectro
de íons gerados pela fonte de ionização - massa de 50 a 600 uma é analisado, não havendo
perdas de informação.
13
A razão C/12C é utilizada para medir o fracionamento isotópico em processos
genéticos, associados à geradora, e pós-genéticos, relacionados a transformações secundárias.
Os resultados da composição isotópica total de carbono são expressos na forma de δ13C, onde
δ = [(Ra - Rp)/Rp] x 103, onde Ra e Rp referem-se às razões isotópicas 13C/12C da amostra e
do padrão, respectivamente (Figura 21) (Lopes et al., 2008). Portanto, os valores medidos
representam o desvio em relação ao padrão internacional PDB, calibrados a um padrão
secundário como o NBS 19 oil (Lopes et al., 2008).
55
Figura 21: Cálculo de isótopos estáveis. Fonte: Apostila Interna do Curso de Formação de Geologia do
Petróleo (RH/UP/ECTEP, 2009).
Para a determinação isotópica de carbono de um óleo, deve ser feita uma análise
elementar e espectroscopia de massas para a razão isotópica (EA-IRMS) (Lopes et al., 2008).
Então, a amostra passa por um forno de redução a 680ºC, contendo cobre e óxido de
cobre, onde os compostos nitrogenados são eliminados. A água formada na oxidação fica
retida em uma armadilha (trapa) de anidrônio (perclorato de magnésio). O CO2 e o N2 são
separados em uma coluna cromatográfica e transferidos para uma interface (Lopes et al.,
2008).
perpendicular de elétrons a 70eV, formando CO2+. O íon CO2+ pode apresentar massa 44, 45
ou 46, dependendo da combinação dos isótopos (C13/C12 e O16/ O18) (Lopes et al., 2008).
Foto 4: Análise de isótopos estáveis. Fonte: Apostila Interna do Curso de Formação de Geologia do
Petróleo (RH/UP/ECTEP, 2009).
57
Nas bacias marginais brasileiras é representado por uma associação com alto
conteúdo de saturados, relativa abundância de n-alcanos com alto peso molecular, menor
valor de enxofre (0-3% para óleos, c. 0.3% para rochas), menor valor da relação V/Ni
(somente óleos), menores valores de 13C (31%o), pristano sempre superior ao fitano, n-alcanos
dominantes, alta razão hopanos/esteranos (5-15), ausência de C30 esteranos regulares e
presença de outros esteranos (Mello et al., 1988).
Outras propriedades devem também ser notadas, e.g. ausência de β-carotano e 28,30-
bisnorfano (biomarcador) e traço ou ausência de níquel e vanádio fracionado (Mello et al.,
1988).
59
Figura 22: Fingerprint de um óleo de um paleoambiente lacustre de água doce. Fonte: Triguis et al
(2009).
As rochas geradoras e óleos deste grupo estão confinados nas bacias de Campos e
Espírito Santo, situadas nas áreas oriental e meridional da margem continental brasileira. As
rochas geradoras (somente matéria orgânica amorfa) foram depositadas principalmente no
Barremiano/Aptiano. Elas contém de moderado a alto COT (superior a 5%) e elevado
potencial gerador de hidrocarbonetos (superior a 38Kg Hc/ton de rochas) abundantemente
originado de querogênio do tipo I (índice de hidrogênio superior a 900mg Hc/g carbono
orgânico) (Figura 23) (Mello et al., 1988).
Outras notáveis feições incluem i) altas concentrações de níquel (superior a 2800 ppm)
relativo para o vanádio (superior a 150 ppm) porfírico (Ni/Ni+V=0 variando de 0.9 a 1.0) e de
isoprenóides C25 e C30, ii) a presença de 28,30-bisnorhopano e 25,28,30-trisnorhopano (baixa
abundância) e iii) abundância triclínica de terpanos superiores a C35 (Mello et al., 1988).
Figura 23: Fingerprint de óleo de um paleoambiente lacustre salino. Fonte: Triguis et al.(2009).
Rochas geradoras e óleos deste grupo ocorrem nas bacias do Ceará, Potiguar, Sergipe/
Alagoas, Bahia Sul e Espírito Santo, nas áreas equatorial, central e oriental da margem
continental (Figura 24). Estas rochas geradoras (matéria orgânica mista de amorfos, herbáceos
e lenhosa) foram depositadas durante o Aptiano (Mello et al., 1988) e geralmente contém
moderado a alto COT superior a 14% e elevado potencial gerador original (superior a 97 kg
61
Feições úteis para esta finalidade são as elevadas concentrações de gamacerano, C30
αβ hopano e esteranos (superiores a 1200, 2000 e 4000 ppm, respectivamente), além do β-
caroteno (superior a 600 ppm) do isoprenóide C25 e do esqualano (superior a 1500 ppm)
(Mello et al., 1988).
