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Resumo: A avaliação de riscos utiliza-se de ferramentas e métodos com o intuito de analisar e classificar
os perigos procurando formas de controla-los ou elimina-los. Este trabalho teve como objetivo a aplicação
da Análise Preliminar de Riscos (APR) para identificar os riscos presente em uma empresa gráfica de
sublimação por transferência térmica e apresentar, a partir da técnica, formas de prevenir, eliminar ou
amenizar os riscos presentes para evitar problemas futuros. São abordados conceitos sobre identificação
dos agentes ambientais e também das técnicas de análise, mais especificamente a APR. Estão presentes
também informações advindas de visitas realizadas para observações e entrevista com a gestora por meio
de um roteiro previamente elaborado para conhecimento da empresa e das atividades desenvolvidas. São
apresentados nos resultados os esquemas dos processos produtivos das atividades estudadas, fotografias
das máquinas utilizadas e a APR. Pelo número de riscos presentes na empresa de estamparia por
sublimação, bem como sua severidade e frequência, pode-se justificar a aplicação da técnica escolhida no
trabalho. Assim, conclui-se que a análise preliminar se faz necessária e relevante, e deve ser posto em
prática a tempo, de maneira que os riscos menores existentes não tomem grandes proporções e acarretem
maiores problemas futuros.
Palavras-chaves: Empresa gráfica; avaliação de riscos; técnicas de análise de riscos.
1. INTRODUÇÃO
A indústria gráfica brasileira tem domínio da região sudeste. No modo geral, apresenta um número de
224.644 empregados em 20.613 empresas, onde 78,6% são micro e pequenas empresas, de acordo com
classificação: micro – 0 a 9 empregados; pequenas – 10 a 49 empregados. Representa 0,5% do PIB nacional
e 2,2% na indústria de transformação. Possuiu um investimento de cerca de U$ 5 milhões, no período de
2010 a 2013 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA, 2014).
Esse setor possui uma enorme variedade de produtos que podem ser produzidos e, sendo assim, contam
com vários tipos de processos produtivos. Além disso, é uma área que pode contribuir para inúmeras outras
a partir dos seus serviços e/ou produtos, como por exemplo: panfletos, revistas, livros, periódicos, entre
outros. Apesar da importância econômica e da variedade de produtos transformados, a indústria gráfica
gera alguns acidentes de trabalho sendo necessário realizar ações para reduzir esses índices.
De acordo com Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT) foram registrados, no ano de
2017, em todos os setores econômicos, mais de 549 mil acidentes de trabalho no Brasil. A região Nordeste
representa aproximadamente 11,66% onde 17,19% desse número é do estado do Ceará. O setor gráfico
representa apenas 0,08% do total, contabilizando 471 acidentes onde cerca 92,6% desses tiveram o registro
da comunicação do acidente de trabalho (CAT) (MINISTÉRIO DA FAZENDA, INSTITUTO NACIONAL
DO SEGURO SOCIAL, EMPRESA DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO DA PREVIDÊNCIA, 2017).
Esses índices de acidente precisam ser reduzidos e, para tal, é necessária uma avaliação de riscos nas
empresas. Esta avaliação refere-se ao uso de recursos e métodos com o objetivo de analisar, classificar e
procurar eliminar ou amenizar os riscos de acidente e incidentes que prejudiquem a saúde e/ou segurança
do trabalhador e do ambiente. Além disso, permite sugerir meios que ajudem na prevenção e melhoria no
planejamento de segurança e execução das atividades desenvolvidas durante os processos de produção.
A avaliação de riscos é dividida em etapas que começam desde o planejamento de segurança da
empresa e segue até as etapas de produção. Como ferramenta de ajuda existem as inúmeras técnicas de
avaliação de riscos, que podem ser utilizadas em diferentes partes do ciclo da empresa desde a criação do
projeto até o produto acabado (CALIXTO, 2006).
Há dois pontos mais críticos onde se pode avaliar os riscos existentes e fazer as correções e prevenções:
no processo de produção e no produto final. Após o encerramento de cada ciclo de produção pode-se
identificar as falhas que ocorreram e os pontos que podem ser melhorados, sejam na segurança ou nos
métodos de execução das tarefas (SILVA et al., 2009).
