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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES


PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

CORA CATALINA GAETE QUINTEROS

A COMUNICAÇÃO PÚBLICA DA CIÊNCIA DO CLIMA E RISCOS DE DESASTRES

A COMUNICAÇÃO PÚBLICA DO CLIMA


E A COMUNICAÇÃO DE RISCOS DE DESASTRES:
um estudo sobre a participação nas políticas públicas de pessoas que vivem em
áreas de risco climático agudo na cidade de Curitiba, Brasil.

São Paulo

2022

1
SUMÁRIO....................................................................................................................10

INTRODUÇÃO............................................................................................................11

CAPÍTULO I.................................................................................................................19

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A COMUNICAÇÃO......................................................19

1.1 A ciência das mudanças climáticas na agenda pública....................................21

1.2 Impactos das emissões: causa e consequências.............................................27

1.3 A interdisciplinaridade com as ciências humanas e sociais..............................30

1.4 Comunicação do IPCC e estudos de climatologistas brasileiros......................39

1.5 A percepção brasileira sobre mudanças climáticas..........................................44

1.6 Cultura nacional e valores percebidos sobre o clima........................................47

1.7 Justiça climática: valores humanos, democracia e interculturalidade...............51

CAPÍTULO II................................................................................................................60

COMUNICAÇÃO PÚBLICA.........................................................................................60

2.1 O percurso do conceito, debates teóricos e a escolha.................................60

2.1.1 Políticas públicas na governança climática: da agenda global à local.......71

2.1.2 Os públicos e o público na governança do clima........................................91

2.1.3 Perspectivas na comunicação pública do clima........................................101

2.2 O risco como dimensão constitutiva da comunicação pública........................132

CAPÍTULO III............................................................................................................144

METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1 A INSTÂNCIA EPISTEMOLÓGICA

2
3.2 OBJETO DE ESTUDO E QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA

3.3. OBJETIVOS

3.4 ABORDAGEM METODOLÓGICA

3.5 FASES DE ESTUDOS E DESENVOLVIMENTO

3.6 DESAFIOS QUE JUSTIFICAM AS ALTERAÇÕES METODOLÓGICAS

3.7 DEFINIÇÃO DA AMOSTRAGEM

3.8 TÉCNICAS SELECIONADAS PARA COLETA DE DADOS

3.9 O CONTEXTO

CAPÍTULO IV

RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 RESULTADOS QUALITATIVOS


4.1.1
4.1.2
4.1.3.
Mensagens Prejudiciais no Relacionamento Professor-
Aluno Enfrentamento da Teoria e Atribuições dos Estudantes das Mensagens Prejudiciais
O Impacto das Mensagens Prejudiciais na Sala de Aula Universitária
Importância do Estudo
Implicações das Conclusões
Aplicação Prática
Limitações Instruções para Pesquisa Futura
ver CRESWELL; CLACK 2013, p.224-225 cap 8

3
CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

APÊNDICE

ANEXOS

APÊNDICE

A – TCLE E PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITÊ DE ÉTICA DA EACH-


USP

B – ROTEIROS DAS ENTREVISTAS

C - QUESTIONÁRIO SEMI-ESTRUTURADO

D - QUESTIONÁRIO COM AGENTES PÚBLICOS

E- ROTEIRO DO WORSHOP

F – ROTEIRO DE PESQUISA GRUPO FOCAL

ANEXOS

ANEXO A – AVALIAÇÃO DO WORKSHOP PELOS PARTICIPANTES

ANEXO B – AVALIAÇÃO DA PESQUISA GRUPO FOCAL

ANEXO C - AVALIAÇÃO DA PESQUISA NA COMUNIDADE

ANEXO D –IMAGENS DAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA AUTORA DESTE


TRABALHO COM AGENTES PÚBLICOS

ANEXO E– IMAGENS DAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA AUTORA DESTE


TRABALHO COM COMUNIDADE DA CAXIMBA (2019-2021)

ANEXO F – TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS


Entrevista com Felipe SMMA PLanClima
4
Entrevista com MAURO ......(Coordenador Projeto PGRC)
Entrevista com Presidente da Associação de Moradores Amigos Caximba
Jorge AMACACH.

CAPÍTULO III
METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1 A INSTÂNCIA EPISTEMOLÓGICA

A questão mais desafiadora na pesquisa são os percursos às escolhas


teóricas e metodológicas. À procura de pistas que pudessem nortear este estudo às
características da temática proposta no campo da comunicação pública, voltada à
observação da processualidade comunicacional e produção de subjetividades
relacionadas aos riscos de desastres climáticos, a metáfora do arquipélago proposta
por Glissant 1 de certa maneira pode iluminar a abordagem proposta.

Procurei fazer observações como se o grupo de pequenas ilhas próximas


umas das outras, entremeadas pelas águas, estivessem em eterna comunicação.
Cada ilha um contexto, numa diversidade de sentidos, coerências e contradições
interdisciplinares.

O pensamento do arquipélago projeta um mosaico em movimento constante


de tradições e transformações. E, corroborando Canclini (2003), o mundo dos
acontecimentos é fundamentalmente um mundo de sentidos, significados e

1
Inspirada na ideia de Edouard Glissant (2005) sobre arquipelização em Introdução a uma poética da
diversidade, caracterizada pela imprecisão, ambiguidade e relatividade.
5
construções simbólicas e imaginárias. A fronteira está nas mentes, nas teorias,
instrumentos conceituais e nas decisões que tomamos. E desde a perspectiva da
ciência, as decisões são escolhas epistemológicas.

As mudanças climáticas e risco de desastres se entrelaçam entre a episteme


(evidências científicas) x dóxa (opinião, percepção, crenças). Conforme abordado no
primeiro capítulo, enquanto as evidências do clima apontadas pela ciência são uma
crença racional, comprovada, justificada, ao mesmo tempo são de difícil
compreensão para a maioria das pessoas, devido à incerteza, complexidade e
ambiguidade dos riscos de desastres climáticos. E pode-se aferir que é por
intermédio da ciência da comunicação que se abrem infinitas possibilidades para
buscar respostas.

Segundo Nascimento (2012)2, a metodologia da pesquisa diz respeito à


aplicação do método para a aquisição de conhecimento e de como fazer ciência,
proporcionando caminhos alternativos, ferramentas e procedimentos. É uma ciência
instrumental que dá apoio às outras ciências. É a metodologia que proporciona
flexibilidade aos caminhos e alternativas na resolução dos problemas para os quais
procuramos resultados apropriados em relação aos propósitos pretendidos.

