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Apostila Completa Linguistica Ii
Apostila Completa Linguistica Ii
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 INTRODUÇÃO
[...] as regras da gramática são modificadas pelo uso (isto é, as línguas variam
e mudam) e, portanto, é necessário observar a língua como ela é falada.
Dessa forma, a análise dos processos de variação e mudança linguística
consiste em uma das áreas de interesse preferido da linguística funcional
(MARTELOTTA, 2011, p. 164).
Enunciação
A enunciação apresenta enunciados (realizações linguísticas concretas).
Certos enunciados não designam um objeto ou evento, mas fazem referência
a si, o que é denominado de função autorreferencial. Portanto, isso significa dizer que
há fatos linguísticos que só são entendidos em função do ato de enunciar, como os
relacionados a seguir:
Inferência
Na inferência, vemos enunciados que desencadeiam uma sequência de
implicações. As implicações não existem fisicamente, mas imbuem as declarações de
significado. O orador é capaz de entender uma determinada afirmação e raciocinar
nas entrelinhas. Quando falo “Joana é minha sobrinha”, o enunciado implica “Sou tia
de Joana”. Em outros casos, a comunicação não é literal e só pode ser entendida
dentro do contexto: é quando os falantes comunicam mais do que as palavras
significam. Por exemplo, quando a mãe diz para o filho “A lata de lixo está cheia!”, ela
não está fazendo uma constatação, mas indicando que ele deve levar o lixo para fora.
Instrução
Na instrução trata-se de palavras do discurso, conectores, conjunções,
preposições, advérbios e outros que, conforme aparecem nos enunciados, instruem
sobre a maneira de interpretá-los. Veja os exemplos de que o “mas” dá a instrução de
oposição ou restrição ao que foi dito.
As aulas acabaram, mas vou estudar nas férias.
As aulas acabaram, mas a biblioteca está funcionando.
As aulas acabaram, mas por que ainda estamos na escola?
Subprincípio da quantidade
Subprincípio da quantidade indica que quanto mais informações houver, maior
será a quantidade da forma. A complexidade do pensamento se reflete na
complexidade da expressão. Neste exemplo a seguir, temos a repetição do verbo; é
como o falante expressa a intensidade da ação descrita (CUNHA, 2003):
…o gato correu da sua dona… fugiu… e a dona atrás dele… correram…
correram… correram.
Subprincípio da integração
Isso denota que o conteúdo cognitivamente mais próximo é melhor integrado
na codificação. O que é mentalmente próximo é sintaticamente próximo. Esse
subprincípio pode ser percebido no grau de integração que o verbo da subordinada
apresenta em relação à oração principal. Vejamos o exemplo a seguir (CUNHA, 2003):
Maria ordenou: fique aqui.
Maria fez a filha ficar ali.
A filha não queria ficar ali.
Transitividade
A transitividade é pertinente a uma função pragmática A maneira como o falante
organiza seu texto também é determinada por seus objetivos comunicativos e pela
percepção das necessidades do interlocutor. Assim, o texto distingue entre centrais e
periféricos. Segundo Cunha, Oliveira e Martelotta (2003, p. 39), o grau de
transitividade de uma oração reflete sua função discursiva característica, de modo que
orações com alta transitividade assinalam porções centrais do texto, correspondentes
à figura, enquanto orações com baixa transitividade marcam as porções periféricas,
correspondentes ao fundo. Existe, portanto, uma correlação forte entre a marcação
gramatical dos parâmetros da transitividade e a distinção entre figura e fundo.
Informatividade
Informatividade trata-se do que os interlocutores compartilham, ou acham que
compartilham, na interação verbal. Uma pessoa comunica-se para informar outra
sobre alguma coisa, que pode ser do mundo externo ou do seu mundo interno. Um
sintagma nominal pode ser classificado como dado, novo, disponível e inferível.
Referente dado
Refere-se a uma informação já mencionada no texto. “Aí o coroinha da igreja
falou que… (//) não sabia quem tinha levado a imagem”. Neste exemplo, o sujeito do
verbo “saber” (símbolo //) foi mencionado na primeira cláusula, sendo um caso de
referente anteriormente dado: “o coroinha”.
