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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à distância

Centro de Recursos de Maputo

A Morfologia (classes gramaticais)

Discente: Aida Luísa Manuel Pires/708239145

Curso: Licenciatura em ensino da língua portuguesa

Cadeira: Língua portuguesa II

Ano de Frequência: 2º

Maputo, maio de 2024


Índice

1.Introdução ..................................................................................................................................... 1

1.1.Objectivos .............................................................................................................................. 1

1.1.1.Objectivo geral ................................................................................................................ 1

1.1.2.Objectivos específicos ..................................................................................................... 1

1.2.Metodologia ........................................................................................................................... 2

2.Revisão da literatura ..................................................................................................................... 3

2.1.Conceito de morfologia ......................................................................................................... 3

2.2.Classificação das palavras ..................................................................................................... 4

2.2.1.Classes gramaticais variáveis .......................................................................................... 4

2.2.2.Classes gramaticais invariáveis ..................................................................................... 10

Conclusão ...................................................................................................................................... 14

Referências bibliográficas ............................................................................................................. 15


1.Introdução

A morfologia, no contexto linguístico, é uma disciplina fundamental que se debruça sobre a


estrutura, formação e classificação das palavras em uma língua específica. No âmbito da língua
portuguesa, a morfologia investiga a variedade de classes gramaticais que compõem o sistema
linguístico, analisando-as de acordo com sua função e características morfológicas. Essas classes
gramaticais, essenciais para a compreensão e produção de textos, são agrupadas em variáveis e
invariáveis, sendo as primeiras passíveis de mudanças de acordo com gênero, número e, em alguns
casos, grau, enquanto as últimas mantêm-se constantes em diferentes contextos. Neste trabalho,
exploraremos o conceito de morfologia conforme delineado por diversos autores, além de
apresentar detalhadamente a classificação das palavras, discutindo suas funções, características e
fornecendo exemplos representativos de cada classe gramatical. Ao compreender a morfologia,
torna-se possível desvendar os mecanismos de formação e estruturação das palavras, enriquecendo
assim a habilidade de comunicação e expressão linguística.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo geral

 Este trabalho tem como objetivo geral fornecer uma compreensão abrangente do conceito
de morfologia na língua portuguesa, explorando sua importância no estudo da estrutura
linguística e sua aplicação na análise e produção de textos.

1.1.2.Objectivos específicos

 Discutir os fundamentos teóricos da morfologia, apresentando diferentes perspectivas e


definições propostas por diversos autores ao longo da história da linguística.
 Apresentar a classificação das palavras de acordo com as classes gramaticais, descrevendo
as características morfológicas, a função e os exemplos representativos de cada classe, tanto
das variáveis quanto das invariáveis.
 Explorar as relações entre as classes gramaticais e sua influência na formação de frases e
textos, destacando a importância da morfologia na compreensão da gramática normativa e
na produção de discursos coerentes e eficazes.
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1.2.Metodologia

Para elaboração deste trabalho será feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular para
uma questão mais ampla, mais geral.

Para Lakatos e Marconi (2007), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de
dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não
contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões
cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais me baseio.

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2.Revisão da literatura

2.1.Conceito de morfologia

Morfologia é a área da linguística que estuda a estrutura, formação e classificação das palavras em
uma língua. Envolve análise das unidades mínimas com significado (morfemas) e sua combinação
para criar palavras. Essas palavras são classificadas em categorias gramaticais, como substantivos,
verbos, adjetivos, entre outras. A morfologia também investiga as regras de flexão e derivação das
palavras, permitindo compreender como mudanças morfológicas afetam seu significado e função
na comunicação linguística.

A morfologia, enquanto disciplina linguística, tem sido abordada por diversos autores ao longo
do tempo, cada um trazendo sua perspectiva única sobre o estudo da estrutura e formação das
palavras. Ferdinand de Saussure, em sua obra "Curso de Linguística Geral" (publicado
postumamente em 1916), destaca a importância da morfologia na análise da língua, afirmando que
"a morfologia, ao estudar a formação das palavras, nos dá acesso ao estudo do significante, ou seja,
da parte material da linguagem".

