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CURSO DE PEDAGOGIA

MÓDULO:

MATEMÁTICA BÁSICA
E METODOLOGIA III

2021-2024
DIRETORA GERAL
Suzana Karling

VICE-DIRETORA GERAL
Prof.ª Me. Daniela Caldas Acosta

DIRETOR PEDAGÓGICO
Prof. Me. Argemiro Aluísio Karling

COORDENADORA DO CURSO DE PEDAGOGIA


Profª. Me. Tais Reis Leal Murta

ELABORAÇÃO DO CONTEÚDO
Profª. Me. Marcela Boccoli Signorini

REVISÃO DO MATERIAL
Profª. Me. Simone de Souza
Nenhuma parte deste fascículo pode ser reproduzida sem autorização expressa do IEC e dos autores.

Direitos reservados para:

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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 8
PLANO DE ENSINO......................................................................................................................... 9
INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 3
UNIDADE 1 ...................................................................................................................................... 15
1. GEOMETRIA ESPACIAL ........................................................................................................ 15
1.1. Os sólidos geométricos ........................................................................................................ 15
EXERCÍCOS UNIDADE 1 .............................................................................................................. 25
UNIDADE 2 ...................................................................................................................................... 28
1. GEOMETRIA PLANA .............................................................................................................. 28
1.1. Figuras planas ...................................................................................................................... 28
1.2. Polígonos (figuras bidimensionais) ..................................................................................... 28
1.3. Nomenclatura dos polígonos ............................................................................................... 29
1.4. Ângulos e Retas ................................................................................................................... 30
1.5. Triângulo ............................................................................................................................. 33
1.6. Quadriláteros ....................................................................................................................... 34
EXERCÍCOS UNIDADE 2 .............................................................................................................. 36
UNIDADE 3 ...................................................................................................................................... 39
1. MEDIDAS ................................................................................................................................. 39
1.1. Medidas de comprimento (perímetro) ................................................................................. 39
1.2. Medidas de superfície (área) ............................................................................................... 42
1.2.1. Procedimento para encontrar a área de um paralelogramo .............................. 44
1.2.2. Procedimento para encontrar a área de um trapézio .......................................... 45
1.2.3. Procedimento para encontrar a área de um triângulo ......................................... 46
1.3. Medida de um espaço tridimensional .................................................................................. 47
1.3.1. Volume ........................................................................................................................ 47
1.3.2. Medida de capacidade ............................................................................................. 49
1.3.3. Medida de massa ...................................................................................................... 50
EXERCÍCOS UNIDADE 3 .............................................................................................................. 52
UNIDADE 4 ...................................................................................................................................... 55
1. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO ..................................................................................... 55
1.1. Coleta e organização da informação ................................................................................... 55
1.1.1. As listas e as tabelas ................................................................................................ 55
1.2. Como organizar os dados e fazer uma tabela ...................................................................... 56
1.3. Representação da informação .............................................................................................. 57
1.3.1. Gráfico de barras ....................................................................................................... 57
1.3.2. Gráficos pictóricos ..................................................................................................... 58
1.3.3. Gráfico de linhas........................................................................................................ 59
1.3.4. Gráfico de setores ..................................................................................................... 59
1.3.5. Construção de gráficos............................................................................................. 60
1.4. Leitura e interpretação da informação ................................................................................. 61
EXERCÍCOS UNIDADE 4 .............................................................................................................. 63
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 66
APRESENTAÇÃO
Olá!
Prezado(a) acadêmico(a):
Inicialmente gostaríamos de informá-lo(a) que a missão da FAINSEP é formar profissionais
educadores, bacharéis e tecnólogos; ampliar a formação humanística de pessoas para o pleno
exercício da cidadania e preparo básico para funções técnicas e serviços gerais; oferecer educação
continuada nas mais diversas formas, inclusive para o exercício de docência na educação superior;
enfim, promover a educação e a cidadania por todos os meios, utilizando para tal o conhecimento, o
desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias e educação a distância.
A FAINSEP é a única instituição de educação superior do Brasil credenciada e
recredenciada exclusivamente para educação a distância. Isso comprova sua competência em
educação superior.
O conteúdo para estudo é entregue a você já escrito, não precisando anotar o que o
professor, nos cursos presenciais, falaria. Aqui o seu trabalho é ler o texto, responder as questões ou
problemas e tentar aplicar na vida prática, de acordo com as necessidades.
Dessa forma, saiba que sua formação e profissionalização durante o curso dar-se-á com a
construção de conhecimentos e o desenvolvimento de competências necessárias ao exercício da
profissão. Com isso, espera-se o desenvolvimento de atitudes de reflexão e análise da atuação
profissional e de valores para bem atuar na sociedade como agente de transformação, em busca de
uma sociedade mais justa, a partir da identificação e análise das dimensões sociopolíticas e culturais
de seu meio.
No curso será trabalhado o campo teórico e investigativo da área, bem como o processo de
aprendizagem. Saiba que na FAINSEP, ao término da graduação, você não terá apenas um diploma,
mas, sim, uma mudança e/ou transformação, tanto nos aspectos pessoais como profissionais,
tornando-se um indivíduo capaz de autoaprendizagem, crítico, criativo e participativo na busca de
uma sociedade mais justa.

Bons estudos!
PLANO DE ENSINO

Módulo: MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Carga Horária: 80 horas Código: MAT III

1. EMENTA

Conteúdos básicos e metodologia de ensino da matemática nos anos iniciais do


Ensino Fundamental: geometria (espacial e plana); medidas (área, perímetro,
volume); tratamento da informação.

2. OBJETIVO

Conhecer e desenvolver habilidades em medidas, geometria plana e espacial.


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Graduação em Pedagogia

INTRODUÇÃO
A matemática é componente importante na construção da cidadania, na medida em
que a sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos
tecnológicos, dos quais o cidadão precisa se apropriar. A sociedade contemporânea
cobra um mínimo de conhecimento básico, sem o qual a própria cidadania fica ameaçada.
Tocar um negócio, acompanhar a evolução de uma campanha eleitoral, controlar o
orçamento doméstico, verificar o rendimento de uma aplicação financeira, tudo exige uma
passagem pelo mundo das relações matemáticas. Sabemos das dificuldades encontradas
com o conhecimento matemático. Uma das grandes preocupações é colocar o aluno
como centro do processo educacional, enfatizando-o como um ser ativo no processo de
construção de seu conhecimento, vivenciando situações de integração, exploração e
descobrimento.
No primeiro momento deste fascículo, nas unidades 1 e 2, estudaremos a
Geometria, considerada com parte importante do currículo de Matemática porque,
segundo os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais, 2000), ajuda a desenvolver
habilidades que permitem ao aluno compreender, descrever e representar, de forma
organizada, o espaço em que vive, ou seja, o mundo à sua volta.
Segundo Pavanello (2000), a Geometria orientou os povos antigos na divisão das
terras de cultivo, na elaboração de vários objetos e utensílios, nos desenhos que
enfeitavam seus tecidos e na construção de monumentos gigantescos tais como as
pirâmides do Egito. Nos dias atuais, a geometria continua presente, por exemplo, nos
projetos arquitetônicos e urbanísticos, na disposição das embalagens de produtos
variados, nas diferentes peças de máquinas e motores.
Também encontramos a geometria na natureza, presente nos objetos, seres das
mais variadas formas e tamanhos que ocupam no espaço as mais diversas posições.
Podemos observar as regularidades das formas observadas no casco da tartaruga, no
favo de mel, na espiga de milho e na casca de abacaxi, entre outras.
Para Miorin (1987), nos últimos anos o ensino de geometria no Brasil foi reduzido
até quase sua extinção. Isso aconteceu devido a muitos fatores, um deles foi
marginalização imposta pelo movimento chamado de “Matemática Moderna” associada a
um tratamento árido e inadequado.
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Em complemento, a unidade 3 tratará de medidas e grandezas, como elementos


presentes nas atividades cotidianas e na medição que é expressa com números e ainda,
serão discutidas as medidas de comprimento, superfície e capacidade. Finalizando, a
unidade 4 é dedicada ao tratamento da informação, conteúdo que contém total relação
com situações vivenciadas no cotidiano.
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UNIDADE 1
1. GEOMETRIA ESPACIAL

1.1. Os sólidos geométricos

Nosso estudo partirá dos sólidos geométricos, por serem as formas com as quais
convivemos diariamente. Assim, introduzir a geometria de uma forma natural requer
compreendê-la na natureza, nos objetos que usamos, nas artes, nas brincadeiras. É
trabalhando com a geometria que iremos despertar em nossos alunos a sensibilidade em
apreciar as formas ao seu redor sejam elas criadas pela natureza ou pela ação do
homem.
Iniciaremos, apresentando um trecho da dissertação de mestrado de Janio
Benevides de Souza Nascimento (2013), sobre algumas ideias de como a Geometria
Espacial surgiu.

