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GARANHUNS
2023
DENIS ROCHA DE MELO
GARANHUNS
2023
DENIS ROCHA DE MELO
BANCA EXAMINADORA
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Prof.(a) Examinador 1
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Prof.(a) Examinador 2
Nas relações entre o forte e o fraco, entre
o rico e o pobre, a liberdade escraviza e a
lei liberta.
Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer a Deus, por ter sido, minha força
na luta em busca de meus pelos meus objetivos.
Gostaria de agradecer aos meus pais: Dilmo e Maria Auxiliadora, que sempre
mostraram qual é o caminho certo a se seguir me incentivaram a continuar com os
estudos desde os primeiros da vida escolar até os dias de hoje
Por fim agradeço a todos os colegas que trilharam o percurso comigo nestes
anos de faculdade me proporcionou, em especial, agradeço A Naiara Morais e a
Carlos Filipe, que me ajudaram em questões tecnológicas durante a produção deste
trabalho e meu amigo Elder Medeiros por me prestar consultoria sobre os assuntos
relacionados à casas de farinhas.
RESUMO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 DIREITO DO TRABALHO
Uma das condições que surgiram durante este período foi a expansão do
emprego para mulheres e crianças, ultrapassando a taxa de participação na força de
trabalho dos homens. Isto porque a maquinaria industrial reduz a necessidade de
força física e permite empregar trabalhadores que muitas vezes são vistos como
“trabalhadores mais dóceis” porque não estão preparados para fazer valer os seus
direitos.
Estes trabalhadores estavam frequentemente submetidos a salários muito
baixos, jornadas de trabalho exaustivas e más condições sanitárias, criando um risco
significativo de acidentes. Tais práticas de exploração são graves ofensas que têm
um impacto negativo na dignidade e no bem-estar destes trabalhadores, deixando
evidente a necessidade de reforma e regulamentação para proteger os mais
vulneráveis nos ambientes industriais:
3.1.3 Pessoalidade
3.1.4 Não-eventualidade
3.1.5 Onerosidade
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3.1.6 Subordinação
3.2 princípios
condição deve ser mantida, mesmo que uma regulamentação posterior seja menos
benéfica.
Essa regra tem como objetivo proteger os direitos adquiridos pelos
trabalhadores e garantir que não percam benefícios conquistados ao longo do tempo.
Ela contribui para manter a estabilidade e a segurança dos trabalhadores em suas
relações laborais, evitando retrocessos em seus direitos e benefícios.
3.2.2 Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos
O princípio da irrenunciabilidade deriva da concepção de que os direitos
fundamentais são indisponíveis, o que significa que os indivíduos não têm a
capacidade de renunciar voluntariamente a esses direitos de forma ampla e
preventiva. Qualquer tentativa de renúncia será considerada nula de acordo com esse
princípio, devido à violação dos direitos fundamentais protegidos pelo ordenamento
jurídico.
Esse princípio traz enorme proteção, uma vez, que visa garantir a proteção
integral dos direitos fundamentais dos trabalhadores e prevenir situações em que os
indivíduos poderiam ser coagidos ou levados a abdicar de direitos essenciais já que
poderiam simplesmente o fazer por pressão da empresa, dada a desigualdade
econômica que há entre o empregador, que tem o poder de demitir, e o empregado,
que necessita do emprego para subsistência
A irrenunciabilidade deve ser entendida em seu verdadeiro sentido, como "a
não possibilidade de privar-se voluntariamente, em caráter amplo e por antecipação,
dos direitos concedidos pela legislação trabalhista" (MÁRQUEZ, 1969, p. 89).
Portanto, o artigo 9º da CLT prevê que será considerado inválido qualquer
documento utilizado como meio de renúncia a um direito conferido por lei. Portanto,
seus efeitos também se enquadram em condições semelhantes.