Leonardo Ribeiro, em "Morfologia da Língua Portuguesa" (2008), salienta que a morfologia é "a
área da gramática que se preocupa em estudar a estrutura das palavras", destacando sua importância
na compreensão das regras de formação e flexão das palavras em português.

Já Evanildo Bechara, em "Moderna Gramática Portuguesa" (2009), define a morfologia como "a
parte da gramática que estuda a estrutura, a formação e a classificação das palavras", enfatizando
sua função crucial na análise e descrição da língua portuguesa.

Segundo Maria Helena de Moura Neves, em "Gramática de Usos do Português" (2000), a


morfologia é "a parte da gramática que estuda a estrutura interna das palavras e suas formas de
flexão e derivação", ressaltando sua relevância no entendimento da organização morfológica da
língua.

Esses autores, entre outros, contribuem para uma compreensão abrangente do conceito de
morfologia, evidenciando sua importância na análise e descrição da estrutura linguística da língua
portuguesa.

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2.2.Classificação das palavras

A classificação das palavras é uma área central da morfologia, que se dedica a organizar e
categorizar as unidades linguísticas com base em suas propriedades estruturais e funcionais. Antes
de nos aprofundarmos na própria classificação, é importante compreendermos a relevância desse
processo na análise e descrição da língua portuguesa.

Ferdinand de Saussure, em seu influente "Curso de Linguística Geral" (publicado postumamente


em 1916), estabeleceu os fundamentos para a análise linguística ao distinguir o signo linguístico e
seu significado, ressaltando a importância da classificação das unidades linguísticas para entender
a estrutura da língua.

Leonardo Ribeiro, em "Morfologia da Língua Portuguesa" (2008), oferece uma visão detalhada
sobre as classes gramaticais e sua função na organização do sistema linguístico, destacando a
necessidade de classificar as palavras para compreender sua estrutura e uso na comunicação verbal.

Evanildo Bechara, autor de "Moderna Gramática Portuguesa" (2009), também contribui


significativamente para a compreensão da classificação das palavras, explorando as diferentes
categorias gramaticais e suas relações dentro do sistema linguístico.

Esses autores, entre outros, fornecem uma base sólida para a compreensão da classificação das
palavras, destacando sua importância na análise e descrição da língua portuguesa. Ao organizar as
palavras em categorias gramaticais, podemos entender melhor como a língua funciona e como suas
unidades se relacionam umas com as outras.

As palavras na língua portuguesa podem ser classificadas em diferentes categorias, conhecidas


como classes gramaticais ou classes de palavras. Essas classes são divididas em variáveis e
invariáveis, conforme sua capacidade de sofrer alterações morfológicas.

2.2.1.Classes gramaticais variáveis

As classes gramaticais variáveis são um conjunto de categorias linguísticas que apresentam


variações em sua forma de acordo com determinados aspectos, como gênero, número e, em alguns
casos, grau. Estas classes desempenham um papel essencial na construção da estrutura e na
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expressão de significado nas frases. Entre as classes gramaticais variáveis encontram-se o
substantivo, o adjetivo, o artigo, o pronome, o numeral e o verbo. Cada uma dessas classes possui
características específicas que permitem sua flexão de acordo com as necessidades comunicativas,
contribuindo para a precisão e a clareza da linguagem. Neste contexto, é fundamental compreender
o funcionamento das classes gramaticais variáveis para uma correta análise e produção de textos
em língua portuguesa.

Substantivo

O substantivo é uma categoria gramatical que desempenha um papel fundamental na língua


portuguesa. Ele tem como conceito a capacidade de nomear diversos elementos do mundo real ou
abstrato, tais como seres, objetos, lugares e sentimentos. Na estrutura da frase, sua função é
variada, mas destaca-se principalmente como sujeito ou objeto. Como sujeito, o substantivo indica
quem ou o que está realizando a ação na frase, enquanto como objeto, indica sobre quem ou o quê
a ação é realizada.