Para Michel (2015) enquanto a ciência se propõe a captar e entender a


realidade, a metodologia se preocupa em estabelecer formas de como se chegar a
ela, através da pesquisa científica. Pode-se dizer que a metodologia científica rege
as formas de conhecimento científico, métodos e técnicas de pesquisa, projetos de
pesquisas, trabalhos científicos, relatórios científicos, monografias, teorias, modelos
científicos, problemas, temas, hipóteses e variáveis de pesquisa (MICHEL, 2015,
p.34).

Lopes (1990), refere que o critério epistemológico orienta a opção em torno


da diversidade dos paradigmas existentes nas ciências sociais e,
consequentemente, torna-se impossível investigar a comunicação sem a respectiva
teoria social (LOPES, 1990, p.88-89). A instância epistemológica 3 exerce a função
de vigilância crítica na pesquisa, uma vez que se destina à explicitação dos
obstáculos epistemológicos da pesquisa, às correções e à construção do objeto

2
NASCIMENTO, 2012, p.12.
3
LOPEZ, 1990, p.105.
6
científico.

Segundo Michel (2015), cabe à epistemologia 4 a responsabilidade de discutir


questões e buscar respostas para “o que podemos conhecer? Como justificamos
nossas crenças? Qual é a origem do conhecimento? A ciência enquanto sinônimo
de conhecimento atento, reflexivo e sistemático, adquirido pela observação,
identificação, pesquisa e explicação de fenômenos e fatos formulados metódica e
racionalmente, mas nunca encerrados (MICHEL, 2015, p.7).

Desde a perspectiva relacional de Moore (2015), na filosofia da ciência é onde


florescem as ideias, surgem as mudanças, as percepções sociais. Sua visão dá
importância à ciência sobre as percepções sociais para o campo da comunicação
pública. E refere que a ciência da comunicação em grande escala são questões
essencialmente públicas. Seus estudos sobre “comunicación pública gestionada” se
fundamentam em Kierkegaard (1847), Thomas Moore, Wittgenstein, entre outros,
para observar a partir do princípio de que onde há pequenos grupos sociais ou
multidões, também está a verdade e, essa verdade, está em si mesma nesse
pequeno grupo e nessa multidão (MOORE, 2015, p.99).

Retomando a metáfora do arquipélago, me inspirei nas ilhas para olhar o


microcosmo, o local, o bairro, buscando visibilizar o comunicacional que, em seu
constante movimento, torna-se fluido o tempo todo e de difícil apreensão. Busco
caminhos na tradição funcionalista para observar narrativas e diretrizes de
comunicação em políticas públicas e na teoria crítica para compreender as
interrelações entre políticas públicas do clima, comunicação pública e pistas de
referência para observar as dimensões da justiça climática, reconhecimento social
das diferenças e mediações.

Signates (2020), em seu ensaio da comunicação como ciência coloca uma


questão-chave: que tipo de ciência é (ou pode ser) a comunicação? Será ela uma
ciência básica tardia? No meio acadêmico hoje há uma epistemologia da identidade,
uma epistemologia do tempo, etc. Buscando dar resposta o autor parte da
classificação sustentada hoje pelo CNPq e a Capes para fazer suas considerações.
Os resultados do estudo apontam que a visão institucionalizada da comunicação é

4
Episteme, segundo o dicionário Priberam (2022), é uma palavra que advém da filosofia e significa
conhecimento científico.
7
quase estritamente instrumental e mercadológica, ignorando praticamente toda a
crítica teórica, filosófica e epistemológica, que vem sendo construída pelo campo,
nas últimas décadas (SIGNATES, 2020, p.51).

A hipótese que emerge como corolário do trabalho de Signates, denominada


por ele mesmo, é um “clamor de contexto”, isto é: “uma demanda social de largas
proporções por uma ciência que reconecte a comunicabilidade humana à construção
do saber, da ética, da democracia e da justiça social” (Ibid., 2020, p.61). Ao entender
a comunicação como pragmática fundamental para a vida, Signates almeja uma
comunicação como conhecimento pragmático, relacional, solidário e democrático.

Seguindo o fio observacional de Signates em sua pesquisa a respeito da


comunicação predominantemente institucionalizada, faz-se necessária a
contextualização de uma das tradições historicamente relevantes: o funcionalismo.
Essa tradição e as políticas públicas do clima precisam ser observadas para
possibilitar a compreensão sobre narrativas e suas conexões ou dissonâncias com
as premissas da comunicação pública.

O funcionalismo é uma das tradições do pensamento comunicacional também


conhecido como perspectiva funcionalista em comunicação. Este estudo não
objetiva fazer uma análise histórica do paradigma funcionalista e sim, trazer à luz
alguns aspectos a partir de Tanius Karam e pesquisador da Associação
Latinoamericana de Comunicação (ALAIC) que observa alguns equívocos que têm
sido atribuídos por traduções e interpretações equivocadas, a exemplo de confundi-
lo com difusionismo (KARAM, 2020, p.39). O foco da tradição funcionalista está em
estudar como as sociedades funcionam e como as estruturais sociais podem evoluir.
Ao mesmo tempo reitera a não existência de somente um tipo de funcionalismo,
uma vez que pode ser observado desde a ótica antropológica, sociológica,
psicológica. Nesse sentido observa que a comunicação não tem se interessado
muito por essas interfaces, embora quase sempre esteja mais ancorada na
perspectiva sociológica dos Estados Unidos (KARAM, 2020, p. 28).

Karam reconheçe ser impossível negar a importância de Talcott Parsons na


comunicação, sendo talvez o primeiro grande teórico sociológico dos Estados
Unidos, como teórico com visão mais ampla. Parsons, assim como os filósofos

8
alemães Luhmann e Habermas 5 que observam o campo bem além das mídias, ou
seja, observam a ação comunicativa e sistemas de comunicação a partir de uma
perspectiva mais complexa e aberta. Com uma diferença entre ambos, Luhmann
não acredita ser possível fazer acordos permanentemente, como Habermas, nem
que a comunicação seja uma questão somente de “intencionalidades” ou juízo moral
(comunicação boa ou comunicação má), mas sim, uma comunicação de
configurações, posicionamentos e de relações dentro do sistema (KARAM, 2020,
p.34).

