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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

CONGRESSO INTERNACIONAL MOVIMENTOS DOCENTES

CADERNO DE RESUMOS DO
CONGRESSO INTERNACIONAL MOVIMENTOS DOCENTES
VOLUME ÚNICO

V&V EDITORA
SANTO ANDRÉ – SP
2023
FICHA TÉCNICA

Evento
Congresso Internacional Movimentos Docentes – 2023
Data
15a 20 de outubro de 2023
Local
On-line, transmitido em youtube.com/movimentosdocentes
Realização
Rede Internacional Movimentos Docentes
Observatório de Educação e Sustentabilidade da Universidade Federal de São Paulo
Apoio institucional
PROEC – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UNIFESP
Cadastro institucional - SIEX
21689
Apoio administrativo
V&V Editora e WordStock Traduções
Organização
Everton Viesba
ISBN
978-65-6063-003-1
DOI
10.47247/CMD/6063.003.1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Reitora

Profa. Dra. Raiane Patrícia Severino Assumpção

Vice-Reitora

Profa. Dra. Lia Rita de Azeredo Bittencourt

Chefe de Gabinete

Prof. Dr. Dan Rodrigues Levy

Pró-Reitora de Extensão e Cultura

Profa. Dra. Débora Galvani

Pró-Reitora de Administração

Profa. Dra. Georgia Mansour

Pró-Reitor de Assuntos Estudantis

Prof. Dr. Anderson da Silva Rosa

Pró-Reitora de Graduação

Profa. Dra. Ana Maria Santos Gouw

Pró-Reitora de Gestão Com Pessoas

Profa. Dra. Elaine Damasceno

Pró-Reitor de Planejamento

Profa. Dra. Juliana Garcia Cespedes

Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa

Prof. Dr. Fernando Atique

Diretor Acadêmico do Campus Diadema

Prof. Dr. Dário Santos Júnior


COORDENAÇÃO DO EVENTO
Profa. Dra. Marilena Rosalen
Profa. Dra. Lígia Azzalis

COORDENAÇÃO DA COMISSÃO ORGANIZADORA


Prof. Me. Everton Viesba-Garcia

COORDENAÇÃO DA COMISSÃO CIENTÍFICA


Profa. Ma. Letícia Moreira Viesba

COMISSÃO ORGANIZADORA

Adriana da Silva Maria Pereira Louise Lima


SEDUC - RJ, SME Nova Iguaçu CeiED, Universidade Lusófona
Antônia Lília Soares Pereira Leila Cristina Arantes
Instituto Federal do Tocantins CEFET e UFLA
Danielli Taques Colman Lúcia Beatriz Ott Ferreira
Universidade Estadual de Ponta Grossa Universidade Federal do Pampa
Deivid Alex dos Santos Luciana G. de Oliveira Maraia
Universidade Estadual de Londrina SEDUCT Campos dos Goytacazes
Edinilson dos Anjos Silva Luciana Paula Lourenço
Universidade Federal de Minas Gerais Instituto Federal de Minas Gerais
Fernanda Gomes da Silva Maria Joselma do Nascimento Franco
SME Diadema, SME São Paulo Universidade Federal de Pernambuco
Gracy Kelly Monteiro Dutra Nilzilene Gomes de Figueiredo
Universidade do Estado do Amazonas Universidade Federal do Oeste do Pará
Helen Flávia de Lima Reinan Clayton Barbosa Abreu
Univ. do Estado do Rio Grande do Norte Escola de Gov. Pública do Estado do Pará
Iure Alcântara dos Santos Barros Tania do Amaral Gomes
SEC-BA Universidad de Extremadura, Espanha
Júlio César Pereira Tania Maria Rodrigues Lopes
Universidade Cidade de São Paulo Universidade Estadual do Ceará

COMISSÃO CIENTÍFICA

Adalgisa Cristina Marques Boni (Faculdades Integradas Adriana da Silva Maria Pereira (SEEDUC-RJ e SEMED
Einstein) Nova Iguaçu)
Adelir Aparecida Marinho de Barros (Universidade Adriana de Medeiros Marcolano Thebas (UFES)
Ibirapuera) Adriana Ofretorio de Oliveira Martin Martinez (FE-
Ademar Henriques da Silva Filho (UEA) UNICAMP)
Adriano Borba Correa (PUC SP) Bárbara Oliveira de Morais (IFSULDEMINAS, PUC-RIO e
Adriano Ferreira da Silva (UnB) UFF)
Adrize Medran Rangel (UFPel) Beatriz Linberger dos Anjos Oliveira (Universidade NOVA
Advanusia Santos Silva de Oliveira (UNIT, UFS) de Lisboa)
Aldivania Alves Salvador Wernz (UFRRJ) Beatriz Martins Arruda (Unicamp)
Alessandra Freire Magalhães de Campos (UNICAMP) Belmiro Marcos Beloni (UTFPR)
Alessandra Lara Silva (UNIUBE) Bruna Brito Santos (UFC)
Alessandra Neves Silva (UFOPA) Bruno de Oliveira Costa (SME – RJ)
Alessandra Patrícia Soares da Costa (UNIFAA/UFF) Bruno Diego Barauna Faculdade (IELUSC)
Alex Antonio da Silva (PPGECEM - UEPB) Bruno Macedo Souza (UFMG)
Alexandre Botelho José (FGV CPDOC) Camila Colombari Bomfim (UNIFRAN)
Alexandre da Silva Sousa (UEMASUL) Camila Salgado Lemke (FURG)
Alexandre Eustáquio Teixeira (PUC Minas) Carla Antunes Pereira (SME-RJ, UNESA e UNIRIO)
Aléxia Roche de Oliveira Paula (UNISO) Carla Santos (Instituto Politécnico de Beja e Univ. NOVA de
Aline Cordeiro dos Santos (Prefeitura Municipal de Lisboa)
Guapiaçu/SP) Carlos Eduardo Borbolla (UNIFESP)
Aline Maria Costa Gonçalves (UnB) Carlos Eduardo de Oliveira Ramos (CEFET-MG)
Aline Sobierai Ponzoni (UFGRS) Carmem Teresa do Nascimento Elias
Aline Tavares Costa (UFPB) Carolina Maria Arenhart Soares Kerkhoff (PUC-GO)
Alisson Silva da Costa (UnB) Caroline Corrêa Alcântara (UNIFESP)
Allisson Roberto Isidorio (UNINCOR) Catarine Elaine de Souza Amaral Guimarães (UFPI)
Alvaro Itauna Schalcher Pereira (IFMA) Celia Petronilha Fonseca Barboza (IFSP)
Amanda Rodrigues Duarte Cesar Fabiano Fioriti (UNESP)
Amauri de Oliveira Amaral (Prefeitura do Rio de Janeiro) Christiane Corrêa de Oliveira (UNEB)
Ana Abadia dos Santos Mendonça (Sup. Reg. de Ensino de Cicera Mônica Rodrigues da Silva (UECE)
Uberlândia) Cieusa Maria Calou e Pereira (IFCE - Juazeiro do Norte)
Ana Carolina Campos de Menezes (UERJ e SME/RJ) Cilene Maria Fontes (Unesp)
Ana Carolina Sabino dos Santos (UNIFAL - MG) Cintia Cavalcante Rodrigues (SEMED Manaus)
Ana Caroline de Brito Evangelista Tomaz (UNIFAL) Cíntia Ferreira Araújo (SEDUC-SP)
Ana Clara Cassimiro Nunes (UNIVASF) Cíntia Moralles Camillo (IFMG)
Ana Cristina Oliveira da Silva Hoffmann (UFSC) Cirlene Custódio Carvalho (IFMA)
Ana Luiza Fernandes Mendes (Grupo Projeção) Claudete Leite Siqueira (Escola Municipal Luis Paulino de
Ana Paula Almeida de Matos (UEPG) Siqueira)
Ana Paula Boaventura Mota de Lima (E.E. Rodrigues Alves Claudia Aparecida Godoy Rocha (UEPA/UFT)
Sobrinho) Cláudia Regina Costa Braga (Unimontes)
Ana Paula Regner (UFSM) Claudia Soares de Oliveira Braga (Unimontes)
Anádria Stéphanie da Silva (UFERSA) Claudiléia Pereira Galvão Buchi (Ufopa)
Analine da Ressurreição Santos Cantanhede da Conceição Claudinei Zagui Pareschi (Unifesp/Ufscar)
(IFMA) Cláudio Gustavo Borges de Aguiar (Universidade Estácio de
Andre Dias (CEET VASCO COUTINHO) Sá)
André Luís Fernandes dos Santos (FIEB) Cláudio Rodrigues da Silva (Unesp)
André Luiz Souza-Silva (UFPB) Claudio Wagner Locatelli (UFABC)
André Menezes de Jesus (IFRN) Cléo Maycon Viana Paz (UNEMAT)
André Slaviero (UFRGS) Clodoaldo Reis Azarias (Unioeste)
Andréia Aurélio da Silva (UFSM) Cristiane Domingos de Aquino Teixeira (UFRPE)
Anelise Muxfeldt (Faculdade IELUSC) Cristiane Pessoa da Cunha (ITA)
Anfibio Zacarias Huo (Mackenzie) Cristiano de Souza Calisto (UnB)
Angelo Rober Pulici (UNESP) Cristina Almeida da Silva (PUC-SP)
Antônia Lília Soares Pereira (IFTO) Cristina Hill Fávero (UEMG e UCP)
Antônia Rosivania Rodrigues Duarte (UERN) Cynthia Girundi (UFPel)
Antonio Pereira dos Santos (UEPG) Cynthia Pichini (USJT)
Antônio Quintela Neto (UFRJ) Dandara Scarlet Sousa Gomes Bacelar (UFPI)
Arceloni Neusa Volpato (UNIFACVEST) Daniele Rosa Ferreira (UEPG)
Arildo dos Santos Amaral (SEMEDE - Rio das Ostras) Danielle Barroso Caldas (UNESP-PROFEI)
Arlyson Alves do Nascimento (IFAL) Danielle Ferreira de Souza (Unimontes)
Arnaldo Antonio da Silva Junior (SEDUC-SP) Danielli Taques Colman (Uepg)
Arthur Cardoso de Andrade (UFCG) Darty Cléia Messias Santos de Brito (UFRB)
Artur Maciel De Oliveira Neto (Unesp) Dayse Pereira Barbosa Souza (Polo Educacional SESC)
Artur Pires de Camargos Júnior (Universidad de la Empresa – Débora Furtado Barrera (UnB)
Uruguay) Débora Santos Molinário Vieira (UERJ/FFP)
Deivid Alex dos Santos (UEL) Fernanda Sturion da Silva (Prefeitura Municipal de Saltinho)
Denise da Vinha Ricieri (UFPR) Fernando Gagno Júnior (IFES)
Diego de Deus Moura (UFMG) Flavia Daniela dos Santos Moreira (Instituto Benjamin
Diogo dos Santos Vieira (UFOPA) Constant)
Dione de Oliveira Rozadas (UFU) Flávia Elisa de Carvalho Fortes (UNIFAL/MG)
Divane Oliveira de Moura Silva (UFPE) Flávia Gisele Nascimento (UFPR)
Djalma dos Santos Machado (UNICID) Flávia Ribeiro Amaro (UMESP)
Djanires Lageano Neto de Jesus (UEMS) Flavio João Adulai Bari (UFGD/MS)
Docimar de Jesus Felisbino (UNB) Franciene Aparecida Moreira (UNIUBE)
Dorcas Rodrigues Silva de Recamán (Florida University Francisca Márcia Costa de Souza (IFMA)
USA) Francisca Silva e Silva (UNNTER)
Douglas Ferreira Da Silva (UNIFACOL) Francisco Leilson da Silva (UFRN)
Drielen dos Santos Magalhães (UNEMAT) Francisco Souza da Silva (USP)
Drielly Neres Lúcio (UEG) Francislene Glória de Freitas Reis (UFTM)
Edilania Reginaldo Alves (SME Milagres – Ceará) Franco Adriano dos Santos (UEG)
Edinilson dos Anjos Silva (CMEA ARTUR PAGUNG) Fredson Pereira da Silva (Uece)
Edna Rodrigues de Moura (E.E. Prof. Crisotelma Francisca Gabriela Araujo de Santana Lisbôa (UESB)
de Brito Gomes) Gabriela Rodrigues Noal (UFSM)
Edson Swendsen Ferreira da Rocha (UFPB) Gabrieli Buzata Nicola (UFSM)
Edson Vieira da Silva de Camargos (Universidad de la Gardênia de Almeida Bezerra (UFMA)
Empresa - Uruguay) Gêise Rúbia de Souza Ortiz (Universidade La Salle)
Eduardo Augusto de Santana (UFPE) George Almeida Lima (UNIVASF)
Eduardo Bugs Gonçalves (UFSC) George Luiz de Oliveira Andrade (Unibalsas)
Eduardo Gomes Neto (UERJ) Geuciane Felipe Guerim Fernandes (UENP)
Eduardo Schiller (FURB) Gilmar dos Santos Sousa Miranda
Elaine dos Reis Soeira (IF Baiano) (IFSULDEMINAS/UNIVAS)
Elaine Maria da Silva dos Santos (UNISUL) Gilselene Garcia Guimarães (UNIVERSIDADE ESTÁCIO
Elaine Passos Pereira (IFFluminense) DE SÁ)
Eliana Barbosa dos Santos (UFRJ) Giovanna Ofretorio de Oliveira Martin Franchi (UFSC)
Eliane Penha Mergulhão Dias (FATEC/ FCC / UNIP) Gisele Da Silva Soares (USJT)
Elisabeth dos Santos Tavares Enrique José Varona Gisele de Brito Brasil (UFSC)
Elisandra Moreira de Lira (UFAC) Giselle da Silva Santos (UERJ)
Elisângela Gomes Martins Pinto (FFP/UERJ) Gislaine Buraki de Andrade (Univel)
Elizana Monteiro dos Santos (UnB) Glaucia Nogara (UNIARP)
Elizangela Dias Santiago Fernandes (UEM) Glaziele Campbell da Silva (IFRJ)
Ellen Maria Santos Portela (UNIFAL) Gleidson Costa da Silva (E.E. Professora Josefa Jucileide
Ellen Michelle Barbosa de Moura (UnB) Amoras Colares)
Eloisa Rodrigues Pássaro (UECE) Graça Luzia Dominguez Santos (UFBA)
Elton Souza de Melo Mossoró Gregory Luis Rolim Rosa (UEPG)
Elves Rodrigues da Cruz (Unifacvest) Greis Anselma Gomes (UEX)
Elvis Nazareno Lira de Oliveira (Ufopa) Guilherme Baumann Achterberg (SME Cachoeira do Sul)
Erica de Lima Pedroso (Unesp) Guilherme Garcia Sumariva (SME de Esteio/RS)
Érica Karina Silva (UNICENTRO) Gustavo Carvalho Mauricio (PPGE/UFSCar)
Érica Midori Ikegami (UFTM) Hamilton Fernandes de Souza (E.E. Professor Délcio de
Érica Miranda Maciel (FUPAC) Souza Cunha)
Érica Regina Silva (Unifesp) Helen Cristiane da Silva Theodoro (UFSCar)
Érika Almeida Furtado (UFES) Helen Flávia de Lima (UERN)
Eurico Rosa da Silva Júnior (IFSertãoPE) Helena do Socorro Campos da Rocha (IFPA)
Fábio Brazier (IFSULDEMINAS) Hélio da Guia Alves Junior (UNISANTOS)
Fábio Jorge de Nazaré Ferreira (EEEM Professor Gerson Helisabety Barros Mendes de Melo (IFAL)
Peres) Heloisa De Carvalho Torres (UFMG)
Fabíola de Fátima Andrade Frimaio (Universidade Metodista Helyone Sarita das Mercês Lima (IFAP)
de São Paulo) Hermínio Ernesto Nhantumbo (Escola Superior de
Fabrícia Carvalho (Unifesp) Jornalismo)
Fabricia Delfino Rembiski (UFES) Iara Aparecida Garcia (UFTM)
Fabricia Lidiane Camilo Pedroso (Unemat) Ielson José dos Santos (UNESP - Rio Claro)
Fausto José de Araújo Muniz (UFRPE) Inácio Antônio Athayde Oliveira (SEEDF)
Felipe da Costa Negrão (UFAM) Irini Cristina Monteiro de Brito (UNIFEI/UFSCAR)
Fernanda Jardim Maia (Unesp) Isabela Costa Dominici (UMA)
Fernanda Pinto de Aragão Quintino (UFAM/SEDUC-AM) Isabella Cristina Sena de Oliveira Cipoli (USP)
Isadora Cabreira da Silva (UFPEL) Karla Mendonça Menezes (SESC-SC)
Isadora Polvani Barbosa (UEL) Kathy Souza Xavier de Araújo (UFPB)
Ismênia Gurgel Martins (UERN) Keila Borges Toledo Costa (E.E. Professor Esmeraldo
Italo Oscar Riccardi León (UNIFAL-MG) Monteiro)
Ivalda Kimberlly Santos Portela (UFBA) Keila Zaniboni Siqueira Batista (FURB)
Ivan Braga de Souza (SEEC e UTIC) Kelvin Rafael Rodrigues de Oliveira (Unesp)
Ivan Vilaça dos Santos (UNIFAL-MG) Kleilton Nascimento Pereira (UFMG)
Ivo Dias Alves (UNICAMP) Lara Caroline Moreira Morais da Cruz (FAAMA)
Ivone Colu Frederico Panzarin Laura Rodrigues Paim Pamplona (UFSCar)
Izabele Gomes de Jesus (UFBA) Leila Costa dos Santos (UESB)
Jacimara Oliveira da Silva Pessoa (Universidade Del Sol – Leila Cristina Arantes (CEFET e UFLA)
Paraguai) Leila de Souza Marins (SEMED - Nova Iguaçu/RJ)
Jackson Adair Gonçalves (Universidade de Passo Fundo – Lenine Bandeira da Costa (Unigranrio)
UPF) Lenivaldo Idalino de Oliveira Júnior (UFPE)
Jádia Elane Oliveira (UNETLÂNTICO) Lennon Júnior Silva Araujo (UFOPA)
Jalles Dantas de Lucena (UECE) Leonardo Felipe Gonçalves Duarte (UFMS)
Janaína Pinto (UNIMEO CTESOP) Liciane Langona Montanholi (Universidade de Cabo Verde)
Janara de Camargo Matos (FATEC) Lidiane de Melo Medeiros
Janete Aparecida Klein (UFT) Lilian Gonçalves (Unicesumar)
Janiara de Lima Medeiros (UFF) Liliane Barbosa Amorim (IFMA)
Jaqueline Antonello (UNESP) Livia Amanda Andrade de Aguiar (SEMED-Manaus)
Jaqueline dos Santos Macedo (EM Presidente Arthur Lívia da Silva dos Santos (UFPE)
Bernardes) Louise Cristine Alves Piedade (UFPA)
Jarliso da Silva Almeida Centro Universitário (UNIPLAN) Lourdes Christina dos Santos de Macêdo (UnB)
Jessé Barreto (UNICID) Luana Walquíria dos Santos (UFV)
Jéssica Teixeira de Mendonça (IFMT) Lucas da Costa Lage (UFPR)
Jevison Cesário Santa Cruz (PREFEITURA DO RECIFE) Lúcia Tavares dos Santos Serpa (CMEB Lauriat Martins de
João Alberto Steffen Munsberg (UNILASALLE) Souza)
João Evânio Araújo Escola (E.E. Professor José Sena Dias) Luciana Gonçalves de Oliveira Maraia
João Filipe-Kembo (Instituto Superior Politécnico do Bengo Luciana Paula Lourenço (IFMG)
– Angola) Luciana Zaidan Pereira (SME – CURITIBA)
Joelma Fátima Castro (UEM) Luciandro Tassio Ribeiro de Souza (UFOPA)
John Jamerson da Silva Brito (UFMA) Luciane Dutra Oliveira (Unisinos)
Joice de Oliveira Silva (Unesp) Luciele Matos do Carmo Costa (SEDUC/MT)
Jomar da Rocha Farias Zahn (UFES) Lucimeire Cordeiro da Silva (UNIFOA)
Jónata Ferreira de Moura (UFMA) Lucindo Antunes Fernandes Filho (UFAM)
Jorge Henrique Gualandi (IFES) Lucineide Bispo dos Reis Luz (USPRP – FECAP)
José Augusto da Silva Queiroz (PPGE-UNIUBE) Luís Paulo Souza e Souza (UFAM)
José Augusto Dalmonte Malacarne (UFRJ) Luiz Carlos de Alencar Ribeiro (UEG)
José Carlos da Silva (UFPE) Luiza Fernando Machado de Oliveira e Souza (EGPA)
Jose Weliton Aguiar Dutra (UFPB) Magali Inês Pessini (IFSC)
José willen Brasil Lima (UFPA) Maiara Fernandes de Carvalho
Josias Patriolino de Lima (Câmara Municipal de Embu das Maira Soares Unades (Universidade Del Sol – Paraguai)
Artes) Maisa Kugler Rodrigues (Universidade Católica de Santos)
Josiléia Curty de Oliveira (UFES) Manoel Augusto Polastreli Barbosa (IFES)
Josué de Lima Carvalho (UFRA/UNAMA) Manoel dos Santos Costa (IEMA)
Josy Eliziane Torres Ramos (UFERSA) Mara Pereira da Silva (UFNT)
Jucileia Nascimento de Oliveira (UFMT) Marcela Mary José da Silva (UFRB)
Juliana Aparecida Melo Almeida Silva (Mackenzie) Marcela Souza Macedo Smigura (UEFS)
Juliana Ferreira de Sousa (UFRJ) Marcelo Alberto Elias (IFPR)
Juliana Silveira Barreiro Ribeiro (IFSP) Marcelo Alexandre Teodoro (UNIUBE)
Juliane Aparecida Ribeiro Diniz (UNIFAN) Marcelo Mendonça Teixeira (UFPE)
Júlio César Barreto Rocha (UNIR) Márcia Cristina Da Conceição Santos Oliveira (IFAP)
Júlio César de Souza (IFMG) Marcia Freire Pinto (UECE)
Júlio César Pereira (UNICID) Marcia Ines Hartmann (UNIJUI)
Julio Orlando Gallardo (Universidad Nacional de Entre Rios Márcia Loch
– Uruguay) Márcia Mascarenhas Alemão (UFMG)
Kadidja Leite Paiva Gomes (Célia Helena Centro de Artes e Marcos Antonio Barros Dos Santos (UEPA)
Educação) Marcos Aurélio Soares da Silva (Uninove)
Karine Gehrke Graffunder (UFSM) Marcos da Silva Cruz (UFPA)
Maria Clara Ramos Nery (UERGS) Newton Malveira Freire (SEDUC-CE)
Maria Cleitiane Vedovetto Leandro (E.E. Comendador José Nickolas Marques de Andrade (Mackenzie)
Pedro Dias) Noemia Naomi Senzaki (SEDUC-SP)
Maria Clementina De Oliveira (SEEDF) NÚBIA XAVIER DA SILVA (UFAP)
Maria Cristina Simeoni (UENP) Odimar Lorenset (Udesc/IFC)
Maria Danieli Ferreira de Souza (UNICENTRO) Ody Marcos Churkin (SEED-PR)
Maria De Fátima Vilhena Da Silva (UFPA) Omar Ferreira dos Santos Junior (UEFS)
Maria do Livramento Gomes Rosa (UFU) Oswaldo Palma Lopes Sobrinho (IFGoiano)
Maria Eduarda Bezerra Lacerda Swendsen (UFPB) Ozana Luzia Galvão Baldotto (UFES-UFES)
Maria Eliete Silva Pereira (E.E.PEI PROF. FRANCISCA Pablo Rodrigo de Godoy Pereira (PUC – SP)
LISBOA PERALTA) Paloma Esteves Laitano (Pan American School)
Maria Eugenia Monteiro (UnB) Patricia Alves Martins dos Santos (UEMG)
Maria Goretti Menezes Miacci (UFSCar e Anhanguera Patricia Facina Brandão (Faculdade Anhanguera de Jacareí)
Unopar) Patrícia Helena dos Santos Carneiro (UNIR)
Maria José Carvalho da Conceição Marinho (UFOPA) Patrícia Lisboa de Aguiar (UEA)
Maria Joselma do Nascimento Franco (UFPE) Paulo Antonio de Oliveira Temoteo (Unesp - Campus Bauru)
Maria Lucia Morrone (UNIVERSIDADE IBIRAPUERA) Pedro Paulo Ferreira Moreira (CEFET-MG)
Maria Nahir Batista Ferreira Torres (SEDUC/CE e UECE) Peterson Beraldo de Andrade (Universidade do Vale do
Maria Naiane Correia dos Santos (UFPA) Sapucaí)
Maria Rafaela Andrade da Nóbrega (UEPB) Prince Chaiene Meireles Dias (UFPel)
Maria Thereza de Miranda Vianna Nogueira (UNIFESP) Priscila Bernardo Martins (Universidade Cruzeiro do Sul)
Mariana Marques Valentim (UFMS) Priscilla Ramos Figueiredo Cunha (IFRJ)
Marilene Ferreira Lobo (EETI Prof Djalma da Cunha Batista) Lurima Estevez Alvarez (UCLV – Cuba)
Marina Dias de Oliveira (Ies Materdei e Centec) Rafael Almeida de Freitas (UEMG)
Marla Granados Belarmino (UFRJ) Rafael Antunes da Silva (FABA)
MARLI DIAS RIBEIRO (Universidade Católica de Brasília) Rafael De Souza Pinheiro (UCS)
Marlova Gross da Silva (EMEF/SME-GUAIBA) Rafael Henrique Santos Pereira (UFMG)
Marta Baggio Bippus (UNESP – RC) Rafael Nunes Briet (UNESP)
Mateus de Souza Duarte (UFAM) Raimundo Alves de Souza (AIHM - Jolla/California – EUA)
Mateus Eduardo Boccardo (IFSP) Raimundo Washington dos Santos (Fatec Bahia)
Mateus José dos Santos (UNESP-Bauru) Rainei Rodrigues Jadejiski (UFES)
Matheus Henrique da Silva (UEM) Raphael de Andrade Ribeiro (SEEDUC-RJ)
Maurício Barcelos de Barros Cruz (UFES) Raquel dos Santos Rodrigues (UFMT)
Max Robert Marinho (UNEMAT) Rebeka Martins Florêncio de Sousa (UNIVASF)
Mayara Tâmea Santos Soares (UFCE) Regina Célia De Moura Bueno (EMEF)
Maycon Pereira Silva (IFES) Regina Célia Martinez (UNIFOA)
Melca Moura Brasil (Colégio Olimpus) Reinan Clayton Barbosa Abreu (EGPA)
Merielle Camilo (UTFPR) Renan Italo Rodrigues Dias
Micheli Pires da Silva (Escola de formação Paulo Freire – RENATA Cristina Condé (IF Sudeste MG)
SMERJ) Renata de Souza Pires (PUC-Campinas)
Michelle Aparecida Gabrielli Boaventura (UFPB) Renata Sebastiana dos Santos (IFSULDEMINAS)
Michelle Mattar Pereira de Oliveira Tavares (Uniube) Renata Teixeira Souza Bezerra (UNIFESP)
Mifra Angélica Chaves da Costa (Ufersa) Renata Vasconcelos Alves Silveira (USP)
Mirian Patrícia Burgos (Sec de Educação do Recife) Richard Roseno Pires (UERJ)
Mirtes Marques dos Santos Alves (SEEDUC RJ) Rinalva Sales de Oliveira Cabral (UFMA)
Mônica Aparecida Serafim Cardoso (UnB) Rita de Cássia Santos Almeida (Faculdades Integradas
Monique da Silva Losano (UCES – Argentina) Einstein de Limeira)
Muriell Gonçalves da Silva (SEDUC/AM) Rita de Cássia Soares Duque (E.E. José Moraes)
Nádia Patrícia Ribeiro (PUC-SP) Roberta Bellillo Jardim (IFB)
Naiara Hernandes Carvalho (UNIFEB) Robson Aparecido da Costa Silva (AESET/UFRPE-
Natália dos Santos Petry (UFPel) UAST/IP-UFAL)
Natalia Eloisa Tunes Sena Franca (University of Missouri – Robson de Moraes Sales (Universidade Paulista)
EUA) Rodiney Marcelo Braga dos Santos (IFPB)
Natália Navarro Garcia (UEL) Rodolfo Magliari de Paiva (FECAP, FIAP E FMU)
Natália Queiroz de Oliveira Souto (UNB) Rodrigo Gonçalves Duarte (UFMS)
Natanael de Medeiros (UNIBAVE) Rodrigo Pereira Da Silva (SED/MS - SUPED/UNADE)
Nathália Barros Ramos (UnB) Rogério Marcelino dos Santos Melo (UFPB)
Nathan Mendes Souza (Faculdade de Medicina – UFMG) Romário Silva Jorge Universidade Estadual do Sudoeste da
Nayara Alvim Machado (USP) Bahia (UESB)
Nelson Nunes da Silva Lopes Junior (UFPI) Ronaldo Miguel Da Hora (Universidad del Sol - Paraguai)
Rosa Maria Vilhena Farias Dias (UNIFAP) Tânia Maria Massaruto de Quintal (USP)
Rosalina Rocha Araujo Moraes (Prefeitura municipal de Tania Maria Rodrigues Lopes (UECE)
Fortaleza) Tarcis Teles Xavier da Silva (UFPE)
Rosane Rodrigues Felix (Universidade de Cruz Alta) Tarcisio Alfonso Wickert (FURB)
Rosenaide Pereira dos Reis Ramos (UESC) Tarsilla Noemi Bertoli Alexandrino (Univali)
Rosimari A. Viveiro Ruy (UNESP) Tassia Pinheiro de Sousa Pinho (UFC)
Rosimary Ramos de Oliveira (UEPB/IFPE) Tatiana Lima Koga (UFABC)
Rosy Gleyce Pereira do Nascimento (SEDUC-MA) Tercio Graciano Machado (IFRN)
Rosyanne Louise Autran Lourenço (Colégio Militar de Tereza Borges de Jesus Rodrigues (CEE São Vicente de
Brasília) Paulo)
Rozileide Martins Simões candeia (UFPB) Thais Cristina de Souza (UESC)
Ruth Bezerra Aranha (UFPB) Thaís Thomaz Bovo (UNINOVE)
Sabrina Gomes dos Santos Costa Leite (UnB) Thays Fernandes Flor da Silva (FEUSP)
Sabrina Stein (UnB) Thiago da Silva Melo Instituto Federal de Mato Grosso
Samara Teodozo Nunes (Uniatlant/Unicid) (IFMT)
Samuel Giovani dos Santos Ferreira (IFSP) Thiago dos Santos Tuchtenhagen (IFSul)
Samuel Robaert (IFFar) Thiago Oliveira Martins Universidade Estadual de Goias
Sanay Vitorino de Souza (UFAM) (UEG)
Sandra Albuquerque Da Costa (EM JOÃO GOMES DA Thiago Ronyerisson Silva Costa (UEMA)
COSTA NETO) Tiêgo dos Santos Freitas (UEPB)
Sandra Kariny Saldanha de Oliveira (UERR) Trícia Ferreira Brito Figueira (UFOPA)
Sandra Regina de Oliveira Vagner Zulianelo (UCS)
Sandra Tonidandel (UNIOESTE) Valentim Germano Manuel (Universidade Aberta ISCED –
Sandro Tiago da Silva Figueira (UFF) Moçambique)
Sérgio Luiz da Silva Fundação Torino (UFMG) Valéria Patrícia de Farias (UFPA)
Silvane Aparecida Gomes (SEEMG/UFMG) Valeska Rochelle Carneiro Lisboa (Ivy Enber Christian
Silvane Friebel (UnB) University - EUA)
Sílvio Fernandes do Amaral (E.E. Profa. Marina Cintra) Valmaria Lemos da Costa Santos (UERN)
Simone Aparecida Silva Angelo Bassotto (PUC-SP) Valmira da Silva Cristofori (Universo)
Sinara Silva Romeiro (UFMG) Vandeilton Trindade Santana (UFRB)
Sofia V. Silva Ratz (Faculdade Euclides da Cunha) Vanessa Candito (UFRGS)
Sonia Maria da Costa Mendes (IFPR) Vanessa Lepick (Prefeitura de Uberlândia)
Suélen Rodrigues de Freitas Costa (UFES) Vanessa Martins Mussini UNESP Rio Claro (ESALQ)
Sueli Mamede Lobo Ferreira (UnB) Vânia da Silva Ferreira UF de São Carlos (UFSCar)
Sueli Pereira Donato (Universidade Tuiuti do Paraná) Vânia Lopes Pinto (UNIFESP)
Suellen dos Santos Cruz (UNIFAP) Vera Lúcia Conceição da Silva (UNIR)
Suseli de Paula Vissicaro (UFABC) Veronica A. P. Melendez Molina (PUC São Paulo)
Suzana Medeiros Batista Amorim (UniVassouras) Vinicius da Silva Freitas (Universidade Estácio de Sá)
Suzana Rebeca da Silva Lima (UFPE) Virgílio Martins da Silva (UDESC)
Suzanne Sales de Souza (UNEB) Vivian Moura de Oliveira (UFMG)
Swelen Freitas Gabarron Peralta (Universidade Tuiuti do Wagner Breganholi (UEL)
Paraná) Walmir Fernandes Pereira Faculdade (UNYLEYA)
Taila Jesus Da Silva Oliveira (Colégio Estadual Mestre Paulo Weldilene Aparecida da Silva Pires (UNICID)
dos Anjos) William Antonio Zacariotto (UNIESI)
Tainã Brasil Pantarotto Pelat (PMSP) William Roslindo Paranhos (UERJ
Tania do Amaral Gomes (Universidad de Extremadura –
Espanha)
O FUTURO DA FORMAÇÃO, COMUNIDADES E
REDES DE COLABORAÇÃO

É com grande satisfação e alegria que apresentamos os Anais do Congresso Internacional


Movimentos Docentes - 2023, em sua terceira edição e que desta vez carrega o tema "O Futuro da
Formação, Comunidades e Redes de Colaboração". Este evento representa um marco importante na
formação de milhares de professores pelo mundo, incluindo nas nossas formações.
O CMD representa uma oportunidade única para o diálogo e a partilha de conhecimentos entre
educadores, pesquisadores e profissionais da educação. Nossa missão é explorar as tendências emergentes
e as inovações que moldarão o futuro da formação, bem como o papel fundamental desempenhado pelas
comunidades e redes de colaboração nesse contexto.
Ao abordar o tema "O Futuro da Formação, Comunidades e Redes de Colaboração", este congresso
explora os desafios e oportunidades que a educação enfrenta em um mundo em constante transformação.
A formação é um pilar fundamental da sociedade, e sua evolução é vital para o desenvolvimento individual,
social e econômico. Com uma programação rica e diversa, dedicamo-nos a compreender as inovações
pedagógicas que estão moldando a formação do futuro, os desafios educacionais globais que precisam ser
superados, o poder das comunidades de aprendizagem na promoção do conhecimento, as redes de
colaboração que fortalecem a educação e a formação de professores para liderar essa transformação.
O objetivo central do CMD é fomentar discussões estimulantes, visando à promoção de
colaborações interdisciplinares e à identificação de soluções para os desafios que a educação enfrenta no
século XXI. Estamos comprometidos em abordar questões cruciais e compartilhar perspectivas que
ajudarão a orientar o futuro da educação.
Os trabalhos apresentados nestes Anais refletem a diversidade e profundidade das pesquisas,
análises e experiências compartilhadas durante o Congresso. Os autores, vindos de diversos campos da
educação e de 463 cidades de todos os Estados brasileiros e diversos países, oferecem uma visão abrangente
das tendências atuais e das perspectivas futuras, além de relatar as mais diversas práticas pedagógicas, de
ensino e experiências em salas de aula da Educação Infantil ao Ensino Superior, com destaque para os
progressos realizados, as boas experiências e os desafios que ainda precisam ser enfrentados.
Ao folhear estas páginas, você encontrará estudos inovadores, relatos de práticas e abordagens
teóricas que são reflexo da dedicação de educadores e pesquisadores em todo o mundo. Cada contribuição

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é uma peça do quebra-cabeça que compõe a visão do futuro da educação, onde a formação, as comunidades
e as redes de colaboração desempenham papéis centrais.
O Congresso Internacional Movimentos Docentes é um espaço de compartilhamento de
conhecimento e colaboração. Esperamos que esses Anais inspirem novas ideias, debates significativos e
ações concretas que contribuam para a construção de um futuro educacional mais inclusivo, equitativo e
eficaz.
Agradecemos a todos os envolvidos neste evento, desde os palestrantes e autores até os participantes
e organizadores, por seu compromisso com a educação e a formação. Que esta publicação sirva como um
guia e fonte de inspiração para todos os que desejam moldar o futuro da formação, comunidades e redes de
colaboração na educação.

Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e repleta de insights.

Profa. Dra. Marilena Rosalen


Profa. Dra. Lígia Azzalis
Profa. Letícia Viesba
Prof. Everton Viesba

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O TEATRO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O TRABALHO COM O GÊNERO
ENTREVISTA DE EMPREGO NO ENSINO MÉDIO

Carlos Cardoso Pereira¹, Edilza Madureira dos Santos², Eliane de Araújo Silva Santos³, Gleisson Santos
Nascimento4, Silvania Aparecida Pereira Lopes5

RESUMO: O presente estudo se insere no eixo Ensino. Trata-se de um relato de experiência de uma
sequência didática de aulas desenvolvidas pelos bolsistas do Residência Pedagógica da Unimontes, em uma
turma do 2° ano do Ensino Médio Integral, de uma escola de educação básica, situada na cidade de Januária,
Minas Gerais. Justifica-se pela necessidade de preparar os jovens, ainda em idade escolar, para os desafios
de ingressar no mercado de trabalho. As aulas foram planejadas considerando as orientações do Currículo
Referência de Minas Gerais para o Novo Ensino Médio (CRMG), planos de curso da Secretaria de Estado
de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), e documentos orientadores para a área de Linguagens e suas
tecnologias disponibilizados pela SEE/MG. O objetivo do presente estudo foi trabalhar o gênero entrevista
de emprego, a fim de que os alunos consigam aprender de forma significativa o conteúdo. A metodologia
utilizada foi a metodologia ativa, centrada nos estudantes, e para isso foi realizada exposições de conteúdos
digitais, como vídeos, charges e memes relacionados ao gênero como meio de introduzir o conteúdo
ministrado, e orientações sobre como agir e o que não deve ser feito em uma entrevista de emprego como
parte do desenvolvimento e conclusão do tema abordado, sendo tal método retratado por autores como Jean
Piaget (1896-1980) e Paulo Freire (1921-1997). Os resultados foram constatados ao analisar as produções
dramatizadas, realizadas pelos alunos em vídeo e presencialmente em sala de aula, onde foi possível
identificar um bom aproveitamento do conteúdo exposto em aulas pelos bolsistas do Residência
Pedagógica. Percebeu-se que, ao colocar os alunos para dramatizar uma cena de entrevista de emprego, foi
possível contribuir para o desenvolvimento das habilidades e competências de argumentação e de
apresentação pessoal, aperfeiçoando aspectos que lhe serão relevantes não só no âmbito escolar, mas em
todo seu contexto social.

PALAVRA CHAVE: Dramatização; Ensino; Entrevista de Emprego, Teatro.

¹ Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros


² Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros
³ Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros
4
Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros
5
Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros

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ENSINO DE EVOLUÇÃO POR MEIO DE EVIDÊNCIAS: UMA ATIVIDADE PRÁTICA SOBRE
O REGISTRO FÓSSIL DE VERTEBRADOS

Adalmario Neto Silva de Freitas1, Sara Emanuele Barros Silva1, Lidiane dos Santos Scarabelli Ribeiro2

RESUMO: Em Ciências, o ensino de evolução atravessa dificuldades, pois as evidências da


evolução se apresentam de forma abstrata e distante dos alunos. Os conceitos científicos envolvidos no
conteúdo exigem alta generalidade e abstração por parte dos estudantes. Diante disso, foram realizadas
pesquisas sobre o assunto de modo a encontrar recursos que facilitem o ensino de evolução em Ciências ao
aproximar do aluno conceitos de menor generalidade preparando-os para receber aqueles de maior
generalidade. Este relato apresenta parte da experiência com a utilização de um material didático produzido
por estudantes de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo que
atuam como bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) na EMEF Feu
Rosa, em Serra-ES. O objetivo do material didático elaborado foi facilitar o entendimento da evolução por
meio da manipulação de evidências fósseis. Para tanto, foi confeccionado um recipiente de acrílico
contendo quatro camadas de areia. Cada camada apresentava riqueza e abundância de espécies diferentes.
Os alunos foram instruídos a escavar as camadas e organizar os filos de vertebrados por camada para
observar os dados, analisá-los e interpretá-los. Nesta atividade, os alunos puderem observar quais partes de
um organismo são preservadas no registro fóssil e que as camadas da litosfera se referem a diferentes
períodos da terra e que nesses períodos a biodiversidade foi alterada, o que abriu discussão tanto para o
surgimento de espécies quanto para as extinções de espécies. Com a manipulação dos dados, foi observado
que representantes de novos filos surgiram e, com isso, estimulou-se o debate sobre a origem das
espécies. A partir do material didático com registro fóssil de vertebrados, os alunos manipularam evidências
da evolução e puderam formular argumentos. Os estudantes compreenderam que camadas mais profundas
representam períodos mais antigos, ao passo que as camadas mais superficiais se referem a períodos
recentes e compreenderam que as espécies mudam com tempo e que não são sempre iguais, se opondo ao
que anuncia o fixismo. O material didático apresentou evidências da evolução, conceitos científicos e
facilitou a transformação das informações que lhes foram fornecidas em conhecimento ao observar os
argumentos formulados pelos alunos em enfrentamento às questões e problematizações realizadas. Esta
aula despertou a curiosidade e engajamento dos alunos nas discussões propostas, o que descreve a
contribuição positiva do material didático. A experiência permitiu observar que o material didático
aproximou a teoria da prática e mostrou-se eficaz no ensino-aprendizagem de evolução nas aulas
de Ciências das séries finais do Ensino Fundamental. Destaca-se o apoio dos bolsistas do PIBID no
planejamento, desenvolvimento e aplicação da atividade, reforçando a parceria universidade-escola.

Palavras-chave: ensino de evolução, material didático, evidências fósseis.

1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), 2 Prefeitura Municipal da Serra (PMS).

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ESCUTA QUALIFICADA PARA ESTUDANTES DE MEDICINA ENQUANTO INOVAÇÃO NO
ENSINO SUPERIOR EM SAÚDE

Marta Midori Yoshijima¹, Laura Do Val Del Chiaro², Sandra Regina Mota Ortiz³

RESUMO: Diante do contexto de crescente demanda e pressão no ambiente acadêmico e social


desses estudantes, o objetivo principal foi avaliar como a escuta qualificada poderia impactar seu bem-estar
psicológico e sua qualidade de vida. A pesquisa envolveu a participação de 48 estudantes de medicina de
diferentes faixas etárias, origens geográficas e semestres do curso, para proporcionar amostra diversificada.
Foram utilizados métodos quantitativos e qualitativos para coletar dados, o que incluiu questionário do
WHOQOL-Bref, sessões de escuta qualificada e questionário para avaliação das escutas. Os principais
achados deste estudo indicaram que a escuta qualificada teve impacto positivo significativo no bem-estar e
na satisfação dos participantes. A maioria dos estudantes relatou alto grau de satisfação com as sessões de
escuta qualificada, que forneceram espaço valioso para lidar com estresse, pressões acadêmicas e demandas
do ambiente universitário. Além disso, a análise do WHOQOL-Bref revelou que muitos expressaram
insatisfação em várias dimensões de suas vidas, o que ressalta a necessidade de intervenções direcionadas
para melhorar seu bem-estar. Nas escutas, por meio da psicanálise, pode ser identificada a presença
frequência acentuada de mecanismos de defesa entre estudantes, que destaca a complexidade das
experiências emocionais nesse acadêmico. O estudo contribui para o campo da educação em saúde, ao
demonstrar que a escuta qualificada é intervenção promissora para apoiar estudantes de medicina em sua
jornada acadêmica e no futuro exercício profissional. O produto idealizado se trata da implantação de
serviço de escuta qualificada para estudantes na faculdade de medicina na instituição onde foi realizada a
presente pesquisa. As limitações desta pesquisa incluem tamanho da amostra e possível introdução de viés
de resposta. Não obstante, os resultados indicam que a escuta qualificada pode desempenhar papel
importante na promoção do bem-estar dos estudantes de medicina, ao contribuir para ambiente de ensino
superior saudável e produtivo.

Palavras-chave: educação superior, escuta qualificada, estudantes de medicina.

15
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS E A
DIFICULDADE EM TRABALHAR CARTOGRAFIA

Márcia Helena Ribas

RESUMO: Os elementos cartográficos são indispensáveis para a interpretação e compreensão do


espaço geográfico e, portanto, estão interligados com outros recursos metodológicos que podem ser
utilizados na construção do aprendizado dos alunos em sala de aula. Os cursos de licenciatura em Pedagogia
apresentam em sua grade curricular a disciplina de geografia de maneira muito superficial, não
aprofundando o suficiente para que o futuro docente tenha um bom embasamento teórico e prático para
atuar nas séries iniciais quando se trata de conteúdos cartográficos. Diante da importância da cartografia
para a Geografia como disciplina escolar, este trabalho buscou investigar os conhecimentos cartográficos
do professor licenciado em pedagogia e como ele transmite esse conhecimento ao aluno e também analisar
e compreender a prática dos professores e o uso dos mapas no ensino e a aprendizagem da Geografia nas
series iniciais do Ensino Fundamental I, bem como as dificuldades e conhecimentos apresentados pelos
professores em sala de aula para o trabalho com instrumentos cartográficos. O público alvo desta pesquisa
constituiu-se de um grupo de professores licenciados em Pedagogia que atuam nos anos iniciais do Ensino
Fundamental na Escola Estadual 19 de Maio, no município de Alta Floresta, estado de Mato Grosso. Trata-
se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de procedimento bibliográfico e de observação, pois foram
utilizados os dados obtidos a partir das entrevistas feitas através de questionário e da observação durante as
aulas de geografia para conhecer a forma que o professor trabalha em sala de aula. Para a realização dessa
pesquisa buscamos embasamento teórico em referenciais bibliográficos acerca do histórico e importância
da Geografia; a Geografia como disciplina escolar, suas concepções no DRCMT e no PPP da escola onde
ocorreu este trabalho e também sobre a Geocartografia nos cursos de licenciatura em Pedagogia; bem como,
aplicação de questionário aos docentes que atuam nos anos iniciais e observação direta em sala de aula. Os
resultados apontam que os docentes investigados apresentam certo conhecimento Geocartografico, porém,
ainda é necessário aperfeiçoamento e atualização com enfoque em Geografia e de modo especial em
Cartografia. Como forma de auxílio aos professores para que possam aperfeiçoar suas aulas na ciência
cartográfica, será apresentada uma proposta de atualização em forma de oficinas com metodologias
dinâmicas e diferenciadas.

PALAVRA-CHAVE: Alfabetização Cartográfica; Formação do Professor; Anos Iniciais.

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PUBLICAÇÃO DE LIVROS COM ALUNOS - UM PROJETO PEDAGÓGICO DE SUCESSO E
DE AMPLO ALCANCE.

