Você está na página 1de 44

VINICIUS LAGE FONSECA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO


Mineradora Grupo Belmont
Avenida Brasília, nº 1304, Bairro Baú – João Monlevade – MG – (31) 3859 - 3200
CEP: 35930-314
www.faenge.uemg.br

ENGENHARIA DE MINAS

GESTÃO DE PROCESSOS

Universidade do Estado de Minas Gerais │Unidade João Monlevade – Relatório


Técnico

/mês/ano

Relatório de Estágio Supervisionado

Classificação de segurança: RESTRITO

VINICIUS LAGE FONSECA


Graduando em Engenharia de Minas
João Monlevade
2018

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE ESTÁGIO

Estagiário (a): Vinicius Lage Fonseca

Curso: Engenharia de minas

Período:10º

Entidade/Empresa: Grupo Belmont

CNPJ:

Endereço:

Telefone:

Profissional responsável:

Período de Estágio: 01 / 06 / 2022 a 01 / 08 /2022

Carga horária total: 240


EQUIPE TÉCNICA

__________________________________________________________

Marcelo de Oliveira lopes

Engenheiro de produção – Planejamento de Mina

__________________________________________________________

Flávio Luiz Costa

Engenheiro de Minas

__________________________________________________________

Claudia Duarte da conceição

Coordenador do Curso de Engenharia de MInas

__________________________________________________________

Prof Msc Agostinho Ferreira

Coordenador de Estágios da Universidade do Estado de Minas Gerais │Unidade


João Monlevade
Vinicius Lage Fonseca

AGRADECIMENTOS
RESUMO
Este relatório descreve as atividades realizadas pelo acadêmico Vinicius Lage
Fonseca, realizadas de 1/06/2022 a 29/07/2022, as atividades foram em resumo duas,
determinar os custos de sondagem por metro perfurada, avaliar baseado nestes
custos, se foi atingido a meta pré-determinada ou caso não tenha expor os pontos que
contribuíram para o não atendimento das condições. A segunda atividade consistiu
em avaliar a eficiência da retirada de estéril da pedreira. O estudo foi realizado por
meio da aplicação da teoria das filas, e como principal fonte de tal estudo temos o livro
do autor Darci Prado: teoria das filas e da simulação. A partir dos dados coletados
será possível determinar o tempo em que os caminhões ficam parados em fila, assim
como o tempo gasto em cada etapa do processo, taxa de utilização da escavadeira
dentre outros parâmetros.

Palavras-chave: Mineração. Beneficiamento. Lavra.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: DESCRIÇÃO DA FIGURA ............................ Erro! Indicador não definido.


Figura 2: DESCRIÇÃO DA FIGURA ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 3: DESCRIÇÃO DA FIGURA ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 4: DESCRIÇÃO DA FIGURA. ........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 5: DESCRIÇÃO DA FIGURA ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 6: DESCRIÇÃO DA FIGURA ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 7: DESCRIÇÃO DA FIGURA ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 8: DESCRIÇÃO DA FIGURA ............................ Erro! Indicador não definido.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

MG - Minas Gerais
UEMG - Universidade do Estado de Minas Gerais
EP - Estação de Peneiramento
NF = Número médio de clientes na fila

NS = Número médio de clientes no sistema

TF= Tempo médio durante o qual o cliente fica na fila

TS = Tempo médio o qual o cliente fica no sistema

K = Número de clientes percorrendo o sistema

P0= probabilidade de não existir ninguém no sistema

λ = Ritmo médio de chegadas

µ = Ritmo médio de atendimento


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 _ xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx...............................................31

Tabela 2 _ xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx...............................................34
LISTA DE SÍMBOLOS

Fe Ferro
@ Arroba
# Diferente de
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
Formatação dos títulos e subtítulos: ...................................................... Erro! Indicador não definido.
Formatação do texto: ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Formatação de Figuras ........................................................................... Erro! Indicador não definido.
2 estágio no grupo belmont ......................................................................................... 2
2.2 BELMONT ...................................................................................................................................... 2
2.2.1 HISTÓRICO .............................................................................................................................. 2
2.2.2 VALORES ................................................................................................................................. 2
2.2.3 LOCALIZAÇÃO ......................................................................................................................... 4
2.2.4 ORGANOGRAMA ....................................................................... Erro! Indicador não definido.
2.3 ATIVIDADES DA EMPRESA ............................................................................................................. 4
2.3.1 Céu aberto .............................................................................................................................. 4
2.3.2 SUBSOLO ................................................................................................................................ 6
2.3.3 BENEFICIAMENTO ................................................................................................................ 10
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 30
3.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 31
3.2 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES REALIZADAS ........................................................................... 31
3.3 APÊNDICE A – TÍTULO....................................................................... Erro! Indicador não definido.
3.3 FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................... 32
1 INTRODUÇÃO

O presente relatório de estágio foi realizado pelo discente Vinicius Lage


Fonseca, estudante de Engenharia de minas. Ele apresenta as atividades realizadas
entre os dias 01/06/2022 a 30/07/2022. Essas atividades consistiram em basicamente
duas: A primeira consistiu em determinar os indicadores de produtividade dos
caminhões terceirizados na retirada de estéril na pedreira na mina da região de
Oliveira Castro em Itabira. A segunda atividade realizada consistiu em avaliar a
operação de sondagem, com foco nos custo, a fim de determinar o custo por metro
perfurado e se a meta foi ou não cumprida. O estágio de forma geral tem como intuito
realizar uma ponte entre o mundo acadêmico e o profissional proporcionando ao
estudante a possibilidade de aplicar e aprimorar os conhecimentos adquiridos na
universidade e conquistar novos. O estágio é de suma importância para o
aprimoramento profissional do aluno, pois, a universidade de forma geral, apresenta
conhecimentos teóricos de forma, usualmente, não aplicada, já no estágio utiliza-se
aquele conhecimento teórico de forma pratica resolvendo problemas do mundo real.
Baseado nos conceitos descritos acima, o estágio foi realizado com o intuito de
aprimorar as habilidades do aluno, com foco em problemas reais, tendo como objetivo
a capacitação do aluno a resolução de problemas fora do âmbito acadêmico.

