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INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GEOLOGIA
Salvador
2014
MILENO LOULA DA ROCHA
Salvador
2014
TERMO DE APROVAÇÃO
por
COMISSÃO EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Prof.MSc. Hailton Mello da Silva (Orientador - NEHMA/IGEO/UFBA)
___________________________________________________________________
Prof. Dr. Cristovaldo Bispo dos Santos (CERB/IGEO/UFBA)
___________________________________________________________________
Geól. Amilton de Castro Cardoso (CPRM/SGB)
The great need to search for water in disadvantaged regions by rainfall, has caused
numerous searches for answers and effective maneuvers to meet this need. One
answer is found the use of groundwater in these regions, which is sometimes as the
only source of supply of this mineral commodity. In Mirorós Irrigated Perimeter,
groundwater is used for irrigation, due to the decrease in the supply of water from the
weir Mirorós for this purpose. The water found on this site is removed from the
fissure-karst aquifer, formed out of carbonate rocks from the Salitre Formation, the
only underground wealth and social and economic means that is important to the
region. However, the decrease in rainfall over the years, has caused the lowering of
the potentiometric level of the aquifer. On the other hand, the constant exploitation
for irrigation, and the increase in the drilling of new wells has also contributed to the
hydric lowering. The aim of this study is to make a qualitative diagnosis of the
situation by analyzing the variation of the potentiometric level of the aquifer.
Moreover, it served to show that the water quality of this aquifer is not suitable for
human consumption due to its high salinity, and it is of exclusive use for irrigation in
the studied area, though. Finally, it was suggested a constant monitoring of the water
level and water flow wells in the region, which will serve as an input for the
implementation of a policy control upon the groundwater exploitation aiming to curb
the overuse and preventing against possible collapse in the groundwater supply for
irrigation. In addition, it is suggested that an assessment over the water flow potential
and evolution of salinity in this aquifer, which give ground to the suggested policy
control.
FIGURA 12: IMAGEM AÉREA DEMONSTRANDO A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS POÇOS ANALISADOS
NO PERÍMETRO IRRIGADO DE MIRORÓS - IBIPEBA / BAHIA. ................................................ 45
FIGURA 13: MAPA POTENCIOMÉTRICO COM FLUXO DA ÁGUA NA ÁREA DE ESTUDO. PERÍODO DE
2009 A 2011. ................................................................................................................ 47
FIGURA 14: MAPA POTENCIOMÉTRICO COM FLUXO DA ÁGUA NA ÁREA DE ESTUDO. PERÍODO
JUNHO DE 2014. ............................................................................................................ 49
FIGURA 15: MODELO DIGITAL 3D DE VARIAÇÃO DE NÍVEL POTENCIOMÉTRICO PARA O PERÍODO
2009 - 2011. ORIENTAÇÃO S-N. ..................................................................................... 50
FIGURA 16: MODELO DIGITAL 3D DE VARIAÇÃO DE NÍVEL POTENCIOMÉTRICO (NÍVEIS MEDIDOS EM
JUNHO DE 2014). ORIENTAÇÃO S-N. .............................................................................. 51
FIGURA 17: MAPA DE ISOTEORES DE SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS (STD) DO PERÍMETRO
IRRIGADO DE MIRORÓS 2009 - 2011. .............................................................................. 53
FIGURA 18: MAPA DE ISOTEORES DE SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS (STD) DO PERÍMETRO
IRRIGADO DE MIRORÓS - JUNHO DE 2014. ....................................................................... 54
FIGURA 19: MAPA GEOLÓGICO DA ÁREA DE ESTUDO CONTENDO A REDE HIDROGRÁFICA E POÇOS
MEDIDOS. NO ENCONTRO DOS CORPOS D'ÁGUA SE ENCONTRA A LOCALIDADE SALINAS. NA
IMAGEM AÉREA DA ÁREA, À DIREITA DA FIGURA, ESTÃO REPRESENTADOS OS PERCENTUAIS DE
NO VERÃO. .................................................................................................................... 42
TABELA 1: PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL EM CADA UMA DAS 12 REGIÕES HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS.
