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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE

UNIVERSITÁRIA DE EDÉIA CURSO DE


TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO SUCROALCOOLEIRA

AS BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO NO TRATAMENTO DO CALDO


DA CANA DE AÇÚCAR

ARIANY OLIVEIRA ALVES

Edéia, Outubro de 2014.


ARIANY OLIVEIRA ALVES

AS BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO NO TRATAMENTO DE CALDO


DA CANA DE AÇÚCAR

Relatório de Estágio apresentado como exigência


parcial para a obtenção do grau de Tecnólogo em
Produção Sucroalcooleira à Universidade Estadual de
Goiás, Unidade Universitária de Edéia.

Professor Supervisor: Prof. Msc. Renato de Lima Cézar.

Edéia, Outubro de 2014.


Relatório Final de Estágio apresentado ao professor
Prof. Msc. Renato de Lima Cézar do Curso de Superior
em Tecnologia em Produção Sucroalcooleira da
Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária
de Edéia, pelo Tecnólogo Ariany Oliveira Alves, como
Trabalho de Conclusão de Curso, requisito parcial para
obtenção do Título de Tecnólogo em Produção
Sucroalcooleira pela banca examinadora formada pelos
professores:

Orientador
Prof.Msc. Renato de Lima Cézar
Assinatura:______________________________

Examinador
Prof.
Assinatura:______________________________

Examinador
Jose Divino de Araujo
Assinatura:_______________________________

__________, ______ de ____________________ de ________

Edéia, Outubro de 2014.


AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por mais esta etapa vencida em minha vida. Obrigado pai por ter iluminado
meus passos, dando-me a sabedoria e a inspiração necessária para o desenvolvimento deste
trabalho;
A minha família pelo constante incentivo;
Agradeço a Universidade Estadual de Goiás, Unidade de Edéia e também a todos os professores
que me acompanharam durante a graduação;
A Denusa pela oportunidade do estágio onde pude expandir meus conhecimentos:
Aos colaboradores da Denusa, pela atenção, carinho e paciência;
A todos que, de uma maneira ou de outra, contribuíram para a realização deste trabalho.
RESUMO

ALVES, Ariany Oliveira. As Boas Práticas no Processo do Tratamento do Caldo da Cana De


Açúcar: objetivo do presente trabalho está relacionados com um conjunto de medidas e
desenvolvimento e aperfeiçoamento de processos garantindo a qualidade final do produto de
2014. 24p. Relatório de Estágio Supervisionado Obrigatório (Graduação Superior em Tecnologia
de Produção Sucroalcooleira. UEG-UnU Edéia.

Objetivou-se com este trabalho relatar procedimentos de boas pratica do tratamento do caldo da
cana de açúcar, a partir do controle do processo. Etapas são monitoradas através de análises
laboratoriais possibilitando a interpretação dos resultados e assim otimizando o processo. O
resultado do processo deve estar de acordo com o controle de qualidade. Estabelecer condições
operacionais imprescindíveis no tratamento assegura a qualidade suficiente para um produto final
de qualidade. Tendo como vantagem a redução do custo, ganho maior de produção e garantindo a
continuidade da qualidade do etanol.

PALAVRA – CHAVE: Boas práticas, qualidade, otimização do processo, tratamento de caldo.


ABSTRACT

ALVES, Ariany Oliveira. As Boas Práticas no Processo do Tratamento do Caldo da Cana De


Açúcar: objetivo do presente trabalho está relacionados com um conjunto de medidas e
desenvolvimento e aperfeiçoamento de processos garantindo a qualidade final do produto de
2014. 24p. Relatório de Estágio Supervisionado Obrigatório (Graduação Superior em Tecnologia
de Produção Sucroalcooleira) UEG – UnU Edéia.

The aim of this study relate to good practice procedures in the treatment of the juice of sugar
cane, from process control. The steps are monitored by laboratory analysis enabling the
interpretation of results and optimizing the process. The outcome of the process must comply
with the quality control. The operating conditions established in the treatment must ensure with
sufficient quality to have in the final product. Having the advantage of reducing the cost, gain
greater production and ensuring the continued quality of ethanol.
.

WORD - KEY: Good practices, quality, process optimization, juice treatment


SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.......................................................................................... I

LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................................. II

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 01

2. Caracterização da empresa............................................................................... 02
3.Atividades Desenvolvidas..................................................................................... 03

4. Revisão Bibliográfica........................................................................................... 04

4.1 Histórico da Cana............................................................................................... 04

5. Tratamento do Caldo............................................................................................ 05

5.1 Aquecimento...................................................................................................... 06

5.2 08
Calagem..............................................................................................................

