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ART: Artigo
1. Introdução ...................................................................................................................................... 7
2. Justificativa ..................................................................................................................................... 9
3. Objetivos ...................................................................................................................................... 10
3.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................... 10
3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................................ 10
4. Metodologia ................................................................................................................................. 11
4.1 Pesquisas bibliográficas ........................................................................................................ 11
4.2 Pesquisas in loco................................................................................................................... 11
4.3 Sistematizações de dados ..................................................................................................... 11
4.4 Desenvolvimentos do Anteprojeto ....................................................................................... 12
5. Estudo de Correlatos .................................................................................................................... 13
5.1 Casa Vila Matilde ........................................................................................................................ 14
5.1.2 Genius Loci – Implantação .................................................................................................. 15
5.1.3 Genius Loci – Situação ........................................................................................................ 15
5.1.4 Iconologia ........................................................................................................................... 16
5.1.5 Identidade ........................................................................................................................... 18
5.1.6 Significado do Uso – Obra................................................................................................... 19
5.1.7 Significado do Uso – Setorização ........................................................................................ 20
5.1.8 Significado do Uso – Programa ........................................................................................... 21
5.1.9 Significado do Uso – Acessos ............................................................................................. 22
5.1.10 Plástica - Movimento Planta, Fachada e Volume .............................................................. 22
5.1.11 Estrutura - Geometria Planta e Volume ............................................................................ 25
5.1.12 Materiais .......................................................................................................................... 26
5.2 Casa Terras Belas ........................................................................................................................ 27
5.2.1 Genius Loci – Localização .................................................................................................... 28
5.2.2 Genius Loci – Implantação ................................................................................................... 29
5.2.3 Genius Loci – Situação ......................................................................................................... 29
5.2.4 Iconologia ............................................................................................................................ 30
5.2.5 Identidade .......................................................................................................................... 32
5.2.6 Significado do Uso - OBRA ................................................................................................... 33
5.2.7 Significado do Uso - Setorização .......................................................................................... 34
5.2.8 Significado do Uso – Programa de Necessidades ................................................................ 35
5.2.9 Significado do Uso - Acessos................................................................................................ 36
5.2.10 Plástica - Movimento Planta, Fachada e Volume ............................................................... 37
5.2.11 Estrutura – Geometria Planta e Volume ............................................................................ 38
5.2.12 Materiais ........................................................................................................................... 39
6. Referencial Teórico .......................................................................................................................... 40
6.1 ATHIS e a construção de uma política pública nacional – Breve Contexto ................................. 40
Referências Bibliográficas .................................................................................................................... 43
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1. Introdução
Portanto, segundo a Fundação João Pinheiro, o déficit habitacional no Brasil, em 2019, era
de 5.876.699 domicílios, considerando dados dos componentes como: ônus excessivo de
aluguel, coabitação familiar e habitação precária. Analisando a tabela de habitação precária
por componente, que é composto por domicílios rústicos e improvisados, verifica-se o
predomínio dos domicílios improvisados em relação aos rústicos, com exceção da região sul.
Na região nordeste, que onde está localizada a área objeto de estudo, apresenta um número
329.196 domicílios improvisados, sendo a Paraíba a segunda maior porcentagem de
habitações improvisadas com 85,7%.
Segundo o CAU/BR (2015) A Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS) foi
criada pelo arquiteto e urbanista Clovis Ilgenfritz, natural do Rio Grande do Sul, que teve sua
carreira profissional voltada para trabalhos com habitação popular. Esse tipo de assistência
técnica se consolida como um importante meio de promover o acesso à moradia digna, à
qualidade de vida das pessoas no espaço urbano e à organização das cidades, aproximando a
população mais humilde de um serviço essencial de arquitetura e engenharia. Cumprindo
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Durante o governo Tarcisio Burity, quase dez anos depois do inicio da sua construção, o
conjunto sofreu um processo de favelização em sua periferia que foi reprimida pelo
governador com o uso do aparato jurídico e militar. Porem, a explosão de ocupação urbana
na cidade de João Pessoa, assim como nas outras cidades do Brasil, foi maior que a
estratégia política elaborada na época. O que resulta em muitas famílias morando em
habitações irregulares, áreas de precariedade, sem acesso a serviços básicos e infraestrutura
social.
