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DIVISÃO DE AGRICULTURA
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LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................................1
LISTA DE TABELAS.................................................................................................................................2
LISTA DE ABREVIATURAS....................................................................................................................3
RESUMO....................................................................................................................................................4
I. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................5
1.2. Objectivos....................................................................................................................................7
1.2.1. Geral....................................................................................................................................7
1.2.2. Especifico............................................................................................................................7
II. REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................................................8
2.1.Nicho ecológico.................................................................................................................................8
2.2. Maxent.............................................................................................................................................9
2.3. Avaliação e validação dos modelos.................................................................................................9
2.4. Dendrologia da espécie....................................................................................................................9
III. METODOLOGIA..........................................................................................................................10
3.1. Geografia...................................................................................................................................10
3.2. Clima.........................................................................................................................................11
3.3. Solo............................................................................................................................................11
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Variaveis Ambientais bioclimaticas usadas para a modelagem....................................21
Tabela 2.Percentagem de contribuição individual das variáveis...................................................24
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LISTA DE ABREVIATURAS
m- metro
mm- milímetro
Km- quilómetro
%- Percentagem
'-Minutos
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RESUMO
A modelagem preditiva de distribuição de espécies (MDE) é uma ferramenta importante para a
conservação, e tem sido utilizado para responder varias questões ecológicas, tas como: predizer
habitats prováveis para a ocorrência de espécies em via de extinção, amostragem de espécies
raras, predizer efeitos das mudanças climáticas nas distribuições de espécies e predizer habitats
adequados para a ocorrência de espécies invasoras. O presente trabalho teve como objectivo
modelar a distribuição potencial de uma espécie endémica em Moçambique caso de Icuria
dunensis. A Icuria dunensis, é uma espécie endémica e em perigo ameaçada pela utilização da
sua madeira e casca retirada do tronco e sem contar com o abate da mesma para abertura de
machambas, e esta espécie tem ocorrência em Moçambique nas províncias de Nampula e
Zambézia. Para a conservação de uma espécie é importante o conhecimento da sua distribuição
geográfica, assim como compreender as condições ecológicas que estão por de trás dessa
distribuição. Os dados de ocorrência desta espécie foram extraidas na base de dados do Global
Biodiversity Information Facility- GBIF (http://www.gbif.org). As variáveis ambientais que
foram usadas são a temperatura e precipitação obtidas na Worldclim
(http://www.worldclim.org/bioclim). Os modelos de distribuição de espécies (MDEs) foram
produzidos utilizado o algoritmo de Máxima Entropia no software Manxet que necessita apenas
de dados de presença. O desempenho do modelo de distribuição da Icuria dunensis foi
satisfatório, com valores de AUC ≥ 0,9. Considerando o conjunto das 6 variáveis bioclimáticas, o
teste Jackknife indicou que a temperatura mínima do mês mais frio (BIO6), foi a variável
ambiental de maior importância relativa para a modelagem da distribuição de Icuria dunensis,
com uma contribuição individual de 57.5 % e uma importância de permutação de 78.3, o modelo
gerado no presente trabalho, mostra que a Icuria dunensis tem probabilidade na região
(Zambézia, Nampula e Cabo Delgado).
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I. INTRODUÇÃO
Moçambique é um país com uma grande diversidade de florestas naturais onde a biomassa
florestal desempenha um importante papel para o pais pela sua dimensão ambiental, social e
económica (ALBERTO, 2006). Nesta grande diversidade, encontram-se espécies endémicas com
cerca de 235 espécies que constituem cerca de 9.3% da flora total actualmente conhecida em
Moçambique e inclui cinco géneros estritamente endémicos e dois quase endémicos
(TIMBERLAKE, 2014). Dentre o géneros estritamente endémicos destaca-se o género Icuria, o
qual faz parte a espécie em estudo.
Esses modelos (MDE) são desenvolvidos a partir da técnica que relaciona registros de ocorrência
duma espécie (coordenadas geográficas) com conjunto de variáveis ambientais de modo a
encontrar ambientes adequados onde uma população pode se manter viável (ANDERSON et al.
2003). A teoria do nicho ecológico é o principal fundamento para o desenvolvimento dos MDEs
(PETERSON 2001).