1
2 ESTÁGIO NO GRUPO BELMONT

2.2 BELMONT

O estágio em questão teve como principal objetivo, aprimorar as habilidades do


estudante, com foco nas áreas de gestão de custos e desenvolvimento de mina,
direcionado a custos de sondagem e retirada de estéril.

2.2.1 HISTÓRICO
O Grupo Belmont teve sua origem em 1969, com a prestação serviços de
transporte de carga, exclusivamente para a Companhia Vale do Rio Doce, em
Itabira/MG.
Seu ciclo de expansão se intensificou em 1978, após a descoberta de uma
jazida de esmeralda em uma das propriedades rurais da empresa, que investiu na
exploração sustentável, com atuação em toda a cadeia, da mina ao mercado
internacional, destacando-se a unidade industrial de extração e beneficiamento das
gemas, considerada hoje a mais avançada do mundo no setor.
Na década de 1980, o Grupo iniciou as atividades em pecuária com gado
leiteiro, mas reorientou sua produção e atualmente dedica-se à criação e
comercialização de gado de corte no modelo intensivo, agregando recursos
tecnológicos para a melhoria de produtividade.
No início dos anos 1990, o Grupo Belmont começou um forte investimento em
construção, com a criação da Belmont Agregados, dedicada à extração e
processamento de areia e brita, e a aquisição da Itamix, especializada na produção
de concreto de forma mecanizada, padronizada e certificada.
Somam atualmente duas pedreiras, um areal e quatro usinas de concreto na região.
O Grupo Belmont mantém participação no Montes Claros Shopping desde a
sua fundação, em 1997. Este e outros empreendimentos são geridos pela Belpar,
criada em 2001 para administrar ativos e investimentos no setor imobiliário,
identificando as melhores oportunidades.

2.2.2 VALORES
O grupo Belmont possui 4 principais valores e são eles: respeito, a palavra tem
valor, resultados vem com o esforço e a união nos faz mais fortes.

2
Respeito em primeiro lugar

O respeito é o ponto de partida para todos os relacionamentos nas empresas


do Grupo. Na Belmont, o diálogo deve ser de igual para igual e todos devem ter voz e
ser escutados. As interações com os clientes são pautadas pelo respeito mútuo e pela
nossa intenção verdadeira de atender bem e superar expectativas.

A palavra tem valor

Esta é uma das heranças de nosso fundador. Compromisso assumido é


compromisso cumprido. Trabalhar de forma honesta, dizendo a verdade e honrando
o que foi combinado é um valor que está na origem da Belmont e que segue tão
importante hoje quanto foi no início do negócio. Essa é a base para construção de
relações de confiança dentro do Grupo e com os clientes.

Resultado vem com o esforço

Aprendemos com a nossa história que os resultados são conquistados com


empenho e dedicação. Em todas as áreas e níveis de atuação, valorizamos o trabalho
sério e a determinação que gera entregas de qualidade, à altura do nosso potencial e
com o capricho que os clientes merecem.

A união nos faz mais fortes

Acreditamos que nada importante se faz sozinho. A colaboração dentro das


equipes, entre os times e entre os negócios do Grupo é uma premissa do nosso jeito
de ser e algo que devemos buscar sempre. Trocar ideias, compartilhar soluções e
aprendizados, celebrar as conquistas dos colegas e as vitórias de cada negócio é algo
que buscamos e valorizamos na nossa cultura.

3
2.2.3 LOCALIZAÇÃO
O Grupo Belmont possui diversas localidades onde opera, sendo a mina de
Oliveira Castro, o local onde o estágio do presente relatório foi realizado, tal mina se
localiza na Fazenda Belmont,Loc.de Oliveira Castro, S/N, KM: 458 DA ROD.MGC-
120; Zona Rural - Itabira – MG CEP 35900-970

2.3 ATIVIDADES DA EMPRESA

O Grupo Belmont é uma empresa que possui uma grande diversidade de


atividades. Apesar disso, os trabalhos realizados foram focados apenas na mineração
e por isso serão apresentadas apenas as atividades realizadas pela empresa no
campo da mineração, mais especificamente na mina de Oliveira castro.
Na localidade em questão, existem dois tipos de operações minerarias, lavra
subterrânea de esmeralda e lavra a céu aberto de agregado para construção civil,
brita.
Para melhor exemplificar as atividades, elas serão apresentadas subdividindo
em duas: as da pedreira para agregados da construção civil e as do subsolo, que são
relacionadas a esmeralda.

2.3.1 Céu aberto


Primeiramente as operações da pedreira. O método de lavra utilizado pela
pedreira é o conhecido como bancadas sucessivas, de acordo com Curi (2017) as
bancadas sucessivas são responsáveis por cerca de 60% da minas a céu aberto no
Brasil.
O método consiste em uma lavra descendente, ou seja que tem seu início na
parte superior do maciço rochoso, assim a medida que seu desenvolvimento ocorre o
nível ou cota onde os trabalhos estão sendo realizados se reduz.
As bancadas são usadas, nesse método, para retirada de estéril e minério,
podendo ser feitas ao mesmo tempo ou separadamente, mas sendo obrigatório a

4
retirada do estéril, caso tenha, antes do minério, isso ocorre pois o minério se encontra
por baixo do estéril. Tal processo e denominado como decapeamento.
A quantidade de bancos varia de acordo com alguns fatores, por exemplo:
profundidade do minério espessura da mineralização, quantidade de estéril,
estabilidade geotécnica dentre outros. A altura dos bancos varia principalmente pelo
alcance dos equipamentos e pela estabilidade do material. Já as praças devem
possuir tamanho suficiente para conter todo o material desmontado e ainda sim
permitir a operação dos equipamentos de maneira eficaz. O ângulo da face varia de
acordo com cada tipo de rocha ou solo.

