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Carmen Mendes

Estratégias Policiais de Prevenção e Combate as Uniões Prematuras em Moçambique:


"Estudo de caso do Departamento Central de Atendimento à Família e Menores
Vítimas de Violência, Maputo 2019-2021".

Maputo, Outubro de 2022


Carmen Mendes

Estratégias Policiais de Prevenção e Combate as Uniões Prematuras em Moçambique:


Estudo de caso do Departamento Central de Atendimento à Família e Menores Vítimas de
Violência, Maputo 2019-2021

Projecto de Pesquisa a ser


apresentado na Academia de
Ciências Policiais (ACIPOL), para
admissão ao Curso de Mestrado
Académico em Ciências Policiais

Maputo, Outubro de 2022


Índice

1. Introdução......................................................................................................................1
1.1. Descrição do problema..................................................................................................2
1.2. Justificativa....................................................................................................................3
1.3. Objectivos......................................................................................................................4
1.3.1. Geral:.........................................................................................................................4
1.3.2. Objectivos específicos...............................................................................................4
1.4. Questões de pesquisa.....................................................................................................4
1.5. Delimitação...................................................................................................................4
1.5.1. Temática....................................................................................................................4
1.5.2. Espacial......................................................................................................................4
1.5.3. Temporal....................................................................................................................4

2. Revisão de Literatura.....................................................................................................5
2.1. Uniões Prematuras.........................................................................................................5
2.2. Quadro legal aplicável à prevenção e combate as uniões prematuras...........................6
2.2.1. Constituição da República de Moçambique..............................................................6
2.2.2. Lei da Família............................................................................................................6
2.2.3. Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras..................................................8
2.2.3.1. Estrutura da Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras..........................8
2.2.3.2. Proibição de Celebração.........................................................................................8
2.2.3.3. Objectivos da Lei...................................................................................................9
2.2.3.4. Princípios Fundamentais........................................................................................9

Capítulo III: Metodologia......................................................................................................10


3.1. Método de Abordagem................................................................................................10
3.2. População alvo e amostragem.....................................................................................12
3.2.1. População alvo.........................................................................................................12
3.2.2. Amostragem.............................................................................................................12
3.3. Técnicas e instrumentos de recolha de dados..............................................................13
3.3.1. Técnicas de recolha de dados..................................................................................13
3.3.1.1. Entrevista.............................................................................................................13
3.3.1.2. Pesquisa Bibliográfica..........................................................................................13
3.3.1.3. Pesquisa documental............................................................................................14
3.3.2. Instrumentos de recolha de dados............................................................................14
3.3.2.1. Diário de pesquisa................................................................................................14
3.3.2.2. Inquérito por Questionário...................................................................................14
3.3.2.3. Guião de entrevista...............................................................................................15
4. Cronograma de actividades.........................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................17
1. Introdução

O presente trabalho surge no âmbito do cumprimento parcial dos requisitos para admissão ao
curso de Mestrado Académico em Ciências Policiais, ministrado na Academia de Ciências
Policiais (ACIPOL) cujo tema é: " Estratégias Policiais de Prevenção e Combate as Uniões
Prematuras em Moçambique: Estudo de caso do Departamento Central de Atendimento à
Família e Menores Vítimas de Violência 2019-2021".

O objectivo deste trabalho é contribuir não só para a prevenção e irradicação dos casamentos de
raparigas, mas ainda para a efectivação dos direitos das raparigas, previstos na Constituição da
República de Moçambique e nas convenções internacionais. Porém, as questões ligadas aos
direitos humanos da criança (neste caso da rapariga), apesar da sua previsão, são omissas,
limitando os espaços para a sua promoção. Neste contexto precisa-se entender as uniões
prematuras considerando que as práticas como os ritos de iniciação podem ser relevantes para a
definição do conceito de criança e, consequentemente, promover mudanças no processo de
prescrição de papéis e espaços de actuação específicos para as crianças e adolescentes vivendo
em zonas rurais. A realidade moçambicana mostra que essas uniões podem ser arranjadas pela
família e, nem sempre os nubentes podem decidir sobre quando e com quem vão contrair
matrimónio.

Para o efeito, analisaremos a actuação da PRM no combate a este flagelo, buscando entender o
enquadramento das normas internas da corporação em comparação com os instrumentos
internacionais de que Moçambique é parte, visando perceber o estágio em que Moçambique se
encontra na protecção dos direitos da rapariga, onde será explorada a legislação relativa a
matéria, casos da Lei de Prevenção e Combate as Uniões Prematuras, a Lei da Família, Lei de
Promoção e Protecção dos Direitos da Criança, O Codigo Penal Moçambicano, O Protocolo à
Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos Relativo aos Direitos da Mulher em África,
A Carta Africana dos Direitos e Bem-Estar da Criança, Lei da Família e a Constituição da
República.