A análise de Karam a respeito da pertinência do funcionalismo em


comunicação busca associar essa perspectiva à epistemologia positiva, que pode
associar-se também com métodos empíricos para observar a comunicação coletiva.
E aponta que nas abordagens da segunda geração, o funcionalismo sociológico e o
estruturalista deram a vez aos estudos qualitativos, mais amplos, trazendo a opinião
pública e agenda setting para análises dos efeitos cognitivos. (KARAM, 2020, p.37).

Segundo Esparcia e Álvarez-Nobell (2020) em seus estudos sobre


funcionalismo na comunicação, corroboram Karam em relação aos equívocos
conceituais e às transformações ocorridas, principalmente sobre o papel da redes de
relações sociais intersubjetivas e os grupos sociais, onde há socialização de normas
e valores, criando relações de ideais e sentimentos comuns e que, por sua vez, as
pessoas participam de diversos grupos, informais e formais, realizando influências
recíprocas, filtram, ampliam ou reduzem os possíveis efeitos das mídias tradicionais 6
(ESPARCIA; ÁLVAREZ-NOBELL, 2020, p. 52).

Os autores apontam as diferenças entre quatro perspectivas funcionalistas,


sendo: as funcionalistas psicológicas, que priorizam a influência das características
das pessoas nos processos de comunicação e que têm um papel ativo na seleção
das mensagens, interpretadas de acordo com questões cognitivas e
comportamentais; as funcionalistas sistêmicas, cuja importância da comunicação
está no funcionamento e sustentação da organização na interrelação com os
subsistemas que a constituem e com seu entorno; e por último as funcionalistas com
abordagem contingencial, fundamentada na teoria dos sistemas abertos e sustenta

5
Habermas tem sido erroneamente inserido na tradição crítica, uma vez que sua obra Teoria da Ação
Comunicativa é dedicada a revisar Parsons e Luhmann (KARAM, 2020, p.33).
6
Explicado pela teoria de Paul Lazerfeld.
9
que a eficiência comunicacional resulta do grau de adaptação das organizações
(estrutura, política, etc.) à dinâmica situacional, determinadas pelas variáveis
tecnológicas, ambientais, humanas, culturais; e por último, as abordagens
funcionalistas mecanicistas, direcionadas à transmissão de mensagens lineares e
fluxos verticais descendentes que deixam de lado as complexas relações humanas
para alcançar a eficiência organizacional (ESPARCIA; ÁLVAREZ-NOBELL; 2020,
p.48-49).

Além da tradição funcionalista, este estudo observa também a teoria crítica,


destacando os autores Nancy Fraser e Axel Honneth, este último considerado da
terceira geração da Escola de Frankfurt e professor de filosofia na Universidade de
Frankfurt7, onde ocupa a cadeira que foi de Jürgen Habermas.

Importante destacar a opinião de Honneth sobre como é vista na atualidade a


tradição da teoria crítica. E especificamente neste estudo, para justificar a escolha
de Honneth e não Habermas, preferencialmente escolhido em estudos da
comunicação.

Em entrevista a Voirol (2011), também professor e pesquisador do Instituto de


Pesquisa Social de Frankfurt, Axel Honneth aponta que sua proposição pela teoria
do reconhecimento consiste em fazer com que o princípio do reconhecimento seja o
núcleo do social. É nesse ponto que o autor vê o vínculo entre a teoria do social e a
fundamentação normativa. Esse é o vínculo que toda teoria crítica precisa para
poder desenvolver critérios normativos próprios, na opinião do pesquisador.

Para Honneth (2011), os critérios normativos retirados de construções


puramente racionais são insuficientes para uma crítica da sociedade ou das formas
de socialização. A teoria do reconhecimento é uma tentativa de apresentar o vínculo
entre o social e os princípios normativos internos (VOIROL; HONNETH, 2011,
p.137). Honneth se vê mais como um discípulo de Habermas, teórico da segunda
geração, quem transformou a teoria crítica ao considerar como núcleo do social a
ação comunicativa. Contudo, a visão habermasiana limitou consideravelmente o
espaço para os conflitos sociais (Ibid, p.140). E aí o paradigma de Honneth entra em
ação.

7
Em 2009, Honneth, além de professor na Universidade de Lausanne, Suiça, ocupava o cargo de Diretor do
Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt (VOIROL, 2009).
10
Outro ponto que o distancia de Habermas é o privilégio à linguagem, pois
para Honneth8, isso leva a uma redução do paradigma da comunicação e a uma
respectiva limitação da esfera do social, uma vez que as relações de comunicação
abrangem muito mais daquilo que é representado por processos linguísticos.

Ao revisitar sua teoria Honneth destaca dois aspectos. O primeiro está no


modelo das três esferas de reconhecimento (amor, direito e solidariedade), a esfera
do amor, na qual o corpo está cada vez mais perceptível, a exemplo de gestos,
expressões não linguísticas, recursos da mímica, gesticulação, chamados de pré-
linguisticos ou intersubjetivos. A raiz da intersubjetividade é uma forma de interação
e comunicação ligada a gestos expressivos corporais, fundamentais na interação
(Ibid., p.146). O segundo aspecto, ao qual não havia dado tanta atenção antes, é a
atenção que precisa ser dada à materialidade do reconhecimento.

A materialidade do reconhecimento está vinculada em grande medida à


corporeidade humana e à corporeidade da interação social. O que significa para
Honneth, que são dois lados. O reconhecimento social possui uma presença física
no cotidiano da sociedade, não é apenas um ato de fala. Quer dizer, é possível
investigar como as relações de reconhecimento e de desrespeito podem,
fisicamente, tornar-se materialidade. Nesse sentido, pode-se dizer que nosso mundo
possui uma presença física das formas dominantes de reconhecimento e de
desrespeito (VOIROL; HONNETH, 2011, p.147).

Assim sendo, por intermédio da teoria crítica, principalmente desde a


perspectiva honnethiana e visão de Nancy Fraser, que trabalhou com Honneth,
buscarei possíveis relações conceituais com justiça climática, reconhecimento da
diferença e a comunicação pública.