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Alguns riscos gerados na indústria gráfica englobam problemas de audição, exposição por manipulação
de produtos químicos, problemas com alta temperatura e lesão corporal resultante de má postura durante a
realização de tarefas. Esses prejuízos ainda se agravam nas indústrias de pequeno porte, pois além de
estarem vulneráveis a esses problemas ainda estão sujeitas a outros como: excesso de esforço, por acontecer
de muitas vezes aumentar a demanda em determinadas épocas e não possuir funcionários em grande
quantidade; jornada prolongada para atender a demanda durante certas datas comemorativas.
Existem poucos estudos específicos de análise de riscos voltado para indústria gráfica e também sobre
estamparia por sublimação, mas alguns podem ser citados, como por exemplo: Silva et al. (2009) que trata
sobre análise de risco em uma empresa gráfica e Mendes, Lamarca e Sá (2015) e Tronosco e Ruthschilling
(2014) que abordam a estamparia por sublimação.
A partir do tema abordado pelo trabalho, analisou-se a viabilidade e importância de tratar sobre tal
assunto e avaliar os riscos para propor melhorias para tornar o ambiente mais agradável para os
trabalhadores. Assim, o objetivo do trabalho foi a aplicação da APR para identificar os riscos presente em
uma empresa gráfica de sublimação por transferência térmica e apresentar, a partir da técnica, formas de
prevenir, eliminar ou amenizar os riscos presentes para evitar problemas futuros.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Industria gráfica
Quando se menciona sobre indústria gráfica é necessário fazer referência a tempos antigos.
Historicamente as atividades desse ramo começaram nas antigas civilizações do Extremo Oriente, porém,
a China foi pioneira na utilização de papel e tinta para reproduzir textos e imagens. No Brasil, a indústria
gráfica teve início monopolizado no Rio de Janeiro até o país se tornar independente. Posteriormente, houve
uma estagnação no Estado do Rio de Janeiro e ocorreu uma expansão na região, mais precisamente no eixo
Rio-São Paulo. A expansão em São Paulo foi tamanha que a capacitação de profissional não conseguiu
acompanhar, acarretando problemas. Então foi aí que surgiu a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica
(ABTG) e, por ideia dos empresários do setor gráfico, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica
(ABIGRAF), visando melhoria e avanço desse setor comercial (SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA,
2006).
Quanto ao processo de impressão existem várias subdivisões: impressão sem tinta, que se divide em
fotoquímica, termoquímica e eletroquímica; impressão com tinta que pode ser dividida em impressão sem
forma ou com forma. A partir dessas subdivisões ainda se tem outras categorias. Cada processo de
impressão depende de alguns fatores como: a qualidade final do impresso, o tipo de material a ser impresso,
a finalidade do impresso, entre outros (SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA, 2006).
A sublimação, setor estudado na pesquisa, pode ser classificada como um processo de impressão com
tinta, sem forma e que ocorre por transferência térmica onde as máquinas atingem determinadas
temperatura para fixar a tinta no produto escolhido pelo cliente (PEZZOLO, 2007 apud MENDES;
LAMARCA; SÁ, 2015).
Atualmente a indústria gráfica deixou o padrão de trabalho exclusivo com papel, mas agora também
utiliza outras matérias-primas, tais como: madeira, tecido, metais, derivados de plástico, borracha, etc. A
variedade vai de acordo com o porte da empresa e o mercado ao qual ela está inserida.
No trabalho de sublimação as etapas do processo de impressão são bem simples. Na pré-impressão
utiliza-se um computador para produzir a arte de acordo com os critérios e as especificações do cliente e
depois imprime-se no papel específico de sublimação. Na impressão o papel é levado para a máquina de
prensa de acordo com o produto a ser produzido e então é prensado, transmitindo a arte do papel por
transferência térmica. Na pós-impressão ocorre apenas o processo de secagem e depois é levado o produto
final para a embalagem de acordo com seu tipo e também da preferência do cliente (TRONOSCO;
RUTHSCHILLING, 2014).
Todas essas etapas expõem os trabalhadores a riscos ocupacionais de forma que é necessário estudar a
segurança dos trabalhadores que estão inseridos no setor da indústria gráfica.