Para melhor compreensão, o estudo está estruturado da seguinte maneira: o primeiro capítulo
apresenta a introdução, constando o problema, as perguntas, justificativa e os objectivos da
pesquisa; o segundo capítulo apresenta a revisão bibliográfica onde debruçamos as abordagens

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teóricas sobre a matéria em estudo; o terceiro capítulo da metodologia, o quarto capítulo de
apresentação e discussão de Dados, e finalmente o quinto capítulo a presenta a recomendações e
conclusão.

1.1. Descrição do problema

O fenómeno das Uniões prematuras é endémico em Moçambique, o que quer dizer que se está
perante um fenómeno habitual e de grande incidência. Moçambique encontra-se entre os países
que, ao nível mundial, apresentam um maior número deste tipo de uniões forçadas: encontra-se
em 7º lugar nesta lista, depois do Níger, do Chade, do Mali, do Bangladesh, da Guiné e da
República Centro Africana, contabilizando mais de metade de mulheres que se casam antes dos
18 anos.
Contudo, apesar destas práticas constituírem um atentado aos direitos humanos e ao facto de
Moçambique ser signatário de muitos instrumentos internacionais que apelam ao respeito dos
direitos da criança persiste a impunidade das pessoas que se envolvem neste tipo de práticas e
estado continua a mostrar-se incapaz de reprimir esse tipo de actos.
O casamento prematuro constitui um factor de risco porque implica quase inevitavelmente
relações sexuais. Nas sociedades onde tal se consuma existe a forte pressão para se ter filhos
logo após o casamento e a taxa de concepção de mulheres jovens casadas é muito baixa.
Noutra vertente das consequências, existe uma correlação entre o casamento prematuro e a saída
do sistema de educação, por se cuidar de outros afazeres, com consequências para a privação do
direito à educação e no desenvolvimento social e humano das raparigas envolvidas. A aparente
apatia do sistema de educação e as normas permissivas como o Despacho nº 39/GM/2003 do
Ministério da Educação, que prescreve a mudança de turno para a rapariga grávida e apenas o
processo disciplinar para o protagonista concorrem para aumentar a tolerância em relação a estes
tipos de violência e á sua reprodução.

Pergunta de partida:

 Até que ponto as estratégias Policiais são eficazes na prevenção e combate as uniões
prematuras em Moçambique?

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1.2. Justificativa

A realização deste trabalho fundamenta-se no facto de as uniões prematuras constituírem uma


prática que tende a aumentar em Moçambique. Falar em uniões prematuras é falar em
discriminação. Discriminação das raparigas em relação aos rapazes e discriminação entre as
crianças de sexo feminino, consoante, entre outros, o nível de rendimentos da sua família e a sua
escolarização.

As crianças que vivem nestas uniões forçadas, para além de se verem impossibilitadas de
gozarem dos seus direitos, sofrem severas consequências no que diz respeito ao seu bem-estar
psicológico e emocional, à sua saúde reprodutiva e às suas oportunidades educativas e na vida
como adultas.

Segundo o FNUAP (2003), as uniões prematuras são revelador da discriminação existente e,


acima de tudo, da maneira como as famílias e as sociedades tratam as meninas e os meninos. A
desigualdade no tratamento manifesta-se na desproporcionalidade no nível de atenção e
investimento entre crianças dos dois sexos na saúde, na nutrição e na educação. As meninas
enfrentam normalmente mais privações e falta de oportunidades.

Este tema é importante no nível académico e também por si tratar de obtenção de grau de
licenciatura segundo orientação desta faculdade é um dos requisitos principal para elaboração de
monografia. Segundo MARCONI e LAKATOS, a justificativa consiste numa exposição suscita
porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam
importante a realização da pesquisa

A razão de fundo para a escolha desse tema dos diversos é o interessante facto de, Criar sistemas
locais de referência para os casos de violência de menores através da disseminação de
informação sobre como proceder quando se é confrontado com um caso destes. Os sistemas
locais de referência devem incluir todas as pessoas e instituições que podem desempenhar um
papel de reportagem.

3
Com este trabalho pretende-se rever o quadro legal aplicável a Moçambique em relação a
problemática e a sua incidência, e discutir uma tentativa de criminalizar os implicados neste tipo
de situações.

1.3. Objectivos
1.3.1. Geral:
 Analisar a eficácia das estratégias policiais de prevenção e combate as uniões prematuras
em Moçambique.