Exemplificando esta funcionalidade, temos:

Casa: Substantivo que designa um lugar físico onde se habita ou reside. Pode funcionar como
sujeito em frases como "A casa é grande" ou como objeto em "Comprei uma casa".

Carro: Substantivo que designa um meio de transporte motorizado. Pode ser o sujeito em "O carro
está na garagem" ou o objeto em "Vou comprar um carro novo".

Amor: Substantivo que representa um sentimento de afeto intenso. Pode ser o sujeito em "O amor
move montanhas" ou o objeto em "Sinto amor por você".

Cidade: Substantivo que designa um aglomerado urbano com infraestrutura organizada. Pode
funcionar como sujeito em "A cidade é cheia de vida" ou como objeto em "Conheci uma cidade
encantadora".

Esses exemplos ilustram como o substantivo desempenha um papel essencial na construção e na


compreensão das frases em língua portuguesa, contribuindo para a expressão de ideias e
experiências de forma clara e precisa.

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Adjetivo

O adjetivo é uma classe gramatical fundamental na língua portuguesa, desempenhando o papel de


caracterizar ou atribuir qualidades aos substantivos. Seu conceito é justamente esse: ele expressa
características, estados ou qualidades dos seres e objetos mencionados na frase. A sua função
primordial é a de modificar ou qualificar substantivos, adicionando informações que enriquecem a
descrição e a compreensão do que está sendo mencionado.

Para ilustrar sua funcionalidade, podemos apresentar alguns exemplos sequenciais:

Bonito: Adjetivo que expressa uma qualidade estética agradável. Pode ser utilizado para modificar
substantivos como "casa" em "Uma casa bonita" ou "pessoa" em "Um rapaz bonito".

Grande: Adjetivo que indica tamanho ou extensão considerável. Pode qualificar substantivos
como "montanha" em "Uma grande montanha" ou "oportunidade" em "Uma grande oportunidade".

Feliz: Adjetivo que denota um estado de contentamento ou alegria. Pode modificar substantivos
como "momento" em "Um momento feliz" ou "criança" em "Uma criança feliz".

Inteligente: Adjetivo que atribui a qualidade de ter facilidade de compreensão ou raciocínio


aguçado. Pode qualificar substantivos como "aluno" em "Um aluno inteligente" ou "solução" em
"Uma solução inteligente".

Esses exemplos evidenciam como os adjetivos desempenham um papel crucial na comunicação,


enriquecendo a linguagem ao fornecer detalhes e nuances sobre os substantivos que descrevem.
Ao atribuir características e qualidades aos seres e objetos, os adjetivos contribuem para uma
expressão mais precisa e vívida na língua portuguesa.

Artigo

Certamente! O artigo é uma classe gramatical essencial na língua portuguesa, desempenhando o


papel de acompanhar o substantivo para determiná-lo de maneira específica ou genérica. Seu
**conceito** baseia-se nessa função de indicar a referência e a especificidade do substantivo ao
qual se refere. A sua **função** principal é a de indicar o gênero (masculino/feminino) e o número
(singular/plural) do substantivo que acompanha.

Para exemplificar essa funcionalidade, podemos apresentar alguns exemplos sequenciais:

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O: Artigo definido masculino singular. Exemplo: "O carro está na garagem."

A: Artigo definido feminino singular. Exemplo: "A casa é bonita."

Os: Artigo definido masculino plural. Exemplo: "Os livros estão na estante."

As: Artigo definido feminino plural. Exemplo: "As flores são coloridas."

Um: Artigo indefinido masculino singular. Exemplo: "Um gato passeia pelo jardim."

Uma: Artigo indefinido feminino singular. Exemplo: "Uma árvore cresce no quintal."

Uns: Artigo indefinido masculino plural. Exemplo: "Uns livros estão sobre a mesa."

Umas: Artigo indefinido feminino plural. Exemplo: "Umas meninas brincam no parque."

Esses exemplos ilustram como os artigos desempenham um papel fundamental na língua


portuguesa, fornecendo informações importantes sobre o gênero e o número dos substantivos aos
quais estão relacionados. Ao acompanhar os substantivos, os artigos contribuem para uma
comunicação precisa e clara na construção de frases e textos.