Figura 2: Denominação dos elementos de uma bancada/talude

Fonte: próprio autor

Quanto a aplicabilidade, o método é bem pouco restrito, podendo ser executado


em maciços com baixos teores e até mesmo com baixa competência. É preferível que
o ângulo de mergulho baixo e que esteja a profundidades economicamente viáveis.
De acordo com Curi (2017) as distâncias de transporte são um grande
problema para o método e por isso as cavas são comumente praticadas até 300m de
profundidade, ainda visando reduzir essas distâncias as estruturas como, britador
primário (planta de beneficiamento), pilha de estéril, dentre outras, tendem a ficar
próximas o máximo possível, porém a uma distância segura.

5
2.3.2 SUBSOLO
As operações no subsolo são mais complexas, pois na mina em questão
existem 3 métodos de lavra, câmaras e pilares, corte e aterro e realces abertos. A
complexidade das operações no subsolo se deve principalmente à segurança, pois
trabalhos semelhantes que seriam executados na superfície com certo grau de
segurança, quando realizados no subsolo tem mais fatores que ocasionariam
acidentes. Além do fator de segurança tem-se também a questão da complexidade de
execução dos métodos, os quais serão explicados a seguir.
Curi (2017) defini os métodos de lavra em três tipos, alargamento
autosuportantes, alargamentos suportados e alargamentos abatidos. Sendo os
autosuportantes aqueles onde se deixam estruturas do próprio maciço para suportar
as tensões desviadas das aberturas. Já os alargamentos suportados são aqueles
onde o uso de materiais esternos, como tirantes são necessários para assegurar a
estabilidade dos realces. Por fim tem-se o alargamento abatido, no qual o teto não é
mantido integro após a extração do minério.
O método de câmaras e pilares está na categoria de autosuportantes. Ele entra
nessa classificação, pois são deixados pilares, à medida que a lavra e
desenvolvimento avançam, para que possa ser feito a sustentação do teto da mina. A
relação entre volume explotado e não explotado varia de acordo com a resistência do
maciço assim como de suas estruturas internas, ou seja quanto maior a resistência e

6
menor for o número de falhas juntas e outras estruturas que possam prejudicar a
resistência do pilar, menor poderá ser o diâmetro do pilar, tornando a recuperação de
material maior e consequentemente o método mais seguro.
Câmaras e pilares é um dos métodos aplicados pelo Grupo Belmont na lavra
de esmeralda. Devido a este fator ele será explicado de forma resumida a seguir.
O método é aplicado preferencialmente em depósitos tabulares, com potência
de até 5 metros e grandes extensões, inclinação do ângulo de mergulho de até 15°,
podendo, em algumas variações do método, atingir até 40°, sendo poucas exceções.
Quanto a resistência do minério é recomendado que seja até moderada, porém em
alguns casos pode chegar a alta, já a resistência da encaixante deve ser de moderada
a alta. A profundidade, não é recomendado que ultrapasse os 500m de profundidade
devido as forças de tenção concentradas nos pilares.
A lavra pode ocorrer de forma continua ou por meio do ciclo operacional
tradicional (perfuração, carregamento para desmonte, desmonte e limpeza do
material). Para a definição de qual dos dois processos serão utilizados é necessário
que se conheça a dureza das encaixantes e do minério. Em casos onde as
encaixantes são extraídas junto com o minério, e possuem dureza elevada, o uso do
minerador continuo não será possível, pois ele exige que a rocha seja friável, o mesmo
é valido para o minério.
A perda dos pilares vem se tornado mais raro com o passar do tempo, devido
a evolução tecnológica. Apesar do desenvolvimento tecnológico alguns dos pilares
não poderão ser extraídos e eles são chamados de pilares de segurança, para que se
evite perdas de minério tais pilares devem ser dimensionados de tal forma que seja
deixado para traz a menor massa possível. Apenas em exceções como, nas
operações em que ocorrem abatimento de teto pode-se chegar a uma recuperação
de 100%, entretanto via de regra, perde-se de 25% a 30% do minério.
Uma das principais desvantagens de se usar esse método, são os pilares
deixados para trás, que por vezes ainda contem minério. Devido a este fator o uso do
método de câmaras e pilares é mais recomendado para elementos com maior valor
agregado. Um outro ponto negativo é que o método não pode ser utilizado a grandes
profundidades devido as altas tenções, pois causariam a destruição dos pilares.