1.3.2. Objectivos específicos


 Identificar o quadro legal aplicável às uniões prematuras em Moçambique;
 Descrever a situação criminal das uniões prematuras em Moçambique;
 Avaliar a eficácia das estratégias policiais de prevenção e combate às uniões prematuras
em Moçambique.

1.4. Questões de pesquisa


 Qual é o quadro legal aplicável às uniões prematuras em Moçambique?
 Como se descreve a situação criminal das uniões prematuras em Moçambique?
 Qual é a eficácia das estratégias policiais na prevenção e combate às uniões prematuras
em Moçambique?
1.5. Delimitação
1.5.1. Temática

A presente pesquisa insere-se no campo das ciências sociais e tem em vista debruçar-se as
estratégias policiais de prevenção e combate às uniões prematuras.

1.5.2. Espacial

A presente pesquisa será realizada no Departamento Central de Atendimento à Família e


Menores Vítimas de Violência.

1.5.3. Temporal

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A presente pesquisa irá compreender o período de 2019 a 2021, por este constituir um período no
qual verificou-se evolução progressiva nos casos de uniões prematuras.

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2. Revisão de Literatura
2.1. Uniões Prematuras

União prematura é a ligação entre pessoas, em que pelo menos uma seja criança, formada com
propósito imediato ou futuro de constituir família.

O casamento, o noivado, união de facto ou qualquer relação que seja equiparável à relação de
conjugalidade, independentemente da sua designação regional ou local, envolvendo criança, são
havidos como união prematura para os termos da Presente Lei.

Apesar das uniões prematuras serem uma prática no nosso país, não existe ainda muitas obras
retratando essa problemática. Contudo existem estudos e pesquisas realizadas por várias
organizações nacionais e internacionais que serão as principais fontes para a realização deste
trabalho.

O casamento pressupõe, antes de mais, o livre consentimento das partes. A Lei n° 19/2019, de 22
de Outubro que estabelece o regime jurídico aplicável a proibição, prevenção e mitigação das
Uniões Prematuras em Moçambique, define-o como: “a união voluntária e singular entre um
homem e uma mulher, com o propósito de constituir família, mediante comunhão plena de vida
(Artigo 7, Noção de casamento). Então se pegarmos nesta definição, todas as uniões que não
obedecerem ao carácter “voluntário” e “singular”, não são efectivamente “casamentos” perante a
lei. Esta última característica “singular” refere-se ao casamento monogâmico, enquanto o
“voluntário” diz respeito ao consentimento das partes.

Segundo a Convenção Sobre os Direitos das Crianças (aprovada na 44ª sessão da ONU, 1989 e
ratificada pelo Conselho de Ministros, resolução nº 19/90, no BR, I Série, nº 42, 23/10/1990), a
criança é definida como todo o ser humano com menos de dezoito anos, excepto se a lei nacional
conferir a maioridade mais cedo.

Assim, porque uma pessoa com idade inferior a 18 anos (criança) não é capaz de dar o seu
consentimento válido para se casar, os casamentos em que ambas ou apenas uma das partes é
menor de idade, são considerados como uniões forçadas, o vulgarmente chamado casamento
prematuro. Uma Relatora especial das Nações Unidas para o tráfico de pessoas, em particular
mulheres e crianças, Sigma Huda (2007), vai mais longe: “o casamento imposto a uma mulher
não pela força explícita, mas submetendo-a a pressão implacável e / ou manipulação, muitas

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vezes dizendo-lhe que a recusa de um pretendente irá prejudicar a sua família na comunidade,
também pode ser entendido como forçado”.

Por estas razões, o casamento prematuro é condenado tanto ao nível do sistema universal dos
direitos humanos, como em instrumentos legais regionais e nacionais.

2.2. Quadro legal aplicável à prevenção e combate as uniões prematuras


2.2.1. Constituição da República de Moçambique

Tem-se em destaque a lei mãe, que é a Constituição da República de Moçambique (CRM), como
um dos instrumentos que protege os interesses da criança, ao estabelecer no seu artigo 47, que as
crianças têm o direito à protecção e aos cuidados necessários ao seu bem-estar. O mesmo
dispositivo legal, advoga ainda no seu artigo 121 que todas as crianças têm direito à protecção da
família, da sociedade e do Estado, tendo em vista o seu desenvolvimento integral.

Em relação ao casamento, o artigo 119 da CRM estabelece que no quadro do desenvolvimento


de relações sociais assentes no respeito pela dignidade da pessoa humana, o Estado consagra o
princípio de que o casamento se baseia no livre consentimento, nos termos da lei. Ou seja, o
casamento no ordenamento jurídico moçambicano, só é aceite quando for estabelecido dentro
dos termos da lei.