5.3 Peneiramento...................................................................................................... 09

5.4 Balão de Flash.................................................................................................... 09

5.5 Decantaçao do Caldo......................................................................................... 10

5.6 Filtração do Lodo............................................................................................... 12

5.7 Filtro Rotativo.................................................................................................... 13

5.8 Filtro Prensa....................................................................................................... 15

5.9 Pré Evaporador................................................................................................... 16

CONCLUSÃO........................................................................................................ 19
REFERÊNCIAS BIBLIOOGRÁFICAS.............................................................. 21

Anexo I Conceitos Básicos...................................................................................... 23


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Aquecedor.............................................................................................. 07

Figura 2 - Calagem.................................................................................................. 09

Figura 3 - Balão Flash............................................................................................. 10

Figura 4 - Decantador.............................................................................................. 11

Figura 5 - Decantador............................................................................................. 12

Figura 6 - Filtro rotativo.......................................................................................... 15

Figura 7 - Filtro
16
Prensa............................................................................................

Figura 8 - Evaporador............................................................................................. 18

I
LISTA DE ABREVIATURAS

AR - Açúcares Redutores
ART - Açúcares Redutores Totais
GL - Gay-Lussac (Unidade de medida de solução alcoólica)
BRIX - Sólidos solúveis
Denusa Destilaria Nova União S/A
°C - Grau centigrado
PH - Potencial Hidrogeniônico
S.A. - Sociedade Anônima
UEG - Universidade Estadual de Goiás

II
1. INTRODUÇÃO

A qualidade da materia prima sera o assundo discorrido neste trabalho, analisando todo
processo de tratamento do caldo da cana de açucar.
A cadeia produtiva da cana de açúcar se destaca no agronegócio brasileiro e sua relevância
aumenta na medida em que a demanda por energia renovável se amplia no mundo. O
desevolvimento da tecnologia o processo de transformaçao da cana de acucar para o etanol leva a
empresa a crescer sua produçao e consequentimente a buscar condiçoes de melhorias para que
nao ocorra perdas, assegurando a qualidade da materia prima.
O processo de industrialização da cana-de-açúcar para a produção de etanol consiste
basicamente no recebimento e processamento da matéria prima, extração do caldo da cana de
açúcar, que é rico em sacarose, tratando-o para remover impurezas e utilizando-o para a produção
de etanol.
O caldo de cana, chamado de caldo misto, caldo impuro que sai desse processo de extração
com uma quantidade de impurezas que deve ser reduzida, a fim de satisfazer um conjunto de
requisitos de qualidade para que a indústria ao processá-la seja capaz de obter uma produção
estável na qualidade e eficiência.
O tratamento exige adequadas práticas como qualidade da cana, e condução no processo de
que garantem a qualidade do etano anidro e hidratado (CH3CH2OH). O Caldo é peneirado,
caleado, aquecido, decantado e filtrado com o objetivo de evitar impurezas e outros elementos
estranhos que possa atrapalhar a qualidade e eficiência do produto final
Objetivou-se com este trabalho é relatar os procedimentos ideais para adequadas práticas de
produção no tratamento do caldo da cana de açúcar. Verifica-se a necessidade crescente da
indústria açucareira brasileira no desenvolvimento e aperfeiçoamento de processos que levem a
obtenção de produtos com melhor qualidade, tornando-os competitivos, de forma a satisfazer as
exigências do mercado interno e externo, de acordo com os parâmetros pertinentes pelo sistema
de qualidade da indústria.
2. CARACTERIZAÇÕES DA EMPRESA

Fundada em 1° de julho de 1980 a Destilaria Nova União (Denusa) fica situada na BR 060-
km 274 a 8 km do município de Jandaia - GO. Na fazenda São Pedro adquirido pela família
Barbosa em meados de 1955.
No período anterior ao início da construção da destilaria, essa fazenda possuía gado e lavoura
de banana, milho e arroz. Empregava cerca de 80 pessoas e, hoje a Denusa gera mais de 1.500
empregos diretos durante a safra e tem dado grande contribuição para o desenvolvimento
socioeconômico da região. A empresa é umas das pioneiras na produção de etanol do estado de
Goiás ocorrendo à primeira safra no ano de 1982/83.
Atualmente a empresa está sempre em busca de obter energia limpa e renovável, produzindo
e comercializando energia e aumentando a qualidade de vida dos funcionários, a partir da
produção do álcool anidro e hidratado. Todas as empresas que querem um crescimento
significativo no mercado, sempre procuram novas tecnologias em automação e mão de obra
especializada.
A empresa está sempre em busca de uma produção com maior qualidade e rendimentos
operacionais.

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3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O estágio foi desenvolvido no período de 29 de abril de 2013 á 28 junho de 2013 durante seis
horas diárias, numa carga horária total de 240 horas. No primeiro momento foram realizadas as
palestras de integração, onde a empresa apresenta as normas e procedimentos que deve ser
adotadas por seus colaboradores.
O estágio foi realizado na planta industrial da Denusa onde foram desenvolvidas atividades
no laboratório industrial, que tem como objetivo a coleta de amostras para o melhor controle na
qualidade da cada etapa no processo de produção.
Durante a realização do estágio foi acompanhou todas as etapas do processo produtivo do
álcool anidro e hidratado que passam por analises de laboratóriais, tratamento do caldo,
fermentação e destilaria, recepção, preparo, extração, evaporação, geração de vapor, tratamento
de agua e casa de força.
Acompanhou-se as análises de bagaço, caldos primário e misto, torta de filtro e todas as
análises para álcool, como °GL (Unidade de medida de solução alcoólica )do álcool.
.