7
Realces abertos ou alargados consiste de um método de extração mineral
autosuportante. Esse método possui os mesmos conceitos do câmaras e pilares, é
também o procedimento de lavra subterrânea mais utilizado, isso se deve ao fato de
ele ser um método extremamente versátil, podendo utilizar-se de diversas variações.
Sua lavra é idêntica á lavra do câmaras e pilares.
Para que o processo seja considerado realces abertos ele deve atender a pelo
menos duas das seguintes características:
• Não pode ser uma lavra de carvão mineral
• Os pilares não tem forma e tamanho definidos, além não estão
distribuídos sistematicamente;
• O deposito mineral possui espessura média menor que 6m, as
aberturas tem maior dimensão em termos de altura do que de extensão
Em termos de aplicabilidade, o método é basicamente idêntico ao câmaras e
pilares, porém possui pequenas diferenças, como forma do deposito que neste inclui
depósitos lenticulares, quanto a profundidade permite, quando em condições certas a
lavra até 1450 m de profundidade.
Quanto a lavra, neste caso o ciclo operacional é clássico (perfuração,
carregamento para desmonte, desmonte e limpeza do material), isso ocorre devido a
resistência das rochas, que neste caso é de moderada a alta, o que não permite o uso
de mineradores contínuos.
Corte e aterro é um dos métodos aplicados pelo Grupo Belmont na lavra de
esmeralda. Devido a este fator ele será explicado de forma resumida a seguir.
De acordo com Curi (2017), Corte e aterro é um método de alargamentos
suportados, no qual consiste em realizar escavações para retirada de minério,
preferencialmente de forma tabular, e após a retirada do minério, o espaço vazio é
preenchido com algum outro material, normalmente estéril e ou rejeito, o que por sua
vez reduz a instabilidade das escavações.
Neste método existe uma variação, a qual é denominada de enchimento
gradual, tem este nome pois os espaços vazios gerados pela retirada do minério são
preenchidos de forma gradual, ou seja, somente uma parte do espaço é aterrado, o
que por sua vez, cria uma espécie de plataforma onde os equipamentos de perfuração
e carregamento de explosivos podem subir para realizar suas funções, e
consequentemente, realizar a lavra. Graças a utilização do enchimento não é

8
necessário deixar pilares de forma sistemática, porém apesar de não ser usual deixar
pilares para a sustentação, em alguns casos pode ser interessante deixá-los.
Este método é bastante versátil, podendo ser altamente mecanizado ou
manual, as dimensões dos realces podem variar de acordo com a necessidade e a
seletividade do método. Apesar de sua versatilidade é necessário, ter muita atenção
no momento do enchimento, pois se mal feito podem ocorrer acidentes, caso a
compactação não tenha sido feita corretamente podem ocorrer atolamentos e
consequentemente paralização das operações.
As aplicações, o corte e enchimento é normalmente aplicado a minérios de
mais elevado valor unitário, isso ocorre devido ao custo de enchimento o qual é
responsável por cerca de 10% a 20% do custo total operacional da lavra. O método
pode ser aplicado a maciços pouco resistentes e com qualquer forma, a espessura
comumente varia de 2m a 30 m de potência, quanto a extensão quanto maior ela for
melhor. A profundidade pode chegar a 2,5km de profundidade.
O desenvolvimento ocorre no estéril, através de rampas ou shafts, por meio
dessas estruturas são abertas travessas, as quais são ligadas até o corpo
mineralizado. Para a explotação do minério extraído, podem ser criadas estruturas
denominadas de orepass, as quais são ligadas a níveis inferiores onde se encontram
as galerias de transporte, essas galerias funcionam como um terminal, no qual recebe
o minério e o transporta até a saída mais próxima, ou aquela cujo transporte seja mais
barato.

9
2.3.3 BENEFICIAMENTO
Gnaisse
O beneficiamento compreende basicamente a fragmentação e a classificação
granulométrica do material, visando a obtenção dos diversos produtos utilizados pela
indústria da construção civil, cuja relação percentual médias a serem produzidos nas
instalações desta empresa, podem ser visualizados na tabela a seguir para uma
produção mensal de 50.000t/mês, totalizando 600.000t/ano, alvo desta ampliação.

Figura 3: Relação de produtos gerados a partir do beneficiamento do gnaisse.

Relação de Produtos
Tipo Produção Mensal
(%)
Pedra de Mão (18%)
Brita 1 (28%)
Brita 2 (4%)
Brita 0 (18%)
Pó de Pedra (17%)
Bica Corrida (15%)
Total 100

10
Figura 4: Fluxograma do beneficiamento da pedreira.

11
A instalação de beneficiamento é constituída pelos seguintes equipamentos:
• Alimentador vibratório 400 x 100, PIACENTINI, com motor de 12,5 HP (AV);
• Britador primário (B1), de mandíbulas, 100 x 60, FAÇO, com motor de 75 HP
(BP);
• Rebritado (B2) de mandíbula, 120 x 40, FAÇO, com motor de 50 (HP);
• Peneira vibratória (P1) de 02 'decks", 2,00 x 1,0, PIACENTINI, com motor de
20 HP

(PV3):
12
1º "deck" - 3''
2º "deck" - 1/2"
• Peneira vibratória (P2) de 02 "decks", 2,00 x 1,0, PIACENTINI, com motor de
20 HP
(PV3):
1º "deck" - 5''
2º "deck" - 2"
• Peneira vibratória (P3) de 04 "decks", 4,00 x 2,0, PIACENTINI, com motor de
20 HP
(PV3):
1º "deck" - 1, 5’’
2º "deck" - 7/8''
3º "deck" - 1/2''
4º "deck" - 3, 16’’

2 rebritadores cônicos, METSO, modelo HP 200, com motores de 75 HP (RB);


13 transportadores de correira TC01 A TC13, com motores de 3,0 e 5 HP.

O minério obedece ao seguinte fluxo em seu beneficiamento.