Outras importantes propriedades são i) fitano > pristano, sendoeste último n-alcano
dominante; ii) alto conteúdo de enxofre (superior a 1,5% para óleos e a 2,5% para rochas); iii)
relativa abundância superior de 28,30-bisnorhopano e 25,28,30-trisnorhopano e de 4-metil
esteranos com uma dominância do componente C30; iv) baixa a muito baixa abundância
relativa de diasteranos e terpanos tricíclicos, C35 hopanos tendendo a dominante de C34 em
contrapartida altas concentrações de níquel em ambos (superior a 1900 ppm) e vanádio
(superior a 600ppm) porfirínicas (Ni/Ni + V = 0 estendendo de 0,6 a 0,9 (Mello et al., 1988).
Valioso registro é o de que um grupo similar de dados tem sido relatado para diversas
rochas geradoras hipersalinas paleogênicas lacustrinas e óleos (e.g. a bacia Jianghan, China
oriental; Fu Jiamo et al., 1986), com exceção da presença de C30 esteranos, 28,30-
bisnorhopano e 25,28,30-trisnorhopano.
teores de níquel supracitados, traduza uma influência marinha, desde que as amostras
carbonáticas marinhas (grupo IV) tenham maior abundância relativa de componentes de
vanádio (Mello et al., 1988).
Podem ser citados exemplos de bacias marinhas hipersalinas: Mar Vermelho e Mar
Morto no meio leste; Shark Bay, na Austrália ocidental; Laguna Madre e Baffin Bay, no
Texas e Sivash na Rússia (Kinsman, 1975; Friedman, 1980; Dunlop and Jefferies, 1985;
Kirkland and Evans, 1980; Huang e Meinschein, 1984).
Figura 24: Fingerprint de um óleo associado a paleoambiente evaporítico. Fonte: Triguis et al (2009).
querogênios dos tipos I e II (Índice de Hidrogênio superior a 557 mg Hc/g carbono orgânico)
(Mello et al., 1988).
Outras diferenças entre amostras dos Grupos III e IV são i) a maior abundância
relativa de vanádio (superior a 300 ppm) porfirínico para níquel (superior a 400 ppm; Ni/Ni +
V = 0 variando entre 0,1-0,3); ii) a maior abundância relativa de esteranos regulares C30 e
terpanos triclínicos superiores ao C35, mas menor C30 αβ hopano e concentrações de esteranos
(Mello et al., 1988).
Figura 25: Fingerprint de um óleo associado a paleoambiente marinho carbonático. Fonte: Triguis et
al.(2009).
As rochas geradoras contêm moderado a alto carbono orgânico (COT superior a 7,2%)
e elevado potencial gerador de hidrocarbonetos (superior a 26 kg Hc/ton de rocha), associado
a querogênio do tipo II/III (índice de hidrogênio superior mg Hc/g carbono orgânico) (Mello
et al., 1988).
Elas também mostram algumas das feições que caracterizam amostras derivadas de
carbonatos, tais como baixa razão pristano/fitano, predominância de n-alcanos, alta razão
V/Ni (disponível somente para óleos), e conteúdo de enxofre (superior a 0,4% para óleos e
0,7% para rochas), baixa razão hopano / esterano (0,5-3,0), alta abundância relativa de C30
65
esteranos, dominância de C35 hopanos sobre C34 correspondentes, além de uma abundância
similar relativa de esteranos com baixo peso molecular (Mello et al., 1988).
Talvez quais feições estejam relatadas para uma diminuição na anoxia do ambiente
como resultado do aporte de águas oxigenadas trazendo altas porções de minerais de argila e
restos de matéria orgânica associados a sistemas de canais (contraste com grupos II-IV, VI-
VII) (Mello et al., 1988).
Algumas feições similares às de amostras do grupo V têm sido relatadas para algumas
amostras do delta do Níger, Nigéria (Ekweozor et al., 1979 a,b), delta Mahakam, Indonésia
(Grantham et al., 1983, e delta do Congo, bacia de Angola (Connan et al., 1988).