3
4. REVISAO BIBLIOGRAFICA
4.1 Historico da cana de acucar

A cana de açúcar (Saccharum officinarum), é uma planta de gênero poáceae mais cultivadas
nas regiões tropicais e subtropicais. Cana de açúcar é uma das principais fontes de matéria prima
para a produção do etanol no Brasil, devido sua disponibilidade e baixo custo.
A exploração canavieira surgiu antes da Segunda Guerra Mundial, em 1931. Desde então a
agroindústria está em desenvolvimento e crescimento surgindo tecnologias eficientes para
garantir a qualidade da produção. O setor sucroalcooleiro vem crescendo cada dia mais, visando a
busca por alternativas renovável
Segundo ÚNICA (2006, MAPA, 2007, 37p) O país possui uma área cultivada de 5,4 milhões
de hectares, cerca de 72.000 agricultores e uma colheita de 387 milhões de toneladas na safra
05/06, o que corresponde a 10% da área cultivada com agricultura no Brasil. O aumento da
competitividade dependia do aproveitamento da capacidade, do grau de eficiência do sistema
produtivo e da estrutura de comercialização (MANOEL 1986)
A cana de açúcar apresenta quantidade significativa de sacarose em seus tecidos de reserva.
O colmo é constituído basicamente por água (74,5%), matéria orgânica (25%) e matéria mineral
(0,5%), com a ressalva de que estes constituintes não se encontram nas mesmas proporções nas
diferentes partes do colmo, pois depende do estágio de maturação, variedade, condições
climática, etc. A cana-de-açúcar é essencialmente uma combinação de caldo e fibra. O caldo é
uma solução aquosa de sacarose e outras substâncias inorgânicas e orgânicas (REIN, 2007).
De forma geral, a planta é constituída de um sistema radicular, dos colmos, onde a
sacarose é predominantemente estocada, e das folhas dispostas ao redor da cana, nos nódulos
inter - colmos e também na parte superior da planta onde se localiza a gema apical (palmito)
(MANTELATTO, 2005).
O caldo que se extrai da cana é composta, em média, de 75% à 82% de agua. A planta
também contém sólidos totais dissolvidos de (18% a 25,0 %), açucares (15,4% a 24%), sacarose
(14,3 % à 23,5%), glicose (0,2% à 0,5%), levulose (0,0 a 0,5%), não açucares (1,0 a 2,5%),
substancias orgânicas (0,8% a 1,5%), substancias inorgânicas (0,2% a 0,7). Pode-se considerar
que um colmo normal de cana madura contenha 12,5% de fibra e 88,0 % de caldo (BELTRÃO;
ANDRADE, 2006).
4
Atualmente o setor sucroalcooleiro movimenta no Brasil cerca de R$ 40 bilhões por ano e
o Brasil é considerado o maior produtor de açúcar e etanol do mundo, gerando empregos diretos e
indiretos. Cerca de 50% são destinadas à produção dos atuais 17 milhões de litros de álcool por
ano.

5. TRATAMENTO DO CALDO

O caldo extraido das moendas, chamado de caldo misto, é um caldo com impurezas e
por isso tem a necessidade de passar por um processo de tratamento para a purificação do caldo e
também para a retirada de solidos em suspensão como areia, argila, bagacilho, etc. O tratamento
do caldotem a finalidade de fornecer para os proximos etapas um caldo inseto de impurezas e
com qualidade. O objetivo do tratamento de caldo é obter um caldo claro, límpido e brilhante
após a eliminação das impurezas (MEDEIROS, 2005).
A eliminação das impurezas é feita por meio de tratamento fisico e químico. A retirada dessas
incrustações implica diretamente na redução de desgaste dos equipamentos.
O processo do tratamento do caldo tem a finalidade de maximizar a eliminação de partículas
responsáveis pela formação de espumas que é chamada de coloidais, que dificultam a
recuperação do fermento já que a retirada dos componentes são necessários ao metabolismo das
leveduras. Minimizar os contaminantes microbianos o que consiste num boa qualidade do caldo
para o tratamento de caldo para a produção de açúcar e álcool.
O caldo extraido é recebido no tanque de caldo misto e em seguida e enviado para o
decantador, logo apos ser passado pelo aquecedor de pelo tanque de dosagem de polimero.
O tratamento do caldo consiste em duas fases fisico e quimico. A 1° fase consiste em aquecer
o caldo a 88°c sem adição de produtos químicos e a 2° fase, acontece o tratamento químico, com
a finalidade e eliminar as impurezas colidais e solúveis que não eliminadas na fase anterior, este
processo visa a correção do pH (potencial de Hidrogenio) para evitar inversão e decomposição da
sacarose.
A floculação, coagulação, e precitação das impurezas, que vão ser eliminadas no decantador.
Depois de do caldo decantado ele é enviado para o processo de fermentaçao

Para remover as impurezas grossas, o caldo é inicialmente peneirado, e em seguida


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tratado com agentes químicos, para coagular parte da matéria coloidal (ceras, graxas,
proteínas, gomas, pectinas, corantes), precipitar certas impurezas (silicatos,sulfatos,
ácidos orgânicos, Ca, Mg, K, Na) e modificar o pH. ( CASTRO 2001, ANDRADE e
CASTRO 2006).

