Você está na página 1de 180

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Instituto de Geociências e Ciências Exatas


Campus de Rio Claro

DEPÓSITOS MARINHOS JURO-


CRETÁCICOS EM AFLORAMENTOS DE
CUBA: NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS E
MICROFÁCIES CARBONÁTICAS.

Ana Marina Escobar Castro

Orientador: Prof. Dr. Dimas Dias-Brito

Tese de Doutorado elaborada junto ao


Curso de Pós-Graduação em
Geociências, Área de concentração em
Geologia Regional, como requisito
parcial à obtenção do título de Doutor
em Geociências.

Rio Claro (SP)


2005
551.7 Castro, Ana Marina Escobar
C355d Depósitos marinhos Juro-Cretácicos em afloramentos de
Cuba: nanofósseis calcários e microfácies carbonáticas / Ana
Marina Escobar Castro. – Rio Claro : [s.n.], 2005
160 f. : il., figs., estampas

Tese (doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Institu-


to de Geociências e Ciências Exatas
Orientador: Dimas Dias Brito

1. Geologia estratigráfica. 2. Cretáceo. 3. Jurássico.


I. Título.

Ficha Catalográfica elaborada pela STATI – Biblioteca da UNESP


Campus de Rio Claro/SP
Tese aprovada como requisito parcial para à obtenção do grau de Doutor no
Curso de Pós-Graduação em Geociências, Área de concentração em Geologia
Regional, da Universidade Estadual Paulista “Campus de Rio Claro”, pela
seguinte banca examinadora:

Prof. Dr. Dimas Dias- Brito

Prof. Dr. Joel Carneiro de Castro

Prof. Dr. Antonio Roberto Saad

Dr. Rogério Loureiro Antunes

Dr. Ricardo Latgé Milward de Azevedo

Ana Marina Escobar Castro


Aluna

Rio Claro, 27 de Outubro de 2005

Resultado: Aprovado
AGRADECIMENTOS
A DEUS .................
Muitas foram as pessoas que, durante estes quatro anos contribuíram
profissionalmente e espiritualmente para que este trabalho viesse a ser concluído.
Para todas elas minha imensa gratidão.
Agradeço às três instituições que foram importantes na realização desta tese:
i Centro de Investigaciones del Petróleo (CEINPET)-Cuba, pela liberação e
oportunidade.
i Programa de Formação de Recursos Humanos-PRH, Agência Nacional do
Petróleo/ Ministério de Ciências e Tecnologia, pelo financiamento da pesquisa e pela
concessão da bolsa de estudos.
i Programa de Pós-Graduação em Geologia Regional da Universidade Estadual
Paulista UNESP, “Rio Claro”, pelo apoio acadêmico.
Agradeço:

Ÿ Ao Prof. Dr. Dimas Dias-Brito pela orientação, revisões e sugestões em todas as


etapas deste trabalho. À ele e a sua família pela carinhosa acolhida na minha
chegada a Rio Claro.
Ÿ Aos Drs. Joel de Castro, Roberto Saad, Rogério L. Antunes e Ricardo L.M.
Azevedo pelo consentimento em participar da Comissão Examinadora.
Ÿ Aos Drs. Armando S. Cunha, Mario L. Assine e Hans Dirk Ebert pela revisão de
alguns capítulos desta monografia.
Ÿ Ao Prof. Dr. Joel C. de Castro pela participação direta na etapa de campo, pelas
discussões e sugestões.
Ÿ Ao colega do CEINPET Dr. Rolando García pela valiosa ajuda na etapa de
campo, discussões, sugestões e grande amizade.
Ÿ Às colegas do CEINPET, Silvia Blanco e Marlene Pendas pelas sugestões e
discussões sobre microfácies carbonáticas.
Ÿ Aos colegas do departamento de Estratigrafia e Micropalentologia do CEINPET
pela ajuda e constante apoio nestes anos.
Ÿ A todos os colegas e amigos do CEINPET pela confiança.
Ÿ Aos professores de Pós-Graduação em Geologia da UNESP, Rosemarie R.
Davis, Dimas Dias Brito, Joel C. Carneiro, Mario L. Assine, Paulo M. B. Landim e
Chang H. Kiang pelos ensinamentos transmitidos no período de créditos.

i
Ÿ Aos professores vinculados ao programa do PRH05 (ANP) pertencentes à
UNESP e instituições externas, pelos valiosos conhecimentos oferecidos.
Ÿ Ao secretário do programada PRH05 da ANP, José M. Cazonatto, pela grande
ajuda nos diversos momentos no decorrer de minha tese, pelos papos
agradáveis, pelo carinho e amizade.
Ÿ Aos colegas do curso de pós-graduação Kátia, Joana, Leandra, Angélica,
Renata, Luciana, Cláudia, Décio, Chico, Fabio, Arthur, Paulo, Ricardo, Thiago,
Duílio, Rogério e Eduardo pelo companheirismo.
Ÿ Aos Prof. Drs. Cândido Moura da Universidade Federal do Pará e Alcides
Nóbrega Sial da Universidade Federal de Pernambuco, responsáveis pelas
análises isotópicas.
Ÿ Ao Prof. Dr. René Rodrigues pelas valiosas discussões e sugestões sobre
isótopos estáveis.
Ÿ Ao Dr. Ricardo Latgé pelo auxÍlio nas interpretações isotópicas e pela amizade.
Ÿ Ao Dr. Rogério L. Antunes pelo discussões sobre nanofósseis calcários e pela
amizade.
Ÿ Ao técnico Nelson P.L.Jr., do Laboratório de Laminação, pela confecção das
lâminas delgadas.
Ÿ Às Drs Maria M.T. Moreno e Geórgia Christina Labuto pelas sugestões e
orientações sobre calcimetria.
Ÿ A Elaine, Márcia, Laura e Eliana pela simpatia com que sempre me atenderam.
Ÿ A meus queridos amigos Walquíria, Kátia e Carlos pela amizade, apoio e
incentivo constante durante estes anos.
Ÿ À minha amiga e terapeuta Vanilce pelo apoio espiritual.
Ÿ A meus tios e primos pelo amor, apoio espiritual e material.
Ÿ À minha mãe, meu pai, minha irmã e cunhado pela paciência e amor
incondicional.
Ÿ Em especial gostaria de agradecer a dois grandes amigos, Armando Scarparo e
Fátima San Pedro. Meu querido Armando, que desde 1996 quando cheguei pela
primeira vez no Brasil, me ofereceu sua amizade, seu carinho; me apoiou
sempre, me ajudou com suas valiosas discussões e sugestões; é um dos
melhores amigos que eu já tive; meu carinho, respeito e admiração para ele.
Minha querida Fátima, que desde que cheguei a Rio Claro, me acolheu como
uma irmã, me ajudou no meu caminho espiritual e esteve comigo nos momentos
mais difíceis durante esta jornada. Eles dois foram meus alicerces todo o tempo.

ii
RESUMO

Rochas do Jurássico Superior e Cretáceo, dominantemente carbonáticas e


comumente intercaladas a folhelhos e margas, afloram em Cuba central e ocidental.
O estudo de 31 afloramentos é o objeto desta tese, que investiga, centralmente, o
seu conteúdo nanofossilífero e as características das suas microfácies carbonáticas.
Informações quimioestratigráficas de carbono e oxigênio também foram obtidas. O
Neojurássico apresenta pobre conteúdo de nanofósseis, freqüentemente mal
preservados, seja pela forte recristalização dos calcários seja pela oxidação dos
folhelhos, o que impediu seu biozoneamento. Todavia, combinando-se os dados de
nanofósseis com os dados paleontológicos prévios (calpionelidos, calcisferas e
crinóides da família Saccocomidae) reconhece-se a ocorrência de 4 afloramentos
mesothitonianos e 4 neotithonianos. Tais seções neojurássicas teriam sido
acumuladas em piso marinho profundo anóxico (rampa externa a batial), conforme
sugerem as microfácies dominantemente pelágicas [mudstones, wackestones e
margas com radiolários, espículas de esponjas, calcisferas e crinóides (e.g.,
Saccocoma), equivalentes às microfácies-padrão SMF 1 e SMF 3 de Wilson].
Episódios de aloctonia foram registrados ao longo do intervalo, como sugere a
presença de calcários de águas rasas interrompendo a seção pelágica (packstones
e grainstones com oóides, pelóides, miliolidos e moluscos). Dados isotópicos de
carbono e oxigênio sugerem que águas frias e produtivas estiveram associadas à
deposição pelágica. Nos 10 afloramentos pertencentes ao Eocretáceo a nanoflora
também é pobre e mal preservada, ocorrendo algumas espécies de forma
esporádica ao longo do intervalo. Contudo, foram detectados 9 bioeventos de
surgimento ou extinção de espécies de nanofósseis que, integrados a certas
associações nanofossilíferas, permitiram reconhecer o Neoberriasiano,
Neohauteriviano, Neoaptiano e Neoalbiano. As microfácies carbonáticas do
Cretáceo Inferior têm padrão semelhante às do Jurássico, sugerindo condições
deposicionais similares. O mesmo se dá em relação aos dados isotópicos. No
Neocretáceo, o padrão morfológico do piso marinho teria se alterado para uma
plataforma carbonática com borda, com a existência de lagunas e recifes. O
afloramento LT 37, Formação Palenque, Albiano-Turoniano, mostra o domínio de
microfácies autóctones de águas rasas, indicando ambiente lagunar (wackestones,
packstones e grainstones com miliolidos, orbitolinidos, bivalves e algas verdes). Em
folhelhos e mudstones de alguns dos 8 afloramentos campaniano-mastrichtianos
detectou-se uma associação nanofossilífera característica do intervalo, mais
diversificada. Os estudos microfaciológicos indicam para tais depósitos fácies de
meio marinho aberto (pelágico) e de águas rasas, havendo um progressivo
raseamento para o topo. Os estudos nanofossilíferos apontam três hiatos
cronoestratigráficos ao longo da seção Cretácea: eohauteriviano, eoaptiano e
passagem Aptiano-Albiano.

iii
ABSTRACT

Late Jurassic and Cretaceous carbonate rocks and associated marls and
shales crop out in central and western Cuba. This thesis objectives, through the
study of thirty-one outcrops, to investigate the nannofossil content and carbonate
microfacies of these rocks. Also it aims to obtain chemostratigraphic data from
carbon and oxygen isotopes. The Late Jurassic has a poor nannofossil content,
badly preserved due to the strong limestone recrystallization or to shale oxidation,
which obscures the biostratigraphic zoning. However, through the combination of
nannofossil and previous paleontologic data (calpionelids, calcispheres and crinoids
of the Saccocomidae family), it was possible to recognize the occurrence of four
Mesothitonian and four Neotithonian outcrops. Such Late Jurassic sections were
accumulated in a deep, anoxic marine environment (outer ramp to bathial), as
suggested by the dominant pelagic microfacies [mudstones, wackestones and marls
with radiolarians, sponge spicules, calcispheres and crinoids (for instance,
Saccocoma), which are equivalent to the Wilson´s standard microfacies SMF 1 and
SMF 3]. Alloctonous episodes were recorded along the interval, as suggested by the
presence of shallow water limestones which interrupts the pelagic domain
(packstones and grainstones with ooids, peloids, miliolids and mollusks). Carbon and
oxygen isotopic data suggest that cold and productive waters were closely
associated with the pelagic deposition. In ten Early Cretaceous outcrops the
nannoflora is poor and badly preserved, but with sporadic occurrence of some
species in the interval. However, nine bioevents of nannofossil appearance or
extinction were detected, and when integrated to certain nannofossiliferous
associations allowed to recognize the Upper Berriasian, Upper Hauterivian, Upper
Aptian and Upper Albian. The Early Cretaceous microfacies have similar patterns as
the Jurassic ones, suggesting comparable depositional conditions; the same
observations are valid for isotopic data. In the Late Cretaceous, the morphology of
the marine environment was altered to lagoonal and reef conditions in a carbonate
shelf. The LT 37 outcrop, corresponding to Albo-Turonian Palenque Formation,
shows a domain of autochtonous microfacies indicative of a lagoonal environment
(miliolid, orbitolinid, bivalve and green algae-bearing wackestones, packstones and
grainstones). Shales and mudstones of the six Campanian-Maastrichtian outcrops
have furnished a characteristic, diversified nannofossiliferous association.
Microfacies studies indicate for such deposits open marine (pelagic) and shallow
water environments, with a progressive shallowing upwards. Nannofossil studies
indicate three hiatuses within the Cretaceous, namely in Early Hauterivian, Early
Aptian and Aptian-Albian boundary.

iv
ÍNDICE
Agradecimentos ............................................................................................... i

Resumo ............................................................................................................ iii

Abstract ............................................................................................................ iv

Índice ............................................................................................................ v

Lista de figuras ................................................................................................. ix

Lista de anexos ................................................................................................. xiv

1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................. 1

2- SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA ........................................................... 3

2.1- Generalidades ......................................................................................... 3

2.2- Evolução tectono-sedimentar ................................................................ 5

2.2.1-Pré-Jurássico. Embasamento ......................................................... 6


2.2.2-Eojurássico-Mesojurássico: fase de ruptura (rifte) ........................ 6
2.2.3-Neojurássico-Santoniano: fase de deriva (drifte) ........................ 7
2.2.3.1-Neojurássico .................................................................... 7
2.2.3.2-Neocomiano .................................................................... 8
2.2.3.3-Aptiano-Turoniano ........................................................... 9
2.2.3.4-Coniaciano-Santoniano ................................................... 9
2.2.4-Campaniano-mesoeoceno: orogenia laramídica .......................... 9
2.2.5-Neoeoceno-Recente .................................................................... 10

3-BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM CUBA ............. 11

3.1- Província gasopetrolífera norte-cubana ............................................... 15

3.1.1-Rocha geradora e reservatório ................................................... 16


3.1.2-Rocha selante .............................................................................. 17

v
3.1.3-Trapas ......................................................................................... 18
3.1.4-Processos (geração e “migração”) ................................................. 18

3.2- Província gasopetrolífera sul-cubana ................................................... 18

4-ÁREA DE ESTUDO ....................................................................................


20

4.1 - Localização ........................................................................................


20

4.1.1-Província de Pinar del Rio ..............................................................


22
4.1.2-Província de La Habana ..............................................................
22
4.1.3. Província de Villa Clara e Sancti Spiritus ......................................
23

4.2- Estratigrafia ...........................................................................................


23

4.2.1-UTE Sierra del Rosario (Psczólkowski, 1976) .................................


23
4.2.2-UTE Placetas (Ducloz e Vuagnat, 1962) .........................................
27
4.2.3-UTE Camajuaní (Ducloz e Vuagnat, 1962) ......................................
29
4.2.4-UTE Remédios (Hatten et al., 1958) ...............................................
30
4.2.5-Bacias Vegas, Mercedes e Central ...............................................
32

5-MATERIAL E MÉTODOS ..............................................................................


35

5.1-Trabalho de campo ..............................................................................


35
5.2- Análise de nanofósseis calcários ......................................................
36
5.3- Calcimetria ...............................................................................................
36
5.4- Análise de microfácies carbonáticas ....................................................
39
5.5- Análise isotópica ...................................................................................
40

6-RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................


42

6.1- Bioestratigrafia...........................................................................................
42

6.1.1- Sistemática de nanofósseis calcários .........................................


43
6.1.2- Neojurássico ..................................................................................
67

vi
6.1.2.1-Arcabouços bioestratigráficos .........................................
67
6.1.2.2- Resultados bioestratigráficos .........................................
69
6.1.2.2.1- Nanofósseis ......................................................
69
6.1.2.2.2- Outros microfósseis ...........................................
70

6.1.3- Eocretáceo ....................................................................................


73

6.1.3.1- Resultados bioestratigráficos .........................................


73

6.1.4- Neocretáceo ...................................................................................


76

6.1.4.1- Resultados bioestratigráficos .......................................... 76

6.2-Microfácies carbonáticas ...................................................................... 79

6.2.2- As microfácies do Jurássico Superior-Cretáceo de Cuba .............. 79

6.2.2.1- As microfácies pelágicas (PL) ......................................... 81


6.2.2.1.1-Descrição ...........................................................
81
6.2.2.2- As microfácies de águas rasas (AR) ................................ 88
6.2.2.2.1-Descrição ..........................................................
88

6.2.3-Microfácies e ambientes deposicionais .................................. 93

6.2.3.1-Discussão ......................................................................... 94

6.2.3.1.1- As microfácies do Jurássico Superior: significado 96


6.2.3.1.2- As microfácies do Berriasiano-Turoniano:
significado ........................................................................... 103
6.2.3.1.3- As microfácies do Campaniano-Maastrichtiano:
significado ............................................................................ 118

6.3- Análise isotópica ......................................................................................


125

6.3.1-Introdução .................................................................................... 125

6.3.1.1- Isótopos estáveis de carbono ...................................... 125

vii
6.3.1.2- Isótopos estáveis de oxigênio ......................................... 127
6.3.1.3- Isótopos estáveis de estrôncio ....................................... 129

6.3.2-Interpretação dos resultados ........................................................ 131

6.3.2.1- Neojurássico .................................................................. 131


6.3.2.2- Eocretáceo ...................................................................... 133

7- CONCLUSÕES ............................................................................................. 137

ESTAMPAS ............................................................................................... 139

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 153

ANEXOS ............................................................................................... 161

viii
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa tectonoestratigráfico de Cuba (Tenreyro, 1993) .................... 4

Figura 2: Sumário dos principais eventos da geologia cubana (seg-Tenreyro


et al., 1994) ....................................................................................... 5

Figura 3: Tipos de crosta reconhecidas em Cuba (Mod. de Buftler et al.,


1990; 1994) ...................................................................................... 6

Figura 4: Evolução geológica esquemática de Cuba (Tenreyro et al., 1994) ... 12

Figura 5: Seções geológicas contando as diferentes seqüências em: A-A’


Cuba ocidental; B-B’ Cuba central (GSI, 2002) ............................... 13

Figura 6: Localização dos campos petrolíferos em Cuba (Echevarria et al.,


1991) ................................................................................................ 14

Figura 7: Sistema petrolífero na província gasopetrolífera norte-cubana (GSI,


2002) ................................................................................................ 16

Figura 8: Rochas geradoras de Cuba (López, 2000) ...................................... 17

Figura 9: Sistema petrolífero na província gasopetrolífera sul-cubana (GSI,


2002) ................................................................................................ 19

Figura 10: Localização dos afloramentos visitados: A-Província de Pinar del


Rio; B- Província de La Habana; C- Província de Villa Clara e
Sancti Spiritus .................................................................................. 21

Figura 11: Nomenclatura dos perfis estudados ................................................. 20

Figura 12: Coluna estratigráfica das UTEs da margem continental e formações


pertencentes às bacias Vega e Mercedes e Central (Valladares et
al., 2001) ............................................................................................ 24

Figura 13: Afloramentos da UTE Sierra del Rosário: a) ritmitos de calcilutitos e

ix
folhelhos da Formação Artemisa (MNP-7); b) ritmitos de calcilutitos
e folhelhos da Formação Sumidero (MNP-12); c) Formação Polier
(SSD-17); d) brecha da Formação Cacarajícara (SSD-5) ............... 26

Figura 14: Afloramentos da UTE Placetas: a) Formação Morena (LB-31); b)


ritmitos bem deformados da Formação Santa Teresa (LTM-23); c)
contato das formações Santa Teresa e Carmita ao nível da
prancheta (LTM-23); d) Formação Carmita (MNP-13) ..................... 28

Figura 15: Afloramentos da UTE Camajuaní: a, b) vista geral e camada com


calcário grosso da Formação Colorada (LA-30); c) ritmitos da
Formação Margarita, topo à direita (LM-28); d) ritmitos da Formação
Alunado (CL-27) ............................................................................... 31

Figura 16: Afloramento da UTE Remédios: a) Formação Palenque (LT-37);


afloramentos das Bacias Veja, Mercedes e Central, b) Formação
Via Blanca (J-25); c) Formação Peñalver (P-24); d) biohermas da
Formação Isabel (LP-36) .................................................................. 33

Figura 17: Intervalos estratigráficos e tipos de análises realizadas por


afloramentos ..................................................................................... 35

Figura 18: Etapas do processamento de amostras para a análise de


nanofósseis calcários ....................................................................... 37

Figura 19: Calcímetro de Bernard (utilizado para determinar o conteúdo de


carbonato de cálcio nas amostras) .................................................. 38

Figura 20: Classificação de carbonatos segundo Pettijohn (1975) ..................... 38

Figura 21: Classificação das rochas carbonáticas segundo Dunham (1962) ... 39

Figura 22: Classificação das rochas carbonáticas segundo Embry & Klovan
(1971) ............................................................................................... 39

Figura 23: Compilação de biozonas e eventos biológicos de nanofósseis para


o Neojurássico a partir de diversos autores ..................................... 68

x
Figura 24: Biozonas e ocorrência de microfósseis durante o Tithoniano
(MyczyĔski & Pszczólkowski, 1994) ................................................. 71

Figura 25: Eventos de nanofósseis reconhecidos neste trabalho e lugares de


ocorrência ........................................................................................ 72

Figura 26: Compilação de biozonas e eventos biológicos de nanofósseis para


o Eocretáceo a partir de diversos autores ....................................... 74

Figura 27: Compilação de biozonas e eventos biológicos de nanofósseis para


o Neocretáceo a partir de diversos autores ..................................... 77

Figura 28: Distribuição temporal das microfácies carbonáticas reconhecidas


neste trabalho. A cor cinza mostra a existença e a cor branca
ausência ........................................................................................... 80

Figura 29: Distribuição das microfácies carbonáticas por afloramentos ........... 80

Figura 30: Microfácies pelágica com bioelementos silicosos: a-g) microfácies


PLS. Microfácies pelágicas com bioelementos silicosos calcíticos:
h-i) microfácies PLSC1 .................................................................. 82

Figura 31: Microfácies pelágicas com bioelementos silicosos calcíticos : a-c)


microfácies PLSC2; d-i) microfácies PLSC3 ................................... 84

Figura 32: Microfácies pelágicas com bioelementos silicosos calcíticos: a-c)


microfácies PLSC4; d-e) microfácies PLSC5; f-g) microfácies
PLSC6 .............................................................................................. 85

Figura 33: Microfácies pelágicas com bioelementos calcíticos: a-e)


microfácies PLC1; f-j) microfácies PLC2; k-l) microfácies PLC3 ... 87

Figura 34: Microfácies de águas rasas: a-e) microfácies AR1; f-g) microfácies
AR2 .................................................................................................. 89

Figura 35: Microfácies de águas rasas: a-c) microfácies AR3; d-f) microfácies

xi
AR4; g) microfácies AR5 ................................................................. 90

Figura 36: Microfácies de águas rasas: a-b) microfácies AR6; c) microfácies


AR7; d) microfácies AR8; e-i) microfácies AR9 .............................. 92

Figura 37: Distribuição das microfácies carbonáticas de Cuba em um modelo


de plataforma com borda (Aptiano-Maastrichtiano). Perfil e
domínios de fundo de Wilson (1975) ............................................... 94

Figura 38: Distribuição das microfácies carbonáticas de Cuba em um modelo


de rampa (Tithoniano-Neocomiano). Perfil e domínios de fundo de
Ahr (1975) ........................................................................................ 94

Figura 39: Distribuição dos ambientes deposicionais por afloramentos, como


indicado pelos padrões microfaciológicos ........................................ 95

Figura 40: Distribuição das microfácies carbonáticas dentro do território


cubano ............................................................................................. 97

Figura 41: Resultados bioestratigráficos e de microfácies dos afloramentos


MNP6, MNP7, MNP8 e MNP9 ......................................................... 98

Figura 42: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


CRH16 ............................................................................................ 99

Figura 43: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


LTM22 .............................................................................................. 100

Figura 44: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


MNP11 .............................................................................................. 101

Figura 45: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LA30 102

Figura 46: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


LTM22a ............................................................................................ 105

Figura 47 Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento

xii
MNP12 ............................................................................................. 106

Figura 48: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LB31 107

Figura 49: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


MNP15 ............................................................................................. 108

Figura 50: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


SSD1 ................................................................................................ 109

Figura 51: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


SSD17 .............................................................................................. 110

Figura 52: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LM28 111

Figura 53: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento CA29 112

Figura 54: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


SSD18 .............................................................................................. 113

Figura 55: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


LTM23 .............................................................................................. 114

Figura 56: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LT37 115

Figura 57: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento


MNP13 ............................................................................................. 116

Figura 58: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento JH33 117

Figura 59: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento J25 119

Figura 60: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento P24 120

Figura 61: Resultados bioestratigráficos e de microfácies dos afloramentos


SSS2, SSD3, SSD4, SSD5 .............................................................. 121

Figura 62: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento

xiii
CRH21 ............................................................................................. 122

Figura 63: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LL32 123

Figura 64: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LP36 124

Figura 65: Ciclo do carbono (modificado de Lawrence Berkley National


Laboratory) ....................................................................................... 126

Figura 66: Fracionamento isotópico do oxigênio no ciclo da água (modificado


de Azevedo, 1995) ........................................................................... 128

87
Figura 67: Curva da variação da razão Sr/86Sr ao longo do Fanerozóico
(Burke et al., 1982) ........................................................................... 130

Figura 68: Variações isotópicas do oxigênio e carbono depósitos Jurássicos


no afloramento MNP11 .................................................................... 132

Figura 69: Variações isotópicas do oxigênio e carbono e estrôncio nos


depósitos Jurássicos no afloramento LA30 .................................... 134

Figura 70: Variações isotópicas do oxigênio e carbono nos depósitos do


Neoberriasiano-Neoaptiano no afloramento SSD18 ....................... 135

Figura 71: Variações isotópicas do oxigênio e carbono nos depósitos do


Aptiano-Albiano no afloramento LB31 ............................................. 136

LISTA DE ANEXOS

Anexo 1: Lista de espécies

Anexo 2: Intervalos estratigráficos das espécies reconhecidas

Anexo 3: Resultados bioestratigráficos do afloramento CL27

xiv
1. INTRODUÇÃO

Um dos aspectos mais relevantes do período Jurássico-Cretáceo foi o


desenvolvimento de grandes geossistemas carbonáticos. Tais sistemas incluíram
rampas e plataformas bordejadas por construções recifais, seguidas de zonas
oceânicas dominadas por deposição pelágica. Tal quadro expressou-se sobretudo
em áreas do domínio tetiano, cujos depósitos calcários contêm cerca de 60% das
reservas mundiais de petróleo.
Como parte do Tetis ocidental (americano), o território cubano apresenta um
impressionante registro carbonático, tanto em superfície quanto em sub-superfície.
Nas áreas central e ocidental de Cuba há um magnífico conjunto de afloramentos
juro-cretácicos, freqüentemente exibindo pacotes dobrados de calcários finos
intercalados a margas e folhelhos, cuja gênese e evolução são de alta
complexidade. A compreensão de tais pacotes interessa não só à pesquisa
geocientífica pura, mas também à exploração petrolífera. Neste contexto, é
importante acentuar que as mais significativas zonas de produção estão associadas
a calcários fraturados pertencentes a diferentes unidades da margem continental
norte de Cuba.
Estudos bioestratigráficos do Jurássico-Cretáceo de Cuba concentram-se
principalmente em seções de sub-superfície. As análises recaem, sobretudo, em
foraminíferos planctônicos e bentônicos, calcisferas e calpionelidos, e são feitas por
especialistas do Centro de Investigaciones del Petróleo (CEINPET), da Cuba
Petróleo S.A. (CUPET). No tocante ao grupo do nanofósseis calcários, tal grupo foi
primeiramente pesquisado por Brönnimann (1955), que focalizou o gênero
Nannoconus em rochas carbonáticas juro-cretácicas da Província de Las Villas. Um
outro trabalho, referente ao Neocretáceo-Terciário, foi feito por Bralower & Iturralde-
Vinent (1997), a partir da Província de Pinar del Rio. Mais recentemente, Escobar
(2001), focalizando a Formação Mata (Mesocretáceo), integrou dados de
nanofósseis com geoquímica isotópica.
Estudos petrográficos e microfaciológicos referentes ao intervalo juro-
cretáceo também têm sido feitos. A maioria deles estão associados às pesquisas de
sub-superfície e constam de relatórios internos do CEINPET.

- Ana Marina Escobar Castro- 1


- INTRODUÇÃO -

Este projeto tem dois objetivos centrais: a. investigar um conjunto de


afloramentos que ocorrem nas áreas central e ocidental de Cuba, visando testar a
viabilidade do uso dos nanofósseis calcários para subdividir o Jurássico-Cretáceo; b.
reconhecer a evolução paleoambiental das seções expostas, e pertencentes a
diferentes unidades tectonoestratigráficas da margem continental e bacias
sinorogênicas de Cuba, com a aplicação do método da análise de microfácies
carbonáticas. Estudos isotópicos (C, O, Sr) deverão complementar as informações
paleoambientais. De forma mais detalhada, pretende-se com esta pesquisa:

9reconhecer associações de nanofósseis calcários que possam auxiliar na


subdivisão cronoestratigráfica dos pacotes aflorantes, levando-se em conta
os arcabouços bioestratigráficos existentes na literatura;
9reconhecer e tipificar distintas associações de microfácies carbonáticas,
compreender seu significado e utilizá-las na interpretação do quadro
evolutivo das diferentes unidades estudadas;
9aplicar estudos isotópicos de carbono, oxigênio e estrôncio, como
ferramenta auxiliar à análise paleoecológica (microfaciológica);
9ampliar o conhecimento sobre a estratigrafia juro-cretácica cubana,
buscando oferecer subsídios à geologia de sub-superfície de Cuba;
9contribuir para o conhecimento paleontológico e paleoambiental da região
do Caribe.

- Ana Marina Escobar Castro - 2


2-SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA

2.1- Generalidades

Por ser a geologia de Cuba uma das mais complexas do Caribe, considera-
se conveniente apresentar, de forma geral e resumida, os principais eventos
tectônicos e sedimentológicos que permitiram a formação do arquipélago. Tal
síntese é baseada principalmente em relatórios internos e projetos de pesquisas do
Centro de Desenvolvimento del Petróleo de Cuba (CEINPET).
Na estrutura geológica de Cuba interagem elementos de diversas naturezas
e idades, originados fora dos limites atuais da ilha. São eles: a) duas margens
continentais (Flórida-Bahamas e Yucatán); b) dois arcos vulcânicos, sendo um do
Cretáceo (Zaza) e outro do Paleogeno (Turquino); c) maciços metamórficos; d)
ofiolitos (Fig. 1).
Cuba resultou da colisão frontal da Placa Caribenha com a Placa Norte-
americana, em que a segunda mergulhou sob a primeira. A Placa Caribenha contém
os arcos vulcânicos e ofiolitos, enquanto a Placa Norte-americana, com as duas
margens continentais, é dominada por rochas carbonáticas juro-santonianas
geneticamente associadas à fases de rifteamento e deriva continental. O evento de
colisão processou-se do Campaniano ao Mesoeoceno, em fase com a orogenia
laramídica. Como resultado do choque de placas, os depósitos juro-santonianos
foram intensamente dobrados e recobertos por sedimentos de arco de ilhas
cretácicos e por terrenos ofiolíticos serpentinizados, originando cinturões de
cavalgamentos com vergência para norte. A sobrecarga sedimentar destes cinturões
propiciou uma subsidência flexural, dando lugar à formação de pequenas bacias de
ante-país (Shein et al., 1975; 1980; 1985; Tenreyro et al., 1994; SPT-CUPET, 1993;
López et al., 1995).
A partir do Neoeoceno diminuíram os esforços compressivos e instalou-se
um período mais estável. A formação de um sistema de falhas transformantes ao
sul, chamado Bartlet-Caimán, produziu uma colisão oblíqua entre as placas. No
antigo orógeno ocorreram ajustamentos isostáticos e deslocamentos laterais, que
provocaram a erosão de montanhas e a formação de novos depocentros nas bacias

- Ana Marina Escobar Castro- 3


85°00’ 84°00’ 83°00’ 82°00’ 81°00’ 80°00’ 79°00’ 78°00’ 77°00’ 76°00’ 75°00’ 74°00’

23°00’ CO
XI
MÉ N
DO Sierra PLA
O Morena TAF
LF O RMA
GO LOS PALACIOS MERCEDES DAS
VEGAS BAH
AM AS

- Ana Marina Escobar Castro -


22°00’ I -200

Escambray
LOS CANARREOS -2000
Isla de la
Juventud II
OCEANO ATLÂNTICO
-2000
ANA MARIA
21°00’

Flórida III
PLACA NORTE-AMERICANA Cu
ba BACIA OCEÂNICA DE YUCATAN
-Ba
ha GUACANAYABO-CAUTO
ma
s SAN L
Yucatán UIS-G
UANT Sierra
22°00’ ANAM
O del Purial

PLACA CARIBENHA FOSSA DE BARTLET


PLACA 0 100 km
COCOS

LEGENDA
Depocentros das bacias do Cretáceo-Terciário Limite norte do cinturão de cavalgamento
- SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA -

Sedimentos de sin-rifte (Eo-Mesojurássico) 200 Batimetria


Sedimentos de plataforma (Cretáceo) da margem continental Limite entre as províncias gasopetrolíferas norte e sul
e sua cobertura (Cretáceo-Eoceno Médio)
Rochas metamorfizadas da margem continental (Neojurássico-Cretáceo) Área onde situam-se os sedimentos do cinturão de
cavalgamento da margem continental
Rochas do Terreno Zaza (Cretáceo) e sedimentos sin-orogênicos I Bacias do Cretáceo-Terciario na província
(Cretáceo-Eoceno)
gasopetrolífera sul: Ocidental-I; Central-II; Oriental-III.
Rochas do Terreno Turquino (Paleoceno- Eoeoceno) e sedimentos
sin-orogênicos (Eoceno Médio-Oligoceno)
Sedimentos do Mioceno até o Recente

Figura 1: Mapa tectonoestratigráfico de Cuba (Tenreyro, 1993).

4
- SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA -

Ocidental, Central e Oriental (Shein et al., 1975; 1980; 1985; Iturralde, 1972; 1994).
Pela complexidade geológica de Cuba, estudos convencionais de bacia não
têm sido aplicados. Por esta razão, sua geohistória é subdividida em três períodos,
tendo-se como referência a orogênese laramídica (Fig. 2).

TEMPO REGIME FASES


PERÍODOS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
GEOLÓGICO TECTÔNICO TECTÔNICAS
Migração e mudanças nos campos
Quaternário petrolíferos (biodegradação).
Distensivo Pós-
- Pós-orogênica Maturação e geração de hidrocarbonetos.
Compressivo orogênico
Neoeoceno Movimentos de cisalhamento.
Colapso orogênico.
Maturação e geração de hidrocarbonetos.
Formação de selos e trapas.
Eoeoceno
Grandes deformações e cavalgamentos
- Compressivo Orogênica Orogênico
regionais.
Campaniano
Colisão da margem continental e arcos
vulcânicos.
Formação de rochas geradoras nas
margens continentais (Jurássico-
Cretáceo) e nos arcos vulcânicos
(Cretáceo).
Arco vulcânico Antillano.
Deriva Formação de canais profundos na
Santoniano
- Pré- plataforma.
- Distensivo
Rifte orogênico Desenvolvimento da margem com
Jurássico
depósitos carbonáticos de plataforma,
talude e bacia.
Formação dos sais e evaporitos.
Formação de bacias marinhas.
Formação de bacias continentais.
Ruptura da Pangea.

Figura 2: Sumário dos principais eventos da geologia cubana (seg- Tenreyro et al., 1994).

2.2- Evolução tectono - sedimentar

Os estudos sobre a evolução tectono-sedimentar de Cuba são feitos com


base em dados geofísicos (sísmicos e gravimétricos) e estratigráficos. A partir da
correlação feita entre os diferentes tipos de crosta no Golfo do México-Yucatán
(Buffler et al., 1990; 1994), Mar do Caribe (Rosencrantz, 1990) e Cuba (Otero et al.,
1994) foi possível a identificação de três tipos de crosta para Cuba e mares
adjacentes. Estas crostas apresentam espessuras entre 25 e 34 km.
Embora a diferença entre as crostas continentais seja muito sutil, é possível
reconhecer uma crosta continental de transição espessa, que ocorre na parte centro-
setentrional da ilha e Bahamas, e uma outra continental de transição fina que se
estende pelo resto do arquipélago e plataforma insular, no extremo setentrional dos

- Ana Marina Escobar Castro - 5


- SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA -

mares profundos do sul. Por último, há uma crosta oceânica que ocorre numa
pequena área do território oriental e extremo meridional dos mares mais profundos
do sul (Fig. 3).

N Crosta continental
Crosta continental de transição
fina
Crosta continental de transição
espessa
Crosta ocêanica

Sigsbee

Caribe
n

ca
Yu

0 300km

Figura 3: Tipos de crosta reconhecidas em Cuba (Mod. de Buftler et al., 1990; 1994).

2.2.1- Pré-Jurássico. Embasamento

A evolução do embasamento continental de Cuba não é bem conhecida,


devido à pequena exposição destas rochas que podem ser observadas em Cuba
Central, perto da Sierra Morena. Em geral, o embasamento encontra-se entre 8 e 12
km de profundidade, aproximadamente; é composto por granitos pegmatíticos de
idades que variam de 172±4 Ma a 150±5 Ma e inclusões de mármores flogopíticos,
com idades entre 945±25 Ma e 910±25 Ma (Renne et al., 1989 in Echevarria et al.,
1991). A relação entre estes mármores e granitos ainda não está muito clara. Estas
rochas servem de substrato para a seqüência sedimentar mesozóica da margem
passiva norte-americana, em sua parte noroeste.

2.2.2- Eojurássico-Mesojurássico: fase de ruptura (rifte)

Durante o Eojurássico, com a fragmentação de Pangea, formaram-se as


margens passivas no Tétis americano. No território que correspondia à margem
continental da proto-Cuba, o embasamento foi dividido num sistema de horsts e
- Ana Marina Escobar Castro - 6
- SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA -

grabens (Fig. 4a). Os grabens foram preenchidos por sedimentos continentais


depositados em ambientes alúvio-deltáicos, que deram origem aos arenitos
quartzosos e folhelhos da Formação San Cayetano (Khudoley & Meyerhoff, 1971;
Haczewski, 1976). Considera-se que o aporte sedimentar foi proveniente do bloco de
Yucatán, situado no sudoeste do território atual. Estas rochas estão bem distribuídas
na Província de Pinar del Rio (Cuba Ocidental) e constituem os depósitos mais
antigos da ilha e das Antilhas Maiores. Dados de poços revelam valores de até 5,6%
de carbono orgânico total (COT) e um alto valor de maturidade, indicado pelos
valores de Tmax de 5360C e reflectância da vitrinita (Ro) de 1,97% (López et al.,
2001).
Ao final do Mesojurássico, provavelmente no Calloviano, como
conseqüência de uma subsidência, a sedimentação predominantemente continental
gradou aos poucos para uma sedimentação marinha, que culminou com um evento
evaporítico evidenciado nos diápiros de Punta Alegre, Cunagua e Turiguanó, em
Cuba Central. Nestes evaporitos encontra-se um grande volume de halita, e em
menor proporção, anidrita, dolomitos e calcários. Tais depósitos são bem
correlacionados com os sais de Louann no Golfo do México (SPT-CUPET, 1993).
Um análogo metamorfizado destas rochas ocorre nos maciços de Sierra del
Purial, Escambray e Isla de la Juventud (Somin & Millan, 1981). Litologicamente
estes maciços são formados por depósitos da margem continental, ofiolitos e
seqüências vulcânicas.

2.2.3- Neojurássico-Santoniano: fase de deriva (drifte)

2.2.3.1- Neojurássico

Na margem de Bahamas-Flórida começou a diferenciação dos depósitos,


sendo eles lagunares ao norte da bacia e de águas mais profundas ao nordeste (Fig
4b).
Nos lagos salinos depositaram-se anidritas e calcários da Formação Cayo
Coco. Esta sucessão de evaporitos e carbonatos é notável e de grande interesse na
exploração de hidrocarbonetos. Já em águas mais profundas ocorrem variações
faciológicas que permitiram reconhecer várias unidades tectonoestratigráficas

- Ana Marina Escobar Castro - 7


- SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA -

(UTES)1. As rochas isócronas destas unidades contêm litologias e conteúdo


fossilífero distintos, dependendo do lugar onde foram formadas dentro da bacia. Na
parte setentrional foram depositados carbonatos proximais do Grupo Trocha da UTE
Camajuaní, enquanto mais ao sul foram depositados os carbonatos distais do Grupo
Veloz (UTE Placetas), que mostram alto potencial gerador, alcançando valores de
13,8% de COT (López et al., 2001).
Na margem de Yucatán foram depositados sedimentos terrígenos-
carbonatados do Grupo Esperanza (UTE Esperanza) e carbonatos de plataforma e
bancos pertencentes a várias formações da UTE Sierra de los Organos (Fig. 4b).

2.2.3.2- Neocomiano

No Neocomiano as placas sul-americana e norte-americana afastaram-se


definitivamente surgindo a bacia oceânica proto-Caribe no extremo sul do território.
Nas margens continentais continuou a subsidência e a deposição de carbonatos
(Fig. 4c).
Na margem de Bahamas-Flórida depositaram-se sedimentos pelágicos com
algumas margas e silexitos nas UTEs Placetas e Camajuaní. Ao norte, sob
condições de maior temperatura e salinidade, foram depositados bancos
carbonáticos e biostromas da UTE Remédios e carbonatos, dolomitos e evaporitos
da UTE Cayo Coco. Estas seqüências têm alto potencial de geração como indicam
os valores de COT- que variam de 3,74 a 8,99% (López et al., 2001).
Na margem de Yucatán persistiram condições de deposição, que deram
origem às diferentes formações de plataforma externa das UTEs Esperanza e Sierra
de los Organos.
Ao sul da região, associado à formação da crosta oceânica e ao início da
atividade do arco das Grandes Antilhas, situado ao sudoeste de Cuba, surgiu um
arco de ilha primitivo. A atividade deste arco provocou a erupção de lavas e produtos
vulcânicos que se associaram aos sedimentos marinhos pré-existentes (Ross &
Scotese, 1988).

1
De acordo com Hatten et al. (1989), o termo Tectonostratigraphic Unit (TSU=UTE) refere-se a “uma área que
compreende rochas com uma mesma história geológica, limitada por falhas profundas e com relações
paleogeográficas mais ou menos sucessivas e coerentes”. O termo é usado somente para as seqüências
depositadas durante a fase de subsidência termal, na fase de deriva, e tem um significado similar a overthrust
belt.