Referente novo (informação nova)
Trata-se de uma informação que o falante acredita não ser conhecida pelo
ouvinte. Isto é, foi introduzida pela primeira vez no discurso: Comprei um carro semana
passada.
Referente inferível
A entidade do discurso é inferível se o falante supõe que o ouvinte pode inferi-
la, por razões lógicas, de outra entidade já mencionada. Ex: “Eu peguei um avião
ontem e o piloto* estava embriagado”. (* Entidade inferível)
Na oração, a entidade “o piloto‟ pode ser inferível da entidade “um avião‟, pois
podemos, a partir do conhecimento sobre o avião, inferir que o veículo tem piloto.
Logo, neste caso, o referente não é dado e nem novo, é inferível.
É o tipo de linguagem mais natural e espontânea, uma vez que não há,
necessariamente, uma preocupação em seguir uma norma culta da língua. Esse nível
de linguagem é utilizado quando a função da linguagem é mais importante do que sua
forma, de modo que a estruturação e as escolhas lexicais não seguem, à risca, normas
de formação. Exemplo desse nível são as conversas informais entre amigos e
qualquer outro tipo de linguagem utilizada de forma espontânea.
Geralmente, o nível coloquial de linguagem (que também é conhecido como
popular (ou informal) é de apropriação de todos os falantes de uma língua, o que não
ocorre no nível formal (do qual somente alguns falantes se apropriam).
Como exemplo do nível coloquial, temos as gírias, expressões utilizadas por
determinados grupos sociais, em um certo recorte de tempo, mas não são aceitas
pelo nível da linguagem formal.
Classes de palavras
Variáveis
As palavras variáveis podem ser flexionadas em gênero e número (algumas,
inclusive, em grau). São exemplos:
• Adjetivo
• Artigo
• Pronome
• Substantivo
• Verbo
Invariáveis
Agora, as palavras tidas como invariáveis são aquelas que não se modificam
em gênero ou número. Ou seja, independentemente da construção enunciada, elas
mantêm o mesmo formato. O contexto não interfere e, da mesma forma, o arranjo
textual não as modifica. Como, por exemplo:
• Advérbio
• Conjunção
• Preposição
• Em um primeiro exemplo, temos a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem
a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum,
as palavras: Nocivo / Nocivas / Nocividade / Inocente / Inocentar / Inócuo, etc.
• Uma raiz pode apresentar-se alterada como nas seguintes palavras:
Ag-ir / Ag-ente / re-Ag-ir * Ex-ig-ir / Ex-ig-ência * At-o / At-or / At-oa, etc.
É preciso dizer que o estudo das raízes muitas vezes foge à finalidade da
gramática normativa (como vimos acima), muitas vezes e por características próprias,
esses estudos só interessa à gramática histórica ou, mais precisamente, à etimologia.
Numa análise morfológica elementar das palavras portuguesas, deve-se preterir a raiz
e partir do radical, considerado como radical em língua portuguesa.
O elemento central da raiz da palavra em língua portuguesa é que ela (a raiz)
dá instabilidade e regularidade à palavra. Para não confundirmos raiz com radical, que
parece ser coisas iguais, mas que tecnicamente são diferentes, é necessário ter em
conta que a raiz é o elemento originário da palavra, relacionando-se com a
sua significação histórica, ou seja, ao seu estudo diacrônico, seu estudo no tempo.
Levando em conta essa diferença, podemos dizer que em algumas palavras ou
família de palavras, o que vemos não é a raiz e sim o radical, que também funciona
como elemento significativo, mas que não carrega o aspecto histórico; o radical
relaciona-se com o aspecto sincrônico. Abaixo algumas palavras formadas com
radicais gregos e que são estudados com maior atenção pela gramática histórica:
Quadro 1 – Palavras com radicais gregos
Aéros- Aeronave Ar
Mónos- Monocultura Um só
• Livr – inho
• Livr – eiro
• Livr – eco
• Livr - asso
Cognatos – É preciso lembrar que não se deve confundir palavras cognatas, que por
definição são aquelas palavras ou vocábulos que procedem de uma raiz comum,
com aquelas palavras que apenas aparentam ter o mesmo radical e que são
denominadas de falsos cognatos. Um exemplo: À raiz da palavra latina anima (=
espírito), por exemplo, prendem-se os seguintes cognatos: alma, animal, alimária,
animar, animador, desanimar, animação, almejar, ânimo, desalmado, etc.