Inicialmente, os caminhões basculam o ROM (run of mine) diretamente em um
alimentador vibratório (AV), a partir do qual o material verte diretamente para o britador
primário (B1).
O material britado é conduzido em calha fixa para uma pilha, que em seguida
é retomada através de um alimentador vibratório (AV), para um transportador de
correia (TC12), que o leva para uma peneira vibratória (PV1), de dois decks, com tela
de 3" e 1/2". Este procedimento é usado quando o produto da mina está misturado
com terra, isto é, quando há decapeamento.
O produto formado é chamado de bica corrida, ou pó sujo, que também é
comercializado para fins menos nobres. O oversize desta peneira vai para a pilha
pulmão pelo TC 13. Quando o produto da mina está limpo, esta peneira fica parada e
todo o material britado vai para a pilha pulmão através do TC01.
Da pilha pulmão, todo o produto é retomado através do transportado de correia
(TC02) para uma nova peneira vibratória (PV2), também de dois decks, cujo produto
é a pedra de mão, material retido no primeiro deck, maior que 5", e empilhado através
13
do transportador de correia (TC06). O passante no 2º deck, menor que 2" vai (TC03)
para a terceira peneira (PV3) de quatro decks para produzir os produtos.
O material retido entre o primeiro e o segundo deck, material entre 5 e 2 polegadas,
alimenta o segundo britador de mandíbulas, FAÇO 120x40, que reduz todo material a
granulometria menor que 2", alimentando (TC03) também a terceira peneira (PV3)
para a produção dos últimos produtos.
A peneira vibratória de 4 decks, 6.000 x 2.000, separa 4 produtos em faixas
granulométricas distintas, que são pó de pedra, britas zero, um e dois, da seguinte
forma:
• O undersize desta peneira, com granulometria inferior a 3/16", segue através
de um
• Transportador de correia (TC07), até a pilha de finos (pó de pedra).
• O oversize desta peneira, com granulometria acima de 1 1/2", é levado pelo
• Transportador de correia (TC05), para os rebritadores cônicos (METSO,
modelo HP 200)
• Em circuito fechado, retornando a peneira vibratória de quatro decks".
• O material passante no primeiro deck e retido no segundo, com granulometria
• Compreendida entre 7/8" e 1,5", constitui a brita 2, que é empilhada através
do Transportador de correia (TC10).
• O material passante no segundo deck e retido no terceiro, com granulometria
compreendida entre 7/8" e 1/2", constitui a brita 1, que é recuperada e
empilhada por outro transportador de correia (TC8).
• O material passante no terceiro deck e retido no quarto deck, com
granulometria
• Compreendida entre 1/2" e 3/16", constitui o produto conhecido como "brita
zero", que é empilhada através do transportador de correia (TC9).
O carregamento final, parte das pilhas dos diversos produtos, nos caminhões dos
compradores, é executado com uma carregadeira cartepillar 966 F e 938 G. Abaixo
segue a foto da praça de carregamento.

Figura 5: Vista parcial da praça de carregamento

14
Fonte de próprio autor.

Figura 6: Vista Geral da Instalação de britagem localizada a jusante da lavra

15
Fonte próprio autor.

Figura 7: Vista em planta da planta de beneficiamento da pedreira.

16
Fonte: próprio autor.

Beneficiamento esmeralda
17
O material proveniente da mina a céu aberto e subterrânea é transportado de
caminhão até a área de descarga. A descarga do material é feita na moega de
recebimento MO-01 que possui uma grelha com abertura de 500mm, o material acima
de 500mm é partido através do uso de um rompedor.
Da moega de recebimento o material é extraído por alimentador de correia AL-
01 e levado a uma peneira escalpadora P-01 com corte do material de 100mm. O
material acima de 100mm é conduzido pelo transportador de correia TC-01 ao
britador, este transportador de correia funciona a baixa velocidade e é longo o
bastante para que seja feita uma inspeção antes do material entrar no britador, caso
seja encontrado material com esmeralda nesta granulometria o sistema de
recebimento, britagem, lavagem e classificação é parado para que o material seja
retirado do processo. Após a britagem o material se junta ao material abaixo de
100mm proveniente da peneira escalpadora através do transportador de correia TC-
03.
O material abaixo de 100mm da peneira escalpadora P-01 é conduzido através
do transportador de correia TC-02 até o transportador TC-03 que segue para a peneira
de classificação. Na peneira de classificação P-02 o material é pré lavado, o material
abaixo de 2mm segue através da tubulação para a área de tratamento de água, o
material acima de 100mm retorna para o transportador TC-01, através dos
transportadores TC-06 e TC-07.
O material classificado até 70mm segue através dos transportadores TC-04 e
TC-05 para o Hydro Clean HC-01. O Hydro Clean HC-01 realiza uma desagregação
do material através da adição de água a alta pressão. Após a lavagem o material
segue para a peneira de classificação P-03 que classificará o material acima de 45mm
no primeiro deck, entre 24 e 45mm no segundo deck, o material abaixo de 24mm
segue para a segunda peneira de classificação P-04 o primeiro deck separa o material
de 24 a 12mm, o segundo deck, material de 12 a 5mm e o terceiro, de 5 a 2mm, o
material abaixo de 2mm segue através de tubulação para a área de tratamento de
água.
O material classificado nas peneiras P-03 e P-04 segue através de
transportadores de correia e válvulas de desvio para os silos de armazenagem
conforme tabela 9 abaixo