A comunidade Nova Canaã está localizada na Rua Isabel Cristina, no lado sudeste do bairro
Ernani Sátiro na área topográfica mais baixa e faz divisa com o bairro João Paulo II. Sendo
uma das comunidades que é resultado do processo de urbanização e se instalou em uma das
regiões periférica do conjunto nos anos 80.
Segundo os moradores a maioria não teve a oportunidade de fazer nenhum tipo de melhoria
na sua residência, e os que conseguiram, foram poucas reformas sem auxilio técnico. Além
de que, os moradores da comunidade já passaram por diversas inundações por estar na área
mais baixa e receber o escoamento das águas pluviais de todo o bairro, não tendo nenhum
tipo de estrutura para vazão dessas águas em épocas de grandes chuvas, agravando ainda
mais a qualidade de moradia da população local.
Portanto, este trabalho pretende proporcionar melhor qualidade de vida e moradia aos
moradores e colaborar no incentivo de ações locais que minimizem o problema da
autoconstrução da comunidade Nova Canaã.
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2. Justificativa
Esse trabalho se justifica uma vez que busca relacionar-se com uma camada da população
mais vulnerável, através do levantamento de dados e do desenvolvimento de habitação de
interesse social para a classe mais pobre. Essa carência é notada pela negligência aos menos
favorecidos, pois vivem em condições de precariedade, seja pela falta de moradia ou pela
presença de residências inseguras, insalubres e perigosas em locais irregulares, sem os
direitos básicos de água encanada, luz elétrica e saneamento básico.
A profissão do arquiteto e urbanista hoje atua apenas para 15% da população brasileira,
segundo o CAU/BR (2015). Com essa pesquisa podemos refletir, qual seria a influencia na
qualidade do espaço físico em relação à funcionalidade e conforto se essa maior parte da
população tivesse a orientação de um profissional? Que reflexo isso teria na vida do ser
humano? Os dados mostram que a profissão do arquiteto e urbanista não atinge sua função
no papel social, uma vez que não atinge o público menos favorecido.
Neste sentido a assistência técnica enquanto legislação federal subsidia esse trabalho na
elaboração e na aproximação com o usuário buscando inclusão social e conservação
ambiental, com o objetivo de dar qualidade ao espaço onde se vive, com o diferencial que o
imóvel já esta inserido na cidade, permitindo conservar as relações sociais e culturais dos
moradores, diferente de novas construções que precisamos realocar os moradores para
lugares longe dos centros urbanos, muitas vezes com pouca infraestrutura e sem atender
adequadamente às necessidades das famílias beneficiadas.
A escolha da comunidade como área objeto de estudo, explica-se tanto por sua localização
periférica, em uma área de risco constantemente alagada, como pelo perfil de suas
edificações. Através dos relatos dos moradores, podemos sinalizar algumas reclamações
recorrentes, são elas: moradias com banheiros precários, casas sem ventilação adequada e
com excesso de umidade, telhados com vazamentos, instalações elétricas de risco e muitas
vezes edificações sem revestimentos.
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3. Objetivos
Prestar assistência técnica na comunidade Nova Canaã para o desenvolvimento dos projetos
de reforma nas unidades habitacionais.
Elaborar Anteprojeto para três habitações da comunidade, com base na lei n°.
11.888/08;
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4. Metodologia
Para uma pesquisa bibliográfica pertinente e que embase o anteprojeto, serão feitos estudos
de livros, artigos e da legislação pertinente à área de assistência técnica de arquitetura, para
compreender o processo histórico da autoconstrução no Brasil. Dentre os matérias a serem
trabalhados está a Lei nº 11.888/2008, visando entender diretrizes e apresentar alguns
estudos de casos de assistência técnica pública e gratuita no país, que sirvam de referências.
Para a realização deste trabalho, serão necessárias visitas realizadas in loco, com aplicação
de formulários socioeconômicos para os moradores, levantamento das condições
arquitetônicas de residências, levantamento fotográfico da comunidade, análise do fluxo de
pessoas na área e observação e catalogação dos usos em seu entorno. Compreender e
analisar as condições da habitação do bairro baseado em critérios de avaliação qualitativa
das condições de conforto e segurança da residência. Essas etapas serão utilizadas para
registrar os dados obtidos, servindo também para orientar as decisões do anteprojeto que
será apresentado neste trabalho.