Lybio Martire Junior 1,² Luiz Carlos de Abreu ²

RESUMO: Estimular os alunos a pesquisarem e elaborarem trabalhos é uma conduta corrente em


todos os níveis de ensino. No ensino superior o leque de possibilidades se amplia pois é possível transformar
os trabalhos elaborados pelos alunos em elementos para publicação. Assim nasceu a ideia de publicar livros
em conjunto com os alunos. Em 2002 a disciplina de História da Medicina que era extracurricular na
Faculdade de Medicina de Itajubá onde leciono também Técnica Cirúrgica e Cirurgia Plástica tornou-se
uma Disciplina Curricular, assim surgiu o projeto “História da Medicina – Curiosidades & Fatos” que
idealizei, unindo os trabalhos produzidos pelos alunos da disciplina, que eram suas de final de curso, a
capítulos escritos pelo professor. A partir de 2004 conseguimos publicar a cada dois anos um novo volume,
sempre com temas diferentes, pois já no início do ano letivo os alunos recebem a proposta no programa e
sabem que ao final tornar-se-ão autores de capítulo de livro com a publicação de seu trabalho e que este
deverá obrigatoriamente ser diferente dos já publicados. Com o lançamento do primeiro livro que foi
divulgado nas mídias de associações médicas e em sites, o projeto tornou-se um sucesso. Foram publicados
nove volumes ininterruptamente durante dezoito anos, um a cada 2 anos. A amplitude pedagógica do projeto
é muito grande, pois beneficia o aluno de várias maneiras. O aluno aprende mais com a pesquisa do tema,
aprende também ao escrevê-lo, sente-se estimulado pela publicação do livro e a divulgação do livro faz
com que se sinta ainda mais valorizado. Torna-se também um estímulo aos alunos de outros períodos que
ainda não tiveram a disciplina tornando-se o livro um fator de empatia em relação a ela e ao seu aprendizado,
pois eles passam a desejar também tornarem-se autores de livro. Outro aspecto pedagógico importante é a
apresentação dos temas pelos alunos da disciplina e o estímulo para que eles os apresentem nos congressos
de história da medicina o que contribui também para sua desinibição em relação à apresentação de
Trabalhos em outros congressos. Outro aspecto muito relevante é o incremento curricular, pois muitos
alunos já formados, foram favorecidos em seus concursos para residência médica pelo capítulo que
escreveram no livro publicado. Portanto publicar livros com a participação de alunos como autores de
capítulos é uma modalidade pedagógica muito produtiva e ampla. No momento está em andamento um
novo projeto com os alunos da Liga de Cirurgia Plástica na Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIT) para
a publicação de um Manual de Prevenção de Queimadura que será muito útil à população.

Palavras-chave: livro, alunos autores, história da medicina

1.Professor na Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIT), Itajubá MG

2. Programa de Pós-Graduação em Ciências de Saúde Centro Universitário (FMABC), Santo André, SP

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PROCESO DE EVALUACIÓN DE METODOLOGÍAS ACTIVAS EN LA ENSEÑANZA DE
BIOLOGÍA EN CURSOS DE CIENCIAS DE LA SALUD

Raimundo Alves de Souza¹

RESUMO: Al observar el modelo tradicional de educación superior en Ciencias de la Salud en


Brasil, nos damos cuenta de que es necesario incorporar los cambios que ocurren en la educación brasileña,
especialmente en la Universidad. Para ello, a partir del año 2000 se implementó una forma de Aprendizaje
Basado en Problemas (ABP) o simplemente Metodologías Activas (MA), en contraposición a la enseñanza
tradicional. De esta manera, se constató la aplicabilidad en la enseñanza de la biología, tales como:
citología, histología, embriología, anatomía y otras, como una práctica docente educativa sistemáticamente
más dinámica. Desde esta perspectiva, el estudiante que desarrolla un potencial de interrogación y ávido de
nuevos descubrimientos se enfrenta en la Universidad a una nueva metodología práctica y científica surgida
de la vida biológica plena. El objetivo del trabajo fue analizar la aplicabilidad de la Maestría en disciplinas
que incluyen la biología, como recurso didáctico para la enseñanza en Carreras de Ciencias de la Salud
impartidas en Instituciones de Educación Superior (IES). Se trata de un estudio de caso exploratorio desde
una perspectiva cualitativa basado en datos secundarios revelados por el público objetivo de un Centro
Universitario Privado y dos Universidades Públicas, ambas ubicadas en el Estado de Minas Gerais/Brasil,
desarrollado de abril a mayo de 2023, con 44 estudiantes y 17 profesores. Para la obtención de datos se
utilizaron como herramienta facilitadora y mediadora de la enseñanza los siguientes instrumentos: 1. A los
estudiantes, entrevistas semiestructuradas sobre los contenidos impartidos por los docentes de cada materia
en el 1° y 2° periodo, cuyo material fue grabado en smartphones como guía para análisis de
seguridad/calidad del contenido aprendido utilizando MA. 2. Se realizaron entrevistas semiestructuradas a
docentes, utilizando los mismos dispositivos de recolección de datos, por un total de dos horas en cada
institución. Los datos del habla se analizaron y convirtieron en transcripciones escritas para fines de estudio.
De la muestra obtenida respecto a los estudiantes, estos se mostraron receptivos al uso de MA (78%)
respondió positivamente. Esto se debe a que eran más capaces y capaces de lograr mejores resultados
durante las clases (87%) sí, (10,2%) no y (2,8%) parcialmente. En cuanto a la mejora del rendimiento
académico en las materias, se observó que hubo mejora (96,9%), siendo este tema el principal foco de este
estudio. Además, las dificultades encontradas durante el uso de la MA en el aula y en el laboratorio quedaron
demostradas en las respuestas: (83%) no experimentó dificultades en la conducción del contenido, (12%)
en comprensión de contenidos tecnológicos y (5%) en actividades extra clases o trabajos en equipo. Se
concluye que la mayor adquisición evidenciada por los encuestados radica en la importancia y valoración
del MA, así como la contextualización que hace que “por regla general”:
docente/estudiante/estudiante/docente, se cubran de conocimientos instruccionales a través de las diferentes
tareas y actividades biológicas realizadas, ya sea en el aula o en el laboratorio. Se observa que los beneficios
incorporados por los estudiantes en términos de rendimiento académico son percibidos positivamente, así
como el docente obtiene mayor sentido didáctico. Por lo tanto, las innovaciones didácticas son
fundamentales para mejorar la enseñanza impartida en las Carreras de Ciencias de la Salud en las IES,
extendiéndose a la docencia, la extensión y la investigación, nicho donde se encuentra el aprendizaje de los
estudiantes a través de la biología, apoyado en la andragogía.
Palabras clave: Biología, Ciencias de la salud, Metodologías activas.____________________
¹ Dr. h. c. en salud. Academy of Integrative Health & Medicine (AIHM). Correo: alvessouza51@yahoo.com.br

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ALFABETIZAÇÃO ESTÉTICA: A UTILIZAÇÃO DA ESTÉTICA DO OPRIMIDO NAS AULAS
DE ARTE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Luana Csermak¹, Prof. Dr. Daniel Marques ²

RESUMO: Este trabalho busca apresentar as considerações que levaram a realizar a experiência da
aplicação da técnica A Estética do Oprimido (AEO), de Augusto Boal, nas práticas de Ensino de Arte na
Educação de Jovens e Adultos (EJA) realizadas na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Anita
Catarina Malfatti, do Município de Diadema -SP. Este experimento ocorreu tanto em modo virtual (durante
a pandemia), quanto no presencial (após a pandemia) e teve como objetivo buscar práticas pedagógicas
para o Ensino de Arte, que utilizassem a experiência de vida das (os) estudantes no seu contexto
sociocultural. A pesquisa teve como disparador teórico a origem do Teatro do Oprimido (TO), em
1973, no Programa Operação de Alfabetização Integral – ALFIN - no Peru (que tinha como base os
pensamentos de Paulo Freire) até chegar ao desenvolvimento da sua última técnica, A Estética do Oprimido
em 2009. Esta técnica estimula a produção do pensamento sensível das (os) educandas (uma vez que os
seus exercícios de Imagem, Palavra e Som abarcam as quatro linguagens artísticas) desenvolvendo uma
alfabetização estética que as (os) permitam ler, analisar e tomar consciência das suas realidades para
modificá-las.

Palavras-chave:Teatro do Oprimido; Estética do Oprimido; Ensino de Arte; Educação de Jovens e


Adultos; Práticas pedagógicas;

¹ É atriz, Mestranda do Programa de Pós-graduação em Mestrado Profissional do Ensino de Artes Cênicas


– UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO.
² Orientador do PPGEAC - UNIRIO

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LITERATURA POPULAR: TECENDO DIÁLOGO COM VIVÊNCIAS E SABERES
CULTURAIS

Maria de Lourdes Dionizio Santos, Carla Giovana Teixeira de Sousa, Franciarlei Estevão Lino da Silva,
Kevyn Gabriel Alves Sobreira, Thayssa Gabriely de Oliveira Alves

RESUMO: Trata-se de um Relato de Experiência realizado por estudantes do Curso de Letras do


Centro de Formação de Professores da Universidade Federal de Campina Grande (CFP/UFCG) –
participantes na condição de ouvintes – integrante do público-alvo do Projeto de Extensão – Fluxo
Contínuo-UFCG, vigência 2023, intitulado: “Literatura Popular: leituras e inferências sobre saberes,
vivências e memória coletiva no sertão nordestino”, em andamento, cuja abordagem visa estabelecer uma
perspectiva interdisciplinar entre a Literatura e outros campos dos saberes, com o intuito de aprimorar o
conhecimento do público sobre modalidade artística. Partindo desse pressuposto, instrumentalizados em
leituras do romanceiro e do cancioneiro tradicionais, propiciamos debates sobre questões e temáticas
pertinentes à realidade, suscitadas pela linguagem dessa poética.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura popular, Cultura, Sertão nordestino.

20
MERCADINHO: APLICAÇÃO DO SISTEMA MONETÁRIO NO ENSINO FUNDAMENTAL.

Cristiane Barbosa Silva¹, Eduarda Fernandes da Silva¹, Letícia Preto¹, Luisa Vani Battaglini Renosto¹,
Carlos Alexandre Brito Felício².

RESUMO: Atualmente a disciplina de matemática, desempenha um papel crucial na formação dos


estudantes, capacitando-os com competências essenciais para compreender e lidar com situações
cotidianas. Este relato de experiência procurou observar a aplicação de uma sequência didática, pela
professora de campo, sobre o objeto de conhecimento Sistema Monetário, no ensino de Matemática. A
pesquisa ora apresentada classifica-se como qualitativa de natureza descritiva e interpretativa com
características do Design Experiment Research (DER) como proposto por Cobb et al. (2003). Para a
compreensão dos procedimentos de pesquisa existem três fases a serem elucidadas como: fase Prospectiva
(prepara a DE, portanto aqui se revela a Sequência Didática - SD), fase Reflexiva (conduz a DE) e fase
Retrospectiva (analisa o que ocorreu na DE). O estudo foi desenvolvido no município de São Caetano do
Sul, na EMEF Anacleto Campanella. Os participantes foram alunos do 4º ano do ensino fundamental sendo
escolhidos(as) intencionalmente 30 crianças. Como instrumento de observação foi utilizado diário de
anotações. Após a observação da SD aplicada os resultados foram analisados em conjunto com o professor
na formação do PIBID. Na fase reflexiva observamos a apresentação do tema Sistema Monetário,
reconhecendo que o sistema monetário era um tema novo para os alunos, a professora iniciou a aula
perguntando sobre o que eles já sabiam. Isso ativou o conhecimento prévio dos alunos e estabeleceu uma
base para a aprendizagem posterior. A professora demonstrou uma abordagem pedagógica comprometida
ao aplicar atividades que visaram aprimorar o entendimento dos estudantes. Dentre as atividades observadas
ela aplicou exercícios de adição e subtração seguindo de uma aula prática onde trabalhou com eles situações
reais de compra e venda de alimentos no supermercado, denominado pela docente de “Mercadinho”.
Quanto a fase retrospectiva, observamos que muitos alunos tiveram dificuldades na hora de montar uma
adição corretamente. Alguns alunos tiveram problemas ao escrever valores com centavos, especialmente
quando se utiliza o formato com dois zeros (exemplo: R$0,05). Isso sugere que eles podem ter tido
dificuldades em entender a representação dos centavos e como escrever valores monetários precisos. Frente
aos obstáculos enfrentados, a professora demonstrou prontidão ao corrigir as atividades e oferecer
orientação passo a passo sobre o processo de soma, incentivando os alunos a acompanharem o processo na
lousa. Contudo, apesar desses esforços, algumas incertezas persistiram, levando a docente a fornecer
explicações adicionais, perseverando até que todas as dúvidas fossem dissipadas e o conteúdo
completamente compreendido e internalizado. Através da nossa análise, percebemos que é importante notar
que as dificuldades mencionadas estão relacionadas ao fato de o tema ser novo e possivelmente complexo
para os alunos. Essas dificuldades foram superadas com as estratégias pedagógicas aplicadas pela
professora, com isso, o objetivo de aplicar o conteúdo proposto foi alcançado, assim observamos que a
sequência didática foi significativa.

Palavras-chave: pibid, sistema monetário, sequência didática.

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PRÁTICAS LÚDICAS NA BRINQUEDOTECA COM BEBÊS DE 04 MESES A 1 ANO E 6
MESES

Patrícia Patrocínio, Amanda Batista Marinho.

RESUMO: A presente pesquisa aborda a brinquedoteca como meio lúdico para o desenvolvimento
do bebê, observados a partir do segundo semestre frequentando a creche. Tratando-se de uma pesquisa
teórica baseada na observação da frequência dos alunos a partir do segundo semestre. Justifica-se pelo fato
de que as atividades lúdicas são instrumentos importantíssimos para a aprendizagem, à medida que
proporciona ao educando atingir vários níveis de desenvolvimento, principalmente através de jogos e
brincadeiras, pelos quais o mesmo começa a construir seu processo de aprendizagem. E tem como objetivo
enfatizar a valorização do ato de brincar nesse espaço de construção do conhecimento para as crianças,
principalmente para os bebês que são muito curiosos e receptivos, e também para os adultos, que podem
colaborar e ressignificar as brincadeiras, mediando o conhecimento. A criança tem a naturalidade e
necessidade em brincar e fazer de conta, é um especialista em brinquedo, em explorar, em imaginar e a
brinquedoteca é um lugar de liberdade, prazeroso, que desperta curiosidade, e estimula o interesse do bebê,
proporcionando a interação consigo mesma e também com outras crianças. Lembrando que cada criança é
um ser único, não deve haver comparações, pois ela aprende gradativamente, precisa ter seu tempo e
necessidades respeitadas, e os estímulos devem vir na medida, sem falta ou excesso para que não gere
dificuldades futuras. Sabemos que cada faixa etária exige métodos distintos a serem aplicados, assim as
práticas lúdicas na educação infantil propriamente dita, é uma fonte inesgotável de recursos, e a exploração
e inserção no berçário possibilita o desenvolvimento amplo do bebê, sendo na área cognitiva, física,
emocional ou social. Nessa faixa etária, observou-se que a exploração na brinquedoteca no segundo
semestre rendeu ótimos resultados tanto no aspecto motor como da linguagem, pelo fato de estarem
adaptados à rotina, aos espaços, aos adultos e a outras crianças que passaram a fazer parte de seu cotidiano.
A primeira fase do berçário não deve ser visto como um lugar de rotina repetitiva e pouco atraente, pelo
fato que naquele ambiente, estão bebês que terão seu primeiro contato com o mundo externo e que
precisarão aprender a se comunicar com todos ao seu redor de alguma forma: através do choro, de balbucios,
de movimentos com mãos e pés. As experiências vivenciadas nessa fase poderão ter impactos significativos
no seu desenvolvimento no futuro. Daí surge à importância de explorar não só diversos materiais, mas
também espaços, assim como o da brinquedoteca, permitindo o entendimento das necessidades dos bebês
de forma eficaz que garanta que ela tenha suporte necessário para iniciar seu aprendizado.

Palavras-chave: bebês, brinquedoteca, práticas

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A Escolha do Livro didático nos anos Finais do Ensino Fundamental

Cássio Silva Castanheira

RESUMO: Neste trabalho buscamos refletir sobre o processo de escolha da Coleção Didática de
História para o segundo ciclo do ensino Fundamental (6º ao 9º) das Escolas Estaduais de Bom Sucesso-
MG. Analisamos as ações desenvolvidas nestas escolas durante o processo de escolha dos livros, bem como
a fala dos professores na tentativa de compreender os sentidos atribuídos no momento em que eles
selecionaram este aporte pedagógico. Percebemos que os discursos destes docentes se constituem na relação
entre as imagens dos alunos com a sua aprendizagem quando utilizam este material didático. Neste discurso
é possível compreender que os livros didáticos definem os conteúdos escolares e a metodologia utilizada
na sala de aula. Ampliando esta discussão fica revelado que os livros didáticos não são somente um recurso
de apoio dos professores. Eles são produtos comerciais inseridos em políticas públicas federais de educação,
as quais, por meio de programas milionários (PNLD – Programa Nacional do Livro Didático) tornaram-se
aportes de extrema importância para o processo de ensino/aprendizagem de professores e alunos da escola
pública. Verificamos que estas coleções,, tem como proposta um discurso sobre o universal a partir de uma
construção eurocêntrica no qual se dedicou a trinta por cento das páginas para uma temática africana, afro-
brasileira e indígena. Compreendemos que esta tentativa de narrar a trajetória dos povos africanos e
indígenas em tão poucas páginas foi uma tarefa que se cumpriu com muitas generalizações e imprecisões.
Acreditamos que não é possível compreender estes povos neste discurso e com a perspectiva temporal
linear que divide a história em etapas. Conforme Eni Orlandi,,( 2003 ), o discurso é um processo contínuo
que não se esgota em uma situação particular, várias falas foram ditas antes e outras são ditas depois, o que
temos são “partes” estados do processo discursivo. Para nós, esta situação se apresenta como um problema
porque textualiza a fundação da história do Brasil a partir de discursos eurocêntricos, destinados a outros
grupos os feitos de fundação linguística e cultural do Brasileiro, colocando à margem os negros e indígenas.
É importante perceber que toda a compreensão do Livro Didático interfere nos rumos da educação. É
necessário que os professores apropriem de novos discursos, para transformar a sociedade adotando uma
política de inclusão e de socialização do saber.

Palavras-chave: Linguagem; Ensino; Seleção de livros didáticos.

23
O ATO DE LEITURA COMO UM ATO EMANCIPATÓRIO

Deniza Pereira de Souza Santos1

Trata-se de um artigo evidenciando o ato de leitura como um ato emancipatório. Destacou-se que
os primeiros estudos sobre a emancipação se iniciaram nos séculos XVII e XVIII, com o Iluminismo e a
Revolução Francesa. Já nos séculos XIX o pensamento emancipatório foi posto como um processo que
deveria ir além de questões políticas e econômicas, mas também nas esferas política e cultural. Dessa forma,
a Educação passou a ter um papel catalisador das mudanças sociais, pois permite proporcionar o acesso à
cultura das classes dominantes, permitindo que todos os indivíduos possam se tornar cidadãos plenos. O
artigo abordou que a emancipação deve ser fruto do processo reflexivo sobre a realidade, pois é uma
condição de constituição dos sujeitos históricos que podem se posicionar, emitir opiniões, fazer escolhas e
reconstruir/transformar a suas vidas. Essa reflexão crítica parte da Educação, que através da leitura
vinculada à aprendizagem, realidade e transformação, resulta na emancipação dos indivíduos. Dessa forma,
o professor tem um papel preponderante no estímulo à leitura, pois perpassa a transmissão de conteúdos
específicos propostos pelo currículo escolar e transforma-se num ato libertador. Sobretudo, ao estimular a
leitura crítica e reflexiva, os professores estarão auxiliando a equipar os alunos com ferramentas que
precisam para se tornarem cidadãos ativos e engajados, e consequentemente, mostrar-lhes a possibilidade
de uma emancipação.

Palavras-chave: Educação, emancipação, leitura.

1
Mestranda em Ciências da Educação pela Universidad del Paraguay.

24
´ ENVELHECER NO SÉCULO XXI: FORMAÇÃO, COMUNIDADES E REDES DE
COLABORAÇÃO.

Autores?

Introdução: a longevidade humana é um fenômeno do nosso tempo, da nossa sociedade, em 1940


a expectativa de vida no Brasil era de 45,5 anos, em 2018 passou a ser de 76,3 anos (IBGE, 2020).
Investimentos educacionais em diversas áreas do saber foram feitos para humanidade alcançá-la. Nas
últimas décadas, mudanças são observadas no perfil demográfico da população brasileira, em razão do
número crescente de idosos, fenômeno conhecido por envelhecimento populacional (SIMÕES, 2016).
Neste cenário, torna-se fundante a ampliação de espaços de formação na perspectiva da aprendizagem ao
longo da vida para qualificar profissionais que trabalham junto com a população idosa. A aprendizagem ao
longo da vida abrange todo o período de vida (lifelong) e ocorre em variados contextos formais, não formais
e informais (life-wide), contemplando diferentes necessidades e demandas educativas das pessoas de todas
as idades (UNESCO, 2014). De acordo com Baviera (2017) e Ledesma et al ( 2022) estudos
interdisciplinares com foco no envelhecimento contribuem para ampliar a compreensão do homem, do
mundo, do ambiente físico e sociocultural e de todos os fenômenos que caracterizam a vida humana, nas
diversas fases. Concordando com os autores citados, afirmamos que a compreensão do envelhecimento
requer estudos interdisciplinares, situar o homem no tempo histórico, no contexto em que ele está inserido
e a desconstrução de uma visão abrangente, homogênea da velhice que rotula de forma negativa as pessoas
idosas. Esta compreensão errônea do viver/envelhecer, impulsionou as Nações Unidas a declarar 2021-
2030 como a Década do Envelhecimento Saudável com o propósito de mudar a forma como pensamos,
sentimos e agimos em relação ao envelhecimento (WHO, 2020). No Brasil, a maioria das pessoas continua
residindo em suas casas ao longo dos anos, por escolha individual ou do seu grupo familiar e também em
razão do número reduzido de instituições de longa permanência para idosos (ILPIs, antigos asilos) públicas,
aproximadamente 1% do total das existentes no país tem essa natureza. Segundo Fonseca (2018, 2021) e
estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2015) ageing in place ( e n v e l h e c e r e m c a s a
e n a c o m u n i d a d e , t r a d u ç ã o l i v r e ) significa apoiar a pessoa à medida que ela envelhece
a concretizar o seu desejo de permanecer na sua casa e no local onde ela se encontra, com autonomia e
independência. Estudos desenvolvidos por Fonseca (2018,2021) mostram a necessidade do engajamento
de governos através de políticas públicas, diálogos entre profissionais e da construção de redes de
colaboração no território, na comunidade visando a promoção do envelhecimento digno na concepção
ageing in place. O b j e t i v o : compreender as percepções de profissionais que trabalham com a população
idosa na Instituição de Longa Permanência Santa Rita localizada em Irati, Paraná sobre a importância da
aprendizagem ao longo da vida com foco no envelhecimento e da concepção ageing in place . Método:
trata-se de uma pesquisa de caráter explotória, descritiva e qualitativa. Como estratégia metodológica busca
relacionar práticas educativas disponibilizadas aos profissionais que trabalham com a população idosa nesta
Instituição de Longa Permanência na perspectiva da geração de aprendizagem ao longo da vida, nos últimos
dez anos. A investigação apoia-se em estudos da Unesco (2014) e desenvolvidos por Fonseca (2018, 2021).
Resultados esperados: sensibilizar profissionais sobre a importância da aprendizagem ao longo da vida,
promoção de diálogos na comunidade, construção de redes de colaboração entre os atores de diversas políticas
públicas e da sociedade. Conclusão: ampliar a visibilidade sobre a concepção ageing in place e a necessidade
da aprendizagem ao longo da vida tendo em vista a longevidade humana.

25
ENSINO DE MATEMÁTICA INCLUSIVO: DEFICIÊNCIA VISUAL

Antonio Breno Silva Lemos1

RESUMO
O ensino de matemática em uma concepção inclusiva está intrinsecamente relacionado à promoção
de diferentes perspectivas de aprendizado. Nesse sentido, salienta-se que o ensino de matemática para
alunos com deficiência visual pressupõe uma mudança de reflexão sobre o atual paradigma educacional. O
presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica em periódicos e artigos acerca do
Ensino de Matemática Inclusivo para alunos com deficiência visual publicizados no período de 2019 a
2023. Nesse ínterim, foram escolhidos as seguintes bases de dados: Portal Periódicos da Capes (DOAJ),
SciELO Brazil e WEB OF SCIENCE. O processo de identificação de trabalhos acadêmicos no banco de
dados foi baseado no uso dos descritores: “ENSINO DE MATEMÁTICA” AND “DEFICIENTE
VISUAL”; “ENSINO DE MATEMÁTICA” AND “DEFICIENTE VISUAL”.Logo, ressalta-se que a
análise do escopo textual foi centrada no exame de um total de onze (11) artigos. Nesse ínterim, os
resultados evidenciaram uma tendência caracterizada pela realização de pesquisas acerca do
desenvolvimento e utilização de jogos e propostas metodológicas inclusivas, bem como a viabilidade de
abordagem lúdica. Destaca-se também uma tendência de estudos que abordam a formação continuada como
um fator fundamental para a inclusão de alunos cegos nas aulas de matemática. Por fim, conclui-se que a
inclusão é um processo que pressupõe investimentos na melhoria da infraestrutura material e física
disponibilizada, sobretudo investimentos em ações de formação continuada e também inicial direcionadas
para a inclusão de todos. A relevância do estudo caracteriza-se pela possibilidade de contribuir com
alternativas e reflexões que favorecem a inclusão de alunos com deficiência visual.

Palavras-chave: Educação Inclusiva, Ensino de Matemática, Deficiência visual

1
Instituto Federal do Ceará (IFCE)- Campus Maranguape

26
O TRABALHO DOCENTE NA TUTORIA PRESENCIAL – UMA ANÁLISE A PARTIR DAS
CATEGORIAS: TRABALHO, MEDIAÇÃO E PRÁXIS

Franciline de Oliveira Carlos V.

RESUMO
O estudo tem a pretensão de analisar editais direcionados a seleção de Tutores Presenciais para o
curso de Pedagogia na modalidade EAD, ligados a Universidades Públicas e Privadas com polos na Paraíba,
no período de 2018 a 2023.1. Os pontos destacados são: as atribuições ao Tutor Presencial, Critérios para
assumir a vaga e a relação vínculo empregatício. A partir desta realidade, faz-se o movimento de análise
através da pesquisa qualitativa, com base no Método Materialista Histórico Dialético que “caracteriza-se
pelo movimento do pensamento pela materialidade histórica da vida dos homens em sociedade, isto é, trata-
se de descobrir (pelo movimento do pensamento apoiado no princípio da contradição) as leis fundamentais
que definem a forma organizativa (material) dos homens durante a história da humanidade” (REIS,2020).
O princípio da contradição (a lógica dialética) indica que para pensar a realidade é possível aceitar a
contradição, caminhar por ela e apreender o que dela é essencial. (SAVIANI, 1991). Como ponto de partida
se faz a seguinte indagação: Qual o contraditório está intrico ao trabalho docente do Tutor Presencial neste
processo na modalidade EAD? Para o estudo deste movimento, referente a primeira etapa da pesquisa, há
alguns estudos que somam nosso esteio de fundamentação teórica: (OLIVEIRA; SANTOS, 2015),
(NUNES & GUERRINI, 2017), VELOSO, 2018), PEREIRA & NEVES 2020), (FERNANDES, 2020) e
(KOSIK, 2002) com a Dialética do concreto. Para esteio metodológico, foram escolhidas três categorias de
análise: Trabalho, Mediação e Práxis. Neste movimento, entende Trabalho, como sendo, “antes de tudo,
um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano, com sua própria
ação, impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza”. (MARX, 2002, p. 211). A
práxis é compreendida segundo (KOSIK, 2002). Ele trata da práxis associada ao conhecimento do mundo
pelo ser humano, tendo como método a dialética, por isso explica que a dialética trata da “coisa em si” e
que, para chegarmos à compreensão da coisa em si, é preciso não só fazer um esforço, mas empreender um
detour. No pensamento dialético, a representação e o conceito da coisa, são duas formas e dois graus de
conhecimento, mas, especialmente, duas qualidades da práxis humana. A mediação em Marx pode
expressar-se no trabalho e na práxis. Nessa perspectiva, o trabalho é o resultado da tensão dialética entre a
natureza imediata e o ser humano que é mediato. Por meio desta tensão, o ser humano supera a natureza
quando a transforma. Portanto, o estudo está em processo de aprofundar a realidade aparente sobre o
trabalho docente do Tutor Presencial e o maior desafio que o Método coloca é permitir e até exigir que, na
ação cotidiana, o pensamento faça movimentos lógico dialéticos na interpretação da realidade, com o
objetivo de compreendê-la para transformá-la, (PIRES, 1997). E assim, pode-se conceber que a
riqueza do real está na sua contraditoriedade e multiplicidades de significações (KOSIK,
2011).
Palavras-chave: DOCÊNCIA, TUTOR(A ), DIALÉTICA

27
CULTURA INDÍGENA COMO PROPOSTA DE INTERVENÇÃO POR ALUNOS DO PIBID
NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Amanda Maria de Melo Bezerra¹, Andreza Michella Cardoso Nery², Alexsander Soares da Silva³, Jéssica
da Silva Nascimento⁴, Rosangela Cely Branco Lindoso⁵

RESUMO
O presente trabalho tem como proposta a elaboração de um projeto pedagógico de intervenção que
venha a ser futuramente executado pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID) do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal Rural de
Pernambuco. A sua temática visa assegurar a construção de repertórios didático-pedagógicos na perspectiva
das leis 10.639/03 e 11.645/08 da LDB que torna obrigatório o ensino da história e da cultura indígena em
todas as escolas públicas ou privadas dentro do ensino básico. O estudo tem como objetivo articular a
cultura indígena com a cultura corporal, evidenciando a busca da conscientização e da valorização de sua
inclusão como prática educativa multidisciplinar nas escolas. O público alvo são os estudantes da educação
básica e toda a comunidade escolar, onde será estimulado a ampliação e a problematização de contextos
ligados à história, artesanato, dança e o audiovisual, que ainda persiste em ser escasso como conteúdo
abordado em sala de aula. Os resultados que se esperam desta proposta é poder contribuir no processo
educativo e social dos alunos e na conscientização da importância desse tema na Educação Física Escolar
integrado no meio acadêmico.

Palavras-chave: cultura indígena, educação física escolar, intervenção.

28
RELATO SOBRE A VIVÊNCIA MATERNA COM A SURDEZ BILATERAL E O PROCESSO
DE FORMAÇÃO EM PEDAGOGIA: INQUIETAÇÕES SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR

Lais Ferreira Silva, Franciline de Oliveira Carlos V.


RESUMO
O estudo tem como objetivo relatar a experiência estudantil na disciplina de LIBRAS – Língua
Brasileira de Sinais no curso de Pedagogia, na modalidade EAD/Semipresencial. Somada a experiência de
ser mãe de uma criança com deficiência auditiva que ampliou o olhar por ser mãe de uma criança com
deficiência auditiva bilateral de grau severo e também discente no curso de Pedagogia. Estas vivências,
geram inquietações e reflexões sobre a Educação Inclusiva na escola e no campo do trabalho docente. A
pesquisa é qualitativa e bibliográfica com o intuito de apresentar reflexões importantes à necessidade e
consciência de se pensar na formação para a escola Inclusiva. Para o rumo inicial da pesquisa, se faz a
seguinte indagação: como é uma escola inclusiva? Primeiramente, é preciso compreender que “a escola
inclusiva é aquela que não apenas aceita a matrícula do educando no sistema de ensino, mas fortalece um
sistema educacional que respeite aceite e possibilite o acesso e a permanência de todos os educandos,
garantindo-lhes uma escolarização com competência e qualidade”, (BOY, 2019). Um outro aspecto é ter
consciência que é necessário “flexibilizar o currículo, adaptando-o às necessidades e realidades de cada
estudante. Sabemos que não é uma tarefa fácil, principalmente quando faltam recursos, mas é um passo
essencial na construção de aprendizagem destes aluno” (GARAFALO, p. 3, 2018). Neste sentido,
(SASSAKI, 2004) acredita que “o conceito de acessibilidade deve ser incorporado aos conteúdos
programáticos ou curriculares de todos os cursos formais e não formais existentes no Brasil”. Segundo
(BRASIL, 2006), é importante evidenciar que a deficiência deve ser considerada como uma diferença que
faz parte da diversidade e não pode ser negada, porque “ela interfere na forma de ser, agir e sentir das
pessoas”. Sendo assim, foi percebido que estudar sobre a Inclusão Escolar é um processo contínuo e que
está atrelado a uma categoria de Historicidade da sociedade em que se estruturou em um padrão para o
“dito normal”, em uma sociedade cuja dinâmica estrutural conduz à dominação de consciências
(FREIRE2011, p. 7). Dito isso, é compreendido que ainda é preciso abrir muitos diálogos sobre a Inclusão
em sua totalidade.
Palavras-chave: INCLUSÃO, DEFICIÊNCIA, FORMAÇÃO

29
AUTOCONHECIMENTO E AS POSSIBILIDADES DA PRÁTICA DA ATENÇÃO PLENA NA
EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Marizeth Rodrigues Araújo¹; Viviane Potenza Guimarães Pinheiro²

RESUMO
Em vista da necessidade de uma formação que atenda às necessidades da contemporaneidade, o
autoconhecimento toma um lugar central, sendo uma das dez competências gerais a serem desenvolvidas
no contexto educacional brasileiro. A prática da atenção plena nas escolas pode ser uma via fecunda para o
desenvolvimento do autoconhecimento, mas ainda precisa ser melhor estudada no âmbito educacional,
conforme demonstra a revisão da literatura com os descritores “atenção plena”, “autoconhecimento” e
“aprendizagem socioemocional”. O presente estudo buscou compreender como a prática da atenção plena
(PAP) na educação básica brasileira tem possibilitado o desenvolvimento do autoconhecimento dos
estudantes nas salas de aula, a partir da percepção de professoras que a aplicam. A pesquisa qualitativa e
descritiva deu-se a partir de entrevistas semi-estruturadas com seis professoras da educação básica que
utilizam a PAP nas suas salas de aula. A análise de dados foi realizada através da Análise Temática, sob três
eixos principais: 1- A PAP, da vida pessoal das docentes até as salas de aula; 2- Protocolos de PAP:
Aplicabilidade, Críticas e Desafios; 3- Resultados da PAP: Autoconhecimento e Habilidades
Socioemocionais. Resultados:Os resultados indicam que existe uma estrita relação entre a PAP e o
desenvolvimento do autoconhecimento nas práticas pedagógicas, além de apontarem para o
desenvolvimento de outras habilidades socioemocionais que são inter-relacionadas ao desenvolvimento do
autoconhecimento como a empatia, calma, autorregulação e atenção consciente. Também, destacam como
desafios a necessária mudança da cultura escolar para uma implementação efetiva da PAP no cotidiano
pedagógico. A partir das observações desse estudo, a PAP se configura como uma possibilidade pedagógica
para o desenvolvimento do autoconhecimento no contexto educacional brasileiro, em alinhamento ao
desenvolvimento das habilidades socioemocionais, podendo contribuir com as diretrizes vigentes. Destaca-
se a necessidade de estudos futuros sobre a temática, a fim de consolidá-la no campo educacional.

Palavras-chave: autoconhecimento, atenção plena, educação socioemocional.

30
JOGOS POPULARES: RESGATANDO A CONVIVÊNCIA COLETIVA NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA.

Amanda Maria de Melo Bezerra¹, Jéssica da Silva Nascimento², Lucélia Cintia Cardoso Feliciano³
Rosangela Cely Branco Lindoso⁴

RESUMO
O referido trabalho foi realizado dentro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID) fornecido pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A intervenção foi realizada
no bairro da Várzea na EREFEM Senador Novaes Filho, escola que faz parte da rede estadual de ensino da
capital Pernambucana e que atende alunos do Ensino Fundamental e Médio, porém a atividade foi destinada
para o terceiro ano do ensino médio. O objetivo desta intervenção foi resgatar, através dos jogos populares,
a coletividade dos alunos dentro e fora da sala de aula. Além disso, problematizar o conteúdo "jogo"
buscando ampliar sua prática dentro das aulas de Educação Física. O jogo, segundo Huizinga (2000), é uma
atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de determinados limites de tempo e de espaço, segundo
regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em mesmo,
acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida
quotidiana. É uma prática corporal que objetiva a diversão e o prazer. Assim, na resolução da atividade foi
pedido para que os alunos distinguissem o que era jogos e esportes e suas diferenças através de uma roda
de conversa. Após esse debate, pedimos para que os discentes escolhessem três jogos de sua infância, porém
as regras deveriam ser desenvolvidas em equipe. Buscando não apenas algo mecânico e pronto pelo
docente, mas estimular o trabalho em equipe e a criatividade, sendo os educandos protagonistas e críticos
sobre o referido conteúdo abordado. A partir da intervenção pode-se identificar resistência dos educandos
com a prática de jogos populares e a preferência pelos jogos esportivos. Desse modo, se percebe a
necessidade da investigação e elaboração de atividades que liguem os jogos aos esportes, para que haja uma
melhor interação por parte dos estudantes. A partir dessa experiência, é possível constatar que os professores
podem utilizar as brincadeiras e jogos populares para estimular o interesse dos adolescentes pelas aulas de
educação física.

Palavras-chave: jogos populares, educação física escolar, pibid

31
E-BOOK “PENSE FORA DA CAIXA”: uma ferramenta pedagógica para o auxílio do professor
alfabetizador em sala de aula com alunos com TEA.

NASCIMENTO, Eulalia Mafra1, SOUZA, Gabrielle Luize de2, BUENO, Larissa Rodrigues3,
MEDEIROS, Sarah Isabelle 4.
.
RESUMO
Esta pesquisa aborda a alfabetização de crianças diagnosticadas com Transtorno de Espectro Autista
com o intuito de auxiliar profissionais da educação na gradativa necessidade da busca por um conhecimento
teórico e prático das características da criança com TEA no ambiente escolar, precisamente no processo de
alfabetização e letramento. Segundo o Censo Escolar do Brasil (2015), houve um aumento de 280% no
número de estudantes com TEA matriculados em escolas públicas e privadas entre o período de 2017 a
2021 e nessa realidade, ainda não há uma resposta única ou exata sobre as causas que levaram ao aumento
do número de casos de crianças com TEA. Por isso, esse estudo tem como objetivo compreender as
necessidades educacionais de alunos e professores em relação ao tema, para assim, desenvolver um e-book
com materiais que possibilitem a alfabetização de alunos com TEA, assegurando ao professor uma base
para sua ação docente, adaptando aulas, técnicas e recursos, com atividades e materiais didáticos
significativos baseados no método ABA. A metodologia desta pesquisa se dá através da abordagem
qualitativa, que segundo Minayo (2014), “se preocupa com o nível de realidade que não pode ser
quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, de motivações, aspirações, crenças,
valores e atitude” e também quantitativa, que visa a verificação estatística de uma hipótese a partir de dados
concretos e quantificáveis, coletados através de um formulário estruturado on-line, que atendia o público
docente. A partir da pesquisa realizada, observou-se que a maioria dos professores entrevistados indicam a
necessidade de uma formação efetiva que mobilize o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos com
TEA, os dados apresentam a dificuldade de profissionais em sala de aula e a necessidade da criação de
recursos que possibilitem os conhecimentos sobre o TEA. Por isso, E-book desenvolvido pode ser
considerado um material didático que aborda os principais exemplos e recursos baseados no método ABA,
visando reforços positivos em suas propostas, unindo habilidades já existentes nas crianças para o
desenvolvimento de novas capacidades, assim, a tendência é que a criança repita mais vezes esse novo
aprendizado. Ao explorarmos os fundamentos teóricos relacionados à alfabetização de alunos com
Transtorno do Espectro do Autismo, entendemos que este processo apresenta desafios específicos, mas,
com abordagens adaptadas e individualizadas é possível promover um processo de aprendizagem efetivo.
A comunicação alternativa mostra-se relevante para auxiliar os alunos na expressão e participação ativa nas
atividades de alfabetização, sendo a interação social e o engajamento elementos de extrema importância no
processo de alfabetização de alunos com TEA. Com isso, entende-se estratégias que promovem o
envolvimento ativo do aluno, como o uso de materiais concretos, jogos interativos e atividades em grupo
podem contribuir para a motivação e eficácia da aprendizagem.
Palavras-chave: Alfabetização de autistas; Alfabetização atípica; Inclusão.

1
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
2
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
3
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
4
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

32
E-BOOK “PENSE FORA DA CAIXA”: uma ferramenta pedagógica para o auxílio do professor
alfabetizador em sala de aula com alunos com TEA.

NASCIMENTO, Eulalia Mafra1, SOUZA, Gabrielle Luize de2, BUENO, Larissa Rodrigues3,
MEDEIROS, Sarah Isabelle 4.
.
RESUMO

Esta pesquisa aborda a alfabetização de crianças diagnosticadas com Transtorno de Espectro Autista
com o intuito de auxiliar profissionais da educação na gradativa necessidade da busca por um conhecimento
teórico e prático das características da criança com TEA no ambiente escolar, precisamente no processo de
alfabetização e letramento. Segundo o Censo Escolar do Brasil (2015), houve um aumento de 280% no
número de estudantes com TEA matriculados em escolas públicas e privadas entre o período de 2017 a
2021 e nessa realidade, ainda não há uma resposta única ou exata sobre as causas que levaram ao aumento
do número de casos de crianças com TEA. Por isso, esse estudo tem como objetivo compreender as
necessidades educacionais de alunos e professores em relação ao tema, para assim, desenvolver um e-book
com materiais que possibilitem a alfabetização de alunos com TEA, assegurando ao professor uma base
para sua ação docente, adaptando aulas, técnicas e recursos, com atividades e materiais didáticos
significativos baseados no método ABA. A metodologia desta pesquisa se dá através da abordagem
qualitativa, que segundo Minayo (2014), “se preocupa com o nível de realidade que não pode ser
quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, de motivações, aspirações, crenças,
valores e atitude” e também quantitativa, que visa a verificação estatística de uma hipótese a partir de dados
concretos e quantificáveis, coletados através de um formulário estruturado on-line, que atendia o público
docente. A partir da pesquisa realizada, observou-se que a maioria dos professores entrevistados indicam a
necessidade de uma formação efetiva que mobilize o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos com
TEA, os dados apresentam a dificuldade de profissionais em sala de aula e a necessidade da criação de
recursos que possibilitem os conhecimentos sobre o TEA. Por isso, E-book desenvolvido pode ser
considerado um material didático que aborda os principais exemplos e recursos baseados no método ABA,
visando reforços positivos em suas propostas, unindo habilidades já existentes nas crianças para o
desenvolvimento de novas capacidades, assim, a tendência é que a criança repita mais vezes esse novo
aprendizado. Ao explorarmos os fundamentos teóricos relacionados à alfabetização de alunos com
Transtorno do Espectro do Autismo, entendemos que este processo apresenta desafios específicos, mas,
com abordagens adaptadas e individualizadas é possível promover um processo de aprendizagem efetivo.
A comunicação alternativa mostra-se relevante para auxiliar os alunos na expressão e participação ativa nas
atividades de alfabetização, sendo a interação social e o engajamento elementos de extrema importância no
processo de alfabetização de alunos com TEA. Com isso, entende-se estratégias que promovem o
envolvimento ativo do aluno, como o uso de materiais concretos, jogos interativos e atividades em grupo
podem contribuir para a motivação e eficácia da aprendizagem.
Palavras-chave: Alfabetização de autistas; Alfabetização atípica; Inclusão.

1
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
2
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
3
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
4
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

33
A ESCUTA ATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESCOBERTAS NO PÁTIO DA ESCOLA

Aida Luciana de Mello Cruz1, Géssica Trindade Pereira Duarte2, Priscila Nunes Paiva³, Raquel
Ruppenthal⁴

A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é fundamental para dar início ao
Letramento Científico, pois nesta fase a criança observa, explora, investiga, relaciona e conclui que o meio
ambiente é composto por tudo e todos. Desta forma, percebe-se a importância de trabalhar simultaneamente
as questões sobre o meio ambiente natural e sua importância para o planeta e seus seres. Este trabalho tem
como objetivo relatar uma prática desenvolvida com crianças na faixa etária de 3 e 4 anos da etapa IV da
Educação Infantil de uma Escola Pública da cidade de Uruguaiana. Em uma bela tarde de sol, durante um
momento de descontração e brincadeiras na pracinha da escola, os estudantes deixaram de lado os
brinquedos e deram vez à sua curiosidade e gosto pela investigação, ao avistarem um tatu-bola. A partir da
observação e respeito aos interesses das crianças a professora sentiu-se motivada e desafiada a construir
um projeto sobre o “bichinho”, tão querido por todos. Na semana seguinte, foi proposta uma atividade
colaborativa entre os estudantes, seus familiares e demais profissionais da escola sobre o tatu-bola. Os
relatos das famílias foram os mais variados possíveis, muitas crianças realizaram em suas residências caças
aos tatus-bola, foi então que a docente teve a ideia de criar juntamente com os alunos a casa provisória dos
tatus-bolinha em uma garrafa pet com terra úmida. As crianças traziam de casa os tatus e os depositavam
na casa provisória, realizando observações diárias. Foi combinado que ao final desta atividade os tatus-
bolinha seriam devolvidos para a natureza no jardim da escola, mais especificamente em um dos pneus com
terra e plantas com a placa de identificação para todos poderem acompanhar eles quando fossem ao pátio.
No decorrer dos dias, uma criança da turma encontrou um tatu-bola morto no salão da escola, foi então que
ela ficou muito triste, a partir desta situação a professora realizou um diálogo com as crianças e explicou
que a vida é feita de ciclos, os seres vivos nascem, crescem e em algum momento morrem, daí a importância
de cuidar com amor de todos os seres que nos cercam, seja humano, animal ou vegetal. Visando registrar
as construções realizadas pelos estudantes a professora realizou uma hora do conto, seguida de um vídeo
explicativo no Youtube sobre as peculiaridades, importância no meio ambiente do tatu-bola. Os estudantes
demonstraram grande surpresa ao descobrir que o tatu-bola não é um inseto e sim um crustáceo assim como
o camarão. Os estudantes puderam compartilhar os conhecimentos desenvolvidos na feira de ciências da
escola, encantando toda a comunidade escolar. Após a feira de ciências, os tatus-bola foram devolvidos à
natureza, mas seguiram sendo observados pelos estudantes durante as atividades no pátio. Como resultados
destacamos o envolvimento das famílias, profissionais da escola e dos alunos, que tiveram seus interesses
considerados, realizaram observações, formularam hipóteses, participaram de diálogos e análises e
desenvolveram habilidades de várias áreas do conhecimento. Concluímos ser essencial que os educadores
desenvolvam a escuta ativa em relação às falas das crianças, e considerem as observações realizadas na
construção de propostas contextualizadas e significativas. O respeito, exploração e apreço à natureza
potencializaram o desenvolvimento da autonomia e o início da construção do Letramento Científico dos
estudantes, que tiveram a oportunidade de desenvolver conhecimentos para compreender diferentes
situações da vida e ainda utilizar os novos conhecimentos no dia a dia.
Palavras-chave: Educação Infantil; Meio Ambiente; Letramento Científico.