5.1 Aquecimento

O aquecimento tem por finalidade de acelerar as reações químicas, diminuir a viscosidade


e densidade do caldo, para que o resultado seja eficiente é ideal que o caldo esteja a 100° a 105°
C. A temperatura limite de 105 ºC é adotada, pois, quando ultrapassada, existe a possibilidade das
ceras presentes no caldo emulsificarem-se tornando difícil sua separação (CAMARGO et al.,
1990). Segundo Hugot (1969), já confirma a informação de que temperaturas abaixo de 98 ºC
diminuem a eficiência de clarificação e acima de 105 ºC precipitava colóides.
O caldo é dividido em duas fases de aquecimentos.
 A primeira é quando o caldo misto passa pelo difusor e vai passando pelo trocador de
calor regenerativo, onde a troca entre dois fluidos de temperatura diferente é usado para o
aproveitamento da temperatura, economizando agua para resfriar e vapor para aquecer,
um exemplo disso é caldo misto / vinhaça. Neste caso sempre tem um mais de um
trocador de calor parado, para quando for fazer assepsia em um, o outro entra em
operação.
 A segunda é o aquecimento do caldo tem a finalidade de acelerar as reações químicas do
processo de tratamento do caldo, o caldo entra no aquecedor com a temperatura de 85°C.
Neste estágio podem ser usados dois tipos de aquecedores o vertical e o horizontal, o
vertical é mais usado, por ter maior eficiência devido ele conseguir manter o caldo aquecido na
temperatura ideal para melhor floculação, coagulação, diminuir a densidade, viscosidade ou seja
melhora a absorção e reação dos produtos químicos.O aquecimento é realizado em aquecedores
tubulares (horizontais e verticais), nos quais o caldo circula em alta velocidade. (CAMARGO et
al., 1990; ROZA, 2008)

O objetivo do caldo: são eliminar microrganismos pela esterilização, complementar as


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reações químicas com, agente alcalinizastes flocular as impurezas insolúveis e remover
os gases. Uma eliminação eficiente dos gases é obtida por flasheamento do caldo na
entrada do decantador. A temperatura do caldo deve ser, portanto, elevada a cima do
ponto de ebulição, que deve ser a 103°C.(PAYNE 1990).

O caldo frio que está circulando dentro de um tubo que está sendo aquecido pelo vapor na
parte externa de tubo denominado a calandra. Deve se ter o cuidado maior nesta etapa, pois nesta
etapa é fundamental para a qualidade do produto final. Se na troca de calor não estiver um
cuidado grande ele pode correr um choque térmico, que ocorre com a troca de calor o caldo
condensa e essa perda ocorre na hora que o condensado não é retirado.
O aquecedor tem formato de tudo que pode ser aço carbono ou de cobre ou de aço inox. O
tubo de aço inox é mais eficiente, mais fácil de fazer assepsia, porém mais caro. O tubo tem dois
espelhos: um superior e outro interior. Entre o superior e o inferior está o tubo fixado. Por dentro
o caldo circula. Na área externa tem dois espelhos que é a calandra, onde circula o calor. Entre o
espelho superior e inferior existe espelho para conduzir o vapor.
A tampa é fechada com diversos parafusos, deve ser fechada com parafuso cruzados, para
ficar bem fechada e não ter perigo de vazamento.

Figura 1: Aquecedor.
Fonte: Arquivo pessoal.

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5.2 Calagem

Base fundamental para a clarificação do caldo. O leite de cal provoca a floculação e favorece
a decantação das impurezas, em excesso provoca corrosão.
A dosagem de cal virgem tem o objetivo neutralizar o ph variando entre 6,8 a 7,5, abaixo
desse valor represente perdas de açucares Muita atenção é dada ao controle do pH, visto que
valores abaixo de 7,0 resultam em perdas devido à inversão da sacarose, enquanto que valores
acima de 8,0 podem resultar na degradação de açúcares redutores, ao mesmo tempo que
aumentam a formação de cor (SIMPSON, 1996). Segundo Souza (1988) apud Pratti e Moretti
(2010), é difícil de se estabelecer um pH ótimo para a clarificação do caldo de cana, porém, a
calagem simples a um pH entre 7,5 e 8,5 pode produzir uma clarificação satisfatória.
O cal deve ser bem preparado com agua mais limpa possível com temperatura de até 80°C
para produzir leite de cal de forma homogênea para que não ocorra a decantação de cal.
O cal é solido é adicionado agua até obter uma pasta, deve se ter uma agitação de no mínimo
24h e deixar sempre em movimento dentro de tanques para evitar a sedimentação. O excesso de
cal pode afetar o crescimento da levedura em cultura.
É a operaçao que consiste em adiciomar leite de cal ao caldo peneirado, que passa a ser
chamado de caldo caleado, Apos a elevaçao de ph a niveis de 7 – 7,8 ate 8,2 – 8,5, conforme o
caso, o caldo é aquecido a 103 a 105° em aquecedores tubulares de passagem muito rapida que
permite o aquecimento em curto tempo. (Enciclopé dia agrícola brasileira 1995-2006)
A calagem é realizada de forma continua pela mistura do leite de cal com o caldo no
tanque pulmão, sendo a dosagem automaticamente controlada pelo monitoramento do pH do
caldo calado.
Ao sair dos tanques pulmões, o caldo passa pelo regenerador. O regenerador é um
equipamento feito com placas como se fosse um labirinto.
Os caminhos são diferentes para não ocorrer o encontro do caldo quente com o caldo frio,
o caldo quente passa em um lado da placa, e o caldo frio passa por outro lado, então é feita a
troca de calor.