Geometria Espacial

A geometria, de acordo com Baldissera (2007), é um ramo da Matemática que


estuda as formas planas e espaciais com o auxílio de suas propriedades. Ela também
permite, com o uso de conceitos elementares, construir objetos mais complexos como
pontos especiais, planos de todos os tipos, ângulos e até centro de gravidade dos
objetos.
Foi a partir da necessidade de constante organização do espaço de terra
destinado ao plantio, bem como aos conflitos constantes e inundações frequentes que
deu-se origem à palavra geometria que, em grego significa medir terra (geo = terra;
metria = medir). Para Baldissera (2007), se buscamos na história sua origem, talvez a
Geometria tivesse início em Euclides, quando ele escreveu os Elementos em 300 a. C.
nesta época, segundo o autor, a Geometria teria surgido de forma lógica e organizada, o
que leva a crer que ela já era ensinada nas escolas por meio dos estudos axiomáticos e
das demonstrações de teoremas.
De acordo com Lyudmil (2007), a geometria teve como berço o Egito:

A Geometria foi descoberta pelos egípcios como resultado das medidas de suas
terras, e estas medidas eram necessárias devido às inundações do Nilo, que
constantemente apagavam as fronteiras. Não existe nada notável no fato de que

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esta ciência, da mesma forma que as outras, tenha surgido das necessidades
práticas do homem. Todo o conhecimento que surge de circunstâncias
imperfeitas tende por si mesmo aperfeiçoar-se. Surge das impressões dos
sentidos, porém, gradativamente converte em objeto de nossa contemplação e
finalmente entra no campo do intelecto (LYUDMIL, 2007, p. 39).

Para Boyer (1996), Heródoto acreditava que a geometria surgia em virtude da


necessidade prática de medir as terras e Aristóteles entendia que a Geometria surgia
como uma prática de lazer entre os sacerdotes egípcios. Membros das classes mais
elevadas acreditavam que a Geometria surgiu do cotidiano, no trabalho e no lazer. Mas,
segundo Aleksandrov (1985) a Geometria levou muito tempo para se transformar em
teoria matemática.
Já, Freudental (1973), a geometria iniciou bem antes de Euclides, ou seja, no
momento em que o homem necessitou organizar suas experiências espaciais. De acordo
com Eves (1969), foi a partir da observação que o homem passou a perceber as
regularidades através de comparações entre as formas existentes na natureza, forma
que iam desde a teia de aranha ao contorno circular da lua. Desta forma, o homem
construiu a geometria por intuição (ou geometria intuitiva), que posteriormente tornou-se
geometria científica.
No entanto, concordamos com Heródoto e Aristóteles, Engel (1985) afirma que da
necessidade do trabalho do homem surgiu o geometrizar, e como pontua Eves (1969), foi
observando as formas geométricas na natureza, que o homem de forma ativa, reproduziu
formas de objetos tais como: as curvas para as panelas de barro, as retas para cordas e
arcos. O homem fez isso a fim de satisfazer suas necessidades, sendo estas
reconhecidas como abstração material.
Por outro lado, na visão de Baldissera (2007) e Gerdes (1992), a geometria
nasceu como ciência empírica ou experimental, para depois se tornar uma ciência
Matemática capaz de estabelecer relações entre o desenvolvimento das técnicas de
confecção de objetos e antigos meios, despertando então o conhecimento geométrico.
Gerdes (1992) considerou que não existem formas naturais que se distinguissem a
serem observadas pelo ser humano, pois este passou, de forma criativa, a elaborar seus
instrumentos, descobrir as vantagens, semelhanças e regularidades de determinadas
formas. Dessa maneira, passou então a construir objetos parecidos com outros,
simplificando a reprodução, o que fez crescer o interesse pelas formas ao ponto de
descobrir sua beleza e reproduzi-la noutras situações.
Ainda citando Gerdes (1992), o pensamento matemático libertou-se da
necessidade material, dando início ao conceito de forma. E como sabemos, o mundo

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está repleto de forma. Formas dos mais diversos tipos: um dado, uma lata de leite, uma
caixa de fósforos. Faltaria espaço para escrever todas as formas existentes em todos os
lugares. Essas formas podem ser vistas e apreciadas por todas as idades: desde a mais
tenra idade ao mais experiente adulto.
Eves (2002) afirma que a geometria e o pensamento geométrico fizeram e
continuam a fazer no processo de evolução histórica do ser humano, pois o homem tem
utilizado constantemente os sólidos geométricos que estão no espaço. Para o autor, a
construção da noção de espaço na criança se dá gradativamente com a percepção de si
mesma até a percepção do espaço e do mundo que o cerca, para posteriormente,
abstrair para a sua representação.
O autor endossa esta ideia quando afirma que ao seguir esse pensamento a
geometria é a área da Matemática que foi pioneira no seu desenvolvimento, estimulando
o ser humano, pois foi exigida pela necessidade prática do uso do espaço. Quanto maior
e melhor a noção de espaço e a estrutura de percepção espacial do homem, tanto
melhor será a projeção do espaço vivido por ele através do desenho. Assim, é natural
que o ser humano desenhe as coisas simples que vê, que sente, as quais vivencia no
seu dia a dia. Na antiguidade, o registro do cotidiano era desenhado nas paredes das
cavernas. Foi assim que o homem primitivo construiu e contou a sua história
preservando, segundo Eves (2002, p. 22), “os registros de suas caçadas em pinturas
murais elegantes e detalhadas”.
Para Radaelli (2010) ao abandonar a vida nômade, o ser humano necessitou de
conhecimentos geométricos intuitivos para sua sobrevivência. O aperfeiçoamento das
noções de geometria surgiu com a necessidade de transformar a natureza em busca de
conforto. Dessa forma, o ser humano contribuiu para a evolução das formas e medidas
geométricas. Isto causou, segundo a autora, a emersão de grandes modificações
culturais, aumento da população e escassez de alimento proveniente da caça, e
forçando-os a ampliar o investimento na agricultura.
O cultivo da terra significou irrigação dos vales do norte da África e do Oriente
Médio onde a chuva era muito escassa; as periódicas cheias do Amarelo, do Nilo,
do Tigre e do Eufrates significaram construção de barragens – atividade que
requeria não só cooperação e a arte da engenharia como também, igualmente,
um sistema de preservação de registro. Os agricultores precisavam saber quando
as enchentes ou a estação das chuvas chegariam, e isso significaria calendário e
almanaques. Os proprietários de terras mantinham anotações escritas sobre a
produção agrícola e traçavam mapas que especificavam as valas de irrigação
(EVES, 2002, p. 53).

Com as mudanças ocorridas, outras necessidades surgiram, estimulando novos


avanços:

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

[...] Junto com a capacidade de ler e escrever veio à necessidade de novas


tecnologias. Os primeiros engenheiros planejaram barragens e sistemas de
irrigação. Os arados de metal eram melhores do que os de madeira; o homem
aprendeu a forjar o bronze por volta de 3000 a. C. e o ferro por volta de 1100 a.
C. A necessidade de instrumentos especializados gerou a necessidade de mais
uma nova classe social: os artesãos especializados (EVES, 2002, p. 53).

Eves cita ainda como exemplo o artesão que desenvolveu as relações de medidas
ao criar seus instrumentos, tendo como objetivo a organização e aproveitamento do
espaço no ambiente natural que lhe foi proporcionado. À medida que produzia seu
alimento, possibilitava dar formas aos objetos, visando sua utilidade e praticidade,
recriando objetos encontrados no meio ambiente no qual vivia, aperfeiçoando de acordo
com a necessidade, superando os limites da natureza. Dessa forma, os povos antigos
“trabalharam metais; construíram cidades; desenvolveram empiricamente a matemática
básica da agrimensura, da engenharia e do comércio” (EVES, 2002, p. 56).
................................................................................................................................................................
Segundo Angeli (2007), ao iniciar o estudo da geometria espacial, uma grande
ênfase é dada à visualização de situações geométricas e à sua representação no plano.
Sem tais habilidades é praticamente impossível desenvolver qualquer trabalho em
geometria. A geometria é considerada uma ferramenta que descreve o espaço no qual
vivemos. É usada em aplicações e é, segundo o autor, a parte da matemática mais
intuitiva, concreta e ligada à realidade. Ela tem sido estimulada tanto na própria
matemática, quanto em outras disciplinas, como na ciência da computação e nas artes.
Angeli (2007) sugere ainda que , melhor do que o estudo do espaço é o estudo da
geometria por meio da investigação do “espaço intelectual” já que esta começa com a
visão e a percepção. Ela vai do que pode ser percebido para o que pode ser concebido ,
isto é, instiga o aluno a pensar de forma concreta, ou seja, dá forma ao “abstrato”.
Atividades de caráter geométrico, de acordo com o autor, mudam as atitudes
matemáticas dos alunos e a geometria é um componente importante inclusive no
desenvolvimento da aritmética e da álgebra.
Neste contexto, a Geometria deveria ser trabalhada ao longo de todo o ano, não
apenas de forma teórica, mas principalmente de forma prática, fazendo com que os
alunos construam sólidos, familiazrizando-se cada vez mais com seus componentes,
chegando ao ponto de, na íntegra, visualizá-la no dia a dia, aplicando o conhecimento de
forma consciente. É imporante transformar a teoria em prática, ao invés de decorar
fórmulas apenas para avaliação, como habitualmente acontece.

