Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LINGUÍSTICA
CAPÍTULO 3 - A LINGUAGEM MUDA EM
FUNÇÃO DO CONTEXTO?
Adriana Paula da Silva Amorim
INICIAR
Introdução
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314_… 1/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Para iniciar este estudo, é importante que você tenha em mente que tanto o
estruturalismo quanto o gerativismo – duas correntes linguísticas de base formal –
consideram a linguagem como um aspecto essencialmente humano, e a língua
como um sistema autônomo de regras por meio do qual uma comunidade
linguística se comunica. De fato, as discussões realizadas pelos teóricos
formalistas, em especial Saussure (1916) e Chomsky (1957), possuem grande
relevância no âmbito dos estudos linguísticos.
Ao longo da segunda metade do século XX, outras vertentes dos estudos
linguísticos começaram a surgir com base em algumas indagações, tais como: se a
língua de fato é homogênea, como postula Saussure (1916), por que mudamos
nosso modo de falar em diferentes situações de comunicação? Se a linguagem é
essencialmente humana, por que ao estudá-la desconsideramos as manifestações
realmente proferidas pelos falantes das línguas? E, ainda, como podemos afirmar
que ela não sofre influências da história e da cultura dos povos? No início do
tópico 3.1, você poderá observar um diagrama que apresenta o resumo do
percurso histórico dos estudos linguísticos.
A fim de refletir sobre essas questões, neste capítulo trataremos de duas áreas da
linguística que consideram fatores extralinguísticos, ou pragmáticos, no estudo da
linguagem: o funcionalismo e a sociolinguística. Dessa forma, os dois primeiros
tópicos deste capítulo destinam-se ao funcionalismo, enquanto os dois últimos à
sociolinguística. Esperamos que você se sinta instigado a conhecer melhor e
compreender esses conceitos, intensificando, assim, sua formação profissional e
acadêmica.
Bom estudo!
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314_… 2/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Figura 1 - Percurso histórico dos principais estudos linguísticos. Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314_… 3/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Figura 2 - Elementos situacionais passam a ser importantes na análise linguística. Fonte: Marcin
Balcerzak, Shutterstock, 2018.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314_… 4/26
08/09/2021 09:29 Linguística
VOCÊ SABIA?
Existem formas variadas para uma única função linguística. Pense em diferentes
expressões que servem para cumprimentar uma pessoa: oi! / olá! / e aí? /bom dia! /
boa tarde! /boa noite!, entre tantas outras. Observou quantas formas usamos para
a função “saudação” em português?
Figura 3 - Transformação da estrutura da frase em virtude da função. Fonte: Elaborada pela autora,
2018.
Nos dois casos, temos a ocorrência de formas bem semelhantes, cuja ordenação
dos termos difere em função do objetivo comunicativo do seu emissor. Na frase à
esquerda, identifica-se uma ação (fazer um bolo) realizada por Karina. Em
contrapartida, na frase à direita percebe-se claramente que, dada a situação
comunicativa, acreditava-se que outra pessoa havia feito o bolo, logo o emissor
enfatiza a informação de que foi Karina quem fez. São conhecidas duas vertentes
funcionalistas dos estudos linguísticos, uma europeia, proveniente do
estruturalismo; e uma norte-americana, mais radical em sua oposição às correntes
formalistas e que, inclusive, influenciou muitos grupos de estudo e pesquisa
funcionalistas no Brasil.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314_… 5/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Não são elementos mínimos em si, mas feixes ou conjuntos de traços distintivos
simultâneos. Por exemplo, o fonema /p/ é constituído dos traços: oclusivo, bilabial,
surdo; enquanto o fonema /b/ reúne traços: oclusivo, bilabial, sonoro. Logo, /b/ e
/p/ diferem quanto à sonoridade, e é esse o traço que distingue pares mínimos,
como as palavras “pata” e “bata” ou “pico” e “bico” (CUNHA, 2017, p. 160).
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314_… 6/26
08/09/2021 09:29 Linguística
VOCÊ O CONHECE?
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314_… 7/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Michael Alexander Kirkwood Halliday nasceu no condado de Yorkshire (Inglaterra), em 1925. Formou-se
em linguística na Universidade de Londres e trabalhou como professor em instituições da Inglaterra,
Austrália e China. Estabeleceu seu trabalho de linguagem como parte da vida social humana (GHIO,
2005).