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São encontrados dois tipos de trocadores de calor: o regenerador, que passa o caldo
quente com caldo frio e o trocador de calor, que passa mosto quente com água fria.

Figura 2: Calagem.
Fonte: Arquivo Pessoal.

5.3 Peneiramento

O peneiramento do caldo tem como objetivo garantir a limpeza do caldo removendo


partículas leves (bagacilho) e pesadas (areia, terra etc.). Visa a redução das Os equipamentos
utilizados são peneiras e hidrociclones, entre as vantagens de sua utilização são, a reduzir o
entupimento e de desgastes em outros equipamentos, válvulas e bombas, assim aumentando a
eficiência e a vida útil dos equipamentos durante o processo, trazendo aos produtos finais melhor
qualidade.

5.4 Balão De Flash

É um recipiente no formato cilíndrico, com uma chaminé aberta para a atmosfera que tem
como objetivo liberar pelo balão de flash todas as bolhas de ar e gases que estão agregadas e que
impediriam a deposição das partículas de bagacilho ou seja prejudicaria uma boa decantação pois
dificultaria a remoção das impurezas durante o processo de clarificação no decantador. O caldo
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deve estar a 105 °C para haver que o caldo chegue no recipiente para haver uma evaporação
espontânea.

Figura 3: Balao de Flash


Fonte: Arquivo Pessoal.

5.5 Decantaçao Do Caldo

Processo considerado o mais importante da clarificação que tem como objetivo separar o
caldo limpo ( decantado) das impurezas (lodo), fase que é possível purificar o caldo pela grande
poder de remoção das impurezas em suspensão .A floculação pode ser obtida por uma mudança
de pH do meio, utilizando-se reagentes químicos, e pelo aquecimento (KOBLITZ; MORETTI,
1999; STUPIELLO, 1987).
A decantação é um processo continuo de duração de aproximadamente de 30 minutos a 3
horas. No decantador ocorre a aplicação de floculantes como o polímero que é um produto
químico adicionado na entrada dos decantadores que tem como objetivo de aglomerar os flocos
de sujeira deixando pesados para que decantem mais rapidamente, e também tem como função,
diminuir a turbidez do caldo, reduzir a perda de sacarose na torta, reduzir o volume do lodo.
A concentração dos decantador tem que estar em uma faixa de 50 a 60% se a concentração
estiver mais alta acrescenta agua. Se estiver a baixo reduz a vazão de água.

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A manutenção de níveis altos de lodo no decantador é prejudicial pôr permitir o
desenvolvimento de microorganismo que produzem gases que prejudicam a decantação,
impedindo a sedimentação das partículas em suspensão. O caldo decantado fica na parte
de cima do decantador e é enviado a uma nova etapa: a evaporação, para se tornar
açúcar, e o caldo filtrado vai para a fermentação, para ser transformado em álcool
(ROZA, 2008).

O caldo decantado é peneirado em peneiras rotativas e estáticas, e em seguida é enviado para


o pré-evaporador.
O polímero para ser usado deve ser diluído em agua com o ph 8,0 a 9,0, caso a agua esteja
com o valor menos que 8,0 é necessário adicionar soda cáustica para a correção do ph. O excesso
de polímero causa a repulsão, são formados grumos onde ocasiona a perda do caldo, por não
conseguir bombear.
O decantador tem a responsabilidade de separar o lodo do caldo alimentado, que resulta em
caldo mais puro e límpido, que se dá o nome de caldo clarificado que é enviado para o pre
evaporardor. O lodo, impurezas floculadas, retirado do decantador proveniente da separação do
decantado possui uma grande quantidade de sacarose.
O lodo passa pelo filtro pensa e filtro rotativo, que resulta em caldo que retorna para o tanque
pulmao para passar por todo processo novamente e a torta de filtro é aproveitada na lavoura como
adulbo. Com a decantação busca – se Precipitação e coagulação tão completa quanto possível dos
coloides, rápida velocidade de assentamento, mínimo volume de borras, borras densas e produção
de um caldo o mais clarificado possível. MARAFANTE (1993).