NASCIMENTO, J. B. S. O estudo da Geometria Espacial por meio da construção de

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sólidos com materiais alternativos. Dissertação de mestrado – Lajeado, 2013. p. 25-29.


Disponível em:
https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/485/1/2013JanioBenevidesdeSouzaNascimento.pdf

Os sólidos geométricos são figuras geométricas com três dimensões, isto é, elas
possuem altura, largura e profundidade. Elas só são possíveis de serem identificadas num
espaço tridimensional. Vejamos alguns sólidos geométricos com os quais estamos
acostumados no nosso dia a dia.

Por exemplo, o cubo pode ser encontrado em dados e caixas de papelão. A esfera
é o formato de bolas. O cone é o formato de chapéus de aniversário e casquinhas de
sorvete. O paralelepípedo pode ser visualizado em caixas, casas, ruas e livros. Por fim, o
cilindro é o formato de canos e até de paçoquinha.
Quando pensamos no desenvolvimento de atividades para a construção de sólidos
geométricos com nossos alunos, devemos ponderar que as crianças da pré-escola até o
terceiro ano (que corresponde à 2a série) não conseguem reproduzi-los. Contudo, as
crianças a partir do quarto ano (que corresponde à 3a série) já possuem habilidade motora
para construí-los com moldes fornecidos pelo professor.
Agora, conduziremos nossos estudos de forma experimental, ou seja,
visualizaremos os sólidos e descobriremos suas características para depois classificá-las

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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como objetos matemáticos, com nomenclaturas próprias. Importante lembrar que algumas
atividades que seguem podem ser utilizadas em sala de aula com seus alunos e alunas.
Ao final da apostila, em anexo, encontram-se moldes dos sólidos geométricos, caso
queiram utilizar para experimentar durante os estudos.

Atividade para as crianças: Pegue uma caixa com tampa e um objeto que caiba dentro
da caixa.
a) Estando a caixa fechada, é possível, sem abri-la, tirar o objeto dentro dela? Por que
isso acontece?
R: O professor deve explicar que não é possível retirar o objeto da caixa, pois as
suas superfícies estão fechadas.

Conclusão: A caixa é uma superfície fechada, que delimita a forma do


objeto e decompõe o espaço em três partes: fronteira, interior e exterior.
A reunião da fronteira com o seu interior chama-se SÓLIDO, ou seja, é
uma região do espaço limitada por uma superfície fechada.

Os sólidos geométricos classificam-se em POLIEDROS e CORPOS REDONDOS.


 POLIEDROS são sólidos cuja superfície é constituída somente de partes planas.

 CORPOS REDONDOS são sólidos cuja superfície possui partes não planas, ou
seja, possui alguma superfície curva.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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Os poliedros se subdividem em prismas (poliedros não pontudos), pirâmides


(poliedros pontudos) e outros poliedros. Vejamos a definição de cada subdivisão:
 PRISMAS: São sólidos cujas faces laterais são paralelogramos e cujas
bases são polígonos da mesma forma e tamanho. Os prismas cujas faces são
todos paralelogramos, denominam-se PARALELEPÍPEDOS. O CUBO é um
paralelepípedo de faces quadradas.

 PIRÂMIDES: Sólidos cujas faces laterais (triangulares) convergem e se encontram


em um único ponto e possui uma única base poligonal.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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 OUTROS POLIEDROS: Os poliedros que não se caracterizam nem como prismas


e nem como pirâmides são designados pelo número de faces que possuem, por
exemplo: octaedros (8 faces), dodecaedros(12 faces) e icosaedros (20 faces).

Cada parte plana da superfície plana do sólido é chamada FACE do sólido.

Atividade para as crianças: Pegue um poliedro qualquer e faça um sinal em cada uma
das faces.

a) Você pode ligar dois sinais, com um traço de lápis (sem perfurar), sem passar por
cima de uma dobra? Por quê?
R: Não é possível, pois sempre que se tenta passar para o outro lado possui uma
dobra.

Conclusão: A fronteira entre duas faces (DOBRA) chama-se ARESTA. Uma


aresta sempre pertence a duas faces.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

Observe:

Arestas - são os segmentos de reta que são a intersecção de duas


faces contíguas.

 Agora veja o cubo a seguir Olhe com atenção suas arestas. Estas arestas se
encontram formando uma “ponta”. Chamamos esta “ponta” de VÉRTICE. São
necessários no mínimo de 3 arestas para podermos ter um vértice.

Observe:

Vértices - são os pontos de encontro das arestas.

Utilizamos as palavras “dobra” e “ponta”, levando-se em consideração a


compreensão na faixa etária dos alunos das séries iniciais.

Observe os poliedros e conte os números de faces, arestas e vértices de cada um.

Nome do sólido Figura Faces Arestas Vértices

Cubo 6 12 8

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Paralelepípedo 6 12 8

Pirâmide de
base triangular 4 6 4
(tetraedro)

Pirâmide de
base 5 8 5
quadrangular

Octaedro 8 12 6

Prisma de base
7 15 10
pentagonal

Conclusão: Para que exista um vértice são necessários, no mínimo três


arestas. Podemos perceber que em alguns sólidos um
vértice pode ser formado por mais de três arestas, como é
o caso das pirâmides.

Observando os valores das faces, vértices e arestas dos sólidos apresentados,


podemos perceber uma relação entre esses números.

“A soma do número de vértice com o número de faces é igual à soma do


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número de arestas mais dois”.
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Esta relação é chamada de RELAÇAO DE EULER e é válida para todos os


poliedros convexos, independentemente de sua forma ou tamanho.

LINKS RECOMENDADOS
Sólidos Geométricos com canudos https://www.youtube.com/watch?v=TN0sAaQmSqk

Sólidos geométricos – Parte 1


https://www.youtube.com/watch?v=l2bbSC778Wc
Sólidos geométricos – Parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=i84zgTRaeoY
Sólidos geométricos – Parte 3
https://www.youtube.com/watch?v=t_ZHCkhuUH4

EXERCÍCOS UNIDADE 1
1. Quando estudamos um pouco de Geometria Espacial percebemos que as formas
assumem classificações diferentes. Assim, explique qual é a primeira classificação
que ocorre com os Sólidos Geométricos. Lembre-se de expor a definição de cada
uma e exemplificar.

2. Os poliedros, assim como os sólidos, também possuem subdivisões. Quais são essas
divisões e como podemos diferenciá-los? Exemplifique.

3. Dadas as seguintes figuras que representam Sólidos Geométricos, marque os


Poliedros com um “P” e os Corpos Redondos com um “C”.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

4. Observe as representações dos sólidos geométricos e responda.

Identifique a forma geométrica representada acima e associe a letra que a


representa à classificação abaixo:

a) Pirâmides: _________________________________
b) Cones: ____________________________________
c) Prismas: ___________________________________
d) Cilindros____________________________________
e) Outros poliedros:_____________________________

5. Os elementos que constituem um poliedro são: a face; a aresta; e o vértice.

Defina cada um desses elementos.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

6. Complete o seguinte quadro:


Número de Número de Número de
Figuras F+V A+2
faces (F) vértices(V) arestas(A)

7. Explique o que são sólidos geométricos.

8. Escreva quantos vértices, arestas e face têm cada figura geométrica a seguir:

a) b)

9. Classifique as seguintes figuras em poliedros ou corpos redondos.

A B C D E F

10. Classifique as figuras em prisma ou pirâmide.

A B C D E F

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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UNIDADE 2
1. GEOMETRIA PLANA

1.1. Figuras planas

Após termos trabalhado as formas tridimensionais, na exploração das atividades


em geometria espacial, passamos para as formas bidimensionais as quais são objeto de
estudo da geometria plana.
Esclarecemos que uma figura é tridimensional quando a mesma possui três
dimensões: comprimento largura e altura. E, dizemos que uma figura é bidimensional
quando a mesma possui duas dimensões: comprimento e largura.
Rangel (1997), afirma que se deve priorizar a construção de conceitos
matemáticos pela ação da criança, através da experimentação ativa. Assim, para que as
crianças compreendam o funcionamento do molde, começaremos o trabalho
desmontando uma caixa de remédio ou creme dental, por exemplo. Isso possibilitará a
percepção de que cada face da figura espacial representa uma figura plana, justificando,
assim, a necessidade de iniciarmos o trabalho da geometria pelas formas espaciais.
Tanto a geometria espacial quanto a plana possui conceitos próprios e distintos
que devem ser aprendidos pelo professor para que possa ter segurança no momento de
auxiliar seus alunos e não cometer erros que impliquem no comprometimento do
aprendizado.

FIGURAS PLANAS são figuras cujos elementos encontram-se todos sobre o


plano do papel. Podemos perceber que estando sobre o plano essas figuras podem ser
constituídas apenas de duas dimensões: comprimento e largura.