1
Instituição do primeiro autor (nome e sigla) TNR 10 à direita, espaçamento 1,0 – utilize apenas uma linha.
2
Instituição do segundo autor (nome e sigla) TNR 10 à direita, espaçamento 1,0

34
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA EM CONTEXTO DE INTERCÂMBIO: O ensino de ciências
Brasil x Colômbia

Maria Izabela Sabino dos Santos1Ariane Borges Figueiredo2

RESUMO
Este trabalho apresenta um relato de experiência de uma licenciada em Ciências Biológicas do
Instituto Federal de Machado, na qual o lócus de intercâmbio vem sendo realizado na Universidade de
Córdoba (UNICORDOBA) - Colômbia. A referida universidade fica situada na cidade de Montería, na qual
contempla cerca de 24 graduações, sendo 8 licenciaturas. A universidade possui um cenário enriquecedor
voltado à área das ciências, exclusivamente nas áreas de Ciências Naturais, Humanas e Biológicas. Com
esses pressupostos, este trabalho tem como objetivo relatar as vivências oportunizadas no intercâmbio,
sendo estas essenciais para a aprendizagem da docência, sobretudo no ensino de ciências, proporcionando
assim uma experiência multicultural. A riqueza de cenários e contextos oferecidos pela UNICORDOBA,
em especial no que se refere à biodiversidade, difere significativamente do Brasil. Essa diferença oferece
uma oportunidade única para explorar e entender as particularidades de um ecossistema distinto,
enriquecendo o conhecimento e a compreensão das diferentes dinâmicas e relações entre os seres vivos.
Além do aspecto biológico, o intercâmbio proporciona uma imersão em uma cultura diferente, permitindo
uma compreensão mais ampla das nuances sociais, históricas e culturais da Colômbia. A interação com
estudantes e professores locais, bem como a participação em atividades acadêmicas e culturais, contribui
para a formação de uma visão multicultural e globalizada. Essa vivência multicultural é um aspecto
essencial para a aprendizagem da docência, contribuindo significativamente para a formação e o
desenvolvimento profissional na educação e no ensino de ciências.

Palavras-chave: Ensino de Ciências. Intercâmbio. Aprendizagem da Docência

1
Licencianda em Ciências Biológicas – Instituto Federal do Sul de Minas- Campus Machado
2
Licenciada em Ciências Biológicas, UNINCOR, MG. Doutora e Mestre em Ciência Animal UNIFENAS, MG. Pós-graduada
em manejo e gestão em Sistemas Florestais, Docência na EaD em MBA em Gestão Estratégica do Capital Humano.
Docente do IF Sul de Minas – Campus Machado

35
OFICINAS PEDAGÓGICAS E O TEMA TRANSVERSAL SAÚDE

Mirtes Marques dos santos Alves (Seeduc/RJ)

A pesquisa desenvolvida no mestrado profissional do Programa de Pós-Graduação de Ensino em


Educação Básica (PPGEB-CAp/UERJ) teve como eixo o tema transversal Saúde e sua prática com alunos
do ensino fundamental II. A metodologia aplicada a partir de oficinas pedagógicas proporcionou uma das
experiências mais importantes da pesquisa, visto que as oficinas pedagógicas permitem a vivência de
situações concretas. A Educação para Saúde proposta nessa pesquisa está relacionada a uma visão prática
da Promoção para Saúde, educação integrada, interdisciplinaridade, reflexão e coerência. Nesse sentido, o
aluno tem a oportunidade de descobrir, debater, socializar e construir conhecimentos em sala de aula. Essa
metodologia permitiu a criatividade, o envolvimento e a sensibilidade dos sujeitos participantes e um dos
objetivos dessa pesquisa foi apresentar propostas de trabalhos interdisciplinares aos professores, já que nas
oficinas o aprendizado é dialético, ou seja, tanto o professor quanto o aluno produzem o conhecimento.
Para transformar a realidade vivenciada pelo aluno, é necessário trabalhar o cotidiano deste em toda sua
complexidade, os contextos em que estão inseridos e as relações construídas no âmbito escolar, sendo que
este espaço de reflexão passa por diferentes estruturas, sendo elas familiares, professores e comunidades.
As oficinas foram aplicadas em duas escolas, uma da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro e outra
da rede privada de São João de Meriti, e em ambas foram direcionadas oficinas para alunos e professores
com tema prevenção do mosquito Aedes aegypti. O produto educacional resultante da pesquisa foi um guia
contendo oficinas pedagógicas relacionadas ao tema transversal Saúde (Guia de Oficinas Pedagógicas Tema
Transversal Saúde) que pode ser consultado no portal de produtos educacionais – Portal eduCapes.

Palavras-chave: saúde, temas transversais, oficinas pedagógicas

36
A UTILIZAÇÃO DE EXTRATO DE REPOLHO ROXO NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
COMO INDICADOR ÁCIDO BASE DE BAIXO CUSTO

Autores?
RESUMO
O presente trabalho foi resultado de esforços e de planejamentos didáticos ao longo da disciplina de
Ciências na escola municipal Gilson Firmino da Silva. Visando uma melhor aprendizagem dos alunos dessa
forma se foi pensado em estratégias que aproximem o conteúdo abordado com a realidade dos alunos além
disso instruir os discentes a respeito da identificação de ácidos e bases que não demonstram aspectos
visíveis e que possibilitam diferenciar a olho nu. Para esse estudo foi determinado a utilização do extrato
do repolho roxo que o mesmo foi submetido a um processo de fervura em água para extrair as antocianinas
que são capazes de reagir com a diferença de ph ou seja, ele muda de cor se for um ácido ou base em
tonalidades diferentes, esse indicador foi utilizado em substâncias do cotidiano dos alunos: agua sanitaria,
leite, soda cáustica, suco de laranja, logo após essa mistura os componentes mais ácidos tiveram uma
coloração rosa enquanto os outros tons mais para o azul. Por fim, os alunos conseguiram compreender que
o indicador produzido por eles se demonstra em tons diferentes mediante substâncias com alterações em
seu PH e eles puderam relacionar alguns aspectos vistos em sala de aula com as situações encontradas em
seu cotidiano, dessa forma conclui-se que a prática de experimentação é de grande valia para o ensino pois,
essa fuga do ensino tradicional possibilita o aluno explorar e aprender de formas mais lúdicas e construir
as relações do seu próprio pensamento.

Palavras-chave: Experimentação, Ensino de Ciências, Ácido-Base, Práticas educacionais.

37
NEUROCIÊNCIA: TECNOLOGIA E MUSICALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CRIANÇAS DOS ANOS INICIAIS NO ENSINO DA
MATEMÁTICA

BUENO, Larissa Rodrigues 1, SOUSA, Cintia Metzner de 2

RESUMO
Este trabalho objetiva demonstrar a importância da musicalização no processo de aprendizagem de
Matemática por meio de métodos ativos em educação musical, considerando o período de alfabetização de
crianças com idade entre sete e oito anos. Essa pesquisa será desenvolvida em uma escola municipal,
considerando o processo de alfabetização. A justificativa para a pesquisa sobre tal tema se deve à
constatação, através do SAEB (Sistema de Avaliação da Escola Básica) em 2021, do conhecimento abaixo
do esperado para crianças que frequentam o segundo ano dos Anos Iniciais pós período pandêmico.
Considera-se a compreensão do componente matemática, no quesito operações matemáticas com unidades,
dezenas, centenas e milhares como fundamentais para a passagem do segundo para o terceiro ano, em que
há uma mudança no nível de exigência para o desenvolvimento do raciocínio lógico e suas variáveis. O
embasamento desta pesquisa está ancorado em dois princípios: a neurociência como o estudo científico
que se refere ao sistema nervoso e suas variáveis e que influencia nos estudos do processo cognitivo e no
comportamento de cada ser humano, e da música como linguagem específica que transita entre códigos,
números e textos, ampliando as possibilidades de investigação deste trabalho. Propõe-se, como
metodologia, a vivência e experimentação de competências e habilidades em música e tecnologia, levando-
se em conta os métodos ativos de educação musical e a junção da tecnologia, em específico, objeto
relacionado a tecnologia digital, e assim, fazendo uso da escrita da duração musical utilizada em partituras
como um jogo, observando como se dão os processos de aprendizagem das crianças, aplicado à Matemática,
musicalização e a inovação de novos meios. Entende-se que as metodologias ativas e a tecnologia
colaboram na inserção da criança no processo de ensino-aprendizagem, portanto, esta pesquisa visa a
utilização de ferramentas musicais de escuta, leitura, escrita, interpretação e execução, indo ao encontro
das propostas no currículo de Matemática. A partir dos resultados encontrados, pretende-se averiguar de
que forma a musicalização, inovação tecnológica e a alfabetização do componente curricular Matemática,
bem como os estímulos e benefícios produzidos nos indivíduos contribuem para a qualificação do processo
de ensino-aprendizagem. O projeto em andamento busca indícios de que a introdução da música e
tecnologia, quando compreendidos como componentes curriculares essenciais no processo de
alfabetização, podem contribuir não só para uma melhor aprendizagem, mas também como instrumento
importante para modificar o índice de baixo rendimento escolar no período referido.

Palavras-chave: Matemática; Neurociência; Musicalização;

1
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) - Licencianda do curso de Pedagogia
2
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) - Professora orientadora

38
ENSINO HÍBRIDO: METODOLOGIAS ATIVAS NAS AULAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL
DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Kadidja Leite Paiva Gomes1


RESUMO
Este estudo explora a aplicação das Metodologias Ativas, com destaque para a "Sala de Aula
Invertida", para promover um aprendizado mais envolvente e significativo. Uma análise realizada durante
a produção de resenhas do livro "A Grande Assembleia dos Bichos Pestilentos e Peçonhentos", de Ivan Jaf,
revelou que essa abordagem teve um impacto positivo no engajamento dos alunos, na compreensão dos
conteúdos e nos resultados de aprendizado. Através da inversão da sequência tradicional de ensino, os
alunos se tornaram atores ativos em seu processo educacional, explorando previamente o material,
participando de discussões em sala de aula e realizando exercícios práticos. Isso resultou em uma
compreensão mais profunda e no desenvolvimento de habilidades cognitivas e metacognitivas essenciais.
Os resultados deste estudo se alinham a pesquisas anteriores sobre os benefícios das Metodologias Ativas.
No entanto, é crucial reconhecer que a implementação eficaz exige planejamento adaptativo, avaliação
contínua e dedicação dos educadores. Ao promover a participação ativa, a reflexão crítica e a aplicação
prática do conhecimento, eles capacitam os alunos a se tornarem aprendizes competentes e independentes,
confiantes para a transformação positiva e duradoura da educação.

Palavras-chave: metodologias ativas, sala de aula invertida, produção textual.

1
Prefeitura Municipal de Fortaleza

39
A TEMÁTICA POLO DE INOVAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (PIDS)
E O ENSINO: UMA ABORDAGEM PARA OS ALUNOS DO 6º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL II

Bianca Carvalho1 ; Aline Pascoalino2

RESUMO
O presente trabalho está vinculado às atividades desenvolvidas junto ao Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), na perspectiva dos objetivos do subprojeto interdisciplinar
Geografia e Pedagogia, que seguem uma perspectiva de ações para a educação ambiental. Dessa forma, foi
desenvolvido por alunos da graduação em Geografia em uma prática junto aos alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental II, da EMEF/EJA Profª Dulce Bento Nascimento, sob orientações do docente supervisor na
unidade escolar e das coordenadoras do subprojeto. A unidade escolar está localizada no Bairro Guará,
Distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). Atualmente, existe uma proposta de reestruturação do uso e
ocupação do solo da área em que a escola está inserida, que resultará diversas alterações ambientais,
respaldadas pelo Projeto de Lei Complementar - ainda sem número - denominado “Polo de Inovação para
o Desenvolvimento Sustentável (PIDS)”, conhecido anteriormente como “Polo Estratégico de
Desenvolvimento CIATEC/UNICAMP”, Projeto de Lei Complementar nº 189, definido no Plano Diretor
do Município, que planeja ocupar uma área de 17,8 milhões de metros quadrados. Assim, surgiu a urgência
de abordar a temática do Polo de Inovação para o Desenvolvimento Sustentável (PIDS) com os alunos, uma
vez que o cotidiano e as paisagens do entorno próximo terão impactos positivos e/ou negativos nesse
processo de (re)ordenamento territorial. A temática foi tratada por meio de aulas expositivas e práticas. As
aulas foram divididas em quatro horas aulas, sendo duas aulas explicativas sobre o Projeto de Lei
Complementar. Nestas tratou-se dos conceitos como “Polo de Inovação” e “Desenvolvimento Sustentável”,
construindo com os alunos o entendimento acerca do nome do Projeto, além de apresentar quais são os
objetivos do PIDS e suas consequências para os moradores do Distrito de Barão Geraldo. A fim de elucidar
o impacto da construção do PIDS e trazer a vivência dos alunos fora da sala de aula (mais de 90% dos
alunos residem próximo a escola), foi utilizado a plataforma Google Earth, onde foi localizada a escola e
aplicado o contorno da área do Projeto, possibilitando aos alunos a compreensão da dimensão da construção
do PIDS. As duas aulas finais foram práticas, propondo-se aos alunos a sistematização de ideias e reflexões
na elaboração de cartazes, ampliando-se a conscientização dos alunos da escola acerca do tema, trazendo o
objetivo do PIDS a partir da seguinte indagação: “Será que o PIDS será bom para o nosso Distrito?”.
Observou-se após as aulas um grande engajamento dos alunos, onde tiveram ideias de como conscientizar
a população de fora da escola sobre os impactos do PIDS, utilizando-se outros canais comunicativos como
a plataforma YouTube, divulgação nas redes sociais dos moradores do Distrito contra o PIDS, além de
reflexões sobre como as crianças de 11-12 anos podem ser ouvidas pelos adultos enquanto
conscientizadoras sobre os conhecimentos que aprendem em sala de aula.

Palavras-chave: PIDS, docência, conscientização.

1
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
2
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

40
A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Antonia Larissa Costa Silva1 Maria do Rosário Madeiro Lopes2, Samia Maria Silva Ribeiro3 Janiele
Santos de Sousa4 Eliana Costa da Cruz 5
RESUMO

A formação continuada de professores busca ampliar os conhecimentos iniciais adquiridos na


universidade e complementar as práticas pedagógicas dos docentes. Com isso, o objetivo deste estudo foi
realizar uma revisão de literatura sobre a formação continuada de professores de Educação Física da
Educação Básica. A pesquisa é de abordagem qualitativa do tipo revisão de literatura. Foram feitas buscas
na Biblioteca Digital Brasileiras de Teses e Dissertações (BDTD), Scientific Electronic Library Online
Dissertações (SciELO) e Periódicos (CAPES). Na busca foram encontrados 8 artigos, 3 teses e dissertações.
Dessa forma, foi evidenciado a necessidade da promoção de políticas públicas voltadas para a formação
continuada de professores de Educação Física da Educação Básica. Através da pesquisa também foi
possível observar a relevância da formação continuada para o aperfeiçoamento da prática docente por meio
de novos conhecimentos sobre novas metodologias educacionais e melhores condições profissionais. Deste
modo, conclui-se que, ainda existe uma baixa oferta e procura por cursos de formação continuada para os
professores de Educação Física, demonstrando a necessidade de investimentos para a capacitação dos
docentes.
Palavras-chave: Formação Continuada, Educação Física, Educação Básica

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé
3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé
4
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé
5
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé

41
FUTEBOL BRINCANTE: Efeitos Semióticos do “Brincar” no Desenvolvimento do Conhecimento
Tático Processual nas Situações de Movimento Ofensivas

José Everaldo dos Santos-Neto, Pierre Normando Gomes-da-Silva

RESUMO

Nos dispomos neste projeto a contribuir com as pedagogias inovadoras que têm confrontado os
modelos tradicionais do ensino-aprendizagem-treinamento dos esportes ao longo dos anos, em especial
para o Futebol. Dentre os modelos de ensino contemporâneos, destacamos o Teaching Games for
Understanding, Pedagogia não-linear, Sports for Education, e o Método Situacional, onde os estudos
recentes apontam que vem se mostrando como os principais métodos de intervenção para o ensino do
esporte, deixando para trás o método tradicional analítico. Sendo assim, nossa proposta é lançar um olhar
semiótico para o futebol, numa perspectiva ecológica e ontológica, tendo como pedra fundamental a
Pedagogia da Corporeidade (Gomes-da-Silva, 2003; 2015; 2016). Essa abordagem tem o jogo como o pivô
da aprendizagem, propõe a experiência do brincar, visando contribuir para formação de jogadores e
jogadores “brincantes”, ou seja, aqueles capazes de brincar, criar e amar, capazes de realizar leituras dentro
da partida, sendo parte do jogo, possibilitando o agir na circunstância, a partir do sentir, reagir e refletir.
Destarte, entendemos que as decisões que tomamos tem relação com as informações do ambiente que me
provocou, ela não é neutra, ela vem com intenção. Nesse sentido, apoiados nessas ideias, nos perguntamos,
como estruturar sessões de treinamento que favorecem o desenvolvimento do conhecimento tático
processual nas movimentações ofensivas do futebol a partir do “brincar”? quais os efeitos semióticos
produzidos? Temos como objetivo geral estruturar sessões de treinamento de futebol a partir de situações
de movimento (jogo semiotizado) que favoreçam o desenvolvimento do conhecimento tático processual
nas fases ofensivas do futebol, analisando os efeitos semióticos produzidos. Temos como objetivos
específicos, estruturar sessões de treinamentos tendo como epicentro a Aula Laboratório da Pedagogia da
Corporeidade – ALPC, trabalhando seus eixos intensivos de volume, temperatura e pressão; mapear quais
são as ações comunicativas nas fases ofensivas em um jogo de futebol; analisar os efeitos semióticos
(emocionais, energéticos e lógicos), nas sessões de treinamento e em partidas disputadas pela equipe, a
partir analítica pragmática da Pedagogia da Corporeidade, especificamente nas situações de movimento
ofensivas. A pesquisa é de caráter descritivo, com abordagem qualitativa dos dados. Para coleta de dados,
utilizaremos como técnica a observação direta, participante, o diário de campo, roteiro de observação e
filmagens. Os sujeitos da pesquisa serão escolares, do sexo masculino, na faixa etária entre 15 e 17 anos,
que já participam de equipes de futebol fora do ambiente escolar. Para avaliar a tomada de decisão dos
jogadores utilizaremos o Game Performance Assessment Instrument (GPAI) e para análise dos efeitos
semióticos será utilizado o método analítico pragmático da Pedagogia da Corporeidade.

Palavras Chave: pedagogia da corporeidade, futebol, Esporte.

42
O USO DO AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO: UMA PROPOSTA PARA ABORDAGEM DA
MENSTRUAÇÃO

Maria Luísa Jorge de Sousa Gonzaga1, Sofia Lopes do Nascimento Pereira2, Ronaldo Entler3, Eliseu de
Souza Lopes Filho4, Alexandre Araújo Vicente5
Mantenha este espaço em branco.
RESUMO
O audiovisual é a combinação de elementos sonoros e visuais, usado para criar produções
cinematográficas, projetos educacionais e outros conteúdos. O ambiente escolar é um espaço ideal para
transformações. Durante muitos séculos a menstruação tem sido tratada como um tema tabu na sociedade
ocidental. A “pobreza menstrual” ou precariedade menstrual é um fenômeno complexo vivenciado por
meninas, mulheres, homens trans e pessoas não binárias que menstruam. A menstruação é parte do ciclo de
vida dessa população, fazendo-se urgente e necessário ser o tema abordado com naturalidade e, ampliando-
se os recursos para tal de forma que seja democratizado esse conhecimento fundamental para todas, em
especial, as que vivem em situação de vulnerabilidade desde a infância. Na interdisciplinaridade, outras
áreas do conhecimento, tal como o cinema e audiovisual, podem dar sua contribuição às áreas de saúde
envolvidas nestas questões. Proposição: Idealizou-se a criação de um curta metragem sobre o processo da
menstruação, como parte das Disciplinas de Análise da Imagem I e Animação da FAAP/2019. Método:
Utilizou-se o método de curta-metragem no estilo Stop motion, na técnica cut out. As partes eram
confeccionados individualmente (cenários, personagens e objetos de cena), sendo animados quadro a
quadro por meio de fotografias. Na sequência as fotos eram lançadas no programa Adobe Premiere Pro. O
filme era montado e sonorizado. Resultado: Produção de um curta metragem audiovisual de duração 1
minuto e 25 segundos, mostrando os processos que levam a menstruação de forma lúdica. Conclusões: O
recurso audiovisual elaborado é uma ferramenta educacional importante de abordagem sobre o tema para
estudantes pré-adolescentes e adolescentes, independente do gênero. Posteriormente outras pesquisas
poderão mostrar a efetividade dessa estratégia educacional.
Mantenha este espaço em branco.
Palavras-chave: audiovisual, menstruação, educação.

1 Especialização em Gestão de Produção e Negócios Audiovisuais (Curso de Cinema—FAAP)


2 Egressa do Curso de Cinema (Centro Universitário Armando Alvares Penteado—FAAP)
3 Disciplina Análise da Imagem I (Centro Universitário Armando Alvares Penteado—FAAP)
4 Disciplina Animação (Centro Universitário Armando Alvares Penteado—FAAP)
5 Filmoteca (Centro Universitário Armando Alvares Penteado—FAAP)

43
TRANSFORMANDO SALAS DE AULA: A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Iohana Ramos Machado1, Sebastião Gomes Barbosa2, Diarlane Ribeiro Bucker do Carmo3

RESUMO
No contexto atual da educação, a promoção da inclusão e igualdade de oportunidades para todos os
alunos se tornou uma prioridade incontestável. Nesse cenário, a formação dos professores desempenha um
papel fundamental. Esta pesquisa se concentra na formação continuada de professores como um meio
estratégico para fomentar a educação inclusiva em escolas do Município de Duque de Carias, no Estado do
Rio de Janeiro. Destaca-se, nesse sentido, uma formação que capacite os professores para promover a
participação de todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem, garantindo seus direitos
fundamentais, conforme especificados na Lei Brasileira de Inclusão de Pessoas com Deficiência, Lei n.º
13.146/2015 (Brasil, 2015) e em outros documentos, tais como: Política Nacional de Educação Especial
na perspectiva da educação inclusiva (2008), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
(Brasil, 1996), entre outros, tendo como principal referencial teórico a Pedagogia da Autonomia freiriana
(Freire, 1987). O objetivo do estudo, nessa perspectiva, é abordar a relação entre a formação continuada de
professores sob o enfoque da educação inclusiva, perpassando o pensamento de Paulo Freire no que se
refere ao diálogo e comunicação, respeito à diversidade, contextualização dos conteúdos, e práticas
reflexivas. A metodologia do estudo é a pesquisa-ação (Tripp, 2005; Thiollent, 2011), realizada da seguinte
maneira: os professores participaram de oficinas com práticas inclusivas e depois implementaram
estratégias específicas em suas salas de aula, como o uso de materiais para atender às necessidades
específicas dos alunos com deficiência. Após a implementação das estratégias, os professores e
pesquisadores se reuniram para um ciclo de reflexão, onde compartilharam suas experiências. Foram
aplicadas entrevistas semiestruturadas com os participantes no final da formação para melhor compreensão
da experiência de formação. Participaram do estudo 12 professores da sala de aula comum de 4 escolas do
Município de Duque de Caxias. Em relação aos procedimentos éticos da pesquisa, os professores assinaram
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O estudo, que ainda está em andamento, aponta
para alguns resultados parciais, como mudanças positivas nas práticas pedagógicas dos professores
participantes da pesquisa, no sentido de melhoria nas práticas de ensino, incluindo estratégias mais flexíveis
e adaptativas, maior uso de materiais e recursos acessíveis e um ambiente de sala de aula mais inclusivo.

Palavras-chave: educação inclusiva, formação continuada, pedagogia de Paulo Freire.

1 Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).


2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO).

44
(IN)VISIBILIDADE DAS HISTÓRIAS E CULTURAS DOS POVOS INDÍGENAS NOS LIVROS
DIDÁTICOS DE ARTE

Flávia Gisele Nascimento1

RESUMO
Este trabalho propõe-se a investigar como as artes, as histórias e as culturas dos povos indígenas
são abordadas nos livros didáticos de Arte do Ensino Fundamental - Anos Finais, do Programa Nacional do
Livro e do Material Didático (PNLD), aprovados em 2020. O objetivo é compreender qual é o espaço que
essa temática ocupa nos manuais escolares e como vem sendo apresentada ao público. Em um breve estudo,
nos seguintes bancos de dados - Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), portal Scielo
e Google Acadêmico, em dezembro de 2022, com as palavras-chave: livro didático de Arte, PNLD e povos
indígenas, verificou-se que existem poucas pesquisas sobre a temática e que elas são recentes, um dos
motivos é que o PNLD na área de Arte iniciou somente em 2015. A metodologia escolhida para a pesquisa
é a revisão bibliográfica e a análise documental. Como o estudo está conectado com os livros didáticos é
importante investigar o conceito, não tentando defini-lo, mas fazendo alianças com alguns autores(as) para
pensar sobre o assunto (BATISTA, 1999; CHOPPIN, 2004; GARCIA, 2013). O trabalho está na fase da
revisão bibliográfica. Pretende-se analisar nos manuais escolares as conexões entre o ensino da Arte e as
culturas dos povos originários, na perspectiva anticolonial e antirracista, que contribuam para a formação
discente e docente.

Palavras-chave: livro didático de Arte, PNLD, povos indígenas.

1
Universidade Federal do Paraná (UFPR).

45
PRODUÇÃO DE POMADA CICATRIZANTE DE BACCHARIS TRIMERA (CARQUEJA):
MODELO DE AULA PRÁTICA DE BIOLOGIA

Fernando Pedrosa Coelho¹, José Emílio Zanzirolani de Oliveira², Renata Vitarele Gimenes Pereira³

RESUMO
O gênero Baccharis, da família das Asteraceae, possui cerca de 500 espécies, uma delas é
Baccharistrimera, conhecida como carqueja (VERDI; BRIGHENTE; PIZZOLATTI, 2005). Esta tem sido
utilizada como fitoterápico na medicina brasileira (BORELLA et al., 2006; apud KARAM et al., 2013).
Vários autores relataram o uso popular da Baccharistrimera (Less.) DC no tratamento de enfermidades,
como cicatrizante de úlceras e feridas externas (SIMÕES et al., 1998; LORENZI; MATOS, 2002; apud
GRANCE, 2007; OLIVEIRA, 2008). Esse conhecimento popular pode ser útil na produção do
conhecimento científico e ser tratado em ambiente escolar. No caso da carqueja, verifica-se diferentes
possibilidades de ensino e aprendizagem, podendo ressaltar o uso de uma aula prática como metodologia
de ensino. Objetivou-se com este trabalho: descrever as propriedades medicinais da Baccharistrimera,
desenvolver uma pomada cicatrizante e planejar um modelo de aula prática destinada aos alunos de biologia
do ensino médio envolvendo a produção da pomada cicatrizante de carqueja. Realizou-se pesquisa
bibliográfica entre os meses de maio de 2017 à julho de 2018. A produção da pomada carqueja procedeu-
se usando como base a pomada de arnica, descrita na Farmacopéia Brasileira (BRASIL, 2011), com
algumas adaptações. O modelo de aula prática e a exsicata foram feitas com base no modelo proposto por
Back (2013), com adaptações. Os resultados foram apresentados em três etapas: 1) Revisão bibliográfica
de estudos que tratam das propriedades da carqueja e do processo de cicatrização de feridas; 2) Processo
de produção da pomada de carqueja e 3) Modelo de aula prática com a produção da pomada de carqueja.
O roteiro de aula prática desenvolvido constitui-se como modelo de aula que pode ser utilizado por
professores de biologia ao abordar os conteúdos de botânica, onde se inserem as plantas medicinais. Além
disso, poderá contribuir para a aprendizagem de biologia sobre microbiologia, soluções químicas, extração
de compostos químicos, a importância do meio ambiente e outros temas que o professor considerar
pertinentes. Apoio: IF Sudeste MG – Barbacena.

Palavras-chave: ensino de Biologia, botânica, prática pedagógica.

46
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E MEDIAÇÃO DE LEITURA NA FORMAÇÃO INICIAL DE
PROFESSORES: DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES

Carmen Lucia Braga da Conceição1, Pablo Alex Barbosa Moraes2

RESUMO
Este artigo apresenta os resultados de uma experiência realizada durante a semana acadêmica do
curso de Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens no ano de 2023. A oficina foi
realizada em março no Instituto de Educação, Matemática e Científica (IEMCI) e teve como público-alvo
os licenciandos desse curso. Alguns autores, incluindo Freire (1989), Bakhtin (2006), Kleiman (2012),
Soares (2003; 2019), Abramovich (2004), Zumthor (2000), Caldin (2002) e Busato (2003), foram
convocados para embasar as discussões sobre o trabalho. A pesquisa teve um caráter exploratório (GIL,
2002), com o objetivo de analisar as contribuições da ludicidade por meio da contação de histórias e da
mediação de leitura para o processo de formação inicial dos licenciandos, bem como seus desdobramentos
em possíveis atividades para o processo de ensino-aprendizagem. Para realizar as análises, foram utilizadas
gravações de vídeos, áudios e as produções escritas resultantes das dinâmicas articuladas durante o
encontro. Os resultados apontaram para a importância da ludicidade e da contação de histórias como
recursos efetivos no processo de formação inicial dos licenciandos. Através dessas atividades, os
licenciandos puderam desenvolver habilidades de expressão oral, criatividade, imaginação e empatia, além
de aprimorarem suas competências de leitura e escrita. A abordagem lúdica também se mostrou capaz de
engajar os estudantes, tornando o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico e prazeroso. Esses
resultados indicam a relevância de incluir práticas lúdicas e a contação de histórias como estratégias
pedagógicas no contexto da formação inicial dos licenciandos, visando promover um processo de ensino-
aprendizagem mais significativo e estimulante.

Palavras-chave: Contação de histórias, Formação inicial, Ensino-aprendizagem.

1
Universidade Federal do Pará(UFPA).
2
Universidade Estadual do Pará (UEPA).

47
REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA APS

Luana Roberta dos Santos Palma1, Maria Cristina Mazzaia 2

RESUMO
A educação na área de saúde é tema que vem sendo discutido há tempos pois é primordial para
promoção, prevenção e reabilitação da saúde do indivíduo ou comunidade, condizente com nossa
Constituição de 1988 que preconiza ações e serviços voltados a qualidade de vida do ser humano e não
somente a ausência de doenças. Nessa perspectiva temos o trabalho desenvolvido na Atenção Primaria a
Saúde pelo profissional Enfermeiro que atua diariamente educando sua equipe e população assistida, por
meio das quatro modalidades educativas existentes no Sistema Único de Saúde descritas como; Educação
Permanente, Educação Continuada, Educação em Saúde e Comunidade e Educação Interprofissional. O
enfermeiro é um educador por natureza e o tema e conteúdos sobre educação estão inseridos já no processo
de formação na sua graduação como preconizado pelas diretrizes curriculares onde destaca-se, que o
profissional deve ser capaz de aprender constantemente, seja durante sua formação seja durante sua prática
profissional e ter como compromisso a educação e o treinamento das futuras gerações de profissionais,
assim como deve atuar na educação voltada ao indivíduo e comunidade com intuito de orientar, esclarecer
dúvidas, relacionadas à condição de saúde, e à qualidade de vida. O papel do enfermeiro está diretamente
ligado à prática da educação voltada à problematização identificada no seu local de atuação, indivíduo e
comunidade, pautado na troca de saberes e experiências para a construção de vínculos facilitando o
entendimento assim como o diálogo horizontal onde todos podem contribuir com suas vivências, em busca
de garantir que o conhecimento traga qualidade de vida aos cidadãos. Assim, fica evidente que o
profissional enfermeiro é o elo na tríade educação-profissional-paciente transformando teoria em prática,
mudanças significativas, que transformam a realidade e promovem condições de saúde e bem-estar a todos.
O enfermeiro deve estar atento às mudanças, e inovações, estando apto a desenvolver ações voltadas à
educação utilizando o senso crítico. decorrente da realidade do seu local de atuação, de forma organizada e
articulada e certamente humanizada, garantindo assim o fortalecimento da sua equipe e consequentemente
a promoção, prevenção e reabilitação da saúde da sua população.

Palavras-chave: EDUCAÇÃO, ATENÇÃO PRIMARIA A SAÚDE, ENFERMEIRO

1
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
2
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

48
INFORMATIZAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS INTERNOS

Luiz Antonio Ferreira Junior¹

RESUMO
Este trabalho visa apresentar um relato de experiência sobre como alterações na organização de um
setor pode impactar no trabalho do professor e, consequentemente, na vida de seus alunos. Para isso, serão
relatadas as mudanças nos Laboratórios de Ensino Prático que compõem a metodologia prática e de
conhecimentos teóricos dos cursos da área da saúde e exatas de uma universidade confessional do interior
do estado de São Paulo. Houve uma reformulação na gestão desse setor, e com isso, algumas modificações
foram inevitáveis. Após algumas experiências em outras unidades da instituição, resultando em otimização
de tempo, maior uso de ferramentas digitais e uma qualidade de trabalho notável e comentada, o
pensamento de padronização surgiu de forma imediata. Com o objetivo de buscar melhorias contínuas,
realizaram-se reuniões periódicas, testes em períodos de férias e demonstrou-se muito empenho, o que foi
extremamente importante para atingir os resultados observados nos dias atuais. Os processos internos foram
informatizados, formulários do Google foram implantados, bem como planilhas compartilhadas e
softwares. A dinâmica e potencialidade proporcionadas pelos processos, juntamente com a autonomia que
as ferramentas digitais conferiram aos funcionários, tiveram um impacto extremamente positivo, não
apenas no dia a dia de trabalho, mas principalmente nas entregas de relatórios e resultados que quantificam
as aulas, os alunos e os insumos, melhorando, assim, o trabalho dos professores.

Palavras-chave: Laboratório de Ensino Prático, ferramentas digitais, trabalho do professor, letramento


digital, desenvolvimento dos alunos

__________________________
¹ Analista na Universidade São Francisco (USF). Mestrando em Educação pela Universidade São Francisco (USF)

49
METODOLOGIAS ATIVAS NO CONTEXTO DAS AULAS REMOTAS: O ENSINO DE
MATEMÁTICA DE FORMA COLABORATIVA

Tavifa Smoly Araripe 1, Francisca Karoline Rodrigues Braga Ramos 2

RESUMO
O contexto da pandemia da COVID 19 impôs a necessidade de implantar o Ensino Remoto
Emergencial, no qual as aulas deixaram de ser presenciais, seguindo o modelo on-line em função das
medidas sanitárias de distanciamento social. Essa realidade trouxe consigo vários desafios, dentre eles a
preocupação em proporcionar aulas dinâmicas e significativas. O caminho encontrado foi o uso de
metodologias ativas que permitiu a aplicação do método colaborativo na disciplina de Matemática com
uma turma do 4º ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Acre –
Ufac, utilizando o aplicativo Jamboard, parte do conjunto de aplicativos disponíveis no Google. Para tanto,
valeu-se das contribuições teóricas de Freire (2019), Vygotsky (2009) e José Moran (2017). O estudo
mostrou que as metodologias ativas proporcionaram aos alunos: maior interesse e participação direta na
construção da sua aprendizagem; resultando também na ampliação da sua autonomia. Além disso, o
trabalho realizado demonstrou que o método colaborativo também pode ser aplicado nas demais disciplinas
e conteúdos do currículo escolar.

Palavras-chave: matemática, metodologias ativas, ensino colaborativo.

1
Universidade Federal do Acre - Colégio de Aplicação (CAp/UFAC).
2
Universidade Federal do Acre - Colégio de Aplicação (CAp/UFAC).

50
ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA: “O QUE DIZ ESSE MAPA?” - ESTUDO EMPÍRICO
COM PESCADORES DO PROJETO DE EXTENSÃO TARRALFAS

Gabriel Klebson da Silva Dias1, Vitor Emanuell Ferreira Silva2

RESUMO
A pesquisa intitulada "Alfabetização Cartográfica: o que diz esse mapa? - estudo empírico com
pescadores do projeto de extensão Tarralfas" está fundamentada nas experiências pedagógicas vivenciadas
por esses pescadores no que tange a conexão do conhecimento prático já existente com o teórico
cartográfico, na colônia Z-10, em Pirangi do Sul, no Estado do Rio Grande do Norte. O objetivo deste
trabalho é analisar o papel da convergência de conhecimentos nas vidas dos pescadores - sujeitos de cultura
e resistência com suas tradicionalidades - explorando a capacidade de interpretar e compreender
informações contidas em mapas e sua relevância para as atividades cotidianas. O estudo emprega como
metodologia a pesquisa bibliográfica e análise descritiva, em uma abordagem qualitativa. Tendo em vista a
importância da cartografia no cotidiano pesqueiro, em razão dos conteúdos relacionados à limites
territoriais, meios de orientação, sistemas referenciais, dentre outros. Em nossos resultados esperamos
identificar o vínculo do espaço geográfico utilizado pelos pescadores em sua representação, no caso, em
mapas.

Palavras-chave: alfabetização, cartografia, espaço.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal Central - IFRN
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal Central - IFRN

51
Contextualização: Grafismos Rupestres, Geociências e Matemática: Abrigo do Índio em Palestina
de Goiás.

Audirene dos Santos da Mata1, Camila de Campos Costa2, Elaine Ramos da Silva Sofia 3, Lucy Aparecida
da Silva 4, Marcela Eduarda Ruiz5

RESUMO
Vários relatos evidenciam estudos de caso que descrevem o histórico de Grafismos globalmente,
mas o Brasil começa a fazer parte deste contexto recentemente em comparação aos demais territórios, o
texto a seguir nos mostra a possibilidade de uso deles, tanto na interpretação como na forma de ensino de
forma interdisciplinar. Nas Geociências podemos analisar: localização, próximos à cursos d’água, bem
como, lugares de abrigo, dentre outros. Historicamente a evolução dos grafismos e ainda sua
representatividade. Em ciências as biodiversidades representadas, também o tipo de substância natural
utilizada como tinta. Já em Matemática é bem notório o sistema de contagem utilizado por meio de símbolos
para referenciar tal biodiversidade, assim como, os fatos históricos vivenciados por esses humanos nos
tempos primórdios.

Palavras-chave: grafismo, geociências, matemática.

1
Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo-SEDUCSP e Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP
2
Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo-SEDUCSP
3
Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo-SEDUCSP
4
Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo-SEDUCSP
5
Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo-SEDUCSP e Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP

52
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO PROFESSOR REGENTE SOBRE O PROFESSOR HORA-
ATIVIDADE E REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO PROFESSOR HORA ATIVIDADE EM
RELAÇÃO O PROFESSOR REGENTE: O CASO DAS AULAS DE CIÊNCIAS

Amanda Vitor Dourado1, Luciano Carvalhais Gomes 2

RESUMO
As representações sociais entre professores que ensinam ciência refletem percepções
compartilhadas, influenciando dinâmicas educacionais. Essas representações moldam a interação,
colaboração e identidade profissional, impactando o ambiente escolar e o processo de ensino-aprendizagem.
Compreender essas dinâmicas é fundamental para promover práticas pedagógicas eficazes e fortalecer o
ambiente educacional. Neste sentido, buscamos na tese de doutorado do Pós Graduação em Educação para
Ciência e Matemática - Universidade Estadual de Maringá. refletir sobre as representações sociais entre
professores2, ou seja: o(a) professora(r)3 hora-atividade, no qual é o profissional que atua em atendimento
a criança na educação infantil no momento em que a (o) docente regente está em ação de estudo,
atendimento e/ou planejamento, garantido pela Lei 11.738/2008. Para isso, no apoiamos no referencial
teórico metodológico na pesquisa de campo das Representações Sociais (RS), que nos permite interpretar
os aspectos da realidade docente. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa é analisar as representação social
do professor regente sobre o professor hora-atividade e representação social do professor hora atividade em
relação ao professor regente: o caso das aulas de ciências. Para tanto, a metodologia compreenderá um
grupo focal, cuja a coleta de dados a ser realizada por meio de entrevistas e questionários com profissionais
atuantes no ensino de Ciências na Rede Municipal de Educação do Estado do Paraná. Os resultados e
discussões identificam a necessidade de estudos voltados as Representações Sociais entre docentes na
educação infantil voltadas ao ensino de ciências.

Palavras-chave: Educação; Ensino de Ciências; Formação continuada de professores; trabalho docente.

1 Universidade Estadual de Maringá (UEM)


2 Universidade Estadual de Maringá (UEM)
3 Utilizaremos o termo: professora(r); educadora(r) devido o fato das mulheres serem as profissionais que mais ocupam os
espaços de trabalho na educação infantil.

53
PROPOSTA DE UMA INCURSÃO DIDÁTICA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA COM A
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Áurea Cristina Pacheco Matos1, Sinval de Oliveira2

RESUMO
Apresenta-se nesse trabalho uma proposta didática que articula simultaneamente a Educação
Matemática com a Educação Ambiental. Justifica-se este esforço tendo em vista que a comunidade de
educadores matemáticos se mostra ausente dos debates que dizem respeito às questões socioambientais nos
currículos escolares. A macro questão problematizadora que orientou o estudo pode ser expressa da seguinte
forma: como produzir uma proposta didática articuladora da Educação Matemática com a Educação
Ambiental? A pesquisa bibliográfica foi adotada como basilar e a produção de fichamentos serviu como
um instrumento refinado para o levantamento de informações para uma incursão no campo da Educação
Ambiental, assim como na Educação Matemática e por sua vez, estudos sobre Sequência Didática (SD) de
Antoni Zabala (1998) foram empregados como compiladores dos dois campos. Como resultado, uma SD
foi estruturada com o seguinte título: Diferença do consumo energético entre o etanol e a gasolina em
veículos automotores. A proposta está direcionada para alunos do primeiro ano do ensino médio e
habilidades e competências estão listadas em quatro momentos com etapas para situar o professor com
relação às orientações da Base Nacional Comum Curricular. O primeiro momento volta-se para uma
compreensão da Educação Ambiental seguindo para o entendimento de como se dão os processos
produtivos de combustíveis como o etanol e a gasolina e seus impactos ambientais, incluindo a saúde
humana. O segundo momento dedica-se a responder o seguinte questionamento: Entre o etanol e a gasolina,
qual possui melhor desempenho no consumo energético? Nessa etapa a relação quilometragem por litro de
combustível é utilizada para comparar combustíveis e modelos de automóveis. No terceiro momento, o
desempenho dos combustíveis é avaliado no sentido de saber qual deles emite uma quantidade menor de
CO2? O quarto momento é dedicado às conclusões sobre desempenho energético e impactos ambientais a
partir das informações produzidas com os alunos. Os alunos podem contribuir para o levantamento de dados
reais a partir de informações apuradas com familiares, vizinhos e amigos sobre o tipo de veículo que
possuem. A construção de tabelas, gráficos e infográficos são elementos que podem ser incorporados em
diferentes etapas dos momentos da SD, por exemplo, nos processos produtivos de etanol e gasolina. A
proposta da SD didática permite que educadores da área de matemática possam contribuir na compreensão
dos impactos socioambientais com vistas à formação de uma Cultura da Educação Ambiental.
Palavras-chave: Sequência didática, etanol e gasolina, interdisciplinaridade.

1
Universidade Federal do Norte do Tocantins - UFNT.
2
Universidade Federal do Norte do Tocantins - UFNT.

54
ENSINO HÍBRIDO: METODOLOGIAS ATIVAS NAS AULAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL
DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Kadidja Leite Paiva Gomes1


RESUMO
Este estudo explora a aplicação das Metodologias Ativas, com destaque para a "Sala de Aula
Invertida", para promover um aprendizado mais envolvente e significativo. Uma análise realizada durante
a produção de resenhas do livro "A Grande Assembleia dos Bichos Pestilentos e Peçonhentos", de Ivan Jaf,
revelou que essa abordagem teve um impacto positivo no engajamento dos alunos, na compreensão dos
conteúdos e nos resultados de aprendizado. Através da inversão da sequência tradicional de ensino, os
alunos se tornaram atores ativos em seu processo educacional, explorando previamente o material,
participando de discussões em sala de aula e realizando exercícios práticos. Isso resultou em uma
compreensão mais profunda e no desenvolvimento de habilidades cognitivas e metacognitivas essenciais.
Os resultados deste estudo se alinham a pesquisas anteriores sobre os benefícios das Metodologias Ativas.
No entanto, é crucial reconhecer que a implementação eficaz exige planejamento adaptativo, avaliação
contínua e dedicação dos educadores. Ao promover a participação ativa, a reflexão crítica e a aplicação
prática do conhecimento, eles capacitam os alunos a se tornarem aprendizes competentes e independentes,
confiantes para a transformação positiva e duradoura da educação.

Palavras-chave: metodologias ativas, sala de aula invertida, produção textual.

1
Prefeitura Municipal de Fortaleza

55
A TEMÁTICA POLO DE INOVAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (PIDS)
E O ENSINO: UMA ABORDAGEM PARA OS ALUNOS DO 6º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL II

Bianca Carvalho1 ; Aline Pascoalino2


RESUMO
O presente trabalho está vinculado às atividades desenvolvidas junto ao Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), na perspectiva dos objetivos do subprojeto interdisciplinar
Geografia e Pedagogia, que seguem uma perspectiva de ações para a educação ambiental. Dessa forma, foi
desenvolvido por alunos da graduação em Geografia em uma prática junto aos alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental II, da EMEF/EJA Profª Dulce Bento Nascimento, sob orientações do docente supervisor na
unidade escolar e das coordenadoras do subprojeto. A unidade escolar está localizada no Bairro Guará,
Distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). Atualmente, existe uma proposta de reestruturação do uso e
ocupação do solo da área em que a escola está inserida, que resultará diversas alterações ambientais,
respaldadas pelo Projeto de Lei Complementar - ainda sem número - denominado “Polo de Inovação para
o Desenvolvimento Sustentável (PIDS)”, conhecido anteriormente como “Polo Estratégico de
Desenvolvimento CIATEC/UNICAMP”, Projeto de Lei Complementar nº 189, definido no Plano Diretor
do Município, que planeja ocupar uma área de 17,8 milhões de metros quadrados. Assim, surgiu a urgência
de abordar a temática do Polo de Inovação para o Desenvolvimento Sustentável (PIDS) com os alunos, uma
vez que o cotidiano e as paisagens do entorno próximo terão impactos positivos e/ou negativos nesse
processo de (re)ordenamento territorial. A temática foi tratada por meio de aulas expositivas e práticas. As
aulas foram divididas em quatro horas aulas, sendo duas aulas explicativas sobre o Projeto de Lei
Complementar. Nestas tratou-se dos conceitos como “Polo de Inovação” e “Desenvolvimento Sustentável”,
construindo com os alunos o entendimento acerca do nome do Projeto, além de apresentar quais são os
objetivos do PIDS e suas consequências para os moradores do Distrito de Barão Geraldo. A fim de elucidar
o impacto da construção do PIDS e trazer a vivência dos alunos fora da sala de aula (mais de 90% dos
alunos residem próximo a escola), foi utilizado a plataforma Google Earth, onde foi localizada a escola e
aplicado o contorno da área do Projeto, possibilitando aos alunos a compreensão da dimensão da construção
do PIDS. As duas aulas finais foram práticas, propondo-se aos alunos a sistematização de ideias e reflexões
na elaboração de cartazes, ampliando-se a conscientização dos alunos da escola acerca do tema, trazendo o
objetivo do PIDS a partir da seguinte indagação: “Será que o PIDS será bom para o nosso Distrito?”.
Observou-se após as aulas um grande engajamento dos alunos, onde tiveram ideias de como conscientizar
a população de fora da escola sobre os impactos do PIDS, utilizando-se outros canais comunicativos como
a plataforma YouTube, divulgação nas redes sociais dos moradores do Distrito contra o PIDS, além de
reflexões sobre como as crianças de 11-12 anos podem ser ouvidas pelos adultos enquanto
conscientizadoras sobre os conhecimentos que aprendem em sala de aula.
Palavras-chave: PIDS, docência, conscientização.