- Ana Marina Escobar Castro - 8


- SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA -

2.2.3.3- Aptiano-Turoniano

Na margem Yucatán constituíram-se fácies pelágicas enquanto na margem


Bahamas-Flórida, na parte mais setentrional, depositaram-se calcários e dolomitos
da Formação Palenque, pertencente à UTE Remédios. Canais profundos,
provocados por oscilação do nível do mar, deram origem à Formação Guaney (UTE
Cayo Coco). Entre os depósitos de plataforma e de bacia foram depositados brechas
e conglomerados calcários pertencentes à UTE Colorados (SPT-CUPET, 1993).
Nas áreas das unidades mais distais (Placetas e Camajuaní) continuou a
deposição carbonática com incremento de componentes siliciclásticos, evidenciando
a aproximação do arco de ilha primitivo, o qual evoluiu para uma seqüência calco-
alcalina. Neste período, no extremo meridional do território, acumularam-se vários
metros de rochas vulcanogênicas e vulcano-sedimentares.

2.2.3.4- Coniaciano-Santoniano

Neste intervalo de tempo encerrou-se a etapa de deriva. O arco vulcânico


primitivo recobriu a crosta oceânica do proto-Caribe e juntos continuaram o
deslocamento rumo norte, começando a interação entre as placas do Caribe e
Norte-americana (Fig. 4d).
Nas margens continentais prossegiu a sedimentação carbonática
plataformal, sendo que nas unidades distais foi reconhecido um hiato. Esta falta de
sedimentação poderia ser conseqüência de um soerguimento, como resultado da
interação entre as placas (SPT-CUPET, 1993).

2.2.4-Campaniano-mesoeoceno: orogenia laramídica

Neste intervalo de tempo o arco vulcânico com seu embasamento oceânico


foi cortado por intrusões de rochas de composições granitóide e gabróide. Todo este
conjunto vulcano-sedimentar e intrusivo foi nomeado como Arco Cretáceo ou
Terreno Zaza. Neste arco, a seqüência plutônica se inicia com uma série toleítica e
acaba em calco-alcalina, com incremento de potássio (Diaz de Villalvilla, 1997).
Estas rochas ocorrem em diferentes localidades do território e apresentam variações
laterais dependendo do lugar onde foram formadas: bacia frontal, axial ou retroarco.

- Ana Marina Escobar Castro - 9


- SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA -

No Campaniano, com o contínuo deslocamento deste arco ao norte, deu-se


a colisão entre a margem continental e o arco vulcânico Zaza. Os fortes esforços
compressionais deram origem a grandes cavalgamentos de rochas vulcânicas e de
ofiolitos sobre as rochas da margem continental. Estes depósitos da margem
tornaram-se, então, um cinturão dobrado com dobras anticlinais contra falhas
inversas (duplex) que, de forma alóctone, foram arrastados para nordeste (SPT-
CUPET, 1993). Neste processo os ofiolitos, constituídos por um substrato
melanocrático (Triássico?-Eocretáceo) e toleítico (Hauteriviano-Turoniano),
intercalados com radiolaritos, calcários e folhelhos exerceram a função de
lubrificantes (Iturralde Vinent, 1994). Este complexo ofiolítico forma uma faixa
alóctone alargada, em todo o território cubano e, estruturalmente, pode ser
encontrado sobreposto à margem das Bahamas (ex: Cuba Central) ou sobre o arco
vulcânico cretácico (ex: Cuba Oriental).
Na frente destes cavalgamentos, durante o Campaniano-Eoeoceno foram
formadas as bacias de foreland (Fig. 4e). Elas cobrem os depósitos da margem
continental e estão compostas por seqüências carbonático-terrígenas, as quais
constituem reservatórios e selos regionais nas jazidas encontradas na UTE
Placetas. Também ocorrem detritos provenientes da erosão dos conjuntos ofiolitos-
arcos vulcânicos resultantes da colisão (SPT-CUPET, 1993).
Na região oriental de Cuba, durante o Paleoceno, foi formado um novo arco
denominado Terreno Turquino, o qual se formou sobre o arco vulcânico cretáceo
extinto e sobre os ofiolitos. Com espessuras maiores que mil metros, é composto por
rochas vulcanogênicas, vulcano-sedimentares e piroclásticas, incluindo stocks de
granitóides (Iturralde Vinent, 1994).
A posição e desenvolvimento dos arcos dentro do contexto regional
caribenho ainda é polêmica. O trabalho de Iturralde Vinent (1994) tenta explicar a
interação entre arcos, bacias e ofiolitos.

2.2.5-Neoeoceno- Recente

A partir do Neoeoceno, com a extinção do arco vulcânico cretácico, iniciou-


se o desenvolvimento de um sistema de falhas chamado Bartlet-Caimán,
evidenciando outro tipo de colisão ou interação de placas. Iniciou-se um reajuste de
blocos e movimentos horizontais de cisalhamento, que provocaram a erosão das

- Ana Marina Escobar Castro - 10


- BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM CUBA -

montanhas soerguidas e a formação de novos depocentros. Estes eventos deram


origem às principais feições do relevo atual do país (SPT-CUPET, 1993; Fig. 4f).
Os depocentros se associam às seguintes bacias: Bacia Ocidental (Los
Palácios, Vegas e Mercedes); Bacia Central (Cabaiguán e Ana Maria); Bacia
Oriental (Cauto-Guacanayabo, Nipe e Guantánamo). Os depósitos vulcano-
sedimentares destas bacias acumularam-se nas áreas de subsidência sobre os
arcos vulcânicos extintos. Os sedimentos alcançam espessuras de 5 a 6 km, sendo
constituídos principalmente de turbiditos siliciclásticos, intercalados com silexitos,
tufos e tufitos, em contexto de deposição num ambiente batial (GSI, 2002).
Toda esta complexa evolução geológica, acima delineada, está bem
representada nas duas seções geológicas da figura 5, que mostra os cavalgamentos
e os duplexes para norte.

3- BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM


CUBA

As atividades de exploração de petróleo e gás em Cuba iniciaram-se em


1881 com a descoberta de petróleo no poço Motembo. Nos últimos anos, 23 campos
foram descobertos, localizados principalmente na parte ocidental e central do
território (Fig. 6). A história de exploração, muito vinculada a situações econômicas e
políticas do país, pode ser dividida em três etapas: de 1881 a 1960; de 1960 a 1990
e de 1990 até a atualidade (López et al., 1997).
Na primeira etapa, a atividade foi conduzida por companhias privadas,
principalmente norte-americanas. Com base em ocorrêncìas de óleo em superfície e
em estudos sísmicos e gravimétricos, foram descobertos pequenos campos como os
de Cristales, Jarahueca, Jatibonico, Bacuranao e Santa Maria. A produção da
maioria destes campos está associada a rochas vulcânicas e ofiolitos fraturados.
Durante esta etapa foi muito variada a produção individual destes campos, de 500
mil até 11 milhões de barris.
Na segunda etapa, depois do triunfo da revolução cubana, toda a atividade
petrolífera passou às mãos de empresas estatais do país. Com a ajuda da

- Ana Marina Escobar Castro - 11


- SÍNTESE DA GEOLOGIA DE CUBA -

AMÉRICA DO NORTE Á
BAC F
IAS BACIAS
RIF R
TE I
S
EVAPORÍTICAS
C O
A G AN
OR
BACIAS DE ÁGUAS PROFUNDAS

AMÉRICA DO SUL

AMÉRICA DO SUL

a)- Eo-Mesojurássico. Ruptura b)- Neojurássico. Deriva

PLATAFORMA PL
CA
PLATAFORMA FLORIDA BA ATA
M CARBONÁTICA HA FO
AJ DO NEOCOMIANO M RM
UA AS A
P Y NÍ P Y
L U CO L U
CO
A C -RE A C
PL ME T A
T A AC DIO
A T ET S A T
F A AS F A
O N O N
R R ARCO VULCÂNICO
M M
A PROTOCARIBE A
PROTOCARIBE

c)- Eocretáceo. Deriva d)- Neocretáceo. Deriva

PLATAFORMA
PL BA

FLORIDA
AT HA
AF M
O AS
RM

P Y L
NTA
IDE
A

L U IA OC
A C BAC
ELEVA
T A ÇÃO D BAC
E ANT IA O
E-PAÍS
A T RIE
NTA
F L
A AR
O N HA CO A
N
N
R AN CA VU AT AIMÁ
NT ÊNI LC C LET-C
O
M OG ÂN U BART
M ICO Y NTE
OR IA O RMA
A C ANSF
A A TR
B FALH

e)- Eoeoceno. Orogenia f)- Recente. Pós-Orogenia


LEGENDA
Crosta continental Evaporitos
Placa Ocêanica Carbonatos
Oceano Arco Vulcânico
0 100 km Depocentros

Figura 4: Evolução geológica esquemática de Cuba (Tenreyro et al., 1994).

- Ana Marina Escobar Castro -


12
N
A’
B’

A
B

S BACIA UTE UTE


LOS PALACIOS ORGANOS ESPERANZA 0 100 km N
km
0
P2- Q v v J1-2
MAR S S S v v MAR
v S v v v v
v S S S v P2- Q
v v v v S S S S
5 v S S S S P1 K
v
S S
S S

- Ana Marina Escobar Castro -


J1 - K1 + + +
S S + + + + +
S + + + + J1-2 J3 + + +
S + + + + + +
J1-2 +
10 S + + J3 + + +
+ + +
S J1-2
+ +
S + +
+ +
15 +
+

20 EMBASAMENTO
25

30

35 MANTO
A-A’
40
UTEs
S ESCAMBRAY CAMAJUANÍ N
km TERRENO ZAZA PLACETAS
0 S S v v S S
MAR v v v v S
v v v v v P2 - Q v K2cp
v v v v v + + v v S S
S v v + + v S K1a - K2st K1a - K2st
5 S S S S S
S S S S PLATAFORMA BAHAMAS
S S S S S S + S K1a - K2st PALEOCANAL COCO
S S S + S S
S S S S S S K1ne
S S S S S +
10 S + + + S S K1ne
S S S S J3
S S S + + + + + + J3
S S + +
S S S + + + + + + +
S S S S S + + + + + + + +
15 S S + J1-2 + +
S S +
S + +
20

25 EMBASAMENTO
30

35
MANTO
- BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM CUBA -

B-B’
40
S S v v
Depósitos de sin-rifte Maciço metamórfico S Crosta oceânica v Arco vulcânico cretácico Depósitos sin-orogênicos Depósitos pós-orogênicos Poços
J1-2: Eo-Mesojurássico; J3: Neojurássico; J1-K1: Eojurássico-Eocretáceo; K1ne: Neocomiano; K1a-K2st: Albiano-Santoniano; K2cp: Campaniano; P1: Paleoceno; P2-Q: Eoceno-Quaternário
Figura 5: Seções geológicas contando as diferentes seqüências em: A-A’ Cuba ocidental; B-B’ Cuba central (GSI, 2002)

13
Hicacos Cayo Mono
13 N
11
10 Cayo
12
9 14 17 Blanco

- Ana Marina Escobar Castro -


6 7 Cayo Cinco
15 16
Leguas
2 3 5 4

8
1

18

19
23
21 22
20

Província gasopetrolífera norte Província gasopetrolífera sul


1 Martín Mesa 10 Varadero 20 Catalina
2 Bacuranao 11 Marbella 21 Jatibonico
3 Santa Maria 12 Marbella Mar 22 Cristales
4 Peñas Altas 13 Chapelin 23 Pina
5 Guanabo 14 Varadero Sur
6 Via Blanca 15 Cantel Posíveis zonas produtoras
7 Boca de Jaruco 16 Guásimas
Hicacos
8 Yumuri 17 Litoral
Monito
- BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM CUBA -

9 Camarioca 18 Motembo
Cinco Leguas
19 Jarahueca Cayo Blanco 0 100 km

14
Figura 6: Localização dos campos petrolíferos em Cuba (Echevarria et al., 1991).
- BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM CUBA -

Argentina, México e, principalmente, da URSS, novas tecnologias e métodos de


estudos foram implantados, propiciando novas descobertas e permitindo um melhor
conhecimento da geologia de Cuba. A produção de óleo nesta etapa alcançou 6,5
milhões de barris por ano.
A partir dos anos 90, com a abertura econômica feita pelo governo cubano,
o país foi dividido em blocos (22 onshore e 10 offshore). Estes blocos são
negociados com companhias estrangeiras em forma de contratos de risco.
Os esforços realizados pela empresa estatal Cubapetróleo (CUPET) e pelas
companhias estrangeiras favoreceram o incremento da produção em vários campos
e a perfuração de novos poços. O poço CUPEY IX, com produção de 3.750 barris de
óleo por dia, é um exemplo. Neste momento, a empresa CUPET é a responsável
pelas atividades de exploração, produção, refino, distribuição e comercialização.
Cuba produz hoje aproximadamente 40.000 barris de petróleo por dia,
satisfazendo 20% da demanda do país. A qualidade do petróleo dos diferentes
campos é muito diferenciada, com graus de API2 variando de 10° (pesados) até 40°
(leves). Os maiores campos são os de Varadero e Boca de Jaruco, que produzem
óleos médios e pesados a partir de ofiolitos fraturados e rochas carbonáticas
neojurássicas e cretácicas. A maioria dos óleos pesados apresenta diversos
estágios de degradação bacteriana e conteúdos de enxofre variando de 0,1% a 8%.
Sucessivos ciclos tectono-sedimentares ocorridos no arquipélago ensejaram
a concentração de petróleo em duas províncias gasopetrolíferas (Echevarria et al.,
1991), caracterizadas suscintamente abaixo.

3.1- Província gasopetrolífera norte cubana

Estende-se desde a metade norte da ilha até os mares profundos


adjacentes setentrionais. Nela encontram-se os sedimentos das seqüências
cavalgadas juro-santonianas, cobertos por depósitos do Cretáceo Superior (bacias
de antepaís- foreland) ao Recente.

2
Segundo a classificação de petróleo adotada pelo American Petroleum Institute (API), o petróleo abaixo de 15º
é considerado pesado, e acima de 25º é considerado leve.

- Ana Marina Escobar Castro - 15


- BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM CUBA -

Esta província é a principal produtora de Cuba, sendo a melhor estudada e


a mais perfurada. Nela distribuem-se 19 jazidas gasopetrolíferas, sendo Varadero e
Boca de Jaruco os mais importantes campos em volume de reservas. O maior deles,
Varadero, conta com 2 bilhões de barris de óleo in situ. Cada componente do
sistema petrolífero nesta província é apresentado na figura 7 é caracterizado, a
seguir, de forma sucinta.

Figura 7: Sistema petrolífero na província gasopetrolífera norte cubana (GSI, 2002).

3.1.1- Rocha geradora e reservatório

Os métodos geoquímicos demonstram a presença de vários níveis de


rochas geradoras depositadas desde o Neojurássico até o Terciário. Dentre eles
destacam-se, principalmente, os associados a rochas carbonáticas de idade
neojurássica-mesocretácica da margem continental. Estas rochas geradoras
apresentam altos conteúdos de Carbono Orgânico Total (COT), com valores
máximos de até 14%.
Pode-se resumir que as rochas geradoras desta região foram depositadas
em ambientes marinhos carbonáticos anóxicos, atingindo máxima potencialidade no
Tithoniano. Até o momento estabeleceu-se como as mais importantes unidades
geradoras as UTEs de águas mais profundas, Placetas e Camajuaní. Determinou-se
o incremento de MO tipo III (húmica) nos sedimentos jurássicos de sin-rifte e MO tipo
II (sapropélica) para as rochas geradoras das outras idades (Diaz et al., 1988). O
petróleo derivado destas rochas apresentam baixo grau API (menor de 20°), alto
conteúdo de enxofre (>4%), sendo altamente biodegradado.

- Ana Marina Escobar Castro - 16


- BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM CUBA -

As principais rochas geradoras de Cuba constituem, ao mesmo tempo, as


rochas reservatórios. As acumulações de petróleo e gás estão associados às UTEs
de Placetas, Camajuaní, Remédios e Zaza (Fig. 8).

COT S1 S2 IH IO Tmax Ro Tipo


UTES Formação Idade % mgHC/ mgHC/ MgHC/ MgCO2/ °C % de
gCOT gCOT gCOT gCOT MO 3
Sinrifte San Cayetano J1-2 5,57 0,06 0,24 4,31 1,08 5,36 1,93 III
Esperanza San Ramón J3-K1 1,58 0,03 0,27 17,09 3,16 4,91 1,30 II-III
Manacas P1-P2 2,27 0,15 0,06 2,64 4,41 4,91 1,97 II
S.Organos Azúcar J3 cl-ox P O T E N C I A L
El Americano J3 t
Tumbitas K1 be 2,51 0,03 0,08 3,19 4,38 5,39 1,22 II
Pons K1 a-al
S.Rosario Francisco J3 ox-km P O T E N C I A L
Artemisa J3 t
Sumidero K1 ne 2,50 0,93 8,02 354,00 16,00 448 0,91 II
Polier K1 h-br 3,74 0,87 11,40 305,00 8,00 441 0,50 I-II
Sabanilla K2 c-t 14,90 3,72 64,53 433,00 11,00 435 0,57 I-II
Placetas Constancia J3 ox-km 3,28 0,29 10,40 318,00 412 III
Cifuentes J3 t 13,82 0,25 93,18 674,00 406 II(IIs)
Ronda K1 b-v 1,86 0,90 11,19 602,00 401 II
Jobosí K1 v II
Morena K1 h-br 8,99 0,15 58,02645,00 413 II
Santa Teresa K1 a-al 2,20 0,40 7,21327,00 428 II
Carmita K2 c-t 2,76 4,88 15,44559,00 417 II
Vega Alta P1-P21 7,88 0,30 42,50539,00 26,00 416
Camajuaní Trocha J3 t 8,39 0,17 41,27492,00 416 II
Margarita K1 ne 7,48 2,48 41,12550,00 12,00 411 II
Vega P1-P21 3,33 0,33 22,78684,00 428 II
Alunado K1 a-al 3,51 0,33 11,64331,00 19,38 420 II
Mata K2 c-t 4,31 3,20 17,70410,00 21,11 417 II
Colorados Mabuya J3 t-Kal 6,47 0,12 20,18311,00 420 0,54 II
Cayo Coco Cayo Coco J3 t-Kal P O T E N C I A L
Guaney K1a-K2c P O T E N C I A L
Cauto Palma Mocha K2 c-t 0,53 0,02 3,77 9,43 5,20 3,83 II

Figura 8: Rochas geradoras de Cuba (López, 2000).

3.1.2-Rocha selante

Os depósitos sin-orogênicos correspondentes às formações do Paleoceno-


Eoceno Médio constituem o principal selo regional. Estes sedimentos são calcários
argilosos, argilas e clastos de rochas mais antigas derivadas da erosão da margem,
formando corpos olistostrômicos junto aos ofiolitos. A espessura e a qualidade

3
Segundo López et al. (2001) a matéria orgânica em Cuba é classificada em: a) sapropélica contendo tipo I
(lacustre algáceo), II (marinha profunda) e IIS (marinha de ambientes hipersalinos e restritos com enxofre
incorporado durante a diagenêse); b) úmida contendo tipo III (terrestre com aporte de plantas superiores)

- Ana Marina Escobar Castro - 17


- BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM CUBA -

destas rochas selantes aumentam ao norte da zona frontal dos cavalgamentos


(López et al., 2001).

3.1.3-Trapas

Os processos intensos de cavalgamento na margem continental no último


estágio da orogenia (Neopaleoceno-Eoceno Médio), propiciaram a formação dos
principais sistemas de trapas. Estas são geralmente estruturais, freqüentemente
dobras assimétricas, limitadas por falhas inversas, dentro dos “cinturões”
deslocados. A formação destas estruturas aconteceu antes do começo da geração e
da migração dos hidrocarbonetos (López et al., 2001).

3.1.4-Processos (geração e “migração”)

Estes processos deram-se no período pós-cavalgamentos. O soterramento


das rochas geradoras ocorreu, sobretudo, no intervalo Jurássico-Eoceno Médio. No
entanto, o empilhamento tectônico produzido durante a orogenia foi o fator
preponderante neste processo, mediante o qual as diferentes seqüências
alcançaram até 6 km de profundidade (López et al., 2001).
A geração e migração dos hidrocarbonetos não aconteceram de forma
síncrona em todas as UTEs, sendo dependentes da profundidade e das zonas de
fraturas e de falhas (strike-slip) existentes em cada cinturão. A migração dentro das
UTEs da margem até os depósitos de arco vulcânico (Zaza), aconteceu através
destas zonas tanto no sentido vertical quanto horizontal.

3.2- Província gasopetrolífera sul-cubana

Estende-se desde a metade sul da ilha até os mares adjacentes do sul. Nela
predominam os sedimentos do Cretáceo Superior (Neocampaniano) ao Recente.
Maciços de rochas metamórficas juro-cretácicas, também afloram devido ao
tectonismo. Cada componente do sistema petrolífero nesta província é apresentado
na figura 9.

- Ana Marina Escobar Castro - 18


- BREVE RESENHA DA EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA EM CUBA -

Figura 9: Sistema petrolífero na província gasopetrolífera sul cubana (GSI, 2002).

As reservas e a produção nesta província estão associadas


fundamentalmente à Bacia Central. Os campos situados nesta bacia são pequenos,
com reservas que variam desde 4,5 a 12 milhões de barris (GSI, 2002).
As rochas geradoras nesta província são margas e rochas siliciclásticas
depositadas em ambiente marinho anóxico durante o Cretáceo. Os depósitos do
Cretáceo médio, relacionados às bacias de retroarco, seriam os mais importantes. O
petróleo obtido destes depósitos são leves, com alto grau API (35°), sendo menos
sulfurosos e biodegradados do que os óleos da província norte (López et al., 1995).
Quanto às rochas-reservatórios, existem vários níveis, desde o Cretáceo até
o Mioceno. Os principais componentes estão associados ao topo da seqüência
vulcânica e às fácies recifais do Maastrichtiano e mesoeoceno (SPT-CUPET, 1993).
Um grupo de trapas foi formado no período orogênico, como resultado do
empilhamento tectônico. Um outro grupo foi formado no período pós-orogênico,
como conseqüência da ação de falhas extensionais e da formação de estruturas
recifais.
O soterramento das rochas geradoras ocorreu no intervalo Cretáceo
Recente. Os processos de geração e migração só aconteceram depois do Eoceno,
no período pós-orogênico.

- Ana Marina Escobar Castro - 19


4-ÁREA DE ESTUDO

4.1- Localização

Formando parte da província gasopetrolífera norte de Cuba, os segmentos


estudados localizam-se nas regiões ocidental do arquipélago (Províncias Pinar del
Rio e La Habana) e central (Províncias Villa Clara e Sancti Spiritus). As rochas das
31 localidades selecionadas formam parte das UTEs Sierra del Rosário, Placetas,
Camajuaní, Remédios e dos depósitos sin-orogênicos das bacias Vega, Mercedes e
Bacia Central (Fig. 10).
Na figura 11 estão identificados os afloramentos estudados, cujas posições
estão representadas na figura 10.

PROVÍNCIAS LOCALIDADES
PINAR DEL RIO La Tranquilidad-Mameyal Muralla-Niceto Pérez Ciro Redondo- Soroa-San Diego
Bahia Honda
LTM-22 MNP-6 MNP-11 CRH-16 SSD-1 SSD-5
LTM-22A MNP-7 MNP-12 CRH-21 SSD-2 SSD-17
LTM-23 MNP-8 MNP-13 SSD-3 SSD-18
MNP-9 MNP-15 SSD-4
HABANA P-24 Peñalver
J-25 Jibacoa del Norte
VILLA CLARA LM-28 Loma Mamey
CA-29 Chucho Alfredo
LA-30 Loma Azores
LB-31 Loma Bonachae
SANCTI SPIRITUS CL-27 Calienes
LL-32 La Larga
JH-33 Jarahueca
LP-36 Las Pozas
LT-37 Lomas Tasajeras

Figura 11: Nomenclatura dos perfis estudados.

Os afloramentos visitados estão localizados nas cartas topográficas de San


Cristóbal 3584-II, Bahia Honda 3584-I, Pan de Guajaibón 3584-III, Jaruco 3785-II,
Santa Cruz del Norte 3888-II, Santa Clara 4283-III, Camajuaní 4283-II, Yaguajay
4382-I, Meneses 4382-IV, Buena Vista 4383-III e Encrucijada 4283-IV. Estes
afloramentos foram nomeados pelas letras iniciais dos povoados mais próximos e
números consecutivos, da seguinte maneira: as seções da Província de Pinar del
Rio com três letras, as de La Habana com uma e as de Villa Clara e Sancti Spiritus
com duas.

- Ana Marina Escobar Castro 20


- ÁREA DE ESTUDO -

BAHIA HONDA San Diego de Nuñez

Arroyo Salado
SSD-2-3-4-5
SSD-1-17-18
CRH-21 Brisas del Mar
SANTA CRUZ DEL NORTE

El Naranjal

Soroa Campo Florido Jibacoa


del Norte
Mocho de Jaguey
CRH-16 J-25
MNP-13
Mameyal P-24
MNP-11-12
LTM-23 MNP-15 0 5km
MNP-9 Peñalver
Ojo de Agua
Rancho Mundito
B
MNP-6-7-8
La Muralla
LTM-22a
SAN CRISTÓBAL
0 5km
LTM-22 La Tranquilidad
A
LB-31

B
A LT-37
C LA-30
Buena Vista
Zulueta

YAGUAJAY
PLACETAS
LM-28
Holoceno(depósitos aluvio-palustres) CA-29
Plioceno-Pleistoceno General Carrillo Mayajigua
Mioceno Meneses
Paleoceno-Eoceno La Legua
Cretáceo Superior
Cretáceo Inferior-Superior CL-27
JH-33
Cretáceo Inferior
Jurássico Superior- Cretáceo Inferior
Jurássico Superior Perea
Rochas da associação ofiolítica (serpentinitos,harzburguitos, lherzolitos)
Rochas da associação ofiolítica (gabroides indiferenciados, gabros, diabásios, anortocitos)
Rochas metamórficas de idade indeterminada El Silencio
Rochas magmaticas LP-36 LL-32
Falhas
Afloramentos FOMENTO CABAIGUAN
La Macuca 0 5km
Cidades
Povoados
Seções C
Figura 10: Localização dos afloramentos visitados: A-Província de Pinar del Rio; B-Província de La Habana; C-Província de Villa Clara e Sancti Spiritus.

- Ana Marina Escobar Castro -


21
- ÁREA DE ESTUDO -

4.1.1- Província de Pinar del Rio

Os afloramentos foram agrupados em seções, segundo a distribuição


geológico-geográfica:

Seção LTM: Está situada no município San Cristóbal, desde noroeste do


casario La Tranquilidad até oeste do casario El Mameyal (Pontos 22, 22a e 23), ao
longo de aproximadamente 12 km. Nesta seção afloram sucessões carbonáticas de
idades Neojurássico (Tithoniano) ao Neocretáceo (Turoniano). Estas sucessões
pertencem às formações Artemisa (Mb. Zarza), Sumidero e Carmita.

Seção MNP: Localiza-se na estrada San Cristóbal - Niceto Perez, passando


pelas localidades La Muralla, Ojo de Água e Mocho de Jagüey. Nesta seção foram
escolhidos 8 afloramentos (Pontos 6, 7, 8, 9, 11, 12, 13 e 15). Esta seção inicia-se
com um excelente afloramento da Formação Artemisa (Neojurássico) e termina com
a Formação Polier (Hauteriviano-Barremiano).

Seção CRH: Posicionada na estrada San Cristóbal-Bahia Honda, passando


pelas localidades Ojo de Água, Ciro Redondo e Luis Carrasco. Foram visitados 3
afloramentos (Pontos 16 e 21), sendo observado depósitos carbonáticos da margem
continental do Membro Zarza (Tithoniano) e da Formação Carmita (Cenomaniano-
Turoniano).

Seção SSD: Encontra-se localizada na estrada Soroa-San Diego de Nuñez.


Foram visitados 7 afloramentos (Pontos 1, 2, 3, 4, 5, 17 e 18). Nesta seção, de sul a
norte, são encontradas as sucessões do Neocomiano (Formação Polier), chegando
aos depósitos maastrichtianos da Formação Cacarajícara.

4.1.2- Província de La Habana

Foram visitados dois afloramentos. O primeiro ponto (24), situado perto do


povoado de Peñalver, contempla sedimentos do Maastrichtiano da Formação

- Ana Marina Escobar Castro 22


- ÁREA DE ESTUDO -

Peñalver. O segundo (25), localizado a oeste de Jibacoa del Norte, abrange os


sedimentos da Formação Via Blanca.

4.1.3- Província de Villa Clara e Sancti Spiritus

Um total de 9 afloramentos foram visitados (Pontos 27, 28, 29, 30, 31, 32,
33, 36, 37). Os depósitos nesta província pertencem à margem continental de Cuba,
associados às UTEs Placetas, Camajuaní e Remedios.

4.2- Estratigrafia

Serão caracterizadas, dentro de cada UTE, apenas, as formações que


abrangem os sedimentos em estudo. A coluna estratigráfica de cada unidade é
apresentada na figura 12.
De forma geral as amostras coletadas na província de Pinar del Rio formam
parte da UTE Sierra del Rosário. Os sedimentos sinorogênicos a serem analisados
na província de La Habana pertencem à bacias Veja e Mercedes; já os depósitos
das províncias de Villa Clara e Sancti Spiritus pertencem ás UTEs Placetas,
Camajuaní e Remédios e a bacia Central.

4.2.1-UTE Sierra del Rosário (Psczólkowski, 1976)

Esta UTE encontra-se localizada na parte oriental da Cordillera de


Guaniguanico. Composta por depósitos siliciclásticos e carbonáticos de águas
profundas, alcança espessuras de até 1500m. Os sedimentos marinhos mais antigos
correspondem à Formação Francisco. O limite superior desta UTE é definido por
uma discordância envolvendo um hiato que abrange o Coniciano-Maastrichtiano
(Fig. 12).
Também nesta UTE estão presentes rochas vulcano-sedimentares
relacionadas com o magmatismo de margem continental. Estas rochas formaram-se
numa bacia oceânica extensa, com espessuras menores que 200m, e encontra-se
em contato tectônico com os depósitos neojurássicos.

- Ana Marina Escobar Castro - 23


CRONOESTRATIGRAFIA UTE REMEDIOS UTE CAMAJUANÍ UTE PLACETAS UTE SIERRA BACIAS VEGA E BACIA CENTRAL

M.a.
DEL ROSARIO MERCEDES
PLEISTOCENO
PLIO PIACENZIANO
CENO ZANCLEANO
MESSINIANO Fm. GÜINES
TORTONIANO
SERRAVALIANO Fm. COJIMAR Fm. GÜINES
LANGHINIANO

MIOCENO
BURDIGALIANO

NEOGENO
Fm. JARUCO Fm. HUSILLO Fm. PASO REAL
AQUITANIANO

- Ana Marina Escobar Castro -


CHATTIANO
Fm. TINGUARO Fm. JATIBONICO Fm. SPIRITUS
RUPELIANO

OLIGOCENO
PRIABONIANO Fm. MARROQUÍ
BARTONIANO

CENOZÓICO
Fm. ARROYO BLANCO
Fm. EL CANGRE
LUTETIANO Fm. ZAZA

EOCENO
YPRESIANO Fm. CAPDEVILA Fm. LOMA IGUARÁ

PALEOGENO
THANETIANO Fm. MADRUGA
Fm. SANTA CLARA

PALEOCENO
DANIANO Fm. MERCEDES
MAASTRICHTIANO Fm. MAYAJIGUA Fm. LUTGARDA Fm. AMARO Fm. PEÑALVER Fm. ISABEL
Fm. CACARAJÍCARA
Fm. ELOÍSA
CAMPANIANO Fm. VIA BLANCA
Fm. PURIO HIATO
SANTONIANO
CONIACIANO

SUPERIOR
TURONIANO
CENOMANIANO Fm. CARMITA
Fm. MATA Fm. SABANILLA
ALBIANO Fm. PALENQUE Fm. ALUNADO
Fm. SANTA SANTA TERESA
+ CARMITA

CRETÁCEO
TERESA
- ÁREA DE ESTUDO -

APTIANO
TERRENO ZAZA TERRENO ZAZA
BARREMIANO
HAUTERIVIANO Fm. MORENA Fm. POLIER E

INFERIOR
Fm. MARGARITA
Fm. PERROS ASSOCIAÇÃO
VALANGINIANO Mb. PARAISO Fm. JOBOSÍ Fm. SUMIDERO
Fm. RONDA OFIOLÍTICA
BERRIASIANO

VELOZ
TITHONIANO Fm. JAGUITA GRUPO

MESOZÓICO
Fm. CAYO COCO Fm. CIFUENTES
Fm. COLORADA Fm. ARTEMISA
KIMMERIDGIANO ?
?
Fm. CONSTANCIA Fm. FRANCISCO

SUPERIOR
OXFORDIANO
CALOVIANO Fm. PUNTA ALEGRE ?
?
BATHONIANO

JURÁSSICO
Fm. SAN CAYETANO

MÉDIO
BAJOCIANO

AALENIANO ?
Figura 12: Coluna estratigráfica das UTEs da margem continental e formações pertencentes às bacias Vega, Mercedes e Central

24
(Valladares et al., 2001).
- ÁREA DE ESTUDO -

Formação Artemisa - descrita por Lewis (1932), caracteriza os depósitos


do Jurássico Superior, compostos por carbonatos estratificados, folhelhos e
intercalações de arenito quartzoso, contendo uma fauna rica em amonitos
(Viñalesites, Butticeras, Pseudolissoceras). No Eotithoniano desta formação foi
caracterizada a biozona Committosphaera pulla, associada a cadosinidos e
Saccocoma (Fernández-Carmona, 1989); o Neotithoniano contêm a biozona
Crassicollaria.
Amostras da unidade, intensamente deformada, foram coletadas na
Pedreira La Muralla. Observou-se, no afloramento, ritmitos de calcilutito (espesso) e
folhelho (delgado), em parte com feições de ondas de tempestade (estratificação
hummocky) Fig. 13a. O Membro Zarza desta formação foi visitado na localidade Ojo
del Água.

Formação Sumidero - definida por Pszczölkowski (1976), é constituída de


micritos finamente estratificados com intercalações de silexitos com idade
Berriasiano-Valanginiano. Na localidade Mocho de Jagüey foram observados ritmitos
delgados de calcilutito e folhelho escuro e alguns estratos carbonáticos ondulados
(interpretados por Joel C. de Castro como tempestitos, comunicação oral). Esta
formação é considerada de água profunda, contendo uma biota composta por
radiolários, nanofósseis (Nannoconus) e calpionelidos (Fig. 13b).

Formação Polier - é formada por turbiditos siliciclásticos e carbonáticos de


bacia e talude (Pszczölkowski et al., 1975). Esta formação é datada como
Neocomiana com base em estudos de calpionelidos, foraminíferos e amonitos. Ao
norte de Soroa (SSD17) foram observados calcários placoidais, folhelhos e
calcarenitos com estratificações onduladas truncantes e acamamento gradacional
(Fig. 13c).

Formação Cacarajícara - caracterizada por Hatten et al. (1958) e


extensamente redescrita por outros autores, designa brechas do Maastrichtiano
Superior com clastos de calcário, sílex e serpentinito, gradando para calcirruditos e
calcarenitos. Nos calcarenitos são encontrados fragmentos de rudistas e
foraminíferos bentônicos, sendo que na parte alta do afloramento, em calcilutitos,

- Ana Marina Escobar Castro - 25


- Ana Marina Escobar Castro -
a b
- ÁREA DE ESTUDO -

c d
Figura 13: Afloramentos da UTE Sierra del Rosario: a) ritmitos de calcilutitos e folhelhos da Formação Artemisa (MNP-7); b) ritmitos de calcilutitos e
folhelhos da Formação Sumidero (MNP-12); c) Formação Polier (SSD-17); d) brecha da Formação Cacarajícara (SSD-5)

26
- ÁREA DE ESTUDO -

encontramos foraminíferos planctônicos. É interpretada como um megaturbidito


calcário (Fig. 13d).

4.2.2-UTE Placetas (Ducloz e Vuagnat, 1962)

Caracteriza a unidade mais meridional da margem continental, com


espessura de 1800 m. A deposição desta UTE começou no Oxfordiano-
Kimmeridgiano, com os sedimentos siliciclásticos argilosos-carbonáticos
correspondentes à Formação Constancia. Os sedimentos desta unidade encontram-
se fortemente dobrados, com camadas quase verticais e presença de espelhos de
falha (slickenside) associados a eventos tectônicos. Destaca-se, também, uma
discordância (Coniaciano-Campaniano) vinculada a evento orogênico regional.
Numerosos poços atravessam os sedimentos desta unidade. Em superfície
abrange uma grande extensão, desde o leste de La Habana até a Sierra de
Jatibonico, na Província de Sancti Spiritus.

Formação Morena - caracterizada por Shopov (1982) compõe-se de


micritos e biomicritos com intercalações de margas e calcarenitos, de idade
Hauteriviano-Barremiano. A microfauna contêm abundantes radiolários e
nanofósseis (principalmente o gênero Nannoconus, com diferentes espécies), além
de raros amonitos e aptychus. Visitada na Loma Bonachea, esta unidade apresenta
características semelhantes às da Formação Polier, exceto pela maior
representação dos folhelhos dentro dos ritmitos (Fig. 14a).

Formação Santa Teresa - reconhecida por Wassall (1952), é constituída


por turbiditos siliciclásticos com alternância de radiolaritos, folhelhos, calcários
silicificados, arenitos e margas. Nela são encontrados abundantes nanofósseis
(gênero Nannoconus), radiolários e escassos foraminíferos planctônicos de idade
Aptiano-Albiano.
Nos afloramentos visitados foram observados grandes blocos falhados e
contorcidos, representados por ritmitos de silexitos e folhelhos, ou de calcilutitos e
folhelhos (Fig. 14b). Na localidade El Mameyal, constatou-se o contato brusco entre
esta formação e a Formação Carmita (Fig. 14c).

- Ana Marina Escobar Castro - 27


- Ana Marina Escobar Castro -
a b
- ÁREA DE ESTUDO -

c dd
Figura 14: Afloramentos da UTE Placetas: a) Formação Morena (LB-31); b) ritmitos bem deformados da Formação Santa Teresa (LTM-23);

28
c) contato das formações Santa Teresa e Carmita, ao nível da prancheta (LTM-23); d) Formação Carmita (MNP-13).
- ÁREA DE ESTUDO -

Formação Carmita - descrita por Truitt (1953), caracteriza depósitos do


Cenomaniano-Turoniano formados por biomicritos e calcilutitos, intercalados com
silexitos e calcarenitos. A microfauna é composta fundamentalmente por
Nannoconus, foraminíferos planctônicos e radiolários.
No afloramento foram observados ritmitos de calcário, em parte silicificado,
e de folhelho. Localmente ocorrem bancos de calcarenito grosso gradando a marga.
Um outro afloramento, ao sul de Bahia Honda, apresenta calcarenitos detríticos com
seqüência Bouma Tac (turbiditos), intercalados com ritmitos delgados de marga e
folhelho; essa sucessão está sobreposta a bancos carbonáticos e de folhelhos (Fig.
14d).

4.2.3- UTE Camajuaní (Ducloz e Vuagnat, 1962)

Esta unidade encontra-se situada na região centro-setentrional de Cuba.


Disposta em forma de faixa com direção NW-SE, alcança espessuras de até 1500
m, aproximadamente. Os sedimentos mais antigos pertencem ao Kimmeridgiano-
Tithoniano e os mais novos ao Turoniano. São sucedidos pelos sedimentos
sinorogênicos do Paleoceno-Eoceno. A ausência da seção coniaciana-campaniana
é devido a soerguimento seguido de erosão.
Nos sedimentos desta unidade observa-se um predomínio de calcários
(turbiditos proximais) com forte processo de dolomitização no Cretáceo. No Aptiano
tardio é constatado um evento de máxima inundação, com deposição de lamitos
hemipelágicos, silexitos e folhelhos pretos. De modo geral, os sedimentos terrígenos
são escassos e não existe magmatismo de margem continental.
Em subsuperfície estes sedimentos têm sido atingidos a profundidades
superiores a 2000m, em perfurações situadas na Bahia de Cárdenas (Província de
Matanzas) e na zona Martí-Calabazar de Sagua, abaixo dos sedimentos da UTE
Placetas.

Formação Colorada - consiste de biomicritos com intercalações de


folhelhos (Shopov, 1982). Diferentes espécies de estomiosferidos e cadosinidos
permitem datar esta formação como Kimmeridgiano-Tithoniano. Foi visitada na
localidade Los Azores em Cuba Central, onde se observaram tempestitos
intercalados com bancos oolíticos espessos e, localmente, com brechas

- Ana Marina Escobar Castro - 29


- ÁREA DE ESTUDO -

carbonáticas passando lateralmente a calcarenitos oolíticos, representando feições


de tempestito grosso (coarse grained storm beds). Dentro da rampa carbonática
externa, que caracteriza o Jurássico Superior, a associação com estratos espessos
de Cuba Central, sugere um ambiente mais raso e proximal (Fig. 15a-b).

Formação Margarita - definida por Hatten et al. (1958), é constituída por


micritos e biomicritos intercalados de folhelhos, calcarenitos e brechas calcárias com
idade Berriasiano-Barremiano (Neocomiano). Existe uma grande abundância de
calpionelidos, nanofósseis do gênero Nannoconus e palinomorfos. Na localidade
visitada (Loma Mamey), as rochas encontram-se extremamente fraturadas e com
mergulhos de até 85° (Fig. 15c).

Formação Alunado - na concepção de Hatten et al. (1958) esta unidade é


constituída por micritos e silexitos intercalados com folhelhos betuminosos. A
microfauna é composta pelas espécies Colomiella recta, Colomiella mexicana,
Ticinella robertii, além de nanoconidos e radiolários de idade Aptiano-Albiano.
O afloramento, no extremo leste da área visitada, na localidade Chucho
Alfredo, exibe ritmitos dobrados de calcilutito e folhelho; na parte superior do
afloramento, nota-se uma maior freqüência de silicificação nos carbonatos. É
também interessante destacar a presença de corpos canalizados, preenchidos por
brechas e conglomerados calcários, que afinam para calcirruditos e calcarenitos
(Fig. 15d).