1.2. Polígonos (figuras bidimensionais)

Para alguns autores como Toledo (1997), o polígono é considerado como sendo
apenas a fronteira, não se incluindo o seu interior. Sendo assim podemos afirmar que:

 POLÍGONO é uma figura plana, fechada, formada por segmentos de reta que não
se interceptam (cruzam), unida com o seu interior. Vejamos alguns exemplos:

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Graduação em Pedagogia

 SEGMENTO DE RETA é o caminho mais curto que une dois pontos.

1.3. Nomenclatura dos polígonos

Os polígonos são nomeados com base em seus lados ou ângulos, vejamos:


NOME DO POLÍGONO
NÚMERO DE LADOS
(OU ÂNGULOS) EM FUNÇÃO DO EM FUNÇÃO DO
NÚMERO DE ÂNGULOS NÚMERO DE LADOS
3 triângulo trilátero
4 quadrângulo quadrilátero
5 pentágono pentalátero
6 hexágono hexalátero
7 heptágono heptalátero
8 octógono octolátero
9 eneágono enealátero
10 decágono decalátero
11 undecágono undecalátero
12 dodecágono dodecalátero
15 pentadecágono pentadecalátero
20 icoságono icosalátero

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

Quando o polígono possui os lados e ângulos do mesmo tamanho chamamos de


polígono regular, se os lados e ângulos forem de tamanhos diferentes chamamos de
polígonos irregulares.

1.4. Ângulos e Retas

Atividades a seguir têm por objetivo subsidiar a formação dos conceitos


concernentes a ângulos e às posições relativas entre duas retas.

Vejamos o seguinte procedimento:

Pegue uma folha de papel e dobre-a duas vezes. Em seguida, faça um risco em
cima das dobras que apareceram na folha.

A folha aberta nos dá a ideia de um plano. O risco feito nos dá a ideia de uma reta
deste plano. Uma reta continua mesmo fora do papel.
 Observe as duas retas que se fizeram na folha de papel e veja que as mesmas
sempre formam quatro “cantos”. Cada “canto” recebe o nome de ângulo.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

 Pegue outra folha de papel e dobre duas vezes de modo que a primeira dobra
sobreponha sobre ela mesma.

 Observe que o encontro das retas forma ângulos. Cada um dos ângulos formado
pelas duas retas é chamado de ângulo RETO. Quantos ângulos retos estão
representados no papel? Essas duas retas que formam os 4 ângulos retos são
chamadas de retas PERPENDICULARES.

Conclusão: Quando duas retas de um mesmo plano não se


encontram elas são chamadas de RETAS PARALELAS (figura
1).
Quando duas retas se encontram em algum ponto
(único), num mesmo plano elas são chamadas de RETAS
CONCORRENTES (figura 2)
Quando duas retas se encontram num mesmo plano
formando ângulos retos (90º), são chamadas de RETAS
PERPENDICULARES.

Vejamos: Classifique se são paralelas ou concorrentes. Se forem concorrentes, diga se


são perpendiculares.

paralelas concorrentes e concorrentes paralelas concorrentes


perpendiculares

Por sua vez, os ângulos são classificados de acordo com suas medidas:

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

 Agudo: ângulo com medida menor que 90º.

 Reto: ângulo com medida igual a 90º.

 Obtuso: ângulo com medida maior que 90º.

 Raso: ângulo com medida igual a 0º ou 180º.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

Para medir o ângulo, podemos utilizar o transferidor, veja:

Fonte: http://www.editoradobrasil.com.br/jimboe/oed/matematica/5ano/1/index.html

1.5. Triângulo

O triangulo é uma figura plana, fechada, formada por 3 segmentos de reta que não
se cruzam, unida com o seu interior. Um triângulo é denominado EQÜILÁTERO, quando
apresenta os 3 lados congruentes (de mesma medida). Um triângulo é denominado
ISÓSCELES, quando apresenta 2 lados congruentes. Um triângulo é denominado
ESCALENO, quando apresenta os três lados com medidas diferentes.

Os triângulos também são classificados quanto aos seus ângulos. Um triângulo


RETÂNGULO é aquele que possui 1 ângulo reto. Um triângulo é denominado

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

ACUTÂNGULO quando tem 3 ângulos agudos. Por fim, um triângulo é chamado de


OBTUSÂNGULO quando tem 1 ângulo obtuso.

1.6. Quadriláteros

Uma figura plana, fechada formada por quatro segmentos de reta que não se
interceptam, unida com o seu interior é denominada QUADRILÁTERO.

Dizemos que dois lados de uma figura são paralelos, quando estão contidos em
retas de um mesmo plano que não se interceptam. Essas retas são ditas paralelas.
Um quadrilátero que apresenta dois pares de lados paralelos é denominado
PARALELOGRAMO.

Atividade 14: Nos seguintes quadriláteros, pinte de azul os paralelogramos.

RETÂNGULO é um paralelogramo que possui 4 ângulos retos (ângulo de 90º).

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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LOSANGO é um paralelogramo que possui 4 segmentos de reta de mesma medida.


QUADRADO é um retângulo com os 4 lados de mesma medida e os 4 ângulos retos
(90º).
TRAPÉZIO é um quadrilátero que apresenta um par de lados paralelos.

LINKS RECOMENDADOS
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4237/1/GEOMETRIA-
PLANA/Paacutegina1.html
http://www.somatematica.com.br/soexercicios/geoplana.php
https://novaescola.org.br/conteudo/2728/professora-ensina-formas-planas-e-nao-planas-
a-turma

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EXERCÍCOS UNIDADE 2

1. Classifique as figuras geométricas abaixo em dois grupos: poliedros e polígonos.


Justifique sua resposta.

2. Quais das figuras abaixo é um polígono? Justifique sua resposta.

A B C D E

F G H I J

K L M N O

3. Numa aula de geometria a professora solicitou o traçado de duas retas que não
fossem paralelas. Observe o desenho de um dos alunos e diga se está correto ou
não. Para justificar sua resposta redija um texto como se estivesse explicando para o
aluno.

a
b

4. Observando a figura seguinte, classifique como equilátero, isósceles ou escaleno:

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

a) o triângulo ABE.

b) o triângulo BEC.

c) o triângulo CDE.

5. Classifique os triângulos quanto aos seus lados e quanto aos seus ângulos:

6. Qual a diferença entre quadrilátero e paralelograma.

7. O que significa dizer que duas retas são perpendiculares? Dê exemplo.

8. Diga qual é o nome da figura geométrica abaixo e quais são suas características.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

9. Desenhe um polígono de seis lados, inserindo letras para identificar cada ponta. Em
seguida, pinte cada lado de uma cor e escreva todos os segmentos de reta que este
polígono contém. Coloque também a nomenclatura (nome) deste polígono.

10. Responda às questões, utilizando o fascículo e suas pesquisas:

a) Retângulos também podem ser chamados de paralelogramo? Justifique.

b) Todo losango é um paralelogramo? Justifique.

c) Todo paralelogramo é um retângulo? Justifique.

d) Quando um quadrilátero tem um par de lados paralelos podemos dizer que é um


paralelogramo? Justifique.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

UNIDADE 3
1. MEDIDAS

Medir e contar são operações realizadas no cotidiano de todas as pessoas como,


por exemplo, pesar a carne, contar a quantidade de frutas, medir o comprimento dos
rodapés de uma casa, medir a superfície de um terreno, medir o tempo de estudo, dentre
outras. Sendo assim podemos indagar: quais grandezas então envolvidas nessa
operação e o que é medir uma grandeza?
Medir uma grandeza é compará-la a outra grandeza, da mesma espécie (dois
comprimentos, dois volumes, duas superfícies etc.), que seja considerada como unidade
de medida. Assim, para medir uma grandeza devemos descobrir quantas vezes a
grandeza tomada como unidade de medida cabe na grandeza a ser medida.
E ainda, para evitar erros é necessário estabelecer um padrão único de
comparação para todas as grandezas de uma mesma espécie. Este padrão é chamado
de unidade de medida padrão. A escolha da unidade depende da natureza das medições
que se deseja realizar, levando-se em consideração o caráter prático. Por exemplo: não é
conveniente escolher como unidade de medida o milímetro para medir a distância de uma
cidade a outra, por mais próxima que elas estejam.

1.1. Medidas de comprimento (perímetro)

Antigamente, as unidades utilizadas eram, na sua maioria, relacionadas com o


corpo humano como polegada (2,54cm), palmo, côvado, pé (30,48cm), jarda (91,44cm),
milha terrestre (1609m), milha marítima (1852m) entre outros. Em 1790, a Assembleia
Constituinte da França nomeou uma comissão de cientistas para propor uma unidade de
medida padrão e em 1795 a Comissão estabeleceu como unidade de comprimento o
metro, que foi definida como “a décima milionésima parte do quadrante de um meridiano
terrestre”.
As medidas necessárias para o estabelecimento do metro foram efetuadas por dois
astrônomos: Pirre André Méchain (1794-1804) e Jean Baptista Delambre (1749-1822).
Eles mediram o arco de meridiano entre as cidades de Dunquerque na França e
Barcelona na Espanha. A partir dessas medidas, foi construído um metro padrão feito de
platina. No Brasil, o sistema métrico foi adotado efetivamente em 1938 (Machado, N.J.
Medindo comprimentos, vivendo a matemática, Editora Scipione, 1987).