Observando a partir do contexto latino-americano, as mediações se tornaram


um marco referencial no campo comunicacional há quase cinquenta anos atrás. As
mediações barberianas9 se inspiram na teoria da mediação social de Manuel Martin
Serrano10. A teoria de Serrano levava os pesquisadores em comunicação para o
como se produzem as crises no sistema global e como as instituições mediadoras
8
VOIROL; HONNETH, 2011, p.143.
9
Termo referido à teoria das mediações proposta por Jesus Martín Barbero (1987).
10
Doutor em Filosofia, é professor da Universidade Complutense de Madrid, onde fundou o
departamento de Teoria da Comunicação. Seu livro La mediación social, publicada em 1977, continua
sendo referência teórica básica nos estudos de Comunicação.
11
elaboram modelos e operam através de meios materiais e imateriais para que o
modelo socioeconômico perdure (FRUTOS, 2020).

Teóricos frankfurtianos definem de maneira sistêmica a realidade, sem limites


entre sociedade e comunicação (FRUTOS, p.79). Nesse sentido, segundo Moragas
(2007) a teoria da mediação social de Serrano caminhava nessa mesma direção,
uma vez que relacionava a comunicação com as ciências da vida e com a
sociedade.

Desde a perspectiva cognitiva, a mediação é um sistema de regras e de


operações aplicadas a quaisquer conjuntos de fatos e acontecimentos. Desde
inícios dos anos de 1990 essa ideia já estava integrada nos estudos de Jesús Martín
Barbero (MORAGAS, 2007). Um ano depois de propor a teoria da mediação social,
Serrano afirmara que os mediadores institucionais são os próprios meios de
comunicação e também, em geral, todos as estruturas que têm a tarefa de ajustar as
práticas sociais às organizações que as regulam (MORAGAS, 2007 apud
SERRANO, 1977, p.30, tradução nossa).

Outro aspecto na teoria das mediações sociais 11 é sua capacidade


metodológica para investigar fenômenos, no qual reúne dimensões subjetivas e
objetivas, previsíveis e imprevisíveis, individuais e coletivos, qualitativos e
quantitativos. Serrano, também é autor da “Teoria de la comunicación: la
comunicación, la vida y la sociedad” (2007), dando sequência a suas proposições
sobre interações comunicativas humanizadas e coletivas para trabalhar com os
vínculos entre Natureza e Sociedade. Em seu estudo estabelece distinções entre
comunicações instrumentais e relacionadas aos efeitos. As interações comunicativas
humanizadas a que se refere Serrano (2009), a partir de um olhar antropológico, é
sobre a criação de sociedades reguladas por normas, crenças e valores. E a
comunicação, na vigência dessas normas e na prática dos comportamentos
individuais e coletivos é o lugar de produção de ferramentas, de pluralidade de
culturas e organizações sociais (SERRANO, 2009, p. 13).

Um dos questionamentos surgidos durante o processo de tomada de decisão


sobre a metodologia na pesquisa tem sido buscar aproximações regionais para o
olhar desde a perspectiva crítica. Esse tensionamento provavelmente tem sido o
11
SERRANO, 2008, p.27.
12
mais desafiador. Como olhar para diretrizes globais sobre as mudanças climática e
avançar para a localidade, para uma ilha, um pequeno ponto do mosaico. E ali me
deter, tentar segurar as águas. Será isso possível?

3.2 OBJETO DE ESTUDO E QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA

Segundo Michel (2015)12, nas ciências sociais, o objeto da pesquisa é o


próprio homem socialmente atuante com seus problemas, valores, desejos e os
fenômenos interferentes nas suas ações. O objeto das ciências sociais é histórico,
modificando-se com o passar do tempo. E sempre em transição, em mudança.

Boaventura de Sousa Santos (2018) argumenta que todo o conhecimento


científico é socialmente construído. Para ele, as ciências sociais não podem
estabelecer leis universais porque os fenômenos sociais são historicamente
condicionados e culturalmente determinados. As ciências sociais não podem
produzir previsões fiáveis porque os seres humanos modificam o seu
comportamento em função do conhecimento que sobre ele se adquire; os
fenômenos sociais são de natureza subjetiva e como tal não se deixam captar pela
objetividade do comportamento (SOUSA SANTOS, 2018, p.20-21).

Sendo a ação humana radicalmente subjetiva, ao contrário dos fenômenos


naturais, Boaventura Santos entende que a ciência social não pode ser descrita

12
MICHEL, 2015, p. 37.
13
apenas em suas características exteriores e objetiváveis. Faz-se necessário
compreender os fenômenos sociais a partir de atitudes mentais e do sentido que as
pessoas conferem às suas ações (Ibid., p.22). O pesquisador português aponta para
a fragmentação pós-moderna das ciências sociais, cujo cerne transportou-se do
disciplinário para as temáticas de pesquisa:

Os temas são galerias por onde os conhecimentos progridem ao encontro


uns dos outros e à medida que seu objeto se amplia, o conhecimento
avança (...) Numa fase de revolução científica como a que atravessamos, a
pluralidade de métodos só é possível mediante transgressão metodológica
(...) A ciência pós-moderna não segue um estilo unidimensional, facilmente
identificável; o seu estilo é uma configuração de estilos construída segundo
o critério e a imaginação pessoal do cientista (SOUSA, SANTOS, 2018,
p.42-43).

Segundo Lopes (1990), desde uma perspectiva pragmática, a pesquisa em


comunicação trata do fenômeno de comunicação que se quer investigar e as
operações envolvidas no processo de definição do objeto de estudo e envolvem o
problema de pesquisa e o quadro teórico de referência (LOPES, 1990, p. 118).

A partir dessas considerações, o objeto teórico desta pesquisa é a


comunicação pública do clima e riscos de desastres extremos. E será observado a
partir de duas dimensões relacionais: a participação social ativa e o reconhecimento
das diferenças, tendo a justiça climática como fundamento.

Recorro a Matos e Nobre (2019), que evidenciam que a comunicação pública


tardou um pouco em se tornar um objeto de pesquisa. O objeto da comunicação
pública é todo assunto de interesse público, cujo objetivo único promover o bem-
estar dos indivíduos vivendo em sociedade (MATOS; NOBRE, 2019, p. 61). Os
autores analisam o conceito de participação sob dois espectros 13: da orientação que
busca o consenso e da que procura a exposição do conflito. Assim, comunicação
pública não deve ser entendida apenas como orientada à procura do consenso, uma
vez que o dissenso e as dimensões afetivas também estão presentes no debate
público.