1
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
2
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

56
A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Antonia Larissa Costa Silva1 Maria do Rosário Madeiro Lopes2 , Samia Maria Silva Ribeiro3 Janiele
Santos de Sousa4 Eliana Costa da Cruz 5

RESUMO

A formação continuada de professores busca ampliar os conhecimentos iniciais adquiridos na


universidade e complementar as práticas pedagógicas dos docentes. Com isso, o objetivo deste estudo foi
realizar uma revisão de literatura sobre a formação continuada de professores de Educação Física da
Educação Básica. A pesquisa é de abordagem qualitativa do tipo revisão de literatura. Foram feitas buscas
na Biblioteca Digital Brasileiras de Teses e Dissertações (BDTD), Scientific Electronic Library Online
Dissertações (SciELO) e Periódicos (CAPES). Na busca foram encontrados 8 artigos, 3 teses e dissertações.
Dessa forma, foi evidenciado a necessidade da promoção de políticas públicas voltadas para a formação
continuada de professores de Educação Física da Educação Básica. Através da pesquisa também foi
possível observar a relevância da formação continuada para o aperfeiçoamento da prática docente por meio
de novos conhecimentos sobre novas metodologias educacionais e melhores condições profissionais. Deste
modo, conclui-se que, ainda existe uma baixa oferta e procura por cursos de formação continuada para os
professores de Educação Física, demonstrando a necessidade de investimentos para a capacitação dos
docentes.
Palavras-chave: Formação Continuada, Educação Física, Educação Básica

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé
3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé
4
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé
5
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE Campus Canindé

57
FUTEBOL BRINCANTE: Efeitos Semióticos do “Brincar” no Desenvolvimento do Conhecimento
Tático Processual nas Situações de Movimento Ofensivas

Autor: José Everaldo dos Santos-Neto, Autor: Pierre Normando Gomes-da-Silva

RESUMO

Nos dispomos neste projeto a contribuir com as pedagogias inovadoras que têm confrontado os
modelos tradicionais do ensino-aprendizagem-treinamento dos esportes ao longo dos anos, em especial
para o Futebol. Dentre os modelos de ensino contemporâneos, destacamos o Teaching Games for
Understanding, Pedagogia não-linear, Sports for Education, e o Método Situacional, onde os estudos
recentes apontam que vem se mostrando como os principais métodos de intervenção para o ensino do
esporte, deixando para trás o método tradicional analítico. Sendo assim, nossa proposta é lançar um olhar
semiótico para o futebol, numa perspectiva ecológica e ontológica, tendo como pedra fundamental a
Pedagogia da Corporeidade (Gomes-da-Silva, 2003; 2015; 2016). Essa abordagem tem o jogo como o pivô
da aprendizagem, propõe a experiência do brincar, visando contribuir para formação de jogadores e
jogadores “brincantes”, ou seja, aqueles capazes de brincar, criar e amar, capazes de realizar leituras dentro
da partida, sendo parte do jogo, possibilitando o agir na circunstância, a partir do sentir, reagir e refletir.
Destarte, entendemos que as decisões que tomamos tem relação com as informações do ambiente que me
provocou, ela não é neutra, ela vem com intenção. Nesse sentido, apoiados nessas ideias, nos perguntamos,
como estruturar sessões de treinamento que favorecem o desenvolvimento do conhecimento tático
processual nas movimentações ofensivas do futebol a partir do “brincar”? quais os efeitos semióticos
produzidos? Temos como objetivo geral estruturar sessões de treinamento de futebol a partir de situações
de movimento (jogo semiotizado) que favoreçam o desenvolvimento do conhecimento tático processual
nas fases ofensivas do futebol, analisando os efeitos semióticos produzidos. Temos como objetivos
específicos, estruturar sessões de treinamentos tendo como epicentro a Aula Laboratório da Pedagogia da
Corporeidade – ALPC, trabalhando seus eixos intensivos de volume, temperatura e pressão; mapear quais
são as ações comunicativas nas fases ofensivas em um jogo de futebol; analisar os efeitos semióticos
(emocionais, energéticos e lógicos), nas sessões de treinamento e em partidas disputadas pela equipe, a
partir analítica pragmática da Pedagogia da Corporeidade, especificamente nas situações de movimento
ofensivas. A pesquisa é de caráter descritivo, com abordagem qualitativa dos dados. Para coleta de dados,
utilizaremos como técnica a observação direta, participante, o diário de campo, roteiro de observação e
filmagens. Os sujeitos da pesquisa serão escolares, do sexo masculino, na faixa etária entre 15 e 17 anos,
que já participam de equipes de futebol fora do ambiente escolar. Para avaliar a tomada de decisão dos
jogadores utilizaremos o Game Performance Assessment Instrument (GPAI) e para análise dos efeitos
semióticos será utilizado o método analítico pragmático da Pedagogia da Corporeidade.

Palavras Chave: pedagogia da corporeidade, futebol, Esporte.

58
O USO DO AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO: UMA PROPOSTA PARA ABORDAGEM DA
MENSTRUAÇÃO

Maria Luísa Jorge de Sousa Gonzaga1, Sofia Lopes do Nascimento Pereira2, Ronaldo Entler3, Eliseu de
Souza Lopes Filho4, Alexandre Araújo Vicente5
Mantenha este espaço em branco.
RESUMO
O audiovisual é a combinação de elementos sonoros e visuais, usado para criar produções
cinematográficas, projetos educacionais e outros conteúdos. O ambiente escolar é um espaço ideal para
transformações. Durante muitos séculos a menstruação tem sido tratada como um tema tabu na sociedade
ocidental. A “pobreza menstrual” ou precariedade menstrual é um fenômeno complexo vivenciado por
meninas, mulheres, homens trans e pessoas não binárias que menstruam. A menstruação é parte do ciclo de
vida dessa população, fazendo-se urgente e necessário ser o tema abordado com naturalidade e, ampliando-
se os recursos para tal de forma que seja democratizado esse conhecimento fundamental para todas, em
especial, as que vivem em situação de vulnerabilidade desde a infância. Na interdisciplinaridade, outras
áreas do conhecimento, tal como o cinema e audiovisual, podem dar sua contribuição às áreas de saúde
envolvidas nestas questões. Proposição: Idealizou-se a criação de um curta metragem sobre o processo da
menstruação, como parte das Disciplinas de Análise da Imagem I e Animação da FAAP/2019. Método:
Utilizou-se o método de curta-metragem no estilo Stop motion, na técnica cut out. As partes eram
confeccionados individualmente (cenários, personagens e objetos de cena), sendo animados quadro a
quadro por meio de fotografias. Na sequência as fotos eram lançadas no programa Adobe Premiere Pro. O
filme era montado e sonorizado. Resultado: Produção de um curta metragem audiovisual de duração 1
minuto e 25 segundos, mostrando os processos que levam a menstruação de forma lúdica. Conclusões: O
recurso audiovisual elaborado é uma ferramenta educacional importante de abordagem sobre o tema para
estudantes pré-adolescentes e adolescentes, independente do gênero. Posteriormente outras pesquisas
poderão mostrar a efetividade dessa estratégia educacional.
Mantenha este espaço em branco.
Palavras-chave: audiovisual, menstruação, educação.

1 Especialização em Gestão de Produção e Negócios Audiovisuais (Curso de Cinema—FAAP)


2 Egressa do Curso de Cinema (Centro Universitário Armando Alvares Penteado—FAAP)
3 Disciplina Análise da Imagem I (Centro Universitário Armando Alvares Penteado—FAAP)
4 Disciplina Animação (Centro Universitário Armando Alvares Penteado—FAAP)
5 Filmoteca (Centro Universitário Armando Alvares Penteado—FAAP)

59
TRANSFORMANDO SALAS DE AULA: A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Iohana Ramos Machado1, Sebastião Gomes Barbosa2, Diarlane Ribeiro Bucker do Carmo3

RESUMO
No contexto atual da educação, a promoção da inclusão e igualdade de oportunidades para todos os
alunos se tornou uma prioridade incontestável. Nesse cenário, a formação dos professores desempenha um
papel fundamental. Esta pesquisa se concentra na formação continuada de professores como um meio
estratégico para fomentar a educação inclusiva em escolas do Município de Duque de Carias, no Estado do
Rio de Janeiro. Destaca-se, nesse sentido, uma formação que capacite os professores para promover a
participação de todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem, garantindo seus direitos
fundamentais, conforme especificados na Lei Brasileira de Inclusão de Pessoas com Deficiência, Lei n.º
13.146/2015 (Brasil, 2015) e em outros documentos, tais como: Política Nacional de Educação Especial
na perspectiva da educação inclusiva (2008), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
(Brasil, 1996), entre outros, tendo como principal referencial teórico a Pedagogia da Autonomia freiriana
(Freire, 1987). O objetivo do estudo, nessa perspectiva, é abordar a relação entre a formação continuada de
professores sob o enfoque da educação inclusiva, perpassando o pensamento de Paulo Freire no que se
refere ao diálogo e comunicação, respeito à diversidade, contextualização dos conteúdos, e práticas
reflexivas. A metodologia do estudo é a pesquisa-ação (Tripp, 2005; Thiollent, 2011), realizada da seguinte
maneira: os professores participaram de oficinas com práticas inclusivas e depois implementaram
estratégias específicas em suas salas de aula, como o uso de materiais para atender às necessidades
específicas dos alunos com deficiência. Após a implementação das estratégias, os professores e
pesquisadores se reuniram para um ciclo de reflexão, onde compartilharam suas experiências. Foram
aplicadas entrevistas semiestruturadas com os participantes no final da formação para melhor compreensão
da experiência de formação. Participaram do estudo 12 professores da sala de aula comum de 4 escolas do
Município de Duque de Caxias. Em relação aos procedimentos éticos da pesquisa, os professores assinaram
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O estudo, que ainda está em andamento, aponta
para alguns resultados parciais, como mudanças positivas nas práticas pedagógicas dos professores
participantes da pesquisa, no sentido de melhoria nas práticas de ensino, incluindo estratégias mais flexíveis
e adaptativas, maior uso de materiais e recursos acessíveis e um ambiente de sala de aula mais inclusivo.

Palavras-chave: educação inclusiva, formação continuada, pedagogia de Paulo Freire.

1 Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).


2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO).

60
(IN)VISIBILIDADE DAS HISTÓRIAS E CULTURAS DOS POVOS INDÍGENAS NOS LIVROS
DIDÁTICOS DE ARTE

Flávia Gisele Nascimento1

RESUMO
Este trabalho propõe-se a investigar como as artes, as histórias e as culturas dos povos indígenas
são abordadas nos livros didáticos de Arte do Ensino Fundamental - Anos Finais, do Programa Nacional do
Livro e do Material Didático (PNLD), aprovados em 2020. O objetivo é compreender qual é o espaço que
essa temática ocupa nos manuais escolares e como vem sendo apresentada ao público. Em um breve estudo,
nos seguintes bancos de dados - Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), portal Scielo
e Google Acadêmico, em dezembro de 2022, com as palavras-chave: livro didático de Arte, PNLD e povos
indígenas, verificou-se que existem poucas pesquisas sobre a temática e que elas são recentes, um dos
motivos é que o PNLD na área de Arte iniciou somente em 2015. A metodologia escolhida para a pesquisa
é a revisão bibliográfica e a análise documental. Como o estudo está conectado com os livros didáticos é
importante investigar o conceito, não tentando defini-lo, mas fazendo alianças com alguns autores(as) para
pensar sobre o assunto (BATISTA, 1999; CHOPPIN, 2004; GARCIA, 2013). O trabalho está na fase da
revisão bibliográfica. Pretende-se analisar nos manuais escolares as conexões entre o ensino da Arte e as
culturas dos povos originários, na perspectiva anticolonial e antirracista, que contribuam para a formação
discente e docente.

Palavras-chave: livro didático de Arte, PNLD, povos indígenas.

1
Universidade Federal do Paraná (UFPR).

61
PRODUÇÃO DE POMADA CICATRIZANTE DE BACCHARIS TRIMERA (CARQUEJA):
MODELO DE AULA PRÁTICA DE BIOLOGIA

Fernando Pedrosa Coelho¹, José Emílio Zanzirolani de Oliveira², Renata Vitarele Gimenes Pereira³

RESUMO
O gênero Baccharis, da família das Asteraceae, possui cerca de 500 espécies, uma delas é
Baccharistrimera, conhecida como carqueja (VERDI; BRIGHENTE; PIZZOLATTI, 2005). Esta tem sido
utilizada como fitoterápico na medicina brasileira (BORELLA et al., 2006; apud KARAM et al., 2013).
Vários autores relataram o uso popular da Baccharistrimera (Less.) DC no tratamento de enfermidades,
como cicatrizante de úlceras e feridas externas (SIMÕES et al., 1998; LORENZI; MATOS, 2002; apud
GRANCE, 2007; OLIVEIRA, 2008). Esse conhecimento popular pode ser útil na produção do
conhecimento científico e ser tratado em ambiente escolar. No caso da carqueja, verifica-se diferentes
possibilidades de ensino e aprendizagem, podendo ressaltar o uso de uma aula prática como metodologia
de ensino. Objetivou-se com este trabalho: descrever as propriedades medicinais da Baccharistrimera,
desenvolver uma pomada cicatrizante e planejar um modelo de aula prática destinada aos alunos de biologia
do ensino médio envolvendo a produção da pomada cicatrizante de carqueja. Realizou-se pesquisa
bibliográfica entre os meses de maio de 2017 à julho de 2018. A produção da pomada carqueja procedeu-
se usando como base a pomada de arnica, descrita na Farmacopéia Brasileira (BRASIL, 2011), com
algumas adaptações. O modelo de aula prática e a exsicata foram feitas com base no modelo proposto por
Back (2013), com adaptações. Os resultados foram apresentados em três etapas: 1) Revisão bibliográfica
de estudos que tratam das propriedades da carqueja e do processo de cicatrização de feridas; 2) Processo
de produção da pomada de carqueja e 3) Modelo de aula prática com a produção da pomada de carqueja.
O roteiro de aula prática desenvolvido constitui-se como modelo de aula que pode ser utilizado por
professores de biologia ao abordar os conteúdos de botânica, onde se inserem as plantas medicinais. Além
disso, poderá contribuir para a aprendizagem de biologia sobre microbiologia, soluções químicas, extração
de compostos químicos, a importância do meio ambiente e outros temas que o professor considerar
pertinentes. Apoio: IF Sudeste MG – Barbacena.

Palavras-chave: ensino de Biologia, botânica, prática pedagógica.

62
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E MEDIAÇÃO DE LEITURA NA FORMAÇÃO INICIAL DE
PROFESSORES: DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES

Carmen Lucia Braga da Conceição1, Pablo Alex Barbosa Moraes2

RESUMO
Este artigo apresenta os resultados de uma experiência realizada durante a semana acadêmica do
curso de Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens no ano de 2023. A oficina foi
realizada em março no Instituto de Educação, Matemática e Científica (IEMCI) e teve como público-alvo
os licenciandos desse curso. Alguns autores, incluindo Freire (1989), Bakhtin (2006), Kleiman (2012),
Soares (2003; 2019), Abramovich (2004), Zumthor (2000), Caldin (2002) e Busato (2003), foram
convocados para embasar as discussões sobre o trabalho. A pesquisa teve um caráter exploratório (GIL,
2002), com o objetivo de analisar as contribuições da ludicidade por meio da contação de histórias e da
mediação de leitura para o processo de formação inicial dos licenciandos, bem como seus desdobramentos
em possíveis atividades para o processo de ensino-aprendizagem. Para realizar as análises, foram utilizadas
gravações de vídeos, áudios e as produções escritas resultantes das dinâmicas articuladas durante o
encontro. Os resultados apontaram para a importância da ludicidade e da contação de histórias como
recursos efetivos no processo de formação inicial dos licenciandos. Através dessas atividades, os
licenciandos puderam desenvolver habilidades de expressão oral, criatividade, imaginação e empatia, além
de aprimorarem suas competências de leitura e escrita. A abordagem lúdica também se mostrou capaz de
engajar os estudantes, tornando o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico e prazeroso. Esses
resultados indicam a relevância de incluir práticas lúdicas e a contação de histórias como estratégias
pedagógicas no contexto da formação inicial dos licenciandos, visando promover um processo de ensino-
aprendizagem mais significativo e estimulante.

Palavras-chave: Contação de histórias, Formação inicial, Ensino-aprendizagem.

1
Universidade Federal do Pará(UFPA).
2
Universidade Estadual do Pará (UEPA).

63
REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA APS

Luana Roberta dos Santos Palma1, Maria Cristina Mazzaia 2

RESUMO
A educação na área de saúde é tema que vem sendo discutido há tempos pois é primordial para
promoção, prevenção e reabilitação da saúde do indivíduo ou comunidade, condizente com nossa
Constituição de 1988 que preconiza ações e serviços voltados a qualidade de vida do ser humano e não
somente a ausência de doenças. Nessa perspectiva temos o trabalho desenvolvido na Atenção Primaria a
Saúde pelo profissional Enfermeiro que atua diariamente educando sua equipe e população assistida, por
meio das quatro modalidades educativas existentes no Sistema Único de Saúde descritas como; Educação
Permanente, Educação Continuada, Educação em Saúde e Comunidade e Educação Interprofissional. O
enfermeiro é um educador por natureza e o tema e conteúdos sobre educação estão inseridos já no processo
de formação na sua graduação como preconizado pelas diretrizes curriculares onde destaca-se, que o
profissional deve ser capaz de aprender constantemente, seja durante sua formação seja durante sua prática
profissional e ter como compromisso a educação e o treinamento das futuras gerações de profissionais,
assim como deve atuar na educação voltada ao indivíduo e comunidade com intuito de orientar, esclarecer
dúvidas, relacionadas à condição de saúde, e à qualidade de vida. O papel do enfermeiro está diretamente
ligado à prática da educação voltada à problematização identificada no seu local de atuação, indivíduo e
comunidade, pautado na troca de saberes e experiências para a construção de vínculos facilitando o
entendimento assim como o diálogo horizontal onde todos podem contribuir com suas vivências, em busca
de garantir que o conhecimento traga qualidade de vida aos cidadãos. Assim, fica evidente que o
profissional enfermeiro é o elo na tríade educação-profissional-paciente transformando teoria em prática,
mudanças significativas, que transformam a realidade e promovem condições de saúde e bem-estar a todos.
O enfermeiro deve estar atento às mudanças, e inovações, estando apto a desenvolver ações voltadas à
educação utilizando o senso crítico. decorrente da realidade do seu local de atuação, de forma organizada e
articulada e certamente humanizada, garantindo assim o fortalecimento da sua equipe e consequentemente
a promoção, prevenção e reabilitação da saúde da sua população.

Palavras-chave: EDUCAÇÃO, ATENÇÃO PRIMARIA A SAÚDE, ENFERMEIRO

1
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
2
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

64
INFORMATIZAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS INTERNOS

Luiz Antonio Ferreira Junior¹

RESUMO
Este trabalho visa apresentar um relato de experiência sobre como alterações na organização de um
setor pode impactar no trabalho do professor e, consequentemente, na vida de seus alunos. Para isso, serão
relatadas as mudanças nos Laboratórios de Ensino Prático que compõem a metodologia prática e de
conhecimentos teóricos dos cursos da área da saúde e exatas de uma universidade confessional do interior
do estado de São Paulo. Houve uma reformulação na gestão desse setor, e com isso, algumas modificações
foram inevitáveis. Após algumas experiências em outras unidades da instituição, resultando em otimização
de tempo, maior uso de ferramentas digitais e uma qualidade de trabalho notável e comentada, o
pensamento de padronização surgiu de forma imediata. Com o objetivo de buscar melhorias contínuas,
realizaram-se reuniões periódicas, testes em períodos de férias e demonstrou-se muito empenho, o que foi
extremamente importante para atingir os resultados observados nos dias atuais. Os processos internos foram
informatizados, formulários do Google foram implantados, bem como planilhas compartilhadas e
softwares. A dinâmica e potencialidade proporcionadas pelos processos, juntamente com a autonomia que
as ferramentas digitais conferiram aos funcionários, tiveram um impacto extremamente positivo, não
apenas no dia a dia de trabalho, mas principalmente nas entregas de relatórios e resultados que quantificam
as aulas, os alunos e os insumos, melhorando, assim, o trabalho dos professores.

Palavras-chave: Laboratório de Ensino Prático, ferramentas digitais, trabalho do professor, letramento


digital, desenvolvimento dos alunos

__________________________
¹ Analista na Universidade São Francisco (USF). Mestrando em Educação pela Universidade São Francisco (USF)

65
METODOLOGIAS ATIVAS NO CONTEXTO DAS AULAS REMOTAS: O ENSINO DE
MATEMÁTICA DE FORMA COLABORATIVA

Tavifa Smoly Araripe 1, Francisca Karoline Rodrigues Braga Ramos 2

RESUMO
O contexto da pandemia da COVID 19 impôs a necessidade de implantar o Ensino Remoto
Emergencial, no qual as aulas deixaram de ser presenciais, seguindo o modelo on-line em função das
medidas sanitárias de distanciamento social. Essa realidade trouxe consigo vários desafios, dentre eles a
preocupação em proporcionar aulas dinâmicas e significativas. O caminho encontrado foi o uso de
metodologias ativas que permitiu a aplicação do método colaborativo na disciplina de Matemática com
uma turma do 4º ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Acre –
Ufac, utilizando o aplicativo Jamboard, parte do conjunto de aplicativos disponíveis no Google. Para tanto,
valeu-se das contribuições teóricas de Freire (2019), Vygotsky (2009) e José Moran (2017). O estudo
mostrou que as metodologias ativas proporcionaram aos alunos: maior interesse e participação direta na
construção da sua aprendizagem; resultando também na ampliação da sua autonomia. Além disso, o
trabalho realizado demonstrou que o método colaborativo também pode ser aplicado nas demais disciplinas
e conteúdos do currículo escolar.

Palavras-chave: matemática, metodologias ativas, ensino colaborativo.

1
Universidade Federal do Acre - Colégio de Aplicação (CAp/UFAC).
2
Universidade Federal do Acre - Colégio de Aplicação (CAp/UFAC).

66
ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA: “O QUE DIZ ESSE MAPA?” - ESTUDO EMPÍRICO
COM PESCADORES DO PROJETO DE EXTENSÃO TARRALFAS

Gabriel Klebson da Silva Dias1, Vitor Emanuell Ferreira Silva2

RESUMO
A pesquisa intitulada "Alfabetização Cartográfica: o que diz esse mapa? - estudo empírico com
pescadores do projeto de extensão Tarralfas" está fundamentada nas experiências pedagógicas vivenciadas
por esses pescadores no que tange a conexão do conhecimento prático já existente com o teórico
cartográfico, na colônia Z-10, em Pirangi do Sul, no Estado do Rio Grande do Norte. O objetivo deste
trabalho é analisar o papel da convergência de conhecimentos nas vidas dos pescadores - sujeitos de cultura
e resistência com suas tradicionalidades - explorando a capacidade de interpretar e compreender
informações contidas em mapas e sua relevância para as atividades cotidianas. O estudo emprega como
metodologia a pesquisa bibliográfica e análise descritiva, em uma abordagem qualitativa. Tendo em vista a
importância da cartografia no cotidiano pesqueiro, em razão dos conteúdos relacionados à limites
territoriais, meios de orientação, sistemas referenciais, dentre outros. Em nossos resultados esperamos
identificar o vínculo do espaço geográfico utilizado pelos pescadores em sua representação, no caso, em
mapas.

Palavras-chave: alfabetização, cartografia, espaço

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal Central - IFRN
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal Central - IFRN

67
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO PROFESSOR REGENTE SOBRE O PROFESSOR HORA-
ATIVIDADE E REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO PROFESSOR HORA ATIVIDADE EM
RELAÇÃO O PROFESSOR REGENTE: O CASO DAS AULAS DE CIÊNCIAS

Amanda Vitor Dourado1, Luciano Carvalhais Gomes 2

RESUMO
As representações sociais entre professores que ensinam ciência refletem percepções
compartilhadas, influenciando dinâmicas educacionais. Essas representações moldam a interação,
colaboração e identidade profissional, impactando o ambiente escolar e o processo de ensino-aprendizagem.
Compreender essas dinâmicas é fundamental para promover práticas pedagógicas eficazes e fortalecer o
ambiente educacional. Neste sentido, buscamos na tese de doutorado do Pós Graduação em Educação para
Ciência e Matemática - Universidade Estadual de Maringá. refletir sobre as representações sociais entre
professores2, ou seja: o(a) professora(r)3 hora-atividade, no qual é o profissional que atua em atendimento
a criança na educação infantil no momento em que a (o) docente regente está em ação de estudo,
atendimento e/ou planejamento, garantido pela Lei 11.738/2008. Para isso, no apoiamos no referencial
teórico metodológico na pesquisa de campo das Representações Sociais (RS), que nos permite interpretar
os aspectos da realidade docente. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa é analisar as representação social
do professor regente sobre o professor hora-atividade e representação social do professor hora atividade em
relação ao professor regente: o caso das aulas de ciências. Para tanto, a metodologia compreenderá um
grupo focal, cuja a coleta de dados a ser realizada por meio de entrevistas e questionários com profissionais
atuantes no ensino de Ciências na Rede Municipal de Educação do Estado do Paraná. Os resultados e
discussões identificam a necessidade de estudos voltados as Representações Sociais entre docentes na
educação infantil voltadas ao ensino de ciências.

Palavras-chave: Educação; Ensino de Ciências; Formação continuada de professores; trabalho docente.

1
1 Universidade Estadual de Maringá (UEM)
2 Universidade Estadual de Maringá (UEM)
3 Utilizaremos o termo: professora(r); educadora(r) devido o fato das mulheres serem as profissionais que mais ocupam os
espaços de trabalho na educação infantil.

68
PROPOSTA DE UMA INCURSÃO DIDÁTICA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA COM A
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Áurea Cristina Pacheco Matos1, Sinval de Oliveira2

RESUMO
Apresenta-se nesse trabalho uma proposta didática que articula simultaneamente a Educação
Matemática com a Educação Ambiental. Justifica-se este esforço tendo em vista que a comunidade de
educadores matemáticos se mostra ausente dos debates que dizem respeito às questões socioambientais nos
currículos escolares. A macro questão problematizadora que orientou o estudo pode ser expressa da seguinte
forma: como produzir uma proposta didática articuladora da Educação Matemática com a Educação
Ambiental? A pesquisa bibliográfica foi adotada como basilar e a produção de fichamentos serviu como
um instrumento refinado para o levantamento de informações para uma incursão no campo da Educação
Ambiental, assim como na Educação Matemática e por sua vez, estudos sobre Sequência Didática (SD) de
Antoni Zabala (1998) foram empregados como compiladores dos dois campos. Como resultado, uma SD
foi estruturada com o seguinte título: Diferença do consumo energético entre o etanol e a gasolina em
veículos automotores. A proposta está direcionada para alunos do primeiro ano do ensino médio e
habilidades e competências estão listadas em quatro momentos com etapas para situar o professor com
relação às orientações da Base Nacional Comum Curricular. O primeiro momento volta-se para uma
compreensão da Educação Ambiental seguindo para o entendimento de como se dão os processos
produtivos de combustíveis como o etanol e a gasolina e seus impactos ambientais, incluindo a saúde
humana. O segundo momento dedica-se a responder o seguinte questionamento: Entre o etanol e a gasolina,
qual possui melhor desempenho no consumo energético? Nessa etapa a relação quilometragem por litro de
combustível é utilizada para comparar combustíveis e modelos de automóveis. No terceiro momento, o
desempenho dos combustíveis é avaliado no sentido de saber qual deles emite uma quantidade menor de
CO2? O quarto momento é dedicado às conclusões sobre desempenho energético e impactos ambientais a
partir das informações produzidas com os alunos. Os alunos podem contribuir para o levantamento de dados
reais a partir de informações apuradas com familiares, vizinhos e amigos sobre o tipo de veículo que
possuem. A construção de tabelas, gráficos e infográficos são elementos que podem ser incorporados em
diferentes etapas dos momentos da SD, por exemplo, nos processos produtivos de etanol e gasolina. A
proposta da SD didática permite que educadores da área de matemática possam contribuir na compreensão
dos impactos socioambientais com vistas à formação de uma Cultura da Educação Ambiental.
Palavras-chave: Sequência didática, etanol e gasolina, interdisciplinaridade.

1
Universidade Federal do Norte do Tocantins - UFNT.
2
Universidade Federal do Norte do Tocantins - UFNT.

69
FORTALECENDO SABERES: O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NAS AULAS DE
PORTUGUÊS E MATEMÁTICA DOS ANOS FINAIS

Ana Maria Gomes de Souza Autor1, Antônia Cláudia Nogueira Autor 2, Cícera Raquel de Carvalho Veloso
Autor³

RESUMO
Introdução - O uso de metodologias ativas em sala de aula tem transformado e aprimorado o
desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem. Atualmente houve um aumento significativo no uso
dessas metodologias nos espaços escolares, o que levanta indagações sobre os seus efeitos na melhoria da
aprendizagem discente e no aprimoramento das práticas docentes. Este estudo de caso foi desenvolvido nas
escolas públicas municipais de Campos Sales que ofertam do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e também
com alunos de mais três municípios da Crede 18 (Crato, Assaré e Salitre). Objetivo - Investigar como a
inserção de metodologias ativas, dentre elas: sala de aula invertida, jogos educacionais digitais e seminários
afeta o processo de ensino aprendizagem e contribui para a melhoria dos níveis de aprendizagem. Métodos
- Para obtenção dos dados foram realizados questionários com alunos, professores e gestores, entrevistas e
observação participante, bem como a produção de portfólios pelos gestores e professores. Resultados -
85% dos alunos escolhidos para responder ao questionário acreditam que as metodologias ativas facilitam
o processo de ensino aprendizagem, 95% gostam das aulas com esse tipo de metodologia, 90% perceberam
que esse tipo de metodologia faz com que o aluno torne-se protagonista de sua própria aprendizagem, 99%
dos professores e gestores produziram portfólios e constataram a importância do uso de metodologias ativas
para o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa. Conclusões - Os dados mostram que o uso de
metodologias ativas em sala de aula influenciam no desenvolvimento dos níveis de aprendizagem,
aprimorando assim a efetivação de competências e habilidades, tanto de alunos quanto de professores.
Palavras-chave: Metodologia Ativa, Tecnologia, Aprendizagem.

1
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará- IFCE
2
Universidade Regional do Cariri- URCA
³ Universidade Regional do Cariri -URCA

70
USOS DO CHATGPT NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA BREVE REVISÃO DA LITERATURA

Gustavo Bizarria Gibin1

RESUMO
As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) tem proporcionado muitas
mudanças na sociedade e também na Educação. Um dos últimos avanços tecnológicos consiste nas
Inteligências Artificiais (IA), que podem ser definidas como sistemas de computador que possuem certas
habilidades, como manipular conhecimento e entender a linguagem natural humana (ZAWACKI-
RITCHER et al., 2019). O ChatGPT é um chatbot, um software que emprega IA que compreende a
linguagem escrita e é capaz de manter uma conversa em tempo real com uma pessoa (BROWN, 2023).
Assim, o uso do ChatGPT abriu um leque de possibilidades na Educação e na área de Ensino de Química,
entretanto, também existem diversas preocupações manifestadas pelos educadores. O objetivo geral do
trabalho foi compreender as possibilidades de uso do ChatGPT na literatura especializada de Educação
Química, na revista Journal of Chemical Education. Foi realizada uma revisão bibliográfica no período de
2020 a 2023 no periódico Journal of Chemical Education, que é uma revista especializada no Ensino de
Química, ligada a American Chemical Society e que possui estrato A1 no Qualis na avaliação da CAPES
no período de 2017 a 2020 na área de Ensino. Foram encontrados 6 artigos, todos publicados em 2023. Em
um trabalho, Humphry e Fuller (2023) discutiram os potenciais usos do ChatGPT no laboratório por alunos
de graduação em Química, bem como possibilidades de detecção de escrita feita por inteligência artificial.
Gardner e Giovano (2023) discutiram que com a pandemia e o advento do ChatGPT, houve problemas em
especial com a qualidade e integridade da avaliação e os autores defendem o uso de avaliações orais como
ferramenta de ensino e aprendizagem de Química. Clark (2023) analisou como o ChatGPT respondeu
questões de Química Geral e observou dificuldades em questões abertas, com uma taxa de acertos de cerca
de 44%. Emenike e Emenike (2023) trazem diversas reflexões sobre as possibilidades de uso de
inteligências artificiais nas atividades de químicos, pesquisadores e educadores químicos. Fergus, Botha e
Ostovar (2023) analisaram se o ChatGPT consegue responder perguntas de Química Geral, a qualidade das
respostas e se softwares anti-plágio, como o Turnitin, conseguem detectar textos redigidos pela inteligência
artificial. Tyson (2023) apresentou as principais deficiências do ChatGPT, como a falta de confiabilidade
em suas respostas, erros conceituais, apresentação de conteúdos parcialmente corretos e fabricação de
referências. Assim, conclui-se que existem diversas preocupações pelos pesquisadores da área de Educação
Química em relação a essa nova ferramenta, sobre os impactos nas dimensões da avaliação, no uso desse
recurso por estudantes e professores, nos aspectos éticos ligados ao uso dos dados fornecidos pelo ChatGPT.
Essa ferramenta ainda é muito recente e diversas pesquisas devem ser conduzidas nos próximos anos, para
ampliar a compreensão sobre esses aspectos e outros ainda não explorados, em relação ao emprego dessa
inteligência artificial na área de Educação Química.
Palavras-chave: TDIC, Educação Química, Inteligência Artificial

1
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). Campus Presidente Prudente. PPG-EPF.

71
A INTERAÇÃO EU E-OUTRO NO AMBIENTE VIRTUAL: NARRATIVAS DE DOCENTES E
DISCENTES DO CURSO EAD

Autor1 Viviane Mara do Nascimento, Autor2 Milena Moretto

RESUMO

Com o cenário brasileiro atual do ensino superior observamos uma crescente na oferta dos cursos
na modalidade EAD. A busca por essa modalidade sinaliza de forma sucinta a ideia de democratização do
ensino superior, visto que diversos são os fatores que levam o estudante a optar por essa oferta de ensino.
Embora ainda nos deparamos com uma pluralidade de discursos acerca da qualidade da formação ofertada
por essa modalidade, não podemos desconsiderar o número de profissionais formados a partir dela. Sendo
assim, é válido olhar de forma cuidadosa para o processo de interação proporcionado dentro dos ambientes
virtuais, sendo esse o principal meio de comunicação entre os atores pedagógicos e os estudantes em prol
de uma aprendizagem significativa. Nesse sentido, temos como objetivo compreender como estudantes e
professores do curso de Pedagogia em EAD significam as relações dialógicas que ocorrem no ambiente
virtual. Temos ainda como objetivos específicos: 1) compreender como os estudantes do curso de Pedagogia
em EAD foram se constituindo e os motivos que os levaram a escolha do curso e sua modalidade; 2)
compreender como os professores do curso foram se constituindo como docentes na Educação a Distância;
e, 3) buscar indícios nas narrativas dos sujeitos - professores e alunos – de como significam suas vivências
no curso. Para isso, realizaremos entrevistas narrativas com 3 professores e 3 estudantes do curso de
Pedagogia em EAD. Após a produção de dados, as entrevistas serão transcritas, analisadas e separadas por
eixos temáticos, que não podem ser construídos a priori, uma vez que dependem da narrativa dos sujeitos.
É válido destacar que a análise e entendimento das narrativas serão norteadas por meio da perspectiva
enunciativo-discursiva e nas considerações do método (auto)biográfico. Esperamos que esse trabalho traga
reflexões acerca da relação dialógica estabelecida dentro do ambiente virtual e como a interação professor-
aluno pode favorecer no desenvolvimento da aprendizagem.

Palavras-chave: ensino a distância, interação, narrativas.

1
Universidade São Francisco - USF
2
Universidade São Francisco - USF

72
TDIC E (DES)IGUALDADE DE ACESSO À EDUCAÇÃO BÁSICA NO CONTEXTO DO
COVID-19

Marco Antonio João Fernandes Junior1

RESUMO
Desde o início do ano de 2020, já era observado por diversas mídias que o Covid-19 estava se
disseminando no mundo. No Brasil, em março registrou-se a primeira vítima, desde então, decretos da
suspensão de atividades econômicas, sociais e educacionais são publicados na tentativa de conter a rápida
proliferação do vírus. Como tentativa de assegurar a continuidade das atividades educacionais, o Ministério
da Educação (MEC) promulgou a medida provisória nº934 desobrigando o cumprimento dos 200 dias
letivos pelos estabelecimentos de ensino, mas manteve as 800 horas anuais (BRASIL, 2020a). Deste modo,
coube a cada Estado estabelecer as normas de enfrentamento, de acordo com os índices da disseminação
do vírus. Como suposta medida para garantir o direito à educação e amenizar a ampliação das desigualdades
de aprendizagem, o Conselho nacional de Educação (CNE) publicou o parecer 05/2020, orientando que os
estabelecimentos de ensino podiam optar por algumas possibilidades de cumprimento da carga-horária
mínima, entre elas, a realização de atividades pedagógicas não presenciais (mediadas ou não por tecnologias
digitais de informação e comunicação (BRASIL, 2020b). O ensino remoto foi uma alternativa, para que as
instituições de ensino pudessem dar continuidade às aulas, por conta disso, os professores tiveram em um
curto período que se adaptar e aprender a utilizar novas metodologias de ensino com o apoio de Tecnologias
Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). De igual modo, a mesma resiliência também foi exigida
dos alunos. Ainda que, Marc Prensky (2001) tenha julgado que os jovens de hoje, por ele denominados
nativos digitais, tenham uma familiaridade com a tecnologia por terem nascido nesse contexto de usos de
aparelhos com acesso à internet, o contexto pandêmico foi uma novidade trágica para todos, e escancarou
as desigualdades econômicas, sociais e culturais revelando que a otimista concepção de Prensky (2001) é
apenas privilégio de um pequeno grupo no Brasil. Da confiança depositada nas TDIC como dispositivos
salvadores da educação emergiram as seguintes inquietações: (1) Qual o quantitativo de domicílios que
possuem acesso à TDIC e à Internet? (2) Qual (is) estratégias foram adotadas pelas escolas para interagir
com os alunos e seus familiares? Para atender às questões elencadas optou-se por uma pesquisa documental
em bases de dados que foram interpretados à luz de Pierre Bourdieu (1998) e Gonsales (2021). Perante o
exposto, temos por objetivo apresentar dados quantitativos de domicílios que possuem acesso à TDIC e à
Internet e as estratégias adotadas pelas escolas para interagir com os alunos e/ou responsáveis no contexto
da pandemia do Covid-19.

Palavras-chave: TDIC, Desigualdade de acesso à Educação Básica, Pandemia do Covid-19.

1
Universidade Estadual de Campinas.

73
SUBPROJETO DE INCLUSÃO DA GEOHISTÓRIA DO LUGAR NA REDE DE ENSINO
MUNICIPAL.

Fabiana Martins Lobato1,Arijayna Gomes Martins2,Dr José Raimundo Campelo Franco3

RESUMO
O artigo explora as questões sobre a inclusão do estudo da geo-história do lugar no ensino,
discute a importância dessa temática como um instrumento para agregar ao intelecto do aluno as
competências educativas de âmbito regional, urbano e rural, enriquecer os conhecimentos históricos,
geográficos, culturais, econômicos e sociais não somente como aluno expectador, mas em ângulo
participativo através das temáticas regionais que os rodeiam. Outro aspecto importante que foi destacado
neste artigo é o uso da cartografia local como recurso essencial para ampliar a visão crítica do estudante
sobre sua localidade.Neste trabalho, serão incluídos dados do índice de desenvolvimento educacional do
portal "QEDU", comparadas com as experiências obtidas na aplicação do projeto nas escolas municipais.
Além disso, serão apresentadas as propostas das Cartilhas locais educativas e levantamentos sobre os
obstáculos educacionais presentes nas escolas da rede municipal, bem como as dificuldades enfrentadas
pelo sistema educacional local. Autores referenciais CASCO, “Construir uma sociedade que respeita seus
velhos como portadores de saberes e tradições que precisam e devem ser reinventados ou
transmitidos”(CASCO,2006, P.03), CAMPOS “Um caminho possível é pensar os fatos históricos tendo como
contexto introdutório a localidade do discente”(CAMPOS, 2021, p.156), e (FRANCO, 2019, p. 89) É
importante destacar a urgência da criação de um livro didático experimental que englobe os aspectos
biogeográficos do município, a fim de proporcionar um ensino/aprendizado mais significativo aos alunos
em relação ao seu próprio contexto urbano/rural.Esses autores falam sobre habilidades importantes para
uma educação mais eficiente.

Palavras-chave: Geo-História do lugar, Desenvolvimento escolar, Cartilhas regionais.

1
Graduando do curso de ciências humanas com habilitação em história pela Universidade Federal do Maranhão, campus Pinheiro
- MA. Email: fabiana.lobato@discente.ufma.br
2
Graduando do curso de ciências humanas com habilitação em história pela Universidade Federal do Maranhão, campus Pinheiro
- MA. Email: arijayna.gomes@discente.ufma.br/
3
Professor.Dr JOSÉ RAIMUNDO CAMPELO FRANCO do curso de ciências humanas pela Universidade Federal do Maranhão,
campus Pinheiro - MA, jose.franco@ufma.br

74
O QUE PENSAM OS PEDAGOGOS SOBRE SUA FORMAÇÃO PARA O USO DE MÚSICA
JUNTO A BEBÊS?

Ana Laura Ribeiro de Jesus1, Bárbara Solana Scarlassara2, Helena Martínez Avila de Mello3, Vanilda
Divina Almério Bistaffa4, Fabiana Cristina Frigieri de Vitta5

RESUMO
Tratando-se da educação de bebês, é necessário ressaltar as práticas pedagógicas que os colocam
como protagonistas no cotidiano do trabalho escolar, compreender as fases do desenvolvimento e promover
aprendizagens adequadas para garantir a evolução das crianças. Nesse sentido, a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), orienta as ações voltadas para a educação de bebês e ressalta os benefícios de promover
o desenvolvimento socioemocional por meio da expressão dos sentidos, curiosidade e do brincar. Quando
as crianças interagem de forma lúdica em um ambiente musical, descobrem diferentes maneiras de fazer e
experimentar seu corpo, suas potencialidades psicomotoras, linguísticas e de expressão. O movimento
corporal, a fala, os gestos estão intimamente ligados à musicalização, uma vez que o som também é um
movimento vibratório e o corpo humano é capaz de absorver e responder a ele por meio do movimento.
Sendo assim, o corpo e a música oferecem grandes oportunidades de aprendizagem, sendo o professor
mediador desse processo. Diante disso, se questionou como os pedagogos percebem o uso de atividades
com música para estimular os bebês em Instituição de Educação Infantil - IEI? Dessa forma, o objetivo do
presente estudo é verificar a percepção de pedagogos do Estado de São Paulo sobre o uso de atividades
com música junto a bebês (zero a um ano e seis meses) nas instituições de educação infantil. Será realizado
um estudo descritivo com pedagogos que atuam no Estado de São Paulo, que aceitem e assinem o termo de
consentimento livre e esclarecido. Para atingir o maior número de profissionais, eles serão convidados por
e-mails, pelas redes sociais e outras mídias, contando com a ajuda dos grupos de profissionais de educação,
pedagogos, creches, educação infantil. Nesse convite, será solicitado para encaminharem para seus grupos,
usando, a metodologia “bola de neve”. Nessa metodologia, o uso das Redes Sociais Virtuais (RSV), permite
aos primeiros participantes que estendam o convite à participação voluntária de outras pessoas que
pertençam à mesma população alvo. Para a coleta de dados será utilizado um questionário, com questões
fechadas sobre: dados pessoais, formação, atuação, sobre a educação de bebês, atividades com bebês,
atividade de vida diária (AVD), playground, brinquedo e música. O acesso ao questionário ocorrerá através
da plataforma Google Drive, aberto a todos que acessem o link. Após a organização dos dados, será utilizada
análise estatística descritiva, com o auxílio do Excel. Destaca-se que esta pesquisa é um recorte de uma
pesquisa maior, no qual somente serão analisadas as seções que se vinculam a esse tema - música. A
pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista e aprovada.
Palavras-chave: educação de bebês, música, pedagogos.

1
Faculdade de Filosofia e Ciências (Universidade Estadual Paulista - UNESP)
2
Faculdade de Ciências e Letras (Universidade Estadual Paulista - UNESP)
3
Faculdade de Ciências e Letras (Universidade Estadual Paulista - UNESP)
4
Faculdade de Ciências e Letras (Universidade Estadual Paulista - UNESP)
5
Faculdade de Filosofia e Ciências (Universidade Estadual Paulista - UNESP)

75
A LEI NO 11.645/2008 E A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS EM UMA
ESCOLA INDÍGENA E EM UM ESCOLA QUILOMBOLA, EM CRATEÚS, CEARÁ.

Lucivanio Rodrigues Lourenço1, Ana Paula Marques de Melo Lourenço 2

RESUMO
O tema afro e indígena compõe as políticas públicas de ação afirmativa para o ensino e cidadania.
As políticas afirmativas foram criadas para diminuir as desigualdades sociais e respeitar a historicidade das
populações negras e indígenas brasileiras. A pesquisa realizada pretendeu identificar como são aplicadas as
orientações contidas nos normativos legais concernentes à educação das relações étnico-raciais, história e
cultura afro-brasileira, africana e indígena, vivenciadas em uma escola indígena, e em uma escola de
território quilombola no município Crateús, Ceará. Ainda, construir coletivamente com os principais
envolvidos das escolas em questão, o memorial do pesquisador sobre sua descendência e relação afro-
brasileira e indígena, contribuindo para as escolas municipais e valorização dos dispositivos legais, e com
mais um acervo afro-brasileiro e indígena para a educação. O método constou de entrevistas com docentes
e gestores, rodas de conversas com discentes de 9º Ano, dos anos finais do ensino fundamental, e
observação. Os resultados levaram os autores a considerarem que a escola indígena tem trabalhado a
questão indígena, buscando melhorar o relacionamento étnico-racial com outros povos envolvendo todos
os integrantes da escola e comunidades locais, a respeito das diferenças de raça, cor e credo religioso, bem
como instigando a autodeclaração étnico-racial dos alunos. No entanto, percebeu-se que existe necessidade
de ampliar a formação continuada dos docentes da escola de território quilombola de modo a conhecerem
a Lei no 11.645/2008 e outros dispositivos legais que fazem referência a essa temática, de modo que os
profissionais da educação possam trabalhar mais eficientemente o conteúdo afro e indígena, no sentido de
identificar e combater formas de racismo, preconceitos e desigualdades, ainda existentes na escola e
comunidade.

Palavras-chave: educação, relação étnico-racial, currículo.