2.2.2. Lei da Família

A Nova Lei da Família, aprovada pela Lei n.º 22/2019, de 11 de Dezembro, a qual revoga a Lei
n.10/2004, de 25 de Agosto (antiga Lei da Família), é um instrumento legal que compreende um
conjunto de normas que regulam as relações entre pessoas ligadas entre si por laços de
familiaridade, que o Estado reconhece efeitos jurídicos, nomeadamente, a procriação, o
parentesco, a afinidade, o casamento e a adopção.

O casamento é definido como união voluntária e singular entre um homem e uma mulher, com o
propósito de constituir família, mediante comunhão plena de vida (art.º. 8 da Lei da Família).
Quanto a modalidade de casamentos, a lei estabelece a existência do casamento civil, religioso
ou tradicional (art.º 17, Lei da Família). O casamento religioso e o tradicional produzem efeitos
previstos na respectiva lei, desde que esteja devidamente transcrito pelos serviços do registo civil
nos termos da lei (nº 2, art.º 18 Lei da Família).

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Contudo, para celebração do casamento no ordenamento jurídico moçambicano, torna-se
necessário que estejam observados todos os pressupostos necessários, dos quais se destaca a
idade núbil exigida por lei, que é, neste caso, a idade de 18 anos. O casamento religioso e o
tradicional também só podem ser contraídos por quem tiver a capacidade matrimonial exigida na
lei civil (art. 26, conjugado com o art.º. 32, al a), da Lei da Família).

Uma das principais novidades trazidas pela nova Lei da Família no âmbito da prevenção e
combate às uniões prematuras, consiste na revogação do nº 2 do art. 30 da Lei n.10/2004, de 25
de Agosto (antiga lei da família), que fala acerca da emancipação para o casamento com 16 ou
17 anos.

A revogação trazida na Lei da Família sobre a idade núbil, visa, por um lado, conformar a nova
Lei da Família com as disposições da Constituição da República sobre:

 Direitos da criança: o direito de exprimir a sua opinião nos assuntos que lhes dizem
respeito, o direito à protecção e ao bem-estar e o princípio do superior interesse da
criança (art.º. 47);
 Infância: o direito à protecção pela família e do princípio do desenvolvimento integral (nº
1, do art.º. 121);
 Princípio do livre consentimento para o casamento (nº. 3, do art. 119).

Por outro lado, a revogação sobre a idade núbil, visa essencialmente, adequar a Lei da Família às
políticas e estratégias vigentes sobre a eliminação dos casamentos prematuros; a Lei sobre
Promoção e Protecção dos Direitos da Criança, Lei nº 7/2008, de 9 de Julho (art. 3); A
Declaração Universal dos Direitos do Homem (nº 2, do art. 16,), o Protocolo à Carta Africana
dos Direitos do Homem e dos Povos relativo aos Direitos da Mulher em África (als. a) e b), do
art. 6,), Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento (als. a) e b), do nº 2, do art. 8,) e a
Convenção sobre os Direitos da Criança (art. 1).

No entanto, de acordo com o n. 1, do artigo 2, da Lei n. 19/2019, de 22 de Outubro, Lei de


Prevenção e Combate as Uniões Prematuras, qualquer forma de ligação entre pessoas, em que
uma delas seja criança, com intuito de constituir uma família, deve ser considerada
união/casamento prematuro. A idade núbil vigente é a de 18 anos ou mais, nos termos da alínea
a), art.32, Lei 22/2019, de 11 de Dezembro.

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A questão da oposição dos Pais ou Tutor, prevista no art. 41 da Nova Lei da Família, é um
postulado legal que fazia sentido em conjugação com o n.2 do art. 30 da lei revogada, uma vez
que a nova lei revogou a possibilidade de celebração do casamento com 16 ou 17 anos, em que
se exigia consentimento dos pais ou tutor. Com isto, subentende-se que o artigo 41 da Nova Lei
da Família perde o seu sentido de existência.

2.2.3. Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras

Com a aprovação da Lei n.º 19/2019, de 22 de Outubro, Lei de Prevenção e Combate às Uniões
Prematuras, Moçambique deu mais um passo na promoção dos direitos e protecção integral da
Criança. Esta Lei tem por objecto a proibição, prevenção, mitigação e penalização das uniões
prematuras, bem como a protecção das crianças que se encontrem nessas uniões.

Não obstante, sendo Moçambique um País onde as uniões prematuras constituem um fenómeno
complexo, a sua implementação trará inúmeros desafios aos diferentes sectores nas instituições
de Administração da Justiça, bem como na sociedade moçambicana.