Figura 26: Fingerprint de um óleo associado a paleoambiente marinho deltaico. Fonte Triguis et al.
(2009).
66
As feições mais notáveis dessas amostras são, entretanto, muitas abundâncias relativas
e concentrações de 28,30-bisnorhopano (superior a 120 ppm) e 25,28,30-trisnorhopano
(superior a 130 ppm). Em muitos casos, estes compostos geram picos maiores em m/z 191 e
177, nos cromatogramas massa, e em alguns casos nas frações alcano (Mello et al., 1988).
A evolução crustal foi, contudo, distinta nas bacias situadas mais ao sul (bacias do
Espírito Santo a Pelotas), onde o estiramento crustal esteve associado a vulcanismo basáltico,
já na fase rifte. Nas bacias da margem equatorial, o rifteamento ocorreria mais tarde, entre o
Barremiano e o final do Albiano (130 - 100 Ma) (Lima & Junior, 2003).
Analisando-se a atual margem continental, nota-se que praticamente todo o litoral leste
brasileiro, desde o Rio Grande do Sul até a Bahia, desenvolveu-se condicionado aos
alinhamentos derivados da orogenia brasiliana, ocorrida no final do Proterozóico (Lima &
Junior, 2003).
A rotação diferencial das placas sul-americana e africana, mais rápida a sul, ocasionou
compressão e distensão localizada na margem equatorial, causadas pela reativação do
complexo sistema nordestino de lineamentos e falhas de direção predominante leste-oeste e
nordeste-sudeste (Lima & Junior, 2003).
70
Figura 27: Reconstituição paleogeográfica do Atlântico Sul durante o final do Aptiano. Fonte: Apostila
Interna do Curso de Formação de Geologia do Petróleo (RH/UP/ECTEP, 2009).
Esse alto atuou como uma barreira à comunicação efetiva entre o oceano Atlântico
Austral e o golfo Brasil-África, de modo que o influxo de água restrito e as altas taxas de
71
evaporação existentes devido ao clima quente então vigente favoreceram a concentração dos
sais nesses mares (Lima & Junior, 2003). Assim permitiu-se o acúmulo de uma espessa
seqüência evaporítica, que exerceu grande influência na evolução tectono-sedimentar
subseqüente dessas bacias. Esse estágio começou mais cedo também nas bacias da margem
leste, ocorrendo predominantemente durante o Aptiano. Nas bacias da margem equatorial
ocorreu entre o final do Aptiano e o Cenomaniano (Lima & Junior, 2003).
A fase transicional caracteriza-se por uma diminuição dos falhamentos por distensão
crustal, mas taxas de sedimentação ainda altas ocorreram no início desta fase devido à
subsidência térmica (Lima & Junior, 2003).
Figura 28: Fisiografia atual da região oceânica, exibindo as principais feições topográficas do fundo
oceânico. A cadeia Rio Grande-Walvis, hoje descontínua, teve importante papel no controle das incursões
marinhas durante o Aptiano. Fonte: Lima & Júnior (2003).
72
Amostras de rocha ricas em matéria orgânica de origem lacustre são responsáveis por
mais de 90% das reservas de petróleo do Brasil. Devido a maior suscetibilidade das bacias
lacustres às mudanças ambientais, rochas geradoras de petróleo lacustres tendem a apresentar
variações laterais e verticais de fácies e de características geoquímicas mais abruptas do que
as apresentadas por aquelas de origem marinha.
Tabela 2: Características geológicas e geoquímicas das rochas geradoras na margem leste brasileira. Fonte: Modificado de Notas de Aulas de Geologia do Petróleo (Silva, 2011).
Bacias COT IH (mgHc/g MO Rochas Geradoras Idade da Rocha Geradora Tipo de Ambiente
COT) Deposicional
Camamu 4 – 5% 200 - 300 Tipo I Sedimentos lacustres de água doce Rio da Serra a Jiquiá Eocretáceo Lacustre
(~143-123 Ma).
Cumuruxatiba 1 – 4% até 300 Tipo II Margas e folhelhos calcíferos marinhos da Fm. Albiano/Cenomaniano (~112-95 Marinho
Regência. Ma).
Espírito Santo 2 - 8% > 650 Tipo II Fm Urucutuca e Fm Regência (Albiano); Fm Albiano (~112-100 Ma) Marinho
Mariricu/ Membro Mucuaí (Neoaptiano); Fm Cricaré,
Neo-Aptiano (~121-112 Ma) Incursões marinhas
principal intervalo gerador/ Membro Sernambi
Barremiano/Eoaptiano (~130-123 Lacustre
(Barremiano/Eoaptiano).