PERÍODO 1961 - 2007. ................................................................................................................... 16
TABELA 2: DADOS DE CAMPO COLHIDOS EM POÇOS PERFURADOS NA ÁREA DE ESTUDO (JUNHO 2014). ....... 44
TABELA 3: ANEXOS I: DIPIM - POTENCIOMÉTRICO (SIAGAS; SERTÃO POÇOS). ............................... 66
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
5.2 Geomorfologia.................................................................................................. 17
5.3.7 VERTISSOLOS.......................................................................................... 25
5.5.2 Mesoproteozóico........................................................................................ 32
5.5.3 Neoproterozóico......................................................................................... 34
5.6.3 Neoproterozóico......................................................................................... 39
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES................................................................ 59
8. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 60
1
1. INTRODUÇÃO
1.2 Justificativa
1.3 Metodologia
2. LOCALIZAÇÃO E ACESSO
cidade de Irecê. Desta segue-se pela rodovia BA-148 até o município de Ibipeba e,
por fim, segue-se para o Distrito de Mirorós (Figura 1).
A área delimitada pela bacia hidrográfica do rio Verde envolve os municípios
de Itaguaçu da Bahia, Jussara, Central, São Gabriel, João Dourado, Irecê, Lapão,
Ibititá, Ibipeba, Ipupiara, Barra do Mendes, Brotas de Macaúbas, Gentio do Ouro,
Presidente Dutra e Xique-Xique. A área de estudo, inserida nesta bacia, encontra-se
no município de Ibipeba, ao lado da Barragem de Mirorós. (Figura 2)
6
FONTE: Adaptado das Cartas Plani-Altimétricas do Estado da Bahia IBGE/SEI, escala 1:100.000,
2003. Imagem Aérea Google Earth 2014.
7
FONTE: Adaptado das Cartas Plani-Altimétricas do Estado da Bahia IBGE/SEI, escala 1:100.000,
2003.
8
5. ASPECTOS FÍSICOS
5.1 Clima
Fonte: IBGE/2011.
14
2 Wilhelm Köppen, desde o final do século XIX até a década de 1930, elaborou vários esquemas de
classificação dos climas que serviram de inspiração aos demais esquemas, direta ou indiretamente
dele derivados. É reconhecido como o primeiro a classificar os climas, levando em conta,
simultaneamente, a temperatura e a precipitação, porém fixando limites ajustados à distribuição dos
tipos de vegetação. Sua classificação de 1918 é considerada a primeira classificação climática
planetária com base científica, sendo ainda hoje a mais utilizada no Brasil e no mundo (MENDONÇA
& DANNI - OLIVEIRA, 2008, p.119).
15
20
19
18
17
16
15
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Temperatura Mínima (°C) 20 20 20 20 19 18 17 17 18 20 20 20
32
30
28
26
24
22
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Temperatura Máxima (°C) 30 31 30 29 28 26 26 27 30 31 31 30
5.1.1 Pluviometria
Tabela 1: Precipitação média anual em cada uma das 12 regiões hidrográficas brasileiras. Período
1961 - 2007.
Região Hidrográfica Precipitação Média (mm)
Amazônica 2.205
Parnaíba 1.064
Uruguai 1.623
Paraná 1.543
Paraguai 1.359
5.2 Geomorfologia
FONTE: Elaborado a partir do SIG do PERH da Bahia, SRH, escala 1:1.000.000, 2003.
19
Ocorrem na maior parte da bacia do Rio Verde sendo representada por uma
topografia tabular , por vezes irregular, configurando lombadas, de um planalto que
no seu setor oriental mostra um ligeiro basculamento para oeste, na direção da
Chapada Diamantina e terminando a norte com o contato com o Pediplano
Sertanejo. (RADAM, 1981).
As formas de relevo de ocorrência mais comum são os interflúvos de topo
plano, ligeiramente inclinados, principalmente nas bordas dos rios, correspondentes
a pediplanos elaborados em fases diferentes e que já começaram a ser dissecados
ou destruídos pela erosão superficial , através de escoamento concentrado
elementar, assim como por processos de dissolução. Caracteriza-se por uma
topografia levemente ondulada, apresentando elevações suaves e sem a formação
de escarpas (RADAM, 1973,1983).
20
5.3 Solos
FONTE: Elaborado a partir do SIG do PERH da Bahia, SRH, escala 1:1.000.000, 2003.
23
da banana (Foto 2), tais plantações são favorecidas pela utilização de poços
artesianos do Perímetro Irrigado de Mirorós.