4.2.4- UTE Remedios (Hatten et al., 1958)

Esta unidade situa-se numa faixa paralela aos depósitos da UTE


Camajuaní, com espessuras superiores a 400m. Os sedimentos mais antigos
correspondem aos evaporitos da Formação Punta Alegre. Caracteriza uma
seqüência carbonática-evaporítica de plataforma, constituída por rochas de bancos
retro-recifais, maciças ou grosseiramente estratificadas, com processos diagenéticos
de dolomitização. São observados alguns hiatos não-deposicionais, eventos
cársticos e hardground.
Os depósitos desta unidade foram atingidos por alguns poços localizados
em terra e nos “cayos” (keys) das Províncias de Matanzas e Camagüey. Em

- Ana Marina Escobar Castro - 30


- Ana Marina Escobar Castro -
a b
- ÁREA DE ESTUDO -

c d
Figura 15: Afloramentos da UTE Camajuaní: a, b) vista geral e camada de tempestito grosso da Formação Colorada (LA-30); c) ritmitos da Formação
Margarita, topo à direita (LM-28); d) ritmitos da Formação Alunado (CL-27).

31
- ÁREA DE ESTUDO -

superfície, os sedimentos ocorrem numa extensa área entre a Loma el Mogote (7 km


oeste de Sagua la Grande) e a Loma El Purio (norte de Calabazar de Sagua).

Formação Palenque - caracterizada por Hatten et al. (1958) esta unidade


litoestratigráfica é constituída de biomicritos, intrabiosparitos e doloesparitos, com
uma associação de rudistas e foraminíferos planctônicos de idade Aptiano-
Turoniano.
No afloramento visitado, foram observados bancos de calcilutito e
calcarenito com miliolídeos, rudistas, bivalves, gastrópodes etc. A interpretação
paleoambiental sugere depósitos acumulados em meio marinho raso (Fig. 16a).

4.2.5- Bacias Vegas, Mercedes e Central

Estas bacias estendem-se na parte sul das províncias de Matanzas e


Cienfüegos. Estão relacionadas à bacias de piggy back, desenvolvidas acima dos
restos deformados do arco vulcânico (Terreno Zaza) e ofiolitos serpentinizados,
cobertos pelas seqüências pós-orogênicas. A deposição de sedimentos nestas
bacias deu-se no intervalo Campaniano - Quaternário. Uma vez extinto o arco
vulcânico, começou a deposição marinha, de rochas clásticas (fragmentos derivados
da erosão do arco e ofiolitos), formando os depósitos siliciclásticos iniciais que
passam a carbonatos de bancos biohérmicos com abundante conteúdo fossilífero.
A seqüência ofiolítica é composta por diabásios, basaltos e serpentinitos
fraturados, com espessuras maiores que 1000m. A seqüência do arco está
constituída por cinza e brechas vulcânicas com fragmentos de composição
andesítica, porfirítica-basáltica.
Os depósitos destas bacias encontram-se cavalgados sobre o Terreno Zaza
que, por sua vez, sobrepõe-se aos carbonatos da margem continental.

Formação Via Blanca - descrita por Brönnimann & Rigassi (1963), esta
unidade de Cuba Central consiste de ritmitos compostos de folhelhos, arenitos com
intercalações de margas, e presença de conglomerados polimíticos com clastos de

- Ana Marina Escobar Castro - 32


- Ana Marina Escobar Castro -
a b
- ÁREA DE ESTUDO -

c d
Figura 16: Afloramento da UTE Remedios: a) Formação Palenque (LT-37); afloramentos das Bacias Vega, Mercedes e Central, b) Formação Via Blanca
(J-25); c) Formação Peñalver (P-24); d ) biohermas da Formação Isabel (LP-36)

33
- ÁREA DE ESTUDO -

rochas efusivas vulcânicas. Os sedimentos contêm uma ampla associação fóssil


neocampaniana e eomaastrichtiana (Fig. 16b).

Formação Peñalver - unidade clástica-carbonática definida por


Bronnimann & Rigassi (1963), que varia de conglomerados a calcilutitos finos
organogênicos. Estes sedimentos encontram-se depositados discordantemente
sobre a Formação Via Blanca. O conteúdo fossilifero permite datar essa formação
como neomaastrichtiana. Na localidade de Peñalver observou-se uma parte mais
fina e outra mais grossa, com estruturas plano-paralelas e possíveis oncolitos (Fig.
16c).
Formação Isabel - descrita por Truitt (1953), esta unidade biohérmica de
Cuba Central consiste de calcirruditos detríticos, com abundantes fragmentos de
rudistas, apresentando estratificações cruzada e plano-paralela, de ambiente
litorâneo. Nas Pozas, localidade visitada, os calcários estão constituídos por 60% de
microorganismos, destacando-se os foraminíferos planctônicos, bentônicos e as
algas. O conjunto fossilífero determinado por García (1996) indica uma idade
neomaastrichtiana para esta formação (Fig. 16d).

- Ana Marina Escobar Castro - 34


5. MATERIAL E MÉTODOS

5.1- TRABALHO DE CAMPO

Foi realizado um trabalho de campo com três semanas de duração, entre os


meses de fevereiro e março de 2002, nas regiões de Pinar Del Rio, Havana, Villa
Clara e Sancti Spiritus. A escolha dos afloramentos foi feita principalmente com base
na estratigrafia disponível, onde a coluna sedimentar é dividida em Unidades
Tectono Estratigráficas (UTEs). Em cada afloramento foi elaborado e
fotodocumentado perfil faciológico vertical, realçando texturas e estruturas
sedimentares. A partir daí foram selecionadas amostras para análise de microfácies,
no caso de carbonatos e de margas e folhelhos, para o estudo de nanofósseis. O
intervalo das amostragens variou de alguns centímetros a alguns metros (em média
um metro), em função das mudanças litológicas e das condições físicas de cada
área.
Para a maioria dos afloramentos procedeu-se à análise bioestratigráfica
(nanofósseis) e das microfácies carbonáticas. Já para as análises isotópicas de
G13C, G18O e do teor de carbonato de cálcio, foram selecionadas as seções mais
representativas de cada intervalo datado por nanofósseis (Neojurássico,
Neocomiano, mesocretáceo e Neocretáceo). Com base nos resultados destas
análises em dois dos afloramentos (LA30 e MNP11), selecionou-se algumas
amostras com maior conteúdo de carbonato puro para o estudo de isótopos de
estrôncio. Os intervalos estratigráficos de cada afloramento e as análises feitas para
cada um deles são apresentados na figura 17.

Maastrichtiano
Campaniano
P24
LL32
LP36
J25

Turoniano
CA29
CL27

SSD2
SSD3
SSD4
SSD5

Cenomaniano
MNP13
CRH21
JH33
SSD18

Albiano
MNP15
SSD17
LM28
SSD1
LTM22A

Aptiano
MNP12
LB31

Barremiano
LTM23
LT37
MNP11
CRH16
LTM22
LA30

Hauteriviano
MNP6
MNP7
MNP8
MNP9

Valanginiano
Berriasiano Bioestratigrafia e microfácies
Bioestratigrafia
Tithoniano Microfácies
Isótopos de oxigênio e carbono
Isótopos de estrôncio
Kimmeridgiano Calcimetria

Figura 17: Intervalos estratigráficos e tipos de análises realizadas por afloramento.


- Ana Marina Escobar Castro 35
- MATERIAL E MÉTODOS -

5.2- Análise de nanofósseis calcários

As amostras foram processadas no Laboratório de Sedimentologia do


Departamento de Geologia Aplicada da UNESP. As 467 lâminas foram preparadas
seguindo-se as etapas ilustradas na figura 18.
Para a análise utilizou-se um microscópio ótico-petrográfico, marca ZEISS,
portador de lentes objetivas de aumento 100x e 40x e lentes oculares 10X. As
fotomicrografias foram feitas com uma máquina fotográfica Zeiss, modelo MC100,
acoplada ao microscópio. Utilizou-se filmes coloridos Kodak, asa 100. Na
identificação de algumas espécies, principalmente da família Polycyclolithaceae, foi
utilizado também uma placa de gipso. O uso de esta placa auxilia na melhor
visualização dos contatos e orientação cristalográfica desta família em específico.
Para o reconhecimento taxonômico da nanoflora seguiram-se as diretrizes
de Perch Nielsen (1985), Varol (1992) e Bown & Young (1997). Considerando o
baixo conteúdo fosilífero encontrado na maioria das amostras, optou-se pela análise
qualitativa de 300 campos de visão por lâmina, com aumento 1000X. Na maioria das
lâminas a preservação não foi boa; encontrou-se evidências de dissolução e
recristalização, que em muitos dos casos prejudicou a identificação dos táxons em
nível de espécie. Com os resultados obtidos foram confeccionadas tabelas de
distribuição bioestratigráfica. Os dados foram arquivados e processados com o
programa BugWin 96.
Estes resultados bioestratigráficos por afloramentos, foram colocados junto
aos resultados de microfácies carbonáticas numa só figura, apresentadas no
capítulo de microfácies. Considerou-se pertinente, em função da quantidade de
afloramentos, apresentar os resultados de forma integrada para a melhor
comprensão dos mesmos.
Para a realização destas análises contou-se com a infraestrutura do
Laboratório de Análises Micropaleontológicas, Microbióticas e de Ambientes
(LAMBDA-DGA/IGCE) da UNESP, onde uma coleção representativa do material
investigado está depositada.

5.3- Calcimetria

- Ana Marina Escobar Castro - 36


- MATERIAL E MÉTODOS-

1) Triturar 2g de amostra em um grau de 2) Acrescentar 50 ml de água desmineralizada e


porcelana com auxílio de um almofariz . transportar o sobrenadante para o tubo de
ensaio .

3) Acrescentar duas gotas de hexametafosfato de sódio e, após 5 minutos transferir o


sobrenadante para um novo tubo de ensaio. Deixar em repouso por uma hora.

4) Depois de uma hora homogenizar o conteúdo com um canudo plástico. Pingar, usando
canudo plástico, algumas gotas do conteúdo sobre a lamínula que está sobre uma placa
aquecedora a no máximo 50°C.

5) Aguardar o secamento do conteudo da 6) Colar a lamínula (face com o material seco)


lamínula. em lâmina com gota de entellam e identificar a
lâmina.
Figura 18: Etapas do processamento de amsotras para a análise de nanofósseis calcários.

- Ana Marina Escobar Castro -


37
- MATERIAL E MÉTODOS -

A metodologia utilizada seguiu os padrões para este tipo de análise. Procedeu-


se a secagem de 0,25 g de amostra pulverizada. Numa coluna de vidro preenchida
com água, num sistema fechado (Fig. 19), a amostra é atacada com ácido clorídrico
(HCl-50%), liberando CO2 segundo a reação:

CaCO3 + 2HCl -- CaCl2 + H2O + CO2 (gás)

Figura 19: Calcímetro de Bernard (utilizado para determinar o conteúdo de carbonato de


cálcio nas amostras).

Pela pressão do CO2 gerado e o conseqüente deslocamento da coluna de água


é quantificada a porcentagem de carbonatos. A porcentagem obtida para cada
amostra foi enquadrada na classificação de Pettijohn (1975).

% CARBONATOS
Calcário muito
muito calcítico
levemente

levemente
Folhelho

Folhelho

Folhelho

Folhelho

Calcário

Calcário

Calcário
calcítico

calcítico

argiloso

argiloso

argiloso
Marga

0 5 15 25 35 65 75 85 95 100

Figura 20: Clasificação de carbonatos segundo Pettijohn (1975).

- Ana Marina Escobar Castro - 38


- MATERIAL E MÉTODOS -

5.4- Análise de microfácies carbonáticas

As amostras coletadas foram encaminhadas para o Laboratório de


laminação do Departamento de Petrologia e Mineralogia do IGCE, visando
confeccionar as lâminas delgadas para a análise microfaciológica. Cerca de 347
lâminas foram examinadas, utilizando-se a infra-estrutura do LAMBDA-DGA/IGCE
da UNESP. As rochas carbonáticas foram classificadas segundo Dunham (1962) e
Embry & Klovan (1971) sendo divididas em 19 microfácies, considerando-se o tipo
de rocha e os elementos organogênicos (Figs. 21 e 22).

TEXTURA DEPOSICIONAL RECONHECÍVEL


COMPONENTES ORIGINAIS NÃO INTERLIGADOS DURANTE A
DEPOSIÇÃO TEXTURA
COMPONENTES
CONTÉM LAMA ORIGINAIS DEPOSICIONAL
(partículas tamanho argila e silte fino) INTERLIGADOS NÃO
SEM LAMA; RECONHECÍVEL
SUSTENTADO DURANTE A
SUSTENTADO POR MATRIZ SUSTENTADO DEPOSIÇÃO
POR GRÃOS
POR GRÃOS
<10% GRÃOS >10% GRÂOS
CARBONATO
MUDSTONE WACKESTONE PACKSTONE GRAINSTONE BOUNDSTONE
CRISTALINO

Figura 21: Classificação das rochas carbonáticas segundo Dunham (1962).

CALCÁRIOS AUTÓCTONES
CALCÁRIOS ALÓCTONES
COMPONENTES ORIGINAIS
COMPONENTES ORIGINAIS NÃO INTERLIGADOS DURANTE A
INTERLIGADOS DURANTE A
DEPOSIÇÃO
DEPOSIÇÃO
<10% (>2mm) CONTÊM LAMA
SEM LAMA >10% (>2mm) POR ORGANISMOS QUE
(<0,03mm)
SUSTENTADO POR
MATRIZ cosntroem atuam
>2mm encrustam
SUSTENTA um como
dos e ligam
<10% SUSTENTADO DO POR arcabouço obstáculo
componentes
GRÃOS >10% POR GRÃOS MATRIZ
>0.03mm GRÂOS sustentados
e <2mm BOUNDSTONE
BAFFLESTONE
WACKESTONE

BINDSTONE
FLOATSTONE
GRAINSTONE
PACKSTONE

FRAMESTONE
MUDSTONE

RUDSTONE

Figura 22: Classificação das rochas carbonáticas segundo Embry & Klovan (1971).

No estudo petrográfico utilizou-se um microscópio ótico-petrográfico, marca


ZEISS, portador de lentes objetivas de aumento 2.5X, 5X e 10X, com equipamento

- Ana Marina Escobar Castro - 39


- MATERIAL E MÉTODOS -

fotográfico acoplado MC100. Para determinar a freqüência dos grãos foi utilizado o
procedimento de Dias-Brito (1995):

Raro – menor ou igual a 5 indivíduos (aumento de 5X)


Comum – de 6 a 20 indivíduos (aumento de 5X)
Freqüente – de 21 a 40 indivíduos (aumento de 5X)
Abundante – maior que 40 indivíduos (aumento de 5X)
O conjunto de lâminas delgadas representativas das seções geológicas
investigadas está disponível no LAMBDA-DGA/IGCE-UNESP.

5.5- Análise isotópica

Com o propósito de realizar análises isotópicas de G13C e G18O, as amostras


foram pulverizadas em moinho de carbeto de tungstênio, na UNESP. Posteriormente
uma parte delas foram enviadas ao Laboratório de Geologia Isotópica da
Universidade Federal do Pará, sob a supervisão do Dr. Cândido Moura. Uma outra
parte foi processada sob a supervisão do Dr. Alcides Nóbrega Sial, na Universidade
Federal de Pernambuco (NEG-LABISE). Em ambos os casos, ao redor de 100 mg
de amostra (rocha total) foram pulverizadas e analisadas com espectrômetro de
massa.
Uma descrição detalhada do funcionamento deste tipo de aparelho está
disponivel em Azevedo (1995). Basicamente, dentro do equipamento, as amostras
são tratadas com ácido fosfórico (H3PO4), liberando CO2. Estes valores de CO2 são
registrados em desvios de partes por mil em relação ao padrão internacional PDB
(Belemnite da Formação Peedee, Cretáceo Superior da Carolina do Sul, EUA),
conforme a expressão matemática abaixo.

G13C ou G18O 0/00 = (RA-RP) x 103


RP

RA- relações isotópicas (C13/C12 e O18/O16) do elemento considerado na


amostra.
RP- relações isotópicas (C13/C12 e O18/O16) do elemento considerado
padrão.

- Ana Marina Escobar Castro - 40


- MATERIAL E MÉTODOS -

Os resultados destas análises permitiram a confecção de curvas dos valores


G13C e G18O, que foram utilizadas como indicador indireto (proxi) da produtividade e
temperatura da massa d’ água durante o Juro-Cretáceo, nas seqüências em estudo.
87
Os procedimentos analíticos e a aquisição de dados isotópicos de Sr/86Sr
foram realizados no Laboratório de Geologia Isotópica da Universidade Federal do
Pará. Foi utilizado espectrômetro de massa Finnigan MAT 262 multicoletor, em
87
modo estático. O valor da razão Sr/86Sr foi calculado com base no valor médio de
100 determinações desta razão. O padrão NBS-987 forneceu um valor de 0,71027 ±
87
2 para a razão Sr/86Sr (o valor aceito é de 0,71024). Os erros analíticos são
fornecidos em 2 sigmas (2V). Foi utilizada a metodologia usual deste laboratório que,
segundo comunicação verbal do Dr. Cândido Moura, consta de duas etapas:

1. Dissolução: cerca de 40 mg de amostra é devolvida em água milli-Q e


posteriormente decantada. Depois de secada à temperatura ambiente a
amostra é atacada com 3ml de HCl-2,5N por aproximadamente quatro horas.
O sobrenadante é centrifugado e a solução resultante é transferida para um
béquer e evaporada em chapa aquecedora.

2. Separação Cromatográfica: a amostra é solubilizada com 1 ml de HNO3


(ácido nítrico) para a separação cromatográfica do Sr, que é feita utilizando-se
resina específica de Sr (Sr-spec) colocada em microcolunas de teflon. Após a
introdução de 0,5 ml de amostra na coluna, ela é eluída com 2 ml de HNO3 –
3,5 N, para eliminar os demais elementos químicos. Em seguida faz-se a
eluição do Sr com 1 ml de água milli-Q. Nesta solução acrescenta-se 10
microlitros de H3PO4 (0,125 molar) e leva-se à chapa aquecedora para
evaporação (70°C). Após a evaporação o Sr é solubilizado com solução de
HNO3 6N e depositado em filamento de tungstênio, previamente preparado
com solução de óxido de tântalo, para análise espectrométrica.

- Ana Marina Escobar Castro - 41


6-RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1- Bioestratigrafia

Os estudos bioestratigráficos foram realizados principalmente com base em


nanofósseis calcários. Não entanto devido à escassez de exemplares deste grupo
nos sedimentos neojurássicos, foram utilizados, também, alguns bioeventos
envolvendo calpionelidos, estomioesferidos e cadosinidos.
A utilização dos nanofósseis na bioestratigrafia remonta a década de 1950.
Depois da descoberta destes organismos, atribuída, a Ehremberg 1836 , o grupo
num primeiro momento, foi estudado sob o ponto de vista taxonômico. A partir de
1954, M.N.Bramlette & W.R.Riedel atribuíram diferentes idades a alguns nanofósseis
do Terciário do Oceano Pacífico e do Atlântico, mostrando o valor bioestratigráfico
destes microfósseis. Os trabalhos feitos a partir de sondagens do DSDP e ODP a
partir da década de 70, incluindo sedimentos pelágicos e hemiplégicos,
consolidaram a eficácia destes organismos para as datações e correlações
biostratigráficas em escala de detalhe (1 milhão-60.000 anos). O grupo passou a ser
então, amplamente utilizado na indústria do petróleo.
Existem várias propostas de arcabouços bioestratigráficos para o Mesozóico
com base em nanofósseis. O pioneiro a apresentar um zoneamento para os estratos
daquela era foi Stradner (1963). Ainda para a década de 1960 podem ser
mencionados os trabalhos de Nöel (1965) e Stover (1966). Posteriormente à década
de 1960 existem numerosas propostas, as mais significativas sendo as de: Barnard
& Hay (1974); Thierstein (1973; 1976); Sissingh (1977); Hamilton (1979); Roth (1978;
1983); Perch-Nielsen (1979; 1985); Cooper (1984); e a de Bralower et al. 1989 .
Na atualidade, no entanto, os arcabouços bioestratigráficos são ainda mais
refinados, focalizando áreas mais restritas; utilizam-se além dos primeiros e últimos
aparecimentos das formas guias, a variabilidade quantitativa e correlações com
dados obtidos por técnicas isotópicas e magnetoestratigráficas.
Em Cuba, os estudos dos nanofósseis iniciaram-se com o trabalho de
Brönnimann (1955), que focou principalmente o gênero Nannoconus. Até a
atualidade não tem sido possível estabelecer zoneamentos específicos para os
depósitos cubanos. Uma tentativa foi realizada por Escobar (2001) para os
sedimentos aptiano-albianos da Formação Mata na margem continental.

- Ana Marina Escobar Castro 42


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

A escassez e a má preservação do nanoplâncton calcário, seja por condições


desfavoráveis à deposição ou pelos efeitos dos processos de diagênese e
tectônicos, têm dificultado muito a interpretação bioestratigráfica. Isto faz-se mais
evidente nos depósitos jurássicos cubanos, os quais são datados principalmente por
calpionelidos e alguns tipos de calcisferas incertae sedis (Stomiosphaeridae,
Cadosinidae). Estes organismos unicelulares são melhores distribuídos nos
depósitos tetianos. Alguns zoneamentos são encontrados nos trabalhos de Bonet
(1956); Remane (1963); Trejo (1980); ěehánek (1980); Borza (1984), entre outros.
Em Cuba, as grandes contribuições bioestratigráficas usando estes
microfósseis incertae sedis foram feitos por Fernández-Carmona (1998), MyczyĔski
& Pszczólkowski (1994) e Silvia Blanco (em relatórios internos do Centro de
Pesquisas de Cuba, CEINPET).

6.1.1- Sistemática de nanofósseis calcários

Podem ser consultados para as diferentes classificações de nanofósseis os


trabalhos de Hay (1977); Tappan (1980); Perch-Nielsen (1985) e Bown & Young
(1997). No presente trabalho adotou-se a classificação de Bown & Young (op cit.),
assumindo a ordem como a entidade taxonômica mais superior.
Foram reconhecidos 77 espécies (Anexo 1). Dependendo do estado de
preservação, somente foi possível chegar a nível genérico na classificação de alguns
indivíduos.
As famílias, gêneros e espécies observadas nas seções investigadas são
listadas por ordem alfabética. Não são apresentadas descrições taxonômicas, uma
vez que há uma grande quantidade de descrições detalhadas na literatura
especializada referentes aos mesmos táxons. Todavia, são colocados alguns
comentários quando pertinentes. Apresentam-se, também, sinonímias de espécies e
fotomicrografias. A distribuição estratigráfica de cada espécie é mostrada no anexo
2.
HETEROCOCÓLITOS

ORDEM ARHANGELSKIALES, Bown & Hampton, 1997

Arkhangelskiellaceae Bukry, 1969 emend. Bown & Hampton in Bown & Young,1997

- Ana Marina Escobar Castro 43


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Arkhangelskiella Vekshina, 1959.


Espécie tipo: Arkhangelskiella cymbiformis Vekshina, 1959.
Arkhangelskiella cf. A. confusa Burnett, 1998.
(Est. I, figs. 1a-b)

1998 Arkhangelskiella confusus Burnett, p. 133.


1998 Arkhangelskiella confusa (Burnett)- Bown, p. 182, est. 6.8, figs. 6a-7.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de La Habana.


Observações: embora as características morfológicas dos exemplares observados
enquadrem-se satisfatoriamente à descrição de A. confusa, o estado de preservação
do material (exemplares dissolvidos) não permitiu a definitiva identificação.
Exemplares pequenos e mal preservados podem ser confundidos com Broinsonia
enormis, contudo, esta espécie tem um centro bem definido formado por oito
quadrantes e uma borda um pouco mais larga.

Broinsonia Bukry, 1969.


Espécie tipo: Broinsonia dentata Bukry, 1969.
Broinsonia enormis (Shumenko, 1968) Manivit, 1971.
(Est. I, figs. 2a-b)

1968 Arkhangelskiella enormis Shumenko, p. 33, est. 1, figs. 1-3.


1969 Broinsonia bevieri Bukry, p. 21, est. 1, figs. 8-10.
1969 Aspidolithus angustus Noël, p. 196, est. 1, figs 1-2.
1971 Broinsonia enormis (Shumenko)- Manivit, p. 105, est. 1, figs. 18-20.
1998 Broinsonia enormis (Shumenko)- Bown, p. 182, est. 6.8, figs. 18a-19.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.


Observações: veja-se A. confusa.

ORDEM EIFFELLITHALES Rood, Hay & Barnard, 1971

Chiastozygaceae Rood et al., 1973 emend. Varol & Girgis, 1994.

Chiastozygus Gartner, 1968.


Espécie tipo: Chiastozygus amphipons Bramlette & Martini, 1968.
Chiastozygus cf. C bifarius Bukry, 1969.
(Est. I, figs. 3a-b)

1969 Chiastozygus bifarius Bukry, p. 49, est. 26, figs. 10-12.


1998 Chiastozygus bifarius (Bukry)- Bown, p. 170, est. 6.3, fig. 4.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.


Observações: Cocólito elíptico, formado no centro por quatro barras ligeiramente
asimétricas, com uma sutura média paralela a cada barra. Perch-Nielsen sugere
uma possível evolução de C. litterarius a Helicolithus anceps passando por C.
bifarius, sendo observado um aumento na complexidade da borda do cocólito.

- Ana Marina Escobar Castro - 44


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Chiastozygus litterarius (Górka, 1957) Manivit, 1971.


(Est. I, fig. 4)

1957 Discolithus litterarius Górka, p. 274, est. 3, fig. 3.


1971 Chiastozygus litterarius (Górka)- Manivit, p. 92, est. 4, figs. 1-5.
1985 Chiastozygus litterarius (Górka)- Perch Nielsen, p. 364, figs. 5-8.
1998 Chiastozygus litterarius (Górka)- Bown, p. 170, est. 6.3, fig. 5.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.


Observações: veja-se C. bifarius.

Gorkaea Varol & Girgis, 1994.


Espécie tipo: Zygodiscus pseudoanthophorus Bramlette & Martini, 1964.
Gorkaea operio Varol & Girgis, 1994.
(Est. I, fig. 5)

1994 Gorkaea operio Varol & Girgis, p. 230, est. 11, figs. 9-12.
1998 Gorkaea operio (Varol & Girgis)- Bown, p. 166, est. 6.2, fig. 16a.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano-Província de Pinar del Rio.

Loxolithus Noël, 1965.


Espécie tipo: Loxolithus armilla, 1954.
Loxolithus armilla (Black in Black & Barnes, 1959) Noël, 1965.
(Est. I, fig. 6)

1959 Cyclolithus armilla Black in Black & Barnes, p. 327, est. 12, fig. 2.
1965 Loxolithus armilla Noël, p. 67.
1998 Loxolithus armilla (Black)- Bown, p. 102, est. 5.1, fig. 8; p. 114, est. 5.7, fig. 11;
p. 170, est. 6.3, fig. 14.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

Placozygus Hoffman, 1970.


Espécie tipo: Placozygus fibuliformis Hoffmann, 1970.
Placozygus fibuliformis (Reinhardt, 1964) Hoffmann, 1970.
(Est. I, figs. 7a-b)

1964 Glaukolithus? fibuliformis Reinhardt, p. 758, est. 1, fig. 4.


1970 Placozygus fibuliformis (Reinhardt)- Hoffmann, p. 1004, est. 1, figs. 1-4.
1969 Zygodiscus fibuliformis (Reinhardt)- Bukry, p. 59, est. 34, figs. 9-10.
1985 Placozygus fibuliformis (Reinhardt)- Perch-Nielsen, p. 407, figs. 82.12-15.
1998 Placozygus fibuliformis (Reinhardt)- Bown, p. 166, est. 6.2, fig. 26a.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de La Habana;


Neocampaniano -Província de Pinar del Rio.

- Ana Marina Escobar Castro - 45


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Staurolithites Caratini, 1963.


Espécie tipo: Staurolithites laffittei Caratini, 1963.
Staurolithites crux (Deflandre & Fert,1954) Caratini, 1963.
(Est. I, fig. 8)

1954 Discolithus crux Deflandre & Fert, p. 143, est. 14, fig. 4.
1961 Zygolithus crux (Deflandre & Fert)- Bramlette & Sullivan, p. 149, est. 6, figs. 8-
10.
1963 Staurolithithes crux (Deflandre & Fert)- Caratini, p. 25.
1966 Zygolithus crux (Deflandre & Fert)- Stover, p. 147, est. 33, figs. 17-18, 22A.
1985 Zygolithus crux (Deflandre & Fert)- Perch-Nielsen, p. 351, fig. 12.4.
1998 Staurolithithes crux (Deflandre & Fert)- Bown, p. 102, est. 5.1, fig. 11; p. 114, est.
5.7, fig. 13.

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Eobarremiano, Neocampaniano -


Província de Pinar del Rio; Neocampaniano-Província de La Habana.

Staurolithites gausorhethium (Hill, 1976) Varol & Girgis, 1994.


(Est. I, fig. 9)

1976 Vagalapilla gausorhethium Hill, p. 157, est. 3, figs. 25-30.


1994 Staurolithites gausorhethium (Hill)- Varol & Girgis, p. 238, est. 11, fig. 19.
1998 Staurolithites gausorhethium (Hill)- Bown, p. 165, est. 6.1, figs. 29a-30.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano-Província de Sancti Spiritus.


Observações: Caracterizada por uma borda brilhante interrompida por uma estrutura
central em forma de cruz, que podem ser observadas ligeiramente torcidas num
angulo de 15°. Na junção das barras, na parte central do cocólito é observada uma
línea de extinção em forma de X.

Staurolithites minutus Burnett, 1997.


(Est. I, fig. 10)

1997 Staurolithites minutus Burnett, p. 140, est. 1, fig. 4.


1998 Staurolithites minutus (Burnett)- Bown, p. 165, est. 6.1, figs. 27d-e.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

Tranolithus Stover, 1966.


Espécie tipo: Tranolithus manifestus Stover, 1966.
Tranolithus gabalus Stover, 1966.
(Est. I, fig. 11)

1966 Tranolithus gabalus Stover, p. 146, est. 4, fig. 22; est. 9, fig. 5.
1976 Tranolithus gabalus (Stover)- Hill, p. 156, est. 11, figs. 36-41; est. 15, fig. 13.
1985 Tranolithus gabalus (Stover)- Perch-Nielsen, p. 408, figs. 83.9-11.
1998 Tranolithus gabalus (Stover)- Bown, p. 114, est. 5.7, fig. 25; p. 166, est. 6.2,
figs. 4b-c.

- Ana Marina Escobar Castro - 46


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano- Província de Sancti Spiritus.

Tranolithus minimus (Bukry, 1969) Perch-Nielsen, 1984.


(Est. II, fig. 1)

1969 Zygodiscus minimus Bukry, p. 61, est. 35, figs. 9-11.


1984 Tranolithus minimus (Bukry)- Perch-Nielsen, p. 408, figs. 83.3, 5.
1998 Tranolithus minimus (Bukry)- Bown, p. 166, est. 6.2, fig. 5.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana; Campaniano -


Província de Pinar del Rio.

Tranolithus orionatus (Reinhardt, 1966) Perch-Nielsen, 1968.


(Est. II, fig. 2)

1966 Tranolithus phacelosus Stover, p. 146, est. 4, figs. 23-25; est. 9, fig. 7.
1966 Tranolithus exiguus Stover, p. 146, est. 4, figs. 19-21.
1966 Discolithus phacelosus Reinhardt, p. 42, est. 23, figs. 22, 31-33.
1968 Tranolithus orionatus (Reinhardt)- Perch Nielsen, p.408, figs.83.17,19.
1969 Zygodiscus phacelosus (Stover)- Bukry, p.61, est. 35, fig. 12.
1970 Zygostephanos orionatus (Reinhardt)- Hoffmann, p. 178, est. 1, fig. 5; est. 2,
fig. 3.
1976 Tranolithus orionatus (Reinhardt)- Hill, p. 156, est. 12, figs. 1-2; est. 15, figs.
14-15.
1998 Tranolithus orinatus (Reinhardt)- Bown, p. 114, est. 5.7, figs. 26-27; p. 166, est.
6.2, figs. 6a-7b.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

Zeugrhabdotus Reinhardt ,1965 apud Tappan, 1980.


Espécie tipo: Zygolithus erectus Deflandre in Deflandre & Fert, 1954.
Zeugrhabdotus bicrescenticus (Stover, 1966) Burtett in Gale et al., 1996.
(Est. II, fig. 3)

1966 Discolithus bicrescenticus Stover, p. 142, est. 2, figs. 5a-b, 6-7; est. 8, fig. 11.
1971 Glaukolithus diplogrammus (Stover)- Manivit, p. 81.
1996 Zeugrhabdotus bicrescenticus (Stover)- Burnett, p. 529, fig. 6d.
1998 Zeugrhabdotus bicrescenticus (Stover)- Bown, p. 168, est. 6.2, figs. 12a-c.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

Zeugrhabdotus diplogrammus (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Burtett in Gale


et al., 1996.
(Est. II, fig. 4)

1954 Zygodiscus diplogrammus Deflandre in Deflandre & Fert, p. 148, est. 10, fig. 7.
1964 Glaucolithus diplogrammus (Deflandre)- Reinhardt, p. 758.
1985 Glaucolithus diplogrammus (Deflandre)- Perch-Nielsen, p. 407, figs. 82.4-5, 7.

- Ana Marina Escobar Castro - 47


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

1996 Zeugrhabdotus diplogrammus (Deflandre)- Burnett, p. 606, est. 6, fig e.


1998 Zeugrhabdotus diplogrammus (Deflandre)- Bown, p. 168, est. 6.2, figs. 13a-b

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Albiano-Província de Pinar del Rio;


Campaniano-Província de La Habana.

Zeugrhabdotus embergeri (Noël, 1958) Perch-Nielsen, 1984.


(Est. II, fig. 5)

1958 Discolithus embergeri Noël, p. 164-165, est. 1, figs. 5, 6a-e, 7a-b, 8 (apud
Smith, 1981).
1963 Parhabdolithus embergeri (Noël)- Stradner, p. 174, 179, est. 4, figs. 1a-b.
1968 Zygodiscus crassicaulis Gartner, p. 32, est. 21, figs. 14a-d; est. 23, fig. 3.
1981 Parhabdolithus embergeri (Noël)- Smith, p. 65; est. 12, figs. 27-32, est. 13, figs.
1-3, 4-6.
1984 Zeugrhabdotus embergeri (Noël)- Perch-Nielsen, p. 44.
1985 Zeugrhabdotus embergeri (Noël)- Perch-Nielsen, p. 408, figs. 5.6, 7; figs. 84.4,
6, 9.
1998 Zeugrhabdotus embergeri (Noël)- Bown, p. 72, est. 4.10, figs. 4-5; p. 102, est.
5.1, fig. 14; p. 116, est. 5.8, fig. 5; p. 168, est. 6.2, figs. 23,24.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoberriasiano-Albiano Província de Villa Clara;


Neovalanginiano-Albiano, Campaniano -Província de Pinar del Rio; Campaniano-
Província de La Habana.

Zeugrhabdotus erectus (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Reinhardt, 1965.


(Est. II, fig. 6)

1954 Zygolithus erectus Deflandre in Deflandre & Fert, p. 150, est. 15, figs. 14-17.
1965 Zeugrhabdotus erectus (Deflandre)- Reinhardt, p. 37.
1985 Zeugrhabdotus erectus (Noël)- Perch-Nielsen, p. 408, fig. 5.3; figs. 84.11, 12,
13.
1998 Zeugrhabdotus erectus (Deflandre) - Bown, p. 56, est. 4.2, fig. 4-8; p. 72, est.
4.10, figs. 6-10; p. 168, est. 6.2, figs. 30c-d.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

Zeugrhabdotus xenotus (Stover, 1966) Burnett in Gale et al., 1996.


(Est. II, fig. 7)

1966 Zygolithus xenotus Stover, p. 149, est. 4, figs. 16-17; est. 9, fig. 2.
1996 Zeugrhabdotus xenotus (Stover)- Burnett, p. 530, fig. 6f.
1998 Zeugrhabdotus xenotus (Stover)- Bown, p.116, est. 5.8, figs. 8-10, p. 166, est.
6.2, fig. 25b-c.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

- Ana Marina Escobar Castro - 48


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Eiffellithaceae Reinhardt, 1965.

Eiffellithus Reinhardt, 1965.


Espécie tipo: Zygolithus turriseiffeli Deflandre in Deflandre & Fert, 1954.
Eiffellithus eximius (Stover, 1966) Perch-Nielsen, 1968.
(Est. II, fig. 8)

1966 Eiffellithus eximius Stover, p. 138, est.2, fig.15.


1968 Eiffellithus eximius (Stover)- Perch-Nielsen, p. 30, est. 3, figs. 8-10.
1976 Eiffellithus eximius (Stover)- Hill, p. 139, est. 6, figs. 19-33.
1985 Eiffellithus eximius (Stover)- Perch-Nielsen, p. 368, figs. 8.32-33; 35.3-4.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

Eiffellithus gorkae Reinhardt, 1965.


(Est. II, fig. 9)

1965 Eiffellithus gorkae Reinhardt, p. 36-37, est. 2, fig. 2.


1985 Eiffellithus gorkae (Reinhardt)- Perch-Nielsen, p. 368, figs. 13-16.
1998 Eiffellithus gorkae (Reinhardt)- Bown, p. 170, est. 6.3, figs. 16a-17.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de Pinar del Rio.

Eiffellithus pospichalii Burnett, 1997.


(Est. II, fig. 10)

1997 Eiffellithus pospichalii Burnett, p. 136, est. 1, fig. 11.


1998 Eiffellithus pospichalii (Burnett)- Bown, p. 170, est. 6.3, figs. 19-20.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de La Habana.

Eiffellithus turriseiffelii (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Reinhardt, 1965.


(Est. II, figs. 11a-b)

1954 Zygolithus turriseiffelii Deflandre in Deflandre & Fert, p. 149, est. 13, figs. 15-
16.
1957 Discolithus initialis Gorka, p. 252, 275, est. 3, fig. 1.
1959 Zygrhablithus turriseiffelii (Deflandre)- Deflandre, p. 135-136.
1965 Eiffellithus turriseiffelii (Deflandre)- Reinhardt, p. 36, fig.3.
1966 Clinorhabdus turriseiffelii (Deflandre)- Stover, p. 138, est. 3, figs. 7,8a-c, 9a-b.
1976 Eiffellithus turriseiffelii (Deflandre)- Hill, est. 6, figs. 37-42; est. 14 figs. 8-9.
1981 Eiffellithus turriseiffelii (Deflandre)- Smith, est. 6, figs. 18-24, 25-33.
1985 Eiffellithus turriseiffelii (Deflandre)- Perch-Nielsen, p. 369, figs. 35.11, 12, 19.
1998 Eiffellithus turriseiffelii (Deflandre)- Bown, p. 116, est. 5.8, figs. 15,17; p.170,
est. 6.3, fig. 18.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano- Província de Sancti Spiritus; Campaniano-


Província de La Habana; Campaniano -Província de Pinar del Rio.

- Ana Marina Escobar Castro - 49


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Tegumentum Thierstein in Roth & Thierstein, 1972.


Espécie tipo: Tegumentum stradneri Thierstein in Roth & Thierstein, 1972.
Tegumentum stradneri Thierstein in Roth & Thierstein, 1972.
(Est. II, fig. 12)

1972 Tegumentum stradneri Thierstein in Roth & Thierstein, p. 437, est. 1, figs. 7-15.
1985 Tegumentum stradneri (Thierstein)- Perch-Nielsen, p. 361, figs. 29.10-14.
1998 Tegumentum stradneri (Thierstein)- Bown, p. 104, est. 5.2, fig. 2; p. 116, est.
5.8, figs. 26-27; p. 170, est. 6.3, figs. 3a-b.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano- Província de Sancti Spiritus.

Rhagodiscaceae Hay, 1977.

Calcicalathina Thierstein, 1971.


Espécie tipo: Schizosphaerella oblongata Worsley, 1971.
Calcicalathina alta Perch-Nielsen, 1979a.
(Est. II, fig. 13)

1979a Calcicalathina alta Perch-Nielsen, p. 264, est. 2, fig. 5.


1985 Calcicalathina alta Perch-Nielsen, p. 365, fig. 30.6-9.
1998 Calcicalathina alta (Perch-Nielsen)- Bown, p. 172, est. 6.4, figs. 1a-2b.

Cronoestratigrafia e localidade: Aptiano-Eocenomaniano-Província de Pinar del Rio.

Calcicalathina oblongata (Worsley, 1971) Thierstein ,1979.


(Est. II, fig. 14)

1971 Schizosphaerella oblongata Worsley, p. 1312, est. 2, figs. 32-33.


1979 Calcicalathina oblongata (Worsley)- Thierstein, p. 475, est. 4, figs. 6-10.
1985 Calcicalathina oblongata (Worsley)- Perch-Nielsen, p. 365, figs. 8.73-74; figs.
30.1-5.

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Eobarremiano-Província de Pinar


del Rio.

Percivalia Bukry, 1969.


Espécie tipo: Percivalia porosa Bukry, 1969.
Percivalia fenestrata (Worsley, 1971) Wise, 1983.
(Est. III, fig. 1)

1971 Arkhangelskiella? fenestrata Worsley, p. 1305, est. 1, figs. 33-35.


1983 Percivalia fenestrata (Worsley )- Wise, p. 508, est. 28, fig. 6.
1989 Percivalia fenestrata (Worsley )- Crux, p. 190, est. 8.13, figs. 6-9.
1998 Percivalia fenestrata (Worsley )- Bown, p. 104, est. 5.2, figs. 5; p. 118, est. 5.9,
figs. 1-2; p. 172, est. 6.4, fig. 3.

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Eobarremiano-Província de Pinar

- Ana Marina Escobar Castro - 50


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

del Rio; Albiano-Província de Sancti Spiritus.

Rhagodiscus Reinhardt, 1967.


Espécie tipo: Discolithus asper Stradner, 1963.
Rhagodiscus achlyostaurion (Hill, 1976) Doeven, 1983.
(Est. III, fig. 2)

1976 Parhabdolithus achlyostaurion Hill, p. 145-146, est. 9, figs. 24-29.


1983 Rhagodiscus achlyostaurion (Hill)- Doeven, p. 50.
1998 Rhagodiscus achlyostaurion (Hill)- Bown, p. 104, est. 5.2, fig. 6; p. 118, est. 5.9,
figs. 3-5; p. 172, est. 6.4, fig. 10.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoberriasiano-Província de Villa Clara; Albiano-


Província de Pinar del Rio.

Rhagodiscus angustus (Stradner, 1963) Reinhardt, 1971.