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Um ponto importante nesse assunto são os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que mesmo em
indústria de pequeno porte são indispensáveis, tendo em vista que a indústria gráfica trabalha com matérias
de corte, produtos químicos, máquinas que podem emitir ruídos e entre outros fatores que podem ocasionar
acidentes de trabalho desde os mais simples até os de grande gravidade.
Falando de acidentes de trabalho, existem inúmeros fatores que podem contribuir para isso na indústria
gráfica, principalmente por ter grande variedade de atividades. Além dos riscos advindos do maquinário
utilizado existem também os erros humanos, que por vezes sofrem pressão ou estão passando por problemas
pessoais e acabam cometendo descuidos, mas também podem ser gerados por maus hábitos próprios. Tudo
isso combinado pode gerar dos leves aos graves tipos de acidente (FARIA, 2015).
No geral, observa-se que a indústria gráfica também apresenta grandes perigos aos trabalhadores, tendo
em vista que pode ser desenvolvidos doenças respiratórias por inalação de produto químico, por exemplo,
ou a perca de um membro do corpo gerando impossibilidade parcial ou até total. Além disso, têm os fatores
ergonômicos que podem causar lombalgias e outros problemas físicos que se agravam de acordo com
frequência e tempo (BITENCOURT; QUELHAS; LIMA, 1999).
Assim, observa-se a importância do estudo desses agentes contribuintes, bem como dos riscos
ocupacionais presentes na atividade desenvolvidas em qualquer tipo de trabalho.
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• Analisar os métodos de revisão de danos – considerar os melhores métodos possíveis para
restringir os danos, caso esses saiam do controle;
• Indicar quem levará a cabo as ações corretivas – indicar um responsável para praticar as ações
corretivas e as atividades que deverão ser desenvolvidas.
3. METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida em uma empresa gráfica localizada na cidade de Pereiro-CE no período
de maio a julho de 2019. Inicialmente realizou-se um levantamento bibliográfico em artigos, livros,
apostilas e manuais para o embasamento teórico. Em seguida, elaborou-se o termo de autorização livre e
esclarecido informando sobre os objetivos do estudo e solicitando autorização do responsável legal da
empresa para a liberação da pesquisa. Depois, fez-se contato com a empresa para a desenvolvimento do
estudo. Utilizou-se como critério de escolha a conveniência, aleatoriedade e aquela que primeiro aceitou
participar do estudo.
Primeiramente, foi necessária uma análise do espaço bem como do sistema de produção para se analisar
os riscos presentes no ambiente de acordos com as máquinas e equipamentos utilizados. Foram necessárias
duas visitas para um melhor reconhecimento da área e também das atividades desenvolvidas.
Nas visitas foram coletados dados, fotos e vídeos para realizar a análise. Na primeira visita foi feita
uma entrevista para identificação das atividades e também alguns registros de mídias. Ainda nessa visita,
elaborou-se esquemas dos processos produtivos estudados, por meio do programa brModelo 3.2 – Java 8.
Da segunda vez, foram registrados mais fotos e vídeos dos processos produtivos para um melhor
embasamento da análise dos riscos e elaboração da APR.
A pesquisa pode se caracterizar, quanto aos objetivos, como: descritiva, por conter coleta de dados e
descrever características dos acontecimentos, pois no trabalho foram coletados dados com formulários e
observações durante as visitas; exploratória, por apresentar um levantamento bibliográfico e um
aprofundamento no problema estudado, considerando a apresentação de um referencial teórico e as visitas
e pesquisas que contribuíram no aprofundamento do tema; explicativa, pois indica os fatores responsáveis
ou contribuintes para o problema, onde no presente trabalho é feito pela APR (GIL, 2002).
Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa pode ser caracterizada como estudo de caso, pois
estudou-se o tema e buscou-se ampliar o conhecimento na área, uma vez que o trabalho se deteve em estudar
a realidade dos riscos presentes em um ambiente específico (GIL, 2002). Pode ser classificada ainda, quanto
a forma de abordagem do problema, como qualitativa, pois estudou-se os aspectos do problema em questão
e sua gravidade, e no presente trabalho se apresenta por meio da aplicação da APR (PRODANOV;
FREITAS, 2013).
Na APR tratou-se sobre o processo de produção de camisetas e de canecas. Ambas têm um
procedimento similar, mas diferem em alguns aspectos na parte de pós impressão e também no formato da
máquina utilizada para confecção do produto.