18
O material armazenado nos silos segue para a separação ótica. O conjunto de
silos S-01 e S-06, onde estão armazenados materiais com granulometria de 12 a
70mm alimentam o separador ótico SO-01.
O material é extraído dos silos através de extratores e direcionado às correias
transportadoras que conduzem o material até a peneira de lavagem.
O material dos silos S-01 a S-04 é extraído através dos extratores AL-02 a AL-
05 e direcionado para o transportador de correia TC-015 que alimenta o transportador
de correia TC-016 e vai para a peneira de lavagem P-05.
O material dos silos S-05 e S-06 é extraído através dos extratores AL-06 e AL-
07 e alimentam a correia TC-016.
Assim o TC-015 funcionará somente se o material dos silos S-01 e S-04 for
extraído.
Na peneira de lavagem P-05 o material é lavado e secado seguindo para o
separador ótico SO-01 onde será classificado pela cor como esmeralda e seguirá
através do transportador de correia TC-22 para a sala do cofre e o material classificado
como não sendo esmeralda seguirá para silo de rejeito S-11 pelo transportador de
correia TC-24. Esta correia será inspecionada por técnicos que através de sua
experiência verificarão a existência de esmeraldas ou de material que possivelmente
contém esmeraldas passará por um moinho que será reduzido a uma granulometria
menor e estocado no silo para retornar ao processo de separação ótica
posteriormente. O material que não tiver uma possível concentração de esmeraldas
seguirá para o silo e depois será descartado na pilha de rejeito.
O material armazenado nos silos S-07 e S-10 será extraído através dos
extratores AL-08 e S-10 que alimentará o transportador de correia TC-20 que transfere
o material para o transportador TC-21 que alimenta a peneira de lavagem P-06 onde
o material será lavado, secado e enviado à calha vibratória CV-01 onde será
distribuído de forma laminar e alimentará o separador ótico S-02 que possui uma
esteira de alta velocidade fornecendo ao material velocidade para que o separador
ótico possa classificar o material de baixa granulometria pela cor.
O material classificado como esmeralda seguirá através do transportador de
correia TC-23 para a sala do cofre e o material classificado como não sendo
esmeralda seguirá para o silo de rejeito S-12 pelo transportador de correia TC-25.
Esta correia será inspecionada por técnicos que através de sua experiência verificarão

19
a existência de esmeraldas ou de material que possivelmente não foram separados
pelo separador ótico. As esmeraldas serão recolhidas, o material que possivelmente
contém esmeraldas passará por um moinho que será reduzido a uma granulometria
menor e estocado no silo para retornar ao processo de separação ótica
posteriormente. O material que não tiver uma possível concentração de esmeraldas
seguirá para o silo e depois será descartado na pilha de rejeito.
Na separadora óptica as esmeraldas serão identificadas por câmeras digitais
que enviam esta informação a uma central de processamento de dados. Essa central
aciona um banco de válvulas solenóides que providenciam a retirada das esmeraldas
do fluxo através de um sopro de ar comprimido, com uma taxa de recuperação de
aproximadamente 96%.

Depois de recuperadas, as esmeraldas passam por um processo de limpeza e


classificação, para posterior comercialização no mercado interno e externo.

20
Figura 8: Vista da Planta de Beneficiamento de Esmeralda.

Fonte: próprio autor

21
Figura 9: Planta de Beneficiamento de Esmeralda

Fonte: Próprio autor

22
2.4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS/ACOMPANHADAS PELO ALUNO

Em primeiro lugar, a sondagem consiste no processo onde é realizado furos no


solo e rochas, com o objetivo de fornecer mais informações sobre o perfil do solo e
das rochas ali presentes. Além disso, as sondagens são as principais fontes de
informações sobre um depósito mineral e garantem a obtenção de amostras
representativas.

Sobretudo para a mineração, é um processo muito importante. É essencial para


conseguir quantificar, qualificar e realizar a modelagem geológica do provável
depósito ou jazida.

Portanto, ela deve ser planejada para conseguir representar todo o depósito
mineral em estudo e, deve ser baseada nos dados que já foram obtidos nas etapas
anteriores. Assim, por consequência, diminuir as incertezas tanto da modelagem
geológica como do cálculo dos recursos minerais.

Falando de forma rasa, a modelagem geológica é uma descrição do volume de


rochas relacionado a suas litologias, deformações e estruturas presentes. Com um
modelo geológico de qualidade, é possível prever a geometria do corpo apresentando
características do material similar ao real.

É utilizado um conjunto motomecanizado para perfurar o material de estudo


(solo ou rocha).

Sondagem Rotativa é o método de investigação geológico geotécnico que


consiste no uso de um conjunto motomecanizado projetado para a obtenção de
amostras de materiais rochosos, contínuas e com formato cilíndrico, através de ação
perfurante dada basicamente por forças de penetração e rotação que, conjugadas,
atuam com poder cortante. A amostra de rocha obtida é chamada de testemunho.

23
O controle de custo de custos, independente de qual seja a área de atuação, e
de suma importante para manter o projeto dentro de determinados parâmetros e
metas.

Através dos boletins diários, os quais são preenchidos pelo profissional


responsável pela sondagem, foram registrados os tempos gastos para perfuração de
cada furo realizado no período de junho de 2021 a junho de 2022, além dessas
informações também foram obtidas as metragens realizadas.

Para o cálculo do custos com os funcionários, foi solicitado ao Rh da empresa


os valores dos salários de cada um deles mais os encargos trabalhistas, assim como,
bônus de performance e ajuda de custo, além desses custos também foram levados
em consideração os gastos com alimentação, o qual foi fornecido pela empresa.

Gastos com manutenção. Neste campo foram considerados somente aqueles


gastos provenientes de trocas de peças, concertos e mão de obra. Vale ressaltar, que,
as peças que foram trocadas e que são utilizadas na realização dos furos não entram
neste setor.

Custos de produção. Para o cálculo deste ponto foram somados todos aqueles
custos relativos a produção propriamente dita, por exemplo, lubrificação, coroas
diamantadas, molas, óleo diesel, bentonita, soda caustica, farinha de mandioca,
hastes e etc.

Por fim para o cálculo do custo por metro perfurado foram somados todos os
custos e dividido pela metragem perfurada, assim determinado o custo por metro
perfurado.