Quadro 14 Mapa de referência da pesquisa em comunicação pública na governança climática.

Comunicação de Riscos de
Comunicação Pública
Mediações Desastres

Dimensões desde a
Políticas Públicas perspectiva Políticas Públicas
13
ibid., p.403.
14
Governança do Clima; relacional e justiça Redução do Risco de Desastres
Agenda 2030 climática: (RRD)
participação social;
reconhecimento das
diferenças.

Fonte: A autora, 2022.

A estruturação do mapa de referência da pesquisa em comunicação pública


na governança climática para o desenvolvimento deste estudo está sintetizado no
Quadro 14.

Além do objeto teórico, esta pesquisa define como objeto empírico a


observação de políticas públicas, uma vez que, corroborando Matos e Pereira Filho
(2016), políticas públicas são elementos agregadores da comunicação pública.

Sendo as políticas públicas o objeto empírico desta investigação, por meio


das quais é possível observar diretrizes comunicacionais e mediações
especificamente relacionadas com comunidades que vivem em áreas de risco
climático agudo, desde uma perspectiva de agenda pública comunicacional reflexiva.
Mais compreendidas em seu aspecto processual e de vínculos entre as pessoas e
instituições do que na atenção à instrumentalização da sociedade.

Na etapa inicial deste estudo compreendi que as análises levavam a duas


proposições14: da inter-relação constitutiva da comunicação pública e da
comunicação de risco que têm em comum o conceito de participação social como
elemento essencial. A segunda proposição, da inter-relação que reconhece como
dimensão constitutiva da comunicação pública e comunicação de risco a premissa
teórica da interação permanente entre todos os interlocutores e não factualmente ou
esporadicamente.

14
QUINTEROS, 2021. p.167-168.
15
3.3 OBJETIVOS

Em linhas gerais há necessidade de uma compreensão aprofundada de


como são gerenciadas, estruturadas, implementadas e avaliadas as políticas
públicas na governança do clima, no campo comunicacional, especificamente com a
população local. Nesse sentido, o objetivo geral desta pesquisa é identificar políticas
públicas do clima para a redução de risco de desastres, na perspectiva da
comunicação pública com comunidades que vivem em áreas de risco climático
agudo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Identificar como a comunicação se insere no marco legal e normativo das


políticas públicas sobre mudanças climáticas, relacionadas à redução de emissões
de gases de efeito estufa e redução do risco de desastres climáticos, visando
observar e analisar aspectos de abordagem epistemológica e pragmática.

2. Recolher informações sobre como acontecem processos comunicacionais


de agentes públicos responsáveis pela criação e implementação de políticas
públicas na governança do clima e redução de risco de desastres extremos.

16
3. Identificar e analisar as percepções da comunidade diretamente impactada
por riscos climáticos agudos sobre as políticas públicas implementadas pela gestão
pública local (PGRC), visando identificar a influência das mediações e aspectos
relacionais.

4. Estudar como acontecem processos de comunicação e agenciamento da


comunidade exposta a risco climático agudo, a partir de suas histórias de vida e das
políticas públicas locais, buscando elementos para a constituição de proposições
assertivas.

5. Detectar e diagnosticar desafios e potencialidades nas diretrizes


comunicacionais apontadas em programas nacionais e planos locais, visando gerar
contribuições teórico-práticas para a ampliação da qualidade democrática nas
mediações, ampliando a participação dos cidadãos na tomada de decisões sobre
riscos climáticos.

3.4 ABORDAGEM METODOLÓGICA

A escolha da abordagem metodológica desta pesquisa é métodos mistos com


o delineamento multifásico. Esta escolha se justifica por entender que ao longo do
doutorado novas questões foram surgindo durante os diferentes estágios do estudo.
Nessa abordagem, como estrutura geral considera-se o pragmatismo como a base
abrangente. Para o componente qualitativo tem-se como característica a base do
paradigma construtivista, onde o método fenomenológico possibilita fazer
observações desde a experiência vivida dos participantes em relação aos riscos de
desastres climáticos e pós-positivista para o componente quantitativo aplicado na
etapa inicial da pesquisa15.

Segundo Creswell e Clark (2013)16, pesquisadores dos métodos mistos levam


para sua investigação uma “visão de mundo” composta de crenças e suposições
sobre o conhecimento que informa o seu estudo. Métodos mistos é uma postura
assumida para direcionar as diferentes etapas de um projeto, cujas questões de
15
CRESWELL; CLARK, 2013, p.74.
16
CRESWEL; CLARK, 2013, p.46.
17
pesquisa abordam dados quantitativos e qualitativos em um estudo. Para os autores,
“visões de mundo” diferem na natureza da realidade (ontologia), em como
adquirimos o conhecimento do que sabemos (epistemologia), no papel que os
valores desempenham na pesquisa (axiologia), no processo da pesquisa
(metodologia) e na linguagem da pesquisa (retórica) (CRESWELL; CLARK, 2013, p.
259).

Um dos benefícios obtidos com a escolha dessa abordagem é que os


resultados alcançados em diferentes estágios dos estudos foram sendo publicados
no decorrer do doutorado. E ao mesmo tempo foi possível continuar o processo do
programa da pesquisa.

De acordo com Gil (2017)17, as pesquisas de métodos mistos combinam


harmoniosamente procedimentos quantitativos e qualitativos. Daí a existência de
diferentes delineamentos. São seis delineamentos de pesquisa de métodos mistos:
sequencial explanatório, sequencial exploratório, paralelo convergente, incorporado,
transformativo e multifásico. Creswell e Clark definem o projeto multifásico como
inserido nos métodos mistos que combina elementos sequenciais e simultâneos,
coletados durante um período de tempo, e a implementação de projetos ou fases
distintas em um programa geral de estudo (CRESWELL; CLARK, 2013, p. 252).

A seguir serão apresentados estudos cada uma das diferentes fases, fazendo
as conexões com os estudos e métodos e respectivas dinâmicas de inter-relação
dos elementos quantitativos e qualitativos e os resultados obtidos.

3.5 FASES DE ESTUDOS E DESENVOLVIMENTO

De acordo com o método multifásico, a seguir apresentam-se as fases


relacionadas ao processo da pesquisa. Ao todo foram seis fases.