(Est. III, fig. 3)

1963 Rhagodiscus angustus Stradner, p. 178, est. 5, fig. 6.


1971 Rhagodiscus angustus (Stradner)- Reinhardt, p. 23, est. 2, figs. 1-2.
1985 Rhagodiscus angustus (Stradner)- Perch-Nielsen, p. 394, figs. 62.10-16.
1998 Rhagodiscus angustus (Stradner)- Bown, p. 104, est. 5.2, fig. 7; p. 118, est.
5.9, figs. 6-7, p. 172, est. 6.4, figs. 12b-c.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoaptiano-Província de Villa Clara.

Rhagodiscus asper (Stradner, 1963) Reinhardt, 1967.


(Est. III, fig. 4)

1963 Discolithus asper Stradner, p. 177, est. 2, figs. 4-5.


1965 Ahmuellerella asper (Stradner)- Reinhardt, p. 31.
1966 Zygolithus fenestratus Stover, p. 147-148, est. 3, figs. 21a-c,22c; est. 4, fig. 1;
est. 8, fig. 24.
1967 Rhagodiscus asper (Stradner)- Reinhardt, p. 166 (apud Reinhardt, 1971).
1971 Rhagodiscus asper (Stradner)- Reinhardt, p. 23, est. 2, figs. 4-6, est. 3, figs.
1-6.
1985 Rhagodiscus asper (Stradner)- Perch-Nielsen, p. 394, fig. 62.6.
1998 Rhagodiscus asper (Stradner)- Bown, p. 104, est. 5.2, figs. 8-9; p. 118, est.
5.9, figs. 8-9; p. 172, est. 6.4, fig. 11.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoberriasiano-Albiano-Província de Villa Clara;


Neovalanginiano-Albiano-Província de Pinar del Rio.

ORDEM PODORHABDALES Rood et al., 1971 (Bown, 1987)

Axopodorhabdaceae Bown & Young, 1997.

- Ana Marina Escobar Castro - 51


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Cribrosphaerella Deflandre in Piveteau, 1952.


Espécie tipo: Cribrosphaera ehrenbergii Arkhangelsky, 1912.
Cribrosphaerella ehrenbergii (Arkhangelsky, 1912) Deflandre in Piveteaux, 1952.
(Est. III, fig. 5)

1912 Cribrosphaera ehrenbergii Arkhangelsky, p. 42, est. 6, figs. 19-20.


1952 Cribrosphaerella ehrenbergii (Arkhangelsky) Deflandre in Piveteaux , p. 111, fig.
54a (apud Gartner, 1968 e Perch-Nielsen, 1985).
1957 Discolithus ingens Górka, p. 256, 277, est. 3, fig. 13.
1962 Coccolithus arkhangelskii Shumenko, p. 472, fig. 1a.
1968 Cretadiscus colatus Gartner, p. 36, est. 10,figs. 7-8; est. 12,figs. 5a-c, 6a-b;
est. 19, fig. 10a-d.
1968 Cribrosphaera ehrenbergii (Arkhangelsky)- Gartner, p. 40, est. 1, figs. 14-15;
est. 3, fig. 2; est. 12, fig. 2; est. 15, fig. 11.
1985 Cribrosphaerella ehrenbergii (Arkhangelsky)- Perch-Nielsen, p. 387, fig. 53.8,
16.
1998 Cribrosphaerella ehrenbergii (Arkhangelsky)- Bown, p. 120, est. 5.10, figs. 7-8;
p. 175, est. 6.5, figs. 3-6.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano, Campaniano-Província de Pinar del Rio;


Campaniano-Província de La Habana.

Perissocyclus Black, 1971.


Espécie tipo: Perissocyclus noeliae Black, 1971a.
Perissocyclus tayloriae Crux, 1989.
(Est. III, fig. 6)

1989 Perissocyclus tayloriae Crux, p. 190, est. 8.3, figs. 2-6, est. 8.11, fig. 28.
1998 Perissocyclus tayloriae (Crux)- Bown, p. 106, est. 5.3, figs. 5; p. 120, est. 5.10,
figs. 15-17.

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Eobarremiano-Província de Pinar


del Rio.

Tetrapodorhabdus Black, 1971.


Espécie tipo: Tetrapodorhabdus coptensis Black, 1971a.
Tetrapodorhabdus decorus (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Wind & Wise in
Wise & Wind, 1979.
(Est. III, fig. 7)

1954 Rhabdolithus decorus Deflandre, p. 159, est. 13, figs. 4-6.


1965 Ahmuellerella granulata Reinhardt, p. 39, est. 3, fig. 2.
1971 Tetrapodorhabdus coptensis Black, p. 411, est. 31, fig. 7.
1979 Tetrapodorhabdus decorus (Deflandre)- Wind & Wise, p. 307, est. 59, figs. 3-6.
1998 Tetrapodorhabdus decorus (Deflandre)- Bown, p. 175, est. 6.5, figs. 15, 20.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano, Neocampaniano-Província de Pinar del Rio.

- Ana Marina Escobar Castro - 52


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Biscutaceae Black, 1971a.

Biscutum Black in Black & Barnes, 1959.


Espécie tipo: Biscutum testudinarium Black in Black & Barnes, 1959.
Biscutum constans (Górka, 1957) Black in Black & Barnes, 1959.
(Est. III, fig. 8)

1957 Discolithus constans Górka, p. 257, 279, est. 4, fig. 7.


1959 Biscutum testudinarium Black in Black & Barnes, p. 325-326, est. 10, fig. 1.
1964 Cribrosphaerella tectiforma Reinhardt, p. 758, est. 2, fig. 4.
1966 Coccolithus oregus Stover, p. 139, est. 1, figs. 8a-b,9; est. 8, fig. 4.
1968 Biscutum blacki Gartner, p. 18-19, est. 1, fig. 7; est. 6, figs. 2a-c; est. 8, figs. 8-
10; est. 11, figs. 8a-c; est. 15, figs. 2a-c; est. 16, fig. 8.
1969 Discorhabdus perforatus Shumenko, p. 11, est. 2, fig. 6.
1985 Biscutum constans (Górka)- Perch-Nielsen, p. 357, figs. 19.6,7,22.
1998 Biscutum constans (Górka)- Bown, p. 106, est. 5.3, figs. 9-10; p. 120, est. 5.10,
figs. 21-22.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano-Eocenomaniano-Província de Pinar del Rio;


Campaniano-Província de La Habana.

Biscutum ellipticum (Górka, 1957) Grün in Grün & Allemann, 1975.


(Est. III, fig. 9)

1957 Tremalithus ellipticum Gorka, p. 245, 269, est. 1, fig. 11.


1959 Biscutum testudinarium Black in Blanck & Barnes, p. 325, est. 10, fig. 1.
1968 Maslovella pulchra Pienaar, p. 366, est. 69, fig. 5.
1975 Biscutum ellipticum (Górka)- Grün in Grün & Allemann, p. 154, fig. 3.
1998 Biscutum ellipticum (Górka)- Bown, p. 175, est. 6.5, figs. 21a-c.

Cronoestratigrafia e localidade: Aptiano-Albiano-Província de La Habana.

Discorhabdus Noël, 1965.


Espécie tipo: Rhabdolithus patulus Deflandrei, 1954.
Discorhabdus ignotus (Górka, 1957) Perch-Nielsen, 1968.
(Est. III, figs. 10a-b)

1957 Tremalithus ignotus Górka, p. 248, 272, est. 2, fig. 9.


1968 Discorhabdus ignotus (Górka) - Perch-Nielsen, p. 81-82, figs. 41-42; est. 28,
figs. 6-9.
1969 Bidiscus cruciatus Bukry, p. 27, est. 6, figs. 10-11.
1985 Discorhabdus ignotus (Górka)- Perch-Nielsen, p. 357, figs. 20.3, 4, 10.
1998 Discorhabdus ignotus (Górka)- Bown, p. 62, est. 4.5, fig. 1; p. 106, est. 5.3, fig.
14; p. 120, est. 5.10, figs. 26-27; p. 176, est. 6.6, fig. 6a.

Cronoestratigrafia e localidade: Aptiano-Turoniano, Neocampaniano-Província de


Pinar del Rio; Neocampaniano-Província de La Habana.

- Ana Marina Escobar Castro - 53


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Cretarhabdaceae Thierstein, 1973.

Cretarhabdus Bramlette & Martini, 1964.


Espécie tipo: Cretarhabdus conicus Bramlette & Martini, 1964.
Cretarhabdus conicus Bramlette & Martini, 1964.
(Est. III, fig. 11)

1964 Cretarhabdus conicus Bramlette & Martini, p. 299, est. 3, figs. 5-8.
1968 Cretarhabdus conicus (Bramlette & Martini)- Gartner, p. 21-22, est. 1, figs. 10-
11, est. 3, figs. 5a-c, est. 11, figs. 12a-c, est. 15, figs. 9a-c, est. 16, figs. 12-13,
est. 17, figs. 10a-c, est. 20, figs. 8-9.
1970 Stradneria crenulata (Bramlette & Martini)- Noël, p. 55-57, est. 13, fig. 5, est.
17, figs. 3a-b.
1971 Cretarhabdus blacki Manivit, p. 94-95, est. 6, figs. 3-4.
1975 Micravetesina favula Grun in Grun & Allemann, p. 185-86, fig. 25; est. 6, figs.
9-12.
1981 Cretarhabdus conicus (Bramlette & Martini)- Smith, est. 2, figs. 37-44, est. 3,
figs. 1-9, 10-15, 16-19.
1985 Cretarhabdus conicus (Bramlette & Martini)- Perch-Nielsen, p. 383, figs. 51.1, 2,
22.
1998 Cretarhabdus conicus (Bramlette & Martini)- Bown, p. 62, est. 4.5, fig. 17; p. 78,
est. 4.13, figs. 12-13; p. 106, est. 5.3, fig. 18; p. 122, est. 5.11, fig. 6; p. 180, est.
6.7, figs. 1-2.

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Eobarremiano, Campaniano-


Província de Pinar del Rio; Campaniano-Província de La Habana.

Cretarhabdus striatus (Stradner, 1963) Black, 1973.


(Est. III, fig. 12)

1963 Arkhangelskiella striata Stradner, p. 176, est. 1, fig. 1.


1968 Cretarhabdus loriei Gartner, p. 21, est. 24, figs. 9-10.
1973 Cretarhabdus striatus (Stradner)- Black, p. 53, est. 17, figs. 3-6, 10-11.
1991 Cretarhabdus striatus (Stradner)- Mutterlose, p. 117, est. 15, figs. 15-18.
1998 Cretarhabdus striatus (Stradner)- Bown, p. 106, est. 5.3, fig. 20; p. 122, est.
5.11, figs. 8-9; p. 180, est. 6.7, figs. 3-4.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano-Província de Pinar del Rio.

Flabellites Thierstein, 1973.


Espécie tipo: Flabellites biforaminis Thierstein, 1973.
Flabellites oblongus (Bukry, 1969) Crux in Crux et al., 1982.
(Est. III, fig. 13)

1969 Watznaueria oblonga Bukry, p. 33, est. 11, figs. 8-10.


1973 Flabellites biforaminis Thierstein, p. 41, est. 5, figs. 1-12.
1982 Flabellites oblonga (Bukry)- Crux, p. 110, est. 5.1, fig. 11; est. 5.8, fig. 1.
1998 Flabellites oblongus (Bukry)- Bown, p. 122, est. 5.11, figs. 11-12; p. 180, est.

- Ana Marina Escobar Castro - 54


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

6.7, figs. 11-12.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de La Habana.

Helenea Worsley, 1971.


Espécie tipo: Helenea staurolithina Worsley, 1971.
Helenea chiastia Worsley, 1971.
(Est. III, fig. 14)

1971 Helenea chiastia Worsley, p. 1310, est. 1, figs. 42-44.


1972 Cruciellipsis chiastia (Worsley)- Thierstein in Roth & Thierstein, p.437, est.6,
figs.8-13
1975 Microstaurus chiastius (Worsley)- Grün in Grün & Allemann, p. 181, est. 5, figs.
1-4.
1985 Microstaurus chiastius (Worsley)- Perch-Nielsen, p. 385, fig. 8.43, 44; figs.
51.7-9, 27, 28.
1989 Microstaurus chiastius (Worsley)- Bralower et al., p. 218, est. 5, figs. 6-12.
1998 Helenea chiastia (Worsley)- Bown, p. 78, est. 4.13, figs. 14-15; p. 108, est. 5.4,
fig. 3; p. 122, est. 5.11, figs. 16-18; p. 180, est. 6.7, figs. 13-14.

Cronoestratigrafia e localidade: Aptiano-Província de Pinar del Rio.

Retecapsa Black, 1971a.


Espécie tipo: Retecapsa brightonii Black, 1971a.
Retecapsa angustiforata Black, 1971a.
(Est. IV, fig. 1)

1971a Retecapsa angustiforata Black, p. 409, est. 33, fig. 4.


1973 Cretarhabdus angustiforatus (Black)- Bukry, p. 677, est. 2, figs. 4-7.
1985 Retecapsa angustiforata (Black)- Perch-Nielsen, p. 386, fig. 51.29.
1998 Retecapsa angustiforata (Black)- Bown, p. 108, est. 5.4, figs. 8-10; p. 122, est.
5.11, figs. 26-27; p. 180, est. 6.7, fig. 6.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoberriasiano-Albiano- Província de Villa Clara;


Neovalanginiano-Eobarremiano-Província de Pinar del Rio; Campaniano-Província
de La Habana.

Retecapsa crenulata (Bramlette & Martini, 1964) Grün in Grün & Allemann, 1975.
(Est. IV, fig. 2)

1964 Cretarhabdus crenulatus Bramlette & Martini, p. 300, est. 2, figs. 21-24.
1970 Stradneria crenulata (Bramlette & Martini)- Noël, p.55-57, est.13, fig.5, est.17,
figs.3a-b.
1975 Retecapsa crenulata (Bramlette & Martini)- Grün in Grün & Allemann, p. 175, fig.
18.
1981 Cretarhabdus crenulatus (Bramlette & Martini)- Smith, p. 37-38, est. 3, figs. 20-
28.
1985 Stradneria crenulata (Bramlette & Martini)- Perch-Nielsen, p. 386, fig. 8.88, 89;

- Ana Marina Escobar Castro - 55


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

fig. 51.25.
1998 Retecapsa crenulata (Black)- Bown, p. 108, est. 5.4, figs. 11; p. 180, est. 6.7,
fig. 7.

Cronoestratigrafia e localidade: Neotithoniano, Neoberriasiano-Albiano- Província de


Villa Clara; Valanginiano-Albiano, Campaniano-Província de Pinar del Rio;
Campaniano-Província de La Habana

Retecapsa octofenestrata Bralower in Bralower et al., 1989.


(Est. IV, fig. 3)

1989 Cretarhabdus octofenestrata Bralower, p. 212, est. 3, figs. 1-6.


1998 Retecapsa octofenestrata (Bralower)- Bown, p. 78, est. 4.13, fig. 23.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana; Neotithoniano


-Província de Villa Clara.

Prediscosphaeraceae Rood, et al., 1971.

Prediscosphaera Vekshina, 1959.


Espécie tipo: Prediscosphaera decorata Vekshina, 1959.
Prediscosphaera columnata (Stover, 1966) Perch-Nielsen, 1984.
(Est. IV, fig. 4)

1966 Deflandrius columnatus Stover, p. 141, est. 6, figs. 6-10, est. 9, fig.16.
1984 Prediscosphaera columnata (Stover) Perch-Nielsen, p. 43.
1985 Prediscosphaera columnata (Stover)- Perch-Nielsen, p. 393, figs. 61.11-13.
1998 Prediscosphaera columnata (Stover)- Bown, p. 108, est. 5.4, figs. 14-15; p.
124, est. 5.12, figs. 1-2; p. 176, est. 6.6, figs. 23a-b.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano-Província de Sancti Spiritus.

Prediscosphaera cretacea (Arkhangelsky, 1912) Gartner, 1968.


(Est. IV, figs. 5a-b)

1912 Coccolithophora cretacea Arkhangelsky, p. 410, est. 6, figs. 12-13 (apud


Gartner, 1968).
1968 Prediscosphaera cretacea (Arkhangelsky)- Gartner, p. 19, est. 2, figs. 10-14;
est. 3, fig. 8; est. 4, figs. 19-24; est. 6, figs. 14-15; est. 9, figs. 1-4; est. 14, figs.
20-22.
1985 Prediscosphaera cretacea (Arkhangelsky)- Perch-Nielsen, p. 393, figs. 61.3-6,
27.
1998 Prediscosphaera cretacea (Arkhangelsky)- Bown, p. 176, est. 6.6, figs. 17, 22.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana; Campaniano -


Província de Pinar del Rio.

Prediscosphaera intercisa (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Shumenko, 1976.


(Est. IV, fig. 6)
- Ana Marina Escobar Castro - 56
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

1985 Prediscosphaera intercisa (Deflandre)- Perch-Nielsen, p. 393, fig. 61.18.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

Prediscosphaera cf. P. grandis Perch-Nielsen, 1979a.


(Est. IV, fig. 7)

1979a Prediscosphaera grandis Perc-Nielsen, p.253, fig. 22, est. 2, fig. 8.


1998 Prediscosphaera grandis (Bukry)- Bown, p. 178, est. 6.6, fig. 21.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

Tubodiscaceae Bown & Rutledge in Bown & Young, 1997.

Manivitella Thierstein, 1971.


Espécie tipo: Cricolithus pemmatoideus Deflandre in Manivit, 1965.
Manivitella pemmatoidea (Deflandre in Manivit, 1965) Thierstein, 1971.
(Est. IV, fig. 8)

1965 Cricolithus pemmatoideus Deflandre in Manivit, p. 192,est. 2, figs. 8a-b.


1966 Cyclolithus gronosus Stover, p. 140-141, est. 1, figs. 1a-b, 2-3; est. 8, fig. 1.
1969 Apertapetra gronosa (Stover) Bukry, p. 26, est. 6, figs. 6-9.
1971 Manivitella pemmatoidea (Deflandre)- Thierstein, p. 480, est. 5, figs. 1-3.
1973 Watznaueria gronosa (Stover) - Risatti, p. 26, est. 3, fig. 15-16.
1976 Manivitella pemmatoidea (Deflandre)- Hill, est. 8, figs. 15-17; est. 14, figs. 18-
19.
1981 Manivitella pemmatoidea (Deflandre)- Smith, est. 10, figs. 1-6, 7-12.
1985 Manivitella pemmatoidea (Deflandre)- Perch-Nielsen, p. 372, figs. 40.14,15, 35.
1998 Manivitella pemmatoidea (Deflandre)- Bown, p. 108, est. 5.4, figs. 17-18; p.
124, est. 5.12, fig. 4; p. 180, est. 6.7, fig. 16.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoberriasiano, Aptiano-Albiano- Província de Villa


Clara; Neovalanginiano-Eobarremiano-Província de Pinar del Rio; Campaniano-
Província de La Habana.

ORDEM STEPHANOLITHIALES Bown & Young, 1997

Stephanolithiaceae Black, 1968.

Rotelapillus Noël, 1973.


Espécie tipo: Rotelapillus radians Noël, 1972.
Rotelapillus laffittei (Nöel, 1957) Nöel, 1973.
(Est. IV, figs. 9a-b)

1957 Stephanolithion laffittei Noël, p. 318-319, est. 2, figs. 5-6.


1968 Corollithion octoradiatum Gartner, p. 35-36, est. 6, figs. 5a-c; est. 10, figs. 14-15;
est. 11, figs. 7a-c; est. 22, fig. 19.
1973 Cylindralithus laffittei (Noël) - Noël, p. 95-96, fig. 46; est. 29, figs. 1-6.

- Ana Marina Escobar Castro - 57


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

1985 Rotelapillus laffittei (Noël)- Perch-Nielsen, p. 402, figs. 8.86-87; figs. 75.12-14.
1998 Rotelapillus laffittei (Noël)- Bown, p. 104, est. 5.2, figs. 16-17; p. 118, est. 5.9,
figs. 23-24.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

ORDEM WATZNAUERIALES Bown, 1987

Watznaueriaceae Rood et al., 1971.

Cyclagelosphaera Noël, 1965.


Espécie tipo: Cyclagelosphaera margerelii Noël, 1965.
Cyclagelosphaera deflandrei (Manivit, 1966) Roth, 1973.
(Est. IV, fig. 10)

1966 Cyclagelosphaera deflandrei Manivit, p. 268, fig. 1a-c.


1971 Watznaueria deflandrei (Manivit)- Reinhardt, p. 35, fifs. 40-41.
1973 Cyclagelosphaera deflandrei (Manivit)- Roth, p. 723, est. 26, fig. 7.
1976 Cyclagelosphaera deflandrei (Manivit)- Thierstein, est. 2, figs. 20-21.
1985 Cyclagelosphaera deflandrei (Manivit)- Perch-Nielsen, p. 370, figs. 40.10-11.
1998 Cyclagelosphaera deflandrei (Manivit)- Bown, p. 82, est. 4.15, figs. 4-5.

Cronoestratigrafia e localidade: Neotithoniano-Neoaptiano Província de Villa Clara;


Neovalanginiano-Eobarremiano-Província de Pinar del Rio.
Observações: A principal característica desta espécie que nos permite diferenciá-la
do resto, é uma pequena área central circular ou subelíptica e uma forte coloração
amarela embaixo de nicóis cruzados.

Cyclagelosphaera margerelii Noël, 1965.


(Est. IV, fig. 11)

1965 Cyclagelosphaera margerelii Noël, p. 8, figs. 45-46,48.


1973 Cyclagelosphaera puncta Black, p. 76, est. 25, fig. 13.
1985 Cyclagelosphaera margerelii (Noël)- Perch-Nielsen, p. 370, figs. 40.3,19.
1998 Cyclagelosphaera margerelii (Noël)- Bown, p. 66, est. 4.7, fig. 13; p. 82, est.
4.15, fig. 6; p. 110, est. 5.5, fig. 2; p. 180, est. 6.7, fig. 19.

Cronoestratigrafia e localidade: Neotithoniano-Albiano- Província de Villa Clara;


Berriasiano-Eocenomaniano, Campaniano- Província de Pinar del Rio; Campaniano-
Província de La Habana.

Watznaueria Reinhardt, 1964.


Espécie tipo: Watznaueria angustoralis Reinhardt, 1964.

Watznaueria barnesae (Black, 1959) Perch-Nielsen, 1968.


(Est. IV, fig. 12)

1959 Tremalithus barnesae Black in Black & Barnes, p. 325, est. 9, figs. 1-2 (apud

- Ana Marina Escobar Castro - 58


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Perch-Nielsen, 1968).
1964 Tergestiella barnesae (Black)- Reinhardt, p. 753.
1965 Actinosphaera deflandrei Noël, p. 133-134, fig. 48-49; est.18, figs. 4-8; est. 14,
figs. 2,6-8.
1966 Coccolithus paenepelagicus Stover, p. 139-140, est. 1, figs. 10a-b; est. 3, fig.
22b; est. 18, fig. 5.
1968 Watznaueria barnesae (Black )- Perch-Nielsen, p. 69, est. 22, figs. 1-7, est. 23,
figs. 1, 4, 5, 16.
1971a Caterella perstrata Black, p. 396, est. 30, fig. 3.
1971a Ellipsagelosphaera fossacincta Black, p. 398-399, est. 30, fig. 9.
1973 Calolithus formosus Black, p. 73-74, est. 24, figs. 8-9.
1973 Coptolithus virgatus Black, p. 75, est. 25, figs. 6-9.
1976 Watznaueria barnesae (Black)- Hill, est. 12, figs. 16-18, est. 15, figs. 21-24.
1981 Watznaueria barnesae (Black )- Smith, est. 14, figs. 14, 15, 16-24, 25, 26, 27-
35.
1985 Watznaueria barnesae (Black )- Perch-Nielsen, p. 372, figs. 40.23-24.
1998 Watznaueria barnesae (Black )- Bown, p. 68, est. 4.8, figs. 2, p. 82, est. 4.15,
figs. 23-24a; p. 180, est. 6.7, fig. 28.

Cronoestratigrafia e localidade: Neotithoniano-Albiano- Província de Villa Clara;


Neotithoniano-Turoniano, Campaniano- Província de Pinar del Rio; Campaniano-
Província de La Habana.

Watznaueria biporta Bukry, 1969.


(Est. V, fig. 1)

1969 Watznaueria biporta Bukry, p. 32, est. 10, figs. 8-10.


1971 Watznaueria cynthae (Bukry)- Worsley, p. 1314, est. 2, figs. 23-25.
1973 Watznaueria biporta (Bukry)- Thierstein, p. 43, est. 6, fig. 6.
1998 Watznaueria biporta (Bukry)- Bown, p. 110, est. 5.5, fig. 6; p. 124, est. 5.12,
fig. 16; p. 180, est. 6.7, figs. 21-22,26.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana.

Watznaueria manivitiae Bukry, 1973.


(Est. V, fig. 2)

1973 Watznaueria manivitiae Bukry, p. 877.


1998 Watznaueria manivitiae (Bukry)- Bown, p. 68, est. 4.8, fig. 8; p. 82, est. 4.15,
fig. 28.

Cronoestratigrafia e localidade: Neotithoniano-Neoaptiano- Província de Villa Clara;


Eocenomaniano, Campaniano-Província de Pinar del Rio.

Heterococcolitos de afinidade incerta

Haqius Roth, 1978.


Espécie tipo: Coccolithites circumradiatus Stover, 1966.

- Ana Marina Escobar Castro - 59


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Haqius circumradiatus (Stover, 1966) Roth, 1978.


(Est. V, fig. 3)

1966 Coccolithites circumradiatus Stover, p. 138, est. 5, figs. 2-4; est. 9, fig. 10.
1971 Esgia junior Worsley, p. 1310, est. 1, figs. 39-41.
1973 Cyclagelosphaera puncta Black, p. 76, est. 25, fig. 13.
1976 Markalius circumradiatus (Stover)- Perch-Nielsen, in Hill, p. 145, est. 8, figs.
20-27.
1978 Haqius circumradiatus (Stover)- Roth, p. 746.
1985 Haqius circumradiatus (Stover)- Perch-Nielsen, p. 371, fig. 40.25-28.
1998 Haqius circumradiatus (Stover)- Bown, p. 110, est. 5.5, figs. 11-12; p. 124, est.
5.12, figs. 29-30; p. 184, est. 6.9, fig. 26.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoberriasiano-Província de Villa Clara.

NANOLITOS

Braarudosphaeraceae Deflandre, 1947.

Braarudosphaera Deflandre, 1947.


Espécie tipo: Pontosphaera bigelowi Gran & Braarud, 1935.
Braarudosphaera batilliformis Troelsen & Quadros, 1971.
(Est. V, figs. 4a-b)

1971 Braarudosphaera batilliformis Troelsen & Quadros, p. 588, est. 7, figs. 100-102.
1985 Braarudosphaera batilliformis (Troelsen&Quadros)- Perch-Nielsen, p. 358, figs.
22.3, 4.

Cronoestratigrafia e localidade: Aptiano-Eocenomaniano-Província de Pinar del Rio.

Braarudosphaera regularis Black, 1973.


(Est. V, figs. 5a-b)

1973 Braarudosphaera regularis Black, p. 91, est. 28, fig. 10.


1985 Braarudosphaera regularis (Black)- Perch-Nielsen, p. 358, fig. 21.

Cronoestratigrafia e localidade: Neotithoniano, Neovalanginiano-Aptiano-Província


de Pinar del Rio; Neotithoniano-Província de Villa Clara.

Micrantholithus Deflandre in Deflandre & Fert, 1954.


Espécie tipo: Micrantholithus flos Deflandre, 1950.
Micrantholithus hoschulzii (Reinhardt, 1966) Thierstein, 1971.
(Est. V, fig. 6)

1966 Braarudosphaera hoschulzii Reinhardt, p. 42, est. 21, fig. 3.


1971 Micrantholithus hoschulzii (Reinhardt)- Thierstein, p. 482, est. 1, figs. 12-15.
1985 Micrantholithus hoschulzii (Reinhardt)- Perch-Nielsen, p. 358, fig. 21.
1998 Micrantholithus hoschulzii (Reinhardt)- Bown, p. 110, est. 5.5, fig. 18; p. 128,

- Ana Marina Escobar Castro - 60


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

est. 5.14, fig. 4.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoberriasiano-Neoaptiano-Província de Villa Clara;


Neovalanginiano-Eobarremiano- Província de Pinar del Rio.

Micrantholithus obtusus Stradner, 1963.


(Est. V, fig. 7a-b)

1963 Micrantholithus obtusus Stradner, p. 11, est. 6, figs. 11, 11a.


1966 Micrantholithus obtusus (Stradner)- Reinhardt, est. 21, figs. 1-2,4.
1972 Micrantholithus obtusus (Stradner)- Thierstein, p. 482, est. 5, fig. 9.
1985 Micrantholithus obtusus (Stradner)- Perch-Nielsen, p. 358, fig. 8.77, 78, fig. 21.
1998 Micrantholithus obtusus (Stradner)- Bown, p. 110, est. 5.5,fig. 19; p. 128, est.
5.14, figs. 5-6.

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Eobarremiano- Província de Pinar


del Rio; Neoaptiano-Província de Villa Clara.

Eoconusphaeraceae Kristan-Tollmann, 1988a.

Conusphaera Trejo, 1969.


Espécie tipo: Conusphaera mexicana Trejo, 1969.
Conusphaera mexicana mexicana (Trejo, 1969) Bralower, 1989.
(Est. V, fig. 8)

1969 Conusphaera mexicana Trejo, p. 6, est. 1, figs. 1-5; est. 2, figs. 2-8; est. 3,
figs. 1-7; est. 4, figs. 1-4.
1971 Cretaturbella rothii Thierstein, p. 483, est. 3, figs. 1-2,5.
1975 Conusphaera mexicana (Trejo)- Grün & Allemann, p. 195, est. 8, figs. 7-12.
1989 Conusphaera mexicana mexicana (Trejo)- Bralower, p. 228, est. 7, figs. 16-20.
1998 Conusphaera mexicana mexicana (Trejo)- Bown, p. 68, est. 4.8, figs. 13-15; p.
84, est. 4.16, figs. 3-4.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoberriasiano-Província de Villa Clara.


Observações: A principal diferença entre C. mexicana mexicana e C. rothii é a
proporção altura/ largura. Em exemplares da primeira esta proporção é maior do que
na segunda. A estrutura do eixo central em C. rothii apresenta uma forma trançada e
mais inclinada (alcançando 60°) do que em C. mexicana mexicana, em função disto,
a aparência ao microscópio ótico de ambas espécies é bem diferente.

Conusphaera rothii (Thierstein, 1971) Jakubowski, 1986.


(Est. V, fig. 9)

1971 Cretaturbella rothii Thierstein, p. 483, est. 3, figs. 1-2,5.


1985 Conusphaera mexicana (Thierstein)- Perch-Nielsen, p. 365, figs. 5.8-9; figs.
8.41-42; figs. 31.3-8, 10-11.
1986 Conusphaera rothii (Thierstein)- Jakubowski, p. 41, est. 1, figs. 24-26.
1998 Conusphaera rothii (Thierstein)- Bown, p. 128, est. 5.14, fig. 10.

- Ana Marina Escobar Castro - 61


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Eobarremiano- Província de Pinar


del Rio.
Observações: veja-se C. mexicana mexicana.

Microrhabdulaceae Deflandre, 1963.

Lithraphidites Deflandre, 1963.


Espécie tipo: Lithraphidites carniolensis Deflandre, 1963.
Lithraphidites bollii (Thierstein, 1971) Thierstein, 1973.
(Est. V, figs. 10a-b)

1971 Microrhabdulus bollii Thierstein, p. 481, est. 3, figs. 6-10.


1973 Lithraphidites bollii ( Thierstein)- Thierstein, p. 45.
1985 Lithraphidites bollii (Thierstein)- Perch-Nielsen, p. 373, fig. 8.70-71; figs. 42.1-2,
14-15.
1998 Lithraphidites bollii (Thierstein)- Bown, p. 130, est. 5.15, figs. 15-16,19.

Cronoestratigrafia e localidade: Neohauteriviano-Província de Villa Clara.

Lithraphidites carniolensis Deflandre, 1963.


(Est. V, fig. 11)

1963 Lithraphidites carniolensis carniolensis Deflandre, p. 3486, figs. 1-10 (apud


Hill, 1976).
1976 Lithraphidites carniolensis carniolensis (Deflandre)- Hill, est. 8, figs. 8-9; est.
14, figs. 15-16.
1981 Lithraphidites carniolensis carniolensis (Deflandre)- Smith, p. 55, est. 9, figs.
17-22, 23-26, 27, 28, 32, 33-36.
1985 Lithraphidites carniolensis carniolensis (Deflandre)- Perch-Nielsen, p. 373, figs.
8.80, 81; figs. 42.3-4.
1998 Lithraphidites carniolensis (Deflandre)- Bown, p. 112, est. 5.6, fig. 18; p. 130,
est. 5.15, figs. 17-18; p. 191, est. 6.12, figs. 16-18.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoberriasiano-Neohauteriviano- Província de Villa


Clara; Neovalanginiano-Albiano- Província de Pinar del Rio; Campaniano-Província
de La Habana.

Lithraphidites praequadratus Roth, 1978.


(Est. V, fig. 12)

1978 Lithraphidites praequadratus Roth, p. 749, est. 3, figs. 1-3, est. 8, figs. 7-10.
1998 Lithraphidites praequadratus (Roth)- Bown, p. 191, est. 6.12, figs. 19-20.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de La Habana.

Microrhabdulus Deflandre, 1959.


Espécie tipo: Lithraphidites carniolensis Deflandre, 1963.

- Ana Marina Escobar Castro - 62


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Microrhabdulus decoratus Deflandre, 1959.


(Est. VI, figs. 1a-b)

1959 Microrhabdulus decoratus Deflandre, p. 140-141, est. 4, figs. 1-5.


1964 Microrhabdulus decoratus (Deflandre)- Bramlete & Martini, p. 314, est. 6, figs.
1-2.
1985 Microrhabdulus decoratus (Deflandre)- Perch-Nielsen, p. 374, fig. 8.27-28;
figs. 43.17-19.
1998 Microrhabdulus decoratus (Deflandre)- Bown, p. 191, est. 6.12, figs. 32-34.

Cronoestratigrafia e localidade: Campaniano-Província de La Habana; Neocampaniano


-Província de Pinar del Rio.

Nannoconaceae Deflandre, 1959.

Nannoconus Kamptner, 1931.


Espécie tipo: Nannoconus steinmanni Kamptner, 1931.
Nannoconus globulus globulus (Brönnimann, 1955) Bralower et al., 1989
(Est. VI, figs. 2a-b)

1955 Nannoconus globulus Brönnimann, p. 37, est. 2, figs. 13, 18, 23.
1959 Nannoconus globulus (Brönnimann)- Deflandre, p. 134.
1960 Nannoconus globulus (Brönnimann)- Trejo, p. 285-287, est. 2, figs. 1-4.
1980 Nannoconus globulus (Brönnimann)- Deres & Achéritéguy, p. 16-17, est. 2,
figs. 5,15; est. 3, fig. 7; est. 4, fig. 15.
1989 Nannoconus globulus globulus (Brönnimann)- Bralower, p. 231, est. 8, fig. 24.

Cronoestratigrafia e localidade: Neotithoniano-Província de La Habana; Neotithoniano,


Aptiano-Província de Pinar del Rio; Aptiano-Albiano-Província de Villa Clara.
Observações: N. globulus globulus difere de N. circularis por apresentar uma forma
mais achatada e globular e uma pronunciada abertura basal. N. circularis,
entretanto, apresenta forma mais quadrangular e o canal central é muito mais largo.

Nannoconus steinmannii steinmannii Kamptner, 1931.


(Est. VI, fig. 3)

1931 Nannoconus steinmannii Kamptner, p. 288-297, figs. 2-3.


1960 Nannoconus steinmannii (Kamptner)- Trejo, p. 282, figs. 3a-f; est. 1, fig. 1; est.
3, figs. 1a-e.
1980 Nannoconus steinmannii (Kamptner)- Deres & Achéritéguy, p. 15, est. 2, figs.
2,8; est. 3, fig. 3.
1985 Nannoconus steinmannii (Kamptner)- Perch-Nielsen, p. 289, figs. 45.2-3.
1998 Nannoconus steinmnanii steinmnanii (Kamptner)- Bown, p. 112, est. 5.6, fig. 8;
p. 128, est. 5.14, figs. 21-22.

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Eobarremiano-Província de Pinar


del Rio; Aptiano-Albiano-Província de Villa Clara.
Observações: veja-se N.steinmannii minor.

- Ana Marina Escobar Castro - 63


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Nannoconus steinmannii minor (Kamptner, 1931) Deres & Achéritéguy, 1980.


(Est. VI, figs. 4a-b)

1931 Nannoconus steinmannii Kamptner, p. 288-297, figs. 2-3.


1980 Nannoconus steinmannii minor Deres & Achéritéguy, p. 16, est. 1, fig. 7.
1985 Nannoconus steinmannii minor (Deres & Achéritéguy)- Perch-Nielsen, p. 376,
fig. 45.40.
1998 Nannoconus steinmanii minor (Deres & Achéritéguy)- Bown, p. 84, est. 4.16, fig.
14.

Cronoestratigrafia e localidade: Neovalanginiano-Eobarremiano-Província de Pinar


del Rio; Neoberriasiano-Neohauteriviano, Aptiano-Albiano-Província de Villa Clara.
Observações: A principal diferença entre N. steinmanii minor e N.steinmanii
steinmanii é o tamanho. Exemplares da primeira são menores que da segunda e
apresentam o canal central um pouco mais largo.

Polycyclolithaceae (Forchheimer, 1972) emend. Varol, 1992.

Eprolithus Stover, 1966.


Espécie tipo: Lithastrinus floralis Stradner ,1962.
Eprolithus floralis (Stradner, 1962) Stover, 1966.
(Est. VI, figs. 5a-b)

1962 Lithastrinus floralis Stradner, p. 370-372, est. 2, figs. 1-11.


1966 Eprolithus floralis (Stradner)- Stover, p. 149, est. 7, figs. 4-7,9; est. 9, fig. 21.
1973 Rhombogyrus stellatus Black, p. 104, est. 32, figs. 5-7.
1985 Eprolithus floralis (Stradner)- Perch-Nielsen, p. 387, figs. 56.19-24.
1992 Eprolithus floralis (Stradner)- Varol, p. 103, est. 1, figs. 11-12; est. 6, fig. 16.
1998 Eprolithus floralis (Stradner)- Bown, p. 192, fig. 3.

Cronoestratigrafia e localidade: Aptiano-Província de Pinar del Rio.

Micula Vekshina, 1959.


Espécie tipo: Micula decussata Vekshina, 1959.
Micula praemurus (Bukry, 1973) Stradner & Steinmetz, 1984.
(Est. VI, figs. 6a-b)

1973 Tetralithus praemurus Bukry, p. 308, est. 2, figs. 6-9.


1978 Tetralithus praemurus (Bukry)- Proto Decima, est. 13, figs. 4-6.
1984 Micula praemurus (Bukry)- Stradner & Steinmetz, p. 595, est. 31, figs. 4,7.
1985 Micula praemurus (Bukry)- Perch-Nielsen, p. 390, figs. 58.13-14, 21.
1998 Micula praemurus (Bukry)- Bown, p. 192, est. 6.13, fig. 27.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de Pinar del Rio.

Micula staurophora (Gardet, 1955) Stradner, 1963.


(Est. VI, figs. 7a-b)

- Ana Marina Escobar Castro - 64


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

1955 Discoaster staurophorus Gardet, p. 534, est. 10, fig. 96.


1959 Micula decussata Vekshina, p. 71, est. 1, fig. 6; est. 2, fig. 11.
1963 Micula staurophora (Gardet)- Stradner, p.13, figs. 12a-c.
1982 Micula decussata (Vekshina)- Crux, p. 127, figs. 12-13.
1985 Micula decussata (Vekshina)- Perch-Nielsen, p. 390, est. 8, figs. 15-16; figs.
58.6-12, 28.
1992 Micula staurophora (Gardet)- Varol, p. 114, est. 4, figs. 6-12; est. 7, figs. 13-14.
1998 Micula staurophora (Gardet)- Bown, p. 192, est. 6.13, fig. 25.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de Pinar del Rio.

Micula swastica Stradner & Steinmetz, 1984.


(Est. VI, fig. 8)

1984 Micula swastica Stradner & Steinmetz, p. 595, est. 314, figs. 3-5, 6.
1985 Micula swastica (Bukry)- Perch-Nielsen, p. 390, figs. 58.4, 29.
1998 Micula swastica (Bukry)- Bown, p. 192, est. 6.13, fig. 26.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de La Habana.

Quadrum Prins & Perch-Nielsen in Manivit et. al., 1977.


Espécie tipo: Quadrum gartneri Prins & Perch-Nielsen in Manivit et. al., 1977.
Quadrum eneabrachium Varol, 1992.
(Est. VI, figs. 9a-b)

1992 Quadrum eneabrachium Varol, p. 108, est. 2, fig. 8; est. 7, figs. 6-7.

Cronoestratigrafia e localidade: Albiano-Província de Sancti Spiritus.


Observações: Embora a preservação do exemplar não seja boa, pode ser observada
a ausência do diafragma e os nove raios característicos desta espécie.

Radiolithus Stover, 1966.


Espécie tipo: Radiolithus planus Stover, 1966.
Radiolithus hollandicus Varol, 1992.
(Est. VII, figs. 1a-b)

1992 Radiolithus hollandicus Varol, p. 111, est. 3, figs. 9-14; est. 5, figs. 7-13.
1998 Radiolithus hollandicus (Varol)- Bown, p. 128, est. 5.14, figs. 28-29.

Cronoestratigrafia e localidade: Neoaptiano-Província de Villa Clara.

Radiolithus planus Stover, 1966.


(Est. VII, figs. 2a-b)

1966 Radiolithus planus Stover, p. 160, est. 7, figs. 22-24; est. 9, fig. 23.
1998 Radiolithus planus (Stover)- Bown, p. 192, est. 6.13, fig. 11.
Cronoestratigrafia e localidade: Aptiano-Província de Pinar del Rio.

- Ana Marina Escobar Castro - 65


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Uniplanarius Hattner & Wise, 1980.


Espécie tipo: Tetralithus gothicus Deflandre, 1959.
Uniplanarius sissinghii Perch-Nielsen, 1985.
(Est. VII, fig. 3)

1980 Uniplanarius gothicus (Deflandre)- Hattner & Wise, p. 68, est. 32, fig. 4;
est.42, figs. 4-5.
1985 Quadrum sissinghii Perch-Nielsen, p. 390, fig. 9; figs. 9, 13.
1992 Uniplanarius gothicus (Deflandre)- Varol, p. 113, est. 1, fig. 14; est. 6, fig. 2.
1998 Uniplanarius sissinghii (Perch-Nielsen)- Bown, p. 192, est. 6.13, figs. 16-17.