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

Muitas vezes, ao efetuarmos uma medição, constatamos que o metro não cabe um
número inteiro de vezes no comprimento a ser medido. Por isso, há necessidade de
outras unidades padrão serem consideradas. Surge assim, o decímetro (dm) que é a
unidade de medida de comprimento correspondente a 1 décimo do metro.
Por outro lado, observa-se também que em algumas medições o decímetro não
cabe um número inteiro de vezes no comprimento a ser medido, surge então a
necessidade de outra unidade padrão de comprimento correspondente a 1 décimo do
decímetro que é denominado de centímetro (cm). Observa-se também que o centímetro
muitas vezes não cabe um número inteiro de vezes no comprimento a ser medido, por
isso surge então a necessidade de outra unidade padrão de comprimento correspondente
a 1 décimo do centímetro que é denominada milímetro (mm). Assim, essas unidades
padrão de medidas se relacionam como segue:

1 1 1
1dm = m 1cm = dm e, portanto, 1cm = m
10 10 100
1 1 1
1mm = cm e, portanto 1mm = dm = m,
10 100 1000

Ou ainda,

1m = 10dm = 100cm = 1 000mm


1dm = 10cm = 100mm
1cm = 10mm

O decâmetro (dam) é a unidade de medida padrão correspondente a 10m.


O hectômetro (hm) é a unidade de medida padrão correspondente a 10dam.
O quilômetro (km) é a unidade de medida padrão correspondente a 10hm.

Assim,
1dam = 10m; 1hm = 10dam = 100m; 1km = 10hm = 100dam = 1 000m

Então, segue a tabela de mudança de unidade de medida para se fazer as


transformações:

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

Sugerimos que o professor trabalhe com as crianças a construção das unidades


dm e cm a partir do metro, utilizando um pedaço de barbante. Quanto ao milímetro, o
trabalho pode ser feito com o auxílio da régua. As transformações das unidades devem
ser trabalhadas por meio de situações-problema. Como sugestão apresentamos as que
seguem.

Situação-Problema 1: Sabendo-se que uma corda mede 0,63m, qual a medida dessa
corda se a unidade de medida a ser utilizada for o decímetro?
Solução:
Como em um número decimal, sabemos que o número à esquerda da vírgula,
indica o número inteiro de vezes que a unidade de medida cabe na grandeza a ser
medida e o número à direita da vírgula indica as frações da unidade de medida que
cabem na grandeza a ser medida, sendo que o primeiro algarismo da esquerda para à
direita indica os décimos da unidade, o segundo algarismo da esquerda para à direita
indica os centésimos da unidade e o terceiro algarismo da esquerda para à direita indica
os milésimos da unidade. Assim, neste caso, temos
0,63m = 0m + 6dm + 3cm.
Portanto, se a unidade é o dm, então o resultado da medição será 6,3dm, que se
lê: 6 decímetros e 3 centímetros.

Situação-Problema 2: Sabendo que a altura de uma criança é 125cm, se a unidade de


medida for o metro, então a altura dessa criança será dada por...
Solução:
Como 125cm = 100cm + 20cm + 5cm e, 100cm = 1m e 20cm = 2dm, então
125cm = 1,25m, que se lê: 1 metro e vinte e cinco centímetros.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

Situação-Problema 3: Uma costureira necessita comprar renda para colocar na borda


de uma toalha com a forma de um quadrado, cujo lado mede 1,40m. Quantos metros de
renda precisam comprar?
Solução:
Para solucionar o problema, se faz necessário que a criança tenha o conceito de
quadrado, ou seja, QUADRADO é um paralelogramo, que apresenta quatro ângulos
retos e os lados têm a mesma medida. O encontro de dois lados é denominado
VÉRTICE do quadrado.
É importante enfatizar as propriedades que definem o quadrado. Além disso,
apresentar vários quadrados em diferentes posições.

Para solucionar o problema, a criança fará a soma 1,40 + 1,40 + 1,40 + 1,40
ou 4 x 1,40, obtendo 5,60m.

Nesse momento deve-se conceituar perímetro, isto é, PERÍMETRO é a medida do


contorno de uma figura plana (a soma de seus lados).

1.2. Medidas de superfície (área)

Uma unidade padrão de medida de superfície é o metro quadrado (m 2) que


corresponde à medida de uma superfície de forma quadrada cujo lado mede 1m.
O resultado da medição de uma superfície é denominado de área da superfície.
O decímetro quadrado (dm2) é a medida de uma superfície quadrada cujo lado
mede 1dm.
Observe que 1m2 = 100dm2, ou seja, em 1m2 cabem 100 quadrados cujo lado
mede 1dm.

1dm2

1m

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

O centímetro quadrado (cm2) é a medida de uma superfície quadrada cujo lado


mede 1cm. Assim, 1dm2 = 100cm2, ou seja, em 1dm2 cabem 100 quadrados cujo lado
mede 1cm.
Observe ainda que, como 1m2 =100dm2, então 1m2 = 10 000cm2, ou seja, em 1m2
cabem 10 000 quadrados cujo lado mede 1cm.
O milímetro quadrado (mm2) é a medida de uma superfície quadrada cujo lado
mede 1mm.
Note que 1cm2 = 100mm2, ou seja, em 1cm2 cabem 100 quadrados cujo lado mede
1mm.
Assim, como 1m2 = 100dm2 = 10 000cm2, então 1m2 = 1 000 000mm2, ou seja, em
1m2 cabem 1 000 000 quadrados cujo lado mede 1mm.
O quilômetro quadrado (km2) é a medida de uma superfície quadrada cujo lado
mede 1km.

Então:

Outra unidade de medida padrão utilizada é o hectare (ha) que é a medida da


superfície de um quadrado cujo lado mede 1 hectômetro (1hm = 100m).
O alqueire é uma unidade de medida de superfície que varia de acordo com as
regiões do Brasil.
Alqueire paulista = 24 200m2
Alqueire mineiro = 48 400m2
Alqueire do Norte = 27 225m2
Alqueirão (usado no Sudoeste da Bahia) = 193 600m2

Procedimento para encontrar a área de um retângulo

Situação-Problema 1: Um ladrilho mede 1 600cm2. Para ladrilhar uma sala retangular


de 12m2 serão necessários, no mínimo, quantos ladrilhos de 1600cm 2 cada?

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

Solução:
Como 1m2 = 10 000cm2, então 12m2 = 120 000cm2.
Devemos verificar quantos 1 600cm2 cabem em 120 000cm2 (divisão com a idéia
de medir). Portanto, serão necessários no mínimo 75 ladrilhos.

Situação-Problema 3: Um jardineiro irá cortar a grama de um jardim de forma


retangular, que mede 5m x 6m. Ele cobra R$ 0,50 o metro quadrado. Quanto ele irá
receber?
Solução:
Inicialmente, a solução pode ser obtida por meio de um retângulo de dimensões
5 x 6, quadriculando. Efetuando a contagem desses quadrados de 1 x 1, obtendo dessa
forma, a medida da superfície igual a 30 m2.

Portanto, o jardineiro irá receber R$ 15,00.

Finalmente, conclui-se que, para determinar a área de um retângulo basta


determinar a medida da base, a medida da altura e efetuar o produto dessas medidas.

Área do retângulo = med(base) x med(altura)

Da mesma forma, pode-se proceder para o cálculo da área de um quadrado,


obtendo

Área do quadrado = med(lado) x med(lado)

1.2.1. Procedimento para encontrar a área de um paralelogramo

Define-se a altura (h) de um paralelogramo ao segmento de reta obtido pela


intersecção de uma reta perpendicular a um par de retas suportes paralelas.

h h

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

Observe que o paralelogramo pode ser transformado em um retângulo.

Desta forma, observamos que a base do paralelogramo é igual à base do retângulo


obtido, e a altura do paralelogramo é igual à do retângulo. Assim, a área do paralelogramo
é igual à área do retângulo obtido.

ÁREA DO PARALELOGRAMO = med(base) x med(alt)

1.2.2. Procedimento para encontrar a área de um trapézio

Trapézio é um quadrilátero que apresenta um par de lados paralelos e esses lados


são denominados BASES do trapézio. O lado maior (base maior) será denotado por B e o
lado menor (base menor) por b.

Para determinar a área de um trapézio, sugerimos: recortar duas figuras iguais com
a forma de um trapézio e colocar um ao lado da outra, conforme mostra a figura a seguir.

B
h
b B+b

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

Assim, obtém-se um paralelogramo de base B + b e altura h. Observe que a altura


do paralelogramo é igual à altura do trapézio e a área do trapézio é igual à metade da
área do paralelogramo. Portanto,

med(B  b)  med(h)
ÁREA DO TRAPÉZIO =
2

1.2.3. Procedimento para encontrar a área de um triângulo

Uma região limitada por uma figura plana, fechada, constituída por 3 segmentos de
reta, onde a extremidade de um coincide com a extremidade do outro é denominada
TRIÂNGULO.
A altura relativa a um dos lados do triângulo ABC, por exemplo, ao lado AB é o
segmento de reta CH que tem uma extremidade no vértice C e a outra extremidade é o
ponto de intersecção H da reta perpendicular ao lado AB e a reta suporte desse lado.
C C

H A B
A H B

Para obter a área do triângulo, sugerimos: recortar duas figuras iguais com a forma
de triângulo e colocar uma ao lado da outra, conforme mostra a figura a seguir.