Pronome

O pronome é uma classe gramatical fundamental na língua portuguesa, caracterizada por substituir
ou acompanhar o substantivo, indicando-o de maneira específica ou genérica. Seu **conceito**
baseia-se na capacidade de substituir ou acompanhar o substantivo, assumindo suas funções. A sua
**função** é variada, podendo exercer diversas funções sintáticas, tais como sujeito, objeto direto,
objeto indireto, entre outras.

Para exemplificar essa funcionalidade, podemos apresentar alguns exemplos sequenciais:

Eu: Pronome pessoal do caso reto, utilizado para indicar a pessoa que fala. Exemplo: "Eu vou ao
mercado."

Tu: Pronome pessoal do caso reto, utilizado para indicar a pessoa com quem se fala. Exemplo: "Tu
estudas muito."

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Ele: Pronome pessoal do caso reto, utilizado para indicar a terceira pessoa do singular masculino.
Exemplo: "Ele trabalha todos os dias."

Ela: Pronome pessoal do caso reto, utilizado para indicar a terceira pessoa do singular feminino.
Exemplo: "Ela é muito inteligente."

Nós: Pronome pessoal do caso reto, utilizado para indicar a primeira pessoa do plural. Exemplo:
"Nós vamos viajar juntos."

Vocês: Pronome pessoal do caso reto, utilizado para indicar a segunda pessoa do plural. Exemplo:
"Vocês são bem-vindos aqui."

Eles: Pronome pessoal do caso reto, utilizado para indicar a terceira pessoa do plural masculino.
Exemplo: "Eles estão estudando para o exame."

Elas: Pronome pessoal do caso reto, utilizado para indicar a terceira pessoa do plural feminino.
Exemplo: "Elas são amigas desde a infância."

Esses exemplos ilustram como os pronomes desempenham diferentes funções na construção de


frases em língua portuguesa, substituindo ou acompanhando os substantivos e contribuindo para a
clareza e a precisão da comunicação.

Verbo

O verbo é uma classe gramatical essencial na língua portuguesa, caracterizada por indicar ação,
estado ou fenômeno da natureza. Seu **conceito** baseia-se na capacidade de expressar ação ou
estado em uma frase. A sua **função** principal é a de indicar a ação realizada pelo sujeito na
frase.

Para exemplificar essa funcionalidade, podemos apresentar alguns exemplos sequenciais:

Correr: Verbo que expressa ação de movimento rápido dos pés. Exemplo: "João gosta de correr
no parque."

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Amar: Verbo que expressa o sentimento de afeto e carinho por alguém ou algo. Exemplo: "Eles
se amam profundamente."

Estudar: Verbo que indica ação de adquirir conhecimento por meio de estudo. Exemplo: "Os
alunos estudam para a prova."

Chover: Verbo que denota fenômeno meteorológico de precipitação de água da atmosfera.


Exemplo: "Ontem choveu bastante na cidade."

Esses exemplos ilustram como os verbos desempenham um papel essencial na comunicação,


expressando ações, estados ou fenômenos e permitindo a construção de frases significativas e
coerentes na língua portuguesa.

Numeral

O numeral é uma classe gramatical que expressa quantidade, ordem, multiplicação ou fração. Seu
conceito baseia-se na capacidade de representar números e ordens. Sua função principal é
quantificar ou ordenar os substantivos.

Para ilustrar essa funcionalidade, apresento alguns exemplos sequenciais:

Um: Numeral que representa a quantidade "um". Exemplo: "Comprei um livro."

Dois: Numeral que representa a quantidade "dois". Exemplo: "Tenho dois gatos."

Três: Numeral que representa a quantidade "três". Exemplo: "Existem três cores primárias."

Primeiro: Numeral que indica a ordem "primeiro" em uma sequência. Exemplo: "Ele foi o
primeiro a chegar."

Segundo: Numeral que indica a ordem "segundo" em uma sequência. Exemplo: "Esta é a segunda
vez que visito esse lugar."

Esses exemplos demonstram como os numerais desempenham um papel importante na expressão


de quantidade e ordem na língua portuguesa.