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314_… 9/26
08/09/2021 09:29 Linguística
CASO
O Grupo de Estudos Discurso & Gramática foi fundado em 1991, sob o
título “Iconicidade na fala e na escrita”, assumido pelo grupo por dois
anos. Seus participantes organizaram amostras de língua falada e escrita
com informantes em cinco cidades brasileiras: Rio de Janeiro (RJ), Natal
(RN), Rio Grande (RS), Juiz de Fora (MG) e Niterói (RJ), a fim de criar um
banco de dados reais de fala dos brasileiros para análise da língua. O
material é considerado rico, pois além dos registros da modalidade oral da
língua, há registros da modalidade escrita, o que permite ao analista
comparar as duas modalidades, se necessário. Veja mais em:
<http://www.discursoegramatica.letras.ufrj.br/
(http://www.discursoegramatica.letras.ufrj.br/)>.
3.2.1 Informatividade
Como já explicitado anteriormente, o termo informação diz respeito ao processo
de interação entre o que é conhecido dos interlocutores e o que lhes é novo
(HALLIDAY, 1985). Nessa perspectiva, a partir desse princípio, se analisa o nível
informacional dos elementos linguísticos, com ênfase nos sintagmas nominais,
que podem ser classificados em dado, novo, disponível ou inferível. Com
finalidade de exemplificação, utilizaremos trechos retirados do corpus Discurso &
Gramática. Observe:
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 10/26
08/09/2021 09:29 Linguística
I: é: assim é ... eu vou contar um ... um ... um acidente que aconteceu comigo em
setenta e três né... uma coisa que marcou muito ... na minha vida ... é eu tinha seis
anos ... aí nós saímos da ... nós morávamos em Nova Descoberta ... aí nós saímos de
casa né ... a passeio durante o ... pela manhã ... eu ... eu ... meu irmão ... papai ... um
motorista ... (CUNHA, 1993, p. 1).
3.2.2 Iconicidade
Saussure (1916) e seus seguidores estruturalistas trabalhavam com o conceito de
arbitrariedade da língua. Em contrapartida, o conceito de iconicidade (relação de
motivação entre forma/código e função/significado) ganhou espaço nos estudos
funcionalistas, já que para eles a estrutura linguística revela intenções dos
interlocutores.
A versão inicial de iconicidade, por meio da qual se defende uma relação de
igualdade entre código e significado (BOLINGER, 1977, apud COSTA, 2017), foi
questionada devido ao fato de que as mudanças linguísticas causadas pelo tempo
ou pelo contexto alteram o significado de algumas expressões, como a conjunção
concessiva “embora”, que outrora tinha valor de advérbio temporal, sob a forma
“em boa hora”, e hoje também é utilizada como partícula de afastamento, como
no caso de “vamos logo embora”.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 11/26
08/09/2021 09:29 Linguística
I: De noite estava batendo, na porta e meu primo, abriu a porta era uma, moça toda
de branco. Aí ela foi sumino, sumino ela foi embora. No outro dia de noite estava
batendo na po. E meu primo não atendeu. De manhã meu primo viu a marca do
monstro (VOTRE; OLIVEIRA, s. d., p. 71).
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 12/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Nesse relato escrito, percebemos que a palavra “cadeira”, quando citada pela
primeira vez, aparece no final da frase, por ser um elemento novo no discurso. Em
compensação, ela aparece no início da frase seguinte, por já ser uma informação
dada, mencionada anteriormente.
Portanto, o princípio da iconicidade está intrinsecamente ligado às intenções do
falante ou ao conhecimento partilhado entre ele e o ouvinte, o que motiva a
organização das informações na sentença.
3.2.3 Marcação
Como você viu, o Círculo Linguístico de Praga deu origem à categorização dos
elementos da língua em marcados ou não marcados. Um item é considerado
marcado quando possui um traço ausente em outro item, como é o caso das
palavras “cidadão” e “cidadãos”. A palavra “cidadãos” é marcada em relação à
palavra “cidadão”, pois possui uma desinência de número (que marca o plural)
que a outra não possui. Essa caracterização sempre acontece na comparação
entre dois elementos.
Em resumo, as formas não marcadas, segundo Cunha (2017), apresentam as
características na figura a seguir.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 13/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Figura 4 -
Características das formas marcadas, segundo Cunha (2017). Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
De fato, se pensarmos nas palavras não marcadas pelo plural, ou seja, palavras no
singular, percebemos que elas estão em maior número na Língua Portuguesa,
possuem um conteúdo mais amplo (como quando dizemos “o cidadão brasileiro
merece respeito” nos referindo a todos os cidadãos, mesmo usando o singular).
Sua forma é mais simples que o plural, com menos elementos formais, e é mais
facilmente assimilada pelas crianças em aprendizagem da língua.
Outro exemplo, é a organização das frases em Língua Portuguesa que, em sua
maioria, aparecem na ordem direta: sujeito > verbo > complemento. Outras
formações frasais, em que o sujeito aparece no final da oração, por exemplo, são
consideradas formas marcadas em relação à ordenação direta da oração, mais
comum.