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O nicho ecológico é definido como o conjunto de condições e recursos necessários para que os
indivíduos de uma espécie sejam capazes de sobreviver, crescer e reproduzir (JÚNIOR &
SIQUEIRA 2009). O conhecimento dessas condições e recursos deve servir para predizer os
locais de ocorrência da espécie (JUNIOR & SIQUEIRA 2009). Vários algoritmos têm sido
utilizados para descrever a distribuição potencial de uma espécie, desde os mais simples
(Distância Euclidiana, BIOCLIM), ajustes estatísticos (Modelos Lineares Generalizados – GLM,
Modelos Aditivos Generalizados – GAM), até os algoritmos derivados de inteligência artificial e
busca (Maxent, GARP, Redes Neurais). (PAGLIA et al. 2012).
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II. REVISÃO DA LITERATURA
2.1.Nicho ecológico
O habitat é definido como como sendo o local onde um determinado animal vive e que lhe
oferece condições e recursos necessários para que este se estabeleça (JOHNSON 1980). O nicho
ecológico é definido como o conjunto de condições e recursos necessários para que os indivíduos
de uma espécie sejam capazes de sobreviver, crescer e reproduzir (JÚNIOR & SIQUEIRA
2009). Deste modo, o conhecimento dessas condições e recursos deve servir para predizer os
locais de ocorrência da espécie (JÚNIOR & SIQUEIRA 2009). HUTCHINSON (1957), que o
modelou como um híper-volume n-dimensional onde cada dimensão representa o intervalo de
condições ambientais ou de recursos necessários para a espécie (IWASHITA, 2007).
No caso das plantas, os dados de presença são compilados a fichas de exsica-tas, de revisões
taxonómicas, de levantamentos florísticos e estudos fitossociológicos (KAMINO, 2009).Vários
algoritmos têm sido utilizados para descrever a distribuição potencial de uma espécie, desde os
mais simples (Distância Euclidiana, BIOCLIM), ajustes estatísticos (Modelos Lineares
Generalizados – GLM, Modelos Aditivos Generalizados – GAM), até os algoritmos derivados de
inteligência artificial e busca (Maxent, GARP, Redes Neurais). (PAGLIA et al. 2012).
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Basicamente, estes algoritmos calculam a similaridade ambiental entre os locais de ocorrência
conhecidos para a espécie e outras regiões ainda desconhecidas (PAGLIA et al. 2012). Os
resultados produzem previsões probabilísticas de onde a espécie pode ou não ocorrer (ARAÚJO
& GUISAN 2006). Os locais de maior similaridade são considerados como áreas de alta
probabilidade de ocorrência e representam a distribuição potencial da espécie em estudo
(PAGLIA et al. 2012, e ARAÚJO & GUISAN 2006).
2.2. Maxent
Maxent é um método utilizado para modelar a distribuição geográfica potencial de espécies e que
tem mostrado eficiência comparado com outros métodos. Este programa baseia-se no princípio
da máxima entropia para fazer as previsões tendo em conta de informações incompletas
(PHILLIPS, 2006). Maxent computa a distribuição probabilística sobre as variáveis ambientais
da área de estudo, onde para cada pixel, o Maxent indica um valor numérico que varia de 0-1,
melhor definido como adequabilidade ambiental e não como probabilidade de ocorrência
(PETERSON, 2003).
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Esta espécie, cresce melhor em áreas com precipitação anuais que encontra-se entre 700 a 1200
mm e a temperatura média mínima de 18°C e a máxima de 23°C (BRYCE, 1967).
III. METODOLOGIA
3.1. Geografia
Moçambique situa-se na faixa sul-oriental do Continente Africano, entre os paralelos 10º/27' e
26º/52' de latitude Sul e entre os meridianos 30º/12' e 40º/51' longitude Este. Ao Norte limita
com a Tanzânia, ao Oeste com o Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Swazilândia, ao Sul com a África
do Sul e em toda a faixa Este é banhada pelo Oceano Índico numa extensão de 2,470 km, a
superfície do território Moçambicano é de 799,380 km2 (MAE, 2007).
