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PRODUÇÃO CONJUNTA:
Uma abordagem prática no ramo de frigorífico do RN
NATAL – RN
2015
HAROLDO BARRETO DE ARAÚJO FILHO
PRODUÇÃO CONJUNTA:
Uma abordagem prática no ramo de frigorífico do RN
NATAL – RN
2015
HAROLDO BARRETO DE ARAÚJO FILHO
PRODUÇÃO CONJUNTA:
Uma abordagem prática no ramo de frigorífico do RN
APROVADO: 18/06/2015
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Prof. Dr. Ridalvo Medeiros Alves de Oliveira – Orientador
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Profª. M. Sc. Daniele da Rocha Carvalho – Examinadora
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Prof. M. Sc. Luiz Vieira de Oliveira Sobrinho – Examinador
MÉDIA: 10,0.
AGRADECIMENTOS
A Deus por minha vida, por ter me dado força e capacidade para superar
as dificuldades.
Aos meus pais, irmãos e noiva pelo amor incondicional e incentivo nas
horas difíceis.
Com uma vistoria sucinta em frigoríficos do estado, foi observado que nenhum
aplicava controle à sua produção. Assim, esse trabalho objetiva demonstrar a
aplicação de métodos de custeio em uma empresa do ramo de frigorifico no
estado do Rio Grande do Norte, que também não possui nenhum critério de
custeio aplicado à industrialização de suas matérias-primas. O produto em
questão a ser analisado é o traseiro bovino, que por sua vez, passa por um
processo de produção conjunta, originando vários outros produtos, como
subprodutos, coprodutos e sucatas. O conceito foi aplicado através de respaldo
bibliográfico e da aplicação de métodos também. Contudo, foi realizada uma
comparação com a forma de custeamento utilizada pela entidade, tendo em
vista que tudo nela é feito de maneira empírica, baseada na experiência
adquirida e aplicada pelo proprietário da empresa. Identificou-se quais os
impactos causados no rendimento do produto, e quanto os custos diretos
consomem desse rendimento. Assim, o resultado dessa análise tornou-se uma
ferramenta gerencial, mostrando de um jeito mais claro e nítido quais os custos
diretos do traseiro bovino e qual o custo real de cada corte de carne. Concluiu-
se que a utilização de uma ferramenta contábil é muito importante para o
controle gerencial, que, por sua vez, melhora o processo de gestão de uma
empresa.
With a brief survey in some meat markets of the state, it was observed that no
one applies control to its production. So this paper aims to demonstrate the
application of costing methods in a meat sector company in Rio Grande Do
Norte, which also has no cost criterion for the industrialization of its raw
materials. The product in question to be analyzed is the rear beef, which
undergoes a joint production process, yielding various other products such as
by-products, co-products and scrap. The concept will be implemented through
bibliographic support and the application of methods as well. However a
comparison will be made with the form used by the entity in order that
everything in it is done empirically, experience and applied by the business
owner. We will see what are the impacts on product yield and the direct costs
consume that income, so the result of this analysis will become a management
tool, showing in a clearer way what are the direct costs of bovine rear and what
is the real cost of each cut of meat. It was made a use of an accounting tool in a
practical case, showing how it can be important to have a management control
and how it can help in the process of a company.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 7
1.1 Problema de pesquisa .................................................................................................... 8
1.2 Objetivos ........................................................................................................................... 8
2 CONCEITOS DE CUSTOS E MÉTODOS DE CUSTEIO ............................................... 10
2.1 Conceitos de custos ...................................................................................................... 10
2.2 Terminologia de custos ................................................................................................. 12
2.3 Métodos de custeio ....................................................................................................... 12
2.3.1 Método de Custeio por Absorção ........................................................................ 12
2.3.2 Método de Custeio Variável .................................................................................. 13
2.3.3 Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC) .......................................... 14
2.3.4 Método de Custeio RKW ....................................................................................... 16
3 PRODUÇÃO CONJUNTA ................................................................................................... 18
3.1 Novos produtos da Matéria-prima ............................................................................... 19
3.1.1 Coprodutos .............................................................................................................. 19
3.1.2 Subprodutos ............................................................................................................ 20
3.1.3 Sucatas .................................................................................................................... 20
3.2 Custos Conjuntos........................................................................................................... 21
4 ESTUDO DE CASO: BOMFIM LTDA. .............................................................................. 23
4.1 Metodologia..................................................................................................................... 23
4.2 A comercialização de traseiro bovino ......................................................................... 24
4.3 A matéria-prima e os novos produtos ......................................................................... 27
4.4 Gerenciamento contábil da Bomfim Ltda. .................................................................. 31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 32
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 33
7
1 INTRODUÇÃO
1.2 Objetivos
O objetivo principal dessa pesquisa é identificar o método de custeio
mais adequado para a empresa Bomfim.