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Advérbio

O advérbio é uma classe gramatical que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, indicando
circunstância, modo, tempo, lugar, entre outros. Seu conceito baseia-se na capacidade de fornecer
informações adicionais sobre a ação, o estado ou as circunstâncias expressas por outras palavras
na frase. Sua função principal é modificar a informação expressa por essas palavras.

Para ilustrar essa funcionalidade, apresento alguns exemplos sequenciais:

Rapidamente: Advérbio que indica a circunstância de modo, descrevendo como uma ação é
realizada. Exemplo: "Ele correu rapidamente."

Aqui: Advérbio que indica a circunstância de lugar, fornecendo informações sobre onde algo
ocorre. Exemplo: "O livro está aqui."

Muito: Advérbio que indica a circunstância de intensidade, ampliando ou diminuindo o grau de


uma qualidade. Exemplo: "Ela trabalha muito."

Bem: Advérbio que indica a circunstância de modo, descrevendo como uma ação é realizada de
maneira satisfatória. Exemplo: "Ele se saiu bem na entrevista."

Sempre: Advérbio que indica a circunstância de tempo, descrevendo que uma ação ocorre em
todas as ocasiões. Exemplo: "Ele sempre chega cedo."

Esses exemplos demonstram como os advérbios enriquecem a linguagem ao fornecer informações


detalhadas sobre as circunstâncias em que as ações são realizadas, contribuindo para uma
comunicação mais clara e precisa.

2.2.2.Classes gramaticais invariáveis

As classes gramaticais invariáveis são um conjunto de categorias linguísticas que não sofrem
variações em sua forma, independentemente do contexto em que estão inseridas. Ao contrário das
classes variáveis, como substantivos e adjetivos, que podem mudar de acordo com gênero, número
e grau, as classes invariáveis mantêm sua estrutura original. Entre essas classes, destacam-se o
advérbio, a preposição, a conjunção e a interjeição.

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O advérbio modifica verbos, adjetivos ou outros advérbios, fornecendo informações sobre
circunstância, tempo, lugar, modo, entre outros aspectos. A preposição estabelece relações entre
termos de uma frase, indicando, por exemplo, a posição, a direção ou o tempo. A conjunção conecta
orações ou termos semelhantes na frase, expressando relações de coordenação ou subordinação. Já
a interjeição exprime emoções, sentimentos ou reações, podendo aparecer isolada na frase.

Embora não sofram alterações morfológicas, essas classes desempenham funções cruciais na
estruturação e na coesão do discurso, contribuindo para a clareza e a expressividade da linguagem.

Preposição

A preposição é uma classe gramatical que estabelece uma relação entre dois termos da oração,
indicando, por exemplo, tempo, lugar, modo, causa, finalidade, entre outros. Seu conceito baseia-
se na capacidade de conectar elementos na frase e expressar diferentes relações entre eles. Sua
função principal é introduzir complementos verbais e nominais na frase.

Para ilustrar essa funcionalidade, apresento alguns exemplos sequenciais:

Em: Preposição que indica lugar ou tempo. Exemplo: "Ele está em casa."

Por: Preposição que pode expressar causa, finalidade, agente da passiva, entre outros. Exemplo:
"Ele fez isso por amor."

Para: Preposição que indica destino, finalidade ou direção. Exemplo: "Vou para a escola."

Com: Preposição que denota companhia, meio, instrumento ou modo. Exemplo: "Ela foi com os
amigos."

Sem: Preposição que indica ausência ou falta de algo. Exemplo: "Ela saiu sem avisar."

Esses exemplos demonstram como as preposições desempenham um papel essencial na


estruturação da frase, estabelecendo relações significativas entre os termos e contribuindo para a
clareza e a coesão da linguagem.

Conjunção

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A conjunção é uma classe gramatical que liga orações, termos ou elementos semelhantes na frase.
Seu conceito baseia-se na capacidade de conectar partes do discurso e estabelecer relações de
coordenação ou subordinação entre eles. Sua função principal é estabelecer essas relações,
permitindo a construção de frases complexas e a organização do pensamento.