Estudos feitos indicam que Moçambique está entre os 10 países a nível mundial, com maior
prevalência de uniões prematuras. Ocupa o 7º lugar em África e o 3º a nível da África Austral.
Dados indicam ainda que, a criança representa cerca de 53% da população e destas, 48% unem-
se antes dos 18 anos de idade.

2.2.3.1. Estrutura da Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras


A Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras comporta cerca de 50 artigos, subdivididos
em 4 títulos, para além do preâmbulo, sendo:

 Título I: Princípios Gerais;


 Título II: Proibição de Noivado, casamento e Uniões Prematuras e Medidas de
Prevenção e Mitigação;
 Título III: Infrações Penais;
 Título IV: Disposições finais e transitórias.

2.2.3.2. Proibição de Celebração

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Nenhuma autoridade, seja administrativa, tradicional, local ou religiosa, pode legitimar por
qualquer forma e no âmbito das suas funções, a constituição da união com o propósito
imediato ou futuro de constituir família, na qual uma ou ambas as pessoas sejam crianças.

2.2.3.3. Objectivos da Lei


 Proibir as uniões com ou entre crianças;
 Adoptar medidas para fazer cessar uniões prematuras já existentes;
 Definir critérios de protecção de direitos adquiridos pela criança em situação de união
prematura e seus eventuais filhos;
 Definir as responsabilidades do Conselho de Ministros na adopção de mecanismos para a
mitigar os efeitos negativos dos casamentos prematuros (Ex. Estratégia Nacional de
Prevenção e Combate - 2015).

2.2.3.4. Princípios Fundamentais


 A protecção das crianças contra as uniões prematuras;
 O estabelecimento da idade mínima de 18 anos para as uniões, sem quaisquer excepções;
 A irrelevância do consentimento da criança para as uniões prematuras;
 O superior interesse da criança;
 A participação da criança na tomada de decisões sobre a sua vida;
 A gratuitidade no acesso a serviços prestado pelo Estado, relacionados com a aplicação
desta lei.

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CAPÍTULO III: METODOLOGIA

Este capítulo tem como objectivo apresentar os procedimentos metodológicos para


operacionalização da pesquisa de campo deste estudo e atingir o objectivo principal estabelecido:
analisar a eficácia das estratégias policiais de prevenção e combate as uniões prematuras em
Moçambique. Em literatura, metodologia significa maneiras diferentes de fazer coisas com
propósitos diferentes, ou seja, maneiras de formular problemas, hipóteses, métodos de
observação e recolha de dados, medida de variáveis e técnicas de análise de dados.

Este capítulo apresenta as seguintes secções: método de abordagem, população alvo, técnicas e
instrumentos de recolha de dados.

3.1. Método de Abordagem


Para Lakatos e Marconi (1982) método é a forma de proceder ao longo de um caminho. Na
ciência, os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam de início o pensamento em
sistemas, traçam de modo ordenado a forma de proceder do cientista ao longo de um percurso
para alcançar um objectivo (Trujillo, 1974). A característica distintiva do método é a de ajudar a
compreender, no sentido mais amplo, não os resultados da investigação científica, mas o próprio
processo de investigação (Kaplan apud Grawitz, 1975).

Richardson (1999) comenta que método em pesquisa significa a escolha de procedimentos


sistemáticos para a descrição e explicação de fenómenos. O autor classifica os métodos em
qualitativos e quantitativos.

A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social de uma organização. Os pesquisadores que
utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém
ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de
factos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interacção) e se valem de
diferentes abordagens (Gerhardt & Silveira, 2009).

A pesquisa qualitativa preocupa-se com aspectos da realidade que não podem ser
quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais. Para
Minayo (2004), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos,
aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das

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relações, dos processos e dos fenómenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.

As características da pesquisa qualitativa são: objectivação do fenómeno; hierarquização das


acções de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em
determinado fenómeno; observância das diferenças entre o mundo social e o natural; respeito ao
carácter interactivo entre os objectivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e
seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto
que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências (Gerhardt & Silveira, 2009).

Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser


quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da
população, os resultados são tomados como se constituíssem um retracto real de toda a
população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa centra-se na objectividade e recorre à
linguagem matemática para descrever as causas de um fenómeno e as relações entre variáveis,
etc. (Gerhardt & Silveira, 2009).

Para o alcance dos objectivos do estudo iremos recorrer ao método qualitativo complementado
pelo quantitativo. A conjugação das abordagens qualitativa e quantitativa permitirá recolher mais
informações do que se poderá conseguir isoladamente.