1 Universidad Interamericana (UI).


2 Universidad Interamericana (UI).

76
PLANTIO DOS SENTIMENTOS: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA

Juliana Maria Dalvi1, Josiléia Curty de Oliveira2 Ana Cláudia Hebling Meira3

RESUMO
Este texto socializa as experiências com o projeto intitulado “Celebrar a vida”, realizado no ano de
2022, com estudantes do 4º ano do ensino fundamental de uma escola municipal do sul do estado do Espírito
Santo. O projeto refletiu sobre a valorização do ser humano, resgatando a importância da vida, seja no
contexto familiar, social ou escolar, visto que o isolamento social, adotado como medida de proteção ao
avanço da Covid-19, limitou as nossas possibilidades de convivência. Passamos a sentir falta de um abraço,
ou mesmo um aperto de mão. Assim, o projeto proporcionou momentos de interação e reflexão sobre a
experiência ímpar de estar vivo, poder se relacionar e ser um agente transformador na sociedade. Nesse
contexto, apresentamos essa experiência pedagógica, fazendo destaque à atividade intitulada “Caixa dos
sentimentos”, desenvolvida da seguinte forma: A caixa modelo foi confeccionada incluindo nela o livro
para leitura (voltado a emoções), uma poesia e um cordel sobre família, a letra de uma música, assim como
alguns objetos que remetam a boas lembranças (ex.: balas= momentos doces, chapéu de palhaço =
momentos de alegria, forminhas de brigadeiros = festas de aniversários, foto = comemorações de família,
entre outros), incluso também um texto explicativo da atividade anexado à caixa. Cada aluno levou a caixa
modelo para apresentá-la à família, explorando o conteúdo e tendo como tarefa confeccionar, junto com
sua família, a sua própria caixa de sentimentos, contendo textos sobre suas vivências, objetos, fotos, etc.
Na medida em que os alunos concluíam suas caixas as apresentavam em sala. O resultado foi além do
esperado, uma vez que, os alunos retrataram as mais prazerosas vivências, assim como, momentos de
superações familiares. Partindo do pressuposto, que era celebrar a vida, tanto em família quanto na escola,
a experiência dos sentimentos continuou e se estendeu às repartições da escola e seus vários segmentos.
Foram preparadas mini sacolas com sementes de girassóis, contendo frases motivacionais (feita pelos
alunos) e nomes de sentimentos relacionados às funções das pessoas em cada segmento de trabalho. Essa
atividade foi intitulada Plantio dos Sentimentos. O objetivo desse momento foi plantar bons sentimentos,
semeando boas emoções entre todos os funcionários, professores e alunos, esperando-se que a colheita fosse
melhor ainda. Durante uma semana, os funcionários receberam essas sementes, com a tarefa de fazer
germinar esse sentimento (sementes) no espaço que desejassem. A atividade ganhou maior destaque ainda,
quando, as sementes plantadas no jardim da escola floresceram, surgindo belos e perfeitos girassóis que
encantaram toda a comunidade escolar. Eles se tornaram palco de fotos e posts na internet, com preciosos
comentários sobre a beleza dos mesmos. Essa experiência pedagógica resgatou os olhares dos alunos e
professores com relação à importância de valorizar o próximo e as coisas mais simples, que podem estar
presentes no cotidiano. Além de fortalecer os laços de cooperação, partilha e ajuda mútua tão necessários
no ambiente escolar. Essa experiência foi um aprendizado pessoal e profissional, pois possibilitou vivenciar
as partilhas feitas pelos alunos e ouvir os depoimentos dos colegas sobre a grandeza que uma atividade
pode despertar num ambiente coletivo.
Palavras-chave: educação básica, prática pedagógica, formação humana.

1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
2
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
3
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

77
O TRATO PEDAGÓGICO COM O JIU-JITSU NA ESCOLA: UMA INTERVENÇÃO DO PIBID
NO ENSINO MÉDIO.

Alex Gomes de Brito¹, Wllyane Chystinne Conceição do Nascimento², Vinícius Lucas da Silvat, Jadson
Câmara da Silva4, Lucélia Cintia Cardoso Feliciano5

RESUMO
O presente trabalho encontra-se inserido no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e foi desenvolvido em uma
escola pública estadual, na Várzea. Teve por objetivo propor uma vivência pedagógica para instigar a
reflexão e curiosidade dos alunos com o conteúdo Jiu-Jitsu na aula de Educação Física, com base na
abordagem crítico-superadora. O Jiu-Jitsu nas escolas inicia-se através do conteúdo de lutas sendo abordado
de maneira superficial apenas na parte técnica e mecânica dos movimentos, sendo deixada de lado sua
essência pedagógica no que se trata da formação do cidadão, proporcionando autoconfiança, autoestima,
controle emocional, respeito e disciplina. Os alunos da EREFEM Senador Novaes Filho foram convidados
a participar de uma aula teórico-prática na sala de práticas no Departamento de Educação Física da
Universidade Federal Rural de Pernambuco, a partir disso foi trabalhado a história do Jiu-Jitsu e como ele
se disseminou pelo Brasil, a importância da sua prática na sociedade e como um praticante aprende a se
portar perante situações desconfortáveis. No momento final os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar
um combate adaptado, começando de joelhos, o objetivo prático seria imobilizar o adversário e submeter
ele a desistir da luta, o objetivo pedagógico seria submeter os alunos a situações de desconforto trabalhando
os aspectos de tomar decisões em momentos turbulentos, refletindo a vida é real e seus diversos aspectos
sociais.

Palavras-chave: jiu-jitsu, lutas, educação física escolar.

¹ Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

² Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

³ Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE


4
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE
5
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE , Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco - SEE-PE

78
RELATO SOBRE AULA DE MARACATU E AFOXÉ NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR

Izaura Farias de Moraes1 Walquiria Wallesca dos Santos Xavier², Milena Josefa dos Santos³, Gleysiele
Mayara Barbosa da Silva⁴, Rosângela Cely Branco Lindoso⁵

RESUMO
Esta pesquisa ocorreu na Universidade Federal Rural de Pernambuco, tendo como público alvo a
turma do 2 Período B, ensino médio, do Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas – CODAI, aplicada pela
professora Carla Caroliny, e acompanhada pelos alunos de Licenciatura em Educação Física, por meio do
PIBID. Segundo "A Lei nº 11.645, de 10 março de 2008 torna obrigatório o estudo da história e cultura
indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, porém não prevê a sua
obrigatoriedade nos estabelecimentos de ensino superior para os cursos de formação de professores
(licenciaturas)." Embasado nisso e visando a descolonização do currículo o tema de matriz africana foi
trabalhado. O conteúdo principal foi danças de matrizes africanas, trazendo como objetivo desse relato
reconhecer o que são danças de matrizes africanas através do maracatu e afoxé na educação física escolar.
A metodologia aplicada iniciou-se com uma diagnose da turma sobre o tema abordado e a partir desta
conversa foi feita uma explicação sobre o que são as danças de matrizes africanas, origens, características
e a relação delas com a cultura e religião. Enfatizando o maracatu e o afoxé como duas danças com essa
vertente sobre as características destas, o que elas têm a ver com a cultura africana, sua relação com a
religião, os movimentos, a diferença de uma dança pra outra. E em seguida uma parte prática, com vivências
dos passos característicos destas danças. A avaliação se deu em uma roda de diálogo fazendo assim a
síncrese, síntese e análise, de forma crítica emancipatória, onde durante o processo da aula foi feita a
problematização, ampliação e reconstrução de forma coletiva do conhecimento. Conclui-se que através
dessa vivência, possibilitasse o acesso ao conhecimento, por meio da cultura corporal do movimento que
possibilitou experimentar e ampliar conteúdos que são negligenciados na formação escolar, por
preconceitos ou falta de preparo do profissional. Ainda, o acompanhamento das aulas foi de extrema
importância para a contribuição da formação docente, possibilitando ver a prática através dos fatores do dia
a dia, focando no acesso ao conhecimento, que é direito do aluno garantido constitucionalmente.

Palavras-chave: maracatu, afoxé, educação física escolar.

1
Discente Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRPE
² Discente Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRPE
³ Discente Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRPE
⁴ Discente Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRPE
⁵ Profa. Dra. Orientadora Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE

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LITERATURA NA INFÂNCIA: A CRIANÇA, O LIVRO E OS ESPAÇOS PARA LER E
CONTAR HISTÓRIAS

Izabeli Cristina de Moraes1, Vitória Ramalho Novais 2. Geuciane Fernandes Guerim3

RESUMO
A literatura exerce um papel fundamental no desenvolvimento integral das crianças. Ler e
experimentar os livros, contar e ouvir histórias na primeiríssima infância (0 a 3 anos) têm o potencial de
aguçar sensações, percepções, atenção, linguagem, memória, movimento e criar motivos para que os bebês
se relacionem com o universo da leitura. Nesse contexto, os espaços para ler e contar histórias ganham
relevância como ambientes que favorecem as aprendizagens e desenvolvimento. Para tanto, a pesquisa tem
como objetivo principal investigar como a literatura infantil pode contribuir para o desenvolvimento na
primeiríssima infância, destacando possibilidades de organização de tempos, materiais, espaços e
relacionamentos entre a criança e o livro. O professor é o agente que propicia as mediações de leitura aos
bebês e as crianças pequenas. Por meio das sessões, é possível observar o desejo dos pequenininhos e
pequenos pelos livros de histórias e o interesse pela leitura oral realizada. Esses momentos de leitura para
o outro, bem como das narrativas contadas para e com elas são planejados intencionalmente pelo educador,
e são voltados ao máximo desenvolvimento da/na infância, desde o modo como organiza o tempo e os
espaços. Portanto, a literatura na infância, aliada aos livros e aos espaços para ler e contar histórias,
desempenha um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças,
despertando o prazer pela leitura e contribuindo para a formação de cidadãos críticos e reflexivos.

Palavras-chave: literatura infantil, educação infantil, bebês.

1 2
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)
3
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

80
O USO DA SALA DE AULA INVERTIDA PARA O PROTAGONISMO DISCENTE: UMA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Anayllen da Costa Sousa1, Ane Ellen da Costa Sousa Loiola 2

RESUMO
A sala de aula invertida consiste em uma metodologia que prevê a inversão do processo de ensino-
aprendizagem, em que o aluno assume o papel de protagonista, sendo responsável pela aquisição do
conhecimento antes da aula expositiva e interagindo com o professor e colegas na sala de aula para
aprofundar o conhecimento adquirido. Diversos estudiosos apontam os benefícios dessa metodologia, como
o aumento da motivação e engajamento dos alunos, a facilitação da aprendizagem e o desenvolvimento de
habilidades socioemocionais. Porém, alguns desafios são apontados, como a necessidade de preparação
prévia dos alunos e o papel fundamental do professor no planejamento e acompanhamento do processo. O
objetivo deste estudo é mostrar como a sala de aula invertida é eficaz no protagonismo do discente. A
metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica tendo como fonte de busca o Portal de Busca Integrada,
utilizando como palavras-chave: Aprendizagem; Sala de aula invertida; Metodologia ativa. Os critérios de
inclusão são artigos dos últimos cinco anos em português e inglês, completos que relaciona a importância
da metodologia ativa sala de aula invertida. Os critérios de exclusão são artigos com mais de cinco anos de
publicação, de outros idiomas e que não disponibilizam artigos na íntegra. Como resultado, observou-se
que as aulas expositivas ainda são as metodologias mais comuns no ambiente escolar, porém, tem mostrado
pouca participação e motivação dos alunos. Ademais, o professor é visto como detentor do conhecimento
e o aluno se torna um sujeito passivo, que apenas executa o que foi mostrado na aula. Entretanto, utilizar
metodologias ativas possibilita despertar o interesse do aluno na construção do conhecimento, tornando-o
protagonista do processo de ensino-aprendizagem. Dentre as metodologias ativas existe o recurso da sala
de aula invertida que permite ao discente estudar previamente um conteúdo e no momento da aula ser
conduzido para ressignificar e explorar o que estudou, desta forma, tendo um papel ativo na construção do
seu conhecimento, sendo um sujeito engajado no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, a
metodologia da sala de aula invertida permite ao estudante utilizar o momento da aula para esclarecer
dúvidas que ficaram no processo de aprendizagem, interagir mais com o docente e com os outros discentes.
Entretanto, é um recurso que exige que o estudante seja motivado a buscar o conhecimento antes da aula.
Conclui-se, que com o advento das tendências contemporâneas da educação é necessário tornar o discente
o centro do processo de aprendizagem, para que o mesmo seja um indivíduo ativo na sociedade e engajado
com as demandas sociais. O âmbito escolar deve tornar o estudante ativo na construção do conhecimento,
e o docente como o mediador da aprendizagem. A sala de aula invertida favorece o processo de ensino-
aprendizagem promovendo maior engajamento e motivação na busca pelo conhecimento. Apesar dos
desafios, a sala de aula invertida oferece uma oportunidade interessante de promover a participação ativa
dos alunos na construção do conhecimento e na melhoria do processo educativo.
Palavras-chave: aprendizagem, sala de aula invertida, metodologia ativa.

1
Acadêmica do curso de Ciências Biológicas - UniCesumar.
2
Licenciada em Matemática - Instituto Federal do Piauí – IFPI.

81
UM JEITO RESPONSÁVEL DE CUIDAR COM SUSTENTABILIDADE: RECICLAGEM E
MEIO AMBIENTE APLICADO AO ENSINO FUNDAMENTAL I

Carlos Mikael Custódio da Silva1, Raquel Gomes da Costa2

RESUMO
A importância da educação ambiental atrelada à sustentabilidade, com foco na reciclagem e meio
ambiente, é um tema relevante e urgente nos dias contemporâneos. Com o aumento da população e o
consequente crescimento da produção de resíduos, bem como o aquecimento global, é fundamental que as
pessoas sejam conscientizadas sobre a importância de preservar o meio ambiente e adotar práticas
sustentáveis, como a reciclagem. Assim, comover os mais jovens sobre a proteção ambiental é uma garantia
para que sejam indivíduos conscientes do papel coletivo na sociedade e com a natureza. A Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) desempenha um papel fundamental ao incluir a educação ambiental como um
dos temas transversais a serem abordados nas escolas, presente na habilidade EF05GE10 que visa
“reconhecer e comparar atributos da qualidade ambiental e algumas formas de poluição dos cursos de água
e dos oceanos”. O trabalho teve como objetivo levar aos discentes do 3º ano do Ensino Fundamental I o
sendo crítico para identificar as situações que causam danos ao meio biótico e abiótico, além de desenvolver
atividades lúdicas para confecção de brinquedos com material reciclado. Contou-se, metodologicamente,
com pesquisa bibliográfica e fotográficas prévia sobre a temática, produção do material didático para as
intervenções, atividades de reciclagem na escola para desenvolvimento de oficinas educativos e elaboração
de estratégias de preservação e cuidados com o meio ambiente com início na escola e levados até a
sociedade. Com o desenvolver das atividades, percebeu-se que os alunos foram bastante criativos e com as
discussões em sala houve preocupação com o ambiente. Dessa forma, implementou-se na escola a política
de reciclagem com os lixeiros adequados para cada cor, notando uma participação coletiva pelo corpo
docente e discente da instituição e com os itens que poderiam ser reciclados como: garrafas Pet, tampinhas
de garrafa, palito de picolé, criou-se brinquedos nas aulas de artes como: “vai e vem”, “carinho”,
“bilboquê”, “foguete”, “portinho para moedas”, etc. O projeto teve um resultado excelente, em que vários
alunos compartilharam os cuidados com a natureza em suas casas, além de gerar sustentabilidade com os
brinquedos ensinados, construiu-se uma consciência crítica sobre proteger o planeta de formas sustentáveis
e humanamente corretas.

Palavras-chave: Educação ambiental; Sustentabilidade; Brinquedos com reciclagem.

1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
2
Centro Educacional Cardoso (CEC)

82
PERCEPÇÕES DE JOVENS ESTUDANTES ACERCA DA “REFORMA” DO ENSINO MÉDIO:
ESTUDO DE CASO EM PORTO ALEGRE/RS

Gabrielle Bezerra da Silva1, Victor Hugo Nedel Oliveira2

RESUMO
Este resumo integra um trabalho de conclusão de curso, da Licenciatura em Geografia (UFRGS),
cujo um dos objetivos foi identificar as percepções de jovens estudantes acerca da “Reforma” do Ensino
Médio (Lei 13.415/2017). Aprovada em 2017 sem que houvesse o devido diálogo com a comunidade
escolar e a sociedade em geral, a “Reforma” do Ensino Médio é uma política pública educacional de nível
federal que altera as estruturas dos sistemas de ensino do país, impactando, assim, a vida de milhões de
jovens brasileiros, sobretudo, aqueles que estudam nas redes públicas. Por serem os sujeitos que vivenciam
a escola cotidianamente, entende-se que a inclusão e a participação ativa dos jovens em tais discussões é
fundamental para pensar/planejar/construir um ensino médio de forma mais democrática. Desta forma, o
trabalho se configurou como um estudo de caso no qual realizou-se um grupo focal com cinco jovens,
estudantes do ensino médio regular e participantes do Grêmio Estudantil de uma escola da rede estadual de
ensino localizada na Zona Centro-Sul de Porto Alegre/RS. A atividade de coleta de dados, que teve duração
aproximada de 1h30min, foi dividida em três momentos, sendo que em um desses buscou-se tratar
especificamente da “Reforma” do Ensino Médio pela ótica dos jovens participantes; e os resultados aqui
apresentados referem-se a esse momento da pesquisa. As hipóteses eram de que os jovens estariam a par
do assunto tratado, fosse em maior ou menor grau, das problemáticas envolvidas na “Reforma”, tendo em
vista que estão vivenciando a implementação do “Novo” Ensino Médio no presente momento; participam
do Grêmio Estudantil, espaço que geralmente possibilita um maior envolvimento com os processos
escolares; e pela própria proporção que o tema vem ganhando desde o início de 2023. Com isso, identificou-
se que os jovens participantes estão inseridos por conta própria nas discussões acerca da “Reforma”, sendo
o Grêmio Estudantil um espaço que privilegia essa condição. Na prática, esses sujeitos não tiveram a
possibilidade de contribuir de fato com as propostas de reformulação do ensino médio. Em geral, suas
percepções acerca da “Reforma” não são positivas, a implementação do modelo apresentou falhas (como a
impossibilidade de os participantes escolherem os itinerários formativos que gostariam de cursar, conforme
relato dos mesmos) e algumas tensões dentro do espaço escolar. Os jovens se demonstram preocupados
quanto a desconexão do atual currículo do ensino médio e a prova do ENEM – o que se associa diretamente
às suas perspectivas de ingressar no ensino superior. Também estavam presentes e conseguiram levar outros
estudantes para os atos do Primeiro e do Segundo Dia Nacional de Mobilização pela Revogação do “Novo”
Ensino Médio em Porto Alegre. Além desses e dos demais resultados, percebeu-se que os jovens
participantes da pesquisa tinham muito o que dizer sobre o tema pautado e interesse em participar dessas
discussões.
Palavras-chave: Reforma do Ensino Médio, jovens, juventudes.

1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

83
DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DA BIOLOGIA FORENSE

Thamyris Duarte Silva Gomes1, Natália Soares França da Cunha 2, Ionice de Oliveira Moreira Cardoso3,
Marilene Hilma dos Santos4

RESUMO
A biologia forense é uma área das ciências forenses que tem como principal objetivo auxiliar nas
investigações criminais, utilizando coletas de evidências biológicas como base para tais. As principais
subáreas da biologia forense são a genética forense, botânica forense e a entomologia forense. O objetivo
desse trabalho foi despertar nos alunos do ensino médio o interesse pela biologia forense, mostrando como
essa área pode ser uma ferramenta poderosa na resolução de mistérios e na busca por justiça. Além disso,
teve como proposta tornar o aprendizado mais envolvente e memorável, permitindo o desenvolvimento de
habilidades analíticas, trabalho em equipe, comunicação, raciocínio lógico e capacidade de dedução. O
trabalho foi realizado pelos estudantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID) do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
A aplicação da atividade ocorreu no dia 31 de agosto de 2023 na Escola Estadual Barão de Tefé localizada
no Município de Seropédica, Rio de Janeiro. Esse trabalho fez parte do Projeto Feira Ciências Sem
Fronteiras que tinha como público alvo alunos do ensino médio e membros do corpo docente. O trabalho
consistiu em uma apresentação de slides que abordava os principais tópicos da Biologia Forense, sua
definição e importância, os subcampos, casos de crimes reais e as principais técnicas e métodos empregados
para coletar, analisar e interpretar evidências biológicas. Posteriormente, para envolver os alunos em uma
experiência prática e imersiva, uma das salas de aula foi transformada em uma cena de crime fictícia
simulando uma sala de jantar na qual teria ocorrido um homicídio. Nessa simulação, diversas evidências
foram dispostas, incluindo documentos, papéis, recibos, exames médicos, entre outras. Os alunos foram
divididos em grupos de quatro a sete membros, que tinham a responsabilidade de encontrar, analisar e
interpretar as evidências. Para organizar as informações, uma tabela foi projetada no quadro com perguntas
como, "quem é o assassino?", "qual a causa da morte da vítima?" e "qual o motivo do crime?", onde os
alunos preenchiam as respostas com suas suposições e conclusões. Ao final, os resultados reais foram
revelados, permitindo que os alunos pudessem comparar suas deduções com as conclusões reais da
investigação. É notável destacar que os participantes demonstraram interesse pelo conteúdo da apresentação
teórica. Seu envolvimento e participação ativa indicaram um alto grau de entusiasmo em aprender sobre
biologia forense. Além disso, é digno de nota que, mesmo com nosso constante suporte, tirando dúvidas e
direcionando-os aos pontos de interesse, os alunos exibiram habilidades na formulação de deduções a partir
das informações apresentadas e trabalharam harmoniosamente em equipe durante toda a atividade. A
empolgação dos estudantes foi tão evidente que eles formaram uma fila ansiosamente aguardando sua vez
de participar. Em suma, o trabalho evidenciou o potencial de atividades práticas como um complemento ao
ensino tradicional majoritariamente teórico, permitindo aos alunos adentrarem de forma mais acessível em
áreas previamente desconhecidas, colocando-os como agentes ativos no processo de aprendizagem.

Palavras-chave: ciências forenses, perícia criminal, atividades práticas.

1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
2
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
3
Colégio Estadual Barão de Tefé (CEBT).
4
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

84
OS IMPACTOS DO USO PROBLEMÁTICO DE INTERNET E MÍDIAS SOCIAIS NO
DESEMPENHO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Fernanda de Oliveira Mota1, Ladislau Ribeiro do Nascimento 2

RESUMO
Introdução: O uso de internet e mídias sociais está presente de forma contínua em nosso cotidiano.
Sendo inúmeros os seus benefícios para a vida diária, como o acesso às informações, a comunicação e a
praticidade na rotina pelo acesso à tecnologia digital. Entretanto, o seu uso intensivo pode gerar prejuízos,
incluindo afetações à saúde mental e ao desempenho acadêmico de estudantes de todos os níveis
educacionais. Dito isto, esse trabalho é fruto de uma pesquisa em nível de mestrado. A dissertação está em
processo de finalização. O estudo tem como objetivo central, analisar os impactos do uso das mídias sociais
na vida cotidiana e no desempenho acadêmico de estudantes de graduação de uma universidade pública do
norte do país. Metodologia: Trata-se de estudo quanti-qualitativo, exploratório, descritivo, envolvendo
pesquisa de campo. O projeto foi aprovado pelo CEP com parecer N° 5.591.505. Aplicou-se questionário
online (Google Forms) para coleta de dados quantitativos. As questões vincularam-se a um questionário
sociodemográfico e ao Questionário de Uso Problemático da Internet de Nove Ítens (PIUQ - SF - 9). Os
dados qualitativos foram coletados através de roda de conversa e grupo focal com os estudantes de duas
turmas diferentes. Resultados e discussão: A pesquisa, em fase de análise da dados, obteve 102 respostas
aos questionários, sendo 70,6% (n=71) de estudantes do sexo feminino e 27% (n=31) do sexo masculino.
Constatou-se uso predominante das redes sociais Whatsapp e Instagram, com tempo médio de 3 horas
diárias. Sabe-se que o desempenho acadêmico pode ser prejudicado pelo uso intensivo de mídias sociais,
com impactos negativos ao desempenho de atividades necessárias para a formação acadêmica. Entretanto,
vale apontar que a realidade imposta pela pandemia de COVID-19 ampliou o uso das mídias sociais através
da remodelação de formas de ensino-aprendizagem, contribuindo positivamente para a facilitação de acesso
a conteúdos, bem como as situações de socialização/ interação, comunicação e divulgação de assuntos
aprendidos durante os períodos de isolamento social e da emergência de novas práticas educacionais.
Conclusão: O uso das mídias sociais apresenta aspectos positivos e negativos a depender dos objetivos
associados. Intensificam-se as demandas pelos estudos e pelo debate acerca da qualidade de vida de um
modo geral, incluindo aspectos como sono, atividades da vida diária, autogerenciamento do tempo de uso
das telas e organização da rotina para o enfrentamento de dificuldades relacionadas à realização das
demandas acadêmicas.
Palavras-chave: Transtorno de Adição à Internet; Mídias sociais, Universidade, Estudantes

1
Universidade Federal do Tocantins (UFT);
2
Universidade Federal do Tocantins (UFT)

85
DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA FORMAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES DO
MUNICÍPIO DE CAMPOS SALES

Cicera Raquel de Carvalho Veloso ¹, Ana Maria Gomes de Souza ², Antônia Cláudia Nogueira ³

RESUMO

Introdução - A formação continuada de professores é uma temática que vem conquistando


espaço em debates e discussões que visam a implementação de políticas educacionais para o
desenvolvimento de práticas mais efetivas e significativas. Objetivo - Analisar as contribuições das
formações continuadas de professores para a melhoria da prática docente e aprendizagem discente, bem
como os desafios enfrentados pelos mesmos para colocarem em prática as ações sugeridas nas formações.
Métodos - O público alvo foi constituído por um grupo de professores das escolas municipais de Campos
Sales. Para a obtenção dos dados optou-se pelo uso de questionário e entrevistas e também pela observação
participante. Resultados- A taxa de retorno dos questionários foi de 90%,a formação continuada foi
considerada a mola mestra para o aprimoramento da prática docente por 95% dos docentes.Para 92% dos
entrevistados a influência marcante da formação foi o poder de reflexão gerado nos momentos de interação
entre os envolvidos que os leva a perceberem que há a necessidade de estarem em constante aprendizagem
e os ajuda a desenvolver um olhar mais inclusivo e sensível para os diferentes perfis de alunos que compõem
a comunidade escolar.Conclusões -Os dados mostram que a formação continuada é de fundamental
relevância para o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem e que os docentes devem estar
sempre dispostos a aprender.Dentre os autores que tratam dessa temática estão: FREIRE (2017), NOVOA
(2022),TARDIF(2011),SAVIANI(2012).

Palavras-chave:Professores,Formação,Aprendizagem

_______________________

Universidade Regional do Cariri- URCA


² Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará -IFCE
³ Universidade Regional do Cariri- URCA

86
PROTÓTIPO DE MINHOCÁRIO PARA OBTENÇÃO DE ADUBAÇÃO ORGÂNICA NO
PROJETO RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Tamires Cristina Pamplona1, Deise da Silva Carvalho2

RESUMO
Introdução: O minhocário é utilizado para produção do húmus, um material orgânico rico em
nutrientes, utilizado em plantas para melhorar as características físicas do solo, tais como aeração e retenção
de água. O material orgânico também auxilia no aumento da biodiversidade dos microrganismos do solo,
ocorrendo uma maior estabilidade. As minhocas Vermelha-da- Califórnia (Eisenia Fetida), também
conhecidas como minhocas californianas, são amplamente utilizadas na construção de minhocários, isso
ocorre devido às suas características, visto que são mais adaptadas às condições mais intensas que são
necessárias para sobrevivência no processo de obtenção do material orgânico. Além disso, essa espécie de
minhocas é capaz de sobreviver em cativeiro, porém não é adaptada à exposição à luz solar, sendo então
necessário manter o minhocário protegido contra a incidência de raios solares. Dessa forma, outra vantagem
da espécie é a capacidade de se reproduzir rapidamente, tornando o processo de transformação dos resíduos
orgânicos ainda mais eficiente. Objetivo: Realizar a montagem de um protótipo de minhocário com
materiais recicláveis e restos alimentares para a obtenção de dados que servirão para futura implantação do
minhocário no Projeto Residência Pedagógica. Materiais e métodos: O projeto foi idealizado para promover
a utilização de materiais recicláveis, assim como compostos orgânicos. Assim sendo, montou-se dois
estratos utilizando garrafas plásticas, e em cada um, foram adicionadas camadas sucessivas, utilizando
folhas e cascas de árvores secas, alimentos não cítricos e terra úmida contendo as minhocas californianas.
O projeto elaborou a construção de um minhocário em pequena escala, e por isso, foram utilizadas poucas
unidades de minhocas, sendo cerca de 15 espécimes. A sucessão de camadas é realizada duas vezes em cada
estrato (garrafa), porém, as minhocas são adicionadas apenas no primeiro estrato, em apenas uma camada,
as demais camadas são montadas apenas com terra úmida. Ao final da montagem, utilizou-se água para
umidificar todas as camadas. Levando em consideração que as minhocas californianas não apresentam
afinidade pela presença de luz solar, a região externa das garrafas foi recoberta com papel alumínio, e por
fim, o protótipo foi mantido em um local seco e protegido da luz solar. Resultados: Após 45 dias, foi obtido
cerca de 1 litro de chorume, o mesmo foi diluído em água seguindo a orientação de diluir cem mililitros
(100ml) em um litro (1l) de água, visto que não é aconselhado utilizar o chorume diretamente no solo e nas
folhas, pois o biofertilizante é altamente concentrado. Conforme a diluição correta, o material obtido foi
utilizado na horta para melhorar as características do solo. Conclusão: Ao final do projeto, foi obtida uma
quantidade considerável de chorume em um protótipo de pequena escala, e diante disso, constatou-se que,
por intermédio do Projeto Residência Pedagógica, é de suma importância que ocorra a implementação o
minhocário em larga escala, utilizando os compostos orgânicos gerados diariamente na escola,
proporcionando um melhor desenvolvimento da horta melhorando a qualidade de vida dos alunos e todos
que participam da escola.

Palavras-chave: experimentação, resíduos sólidos, compostagem.

1-2 Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Campus Barbacena (IFSEMG)

87
A IMPLEMENTAÇÃO PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA EM ESCOLAS DA REDE
MUNICIPAL DE SÃO MATEUS/ES

Monica do Carmo Soares1, Auristela Batista da Silva Barcelos2, Ozana Luzia Galvão Baldotto 3

RESUMO
Esse trabalho descreve a experiência da implementação da Pedagogia da Alternância (PA) nos anos
finais - Ensino Fundamental, em 03 (três) escolas da rede municipal de ensino de São Mateus/ES. Em 2001,
a organicidade coletiva com representações de famílias, lideranças comunitárias e movimentos sociais
objetivou efetivar no Sistema Municipal de Ensino a implementação de escolas em tempo integral com a
Pedagogia da Alternância. Dessa forma, em janeiro de 2010, foi criada a primeira escola em alternância
pela rede municipal de São Mateus, a Escola Comunitária Rural Municipal Região de Córrego Seco, com
oferta dos anos finais do Ensino Fundamental, englobando onze comunidades: Araribá, Córrego do Aterro,
São Bento, Coroa Grande, São João Bosco, Córrego do Caboclo, Córrego da Areia, Córrego da Lagoa,
Córrego do Timirim, Córrego Seco e Santa Rosa. Em julho de 2010, foi autorizada a implementação da
metodologia da Alternância na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Assentamento
Zumbi dos Palmares, que atende as etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental (anos iniciais e
finais), abrangendo sete comunidades: Nova Verona, Córrego Rio Preto, Tapuía, São José, Córrego do
Meio, Terra Fresca e Escadinha. Essa escola trabalha com a Pedagogia do Movimento, que reconhece a
estratégia pedagógica da Alternância como essencial ao trabalho pedagógico em tempo integral. A criação
e implementação de escolas com a Pedagogia da Alternância na rede municipal de ensino em São
Mateus/ES representou a “porta de entrada” para encaminhar ações concretas na Educação do Campo no
município. Na sequência, em 2011, aconteceu a estruturação do Comitê de Educação do Campo de São
Mateus, como uma forma de vincular as ações e discussões municipais ao Comitê Estadual de Educação
do Campo. O Comitê de Educação do Campo é uma organização composta por movimentos sociais que
tratam da luta pela garantia da Educação do Campo. É um espaço permanente de articulação, deliberação e
construção coletiva entre os movimentos sociais, entidades civis e o poder público para o fortalecimento da
Educação do Campo. Em 2012, por meio da solicitação comunitária, a Pedagogia da Alternância foi
implementada na EMEIEF Mª Francisca Nunes Coutinho, que passou a ser denominada Escola Comunitária
Rural Municipal Mª Francisca Nunes Coutinho. Essa escola se localiza em território de pesca, envolvendo
diversas comunidades pesqueiras e de agricultura familiar, atende aproximadamente 350 estudantes nas
etapas da Educação Infantil, anos iniciais e finais do Ensino Fundamental. O movimento pedagógico
iniciado com a PA nos anos finais - Ensino Fundamental, passa a envolver as etapas da educação infantil e
anos iniciais - Ensino fundamental na vivência de elementos da alternância. Como uma forma de resguardar
toda a caminhada da Educação do Campo no município, diversas legislações foram construídas
coletivamente e aprovadas pelo Conselho Municipal de Educação, a Câmara de Vereadores e o Executivo
Municipal.

Palavras-chave: Educação do Campo, Pedagogia da Alternância, Movimentos Sociais.

1
Secretaria Municipal de Educação de São Mateus/ES (SME).
2
Secretaria Municipal de Educação de São Mateus/ES (SME).
3
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

88
PRÁTICA E METODOLOGIA ATIVA NA CONSTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM

Roberta Hitz1, Géssica Trindade Pereira Duarte2 , Raquel Ruppenthal3

RESUMO
As metodologias ativas são metodologias que trazem a participação em grupo e por consequência
uma aprendizagem inovadora e significativa. É uma nova maneira de ensinar para rever o ensino tradicional,
contribuindo para a autonomia do aluno. As metodologias ativas surgem como uma alternativa para
proporcionar aos estudantes meios para que eles consigam guiar o seu desenvolvimento educacional,
fugindo do modelo padrão de ensino em que o professor detinha todo o conhecimento dentro da sala de
aula. Partindo do pressuposto de que o estudo de célula, na maioria das vezes, é considerado vago pelos
alunos, este relato tem como objetivo descrever como uma metodologia ativa fornece aos discentes os
conhecimentos básicos sobre a estrutura e funcionamento das células animais, potencializando a relação
entre a teoria e a prática, visando capacitá-los para o entendimento da genética e do desenvolvimento das
espécies vegetais, animais e microorganismos. Como não é possível observar as organelas celulares em um
laboratório de ciências, nós professores muitas vezes nos prendemos em apenas explicar à função
desempenhada por cada uma delas. Portanto, a fim de tornar as aulas mais interessantes e motivadoras,
desenvolveu-se com alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma Escola Estadual a confecção de um
modelo da célula animal, utilizando bolas de isopor ocas e maciças, tinta guache, massinha de modelar e
gel para cabelo. Para dar início a atividade da construção da célula animal foi necessário levar uma figura
esquemática da célula para que os alunos pudessem visualizar como são as estruturas e organelas celulares
que constituem uma célula animal. Na sequência, realizou-se a elaboração da célula animal. A realização
da atividade proporcionou aos alunos identificar como as células estão organizadas, além de
compreenderem a organização básica das células e seu papel como unidade estrutural e funcional dos seres
vivos. Também puderam diferenciar uma célula procariótica de uma eucariótica, identificando as organelas
citoplasmáticas presentes nos diversos tipos de células e a função que cada uma desempenha dentro da
célula. Conclui-se que essas aulas com estratégias ativas são importantes, pois possibilitam um aprendizado
menos conteudista e abstrato mais pautado em estratégias concretas e dinâmicas.

Palavras-chave: células; metodologias ativas; atividades práticas.

1
Escola Estadual de Ensino Fundamental Freitas Valle. (E.E.E.F. Freitas Valle).
2
Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
³ Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

89
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) E SUA RELAÇÃO COM A
CRONOBIOLOGIA

José Alcy de Pinho Martins1

RESUMO
Este trabalho pretende mostar que a educação é um dos pilares fundamentais para o
desenvolvimento de uma sociedade, e sua eficácia está diretamente relacionada à estrutura curricular
adotada. No contexto educacional brasileiro, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um marco que
busca fornecer diretrizes para a construção dos currículos das escolas de educação básica no país. Ao
mesmo tempo, a Cronobiologia, um campo interdisciplinar que estuda os ritmos biológicos, também
desempenha um papel crucial, influenciando o desempenho e o bem-estar dos estudantes. Neste artigo, tem-
se como objetivo verificar a interseção entre a BNCC e a Cronobiologia, destacando a importância de
considerar os ritmos biológicos no planejamento educacional. O metodologia de pesquisa utilizado neste
trabalho foi de natureza revisão bibliográfica, com pesquisas em trabalhos já publicados sobre a temática
em periódicos acadêmicos strictu sensu dissertações e teses e a lei n° 13.415/2017. A BNCC é um
documento normativo que estabelece os conhecimentos, competências e habilidades essenciais que todos
os alunos brasileiros devem desenvolver ao longo da educação básica. Sua proposta é promover uma
formação integral, levando em consideração aspectos cognitivos, sociais, emocionais e éticos. A BNCC é
dividida em etapas, abrangendo desde a educação infantil até o ensino médio. Dentre os princípios
norteadores da BNCC, destaca-se a promoção da equidade, garantindo que todos os estudantes,
independentemente de suas origens, tenham acesso a uma educação de qualidade. A cronobiologia, por sua
vez, investiga os padrões temporais recorrentes na fisiologia e no comportamento dos seres vivos. Esses
ritmos biológicos estão intrinsecamente ligados aos ciclos ambientais, como a alternância entre o dia e a
noite. O corpo humano possui um relógio biológico interno que regula uma variedade de processos
fisiológicos, como o sono, a temperatura corporal e a liberação de hormônios. Entender e respeitar esses
ritmos biológicos é crucial para otimizar o desempenho cognitivo e o bem-estar geral dos indivíduos. A
relação entre a BNCC e a cronobiologia é evidente quando consideramos a importância do tempo na
aprendizagem. O planejamento curricular deve levar em conta não apenas o conteúdo a ser ensinado, mas
também o momento mais propício para a assimilação desse conteúdo por parte dos alunos. Apesar das
possibilidades de integração entre a BNCC e a cronobiologia, existem desafios a serem enfrentados. A
infraestrutura das escolas, a formação dos professores e a conscientização sobre a importância dos ritmos
biológicos são elementos que demandam atenção. Além disso, a formação continuada dos professores,
abordando conceitos da cronobiologia, é essencial para a implementação efetiva de práticas pedagógicas
alinhadas com os ritmos biológicos. A interseção entre a BNCC e a cronobiologia oferece uma perspectiva
valiosa para aprimorar a qualidade da educação no Brasil. Ao considerar os ritmos biológicos dos
estudantes, é possível criar ambientes de aprendizagem mais propícios ao desenvolvimento integral. A
implementação bem-sucedida dessas abordagens requer uma abertura para a inovação educacional, com
investimentos em formação docente e infraestrutura escolar. Dessa forma, podemos caminhar em direção a
uma educação mais inclusiva, adaptada às necessidades individuais dos alunos e alinhada aos princípios da
BNCC e às descobertas da cronobiologia.

1
Universidade Católica de Santos - UNISANTOS-SP - Mestrando em Saúde Coletiva

90
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA FORMAR CRIANÇAS LEITORES.

Vanuza Cardoso de Souza Vasconcelos

RESUMO
O presente artigo, trata da importância da literatura infantil para despetar o gosto pela leitura e o
desenvolvimento do indivíduo, desde seus primeiros anos. A arte escrita é requisito básico para que a
criança, mesmo sem saber ler ainda, possa participar efetivamente da vida social e cultural, pois a narrativa
infantil dá condições de apropiar de conhecimento e entendimento de mundo. Além do mais, a criança que,
desde cedo, tem contato com histórias, tem probabilidade de ter um melhor desempenho escolar. Os pais
e professores precisam entender que a literatura tem se tornado um grande aliado da educação das crianças
e deve ser uma atividade continua. Em casa, é importante que as historinhas façam parte do cotidiano, seja
contada ou através de livinhos, quando esse hábito é cultivado, a criança entende que ler é uma atividade
comum e um caminho para a busca do conhecimento, sem falar que, vai para a escola gostando de ler. Na
escola, o texto literário deve fazer parte da rotina, tanto nos momentos de descontração como na
aprendizagem, pois o aluno que ler, interpreta com facilidade, aumenta o vocabulário, o senso crítico para
entender tudo a sua volta.

Palavras-Chave: literatura, criança, leitura.

91
ETNOMATEMÁTICA: A MATEMÁTICA PRESENTE NA ESCOLA E NA CULTURA
INDÍGENA GERIPANKÓ

Gersos dos Santos da Silva1, Allan Gomes dos Santos2

RESUMO
O presente trata de pesquisa em andamento, retratando sua etapa inicial, para elaboração de um
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática
integrante do Programa de Licenciatura Intercultural Indígena de Alagoas - CLIND/AL desenvolvido pela
Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. O TCC encontra-se em andamento. A escola é um espaço de
conhecimento e formação do sujeito, que através do ensino aprendizagem desenvolve seu conhecimento
cognitivo. Assim, a educação matemática é de suma importância para o aprendizado dos sujeitos. Nesse
contexto, é importante compreender quem seria o eu indígena dentro das habilidades propostas pela a
BNCC e o ensino de matemática na escola indígena Geripankó. Para fundamentar a pesquisa, sob a égide
da etnomatemática, trazemos como aporte teórico os autores, Gerdes (1991); Cintra e Candido (2020);
Santos, Viana, Ostenberg & Lara (2022). A escola indígena é um espaço de aprendizagem do indígena e,
de acordo com as suas especificidades, considera a autonomia desses povos sobre o ensino e educação que
devem ser implementados no currículo dessas escolas. O ensino de matemática é importante para o
desenvolvimento e aprendizagem dos sujeitos e, para tanto, é preciso considerar os elementos culturais que
podemos agregar para garantir um ensino diferenciado dentro das escolas indígenas. Afinal, é preciso ter
esse conhecimento para que possamos entender e interagir em diversas situações que requerem
conhecimento sobre a matemática. A priori, esse trabalho pretende sustentar que nas sociedades indígenas,
antes do sistema formal de escrita, já existia e, ainda existe, uma linguagem e uma escrita sobre situações
que envolvem o ensino da matemática sob o domínio desses povos denominado etnomatemática. Nesse
caso específico denominada de matemática indígena Geripankó.
Palavras-chave: Etnomatemática, Povo Geripankó, CLIND/UNEAL, Educação matemática.

1
Graduando do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática (CLIND/UNEAL) - Autor.
2
Professor Doutor orientador TCC (CLIND/UNEAL), UAB/IFAL/DIREAD e SEMED/AL.

92
INTERSECÇÃO ENTRE CULTURAS, CURRÍCULOS E DOCÊNCIA NA PERSPECTIVA DA
EDUCAÇÃO DO CAMPO

Ozana Luzia Galvão Baldotto1, Eduardo Carlos Sousa Cunha2, Silas Lacerda dos Santos3, Erineu Foerste4

RESUMO
O presente estudo versa sobre a disciplina Currículo, Docência e Processos Culturais do Programa
de Pós-Graduação em Educação - PPGE/UFES, ministrada pela Professora Doutora Tânia Mara Zanotti
Guerra Frizzera Delboni durante o semestre 2022/2, que possibilitou tencionamentos e discussões sobre
docência, currículos e culturas no cotidiano escolar. Tomou-se por base os seguintes teóricos: Newton
Duarte (2018), Elizabeth Macedo e Thiago Ranniery (Orgs.) (2017), Jaume Martínez Bonafé (2022), Alice
Casimiro Lopes e Elizabeth Macedo (2011) e Tomaz Tadeu da Silva (2010), entre outros, cabendo destacar
a disponibilidade de uma bibliografia complementar com diversos pesquisadores que discorrem sobre as
temáticas supramencionadas. Institucionalmente, destacamos que a turma estruturou-se com estudantes do
mestrado e doutorado, vinculados às diversas linhas de pesquisas: 1) Educação e Linguagens, 2) Educação,
Formação Humana e Políticas Públicas, 3) Docência, Currículo e Processos Culturais e 4) Educação
Especial e Processos Inclusivos. A partir dos diálogos e das discussões, no desenrolar das propostas, inseriu-
se a necessidade de que os estudantes trouxessem outros pesquisadores vinculados as particularidades de
suas pesquisas. Assim, os autores utilizados pelos estudantes foram: Janete Magalhães Carvalho, Steferson
Zanoni Roseiro e Camilla Borini Vazzoler Gonçalves (2022); Erineu Foerste e Menga Lüdke (2003); Erineu
Foerste, Bernd Fichtner, José Wálter Nunes e João Clemente de Souza Neto (2018); Dermeval Saviani
(2009); Dermeval Saviani e Ana Carolina Galvão (2021). O movimento possibilitou uma ampla reflexão
sobre a realidade concreta, no que tange aos Currículos, as Culturas e a Docência. Como resultado final dos
estudos, culminamos com o artigo “Tensionamentos e diálogos sobre Culturas, Currículos e Docência da
Educação do Campo”, de modo a discutir como conceitos estruturam a identidade docente, mediante os
currículos nos espaços escolares e as culturas vivenciadas no cotidiano da educação campesina. As
questões-problemas do estudo circunscrevem: 1) Qual a importância das Culturas nos Currículos e nas
Docências da Educação do Campo?; 2) Qual a importância de Currículos construídos junto com a
comunidade campesina?; 3) Como a docência pode contribuir para a vivência e constituição de um
currículo emancipatório e político no cotidiano escolar, levando em consideração os sujeitos campesinos,
suas Culturas e a Educação do Campo?. Mediante os levantamentos bibliográficos e as narrativas docentes,
inferimos uma discussão face aos desafios que se impõem em um mundo marcado por sistemas de
padronização e uniformização territorial que visam à homogeneização social, espacial e cultural imposta e
determinada por uma lógica neoliberal e capitalista.

Palavras-chave: Culturas, Currículos, Docência.