A H B

Assim, obtém-se um paralelogramo cuja base é o segmento AB e a altura o


segmento CH. Observe que a base do triângulo também é o segmento AB e a altura o
segmento CH.
Como a área do paralelogramo é dada por med(base) x med(alt) e o paralelogramo
obtido é igual a dois triângulos, então a área do triângulo será

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

D C

A H’ B H

med(base )xmed(alt )
ÁREA DO TRIÂNGULO =
2

1.3. Medida de um espaço tridimensional

Uma unidade padrão de medida do espaço ocupado por um objeto é o metro


cúbico (m3), ou seja, o m3 é a medida do espaço ocupado por um cubo cuja aresta mede
1m.
O resultado da medida do espaço ocupado por um objeto é denominado volume.
Outra unidade de medida do espaço ocupado por um objeto é o decímetro cúbico,
dm3, que é o volume do cubo cuja aresta mede 1dm.
Observe que em 1m3 cabem 1 000dm3, isto é, 1m3 = 1 000dm3.
Temos ainda o centímetro cúbico, cm3, que é o volume do cubo cuja aresta mede
1cm.
Observe que em 1dm3 cabem 1 000cm3 e consequentemente em 1m3 cabem
1 000 000cm3.
Outra unidade de medida do espaço ocupado por um objeto é o milímetro cúbico,
mm3, que é o volume do cubo cuja aresta mede 1mm.
Observe que em 1cm3 cabem 1 000mm3 e, portanto, em 1m3 cabem
1 000 000 000mm3.

1.3.1. Volume

Cálculo do volume de um cubo de aresta a.


O aluno deve observar que a base do cubo tem a forma de um quadrado de lado a,
e a quantidade de cubos que podem ser colocados sobre este quadrado é igual à área
deste quadrado. Para preencher o cubo de aresta a, serão necessários uma quantidade
de camadas de cubos iguais a essas colocadas sobre o quadrado, e essa quantidade,
coincide com a medida da altura do cubo de aresta a.
Portanto, o volume do cubo de aresta a é dada por

Volume = med(a) x med(a) x med(a)

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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De modo análogo, determina-se o volume do paralelepípedo de arestas a, b e c,


que é dado por
Volume = med(a) x med(b) x med(c)

Atividade para as crianças: A caçamba de um caminhão tem a forma de um


paralelepípedo de dimensões 3,0m x 5,30m x 1,20m. Quantos m 3 de areia, no máximo,
esse caminhão poderá transportar, se o espaço ocupado pela areia tiver a forma deste
paralelepípedo?
Solução:
Considerando a fórmula de cálculo do volume do paralelepípedo e como todas
as medidas seguem a mesma unidade de medida, temos:

V = med(a) x med(b) x med(c) = 3 x 5,3 x 1,2 = 19,08 m3

Atividade para as crianças: Em um terreno plano será cavado um buraco com a forma
de um cubo, cuja aresta mede 1,5m. Quantos m3 de terra serão retirados?
Solução:
Considerando a fórmula de cálculo do volume do cubo, temos:

V = med(a) x med(a) x med(a) = 1,5 x 1,5 x 1,5 = 3,375 m3

Atividade para as crianças: Uma escultura foi esculpida sobre uma base de madeira
com a forma apresentada abaixo. Qual o volume de madeira dessa base?

60cm
3cm
4cm
1,70m
2cm
0,80m
2cm
1,70m
11cm
(A) (B)
Solução:
Vamos resolver a letra a, a resolução da b segue a mesma lógica. Devemos
perceber que a figura é composta pela junção de dois paralelepípedos. Dessa forma, a
primeira coisa que devemos fazer é determinar os lados de ambos.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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O primeiro possui altura de 1,70m e profundidade de 0,80m. O seu comprimento


é 1,70m – 0,80m = 0,90m. Considerando a fórmula de cálculo do volume do
paralelepípedo e como todas as medidas seguem a mesma unidade de medida, temos:

V = med(a) x med(b) x med(c) = 1,70 x 0,80 x 0,90 = 1,224m3

O Segundo possui altura de 0,60m, profundidade de 0,80m e comprimento de


0,80m. Considerando a fórmula de cálculo do volume do paralelepípedo e como todas as
medidas seguem a mesma unidade de medida, temos:

V = med(a) x med(b) x med(c) = 0,60 x 0,80 x 0,80 = 0,384m3

Somando as duas medidas de volume encontradas, temos:

V1 + V2 = 1,224 + 0,384 = 1,608 m3

Esse valor corresponde ao volume da figura (A).

1.3.2. Medida de capacidade

A capacidade é a quantidade de líquido ou sólido que um recipiente pode conter.


A unidade padrão de capacidade é o litro  que é equivalente a 1 dm3. Portanto,
1 = 1dm3 = 0,001m3
Os submúltiplos do litro são:
1
 decilitro (d) 1 d= 
10

1
 centilitro (c) 1c= 
100

1
 mililitro (m) 1m= 
1000

Assim:

49
MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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Atividade para as crianças: Um reservatório em forma de um paralelepípedo reto tem


as dimensões internas: 4m de comprimento; 3m de largura e 3m de altura. Se o nível
de água está a 2m do fundo, quantos litros de água têm no reservatório?
Solução:
Primeiro vamos encontrar o volume correspondente à quantidade de água no
reservatório. Temos que o comprimento é 4m, a largura é 3m e a altura é 2m, pois
embora a altura do reservatório seja de 3m, somente em 2m possui água.
Considerando a fórmula de cálculo do volume do paralelepípedo e como todas as
medidas seguem a mesma unidade de medida, temos:

V = med(a) x med(b) x med(c) = 4 x 3 x 2 = 24 m3

Assim, o volume de água é de 24 m3. Agora precisamos transformar a unidade


de medida para litros. Para fazer isso vamos lembrar o que tinha sido dito anteriormente
que 1000 dm3 = 1 m3, ou seja, para transformar de m3 para dm3 basta multiplicar o valor
do m3 por 1000. Assim, 24 m3 = 24000 dm3.
Agora, basta transformarmos em litro, pois 1 dm 3 = 1 L. Dessa forma, a
quantidade de água no reservatório corresponde a 24000 L.

1.3.3. Medida de massa

A massa de um corpo é a quantidade de matéria desse corpo. Uma unidade de


massa é o quilograma (kg) que corresponde à massa de 1dm 3 de água pura a 4ºC,
aproximadamente. Isso acontece porque dependendo da temperatura da água e até do
fluido utilizado a sua massa pode variar.
Uma tonelada (t) corresponde a 1000kg.
Os submúltiplos do quilograma são:

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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1
 hectograma (hg) 1hg = kg
10

1
 decagrama (dag) 1dag = kg
100

1
 grama (g) 1g = kg
1000

1
 decigrama (dg) 1dg = g
10

1 1
 centigrama (cg) 1cg = dg = g
10 100

1 1 1
 miligrama (mg) 1mg = cg = dg = g
10 100 1000

Dessa forma:

Embora as unidades de medida usadas são kg, g e mg, as demais unidades são
necessárias para a leitura da medida.

Atividade para as crianças: Um pote cheio de água pesa 10kg e a água contida nele
pesa 8,75kg. Quanto pesa o pote vazio?
Solução:
Bom, se retirarmos a água do pote o que resta é o peso do pote, então, como a
água pesa 8,75kg e o pote cheio 10kg, basta fazermos a subtração.

10 – 8,75 = 1,25 kg é o peso do pote vazio.

 LINKS RECOMENDADOS
https://www.todamateria.com.br/medidas-de-comprimento/
http://pt.scribd.com/doc/17620763/Ensinando-Medidas-de-Comprimento
http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/area-perimetro.htm

51
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EXERCÍCOS UNIDADE 3
www.todamateria.com.br/medidas-de-comprimento/
1. Observe as figuras e calcule o que se pede:

a) Qual a área da sala?


b) Qual a área da cozinha?
c) Qual a área de cada quarto?
d) Qual a área do banheiro?
e) Qual a área total da casa?
f) Qual o perímetro total da casa, sabendo que cada porta mede 1,0 m?

2. Dada a planta de um terreno, determine a área, em metros quadrados, desse terreno.


Obs: As barras (//) na figura b indicam que os lados têm a mesma medida. Lembre-se
de explicar como obteve o valor como se estivesse ensinando seu aluno.

a) b) 2m
3m
3m

3m 6m

8m

4m

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Graduação em Pedagogia

3. O tampo de uma mesa de forma retangular mede 1,80m por 0,90m. Quantos metros
quadrados de fórmica serão utilizados para cobrir esse tampo? Para melhor
compreensão, faça o desenho e explique sua resposta.