Cronoestratigrafia e localidade: Neocampaniano-Província de Pinar del Rio.

Polycyclolitos de afinidade incerta


Assipetra Roth, 1973.
Espécie tipo: Assipetra infracretacea Thierstein, 1973.
Assipetra terebrodentarius (Applegate et al. in Covington & Wise, 1987) Rutledge &
Bergen in Bergen, 1994.
(Est. VII, fig. 4)

1987 Rucinolithus terebrodentarius Applegate et al. in Covington & Wise, p. 632,


est. 17, figs. 7-8; est. 18, figs. 5-7; est. 19, figs. 1-4.
1994 Assipetra terebrodentarius (Applegate et al. in Covington & Wise)- Rutledge &
Bergen, p. 60.
1998 Assipetra terebrodentarius (Applegate et al. in Covington & Wise)- Bown, p.
106, fig. 13, p. 130, est. 5.15, figs. 2-3.

Cronoestratigrafia e localidade: Neohauteriviano-Província de Villa Clara; Aptiano-


Eocenomaniano- Província de Pinar del Rio.

Nanolitos de afinidade incerta


Kokia Perch-Nielsen, 1988.
Espécie tipo: Kokia borealis Perch-Nielsen, 1988.
Kokia curvata Perch-Nielsen, 1988.
(Est. VII, fig. 5)

1988 Kokia curvata Perch-Nielsen, p. 31, est. 1, figs. 11-13.


1998 Kokia curvata (Perch-Nielsen)- Bown, p. 130, est. 5.15, fig. 22.

Cronoestratigrafia e localidade: Neohauteriviano-Província de Villa Clara.

- Ana Marina Escobar Castro - 66


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

6.1.2- Neojurássico

6.1.2.1- Arcabouços bioestratigráficos

Alguns trabalhos, visando descrições taxonômicas e biozoneamentos para este


período podem ser mencionados. Inicialmente, a maioria deles, concentrou-se na
Europa; nesta região existem os depósitos jurássicos com melhor preservação e
exposição. Com o passar do tempo os estudos bioestratigráficos cobriram áreas
mais amplas, atingindo a África do Norte, Canadá e outras regiões. Referências
sobre trabalhos feitos nestas áreas são apresentadas em Bown (1998).
Para o Neojurássico, três grandes províncias nanoplanctônicas são
diferenciadas: a boreal, a tetiana e a austral (Bown, 1998). Segundo o critério de
Perch-Nielsen (1985), as diferenças observadas quanto à diversidade e intervalos de
ocorrência das espécies nestas áreas resultaram de uma seletiva preservação. Roth
(1983) sustentou que a dissolução dos carbonatos foi responsável pelas diferenças
na composição das associações nanofossilíferas da Europa e do Atlântico norte. Em
conseqüência destas diferenças foram desenvolvidos arcabouços bioestratigráficos
mais refinados e distintos para cada província.
Os bioeventos e biozonas mais usados e de melhor resolução para a província
tetiana, neste período de tempo, são os postulados por Roth (1983) e Bralower et al.
1989 , fig. 23. Porém, algumas discrepâncias dentro destes zoneamentos são
observadas. O desaparecimento da espécie Hexalithus noeliae tem sido reportado
por Thierstein & Roth (1983) e Bralower et al. (1989) em depósitos Berriasianos e
por outros autores (como Wind, 1978, site 391 do DSDP) em sedimentos do
Jurássico Superior. No site 534 do DSDP, esta espécie é encontrada junto a
Ragodiscus asper, Lithraphidites carniolensis, Nannoconus colomii e Polycostella
senaria na base do Cretáceo (Thierstein, 1973). De acordo com Roth (1983) o
desaparecimento de H. noeliae é reportada nos sedimentos do Portlandiano terminal
da Algéria, próximo ao limite do Jurássico/ Cretáceo. Este último autor considera que
esta espécie possui uma amplitude bioestratigráfica muito curta e, seguramente,
desapareceu em estratos eocretácicos.
Uma outra divergência se refere ao topo da biozona Hexapodorhabdus
cuvillieri. Roth (1983) identifica o topo desta biozona pela extinção de

- Ana Marina Escobar Castro - 67


THIERSTEIN (1976) ROTH (1983) BRALOWER et al. (1989) KAENEL & BERGEN (1996)
TEMPO Cosmopolita Atlântico Norte Atlântico Norte e Mediterrâneo Atlântico Norte

- Ana Marina Escobar Castro -


M.pemmatoidea
Nannoconus Rotelapillus
N.wintereri
colomii laffittei C.cuvil ieri C.surirellus
N.colomi S.colligata

CRETÁCEO
NJKc

BERRIASIANO
L.carniolensis P.senaria N.infans
N.colomii P.beckmannii L.carniolensis R.laffittei P.beckmannii R.laffittei
R.asper Umbria
V.compacta F.multicolumnatus M.pemmatoidea

NJK
B.cosntans granulosa.gran. R.asper
S C.crassus Zeugrhabdotussp.cf.Z.diplogrammus NJKb U.granulosa U.granulosa minor
D.patulus

Helenea chiastia
Zeugrhabdotussp.cf.Z.elegans N.globulusminor
A.cylindratus Hexalithus
Polycostella L.crucicentralis noeliae M.ellipticus P.furtiva
beckmannii Z.fissus NJK-A L.carniolensis
H.cuvil ieri H.chiastia H.noeliae N.compressus P.arata
P.senaria U.granulosaminor
M A.harrisonii Polycostella
D.patulus beckmannii
NJ-20b G.bukryi
P.beckmannii C.mexicana mexicana D.plethotretus
S.bigotii P.beckmannii S.quadriarculla?

TITHONIANO
E.primus

NJ-20
Nannoconussp.cf.N.colomii Hexapodorhabdus S.bigotii H.ellipticus

Conusphaera mexicana
Nannoconussp.cf.N.dolomiticus

JURÁSSICO
I Hexapodorhabdus cuvillieri
cuvillieri NJ20a
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Conusphaera mexicana C.mexicana minor


C.mexicana C.mexicana Zeugrhabdotus F.multicolumnatus
Z.embergeri embergeri
Staurolithites NJ-19b Z.embergeri M.quadratus
S stradneri Staurolithites
stradneri

KIMM.
NJ-19

Surgimento
Surgimento aproximado
Extinção
Eventos secundários

Figura 23: Compilação de biozonas e eventos biológicos de nanofósseis para o Neojurássico a partir de diversos autores.

68
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Stephanolithion bigotii e comenta que a primeira ocorrência de P. beckmanii pode


ser observado estratigraficamente abaixo Contudo Bralower et al. (1989) alegam
que, nos sites 105, 391C e 534A do DSDP, a extinção de S. bigotii acontece antes
do desaparecimento de P. beckmanii, utilizando-se deste último evento para
assinalar o topo desta biozona (Fig. 23).
Todavia, para o posicionamento estratigráfico de alguns bioeventos existe
concenso. A maioria dos autores colocam o surgimento de Zeugrhabdotus embergeri
próximo ao limite Kimmeridgiano/ Tithoniano. A primeira ocorrência de P. beckmannii
no Mesotithoniano, também é aceita pela maioria dos profissionais da área,
independentemente do posicionamento estratigráfico da extinção de S. bigotii.

6.1.2.1- Resultados bioestratigráficos

6.1.2.2.1- Nanofósseis

Foram analisadas 135 amostras (afloramentos MNP6, MNP7, MNP8, MNP9,


CRH16, LTM22 e MNP11) da Formação Artemisa, e LA30 da Formação Colorada
(Figs 41-45). Foram observados calcários recristalizados e folhelhos muitos
oxidados, fatos que influenciaram na má preservação dos nanofósseis. A partir dos
afloramentos MNP6, MNP7, MNP8, MNP9 e MNP11, não foram recuperados
nanofósseis. Nos outros afloramentos o conteúdo nanofossilífero variou de estéril a
pobre. O afloramento LA30 foi o mais útil para caracterizar este intervalo de tempo,
por ter maior número de amostras e a maior ocorrência de espécies, se comparado
com o restante dos afloramentos. Foram identificadas nove espécies, todas
possuindo uma ocorrência muito esporádica. A associação é caracterizada por
Cyclagelosphaera margerelii, Watznaueria barnesae, Watznaueria manivitae,
Retecapsa octofenestrata, Braarudosphaera regularis, Braarudoaphaera spp.,
Cyclagelosphaera deflandrei, Nannoconus globulus globulus, Nannoconus spp. e
Retecapsa spp. Retecapsa crenulata e Calcicalathina alta, as espécies cretácicas,
são consideradas como contaminação.
Em função da escassez de nanofósseis, não foi possível reconhecer nenhuma
biozona internacional; porém, algumas considerações podem ser feitas. As espécies
C. deflandrei e B. regularis apresentam amplitudes bioestratigráficas muito amplas e

- Ana Marina Escobar Castro 69


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

não são fósseis índices, as duas, todavia, surgem no Neojurássico (Perch Nielsen,
1985; Bown, 1998).
A primeira ocorrência do gênero Nannoconus é tida por vários autores
(Brönimann, 1955; Deres & Achéritéguy, 1972; Perch-Nielsen, 1985; Bown, 1998)
como neotithoniana. Além disso, este é o gênero mais empregado para auxiliar na
delimitação do limite Jurássico/Cretáceo. Nas pesquisas realizadas por Deres &
Achéritéguy (1980), a ocorrência da N. globolus globolus é posicionada no intervalo
Neotithoniano-Barremiano. Trejo (1960), por sua vez, dividiu depósitos jurássicos do
México em quatro biozonas (A, B, C, D). Na zona A, do Neotithoniano, reportou
escassos exemplares de N. steinmannii e N. globulus.
Segundo Bown (1992), no Tithoniano pode ser observado um acme da espécie
W. manivitae. Estratigraficamente logo acima, próximo ao limite Jurássico/Cretáceo ,
nota-se um declínio desta espécie além, de W. barnesae e W. britannica. Isso não
foi constatado neste trabalho.
Conclusivamente, poder-se-ia dizer que os afloramentos estudados não são
mais antigos do que mesotithoniano e nem mais novos do que o Berriasiano.
Corrobora esta datação a ausência de S. bigotii (que se extingue no início do
mesotithoniano segundo Roth 1983 e Bralower et al. 1989), e de N. steinmannii
steinmannii, L. carniolensis e R. angustiforata, espécies que surgem na base do
Berriasiano.

6.1.2.2-Outros microfósseis

Em Cuba, devido à ausência ou escassez de outros grupos fósseis, tem sido


muito utilizados para a datação dos sedimentos neojurássicos os calpionelidos,
cadosinidos e estomiosferidos. Neste intervalo de tempo a associação de
microfósseis estudada foi caracterizada pela presença de Cadosina fusca,
Committosphaera sp., Chitinoidella sp., Crustocadosina semiradiata, Colomisphaera
carpathica e outros exemplares de cadosinidos e estomiosferidos não identificados.
Segundo Fernández-Carmona (1998) todas estas espécies surgem nos sedimentos
de Cuba a partir do Tithoniano.
O gênero Colomisphaera sp., observado no afloramento LA30, surge no
Oxfordiano. Um único exemplar de Crustocadosina semiradiata olzae foi identificado

- Ana Marina Escobar Castro - 70


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

no afloramento LTM22, o mais antigo aparecimento desta espécie é colocado no


Tithoniano. A espécie C. semiradiata é encontrada nos sedimentos cubanos a partir
do Oxfordiano; a subespécie C. semiradiata olzae não tinha sido reportada até então
no Jurássico de Cuba.
Com base em microfósseis o Tithoniano é dividido por vários autores (Blanco-
Bustamante, arquivos internos do CEINPET; MyczyĔski & Pszczólkowski, 1994) em
três zonas: Zona Saccocoma (Eotithoniano); Zona Chitinoidella (Mesotithoniano) e
Zona Crassicollaria (Neotithoniano). A diferença entre estas biozonas, além dos
bioeventos de surgimento de cada gênero (Chitinoidella e Crassicollaria), é a
variação no conteúdo de radiolários e saccocomas: a quantidade de saccocomas é
muito maior na Zona Saccocoma e vão diminuindo ou desaparecendo para o topo
da zona de Crassicollaria. O contrário acontece com os radiolários: a ocorrência
deles aumenta para o topo do Tithoniano (Fig. 24).

ZONAS DE ZONAS DE OCORRÊNCIA DE MICROFÓSSEIS


IDADE FORMAÇÃO
AMONITOS MICROFÓSSÉIS sacoccomas radiolários didemnoides
NEO

Himalayites e CRASSICOLLARIA
Corongoceras
TITHONIANO

ARTEMISA
Lytohoplites
CHITINOIDELLA (Mb. Zarza)
carribeanus
EO

Pseudolissoceras
spp. SACCOCOMA

Figura 24: Biozonas e ocorrência de microfósseis durante o Tithoniano (MyczyĔski &


Pszczólkowski, 1994).

Levando estes aspectos em consideração, junto aos resultados obtidos com


base em nanofósseis, podem-se distinguir dois pacotes dentro do Neojurássico Fig.
25 :
9pacote do Tithoniano médio (MNP6, MNP7, MNP8, MNP9 e CRH16)-
caracterizado pela presença de Chitinoidella sp. com moderado conteúdo de
saccocomas e escassa ou total ausência de radiolários. Ausência dos gêneros
Braarudosphaera e Nannoconus (nanofósseis calcários)
- Ana Marina Escobar Castro - 71
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

ESTE TRABALHO Localização geológico/geográfica e ocorrências dos bioeventos de


ANDAR nanofósseis nas diferentes UTEs

MAASTRICHTIANO
S

E.eximius Bacia Vegas e Mercedes, Formação Via Blanca, afloramento J25


S E.pospichali L.praequadratus Bacia Vegas e Mercedes, Formação Peñalver, afloramento P24
U.sissinghii, M.decoratus M.staurophora, M.praequadratus, S.interger UTE Placetas, Formação Carmita, afloramento CRH21
CAMPANIANO

I
CENOMANIANO TURONIANO CONICIANO SANTONIANO

S
I
S
I
S
M
I
S
CRETÁCEO

M
I T.gabalus UTE Camajuaní, FormaçãoAlunado, afloramento Cl27
S P.columnata, S.gausorhethium UTE Camajuaní, FormaçãoAlunado, afloramento Cl27
E.turriseiffeli UTE Camajuaní, FormaçãoAlunado, afloramento Cl27
ALBIANO

I
G.operio, C.alta, C.ehrenbergii UTE Placetas, Formação Carmita, afloramento SSD18
M.houschulzi , N.steinmannii steinmannii, N. globulus globulus R.planus UTE Placetas, Formação Santa Teresa, afloramento Lb31; Formação Carmita, afloramento SSD18
S
R.angustus
R.hollandicus UTE Placetas, Formação Santa Teresa, afloramento LB31
APTIANO

I
HAUTERIVIANO BARREMIANO

S
I
A.terebrodentarius UTE Placetas, Formação Morena, afloramento LB31
S
L.bolli N.steinmannii minor UTE Placetas, Formação Morena, afloramento LB31
I
P.fenestrata
C.rothii
TITHONIANO BERRIASIANO VALANGINIANO

S
N.steinmannii monir
C.oblongata Z.diplogrammus UTE Rosário, Formação Polier, afloramento SSD17
I
R.crenunalata
H.circumradiatus L.carniolensis UTE Placetas, Formação Ronda, afloramento LB31
S R.asper
R.angustiforata M.housshulzi UTE Placetas, Formação Ronda, afloramento LB31
I
Micrantolithus sp
C.mexinana mexicana
JURÁSSICO

S Nannoconus globulus globulus UTE Rosário, FormaçãoArtemisa, afloramentos LMT22 e La30


Braarudosphaera regularis
M
Surgimento
Extinção
Presença

Figura 25: Eventos de nanofósseis reconhecidos neste trabalho e lugares de ocorrência.

- Ana Marina Escobar Castro -


72
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

9pacote Tithoniano superior (LTM22, MNP11 e LA30)- caracterizado pela


escassez ou ausência de sacoccomas, abundantes radiolários e a presença dos
gêneros de nanofósseis Nannoconus e Braarudosphaera.

6.1.3- Eocretáceo

6.1.3.1- Resultados bioestratigráficos

Foram analisadas 251 amostras dos afloramentos LTM22a, MNP12, LB31,


MNP15, SSD1, SSD17, LM28, CA29, SSD18, CL27, LTM23, e LT 37. A preservação
foi um pouco melhor que a observada no Jurássico. O conteúdo nanofosilífero nos
afloramentos LTM22a, MNP15 e LT37 foi nulo; nos outros afloramentos variou de
estéril a comum (Figs. 46-56).
Os bioeventos observados para este período de tempo, nos sedimentos
cubanos, não se encaixam completamente dentro de um único arcabouço
bioestratigráfico. Por essa razão foram utilizadas informações de vários
zoneamentos (Fig. 26).
A associação típica eocretacea é caracterizada por táxons cosmopolitas de
grande amplitude estratigráfica, tais como: W. manivitae, W. barnesae, C. deflandrei,
C. margerelii, Zeugrhabdotus erectus, Z. embergeri, Percivalia fenestrata, R. asper,
Retecapsa. angustiforata e Helenea chiastia. São encontrados também táxons de
afinidade tetiana: Conusphaera mexicana mexicana, Conusphaera rothii, C. alta,
Calcicalathina oblongata, Eprolithus floralis, Lithraphidites bollii, Micrantolithus
houschulzii, Micrantolithus obtusus, Zeugrhabdotus diplogrammus, N. globulus
globulus, N. steinmannii steinmannii e N. steinmannii minor.
O perfil mais representativo para caracterizar o Neocomiano é o LB31. As
análises feitas indicam a existência de dois intervalos limitados por superfícies de
descontinuidade. Nos outros afloramentos foram observadas espécies com
amplitudes bioestratigráficas muito amplas, que não permitem subdividir o
Eocretáceo.
O intervalo situado entre a primeira ocorrência de R. angustiforata e a primeira
ocorrência de H. circumradiatus caracteriza o Neoberriasiano (Bown, 1998). Este
intervalo (LB31-1-14) compreende as zonas CC2 de Sissingh (1977) e NK-2 de

- Ana Marina Escobar Castro 73


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

THIERSTEIN (1976) SISSINGH (1977) PERCH-NIELSEN (1979;1985) ROTH (1983) APPLEGATE & BERGEN (1988) ERBA (1988) BRALOWER et al. (1989)
ANDAR Cosmopolita Europa-Tunísia Cosmopolitan Atlântico Norte Tétis Itália Atlântico Norte e Mediterrâneo

C.kennedyi, W.britannica Eiffellithus


Eiffellithus Eiffellithus Hayesites turriseiffelii
S turriseiffelii turriseiffelii E.turriseiffeli
H.albiensis, C.anglicum NC10 albiensis Rhagodiscus
CC9
E.turriseiffeli E.turriseiffeli E.turriseiffeli E.turriseiffeli E.turriseiffeli achlyostaurion R.achlyostaurion
Axopodorhabdus
albianus Tranolithus Axopodorhabdus
M NC9 phacelosus B.magnum
A.albianus albianus P.cretacea
Prediscosphaera A.albianus
columnata T.phacelosus, C.signum, T.phacelosus

ALBIANO
P.albianus Cribrosphaerella Prediscosphaera
CC8
cretacea Braarudosphaera
NC8 africana Prediscosphaera
I cretacea
P.cretacea P.cretacea P.columnata P.cretacea P.columnata
B.africana C.ehrembergii
C.mexicana, M. obtusus Ragodiscus Rhagodiscus Nannoconus
P.columnatra Z.xenotus
E.antiquus angustus angustus regularis N.regularis N.truittii rectangularis
S Chiastozygus NC7 Rhagodiscus A.infracretacea N.incospicuus
R.angustus litterarius M.houschulzi R.angustus R.angustus, E.floralis E.floralis angustus R.angustus R.planus
CC7 /obtusus
E.floralis E.floralis Chiastozygus N.globulus Hayesites E.floralis C.striatus
litterarius Chiastozygus

APTIANO
I N.bermudezi irregularis litterarius F.oblongus
R.irregularis C.litterarius C.platyrhethus, R.irregularis NC6 R.irregularis R.irregularis Z.elegans
C.litterarius, B.matalosa
C.litterarius Micrantholithus N.bermudezi N.truitti Micrantholithus
S N.colomii hoschulzii N.steinmannii Watznaueria N.colomii, C.mexicana hoschulzii
C.oblongata CC6 C.oblongata C.oblongata oblonga C.oblongata C.oblongata
L.bolli NC5 R.irregularis Lithraphidites
I Lithraphidites S.colligata bollii S.colligata

CRETÁCEO
C.cuvil ieri bollii C.cuvil ieri O.polytretus P.madingleyensis Speetonia
S CC5 T.septentrionalis D.placinum colligata
S.colligata S.colligata, C.cuvil ieri Cruciellipsis S.angustus L.bolli
L.bolli Cretarhabdus L.bolli C.tenuis Eiffellithus
I loriei E.antiquus cuvillieri
H.radiatus striatus

HAUTERIVIANO BARREMIANO
CC4 C.loriei, C.striatus NC4 E.striatus
C.loriei R.infinitus
M.speetonensis T.verenae, D.rectus
D.rectus Calcicalathina D.rectus Tubodiscus verenae
N.bermudezi T.verenae
M.speetonensis, T.verenae Diadorhombus rectus
N.broennimannii, C.deflandrei B.ambiguus Eiffellithus Tubodiscus
S oblongata R.wisei windii verenae
D.rectus CC3 D.rectus NC3 T.verenae W.oblonga
H.circumradiatus E.windii NK-3B R.wisei
C.oblongata C.oblongata C.oblongata D.rectus, C.oblongata
NK-3

Tubodiscus Rucinolithus E.windii


M.obtusus
oblongata

N.broennimannii verenae wisei


C.oblongata NK-3A C.oblongata
I Retecapsa
S.colligata Percivalia T.verenae
Retecapsa neocomiana C.salebrosum fenestrata T.jurapelagicus
crenulata S.colligata NC2 G.meddii Retecapsa NK-2B P.fenestrata U.granulosa
NK-2

CC2 angustiforata Assipetra E.primus R.wisei


Retecapsa Calcicalatina

R.angustiforata infracretacea
angustiforata

S NK-2A R.angustiforata D.rectus


Nannoconus
R.angustiforata C.crenulatus R.crenulata R.neocomiana C.cuvil ieris.str. R.angustiforata steinmannii steinmannii
N.winterei N.kamptnerikamptneri
Nannoconus C.conicus NK-1 N.steinmannii steinmannii
P.beckmannii colomii Nannoconus A.infracretacea
Nannoconus R.laffittei Nannoconus steinmannii minor H.noelae
I steinmannii Lithraphidites N.globulus NJKd N.steinmannii minor
NJK

N.colomii C.cuvil ieri, M.obtusus, P.senaria carniolensis N.colomii steinmannii Rotelapillus laffittei H.circumradiatus
chiastia

CC1
Helenea

BERRIASIANO VALANGINIANO
L.carniolensis L.carniolensis, R.laffittei, N.steinmannii NC1 L.carniolensis R.crenulata NJKc R.octofenestrata

Surgimento
Surgimento aproximado
Extinção
Eventos secundários

Figura 26: Compilação de biozonas e eventos biológicos de nanofósseis para o Eocretáceo a partir de diversos autores.

- Ana Marina Escobar Castro -


74
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Bralower et al. 1989 . Foi observada, também, a ocorrência das espécies R.


crenulata, L. carniolensis, M. houschulzii, Micrantolithus sp., C. mexicana mexicana e
R. asper Fig. 25 .
Com relação à única ocorrência de C. oblongata, observada no afloramento
SSD17, fica difícil qualquer inferência a respeito do posicionamento
cronoestratigráfico; a amplitude dessa espécie é usada por Sissingh (1977) e Roth
(1983) para datar o Neovalanginiano-Eobarremiano, incluindo várias biozonas dentro
deste intervalo (CC3, CC4, CC5- NC3, NC4).
A presença de um único exemplar de Lithraphidites bollii foi observada na
amostra LB31-44. Com esta única ocorrência é difícil definir o bioevento como de
surgimento ou extinção. Entretanto, a ocorrência de Assipetra terebrodentarius seria
um datum coadjuvante para definir a extinção de Lithraphidites bollii, sendo possível
posicionar estes dois eventos no Neohauteriviano (Bown, 1998) no intervalo
LB3124-42. Também é encontrado N. steinmannii minor, que foi reportada
originalmente no Neotithoniano-Valanginiano de Europa, África e América do Norte
(Deres & Achéritéguy, 1980). Não entanto, Pszczolkowski (1999) e MczyĔski &
Pszczólkowski (1994), encontraram esta espécie posicionada no Hauteriviano-
Barremiano, podendo chegar ao Eoaptiano, nos sedimentos de Cuba ocidental Fig.
25 .
O intervalo neo-aptiano (LB31-43-53) é limitado na base por uma superfície de
discordância. A primeira ocorrência de Radiolithus hollandicus (Varol, 1992) e a
última ocorrência de M. houschulzii sugerem esta idade. A presença de Rhagodiscus
angustus indica sedimentos mais novos do que neo-aptiano. Uma só ocorrência de
N. steinmannii steinmannii foi encontrada na amostra 44.
Embora não seja possível utilizar a presença de R. angustus como um evento
de extinção, é interessante destacar que ele ocorre bem perto da extinção de
Micrantolithus. Relação similar entre essas espécies foi constatada por Escobar
(2001) nos sedimentos da Formação Mata, marcando uma discordância no limite
Aptiano-Albiano. Alguns autores assinalam que a extinção desta espécie representa
um evento Barremiano-eoaptiano (Thierstein, 1976; Sissingh, 1977; Cobianchi et al.,
1997); já outros a posisionam no neo-aptiano (Bralower, 1987; Erba, 1988;
Applegate & Bergen, 1988). Este intervalo é correlacionável com a parte superior da
biozona Micrantolithus sp. (Escobar, 2001).

- Ana Marina Escobar Castro 75


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Não foi possível definir com exatidão o limite Aptiano/ Albiano no


afloramento SSD18. Escobar (2001) e Blanco-Bustamante (1999) também tiveram
dificuldades para definir este limite nos sedimentos da margem norte continental de
Cuba. Esta passagem não é bem registrada, existindo um hiato erosivo neste
intervalo, associado a uma queda do nível do mar. A última ocorrência de N.
steinmannii steinmannii, N. globulus globulus e o surgimento de Radiolithus planus
são usados para definir o topo do Aptiano. A primeira ocorrência de R. planus é
posicionada por Bown (1998) no início do Albiano; todavia, Varol (1992) coloca este
evento no final do Aptiano. A associação de Cribrosphaera ehrenbergii e Gorkae
operio sugere Albiano indiferenciado.
No afloramento CL27 (Anexo 3) foi possível reconhecer um intervalo neo-
albiano-eocenomaniano. A associação de Eiffellithus turriseiffellii, C. alta,
Prediscosphaera columnata, G. operio e Staurolithites gausorhethium marca a parte
terminal do Albiano, correspondente à zona CC9a de Sissingh (1977). Propõe-se um
intervalo eo-mesocenomaniano (CL27-86-104) com o surgimento de Tranolithus
gabalus (Bown, 1998). O desaparecimento da espécie S. gausorhethium é
posicionada por Bown (1998) na parte inferior da zona CC10a de Sissingh (1977),
marcando o topo do mesocenomaniano Fig. 25 .

6.1.4- Neocretáceo

6.1.4.1- Resultados bioestratigráficos

Foram analisadas 45 amostras dos afloramentos MNP13, JH33, J25, P24,


SSD2, SSD3, SSD4, SSD5 e CRH21. O conteúdo nanofossilífero nos afloramentos
SSD2, SSD3, SSD4 e SSD5 foi nulo; nos afloramentos CRH21, J25 e P24 foi
bastante variável (Figs. 57-62). Na figura 27 são apresentadas as diversas biozonas
que auxiliaram nas inferências bioestratigráficas para este intervalo de tempo.
As espécies encontradas são: Micula staurophora, Micula praemurus,
Microrhabdulus decoratus, Micula swastica, Uniplanarius sissinghii, Staurolithites
integer, Eiffellithus pospichalii, Lithraphidites praequadratus, Arkhangelskiella
confusa, Placozygus fibuliformis, Eiffellithus eximius, C. ehrenbergii, Eiffellithus
gorkae, Quadrum sp., E. turriseiffelii, Prediscosphaera cretácea, Broinsonia enormis,

- Ana Marina Escobar Castro - 76


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

THIERSTEIN (1976) SISSINGH (1977) VERBEEK (1977) ROTH (1978) PERCH-NIELSEN (1979;1985) STRADNER & STEINMETZ (1984) Burnett in Bown (1998)
ANDAR Cosmopolita Europa-Tunísia Tunísia, França, Espanha Atlântico Norte Cosmopolitan África ocidental Oceano Índico

Nephrolithus N.frequens L.maleformis Nephrolithus M.prinsii M.prinsii


M.murus frequens Micula frequens Micula
S CC26 N.frequens murus NC23 N.frequens, M.murus N.frequens, C.kamptneri murus N.miniporus
Arkhangelskiella M.murus L.arcuatus Lithraphidites M.murus C.kamptneri
N.frequens cymbiformis quadratus M.murus, L.quadratus A.octoradiata
Lithraphidites quadratus B.parca NC22 L.quadratus M.murus Petrarhabdus
CC25 R.levis L.quadratus L.quadratus R.levis
L.quadratus Reinhardtites Arkhangelskiella R.levis P.quadrata
levis cymbiformis T.orionatus, A.scotus C.completum
CC24 Lithraphidites L.quadratus
I T.phacelosus praequadratus T.phacelosus, U.trifidus U.trifidus, U.gothicus
U.sissinghii NC21 U.trifidus, B.parca, U.gothicus
Tranolithus A.sxotus

MAASTRICHTIANO
phacelosus Uniplanarius B.enormis L.praequadratus A.parcus B.parca constricta
CC23 trifidum E.eximius E.eximius, R.anthophorus
R.hayii Uniplanarius Uniplanarius N.corystus
R.anthophorus R.anthophorus, E.eximius trifidus C.daniae
trifidus Z.biperforatus * S.primitivum
Uniplanarius NC20 R.levis
trifidus B.coronum Nannoconus *
S CC22
L.gril i U.trifidus E.parallelus
U.trifidus U.trifidus
U.trifidus U.trifidus C.arcuatus C.nieliae
Uniplanarius Uniplanarius L.quadritrifidus Uniplanarius U.sissinghii R.levis, L.praequadratus *
sissinghii sissinghii M.belgicus Ceratolithoides gothicus L.gril i
U.sissinghii CC21 U.sissinghii U.sissinghii acueleus U.sissinghii Uugothicus Q.svabeckae
Ceratolithoides NC19 H.gardetae H.circumradiatus *
aculeus
Ceratolithoides Ceratolithoides B.notaculum U.trifidus
CC20 aculeus C.aculeus acueleus C.aculeus
C.aculeus C.aculeus C.aculeus C.aculeus Z.biperforatus
Calculites Broinsonia M.undusus B.hayi
ovalis K.magnificus G.coronadventis B.hayi parca R.levis
CC19 Broinsonia C.rotaclypeata L.gril i M.furcatus M.undusus
M.furcatus M.furcatus

CAMPANIANO
I parca Broinsonia C.aculeus C.verbeekii
Aspidolithus R.Anthophorus M.furcatus C.verbeekii Eiffellithus B.hayi
parcus A.specil ata parca B.hayi B.notaculum
CC18 NC18 eximius M.pleniporus B.parca constricta
A.parcus B.parca A.parcus B.parca
Calculites Zeugrhabdotus
E.floralis S.mielnicensis B.parca parca
obscurus E.floralis *

CRETÁCEO
A.parcus spiralis
CC17 C.obscurus Z.spiralis L.quadritrifidus B.parca C.obscurus, E.floralis A.cymbiformis
Lucianorhabdus
cayeuxii Rucinolithus R.reniformis B.magnum, B.dissimilis
S CC16 hayi obscurus Z.noeliae
L.cayeuxii R.hayi L.arcuatus Calculites
Micula concava L.cayeuxii Z.diplogrammus *
Reinhardtites Q.nitidum L.septenarius Marthasterites L.septenarius
anthophorus Micula NC17 furcatus
I CC15 R.anthophorus concava C.obscurus, M.concava R.anthophorus, L.gril i , M.concava
C.obscurus Micula M.concava Broinsonia lacunosa L.cayeuxii
staurophora Broinsonia lacunosa NC16
P.grandis
B.lacunosa B.lacunosa Q.gartneri
S CC14 M.staurophora Marthasterites M.decussata
Marthasterites furcatus Marthasterites L.septenarius R.anthophorus L.gril i
CC13 furcatus
B.furtiva furcatus M.staurphora R.achlyostaurion *
I M.furcatus M.furcatus M.furcatus M.decussata NC15 M.furcatus, E.eximius M.furcatus M.furcatus B.parca expansa
Lucinorhabdus Kamptnerius E.eximius, K.magnificus
maleformis Eiffellithus Liliasterites
S magnificus angularis Z.biperforatus B.melaniae
CC12 L.maleformis eximius E.eximius NC14 K.magnificus L.maleformis, E.eximius L.angularis, E.eximius
M.staurophora L.compactus L.septenarius, M.furcatus Q.gartneri
M Quadrum A.octoradiata L.acutum Micula E.moratus
Quadrum C.obscurus R.asper não determinado E.apertior
Q.obliquum gartneri gartneri staurophora H.chiastia
I CC11 C.serratus NC13 M.staurophora, Q.gartneri E.octopetalus
Q.gartneri Q.gartneri Gartnerago Q.gartneri Q.intermedium
Gartnerago obliquum Q.gartneri A.albianus C.sculpus
S Microrhabdulus obliquum NC12 G.oblicuum Lithraphidites G.oblicuum L.acutus Z.xenotus *
decoratus G.oblicuum Lithraphidites L.acutus M.chiastius acutus L.acutus G.segmentatus
CC10 Lithraphidites M.decoratus P.columnata acutus C.striatus P.cretacea *
M M.decoratus acutus L.acutus P.cretacea L.alatus NC11 L.acutus M.decoratus, L.acutus L.acutus C.kenneky H.anceps
L.alatus Eiffellithus Eiffellithus L.acutus S.gausorhethium *
Eiffellithus C.exiguum C.biarcus H.chiastia Eiffellithus W.britannica
turriseiffelii turriseiffelii turriseiffelii turriseiffelii

CENOMANIANO TURONIANO CONICIANO SANTONIANO


I CC9 C.completum NC10 C.kennedy

Surgimento
Surgimento aproximado
Extinção
Eventos secundários
Evento observado na Europa
*
Figura 27: Compilação de biozonas e eventos biológicos de nanofósseis para o Neocretáceo a partir de diversos autores.

- Ana Marina Escobar Castro -


77
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

B. regularis, Braarudosphaera batilliformis, Chiastozygus litterarius, Prediscosphaera


intercisa, Flabellites oblongus, L. carniolensis, W. barnesae, C. margerelii,
Discorhabdus ignotus, Tranolithus minimus, Tetrapodorhabdus decorus, Tranolithus
orionatus, R. asper, R. crenulata. Espécies do Eocretáceo foram encontradas
retrabalhadas.
Com relação à única ocorrência de B. batilliformis, observada no
afloramento MNP13, fica difícil qualquer inferência ao respeito do posicionamento
cronoestratográfico; a amplitude dessa espécie segundo Perch-Nielsen (1985) é
Aptiano-eocenomaninao.
Quanto às seqüências pós-Cenomaniano, não foi possível, com base em
nanofósseis, caracterizar os depósitos do Coniaciano-Santoniano. Nos afloramentos
CRH21, J25 e P24 foi reconhecido um intervalo Campaniano-Maastrichtiano.
A presença de U. sissinghii (CRH21) sugere neocampaniano/ eomaastrichtiano
(parte inferior), dentro das biozonas CC21-CC23 de Sissingh (1977). Segundo vários
autores, U. sissinghii surgiu no neocampaniano, dentro da zona CC21 de Sissingh
(1977), ou da biozona U. sissinghii de Verbeek (1977). Burnett (1998) posiciona este
bioevento um pouco mais abaixo, na zona CC20 de Sissingh (1977). É observada,
ainda, a presença de E. eximius (J25), que permite restringir este intervalo ao
neocampaniano (Perch-Nielsen, 1985; Burnett, 1998), fig. 25.
As ocorrências de L. praequadratus e E. pospichalii são usadas para definir o
neo-aptiano no afloramento P24. Também são observadas espécies com surgimento
no Coniciano-Santoniano, como A. confusa e Micula swastica. Por existir durante
este intervalo de tempo uma grande discordância nos depósitos cubanos, poderia
ser inferido que estas espécies caracterizam também o Campaniano-Maastrichtiano.
Pode-se concluir que todos os bioeventos, desde o surgimento de U. sissinghii até a
extinção de E. eximius, se ajustam dentro das zonas CC21-CC22 de Sissingh (1977)
ou das biozonas NC19 e parte inferior de NC20 de Roth (1978).

- Ana Marina Escobar Castro 78


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

6.2- Microfácies carbonáticas

Do ponto de vista petrográfico e tomando-se como base as classificações


de Dunham (1962) e Embry & Klovan (1971), constatou-se que as rochas
investigadas no presente trabalho incluem mudstones, wackestones, grainstones,
packstones, floatstones e rudstones. Correspondem, portanto, a carbonatos
acumulados em meio marinho aberto (ambiente pelágico), que são dominantes nas
seções analisadas, e em meio plataformal raso. Margas pelágicas também são
comuns.
Na maioria das lâminas foi constatada uma alta presença de estilolitos.
Estas estruturas constituem superfícies geradas por dissolução por pressão, no
processo de compactação. Nestas superfícies foram acumulados óxidos (pirita),
argilas e matéria orgânica. Foram encontrados estilolitos de pequena e grande
amplitude, em forma de aglomerados (swarms), assim como em forma de estruturas
estilolaminadas (stylolaminated). Esta laminação de suturas escuras são resultado
de um elevado conteúdo de argila ou matéria orgânica. Padrões similares são
observados nos calcários jurássicos da Alemanha (Flügel, 2004). Os estilolitos
freqüentemente encontram-se associados a intenso fraturamento das rochas.

6.2.2- As microfácies do Jurássico Superior-Cretáceo de Cuba.

A partir do reconhecimento qualitativo e quantitativo do conjunto de grãos


formadores das rochas, da sua textura deposicional e de algumas feições da fábrica
(e.g., redeposição, retrabalhamento, nível de bioturbação, etc) foi possível verificar a
existência de 19 microfácies, segundo dois padrões microfaciológicos principais: os
de natureza pelágica e os de águas rasas.
A posição cronoestratigráfica das microfácies reconhecidas neste trabalho é
apresentada na Figura 28, enquanto que a relação afloramentos & microfácies é
vista na fig. 29.

- Ana Marina Escobar Castro 79


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

MICROFÁCIES Tithoniano-Neocomiano Aptiano-Maastrichtiano


silicosa PLS
PLSC1
PLSC2
sílico-
PELÁGICO
PLSC3
calcária
PLSC4
PLSC5
PLSC6
PLC1
calcária PLC2
PLC3
AR1
AR2
AR3
ÁGUA RASA

AR4
AR5
AR6
AR7
AR8
AR9

Figura 28: Distribuição temporal das microfácies carbonáticas reconhecidas neste trabalho. A
cor cinza mostra a existença e a cor branca ausencia.

Figura 29: Distribuição das microfácies carbonáticas por afloramentos.


- Ana Marina Escobar Castro - 80
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

6.2.2.1-As microfácies pelágicas (PL)

Considerando-se os principais organismos planctônicos encontrados nas


amostras, foram reconhecidas 10 microfácies pelágicas enquadradas em 03 grupos
microfaciológicos: PLS, PLSC e PLC.
A microfácies PLS (pelágico silicosa) corresponde a mudstones e margas
compostos exclusivamente por elementos silicosos: radiolários e espículas de
esponjas.
O grupo das microfácies PLSC (pelágico sílico-calcárias) está representado
por mudstones, wackestones e margas dominados por organismos pelágicos
calcários e silicosos (radiolários, foraminíferos planctônicos, calcisferas) e inclui 06
microfácies (PLSC 1 a PLSC 6).
O grupo das microfácies PLC (pelágico calcárias) são mudstones,
wackestones e margas dominados por organismos pelágicos calcários (foraminíferos
planctônicos, calcisferas e crinóides) e inclui três microfácies distintas (PLC1 a
PLC3).

6.2.2.1.1-Descrição

Microfácies pelágico silicosa

PLS- mudstones e margas com uma biota constituída exclusivamente por


radiolários esféricos e lenticulares, espículas de esponjas monoaxiais e ausência
completa de componentes bentônicos. Podem ser encontrados, em alguns níveis,
pirita e quartzo detrítico disseminados na matriz. As rochas estão fortemente
fraturadas e com abundantes estilolitos. Esta microfácies é detectada nos
afloramentos com idade pré-turoniana e refere-se a ambiente batial. Pode ser
correlacionada com a microfácies SMF1 de Wilson (1975). Figs. 30 a-g.

Microfácies pelágico sílico-calcárias

PLSC1- rochas micríticas (mudstones, wackestones) e margas dominadas


por radiolários e crinóides (Saccocoma). Podem ser encontrados, também,
fragmentos de equinóides, pelecípodes, amonitos e inoceramidos. É observado, em

- Ana Marina Escobar Castro - 81


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

a b
a) Mudstone-wackestone com radiolários nasselários e b) Wackestone com radiolários nasselários e
espumelários e espículas de esponjas. Amostra LA30- espumelários. Amostra LA30-68- Província de Villa
19-Província de Villa Clara. Neotithoniano. Escala 200 Clara. Neotithoniano. Escala 200 µm.
µ m.

d e

c f g
c) Margas ricas em radiolários com fraturas preenchidas d,e,f,g) Diversos tipos de radiolários esféricos,
por calcita. Amostra LB31-25- Província de Villa Clara. constituintes da microfácies PLS. Escala 100 µm.
Berriasiano-Barremiano. Escala 400 µm.

h i
h) Marga com abundantes Saccocoma e radiolários, i) Wackestone mostrando diferentes formas de
com fraturas preenchidas por calcita. Amostra MNP9-1. Saccocoma. Amostra LA30-78. Província de Villa
Província de Pinar del Rio. Escala 400 µm. Clara. Neojurássico. Escala 200 µm.