A escolha da abordagem qualitativa justifica-se por seu fundamento humanista importante na


compreensão da realidade social e, sobretudo, por sua afinidade com a natureza mutante do
mundo social (Filstead, 1986). Os princípios humanistas deste método constituír-se-ão num forte
argumento para o desenho deste estudo (Taylor & Bodgam, 1986 citados por Serrano, 1994). O
uso da abordagem qualitativa será fundamental na recolha de opiniões, sentimentos,
experiências, sugestões e representações que os sujeitos da pesquisa constroem ou fazem em
relação as estratégias policiais de prevenção e combate às uniões prematuras.

A abordagem quantitativa permitirá recolher dados estatísticos sobre a evolução dos casos de
uniões prematuras em Moçambique durante o período em análise.

A opção por uma metodologia mista parte do pressuposto de que as duas (2) abordagens
(qualitativa e quantitativa) se complementam: as duas abordagens têm pontos fracos e fortes e os

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elementos fortes de uma complementam as fraquezas da outra. Como refere Terence (2006, p.3),
“as abordagens quantitativas e qualitativas, apesar das suas especificidades, não se excluem”.

3.2. População alvo e amostragem


3.2.1. População alvo

O estudo definirá como população alvo os membros da Polícia da República de Moçambique


afectos ao Departamento Central de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência em
Maputo. Comumente fala-se de população como referência ao total de habitantes de determinado
lugar (Neves & Domingues 2007). Martins (2000) afirma ainda que ao falar de população trata-
se do conjunto de indivíduos ou objectos que apresentam em comum determinadas
características definidas para o estudo.

3.2.2. Amostragem
Segundo Neves e Domingues (2007), a amostra é o subconjunto da população, por meio do
qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo. Richardson (1999) define
amostra como um subconjunto da população alvo que habita num determinado lugar.

Para Doxsey e De Riz (2003, Apud Gerhardt & Silveira, 2009, p. 67), numa pesquisa é sempre
essencial determinar qual será a principal fonte das informações a serem colectadas.

Para a pesquisa qualitativa, o pesquisador selecciona os sujeitos de acordo com o problema da


pesquisa. Quem sabe mais sobre o problema? Quem pode validar tal informação com outro ponto
de vista ou uma visão mais crítica dessa situação problemática?

Assim, a escolha dos participantes desta pesquisa será baseada na procura de indivíduos sociais
que tenham uma vinculação significativa com o tema em estudo (Neves & Domingues, 2007).

Desta forma, a amostra da presente pesquisa será composta por 15 Agentes da Polícia de que
lidam com a questão das uniões prematuras no Departamento de Atendimento à Família e
Menores Vítimas de Violência, nomeadamente: um (1) Chefe de Departamento, (3) Chefes de
repartição, oito (8) Chefes de secção, Três (3) Técnicos de atendimento.

Esta constituirá uma amostra relativamente pequena, contudo, para Bogdan e Biklen (1994), na
investigação qualitativa os métodos de recolha de dados conduzem a um trabalho intenso, uma
vez que o objectivo é a obtenção de respostas e explicações através da exploração com maior

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profundidade das questões sob investigação, contrariamente à investigação quantitativa em que
os investigadores usam grandes amostras com o objectivo de generalizar os resultados das
pesquisas.

Os Agentes da Polícia serão escolhidos por conveniência para se explorar as facilidades que a
investigadora tem para conseguir o grupo sobre o qual incide o estudo e este procedimento é
defendido por Gil (1999). A sua escolha permitirá a recolha de opiniões, sentimentos,
experiências, representações que os sujeitos da pesquisa constroem sobre as estratégias de
prevenção e combate às uniões prematuras. Trata-se, pois, de uma amostra não-probabilística,
pois será uma amostra formada em função de escolha explícita da investigadora. É o caso da
amostra típica em que a partir das necessidades do estudo, o investigador selecciona casos
julgados exemplares ou típicos da população-alvo ou de uma parte desta (Laville & Dionne,
1999).

A pesquisadora acredita que esta será uma amostra ideal, pois segundo Minayo (2004), a
amostra ideal na pesquisa qualitativa é a que reflecte o conjunto em suas múltiplas dimensões.

3.3. Técnicas e instrumentos de recolha de dados


3.3.1. Técnicas de recolha de dados
3.3.1.1. Entrevista
Consiste na obtenção de informações sobre o assunto abordado na pesquisa através da
interacção da pesquisadora com os participantes da pesquisa. A entrevista permitirá a interacção
da pesquisadora com os entrevistados, possibilitando captar atitudes e reacções, principalmente
sinais não-verbais como: gestos, risos e silêncios, os quais possuem significados importantes
para a pesquisa (Minayo, 2004 apud Neves & Domingues, 2007). Enquanto técnica de recolha de
dados, a entrevista será bastante adequada para a obtenção de informações acerca do que os
agentes da polícia sabem, pretendem fazer, fazem ou fizeram em relação ao processo de
prevenção e combate às uniões prematuras, bem como acerca das suas explicações ou razões a
respeito das coisas precedentes (Selltiz, 1974).

Para efeitos deste estudo aplicar-se-á a entrevista semiestruturada, segundo a qual a


pesquisadora organizará um conjunto de questões sobre o tema em estudo, permitindo o
surgimento de outras questões com o desenrolar da entrevista (Gerhardt & Silveira, 2009).

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3.3.1.2. Pesquisa Bibliográfica
Consistirá no desenvolvimento da pesquisa a partir de material já elaborado acerca das
estratégias de prevenção e combate às uniões prematuras, sendo para tal constituído
principalmente por teses, livros, páginas da internet e artigos científicos, possibilitando a
pesquisadora um melhor entendimento da matéria em torno do tema em estudo (Gil, 1999).
Enquanto técnica permitirá a recolha de diversas opiniões e pontos de vista de vários autores no
que se refere à prevenção e combate às uniões prematuras.

3.3.1.3. Pesquisa documental


Para Gil (1999), esta técnica difere-se da pesquisa bibliográfica por consistir no levantamento
de dados em fontes sem tratamento analítico, tais como documentos oficiais, reportagens de
jornais, relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, etc. Para o presente estudo a pesquisa
documental consistirá no levantamento de dados em fontes sem tratamento analítico, tais como:
livro de ocorrências, relatórios anuais, planos de acção na prevenção de uniões prematuras
(Fonseca, 2002).

3.3.2. Instrumentos de recolha de dados


Os instrumentos proporcionarão meios e técnicas para garantir a objectividade e a precisão
no estudo dos factos; fornecerão a orientação necessária à realização da pesquisa no que diz
respeito à obtenção, processamento e à validação dos dados pertinentes (Gil, 1999).

Os objectivos e o desenho da pesquisa serão os elementos básicos para definir os instrumentos de


recolha da informação. A natureza deste estudo requer instrumentos capazes de apreender as
características decisivas dos respondentes. Com efeito, a pesquisadora utilizará o diário de
pesquisa, inquérito por questionário e guião de entrevista.

3.3.2.1. Diário de pesquisa


Segundo Bogdane e Biklen (1994), o diário de pesquisa é um instrumento no qual o
investigador reúne as notas que obtém das suas observações diárias. Na presente pesquisa este
instrumento consistirá nas notas que a pesquisadora irá tomar das suas constatações no processo
de recolha de dados.

3.3.2.2. Inquérito por Questionário

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Consiste num instrumento de recolha de dados constituído por uma série ordenada de
perguntas, as quais serão respondidas por escrito pelos participantes da pesquisa sem a presença
da pesquisadora. Possibilitará a obtenção de dados a partir de um conjunto pré-determinado de
perguntas à amostra definida no estudo. É, portanto, um conjunto estruturado de questões
expressas num papel, destinado a explorar a opinião das pessoas a quem nos dirigimos.

Pretende-se com este instrumento recolher dados sobre as estratégias de prevenção e combate as
uniões prematuras, além da percepção dos Agentes da Polícia sobre a caracterização das
actividades realizadas no âmbito do atendimento às vitimas de uniões prematuras. Algumas
perguntas serão construídas de forma a permitir avaliar as atitudes e opiniões que visam o
conhecimento quantificado e directo do comportamento dos sujeitos (Gerhardt & Silveira, 2009).

3.3.2.3. Guião de entrevista


Consiste num conjunto de perguntas pré-elaboradas que servirão de orientação para a
pesquisadora com vista a não se desviar dos seus objectivos, nas quais poderão ser acrescentadas
outras perguntas que surgirem durante a interacção com os entrevistados, e este procedimento é
defendido por Richardson (1999). O guião de entrevista a aplicar será organizado em função de
perguntas básicas e principais para atingir o objectivo da pesquisa. Tendo em conta que o estudo
apresenta uma entrevista semiestruturada, as perguntas serão desenhadas com base nesta
tipologia: opinião, conhecimento, experiência e sentimento sobre os critérios de definição das
áreas de patrulha. O guião de entrevista será direccionado aos agentes da Polícia. Esta escolha
basea-se na procura de indivíduos sociais que tenham uma vinculação significativa com o tema
em estudo, e este procedimento é defendido por Neves e Domingues (2007).

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4. Cronograma de actividades

O cronograma de actividades auxilia no planeamento de uma adequada distribuição de tempo e


esforços, especificando as diferentes etapas do trabalho por meio de uma escala temporal
(mensal, trimestral ou anual), permitindo a realização de ajustes, sempre que ocorrer a
necessidade de adaptação do tempo estimado, em função do realmente necessário.

Cronograma de actividades

ANO
2023
ABRIL MAIO JUNHO

ACTIVIDADE A REALIZAR

Semana III

Semana III

Semana III
Semana IV

Semana IV

Semana IV
Semana II

Semana II

Semana II
Semana I

Semana I

Semana I
1. Concepção do projecto de pesquisa      
2. Elaboração dos instrumentos de recolha de dados      
3. Produção da versão final dos instrumentos de recolha de dados      

4. Recolha de dados      
a. Diário de pesquisa      
b. Relatórios sobre estatísticas criminais      
c. Entrevistas      
5. Análise e interpretação dos resultados      
a. Transcrição de gravações das entrevistas      
b. Análise de dados estatísticos criminais      
c. Análise das respostas dos participantes da pesquisa      
6. Redação do relatório de pesquisa      
7. Apresentação da versão preliminar do relatório de pesquisa      

8. Correccão e redaccão da versão final do relatório de pesquisa      

9. Submissão da versão final do relatório de pesquisa      

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Abdul, J. (2005). Direito de Família. Maputo.
Arnaldo, C. (2007). Fecundidade e seus determinantes próximos em Moçambique: uma análise
dos níveis, tendências, diferencias e variação regional. Maputo. Texto Editora.
Bogdan, R. & Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em Educação, Uma Introdução à
Teoria e aos Métodos. Colecção Ciências da Educação. Porto: Porto Editora.
Código Civil, actualizado pelo Decreto-Lei nº 3/2006 de 23 de Agosto, Maputo, Plural Editores,
2006.
Constituição (2004), Constituição da República de Moçambique, Maputo, Plural Editores, 2004.
De Barros, J. & Tajú, G. (2007). Prostituição, Abuso Sexual e Trabalho Infantil em
Moçambique: o caso específico das províncias de Maputo, Nampula e Tete, Maputo: Rede
Came. Maputo. Liga dos Direitos Humanos de Moçambique. Jornal n.º 474/4.
Dias, M. B. (2013). Manual de direito das famílias. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais.
Fonseca, J. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, Apostila.
Gerhardt, T. & Silveira, D. (2009). Método de Pesquisa: Planeamento e Gestão para o
Desenvolvimento Rural. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
Gil, A. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.
INE, (2009). Inquérito de Indicadores Múltiplos. Maputo: INE.
Lei 18/2020, de 23 de Dezembro, que aprova o Código Penal Moçambicano.
Lei da Família, aprovada pela Lei nº 10/2004 de 25 de Agosto, 2004.
Lei da família, Lei n.º 22/2019 de 11 de Dezembro.
Lei da Promoção e Protecção dos Direitos da Criança, aprovada pela Lei n.º 7/2008 de 9 de
Julho.
Lei n° 19/2019, de 22 de Outubro que estabelece o regime jurídico aplicável a proibição,
prevenção e mitigação das Uniões Prematuras em Moçambique.
Minayo, M. (2004). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes.
Neves, E. & Domingues, C. (2007). Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. Rio de
Janeiro: Centro de Estudos de Pessoal.
Richardson. R. (1999). Pesquisa Social, Métodos e Técnicas, 3ª Edição. Brasil: Atlas.
Selltiz, J. & Deutsch, C. (1974). Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo.
Terence, A. e Filho, E. (2006). Abordagem quantitativa e qualitativa e utilização da pesquisa
acção nos estudos organizacionais. In XXVI ENEGEP. Fortaleza, CE, Brasil. 9.

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Guião de entrevista

1. Quais são as atribuições da Polícia no Departamento de Atendimento à Família e


Menores Vítimas de Violência?
2. Qual é o papel da Polícia na prevenção e combate as uniões prematuras?
3. Quais são os instrumentos normativos a que se recorre para fazer face às uniões
prematuras?
4. Como se descreve a situação criminal das uniões prematuras em Moçambique?
5. Qual é a média anual de casos de uniões prematuras atendidos pelo Departamento?
6. Que factores concorrem para ocorrência das uniões prematuras?
7. Quais são as províncias de maior incidência criminal de casos de uniões prematuras, e
que factores que podem justificar essa incidência?
8. Que estratégias a Polícia tem adoptado para prevenir e combater as uniões prematuras?
9. Como se caracterizam as actividades policiais de prevenção e combate às uniões
prematuras?
10. Quais são os principais desafios na implementação da lei de prevenção e combate às
uniões prematuras?

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