4. Uma caixa de sapatos, em forma de paralelepípedo retângulo, tem as seguintes


medidas: 30 cm de comprimento, 18 cm de largura e 15 cm de altura. Qual é o
volume dessa caixa? Explique passo a passo seu raciocínio.

5. Calcule a quantidade de azulejos necessária para revestir uma piscina de 12m x 5m,
cuja profundidade é igual a 1,80m. Os azulejos empregados têm a forma de um
quadrado de 20cm de lado. Considere desprezíveis os rejuntes.

6. Um pote cheio de água pesa 12kg e a água contida nele pesa 9,75kg. Quanto pesa o
pote vazio?

7. Um reservatório em forma de paralelepípedo reto tem as dimensões internas: 4m de


comprimento; 3m de largura e 3m de altura. Se o nível de água está a 2m do fundo,
quantos litros de água há no reservatório?

8. Um retângulo tem 32m de perímetro e seu comprimento é o triplo da sua largura.


Calcule a área deste retângulo.

9. Dada a planta de um terreno, determine a área, em metros quadrados, desse terreno.

a) b) 7m
9m 12m
2m
15m
2m
10m
15m
10m

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10. A figura abaixo é formada por oito quadrados congruentes e seu perímetro mede
54cm. Determine a área dessa figura.

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UNIDADE 4
1. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

1.1. Coleta e organização da informação

Desde os tempos mais remotos, os povos utilizaram algum tipo de registro para
facilitar a contagem dos seus pertences, como por exemplo, o número de animais, a
quantidade de cereais armazenados, ou para contar os dias que faltavam para a próxima
lua cheia.
A partir da necessidade de organizar quantidades maiores de informações, a
humanidade desenvolveu uma forma de quantificar as coisas, a estatística. Estatística é a
disciplina matemática que trata das formas de coletar, organizar, representar, analisar e
interpretar os dados de um estudo.
Essa palavra mantém uma certa relação com a palavra “estado”, pois seu
uso mais frequente vinha da necessidade de conhecimento do número de
habitantes, o censo, e dos diferentes aspectos da economia dos povos.
Atualmente a palavra “estatística” é muito usada nos mais diversos
campos: medicina, economia, biologia, política, geografia, psicologia etc.
(COLL & TEBEROSKY, 2000, p. 235).

Ao depararmos com diferentes tipos de dados coletados como: a cor da camiseta,


peso, altura, sabor preferido de bala, número de irmãos, observamos que alguns deles
nos indicam uma quantidade e podemos expressá-los com números. São os chamados
dados quantitativos. Outros representam alguma qualidade ou característica do fato ou
objeto observado. São os dados qualitativos.
Dados quantitativos são aqueles que indicam uma quantidade do fato ou objeto
observado.
Dados qualitativos são aqueles que indicam uma qualidade do fato ou objeto
observado.

1.1.1. As listas e as tabelas

Uma das formas de organizar os resultados de uma pesquisa estatística é o uso da


tabela. Os matemáticos chamam isso de tabular os dados. Em uma tabela os resultados
são apresentados em linhas e colunas, possibilitando uma melhor análise. Nem sempre

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Graduação em Pedagogia

ela permite uma visão integral da pesquisa, nesse caso, a solução é colocar os dados em
um gráfico, mas é preciso que, antes, eles sejam analisados.
Uma tabela não é necessariamente feita só com números. Numa situação qualquer
em que sejam coletados sabores de balas preferidas, por exemplo, podemos anotar em
uma folha de papel as preferências de cada um e obteremos uma lista.
A lista é uma forma de dispor as anotações uma após a outra. Uma vez assim
dispostas, podemos ordená-las de diferentes formas segundo o critério que utilizamos,
por exemplo, por ordem alfabética ou numérica.

Sabores de bala Número de alunos que os preferem


chocolate 2
morango 3
cevada 4
canela 5

1.2. Como organizar os dados e fazer uma tabela

No caso dos sabores de bala, podemos organizar os dados colocando na coluna


da esquerda de uma tabela os nomes dos sabores, e na coluna da direita marcamos um
traço para cada dado coletado, assim só precisamos contar a quantidade de traços e
substituí-los por números.
Podemos também construir uma tabela com os dados de uma variável quantitativa
como a altura dos alunos, expressa em centímetros. Como no exemplo anterior, em
primeiro lugar fazemos a lista com os dados obtidos. Em seguida, representamos esses
dados em uma tabela.

Altura dos alunos (cm) Número de alunos


131 1
135 1
136 1
137 2
138 1
140 1
141 3

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142 1
143 1
144 2
145 3

Podemos reduzir a quantidade de valores diferentes que obtivemos na coluna da


esquerda ao agruparmos os dados em intervalos. Intervalo é um conjunto de valores
compreendidos entre os dois números dados aos quais chamamos de limites do intervalo.
Ao agruparmos os dados em intervalos, podemos perder um pouco da precisão das
informações; no entanto, desse modo fica mais fácil trabalhar com elas.

Altura dos alunos (cm) Número de alunos


De 131 a 135 2
De 136 a 140 5
De 140 a 145 10

Obs. É preciso ter bom senso para determinar o tamanho, ou amplitude, dos
intervalos. Se eles forem muito pequenos, teremos um número elevado de intervalos e
isso significa que não resumimos os dados convenientemente. Por outro lado, se os
intervalos forem muito grandes, podemos perder muitas informações.

1.3. Representação da informação

As listas e tabelas ajudam a organizar e a representar as diversas informações.


Mas existem também outras formas de apresentar a informação, que utilizam os
diferentes tipos de gráficos.

1.3.1. Gráfico de barras

Para representar graficamente as frequências dos dados, podemos utilizar os


gráficos de barras, também chamados diagramas de barras. Para isso, desenhamos uma
barra ou um segmento cuja altura corresponda a frequência do dado que estamos
representando.
Em geral, os gráficos de barras são utilizados para indicar as variáveis qualitativas.
Quando tivermos poucas variáveis quantitativas, também podemos utilizar o gráfico de

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barra. Esses gráficos são matematicamente mais precisos que a representação por meio
de desenhos. Podemos encontrá-los em vários tipos de publicações.

Aviões no ar Oba! Hoje tem futebol!


Chegadas e partidas em um aeroporto no fim de Times de futebol preferidos dos alunos da 4a. Série.
semana
160 100
140 80
120 60
100 40
80
20
60
0
40
20 go ns c o io tos hia ulo iba ros
0 en thia as rêm an Ba Pa orit ut
am rin V G S V. . C O
Sexta-feira Sábado Dom ingo l
F Co S
Fonte: Aeroporto Cumbica Fonte: Alunos da 4a. série do Colégio RM.

Em todos os gráficos, há um eixo vertical e um eixo horizontal. No eixo vertical


podemos ler a frequência de cada um dos dados, e no horizontal, a variável que estamos
estudando: os sabores, no caso das balas, ou os meses do ano em que os alunos
nasceram.
Os gráficos pictóricos assim como os gráficos de barras permitem encontrar
rapidamente os dados obtidos nos estudos realizados com diferentes variáveis.

1.3.2. Gráficos pictóricos

Trata-se de um gráfico que usa desenhos relacionados ao tema da pesquisa para


representar seus dados.
Podemos ver como se faz um gráfico pictórico a partir da pesquisa dos sabores
preferidos de balas. Primeiramente agrupamos os dados coletados e construímos uma
tabela. A partir dela, podemos ver os sabores preferidos. Se quisermos representar esses
dados com um gráfico pictórico, temos que usar um desenho que registre visualmente as
balas e os diferentes sabores. Nesse gráfico pictórico, para cada escolha desenhamos
uma bala na linha correspondente. Inclusive, diferenciamos os sabores pelas cores.
Há outras maneiras de utilizar gráficos pictóricos para representar a informação.
Uma forma muito utilizada é desenhar objetos de diferentes tamanhos, guardando a
proporção com a frequência correspondente a cada elemento da variável.

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1.3.3. Gráfico de linhas

Este tipo de gráfico utiliza uma linha para ligar os pontos que representam os
dados pesquisados. É muito utilizado na identificação de tendências de aumento ou
diminuição dos valores numéricos de uma informação pesquisada ao longo de um
período. Essa forma de representação gráfica é utilizada quando a variável é quantitativa,
sobretudo quando se analisa a evolução de um fenômeno ao longo de um período.
Em um gráfico que represente os lucros de uma empresa, a linha que une os
pontos nos dá rapidamente uma ideia da evolução dos lucros em um determinado
período.

Oscilações da Empresa
Este gráfico mostra o movimento dos lucros que a
Empresa obteve no 1º semestre do ano de2005.

30

20

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Fonte: Loja BemBom

1.3.4. Gráfico de setores

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Outro gráfico estatístico muito usado é o denominado gráfico de setores, ou


diagrama de setores, também conhecido como gráfico de “pizza”. Ele é usado
basicamente nos estudos sobre variáveis qualitativas com poucos elementos. Os dados
de um gráfico de setores sempre se referem a um mesmo tipo de universo, como raça,
produção de grãos, frota de veículos entre outros. Somados os itens resultam em 100%.