Em virtude das alterações que algumas palavras sofrem em seus usos e em
sua história gráfica, às vezes torna-se difícil discernir a raiz (ou radical) daquela
palavra em virtude das alterações sofridas por ela. Vejamos, na tabela abaixo,
exemplo de palavras que são cognatas do verbo latino facio (= fazer).
Tema – Em sentido mais simples, podemos dizer que o tema é o radical acrescido de
uma vogal, que por esse acréscimo recebe o nome de vogal temática, ou em palavras
de Bechara (2009, p. 282), podemos definir tema como “o radical acrescido da vogal
temática e que constitui a parte da palavra pronta para funcionar no discurso e para
receber a desinência ou sufixo. São exemplos de temas: livro-, trabalha-. A vogal
temática pode ocorrer num tema simples (livr- o) ou derivado (livr- eir- o) ”. A
representação de uma vogal temática pode ser exercida por uma vogal ou por uma
semivogal, dependendo do caso.
A vogal temática também pode, dependendo da conjugação da palavra, passar
de uma vogal para uma semivogal, como no caso da palavra “afeto” que, quando
conjugada, pode aparecer com a variação “afetuoso”. Temos também as palavras
atemáticas que, por terminarem em uma vogal tónica (fé, por exemplo), não possuem
uma vogal temática. Como explica Lima (2011, p. 247), “tema é, portanto, o radical
ampliado por uma vogal temática […] Ao tema assim constituído agregam-se-lhe
desinências e sufixos, para assinalar as flexões da palavra ou para a formação de
termos derivados”.
4 ETNOMETOLOGIA
Para haver diálogo, é necessário ter pelo menos dois interlocutores que falem
alternadamente. A interação verbal é vista como uma sucessão de "turnos de fala",
em que os participantes têm direitos e deveres. O falante de turno tem o direito de
falar por um certo período, mas também tem o dever de ceder o turno em algum
momento. O sucessor potencial tem o dever de ouvir o falante de turno e o direito de
reivindicar o turno de fala após um determinado tempo.
A atividade dialogal é fundamentada no princípio da alternância, em que os
diferentes atores devem ocupar sucessivamente a função de locutor. Além disso,
idealmente, uma conversa se caracteriza por (ORECCHIONI, 2006):
• Equilíbrio na participação: Os participantes têm a oportunidade de falar e
ouvir de forma equilibrada, evitando que uma pessoa monopolize a conversa
ou que alguém seja excluído.
• Respeito aos turnos: Os participantes respeitam os turnos de fala e
aguardam sua vez para contribuir, evitando interrupções excessivas ou falar
simultaneamente.
• Escuta ativa: Os interlocutores estão engajados na conversa, ouvindo e
compreendendo as contribuições dos outros participantes, demonstrando
interesse e receptividade.
Após o falante (F) atual manifestar seu desejo de passar a palavra, surge a
questão de quem será o próximo a assumir o turno. Essa questão se torna relevante
quando há mais de dois participantes na conversação. Existem duas técnicas de
seleção do sucessor (ORECCHIONI, 2006):
Seleção explícita por parte de F: Nesse caso, F1 seleciona explicitamente F2,
utilizando procedimentos verbais, como a nomeação direta do próximo falante, ou
através do conteúdo de suas sentenças. Também podem ocorrer indicações não-
verbais, como a orientação do corpo e a direção do olhar: o participante em que F fixa
o olhar no final de seu turno torna-se um sucessor privilegiado.
Auto seleção de F: Quando a seleção explícita não ocorre, F2 pode se posicionar
como sucessor de F1, encadeando-se diretamente ao primeiro, assumindo o turno de
fala por conta própria.
Observações adicionais:
Pode ocorrer que nenhum candidato se apresente para assumir o turno. Nesse
caso, a intervenção de F2 é seguida por um silêncio mais ou menos prolongado,
conhecido como "gap".
Por outro lado, pode acontecer que vários candidatos se apresentem ao mesmo
tempo, resultando em sobreposição de fala.