Figura 30: Microfácies pelágica com bioelementos silicosos: a-g) microfácies PLS.
Microfácies pelágicas com bioelementos silicosos calcíticos: h-i) microfácies PLSC1.

- Ana Marina Escobar Castro -


82
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

alguns níveis, moderado conteúdo de quartzo detrítico. Ocorre, com freqüência,


fraturas preenchidas por calcita. Esta microfácies é detectada nos afloramentos pré-
neocomianos e refere-se a ambiente de baixa energia, de rampa externa a batial
superior. Pode ser correlacionada com a microfácies SMF3 de Wilson (1975). Figs.
30 h-i.

PLSC2- wackestones e margas dominadas por radiolários e, em menor


proporção, foraminíferos planctônicos. Pode ser encontrado, em alguns níveis,
quartzo detrítico disseminado na matriz. Ocorre, esporadicamente, fraturas
preenchidas por calcita. Esta microfácies é detectada nos afloramentos com idade
Aptiano-Turoniano e refere-se a ambiente de baixa energia, de plataforma externa a
batial superior. Pode ser correlacionada com a microfácies SMF3 de Wilson (1975).
Figs. 31 a-c.

PLSC3- individualizada pela ocorrência de radiolários e esparsos


cadosinidos e estomiosferidos em mudstones e wackestones. Ocorrem
ocasionalmente fraturas preenchidas por calcita. Esta microfácies é detectada nos
afloramentos com idade Neojurássico-Albiano e refere-se a ambiente de baixa
energia, de rampa externa a batial superior. Pode ser correlacionada com a
microfácies SMF3 de Wilson (1975). Figs. 31 d-i.

PLSC4- rochas micríticas e margas com radiolários e, em menor proporção,


foraminíferos planctônicos (hedbergellidos, incluindo Globigerinelloides sp).
Ocorrem, ocasionalmente, cadosinidos. É observado quartzo detrítico na matriz e
fraturas preenchidas por calcita. Esta microfácies é detectada em afloramentos com
idade Eocretáceo e refere-se a ambiente de baixa energia, de plataforma externa-
batial superior. Pode ser correlacionada com a microfácies SMF3 de Wilson (1975).
Figs. 32 a-c.

PLSC5- mudstones e margas pobres em radiolários e, em menor


proporção, crinóides (Roveacrinida) e calcisferas (estomiosferidos e cadosinidos).
Esta microfácies é detectada em afloramentos de idade Neojurássico-Eocretáceo e
refere-se a ambiente de baixa energia, de plataforma externa - batial superior. Pode
ser correlacionada com a microfácies SMF3 de Wilson (1975). Figs. 32 d-e.

- Ana Marina Escobar Castro 83


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

a c
a) Marga com abundantes radiolários, mostrando b) Foraminífero bentônico gavelinido. Amostra SSD18-
escassos foraminíferos planctônicos e bentônicos, com 2. Província de Pinar del Rio. Aptiano-Albiano. Escala
fraturas preenchidas por calcita e matéria orgânica. 100 µm; c) Foraminífero planctônico hedbergeliforme.
Amostra SSD18-2. Província de Pinar del Rio. Aptiano- Amostra SSD18-18. Província de Pinar del Rio.
Albiano. Escala 200 µm. Aptiano-Albiano. Escala 100 µm

f
e) Crustocadosina sp. Amostra LTM22-7. Neojurássico.
d Escala 50 µm; f) Lâmina mostrando evidências de forte
d) Mudstone com esparsos cadosinidos e radiolários. fraturamento a que foi submetida esta rocha. Amostra
Amostra LTM22-16. Província de Pinar del Rio. LTM22-22. Província de Pinar del Rio. Neojurássico.
Neojurássico. Escala 100 µm. Escala 400 µm.

i
g
h) Commitosphaera sp. Amostra CRH16-7. Província
g) Wackestone com grande quantidade de radiolários. de Pinar Del Rio. Neojurássico. Escala 50 µm; i)
Amostra LB31-47. Província de Villa Clara. Eocretáceo. Colomisphaera sp. Amostra LB31-21. Eocretáceo.
Escala 400 µm. Província de Villa Clara. Escala 50 µm.

Figura 31: Microfácies pelágicas com bioelementos silicosos calcíticos : a-c) microfácies
PLSC2; d-i) microfácies PLSC3.

- Ana Marina Escobar Castro -


84
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

a b) Radiolário espumelárido. Amostra LM28-10.


Província de Villa Clara. Berriasiano-Barremiano.
a) Mudstone com esparsos radiolários esféricos e Escala 100 µm; c) Foraminífero planctônico. Amostra
foraminífero planctônico. Amostra LM28-10 Província LM28-10. Província de Villa Clara. Berriasiano-
de Villa Clara. Berriasiano-Barremiano. Escala 100 µm. Barremiano. Escala 50 µm.

e
d
d) Mudstone com esparsos radiolários esféricos e e) Colomisphaera carpathica em marga da amostra
crinóide planctônico, com fraturas preenchidas por LA30-99. Província de Villa Clara. Neojurássico. Escala
calcita. Amostra LM28-2. Província de Villa Clara. 50 µm.
Berriasiano-Barremiano. Escala 400 µm.

gf g
f-g) Rocha mostrando lâminas com grande quantidade de radiolários e abundante matéria orgânica. Podem ser
observados amonitos e pequenos crinóides; f-Amostra MNP12-6; g-Amostra MNP12-4. Província de Pinar del Rio.
Berriasiano-Barremiano. Escala 1000 µm.

Figura 32: Microfácies pelágicas com bioelementos silicosos calcíticos: a-c) microfácies
PLSC4; d-e) microfácies PLSC5; f-g) microfácies PLSC6.

- Ana Marina Escobar Castro -


85
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

PLSC6- rochas micríticas com lâminas finas inorgânicas e orgânicas. As


bandas orgânicas com abundantes radiolários. Eventualmente contendo fragmentos
de amonitos, aptychus, crinoides, microcalamoides e moluscos. Baixo teor de
partículas sílticas, estilolitos e fraturas preenchidas de calcita. Esta microfácies é
detectada em afloramentos com idade Neojurássico-Eocretáceo, e pode ser
indicadora de ambiente de baixa energia de plataforma externa a batial, sugerindo
pulsos de maior e menor produtividade. Pode ser correlacionada com a microfácies
SMF3 de Wilson (1975). Figs. 32 f-g.

Microfácies pelágicas calcárias

PLC1- mudstones e margas com predomínio de calcisferas, incluindo


estomiosferidos e cadosinidos. Escassos exemplares de calpionelidos são
encontrados de forma esporádica. As rochas desta microfácies ocorrem
freqüentemente fraturadas e com estilolitos. Esta microfácies é detectada em
afloramentos pré-turonianos e refere-se a ambiente de baixa energia, acumulada em
rampa externa-batial, podendo às vezes, ser encontrada em rampa média. Pode ser
correlacionada com a microfácies SMF3 de Wilson (1975). Figs. 33 a-e.

PLC2- individualizada pela ocorrência de foraminíferos planctônicos


(quilhados e não quilhados) em mudstones e wackestones. Pode conter, de forma
muito esporádica, pequenas calcisferas (estomiosferidos e cadosinidos) e
foraminíferos bentônicos. É encontrada glauconita como mineral acessório, fraturas
preenchidas por calcita espática e estilolitos. Esta microfácies é detectada em
afloramentos com idade pós-Hauteriviano e refere-se a ambiente de baixa energia,
de plataforma externa-batial. Pode ser correlacionada com a microfácies SMF3 de
Wilson (1975). Figs. 33 f-j.

PLC3- wackestones e margas com predomínio de crinóides (e.g.,


Saccocoma). Pode apresentar fragmentos de equinóides, foraminíferos bentônicos,
pelecípodos e Microcalamoides (crinóide Applinocrinus seg. Ferré et al., 1999).
Ocorrem, com freqüência, fraturas preenchidas por calcita espática. Esta microfácies
é detectada em afloramentos pré-turonianos e refere-se a ambiente de baixa
energia, de rampa externa-batial, podendo, às vezes, ser encontrada em rampa

- Ana Marina Escobar Castro 86


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

b c

d e
a b) Colomisphaera vlogeri. Amostra CA29-2- Província
de Villa Clara. Aptiano-Albiano; c) Chitinoidella sp.
Amostra MNP7-1- Provínvia de Pinar del Rio.
a) Mudstone mostrando um calpionelido com colar Neojurássico; d) Didemnum carpathicum. Amostra
muito mal preservado, de difícil identificação. Amostra MNP7-1- Província de Pinar del Rio. Neojurássico; e)
CA29-2- Província de Villa Clara Aptiano-Albiano. Cadosina fusca. Amostra LA30-59- Província de Villa
Escala 100 µm. Clara. Neojurássico. Escala 50 µm.

g h

i j
g) Foraminífero planctônico. Amostra JH33-1-
f Província de Sancti Spiritus. Cenomaniano-Turoniano;
h) Globigerinelloides sp. Amostra JH33-1- Província de
f) Mudstone com foraminífero planctônico quilhado. Sancti Spiritus. Cenomaniano-Turoniano; i)
Amostra MNP13-2-Província de Pinar del Rio. Aptiano- Foraminífero quilhado encontrado em wackestone desta
Cenomaniano. Escala 100 µm. microfácies. Amostra CRH21-2- Província de Pinar del
Rio. Neocampaniano; j) Foraminífero
heterohelicidiforme. Amostra CRH21-2- Província de
Pinar del Rio. Neocampaniano. Escala 100 µm

gk
l
k) Marga com abundantes Saccocoma. Amostra LA30-
65. Província de Villa Clara. Neojurássico. Escala 200 l) Microcalamoides. Amostra MNP12-11. Província de
µm. Pinar del Rio Berriasiano-Barremiano. Escala 200 µm.
Figura 33: Microfácies pelágicas com bioelementos calcíticos: a-e) microfácies PLC1; f-j)
microfácies PLC2; k-l) microfácies PLC3.

- Ana Marina Escobar Castro -


87
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

média. Pode ser correlacionada com a microfácies SMF3 de Wilson (1975).


Figs. 33 k-l.

6.2.2.2-As microfácies de águas rasas (AR)

Estão representas por mudstones, packstones, grainstones, floatstones e


rudstones com distintos grupos de grãos. O grupo compreende 09 microfácies (AR1-
a AR9).

6.2.2.2.1-Descrição

AR1- wackestones-packstones bioclásticos compostos principalmente por


fragmentos de equinóides, crinóides e pelecípodos. Ocorrem esporádicos
foraminíferos bentônicos, moluscos, pelóides, estilolitos e faturas. Esta microfácies
pode indicar um ambiente de rampa média-externa. Pode ser correlacionada com as
microfácies SMF9 de Wilson (1975). Figs. 34 a-e.

AR2- micritos (mudstones) homogêneos e margas com lâminas argilosas


afossilíferas. São comumente encontrados grãos sílticos de quartzo e fraturas
preenchidas por calcita. Figs. 34 f-g.

AR3- wackestones peloidal, às vezes com matriz recristalizada e


fosfatizada. Podem ser encontrados, de forma esporádica, ostracodos, foraminíferos
bentônicos e bivalves. Alguns níveis fortemente fraturados e com estilolitos. São
observados esparsos elementos sílticos de quartzo disseminados na matriz. A
microfácies sugere ambiente nerítico interno, de água bem rasa. Pode ser
correlacionada com a microfácies SMF16 de Wilson (1975). Figs. 35 a-c.

AR4- floatstone dominado por foraminíferos orbitoliniformes. São


encontrados esparsos miliolidos de pequeno porte e outros foraminíferos bentônicos.
Ocorre, com freqüência, fraturas preenchidas com calcita. A microfácies sugere meio
nerítico interno. Pode ser correlacionada com a microfácies SMF8 de Wilson (1975).
Figs. 35 d-f.

- Ana Marina Escobar Castro 88


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

a c
a) Packstone bioclástico mostrando abundantes b) Amonito encontrado nesta microfácies na amostra
fragmentos de equinodermos e crinóides. Amostra LA30-77. Província de Villa Clara. Neojurássico. Escala
LA30-77. Província de Villa Clara. Neojurássico. Escala 100 µm; c) Aptychus encontrado nesta microfácies na
400 µm. amostra LA30-77. Província de Villa Clara.
Neojurássico. Escala 100 µm.

d e
d-e) Packstone bioclástico mostrando abundantes fragmentos de equinodermos e crinóides. Amostra LA30-26; d)
Nicóis paralelos; e) Nicóis cruzados. Província de Villa Clara. Neojurássico. Escala 400 µm.

g
f g

f) Micrito homogêneo com pequenas fraturas. Amostra g) Marga mostrando estilolitos preenchidos por matéria
MNP11-1. Província de Pinar del Rio. Neojurássico. orgânica em forma de bandas. Amostra LM22A-1.
Escala 400 µm. Província de Pinar del Rio. Berriasiano-Barremiano.
Escala 400 µm.

Figura 34: Microfácies de águas rasas: a-e) microfácies AR1; f-g) microfácies AR2.

- Ana Marina Escobar Castro -


89
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

a c
a) Wackestone com pequenos pelóides arredondados. b) Foraminífero bentônico aglutinante (Glomospira?).
Amostra LA30-35. Província de Villa Clara. Amostra LTM22-3. Província de Villa Clara.
Neojurássico. Escala 200 µm. Neojurássico. Escala 100 µm; c) Foraminífero
bentônico textularido . Amostra LA30-35. Província de
Villa Clara. Neojurássico. Escala 100m µm.

d f
d) Floatstone com foraminíferos orbitoliformes. e-f) Foraminíferos orbitoliformes. Amostra LT37-18.
Amostra LT37-18. Província de Sancti Spiritus. Província de Sancti Spiritus. Albiano-Turoniano. Escala
Albiano-Turoniano. Escala 200 µm. 100 µm.

g
f
g
g) Wackestone com miliolidos e pequenas fraturas. Amostra LT37-15. Província de Sancti Spiritus. Albiano-
Turoniano. Escala 400 µm.

Figura 35: Microfácies de águas rasas: a-c) microfácies AR3; d-f) microfácies AR4; g)
microfácies AR5.

- Ana Marina Escobar Castro -


90
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

AR5- wackestone dominado por foraminíferos bentônicos miliolidos.


Esporadicamente ocorrem fragmentos de equinóides e bivalves. Esparsos grãos
sílticos de quartzo e fraturas preenchidas de calcita são observados em alguns
níveis. Pirita disseminada na matriz. Esta microfácies refere-se a ambiente de baixa
energia, de plataforma interna, ambiente restrito de laguna. Pode ser correlacionada
com a microfácies SMF18 de Wilson (1975). Fig. 35 g.

AR6- packstones dominados por pellets e peloides mal selecionados, e de


pequeno tamanho, às vezes arredondados e subarredondados. Subordinadamente
ocorrem ooides radiais, litoclastos e foraminíferos bentônicos esporádicos. Escassos
fragmentos de equinóides e bivalves também são encontrados. Esparsos grãos de
quartzo e pirita são observados na matriz. O ambiente sugerido é o de baixa energia,
nerítico interno. Pode ser correlacionada com a microfácies SMF16 de Wilson
(1975). Figs. 36 a-b.

AR7- grainstones com abundantes litoclastos subarredondados e


subangulares. Subordinadamente aparecem oóides, oncóides e pelóides. São
observados escassos equinóides, bivalves, gastrópodes, foraminíferos bentônicos e
algas verdes. São encontrados esparsos grãos silticos de quartzo e fraturas
preenchidas com calcita. O ambiente sugerido é o de alta energia, nerítico interno.
Fig. 36 c.

AR8- grainstones com abundantes ooides radiais, com ocasionais núcleos


de bivalves. Subordinadamente aparecem oncoides e pelóides. Escassos bivalves,
foraminíferos bentônicos, gastrópodes e fragmentos de equinóides também são
encontrados. Ocorrem esparsos grãos sílticos de quartzo e fraturas preenchidas de
calcita. Ambiente nerítico externo de alta energia, possivelmente barra de maré.
Pode ser correlacionada com a microfácies SMF15 de Wilson (1975). Fig. 36 d.

AR9- rudstone com foraminíferos orbitoidais, fragmentos de bivalvos, algas,


corais e grandes fragmentos de rudistas. Subordinadamente aparecem foraminíferos
bentônicos não identificados, pequenos. Ocorrem esparsos elementos sílticos de
quartzo e fraturas preenchidas de calcita. O ambiente sugerido é o recifal. Pode ser
correlacionada com a microfácies SMF 6 de Wilson (1975). Figs 36 e-i.

- Ana Marina Escobar Castro 91


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

a b
a) Packstone co m predomínio de pellets bem b) Packstone com predomínio de pelóides. É observado
selecionados. Amostra LA30-8. Neojurássico. Província oolitos radiais e concêntricos, com núcleos de bivalves.
de Villa Clara. Escala 200 µm. Amostra LA30-12. Província de Villa Clara.
Neojurássico. Escala 200 µm.

c d
c) Grainstone com litoclastos mal selecionados. d) Grainstone com domínio total de oóides. É observado
Amostra LA30-29. Província de Villa Clara. núcleo constituído por bivalvos. Amostra LA30-87.
Neojurássico. Escala 200 µm. Província de Villa Clara. Neojurássico. Escala 200 µm.

f g

h i
e f) Fragmento de alga. LL32-5. Província de Sancti
e) Rudstone da Formação Isabel. Amostra LP36-1. Spiritus. Campaniano-Maastrichtiano. Escala 100 µm;
Província de Sancti Spiritus. Maastrichtiano. Escala g) Rudista. LL32-2. Província de Sancti Spiritus.
400 µm. Campaniano-Maastrichtiano. Escala 200 µm; h)
Siderolithes sp. LL32-6. Província de Sancti Spiritus.
Campaniano-Maastrichtiano. Escala 100 µm; i)
Sulcoperculina sp. LL32-1. Província de Sancti
Spiritus. Campaniano-Maastrichtiano. Escala 200 µm.
Figura 36: Microfácies de águas rasas: a-b) microfácies AR6; c) microfácies AR7; d)
microfácies AR8; e-i) microfácies AR9.

- Ana Marina Escobar Castro -


92
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

6.2.3- Microfácies e ambientes deposicionais

A análise de microfácies tem como objetivo principal a investigação do


ambiente de deposição das rochas carbonáticas. Esta análise, intrinsicamente
envolvendo parâmetros de natureza sedimentológica e paleontológica, leva à
compreensão da distribuição espacial e vertical dos sedimentos. Permite, pois, o
reconhecimento da organização da sucessão lateral dos paleoambientes e a
evolução dos sistemas deposicionais ao longo do tempo. Mesmo em seções
carbonáticas verticais isoladas, a análise microfaciológica mostra-se como
excepcional ferramenta paleobatimétrica.
Existe na literatura um considerável número de trabalhos que apresentam
diferentes modelos para ambientes deposicionais carbonáticos (Schlager, 1981;
1992; 2002; Tucker & Wright, 1990, Lukasik et al., 2000). Num contexto de
plataforma carbonática com borda recifal e talude, o mais utilizado e aceito pela
maioria dos pesquisadores é o estabelecido por Wilson (1975). Para o modelo de
rampa carbonática, clássico é aquele proposto por Ahr (1973).
As microfácies determinadas neste trabalho foram correlacionadas com as
microfácies padrão (SMF) de Wilson (1975). Verifica-se que a maioria das
microfácies pelágicas reconhecidas em Cuba corresponde às microfácies SMF1 e 3
de Wilson.
Segundo as evidências microfaciológicas, sugere-se um modelo de rampa
carbonática para os depósitos jurássico-neocomianos das UTEs de Cuba. Para este
intervalo de tempo não foi constatada nenhuma microfácies indicadora da presença
de bancos recifais. A partir do Aptiano-Albiano, todavia, com as microfácies da
Formação Palenque (afloramento LT37, UTE Remédios), tem-se evidências da
instalação de uma plataforma com borda. Este cenário perdura até o Maastrichtiano
com a Formação Cacarajícara da UTE Serra del Rosário. Fora do contexto da
margem continental cubana, na Bacia Central, são registrados depósitos
biohérmicos da Formação Isabel, Maastrichtiano.
Nas figuras 37 e 38 são apresentados, de forma esquemática, o
posicionamento de cada microfácies, tendo-se como referência os modelos
anteriormente mencionados.

- Ana Marina Escobar Castro 93


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Terra
Plataforma interna

Plata
form
a exte
rna

Bacia

Microfácies
AR6
AR5
AR4

PLC2
PLCS6
PLCS5
PLCS4
PLCS2

Figura 37: Distribuição das microfácies carbonáticas de Cuba em um modelo plataforma com
borda (Aptiano-Maastrichtiano). Perfil e domínios de fundo de Wilson (1975).
Zona de perimaré

Bancos de areia
Marinho restrito

Marinho aberto
Laguna

Rampa média

Ramp
a e xte
rna
Bacia
Microfácies
AR5
AR8
AR7
AR6
AR3
AR1
PLC3

PLCS6
PLCS5
PLCS3
PLCS1
PLS

Figura 38: Distribuição das microfácies carbonáticas de Cuba em um modelo de rampa


(Tithoniano-Neocomiano). Perfil e domínios de fundo de Ahr (1973).

6.2.3.1- DISCUSSÃO

A figura 39 resume a distribuição das microfácies, considerando-se o tempo,


afloramentos, formações e UTEs. Percebe-se que os carbonatos neojurássicos
(meso-neotithonianos), neocomianos e mesocretáceos (aptiano-turonianos) foram
acumulados predominantemente em ambiente de plataforma profunda a batial,
enquanto que os calcários campaniano-maastrichtianos formaram-se principalmente

- Ana Marina Escobar Castro - 94


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

em meio de plataforma interna. A distribuição de tais rochas no território cubano é


mostrada na figura 40.

6.2.3.1.1- As microfácies do Jurássico Superior: significado

O Jurássico Superior está representado nas UTEs Sierra del Rosário e


Camajuaní, constituídas, respectivamente, pelas formações Artemisa e Coloradas.
As figuras 41 a 45 sintetizam as características das microfácies neojurássicas e seus
significados paleobatimétricos, além de mostrar a distribuição vertical dos
nanofósseis calcários.
Foram reconhecidas 13 microfácies, 7 sendo de natureza pelágica (PLS,
PLSC e PLC). Um outro padrão, associado a ambientes de águas rasas (AR), foi
observado somente no afloramento LA30 (intervalo amostral de 25 a 61) e LTM22.

Sierra del Rosário

Na UTE Sierra del Rosário (afloramentos MNP6, MNP7, MNP8, MNP9,


CRH16, MNP11 e LTM22) foram observados níveis exclusivamente autóctones.
Entre todos os constituintes destacam-se a dominância de radiolários, espículas de
esponjas e crinoides (Sacoccoma). As calcisferas são encontradas de forma
esporádica. Também são encontrados, ocasionalmente, amonitos e, em menor
proporção, o crinoide Microcalamoides. Foraminíferos planctônicos e bentônicos são
ausentes. Fragmentos de pelecípodes, equinóides, inoceramidos e outros moluscos
são raros.
Pirita disseminada na matriz é observada em quase todos os afloramentos,
junto a um moderado conteúdo de matéria orgânica. Nódulos de fosfatos são
encontrados esporadicamente (LTM22). Componentes sílticos (quartzo e feldspato)
são comuns. Uma só ocorrência de dolomita foi contatada no afloramento LT22
(amostra 17).
Os sedimentos foram depositados sob domínio nerítico externo a batial, com
pouco influxo terrígeno. A quantidade de elementos silicosos (espículas de esponjas
e radiolários) sugere águas superficiais ricas em nutrientes.

- Ana Marina Escobar Castro 96


N
ICO
ÂNT Playa
ATL
NO Carenero
OCEA SSD2,3,4,5
AR9
SSD18
BAHIA HONDA MNP12 PLS
CRH21 N
PLSC1 PLSC2
PLC2 PLSC6 PLC2

- Ana Marina Escobar Castro -


AR2 PLC3
AR3 SANTA CRUZ
SSD17 Boca de Jaruco DEL NORTE
SSD1 PLS Celimar
MNP11
PLS MNP13 PLS AR7 P24 El Fraile
LTM23 LTM22a
AR2 PLC2 CRH16 AR3
PLSC2 PLS PLSC1 Campo Florido
Soroa Jibacoa
AR2 PLSC3
AR3 del Norte
Mil Cumbres
PLSC6 J25
LTM22 MNP9 CANDELARIA
Peñalver PLC2
PLS MNP15 PLSC1
PLC1 SAN Santa Maria
PLSC3 PLC1 CRISTÓBAL del Rosario JARUCO
PLC1 AR6 MNP6,7,8 0 5km
AR2 AR2
B
PLC1
0 5km
AR3 A
Vega Alta CAIBARIEN
B REMEDIOS N
A Luis Arcos OC
Bergues EAN
OA
C TLÂ
CAMAJUANÍ LT37 NTI
CO
LB31 PLC1
PLS LA30 Ar3
- RESULTADOS E DISCUSSÕES-

PLSC4 PLS AR4


PLSC1 AR5
PLSC3 Zulueta AR7 YAGUAJAY
PLSC5
LEGENDA PLSC6 PLACETAS LM28 CA29
PLC1 PLS PLS
Povoados PLC3 PLSC2 Meneses MAYAJIGUA
PLSC3
Cidades AR1 PLSC4 PLSC3
Afloramentos AR2 PLSC5 PLSC4 La Legua
AR3 PLC1 Iguara
PLC1
AR6
AR7 JH33
LP36 LL32 PLC2 Perea
AR9 AR9
Figura 40: Distribuição das microfácies carbonáticas dentro FOMENTO
La Macuca CABAIGUAN 0
C 5km
do território cubano.

97
98 - Ana Marina Escobar Castro -
Tithoniano
Meso Neo CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Artemisa LITOESTRATIGRAFIA
AFLORAMENTOS
MNP8
MNP9

MNP6
1
3

1
1

1
2
MNP7 2
3
2

AMOSTRAS
ESTÉRIL
NAN0

Folhelhos
Margas
Mudstones
Cadosinidos
Cadosina fusca
Chitinoidella sp.
Didemnum carpathicum
Saccocoma spp.
Raro Radiolários
Pelecipodes

Comuns
Presente

Freqüente
Inoceramidos

Abundante
Equinóides
Sílticas
Estilolitos
Fraturas com calcita
Matéria orgânica
I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

PLC1
PLC1
PLC1
PLC1
PLSC1

Figura 41: Resultados bioestratigraficos e de microfácies dos afloramentos MNP6, MNP7, MNP8 e MNP9.
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA

BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
99 - Ana Marina Escobar Castro -
Mesotithoniano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Artemisa LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8

AMOSTRAS
Watznaueria barnesae
Retecapsa spp.
Cyclagelosphaera margerelii
Cyclagelosphaera spp.
NANOFÓSSEIS

Folhelhos
Margas
Mudstones
Wackestones
Committosphaera sp.
Radiolários
Saccocoma spp.
Crinóides
Raro
Microcalamoides
Comuns
Presente
Amonitos
Freqüente
Abundante
Equinóides
Moluscos
Sílticas

Figura 42: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento CRH16.


Pirita
Estilolitos
Fraturas com calcita
Matéria orgânica
I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

PLSC6
PLSC1
PLSC3

PLSC6
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA
BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
100 - Ana Marina Escobar Castro -
Neotithoniano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Artemisa LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22

AMOSTRAS
Nannoconus spp.
Nannoconus globulus globulus
NANO.

Braarudosphaera regularis
I

S
E
V
E

N
B

O
O

B.regularis

N.globulus globulus

Folhelhos
Mudstones
Wackestones
Cadosinidos
Cadosina fusca
Crustocadosinasemiradiata olzae
Radiolários
FB (Glomospira?)
Equinóides
Pelóides
Sílticas
Pirita
Feldespato
Fosfato
Estilolitos

Figura 43: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LTM22.


Fraturas com calcita
Matéria orgânica
Dolomitização
I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

AR2
AR2

PLS
PLC1
PLSC3

PLSC3
PLSC3
PLSC3
PLSC3
PLSC3
PLSC3
PLSC3

PLSC3

AR2/AR3
Dolomita
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL
BATIMETRIA

inferior
ABISSAL

Raro
Comuns
Presente

Freqüente
Abundante
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
101 - Ana Marina Escobar Castro -
Neotithoniano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Artemisa (Mbro Zarza) LITOESTRATIGRAFIA
6
1
2
3
4
5
7
8
9
11

AMOSTRAS
10
12
13
14
15
16
17

ESTÉRIL
NAN0

Folhelhos
Margas
Mudstones
Radiolários
Sílticas
Pirita
Estilolitos
Fraturas com calcita
Matéria orgânica
I
I

S
E
C
Á
R
C

O
M

AR2
AR2
AR2
AR2
AR2
AR2
AR2

PLS
PLS
PLS

interna

Figura 44: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento MNP11.


média PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL
BATIMETRIA

inferior
ABISSAL

Raro
Comuns
Presente

Freqüente
Abundante
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
102 - Ana Marina Escobar Castro -
Figura 45: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LA30.

Neotitothiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Colorada LITOESTRATIGRAFIA

100
101
102
103
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76

82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
77
78
79
80
81
AMOSTRAS
1
2
3
4
5
6
7
8
9

Calcicalathina alta
Braarudosphaera spp.
Nannoconus spp.
Braarudosphaera regularis
Nannoconus globulus globulus

NANOFÓSSEIS
Watznaueria barnesae
Cyclagelosphaera margerelii
Cyclagelosphaera deflandrei
Retecapsa octofenestrata
Watznaueria manivitiae
Retecapsa spp.
Retecapsa crenulata
Nannoconus.

N.globulus globulus

B.regularis

O
N

B
S
T
E
V
E
I
Folhelhos
Margas
Mudstones
Wackestones
Packstones
Grainstones
Radiolários
Espículas de esponjas
CrinóIdes
Saccocoma spp.
Globochaete alpina
Microcalamoides
Estomiosferidos
Calcis f eras
Raro
Presente
Freqüente
Comuns
Abundante

Colomisphaera sp.
Colomisphaera carpathica
Cadosinidos
Cadosina fusca
Crustocadosina semiradiata
Aptychus
Amonitos
FB não identificados
Miliolidos
Textularidos
Ataxofragmidos
Calcário-porcelânico
Nodosaridos
Gavelinidos
Equinóides
Braquiópodos
Gastrópodes
Bi valves
Moluscos
Pelecípode s
Ostracodos
Favreinas
Dacycladaceae
Oolitos
Oncolitos
Pelóides
Pellets
Litoclastos
Fosfatos
Pirita
Sílticas
Estilolito s
Fraturas com calcita
Matéria orgânica

PLS/PLSC1
PLS/PLSC1

AR3/PLSC1

AR3/PLS
AR3/PLS

AR3/PLS

AR7/PLS
PLSC1

PLSC5

PLSC1
Turbidito
PLSC3

PLSC3
PLSC3

PLSC6

PLSC6
PLSC1
PLSC1

PLSC1

PLSC1

PLSC1
PLSC1
PLSC5
PLSC1
PLSC1

PLSC1
PLC3
PLC1
AR3

AR3

AR3

AR3
AR3
PLS
PLS

PLS

AR7
AR7
AR7
AR7

AR3

AR7

AR3
AR3
AR3

AR3

AR3

AR6

AR2
AR3
AR8

AR6
PLS
PLS

PLS

PLS

PLS
PLS

PLS

PLS

PLS

PLS
PLS
PLS
PLS

PLS

PLS

PLS

PLS
PLS

PLS
PLS

PLS

PLS
PLS
PLS

PLS

PLS
PLS
PLS
PLS

M
O
C

R
C
S
E

ÁÁ
F
I

I
interna
média PLATAFORMA

BATIMETRIA
externa
superior
médio BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Camajuaní

Na UTE Camajuaní, representada em um único afloramento estudado


(LA30), foi constatada a intercalação de níveis autóctones e alóctones.
Os níveis autóctones contêm as mesmas microfácies pelágicas encontradas
nos sedimentos Sierra del Rosário, sendo dominadas por radiolários e
apresentando, em menor quantidade, Saccocoma e espículas de esponjas. Este
nível encontra-se distribuído na base (LA30: intervalo amostral de 1 a 24) e no topo
(LA30: intervalo amostral de 62-103) do afloramento. Embora os radiolários sejam os
componentes dominantes, também são encontrados, de forma esparsa, amonitos,
aptychus, microcalamóides e calcisferas. Os foraminíferos bênticos são
relativamente raros, os quais estão representados por formas arenáceas e calcário-
porcelânicas. Fragmentos de equinóides, moluscos, pelecípodes e bivalves têm
presença esporádica.
O nível alóctone (LA30: intervalo amostral de 25 a 61) está composto
predominantemente por padrões microfaciológicos tipo AR, intercaladas entre
poucas fácies pelágicas. Este nível é caracterizado pela diminuição considerável de
componentes pelágicos e o aumento dos constituintes bênticos (Fig. 45). Entre os
constituintes de águas mais rasas destaca-se o domínio de oóides, peloides, pellets
e litoclastos, junto um maior aumento de foraminíferos bentônicos miliolinos,
textulariinos e rotaliinos (nodosaridos e gavelinidos). Existe, também, um incremento
de favreinas, ostracodos e macrofósseis, incluindo fragmentos de equinóides,
gastrópodes, bivalves e pelecípodes. O teor de partículas sílticas é moderado,
havendo alguns níveis com fosfatos. O conteúdo de pirita é maior do que no
intervalo autóctone.
A intercalação de sedimentos de águas rasas em uma sucessão pelágica
evidencia a ação de correntes, induzidas por tempestades ou oscilações do nível do
mar. Os depósitos alóctones seriam tempestitos distais ou turbiditos.

6.2.3.1.2-As microfácies do Berriasiano-Turoniano: significado

Carbonatos eocretácicos estão presentes nas UTEs Sierra del Rosário,


Placetas, Camajuaní e Remédios. Estão representados pelas formações Sumidero,
Polier (na UTE Sierra del Rosário), Ronda (UTE Placetas), Santa Teresa, Carmita

- Ana Marina Escobar Castro 103


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

(UTEs Placetas e Camajuaní), Margarita, Alunado (UTE Camajuaní) e Palenque


(UTE Remédios). As figuras 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57 e 58
sintetizam as características das microfácies eocretácicas e seus significados
paleobatimétricos, além de mostrar a distribuição vertical dos nanofósseis calcários.
Foram reconhecidas 16 microfácies. Destas, 10 representam microfácies
pelágicas que, como no Neojurássico, podem ser correlacionadas com as
microfácies padrão SMF1 e SMF3 de Wilson (1975). Associadas a fácies de
plataforma foram identificadas 6 microfácies.
Durante o Eocretáceo persistiram as condições de sedimentação pelágica
nas UTEs Sierra del Rosário, Placetas e Camajuaní. As microfácies são compostas
por radiolários, espículas de esponjas, Sacoccoma e escassas calcisferas,
principalmente no que se refere ao Neocomiano. As microfácies contendo
foraminíferos planctônicos começam a aparecer a partir do Barremiano, com formas
hedbergeliformes e o gênero Globigerinelloides. Ocasionalmente ocorrem
Microcalamóides, aptychus e amonitos. O conteúdo bêntico continua pobre, com
algumas ocorrências de foraminíferos bentônicos, inoceramidos, bivalves e
moluscos.
Os depósitos da seqüência Sierra del Rosário (MNP12) sugerem condições
anóxicas de deposição, evidenciada pela ausência de organismos bentônicos,
estratificação laminar e abundante matéria orgânica (Valladares et al., 2001).
Sedimentos alóctones também são observadas nos afloramentos LTM22A
(Sierra del Rosário) e MNP15 (Camajuaní), como sugerido pela presença das
microfácies AR3 e AR6, em meio a sedimentos acumulados em ambiente batial.
Na UTE Placetas não se constatou nenhum aporte turbidítico, podendo-se
assumir que esta seqüência encontrava-se mais longe da plataforma, em ambientes
mais profundos em contexto de bacia.
A partir do Aptiano é observado um outro padrão de microfácies, que está
representado na UTE Remédio (LT37), constituída predominantemente de miliolidos
e moluscos (AR5). Também são encontrados, de forma esporádica, algas verdes,
bivalves, gastrópodes, foraminíferos bentônicos tipo textularidos e abundantes grãos
aloquímicos, incluindo pellets, pelóides e litoclastos. Pode-se inferir para o
afloramento dessa UTE um ambiente nerítico interno, de laguna com temperaturas
entre 21 e 31°C e incrementos de salinidade, indicado pelo domínio de miliolidos
(Blanco-Bustamante & Brey, 1996).
- Ana Marina Escobar Castro - 104
105 - Ana Marina Escobar Castro -
Berriasiano-
Valanginiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Sumidero LITOESTRATIGRAFIA
3

1
2
4

AMOSTRAS
ESTÉRIL
NAN0

Mudstones
Packstone
Radiolários
Espículas de esponja
Miliolidos
Ostracodos
Equinóides
Raro
Comuns Pelóides
Presente Sílticas

Freqüente
Abundante
Estilolitos
Fraturas com calcita

Figura 46: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LTM22A.


I
I

S
E
C
R
C

O
M

AR2
AR2
AR3
PLS
ÁÁ

interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA

BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
106 - Ana Marina Escobar Castro -
Berriasiano-Valanginiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm. Sumidero LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
12
13
14

AMOSTRAS
Retecapsasp.
Watznaueria barnesae
NANO.

Cyclagelosphaera margerelii
Folhelhos
Margas
Mudstones
Commitosphaera sp.
Crinóides
Saccocomas sp.
Radiolários
Amonitos
Microcalamoides
Aptychus
Ostracodos
Raro
Comuns
Pelecipodes

Presente

Freqüente
Abundante
Inoceramidos
Fosfatos

Figura 47: Resultados bioestratigráfico e de microfácies do afloramento MNP12.


Sílticas
Estilolitos
Fraturas com calcita
Matéria orgânica
I
I

S
E
C
R
C

O
M

AR2
ÁÁ

PLC3
PLC3

PLSC6
PLSC6
PLSC1
PLSC6

PLSC1/PLS
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA

BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
Neoberriasiano Indeterminado Neohauteriviano Neoaptiano Indet. CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Ronda Fm Morena Fm Santa teresa LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
14
15
16
17
18
19
20
21

10
12
13
22
23
24
25
26
27
28
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57

- Ana Marina Escobar Castro -


29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
41
42
43

AMOSTRAS
40

Cyclagelosphaera margerelii
Watznaueria barnesae
Zeugrhabdotus embergeri
Nannoconus spp.
Cyclagellasphaera deflandrei
Manivitella pemmatoidea
Retecapsa angustiforata
Watznaueria manivitiae
Braarudosphaera spp.
Retecapsa crenulata
Micrantholithus spp.
Rhagodiscus asper
Conusphaera mexicana mexicana
Micrantholithus hoschulzii
Lithraphidites carniolensis
Rhagodiscus achlyostaurion
Zeugrhabdotus sp.
Haqius circumradiatus
Nannoconus steinmannii minor
NANOFÓSSEIS

Lithraphidites sp.
Lithraphidites bollii
Assipetra terebrodentarius
Kokia curvata
Kokia spp.

Figura 48: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LB31.


Rhagodiscus spp.
Rhagodiscus angustus
Radiolithus sp.
Radiolithus hollandicus
Micrantholithus obtusus
Nannconus steinmannii steinmannii
Rucinolithus spp.

R.asper
I

S
E
V
E
B

O
O

R.crenulata
L.aff. bollii
R.angustus

M.houschulzii
L.carniolensis
M.houschulzii

C.mexic. Mexic.
N.steinm.minor

R.angustiforata
H.circumradiatus
A.terebrodentarius

Micrantolithus sp.
R. cf. R.hollandicus
N.steinm. steinm.

Biozonas de Sissingh (1977)


?
?

CC2
e Bralower et al. (1989)
CC5b
CC7b

NK2A
Folhelhos
Margas
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Mudstones
Wackestones
Radiolários
Espículas de esponja
Colomisphaera sp.
Pelecipodes
Ostracodos
Equinóides
Fosfatos
Pirita
Sílticas
Estilolitos
Fraturas com calcita
Matéria orgânica
I
I

S
E
C
Á
R
C

O
M

PLS
PLS
AR2

PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS

PLSC3

PLSC3
interna
PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL
BATIMETRIA

inferior
ABISSAL

Raro
Comuns
Presente

Freqüente
Abundante

107
108 - Ana Marina Escobar Castro -
Hauteriviano-Barremiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Polier LITOESTRATIGRAFIA
1
2
4
9

3
8

6
5
7
11
14
13
12

10

AMOSTRAS
ESTÉRIL
NAN0

Folhelhos
Margas
Mudstones
Packsotnes
Cadosinidos
Estomiosferidos
Favreina
FB não identificado
Bivalves
Oolitos
Pelóides
Pellets
Sílticas
Estilolitos
Fraturas com calcita
Matéria orgânica

Figura 49: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento MNP15.


I
I

S
E
C
R
C

O
M

AR2
AR6
AR6
AR6
AR2
ÁÁ

PLC1
PLC1
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA

BATIAL
inferior
ABISSAL

Raro
Comuns
Presente

Freqüente
Abundante
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
109 - Ana Marina Escobar Castro -
K1h-br CRONOESTRATIGRAFIA
Polier LITOESTRATIGRAFIA
1
2

AMOSTRAS
Cyclagellasphaera margerelli
Watznaueria barnesae
Watznaueria manivitiae
Rhagodiscus asper
Lithraphidites carniolensis
NANOFÓSSEIS

Retecapsa crenulata
Wackestones
Raro Radiolários
Sílticas

Comuns
Presente

Freqüente
Abundante
Fraturas com calcita

Figura 50: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento SSD1.


I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

PLS
PLS
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA

BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
Neovalanginiano-Eobarremiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Polier LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
12
13
14
15
16
17
18
19

AMOSTRAS
Cyclagelosphaera deflandrei
Nannoconus spp.
- Ana Marina Escobar Castro -

Watznaueria barnesae
Zeugrhabdotus sp.
Braarudosphaera regularis
Cyclagelosphaera margerelii
Micrantholithus obtusus
Zeugrhabdotus embergeri
Micrantholithus hoschulzii
Nannoconus steinmannii minor
Manivitella pemmatoidea
Micrantholithus sp.
Retecapsa angustiforata
Retecapsa crenulata
Retecapsa spp.
Rhagodiscus asper
NANOFÓSSEIS

Nannconus steinmannii steinmannii


Watznaueria manivitiae
Conusphaera rothii
Biscutum spp.
Lithraphidites carniolensis

Figura 51: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento SSD17.