24
Dados obtidos

Custo

Datas Empregados Manutenção Produção Total Metragem por
coroas
perfurada metro

jul/21 R$ 13.738,43 R$ 950,00 R$ 3.554,45 R$18.242,88 160,84 113,42 0

ago/21 R$ 14.192,51 R$ 950,00 R$ 6.901,65 R$22.044,16 235,28 93,69 1

set/21 R$ 13.439,17 R$ - R$ 5.502,70 R$18.941,87 119,65 158,31 1

out/21 R$ 13.547,50 R$ 7.019,84 R$ 19.136,44 R$39.703,78 111,9 354,81 1

nov/21 R$ 13.439,89 R$ 2.143,71 R$ 14.518,93 R$30.102,53 111,9 269,01 1

dez/21 R$ 12.477,04 R$ 7.069,20 R$ 7.069,20 R$26.615,44 0 0,00 0

jan/22 R$ 12.716,86 R$ 9.142,65 R$ 1.792,60 R$23.652,11 102,9 229,86 1

fev/22 R$ 13.596,04 R$ 5.176,66 R$ 25.030,81 R$43.803,51 128,94 339,51 2

mar/22 R$ 13.724,65 R$ 1.657,43 R$ 23.315,45 R$38.697,53 140,94 269,13 3

abr/22 R$ 13.054,18 R$ - R$ 788,16 R$13.842,34 40,11 333,28 0

mai/22 R$ 13.117,75 R$26.486,62 R$ 900,60 R$40.504,97 59,09 670,08 0

jun/22 R$ 13.103,24 R$18.240,36 R$ 4.388,60 R$35.732,20 39,07 854,17 2

jul/22 R$ 13.045,25 R$18.240,36 R$ 6.517,60 R$37.803,21 120,4 313,98 2

Resultados e discussões

Os custos com funcionários representaram cerca de 46%(160 mil) do total, já


com a produção ficou em torno de 32%(112 mil) e o restante 22%(78 mil) ficou com a
manutenção, totalizando aproximadamente 351 mil reais. A metragem perfurada no
período foi de 1250 metros. O custo por metro perfurado foi de 281 reais/metro.

A meta definida para o valor do metro é de 120 reais. Devido as excessivas


quebras ocorridas com o equipamento responsável pela sondagem, não foi possível

25
atingir a meta, entretanto, assim que as reformas da sonda forem finalizadas a
tendência é que a metragem perfurada mensalmente aumente, fazendo o custo por
metro perfurado reduzir e assim atingir a meta.

O desenvolvimento tem por objetivo expor, de maneira objetiva e clara, todas


as atividades desenvolvidas no estágio supervisionado, isto é, o desdobramento do
Plano de Estágio apresentado pela empresa. Não deve aparecer a palavra
“desenvolvimento” no título nem no sumário, devendo a mesma ser substituída por
um título pertinente ao assunto a ser descrito.

Ele pode ser dividido em tópicos e deve apresentar, no início, os objetivos do


estágio. A seguir, fazer um breve resumo do histórico da empresa e suas
características, como missão, visão e valores. Deve fornecer informações básicas
como a razão social, localização, atividades, área, pessoal empregado, tecnologia,
organograma, ramo da atividade, principais marcas e produtos.

Ao final, devem ser relatadas as atividades desenvolvidas pelo aluno durante


o estágio. Esse relato não deve limitar-se a uma descrição das atividades habituais
da empresa, mas deve descrever o trabalho desenvolvido ou acompanhado pelo
estagiário, em pertinência com o Plano de Estágio elaborado pela empresa.

Aplicação da teoria da filas

A cerca de dois anos de anos foi observado que havia uma trica no talude da
pedreira de Itabira do Grupo Belmont, a qual estava localizada no estéril. A existência
de tal anomalia geotécnica exigiu que medidas fossem tomadas visando, em primeiro
lugar, a segurança dos trabalhadores da pedreira e em segundo, a continuidade dos
trabalhos.

A partir das circunstancias a cima citadas, foi elaborado um projeto de


retaludamento do estéril visando contornar a trica. Entretanto para a elaboração do
projeto houve a necessidade de desmatar algumas áreas, e para realizar essa etapa
foi necessário um pedido especial para o órgão competente.
26
Para executar o projeto foi necessário a contratação de caminhões
terceirizados, devido ao fato de a empresa não possuir tais veículos em número
suficiente para manter a produção do agregado granular e retirar estéril de forma
simultânea.

O objetivo de tal trabalho foi relatar e descrever as atividades realizadas entre


os dias 02/06/22 a 18/06/22, com finalidade de obter os indicadores relativos ao
processo de chegada dos caminhões e ocupação da escavadeira.

Metodologia

Por meio do estudo do comportamento de um sistema de fila, (fila é definido


por Prado (2017) como um sistema onde existem; clientes que precisam de
atendimento e atendentes que estão lá para atender), determinar com precisão o
comportamento da operação. Para compreender o sistema foi necessário encontrar
as seguintes variáveis; tempo médio de permanência no sistema, ritmo médio de
chegada, intervalo médio entre chegadas, tempo médio de permanência na fila,
número médio de clientes na fila, tempo médio de atendimento, capacidade de
atendimento ou número de atendentes, ritmo médio de atendimento de cada cliente,
taxa de utilização dos atendentes. Todas essas variáveis são importantes para
determinar a eficiência da remoção do estéril.

