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O Funcionalismo decorre de uma vinculação com à Escola Linguística de Praga, onde o Ciclo
Linguístico de Praga foi o centro de uma nova maneira de pensar a linguagem, visto que rompe com
o paradigma formal. Rompe também, de modo tautócrono, com os estudos estruturalistas, pois
entrega a ideia geral que funda o pensamento pragueano de que a estrutura das línguas é
determinada por suas funções características. Seguindo uma orientação centrada fortemente no
ideário saussuriano de acordo com Rodolfo Ilari: priorizou a análise do sistema; assumiu a língua
enquanto forma; deu preferencia à sincronia. Por esse motivo é preciso ter cautela com as etiquetas
em -ismo, pois elas achatam e apagam as diversidades tanto dentro de uma mesma episteme, quanto
entre as várias epistemes existentes em um mesmo campo.
Conforme análises de Berlinck et al. (2001), com evidência no pressuposto funcionalista de que a
estrutura da língua só pode ser plenamente compreendida em associação com os princípios que
regem a interação verbal, contemplemos as sentenças:
“Diadorim”, “Eu” “O Manuelzão e o Augusto Matagra” no nível de uma análise sintática das
funções sintáticas são sujeitos das orações, entretanto aqui consideramos que além da função
sintática de sujeito eles como sujeito também cumprem a função pragmática do tópico. As frases-
perguntas fornecem o contexto interacional que nos permite analisar os termos que ocupam a
posição P1 como tópicos, pois é sobre as entidades a que esses termos se referem que se pede (e se
fornece) alguma informação. Todavia, esses mesmos termos poderiam ser analisados como foco se
fossem inseridos em um outro contexto interacional.
Quem você viu ontem? O Miguilim eu vi ontem. / O que Diadorim entregou para Riobaldo? O
facão Diadorim entregou para Riobaldo.”. Nas frases-respostas “O Miguilim” e “O facão”
realizam a função pragmática de foco, pois eles carregam a informação mais importante ou
protuberante da frase.