Rhagodiscus spp.
Zeugrhabdotus diplogrammus
Staurolithites crux
Cretarhabdus conicus
Braarudosphaera spp.
Calcicalathina oblongata
Percivalia fenestrata
Perissocyclus tayloriae
I

Raro
T

S
E
V
E

N
B

O
O

Comuns
Presente
C.oblongata

Freqüente
Abundante
Folhelhos
Mudstones
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Wackestones
Packstones
Radiolários
Equinóides
Bivalves
Pelóides
Oolitos
Litoclastos
Sílticas
Pirita
Feldespato
Quartzo
Estilolitos
Fraturas com calcita
Matéria orgânica
I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

PLS

PLS
PLS
PLS
PLS

AR7
AR7

Arcosa
Arcosa
Arcosa
Arcosa
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL

BATIMETRIA
inferior
ABISSAL

110
111 - Ana Marina Escobar Castro -
Berriasiano-Barremiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Margarita LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

AMOSTRAS
Cyclagelosphaera margerelii
NANO

Watznaueria manivitiae
Mudstones
Wackestones
Packestones
Radiolários
Espículas de esponja
Calpionela alpina
Calpionelidios
Colomiosphaera sp.
Cadosina fusca
Crinóides
Crustocadosina semiradiata
FP não identificados
Hedbergelidos
FB não identificados
Favreina sp.
Amonitos
Equinóides
Inoceramidos
Raro
Comuns
Gastrópodes
Presente

Freqüente
Abundante
Bivalves
Moluscos
Oolitos
Pelóides

Figura 52: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LM28.


Pellets
Litoclastos
Sílticas
Pirita
Fosfato
Estilolitos
Fraturas com calcita
Matéria orgânica
Dolomitização
I
I

S
E
C
R
C

O
M

PLS
PLS
PLS

AR3
AR3
ÁÁ

PLC1

PLSC5
PLSC4

PLSC3
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL

BATIMETRIA
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
112 - Ana Marina Escobar Castro -
Aptiano-Albiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Alunado LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23

AMOSTRAS
Watznaueria barnesae
Nannoconus steinmannii minor
Nannoconusspp.
Lithraphidites carniolensis
Manivitella pemmatoidea
Zeugrhabdotus embergeri
Polycyclolithaceae
Cyclagelosphaera margerelii
NANOFÓSSEIS

Retecapsa crenulata
Retecapsa angustiforata
Nannoconus globulus globulus
Nannconus steinmannii steinmannii
Rhagodiscus asper
Folhelhos
Mudstones
Wackestones
Packstones
Radiolários
Espículas de esponja
Colomisphaera vogleri
Raro
Calpionelidos
Comuns
Presente
Estomiosferidos

Freqüente
Abundante
FP não indentificados
FB não identificados
FB pateliformis
Mmiliolidos
Ostracodos

Figura 53: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento CA29.


Equinóides
Inoceramidos
Bibalves
Moluscos
Pelóides
Ooides
Sílticas
Pirita
Fosfato
Estilolitos
Fraturas com calcita
Matéria orgânica
I
I

S
E
C
R
C

O
M

AR3
AR3
ÁÁ

PLS
PLS
PLS
PLS
PLS
PLS

PLC1
PLSC2
PLSC3
PLSC4
PLSC4
PLSC3
PLSC3
PLSC3
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL
inferior BATIMETRIA
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
Aptiano Indeterminado Albiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Carmita LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25

AMOSTRAS
Watznaueria barnesae
Cyclagelosphaera margerelii
Watznaueria manivitiae
- Ana Marina Escobar Castro -

Biscutum spp.
Zeugrhabdotus embergeri
Biscutum ellipticum
Eprolithus floralis
Retecapsa crenulata
Helenea chiastia
Nannoconus spp.
Nannoconus globulus globulus
Discorhabdus ignotus
Polycyclolithaceae
Radiolithus planus
Braarudosphaera sp.
Rhagodiscus spp.
NANOFÓSSEIS

Calculites sp.
Gorkae operio
Zeugrhabdotus diplogrammus
Eiffellithus spp.
Rhagodiscus asper
Cribrosphaerella ehrenbergii
Calcicalathina alta
Rhagodiscus achlyostaurion

Figura 54: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento SSD18.


Tetrapodorhabdus decorus
Cretarhabdus striatus
C.alta
G.operio

R.planus
I

S
E
V
E
B

O
O

C.ehrembergii

N.globulus globulus

Fo lh e lh o s
Ma rg a s

Raro
Comuns
Wackestones

Presente

Freqüente
Abundante
Radiolários
Espículas de esponja
FB não identificado
FP não identificado
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Globigerinelloides
Hedbergelidos
Favuselidos
Textularidos
Aglutinantes
Gastrópodes
Pelecipode s
Inoceramidos
Equinóides
Oolito
Pelóides
Litoclastos
Sílticas
Pirita
Fosfatos
Glauconita
Dolomita
Estilolitos
Fraturas com calcita

I
I

S
E
C
R
C

O
M

AR3
ÁÁ

PLS
PLC2

PLSC2
PLSC2
PLSC2
PLSC2
PLSC2
PLSC2
PLSC2
PLSC2
PLSC2
PLSC2

Dolomita
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL

BATIMETRIA
inferior
ABISSAL

113
114 - Ana Marina Escobar Castro -
Aptiano-Turoniano CRONOESTRATIGRAFIA
Fms Sta Teresa/Carmita LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

AMOSTRAS
Watznaueria barnesae
Discorhabdus ignotus
NANOFÓSSEIS

Folhelhos
Wackestones
Rádiolarios
Globireninelloides
Amonitos
Pirita
Tex. Bioclas. Part.

Raro Sílticas
MICROFÁCIES

Estilolitos

Comuns
Presente

Freqüente
Fraturas com calcita

Abundante
Matéria orgânica

Figura 55: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LTM23.


I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

PLCS2
PLCS2

interno
médio NERÍTICO
externo
superior
médio
BATIMETRIA

BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
115 - Ana Marina Escobar Castro -
Albiano-Turoniano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Palenque LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20

AMOSTRAS
ESTÉRIL
NAN0

Mudstone
Wackestone
Packestone
Grainstone
Colomisphaera sp.
Crustocadosina sp.
FB não identificados
Miliolidos
Orbitolinidos
Textularidos
Inoceramidos
Equinóides
Raro Pelecipodes
Moluscos

Comuns
Presente
Ostracodos

Freqüente
Abundante
Gastropodos
Bivalvos
Algas verdes
Cyanobacteria (Girvanella)

Figura 56: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LT37.


Oolitos
Pellets
Pelóides
Pellets
Litoclastos
Sílticas
Estilolitos
Fraturas com calcita
I
I

S
E
C
R
C

O
M

AR3
AR3
AR7

AR5
AR5
AR5
AR5
AR5
AR5
AR5
AR5
AR7
AR3
AR3
ÁÁ

AR5
AR4

PLC1
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL
inferior BATIMETRIA
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
116 - Ana Marina Escobar Castro -
Aptiano CRONOESTRATIGRAFIA
Eocenomaniano
Fm Carmita LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6

AMOSTRAS
Biscutum spp.
Watznaueria barnesae
Braarudosphaera batilliformis
Braarudosphaera spp.
Assipetra terebrodentarius
Watznaueria manivitiae
Calcicalathina alta
Rucinolithus spp.
Lithraphidites sp.
NANOFÓSSEIS

Polycyclolithaceae
Biscutum constans
Cyclagelosphaera margerelii
Eprolithus sp.
Braarudosphaera regularis
Calculites sp.
I

S
E
V
E
B

O
O

Raro
Comuns
Presente
B. batilliformis

Freqüente
Abundante
Mudstones
FP não identificados

Figura 57: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento MNP13.


FB não identificaos
Glauconita
Sílticas
Pirita
Estilolitos
Fraturas com calcita
I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA
BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
117 - Ana Marina Escobar Castro -
CRONOESTRATIGRAFIA
Carmita LITOESTRATIGRAFIA
1

AMOSTRAS
Watznaueria barnesae
Watznaueria manivitiae
Cyclagelosphaera margerelii
NANO.

Eiffellithus sp.
Mudstones
Foraminíferos planctônicos
Globigerinelloides sp.
Hedbergellidos
Raro
Comuns Pirita
Sílticas
Presente

Freqüente
Abundante
Fraturas com calcita

Figura 58: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento JH33.


I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

PLC2 interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA

BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Na fase aptiana tem-se uma bacia mais profunda, onde foram acumulados
os depósitos da UTE Placetas. Predominam, então, microfácies pelágicas e
ausência de níveis alóctones. Um outro padrão de ambiente bacial proximal está
representado nos depósitos das UTEs Sierra del Rosário e Camajuaní. Ali ocorrem
intercalações de sedimentos autóctones pelágicos e sedimentos alóctones de
plataforma interna que, a partir do Aptiano, continha lagunas isoladas do mar aberto
por construções recifais.

6.2.3.1.3-As microfácies do Campaniano-Maastrichtiano: significado

O Neocretáceo está representado nas UTEs Sierra del Rosário e Placetas e


nas formações que fazem parte das seqüências sinorogênicas das bacias Veja e
Mercedes. As figuras 59 a 64 sintetizam as características das microfácies
neocretácicas e seus significados paleobatimétricos, além de mostrar a distribuição
vertical dos nanofósseis calcários.
No intervalo Campaniano-Maastrichtiano foram reconhecidas 3 microfácies
(uma de natureza pelágico-calcária e duas de águas rasas). Foi observada uma total
ausência de componentes silicosos (radiolários e espículas de esponjas). As
microfácies calcárias, somente encontradas no início do intervalo (PLC2), estão
constituídas exclusivamente por foraminíferos planctônicos hedbergelliformes e
heterohelícidos (JH33, J25). Fosfatos, glauconita e pirita são registrados de forma
esporádica.
Para o topo do intervalo as microfácies mudam para ambientes de
plataforma interna, com a presença de componentes de águas mais rasas (AR3 e
AR9), com predomínio de oóides, rudistas e macroforaminíferos. Existe um aumento
considerável dos elementos bentônicos, contendo bivalves, gastrópodes,
inoceramidos; aparecem, também, algas vermelhas e fragmentos de corais. O
conteúdo de partículas inorgânicas se faz mais acentuado na formação
Cacarajícara, nos afloramentos SSD2, SSD3, SSD4, SSD4 e SDD5; esta formação é
considerada uma megrabrecha (Valladares et al., 2001).
Constata-se, portanto, que ao longo do intervalo Campaniano-
Maastrichtiano tem-se uma clara variação ambiental, passando de uma
sedimentação de plataforma externa-batial a ambiente recifal.

- Ana Marina Escobar Castro 118


Campan. CRONOESTRATIGRAFIA
Via Blanca LITOESTRATIGRAFIA
1
2

AMOSTRAS
Biscutum constans
- Ana Marina Escobar Castro -

Cretarhabdus conicus
Cribrosphaerella ehrenbergii
Cyclagelosphaera margerelii
Eiffellithus eximius
Eiffellithus spp.
Eiffellithus turriseiffelii
Lithraphidites carniolensis
Manivitella pemmatoidea
Microrhabdulus decoratus
Prediscosphaera cretacea
Tranolithus orionatus
Watznaueria barnesae
Retecapsa angustiforata
Zeugrhabdotus spp.
Retecapsa crenulata
Zeugrhabdotus embergeri
Chiastozygus spp.
Zeugrhabdotus erectus
Zeugrhabdotus bicrescenticus

Figura 59: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento JH25.


Watznaueria biporta
NANOFÓSSEIS

Prediscosphaera sp.
Prediscosphaera intercisa
Prediscosphaera cf. P. grandis
Zeugrhabdotus xenotus
Rotelapillus laffittei
Staurolithites minutus
Raro

Chiastozygus cf. C. bifarius


Comuns

Broinsonia enormis
Presente

Freqüente
Abundante
Loxolithus armilla
Chiastozygus litterarius
Cylindralithus spp.
Zeugrhabdotus diplogrammus
Retecapsa octofenestrata
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Tranolithus minimus
I

S
E
V
E
B

O
O

E.eximius, S.interger Folhelhos


Wackestones
FP não identificados
Globigerinelloides sp.
Hedbergelidos
Heterohelicidos
Sílticas
Glauconitas

I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

PLC2
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio

BATIMETRIA
BATIAL
inferior
ABISSAL

119
Neocampaniano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Peñalver LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8

AMOSTRAS
Cyclagelosphaera margerelii
- Ana Marina Escobar Castro -

Eiffellithus sp.
Watznaueria barnesae
Rhagodiscus asper
Microrhabdulus decoratus
Retecapsa crenulata
Lithraphidites praequadratus
Cribrosphaerella ehrenbergii
Flabellites oblongus
Nannoconus spp.
Tranolithus orionatus
Zeugrhabdotus embergeri
Lithraphidites sp.
NANOFÓSSEIS

Eiffellithus pospichalii
Prediscosphaera sp.
Cretarhabdus spp.
Chiastozygus spp.
Staurolithites crux

Figura 60: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento P24.


Biscutum constans
Micula sp.
Micula swastica
Placozygus fibuliformis
Discorhabdus ignotus
Arkhangelskiella cf. A confusa
I

S
E
V
E

N
B

O
O

E.pospichalii
L.praequadratus

Folhelhos

Raro
Packstones

Comuns
Presente

Freqüente
Abundante
FP não identificados
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Favusella sp.
FB não identificados
Miliolidos
Rudistas
Inoceramidos
Equinóides
Oolitos
Pelóides
Pellets
Litoclastos
Fosfatos
Glauconita
Sílticas

I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

AR3
AR3
AR3
AR3
AR3
AR3
AR3
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio

BATIMETRIA
BATIAL
inferior
ABISSAL

120
121 - Ana Marina Escobar Castro -
Campaniamo
Maastrichtiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Cacarajícara LITOESTRATIGRAFIA
AFLORAMENTOS
SSD3
SSD5

SSD4
1

SSD2 1
1
2
1

AMOSTRAS
ESTÉRIL
NAN0

Floatstone/ Rudstone
Foraminíferos planctônicos
FB não identificados
Miliolidos
Orbitoides
Dyscociclina sp.
Rudistas
Inoceramidos
Raro Equinóides
Comuns
Presente
Agregados

Freqüente
Abundante
Litoclastos
Pelóides
Sílticas
Estilolitos
Fraturas com calcita
I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

AR9
AR9
AR9
AR9
AR9

Figura 61: Resultados bioestratigráficos e de microfácies dos afloramentos SSD2, SSD3, SSD4, SSD5.
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL
BATIMETRIA
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
Neocampaniano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Carmita LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23

AMOSTRAS
Lithraphidites carniolensis
- Ana Marina Escobar Castro -

Micula sp.
Uniplanarius sissinghii
Watznaueria barnesae
Retecapsa crenulata
Micula staurophora
Micula praemurus
Rucinolithus spp.
Microrhabdulus decoratus
Lithraphidites sp.
Cribrosphaerella ehrenbergii
Polycyclolithaceae
Eiffellithus turriseiffelii
Placozygus fibuliformis
Watznaueria manivitiae
Lithraphidites alatus
NANOFÓSSEIS

Cyclagelosphaera margerelii
Cretarhabdus conicus
Eiffellithus spp.
Prediscosphaera cretacea
Discorhabdus ignotus

Figura 62: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento CRH21.


Zeugrhabdotus sp.
Staurolithites crux
Tranolithus minimus
Tetrapodorhabdus decorus
Eiffellithus gorkae
Zeugrhabdotus embergeri
Quadrum sp.

Raro
I

S
E
V
E
B

O
O

Comuns
Presente

Freqüente
U.sissinghii

Abundante
M.praemurus

Folhelhos
Mudstone
Wackestone
Packstone
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Foraminíferos planctônicos
Globigerinelloides sp.
Hedbergelidos
Heterohelicidos
FB não identificados
Miliolidos
Equinóides
Bibalves
Pelóides
Litoclastos
Sílticas
Pirita
Fosfatos
Estilolitos
Fraturas com calcita
I
I

S
E
C
R
C

O
M

ÁÁ

AR2
AR3

PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
PLC2
interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio BATIAL

BATIMETRIA
inferior
ABISSAL

122
123 - Ana Marina Escobar Castro -
Maastrichtiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Isabel LITOESTRATIGRAFIA
1
2
3
4
5
6

AMOSTRAS
ESTÉRIL
NANO.

Rudstones
FB não identificados
Sulcoperculina sp.
Siderolites sp.
Sulcoperculina sp.
Orbitoides
Rudistas
Inoceramidos
Raro Bivalvos
Equinóides

Comuns
Presente

Freqüente
Abundante
Gastrópodos
Brioozoarios

Figura 63: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LL32.


Algas vermelhas
Corais
Estilolitos
I
I

S
E
C
R
C

O
M

AR9
AR9
AR9
AR9
AR9
AR9
ÁÁ

interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA

BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
124 - Ana Marina Escobar Castro -
Maastrichtiano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Isabel LITOESTRATIGRAFIA
1
2

AMOSTRAS
ESTÉRIL
NANO.

Rudstone
Foraminíferos bentônicos
Sulcoperculina sp.
Orbitoides
Rudistas
Gasterópodos
Raro Equinodermos
Comuns
Presente
Algas vermelhas

Freqüente
Abundante
Corais

Figura 64: Resultados bioestratigráficos e de microfácies do afloramento LP36.


I
I

S
E
C
R
C

O
M

AR9
AR9
ÁÁ

interna
média PLATAFORMA
externa
superior
médio
BATIMETRIA

BATIAL
inferior
ABISSAL
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

6.3- ANÁLISE ISOTÓPICA

6.3.1-Introdução

Mudanças globais na composição química dos mares, na escala de


milhares a milhões de anos, podem ficar preservadas no registro sedimentar,
permitindo correlações detalhadas de seqüências litológicas entre diferentes bacias
oceânicas. A integração de estudos geoquímicos com dados bioestratigráficos
aumenta a acuidade estratigráfica, abrindo novas oportunidades de compreensão
quanto à natureza de eventos geológicos de expressão global.
Esse capítulo apresenta de forma bastante sucinta a estratigrafia isotópica
como ferramenta valiosa à interpretação geológica, desde que trabalhada com os
devidos zelos metodológicos4. Também registra os resultados das análises
isotópicas correlacionados com os resultados de calcimetría. Estas análises foram
realizadas nos afloramentos com maior números de amostras e naqueles mais
representativos, segundo dados bioestratigráficos.
De forma geral, o Neojurássico e Cretáceo representaram um período de
aquecimento global, com baixo gradiente termal, clima estável e elevada
concentração de CO2 na atmosfera (Barron, 1983; Roth, 1989). Tais condições têm
como referência estudos realizados nos padrões de circulação oceânica, onde o
carbono e o oxigênio constituem elementos importantes nos processos complexos
que acontecem na massa d' água.

6.3.1.1- Isótopos estáveis de carbono.

O carbono é representado por três isótopos5, sendo um radioativo (14C) e


os outros dois estáveis (12C e 13
C). Estes dois últimos são os mais abundantes,
representando, respectivamente, 98,89% e 1,11% do total, e os que são utilizados
13
em estudos comparativos de razões isotópicas. A variação na razão C/12C é
normalmente utilizada em pesquisas isotópicas, sendo a medida efetuada em

4
Maiores detalhes sobre os aspectos teóricos relativos aos ciclos naturais que justificam as variações seculares
de G13C, G18O e 87Sr/86Sr constatadas no registro sedimentar podem ser obtidos em Azevedo (2001).
5
Isótopos: são átomos que possuem o mesmo número de prótons (número atômico), mas apresentam diferente
número de nêutrons. Quanto maior o número de nêutrons maior será a sua massa atômica. O primeiro em utilizar
isótopos estáveis como ferramenta estratigráfica foi Emiliani em 1955.

- Ana Marina Escobar Castro 125


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

relação a um padrão internacional, procedimento este implícito na notação G, na


forma de G13C.
A circulação do elemento carbono no planeta se faz de modo bastante
intenso, especialmente através do CO2. Este gás é retirado da atmosfera ou
hidrosfera e incorporado às plantas durante a fotossíntese. Com a respiração ou
a morte do organismo, parte do CO2 retorna à sua origem, completando o ciclo
primário de utilização do carbono (Fig. 28). Dos produtos gerados nesse
processo, na forma de matéria orgânica ou carbonato, uma parcela menor é
retirada do sistema, indo se acumular principalmente no fundo marinho. Passa,
então, a participar do ciclo geoquímico, somando-se ao principal reservatório de
carbono, composto pelas rochas sedimentares e acumulações orgânicas. Com o
tempo geológico, esse carbono pode voltar a ser disponibilizado no ciclo
primário, por meio de processos erosivos ou caminhos mais complexos,
envolvendo sua fusão magmática e liberação do elemento na forma de CO2
vulcânico (Azevedo, 2001) fig. 65.

Figura 65: Ciclo do carbono (modificado de Lawrence Berkley National Laboratory).

Em 1953, Craig mostrou que compostos de carbono dos reservatórios da


atmosfera, da hidrosfera e da biosfera envolvidos nesses dois ciclos, definem
diferentes espectros de variação dos valores de G13C. Esta constatação abriu

- Ana Marina Escobar Castro - 126


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

caminho para pesquisas posteriores que procuraram explicar os processos de


fracionamento4 deste elemento químico, especialmente no sistema água-carbonato.
O fracionamento isotópico do carbono no ciclo primário (biosfera e hidrosfera) está
relacionado principalmente ao processo fotossíntético promovido pelo fitoplanctôn
presente na zona fótica dos oceanos ou de lagos, Com ajuda da energia solar ocorre
12
a conversão do carbono inorgânico em matéria orgânica enriquecida em C,
segundo a reação 6CO2 + 6H2O — C6H12O6 + 6O2. Como conseqüência há um
13
enriquecimento de C das águas superficiais, que ficará registrados nos valores de
G13C de cabornatos formados sob tais condições.
Entretanto, quando os organismos morrem desloca-se para o fundo dos
mares ou lagos, a matéria orgânica passa a ser oxidada, liberando o CO2
12
enriquecido em C, restituindo assim, o equilibro do sistema. Este equilíbrio é
quebrado nos períodos de anoxia, quando o processo de oxidação cessa e uma
expressiva parcela da matéria orgânica é retirada do sistema aquático para os
sedimentos.
Assim, justifica-se os valores positivos de G13C associados à maior
preservação da matéria orgânica e/ou a uma maior produtividade orgânica,
situações mais comuns em eventos transgressivos, chegando a valores positivos
anômalos em cabornatos preservados em eventos anóxicos. Por outro lado, os
valores negativos refletiriam uma liberação de elevados volumes de CO2
12
aprisionados nos sedimentos ou a entrada de águas meteóricas ricas em C que
poderia relacionar-se a eventos regressivos. Há também que se considerar sempre a
hipótese do incremento de dióxido de carbono emanado na atmosfera como
conseqüência de atividade vulcânica (Azevedo, 1995).

6.3.1.2- Isótopos estáveis de oxigênio.

O oxigênio se apresenta na natureza em forma de três isótopos estáveis:


16 17 18
O= 99,763%, O= 0,0375% e O= 0,1995%. (Hoefs, 1997). As variações dos
16
valores de O estão fortemente relacionadas com as variações de temperatura e
salinidade nos oceanos. Esta variação é obtida a partir das tecas de foraminíferos ou

4
Segundo Hoefsn (1997) e Bowen (1988), o fracionamento isotópico é a mudança na proporção de dois isótopos
de um certo elemento durante uma reação ou processo físico-químico. A respiração, fotossínteses, evaporação,
condensação, recristalização são os fenômenos naturais mais importantes no fracionamento isotópico.

- Ana Marina Escobar Castro - 127


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

de nanofósseis e inoceramídios em alguns casos. O primeiro em calcular a


paleotemperatura a partir desses organismos foi Emiliani em 1955.
O valor de G18O registrado em carbonatos formados em equilíbrio isotópico
com o meio aquático reflete as condições físico-químicas locais e/ou globais,
destacando-se parâmetros como a temperatura, salinidade, pressão de CO2,
padrões de circulação atmosférico e aquático, presença ou não de calotas polares.
Um processo bastante comum de fracionamento isotópico ocorre com a
perda do meio aquático para a atmosfera do vapor de água, que será mais
16
enriquecido em O quanto menor for a entropia do sistema. Assim, uma água com
temperatura mais fria tende a fracionar mais do que àquela mais quente, da mesma
16
forma que uma água salgada tende a favorecer a perda preferencial de O na
evaporação do que uma água doce. Por isso que em épocas glaciais, quando os
18
mares ficam mais frios, a água remanescente fica enriquecida de O fazendo com
que as carapaças carbonáticas, formadas em equilíbrio com o meio, acabem com
valores de G18O.bem mais positivos do que em períodos interglaciais. Ademais, o
16
desgelo das calotas polares libera para os oceanos um volume elevado de O,
reforçando a tendência de redução dos valores da curva de G18O.(Fig. 66).

Calotas Polares
16
O>>18O

Águas pluviais
Águas 16 18
do desgelo O>>> O
16 18
O>>> O

Glacial: acréscimo de G18O


18
Interglacial: diminuição G O

Figura 66: Fracionamento isotópico do oxigênio no ciclo da água (modificado de


Azevedo, 1995)

O registro isotópico de oxigênio, medido em carbonatos, é afetado pela


diagênese, processo este que não raro oblitera completamente o sinal primário
(Marshall,1992; Azevedo, 2001). Apesar dessas vulnerabilidades amplia-se o

- Ana Marina Escobar Castro - 128


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

número de artigos que utilizam razões isotópicas de oxigênio em reconstituições


paleoclimáticas e em apoio à correlações estratigráficas.

6.3.1.3- Isótopos de estrôncio.

87
A razão Sr/86Sr da água do mar sofreu mudanças significativas ao longo
do tempo geológico, tornando-se um elemento de correlação estratigráfica e de
inferência geocronológica.
O estrôncio ocorre na natureza sob a forma de quatro isótopos, com pesos
atômicos de 84, 86, 87 e 88, sendo desprezível o fenômeno de fracionamento. O
87 87
Sr é um radiogênico estável, formado pelo decaimento do Rb. O rubídio possui
raio atômico similar ao do potássio, sendo, por isso, mais freqüente na crosta
continental, onde ocorre disperso em micas e feldspatos. A concentração também é
maior em argilo-minerais potássicos, além de evaporitos como silvinita e carnalita.
86
Por sua vez, o Sr é um isótopo estável e manteve sua concentração relativamente
constante ao longo da história do planeta. Sua introdução no meio marinho se faz
principalmente através de exudações hidrotermais nas cadeias meso-oceânicas ou
pelo intemperismo de basaltos submarinos ou continentais.
Em 1986, Elderfield publicou um trabalho clássico definindo as bases
conceituais para a utilização dessa família de isótopos como instrumento de
correlação estratigráfica e inferência cronológica. O método se sustenta no fato do
tempo de residência desse elemento ser três ordens de grandeza superior ao de
circulação das águas oceânicas. Assim, assume-se que a razão de estrôncio medida
em minerais formados no ambiente marinho tenha a mesma composição isotópica
da massa d’água homogeneizada.
Do ponto de vista geológico, as variações da razão refletem alternância de
períodos de maior influência de processos envolvendo a crosta continental ou
oceânica, que são as fontes primárias de suprimento dos dois isótopos para o
87
oceano. A crosta continental oferece aos oceanos principalmente o Sr, dissolvido
de suas rochas. Períodos de orogenia e/ou climas mais úmidos tendem a aumentar
o fornecimento do isótopo mais pesado. Por sua vez, fases de expansão da crosta
oceânica e manifestações vulcânicas ligadas à dinâmica do manto superior,
86 87
alimentam os mares com o Sr. A produção de Sr nos oceanos é insignificante,

- Ana Marina Escobar Castro - 129


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

face a reduzida razão Rb/Sr nas rochas que compõem o fundo oceânico e ao
elevado período de meia-vida do rubídio.
A aplicação prática do estudo isotópico de estrôncio se faz com o ajuste
dos valores medidos de uma seção investigada contra uma curva global, grafada na
escala de tempo geológico. É importante ressaltar que a indicação temporal dada a
87
um valor de Sr/86Sr tem caráter relativo e se baseia no acumulo de informações
sobre o comportamento dessa variável em seções com posicionamento
biocronoestratigráfico bem definidos. Portanto, a curva de variação secular dos
isótopos de estrôncio (ou a curva global de Sr) deve ser encarada como uma
ferramenta de indicação cronoestratigráfica indireta, que se encontra em fase de
desenvolvimento.
O exemplo dessa evolução se evidencia no constante aprimoramento da
87
curva da razão Sr/86Sr dos oceanos no tempo geológico. Pode-se observar na
figura 67 que o contorno de uma das primeiras curvas globais proposta (Burke et al.,
1982), não discrimina as variações no comportamento dos isótopos de estrôncio
entre os andares do Cretáceo. Passadas menos de duas décadas, tanto os andares,
como os subandares e zonas bioestratigráficas têm padrão de comportamento
isotópico de estrôncio conhecido.

Figura 67: Curva da variação da razão 87Sr/86Sr ao longo do Fanerozóico (Burke et al., 1982)

- Ana Marina Escobar Castro - 130


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

6.3.2- Interpretação dos resultados

6.3.2.1- Neojurássico
Foram realizadas análises isotópicas em rocha total de carbono e oxigênio
nos afloramentos LA30 e MNP11. Adicionalmente foram também obtidos valores de
estrôncio em alguns intervalos com maior conteúdo de carbonatos.
De forma geral os resultados de G18O e G13C foram modificados por eventos
diagenéticos em alguns intervalos principalmente no afloramento LA30.
No afloramento MNP11-11 os valores de G13C variam entre –1,38 e 2,31
0
/00. Esta curva apresenta algumas variações e acompanha satisfatoriamente a curva
de calcimetria. E observado um intervalo basal com valores mas positivos (MNP11-
5) com máximo de 2,31 e 2,18 0/00 que coincidem com as amostras de maior
conteúdo de carbonato. A curva de G18O neste intervalo tem uma boa correlação
com a calcimetria e com a curva de G13C mostrando um refriamento nas amostras de
carbonatos puros, fig. 68.
A partir da amostra MNP11-7 até o final do afloramento é observado um
ciclo de margas e folhelhos que é bem acompanhado pela curva de G13C, mostrando
o valor mas negativo –1,380/00 na mostra MNP11-13. Na curva de G18O se registra
uma diminuição com valor mínimo de –4,88 0/00 seguido de um continuo aumento
dos valores ate o topo do afloramento. Os valores passam de –4,21 a –2,080/00.
De forma geral existiu um aquecimento das águas oceânicas do inicio do
afloramento até a amostra MNP11-11, em um ambiente um pouco mas seco e
menos profundo, seguido de um esfriamento das águas em um ambiente mais
úmido de maior profundidade com a deposição de margas mas argilosas e folhelhos
com um conteúdo pelágico constituído por radiolários.
Na figura 68 são exibidos todos os resultados das análises de oxigênio,
carbono e estrôncio.
No afloramento LA30 os valores isotópicos foram modificados por eventos
diagenéticos em alguns intervalos.
A curva de G13C mostra a existência de três grandes tendências: a) um
intervalo basal (LA30-1-24) caracterizado por um constante aumento dos valores de
–6,28 0/00 até chegar a um máximo transgressivo 2,03 0/00, nas amostras LA30-18-
19, mostrando um aumento de produtividade. Isto pode ser corroborado pelas

- Ana Marina Escobar Castro - 131


87
M BATIMETRIA ISÓTOPOS CaCO3 (%) Sr/86Sr
I
C
R Carbono - C(%º)
O Oxigênio - O(%º)

BATIAL
F

- Ana Marina Escobar Castro -


Á Curva de tendência
C

ABISSAL

AMOSTRAS
+ temperatura - temperatura
I - produtividade + produtividade

LITOESTRATIGRAFIA
E

média PLATAFORMA
médio

interna
0,707004

inferior

superior

CRONOESTRATIGRAFIA
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 -5 10 25 40 55 70 85 0,707028 0,707360

externa
S
17
16
15 AR2
14 PLS
13
12 AR2
11
10 AR2
9 PLS
8 AR2
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

Neotithoniano
7
5

Fm Artemisa (Mbro Zarza)


4 AR2
3 AR2
2
1 AR2
6 AR2

Figura 68: Resultados isotópicos do afloramento MNP11.

132
- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

seções ricas em radiolários e espículas de esponjas (microfácie PLS), apontando


para um ambiente mas profundo. Na curva de G18O é constatado um aumento de -
4,2 a -2,81 0/00, indicando um esfriamento das águas oceânicas; b) um outro
intervalo (LA30-25-64) caracterizado pela constante diminuição dos sinais de G13C,
com valores que variam de 2,11 a –6,28 0/00. Neste intervalo se encontra uma grande
quantidade de partículas orgânicas e inorgânicas (oolitos, oncolitos, litoclastos) de
águas mais someras. É observado um aumento na quantidade de foraminíferos
bentônicos e diminuição das fácies pelágicas. Na curva de G18O é contatado um leve
deslocamento para valores mais negativos de -3,82 a -4,14 0/00, sugerindo um
aquecimento das águas. Todos os fatores apontam uma progradação para o topo de
este intervalo em ambiente de águas mais quentes. Dentro de este intervalo também
existem variações de menor ordem com interrupção do material alóctone e variações
na curva de G18O, mostrando possíveis flutuações do nível do mar; c) o último
intervalo (LA30-65-103) apresenta uma curva de G13C bem serrilhada com tendência
de aumento de valores variando entre -4,83 e 2 0/00. Os valores de G18O se tornam
mais positivos sugerindo novamente um esfriamento das águas oceânicas.
Novamente neste intervalo é observado um aumento dos elementos pelágicos e
diminuição do material alóctone. É sugerido outro intervalo transgressivo. Dentro
deste intervalo é observado o maior decréscimo na curva de G13C, causado
possivelmente por um evento de sulfato redução, corroborado na amostra LA30-72
onde foi observada uma micrita bem oxidada.
Os valores isotópicos de estrôncio variaram de 0,707132 a 0,708704.
Segundo alguns autores (Jones et al., 1994; Weissert & Mohr, 1996) estes valores
para o Tithoniano estariam em razão de 0,7070-0,7072. Em algumas amostras deste
afloramento os valores coincidem, sendo que em outras fogem muito do padrão
desta período (LA30-55, 87Sr/86Sr =0,708704) fig. 69.

6.3.2.2- Eocretáceo

Foram realizadas análises isotópicas em rocha total de carbono e oxigênio


nos afloramentos LB31 e SSD18.
No afloramento SSD18 podem ser reconhecidos três intervalos. No primeiro
intervalo (SSD18-1-9) se registra um deslocamento para valores mais negativos em
ambas curvas, com valores que variam de 0,83 a -0,84 0/00 para a curva de G13C e

- Ana Marina Escobar Castro 133


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

de -2,47 a -3,99 0/00 para G18O. Poderíamos dizer que estamos em presença de um
ambiente de baixa produtividade em águas quentes, representando possivelmente
uma regressão.
Um segundo intervalo com poucos valores isotópicos que coincide com um
intervalo não identificado pela bioestratigrafia, dificultando a identificação do limite
Aptiano/Albiano como foi comentado por Escobar (2001). O terceiro intervalo sem
muitas variações isotópicas com valores de G18O que variam de –3,4 a –3,66 0/00
sugerindo um pequeno aquecimento das águas com um leve aumento de
produtividade mostrada pelos valores de G13C que variam de 1 a 1,23 0/00 (Fig. 70)

Figura 70: Resultados isotópicos no afloramento SSD18.

- Ana Marina Escobar Castro 135


- RESULTADOS E DISCUSSÕES -

No afloramento LB31 os sinais de ambas curvas G13C e G18O se apresentam


bem homogêneas. Os valores de G13C variam de 1,46 a 0,66 0/00. A curva de G18O
apresentou valores de -3,92 a –6,73 0/00. Ambas curvas tiveram um aumento para
valores mais positivos no intervalo LB31-29-35 que coincide com fácies pelágicas
compostas de radiolários e espículas de esponjas (PLS) sugerindo maior
profundidade e possivelmente um evento anoxico relacionado com o período
Valanginano-Hauteriviano, isto não pode ser corroborado pela ausência de análises
de COT (Fig.71).

Figura 71: Variações isotópicas do oxigênio e carbono nos depósitos do


Neoberriasiano- Neoaptiano no afloramento LB31.

- Ana Marina Escobar Castro - 136


7- CONCLUSÕES

x A investigação de 31 afloramentos juro-cretácicos de Cuba em suas áreas


central e ocidental permite ver que as seções são dominantemente formadas
por carbonatos finos, intercalados a folhelhos e margas.

x O estudo da associação de nanofósseis calcários que compõem tal intervalo


revela uma pobre diversidade de espécies e má preservação. Estas
características tendem a melhorar para o final do Cretáceo. Foram registradas
79 espécies distribuídas em 42 gêneros e 15 famílias. Foi reconhecida uma
sucessão de bioeventos ao longo das seções estudadas, sendo 12 de
extinção e surgimento. Muitos destes bioeventos correlacionáveis com alguns
arcabouços bioestratigráficos para o Tétis. Os estudos nanofossilíferos
apontam três hiatos cronoestratigráficos ao longo da seção Jurássico-
Cretáceo: eohauteriviano, eoaptiano e passagem Aptiano-Albiano.

x Apesar das informações obtidas com o estudo de nanofósseis calcários, fica


claro que este grupo não é uma eficiente ferramenta bio- e cronoestratigráfica
a ser utilizada nos estudos de áreas aflorantes. Tal conclusão não pode ser
aplicada, todavia, para os estudos de seções cretácicas de subsuperfície, em
que, é sabido, os nanofósseis são bem diversificados e relativamente bem
preservados.

x Dois padrões de microfácies carbonáticas são registrados nas rochas juro-


cretáceas estudadas: um de natureza pelágica (ambiente deposicional
profundo) e outro geneticamente associado a águas rasas. Dentro do padrão
pelágico ocorrem dez tipos de microfácies pelágicas - PL (incluindo a PLS –
pelágico silicosa; as PLSC – pelágico sílico-calcárias; e as PLC – pelágico –
calcárias), que são diferenciados levando-se em conta a associação dos
elementos presentes nas rochas: radiolários, crinóides (e.g. Saccocoma),
foraminíferos planctônicos (não-quilhados e quilhados), calcisferas
(cadosinidos e estomiosferidos). Representam mudstones, wackestones e
margas. As nove microfácies originadas em águas rasas (AR) constituem

- Ana Marina Escobar Castro 137


- CONCLUSÕES -

x mudstones, wackestones, packstones, floatstones, grainstones e rudstones


cujos grãos são representados por óoides, pelóides, foraminíferos
orbitoliniformes, miliolidos, algas verdes, equinóides, bivalves, corais,
fragmentos de rudistas etc.

x A análise microfaciológica e algumas informações quimioestratigráficas


(dados isotópicos de carbono e oxigênio) sugerem que as seções
neojurássicas e eocretácicas foram permanentemente acumuladas em piso
marinho profundo, sob águas frias e produtivas, com fundos anóxicos. A
presença de níveis calcários exibindo microfácies de águas rasas
episodicamente intercalados aos depósitos pelágicos é aqui interpretada
como indicadora de episódios de aloctonia.

x Na fase neojurássica-eocretácea os depósitos acumularam-se em uma rampa


carbonática (sem construções recifais), enquanto que no Neocretáceo passou
a vigorar uma modelo de plataforma com borda, com recifes de rudistas e
ambientes lagunares. Isto é sugerido pela análise microfaciológica.

- Ana Marina Escobar Castro 138


ESTAMPA I

Família ARKHANGELSKIELLACEAE Bukry, 1969 emend. Bown & Hampton in


Bown & Young, 1997.

Figura 01. Arkhangelskiella cf. A confusa Burnett, 1998.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra P24-8. Escala 5 Pm.

Figura 02. Broinsonia enormis (Shumenko, 1968) Manivit, 1971.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Família CHIASTOZYGACEAE Rood et al., 1973 emend. Varol & Girgis, 1994.

Figura 03. Chiastozygus cf. C. bifarius Bukry 1969.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5Pm.

Figura 04. Chiastozygus litterarius (Gorka, 1957) Manivit, 1971.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-2. Escala 5 Pm.

Figura 05. Gorkaea operio Varol & Girgis, 1994.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra SSD18-22. Escala 5 Pm.

Figura 06. Loxolithus armilla (Black in Black & Barnes, 1959) Noël, 1965.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 07. Placozygus fibuliformis (Reinhardt, 1964) Hoffman, 1970.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CRH21-15. Escala 5 Pm.

Figura 08. Staurolithites crux (Deflandre & Fert,1954) Caratini, 1963.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CL27-77. Escala 5 Pm.

Figura 09. Staurolithites gausorhethium (Hill, 1976) Varol & Girgis, 1994.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CL27-77. Escala 5 Pm.

Figura 10. Staurolithites minutus Burnett, 1997.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 11. Tranolithus gabalus Stover, 1966.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CL27-85. Escala 5 Pm.

139
ESTAMPA I
1a 1b 2a

3a 3b
2b

4 6
5

7a 7b 8

11
9 10

140
ESTAMPA II

Figura 01. Tranolithus minimus (Bukry, 1969) Perch-Nielsen, 1984.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CRH21-15. Escala 5 Pm.

Figura 02. Tranolithus orionatus (Reinhardt, 1966a) Perch-Nielsen, 1968.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 03. Zeugrhabdotus bicrescenticus (Stover, 1966) Burtett in Gale et al., 1996.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 04. Zeugrhabdotus diplogrammus (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954)


Burtett in Gale et al., 1996.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-2. Escala 5 Pm.

Figura 05. Zeugrhabdotus embergeri (Noël, 1958) Perch-Nielsen, 1984.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra SSD17-18. Escala 5 Pm.

Figura 06. Zeugrhabdotus erectus (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Reinhardt,
1965.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 07. Zeugrhabdotus xenotus (Stover, 1966) Burnett in Gale et al., 1996.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Família EIFFELLITHACEAE Reinhardt, 1965.

Figura 08. Eiffellithus eximius (Stover, 1966) Perch-Nielsen, 1968.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 09. Eiffellithus gorkae Reinhardt, 1965.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CRH21-16. Escala 5 Pm.

Figura 10. Eiffellithus pospichalii Burnett, 1998.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra P24-4. Escala 5 Pm.

Figura 11. Eiffellithus turriseiffelii (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Reinhardt,
1965.
a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis paralelos, vista planar. .
Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Família RHAGODISCACEAE Hay, 1977.

Figura 12. Tegumentum stradneri Thierstein in Roth & Thierstein, 1972.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CL27-2. Escala 5 Pm.

Figura 13. Calcicalathina alta Perch-Nielsen, 1979a.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra MNP13-2. Escala 5 Pm.