É importante ressaltar que a alternância dos turnos nem sempre ocorre de
maneira fácil e harmoniosa. Existem situações em que surgem disfunções nesse
sistema de regras. No entanto, quando as regras funcionam normalmente, o processo
de alternância se dá da seguinte maneira:
F1 cede a palavra, sinalizando o fim de seu turno por meio de indicadores.
F2, então, assume a palavra, seja porque foi selecionado por F 1, seja porque
se auto selecionou como sucessor.
No sistema de turnos em uma conversa, podem ocorrer falhas que resultam em
violações das regras de alternância. Essas falhas podem ser classificadas como
involuntárias, devido a sinais de fim de turno pouco claros ou negligenciados, ou como
violações deliberadas, quando os participantes escolhem não seguir os sinais de
alternância. As falhas podem ser causadas por silêncios prolongados entre os turnos,
falta de percepção dos sinais ou interrupções intencionais. Essas disfunções afetam
o fluxo da conversa, mas é importante reconhecer que nem todas as interrupções são
ofensivas, e algumas podem ser cooperativas ou lisonjeiras, oferecendo ajuda mútua,
(ORECCHIONI, 2006).
Portanto, a organização dos turnos de fala em uma conversa segue uma
sistemática baseada na aplicação de regras. No entanto, essas regras são pouco
coercitivas e têm um caráter probabilístico, o que significa que sua aplicação pode ser
flexível. Violando essas regras é comum e geralmente tolerado, desde que não
exceda um certo limite de tolerância. As regras são baseadas em indicadores sutis e
fluidos, o que leva a negociações constantes entre os participantes da conversa. As
violações das regras são consideradas desvios em relação à aplicação normal, e se
ocorrem em excesso, podem ter efeitos negativos na interação.
5 SUBJETIVIDADE DA LINGUAGEM
6.1 O substantivo
O termo palavra se nos apresenta com aplicações diferentes, que devem ser
distinguidas e, portanto, classificadas de maneira diversa. Podemos ver a
palavra habilidade sob três prismas diferentes: a) o seu aspecto material,
fônico, como significante ou expressão; b) a sua significação gramatical como
uma classe de palavra que se apresenta sob forma de um substantivo
feminino singular; c) a sua significação lexical, isto é, o que significa a palavra
habilidade em relação, por exemplo, a caridade ou amabilidade (BECHARA,
2009, p. 306).
Como nos ensinam Cunha e Cintra (2017, p. 193), “costuma-se também incluir
entre os coletivos os nomes de corporações sociais, culturais e religiosas, como
assembleia, congresso, congregação, concílio, conclave e consistório”. É preciso
lembrar, porém, que esse uso e denominação afasta-se dos tipos normais de
substantivos coletivos, pois o que temos aí são simples ajuntamento de seres que
representam instituições de uma natureza especial, organizada sob uma entidade
superior com determinada finalidade.
Figura 2 – Substantivos coletivo de contagem de tempo
Fonte: shre.ink/aqJR
As palavras que são classificadas como substantivos tem uma grande variação
de flexões. Colocamos ainda que, como nos lembra Cegalla (2008, p. 148) “as
palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes gramaticais usadas como
substantivos, apresentam, no plural, as flexões próprias” dos substantivos. Assim,
mesmo que essas palavras tenham mudado de classificação, seguem a pluralização
das palavras ou classe de palavras para as quais migraram.
6.3 Adjetivos
• De abelha = apícola
• De abóbora = cucurbitáceo
• De fábrica = fabril
• De abutre = vulturino
• De açúcar = sacarino
• De águia = aquilino
• De aluno = discente
• De fera = beluíno, feroz, ferino
• Da chuva = pluvial
• Do lago = lacustre
• Amor de mãe = amor materno
• Comportamento de criança = comportamento infantil
• Objetos de decoração = objetos decorativos
• Plano de governo = plano governamental
Verbo intransitivo
É aquele que expressa uma ação completa em si, sem a necessidade de outros
termos para complementar o seu sentido. Isso significa que a ação expressa pelo
verbo intransitivo não requer a transição para complementos para completar o sentido
da oração (CEGALLA, 2004). Exemplos:
"Marcelo caiu."