Para a obtenção de tais variáveis foi necessário destacar um funcionário


denominado de “apontador”, cuja função é anotar dados de produção. Foi solicitado a
este funcionário que anotasse o intervalo entre cada chegada de um caminhão para
outro, e que também registrasse o tempo que cada caminhão gasta para ser
carregado. Os dados coletados pelo apontador foram de suma importância para a
aplicação das formulas da teoria das filas, as quais serão apresentadas a seguir:

𝜆+𝜇 𝜆
𝑁𝐹 = 𝐾 − + (1 − P0) +
𝜆 𝜇

𝜆+𝜇 𝜆 𝜆
𝑁𝑆 = 𝐾 − + (1 − P0) + +
𝜆 𝜇 𝜇

27
𝐾 (𝜆 + 𝜇)(1 − P0)
𝑇𝐹 = −
𝜆 𝜆²

𝐾 (𝜆 + 𝜇)(1 − P0) 1
𝑇𝑆 = − +
𝜆 𝜆2 𝜇

𝜆
𝜌=
𝜇

Onde:

NF = Número médio de clientes na fila

NS = Número médio de clientes no sistema

TF= Tempo médio durante o qual o cliente fica na fila

TS = Tempo médio o qual o cliente fica no sistema

K = Número de clientes percorrendo o sistema


𝜆
P0= probabilidade de não existir ninguém no sistema (𝑃0 = 1 − 𝜇)

λ = Ritmo médio de chegadas

µ = Ritmo médio de atendimento

Figura 10 tabela de indicadores relativos ao sistema de retirada de estéril

λ
IC Ciclo
Camin TA µ ρ
TS NS A cada i NA NF TF P0(%) Operacional
hões (Min) C/MIN (%)
MIN (min)
/min
58,04 35
4,47 1,88 0,20 2,14 5,1 0,47 42% 1,00 0,42 1,46 2,33
%

Baseado nos dados indicados acima, os quais foram obtidos através de


medições realizadas pelo próprio autor do relatório, pode-se chegar nas seguintes
conclusões:

28
A carregadeira fica ociosa 58% do tempo, o que indica que podem ser utilizado
um número maior de caminhões no sistema. O número médio de caminhões no
sistema ao mesmo tempo (NS) é de 1.88, esse indicador associado ao (TF) tempo
médio de filia que é de 2,33min, indica que os caminhões passam a menor parte do
ciclo operacional em fila.

29
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A graduação em se, infelizmente não oferece o conhecimento prático suficiente, o


qual é de suma importância na vida profissional do aluno, devido a esse fator temos o
estágio supervisionado onde é possível aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos
no meio acadêmico, obtendo assim, habilidades de âmbito prático.

A principal função do estágio na vida acadêmica do aluno é, criar uma ponte


entre o meio acadêmico e o profissional, dando assim a oportunidade de que se
aprimore habilidades adquiridas na universidade e que se conquiste novas.

O estágio do presente relatório cumpriu com seu objetivo principal, que é, o


aperfeiçoamento das habilidades e a conquista de novas. Tendo como pontos
principais a gestão dos custos de sondagem, assim como conhecimento na área de
desenvolvimento de mina. Tais conhecimentos/habilidades foram adquiridas por meio
dos trabalhos realizados, nas duas atividades, as quais foram: determinar os
indicadores de performance da retirada de estéril. A segunda consistiu em avaliar o
processo de sondagem, mais especificamente os custos e suas especifidades. Todas
essas atividades contribuíram de forma imensurável com processo de formação e
profissionalização. Lembrando que as atividades mencionadas neste trecho foram
melhor detalhadas em tópicos anteriores.

Com relação as críticas, a única foi o curto período do estágio, o qual teve
duração de 60 dias, apesar de ter sido um período curto, o mesmo foi extremamente
proveitoso.

30
3.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS0

CURI, A. Lavra de minas. Oficina de Textos, São Paulo 2017.

PRADO, D. Teoria das filas e da simulação. 6. ed. Nova Lima: Falconi, 2017. v. 2.

3.2 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES REALIZADAS

Datas Atividades realizadas

1/6/2022 Inicio do controle da


retirada de estéril da
pedreira

30/06/22 Fim do controle da


retirada de estéril da
pedreira e elaboração do
relatório de resultados

1/07/2022 Início das atividades


relativas a sondagem

29/07/2022 Fim das atividades


relativas a sondagem e
elaboração do relatório de
resultados

31
3.3 FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO

Dados do relatório técnico


Classificação de
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: segurança

Restrito
Categoria do relatório Data de entrega Nº de páginas

RELATÓRIO DE 45
ESTÁGIO
SUPERVISIONADO

Autor: Vinicius Lage Fonseca

Instituição executora e endereço completo

Universidade do Estado de Minas Gerais │Unidade João Monlevade


Avenida Brasília, nº 1304, Bairro Baú – João Monlevade – MG – CEP: 35930-314

Instituição patrocinadora e endereço completo

Grupo Belmont
Fazenda Belmont,Loc.de Oliveira Castro, S/N, KM: 458 DA ROD.MGC-120; Zona
Rural - Itabira – MG CEP 35900-970

Resumo:

Este relatório descreve as atividades realizadas pelo acadêmico Vinicius


Lage Fonseca, realizadas de 1/06/2022 a 29/07/2022, as atividades foram em
resumo duas, determinar os custos de sondagem por metro perfurada, avaliar
baseado nestes custos, se foi atingido a meta pré-determinada ou caso não tenha
expor os pontos que contribuíram para o não atendimento das condições. A
segunda atividade consistiu em avaliar a eficiência da retirada de estéril da pedreira.
O estudo foi realizado por meio da aplicação da teoria das filas, e como principal
fonte de tal estudo temos o livro do autor Darci Prado: teoria das filas e da simulação.
A partir dos dados coletados será possível determinar o tempo em que os
caminhões ficam parados em fila, assim como o tempo gasto em cada etapa do
processo, taxa de utilização da escavadeira dentre outros parâmetros.

Palavras-chave: Mineração. Beneficiamento. Lavra

Assinatura do (a) autor (a):

32

Você também pode gostar