Fase 1 – Na primeira fase, a questão específica estava em identificar como a


comunicação se insere no marco legal e normativo das políticas públicas sobre
mudanças climáticas. Para tal, fez-se a coleta de dados primários e secundários,

17
GIL, 2015, p. 147.
18
especificamente a análise documental e revisão de literatura teórica sobre o tema de
estudo e o campo comunicacional, sendo eles a comunicação pública da ciência
climática e diretrizes globais e políticas públicas locais. Fez-se correlação com
estudos na área, observando trabalhos na área e lacunas teóricas para potencializar
novas possibilidades de abordagem sobre a temática. Os resultados possibilitaram a
produção dos capítulos 1 e 2 desta pesquisa.

Fase 2 – Na segunda fase, a questão específica estava em obter informações


sobre como acontecem processos comunicacionais de agentes públicos
responsáveis pela criação e implementação de políticas públicas na governança do
clima e redução de risco de desastres extremos. Além da continuidade à coleta de
dados e análise documental, aplicaram-se técnicas de observação direta por meio
de múltiplos contatos presenciais, entrevistas, conversas, participação em eventos
ofertados sobre a temática das mudanças climáticas e redução de riscos de
desastres, realização de reuniões. E a oferta de workshop e coleta de dados
quantitativos com amostragem intencional. O resultado desta fase da pesquisa foi
apresentado18 no XV Congreso de la Asociación Latinoamericana de Investigadores
de la Comunicación (ALAIC), 2020.

Fase 3 – Na terceira fase a questão-chave foi identificar e analisar as


percepções da comunidade diretamente impactada por riscos climáticos agudos,
relacionado ao PGRC19. Também aplicaram-se técnicas de observação direta por
meio de atividades de campo com visitas domiciliares a moradores que vivem em
éreas de risco agudo de desastres climáticos em Curitiba, sempre acompanhadas
por liderança de bairro. Contudo, em março de 2020, devido ao período de
restrições decretadas por causa das medidas de distanciamento social referentes à
pandemia provocada pelo coronavírus (covid-19), foi necessário fazer reformulações
e ajustes, principalmente em relação à abrangência do estudo delimitando-o
exclusivamente para a cidade de Curitiba e novas estratégias para a continuidade.
No final desta fase inicia-se o trabalho observacional ao plano de ação climática de

18
QUINTEROS, Cora C. Riscos climáticos e políticas públicas: quatro dimensões constitutivas e
reflexivas da comunicação. In: XV CONGRESO DE LA ASSOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE
INVESTIGADORES DE LA COMUNICACIÓN (ALAIC). Desafios y paradojas de la comunicación em
América Latina: las ciudadanias y el poder. Anais. Medellín-virtual: Universidad Pontificia Bolivariana,
2020, p. 14-27.
19
Projeto Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba, política pública de Curitiba.
19
Curitiba, o Planclima. O resultado desta fase da pesquisa foi apresentado 20 no XIV
Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e de Relações
Públicas da ABRAPCORP. Grupo de Trabalho GT4. Relações Públicas, política e
sociedade. Anais 2020.

Figura 15 Diagrama do procedimento metodológico misto para coleta de dados.

FASE
1
FASE 3
FASE 6
FASE
2 FASE 4 FASE 5

Etapa exploratória Etapa Tabulação, Análise


Etapa Qualitativa
Quantitativa Dados e Resultados
(2020-2022)
(2019) (2022)
Fonte: Elaboração da autora, 2022.
Fase 4 – Na quarta fase, fez-se interação com diferentes públicos,
especialmente relacionados às políticas ambientais do município,21. Tomou-se
conhecimento do Projeto Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba
(PGRC), inserido no PlanClima Curitiba. Por ser a política pública diretamente
relacionada ao interesse deste estudo, o PGRC passou a ser a referência de
análise. Aplicaram-se duas modalidades da técnica de pesquisa participante: a
observação participante e a pesquisa-ação por intermédio da realização de oficina
na comunidade do Caximba com participantes moradores da Vila 29 de outubro,
área diretamente impactada pelo PGRC. Os convites à oficina foram feitos
presencialmente por meio visitas domiciliares feitas pela autora deste estudo. O
resultado desta fase da pesquisa foi publicado 22 no e-book Conexão Pós ECA-USP,
2021.
20
QUINTEROS, Cora C. Comunicação pública e riscos climáticos: quatro dimensões estratégicas
para interações com comunidades em áreas de vulnerabilidade climática. In: XIV Congresso
Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas da ABRAPCORP. 2020,
Grupo de Trabalho GT4. Relações Públicas, política e sociedade. Anais.

21
Até a data da pesquisa as políticas públicas ambientais estavam separadas das políticas de prevenção e
redução de riscos de desastres (RRD), de acordo com relatos de gestores públicos à autora desta
pesquisa.
22
QUINTEROS, Cora C. Comunicação Pública e Comunicação de Risco: experiência de grupo focal
presencial durante a pandemia COVID-19 com comunidade vulnerável a eventos climáticos extremos.
In: ConexãoPós: desafios contemporâneos da pesquisa. Maria Cristina Palma Mungioli, Roseli
Aparecida Figaro Paulino (orgs.). São Paulo: ECA-USP, 2021. p.164-174.

20
Fase 5 - A quinta fase correlaciona-se às duas fases anteriores, já em
confrontação com os dados obtidos e o aprofundamento das questões-chave
identificadas. Aplicou-se o método qualitativo por intermédio da realização de
entrevista face a face com liderança comunitária da Associação Amigos do Caximba.
E por meio de whastapp com outros moradores da Vila 29 de outubro, todos
participantes na oficina realizada na fase 4. Para as pesquisas realizadas com a
comunidade foi obtida a autorização da Plataforma Brasil (anexo). Como resultado
de observações sobre a metodologia aplicada pela pesquisadora publicou-se
artigo23 na Revista Comunicación, Tecnologia y Desarrollo: aportes epistémico-
teóricos metodológicos en la investigación y las agendas de latinoamérica, 2022.

Fase 6 – na sexta e última fase fez-se a tabulação dos dados, organização das
informações, correlações com o referencial teórico, conclusões e proposições.

3.6 DESAFIOS QUE JUSTIFICAM AS ALTERAÇÕES METODOLÓGICAS

O distanciamento social provocado pela pandemia da Covid-19 impactou o


desenho inicial desta pesquisa, que previa uma abrangência diferente do que foi
possível realizar. Estavam previstas observações em três cidades, visitações a mais
moradores que vivem em áreas de risco agudo de desastres climáticos e realização
de um maior número de entrevistas em profundidade. Contudo, em fevereiro de
2020 o Governo brasileiro decretou medidas para enfrentamento da emergência de
saúde pública decorrente do coronavírus responsável pela pandemia internacional 24.