No verbo "sentiu", notamos que "quem sente, sente algo", ou seja, o verbo
necessita de complementação. Nesse caso, as dores do parto são o objeto direto que
se associa diretamente ao verbo sem o uso de preposição.
No verbo "revelou", também podemos observar que "quem revela, revela algo
a alguém". Aqui, o verbo necessita de complementação.
“Toda a verdade” é o objeto direto que se associa diretamente ao verbo,
enquanto “aos seus filhos” é o objeto indireto, ligado ao verbo por meio da preposição
"a".
Dessa forma, temos o verbo transitivo direto, que ocorre quando o
complemento se associa diretamente ao verbo, sem o uso obrigatório de preposição,
como no exemplo (LIMA, 2011):
Além disso, existe o verbo que admite dupla transitividade, sendo transitivo
direto e transitivo indireto ao mesmo tempo, exigindo dois complementos. No exemplo:
O verbo "deu" possui tanto o objeto direto "frutas" (ligado diretamente ao verbo)
quanto o objeto indireto "ao namorado" (ligado por meio da preposição "a").
Assim, a classificação dos verbos como transitivos diretos, transitivos indiretos
ou com dupla transitividade depende da forma como eles se ligam aos seus
complementos na estrutura da oração.
Os verbos de ligação são aqueles que servem como uma ponte entre o sujeito
e um nome que atribui características a ele. Sintaticamente, esse nome desempenha
a função de predicativo do sujeito.
O predicativo do sujeito é o termo que atribui particularidades ao sujeito por
meio de um verbo de ligação. Pode ser um adjetivo ou locução adjetiva, substantivo
ou palavra substantivada, pronome substantivo ou numeral.
Ao contrário dos verbos intransitivos e transitivos, os verbos de ligação não
constituem o núcleo essencial de significação do predicado que os contém. O núcleo
de significação é o predicativo do sujeito. Aqui estão alguns exemplos (ALMEIDA,
2009):
"Davi está preocupado."
Nesse caso, o verbo "está" é um verbo de ligação que une o sujeito "Davi" ao
predicativo do sujeito "preocupado".
O predicativo do sujeito atribui a característica de estar preocupado a Davi.
Nessa frase, o verbo "ficou" é um verbo de ligação que liga o sujeito "o
professor" ao predicativo do sujeito "nervoso". O predicativo do sujeito descreve o
estado do professor, que está nervoso.
Predicado verbal
O predicado verbal é aquele formado por um verbo significativo que pode ser
intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto. O verbo é o núcleo do predicado e
expressa uma ação ou estado do sujeito. Exemplos (LIMA, 2011):
Predicado nominal
Quando o predicado é composto por um verbo de ligação, ele é chamado de
predicado nominal. Nesse caso, o núcleo do predicado não é o verbo, mas sim o
predicativo do sujeito, que atribui características ou estados ao sujeito (LIMA, 2011).
Exemplo:
Predicado verbo-nominal
O predicado verbo-nominal ocorre quando o predicado possui dois núcleos: um
verbal (verbo significativo) e um nominal (predicativo do sujeito ou predicativo do
objeto). Esses dois núcleos se relacionam diretamente com o sujeito, resultando em
um predicado com dois núcleos: um verbo e um nome (CEGALLA, 2004).
Na prática, é possível identificar o predicado verbo-nominal por meio de seus
núcleos, sendo um que indica a "ação" realizada pelo sujeito e outro que expressa o
estado do sujeito no momento em que ocorre o processo verbal, ou que atribui uma
característica ao objeto (direto ou indireto). É importante observar que os predicados
verbo-nominais podem ser desdobrados em dois outros predicados separados, um
verbal e um nominal. Exemplo (CEGALLA, 2004):
CORTINA, Asafe; SIMÕES, Priscilla R.; NOBLE, Debbie M.; SANGALETTI, Letícia.
Fundamentos da Língua Portuguesa. Grupo A, 2018.
FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola
Editorial, 2008.
LUFT, Celso P. Moderna gramática brasileira. 2. ed. São Paulo: Globo, 2002.
KOCH, Ingedore G. Villaça. A interação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1992.