1
Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
2
Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
3
Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
4
Professor Titular de Tempo de Dedicação Exclusiva (DE) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

93
A AUSÊNCIA DA CRONOBIOLOGIA NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO
BRASIL E SEU IMPACTO EDUCACIONAL

José Alcy de Pinho Martins1

RESUMO
Este artigo explora a importância da Cronobiologia no desenvolvimento dos estudantes e argumenta
a favor da sua inclusão nas grades curriculares, destacando os benefícios para o desempenho acadêmico, a
saúde mental e física dos(as) alunos(as). A Cronobiologia, que estuda os ritmos biológicos e seus efeitos no
organismo humano, é uma área fundamental para compreender a relação entre o tempo e o funcionamento
do corpo. Porém, essa disciplina muitas vezes é negligenciada nos currículos da educação básica. Este
trabalho propõe-se analisar a ausência da Cronobiologia na Educação Básica, explorando os impactos dessa
lacuna e propondo razões para sua incorporação nas grades curriculares do Sistema Educacional Brasileiro.
O método de pesquisa utilizado neste trabalho foi de natureza revisão bibliográfica, com pesquisas em
trabalhos já publicados sobre a temática em periódicos acadêmicos strictu sensu dissertações e teses. A
Cronobiologia estuda os ciclos biológicos recorrentes, como o ritmo circadiano, responsável por regular
processos fisiológicos ao longo do dia. Compreender esses ritmos é essencial para otimizar o desempenho
cognitivo, a regulação do sono e até mesmo a resposta a atividades físicas. Esses aspectos têm implicações
diretas no ambiente educacional. Estudos indicam que o desempenho acadêmico está relacionado aos ritmos
biológicos dos estudantes. Incorporando conhecimentos de Cronobiologia no currículo pode proporcionar
estratégias de ensino mais eficazes, adaptadas aos horários em que os(as) alunos(as) estão mais alertas e
receptivos ao aprendizado. E entender os ritmos circadianos pode contribuir para a prevenção de distúrbios
do sono, ansiedade e depressão, melhorando assim o bem-estar geral dos alunos. No contexto atual, em que
a tecnologia e as demandas sociais alteram os padrões de vida, compreender os ritmos biológicos torna-se
ainda mais crucial. A Cronobiologia fornece ferramentas para lidar com os desafios da vida contemporânea,
ajudando os(as) alunos(as) a gerenciar o estresse, manter um sono saudável e alcançar um equilíbrio entre
as demandas acadêmicas e a vida pessoal. Apesar dos benefícios evidentes, a inclusão da Cronobiologia no
currículo enfrenta desafios, como a falta de tempo, conhecimento acadêmico sobre o tema e recursos. No
entanto, estratégias pedagógicas inovadoras, parcerias com instituições de pesquisa e o desenvolvimento
de materiais didáticos específicos podem superar esses obstáculos. A ausência da cronobiologia no currículo
da educação básica representa uma lacuna significativa que compromete o pleno desenvolvimento dos
estudantes. Ao reconhecer a importância dos ritmos biológicos na vida cotidiana, a inclusão dessa disciplina
pode proporcionar benefícios substanciais para o desempenho acadêmico, a saúde mental e física dos
alunos, preparando-os para os desafios do mundo moderno. É imperativo que educadores, pesquisadores e
formuladores de políticas reconheçam essa necessidade e trabalhem em conjunto para preencher essa
lacuna educacional.
Palavras-chave: cronobiologia, educação, desenvolvimento educacional

1
Universidade Católica de Santos - UNISANTOS-SP - Mestrando em Saúde Coletiva

94
A AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR –ALUNO: DESAFIOS DO ENSINO DE
MATEMÁTICA, NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19

Atemilton Alves da Silva

RESUMO
Esta dissertação explora a importância da afetividade na relação professor-aluno para a
aprendizagem de matemática no Ensino Médio, particularmente no contexto dos desafios apresentados pela
pandemia do COVID-19. Analisa-se a maneira pela qual a afetividade entre professor e aluno pode
influenciar o processo de ensino-aprendizagem em matemática, uma disciplina frequentemente percebida
como desafiadora pelos estudantes. A pesquisa evidencia que a conexão afetiva pode ajudar a mitigar o
estresse, aumentar a motivação e facilitar a compreensão de conceitos matemáticos complexos. No entanto,
o advento da pandemia e a consequente transição para o ensino online apresentaram dificuldades
significativas para estabelecer e manter essa ligação afetiva. A dissertação discute estratégias pedagógicas
que os educadores podem empregar para fortalecer a relação afetiva com seus alunos, mesmo em um
ambiente virtual. Além disso, são identificadas implicações para políticas educacionais e treinamento de
professores, na esperança de inspirar uma nova prática que reconheça a importância da afetividade no
ensino de matemática no contexto atual.

Palavras-chave: AFETIVIDADE; MATEMÁTICA; ENSINO ONLINE.

95
GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DOS PLANOS MUNICIPAIS DE
EDUCAÇÃO DA AMAI (2015-2022)

Ivonete Dalmédico Vanzela1, Oto João Petry2

RESUMO

O presente estudo vincula-se à linha de pesquisa Políticas Educacionais, do Programa de Pós


Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Chapecó (SC),
e trata da gestão democrática nos Planos Municipais de Educação (PMEs) da Associação dos Municípios
do Alto Irani (AMAI). Tem por objetivo analisar em que medida os PMEs, da AMAI assumem a gestão
democrática como princípio orientador da administração da educação municipal. Para tanto, fundamenta-
se teoricamente nas contribuições de Antunes (1995), Souza (2009, 2018), Cury (2007a, 2007b), Harvey
(1992, 2008), Saviani (2008, 2017, 2021), Nardi (2018), Mendonça (2000), Barleta (2015), Palú e Petry
(2020, 2021), Bordenave (1992), Dardot e Laval (2016), Paro (2005, 2015, 2016), dentre outros. Com apoio
teórico metodológico no materialismo histórico, serviu-se de pesquisa documental cujo material foi
submetido à análise de conteúdo proposta por Bardin (2016). Da análise do corpus documental, composto
pelos 14 PMEs da região pesquisada, evidencia-se que, em geral, os planos assumem a gestão democrática
como princípio orientador da administração da educação, embora em algumas passagens haja elementos e
encaminhamentos político-práticos que tendem a promover certa desconexão com esse princípio. Os
resultados também possibilitam indicar que os PMEs foram (re) elaborados com participação da
comunidade educacional e da sociedade civil, ficando menos enfatizada a necessidade de implementar essa
participação nos processos de acompanhamento e de avaliação dos planos. Conclui que, diante do que se
mostra relativo nos PMES quanto a assumir a gestão democrática como princípio da administração
educacional no âmbito municipal, há necessidade de se seguir investindo na construção de uma
compreensão politicamente mais alargada de democracia e de participação, o que requer considerar o
projeto educacional em pauta e, no interior dele, a função social da educação.

Palavras-chave: políticas educacionais, planos municipais de educação, gestão democrática.

1
Rede Estadual de Educação do estado de Santa Catarina, Escola de Educação Básica Gomes Carneiro.
2
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus de Chapecó.

96
O INSTAGRAM UTILIZADO COMO FERRRAMENTA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NA
PREVENÇÃO E DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE BOCA

Camila Souza Praxedes1, Francisco Everson Silva Costa2, Paola Gondim Calvasina³ Maria Aparecida de
Paulo Gomes4

RESUMO
A Promoção de saúde para a população continua sendo um desafio, mesmo em meio as
tecnologias e avanços da atualidade, o instagram tornou-se uma das redes sociais mais utilizadas no mundo
podendo atingir públicos inesperados e até mesmo inatingíveis com outros meios de promoção de saúde e
em um curto espaço de tempo. O câncer de boca já bastante conhecido, tem cura na sua maioria quando
detectado precocemente. Através da rede social, informações relevantes e medidas preventivas sobre a
doença podem ajudar as pessoas nesse aspecto. O estudo objetiva relatar a criação de um perfil da rede
social instagram para dicas de auto cuidado onde as publicações sobre o câncer de boca ganharam maior
engajamento. Trata-se de um relato de experiência de alunos do Mestrado Profissional de Ensino na Saúde
(CMEPES) da Universidade Estadual do Ceará (UECE) com finalidade de expor o quanto a rede social
pode auxiliar na veiculação de informações relevantes para a prevenção e detecção precoce do Câncer de
Boca através de publicações de imagens, informações, lives e vídeos, explicando o auto-exame da boca e
causas da doença. No perfil do instagram foram divulgadas diversas informações da área da saúde, pois o
perfil era voltado para auto cuidado de forma geral, porém publicações sobre o tema Câncer de Boca,
ganharam maior engajamento entre as demais, gerando comentários com dúvidas e elogios.

Palavras-chave: Promoção de Saúde; Instagram; Cancer de Boca.

1
Universidade Estadual do Ceará - UECE
2
Universidade Estadual do Ceará - UECE
³ Universidade Estadual do Ceará - UECE
4
Universidade Estadual do Ceará – UECE

97
NÁLISE DO CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA CIDADE DE SÃO PAULO:
AGENCIAMENTOS E SEUS EFEITOS NA PRÁTICA DOCENTE

Alessandra Aparecida Dias1, Celso do Prado Ferraz de Carvalho2

RESUMO
O trabalho tem como objeto de estudo o currículo. Pretende investigar os processos de formulação
e implementação das Políticas Curriculares, especificamente o Currículo de Educação Física no universo
da Diretoria Regional- Butantã da Cidade de São Paulo. Partindo deste objeto emergiram algumas
inquietações que motivaram e direcionaram o problema da pesquisa: como os princípios e concepções da
política curricular interferem na prática docente e quais agenciamentos e efeitos sucedem na didática dos
professores do ensino fundamental? Com os questionamentos apresentados, delimitou-se como objetivo
geral: Compreender como professores de Educação Física que atuam no ensino fundamental, incorporam
os princípios Currículo da Cidade e os expressam em sua prática cotidiana. Como objetivos específicos
elencamos: 1) Analisar as políticas curriculares educacionais e a influência da ordem mundial neoliberal.
2) Entender como as políticas curriculares interferem no trabalho na sala de aula. 3) Perceber as linhas de
forças que agenciam as ações didáticas dos professores. Partindo dos objetivos apresentados, a pesquisa
está sendo desenvolvida utilizando a metodologia cartográfica, um trabalho de campo de escuta sensível,
que pressupõe uma proximidade com as pessoas, situações e com os caminhos. Utilizaremos mapas como
instrumentos, mapeando e registrando tudo o que envolve o espaço escolar. Do ponto de vista conceitual e
analítico, situa-se no horizonte pós-estruturalista e contra hegemônico, optamos pelas contribuições, de
Gilles Deleuze, Marcos Neira e Mário Nunes. As categorias fundamentais serão: Política Educacional,
Currículo, Educação Física e Prática Docente. O que justifica esta pesquisa é o fato de seus resultados
poderem contribuir para o aprofundamento de estudos curriculares e especificamente o da Educação Física.

Palavras-chave: Agenciamentos, Currículo, Educação Física, Prática Docente.

1
Professora Coordenadora de Educação Física – Secretaria Municipal de Educação de Jandira-SP – Licenciada em
Educação Física – Doutoranda em Educação pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE) – E-mail:
alessandraef2006@gmail.com. ORCID. 0000-0002-8570-9582

2
Professor Orientador- Sociólogo- Mestre e Doutor em Educação: História Política e Sociedade pela PUC-SP. Atualmente é
professor do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho e do curso de
Pedagogia. Coordenador da Linha de Pesquisa em Políticas Educacionais e líder do Grupo de Pesquisa em Políticas e Gestão
Educacional. Tem experiência na área de educação, com ênfase em políticas educacionais, políticas curriculares e educação
básica. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8703-8236

98
CONSTRUINDO UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA: POTENCIALIDADES NO
ENSINO COLABORATIVO

Elaine Nunes1

RESUMO

O processo de inclusão escolar é um caminho que requer o envolvimento dos profissionais e


instituições para assegurar a plena participação de todas as crianças, independentemente das suas
capacidades e necessidades. O papel dos profissionais e da instituição é fundamental para criar um ambiente
acolhedor, adaptado e favorável ao desenvolvimento de cada aluno. Os profissionais desempenham um
papel vital no processo de inclusão e oferecem suporte individualizado e adequado às necessidades de cada
criança. Devem possuir conhecimentos e habilidades específicas para identificar e atender necessidades
educativas especiais, adaptar práticas pedagógicas e oferecer estratégias de ensino diferenciadas. Além
disso, é fundamental que os profissionais estejam abertos ao aprendizado contínuo e atualização de seus
conhecimentos sobre inclusão para melhor atender as demandas de seus alunos. A escola deve criar um
ambiente inclusivo, acolhedor e acessível. Isso inclui a promoção de uma cultura inclusiva para que toda a
comunidade escolar esteja ciente da importância da diversidade e da igualdade de oportunidades. A
instituição também deve fornecer recursos e infraestrutura adequados para garantir acessibilidade física e
tecnológica para todos os alunos. No contexto da prática pedagógica baseada na aprendizagem colaborativa,
é preciso considerar as possibilidades e especificidades de cada aluno. O ensino colaborativo enfatiza a
cooperação entre especialistas, a participação ativa dos alunos e a adaptação do currículo às suas
necessidades individuais.

Palavras-chave: ensino colaborativo, inclusão escolar, educação

1
Instituição do primeiro autor (nome e sigla) TNR 10 à direita, espaçamento 1,0 – utilize apenas uma linha.

99
SEM BALANÇA OU TRENA: as ferramentas de medida dos anciões koiupanká no Sertão de
Alagoas

Luiz Gustavo de Souza Feitosa1, Allan Gomes dos Santos2

RESUMO
O presente trata de pesquisa em andamento, retratando sua etapa inicial, para elaboração de um
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no âmbito do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em
Matemática integrante do Programa de Licenciatura Intercultural Indígena de Alagoas - CLIND/AL
desenvolvido pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. O TCC encontra-se em fase de conclusão.
A matemática surge em nosso pensamento a partir da necessidade de resolver algum problema cotidiano.
Os Koiupanká, assim como outros grupos no Sertão Alagoano sentiam a necessidade do uso da matemática
e, a partir daí, desenvolveram ou aprenderam técnicas para amenizar as dificuldades em atividades do seu
dia-a-dia, como por exemplo na agricultura. Por conta do difícil acesso a ferramentas modernas de medida,
os Koiupanká tinham que usar o que havia disponível para realizarem medições. Medidas do corpo como
palmo ou braça, até que aprendem e criam ferramentas na própria região em que habitam. Junto ao uso das
ferramentas, como o salamim, litro e cuia utilizados para medir grãos, a braça de vara usada para medir
áreas ou distâncias mais longas, formas para produzir por exemplos queijo ou bolos, eles realizavam
cálculos mentais para chegar ao resultado desejado ou aproximado. O objetivo do trabalho é investigar o
uso das ferramentas de medida empregadas pelos anciões e compreender como eram utilizadas. A partir
daí, identificar suas medidas correspondentes, a precisão dos cálculos e permanência no uso das mesmas.
Nesse sentido, ao identificar os usos dessas medidas procura-se compreender a permanência diante da
disponibilidade de instrumentos de medidas modernos mais precisos, não para menosprezar essas
ferramentas tradicionais, mas para poder afirmar a importância de entender, valorizar e respeitar a criação
de técnicas e o pensamento matemático em diferentes grupos sociais, pois, esses conhecimentos não podem
ser ignorados. Assim, como não se pode ignorar aspectos culturais no modo de ensino matemático, pois é
perceptível que até os dias atuais no linguajar dessa comunidade, apesar do acesso à trenas, balanças e
outras ferramentas modernas, ainda é muito comum utilizarem termos que remetem às antigas,
principalmente, no trabalho no campo. Para o desenvolvimento deste, inicialmente, foi realizada uma
revisão bibliográfica abrangendo conceitos fundamentais das ferramentas de medidas, em seguida, foi
realizada uma pesquisa de campo e pesquisa etnográfica na comunidade em estudo para investigar o porquê
do uso desses instrumentos de medição ou de volume e seus benefícios de sua aplicação no contexto da
comunidade indígena. Os resultados iniciais obtidos demonstram que os instrumentos são essenciais para
o planejamento e gestão do uso do solo e aplicações quantitativas de medidas para a comunidade envolvida
na investigação.
Palavras-chave: Ferramentas de medida, Etnomatemática, Povo Koiupanká, Cultura indígena,
CLIND/UNEAL.

1
Graduando do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática (CLIND/UNEAL) - autor.
2
Professor Doutor orientador TCC (CLIND/UNEAL), UAB/IFAL/DIREAD e SEMED/AL.

100
A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Kedman Jesus Silva¹, Derli Juliano Neuenfeldt²

RESUMO
Dada a variedade de recursos tecnológicos disponíveis, é importante pesquisar sobre o ensino de
Língua Inglesa mediado pelas TDICs para descobrir como ou se esses recursos modernos podem ser usados
para melhorar o ensino e promover a aprendizagem dos alunos. O presente trabalho aborda uma pesquisa
sobre o uso de aplicativos móveis no ensino da Língua Inglesa que tem como objetivo investigar as
potencialidades do uso de aplicativos móveis no ensino de Língua Inglesa em uma turma de 3 ano do curso
técnico de Agropecuária integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal do Maranhão. Caracteriza-se como
uma pesquisa do tipo de intervenção pedagógica (Damiani et al.,2013), pesquisa de abordagem qualitativa,
de natureza aplicada e descritiva que está sendo realizada com uma turma de 33 alunos do curso de
Agropecuária. Três das quatro etapas que norteiam o desenvolvimento dessa pesquisa são fundamentais: a
análise de aplicativos de línguas que se destacam na atualidade, a experimentação com o uso do aplicativo
Duolingo nas aulas de Língua Inglesa e a descrição da percepção dos alunos quanto ao uso do app. Para o
levantamento e produção de informações está sendo utilizado instrumentos como questionário, diário de
campo e grupo de discussão. Para análise e discussão das informações que estão sendo obtidas nesta
pesquisa, será feita a utilização da Análise Textual Discursiva de Moraes e Galliazi (2006;2016), a partir da
qual emergirão as categorias de análise. Um dos resultados observados nas primeiras aulas foi a empolgação
que os alunos demonstraram ao utilizar o aplicativo. Pretende-se identificar potencialidades bem como as
desvantagens da utilização do aplicativo Duolingo nas aulas de Língua Inglesa, como também promover o
desenvolvimento de habilidades. Este estudo busca oferecer contribuições através dos resultados que serão
obtidos para dinamizar e melhorar as práticas pedagógicas nas aulas de LI no que tange ao ensino de línguas
mediado por tecnologias móveis com o intuito de tornar a aula mais atrativa e próxima da realidade do
discente.

Palavras-chave: Ensino, Língua Inglesa, Tecnologias Digitais

Referências

DAMIANI, M. F.; CASTRO, R. F. de; ROCHEFORT, R. S.; PINHEIRO, S.; DARIZ, M. R. Discutindo
pesquisas do tipo intervenção pedagógica. Cadernos de Educação, Pelotas, v. 45, n. 1, p.57-67, maio/agosto
2013.

MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise Textual Discursiva. 3.ed. Editora Unijuí. Ijuí,
2016.

101
USO DE MÍDIAS DIGITAIS NO ENSINO DA SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
JUNTO A CUIDADORES DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Luciano Osio Ramos1, Gabriela Barbosa do Amaral2, Alethéa Gatto Barschak2, Sofia Castanheira Paes3,
Lucila Ludmila Paula Gutierrez2

RESUMO
Em diversas circunstâncias a pessoa com deficiência (PcD) carece de atenção integral do cuidador.
É de suma importância que o cuidador compreenda que, além de zelar por seu ente cuidado, é necessário
exercer o autocuidado. Uma forma efetiva de instrumentalizar os cuidadores frente às suas necessidades é
trabalhar a educação em saúde. Dentre os prejuízos evitáveis destacamos o diagnóstico precoce de doenças
provenientes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). O uso de mídias sociais no ensino na saúde
pode ser uma importante ferramenta para alcançar um público mais amplo por meio de compartilhamento
de informações. Este trabalho tem por objetivo trazer um relato da elaboração de vídeos sobre IST e do
compartilhamento dos mesmos em aplicativo de trocas de mensagens, com ênfase na educação em saúde e
autocuidado junto a cuidadores de PcD. O projeto de extensão universitária “Apoiando e Educando
Famílias de Pessoa com Deficiência” em parceria com o programa de pós-graduação Ensino na Saúde,
ambos da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), é desenvolvido junto a
uma instituição parceira localizada em Porto Alegre/RS, que faz atendimentos de saúde gratuitos para PcD
oriundos de famílias de baixa renda. Desde 2018 o projeto de extensão participa de um grupo de WhatsApp
com 45 famílias de cuidadores provenientes da instituição parceira. A partir do diálogo constante das
famílias, foram solicitadas mais informações sobre IST. Assim, foram produzidas 5 mídias digitais (vídeos)
para compartilhamento nessa rede social com os temas sífilis, Vírus Imunodeficiência Humana (HIV),
Papiloma Vírus Humano (HPV), Hepatites virais e prevenção combinada HIV. Os vídeos foram elaborados
utilizando-se publicações do Ministério da Saúde e gravações pelo celular do autor falando sobre as
temáticas. Após, foram editados pelo programa CapCut. Os vídeos foram postados entre os meses de junho
e agosto de 2023. A partir do compartilhamento no WhatsApp, as famílias trouxeram dúvidas, discutiram
os materiais, comentaram e compartilharam o conteúdo, participando de modo ativo e colaborativo. Alguns
dos relatos coletados foram: "Muito bom o material, creio que os jovens não tenham noção do quanto isso
fez mal quando não tinha medicação, NÃO SE CUIDAM", "Pessoal, aproveitem e compartilhem nos
grupos das famílias" e "Só para esclarecer HIV e AIDS são a mesma doença?". Por meio das falas foi
possível perceber que os vídeos desenvolvidos desempenharam um papel significativo no campo do ensino.
Como vantagem dos materiais postados no grupo de troca de mensagens, as famílias podem revisitar os
conteúdos e compartilhar com amigos e familiares, incentivando a multiplicação de conhecimentos.
Palavras-chave: mídias digitais, ensino na saúde, cuidadores de PcD

1
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)
2
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)
3
Universidade do Porto/Portugal

102
DESAFIOS DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM RELAÇÃO ÀS
TECNOLOGIAS DIGITAIS NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS

Júnia Carine Cardoso da Silva1, Juliana Cordeiro Soares Branco2

RESUMO
Este estudo apresenta parte de uma dissertação de mestrado em andamento, e tem como propósito
examinar a preparação de professores no contexto contemporâneo, com o objetivo de promover reflexões
acerca da integração da tecnologia no ambiente educacional. No atual cenário, agravado pela pandemia
global e a necessidade de distanciamento social, é essencial abordar a formação continuada de professores
em relação às inovações tecnológicas. Considerando a tecnologia como um recurso auxiliar no processo
educacional, a utilização dela deve estar alinhada aos objetivos e competências a serem desenvolvidos. A
tecnologia oferece novas perspectivas tanto para a abordagem do professor quanto para a compreensão do
aluno. Desta forma, este trabalho visa aprofundar duas vertentes de discussão: a formação continuada de
professores e a crescente demanda de incorporação de tecnologias educacionais pelos docentes. Para uma
compreensão mais aprofundada deste tópico, conduziu-se uma pesquisa bibliográfica com uma abordagem
exploratória e análise qualitativa, envolvendo a revisão e avaliação de contribuições de diversos
pesquisadores presentes em várias fontes. Essa investigação revelou que a mera disponibilidade de recursos
tecnológicos não é, por si só, suficiente para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem. A tecnologia
representa uma ferramenta importante para tornar as aulas mais envolventes e também contribui para a
inclusão social, dado o seu papel onipresente na sociedade moderna e a necessidade do domínio tecnológico
para a participação plena do indivíduo na comunidade. No entanto, apesar de a tecnologia existir há muito
tempo e de programas terem buscado levá-la a todas as regiões, as escolas ainda não estão completamente
preparadas para aproveitar sua eficácia e eficiência. Por último, são delineados os desafios e limitações
enfrentados na formação continuada de professores diante das transformações emergentes que o contexto
educacional atual demanda deles.

Palavras-chave: formação de professores, tecnologias digitais, políticas educacionais

1
Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).
2
Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

103
O USO DE PORTFÓLIO NO PROCESSO AVALIATIVO DO ENSINO-APRENDIZAGEM DE
PROBLEMAS QUE ENVOLVEM PORCENTAGEM COM ALUNOS DO 9º ANO.

Cibele Juliane Barros Generoso 1, Érica Cristiane Barros Moreira 2

RESUMO
A presente pesquisa foi realizada, com o intuito de verificar como o uso de portfólio contribuiria
para o processo avaliativo do ensino-aprendizagem de problemas que envolvem porcentagem com alunos
do 9º ano do Ensino Fundamental. Sabemos que a avaliação é uma atividade permanente no trabalho do
professor, acompanhando passo a passo no processo ensino aprendizagem, sendo possível, analisar os
resultados obtidos pelo aluno, comparando-os aos objetivos propostos, verificando, assim, os progressos e
dificuldades. Nesse sentido, também, é necessário o professor introduzir no ambiente escolar elementos
que motivem os alunos a descobrirem, saberes, a assimilarem outros conhecimentos, favorecendo uma
situação de ensino, com vistas a uma aprendizagem ampla que priorize, especialmente, as ações de cada
educando, tornando-o um avaliador de si mesmo. Sendo assim, o uso do portifólio, seria uma ferramenta
importante nesse processo para que o aluno realmente seja inserido no contexto avaliativo. Para que isso
ocorra, foi desenvolvido um projeto, de acordo com a realidade da escola, esperando possibilitar o
envolvimento de todos de uma forma mais atrativa e eficaz para o aprendizado.

Palavras-chave: Aluno; avaliação; portifólio.

1
Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE – Licenciada em Pedagogia.
2
Universidade Estadual do Estado de São Paulo – UNESP- Licenciada em Pedagogia.

104
A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA EDUCAÇÃO: TRANSFORMAÇÕES E NOVOS
DESAFIOS PARA EDUCADORES, INSTITUIÇÕES DE ENSINO E A SOCIEDADE.

Katia Cristina Marcolino

RESUMO
A transformação digital na educação tem sido impulsionada pela capacidade das inteligências
artificiais (IA) de tornar facilmente disponíveis informações que antes eram inacessíveis por seu volume e
complexidade. A IA automatiza processos e personaliza análises de dados, reduzindo erros em áreas como
medicina, pesquisa e logística, gerando eficiência em diversas esferas. A educação em cidadania digital
torna-se essencial, especialmente para crianças, pois é imprescindível garantir um futuro digital mais
seguro. Educadores desempenham um papel fundamental ao incorporar ferramentas de IA em suas práticas
pedagógicas, incentivando os alunos a questionar, pesquisar, buscando respostas e testando novas
tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. A IA pode ser uma aliada valiosa, permitindo a
personalização do ensino, beneficiando professores ao oferecer suporte individualizado aos alunos,
monitoração do progresso individual e sugestões de recursos customizados, proporcionando tempo para os
educadores se focarem na criação de conteúdo de alta qualidade. Importante lembrar que a IA não substitui
completamente o papel fundamental dos professores no desenvolvimento emocional e social dos alunos,
bem como no estímulo à criatividade e habilidades essenciais como resolução de problemas e pensamento
crítico. Novas formas de avaliação, plágio, fake news e o uso ético da IA na educação também são
preocupações que devem ser discutidas imediatamente por governos, empresas, instituições educacionais,
envolvendo toda sociedade, para promover soluções, políticas públicas que garantam o uso consciente, o
acesso justo, igualitário às tecnologias emergentes disponibilizando recursos para comunidades carentes,
juntamente com a capacitação de jovens e desempregados, para garantir que todos possam se beneficiar das
oportunidades oferecidas pela transformação digital, evitando acentuar desigualdades em um mundo cada
vez mais virtual e tecnológico.

Palavras-chave: inteligência artificial, transformação digital, tecnologia educacional

105
RODA DE CONVERSA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA ESCOLA

Geovane Macedo da Costa1, Rita de Cássia de Souza2

RESUMO
Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, exploratória e participante, resultante
da análise de um recurso pedagógico denominado “Rodas de Conversa”, realizado por uma escola da rede
privada do interior de Minas Gerais durante o período do ensino remoto. Portanto, objetivou-se analisar as
diversas vozes que compuseram as rodas de conversa com alunos do Ensino Fundamental. O material
empírico consistiu em entrevistas semi-estruturadas realizadas com um grupo de 33 participantes (entre
eles, 3 membros da coordenação pedagógica, 10 professoras, 1 pai e 9 mães e 10 alunos). Em uma
perspectiva dialógica, elegemos o Construcionismo Social como nosso aporte teórico, bem como as
contribuições de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, a partir da sua proposta de uma educação
libertadora. Na revisão de literatura, buscamos publicações no banco de periódicos da CAPES que
buscaram analisar trabalhos com rodas de conversa no âmbito da educação básica e da formação continuada
de professores nos últimos anos. Como metodologia, a análise temática das entrevistas possibilitou a
visualização de alguns aspectos, que destacamos ao longo da pesquisa. Após essa etapa, obtivemos quatro
principais categorias – rodas de conversa como: mecanismo de interação pessoal; projeto socioemocional;
espaço para aprender valores e, por fim, de desenvolvimento de competências e habilidades diversas. Além
disso, dentro dessas categorias, elegemos subcategorias que se relacionavam diretamente como elementos
presentes nas falas dos entrevistados. Ademais, a investigação realizada nos mostra o anseio pelo retorno
ou existência de um recurso que leve os alunos a conversarem sobre emoções, sentimentos e diversos outros
temas que os participantes consideram necessários para o debate entre os pares. Colocar-se em diálogo nas
escolas: eis um desafio, porém uma necessidade do século XXI no campo da educação e acreditamos que
a criação de rodas de conversa podem ser estratégias importantes neste sentido.

Palavras-chave: Educação. Roda de Conversa. Práticas Dialógicas. Construcionismo Social. Escola.

1
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
2
Universidade Federal de Viçosa (UFV)

106
FORMAÇÃO MÉDICA E SIMULAÇÃO CLÍNICA: UM ESTUDO COM GRADUANDOS DE
MEDICINA

Yasmin Duarte¹, Sylvia Helena Souza Da Silva Batista².

RESUMO
O processo de reorientação da formação em saúde no Brasil, vivenciado nas duas décadas do século
XXI, tem enfatizado a necessidade de articulação teoria e prática, bem como o protagonismo e engajamento
dos e das estudantes em contextos de aprendizagem significativa. No campo da formação médica no Brasil,
a Lei do Programa mais médicos e as Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos de Medicina (2014)
trazem a ênfase na aprendizagem ativa, realçando a Simulação Clínica como cenário a ser estimulado e
vivenciado na graduação. A simulação clínica é uma técnica que vem sendo aprimorada e usada no processo
de ensino e aprendizagem, caracterizando-se pela utilização de atores ou participação de usuários/as para
situações de prática clínica. Objetivo: analisar as percepções de estudantes sobre os processos
aprendizagem construídos em cenários de simulação clínica (ambulatório simulado) no curso médico.
Método: estudo quantiqualitativo, abrangendo Escala de Satisfação com as Experiências Clínicas
Simuladas (ESECS) e entrevista semi-estruturadas com estudantes como procedimentos e instrumentos de
pesquisa. Como participantes serão envolvidos graduandos de Medicina. O processo de análise de dados
abrangerá análise de conteúdo, do tipo temática e os dados quantitativos serão analisados por meio do
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20 para Windows, utilizando estatística descritiva
com medidas de tendência central: média, mediana e moda para caracterizar a amostra e a inferência
estatística.

Palavras-Chaves: formação em saúde; simulação clínica; estudantes de medicina.

107
PROTAGONISMO DOCENTE NAS FORMAÇÕES CONTINUADAS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL

Kamilla Magalhães Canuto1, Kallyne Kafuri Alves2

RESUMO
No contexto de refletir sobre a formação docente, o presente estudo, apresenta dados de pesquisa de
Mestrado Profissional em andamento. Debruça-se em prol da participação e protagonismo de docentes no
planejamento, desenvolvimento, realização e avaliação das formações continuadas na área da Educação
infantil. Segundo o Censo da Educação Básica de 2021, cerca de 595 mil professores no Brasil atuam na
área da EI, e essa área de atuação tem se ampliado bastante, proporcionando uma diversidade de atividades
e experiências para as crianças bem pequenas. Sendo assim, para que a formação impacte em momentos
produtivos no âmbito educacional com as crianças, acredita ser necessária a realização de formações que
contribuam para a ampliação e fortalecimento profissional, considerando o seu protagonismo formativo.
Assim, o objetivo é incentivar à reflexão da formação continuada, considerando a centralidade na
autonomia docente. Será utilizado como apoio teórico Tardif (2005), Imbernón (2010), Nóvoa (2019), e
ideias do patrono da educação brasileira, Paulo Freire com os conceitos de formação continuada de
professores como processo constante a atividade profissional do docente. Os dados dos estudos
bibliográficos indicam panorama em que docentes estão em constante aprendizado; e o conhecimento,
quando compartilhado em conjunto com outros professores, torna-se mais eficaz e produtivo. Um professor
que participa, contribui e percorre o processo de aprendizado, alcança indicadores mais coesos para
vivenciar os desafios em sala. Seguindo esses atributos, podemos vislumbrar até pelos resultados inerentes
dessa experiência. Desta forma, contribui para a aproximação com os conteúdos, estabelece experiências
com seus pares, expõe suas ideias e inquietações, consegue se autoavaliar e desenvolver habilidades e
experiências criativas com as crianças.

Palavras-chave: protagonismo, formação continuada, educação infantil.

1
Mestranda em Educação no Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
2
Prof.ª. Dra. do Programa de Pós-Graduação em Educação Mestrado Profissional da Universidade Estadual do Maranhão
(UEMA)

108
TRILHA DO CONHECIMENTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SALA DE AULA PARA O
ENSINO DA TEORIA DO CONHECIMENTO

Merielle Camilo1, Marcos Cesar Danhoni Neves 2,Belmiro Marcos Beloni3

RESUMO
Trata-se de uma adaptação da metodologia "trilha da vida”, muito utilizada para atividades de
educação ambiental com o objetivo de sensibilização em relação à percepção do meio ambiente. A
metodologia utilizada na Trilha do Conhecimento foi adaptada para a reflexão filosófica da gênese do
conhecimento e das relações entre imaginação e realidade. O experimento foi aplicado no Colégio Estadual
Rui Barbosa no ano de 2022, em Guarapuava-Pr. Objetivou-se que os alunos pudessem refletir de forma
ativa sobre a teoria do conhecimento em Platão, Aristóteles e Descartes, fazendo a discussão sobre a origem
do conhecimento através de uma metodologia ativa. Os alunos do primeiro ano do Ensino Médio
produziram uma trilha com produtos naturais que estimulam os sentidos do olfato, tato e paladar, e
introduziram sons de chuva e canto de pássaros para estimulação auditiva dos participantes do nono ano do
Ensino Fundamental, que vendados, teriam contato com esses elementos. Procurou-se que através da
ausência do sentido da visão que os participantes vendados imaginassem o que lhe eram oferecidos,
enquanto os alunos do Ensino Médio analisavam a relação entre as respostas obtidas e o que realmente
eram os elementos naturais ofertados. Os alunos do nono ano produziram um debate em sala sobre empatia
e acessibilidade, uma vez que o circuito da trilha foi realizado com eles vendados e com auxílio de um
aluno-guia. A experiência com os alunos nessa adaptação didática teve como resultado a visualização da
relação explorada por Platão ao colocar o conhecimento originário de um processo intelectivo no qual se
imagina uma expectativa a respeito do que se sente, e paralelos com a dúvida hiperbólica de Descartes ao
analisar o medo que alguns participantes tiveram durante o percurso da trilha. Foi observado também que
quanto mais conhecimento do mundo natural o estudante tinha, menos equivocada eram as respostas, o que
levou a discussão da teoria aristotélica em relação à gênese do conhecimento pelas experiências vividas.
Conseguiu-se êxito em estabelecer uma abordagem que visa motivar os alunos quanto ao interesse na
temática e compreensão prática da teoria dos filósofos trabalhados, tornando o docente um mediador que
estimula o protagonismo para os estudantes. Como recurso metodológico a experiência da Trilha do
Conhecimento ao observar as devolutivas dos alunos e a participação ativa destes que é um recurso que
propicia uma ferramenta para diversificar o trabalho de conteúdos pelo professor de filosofia. O foco
prioritário, foi desenvolver uma metodologia ativa que auxiliasse a transposição didática de um tema teórico
em que muitos estudantes têm dificuldade de compreensão. Ao tornar lúdico um conceito teórico, o
professor alcança uma ferramenta de aprendizagem valiosa em tempos que se exige o uso de recursos de
metodologias ativas e inovadoras nas escolas para uma significativa aprendizagem dos estudantes.
Palavras-chave: Filosofia, Transposição didática, Metodologias Ativas

1
Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED-PR.
2
Universidade Estadual de Maringá - UEM
3
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR.

109
PROTAGONISMO DOCENTE NAS FORMAÇÕES CONTINUADAS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL

Kamilla Magalhães Canuto1, Kallyne Kafuri Alves2

RESUMO
No contexto de refletir sobre a formação docente, o presente estudo, apresenta dados de pesquisa de
Mestrado Profissional em andamento. Debruça-se em prol da participação e protagonismo de docentes no
planejamento, desenvolvimento, realização e avaliação das formações continuadas na área da Educação
infantil. Segundo o Censo da Educação Básica de 2021, cerca de 595 mil professores no Brasil atuam na
área da EI, e essa área de atuação tem se ampliado bastante, proporcionando uma diversidade de atividades
e experiências para as crianças bem pequenas. Sendo assim, para que a formação impacte em momentos
produtivos no âmbito educacional com as crianças, acredita ser necessária a realização de formações que
contribuam para a ampliação e fortalecimento profissional, considerando o seu protagonismo formativo.
Assim, o objetivo é incentivar à reflexão da formação continuada, considerando a centralidade na
autonomia docente. Será utilizado como apoio teórico Tardif (2005), Imbernón (2010), Nóvoa (2019), e
ideias do patrono da educação brasileira, Paulo Freire com os conceitos de formação continuada de
professores como processo constante a atividade profissional do docente. Os dados dos estudos
bibliográficos indicam panorama em que docentes estão em constante aprendizado; e o conhecimento,
quando compartilhado em conjunto com outros professores, torna-se mais eficaz e produtivo. Um professor
que participa, contribui e percorre o processo de aprendizado, alcança indicadores mais coesos para
vivenciar os desafios em sala. Seguindo esses atributos, podemos vislumbrar até pelos resultados inerentes
dessa experiência. Desta forma, contribui para a aproximação com os conteúdos, estabelece experiências
com seus pares, expõe suas ideias e inquietações, consegue se autoavaliar e desenvolver habilidades e
experiências criativas com as crianças.

Palavras-chave: protagonismo, formação continuada, educação infantil.

1
Mestranda em Educação no Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
2
Prof.ª. Dra. do Programa de Pós-Graduação em Educação Mestrado Profissional da Universidade Estadual do Maranhão
(UEMA). Professora Titular na FAMES.

110
FORMAÇÃO E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE CIÊNCIAS NAS ESCOLAS
PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE LARANJAL DO JARI/AP

Laiana Vanessa pereira Carneiro1


RESUMO
A prática docente vem sendo constantemente discutida, a fim de cumprir as atuais exigências sociais.
Desafio esse principalmente àqueles que não possuem o compromisso de atualização e aperfeiçoamento. O
educador crítico compreende que sua formação não cessa na graduação, no ensino de ciência é
indispensável que o professor esteja disponível à criação de novas possibilidades metodológicas, sobretudo,
aulas práticas, onde possibilita que o aluno presencie, observe, manuseie e possa apropriar-se de um
conhecimento, que muitas vezes não consegue aprender em aulas teóricas. Nesse sentido, o presente
trabalho visa analisar como o componente curricular de Ciências tem sido trabalhado pelos professores de
quatro escolas estaduais e uma municipal no município de Laranjal do Jarí-AP, verificando o perfil
profissional dos educadores, sua trajetória acadêmica e a prática pedagógica utilizada, além de identificar
possíveis desafios quanto á prática docente. A metodologia utilizada constou de um formulário respondido
por dez professores formados em Ciências Naturais e Licenciatura em Biologia. Os dados foram tratados
no programa Excel, facilitando organizar e categorizar em gráficos, estes foram analisados
quantitativamente e qualitativamente. Os resultados revelaram que os educadores conhecem da importância
da educação continuada, 90% possuem pós-graduação Stricto Sensu, assim como utilizam novas
metodologias, por exemplo, aulas práticas, com 39% igualmente à aulas teóricas expositivas. A falta de
recursos nas escolas dificulta o ensino aprendizagem, 80% dos educadores não possuem laboratório, sendo
este só um dos diversos problemas enfrentados. Ainda há muito que evoluirmos na educação, para isso é
necessário incentivo governamental a partir de uma gestão competente.
.
Palavras-chave: Ensino de Ciências. Educação. Formação Continuada.

1
Instituto Federal do Amapá-IFAP

111
A ESCRILEITURA DE SI NA CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE FEMININA DE
SURDAS COMO FORMA DE EDUCAÇÃO E CUIDADO DE SI

Lidiane Augusta Ferrari Botteon 1, Maria Regina Momesso 2

RESUMO
Como tornar as pessoas protagonistas de suas vidas, responsáveis por suas escolhas, respeitando os
direitos individuais e coletivos e, ao mesmo tempo, compreender e lidar com as visões de mundo diversas,
com os conflitos de interesse, com os preconceitos para a produção de um mundo mais humanizado,
equitário, em especial, em temas envolvendo a sexualidade e a equidade de gênero? Objetiva-se
problematizar, compreender e analisar discursivamente como se dá a constituição da subjetivação
discursiva de mulheres surdas usuárias de LIBRAS. Para tanto observa-se nas escrileituras de diários de
mulheres surdas: 1) quais tecnologias e cuidado de si são mobilizados nessa construção existencial; 2) a
constituição da subjetividade feminina surda e, nesta, o aparecimento da desigualdade de gênero e os
sofrimentos advindos desse fato. Compreende-se por escrileituras o processo de interlocução -
concomitante e criativo entre autor e leitor -, em que a escrita é todo e qualquer sistema de signos verbais
e não verbais, cujos signos constituem nossos textos e discursos, presentes em textos de diversas semioses.
Parte-se da hipótese de que a escrileitura funciona como tecnologias de si, lugar de fala e/ou reprodução
de discursos alheios, de subjetivações por meio da construção de narrativas pessoais e sociais de seus
desejos, conflitos, medos, angústias, preconceitos, dificuldade de comunicação e etc. Essa práticas
discursivas e não discursivas traduzem os modos de existir, sentir, pensar e agir, consequentemente,
estabelecem uma ética da existência individual e coletiva. Compreender como todo esse processo interfere
e/ou transforma-se em cuidado de si na constituição do sujeito, gerando representações, identificações nesta
sociedade, é importante, não só para a compreensão de si e dos outros, mas para a promoção da equidade e
do entendimento sobre o gênero e sexualidade. O corpus de análise constitui-se dos discursos produzidos
e/ou reproduzidos em escrileituras de diários de mulheres surdas. A postura teórico-metodológica assumida
é de natureza qualitativa, exploratória e descritiva, com delineamentos bibliográficos e documentais. Toma-
se por método teórico a análise de discurso foucaultiana, em seu terceiro domínio a genealogia da ética e a
cultura do cuidado de si, a partir da qual se interroga sobre as condições históricas de formação e mutação
das práticas discursivas e não discursivas e os jogos de verdade que definem aquilo nosso modo de existir
e o que nos tornamos hoje. Os resultados preliminares apontam a língua de sinais como forma da
constituição da pessoa com surdez e a necessidade de compreender que a surdez é uma marca biológica
distintiva, mas a construção do sujeito social é determinada por vários fatores: psicológico, biológico,
social, ambiental, político e econômico. Sendo que a surdez por si só não define o destino dos sujeito. Existe
a necessidade da defesa de todo o mecanismo que auxilie no esclarecimento da sexualidade para as
mulheres surdas e o combate às desigualdades para atender os seus direitos.
Palavras-chave: mulher surda; escrileituras; educação escolar.

1
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar (UNESP-FCLar, Araraquara, SP)
2
Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar (UNESP-FCLar, Araraquara, SP)

112
A EVASÃO ESCOLAR NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DA
ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA JOSÉ CARAPINA: uma realidade da busca de melhores
condições financeiras de sobrevivência

Carolaine Ferreira Lima Gonçalves1, Allan Gomes dos Santos2

RESUMO
O presente trata de pesquisa em andamento em fase inicial, para elaboração de um Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) no âmbito do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática
integrante do Programa de Licenciatura Intercultural Indígena de Alagoas - CLIND/AL da Universidade
Estadual de Alagoas – UNEAL. O objetivo deste trabalho é investigar a evasão escolar na escola supracitada
nos Anos Finais de Ensino Fundamental e Médio e apontar medidas para escola, em conjunto com a
comunidade, compreender esse fenômeno e buscar elementos que apontem para uma possível solução do
problema. Neste viés, a Escola Estadual Indígena José Carapina situada na Aldeia Indígena Jiripankó, zona
rural do Município de Pariconha/AL, integra a rede estadual de escolas indígenas de Educação Básica tendo
como público alvo os moradores da comunidade e circunvizinhos. Durante a disciplina de Estágio
Supervisionado I constatou-se um grave problema na comunidade escolar: jovens e adolescentes,
matriculados na escola, apresentam um número significativo de faltas escolares e, consequente, desinteresse
em finalizar os estudos. Através de mobilizações e ações realizadas pela escola para investigar os fatores
que desencadeiam essa a realidade, constatou-se que esses alunos se ausentam da escola para trabalhar,
como dito na comunidade, “trabalhar dias de serviços,” ou seja, trabalhar no regime de diaristas. Há casos
em que os mesmos viajam para trabalhar fora do município sem registro trabalhista e, na maioria das vezes,
permanecem durante meses prejudicando sua formação escolar. Diante dessa realidade, a escola conta com
apoio dos professores para mobilizar as famílias no sentido atrair esses alunos de volta para a escola, mas
nem sempre logra êxito porque constata-se que os familiares, por não ter tido a oportunidade de estudar e
diante das necessidades financeiras vivenciadas, consideram a saída da escola para trabalhar uma opção
adequada. Mesmo que as condições de trabalho sejam inadequadas e as formas de contratos sejam precárias
no aspecto legal. Do ponto de vista metodológico, o trabalho traz uma abordagem qualitativa, apoiado numa
pesquisa bibliográfica, na pesquisa de campo, onde os dados estão sendo coletados através de um
questionário semiestruturado constituído por um grupo de perguntas que foram respondidas pelos gestores
e docentes atuantes na escola e familiares de alguns alunos. Ao mesmo tempo, a pesquisa traz contribuições
valiosas para a reflexão sobre a falta de oportunidade de trabalho remunerado no contexto indígena e a
influência deste na permanência dos alunos na escola. Esta problemática ocorre no município onde situa-
se a comunidade indígena Jiripankó e reflete a realidade financeira que prejudica a sobrevivência, sendo a
maioria dos moradores pessoas de baixa renda que contam apenas com o auxílio oferecido pelo Governo
Federal através do Bolsa Família. Devido a isso, os adolescentes, principalmente os homens, optam por ter
sua independência financeira muito cedo através do trabalho para tentar dar um suporte aos pais e acabam
achando que a escola não será essa porta principal, e, assim, eles escolhem sair da escola em busca de
trabalho para ter uma renda própria.

1
Graduanda do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática (CLIND/UNEAL) - autora.
2
Professor Doutor TCC (CLIND/UNEAL), UAB/IFAL/DIREAD e SEMED/AL - orientador.