Foto 2: 2a) LATOSSOLO VERMELHO AMARELO Distrófico. 2b) Plantação de banana. Ponto 5,
Coordenadas: 796044 W / 8735914 S, Zona 23-S.
a b
5.3.7 VERTISSOLOS
FONTE: Elaborado a partir do SIG do PERH da Bahia, SRH, escala 1:1.000.000, 2003.
27
Foto 3: 3a) Plantação de banana. Ponto 4, coordenadas: 797111 W / 8739461 S, Zona 23-S. 3b)
Plantação de cana-de-açúcar. Ponto 6, coordenadas: 795425 W / 8733814 S, Zona 23-S.
a b
Foto 4: 4a) Plantação de Palma. 4b) Pecuária (gado), coordenadas: 797821 W / 8735041 S, Zona 23-
S.
a b
28
5.4.2 Brejo
Esta categoria ocupa uma pequena parte na margem do Rio Verde a sul do
açude da barragem de Mirorós. Este tipo de vegetação se caracteriza pela presença
mais abundante de água, contrastando com as áreas circundantes do seu entorno
que se caracterizam como Semiárido (RADAM, 1983).
5.4.6 Cerrado
5.5.1 Paleoproterozóico
5.5.2 Mesoproteozóico
Fonte: Elaborado a partir do Mapa Geológico do Estado da Bahia, 1:1.000.000. CPRM/CBPM, 2003.
34
5.5.3 Neoproterozóico
5.5.4 Cenozóico
5.5.5 Quaternário
5.6.1 Mesoproterozóico
Foto 5: Contato entre a Formação Morro do Chapéu (parte superior) e a Formação Caboclo
(parte inferior). Coordenadas: 789649 W / 8732077 S, Zona 23-S. Barragem de Mirorós.
Visada N-S.
Foto 7: 7a) Afloramento em perfil demonstrando intercalação de arenito, silte e argila. 7b)
Afloramento em perfil demonstrando siltito branco amarelado. Coordenadas: 789583 W /
8732073 S, Zona 23-S. Visada S-N.
a b
38
Figura 10: Mapa Geológico da Área de Estudo contendo as litologias, estações pluviométricas,
poços SIAGAS/CPRM e poços visitados em junho de 2014.
5.6.3 Neoproterozóico
5.6.4 Quaternário
Gráfico 3: Valores médios das precipitações mensais nos postos pluviométricos do município
de Ibipeba-BA dentro da área de estudo, Estação Fazenda Refrigério (Código 01142020) e
Estação Fazenda Cabaceiras (Código 01142017). Período de 1978 a 2012.
140,00
120,00
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Figura 11: Imagens LANDSAT de 1986 e 2010 mostrando a diminuição no volume de água e
assoreamento do Açude de Mirorós, em 24 anos.
Tabela 2: Dados de campo colhidos em poços perfurados na área de estudo (Junho 2014).
Nível Condutividade
Altitude Potencial Turbidez STD Salinidade
Ponto UTM_N UTM_E Estático Ph Elétrica
(m) (m) (NTU) (mg/L) (%)
(m) (πS/cm)
1 8745488,1117 795865,7350 465,70 47,38 418,32 7,26 383 293 246 0,002
2 8742282,2004 796839,5294 470,69 38,00 432,69 7,81 3.550 2,2 2.270 0,19
3 8741476,9893 795889,1313 450,21 12,32 437,89 7,99 6.980 123 4.330 0,38
4 8739461,3082 797111,0563 459,18 21,84 437,34 7,92 3.630 75,9 2.200 0,19
5 8735914,3520 796044,1321 487,00 33,83 453,17 8,27 1.930 5,7 1230 0,1
6 8733814,3649 795425,5175 515,50 20,53 494,97 9,12 680 94,2 424 0,03
7 8734551,1225 795184,2839 501,33 57,30 444,03 8,84 2.020 5,9 1.290 0,1
8 8733957,3906 794024,5932 496,01 45,58 450,43 9,69 2.320 111 1470 0,12
9 8735339,6932 794144,5445 488,51 44,68 443,83 9,07 865 96,5 509 0,04
10 8735973,9664 794896,6435 481,97 37,78 444,19 8,78 1.900 26,6 1210 0,1
11 8736203,5040 794561,8175 476,31 27,73 448,58 8,74 1.160 10,9 736 0,06
12 8735998,8081 793806,1708 474,42 29,56 444,86 9,2 2.200 49,7 1,410 0,11
13 8733691,9073 792899,6290 480,70 34,31 446,39 7,79 586 182 373 0,03
45
Figura 12: Imagem aérea demonstrando a distribuição espacial dos poços analisados no
Perímetro Irrigado de Mirorós - Ibipeba / Bahia.