Da mesma forma, esta subprincípio pode levar alguém a acreditar que as
negociações coletivas são excluídas e proibidas quando os direitos trabalhistas dos
empregados estão em jogo. Portanto, é importante entender a diferença entre uma
renúncia e uma transação:
Renúncia é um ato jurídico unilateral, pelo qual o titular de um direito dele se
despoja. A transação, ao contrário, é um ato jurídico pelo qual as partes,
fazendo-se concessões recíprocas, extinguem obrigações litigiosas ou
duvidosas (SÜSSEKIND, 1959, p. 736)
O artigo. 9º da CLT, é quem traz esse princípio da seguinte forma: “serão nulos
de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a
aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação”.
Este princípio é frequentemente utilizado nas práticas laborais, pois há muitas
tentativas de ocultar a realidade, especialmente no que diz respeito à existência de
vínculos empregatício. Os estágios e as terceirização são algumas das situações onde
as técnicas fraudulentas mais são usadas e combatidos pelo princípio.
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4.1 Estrutura
das leis laborais em suas respectivas regiões, contribuindo para a harmonia nas
relações de trabalho e a proteção dos trabalhadores.
Eles ocupam uma posição estratégica que estabelece uma conexão direta
entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o mais alto tribunal trabalhista do país,
contribuindo para a coerência e a eficácia das questões relacionadas ao direito do
trabalho.
Em relação à distribuição dos membros do MPT, os procuradores regionais e
procuradores do Trabalho são distribuídos em 24 Procuradorias Regionais do
Trabalho (PRTs), que seguem a mesma área de competência dos Tribunais Regionais
do Trabalho (TRTs), e também em cem Procuradorias do Trabalho nos Municípios
(PTMs). Essas denominações correspondem à estrutura administrativa do MPT,
refletindo o alcance e a abrangência geográfica da atuação da instituição em todo o
território nacional.
Para cumprir essa missão, o MPT baseia suas ações em fontes normativas
primárias e fundamentais, que incluem a Constituição Federal (CF), as leis nacionais
e as normas internacionais relacionadas aos direitos humanos e ao direito do trabalho.
De forma significativa, o MPT também se ampara nos instrumentos da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) para embasar e respaldar diversas de
suas intervenções. A OIT estabelece padrões internacionais para as condições de
trabalho e os direitos dos trabalhadores, oferecendo orientações e diretrizes que são
incorporadas pelo MPT em sua atuação.
Essas fontes normativas e os princípios estabelecidos pela OIT fornecem um
alicerce sólido para as atividades do MPT, garantindo que suas ações estejam em
conformidade com padrões internacionais e nacionais, e que os direitos trabalhistas
sejam defendidos de maneira eficaz e justa, promovendo, assim, a justiça e a
equidade no âmbito das relações de trabalho
Ao MPT desempenhar seu papel na defesa dos direitos sociais atua principalmente
de três modos: como órgão interveniente, como órgão agente e como indutor de políticas
públicas.
Na qualidade de órgão interveniente, o MPT emite pareceres e participa de sessões
de julgamento na Justiça do Trabalho, tendo a competência para processar e julgar as
ações decorrentes das relações de trabalho. Isso implica em um papel fundamental na
busca pela justiça e na proteção dos direitos trabalhistas.
Como órgão agente, o MPT atua como árbitro e mediador na resolução de
conflitos coletivos entre trabalhadores, empresas e entidades sindicais. Além disso,
fiscaliza o exercício do direito de greve em setores essenciais e recebe denúncias
sobre irregularidades trabalhistas, incluindo aquelas sigilosas ou anônimas.
As denúncias se transformarão em procedimentos preparatórios ou inquéritos
civis, que se dará por meio de documentos, inspeções in loco e depoimentos com o
objetivo de averiguar as violações relatadas. Após a conclusão das as investigações,
os procuradores poderão se valer do termo de ajuste de conduta, da Ação Civil Pública
ou da Ação Anulatória, como instrumentos para sua atuação.