De acordo com os processos, foram analisados a severidade e a frequência com que ocorre os riscos.
Para a severidade existem quatro categorias e para a frequência cinco, como podemos ver no Quadro 1.
Depois de analisados a severidade e a frequência, é colocado na matriz para classificar o risco como:
não tolerável, moderado e tolerável, conforme o Quadro 2.
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Quadro 2. Matriz dos riscos
IV M M NT NT NT
III T M M NT NT
SEVERIDADE II T T M M M
I T T T T M
A B C D E
FREQUÊNCIA
Legenda: NT (não tolerável) – Os controles existentes são insuficientes; M (moderado) – Deve se avaliar
controles adicionais; T (tolerável) – Não há necessidade de medidas adicionais. Fonte: Queiroz (2013) apud
Pellin et al. (2017).
Em seguida foram propostas melhorias de acordo com a severidade e frequência de cada risco, com
intuito de melhorar as condições de trabalho da empresa estudada.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Caracterização da empresa
A empresa estudada é uma empresa de pequeno porte que trabalha com sublimação por transferência
térmica e está atuando há dois anos no mercado, contando com dois funcionários. O seu funcionamento é
de segunda a sexta de 7:00 às 11:00 e das 13:00 às 17:00, sendo que quando as encomendas são grandes e
os prazos curtos faz com que a empresa precise utilizar horas extras para atender a demanda nos períodos
de sazonalidade. Segundo a proprietária e funcionária da empresa, nunca ocorreu nenhum acidente ou
doença de trabalho, mesmo os EPI’s sendo utilizados apenas no manuseio de substâncias como o solvente.
Em seu processo produtivo, a empresa utiliza tipos de materiais variados, como por exemplo: papel,
alumínio, plástico e derivados, madeira, microfibra, poliéster, cerâmica, borracha e polímero. Os trabalhos
desenvolvidos contam com máquinas como: prensa reta, prensa circular, computador, impressora e plotter
de corte. Apesar disso, possui grande variedades de produtos tais como: camisetas, canecas, chaveiros,
chinelas, garrafas, azulejos, almofadas, agendas. Escolheu-se para a análise de riscos os processos de
estamparia de camisetas e de canecas.
Além disso, utiliza-se na empresa ferramentas perfurantes e cortantes como estiletes e tesouras. Possui
ainda os produtos químicos que são: tintas, solventes, fixadores, verniz específico e resina de azulejo.
Nas Figuras 1 e 3 são mostradas as atividades que ocorrem durante as etapas do processo desde a pré-
impressão até a pós-impressão.
No processo de estamparia de camisetas são realizadas três etapas: pré-impressão, impressão, pós-
impressão. Na pré-impressão os cartuchos são abastecidos com as tintas adequadas para produção
(sublimáticas) e depois o trabalho é feito no computador, onde é confeccionado a arte e ajustado sua
dimensão de acordo o desejo do cliente. Na impressão, a arte é impressa no papel especial de sublimação e
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levado a presa reta (Figura 2), pré-aquecida em 200º, para que se estampe a arte no papel em um processo
que leva cerca de 45 segundos. No pós-impressão a camiseta é retirada da máquina e estendida para que
esfrie a temperatura e depois seja embalada.
Figura 2. Prensa reta utilizada na estamparia de camisetas na empresa em estudo. Fonte: Autoria
própria (2019).
A máquina possui a sinalização adequada e emite um alarme de aviso quando a estampa está
concluída. Observa-se a que máquina fica sob uma mesa de madeira estável e debaixo desta um encontra-
se um cesto de lixo para descarte de papel e uma caixa de papelão para armazenar outros materiais da
empresa.
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Figura 4. Prensa circular utilizada na confecção de canecas na empresa estudada. Fonte: Autoria
própria (2019).
A máquina encontra-se ao lado da prensa reta. A água e a pia, utilizadas para resfriar os produtos
acabados, são utilizadas também para outros fins como por exemplo: lavagem da louça dos utensílios
usados na preparação dos lanches da empresa.