3.2.4 Transitividade
Provavelmente você já ouviu falar da transitividade dos verbos de acordo com a
gramática tradicional. Os manuais didáticos de gramática afirmam que os verbos
transitivos necessitam de complemento, enquanto os intransitivos não necessitam
de complemento. Nesse sentido, Hopper e Thompson (1980) afirmam que a
transitividade, sob a visão funcionalista, é o nível de transferência da ação de um
agente para um paciente, de acordo com “a dinamicidade do verbo, a
agentividade do sujeito e a afetação do objeto” (CUNHA, 2017, p. 172).
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 14/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Retomando a frase “Karina comeu o bolo”, observe que esta sentença possui um
nível de transitividade mais alto do que em “Karina observou o bolo”, a partir dos
critérios apresentados por Cunha (2017).
Os autores supracitados observaram que, em textos mais extensos, as orações
com maior nível de transitividade apresentam conteúdos centrais no texto,
enquanto as orações com baixa transitividade aparecem em comentários
descritivos e avaliativos, geralmente sem centralidade nos textos.
3.2.5 Gramaticalização
Como premissa do funcionalismo, “a gramática é um organismo maleável, que se
adapta às necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes” (CUNHA, 2017, p.
173). Nesse sentido, certas palavras ou organizações sintáticas utilizadas em
contextos específicos podem chegar a ser incorporados ao sistema da língua ou
sofrer mudanças dentro dele. Cunha (2017) cita o exemplo do verbo “querer”, que
passou a ser utilizado como conjunção em algumas situações comunicativas, por
exemplo, na formação “quer você vá, quer você não vá, o importante é que eu
vou”. Atualmente, esse significado da palavra “querer” já é admitido dentro da
gramática da língua.
Figura 5 - O sistema linguístico tem caráter adaptativo. Fonte: TypoArt BS, Shutterstock, 2018.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 15/26
08/09/2021 09:29 Linguística
3.3 Sociolinguística
A sociolinguística, como o próprio nome sugere, tem como premissa a relação
entre a estrutura da língua e os aspectos sociais e culturais dos falantes. Assim
como o funcionalismo, os estudos sociolinguísticos também analisam a língua a
partir de textos realmente proferidos em situação real de comunicação, com
método objetivo e sustentando a tese de que a língua não é autônoma, ou seja,
deve ser estudada de forma interdependente em relação aos fatores
extralinguísticos que interferem diretamente no sistema linguístico.
Foi nos estudos da sociolinguística que surgiu o termo variação linguística, pois
foram percebidas variações sistemáticas, ou seja, motivadas por fatores sociais ou
culturais específicos em determinadas situações, como o uso de gírias entre os
jovens. Por isso, a sociolinguística também é conhecida como teoria da variação.
A sociolinguística, enquanto ramo da linguística que estuda sua relação com os
fatores sociais inerentes à comunicação humana, situou seus estudos na variação
da língua em função de fatores extralinguísticos, como contexto, faixa etária,
classe social e escolaridade.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 16/26
08/09/2021 09:29 Linguística
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 17/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Figura 7 - Dentro de uma mesma comunidade de fala, são formados grupos linguísticos, cada qual
com suas formas distintas de dizer o mesmo. Fonte: A1Stock, Shutterstock, 2018.
Cada um desses grupos possui formas distintas de dizer a mesma coisa, o que é
chamado de variação linguística. Cada uma dessas formas é chamada de variante.
Essa variação pode ser de ordem fonológica, morfológica, sintática, lexical (de
vocabulário) e motivada por fatores linguísticos ou não linguísticos (contexto,
classe social, sexo, faixa etária). Além disso, uma variante pode ser mais utilizada
do que a outra, sendo considerada padrão, enquanto a outra é não padrão.
Um exemplo da relação entre linguagem e sociedade é apresentado por Cezario e
Votre (2017, p. 151): existe alternância de utilização dos fonemas /l/ e /r/ nos
encontros consonantais do português, como em “claro / craro”, “bicicleta /
bicicreta”. Ainda de acordo com Cezario e Votre (2017), pesquisas de Mollica e
Paiva (1987) e Cezario (1991) demonstraram que há uma: “[...] variação estável que
caracteriza duas comunidades de fala: a forma não padrão /r/ é usada pelos
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 18/26
08/09/2021 09:29 Linguística
falantes das classes menos favorecidas e com baixo grau de escolaridade. A outra
forma, canônica, é usada pelo grupo mais escolarizado.” (CEZARIO; VOTRE, 2017,
p. 151).