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Figura 4: Decantador
Fonte: Arquivo Pessoal

Decantador de bandeja ou convencional – O caldo é alimentado pela parte central descendo


pelo tubo central onde é distribuído para as bandejas. O caldo claro é retirado por serpentina
externa e sua vazão é controlada através de canecas. O lodo é retirado por raspadores e
direcionado para o fundo. Tem como vantagens: a alta estabilidade a variações de fluxo; lodos
com maior concentração e consequente menor recirculação de caldo filtrado; baixo consumo de
polímero e decantação normal com 18º brix.

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Figura 5: Decantador
Fonte: Arquivo Pessoal

Decandator rapido- o caldo entra pela lateral do decantador, e no fundo do decantador tem um
conjunto de raspadores que vai direcionar as impurezas para o fundo, onde sai na forma de lodo.
Esse raspador é acionado por um conjunto de motor redutor que fica em baixa velocidade
raspando as impurezas Tem como vantagens: a é o baixo tempo de retenção (30 hora) evitando
perdas por inversão. Também possui menor volume, liquidação mais rápida, menor custo de
instalação e menor quedas de pH.Mas é altamente sensível a variações de fluxo, sendo
praticamente obrigatória a automação para controle de fluxo e dosagem de polímero

5.6 Filtração Do Lodo


Filtração do lodo também chamado de tratamento o lodo é filtrado para a recuperação do
açúcar, que ele ainda possue uma quantidade de açúcar, e deve ser aproveitado e retornando ao
processo de caldo filtrado. A filtração, etapa posterior à decantação do caldo clarificado, é
fundamental para a remoção não apenas de colóides, mas também de impurezas em suspensão
(KOBLITZ; MORETTI, 1999).
O lodo é formado pelo caldo decantado e sua concentraçao tem que estar entre a faixa de 45 a
60 %. O lodo é encaminhado para uma caixa de agitação mecânica onde recebe uma adição de
baracinho, para que a eficiência da extração e recebe também uma pequena quantidade de
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polímero para melhor desemprenho da filtração. Em seguida o caldo é encaminhado para o
sistema de filtro prensa como lavagem de agua quente para a recuperação do açúcares, o caldo
filtrado é recolhido para o processo de dosagem e clarificação.
Uma boa filtração exige cuidados para reunir condições necessárias para que haja uma boa
filtração deve ter atenção com a temperatura que deve estar sempre a cima de 80°C. Com o caldo
bem aquecido a viscosidade, gomes e ceras diminui com o aumento da temperatura e decantam
na superfície filtrante e a torta, que é o produto final do lodo segui para a área agrícola como
adubo rico em nutrientes.

Esta filtraçao visa recuperar o acucar contido no lodo, fazendo com que este retorne ao
processo na forma de caldo filtrado. Material retido no filtro recebe o nome de torta e é
enviado à lavoura para ser utilizado como adubo. É importante controlar a perda de
açúcar na torta, pois seu valor não deve ser superior a 1%. COPERSUCAR (2004)

5.7 Filtro Rotativo

Filtro rotativo a vácuo é composto de um tambor que pode ser de aço inox ou de aço carbono,
com telas periferia do tambor com o meio filtrante e com tubulação de sucção no interior. A
sucção pode ser várias entre a baixo vácuo que fica entre 6 a 10 polegadas e alto vácuo que é de
16 polegadas. O filtro gira em volta de um eixo horizontal e que fica imersa no lodo a ser filtrado.
E através do baixo vácuo vai formando a camada de torta. Com telas impedindo que as
impurezas e deixando apenas passar o caldo.
O baixo vácuo permiti uma boa formação de torta sem a passagem de impurezas junto com o
caldo filtrado. Esse caldo é turvo que recebe o nome como filtrado escuro. O filtro trabalha com
uma pressão negativa para que o caldo seja sugado pela tubulação.
O baracinho e inserido no lodo, é responsável pela qualidade do caldo e o pol mais baixo. O
bagacilho em adição correta é um grande aliado a qualidade do caldo devido ele auxiliar a
formação de uma torta porosa de boa filtrabilidade, contribuindo para um caldo limpo de
qualidade.
Na lavagem do lodo a tubulação sucção que estava imersa atinge o cabeçote do tambor e

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permite o aumento do vácuo a 16 a 20 polegadas, a partir do aumento do vácuo começa a fase da
lavagem , fase conhecida como embebiçao, a agua aquecida é pulverizada e encarregada de
retirar o açúcar que não foi totalmente extraído do lodo.
O caldo agora passa a ser chamado de Caldo filtrado claro. A lavagem dura até ponto superior
e o vácuo mantido para secar o torta até a linha central de descarga. Quanto mais devagar for a
rotação, melhor será a lavagem e secagem da torta, com consequência redução da capacidade de
extração do lodo dos decantadores. Quando chegar no nível da linha o cabeçote cortara o vácuo,
liberando para ser raspada do raspador que tem como objetivo manter o trabalho continuo.

O filtro é constituido de tambor rotativo apoiado em dois cabeçotes. A parte inferior do


tambor esta imersa no cocho de lodo do decantador misturado com o bagacilho. O
tambor é constituido de seções de filtraçao independentes, coberta por telas perfuradas,
em aco inox, dotados de furos de formato tronco cone. Cada umas das seções esta ligada
por tubulaçao ao cabeçote e este ao sistema de vácuo. Castro (2007).