6.3.1 Potenciometria
Figura 13: Mapa Potenciométrico com fluxo da água na Área de Estudo. Período de 2009 a
2011.
Foto 8: 8a) Medida de Nível Estático em Poço Tubular e 8b) Medida da cota na boca do poço,
com o uso de GPS diferencial. Perímetro Irrigado de Mirorós. Junho de 2014.
Gráfico 6: Variação da profundidade dos níveis potenciométricos dos poços tubulares, medidos
no Perímetro Irrigado de Mirorós em junho de 2014.
Profundidade (m)
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Nível Estático 47,38 38,00 12,32 21,84 33,83 20,53 57,30 45,58 44,68 37,78 27,73 29,56 34,31
Figura 14: Mapa Potenciométrico com Fluxo da água na Área de Estudo. Período Junho de
2014.
Figura 15: Modelo Digital 3D de Variação de Nível Potenciométrico para o período 2009 - 2011.
Orientação N-S.
51
Figura 16: Modelo Digital 3D de Variação de Nível Potenciométrico (Níveis medidos em Junho
de 2014). Orientação N-S.
Figura 17: Mapa de Isoteores de Sólidos Totais Dissolvidos (STD) do Perímetro Irrigado de
Mirorós 2009 - 2011.
54
Figura 18: Mapa de Isoteores de Sólidos Totais Dissolvidos (STD) do Perímetro Irrigado de
Mirorós - Junho de 2014.
55
Figura 19: Mapa Geológico da área de estudo contendo a rede hidrográfica e poços medidos.
No encontro dos corpos d'água se encontra a localidade Salinas. Na imagem aérea da área, à
direita da figura, estão representados os percentuais de Salinidade do Perímetro.
Gráfico 7: Distribuição dos Valores de pH nos poços visitados no Perímetro Irrigado de Mirorós
em junho de 2014, associado aos níveis permitidos pelo CONAMA - 396/2008.
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
6.4.4 Turbidez
Gráfico 8: Distribuição dos Valores de Turbidez dos poços visitados no Perímetro Irrigado de
Mirorós no período de Junho de 2014.
350
300
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Turbidez (NTU) 293 2,2 123 75,9 5,7 94,2 5,9 111 96,5 26,6 10,9 49,7 182
Nível Estático (m) 47,38 38,00 12,32 21,84 33,83 20,53 57,30 45,58 44,68 37,78 27,73 29,56 34,31
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
8. REFERÊNCIAS
BAHIA, Governo do Estado da. Plano Diretor de Recursos Hídricos: Bacias dos
Rios Verde e Jacaré. Margem Direita do Lago de Sobradinho. Salvador, 1995.
119 p.
BOLIGIAN, L.; MARTINEZ, R.; GARCIA, W.; ALVES, A.; 2005. Por que chove
pouco no Sertão. In: Geografia, Espaço e Vivência, cap.10. São Paulo, 2005
BONFIM, L.F.C. et al. Projeto Bacia de Irecê. Relatório Final. Salvador: CPRM,
1985.
KARMANN, Ivo. Ciclo da Água, água subterrânea e a sua ação geológica. In:
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M. de et al (org). Decifrando a Terra. São Paulo:
Oficina de Textos, 2000.
63
MISI, A. O Grupo Bambuí no Estado da Bahia. In: H.A.V. Inda (ed.) Geologia e
recursos minerais do Estado da Bahia; Textos básicos. Salvador: CPM/CPM,
1979, v.1, p. 119-154.
SILVA, B. A. Hidrogeologia dos Meios Cársticos. In: FEITOSA F.A.C. et. al.
Hidrogeologia: conceitos e aplicações. 3 ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro:
CPRM/ LABHID, 2008.
SOUZA S.L., Toledo L.A.A., Brito P.C.R., Fróes R.J.B. & Silva R.W.S. Análise
faciológica e metalogenética da bacia de Irecê, Bahia. Relatório Final.
Salvador: CBPM, v. 1, 110 p, 2002.
SITES DA WEB
Nível Nível
Potencial Altitude
IDENTIFICAÇÃO DO POÇO UTM_E UTM_N Dinâmico Estático
(m) (m)
(m) (m)