Hum! Que fome!


Venda de pastéis em uma barraca durante uma semana.

Banana
Palmito
Queijo
Carne

Fonte: Barraca da Naná.

As preferências pelos sabores de bala, na pesquisa feita com os alunos, servem de


exemplo a esse tipo de representação. Há apenas 4 sabores de balas escolhidos,
portanto, trata-se de uma variável qualitativa com poucos elementos. Para fazer o gráfico,
é preciso dividir o círculo, da forma mais aproximada possível, em partes que
correspondem às frequências de cada elemento da variável.

1.3.5. Construção de gráficos

Para construir qualquer gráfico envolvendo grandezas físicas, deve-se observar as


seguintes regras:
a) Coloque título e legenda.
b) Escolha escalas adequadas para colocar os valores nos eixos.
c) Coloque, de forma clara, as grandezas a serem representadas nos eixos com as
suas respectivas unidades.
d) Coloque os valores das grandezas apenas com os números necessários à leitura;
não coloque valores especiais.
e) Quando houver diversas séries de medidas, é conveniente distingui-las com
diferentes símbolos (●, ■, ▲ e outros).
f) Podemos verificar que a maioria dos gráficos apresenta os seguintes elementos:
título; texto explicativo; gráfico (representação); legenda e fonte.

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1.4. Leitura e interpretação da informação

Os resultados de um determinado estudo podem ser representados de diferentes


formas. Nos jornais, nas revistas ou na televisão, os estudos estatísticos são
acompanhados de uma análise de dados. Quem faz os comentários está interpretando os
gráficos e tabelas. Pode acontecer que em muitas ocasiões, há diferentes interpretações
com os mesmos dados. Por que isso acontece?
“Partindo do princípio de que a leitura de mundo não é feita só por meio de textos,
saber ler gráficos contribui para uma compreensão maior da realidade, ajuda a enxergar
detalhes e apura a percepção”. (Nova escola, 2005, p.60)
Para introduzir a análise crítica de gráficos e tabelas publicados na mídia é verificar
quais as informações contidas neles que não constam na reportagem. Ou, ao contrário,
quais dados estão no texto, mas não aparecem no gráfico. Assim, podemos perceber que
gráficos e tabelas ajudam, mas não bastam, na compreensão do tema abordado.
Para aprender a ler e a interpretar a informação, teremos que responder a algumas
perguntas. O que o gráfico mostra? Os dados apresentados são suficientes para entender
a informação? O que o gráfico não mostra?
Geralmente o gráfico é apresentado pelo final, ou seja, o fim do processo. Então,
qual é o começo? Vamos conhecer o processo de montagem de um gráfico. Vejamos a
atividade a seguir.

Atividade para as crianças: Numa pesquisa sobre frutas preferidas feita em sala de
aula coletamos os seguintes dados e os registramos em uma tabela:
Frutas Quantidade
Abacaxi 7
Laranja 8
Pêra 3
Maçã 12
Mamão 2
Total 32

I) A partir dos dados da tabela anterior, construa um gráfico de barras. Não


esqueça de colocar o título, texto explicativo, legenda e fonte.

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Graduação em Pedagogia

Frutas preferidas da turma

Legenda:
A – Abacaxi
L – Laranja
P – Pera
M – Maçã
O – Mamão

A L P M O

Fonte: Turma do 6º ano da tarde.

O gráfico representa as frutas preferidas da turma. Podemos perceber que a


maior parte da turma tem a maçã como fruta preferida, correspondendo 12 pessoas. A
segunda fruta mais preferida pela turma é a Laranja, com 8 pessoas. O abacaxi ficou
muito próximo em relação à laranja, com 7 pessoas. Por fim, tanto a pera quanto o
mamão são frutas que têm pouca preferência nessa turma, correspondendo a 3 pessoas
e 2 pessoas respectivamente.

II) Interpretação do gráfico


a) Qual a fruta preferida? Como podemos visualizar esta informação no gráfico?
A fruta preferida é a maçã, podemos observar pois é a barra que contém mais
elementos.

b) Observando o gráfico responda: Quantas pessoas não preferem mamão?


Considerando o total de alunos da turma, que corresponde à soma das respostas
para todas as frutas, é 32, precisamos ver desse total quem gosta e quem não
gosta de mamão. Como 2 pessoas têm o mamão como fruta preferida, significa que
30 pessoas não consideram o mamão a sua fruta preferida.

c) Se juntarmos as três primeiras frutas preferidas, quantas serão?


As três frutas preferidas são maçã, laranja e abacaxi, correspondendo a 27

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pessoas.

EXERCÍCOS UNIDADE 4
1. Quais são os tipos de gráficos sugeridos para trabalharmos no Ensino Fundamental I?
Explique e exemplifique-os.

2. A tabela mostra o total de visitantes na cidade de Londrina durante as estações do


ano. Partindo dessas informações construa um gráfico de barras e elabore 3 questões
sobre o assunto.

Estações do ano Total de visitantes (aproximadamente)

Verão 1.100

Outono 1.000

Inverno 1.250

Primavera 1.200

3. O gráfico abaixo apresenta os times A, B, C e D e a pontuação que fizeram em um


campeonato. Ajude a professora a elaborar 5 questões que auxiliem os alunos na
leitura e interpretação do gráfico.

4. Numa pesquisa sobre frutas preferidas feita em sala de aula, coletamos os seguintes
dados e os registramos em uma tabela:

Frutas quantidade
Abacaxi 5
Laranja 12
Pêra 6
Maçã 8
Mamão 4

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

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Total 35

A partir dos dados da tabela anterior, construa um gráfico de barra e responda às


seguintes questões:
a) Quais as 3 frutas mais preferidas da sala, quantos alunos elas representam?
b) Qual a fruta que é menos preferida da sala?
c) Quantos alunos preferem a maçã?

5. (ENADE – 2017) Os britânicos decidiram sair da União Europeia (EU). A decisão do


referendo abalou os mercados financeiros em meio às incertezas sobre os possíveis
impactos dessa saída.
Os gráficos a seguir apresentam, respectivamente, as contribuições dos países
integrantes do bloco para a EU, em 2014, que somam € 144,9 bilhões de euros, e a
comparação entre a contribuição do Reino Unido para a EU e a contrapartida dos
gastos da EU com o Reino Unido.

Disponível em: http://www.g1.globo.com Acesso: 6 set.2017 (adaptado)

Considerando o texto e as informações apresentadas nos gráficos acima, assinale a


opção correta.

a) A contribuição dos quatro maiores países do bloco somou 41,13%.


b) O grupo “Outros países” contribuiu para esse bloco econômico com 42,1%.
c) A diferença da contribuição do reino Unido em relação ao recebido do bloco econômico
foi 38,94%.
d) A soma das participações dos três países com maior contribuição para o bloco
econômico supera 50%.
e) O percentual de participação do reino Unido com o bloco econômico em 2014 foi de
17,8%, o que o colocou entre os quatro maiores participantes.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

6. 2. Durante uma semana, os alunos de uma escola coletaram a temperatura mínima e


máxima de sua cidade. Veja como ficou:

Segunda-feira: max 22o, min 12o;


Terça-feira: max 23º, min 14o;
Quarta-feira: max 19o, min 13o;
Quinta-feira: max 23o, min 13o;
Sexta-feira: max 20o,min 13o;
Sábado: max 17o, min 12o;
Domingo: max 19o, min 10o.

a) organize uma tabela com os dados coletados que contenha as temperaturas:


máxima, mínima e média. O que devemos fazer para obter a temperatura média?
b) A partir dos dados da tabela, construa um gráfico de linha que contenha as
temperaturas: máxima, mínima e média.

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MATEMÁTICA BÁSICA E METODOLOGIA III

Graduação em Pedagogia

REFERÊNCIAS

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CARRAHER, Terezinha N. Aprender pensando. Petrópolis: Vozes, 1988.
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CARVALHO, Dione L. Metodologia do ensino de matemática. São Paulo: Cortez, 2001.
CENTURION, Marília. Conteúdo e metodologia de matemática – Números e
operações. São Paulo: Scipione, 1994.
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IMENES, L. M. P. e outros. Curso de matemática – programa de educação continuada,
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
IMENES, L. M. P. Os números na história da civilização – Coleção Vivendo a
Matemática. São Paulo: Scipione, 1993.
-------------------. A Numeração Indo-Arábica. Coleção Vivendo a Matemática. São Paulo:
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Piaget. Campinas: Papirus, 1999.
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aritmética: implicações da teoria de Piaget. Porto Alegre: Artmed, 2002.
MIORIM, A. M. E MIORIM, M. A. O ensino de matemática no primeiro grau, Editora
Atual.
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ROSA NETO, Ernesto. Didática da matemática. São Paulo: Ática, 1995.
TOLEDO, Marilia & TOLEDO, Mauro. Didática de matemática: como dois e dois: a
construção da matemática. São Paulo: FTD, 1997.
YAMAMOTO, A. Y., e outros. Matemática de 1ª a 4ª série para classes especiais.
DMA/UEM, Maringá (mimeo).

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