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Quadro 3. Aplicação da APR resumida a estamparia de camisetas e canecas
Riscos principais Riscos contribuintes Riscos iniciais S F C Sugestões de
eliminação ou
controle
Conversas III B M Sensibilizar a
Queimadura Desatenção paralelas importância da total
Problemas atenção na hora do
pessoais trabalho
II C M Cadeiras
ergonômicas e
Cadeira utilizada Comodidade imagens de
advertência
espalhada no local
Posturas de trabalho.
inadequadas Número pequeno II E M Contratação de
de funcionários funcionários,
Trabalho excessivo planejamento e
Sazonalidade limitação de
produção.
III B M Treinamento dos
Não utilização de EPI’s Comodidade funcionários para
Produtos utilização devida dos
químicos EPI’s.
Uso de produtos III B M Leitura de rótulo e
Falta de conhecimento e/ou substâncias embalagem na hora
desconhecidas de aquisição do
produto.
Aparelhos que IV A M Conferir o local de
Curto na instalação atingem altas trabalho ao fim das
Incêndio elétrica temperaturas atividades e manter
sempre o foco no
Desatenção no trabalho
uso das
máquinas
Conversas II B T Sensibilizar os
paralelas funcionários sobre
atenção na hora da
Cortes e Desatenção realização das
perfurações Problemas tarefas e
pessoais conhecimento sobre
os materiais
utilizados.
Legenda: S – Severidade; F – Frequência; C – Categorização; II – Marginal; III – Crítica; IV – Catastrófica;
E – Frequente; C – Pouco provável; B – Remota; A – Extremamente remota; M – Moderado; T – Tolerável.
Fonte: Autoria própria (2019).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todo o exposto, observa-se que acidentes e incidentes, independente dos tipos de riscos, estão
presentes na indústria gráfica e podem ser evitados e/ou amenizados pela aplicação de métodos de análise
de riscos, porém é necessário que estes sejam propostos e colocados em prática a tempo. Este trabalho
envolve, além de conhecimento sobre a área estudada, as atividades e a aplicação da APR, um trabalho de
harmonização entre toda equipe de funcionários bem como dos funcionários com as máquinas e o ambiente
de trabalho.
A resistência a mudança, por parte de alguns, pode ser um dos desafios encontrados. Muitos se acham
corretos por estarem realizando as mesmas atividades a tempos e nunca ter sofrido nenhum tipo de doença
ou acidente de trabalho e, assim, ficam mais acomodados e se tornam mais vulneráveis aos riscos, podendo
se prejudicar e prejudicar o ambiente ao qual estar inserido. Mas, as mudanças devem acontecer, se
necessárias, mesmo que a longo prazo, mostrando a importância de se prevenir e/ou eliminar os riscos.
Desse modo, é necessário que os trabalhadores tenham consciência de todo risco presente em suas
atividades e busquem sempre se prepararem para tais. A utilização dos EPI’s é de fundamental importância
na execução das tarefas, pois mesmo tendo a maior parte do trabalho feito no computador e nas máquinas,
existe ainda uma parcela de trabalho manual que necessita cuidado e atenção, como o manuseio de produtos
químicos e equipamentos perfurantes e cortantes.
A aplicação da APR tem a vantagem de ser uma técnica simples e de fácil aplicação. Outra vantagem
é a questão do tempo necessário que é pequeno e pode ser usada como forma de prevenção. Além disso, o
custo para aplicação é praticamente inexistente, já que pode ser feita a partir de formação de grupo
multidisciplinares em que se identifique, observe e discutam as propostas de melhoria.
Assim sendo, a segurança de todos da empresa bem como do ambiente de trabalho é algo que deve ser
priorizado acima de qualquer investimento ou empreendimento, pois são os bens mais valiosos que eles
oferecem e devem ser valorizado em troca, visando que é algo que beneficia a empresa no geral como um
todo.
Por fim, as dificuldades apresentadas durante a produção do trabalho estão ligadas a busca de literaturas
sobre o tema, pois, embora a indústria gráfica seja de grande importância econômica e esteja presente dentro
de outas áreas, os trabalhos desenvolvidos abordando os riscos não são muitos, principalmente para gráficas
de sublimação. Para trabalhos futuros, fica a sugestão de desenvolver pesquisas mais aprofundadas no uso
de produtos químicos na indústria gráfica, verificação da utilização dos EPI’s com os trabalhadores desse
setor, análise ergonômica do trabalho, estudo de tempo das atividades desenvolvidas e segurança das
máquinas e equipamentos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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