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planaltos com altitudes que variam entre 200 e 1,000 metros e grandes planaltos e montanhas que
ocupam uma pequena parte do território nacional, com altitudes superiores a 1,000 metros
(MAE, 2007).
3.2. Clima
Em Moçambique o clima predominante é tropical, dividindo se em: clima tropical semiárido que
ocorre no interior de Gaza na cadeia entre Pafure, Chicualacuala e Massingir apresentando
temperatura media anual superior a 26ºC e a precipitação media anual é inferior a 400mm na
zona mais árida, clima tropical de altitude-ocorre nas regiões planálticas e montanhosas, as
temperaturas medias anuais são inferiores a 22ºC e a precipitação é superior a 1400mm por ano,
clima tropical húmido-ocorre na região centro e norte do pais e no litoral sul e é caracterizado
por temperaturas medias anuais que variam de 24-26ºC e uma precipitação media anual que varia
de 1000-2000mm e clima tropical seco que ocorre no interior da província de Maputo, Gaza,
Inhambane, norte de Manica e sul de Tete, sendo que apresenta uma temperatura media anual
superior a 26ºC (MAE, 2007).
3.3. Solo
Os solos predominantes em Moçambique variam de região para região, sendo que na região
norte predominam os solos francos argilosos avermelhados e castanhos profundos, onde os
francos argilosos vermelhos ocupam a maior área da região e são vulneráveis a erosão, os franco
argilosos vermelhos e castanhos profundos são permeáveis e com boa drenagem e resistência a
erosão. Na zona litoral da região norte predomina o fanerozóico que provoca a alteração nos
solos onde os mais dominantes são os arenosos de dunas costeiras e fluviais. Na região centro
predominam solos francos argilosos arenosos avermelhados sendo que no sul de tete
predominam solos francos argilosos acastanhados e na região sul predominam solos arenosos de
baixa fertilidade com baixa retenção das águas misturadas com solos arenosos brancos fluviais e
marinhas (MAE, 2007).
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(http://www.gbif.org). No total foram baixadas cerca de 47 dados de ocorrência da Icuria
dunensis para Moçambique.
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localização da Icuria dunensis foram georreferenciados para o mesmo sistema de coordenadas no
ArcGIS 10.5.
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IV. RESULTADOS E DISCUSÃO
O desempenho do modelo de distribuição da Icuria dunensis obteve um AUC > 0,9 esse valor
sugere um excelente desempenho (HOSMER & LEMESHOW, 2000) do modelo para
descriminar entre locais de presença comparativamente aos de ausência da espécie na área de
estudo (figura 2).
Considerando o conjunto das 6 variáveis bioclimáticas, mais independentes e com maior poder
de contribuição para a distribuição da espécie, o teste Jackknife indicou que a temperatura
mínima do mês mais frio (BIO6), foi a variável ambiental de maior importância relativa para a
modelagem da distribuição da Icuria dunensis, onde se apresentou com uma contribuição
individual de 57.5 % e uma importância de permutação de 78.3, por sua vez, as variáveis que não
contribuem na distribuição dessa espécie são Temperatura máxima do mês mais quente e
Temperatura anual media (BIO5 e BIO1) com uma contribuição de 0% (figura 2).
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O modelo de distribuição revelou que existe uma escala de probabilidade de ocorrência para a
Icuria dunensis de zero (ausência) a 1,00 (presença) para Moçambique. Também, delineou áreas
de diferentes potenciais de ocorrência, sugerindo outras áreas geográficas, além daquelas que
actualmente tem registros de presença da espécie. Destacando as áreas de alto potencial de
ocorrência sendo de 0-0.5 potencial baixo (azul), 0.5-0.75 potencial bom (azul claro) e > 0.75
potencial alto (Verde) de ocorrência. O modelo mostra que a Icuria dunensis tem probabilidade
de ocorrer na zona costeira de moçambicano sendo que o potencial alto encontra-se mais
concertada nas províncias de Nampula, Zambézia e Cabo Delgado, conforme mostra a figura3
abaixo.
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V. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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VI. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PHILLIPS, S. J. (2006). Maximum entropy modeling of species geographic distributions.
Ecological Modelling 190.
TIMBERLAKE, J. (2014). Mozambique, the endemic plants of.
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