Faz sentido aproximar o leitor (a) de que o tema mudanças climáticas e riscos
de desastres estão envolvidos em questões relacionadas à subjetividade, onde o
campo das percepções e da experiência vivida sobre riscos climáticos dos lugares
são essenciais.

Entende-se que, embora tenham sido feitas alterações no percurso das


restrições por causa da pandemia, as limitações e ajustes e reconfiguração dos

23
QUINTEROS, Cora C. Comunicar riscos de eventos climáticos extremos: humanos como sensores
na cidade. In: Comunicación, tecnologia y desarrollo: aportes epistémico-teóricos metodológicos en la
investigación y las agendas de Latinoamérica. Claudia Pilar Garcia-Corredor, Monica Franchi
Carniello, Federico Beltramelli (orgs.). Taubaté: EdUnitau, 2022, p. 226-237.

24
Lei Nº 13.979 DE 06 DE FEVEREIRO DE 2020.
21
instrumentos não diminuem o valor da pesquisa, principalmente porque a intenção
de investigação prioritariamente qualitativa de caráter fenomenológico, se restringe a
grupos pequenos de estudo.

Corroborando a visão de Peruzzo (2016) 25 sobre a existência de controvérsias


em relação à validade dos resultados obtidos, tanto pelas metodologias tradicionais
quanto pelas que fogem aos padrões rígidos e formais ditos de cientificidade, mas
que desenvolvem outros critérios capazes de captar elementos, processos e
características nas dinâmicas sociais preservando o rigor investigativo.

3.7 DEFINIÇÃO DA AMOSTRAGEM

Por tratar-se de uma pesquisa maioritariamente qualitativa, a seleção dos


participantes tende a ser não probabilística, ou seja, sua definição depende do
julgamento do pesquisador e não de uma forma de sorteio 26. Dentre a amostragem
não probabilística, selecionaram-se dois tipos de amostras: por conveniência, no
sentido de serem participantes especialistas na área de políticas públicas sobre
gestão de riscos e governança climática e; do tipo intencional, em relação às
pessoas que moram em áreas de risco climático agudo. Isso, em função da
relevância que elas representam em relação ao tema de estudo (MICHEL, 2015,
p.161).

Por estar inserida qualitativamente no método fenomenológico, destaca-se


que, segundo Gil (2017), a seleção dos participantes de uma pesquisa
fenomenológica não requer a utilização do processo de amostragem probabilística
nem mesmo um número elevado de informantes. Isso porque seu propósito não é o
de garantir que seus resultados sejam representativos das características de
determinada população. O que interessa é dispor de participantes que sejam

25
PERUZZO, 2016, p.5.
26
BARROS; DUARTE, 2006, p. 69.
22
capazes de descrever de maneira acurada a sua experiência vivida (GIL, 2017, p.
126).

Assim sendo, a amostra da pesquisa, estratificada, não probabilística por


conveniência e intencional, se compõe de participantes residentes em Curitiba (PR),
Brasil, distribuídos em grupos múltiplos: Agentes Públicos da Defesa Civil,
Bombeiros, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Educação, Instituto de
Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPUC), Companhia de Habitação Popular
(Cohab) Curitiba e radioamadores voluntários nas comunidades.

Seguindo o critério de seleção dos participantes nos métodos mistos, os


participantes são homens e mulheres em idade adulta, moradores nas áreas de
risco agudo a desastres climáticos na Vila Barigui, localizada na Cidade Industrial e
na Vila 29 de outubro, localizada no Bairro Novo do Caximba. A amostragem está
identificada por grupos heterogêneos para possibilitar a identificação no próximo
capítulo de resultados.

3.8 TÉCNICAS PARA COLETA DE DADOS

Durante o processo de recolha de informações para produção de dados,


maioritariamente com elementos de abordagem qualitativa, as técnicas de coleta
incluem métodos fenomenológicos como a pesquisa ação, a entrevista em
profundidade, oficinas com dinâmicas de grupo, grupo focal. Também se realizaram
conversas informais, visitas domiciliares, entrevista semiestruturada. Na primeira
fase aplicaram-se questionários

Fez-se análise documental e o estudo de dados secundários com


informações disponíveis em sites, plataformas digitais de organizações
internacionais de pesquisa em mudanças climáticas e redução de riscos de
desastres, de políticas públicas de órgãos públicos brasileiros e instituições
vinculadas ao próprio grupo pesquisado.

As coletas de dados na técnica pesquisa-ação adotadas foram a entrevista


individual, a observação participante e história de vida. Conforme Barros e Duarte27

27
BARROS; DUARTE (2006, p. 138).
23
(2006), na pesquisa-ação, o grupo participante não apenas sabe que está sendo
investigado, mas também conhece os objetivos da pesquisa e participa do processo
de sua realização. E tem o propósito de contribuir para solucionar alguma dificuldade
ou um problema real do grupo pesquisado. O próprio processo da pesquisa reverte
em benefício do grupo, pois servem de subsídios para o encaminhamento de
soluções demandadas in loco.

Tais escolhas múltiplas foram registradas com imagens e gravações de áudio


de celular, na medida do possível, com as respectivas autorizações dos
participantes.

3.9 O CONTEXTO

O contexto relacionado à evolução histórica dos episódios pluviais extremos


são essenciais para a compreensão da escolha de Curitiba como local de
observação das políticas públicas sobre a governança climática. Segundo estudo de
Goudard e Mendonça28 (2020), a cidade de Curitiba ainda que considerada
planejada, ecológica e modelo de planejamento urbano, é marcada por diversos
impactos de inundações, enchentes e alagamentos, ao longo de sua história,
conforme ilustração 15

Figura 15 Evolução histórica dos episódios pluviais extremos em Curitiba (PR), Brasil

28
GOUDARD; MENDONÇA, 2020, p. 6.
24
Fonte: Goudard, 2020, p.6.

Em relação aos impactos dos eventos extremos, no recorte temporal do


estudo (1980 a 2015)29 foram identificadas 51 ocorrências da Defesa Civil e 96.490
pessoas afetadas, de acordo com o relatório do Sistema Informatizado de Defesa
Civil (SISDC).

De acordo com os autores os impactos estão associados às condicionantes


do clima, às baixas declividades, alta densidade de ocupações às margens dos rios
e modificações dos canais fluviais, zonas inundáveis e às vulnerabilidades sobre
diferentes graus de exposição aos riscos. E ainda que, sob as mesmas condições de
chuvas extremas, as populações não são atingidas de maneiras iguais por estes
episódios, refletindo diferentes condições de vulnerabilidade (GOUDARD;
MENDONÇA, 2020, p. 10).

Figura 15 Áreas afetadas por chuvas extremas na cidade de Curitiba.

29
GOUDARD; MENDONÇA, 2020, p. 8.
25
Fonte: Goudard, 2020, p.10.

Na Figura 15, as manchas de inundação (Figura 4c), são de modo conjugado


aos registros de impactos provenientes dos jornais (1980 a 2015), na Figura 4ª; e às
notificações registradas pela Defesa Civil (2005 a 2015) na Figura 4b, permitem
constatar que algumas áreas da cidade, notadamente, as porções central, oeste e
leste são recorrentemente afetadas por impactos ligados aos extremos de chuva.

Fazendo breves inter-relações do contexto com a comunicação desde a


perspectiva sociocognitiva, segundo van Dijk 30 (2020), o contexto é um construto
intersubjetivo concebido passo a passo e atualizado na interação pelos participantes
enquanto membros de grupos e comunidades. O contexto define como vemos a
situação presente e como agimos nela, uma tarefa fundamental para as ciências
sociais. Em sua teoria, van Dijk define o contexto comunicacional metaforicamente,
como sendo representado por círculos concêntricos de influência ou efeitos de certo
estado de eventos ou discursos que influenciam as mensagens da comunicação.

Contextos se tornam cruciais entre os diversos modelos mentais e os


discursos sobre os eventos, uma vez que, além de ser necessário comunicar os
30
van DIJK, 2020, p.19.
26
eventos faz-se necessário modelar as situações comunicativa que os envolvem,
incluindo as percepções das pessoas, suas experiências acumuladas, memória
episódica, opiniões e emoções (van DIJK, 2020, p. 92-94).

Tome-se a exemplo os impactos das mudanças climáticas em Curitiba,


segundo a Figura 15, onde observa-se que juntamente com os registros em jornais,
vai sendo construído e atualizado um complexo modelo mental sobre os impactos
provocados pelas chuvas extremas. O processo de contexto comunicacional faz uso
de diversos conhecimentos, dentre eles as notícias nos jornais, a meteorologia,
vulnerabilidades, inundações, formas de prevenção, resgates das famílias, as ações
das famílias que vivem em áreas de risco, etc.

No contexto histórico as políticas públicas da cidade de Curitiba registram a


criação do Plano Diretor31, revisto em 2004 pela Lei N. 11.266, na qual inserem
diretrizes para gestão democrática da cidade e a promoção para o desenvolvimento
sustentável. Em 2015, ocorre a revisão atual do Plano Diretor 32, onde são inseridas,
diretrizes para o mapeamento das áreas suscetíveis à ocorrência de processos
hidrológicos que gerem risco à população e redução das vulnerabilidades
socioeconômicas e ambientais. No item gestão democrática da cidade, no Artigo
187, refere ampla comunicação pública, em linguagem acessível e que atenda a
todos os tipos de deficiência, mediante os meios de comunicação social disponíveis.
Com base no Plano Diretor 2015, elaborou-se o PlanClima Curitiba (2020), política
pública utilizada como embasamento para esta pesquisa. Nele se insere o Projeto
Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba (PGRC), objeto empírico deste
estudo.

CAPÍTULO IV

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na pesquisa foi dada ênfase à importância na definição dos públicos,


entendendo ser um elemento essencial da comunicação desde a perspectiva
relacional. Nesse sentido os resultados aqui apresentados contemplam nove grupos

31
Lei No.2828 de 10 ago. 1966.
32
Lei No.14771 de 17 dez. 2015.
27
de públicos participantes conforme mostra a Figura 16, durante as cinco fases da
pesquisa. Cada qual tem suas especificidades e se inter-relacionam direta ou
indiretamente com a temática.

Figura 16 Grupos participantes da pesquisa.

G9
G4 G5 G8
G1

G2 G3 G6 G7

Fonte: Elaboração da autora, 2022.

G1 – Grupo Coord. Proteção Defesa Civil e Bombeiros


G2 – Grupo Agentes Públicos Defesa Civil e Bombeiros
G3 – Grupo Radioamadores voluntários na comunidade
G4 – Grupo Agentes Públicos, Questionário
G5 – Grupo Moradores Área Risco Climático Agudo Vila Barigui, Cidade Industrial
G6 – Grupo Secretaria Municipal Meio Ambiente e IPUCC/PGRC
G7 – Grupo Moradores Área Risco Climático Agudo Vila 29 de Outubro, Caximba
G8 – Grupo Companhia de Habitação Popular (Cohab)
G9 – Grupo Liderança da Associação Amigos do Caximba.

Segundo análises da primeira fase da pesquisa

A localização dos participantes do G7 Grupo Moradores Área Risco Climático


Agudo é na Vila 29 de Outubro, no bairro Novo do Caximba, conforme mostra a
Imagem 6 E se situa na parte extrema do mapa (Figura 15c). Com marcações dos
rios na cor azul pela autora deste trabalho, para mostrar que pelo fato de ser uma
área de confluência dos rios Iguaçu e Rio Barigui, quando há chuvas extremas em
28
qualquer outro ponto da cidade, as águas vão provocar inundações nessa região.

Imagem 6 Localização da comunidade no Bairro Novo do Caximba.

Fonte: Google Maps, 2020.

O Projeto Gestão de Risco Climático bairro Novo do Caximba (PGRC), se


insere na política pública de Curitiba, desde 2017.

29
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FILMES/VÍDEOS MENCIONADOS
CISNES VERDES E O CAPITALISMO REGENERATIVO. O especialista britânico
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Swans: The Coming Boom in Regenerative Capitalism”, lançado em 2020. Sobre as
novas formas de capitalismo que moldam o século XXI. Canal YouTube Instituto
Ethos – Canal Traduzido. Duração 59m20s. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=MCdI3YeGjPo

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