Durante o processo certos cuidados são necessários para garantir uma boa formação de torta,
esses cuidados implica se a agua está sendo distribuída de maneira uniforme, temperatura,
espessura da torta, pH do lodo, adição de bagacilho no lodo.
O ciclo de filtração passa por estágios como formação e crescimento da torta, filtraçao,
lavagem, secagem, quebra de vácuo e descarga da torta.

Figura 6: Filtro Rotativo


15
Fonte: Arquivo Pessoal

5.8 Filtro Prensa

Os filtros prensa operam com umidade em torno de 60 a 65%, e os filtros tambor rotaivo na
faixa de 71 a 78%, isto significa uma queda de aproximadamente 15,5 a 16,6% do peso da torta
causada pela redução de umidade. O lodo é prensado pelos rolos e o caldo passa pelas telas
perfuradas e vai para o tanque através de tubulações e o torta é descartada.
O uso do polímero na dosagem correta é 04 kg para 12 mil litros de agua e deve ser bem
homogeneizado para não perder a eficiência, a embebeçam é muito importante pois é nesta hora
que vamos recuperar o caldo, deve se ter um cuidado especial nos bicos, os mesmos devem estar
sempre limpos para garantir a lavagem eficiente em toda área do filtro, assim evitando de perder
açúcar. A temperatura correta e tempo de reação é indispensável nessa etapa, não deve trabalhar
com a agua com o ph superior da 9, ele pode danificar o filtro prensa.

Consistem numa série de setores de filtração movendo-se continuamente em um circuito


fechado, onde se realizam todas as etapas de filtragem. O meio filtrante primário é
composto por tecidos sustentados por partições perfuradas que podem ser correias em
elastômero perfuradas. Permitem grandes variações de concentração e velocidades, que
dependem das propriedades físicas do lodo. A espessura da torta permite range entre 1,0
a 25 mm. Quantidade de água é relativa à pol final desejada da torta, ou seja, os filtros
prensa são capazes de operar com pol baixíssimas em virtude de sua grande capacidade
hidráulica. Porém, o fator de embebição atinge um limite (chamamos de curva de pol
ideal) onde o volume que se admite de embebição já não produz tanto efeito na pol
residual, diluindo apenas o caldo filtrado. Walter Luiz Polonio ( 2009).

16
Figura 7: Filtro Prensa.
Fonte: Arquivo Pessoal.

5.9 Pré Evaporador

Depois do caldo decantado, vai para o pre- evaporador . Etapa que consiste na eliminação do
excesso de água, por vaporização, a fim de obter um caldo concentrado. É feito análise de Brix
para controle da concentração do caldo a uma concentração desejada, entre 18° a 22°Brix. O
caldo deve ser aquecido a 115°C e sai 95°C e é responsável por evaporar parte da agua contida
no caldo, resultando em um caldo mais concentrado a 20° Brix e o vapor gerado por ela é
utilizado pela destilaria. Vai entrar um volume de caldo 819m3 e vai sair aproximadamente
546m3, a diferença é da agua evaporação durante o processo.
Este aquecimento não é importante somente para a concentração do caldo, mas também
favorece a fermentação por fazer umas esterilização das bactérias e leveduras selvagens que
acabariam prejudicando na fermentação.
Este aquecimento favorece a fermentação por fazer uma "esterilização" das bactérias e
leveduras que concorreriam com a levedura do processo de fermentação. Livre de impurezas e
devidamente esterilizado, o caldo está pronto para ser enviado á destilaria (ROZA, 2008).
O pre evaporador tem a entrada do caldo e a saída de vapor de escape, saída de vapor vegetal,
o separador de araste. O comprimento do tubo pode ter variações entre 2,0 a 4,0 m. Para ter
controle da altura é necessário observar se ele não esteja passando pela ponta do tudo, que
localiza acima do espelho.
17
Pre evaporador é constituído por feixes tubular ou calandra. A altura do domo superior deve
ser igual a 2 vezes o comprimento do tubo, essa altura é ideal com a objetivo de diminuir o risco
de arraste de gotículas de caldo pelo vapor de agua que é dispensada pelo pre evaporador. Para
economia de vapor e feita em pre evaporadores de múltiplos efeitos, no processo de concentração
do caldo e evaporação da agua é gerado vapor para a calandra do segundo vaso por meio tubos e
gerando vapor também para a caldeira. Não pode deixar o nível muito baixo, porque toda a agua
evapora sobrando apenas açúcar cristalizado e entupido para todo o processo e a troca térmica.
Gases incondensaveis tem que ser retirado, pois onde a gás o vapor não entra, o gás vem do
próprio vapor de escape ou gases dissolvidos no caldo, os gases prejudica a taxa de evaporação e
pode também causar desgastes na calandra

A flotação do xarope é um processo de separação solido- liquido e liquido sólidos onde


os materiais em suspensão são aderidos a bolhas de ar (ou outros gás), tornando-os mais
leves que o meio em que se encontram. Os flocos formados tendem a flutuar na
superfície do meio, de onde são removidos na forma de um lodo ou espuma. A flotação
do xarope envolve as etapas principais de condicionamento, ajuste de temperatura,
aeração. (VAZ,2011).