Ma).
Campos 2 - 6% 900 Tipos I e II Folhelhos lacustrinos do Cretáceo Inferior e margas da Barremiano e Aptiano (~127-123 Lacustre Alcalino
Fm. Lagoa Feia (Cretáceo Inferior). Ma).
Santos 2 - 5% 200 Tipo II Folhelhos marinhos da Fm. Itajaí-Açu (influência de Aptiano e final do Cretáceo inferior Marinho
sedimentação carbonática). (~120-113 Ma).
Rochas geradoras lacustres são responsáveis pela origem de uma parcela significativa
das reservas de petróleo em várias regiões do mundo (e.g., Indonésia, China, Brasil, Sumatra,
oeste da África e Austrália; Katz, 1990).
A costa oeste da África, notadamente nas águas profundas de Angola (delta do Congo)
e Nigéria (delta do Niger), completa o chamado “triângulo dourado das águas profundas”
(Brazilian Journal of Geophysics, 2000).
Uma série impressionante de descobertas feitas por companhias como a Elf e a Total
(hoje TotalFinaElf), Esso (hoje ExxonMobil), British Petroleum (hoje BP-Amoco) e Texaco
já somam cerca de 8 bilhões de barris de reservas (Brazilian Journal of Geophysics, 2000).
Nas águas profundas e ultraprofundas, da costa oeste africana a maioria dos sistemas
petrolíferos ativos são deltaicos. As rochas geradoras podem ser folhelhos prodeltaicos
(eocênicos-oligocênicos), depositados antes da progradação de grandes deltas oligo-
miocênicos, a exemplo do delta do Niger, ou folhelhos marinhos, relacionados a depósitos
anóxicos do Cenomaniano/Turoniano, cobertos igualmente por progradações deltaicas
oligomiocênicas, tais como os deltas do Orinoco (Trinidad Tobago) e do Congo
(Angola/Congo).
Acredita-se que possam existir grandes reservas de petróleo no pré-sal na costa Oeste
da África, por razões geológicas. Há cerca de 150 milhões de anos, parte do Hemisfério Sul
era um só, com a América do Sul e a África unidos em um só bloco. Há cerca de 120 milhões
de anos as duas regiões começaram a se separar, (ao se separarem, uma parte do pré-sal ficou
na costa brasileira e a outra, na costa africana) com a movimentação das placas tectônicas, que
estão em constante movimento. Os olhos das gigantes corporações petrolíferas estão se
voltando para a costa Oeste da África, onde haveria reservas significativas de petróleo
também abaixo da camada de sal, numa área idêntica à existente no Brasil.
Figura 29: Correlação de rochas geradoras da Costa Leste Brasileira e Costa Oeste Africana.
Fonte: Apostila Interna do Curso de Formação de Geologia do Petróleo (RH/UP/ECTEP, 2009).
77
10.CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A geoquímica orgânica do petróleo caracteriza-se pela utilização integrada dos
métodos e técnicas da química orgânica e da geologia.
Com esta finalidade, são utilizadas técnicas para caracterização de rochas geradoras,
estudando assim a quantidade, a qualidade e o nível de maturação da matéria orgânica,
contribuindo para a exploração de petróleo. Utilizam-se técnicas petrográficas de avaliação
óptica (Reflectância da Vitrinita, Índice de Coloração dos Esporos) bem como técnicas
geoquímicas qualitativas e quantitativas (parâmetros de Pirólise Rock - Eval, conteúdo de
carbono orgânico total – COT e caracterização dos biomarcadores).
Acredita-se que possam existir grandes reservas de petróleo no pré-sal na costa Oeste
da África, por razões geológicas. Há cerca de 150 milhões de anos, parte do Hemisfério Sul
era um só, com a América do Sul e a África unidos em um só bloco. Há cerca de 120 milhões
de anos as duas regiões começaram a se separar, (ao se separarem, uma parte do pré-sal ficou
na costa brasileira e a outra, na costa africana) com a movimentação das placas tectônicas, que
estão em constante movimento. Os olhos das gigantes corporações petrolíferas estão se
voltando para a costa Oeste da África, onde haveria reservas significativas de petróleo
também abaixo da camada de sal, numa área idêntica à existente no Brasil.
78
11.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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