113
GESTÃO ESCOLAR EM REDES CONFESSIONAIS DE ENSINO: UM NOVO CAMPO DE
PESQUISA

Gabriel Tomazini Fernandes1, Ecleide Cunico Furlanetto²

RESUMO

A vigente Constituição Federal promulgada (Brasil, 1988) juntamente com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) trouxe ao cenário educativo um novo paradigma no que
consiste a um modelo de gestão das escolas públicas. Conceitos de democratização do ensino e da gestão
estão apresentados nas leis, mais especificamente no Artigo 206 da Constituição (1988) elementos como a
obrigatoriedade, a equidade, a gratuidade, a liberdade e a qualidade são expressos, sendo os indicadores
atribuídos à gestão da educação. Os documentos oficiais, indicam somente diretrizes destinadas às redes
públicas de ensino, ou conceituam a gestão como um ato da experiência democrática, deixando em aberto
para as demais redes a opção pelo seguimento ou não do modelo supracitado (Minto, 2010). No que se
refere a pesquisas, encontramos na literatura diversos estudos que apontam análises, reflexões, caminhos,
descritores e etc. acerca dos modelos de gestão escolar pública, sobretudo destacando a democracia como
princípio fundamental e parte da sua natureza na esfera pública. Por sua vez, nos deparamos que não são
contemplados estudos, sobre a forma de gestão adotada, nas escolas das redes confessionais, aqui
entendendo aquelas fazem parte de um grupo e/ou ordem religiosa. A finalidade deste trabalho, pressupõe
apresentar através de um quadro demonstrativo a revisão de literaturas acerca da temática, esquematizando
a quantidade de trabalhos encontrados que discutem a gestão democrática na escola pública em comparação
com os trabalhos que discutem a gestão democrática nas redes privadas. Nesta perspectiva, torna-se
importante pesquisar modelos de gestão adotados e mantidos na gestão das redes confessionais de ensino e
como os mesmos estão interligados aos documentos oficiais do governo, por ser uma temática ainda pouco
explorada que pode contribuir com novos elementos para o campo da gestão.

Palavras-chave: gestão escolar, rede confessional de ensino, modelos de gestão de escolar.

1
Universidade Cidade de São Paulo – UNICID
² Universidade Cidade de São Paulo – UNICID

114
A UTILIZAÇÃO DA NARRATIVA DE SI E AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE CIÊNCIAS:
EXPERIÊNCIAS AFETIVAS E DE FORMAÇÃO.

Natália Parente de Lima Valente1 Solonildo Almeida da Silva2, Sandro César Silveira Jucá3, Paula Trajano
de Araújo Alves4, Grasiany Sousa de Almeida5

RESUMO
Este estudo tem como objetivo investigar por meio de narrativas (auto)biográficas as estratégias de
ensino utilizadas pelos docentes da Licenciatura em Química no IFCE campus Maracanaú e a relação com
suas experiências afetivas de vida e de formação. Considerando o pressuposto de Nóvoa (1995) sobre a
impossibilidade de separar o eu profissional do eu pessoal na docência, formula-se a seguinte questão de
pesquisa: quais as implicações das experiências afetivas de vida e de formação do professor de ciências em
sua prática pedagógica? Para respondê-la, pretende-se considerar a intencionalidade pedagógica dos
professores participantes desta pesquisa a partir de uma análise de suas narrativas pautada nos conceitos de
autoformação, ecoformação e heteroformação de Pineau (1988). Como objetivos específicos este estudo
pretende: conceituar a narrativa (auto)biográfica enquanto abordagem de pesquisa; discutir a relação entre
afetividade e ensino, considerando as histórias de vida e de formação apresentadas nas narrativas docentes
e analisar os elementos encontrados nas narrativas (auto)biográficas dos docentes atuantes no curso de
Licenciatura em Química do IFCE campus Maracanaú. Do ponto de vista metodológico, este estudo assume
uma abordagem qualitativa do tipo exploratória, tendo como sujeitos da pesquisa professores que atuam no
curso de Licenciatura em Química do IFCE campus Maracanaú. Para a análise das narrativas pretende-se
usar a prerrogativa de Souza (2014) que compreende uma análise compreensiva-interpretativa em três
tempos, que são: 1. Organização e leitura das narrativas; 2. Leitura temática a partir de unidades de análise
descritivas; 3. Leitura interpretativa-compreensiva. A sustentação teórica deste estudo encontra-se na
interlocução dos seguintes autores: Nóvoa(1995, 2000),Pineau(1988, 2006), Souza(2007,
2014),Passeggi(2011,2013),Josso(2007,2012),Delory-Momberger(2012),Sawaia (2000), Maturana (2001)
e Espinosa (2021).
Palavras-chave: Times 12, alinhado à esquerda; três palavras-chave separadas por vírgula, em letras
minúsculas.

Financiamento: Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Maracanaú, Ceará, Brasil.
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Fortaleza, Ceará, Brasil.
3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Fortaleza, Ceará, Brasil.
4
Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC/CE), Caucaia, Ceará, Brasil.
5
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Fortaleza, Ceará, Brasil.

115
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Elisangela Marcela Beilfuss1

O presente ensaio procura trazer contribuições sobre o processo de inclusão de pessoas com
deficiências expressas no contexto histórico-cultural da sociedade e tem como objetivos demarcar os
avanços que a inclusão proporcionou no ambiente educacional por meio das práticas pedagógicas
inclusivas. O marco inicial da educação inclusiva é a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) e no
decorrer dos anos outros documentos enfatizaram a importância desse processo como a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDBEN 9394/96 (BRASIL, 1996) e Lei 13.146, Lei de Inclusão de Pessoas
com Deficiências (BRASIL, 2015), nesse sentido a inclusão vem se consolidando legalmente na realidade
escolar. O histórico da educação infantil é caracterizado significativamente pela Lei nº 12.796 de 4 de abril
de 2013, onde a educação infantil torna-se obrigatória a partir dos 4 anos de idade. Analisar as práticas
pedagógicas adotadas no cotidiano da educação infantil pressupõe pensar em atividades lúdicas
direcionadas ao processo de aprendizagem das crianças visando o aprender, a autonomia e a socialização
das crianças com deficiências. A inclusão traz consigo uma série de mudanças imprescindíveis e muitos
desafios principalmente para escola. Novas estruturas precisam ser adotadas e uma nova postura dos
profissionais da educação, enfatizando a capacitação e a formação continuada dos profissionais que
trabalham com educação, nessa situação os professores de educação especial precisam estar em constante
aperfeiçoamento. A inclusão é um direito garantido através de leis e documentos que vem se reafirmando
ao longo dos anos e sua realidade é cada vez mais presente e constante principalmente na educação infantil.
A prática inclusiva é um processo que demanda tempo, capacitação e formação especializada dos
profissionais da educação. O processo inclusivo acontece com ações concretas, com diversidade de
materiais estruturados e adaptação curricular. A educação infantil se caracteriza como uma das etapas de
ensino mais importantes na questão do desenvolvimento da criança, sendo a mesma com deficiência ou
não. O trabalho desenvolvido pelos professores da educação infantil é de grande importância e se torna
primordial para o eficaz desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas nessa etapa. Este trabalho se
trata de uma pesquisa bibliográfica e de acordo com MARTINS e PINTO (2001) o tipo de pesquisa
classificada como referência bibliográfica busca conhecer e analisar determinado tema, por meio de
conteúdos científicos, baseados em referências teóricas e fundamentada em autores como
(SASSAKI,1997), GLAT (1998), STAINBACK & STAINBACK (1999) e MANTOAN (2004). Com esse
trabalho é possível concluir que não existem fórmulas prontas para se aplicar em sala de aula com alunos
deficientes, o que é possível são adaptações do conteúdo e currículo escolar, propondo atividades que
venham ao encontro das necessidades especificas de cada criança independentemente das dificuldades
apresentadas, todos os alunos possuem a capacidade de aprender e é o professor responsável por esse
processo utilizando meios diferenciados e práticas pedagógicas inclusivas para motivar e incentivar a
aprendizagem do aluno na educação infantil.

Palavras-chave: Educação Infantil; Práticas Pedagógicas; Inclusão;

1
Mestranda,elisangelabeilfuss@hotmail.com

116
O PLANEJAMENTO REVERSO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR DA
ORGANIZAÇÃO DO ENSINO: UM ESTUDO DE ANÁLISE DOCUMENTAL

Joyce Frade Alves do Amaral1, Marcelo Diniz Monteiro de Barros 2

RESUMO

INTRODUÇÃO: o planejamento reverso, também conhecido como "backwards planning", é uma


abordagem estratégica que envolve começar com o resultado desejado e trabalhar retroativamente para
determinar as etapas necessárias para alcançá-lo, em suma, o planejamento reverso ajuda a estabelecer
metas claras e otimizar o uso de recursos. Dessa forma ,como referencial teórico teremos como base a
Teoria da Aprendizagem Significativa com Tecnologia, pois acreditamos que um professor bem
instrumentalizado para o ensino poderá ser capaz de promover aprendizagens que façam sentido e que
possam impactar positivamente no cotidiano do aprendiz. OBJETIVO: este trabalho tem o objetivo de
apresentar o conceito de planejamento reverso e apontá-lo como um recurso de grande valia para a
organização do ensino por meio de uma análise documental. METODOLOGIA: o trabalho é
metodologicamente caracterizado como abordagem qualitativa ,onde será realizado um estudo documental
nos periódicos científicos disponibilizados no google acadêmico, durante o período de 2020 a 2023 com o
objetivo de identificar se há trabalhos que se ocupam com a utilização do planejamento reverso como
organizador do ensino em sala de aula. RESULTADOS: após levantamento dos dados, levando em
consideração o título dos artigos pesquisados no período de 2020 e 2023, foi possível observar que não há
estudos que tratem da temática acerca do planejamento reverso como organizador do ensino em sala de
aula e facilitador do trabalho docente. CONCLUSÃO: quando se trata de tecnologia, a teoria da
aprendizagem significativa se concentra em como as ferramentas tecnológicas podem ser utilizadas para
facilitar a construção de significado e promover a aprendizagem ativa e engajada. Assim, cabe chamar a
atenção para a utilização do planejamento reverso como recurso tecnológico e instrumento facilitador do
fazer docente, mais especificamente durante o processo de ensino, pois o mesmo poderá ser uma ferramenta
de grande valia para a promoção da aprendizagem, com a possibilidade de desempenhar um papel de suma
importância no fazer pedagógico, ofertando uma visão holística e mais abrangente do processo de ensino e
de aprendizagem.

Palavras-chave: planejamento reverso, metodologias ativas, aprendizagem significativa

1
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
2
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

117
A importância do lúdico no cotidiano da educação infantil: Brincar, uma construção prazerosa

Ana Paula Alves1, Elenice dos Anjos Silva2, Luciana Santos de Souza3

RESUMO
A atividade lúdica é uma medida que renova e inova o cotidiano do trabalho na educação infantil, e
trabalhar a partir do lúdico requer entender o que a criança necessita para se desenvolver, enquanto um ser
ativo, pensante e criativo. O presente estudo de caso de cunho quantitativo, evidencia a importância do
lúdico para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança de educação infantil. Quando se utilizam as
brincadeiras direcionadas proporcionam às crianças um ambiente agradável e interessante, possibilitando
assim o aprendizado de várias habilidades úteis à sua vida social e afetiva. Deste modo, o presente estudo
traz propostas de atividades lúdicas com a finalidade de orientar o professor quanto à relevância do mesmo
para o desenvolvimento da criança em sua totalidade, apresentando assim, sugestões de atividades dentro
dos principais eixos temáticos como Matemática, Artes, Movimento, Natureza e Sociedade, Linguagem
Oral e Escrita e Música. O objetivo do presente estudo é chamar a atenção do educador no intuito do mesmo
compreender sobre a importância das atividades lúdicas na educação infantil redefinindo sua prática
pedagógica diária fazendo da sala de aula um lugar aconchegante onde o brincar e o aprender estejam
intrinsecamente ligados desenvolvendo saberes efetivos e prazerosos. Os resultados denotam que a
presença do lúdico dentro da educação infantil com o uso de jogos e brincadeiras diversas, representa um
meio seguro de desenvolvimento de todas as habilidades necessárias na primeira etapa da educação básica.

Palavras-chave: Lúdico, Cotidiano, Educação Infantil

1
Universidad del Sol - UNADES.
2
Universidad del Sol - UNADES.
3
Universidad Colúmbia del Paraguay - UCDP

118
NÃO OLHE PARA CIMA? REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS DE PODER PRESENTES
NAS MÍDIAS

Cesar Dalmolin1, Alan Silva de Aviz2, Fernanda Carvalho Ferreira3

RESUMO
O presente trabalho traz à tona uma reflexão sobre como as narrativas fílmicas apontam para
relações de poder por meio das mídias atuais, tendo como referência o filme “Não olhe para cima” (Don’t
Look Up), lançado pela plataforma de streaming Netflix, em dezembro de 2021. Trata-se de uma sátira
pertinente, necessária e condizente com vários aspectos do contemporâneo. Apresentando vários aspectos
com suas respectivas características em cada cena que segue, iniciando por um lado científico representado
por ciências (com graves problemas de comunicação social), passando pelo retrato de uma mídia que se faz
sedenta de notícias e repercussões de conteúdos e, ao final, chegando na política do absurdo. Nesta linha,
outros aspectos são abordados, como o sistema capitalista e cenas que remetem a acontecimentos reais,
criando a sensação de que os personagens são baseados em pessoas reais. O filme teve uma narrativa
condizente com o momento do lançamento (momento pandêmico), retratando cenários políticos,
científicos, dentre outros, mas que igualmente se aplicam em outros contextos conforme proposto por este
trabalho. Diante disso, o objetivo deste artigo está na apropriação dos elementos construtivos dessa
produção para pensarmos a equação civilizatória e a nossa condição humana presente no mundo real,
sobretudo, no Brasil. Dentro da presente proposta, trazemos, uma análise de como as relações de poder se
configuram atualmente por intermédio das mídias, fazendo um paralelo com as relações do contexto vivido
na sociedade atual, seja durante a pandemia como antes dela. Assim, o presente texto sobre proposta de
uma reflexão hermenêutica está dividido em quatro partes, conforme segue: 1. Descrição do filme “Não
olhe para cima” - descreveremos alguns pontos importantes apresentados pelo filme, por meio de suas
cenas, bem como o que elas podem representar. 2. Uma análise da relação de poder por meio da difusão
de informação - apresentamos uma análise das problemáticas que estão presentes na nossa sociedade, em
que podem ser também percebidas as similaridades apresentadas no filme. 3. A narrativa fílmica e a relação
com problemáticas atuais - fazemos uma análise relacionada do filme com os perigos, os riscos e problemas
da sociedade atual, bem como o que isso tem a ver com equação civilizatória e suas variáveis
contemporâneas. 4. Considerações finais - apresentamos as considerações finais, ressaltando a preocupação
sobre as questões pontuadas no presente trabalho. Considerando a premissa de que é necessário
entendermos o poder que a mídia possui e como isso se converge para ações políticas em coletivo, torna-
se fulcral perceber os mecanismos pelos quais nossa percepção de realidade pode ser construída a partir de
um interesse hegemônico de poder, situações tão recorrentes na humanidade ao longo da história.
Palavras-chave: reflexões críticas, análise fílmica, relações de poder.

1
Programa de Pós Graduação em Educação Científica e Tecnológica - PPGECT/UFSC
2
Programa de Pós Graduação em Educação Científica e Tecnológica - PPGECT/UFSC
3
Programa de Pós Graduação em Educação Científica e Tecnológica - PPGECT/UFSC

119
PROCESSO COLABORATIVO E PERTENCIMENTO: ARTE COMO POTÊNCIA PARA
PROCESSOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

Cristina Danielle Pinto Lobato1, Paollo Preto Bertola 2

RESUMO
A Academia Iluminarte foi inaugurada em 2019 pela Associação Artística Satori, por meio do
programa de incentivo à cultura chamado Portugal 2020. Localizada na cidade de Loulé (Portugal) tem
como principal objetivo a formação integral do indivíduo por meio da Arte - Circo, Teatro e Arte Urbana.
Como metodologia pedagógica, utilizou-se aspetos oriundos da práxis com o Processo Colaborativo dentro
do ensino e da aprendizagem em Artes. O Processo Colaborativo aparece no Teatro como forma de
pluralizar as tomadas de decisões, descentralizar a hierarquia no processo artístico e criar um ambiente de
coautoria no processo criativo. O Processo Colaborativo também estimula a criação de grupos de trabalho
e a divisão em funções alinhadas as potencialidades dos indivíduos - além de substancialmente tocar no
tema da transversalidade dos conteúdos. Ao substituirmos os termos vindos do Teatro (Dramaturgo, Diretor)
pelos conceitos da Escola (Professor, Diretor, Aprendizes) podemos entender a potência da estrutura do
Processo Colaborativo dentro do ensino e da aprendizagem, sua capacidade de mudar o vetor de poder, de
oportunizar a autonomia na tomada de decisão das funções no lugar da autoridade, sua possibilidade de
especialização dentro de um processo coletivo onde o foco está no “benefício do espetáculo” (NICOLETE,
2002). Os principais resultados da 1º Trupe de Circo da Academia IluminArte foram relacionais, com o
aumento da responsabilidade dos aprendizes e a percepção de pertencimento (SILVA, 2018). Estimulou-se
a entrada dos aprendizes na Associação Artística Satori, com a criação de contas bancárias e abertura de
atividade fiscal para os maiores de 16 anos, além dos cuidados com limpeza e com os equipamentos da
Academia. O pertencimento foi percebido com a alta frequência nas aulas, o tempo de permanência dos
aprendizes na academia, a expressão da orientação sexual e/ou transição de gênero de aprendizes.

Palavras-chave: arte, ensino, processo colaborativo

1
Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR.
2
Academia IluminArte e Associação Artística Satori.

120
ENSINO E APRENDIZAGEM À LUZ DO DISCURSO AFETIVO

Autor: Jefferson Antonio do Prado1

RESUMO
Esta reflexão teve como perspectiva de análise as formas do trabalho docente tendo como foco a
relação afetiva entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem. Embora haja complexidade
ao abordar o assunto, este tema justifica-se por meio da importância da questão afetiva como condição de
uma educação humanizada e transformadora. A proposta da pesquisa se alicerça na fundamentação teórica
de Henri Wallon, Semenovitch Vygotsky, Paulo Freire, dentre outros teóricos. E nas Diretrizes dos
Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil que trazem um discurso sobre o assunto em
questão
Palavras-chave: afetividade, ensino e aprendizagem, professor e aluno.

1
Pós-Doutor em Ciências da Educação - ACU - Absoulute Christian University - EUA. Doutor em Ciências da Educação -
Universidade Columbia Del Paraguay - PY. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Educação pela UNESP- Campus de Rio
Claro - SP.

121
POR UMA EDUCAÇÃO ESCOLAR PÚBLICA EMANCIPATÓRIA: O CUIDADO DE SI,
MULTILETRAMENTOS E O MÉTODO CAMÕES

Antonio Flávio Archangelo Junior 1, Maria Regina Momesso 2

RESUMO
Objetiva-se examinar a interseção entre o cuidado de si foucaltiano, os multiletramentos e o método
educativo denominado "Método Camões". Ao utilizar uma abordagem teórica fundamentada nas obras de
Michel Foucault e na pedagogia de multiletramentos proposta por Cope e Kalantzis, investigamos como o
Método Camões foi desenvolvido e implementado em escolas públicas, especificamente em duas escolas
localizadas em áreas periféricas de Rio Claro, São Paulo. O método integra a "Técnica Freinet" com os
princípios dos multiletramentos, aproveitando as tecnologias digitais para promover a participação ativa
dos alunos na criação de conteúdo e reflexões. A criação do Método Camões, envolve as plataformas
digitais: WordPress, Anchor e YouTube, utilizadas para envolver os alunos na produção de textos
jornalísticos e literários. Assim, observa-se como o método promoveu reflexões críticas sobre questões
sociais, como gênero, racismo e sexualidade, sendo uma mola propulsora do pensamento ético e do cuidado
de si. Os resultados apontam o impacto positivo do Método Camões na formação dos alunos, incluindo a
criação da "Rede Camões", na qual os alunos continuaram a produzir conteúdo mesmo após saírem das
escolas originais. O Método apresentou-se como uma abordagem inovadora para a educação, integrando o
cuidado de si, os multiletramentos e as tecnologias digitais para emancipar os alunos a se tornarem
protagonistas de sua própria aprendizagem e a participar ativamente na construção de conhecimento e
reflexões sobre questões sociais. Portanto, essa práxis pedagógica mostrou-se uma ferramenta importante
para a compreensão das possibilidades de transformação na educação por meio da integração de práticas
inovadoras e eficientes.

Palavras-chave: Cuidado de si, multiletramentos, educação escolar emancipadora.

1
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar (UNESP-FCLar, Araraquara, SP)
2
Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar (UNESP-FCLar e CTI-FEB-UNESP)

122
SALA DE AULA INTERATIVA: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM UTILIZANDO O
PADLET PARA A INTEGRAÇÃO DO ENSINO DE BOTÂNICA

Anádria Stéphanie da Silva1

RESUMO
A sala de aula interativa prioriza a comunicação entre alunos e professores para fins de atingir
melhores resultados de aprendizagem. De forma prática, a Botânica é trabalhada nos cursos de graduação
da Universidade Federal Rural do Semi-Árido―UFERSA analisando as características dos vegetais e suas
estruturas morfológicas, as quais são observadas em laboratório e campo. Nestas perspectivas, é possível
adotar estratégias educacionais que podem ser aplicadas à rotina universitária unindo metodologias ativas,
tecnologia da informação e comunicação (TICs) e mídias digitais. O objetivo deste trabalho é relatar a
utilização do aplicativo Padlet como uma abordagem pedagógica apoiada em uma linguagem que incorpora
a interação, colaboração e uso das tecnologias e mídias digitais no Ensino de Botânica. A experiência
pedagógica foi realizada com estudantes universitários matriculados nas disciplinas Morfologia e
Sistemática Vegetal e Botânica I da UFERSA, para os quais foi designada a tarefa de construir um diário
virtual utilizando o Padlet com o objetivo de registrar rotineiramente a aprendizagem. Utilizamos como
recurso tecnológico os dispositivos móveis dos próprios estudantes, tendo previamente instalado o
aplicativo Padlet. Após cada aula teórico-prática, os discentes eram solicitados a observar e fotografar as
plantas que fazem parte do seu dia a dia, como em suas residências, no caminho para a faculdade, no
trabalho, nos horários de lazer com a família, etc, registrando-as no seu diário virtual e indicando as
características e denominações da organografia vegetal aprendidas em sala de aula. Cada discente construiu
seu próprio diário virtual e o compartilhou no mural da turma, com os relatos das suas experiências pessoais
de aprendizagem (os murais estão disponíveis nos links: https://padlet.com/anadriasilva1/bot-nica-i-2023-
1-g1k3bo0aaa4i19e5 e https://padlet.com/anadriasilva1/morfologia-sistem-tica-vegetal-2023-1-
zt1dhaxn3ziy4534). A construção do diário virtual possibilitou aos estudantes a exposição, divulgação e
compartilhamento das competências adquiridas, despertando o interesse pelo estudo e dando visibilidade
às plantas que estão na rotina dos alunos. Os discentes relataram que a construção do diário virtual tornou
os conteúdos estudados mais próximos do seu cotidiano, que participaram mais ativamente, sendo capazes
de construir seu próprio conhecimento. Esta metodologia interativa possibilitou aperfeiçoar e modernizar
o ensino de morfologia vegetal através de tecnologias que proporcionou mais autonomia aos discentes,
enriquecendo a comunicação entre estudantes e professores, visto que os feedbacks tornaram-se frequentes
através dos comentários nas postagens e aproximaram os participantes da turma.

Palavras-chave: Diário virtual, Morfologia Vegetal; Ambiente Colaborativo.

1
Departamento de Biociências, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, UFERSA.

123
PERCEPÇÃO DISCENTE DE APRENDIZAGEM SOBRE O SISTEMA RESPIRATÓRIO COM
O USO DE JOGO SÉRIO

Gutierrez LLP, Bonfanti F, Sarinho V, Costa MR

RESUMO
Embora o uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) já fosse comum no ensino antes
de 2020, após a pandemia de SARS-CoV-2 ele foi impulsionado, pois as instituições de ensino precisaram
se adaptar para manter as aulas em formato virtual como forma de contenção do contágio do vírus e, dessa
maneira, encontros remotos tornaram-se o principal meio de aprendizagem. Além das TICs, as
metodologias ativas também são úteis na promoção do ensino e ambas foram mais popularizadas durante
o período de pandemia. Passado esse momento, mantendo-se nessa perspectiva, seja de modo virtual ou
presencial, instrumentalizar docentes com possibilidade de aplicação de Jogos Sérios construídos com o
intuito de contribuir para a aprendizagem em sala de aula torna-se essencial, aliando as TICs com as
metodologias ativas. Logo, o objetivo desse trabalho foi analisar a percepção de discentes do Curso Técnico
em Enfermagem do município de Encantado/RS quanto à contribuição do Jogo Sério OXYGEN do sistema
respiratório no processo de ensino e aprendizagem de anatomofisiologia humana. Trata-se de uma pesquisa
transversal quali-quantitativa, e de produção tecnológica, a partir da elaboração de um Jogo Sério sobre o
sistema respiratório. O estudo se desenvolveu nas etapas de elaboração do Jogo Sério e na disponibilização
do Jogo aos discentes da turma de anatomofisiologia humana de um curso Técnico em Enfermagem, após
aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 52097821.0.0000.5345). O Jogo Sério deste estudo
contém a estrutura anatômica e fisiológica humana do sistema respiratório, com imagens e personagens,
possibilitando a interação do discente. Os dados foram obtidos através das respostas aos questionários de
avaliação do Jogo Sério. A análise dos dados foi realizada de forma quantitativa descritiva e percentuais
simples, com a finalidade de verificar a viabilidade do Jogo Sério como instrumento de ensino para os
discentes, segundo suas percepções. Onze discentes participaram do estudo. O perfil dos discentes
evidenciou que os mesmos apresentavam idade entre 19 a 35 anos e que 67% deles residiam na cidade de
Encantado; os demais, na região alta do Vale do Taquari. Quanto ao uso de tecnologias, 86% afirmou que
utiliza exclusivamente o celular e 14% utiliza o celular e o computador. A avalição do Jogo Sério OXYGEN
demonstrou que 100% dos discentes o considerou adequado para uso como recurso de aprendizado, que se
divertiram aprendendo, que os problemas a serem solucionados capturaram suas atenções e que
recomendariam a sua utilização para os demais colegas. Apenas 20% dos participantes referiram se sentirem
estressados jogando, devido ao fato do jogo conter temporizador para a conclusão das fases, como elemento
desafiador. Conclui-se que o Jogo Sério OXYGEN pode ser mais um recurso a ser utilizado para contribuir
como instrumento de ensino na saúde para discentes Técnicos de Enfermagem.

Palavras-chave: anatomofisologia humana, tecnologia da informação e comunicação, jogo sério.

124
LUZ, CÂMERA E AÇÃO: OS CELULARES COMO FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA NO AMBIENTE ESCOLAR

José Sergio Dias Page1, Daniel Costa de Paiva2

RESUMO
Esse estudo está vinculado à disciplina de História, realizado em um colégio estadual, interior do
Estado do Rio de Janeiro / RJ. Ao estudar os conteúdos teóricos da disciplina, a proposta de atividade foi
realizar os registros com celulares dos monumentos históricos existentes na cidade e a partir daí estruturar
cognitivamente uma aprendizagem significativa através das reflexões realizadas em sala de aula.
Inegavelmente, as ferramentas tecnológicas são instrumentos essenciais para a Educação escolar do país,
onde os estudantes e a comunidade escolar possam estar interligados, mesmo à distância, ao ambiente de
aprendizagem, apesar das disparidades socioeconômicas evidenciadas durante a pandemia. Cada aluno
pode transformar o seu celular em uma tecnologia digital a serviço da aprendizagem escolar, onde vão
registrar e pesquisar informações que podem ser transformadas em conhecimento. Como principais
objetivos temos: Identificar benefícios do uso dos celulares no processo de ensino e aprendizagem, criar
mecanismos pedagógicos pautados na tecnologia digital para um estudo interdisciplinar que faça sentido
para os alunos (as) e contribuir com e para a relação teoria dos monumentos históricos espalhados pelo
mundo e as pesquisas dos seus próprios monumentos (patrimônio histórico) localizados na cidade onde
vivem. A metodologia empregada constitui em análises bibliográficas, o uso do celular no planejamento
das aulas, fotos e vídeos dos patrimônios históricos locais pautados em reflexões que desenvolvam o
entendimento das disciplinas curriculares de História numa perspectiva protagonista dos alunos. Como
resultado do trabalho, foi identificada a existência de uma aprendizagem significativa dos alunos ao
estudarem os patrimônios históricos da sociedade e posteriormente usarem os celulares para gravar vídeos
e fazerem fotos dos próprios patrimônios históricos locais. Precisamos discutir com os estudantes aquilo
que é real e concreto para eles, vindo a associá-los à disciplina escolar. Entender a importância das
pirâmides do Egito, do Coliseu, das Sete Maravilhas do Mundo e do Museu Imperial, se mostrou mais
efetivo quando os discentes filmaram e fotografaram casas, prédios, praças e ruas centenárias de sua cidade.
O conhecimento passou a fazer sentido aos alunos, tendo a tecnologia digital como aliada às metodologias
didático-pedagógicas no processo de ensino dessa turma. Essas habilidades e competências foram
estimuladas, favorecendo a autonomia dos alunos. Importante ressaltar que os materiais obtidos nesta turma
serão reaproveitados em futuras edições da abordagem de conteúdos similares, vindo a estimular as novas
turmas a desenvolverem trabalhos lúdicos que estão de acordo com a BNCC (Base Nacional Comum
Curricular).

Palavras-chave: Aprendizagem, Celulares, Vídeos.

1
Mestre em Ensino, INFES/UFF, membro do TECGrupo e professor de História na SEEDUC-RJ.
2
Doutor pela EP-USP, professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino da UFF.

125
AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E O ENSINO DE HISTÓRIA: REPRESENTAÇÃO DO
INDÍGENA E DO AFRICANO NA HISTÓRIA E LITERATURA BRASILEIRA

Joeanne Neves Fraz1

RESUMO
Este estudo se propõe a refletir sobre o potencial pedagógico da relação entre a História e a Literatura
nos Anos Finais do Ensino Fundamental, tendo como foco de análise a representação do indígena
(ANZOLIN, 2012; BERGAMASCHI; GOMES, 2012) e do africano (hooks, 2017; 2019) nas duas
primeiras décadas do século XXI. A pesquisa, de caráter qualitativo e exploratório, tem como
procedimentos a pesquisa bibliográfica junto com alunos dos 1º e 2º anos do Ensino Médio objetivando a
identificar autores e autoras brasileiros/as que representam o africano e o indígena por meio de seus textos
historiográficos, literários e teóricos das duas primeiras décadas do século XXI (2000 a 2020) e análise de
suas obras (AUDIGIER, 2016). As narrativas da História e da Literatura dialogam entre si, pois são
linguagens, são discursos e, como tais, representam o mundo em no qual os atores da escola integram,
apresentam seu cotidiano, dão-lhes significados, experimentações e conhecimentos. A utilização de textos
e obras literárias como fonte de História foi uma das inovações que a Escola dos Annales (1929) trouxe ao
repensar a historiografia e o ensino de História, aumentando o leque de objetos, problemas e abordagens da
História ao mostrar-lhe que a interdisciplinaridade é uma via necessária/importante à construção da
memória, do conhecimento e via de abordagem das relações étnico-raciais nos Anos Finais do Ensino
Fundamental e no Ensino Médio (BURKE, 1992; GUIMARÃES, 2013; ABUD, 2017; CAIMI;
OLIVEIRA, 2017; MONTEIRO, 2019). Assim, a Literatura, como arte da palavra, desvela e (re)significa
caminhos e possibilidades de leitura do mundo, da diversidade humana e da identidade brasileira a partir
da hermenêutica textual no constante diálogo com a História. Possibilitando também conhecer, aceitar e
respeitar a diversidade cultural, rejeitando todas as formas de preconceito e discriminação.

Palavras-chave: Relações Étnico-Raciais, Ensino de História, Literatura.

1
Universidade de Brasília (UnB)/Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).

126
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NA CULTURA DIGITAL: MUROS
ILUSÓRIOS ENTRE POSSIBILIDADES E DESAFIOS

Raquel dos Santos Rodrigues1, Danilo Garcia da Silva 2

RESUMO
Este resumo caracteriza-se como recorte de pesquisa maior a nível de mestrado. Ainda de acordo
com Santaella (2003, p. 17) “há uma espécie de discurso consensual sobre o caráter revolucionário e sem
precedentes das transformações tecnológicas e culturais que a era digital está trazendo para o mundo”,
portanto admitindo em causa própria a experiência vivida em si mesma, que Boaventura (2019) traduz
como sendo a experiência de viver algo sem a opção de não a viver, experienciamos a partir do momento
pandêmico rupturas no processo de negação das potencialidades e possibilidades das relações atravessadas
pelas tecnologias digitais no processo de ensino aprendizagem no espaço escolar. Reconhecemos que os
jeitos de ser, pensar e agir no mundo, bem como as relações que são instituídas entres os sujeitos e grupos,
são diretamente influenciados pelos fenômenos culturais, sociais e econômicos, portanto é essencial romper
com a forma fragmentada de ensino proposta inclusive curricularmente, que torna extramuros e inválidos
os conhecimentos construídos, reproduzidos e disseminados pelos estudantes. A formação continuada tida
como um processo essencial no desenvolvimento docente ao longo de suas carreiras, constitui-se
intrinsicamente em um percurso reflexivo e dinâmico, no qual a aprendizagem acontece constantemente,
interligando teoria e prática. De grande importância no processo formativo continuo, a autonomia e a
colaboração direcionam os profissionais a reflexão sobre a ação pedagógica e a socialização dessa reflexão,
oportunizando o movimento dialógico e crítico de suas próprias práticas docente/pedagógica. A partir daí
engendramos esforços em nossa pesquisa com vista a explorar a formação continuada de professores nesse
contexto de cultura digital, evidenciando a importância da reflexão crítica como peça-chave para a
qualificação e o aprimoramento da prática docente. No que diz respeito ao papel do professor, Freire (1996,
p. 39) salienta que “ É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima
prática”. Todavia o que tem se constatado é que ao ponto que a cultura intensificada pela inserção das
tecnologias digitais tem apresentado possibilidades e potencialidades de criação e cocriação, não podemos
desconsiderar os desafios que emergem concomitantemente. Um dos principais desafios evidenciados nas
pesquisas se trata do condicionamento político de ações e estratégias da formação continuada docente que
tem concentrado seus esforços na utilização de tais artefatos e ferramentas tecnológicas na consolidação
daquilo que seriam usos de caráter meramente tecnicista e transmissivo. Não obstante, a possibilidade da
oferta formativa no aproveitamento da disjunção espaço-tempo ancorado neste contexto de cultura digital,
tem subsidiado processos formativos que desconsideram a jornada de trabalho docente, suas atribuições,
suas práticas, seus momentos de reflexões. Tal demanda tem repercutido em uma sobrecarga que
impossibilita o processo crítico-reflexivo tão importante no exercício da docência e na reconfiguração das
práticas na sociedade contemporânea.

Palavras-chave: formação continuada, cultura digital, possibilidades e desafios.

1
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT
2
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT

127
A APROXIMAÇÃO DA DOCÊNCIA ATRAVÉS DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE
BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: AULAS DE FUTSAL

José Jorge dos Reis Filho1; Joyce Kelly da Silva Oliveira2; Sarah Ellen de Lima Monteiro³; Rosângela
Cely Branco Lindoso4

RESUMO
Este trabalho foi realizado com o intuito de relatar as experiências vivenciadas por discentes de
Licenciatura em educação física da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que realizam intervenções
em aulas de futsal dentro do ensino médio integrado no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) - CAMPUS
RECIFE experiência proposta pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID/IFPE). Para isso foi utilizado instrumentos metodológicos: a observação, a reflexão da
prática/teoria, a avaliação e o planejamento com objetivo de contemplar todo o processo de ensino-
aprendizagem da educação física. Todas essas intervenções foram guiadas e observadas pelo professor
orientador que cedeu esse espaço nas suas aulas e na sua turma. Os resultados desse relato ainda estão em
andamento e serão analisados de forma qualitativa uma vez que os alunos ainda estão em processo
avaliativo (a cada aula) mas já podemos observar a participação maciça dos alunos e a retenção dos
conhecimentos adquiridos a cada aula.

Palavras-chave: pibid; educação física; futsal

128
DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM EM HISTÓRIA NO
SEXTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

Antônia Cláudia Nogueira Autor1, Ana Maria Gomes de Souza Autor 2,


Cícera Raquel de Carvalho Veloso Autor ³
RESUMO
Introdução-Neste artigo, procura-se discutir os desafios enfrentados nas turmas de sexto ano do
componente da História no município de Campos Sales-Ce, visto que, as observações feitas por parte dos
docentes, e dos discentes são de insatisfação e desestímulo com relação as temáticas e ao ensino
aprendizagem nas referidas turmas. Objetivo- Investigar as causas da insatisfação, do desinteresse e do
baixo rendimento dos alunos no componente de História dos sextos anos da rede municipal. Metodologia-
Para o desenvolvimento do trabalho foi levado em consideração os relatos dos professores da rede
municipal, o relato dos alunos e dos gestores colhido em uma visita feita nas escolas da sede e do distrito,
onde foram proferidas indagações pontuais de cunho investigativo aos supra citados. O monte das
discussões foi realizado através de comparativas entre a problemática apresentada e uma pesquisa
bibliográfica, exploratória e descritiva de cárter qualitativo, bem como estudos e análises da Base Nacional
Comum Curricular. Resultados- Percebe-se, portanto, que a aquisição da sabedoria historiográfica é de
grande importância para a formação integral do estudante bem como, a ideia de passado, posto que se
entende como objeto de estudo do presente. No entanto, o que, contraditoriamente observa-se, é a
manutenção do ensino “tradicional” e na maioria das vezes este “ensino do passado” não dialoga com a
realidade do aluno, ocasionando assim, seu total desinteresse. Conclusão-Nessa conjuntura, conclui-se que
para despertar o interesse contínuo do estudante, urgem algumas revisões, a priori, sobre a formação do
professor, visto que além de bem formado precisa ter atualização constante Os autores principais para este
trabalho foram: BITTENCOURT (2008), FENELON (2008), FREIRE (1996), FONSECA (2006) e
NÓVOA (2019).

Palavras-chaves: Ensino, Historia, Desafio

1
Universidade Regional do Cariri URCA
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará -IFCE
³ Universidade Regional do Cariri URCA

129
CULTURA E EDUCAÇÃO DAS COMUNIDADES CIGANAS: A OFERTA DO ENSINO
PÚBLICO GRATUITO PARA AS SUAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM ITUMBIARA/GO

Tatiana Aparecida Vilela Faria [1]


RESUMO
Este trabalho tem a finalidade de apresentar a proposta de pesquisa para a construção da dissertação
do Programa PPGHIS, e objetiva identificar como acontece o processo de alfabetização dos estudantes de
etnia cigana, conforme o estabelecido na estratégia 3.4 do Plano Municipal da Educação (PME) que prevê:
alfabetizar crianças nômades valorizando a sua identidade cultural. Entender como são incluídas as
particularidades e singularidades dos estudantes de etnia cigana, nas práticas educativas; descobrir como a
formação dos professores pode contribuir para a alfabetização desses estudantes, bem como levantar os
fatores que impedem a sua alfabetização, são os objetivos da pesquisa. A presença cigana é identificada em
todos os estados brasileiros, entretanto, ainda há uma visão estereotipada desse povo. São esparsas as
documentações históricas de Itumbiara, acerca das comunidades de etnia cigana que nela residem, são
poucos os estudos científicos, o que eleva o interesse. Sobretudo, no que tange a oferta do ensino público,
em particular ao direito à alfabetização das crianças ciganas. A proposta desta pesquisa se justifica de grande
relevância para todas as esferas: a ordem social, a comunidade acadêmica e o meio escolar.

Palavras-chave: direito, alfabetização, etnia cigana.

[1] Mestranda do PPGHIS- Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual de Goiás. E-

mail:tatianaaparecidavilelafaria@yahoo.com.br. Professor Orientador Dr.: Júlio Cesar Meira.

130
DIVERSIDADE CULTURAL NA ESCOLA: AÇÕES E PRÁTICAS EDUCATIVAS

Danielle Cristina Teodoro de Souza1, Marilurdes Cruz Borges2

RESUMO
A diversidade cultural está atrelada aos aspectos presentes nas diferentes culturas, àqueles que
envolvem linguagem, vestimentas, tradições, religiosidades, entre outros. Ao longo da história, é possível
perceber que o processo educacional não deu tanta ênfase em trabalhar o tema da diversidade cultural nas
salas de aulas, o que acabou por abrir brechas para que atitudes de desrespeito e agressividade fossem
direcionadas aos alunos que têm uma cultura diferente da grande maioria. Sendo assim, o trabalho com a
conscientização da existência dessas diferentes culturas se torna essencial no meio acadêmico. Dessa forma,
é possível desenvolver nos alunos a consciência de coletividade e o respeito e aceitação de todas as pessoas,
independentemente de suas culturas, e tudo isso pode ser garantido por meio de práticas educativas
significativas. Com base no exposto, o objetivo geral da pesquisa é identificar a importância de se trabalhar
o respeito às diferentes culturas no ambiente escolar, em busca da educação para a paz. Os objetivos
específicos são: descrever o que é diversidade cultural; demonstrar como o multiculturalismo é visto dentro
do ambiente escolar; compartilhar estratégias de ensino para a aplicação das práticas educativas voltadas
ao respeito e à diversidade cultural. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, pois se
caracterizou enquanto levantamento e revisão de obras, além de análise descritiva, por meio de descrição
de características e resumos. Ademais, os resultados obtidos através dessa pesquisa mostraram que a
diversidade cultural é vista em diferentes ambientes e em cada indivíduo com seus grupos étnicos e com
seus costumes e crenças, portanto, é necessário que o professor tenha essa observação em mente e leve isso
em consideração nas suas preparações de aulas, utilizando diferentes estratégias de ensino e um trabalho
diversificado. Além disso, o espaço educacional envolve as diferenças sociais que existem e são vistas na
história do Brasil, por isso o termo “multiculturalismo” se faz presente. Esse termo representa um
movimento social que luta pela real socialização e respeito para com todas as pessoas. Em adição,
documentos norteadores da educação brasileira ressaltam que é preciso tratar do tema da diversidade
cultural em correlação com o currículo escolar presente nas escolas. Ainda assim, algumas das estratégias
que os professores podem adotar para auxiliar na colaboração do trabalho que busca o respeito são: utilizar
diferentes imagens de etnias afim de que suas peculiaridades sejam observadas; permitir que em dupla os
alunos interajam entre si como se um fosse o reflexo do outro, para que dessa forma as semelhanças e
diferenças entre o seu corpo e o do colega sejam observadas; produção de um autorretrato para que sejam
ressaltadas as características físicas e culturais das pessoas (acessórios, roupas, entre outros). Por fim, foi
possível entender sobre a importância de desenvolver trabalhos educacionais que prezem pelo respeito à
diversidade cultural, com o intuito de que na escola haja cada vez mais trocas de conhecimento sobre esse
tema.

Palavras-chave: prática pedagógica, diferentes culturas, educação.

1
Universidade de Franca (UNIFRAN)
2
Universidade de Franca (UNIFRAN)

131
PROCESSOS E INTERSECÇÕES: GALGANDO A CONSTRUÇÃO CURRICULAR NA
TRANSIÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

Gabriela Amorim Ribeiro1

RESUMO
A dissertação de mestrado em andamento, tem por objeto de pesquisa a implementação do Currículo
da Cidade de São Paulo nas escolas da Rede no que confere a transição da Educação Infantil (EI) para o
Ensino Fundamental (EF). Tem-se a necessidade de compreender como se dão as práticas pedagógicas
nessa etapa transicional a partir da perspectiva dos docentes e gestores, fundamentando-nos na abordagem
curricular. O percurso aprofundar-se-á na implementação das normas curriculares e, consequentemente, em
suas influências sobre o processo de ensino, pautando-se por questionamentos acerca da construção
curricular e suas influências, especialmente no estabelecimento do Currículo; além de desvelar a forma com
a qual as escolas se adaptam para receber os estudantes no EF e o encerramento do ciclo da EI; e como a
concepção de criança, abordada pelo Currículo, se materializa no contexto educativo. Considera-se que a
interpretação curricular no lócus escolar, influencia as ações, impactando diretamente a organização da
educação paulistana e seu desenvolvimento. Com isso, pretende-se estabelecer comparações entre as
orientações e sua implementação. Do ponto de vista metodológico pretendemos utilizar da metodologia
qualiquantitativa, com o recurso de entrevistas semiestruturadas aos gestores pedagógicos e a aplicação de
um questionário aos professores da Rede Paulistana de ensino, baseando o tratamento dos dados na análise
do discurso e análise estatística.

Palavras-chave: Transição entre etapas de ensino, Currículo da Cidade de São Paulo, Implementação
Curricular.

1
Universidade Nove de Julho - UNINOVE.

132
FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Roseline Martins Sabião Sousa 1

RESUMO
Esta pesquisa está sendo desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da
Universidade de Uberaba (UNIUBE), MG, na linha de pesquisa Desenvolvimento Profissional, Trabalho
Docente e Processo de Ensino – Aprendizagem, no curso de doutorado como" Beneficiário(a) de Bolsa
PROSUP - CAPES". O estudo investiga a concepção e os desafios enfrentados pelos professores da
Educação Básica do Município de Patos de Minas, com foco na compreensão e nas implicações que a
formação contínua pode trazer para a prática dos professores. As necessidades formativas caracterizam
como um processo de construção da sua própria identidade, isto é, educar o futuro profissional para o
exercício do magistério. Objetivou-se em argumentar sobre o desenvolvimento profissional docente,
considerando como essencial a formação contínua dos educadores, a qual é um direito e um dever previsto
pela Lei nº 9393, de 1996. Verifica-se neste estudo as políticas públicas na área da Educação, e as propostas
disponíveis na literatura atual. A pesquisa propõe um aporte teórico com características, propriedades, e
concepções inerentes ao desenvolvimento de novas competências, aperfeiçoamento de habilidades
pedagógicas, metodologias inovadoras e estudar os processos de avaliação de aprendizagem e as políticas
públicas educacionais. O percurso metodológico partiu de um estudo exploratório e descritivo, pesquisa
documental e histórica. Foram analisados artigos encontrados na base de dados SciELO e leitura de
dissertações e teses, pesquisas publicadas na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD),
a seleção dos textos são os que possuem aderência com o objeto de estudo, uma vez que a formação docente
é mencionada na legislação brasileira, dada sua relevância social e acadêmica, os professores em atuação
possuem o direito a uma formação contínua, compreendida, neste estudo, com um processo que se
desenvolve ao longo da profissão, sendo oferecida pela instituição escolar, pelo sistema em que atua, ou
buscada pelos próprios docentes. A trajetória investigativa consistiu-se no referencial teórico
epistemológico materialismo histórico dialético, levando em consideração a importância da teoria e prática
na formação docente, termos indissociáveis, não existe uma prática que não consista de uma base teórica.
Dessa forma, espera-se com a elaboração deste estudo teórico reforçar a importância da formação contínua,
do desenvolvimento profissional docente como prática transformadora no contexto educacional.
Palavras-chave: Desenvolvimento Profissional. Educação. Formação Continuada.