18
Figura 8: Evaporador.
Fonte: Arquivo Pessoal.

19
CONCLUSÃO

No estágio supervisionado foi possível obter um vasto conhecimento dos processos


envolvidos no setor sucroalcooleiro em busca de qualidade do produto fabricado.
Para que a produção de álcool aconteça o caldo da cana-de-açúcar passa por vários
processos e todos estes devem ser monitorados constantemente, visando um melhor controle dos
processos para que não haja perdas e que se obtenha um produto de melhor qualidade. A
qualidade da matéria prima, controles operacionais, balanço material e controle da qualidade do
produto fabricado são passos para o sucesso do setor sulcroalcooleiro.
Para que a qualidade e rendimento do processo de produção de álcool aconteça é
necessário que a parte agrícola da empresa também seja monitorada, pois a indústria depende da
qualidade da cana que chega ao processo.
As atividades envolvidas no processo de produção do álcool são amplas devido ao grande
conjunto de equipamentos, ligados a várias operações unitárias. Nessas operações é de extrema
importância o bom andamento de todo o processo desde o processo de plantio que envolve a
qualidade da cana colhida na lavoura até a parte humana responsável pela condução do processo.
Com isso o bom funcionamento de cada um traz um produto final de melhor qualidade,
aproveitamento de tempo com a diminuição das paradas dos equipamentos possibilitando uma
máxima produção diária.
A pesquisa foi direcionada para o processo de tratamento do caldo que tem como objetivo
separar do caldo a maior quantidade possível de impurezas dissolvidas e em suspensão, sem
afetar a sacarose.
O processo visa remover as impurezas grossas, o caldo é inicialmente peneirado, e em
seguida tratado com agentes químicos, para coagular parte da matéria coloidal, precipitar
impurezas e modificar o pH.
O método utilizado no processo de clarificação do caldo de cana é a Caleação ou calagem
utilizada para limpar e clarificar o caldo. Todo o processo é monitorado pra que não ocorra perda
de sacarose.
A Realização desta pesquisa se torna uma importante ferramenta para construção do
profissional que se busca no processo de formação atual.

20
Através do estágio realizado e ainda as pesquisas feitas para a realização deste trabalho
pode-se concluir que cumpriu sua finalidade, um período de aquisição e aprimoramento dos
conhecimentos ligados à futura formação profissional, agregou infinitas informações, também
possibilitou o desenvolvimento das relações interpessoais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2007 112 p. (Agronegócios ; v. 3).

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22
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ROZA, D. O caminho da cana: o processo de transformação da cana-de-açúcar ensina
importantes lições sobre o aproveitamento total de recursos. Weg em Revista, v. 7, n. 53, p.
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Engenharia De Alimentos) – Escola Superior De Agricultura “Luiz De Queiroz”, 2009.

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Efluientes), São Paulo, ano1, 2° edição, agos/set. 2011. Disponível em:
http://www.revistatae.com.br/artigos.asp?id=23&fase=c> Acesso em 16 out. 2014 às 18h47min

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ANEXO – GLOSSÁRIO

ÁLCOOL ANIDRO – O álcool anidro é um álcool com no mínimo 99,5% de pureza é obtido
através da desidratação do álcool hidratado, com uma riqueza alcoólica mínimo de 99,3 INPM a
99.69 INPM.

ÁLCOOL HIDRATADO – é o produto principal da operaçao de retificaçao e possue uma


riqueza alcoolica minima de 92,6 INPM e maxima 93,8 INPM.

BAGAÇO – é um resíduo fibroso proveniente da moagem

BRIX- é a porcentagem em massa de sólidos solúveis contidos em uma solução de sacarose


quimicamente pura.

CALDO CLARIFICADO – Caldo misto após o processo de clarificação, ainda com um grau de
contaminação elevada.

CALDO DECANTADO – caldo obtido a partir das operaçoes de tratamentos quimicos

CALDO FILTRADO – Caldo obtido nos filtros como resultado da filtração do lodo, é ainda um
caldo com impurezas porem com uma quantidade menor de contaminação.

CANA DE AÇÚCAR – é a materia prima que entra na destilaria constiuida por colmos, , folhas
grandes e uma planta fina de formato cilíndrico e pode alcançar até seis metros de altura

EMBEBIÇAO - adição de água ao bagaço.

CALDO MISTO – caldo obtido no processo de extração, com um grau de contaminação elevada
e matérias em suspensão em quantidade intolerável.

LODO – Resíduos pesada obtida da decantação do caldo, constituída de material que foram
decantadas ou seja impurezas obtida do caldo filtrado.

POL - teor de sacarose aparente na cana.

SACAROSE – principal produto encontrado em abundância na cana-de-açúcar. Formado por


uma molécula de glicose e uma de frutose produzida pela planta ao realizar o processo de
24
fotossíntese.

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