Figura 14. Calcicalathina oblongata (Worsley, 1971) Thierstein ,1979.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra SSD17-7. Escala 5 Pm.
141
2 ESTAMPA II
1 3

4 5 6

7 8 9

10 11a 11b

12 14
13

142
ESTAMPA III

Figura 01. Percivalia fenestrata (Worsley, 1971) Wise, 1983.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CL27-71. Escala 5 Pm.
Figura 02. Rhagodiscus achlyostaurion (Hill, 1976) Doeven, 1983.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CL27-71. Escala 5 Pm.

Figura 03. Rhagodiscus angustus (Stradner, 1963) Reinhardt, 1967.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CL27-71. Escala 5 Pm.

Figura 04. Rhagodiscus asper (Stradner, 1963) Reinhardt, 1967.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra SSD17-8. Escala 5 Pm.

Família AXOPODORHABDACEAE Bown & Young, 1997.

Figura 05. Cribrosphaerella ehrenbergii (Arkhangelsky, 1912) Deflandre in


Piveteaux, 1952.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 06. Perissocyclus tayloriae Crux, 1989.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra SSD17-17. Escala 5 Pm.

Figura 07. Tetrapodorhabdus decorus (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Wind
& Wise in Wise & Wind, 1979.
Nicóis cruzados, vista lateral. Amostra CRH21-15. Escala 5 Pm.

Família BISCUTACEAE Black, 1971a.

Figura 08. Biscutum constans (Górka, 1957) Black in Black & Barnes, 1959.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.
Figura 09. Biscutum ellipticum (Górka, 1957) Grün in Grün & Allemann, 1975.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 10. Discorhabdus ignotus (Górka, 1957) Perch-Nielsen, 1968.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis paralelos, vista planar.
Amostra SSD18-13. Escala 5 Pm.

Família CRETARHABDACEAE Thierstein, 1973.

Figura 11. Cretarhabdus conicus Bramlette & Martini, 1964.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 12. Cretarhabdus striatus (Stradner, 1963) Black, 1973.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CL27-82. Escala 5 Pm.

Figura 13. Flabellites oblongus (Bukry, 1969) Crux in Crux et al., 1982.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra P24-4. Escala 5 Pm.

Figura 14. Helenea chiastia Worsley, 1971.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CL27-11. Escala 5 Pm.
143
ESTAMPA III

1 2 3

4 5 6

7 8 9

10a 10b 11

12 13 14

144
ESTAMPA IV

Figura 11. Retecapsa angustiforata Black, 1971a.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra LB31-6 . Escala 5 Pm.

Figura 12. Retecapsa crenulata (Bramlette & Martini, 1964) Grün in Grün &
Allemann, 1975.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 13. Retecapsa octofenestrata Bralower in Bralower et al., 1989.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Família PREDISCOSPHAERACEAE Rood, et al., 1971.

Figura 04. Prediscosphaera columnata (Stover, 1966) Perch-Nielsen, 1984.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra P24-8. Escala 5 Pm.

Figura 05. Prediscosphaera cretacea (Arkhangelsky, 1912) Gartner, 1968.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso,
vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 06. Prediscosphaera intercisa (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954)


Shumenko, 1976.
Nicóis cruzados, vista lateral. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 07. Prediscosphaera conf. P. grandis Perch-Nielsen, 1979a.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Família TUBODISCACEAE Bown & Rutledge in Bown & Young, 1997.

Figura 08. Manivitella pemmatoidea (Deflandre in Manivit, 1965) Thierstein, 1971.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Família STEPHANOLITHIACEAE Black, 1968.

Figura 09. Rotelapillus laffittei (Nöel, 1957) Nöel, 1973.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis paralelos, vista planar. Amostra
J25-1. Escala 5 Pm.

Família WATZNAUERIACEAE Rood et al., 1971.

Figura 10. Cyclagelosphaera deflandrei (Manivit, 1966) Roth, 1973.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra LB31-33. Escala 5 Pm.

Figura 11. Cyclagelosphaera margerelii Noël, 1965.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CRH21-14. Escala 5 Pm.

Figura012. Watznaueria barnesae (Black, 1959) Perch-Nielsen, 1968.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra LM28-7. Escala 5 Pm.

145
ESTAMPA IV

1 2 3

4 5a 5b

6 7 8

9a 9b 10

11 12

146
ESTAMPA V

Figura 01. Watznaueria biporta Bukry, 1969.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra J25-1. Escala 5 Pm.

Figura 02. Watznaueria manivitiae Bukry, 1973.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra CRH21-5. Escala 5 Pm.

HETEROCOCCOLITOS DE AFINIDADE INCERTA

Figura 03. Haqius circumradiatus (Stover, 1966) Roth, 1978.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra LB31-14. Escala 5 Pm.

Família BRAARUDOSPHAERACEAE Deflandre, 1947a.

Figura 04. Braarudosphaera batilliformis Troelsen & Quadros, 1971.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso,
vista planar. Amostra MNP13-1. Escala 5 Pm.

Figura 05. Braarudosphaera regularis Black, 1973.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso,
vista planar. Amostra SSD17-2. Escala 5 Pm.

Figura 06. Micrantholithus hoschulzii (Reinhardt, 1966) Thierstein, 1971.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra LB31-11. Escala 5 Pm.

Figura 07. Micrantholithus obtusus Stradner, 1963


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra SSD17-2. Escala 5 Pm.

Família EOCONUSPHAERACEAE Kristan-Tollmann, 1988a.

Figura 08. Conusphaera mexicana mexicana (Trejo, 1969) Bralower, 1989.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra LB31-11. Escala 5 Pm.

Figura 09. Conusphaera rothii (Thierstein, 1971) Jakubowski, 1986


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra SSD17-8. Escala 5 Pm.

Família MICRORHABDULACEAE Deflandre, 1963.

Figura 10. Lithraphidites bollii (Thierstein, 1971) Thierstein, 1973.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso, .
Amostra CRH21-3. Escala 5Pm.

Figura 11. Lithraphidites carniolensis Deflandre, 1963.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra SSD17-17. Escala 5 Pm.

Figura 12. Lithraphidites praequadratus Roth, 1978.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra P24-3. Escala 5 Pm.

147
ESTAMPA V

1 2 3

4a 4a 5a

5b 6 7

8 9 10a

10b 11 12

148
ESTAMPA VI

Figura 01. Microrhabdulus decoratus Deflandre, 1959.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra P24-3. Escala 5 Pm.

Família NANNOCONACEAE Deflandre, 1959.

Figura 02. Nannoconus globulus globulus (Brönnimann, 1955) Bralower et al.,


1989.
a) Nicóis cruzados, vista lateral; b) Nicóis paralelos, vista lateral. Amostra
CA29-6. Escala 5 Pm.

Figura 03. Nannoconus steinmannii steinmannii Kamptner, 1931


Nicóis paralelos, vista lateral. Amostra SSD17-18. Escala 5 Pm.

Figura 04. Nannoconus steinmannii minor (Kamptner, 1931) Deres & Achéritéguy,
1980.
a) Nicóis cruzados, vista lateral; b) Nicóis paralelos, vista lateral. Amostra
CA29-1. Escala 5 Pm.

Família POLYCYCLOLITHACEAE (Forchheimer, 1972) emend. Varol, 1992.

Figura 05. Eprolithus floralis (Stradner, 1962) Stover, 1966.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso,
vista planar. Amostra SSD18-3. Escala 5 Pm.

Figura 06. Micula praemurus (Bukry, 1973) Stradner & Steinmetz, 1984.
a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso,
vista planar. Amostra CRH21-13. Escala 5 Pm.

Figura 07. Micula staurophora (Gardet, 1955) Stradner, 1963.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso,
vista planar. Amostra CRH21-9. Escala 5 Pm.

Figura 08. Micula swastica Stradner & Steinmetz, 1984.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra P24-8. Escala 5 Pm.

Figura 09. Quadrum eneabrachium Varol, 1992.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso,
vista planar. Amostra SSD17-4. Escala 5 Pm.

149
ESTAMPA VI

1a 1b 2a

2b 3 4

5a 5b 6a

6b 7a 7b

8 9a 9b

150
ESTAMPA VII

Figura 01. Radiolithus hollandicus Varol, 1992.


a) Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso,
vista planar. Amostra LB31-43. Escala 5 Pm.

Figura 02. Radiolithus planus Stover, 1966.


a)Nicóis cruzados, vista planar; b) Nicóis cruzados com placa de gipso,
vista planar. Amostra CL27-4. Escala 5 Pm.

Figura 03. Uniplanarius sissinghii Perch-Nielsen, 1986b.


Nicóis cruzados com placa de gipso, vista planar. Amostra CRH21-11.
Escala 5 Pm.

POLYCYCLOLITOS INCERTOS

Figura 04. Assipetra terebrodentarius (Applegate et al. in Covington & Wise,


1987) Rutledge & Bergen in Bergen, 1994.
Nicóis cruzados, vista planar. Amostra MNP13-2. Escala 5 Pm.

NANOLITOS INCERTOS

Figura 05. Kokia curvata Perch-Nielsen, 1988.


Nicóis cruzados, vista planar. Amostra LB31-26. Escala 5 Pm.

151
ESTAMPA VII

1a 1b 2a

2b 3 4

152
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AHR, W.M. The carbonate ramp: an alternative to the shelf model. Trans. Gulf. Coast. Ass.
Geol. Soc., v.23, p. 221-225, 1973.

APPLEGATE, J.L.; BERGEN, J.A. Cretaceous calcareous nannofossil biostratigraphy of


sediments recovered from the Galicia margin, ODP Leg 103. Proceedings of the Ocean
Drilling Program, Scientific results, v.103, p.293-348, 1988.

AZEVEDO, R.L.M. Isótopos de oxigênio e carbono em estudos estratigráficos de detalhe


na Bacia de Campos: aplicações no Quaternário e Oligoceno. Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro, 1995, 138. Dissertação de Mestrado.

AZEVEDO, R.L.M. O Albiano no Atlântico Sul: estratigrafia, paleoceanografia e relações


globais. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001, 401. Tese de
Doutorado.

BARNARD, T.; HAY, W.W. On Jurassic coccoliths; a tentative zonation of the Jurassic of
southern England and North France. Eclogae Geol. Helv., v.67, p.563-585, 1974.

BARRON, E.J. A warm equable Cretaceous: the nature of the problem. Earth-Sci. Rev.,
v.19, p.305-338, 1983.

BLANCO-BUSTAMANTE, S. Biocronologia del Cretácico medio de Cuba de acuerdo a


microfósiles planctónicos. Boletim do 5° Simpósio sobre o Cretáceo do Brasil, p.467-471.
1999.

BLANCO-BUSTAMANTE, S.; SEGURA-SOTO, R.; BREY DE REY, D. Fácies del


Cretácico médio del paleomargen de las Bahamas em Cuba Central y su importancia para la
prospección de hidrocarburos em Cuba. In: Constribuição ao projeto 362-381 do IGCP,
1996.

BONET, F. Zonificación microfaunística de las calizas cretáceas del este de México. In:
CONGRESO GEOLÓGICO INTERNACIONAL, 20, v-I-IV, p.3-102, 1956.

BORZA, K. The upper Jurassic-lower Cretaceous parabiostratigraphic scale on the basis of


Tintinnidae, Cadosinidae, Stomiosphaeridae, Calcisphaerulidae and the other microfossils the
West Carpathians. Geol. Zbor. Slov. Akad. Vied, Bratislava, v.37, n.1, p.17-34, 1984.

BOWN, P.R. New calcareous nannofossil taxa from the Jurassic/Cretaceous boundary interval
of sites 765 and 261, Argo abyssal plain. Proceedings of the Ocean Drilling Program, Argo
abyssal plain/Exmouth Plateau. v.38, p.135, 1992.

BOWN, P.R Calcareous nannofossil biostratigraphy. Cambridge: Chapman & Hall, 1998.

BOWN, P.R.; YOUNG, J.R. Mesozoic calcareous nannoplankton classification. Journal of


Nannoplankton Research, v.19, p.21-36, 1997.

- Ana Marina Escobar Castro 153


- REFRERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -

BRALOWER, T. J.Valangian to Aptian calcareous nannofossil stratigraphy and correlation


with the upper-sequence magnetic anomalies. Marine Micropaleontology, v. 11, p. 293-310,
1987.

BRALOWER, T. J.; MONECHI, S.; THIERSTEIN, H. Calcareous nannofossil zonation of


the Jurassic - Cretaceous boundary interval and correlation with the geomagnetic polarity
timescale. Marine Micropaleontology, v.14, p.53 – 235, 1989.

BRALOWER, T.; ITURRALDE-VINENT, M. Micropaleontological dating of the collision


between the North American continental margin and the Greater Antilles Volcanic Arc in
Western Cuba. Palaios, v.12, p.133-150, 1997.

BRÖNNIMANN, P. Microfossil incertae sedis from the Upper Jurassic and Lower
Cretaceous of Cuba. Micropaleontology, v.1, n.1, p.28-52, 1955.

BRONNIMANN, P.; RIGASSI, D. Contribution to the geology and paleontology of the area
of the city La Habana, Cuba, and its surroundings. Eclogae Geol. Helvetiae, v.56, n.1, p. 193-
480, 1963.

BUFFLER, R.T.; MARTON, G.; MULLER, D.; GALGHAGAN, L.; SAWYER, D.;
ROSENTHAL, D. Crustal types and northwest trending structural features. Constraints on
reconstructing the Gulf of Mexico Basin. Abstract with programs. Geol. Soc. Am., v.22, n.7,
p. 186, 1990.

BUFFLER, R.T.; THOMAS, W.A. Crustal structure of the Southeastern margin of North
America and the Gulf of Mexico. In: SPEED, R.C. (Ed.) Phanerozoic evolution of North
American continent - ocean transition. Geol. Soc. Am. DNAG Continent - Ocean Transect.,
1994. p219-264.

BURKE W.H.; DENISON R.E.; HETHERINGTON E.A.; KOEPNIK R.B.; NELSON J.B.;
OTTO J.B. Variation of seawater 87Sr/86Sr throughout the Phanerozoic time. Geology, v.10,
p.516– 9, 1982.

COBIANCHI, C.; LUCIANI, V.; BOSELLINI, B.A. Early Cretaceous nannofossils and
planktonic foraminifera from northern Gargano (Apulia, southern Italy). Cretaceous
Research, v.18, p.249-293,1997.

COOPER, M.K.E. Nannofossils across the Jurassic/Cretaceous boundary in the Tethyan


realm. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON JURASSIC STRATIGRAPHY, 1984,
v. 2, p. 429-443.

DERES, F.; ACHERITEGUY, J. Contribution a l'etude des Nannoconides dans le Cretace


inferieur du Bassin d'Aquitaine. in Colloque sur les methodes et tendances de la stratigraphie,
Fr., Bur. Rech. Geol. Minieres, Mem., v. 159, 1972.

DERES, F. & ACHÉRITÉGUY, J. Biostratigraphie des nannoconides. Bull. Cent. Explor.


Prod. Elf-Aquitaine, v.4, n.1, p.1-53, 1980.

DIAS-BRITO, D. Calcisferas e microfácies em rochas carbonáticas pelágicas

- Ana Marina Escobar Castro 154


- REFRERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -

mesocretáceas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1995. 688. Tese
de Doutorado.

DIAZ, M.D.; ARECES, A.; PRÍNCIPE, M.; MARTINEZ, V.; ALONSO, C. Estúdio
geoquímico de la matéria orgânica en muestras de pozos de Pinar del Rio. Serie Geológica,
v.1, p.19-33, 1988.

DIAZ DE VILLALVILLA, L. Caracterización geológica de lãs formaciones volcánicas y


volcano-sedimentar em Cuba Central, Províncias Cienfuegos-Villa Clara-Sancti Spiritus. In:
Estúdios sobre Geologia de Cuba. Habana: Ed. CNDG, 1997, p. 325-345.

DUCLOZ, C.; VUAGNAT, M. A propos de l’age des serpentinites de Cuba. Arch. Sci. Soc.
Phys. Et d’Hist. Nat. Généve, v. 15, n. 2, p. 309-332, 1962.

DUNHAM, R.J. Classification of carbonate rocks according to deposicional texture. In:


HAM, W.E. (Ed) Classification of carbonate rocks. AAPG, 1962, p.108-121.

ECHEVARRIA-RODRIGUEZ, G.; HERNÁNDEZ-PÉREZ, G.; LÓPEZ-QUINTERO, J.O. et


al. Oil and gas exploration in Cuba. Journal of Petroleum Geology, v.14, n.3, p. 259-274,
1991.

EHREMBERG, C.Bemerkungem uber feste mikroskopische, anorganische Formen in den


erdigem und derben Mineralien. Ber. Dtsch. Akad. Wiss., p.84-5, 1836.

EMBRY, A. F.; KLOVAN, J. E. A Late Devonian reef tract on Northeastern Banks Island,
N.W.T: Canadian Petroleum Geology Bulletin, v.19, p.730-781, 1971.

ERBA, E. Aptian-Albian calcareous nannofossil biostratigraphy of the Scisti a Fucoidi cored


at Piobbico (Central Italy). Riv. It. Paleont. Strat., v.94, n.2, p.249-284,1988.

ESCOBAR, A.M. Bioestratigrafia dos nanofósseis da Formação Mata, Cretáceo médio


da margem continental norte de Cuba. Universidade Federal de Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2001, 150. Tese de Mestrado.

FERNÁNDEZ-CARMONA, J. Primer reporte de microfósiles índices del Kimmeridgiano de


Cuba. In: CONGRESO CUBANO DE GEOLOGÍA, 1, 1989, La Habana. Resumen.

FERNÁNDEZ-CARMONA, Bioestratigrafia Del Jurásico superior-Cretácico inferior,


neocomiano de Cuba occidental y su aplicación em la exploración petrolera. ISPJAE, La
Habana, 1998, 90. Tese de Doutorado.

FERRÉ, B.; FERNÁNDEZ-GONZÁLEZ, M.; DIAS BRITO, D. New insight into


Microcalamoides Bonet, 1956-revised systematics and subsequent bearings. Boletim do 5°
Simpósio sobre o Cretáceo do Brasil, p.661-668, 1999.

FLÜGEL, E. Microfacies analysis . Springer-Verlag, 2004.

GSI, Geochemical Solutions Int., La Habana, 2002.

- Ana Marina Escobar Castro - 155


- REFRERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -

HACZEWSKI, G. Sedimentological reconnaissance of the San Cayetano Formation: an


accumulative continental margin in the Jurassic of Western Cuba. Acta Geol. Polon., v.26,
n.2, p.331-353, 1976.

HAMILTON, G. Lower and Midle Jurassic calcareous nannofossils from Portugal.. Eclogae
Geol. Helvetiae, v.72, n.1, p. 1-17, 1979.

HATTEN, C.W.; SCHOOLER, O.E.; GIEDT, N. et al. Geology of central Cuba, eastern Las
Villas and western Camaguey Provinces, Cuba. Standard Cuban Oil Co. 1958. 174 p.
Unpublished report.

HATTEN, C.W., SOMIN, M.L., MILLAN, G. et al. Tectonostratigraphic units of central


Cuba. CARIBEAN GEOLOGY CONFERENCE, 11, 1989, Barbados, v.35, p.1-14.

HAY, W.W. Calcareous nannofossils. In: RAMSAY, A. Oceanic micropaleontology.


London : Academic Press, v.2, 1977, p.1055-1200.

HOEFS, J. Stable isotope geochemistry. 4th ed. Berlim: Springer-Verlag, 1997.

ITURRALDE-VINENT, M.A. Principales características de la estratigrafia del Oligoceno y


Mioceno inferior de Cuba. Revista Tecnológica, v.10, n.3-4, p.24-35, 1972.

ITURRALDE-VINENT, M.A. Cuban geology: a new plate-tectonic synthesis. Journal of


Petroleum Geology, v.17, n.1, p.39-70, 1994.

JONES, C. E., JENKYNS, H. C., COE, A.L, HESSELBO, S.P. Strontium isotopes in Jurassic
and Cretaceous seawater. Geochim.Cosmochim. Acta, v.58, p.3061–3074, 1994.

KAENEL, E.; BERGEN, J. A.; PERCH-NIELSEN, K. Jurassic calcareous nannofossil


biostratigraphy of western Europe: compilation of recent studies and calibration of bioevents.
Bull. Soc. Geol., v. 167, n. 1, p.15-28, 1996.

KHUDOLEY, K.M.; MEYERHOFF, A.A. Paleogeography and geological history of Greater


Antilles. Geol. Soc. Amer. Mem., v.129, p.1-199. 1971.

LEWIS, J.W. Geology of Cuba. AAPG Bull., v.16, n.6, p. 533-555, 1932.

LÓPEZ, J.O. Caracterización de las rocas madres de Cuba Ocidental. Informe técnico-
CEINPET, 2000.

LÓPEZ, J.G.; ECHEVARRIA, G., TENREYRO, R.; SÁNCHEZ, J.R.; SOCORRO, R.;
LOPEZ, J.O.; ALVAREZ, J.; VALLADARES, S. The Geology of the petroleum systems of
Cuba. Habana: CEINPET, 1995. Informe não publicado.

LÓPEZ, J.G.; TENREYRO, R.; LOPEZ, J.O.; VALLADARES, S.; ALVAREZ, J.


Escenarios y sistemas de exploración en Cuba. Habana: CEINPET, 1997. Informe técnico.

LÓPEZ, J.G.; TENREYRO, R.; LOPEZ, J.O. et al. Análisis de Cuenca y evaluación del
potencial de hidrocarburos del sureste del Golfo de México. Habana: CEINPET, 2001.
Informe técnico.

- Ana Marina Escobar Castro - 156


- REFRERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -

LUKASIK, J.L.; JAMES, N.P.; MCGOWRAN, B.; BONE, Y. Na epeiric ramp: low energy,
cool water carbonate fácies in the Tertiary inland sea, Murray Basin, South Australia.
Sedimentology, v. 47, p.851-881. 2000.

MARSHALL, J.D. Climatic and oceanographic isotopic signals from the carbonate rock
record and their preservation. Geol. Mag., v.129, n.2, p.143-160, 1992.

MYCZYēSKI, R.; PSZCZÓLKOWSKI, A. Tithonian stratigraphy and microfacies in the


Sierra del Rosário, western Cuba. Stu. Geol. Pol, v.105, p.7-38, 1994.

NÖEL, D. Note preliminaire sur les coccolithes jurassiques. Cahier de Micropaleontologie


Série, v.1, n 1, p.1-12, 1965.

OTERO, R.; PROL, J.L.; ARRIAZA, G. et al. Mapa de espesores y tipos de corteza terrestre
en Cuba y su plataforma marina. In: CONGRESO CUBANO DE GEOLOGÍA, 1, 1994, p.
83.

PERCH-NIELSEN, K. Calcareous nannofossils from the Cretaceous between the North Sea
and the Mediterranean: Aspekte der Kreide Europas. IUGS A, v.6, p.223-272, 1979.

PERCH-NIELSEN, K. Plankton Stratigraphy. Cambridge : Cambridge Universty Press,


1985. cap. 10-11 : Mesozoic calcareous nannofossils/ Cenozoic calcareous nannofossils.

PETTIJOHN, F.J. Sedimentary rocks. New York: Harper & Row, 1975.

PSCZÓLKOWSKI, A. Stratigraphic-facies sequences of Sierra del Rosario, Cuba. Bull.


Acad. Pol. Sci. Ser. Sci. Terre, v. 24, n. 314, p. 205-215, 1976.

ěEHÁNEK, J. PĜíspČvek k mikrofaciálnímu a mikropaleontologickému výzkumu


Mesozoických sedimentĤ ve vnČjším okraji raþanské jednotky magurské flyšové skupiny .
ýasop. Zemný plyn a nafta, roþ, v. 25, p.479-568, 1980.

REMANE, J. Les Calpionelles dans les couches de passage jurassique-cretace de la fosse


vocontienne. Trav. Geol. Facul. Sci., p.25-82, 1963.

ROSENCRANTZ, E. Structure and tectonics of the Yucatan Basin, Caribbean Sea, as


determined from seismic reflection studies. Tectonics, v. 9, p.1037-1059, 1990.

ROSS, M.I.; SCOTESE, C.R. A hierarchical tectonic model of the Gulf of Mexico and
Caribbean region. Tectonophysics, v.155, p.139-168, 1988.

ROTH, P.H. Cretaceous nannoplankton biostratigraphy of hte northwestern Atlantic ocean.


Initial. Rep. Deep Sea drill. Proj., v.44, p.731-758, 1978.

ROTH, P.H. Jurassic and Lower Cretaceous calcareous nannofossils in the western North
Atlantic (Site 534); biostratigraphy, preservation, and some observations on biogeography and
paleoceanography. Initial Rep. Deep Sea drill. Proj., v.76, p.587-621.1983.

ROTH, P.H. Ocean circulation and calcareous nannoplankton evolution during the Jurassic

- Ana Marina Escobar Castro - 157


- REFRERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -

and Cretaceous. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v.74, p.11-126,


1989.

SCHLAGER, W. The paradox of drowned reefs and carbonate platforms: Bull. Soc. Geol,
v.92, p.197–211, 1981.

SCHLAGER, W. Sedimentology and sequence stratigraphy of reefs and carbonate platform..


Amer. Ass. Petro. Geol.,1992, 34, p.71. Continuing education course note serie

SCHLAGER, W. Sedimentology and sequence stratigraphy of carbonate rocks.


Amsterdam. 146p. 2002.

SHEIN, V.S.; IVANOV, S.S.; KLESCHEV, K.A.; MARRERO, M.; SOCORRO, R.;
BANKOVSKY, S.Y. Tectônica de la plataforma insular en relación con la evaluación de las
perspectivas de petróleo y gas. Habana: CEINPET, 1975. Informe não publicado.

SHEIN, V.S.; KLESCHEV, K.A.; KUZNETSOV, V.I.; YPARRAGUIRRE, J.L.;


ARZHEVSKY, G.A.; SOCORRO, R. Informe del Tema I. Constitución geológica de Cuba y
sus mares adyacentes en relación con sus perspectivas gasopetroliferas. Habana: CEINPET,
1980. Informe no publicado.

SHEIN, V.S.; KLESCHEV, K.A.; YPARRAGUIRRE, J.L.; GARCÍA, E.; RODRÍGUEZ, R.;
LÓPEZ, J.G.; SOCORRO, R.; LÓPEZ, J.O. Informe del Tema I. Mapa Tectónico de Cuba.
Revista Tecnológica, v. 15, p. 37-39, Habana, 1985.

SHOPOV, V. Estratigrafía y subdivision de las zonas de Placetas y Camajuaní en la antigua


provincia de Las Villas (Cuba Central). Ciencias de la Tierra y del Espacio, v.4, p. 39-47,
1982.

SIMON PETROLEUM TECNOLOGY LIMITED/CUPET. The geology and hydrocarbon


potencial of the republic of Cuba. SPT, v.1, United Kigdom, 1993.

SISSINGH, W. Biostratigraphy of Cretaceous calcareous nannoplankton. Geologie


Mijinbouw, v.56, n.1, p.37-65, 1977.

SOMIN, M.L.; MILLAN, C. Geologia metamorficheskikh kompleksov Kubi. Moscow:


Nauka. 1981.

STOVER, L.E. Cretaceous coccoliths and associated nannofossils from France and the
Netherlands. Micropaleontology, v. 12, p.133-166, 1966.

STRADNER, H. New contributions to Mesozoic stratigraphy by means of nannofossils. In:


WORLD PETROLEUM CONGRESS, 6, 1963, Proceding. Section 1, paper 4, p.1-16.

TAPPAN, H. The paleobiology of plant protists. San Francisco: Freeman, 1980.

TENREYRO, R. Tectono-Stratigraphic Evolution of Cuba. In: SIMON PETROLEUM AND


TECHNOLOGY LIMITED. The geology and hydrocarbon potential of the Republic of
Cuba. Llandudno. Chapter 2, p.2.1-2.12. 1993.

- Ana Marina Escobar Castro - 158


- REFRERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -

TENREYRO, R.; LÓPEZ, J.G.; ECHEVARRÍA.G. et al. Geologic evolution and structural
geology of Cuba. In:AAPG., ANNUAL MEETING, 1994, Denver.Abstracts.

THIERSTEIN, H.R. Lower Cretaceous calcareous nannoplankton biostratigraphy. Geol.


Bundesanst. Abh., v.29, p.3-53, 1973.

THIERSTEIN, H.R. Mesozoic calcareous nannoplankton biostratigraphy of marine


sediments. Marine Micropaleontology, n.1, p.325-362, 1976.

TREJO, M. H. La famillia Nannoconidae y su alcance estratigraphico en America (Protozoa,


incertae sedis). Bolletin de la asociacion Mexicana de Geologos Petroleros, v.12 n. 9-10,
259-314, 1960.

TREJO, M. Distribución estratigráfica de los Tintinidos mezosoicos mexicanos. Rev. Inst.


Mex. Petról, v.12, n.4, p.4-13, 1980.

TRUITT, P.; PARDO, G. Reconnaissance of Santa Clara. Cuba, Calabazar-Camajuaní-


Placetas area. La Habana: Centro Nac. Fondo Geológico, Ministério Ind. Básica, Cuba. 1953.

TUCKER, M.E.; WRIGHT, M. Carbonate sedimentology. London: Blackwell, 1990.

VALLADARES, S.; TENREYRO, R.; SANCHEZ, J.; ALVAREZ, J. Evaluación del


potencial de hidrocarburos del margen continental norte de Cuba. Habana: CEINPET, 2001.
Informe técnico.

VAROL, O. Taxonomic revision of the Polycyclolithaceae and its contribution to Cretaceous


biostratigraphy. Newsl. Stratigr., v.27, n.3, p.91-127, 1992.

VERBEEK, J.W. Calcareous nannoplankton biostratigraphy of Middle and Upper Cretaceous


deposits in Tunisia, Southern Spain and France. Utrecht Micropaleontol. Bull., v.16, 1977.

WIND, F.H. Western North Atlantic Upper Jurassic calcareous nannofossil


biostratigraphy. Initial Rep. Deep Sea drill. Proj. Gradstein, v. 44, p., 1978.

WASSALL, H.; PARDO, G. Geological memorandum HW 11, Sagua-Calabazar area.


Habana: Centro Nac. Fondo Geológico, Ministério Ind. Básica, 1952. Manuscrito.

WEISSERT H.; MOHR H. Late Jurassic climate and its impact on carbon cycling.
Palaeogeogr, Palaeoclim, Palaeoecol, v.122, p.27-43, 1996.

WILSON, J. L. Carbonate facies in geologic history. Berlin: Springer, Berlin, 1975.

- Ana Marina Escobar Castro - 159


ANEXO1
LISTA DE ESPÉCIES Pags.

1- Arkhangelskiella cf. A. confusa Burnett, 1998. 44; 147


2- Assipetra terebrodentarius (Applegate et al. in Covington & Wise, 1987)
Rutledge & Bergen in Bergen, 1994. 66; 159
3- Biscutum constans (Górka, 1957) Black in Black & Barnes, 1959. 53; 151
4- Biscutum ellipticum (Górka, 1957) Grün in Grün & Allemann, 1975. 53; 151
5- Braarudosphaera batilliformis Troelsen & Quadros, 1971. 60; 155
6- Braarudosphaera regularis Black, 1973. 60; 155
7- Broinsonia enormis (Shumenko, 1968) Manivit, 1971. 44; 147
8- Calcicalathina alta Perch-Nielsen, 1979a. 50; 149
9- Calcicalathina oblongata (Worsley, 1971) Thierstein ,1979. 50; 149
10- Chiastozygus cf. C. bifarius Bukry, 1969. 44; 147
11- Chiastozygus litterarius (Górka, 1957) Manivit, 1971. 45; 147
12- Conusphaera mexicana mexicana (Trejo, 1969) Bralower, 1989. 61; 155
13- Conusphaera rothii (Thierstein, 1971) Jakubowski, 1986. 61; 155
14- Cretarhabdus conicus Bramlette & Martini, 1964. 54; 151
15- Cretarhabdus striatus (Stradner, 1963) Black, 1973. 54; 151
16- Cribrosphaerella ehrenbergii (Arkhangelsky, 1912) Deflandre in Piveteaux,
1952. 52; 151
17- Cyclagelosphaera deflandrei (Manivit, 1966) Roth, 1973. 58; 153
18- Cyclagelosphaera margerelii Noël, 1965. 58; 153
19- Discorhabdus ignotus (Górka, 1957) Perch-Nielsen, 1968. 53; 151
20- Eiffellithus eximius (Stover, 1966) Perch-Nielsen, 1968. 49; 149
21- Eiffellithus gorkae Reinhardt, 1965. 49; 149
22- Eiffellithus pospichalii Burnett, 1997. 49; 149
23- Eiffellithus turriseiffelii (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Reinhardt,
49; 149
1965.
24- Eprolithus floralis (Stradner, 1962) Stover, 1966. 64; 157
25- Flabellites oblongus (Bukry, 1969) Cruz in Cruz et al., 1982. 54; 151
26- Gorkaea operio Varol & Girgis, 1994. 45; 147
27- Haqius circumradiatus (Stover, 1966) Roth, 1978. 60; 155
28- Helenea chiastia Worsley, 1971. 55; 151
29- Kokia curvata Perch-Nielsen, 1988. 66; 159
30- Lithraphidites bollii (Thierstein, 1971) Thierstein, 1973. 62; 155
31- Lithraphidites carniolensis Deflandre, 1963. 62; 155
32- Lithraphidites praequadratus Roth, 1978. 62; 155
33- Loxolithus armilla (Black in Black & Barnes, 1959) Noël, 1965. 45; 147
34- Manivitella pemmatoidea (Deflandre in Manivit, 1965) Thierstein, 1971. 57; 153
35- Micrantholithus houschulzii (Reinhardt, 1966) Thierstein, 1971. 60; 155
36- Micrantholithus obtusus Stradner, 1963. 61; 155
37- Microrhabdulus decoratus Deflandre, 1959. 63; 157
38- Micula praemurus (Bukry, 1973) Stradner & Steinmetz, 1984. 64; 157
39- Micula staurophora (Gardet, 1955) Stradner, 1963. 64; 157
40- Micula swastica Stradner & Steinmetz, 1984. 65; 157
41- Nannoconus globulus globulus (Brönnimann, 1955) Bralower et al., 1989. 63; 157
42- Nannoconus steinmannii steinmannii Kamptner, 1931. 63; 157
43- Nannoconus steinmannii minor (Kamptner, 1931) Deres & Archéritéguy,
64; 157
1980.
44- Percivalia fenestrata (Worsley, 1971) Wise, 1983. 50; 151
45- Perissocyclus tayloriae Cruz, 1989. 52; 151
46- Placozygus fibuliformis (Reinhardt, 1964) Hoffmann, 1970. 45; 147
47- Prediscosphaera columnata (Stover, 1966) Perch-Nielsen, 1984. 56; 153
48- Prediscosphaera cretacea (Arkhangelsky, 1912) Gartner, 1968. 56; 153
49- Prediscosphaera intercisa (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Shumenko,
1976. 56; 153
50- Prediscosphaera cf. P. grandis Perch-Nielsen, 1979a. 57; 153
51- Quadrum eneabrachium Varol, 1992. 65; 157
52- Radiolithus hollandicus Varol, 1992. 65; 159
53- Radiolithus planus Stover, 1966. 65; 159
54- Retecapsa angustiforata Black, 1971a. 55; 153
55- Retecapsa crenulata (Bramlette & Martini, 1964) Grün in Grün & Allemann,
1975. 55; 153
56- Retecapsa octofenestrata Bralower in Bralower et al. 1989. 56; 153
57- Rhagodiscus achlyostaurion (Hill, 1976) Doeven, 1983. 51; 151
58- Rhagodiscus angustus (Stradner, 1963) Reinhardt, 1971. 51; 151
59- Rhagodiscus asper (Stradner, 1963) Reinhardt, 1967. 51; 151
60- Rotelapillus laffittei (Nöel, 1957) Nöel, 1973. 57; 153
61- Staurolithites crux (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Caratini, 1963. 46; 147
62- Staurolithites gausorhethium (Hill, 1976) Varol & Girgis, 1994. 46; 147
63- Staurolithites minutus Burnett, 1998b. 46; 147
64- Tegumentum stradneri Thierstein in Roth & Thierstein, 1972. 50; 149
65- Tetrapodorhabdus decorus (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Wind &
Wise in Wise & Wind, 1977. 52; 151
66- Tranolithus gabalus Stover, 1966. 46; 147
67- Tranolithus minimus (Bukry, 1969), Perch-Nielsen, 1984. 47; 149
68- Tranolithus orionatus (Reinhardt, 1966a) Perch-Nielsen, 1968. 47; 149
69- Uniplanarius sissinghii Perch-Nielsen, 1986b. 66; 159
70- Watznaueria barnesae (Black, 1959) Perch-Nielsen, 1968. 58,153
71- Watznaueria biporta Bukry, 1969. 59,155
72- Watznaueria manivitae Bukry, 1973. 59,155
73- Zeugrhabdothus bicrescenticus (Stover, 1966) Burnett in Gale et al., 1996. 47,149
74- Zeugrhabdotus diplogrammus (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Burnett
in Gale et al., 1996. 47,149
75- Zeugrhabdotus embergeri (Noël, 1958) Perch-Nielsen, 1984. 48,149
76- Zeugrhabdotus erectus (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Reinhardt,
48,149
1965.
77- Zeugrhabdotus xenotus (Stover, 1966) Burnett in Gale et al., 1996. 48,149
Tithoniano Berriasiano Valanginiano Hauteriviano Barremiano Aptiano Albiano Cenomaniano Turoniano Coniciano Santoniano Campaniano Maastrichtiano IDADE
7

2
3

I
S
6

1
9

5
26

M
11
24

13
17

10
15
16

12
14
20

Biozonas de Sissingh (1977)


c

b
b
21 b

b
b
b
b
25 b

a
18 a
19 a
a
23 a
a

a
22 a

Kokia curvata
Cyclagelosphaera margerelii
Biscutum ellipticum
Zeugrhabdotus erectus
Watznaueria manivitae
Watznaueria barnesae
Discorhabdus ignotus
?

Watznaueria biporta
?

Retecapsa octofenestrata
Biscutum constans
Cretarhabdus conicus
Conusphaera mexicana mexicana
Zeugrhabdotus embergeri
Braarudosphaera regularis
?

Helenea chiastia
Cyclagelosphaera deflandrei
Perissocyclus tayloriae
?

Nannoconus steinmannii minor


?

Nannocnus steinmannii steinmannii


Nannoconus globulus globulus
Rhagodiscus asper
Rotelapillus laffittei
Manivitella pemmatoidea
Lithraphidites carniolensis
Micrantholithus obtusus
Micrantholithus houschulzii

?
Retecapsa crenulata

?
Tetrapodorhabdus decorus
Retecapsa angustiforata
Conusphaera rothii

?
Percivalia fenestrata
Zeugrhabdotus xenotus
Tegumentum stradneri
Zeugrhabdotus diplogrammus

?
Tranolithus minimus
Calcicalathina oblongata
?

Rhagodiscus angustus
Loxolithus armilla
Staurolithites crux
Lithraphidites bollii
?
?
?
?
Assipetra terebrodentarius
Rhagodiscus achlyostaurion
ANEXO 2

Flabellites oblongus
Chiastozygus litterarius
Braarudosphaera batilliformis

?
Radiolithus hollandicus
?

Eprolithus floralis
Cretarhabdus striatus
Staurolithites gausorhethium
Radiolithus planus
Tranolithus orionatus

?
Broinsonia enormis
Calcicalathina alta
Gorkae operio
Zeugrhabdothus bicrescenticus
Eiffellithus gorkae
Chiastozygus cf. C. bifarius
Cribrosphaerella ehrenbergii
INTERVALOS BIOESTRATIGRÁFICOS DAS ESPÉCIES RECONHECIDAS

Prediscosphaera columnata
Quadrum eneabrachium
Eiffellithus turriseiffelii
Tranolithus gabalus

?
Staurolithites minutus
Microrhabdulus decoratus
Prediscosphaera cretacea

?
Prediscosphaera cf. P. grandis

?
Placozygus fibuliformis
Prediscosphaera intercisa
Eiffellithus eximius
Micula swastica
Arkhangelskiella confusa
Micula staurophora

Varol (1992)
Bown (1998)
Eiffellithus pospichalii

Bralower (1989)
Micula praemurus

Perch-Nielsen (1985)
Uniplanarius sissinghii
Lithraphidites praequadratus
Neoalbiano Eo-Mesocenomaniano CRONOESTRATIGRAFIA
Fm Alunado LITOESTRATIGRAFIA

1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
AMOSTRAS
Biscutum constans
Biscutum spp.
Cyclagelosphaera margerelii
Eiffellithus spp.
Lithraphidites carniolensis
Manivitella pemmatoidea
Watznaueria barnesae
Rhagodiscus asper
Rhagodiscus spp.
Biscutum ellipticum
Retecapsa angustiforata
Discorhabdus ignotus
Zeugrhabdotus spp.
Cretarhabdus conicus
Rhagodiscus achlyostaurion
Tegumentum stradneri
Percivalia fenestrata
Calcicalathina spp.
Retecapsa crenulata
Retecapsa spp.
Zeugrhabdotus embergeri
Zeugrhabdotus diplogrammus
Polycyclolithaceae
Haquius circumradiatus
Eiffellithus turriseiffelii
Radiolithus planus
Calcicalathina alta
Cyclagelosphaera deflandrei

Presente
Helenea chiastia
Placozygus spp.
Eprolithus sp.
Retecapsa octofenestrata
Lithraphidites sp.
NANOFÓSSEIS

Radiolithus hollandicus
Prediscosphaera columnata
ANEXO 3

Tetrapodorhabdus decorus
Gorkae operio
Rhagodiscus angustus
Tranolithus orionatus
Zeugrhabdotus bicrescenticus
Tegumentum sp.
Eiffellithus gorkae
Zeugrhabdotus erectus
Eprolithus floralis
Broinsonia spp.
Radiolithus sp.
Tranolithus minimus
Nannoconus spp.
Staurolithites gausorhethium
Watznaueria manivitae
Cretarhabdus striatus
Diazomatholithus lehmanii
Prediscosphaera sp.
Tranolithus gabalus
RESULTADOS BIOESTRATIGRÁFICOS DO AFLORAMENTO CL27

Cretarhabdus spp.
I

S
E
V
E

N
B

O
O

T.gabalus
H.chiastia

P.columnata

E.turriseiffelii
S.gausorhethium

CC9a CC10a Biozonas de Sissingh (1977)

Você também pode gostar