Esse levantamento associado aos formulários aplicados resultará na seleção prévia de três
residências, que se enquadram nos padrões da legislação, e cujos moradores se dispuseram
a participar da pesquisa.
A partir dos dados fixados, será feito o levantamento arquitetônico das áreas, o programa de
necessidades e o zoneamento, etapa essa essencial de estudo preliminar.
Tomando como base todos os tópicos citados anteriormente, sabendo que a concepção de
um projeto se dá por meio de etapas teóricas e sua parte prática de concepção, no qual é
composto por desenhos técnicos, incluindo as plantas baixas, cortes e fachadas, além de
uma maquete eletrônica e suas imagens geradas para melhor compreensão tridimensional
do projeto.
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5. Estudo de Correlatos
Ano: 2015
Objetivo do projeto: Projeto e obra deviam caber aos restritos recursos financeiros da
família no curto espaço de tempo.
Recursos: Da proprietária Dona Dalva, que juntou pouco a pouco em uma poupança durante
seus longos anos de trabalho como empregada doméstica.
A casa da Dona Dalva está localizada na cidade de São Paulo-BR, no distrito de Vila Matilde,
na zona leste da cidade. Com um perfil residencial de casas térrea e sobrado, a Vila Matilde,
é um bairro que foi crescendo no aspecto comercial e de serviços e já conta com passagem
de Metrô, o que mudou bastante a rotina dos moradores.
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A casa está implantada em um terreno que tem ao longo do seu comprimento um leve aclive
de dimensão retangular. Tem a relação com a rua na face frontal com apenas um acesso.
A casa está implantada em um lote com 4,8 metros de largura por 25m de profundidade.
Sendo a área construída de 95m². Pelo tamanho do lote e características do local a
residência não tem recuo em 3 faces do terreno, contendo apenas o recuo frontal onde está
localizado a garagem. O leve aclive no comprimento do terreno não interferiu no projeto.
5.1.4 Iconologia
Na maior parte do dia o sol fica na fachada oeste. A ventilação é predominante na fachada
Leste durante 10 meses do ano, de 20 de julho a 2 de junho. E nos demais dias a
predominância é na fachada Norte.
5.1.5 Identidade
Projetada pelos arquitetos Danilo Terra, Pedro Tuma e Fernanda Sakano a residência foi
construída para a família de Dona Dalva e ocupa um lote com 4,8 metros de frente por 25
metros de fundo. A edificação apresenta estrutura em blocos de concreto aparente, para
viabilizar uma obra de baixo custo, com maior controle e agilidade. Uma articulação entre
lavabo, cozinha, área de serviço e um jardim interno conectam a sala, localizada na parte
frontal, e os quartos localizados na parte posterior. Na área central da casa, o pátio cumpre a
função essencial de iluminar e a ventilar. Esta área serve também como extensões da
cozinha e da área de serviço. No pavimento superior uma suíte foi projetada, totalizando
uma área de 95m². A área sobre a laje da sala foi apropriada como horta, e poderá ser
coberta, ampliando o programa da casa a fim de atender a futuras demandas.
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A setorização da Casa Vila Matilde, a qual pode ser observada por intermédio das plantas
são divididas em três setores distintos, os quais são eles: social, serviço e intimo.
O escritório Terra e Tuma cria uma setorização de uma forma que setor de serviço interligue
a parte da frente que ficou destinado ao setor Social e a parte posterior que ficou o setor
intimo.
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LEGENDA
1- Sala
2- Lavabo
3- Cozinha
4- Área de Serviço
5- Jardim
6- Suíte térreo
7- Suíte Pav. Superior
8- Horta
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A residência possui um ponto de acesso para área externa (RUA), um acesso interno e dois
acessos do setor de serviço para o Jardim.
A composição dos cômodos da casa Vila Matilde podem ser observados e descritos em
formatos retangulares, dando movimento à forma de ritmo e repetição em alguns cômodos
da edificação. Há eixo nos dois pavimentos, na planta baixa ao lado a linha de cor vermelha
demarca um eixo longitudinal existente. Já a linha em azul divide os setores, social, serviço e
intimo.