Além disso, é possível verificar uma variação entre a linguagem utilizada por
homens e mulheres em diversas sociedades. Em algumas comunidades da África,
as mulheres são proibidas de pronunciar o nome do sogro, dos irmãos dele e de
seu próprio genro. Também devem evitar palavras da língua que sejam
semelhantes aos nomes deles. Nesse caso, há palavras que somente os homens
podem falar, devido a fatores culturais. No português, também há variação
linguística em função do sexo: é comum, no Brasil, um homem dizer: “esta é minha
mulher”, mas não é comum ouvir uma mulher dizer: “este é o meu homem”, pois
em alguns contextos essa frase pode ser considerada vulgar (CEZARIO; VOTRE,
2017).
É válido lembrar que não cabe ao analista da linguagem julgar se as formas são
corretas ou erradas, pois o sociolinguista busca, na verdade, descrever as
variações da língua e explicá-las por meio de hipóteses baseadas nas informações
não linguísticas de que possa dispor.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 19/26
08/09/2021 09:29 Linguística
VOCÊ SABIA?
O português brasileiro difere bastante do português de Portugal, desde a forma
como as palavras são escritas e pronunciadas, até a estrutura sintática e as
variações de significado. Isso ocorreu devido ao processo de interação entre o
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 21/26
08/09/2021 09:29 Linguística
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 22/26
08/09/2021 09:29 Linguística
O filme Cine Holliúdy mostra, de forma bem-humorada, o dilema vivido por Francisgleydisson em
relação à chegada da TV ao interior cearense, e o desinteresse da população pelo cinema. Apesar de
brasileiro, o filme é legendado, pois os personagens utilizam o dialeto nordestino – “falado em
cearensês”, como avisam os produtores –, e as legendas possibilitam que os diálogos sejam
entendidosnas demais regiões do Brasil. Para assistir, acesse o endereço:
<https://www.youtube.com/watch?v=23bIw2tuV7o (https://www.youtube.com/watch?
v=23bIw2tuV7o)>.
Síntese
Ao concluir o estudo sobre funcionalismo e sociolinguística, você já está apto a
perceber as semelhanças e diferenças entre as variações linguísticas, bem como
sua importância a partir pontos de vista distintos sobre o mesmo objeto de
análise: a língua.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
reconhecer a língua como um instrumento de interação social;
perceber a relação entre forma e função;
compreender as categorias de análise funcionalista: informatividade,
iconicidade, marcação, transitividade e gramaticalização;
entender a relação entre linguagem e sociedade;
compreender que uma língua tem diversas variantes e que não há uma mais
certa ou mais errada.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 24/26
08/09/2021 09:29 Linguística
Referências bibliográficas
BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 50. ed. São Paulo:
Loyola, 2008.
BORTONI-RICARDO, S. M. Nós cheguemu na escola, e agora? sociolingüística &
educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
CEZARIO, M. M. Alternâncias líquidas nos grupos consonantais – abordagem
variacionista em tempo real. In: CONGRESSO DA ASSEL-RIO, 1., Anais..., Rio de
Janeiro, PUC, 1991.
______.; VOTRE, S. Sociolinguística. In: MARTELOTTA, M. E. (org.). Manual de
Linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2017.
CHOMSKY, N. Syntactic Structures [1957]. Berlim: Walter de Gruyter, 2002.
CINE Holliúdy. Direção e roteiro: Halder Gomes. Produção: Halder Gomes,
Edmilson Filho. Brasil, 2013, HDTV, 91 min. Disponível em: <
(https://www.youtube.com/watch?
v=23bIw2tuV7o)https://www.youtube.com/watch?v=23bIw2tuV7o
(https://www.youtube.com/watch?v=23bIw2tuV7o)>. Acesso em: 31/01/2018.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 25/26
08/09/2021 09:29 Linguística
SAUSSURE, F. de. Cours de linguistique générale. Ed. Bally and Sechehaye, with
the collaboration of a Riedlinger. Lausanne and Paris: Payot, 1916.
VOTRE, S.; OLIVEIRA, M. R. de (Coords.). A língua falada e escrita na cidade de
Juiz de Fora. Rio de Janeiro, [s. d.]. Disponível em: <
(http://www.discursoegramatica.letras.ufrj.br/download/juiz_de_fora.pdf)http://
www.discursoegramatica.letras.ufrj.br/download/juiz_de_fora.pdf
(http://www.discursoegramatica.letras.ufrj.br/download/juiz_de_fora.pdf)>.
Acesso em: 31/01/2018.
______.; ______. (Coords.). A língua falada e escrita na cidade do Rio Grande.
Rio de Janeiro, 1996. Disponível em: <
(http://www.discursoegramatica.letras.ufrj.br/download/rio_grande.pdf)http://w
ww.discursoegramatica.letras.ufrj.br/download/rio_grande.pdf
(http://www.discursoegramatica.letras.ufrj.br/download/rio_grande.pdf)>. Acesso
em: 31/01/2018.
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736314… 26/26