Para exemplificar essa funcionalidade, apresento alguns exemplos sequenciais:

E: Conjunção que indica adição ou junção de elementos. Exemplo: "Maria e João foram ao parque."

Ou: Conjunção que indica alternativa ou escolha entre elementos. Exemplo: "Você pode escolher
café ou chá."

Mas: Conjunção que indica oposição ou contraste entre elementos. Exemplo: "Gosto de estudar,
mas detesto provas."

Porque: Conjunção que introduz uma explicação ou justificativa. Exemplo: "Ela saiu porque
estava cansada."

Esses exemplos demonstram como as conjunções desempenham um papel fundamental na


estruturação da frase, conectando ideias e contribuindo para a coesão e a clareza do discurso.

Interjeição

A interjeição é uma classe gramatical que consiste em palavras ou expressões que denotam emoção,
sentimento ou estado de espírito. Seu **conceito** baseia-se na capacidade de expressar emoções
de forma direta e espontânea. Sua **função** principal é expressar sentimentos ou estados
emocionais do falante.

Para exemplificar essa funcionalidade, apresento alguns exemplos sequenciais:

Ah!: Interjeição que denota surpresa, admiração, dor, entre outros sentimentos. Exemplo: "Ah!
Que bela paisagem!"

Opa!: Interjeição que indica surpresa, alerta ou atenção. Exemplo: "Opa! Cuidado com esse
degrau!"

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Uau!:Interjeição que expressa admiração, espanto ou encantamento. Exemplo: "Uau! Que
performance incrível!"

Socorro!: Interjeição que denota pedido de ajuda ou socorro em situações de perigo ou emergência.
Exemplo: "Socorro! Estou preso aqui!"

Esses exemplos ilustram como as interjeições são utilizadas para transmitir emoções de forma
imediata e intensa, contribuindo para a expressividade e a vivacidade da linguagem.

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Conclusão

Ao término deste trabalho, é possível perceber a complexidade e a riqueza da gramática da língua


portuguesa, representada pelas diversas classes gramaticais que a compõem. Desde os substantivos,
que nomeiam seres e objetos, até as interjeições, que expressam emoções e sentimentos, cada classe
desempenha um papel único na estruturação e na expressão do pensamento.

Através da análise das classes gramaticais variáveis, como substantivos, adjetivos, verbos e
numerais, foi possível compreender como a língua portuguesa se adapta para expressar
características e variações, seja de gênero, número, grau ou quantidade. Por outro lado, as classes
gramaticais invariáveis, como advérbios, preposições, conjunções e interjeições, mostraram-se
essenciais na conexão e na organização das ideias, permitindo a coesão e a clareza do discurso.

É importante ressaltar que o estudo das classes gramaticais não se limita apenas à compreensão de
suas definições e funções, mas também à sua aplicação prática na produção e na interpretação de
textos. Ao reconhecer e utilizar corretamente as diversas classes gramaticais, os falantes
conseguem expressar suas ideias de forma precisa e eficaz, promovendo uma comunicação mais
fluida e enriquecedora.

Portanto, este trabalho proporcionou uma visão abrangente e aprofundada sobre as classes
gramaticais da língua portuguesa, destacando sua importância e relevância no processo de
comunicação humana. Ao compreender e dominar esses elementos linguísticos, os estudantes e
falantes da língua portuguesa estarão melhor preparados para explorar todo o potencial expressivo
e comunicativo que a nossa língua oferece.

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Referências bibliográficas

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo.


Editora Lexikon, 2019. (Referência geral sobre gramática da língua portuguesa)
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Editora Nova Fronteira, 2009.
(Outra referência abrangente sobre gramática do português)
NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática de Usos do Português. Editora Unesp, 2000.
(Aborda aspectos práticos e teóricos do uso da língua portuguesa)
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de. Gramática. Editora Ática, 2017.
(Apresenta uma abordagem didática das classes gramaticais)
BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. Editora Parábola
Editorial, 2013. (Oferece uma visão crítica e reflexiva sobre o ensino da gramática)

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