O Termo de Ajuste de Conduta (TAC):): é um instrumento de caráter
administrativo e extrajudicial, que tem o propósito de firmar compromisso com os
investigados através de obrigações de fazer e/ou não faze, visando à resolução das
irregularidades identificadas. O não cumprimento das obrigações estabelecidas no TAC
pode acarretar a imposição de multas e, se necessário, a execução do acordo na Justiça
do Trabalho.
A Ação Civil Pública é o instrumento mais importante da atuação judicial do
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A partir dos relatórios de fiscalização realizadas nas casas foi possível entender
quais foram a principais irregularidades encontradas nessas empresas e que elas
ferem principalmente os direitos relacionados ao meio ambiente do trabalho e
formalidade do contrato de trabalho.
Art. 47. A empresa que mantiver empregado não registrado nos termos do
artigo 41 e seu parágrafo único incorrerá na multa de valor igual a 30 (trinta)
vezes o valor-de-referência regional, por empregado não registrado,
acrescido de igual valor em cada reincidência. (BRASIL, 1943).
O trabalho realizado por muito tempo de pé, sem pausa para descanso na
posição sentada, situação agravada pelo ritmo intenso de trabalho, em decorrência
do tipo de remuneração paga pelo empregador aos empregados, por produção, pode
favorecer o desenvolvimento de doença cardíaca, pelo represamento do sangue nas
pernas, dificultando
o seu bombeamento pelo coração, gerando um risco de adoecimento
ocupacional.
pelos integrantes do GEFM. Após essa oitiva é o que se foi firmado Termo de
Ajuste de Conduta com o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública
da União, por meio do qual o cada empregador assume obrigações de fazer e de não
fazer, relativas ao cumprimento da legislação trabalhista.
Nesse mesmo momento é que é feita entregue do Termo de Interdição das
máquinas acompanhado do Relatório Técnico se for o caso, como no dos
relatórios analisados.
6 METODOLOGIA
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este TCC se mostrou como um grande desafio, mais que em maior grau se
apresentou como eficaz meio para a construção de conhecimentos, de modo que dá
pra se tomar como marco na vida acadêmica, onde o antes e depois são
imensuravelmente diferentes, dada a quantidade de esforço demandado na produção
à obtenção de conhecimento e de técnicas produção. Por tudo isso a palavra
“engrandecedora” é a que melhor representa essa experiência acadêmica
Ao analisar como se dá a atuação do MPT de Pernambuco na fiscalização das
casas de farinha destaca a importância desta instituição na proteção dos direitos
coletivos dos trabalhadores e como suas ações repercutem.
Através da implementação das estratégias de Inspecção do DETRAE a fim de
erradicar o trabalho escravo o MPT demostra demonstrar esforços eficazes para
combater as violações laborais e promover condições de trabalho compatíveis com a
dignidade da pessoa humana.
Além das inspeções realizadas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel
(GEFM) que é o principal instrumento para se conhecer as irregularidades presentes,
os Termos de Ajuste de Conduta, se como ferramenta essencial para a promoção dos
direitos trabalhistas, uma vez que elenca diretamente o que deve ser feito para que
se chegue a este fim.
Por fim esta monografia demostra não simplesmente como ocorre a atuação
do MPT e seus os desafios na promoção dos direitos trabalhistas. mas também e
como, com esforço e dedicação, a produção académica pode cumprir uma importante
função social ao fornecer informações valiosas para a conscientização e compreensão
sobre este tema. É esse papel que se espera que este trabalho tenha cumprido.
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REFERENCIAS
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DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 18ª. Ed. São Paulo:
LTr, 2019.
DINIZ, José Janguiê Bezerra. Ministério Público do Trabalho: ação civil pública,
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MÁRQUEZ, Miguel Hernainz: Tratado Elemental de Derecho del Trabajo. 10ª ed.
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REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1986.
RESENDE, Ricardo: Direito do trabalho. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO 2020
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SCHIAVI, Mauro. Curso de Direito do Trabalho. 29ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014.