É composta por blocos retangulares marcados em azul e aberturas nos dois andares. Simples
e programática, podemos observar também Ritmo e Repetição entre as esquadrias da
fachada frontal marcadas em azul.
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A forma plástica da Casa é composta por ritmo e repetição das esquadrias demarcado em
vermelho e hierarquia do volume marcado de amarelo em relação aos demais prismas.
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FONTE: O autor.
A residência é composta por um prisma retangular em azul que sofre escavação de outro
prisma retangular (vermelho). Além disso, é formado pela adição na parte superior de outro
prisma quadrangular em amarelo.
5.1.12 Materiais
Ano: 2019
Objetivo do projeto: O projeto EPA tem como principal objetivo assegurar o direito à
serviços técnicos para construção, reforma e regularização fundiária, contribuindo para a
redução do déficit habitacional qualitativo, reduzindo precariedades habitacionais,
urbanísticas e fundiárias. Melhorando as condições de habitabilidade das famílias
beneficiadas.
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
A casa da Dona Joelma está localizada no Município do Conde - PB, no loteamento Terras
Belas, paralelo a BR 101. O Conde tem um grande potencial agropecuário, turístico, logístico
e industrial. Sua localização privilegiada conectado ao eixo de ligação João Pessoa - Recife,
faz com o que o município tenha grande oportunidade de desenvolvimento, porém sofre
bastante com o cenário da falta de planejamento e intensa atuação da especulação
desregrada do território.
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FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
A casa está implanta na quadra B' lote 11 em um terreno retangular. A residência ocupa uma
área mais plana do lado sudoeste do lote, que tem um leve declive na sua parte posterior.
Tem a relação com a rua na face frontal com dois acessos.
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
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5.2.4 Iconologia
Figura 23- Estudo de insolação-correlato 2.
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
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Na maior parte do dia, o sol é predominante na fachada sudoeste, onde está localizado o
terraço que se tornou a loja de bolos, a sala de estar, jantar e WCB social da família.
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
5.2.5 Identidade
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
A setorização da Casa pode ser observada através da planta baixa, ela está dividida em
quatro setores distintos, os quais são eles: comercial, social, serviço e intimo. O escritório
criou setorização de uma forma que a parte comercial tenha acessos independentes. Já o
setor íntimo e social não teve um acesso exclusivo, por estarem na parte central da planta.
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FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
LEGENDA
1- Oficina
2- Quarto 01
3- Quarto 02
4- Quarto 03
5- Cozinha
6- Banheiro social
7- Área de Serviço
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
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LEGENDA
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
A edificação possui dois acessos para área externa (RUA), um acesso que é para o comercio e
para a parte social da casa e um acesso para o quintal que acessa a área de serviço e a
oficina. A área serviço dá acesso para a cozinha e demais cômodos.
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FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
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Através do estudo das fachadas é possível observar e identificar que na fachada noroeste há
um movimento de ritmo e repetição o qual está sendo representa pela pintura que causa
um destaque com ideia de moldura chamando atenção para o acesso do comércio.
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
A forma plástica da Casa é composta por ritmo e repetição das esquadrias demarcado em
vermelho e hierarquia do volume marcado de azul em relação aos demais prismas
retangulares.
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
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FONTE: O autor.
A residência é composta por um prisma trapezoidal maior em azul que sofre adição de outro
prisma trapezoidal menor (laranja) e adição de um prisma retangular em amarelo.
5.2.12 Materiais
FONTE: Material disponibilizado pelo escritório Acro Arquitetura e comunicação, 2019. Editado pelo autor.
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6. Referencial Teórico
No ano 2000, foram realizados movimentos sociais onde foi arrecadado um milhão de
assinaturas e obtiveram a inclusão no artigo sexto da Constituição que determina o direito a
moradia.
Em 2005 o governo federal sancionou a lei 11.124, que estabelece Fundo, Conselho e Plano
Local de Habitação de Interesse Social como mecanismos da construção em nível local. No
Art. 2º desta lei, foi instituído o objetivo de viabilizar para a população de menor renda o
acesso à terra urbanizada e à habitação digna e sustentável. Nesse sentido, o PLANHAB
(Plano Nacional de Habitação) se mostra um importante documento de debate e
consolidação das propostas.
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Três anos depois, no ano de 2008 a publicação da Lei 11.888/2008 teve um importante
marco no direito a acesso a moradia. A lei de Assistência Técnica a Habitação de Interesse
Social que garante o projeto e a construção da moradia junto ao acompanhamento técnico
de um arquiteto, urbanista e engenheiro para a execução da obra. Podendo ser uma
construção, reforma, ampliação ou até mesmo regularização fundiária das famílias de baixa
renda de até três salários mínimos.
Assim como diversas políticas públicas no país, a Lei de ATHIS passou quase sete anos
andando a passos vagarosos, não tendo o devido destaque que se esperava. Um dos motivos
desse fracasso nesses anos foi devido à falta de apropriação dos profissionais da área assim
como, a gestão pública não demonstrou grandes interesses e deixou de beneficiar milhares
de pessoas.
No ano de 2010, ocorreram seminários e oficinas tendo como principal tema as discussões
sobre a Lei 11.888/2008 possibilitando o conhecimento e divulgação da mesma. Depois disso
algumas publicações foram lançadas, como o Manual para Implantação da Assistência
Técnica Pública e Gratuita a Famílias de Baixa Renda para Projeto e Construção de Habitação
de Interesse Social, lançado pelo IAB em 2010, a coletânea Assistência Técnica e Direito à
Cidade, lançado pela FNA em 2014 e o Caderno ATHIS – Oficina de Assistência Técnica em
Habitação Social, uma publicação que agrupou de forma sintética as discussões realizadas
em Oficinas de ATHIS, realizadas em seis cidades do estado de São Paulo entre novembro de
2015 e maio de 2016 (DOS SANTOS, 2019).
Em 2015, mesmo com diversas novas discussões em relação à lei de ATHIS, mais uma vez a
pesquisa realizada pelo Instituto DataFolha em parceria com o Conselho de Arquitetura e
Urbanismo do Brasil (CAU/BR) desapontou em relação a pratica da ATHIS. A pesquisa
realizou mais de 2.400 entrevistas em 177 municípios, aprofundadas em grupos de
discussão, realizados nas cinco regiões do país, onde resultados como 85% das reformas e
construções realizadas no Brasil são feitas sem auxílio técnico de arquitetos e engenheiros
foram divulgados. A mesma pesquisa apontou que pessoas que constroem apenas com
pedreiros tiveram experiências ruins, com aumento de custos, atraso e desperdício de
materiais, e identificou um elevado índice de autoconstrução no país pela população. Na
pesquisa, do total de entrevistados, 54% já fizeram reformas ou construções, e, destes,
menos de 15% utilizaram os serviços de um arquiteto ou engenheiro na obra. A participação
de um profissional, independentemente de ser pedreiro, mestre de obra, arquiteto
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Embora de uma grande importância, a Lei de ATHIS ainda não é efetivamente aplicada pelo
poder público nas cidades brasileiras. No entanto, ainda que tenhamos conquistas
legislativas, as condições insalubres de moradia de grande parte da população de baixa
renda predominam no país. Podemos destacar ainda que existe uma baixa quantidade de
programas de incentivos e um distanciamento dos profissionais ligados à Arquitetura e ao
Urbanismo a esta realidade.
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Referências Bibliográficas
BRASIL. Lei 11.888. Assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita
para o projeto e a construção de habitação de interesse social e altera a Lei n o 11.124, de 16
de junho de 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11888.htm. Acesso em: 13 de jun. 2021
CASA VILA MATILDE / TERRA E TUMA ARQUITETOS ASSOCIADOS. Archdaily, São Paulo, 05 de
Nov. 2015. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-
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2021.
CAU/BR. 56ª Plenária: CAU destinará recursos para assistência técnica de habitação social.
Brasília, 2016. Disponível em: https://caubr.gov.br/56a-plenaria-cau-destinara-recursos-
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COSTA M., FELIPE C. de San, MORAIS G. e PALERMO C. Habitação Social: Uma Visão
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FUNDAÇAO JOAO PINHEIRO. Relatório Déficit Habitacional no Brasil. Minas Gerais, 2019.
GUIZZO, Iazana. O construir como afeto: A casa como corpo e não manifesto. 2018.
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http://terraetuma.com/portfolio/casa-vila-matilde. Acesso em: 10 de jun. 2021.
45
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