Os objetivos específicos estão alinhados com a justificativa do estudo.
Para um melhor entendimento, os principais são listados:
Conhecer o processo de produção que é aplicado na empresa Bomfim;
Identificar os critérios adotados pelo gestor para tomada de decisão;
Coletar dados para análise de custos;
Comparar as práticas adotas pelo gestor com os métodos contábeis; e
9
Custeio Variável não é a mesma coisa que custeio direto, pois, nesse
último, custos fixos e despesas são diretamente alocados no produto,
elevando o objeto de custeio, algo que jamais ocorre no custeio
variável. (VARTANIAN, 2000, p.72).
1
Em tradução literal para o português significa "Conselho Administrativo do Império para a Eficiência
Econômica".
17
3 PRODUÇÃO CONJUNTA
(subproduto)
3.1.1 Coprodutos
Como foi citado anteriormente e mostrado na Figura 2, durante o
processo de produção conjunta ocorre o surgimento de vários produtos
derivados de uma matéria-prima; desta forma, alguns autores trazem certas
definições para o assunto.
Horngren et al. (1981, p. 385) afirmam que os coprodutos “têm valor de
venda relativamente alto, mas não são identificáveis isoladamente como
produtos individuais até o ponto de separação”.
20
3.1.2 Subprodutos
Os subprodutos, assim como os coprodutos, são oriundos de um
processo de produção conjunta, e o que os diferencia é que eles têm menor
valor de mercado.
Segundo Horngren et al. (1981, p. 709), subproduto é um “produto obtido
de um processo conjunto, com pequeno valor de venda em comparação com
os do produto principal ou do coproduto”.
Corroborando esse entendimento, Martins (2010, p.122) define como
subprodutos:
3.1.3 Sucatas
Outro item que pode aparecer, devido ao processo de produção
conjunta, são as sucatas. Esses itens recebem um tratamento diferente, já que
não são tratados como produto normal da empresa.
Segundo Martins (2010, p.124), ”sucatas são aqueles itens cuja venda é
esporádica e realizada por valor não previsível na data em que surgem na
21
produção”. Por essa razão, as sucatas não só não recebem custos, como não
tem sua eventual receita considerada como diminuição dos custos de
produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis, não aparecem como
estoque na contabilidade.
Para Horngren et al. (1981, p. 709), as sucatas são um “produto com
valor de venda mínimo”. Já Maher (2001, p.896) afirma que sucata é um
“produto cujo valor realizável líquido é mínimo, ou mesmo negativo, em função
dos custos de sua disposição”. De acordo com Santos (2000, p. 147), “As
sucatas são resíduos que podem ou não ser decorrência normal do processo
de produção, não possuindo valor de venda e condições de negociabilidade
boas”. Face a essa incerteza, as receitas provenientes da venda de sucatas
são lançadas diretamente em receitas eventuais.
Fonte: http://www.peritocontador.com.br/artigos/apresentacao_producao_conjunta.pdf
4.1 Metodologia
A metodologia utilizada nesse trabalho é um Estudo de Caso de caráter
qualitativo e exploratório.
os pesos dos novos produtos podem variar de acordo com o corte feito pelo
funcionário.
O peso da matéria-prima foi registrado antes do processo e à medida
que novos produtos iam surgindo também eram registrados. Feito isso com os
dez traseiros, chega-se a uma média, conforme demonstrado no Quadro 1.
PERDA 0,12
ALCATRA 5,97
PICANHA 1,94
COXÃO DURO 8,36
PATINHO 5,79
COXÃO MOLE 10,02
MUSCULO DA CHÃ 2,37
OSSO DO PATINHO 0,56
FILÉ MIGNON 2,50
CONTRA-FILÉ 8,50
CARNE MOÍDA 0,48
FRALDINHA 2,07
ARANHA 0,27
XAXADO 1,79
CAPA CONTRA-FILÉ 1,74
OSSO DA ALCATRA 0,72
OSSO REJEITE 1,17
OSSO SABAO 8,86
PERNA 4,02
COSTELINHA 1,24
Fonte: Dados da pesquisa
CUSTOS CONJUNTOS
942.699,06 TOTAL CUSTO UNIT.
ALCATRA 8,74% 82.363,73 11,50
PICANHA 2,84% 26.764,76 11,50
COXÃO DURO 12,23% 115.336,81 11,50
PATINHO 8,47% 79.880,40 11,50
COXÃO MOLE 14,66% 138.238,62 11,50
MUSCULO DA CHÃ 3,47% 32.697,16 11,50
OSSO DO PATINHO 0,82% 7.725,91 11,50
FILÉ MIGNON 3,66% 34.490,67 11,50
CONTRA-FILÉ 12,44% 117.268,29 11,50
CARNE MOÍDA 0,70% 6.622,21 11,50
FRALDINHA 3,03% 28.558,28 11,50
29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS