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Nacala-Porto
2019
i
Nacala-Porto
2019
ii
Resultado_________________________________________________
Membro do Júri
Presidente:
________________________________________________________________
Supervisor:
________________________________________________________________
Examinador:
________________________________________________________________
Estudante:
________________________________________________________________
iii
ÍNDICE
CAPÍTULO IV .................................................................................................................................... 16
DISCRIMINAÇÃO DE GÉNERO .................................................................................................... 16
SECÇÃO IV ......................................................................................................................................... 16
4.1. A DISCRIMINAÇÃO DE GÉNERO COMO CONSEQUÊNCIA DO NÃO
RECONHECIMENTO DO REGISTO DE NASCIMENTO NA CRIANÇA ............................... 16
4.2. Informações Gerais .................................................................................................................... 16
4.2.1. Conservatória do Registo Civil ............................................................................................... 16
CAPÍTULO V ...................................................................................................................................... 20
CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DO ESTUDO .......................................................................... 20
5.1. Breve Caracterização do Local de Estudo: Localização, Superfície e População...................... 20
5.2. Taxa de Analfabetismo e Escolarização ..................................................................................... 20
CAPÍTULO VI .................................................................................................................................... 21
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................................... 21
6.1. Método de pesquisa .................................................................................................................... 21
6.2. Classificação da pesquisa ........................................................................................................... 22
6.3. Procedimentos Técnicos ............................................................................................................. 22
6.4. Universo ou População............................................................................................................... 23
6.5. Processo de Amostragem ........................................................................................................... 23
6.6. Técnicas de coleta de dados ....................................................................................................... 24
6.7. Generalidades ............................................................................................................................. 24
6.8. Caracterização do trabalho de campo......................................................................................... 24
6.9. Caracterização de sujeitos da pesquisa ....................................................................................... 24
6.9.1. Análise e interpretação de dados ............................................................................................. 25
CAPÍTULO VII. CONCLUSÃO E SUGESTÃO ............................................................................. 26
7.1. Conclusão ................................................................................................................................... 26
7.2. Sugestão ..................................................................................................................................... 28
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 29
APÊNDICE .......................................................................................................................................... 31
v
DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE
Eu, Amina Abdurramane Saide Adam Bay, declaro por minha honra que este trabalho é da
minha autoria e é produto de realização de intensa pesquisa científica e que a informação nela
constante é suportada pelas fontes e documentos legais claramente citados, devidamente
apresentados e referenciados na bibliografia que o mesmo apresenta. Apresento-a pela
primeira vez e, submeto aqui no Instituto Superior de Ciências e Gestão (INSCIG), Faculdade
de Direito, para atribuição de grau académico de licenciatura em Direito.
Licenciando:
________________________________________
Supervisor:
________________________________________
Nacala-Porto
2019
vi
AGRADECIMENTOS
E por último agradeço, aos meus amigos, estes que são extremamente importantes para mim,
na minha carreira estudantil e no meu percurso como mulher.
Á todos que directa ou indirectamente prestaram seu contributo para a efectivação desta
pesquisa vai o meu muito obrigado.
vii
DEDICATÓRIA
ABREVIATURAS
AR Assembleia da República
Art.º Artigo
CC Código Civil
CM Conselho de Ministro
CDC Convenção Sobre os Direitos da Criança
CRC Código de Registo Civil
CRM Constituição da República de Moçambique
EP1 Escola Primaria do 1º Grau
ONU Organização das Nações Unidas
ONGs Organizações Não Governamentais
PIDCP Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos
págs. Páginas
PR Presidente da República
PIDCP Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos
DPRN Departamento Provincial dos Registos e Notariado
UNICEF United Nations Children's Fund.
ix
TABELAS
Apêndices
Apêndice 1. Questionário A – Dirigido ao Registo e Notariado……………………………..31
Apêndice 2. Questionário B – Dirigido aos residentes do bairro cimento……………….......34
Apêndice 3. Questionário C – Dirigido à Escola Primaria e Secundaria de Nacala-a-Velha ..36
x
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE:
Registo de Nascimento; Perca de Direitos; Factores; Fraca adesão; População.
1
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei n.° 12/2004, de 8 de Dezembro, (Dos Registos e Notariados), Art.
118.
1
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
O presente trabalho, subordinado ao tema Problemática da falta de adesão ao Registo de
Nascimento no distrito de Nacala-à-velha, vem como uma importante forma de combater o
desperdício de pessoas não registadas, o que contribui de forma significante a disparidade de
dados feitos em inqueritos populacionais e o estudo foi desenvolvido na província de
Nampula, particularmente no distrito de Nacala-à-velha no espaço de tempo entre 2017-2018.
O tema do presente estudo académico tem como área de actuação o Direito da Família e mais
do que abordar acerca da problemática da falta de adesão do Registo de Nascimento no
distrito de Nacala-à-velha, o trabalho pretende identificar e os fatores influenciadores para a
falta de adesão ao registo de nascimento de tão elevado número de cidadãos no distrito em
destaque. Como se sabe, a grande problemática de que a sociedade está sujeita, no caso da
população do distrito em alusão, é a questão de fraca interpretação jurídica em relação a
adesão aos centros/postos de registo de nascimento da população, o não envolvimento das
comunidades pós mobilização das mesmas. Com isto, o problema inerente ao presente estudo
de pesquisa insere-se na questão da falta de conhecimento por parte da população
concretamente do distrito de Nacala-à-velha em relação ao valor, importância, vantagens e
benefícios, de que o registo de nascimento traz para o indivíduo como cidadão.
contribuem para este problema violando assim os direitos humanos. De acordo com os dados
avançados pelo Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos em 2017,
observou-se apenas 30 por cento na taxa de registo de nascimento na idade normal da criança.
Tal situação demonstra que o processo do registo de nascimento ainda é extremamente
limitado, violando assim um dos direitos fundamentais da criança, "o direito a uma
Identidade".
Desta forma, surge a seguinte questão de pesquisa: Qual é a problemática da falta de adesão
ao registo de nascimento em Nacala-à–velha por parte da maioria da população?
Sendo assim, ao problematizar esta questão, traçamos alguns objectivos norteadores para o
qual se pretende alcançar este estudo, sendo por objectivo geral analisar a Problemática da
falta de adesão de registo de nascimento no distrito de Nacala-à-velha. No tocante ao seu
objectivo específico, institui-se a seguinte meta: identificar os fatores influenciadores para a
falta de registo de nascimento de tão elevado número de cidadãos no distrito em alusão,
compreender acerca do registro de nascimento e sua importância na vida social e por fim dar a
conhecer acerca do prazo e lugar do registo de nascimento.
Para se alcançar os objectivos do presente trabalho usamos como método de pesquisa o
explicativo, pois envolverá o levantamento bibliográfico, procurando explicar o máximo os
conceitos e realizando comparações. Quanto a abordagem será uma pesquisa qual-quantitativa
baseada na interpretação dos fenómenos e o método indutivo. Para a concretização das metas
estabelecidas, mostra-se necessário o recurso consulta às fontes bibliográficas nomeadamente:
jornais, revistas, monografias, manuais de conceituados professores e juristas.
Em termos de estruturação, o trabalho está apresentado da seguinte maneira: uma parte
introdutória onde são descritos o problema, a justificativa, os objectivos e a metodologia
adoptada para a concretização desta abordagem. Na primeira parte analisamos o quadro
teórico e jurídico relativo do Registo de Nascimento, não deixando de lado o conceito
doutrinário e legal. Na segunda parte deste trabalho fazemos a análise sobre o impacto da
ausência do Registo de Nascimento da criança no distrito de Nacala-à-velha, o período em
análise. Na terceira parte abordamos os acerca da discriminação de género em alguns países
como consequência da falta de reconhecimento do Registo de Nascimento na criança.
E na quarta parte formulou-se a caracterização do local do estudo e os procedimentos
metodológicos em que se buscou basear-se o presente estudo e os respectivos resultados
esperados.
3
O estudo foi desenvolvido na Conservatória do Registo Civil, que fica localizada no distrito
de Nacala- à-velha no período em análise entre 2017-2018.
1.3. Problematização
Actualmente, a grande problemática de que a sociedade está sujeita, é a questão de fraca
interpretação jurídica em relação a adesão aos centros/postos de registo de nascimento da
população, o não envolvimento das comunidades pós mobilização das mesmas. Com isto, o
problema inerente ao presente estudo de pesquisa insere-se na questão da falta de
conhecimento por parte da população concretamente do distrito de Nacala-à-velha em relação
ao valor, importância, vantagens e benefícios, de que o registo de nascimento traz para o
indivíduo como cidadão.
1.3. Justificativa
Deste feita, pode-se dizer do facto do “Nascimento” ser o primeiro de todos, os que a lei –
Código do Registo Civil – aponta ser como objecto e obrigatoriedade do registo civil,2 isto
porque a personalidade jurídica adquire-se no momento do nascimento completo e com vida3
e, porque é através do registo que a prova do facto determinante, que é o registo, se pode fazer
valer.
Para melhor ênfase, este estudo reveste-se de bastante actualidade para o desenvolvimento de
uma monografia em termos de documentação jurídica. Trata-se de uma abordagem que tem
como ponto fulcral analisar os factores influenciadores para a falta do Registo de Nascimento
de tão elevado número de cidadãos no distrito de Nacala-à-velha.
1.4. Objectivos
1.5. Hipóteses
A falta de conhecimento por parte da população sobre o valor jurídico deste acto
constitui uma das causas de elevado número da não aderência ao registo de
nascimento em Nacala-a-velha.
O desconhecimento total das autoridades administrativas e comunitárias como pessoa
humana sobre este acto de “registo”, isto é, a ausência de um nome, nacionalidade, a
escola e mais, contribuem para este problema violando assim os direitos humanos;
A falta de um assistente jurídico qualificado com conhecimento de causa em todos os
sectores do distrito torna difícil a procura deste acto.
2
Art.º 1 da Lei n.° 12/2004, de 8 de Dezembro (Código do Registo Civil)
3
Art.° 66 do Decreto-Lei n 3/2006, de 23 de Agosto (Código Civil)
6
CAPÍTULO II
REGISTO DE NASCIMENTO
SECÇÃO I
Face ao tema por nós delimitado, impõe-se fazermos desde já uma abordagem ao registo de
nascimento, sendo certo que o nascimento é, à partida, o momento essencial do início da vida
jurídica das pessoas singulares, que permitirá por via do registo o acesso e o exercício de
outros direitos4. Neste sentido, institui-se a obrigatoriedade de registo deste facto jurídico.
Sendo certo que é com o nascimento completo e com vida que se dá origem à personalidade
jurídica5, este facto permite também estabelecer a ligação da pessoa a uma determinada a uma
família6, determinar a sua idade, sexo, parentesco e nacionalidade, constituindo o registo civil,
designadamente, o registo de nascimento, a via de publicitar os atos e factos atinentes ao
estado pessoal e à capacidade das pessoas singulares.
Como já aqui ficou exposto, compete às conservatórias de registo civil lavrar os factos
sujeitos a registo, tais como, o nascimento, a filiação, o casamento, a adoção, as convenções
antenupciais, a regulação do exercício das responsabilidades parentais, a inibição ou
suspensão do poder paternal por algum dos pais, o óbito, a inabilitação ou a interdição8.
A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças, dispõe no seu art.º 7 que «A
criança é registada imediatamente após o nascimento e tem desde o seu nascimento o direito a
4
FERNANDES, Luís Alberto Carvalho, op. cit., p. 200.
5
Nos termos do art.º 66 CC português. Código Civil – 14ª ed. Coimbra: Almedina, 2010. ISBN 978-972-40-
4249-7
6
A filiação, ligação de pessoa determinada a certa família, materna e paterna, está sujeita a registo, devendo
constar do assento de nascimento.
7
ALBUQUERQUE, Catarina – Registo de nascimento: Um passaporte para outros direitos humanos. In Infância
e Juventude. Revista do Instituto de Reinserção Social. Ministério da Justiça. Nº 07.1 (Jan. Mar.). Lisboa: Escola
de Artes Gráficas do Centro Educativo Padre António de Oliveira, 2007. ISSN 0870-6565. p. 71.
8
ALBUQUERQUE, Catarina, op. cit., p. 72
7
um nome, o direito a adquirir uma nacionalidade e, sempre que possível, o direito de conhecer
os seus pais e de ser educada por eles.»9.
Ora, como bem assinala Catarina Albuquerque, o registo de nascimento é, prima facie, parte
integrante de um sistema coordenado de registo civil, cujo escopo principal é o de assegurar o
reconhecimento da existência do ser humano perante a lei, define a filiação e o parentesco,
bem como guarda a constância dos principais factos que introduzem alterações no estado
pessoal da pessoa10.
Segundo o estudo publicado pelo Centro de Estudos Innocenti da UNICEF intitulada “Registo
de Nascimento e Conflitos Armados”, nos traz o registo de nascimento definindo como sendo
o registo oficial do nascimento de uma criança por parte da administração do Estado e que
estabelece a identidade jurídica daquela criança.11 Conforme é referido no Innocenti Digest,
Registo de Nascimento: o Direito a ter Direitos, um sistema de registo civil plenamente
operacional deve ser “obrigatório, universal, permanente e contínuo, devendo assegurar a
confidencialidade dos dados pessoais.” Ainda de acordo com o Código do Registo Civil
(CRC),12 a Convenção Sobre os Direitos da Criança (CDC)13 e a Lei da Família (LF),14
esclarecem a noção do registo de nascimento com sendo um acto obrigatório de ir declarar
perante as autoridades civis o nascimento do indivíduo para que possa ter reconhecimento
legal dos seus direitos.
9
ALBUQUERQUE, Catarina, op. cit., p. 73.
10
Idem, p. 74.
11
Centro de Investigações Innocenti da UNICEF, Birth Registration: Right from the start, Centro de
Investigações Innocenti da UNICEF, Florença, Itália, 2002. Cap.1 pág. 12
12
CRC – Código do Registo Civil (Lei n.º 12/2004, de 8 de Dezembro, publicada no BR n.º 49 - I Série)
13
CDC – Convenção Sobre os Direitos da Criança (Ratificada pelo Governo de Moçambique através da
Resolução n. 19/90, de 1990 publicada no BR n.º 42 - I Série)
14
LF – Lei da Família (Lei n.º 10/2004, de 25 de Agosto, publicada no BR n.º 34 - I Série)
8
Durante uma crise, pode também haver sensibilidades políticas relativamente ao direito ao
registo de nascimento e à sua potencial ligação à identidade e nacionalidade da criança. O
registo de nascimento de uma criança constitui muitas vezes o primeiro passo para a aquisição
da nacionalidade. Em alguns países, as crianças adquirem a nacionalidade de acordo com o
princípio do jus soli, nos termos do qual a nacionalidade é determinada pelo nascimento de
uma criança dentro do território do Estado. Noutros países, as crianças adquirem a
nacionalidade através da aplicação do princípio do jus sanguinis, nos termos do qual a
nacionalidade é determinada pela nacionalidade oficial dos pais da criança e, por vezes,
exclusivamente pela nacionalidade do pai da criança. Ainda, noutros países, prevalece uma
combinação de ambos os princípios.
Neste âmbito, podem surgir diversas complicações. Por exemplo, se uma criança nascer num
país que confere a nacionalidade de acordo coma regra do jus sanguinis e os pais forem
cidadãos de um Estado que confere a nacionalidade de acordo com a regra do jus soli ou
existe uma disputa quanto à sua nacionalidade, a sua nacionalidade é colocada em questão, a
criança pode ficar apátrida. Em alguns casos, se o pai da criança não for identificado, poderá
ser negada a nacionalidade à criança.
Apesar dos desafios com que se deparam, as situações de emergência e de conflito podem
igualmente proporcionar oportunidades para garantir o registo de nascimento de todas as
crianças, estabelecendo os fundamentos para um sistema nacional e enfatizando a necessidade
de reformar os sistemas de registo incompletos ou injustos. Assim, a reforma dos sistemas de
registo de nascimento pode servir de ponto de entrada para provocar mudanças estruturais do
registo civil, o que, por sua vez, possibilita um empenho político mais forte aos níveis local e
9
A violação do direito de uma criança a ser registada impede a realização de muitos outros
direitos sendo, em período de conflito armado, particularmente acentuada a probabilidade de
que a ausência de um registo de nascimento resulte em graves abusos em matéria de direitos
humanos. É, por isso, imperativo reconhecer que o direito de uma criança ao registo de
nascimento, bem como a outros direitos consagrados na CDC é válido e aplicável, tanto em
tempo de guerra como de paz. A noção de que a guerra pode levar à suspensão das regras
aplicáveis à criança em matéria de direitos humanos tem sido refutada pelo Comité dos
Direitos da Criança.
De acordo com os dados obtidos através dos inquéritos demográficos e os dados vitais
relativos ao registo pelo Centro de Estudos Innocenti da UNICEF, estima-se que mais de um
15
Lei n.º 29/78, de 12 de Junho, publicada no Diário da República, I Série A, n.º 133/78 (rectificada mediante
aviso de rectificação publicado no Diário da República n.º 153/78, de 6 de Julho);
10
terço – cerca de 36 por cento – de todos os nascimentos não são registados. Como resultado,
todos os anos, 48 milhões de crianças não possuem qualquer prova legal da sua existência.
Em países afectados por conflitos armados, os problemas aumentam de forma exponencial, já
que os mecanismos estatais em matéria de registo – programas nacionais para o registo de
nascimento, censos nacionais, inquéritos democráficos e sondagens de pequena escala –
correm sérios riscos de se verem comprometidos, destruídos ou suspensos. Em alguns casos, a
exclusão política, social, étnica ou religiosa relacionada com o conflito, pode deixar uma
população inteira sem acesso a serviços de registo.
Sem registo de nascimento, o acesso da criança a serviços sociais tais como a educação e os
cuidados de saúde poderá estar comprometido. A sua importância mantém-se ao longo da
vida, com relevância para o acesso a um emprego, o casamento, a obtenção de um passaporte,
capacidade eleitoral ou a abertura de uma conta bancária. Por outro lado, o registo constitui
uma medida eficaz de protecção contra a violência, abuso, abandono, exploração e
discriminação. Além de registar o nascimento, é fundamental que seja igualmente emitida
uma certidão de nascimento a qual constituirá prova do reconhecimento legal da existência de
uma criança por parte de um governo.
Se o nascimento de uma criança não for documentado, não existe qualquer forma de
verificação da sua idade que garanta a matrícula de crianças em idade escolar, que ajude a
prevenir o recrutamento de crianças, a mão-de-obra infantil ou que permita lutar contra o
tráfico e a venda de crianças. O registo de nascimento é também o instrumento utilizado pelo
Estado para registar e actualizar informação sobre as crianças no seu território, para promover
o planeamento e desenvolvimento de políticas, para a aplicação e acompanhamento de
intervenções e para garantir a mobilização de recursos orçamentais destinados a apoiar
11
comunidades e famílias nas suas responsabilidades inerentes à guarda e protecção dos seus
filhos.
O registo de nascimento pode não ser considerado uma prioridade em situação de conflito
armado, devido à necessidade urgente de prestar assistência humanitária – água potável,
alimentos e abrigo – para a sobrevivência quotidiana. Mas por outro lado, a ausência de
registo das crianças pode dar azo à falta de acesso a ajuda e a cuidados de saúde que podem
salvar vidas, e contribuir para o aumento da marginalização e exclusão da frequência escolar.
Com efeito, de acordo com a LF16 no seu artigo 205, a CDC17 no seu artigo 7 e 8 e n.º 2 e 3 do
artigo 120 da CRM18 sobre a importância do registo de nascimento nos primórdios da vida,
assevera que é a partir do registo de nascimento que o Estado reconhece a existência da
pessoa, permitindo assim planificar o desenvolvimento do país. Com o registo efectuado a
pessoa passa a gozar dos direitos fundamentais, nomeadamente, o direito ao nome, a filiação,
a cidadania e consequentemente a nacionalidade e outros. O não registo do nascimento é uma
violação do direito humano inalienável da criança à identidade. Sem ele, a criança não pode
16
LF – Lei da Família (Lei n.º 10/2004, de 25 de Agosto, publicada no BR n.º 34 - I Série)
17
CDC – Convenção Sobre os Direitos da Criança (Ratificada pelo Governo de Moçambique através da
Resolução n. 19/90, de 1990 publicada no BR n.º 42 - I Série)
18
CRM – Constituição da República de Moçambique (Publicada no BR n.º 51, I Série de 22 de Dezembro de
2004)
12
aceder aos serviços sociais básicos na idade apropriada, incluindo o ingresso escolar depois da
5ª classe. No caso de separação da família durante uma calamidade natural, tais como cheias,
por exemplo, sem tal registo de nascimento, a reunificação das crianças às suas famílias torna-
se numa tarefa difícil. As crianças que não estão registadas também ficam mais vulneráveis
aos vários abusos associados à idade, incluindo os casamentos prematuros, trabalho infantil,
recrutamento militar, exploração sexual, detenção em instalações prisionais para adultos e
condenação como adulto. A criança precisa também de certidão de nascimento para herdar
propriedade de um pai falecido.
13
CAPÍTULO III
É desconhecido o número exacto de crianças que não estão reflectidas nos registos ao nível do
distrito de Nacala-à-velha. Essas crianças permanecem “invisíveis”, aos olhos jurídicos,
podendo a sua existência ser apenas estimada com base em dados disponíveis. Uma vez feita
a consulta por meio questionários, nota-se a um grosso número crianças nas escolas sem
registo de nascimento, alegando-se falta de conhecimento, distância do local de registo e
mais. Com efeito, os dados sobre o registo de nascimento são fornecidos essencialmente
através de inquéritos demográficos (Censo Populacional), de acordo com os dados obtidos e
os dados vitais relativos ao registo, estima-se que 1/3 da população do Distrito de Nacala-à-
velha tem se registado muito tarde.
É de aludir que a parte urbana da vila de Nacala-à-velha, pelo seu crescimento económico tem
se conscientizado do registo de nascimento atempadamente, relativamente as zonas
suburbanas do mesmo distrito.
SECÇÃO III
Segundo o Código do Registo Civil (CRC) estipula que para o efeito deve ser declarado o
nascimento na conservatória ou no posto do registo civil da área do lugar de nascimento ou da
residência habitual da pessoa a registar.19 Também alguns hospitais têm postos onde a criança
pode ser imediatamente registada. Para o registo podem ser apresentados os seguintes:
O Código do Registo Civil (CRC) estipula que o registo de nascimento deve ser feito até aos
4 meses depois do nascimento (primeiros 120 dias).20 Pode se registar fora do prazo, mas é
preciso entender que: no posto de registo civil hospitalar já não pode registar fora do prazo e,
nos outros postos de registo civil só pode registar até aos 13 anos. Se o indivíduo for maior de
14 anos só pode ser registado numa Conservatória e instrui-se um processo para se apurar as
razões de registo tardio.
Os pais, ou parente capaz mais próximo, responsáveis do hospital onde nasceu, qualquer
pessoa incumbida ou que tenha o indivíduo a seu cargo, e o próprio registando se for maior de
14 anos. Os pais podem ainda passar procuração para que certa pessoa os represente na
declaração do nascimento. Quando os pais são casados basta a presença de um deles com o
19
CRC – Código do Registo Civil (Lei n.º 12/2004, de 8 de Dezembro, art.º 118 e 126).
20
CRC – Código do Registo Civil (Lei n.º 12/2004, de 8 de Dezembro, art.º 118).
15
documento que comprove o casamento. Se a mãe é solteira e não vai acompanhada do pai,
não se fixa a paternidade, o que pode ser depois regularizado por via da perfilhação.21
Finalmente, verificamos que, o Registo Civil é importante em duplo aspecto a salientar, para
o próprio cidadão como instrumento de prova da sua existência e como porta de acesso aos
múltiplos direitos, desde os Constitucionais, isto quer dizer que (temos como casos o direito
a nacionalidade, ao bom nome, a saúde, a educação, etc.,), até o acesso a várias situações do
direito privado como é o caso da herança, etc.
21
CRC – Código do Registo Civil (Lei n.º 12/2004, de 8 de Dezembro, art.º 119 e 52).
16
CAPÍTULO IV
DISCRIMINAÇÃO DE GÉNERO
SECÇÃO IV
É uma instituição pública subordinada a Direcção Nacional dos Registos e Notariado, que tem
como função registar os factos relacionados com os cidadãos, ocorridos em território
nacional, nascimentos, casamentos, perfilhação, divórcios, óbitos e outros factos vitais.22
Com isto, os principais factos da vida civil de uma pessoa, como o nascimento, o casamento e
o óbito, são registados pelas Conservatórias do Registo Civil, administrados por profissionais
do Direito concursados que prestam serviço público por delegação do Poder Público
22
http://www.mjcr.gov.mz/registos-e-notariado/conservatoria-do-registo-civil/
17
No que refere ao objeto do registo civil é pois o de dar publicidade à situação jurídica de
pessoas singulares, através do registo dos factos que integram o seu estado civil, ou seja,
permitir a qualquer interessado obter informação sobre os factos registados e,
consequentemente, sobre a situação jurídica das pessoas a que respeitam.23
Nesse sentido, o registo civil é o conjunto de factos que, tendo início no nascimento, ocasião
em que se adquire a personalidade jurídica, até à morte, termo da personalidade jurídica,
modificam a capacidade ou o estado civil24.
23
BUMBA, Eliseu; ALMEIDA, Isabel Rocha; VIEGAS, Maria da Assunção António – Código de Registo Civil
e Legislação Complementar. Comentado e Anotado. Coimbra: Coimbra Editora, 2013. ISBN 978-972- 32-
2213-5. p. 7.
24
Ibidem
18
"Quando vamos fazer a nossa supervisão, reparamos que os pais já querem fazer o
registo da criança, o que não acontecia em anos anteriores", relata.29
25 https://www.unicef.org/mozambique/tópicos/registo-de-nascimento
26 http://opais.sapo.mz/distancia-e-questoes-culturais-adiam-registo-de-nascimento
27 Ibidem
28 https://www.dw.com/pt-002/crianças-e-jovens-sem-registo-de-nascimento-em-moçambique/a-40194032
29 Ibidem
19
A organização não governamental (ONG) Save the Children alerta para a baixa taxa de
cobertura do registo de nascimentos na província. Henriques Zimba, desta ONG, diz que a
maioria das crianças não registadas provém de famílias muito pobres.
"A Save The Children reconhece que há um número elevado de crianças não
registadas que não estão a usufruir de todos os direitos. Cerca de metade das crianças
moçambicanas menores de cinco anos estão registadas e a maioria das crianças não
registadas provém de agregados familiares pobres e mais vulneráveis à exploração e
abuso", alerta o responsável.32
30 Ibidem
31
Ibidem
32
Ibidem
20
CAPÍTULO V
A superfície do distrito: é de 1.720 km² e a sua população está estimada em 107 mil habitantes
à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 61,9 hab/km², prevê-se
que o distrito em 2020 venha a atingir os 144 mil habitantes.
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1.1, isto é,
por cada 10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (42%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 95% (por cada 100
pessoas do sexo feminino existem 95 do masculino) e uma taxa de urbanização do distrito é
de 18%, concentrada na Vila de Nacala-a-Velha.
33
http://www.portaldogoverno.gov.mz
21
CAPÍTULO VI
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para este capítulo, procurou-se detalhar todo o procedimento metodológico que ira ajudar a
direcionar a elaboração da pesquisa, desde análise do problema até a fase de colecta de dados.
Portanto, para elaboração deste trabalho, usou-se vários métodos ou objectos de estudo, como
é o caso de entrevistas ao público-alvo, análise documental, entrevista institucional e
consultas bibliográficas.
Podem ser inclusos, neste grupo, os métodos: dedutivo, indutivo, hipotético dedutivo,
dialéctico e fenomenológico. Cada um deles se vincula a uma das correntes filosóficas que se
propõem a explicar como se processa o conhecimento da realidade. O método dedutivo
relaciona-se ao racionalismo; o indutivo ao empirismo; o hipotético dedutivo, ao
neopositivismo; o dialéctico, ao materialismo dialéctico e o fenomenológico, à fenomenologia
(PRODANOV e FREITAS, 2013).
O trabalho de campo foi efetuado na base do método qual-quantitativo, visto que justifica por
ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenómeno, e pela sensibilidade das
perguntas patentes na entrevista, uma vez que o autor pretende trazer as reais causa dos
fenómenos em alusão no Distrito. Para tal, os dados só poderiam ter sustento vindo das
Lideranças locais, agente de Ministério de justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos,
chefes das localidades e de agentes económicos influentes (mercados) do Distrito.
Para LAKATOS e MARCONI (2007, p. 86), a indução é um processo mental por intermédio
do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade
geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos
indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas
quais se basearam.
Pesquisa experimental
O Trabalho em alusão, vem de forma clara trazer uma nova realidade atinente a
situação jurídica de registo de nascimento neste distrito, uma vez que em muitas
comunidades a falta de mobilização por parte das lideranças locais em abordar sobre a
importância da mesma, o que tem influenciado negativamente, na uniformização dos
dados a vários níveis.
23
Planeamento rigoroso
6.7. Generalidades
Este capítulo esta directamente ligado com o trabalho de campo, razão pela qual é composto
por três subcapítulos nomeadamente: caracterização do trabalho de campo e caracterização
dos sujeitos da pesquisa e finalmente tratamos dos procedimentos de análise e interpretação
de dados.
Com isto, a primeira pergunta foi: Quantos registos de nascimento foram feitos nos seguintes
anos ao nível do Distrito? A resposta foi, no ano de 2017 foram feitos 3299 registos e no ano
de 2018 se fez 1961 registos.
Qual é o nível de procura dos serviços de registo de nascimento por parte da População, dos
pais e de encarregados de educação? A resposta foi, fraca.
Quais são os locais que conheces através dos quais se faz o registo de nascimento? Pelo que
responderam:
Registo civil
Centro de saúde
Posto administrativo
Posto policial
Gabinete de Atendimento da mulher e criança
Secretário do bairro
Brigadas móveis
CAPÍTULO VII.
CONCLUSÃO E SUGESTÃO
7.1. Conclusão
Após o estudo aprofundado do tema e a identificação dos principais factores do elevado
número da fraca adesão ao registo de nascimento pela parte da população, chegou-se a
conclusão de que o principal factor que influencia para o elevado número da população que
não adere ao registo de nascimento de suas crianças no distrito de Nacala-à-velha está na falta
de conhecimento sobre o valor jurídico deste acto e como consequência o Estado não
reconhece a existência da pessoa, sendo privado do gozo dos direitos fundamentais,
nomeadamente, o direito ao nome, a filiação, a cidadania e consequentemente a nacionalidade
e outros. O não registo do nascimento é uma violação do direito humano inalienável da
criança à identidade. Acaba sendo desconhecido o número exacto de crianças que não estão
reflectidas nos registos ao nível do distrito permanecendo “invisíveis”, aos olhos jurídicos,
podendo a sua existência ser apenas estimada com base em dados disponíveis. Deste modo, se
o nascimento de uma criança não for documentado, não existe qualquer forma de verificação
da sua idade que garanta a matrícula de crianças em idade escolar, que ajude a prevenir o
recrutamento de crianças, a mão-de-obra infantil ou mesmo que permita lutar contra o tráfico
e a venda de crianças. Entretanto, o registo de nascimento deve ser feito até aos 4 meses
depois do nascimento (nos primeiros 120 dias) pelo prazo estipulado na lei.
Sem registo de nascimento, o acesso da criança a serviços sociais tais como a educação e os
cuidados de saúde poderá estará comprometido. A sua importância mantém-se ao longo da
vida, com relevância para o acesso a um emprego, o casamento, a obtenção de um passaporte,
capacidade eleitoral ou a abertura de uma conta bancária. Por outro lado, o registo constitui
uma medida eficaz de protecção contra a violência, abuso, abandono, exploração e
discriminação. A identidade oficial ou legal de uma criança, a prova da sua idade e as suas
relações familiares contribuem para a criação de um ambiente protector e facilitam o seu
acesso à assistência humanitária, incluindo a escolaridade e os serviços de saúde. Cabe frisar
que, as crianças desprovidas de documentos ou de identidade legal são mais vulneráveis à
violência, maus-tratos e exploração relacionados com o conflito. As crianças não-registadas
podem também enfrentar obstáculos e até mesmo exclusão ao tentarem obter assistência
humanitária e apoio à reintegração. Além disso, as consequências, a longo prazo, da ausência
27
de registo podem impedir que as crianças exerçam os seus direitos individuais e a sua
cidadania ao longo de toda a vida.
7.2. Sugestão
Neste âmbito, sugere-se a observância regular do registo pois constatar-se-à a inclusão por
parte do Estado, referente ao registo e actualização de informação sobre as crianças no seu
território, para promover o planeamento e desenvolvimento de políticas, para a aplicação e
acompanhamento de intervenções e para garantir a mobilização de recursos orçamentais
destinados a apoiar comunidades e famílias nas suas responsabilidades inerentes à guarda e
protecção dos seus filhos. Com a inscrição do registo de nascimento para a população de
Nacala-à-velha, determinará a atribuição de um conjunto de direitos e vinculações cuja
titularidade é o aspecto substancial relativamente à situação jurídica da pessoa.
Contudo, de salientar que, de acordo com os dados avançados pelo Ministério da Justiça,
Assuntos Constitucionais e Religiosos em 2014, em três anos, observou-se apenas 1% na taxa
de registo de nascimento. Tal situação demonstra que o processo do registo de nascimento
ainda é extremamente limitado, violando assim um dos direitos humanos da criança, que é o
direito a uma Identidade, as crianças ficam vulneráveis aos vários riscos, que comprometem o
seu bem-estar, são marginalizadas e excluídas de vários sistemas e programas de protecção
social, caso violar-se tal direito de registar.
29
LEGISLAÇÃO
CRC – Código do Registo Civil (Lei n.° 12/2004, de 8 de Dezembro, publicada no BR n.° 49 -
I Série)
PIDCP - Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (Lei n.º 29/78, de 12 de Junho,
publicada no Diário da República, I Série A, n.º 133/78 (rectificada mediante aviso de
rectificação publicado no Diário da República n.º 153/78, de 6 de Julho);
DOUTRINÀRIA
Almeida, C.F. (1966) Publicidade e Teoria dos Registos. Coimbra: Livraria Almedina, p. 5-
37,47-59, 251-280.
Bumba, E.; VIEGAS, M. A.; ALMEIDA, I. R.. (2013). Código do Registo Civil e Legislação
Complementar. Comentado e Anotado. Coimbra: Coimbra Editora. ISBN 978-972-32-2213-
5.
Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. Sexta Edição. São Paulo, Atlas
editora.
ARTIGOS ELETRÓNICOS
APÊNDICE
Ponto 1. Razões da fraca procura de registo de nascimento por parte dos pais e
encarregados de educação.
1.1 Quantos registos de nascimento foram feitos nos seguintes anos ao nível do Distrito?
Anos 2017 2018
1.3. Caso seja (fraco ou mais ao menos), do ponto de vista dos registos e notariado, quais
são as razões
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Sim-----------, Não---------
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1.4. Caso sim, quais são as principais razões mencionadas pelos utentes?
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
2.1. Quais são os mecanismos (formas) usados pelos serviços de Registos e Notariado ao
nível da Província/distrito para facilitarem o registo de nascimento?
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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2.2. Do ponto de vista dos serviços, será que os mecanismos mencionados no ponto anterior
são suficientes ou ideias para o alcance do cidadão?
Sim-------------, Não---------------
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2.3. Justifique:
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------
3.1. De forma geral, quais são as vantagens de registo de nascimento do cidadão na ótica
jurídica?
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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3.2. Também de igual modo, quais são as vantagens de não fazer o registo de nascimento na
ótica jurídica?
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Ponto 1. Razões da fraca procura de registo de nascimento por parte dos pais e encarregados
de educação.
2017
2018
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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2.1. Do ponto de vista da escola (responsável) os mecanismos usados para o registo de criança
são eficientes para abranger maior parte dos cidadãos?
Sim-----------, Não----------------
2.2. Justifique:
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------
3.2. Também de igual modo, quais são as vantagens de não fazer o registo de nascimento?
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------
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Ponto 1. Razões da fraca procura de registo de nascimento por parte dos pais e encarregados
de educação.
Sim-------------, Não---------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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2.1. Do seu ponto de vista os mecanismos usados para o registo de criança são eficientes para
abranger maior parte dos cidadãos?
Sim----------------, Não--------------
2.2. Justifique:
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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2.3. Quais são os locais que conheces através dos quais se faz o registo de nascimento?
Registo civil
Centro de saúde
Posto administrativo
Posto policial
Secretário do bairro
Brigadas móveis
2.3. Na sua forma de ver, o que faz com que outras pessoas incluindo a si mesmo (se for o
caso) não fazem o registo de nascimento a tempo e hora da sua família?
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3.2. Também de igual modo, quais são as vantagens de não fazer o registo de nascimento?
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