1
Doutoranda no programa de Pós- graduação em Educação Universidade de Uberaba – UNIUBE “Beneficiário(a) de Bolsa
Capes - Prosupe”. Mestre em Educação: Formação Docente para Educação Básica Universidade de Uberaba – UNIUBE .
Graduada em Letras (UEMG). Pós-graduação em Letras - Língua Portuguesa, Arte e Linguística (FIJ). Pós-graduação em
Docência e Didática do Ensino Superior(FPM). roselinesabiao@gmail.com
https://orcid.org/0000-0002-2280-9674

133
NARRATIVAS MÍTICAS E AS RELAÇÕES CONTEXTUAIS PARA O ENSINO:
POSSIBILIDADES DE INTERPRETAÇÃO DAS NOÇÕES MATEMÁTICAS PRIMEIRAS

José Erildo Lopes Júnior1

RESUMO
Em face do cenário atual, a relação entre as narrativas míticas e a matemática surge como
possibilidade para incentivar os leitores a produção e aperfeiçoamento de suas interpretações, pensamentos
e experiências, buscando relacionar as ideias expostas com as mais variadas situações contextuais para o
ensino. Para a compreensão desse universo é fundamental relacionar as ilustrações ofertadas pelo autor,
palavras, fragmentos, expressões como possibilidade de ampliação e ressignificação de conceitos e ideias
matemáticas que ele já conhece. Destacando estes apontamentos e análises, surgiu o questionamento
que originou esta pesquisa. Como discutir as narrativas míticas de Claude Lévi-Strauss dentro de situações
contextuais para o ensino? Para tanto, o objetivo central do trabalho é apresentar caminhos ou itinerários
possíveis para estabelecer interconexões envolvendo tais situações contextuais, as Mitológicas de Claude
Lévi-Strauss e os temas matemáticos escolares. A gênese da proposta metodológica está em propor a leitura
de alguns mitos, instigá-los a rascunhar suas primeiras percepções, despreocupados com o rigor da escrita,
e sugerir alguns questionamentos com vistas a direcionar o exercício interpretativo, como estratégia
provocativa. Em seguida, pedir, de forma individual ou em grupo, o registro conclusivo interpretativo, visto
que este exercício interpretativo e a produção de significados, são formas diversificadas para a consolidação
de manifestações presenciadas, interpretadas e vivenciadas.Isto pressupõe oferecer-lhes o desenvolvimento
e contato com um processo investigativo interdisciplinar, dado que a perspectiva de aprendizagem a ser
explora estimula o incentivo a autonomia intelectual. Logo, seu processo de movimentação, transformação
e refinamento proporciona um ambiente dialógico voltado para uma produção coletiva e materialização dos
conhecimentos com potencial dinâmico e cíclico que pode provocar a formação do pensamento matemático
e objetive a tomada de consciência e transformação do ser.

Palavras-chave: Matemática, Narrativa Mítica, Interpretação.

1
Universidade Federal do Pará (UFPA).

134
GAMEFICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA NO ENSINO DE HEPATITES VIRAIS ÀS FAMÍLIAS
DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Fátima Clarice Nunes de Oliveira, Gabriela Barbosa do Amaral, Luciano Osio Ramos, Alethéa Gatto
Barschak, Lucila Ludmila Paula Gutierrez.

O projeto de extensão "Apoiando e Educando Famílias de Pessoa com Deficiência (PcD)" da


Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre leva educação em saúde a famílias cuidadoras
de PcD de baixa renda que aguardam atendimento gratuito de seus entes cuidados no Educandário São João
Batista (Porto Alegre/RS). O objetivo deste trabalho foi apresentar reflexão sobre relevância da educação
popular em saúde, utilizando como metodologia oficina sobre Hepatites Virais, referenciada no modelo de
educação popular em saúde, que busca promover a construção coletiva do conhecimento e incentivar a
promoção da saúde e prevenção de doenças. Foi utilizado um jogo de tabuleiro para trabalharem-se as
Hepatites Virais. Em duplas, os participantes responderam questões sobre o assunto. A cada acerto, um dado
era jogado para mover o seu “peão” no tabuleiro, de acordo com o número obtido. Nessa oportunidade, os
conceitos, tratamento e prevenção eram trabalhados. Jogou-se até uma dupla finalizar o percurso, vencendo
o jogo. Participaram da ação 10 cuidadoras. A metodologia educacional interativa utilizada proporcionou
discussão de conceitos-chave, possibilitando que problemas complexos fossem desenvolvidos por meio de
diálogo horizontal e colaborativo, focando-se na transformação social, particularmente na saúde preventiva.
Coletaram-se frases como: “Vou fazer a vacina, pois não sei se fiz”, “Não vou mais emprestar meu alicate
de unha, agora que sei que o álcool não mata vírus” e “Vou levar minha família no posto”. Os resultados
demonstram as participantes se tornando agentes de mudança ao buscar ativamente cuidados médicos,
disseminar conhecimento de saúde em suas famílias e comunidades.

Palavras-chave: Educação Popular, Hepatites Virais, Cuidadores de Pessoa com Deficiência

135
AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA PARA ALUNOS COM AUTISMO COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL: INTEGRANDO ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS ÀS DIRETRIZES DA CID-
11/2022 - RELATO DE EXPERIÊNCIA

Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol 1

RESUMO
Este artigo busca contribuir para as discussões contemporâneas sobre o processo de inclusão de
alunos com deficiência na rede regular de ensino do estado de São Paulo. O foco recai sobre um relato de
experiência de um aluno com Autismo com Deficiência Intelectual atendido pelo Atendimento Educacional
Especializado (AEE) em uma escola pública do Estado de São Paulo. O AEE é parte fundamental da Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, e tem papel importante em garantir
que a inclusão não seja apenas física, dentro das escolas, mas também pedagógica, proporcionando um
ambiente de aprendizagem que respeite e valorize as diferenças. O objetivo é destacar práticas pedagógicas
inclusivas para um aluno com Autismo com Deficiência Intelectual, por meio de uma Avaliação Pedagógica
Inicial (API), documento pedagógico que faz parte do registro de avaliação dos estudantes elegíveis aos
serviços da Educação Especial disposto pelo Decreto Nº67635, de 06 de abril de 2023. As diretrizes para
essa avaliação precisam ser minunciosamente formuladas, considerando o perfil individual de cada
estudante. Proposta que será fundamentada nas atuais informações da Classificação Internacional de
Doenças, CID-11 (2022). Esta proposta visa ressaltar a importância de educadores se familiarizarem,
capacitando-se assim para identificar e atender às necessidades pedagógicas de seus alunos de forma
atualizada e embasada em evidências. Com o avanço das tecnologias esse sistema poderia ser implantado
de forma mais eficaz por meio de um relatório pedagógico integrado, por um sistema digital que reúna
informações estruturadas em um único canal. Conforme pesquisas, a CID-11 é uma publicação da
Organização Mundial da Saúde (OMS) que provê códigos para classificar doenças, bem como uma extensa
variedade de informações sobre sinais, sintomas, achados anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas
externas de lesões ou doenças. Sua relevância se dá pelo fato de que, mesmo sendo um documento voltado
à análise médica, para educadores especialistas que atuam com alunos da Educação Inclusiva, é
fundamental saber interpretar esses códigos e informações. Isso auxilia na elaboração dos registros
pedagógicos e na orientação às famílias. Com a nova versão do CID-11 (2022), a unificação do Transtorno
do Espectro do Autismo (TEA), estabelece um único código: 6A02, a OMS relata que as subdivisões
passaram a ser apenas relacionadas a prejuízos na linguagem funcional e deficiência intelectual.
Informações relevantes as quais requerem a troca de informações e conhecimentos de importantes
documentos, não apenas internacionais como também nacionais, para a maior familiarização dos
profissionais que atuam com a causa dessas pessoas. Destacamos o tema autismo e deficiência Intelectual,
para ampliar o conhecimento sobre a necessidade de trabalhar diversas estratégias metodológicas para
fortalecer a aprendizagem dos alunos com déficit intelectual.
Palavras-chave: Avaliação Pedagógica Inicial (API), Autismo com Deficiência Intelectual, Classificação
Internacional Doenças (CID -11)

1
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEESP)

136
FÍSICA DAS RADIAÇÕES PARA OS ANOS INICIAIS DE ENSINO MÉDIO

Beatriz Balbino Machado1, Bianca Balbino Machado2, Felipe Alexandre Medeiros de Freitas3

RESUMO
Nosso trabalho trata sobre o ensino das radiações na física, mostrando a importância dela em nosso
cotidiano, evidenciando os desafios e as dificuldades para os educadores desta área da ciência. Foi pensando
dessa forma que, no ensino da física, principalmente, obtenham desenvolvimento e também vantagens para
comunidade, sem ela continuar a ter a mínima ideia do por que e de como essas tecnologias pode e são
utilizadas em nosso dia a dia, inclusive para saúde e seus diagnósticos. Grande parte da nossa sociedade
utiliza alguns desses desenvolvidos, mas desinformados aos conhecimentos que proporcionaram tais
construção. Como forma de abordagem didática no ensino médio, visa verificar a potencialidade do material
didático para os professores dessas áreas, para que tais assuntos estejam contextualizados com o cotidiano
do aluno e sendo assim, contribuir significativamente para a aprendizagem deste. No final, deixamos
sugestões de atividades didáticas, no intuito de ajudar ao professor a avaliar o conteúdo em sala, tornando
mais prático e também uma forma de avaliar como foi o entendimento dos alunos em relação ao conteúdo.

Palavras-chave: Física, Radiações, Ensino.

1
Beatriz Balbino Machado (BBM).
2
Bianca Balbino Machado (BBM).
3
Felipe Alexandre Medeiros de Freitas (FAMF).

137
DESAFIOS E PERSPECTIVAS NA IMPLANTAÇÃO DA BNCC NO ENSINO FUNDAMENTAL
A PARTIR DA PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES

Carolina de Queiroz Silva Soares1

RESUMO
O objetivo principal deste projeto de pesquisa é compreender os desafios e perspectivas enfrentados
por professores do ensino fundamental dos anos iniciais em duas escolas localizadas na zona leste da rede
municipal de São Paulo na implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Além disso,
busca-se analisar como essas propostas foram incorporadas ao Currículo da Cidade e examinar o programa
de formação continuada disponibilizado aos professores desta rede. Para alcançar esse propósito,
adotaremos a seguinte abordagem metodológica: iniciaremos com uma revisão e apresentação das fontes
legais e normativas que regulamentam a estrutura e implementação da BNCC e do Currículo da Cidade por
meio de análise documental. Também realizaremos entrevistas semiestruturadas com os professores de
educação básica das duas escolas selecionadas. Esta pesquisa visa responder às seguintes questões: Como
foi realizado o processo de implantação da BNCC nas séries iniciais do Ensino Fundamental? Como as
propostas foram incorporadas ao Currículo da Cidade na rede municipal de São Paulo? Qual é a abordagem
utilizada nos treinamentos dos professores? A escolha deste objeto de estudo se justifica devido à sua
importância na contribuição para o debate sobre os desafios enfrentados pelos professores no ambiente
escolar. Esse debate se concentra na condução da implementação do Currículo da Cidade, em conformidade
com a BNCC, e na análise das alterações incorporadas aos documentos que orientam as práticas
pedagógicas na escola. Isso está em consonância com o objetivo de promover o desenvolvimento das
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem alcançar ao longo de sua educação básica. A
fundamentação teórica deste projeto baseia-se em estudos relacionados à criação dos documentos que
tratam da BNCC e do Currículo da Cidade.

Palavras-chave: BNCC, currículo, políticas públicas.

1
Doutoranda pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE)

138
AS TECNOLOGIAS DIGITAIS PARA O MAGISTÉRIO: POSSIBILIDADES INCLUSIVAS DOS
ESTAGIÁRIOS NOS DESDOBRAMENTOS DA PANDEMIA

José Sergio Dias Page1, Daniel Costa de Paiva2

RESUMO
Esse estudo está vinculado à importância dos vídeos, filmes e lives destinados às práticas inclusivas
dos estudantes do curso de Formação de Professores do Ensino Médio nos estágios obrigatórios. Os estágios
são momentos importantes para os candidatos a professores que possuem a oportunidade de contemplar o
chão de sala, descobrindo suas necessidades e problemas do magistério. Essa pesquisa foi realizada com
docentes, onde durante a pandemia da COVID-19 foram utilizadas diversas lives e vídeos que
demonstraram sua eficácia na aprendizagem dos estudantes, sabendo que a prática do estágio presencial
jamais será substituída totalmente pelas praticidades oferecidas pela tecnologia digital. Com estes recursos
tecnológicos, os alunos têm noção de situações vivenciadas pelos professores em salas, suas metodologias,
as principais tarefas de um educador na escola. Além disso, é possível identificar no Youtube canais de
diferentes instituições e educadores, o que facilita a observação de particularidades locais. Inegavelmente,
as ferramentas tecnológicas digitais se tornaram companheiras dos docentes e formandos após a pandemia
da COVID-19. Não está em pauta a substituição dos professores, mas sim, o suporte possível durante as
etapas de estudos escolares na atualidade. Para mais, como objetivo da pesquisa temos: Destacar a utilidade
dos vídeos e lives para a formação do docente de estágio educacional. A metodologia empregada iniciou-
se pelas análises bibliográficas, estudo de caso com 2 professores de estágio escolar em uma escola Estadual
no interior do Noroeste Fluminense no Rio de Janeiro – RJ com foco nos impactos dos vídeos a partir do
isolamento social nos estágios presenciais. Como resultado da pesquisa, nota-se que os filmes, as lives e
vídeos são eficientes alternativas para a inclementação da aprendizagem dos professores e estagiários
durante a realização do curso. Com as tecnologias digitais, os estudantes têm uma noção das práticas
educacionais em uma sala de aula, os principais autores de fundamentação, os problemas enfrentados pelos
educadores e os imprevistos. Os professores de estágios demonstraram como contribuições dos vídeos, a
maior participação dos estudantes, flexibilização de horários, a possibilidade de repetição e alteração na
velocidade. A tecnologia digital consegue trazer alentos às atividades de estágios escolares, em especial nos
momentos de incertezas, desde que exista um planejamento construtivo e alinhado entre a teoria e a prática
educacional. Em suma, os estagiários conseguem ter uma formação complementar proveniente dos
encontros de congressos, simpósios e eventos institucionais, além de construir seu próprio acervo de estudos
sobre as práticas inclusivas, Educação de Jovens e Adultos e as principais práticas didático-pedagógicas.

Palavras-chave: Aprendizagem, Estágio, Vídeos.

1
Mestre em Ensino, INFES/UFF, membro do TECGrupo e professor de História na SEEDUC-RJ.
2
Doutor pela EP-USP, professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino da UFF.

139
AS NARRATIVAS DOS DOCENTES DE MATEMÁTICA SOBRE AS PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS NAS ESCOLAS DO CAMPO EM HUMAITÁ-AM

Kin Frank Souza Barreto¹, Marcos André Braz Vaz²

RESUMO
Esse artigo discorre sobre as narrativas dos docentes de matemática sobre as práticas pedagógicas
desenvolvidas nas escolas do campo em Humaitá-AM. Trata-se de um recorte da dissertação desenvolvida
no Programa de Pós-Graduação em Ensino, Ciências e Humanidades (PPGECH) no âmbito da
Universidade Federal do Amazonas – UFAM, no Campus de Humaitá – IEAA. Destacamos os principais
autores que discorrem sobre a temática Franco (2016), a autora faz uma reflexão sobre o que é prática
pedagógica, Fernandes (1999), D’Ambrosio (2005) busca uma prática pedagógica na perspectiva da
etnomatemática e Brasil (2017). É uma categoria intitulada: A categoria abordou a temática as Práticas
Pedagógicas, a qual adota como subcategoria o desenvolvimento das práticas pedagógicas dos professores
ribeirinhos. A pesquisa teve como objetivo, identificar nas práticas pedagógicas dos docentes de matemática
da Educação do Campo, os conhecimentos pautados na etnomatemática no Município de Humaitá – AM.
A pesquisa teve de cunho qualitativo, com entrevista semiestruturada com a principal questão norteadora
do presente: relata em resumo, como você desenvolve sua prática pedagógica em sala de aula nas escolas
ribeirinhas? Obtivemos como uma das principais resposta: Em minha prática docente sempre levo em
consideração e utilizo-me dos conhecimentos preexistentes e adquiridos de forma empírica pelos alunos
através de sua vivência e conhecimentos prévios do ambiente onde vivem, pois a literaturas existentes não
retrata ou discutidos elementos presentes na cultura ou no cotidiano do aluno. (Joaquim, 2022). Os
participantes da pesquisa foram cinco professores da Educação do Campo, com nomes fictícios: Davi,
Felipe, Joaquim, Júlia e Rodrigo, que trabalham na componente Curricular Matemática há mais de cinco
anos. Os participantes possuem experiências de 5 à 39 anos, todos possuem nível de especialização. Para a
análise dos dados foi usada a análise de conteúdo, na perspectiva de Bardin.

Palavras-chave: Ensino de Matemática, Etnomatemática, Município do Amazonas.

____________________

¹ Universidade Federal do Amazonas- UFAM


² Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

140
PROJETO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ESTUDANTIL E A PROMOÇÃO DO
CUIDADO EM SAÚDE PELOS GRADUANDOS DE FARMÁCIA DA UNESP

Guilherme Wagner Teles Lima1, Beatriz Chiari Manzini Bugalho1, Diogo Boreski1, Marcelo Tadeu
Marin1, Amanda Martins Baviera1

RESUMO
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu Artigo 25, todo ser humano
tem direito a um padrão de vida capaz de lhe assegurar a saúde e o bem-estar. A “Carta de Direitos dos
Usuários do SUS” reúne princípios básicos de cidadania que asseguram aos brasileiros o ingresso nos
sistemas de saúde, reunindo diretrizes acerca dos seus direitos; a Atenção Básica à Saúde é a “porta de
entrada” dos usuários aos sistemas de saúde, uma vez que esta cuida das pessoas, ao invés de apenas tratar
as doenças ou os agravos à saúde. Nesse contexto, destaca-se o papel fundamental da Assistência
Farmacêutica na Atenção Básica à Saúde, a qual engloba ações do Cuidado Farmacêutico e integra ações
de educação em saúde, incluindo atividades de educação permanente para equipes de saúde e atividades de
promoção à saúde de caráter geral, além das ações diretamente relacionadas ao uso racional de
medicamentos. A formação do profissional farmacêutico requer a aquisição de conhecimentos, habilidades
e atitudes que contribuam para a compreensão das necessidades da sociedade e atuação no cuidado à saúde.
Diante disso, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP, Campus de Araraquara, São Paulo, oferece
o projeto de extensão universitária “Projeto de Assistência Farmacêutica Estudantil” (PAFE). O projeto
PAFE cria oportunidades para que os graduandos do Curso de Farmácia da UNESP realizem atividades de
Assistência Farmacêutica, em atendimento às demandas da sociedade relacionadas à promoção, proteção e
recuperação da saúde, tendo o medicamento como insumo essencial, visando o seu acesso bem como o seu
uso racional. As atividades do PAFE encontram-se aplicadas a diversos temas: Alimentação e Saúde;
Anemia; Diabetes; Doenças Parasitárias; Drogas: Prevenção e Redução de Danos; Educação Sexual;
Hipertensão; Prevenção ao Câncer; Primeiros Socorros e Prevenção de Acidentes; Uso Correto de
Medicamentos; Uso Racional de Plantas e Homeopáticos. Os graduandos realizam busca ativa das
demandas da sociedade relacionadas à saúde e organizam, com o auxílio de docentes do curso, as melhores
estratégias para intervenção junto à comunidade externa, incluindo (i) realização de atividades expositivas
(palestras, mini-cursos, gincanas, oficinas de capacitação e feiras de saúde), (ii) preparo, entrega e
divulgação do material impresso (boletins, folhetos, apostilas) e/ou virtual (vídeo-aulas, textos em sites e
mídias sociais), dentre outros. Ao permitir aos graduandos do Curso de Farmácia da UNESP o exercício da
Assistência Farmacêutica, o projeto PAFE contribui para seu processo de formação acadêmica e
profissional, uma vez que cria oportunidades para reflexão, fortalecimento e promoção de ações que visam
à saúde da população. Isso retroalimenta tais ações com as contribuições da comunidade via troca de
saberes, dinamizando a academia e criando impactos sociais positivos.

Palavras-chave: cuidado em saúde, assistência farmacêutica, extensão universitária

1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Campus de
Araraquara

141
REFLETINDO O CONTO OS DOZE PARAFUSOS DE MOREIRA CAMPOS PARA
FOMENTAR JUSTIFICATIVAS NA ESCRITA DE UM TEXTO DISSERTATIVO
ARGUMENTATIVO

Autor1
Luiza Maria Aragão Pontes

RESUMO

O presente trabalho faz uma reflexão sobre a aplicação do conto Os Doze Parafusos, de Moreira
Campos, enquanto Gênero Textual, para suporte a outro Gênero Textual, denominado Texto Dissertativo
Argumentativo, permitindo que os alunos compreendam suas particularidades no processo da escrita por
meio do processo de Letramento Literário e também do Letramento Digital em sala de aula.
Metodologicamente, desenvolvemos um estudo de caso com alguns alunos do 3º ano do Ensino Médio, da
EEFMJBM – Escola de Ensino Fundamental e Médio José Bezerra de Menezes, através de uma Pesquisa
Bibliográfica, aplicando um Questionário Estruturado sobre Leitura, conhecendo as preferências literárias
e leituras que cada aluno aprecia. Isso permitiu um olhar crítico para a compreensão do enredo do Conto,
para fomentar argumentos para a construção do Texto Argumentativo Dissertativo. Isso fez com que, no
final, os alunos tivessem acesso ao estilo de Moreira Campos, valorizando a Literatura Cearense.
Concluímos que o acesso à leitura destes dois Gêneros Textuais proporcionou o embasamento justificativo
da escrita com os alunos.
Mantenha este espaço em branco.
Palavras-chave: letramentos, conto, texto argumentativo dissertativo

1
EEFMJBM – Escola de Ensino Fundamental e Médio José Bezerra de Menezes – Sefor 1 – Seduc\Ceará.

142
MATEMÁTICA NO COTIDIANO: PRESENTIFICANDO OPERAÇÕES BÁSICAS.

Carla Ceschim dos Santos, Letícia Lininberg, Nicolas Valverde Costa¹, Carlos Alexandre Felício Brito².

RESUMO
O objeto de conhecimento observado foi matemática com ênfase nas operações básicas,
especificamente divisão e multiplicação, mostrando-se relevante socialmente devido seu uso cotidiano,
como em atos de compras envolvendo quantidades e noções numéricas, mas também academicamente
auxiliando no raciocínio lógico. Essa observação foi realizada no Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (PIBID), fomentado pela CAPES. Este relato de experiência procurou observar a
aplicação de uma sequência didática, pela professora de campo, sobre o objeto de conhecimento “divisão e
multiplicação", no ensino fundamental. A pesquisa ora característica do Design Experiment Research
(DER) como proposto por Cobb et al. (2003). Para a compreensão dos procedimentos de pesquisa existem
três fases a serem elucidadas como: fase Prospectiva (prepara a DE, portanto aqui se revela a Sequência
Didática - SD), fase Reflexiva (conduz a DE) e fase Retrospectiva (analisa o que ocorreu na DE). O estudo
foi desenvolvido no município de São Caetano do Sul, na escola EMEF Sylvio Romero. Os participantes
foram alunos do 5° Ano do ensino fundamental, sendo escolhidos intencionalmente 32 crianças. O
instrumento de observação constituiu-se em etapas como: registro, questionamentos à professora para
complementação das anotações e fotografia para ilustração, seguidos de análise crítica e reflexiva, servindo
para elaboração de relatório (material de síntese – portfólio). Após a observação da SD aplicada os
resultados foram analisados em conjunto com o professor na formação do PIBID. Na fase reflexiva
observamos como a educadora conduziu as aulas, utilizando os gestos didáticos fundadores que permearam
e fundamentaram sua prática docente; a professora presentifica os conteúdos mediante a vídeos e a
formulação de tarefas com atividades impressas, apelando à memória dos discentes, fazendo-os
ressignificar objetos antes trabalhados contextualizando com o atual. Quanto a fase retrospectiva
observamos que a docente se utiliza de plataformas digitais e gamificação para a institucionalização dos
saberes, bem como a utilização de diferentes suportes como atividades impressas para a fixação do
conteúdo, regulando-os ao longo das aulas por meio de flexibilização da metodologia e planejamento, sem
suprimir o diálogo constante com os estudantes, objetivando receber feedback. Concluindo, como
pibidianos, observamos na prática que os gestos didáticos conduzidos pela professora juntamente com os
resultados aplicados em seus alunos, e utilizando-se de recursos e suportes diversos em diferentes contextos
e metodologias incorporaram nossa formação docente. Portanto, a sequência didática elaborada pela
professora no presente trabalho revelou-se como positiva mediante ao contexto escolar e social.

Palavras-chave: gestos-didáticos, pibid, matemática.


__________________
¹ Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), alunos do PIBID.
² Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), coordenador do PIBID.

143
O DESEMPENHO DO PROFISSIONAL DOCENTE EM PROL DA COMUNICAÇÃO NÃO
VIOLENTA EM SALA DE AULA

Jaime Martins da Silva

RESUMO
O desempenho do profissional docente em prol da comunicação não violenta em sala de aula nos
remete a pensar na capacidade que o professor tem de influenciar os alunos durante o desenvolvimento do
trabalho pedagógico. A comunicação perpassa pela formação profissional no sentido de conectar o
cognitivo através da fala, gestos, imagens, expressões faciais, movimento corporal e atitudes. O objetivo
deste estudo é analisar o impacto que a comunicação, feita de forma positiva, possui nas relações de ensino
e aprendizagem. A questão norteadora da pesquisa que impulsionou a busca de respostas foi “Como a
comunicação não violenta pode impactar, de forma positiva, o ensino e aprendizagem numa sala de aula?
A metodologia utilizada neste trabalho de investigação foi uma pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo
contendo a participação de alunos e professores das turmas do quinto ano do ensino fundamental de uma
escola pública do município de Nova Mutum – MT. Diante do exposto os resultados deram conta de que o
desenvolvimento humano se constitui de aprendizado com o outro desde a idade mais tenra e
consequentemente depois de adulto de forma intrínseca e extrínseca. Neste sentido a observação, a escuta
e a execução de tarefas simples ou complexas constitui-se em aprendizado nos momentos em que os atores
da escola, que no caso são os professores, planejam e executam aulas utilizando-se de diversas
metodologias direcionadas aos alunos. Foi perceptível também, que as reflexões teóricas feita pelos
professores é que dão o respaldo positivo para a construção e reconstrução de conceitos que fazem a
diferença onde a prática pedagógica seja desenvolvida de maneira eficaz e com harmonia entre os pares.

Palavras-chave: desempenho, comunicação, aprendizagem.

144
AS FRAGILIDADES DA RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2/2019 EM RELAÇÃO À DEMOCRACIA E
GESTÃO DEMOCRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Eduardo Gomes Neto

RESUMO
A formação de professores é um pilar fundamental para o desenvolvimento de uma educação de
qualidade e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Nesse sentido, a legislação
brasileira, como a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
9394/1996 e o Plano Nacional de Educação (PNE) reconhecem a importância da gestão democrática nas
instituições de ensino. No entanto, ao se analisar a Resolução CNE/CP Nº 2, de 20 de dezembro de 2019,
que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores da Educação
Básica, notam-se fragilidades em relação à democracia e à gestão democrática, o que pode impactar
negativamente a formação de professores no Brasil. Verifica-se, na Resolução CNE/CP Nº 2/2019, que o
termo "gestão democrática” não é mencionado ao longo de todo o documento, o que permite uma
aproximação às palavras de Paulo Freire (1974), que entende que falar em democracia, mas silenciar o
povo, corresponde a uma farsa, uma enganação. Afinal, a gestão democrática é um princípio consagrado na
legislação educacional brasileira e implica a participação de toda a comunidade escolar nas decisões e no
planejamento das atividades da instituição de ensino. Ao negligenciar a gestão democrática, a resolução
retira da cena contemporânea um princípio constitucional que foi uma reivindicação dos movimentos de
educadores nos anos 1980, no bojo das lutas pela redemocratização da sociedade brasileira, estabelecida
como um princípio na Constituição Federal de 1988, conforme consta no artigo 206.

Palavras-chave: gestão democrática, resolução 2/2019, formação de professores

145
SUPER TRUNFO DO PRIMEIRO ANO

Laura Martins Fargetti1

RESUMO
O presente resumo versará sobre o projeto “Super Trunfo do primeiro ano”, realizado pela autora
em seu exercício profissional como professora polivalente em uma turma de primeiro ano do Ensino
Fundamental em uma escola particular. Tal projeto foi elaborado a partir da necessidade de envolver a turma
em seu processo de alfabetização e alfabetização matemática, a fim de trazer leveza, alegria e interesse das
crianças por esses aprendizados. Dessa forma, a autora observou e conversou com os alunos sobre seus
interesses e jogos favoritos, constatando que era unânime na turma o gosto por super-heróis e por jogos de
cartas como o “Super Trunfo”. Partindo de tais resultados, iniciamos o projeto com a proposta de cada
criança criar um super-herói. Eles deveriam desenhar seu personagem, escolher um nome e definir seu
poder especial dentre as opções: velocidade, força, flexibilidade, astúcia ou habilidade. No segundo
momento, foram trabalhados números, somas e subtrações a partir da elaboração dos quadros de poderes
dos super-heróis. Para tanto, cada criança deveria escolher um valor para cada um dos poderes apresentados
na etapa anterior, cuidando para o poder especial de seu personagem ter o maior valor e para que a soma
dos poderes fosse 50. A terceira parte do projeto foi a escrita dos nomes de todos os super-heróis criados
pela turma, em seguida eles deveriam pintar cada letra de uma cor (dessa forma as letras repetidas em
nomes de outros personagens seriam pintadas com a mesma cor). Na sequência foi proposto que
escrevessem separadamente cada letra encontrada nos nomes e procurassem em revistas outras palavras
começadas com cada uma delas. A quarta parte do projeto foi a elaboração conjunta de uma história na qual
todos os super-heróis da turma fossem personagens. Tal atividade foi realizada da seguinte forma: durante
30 minutos a turma conversou sobre ideias de enredos e votaram o tema favorito, em seguida cada um
inventou e ditou um trecho da história enquanto a professora escrevia na lousa, assim que a história
terminou, todos copiaram o texto em seus cadernos. A quinta atividade do projeto foi a confecção das
cartinhas de “Super Trunfo”. Nesse momento cada aluno recebeu um papel já com o esquema da cartinha
para ser preenchido com o desenho do super-herói, seu nome e suas habilidades. Essas cartinhas foram
entregues para a professora, que fez cópias coloridas de todas as cartas para cada aluno e colou em pedaços
de cartolina (para as cartinhas ficarem mais resistentes). A última parte do projeto foi brincarem em duplas
com o deck de “Super Trunfo” feito pela turma. Os resultados do projeto para a turma e para a comunidade
escolar serão apresentados durante o evento.

Palavras-chave: alfabetização, alfabetização matemática, super trunfo.

1
Mestranda em Educação Escolar na Faculdade de Ciências e Letras da Unesp Araraquara.

146
ESCOLA MUNICIPAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL: UMA PROPOSTA DE
FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA JOVENS E ADULTOS EM SANTA MARIA – RS

Angélica Medianeira Iensen1,

RESUMO
Este trabalho é um estudo de caso e buscou compreender o processo histórico de encampação da
Escola da Rede Ferroviária Federal, em 1997, pelo poder público municipal de Santa Maria e sua relação
com a implementação, na Escola Municipal de Aprendizagem Industrial (EMAI), do Curso de Educação
Profissional Inicial Integrada ao Ensino Fundamental – Anos Finais – na modalidade de Educação de Jovens
e Adultos (EJA), a partir de 2011. Para tanto, analisou-se a proposta pedagógica e as práticas pedagógicas
que foram desenvolvidas na EMAI, a primeira escola da Rede Municipal de Santa Maria a oferecer, em
2011, a EJA, em nível fundamental, integrada à formação profissional. O método escolhido para as análises
referidas foi o de abordagem histórico-crítica, contextualizando o processo de crise e de privatização da
Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA) e analisando-se a relação desse processo com a
implantação da EMAI. Primeiramente, com base em referências teóricas pertinentes ao assunto, buscou-se
realizar um breve levantamento histórico da Rede Ferroviária no Brasil. Em seguida, também empregou-se
a pesquisa bibliográfica para delimitar o contexto local do nosso objeto de pesquisa e a trajetória da
Educação Profissional no Brasil. A realização de entrevistas semiestruturadas com ex monitores da Escola
da Rede, os quais foram os responsáveis pelo início do movimento que resultou na sua encampação,
permitiu aprofundar a percepção sobre a trajetória de criação da EMAI. Por último, buscou-se situar,
historicamente, a criação do Curso de Educação Profissional Inicial Integrada ao Ensino Fundamental –
Anos Finais – na modalidade de EJA, identificando e refletindo sobre os desafios enfrentados pelos gestores
da escola na oferta dessa modalidade. Para isso, foram analisados referenciais teóricos, através de
levantamento bibliográfico, interpretados documentos existentes em arquivos escolares e realizadas
entrevistas semiestruturadas com gestores e professores. Por fim, compreendeu-se que a EMAI foi criada
na contramão da lógica neoliberal das privatizações de instituições estatais ocorridas na década de 1990.
Seu curso de EJA, apesar de apresentar traços tecnicistas, necessita de práticas pedagógicas diferenciadas,
que contemplem as necessidades da EJA e da EP, fundamentadas no trabalho integrado, de forma
interdisciplinar. Para a efetivação dessas práticas, o planejamento e a formação pedagógica são
fundamentais e precisam ser priorizados por gestores e docentes. Além disso, outros desafios ainda
permanecem para a efetivação do Curso de Educação Profissional Inicial Integrada ao Ensino Fundamental
- Anos Finais - na modalidade de EJA.

Palavras-chave: educação profissional, eja, ensino fundamental.

1
Escola Municipal de aprendizagem Industrial(EMAI).

147
A VISÃO DE ALUNOS, PROFESSORES E COORDENADORES DE UMA ESCOLA TÉCNICA
ESTADUAL (ETEC) SOBRE O USO DE TDIC

Renata Aparecida Rodrigues Ferreira Dias 1, Maria Betanea Platzer 2

RESUMO
Este estudo tem como objetivo investigar, a partir da visão de alunos, docentes e coordenadores, o
uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) em uma Escola Técnica Estadual
(ETEC). Com base nos estudos sobre TDIC e educação, desenvolvemos a pesquisa em uma Escola Técnica
Estadual (ETEC) no interior do Estado de São Paulo. Os alunos escolhidos foram do curso do Ensino Médio
com Habilitação Profissional de Técnico em Química, das 1ª, 2ª e 3ª séries, do período integral e contamos
com a participação de 37 alunos. Participaram também da pesquisa nove professores e dois coordenadores
vinculados ao curso abordado. Utilizamos como procedimento metodológico questionário on-line aos
alunos, professores, coordenador pedagógico e coordenador de curso. A análise dos questionários revela
que os alunos e professores estão cientes que as TDIC são importantes para o dia a dia pessoal, social e
profissional e o seu domínio poderá proporcionar melhor desempenho nos estudos e mercado de trabalho.
A consciência de uma boa utilização das novas tecnologias e a autonomia do aluno são pontos que
destacamos como positivos. Esta pesquisa tem como produto a criação de banners, podendo se estender
para outros produtos diversificados, atendendo aos diversos meios de divulgação com intuito de auxiliar na
formação dos professores para promover aos alunos vivências em torno das TDIC, favorecendo discussões
e reflexões acerca da temática proposta, enriquecendo, assim, o debate no campo das TDIC nas instituições
de ensino, principalmente na Unidade Escolar pesquisada.

Palavras-chave: Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, Ensino Médio Integrado ao Técnico,


Processos de ensino e aprendizagem.

1
Programa de Pós-graduação em Processos de Ensino, Gestão e Inovação da Univers. de Araraquara - UNIARA
2
Universidade de Araraquara - UNIARA

148
OS ENCANTOS DA POESIA DE RORAIMA, EDUCAÇÃO FÍSICA, CORPOREIDADE E A
LITERALTURA

Angelica de Almeida Pereira1

RESUMO
O projeto objetivou compreender e explorar diversas práticas da linguagem humana para aprimorar
o conhecimento da sua corporeidade contribuindo para a valorização da diversidade intercultural das
identidades sociais e culturais. Na primeira etapa os alunos do 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental Anos
Finais formaram grupos por turma na disciplina de Educação Física, e através da pesquisa sobre os autores
de poemas e poesias de Roraima, escolheram um autor e um de seus trabalhos para construção da exposição
com a temática “Os encantos da poesia de Roraima versadas pela corporeidade”, e ao longo do bimestre os
alunos realizavam a construção da exposição tanto em casa como nas aulas de Educação Física que
antecederam ao dia da culminância do evento. A metodologia caracterizada como descritiva de natureza
qualitativa e seus instrumentos de coleta e constituição dos dados coletados ao logo de cada processo de
construção para a exposição dos trabalhos. Os alunos formaram grupos por turma, em seguida realizaram
uma pesquisa sobre os autores de poemas e poesias de Roraima, com a escolha de um autor e um de seus
trabalhos para construção da exposição ou apresentação cultural com a temática “Os encantos da poesia de
Roraima versadas pela corporeidade”. Os alunos tiveram total autonomia para escolher o formato da
exposição. Entre os autores homenageados Eliakin Rufino, Aldenor Pimentel, Ernandes Dantas, Roraima
Alves da Costa, Zeca Preto, Cristino Wapichana, Francisco Alves, Eliza Menezes, Odara Rufino, José
Vilela, Nenê Macaggi, Eli Macuxi, Raimundo Nonato, Marcela Marques Monteiro. Todos os autores
homenageados foram convidados para a exposição e apresentação cultural. O projeto finalizou com a
culminância do evento Cores e Linguagens cuja a temática da 10ª edição foi Literatura de/em Roraima.
Para os resultados os trabalhos realizados alcançaram, os objetivos traçados, o acesso e a importância da
diversidade cultural de/em Roraima, a partir da literatura e outras expressões artísticas, aproximando os
alunos dos autores, e compreendendo que cada um deles também podem criar e se expressar com liberdade,
impulsionando outras vivências para as práticas de ensino e aprendizagem no Colégio de Aplicação e para
a sociedade futura.

Palavras-chave: corporeidade, poesia, diversidade cultural.

1
Colégio de Aplicação – Universidade Federal de Roraima CAp/UFRR

149
Desafios dos diretores de escola da educação infantil em Araçoiaba da Serra-SP

Paulo Henrique Cachoeira Martins1, Ricardo Alexandre Marangoni2

RESUMO
A pesquisa (em desenvolvimento) tem como objetivo central investigar os desafios dos diretores de
escola da educação infantil em Araçoiaba de Serra-SP. A gestão escolar “pode ser compreendida como um
processo político, de disputa de poder, explícita ou não, no qual as pessoas que agem na/sobre a escola
pautam-se predominante pelos seus próprios olhares e interesses acerca de todos os passos desse processo”
(SOUZA, 2012, p. 159). Ancorado neste conceito, emergiu a questão balizadora: Quais os desafios da
gestão escolar na percepção dos diretores? A realização do estudo, de natureza qualitativa (STAKE, 2011),
abrange três fases interligadas: (i) a pesquisa documental, envolvendo a discussão da legislação (CF, 1988;
LDBEN, 1996; PNE, 2014 e outros); (ii) a pesquisa bibliográfica, relacionada ao debate da gestão escolar
democrática (MARANGONI, 2018; PARO, 2002, 2007 e 2011; SOUZA, 2007, 2009 e 2012, entre outros)
e; (iii) a coleta e análise dos dados junto aos diretores de escola. Os dados serão coletados por meio de um
questionário (questões fechadas e abertas) e organizados e submetidos a Análise de Conteúdo (BARDIN,
2010 e FRANCO, 2012). De modo preliminar, consideramos que o diretor enfrenta inúmeros desafios,
sendo a implementação da gestão democrática (defendida por nós) um deles. Apesar de o discurso da
Secretaria (do Estado de São Paulo) sustentar a gestão democrática, Marangoni e Souza (2021) apontam as
dificuldades de a democracia se estabelecer na escola e na gestão. Em relação a Araçoiaba da Serra, a
dificuldade é semelhante: a gestão democrática não ultrapassa o discurso.

Palavras-chave: diretor de escola, desafios, gestão escolar.

1
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
2
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).

150
INTERFACES DO DESAFIO SOBRE A ARTE DE EDUCAR E O EQUILÍBRIO DO USO DE
TELAS POR CRIANÇAS E JOVENS NA ROTINA DIÁRIA

Fabiana Lacerda Pedra[1], Lindisley Ferreira Gomides [2]

Pesquisas recentes têm apontado grande preocupação com o tempo excessivo no qual crianças e
jovens estão submetidos ao uso de telas. Além dos prejuízos sociais e emocionais, o uso inadequado de
ferramentas e tecnologias virtuais pode prejudicar o neurodesenvolvimento, trazendo sérios distúrbios no
foco atencional, na aprendizagem e, por consequência, na consolidação da memória. Somado a isso, o
educador, como protagonista desses processos, lida, rotineiramente, com o desafio de ensinar, na tentativa
de apresentar novas abordagens que tenham eficácia e, ao mesmo tempo, que sejam atrativas para ganhar
a disputa acirrada com os eletrônicos. Diante disso, o presente estudo aborda os principais desafios dos
professores frente ao uso excessivo de telas por crianças e jovens, bem como as implicações dessa realidade,
tais como a compreensão dos riscos do uso de telas na educação; estratégias de orientação, supervisão e
gestão; desenvolvimento de habilidades críticas em relação à tecnologia; além da análise de uma forma
efetiva de comunicação entre professores e pais em relação ao uso de telas. Para alcançar esses objetivos,
foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed, Medline e BVS, segundo os descritores
uso de telas, educação infantil e prática docente. Como fatores de inclusão foram selecionados estudos
sobre a docência no cenário digital atual, associada ao comportamento dos estudantes e o uso excessivo de
telas, dos últimos 10 anos. Os dados indicam que os professores desempenham um papel crucial na gestão
do uso de telas junto aos estudantes, reconhecendo os benefícios da tecnologia, porém, conscientes dos
riscos associados ao uso excessivo. Apesar de a inclusão digital ser percebida como fundamental para
reduzir disparidades no ensino, educadores sugerem estratégias de orientação, estabelecendo limites de
tempo e regras de segurança. Muitos apontam que a integração da tecnologia no currículo é vista como uma
oportunidade para melhorar o aprendizado, desde que seja feita de forma equilibrada. A comunicação aberta
com os pais é essencial para criar diretrizes claras, em especial, as que estão nos primeiros anos de
desenvolvimento. Isso requer uma abordagem multifacetada que envolve a criação de recursos educacionais
adequados e o desenvolvimento de estratégias para promoção do desenvolvimento cognitivo,
socioemocional e físico dos estudantes, conferindo um futuro saudável e equilibrado em um mundo cada
vez mais digital. Portanto, é de extrema relevância estabelecer reflexões e diálogos sobre o tema, a fim de
otimizar a evolução das estratégias docentes para enfrentar tamanho desafio, proporcionando um ambiente
de aprendizado equilibrado e enriquecedor, em que as telas sejam apenas mais uma ferramenta útil, porém,
não dominante no desenvolvimento dos estudantes.

Palavras-chave: Uso de telas, educação infantil, prática docente.

______________________________

[1] , [2] Faculdade Dinâmica Do Vale Do Piranga (FADIP).

151
AUTORIA NEGRA E LITERATURA AFRO-BRASILEIRA NO PNLD LITERÁRIO

Jailton Lopes da Silva1, Fernanda Telles Márques2

RESUMO

O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) é uma política pública voltada à
promoção da qualidade da educação por meio da distribuição de materiais didáticos variados aos estudantes
da rede pública do país. Em 2017, por meio do Decreto n. 9.099, o programa passou a distribuir também
obras literárias, resultando, então, no PNLD-Literário. Como parte do processo de implementação da Lei
10.639/2003, que estabeleceu a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" no
currículo oficial das redes de ensino pública e privada, a expectativa é que o PNLD-Literário também traga
em seu catálogo, em número significativo, autores(as) negros e obras representativas da literatura africana
e afro-brasileira. Isto posto, este trabalho apresenta resultados parciais de uma pesquisa que tem como
objetivo analisar se e como a Lei 10.639/2003 foi contemplada no PNLD Literário 2021 voltado ao Ensino
Médio. A investigação está sendo realizada em abordagem qualitativa, por meio de pesquisa bibliográfica
e análise documental. A pesquisa bibliográfica envolve tanto a contextualização história e política da
elaboração da lei em questão, quanto um estudo do estado do conhecimento realizado nas bases de dados
SciELO, Portal de Periódicos da Capes e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD).
Para tanto, foram utilizados os descritores “PNLD literário”, “Ensino Médio”, “Lei nº 10.639/2003” OR
“Lei 10.639” e “Literatura afro-brasileira” OR “Literatura negro-brasileira”. Quanto à análise documental,
esta terá como corpus a Lei 10.639/2003, o Edital de chamada para a composição do PNLD Literário
2021/EM (no qual constam os critérios para seleção das obras literárias), bem como o Guia Digital do
PNLD Literário/EM. A investigação se encontra em andamento, contudo, o estudo do estado do
conhecimento já nos permite afirmar que, não obstante sua importância, o tema ainda foi pouco explorado
em produções acadêmicas. Como resultados parciais, apontamos que o contato com a literatura afro-
brasileira tem sido apontado pelos(as) autores(as) como algo fundamental tanto para a valorização da
identidade e o fortalecimento do senso de pertencimento dos estudantes pretos e pardos, quanto para
fomentar o antirracismo em toda a comunidade escolar – o que pressupõe o reconhecimento e o
enfrentamento do racismo estrutural presente no cerne da sociedade brasileira.

Palavras-chave: PNLD-Literário, Literatura afro-brasileira, Livro escolar.

1
Universidade de Uberaba – Uniube / TRILHAS/SEE/MG
2
Universidade de Uberaba – Uniube / FAPEMIG (AQP 02373-21)

152
OS PRECONCEITOS QUE se materializam naS HISTÓRIAS DE VIDA DE ESTUDANTES
Jovens e Adultos: que educação é essa?

Nielson da Silva Bezerra1

RESUMO
Este estudo se propõe a efetuar um mergulho em três histórias de vida de estudantes mulheres da
Educação de Jovens e Adultos na cidade de Recife-PE. Nosso foco é o preconceito, qual o peso desse
fenômeno na vida das pessoas que tiveram sua trajetória escolar suficientemente acidentada a ponto de se
tornarem estudantes da Educação de Jovens e Adultos? Qual a relação entre esse passado e o presente?
Como o preconceito que se materializa em sentimentos do outro e de si mesmo sobre diversos aspectos
interferiu no processo de formação escolar e até que ponto determinou o fracasso ou o abandono escolar?
Como metodologia usamos a história de vida de três estudantes mulheres, de diferentes idades. Utilizamos
também a observação em sala de aula como elemento de coleta de dados e definição das participantes.
Nosso estudo se debruçou sobre uma Educação de Jovens e Adultos num contexto de Globalização e
multiculturalidade, numa capital nordestina de um país periférico do sistema capitalista em marcha. Nossos
resultados encontraram relação direta entre as desigualdades de Gênero, Classe Social, Geração e o
Racismo como elementos indutores do Preconceito que afastou as mulheres entrevistadas da escolarização
regular. A Globalização é identificado como um fenômeno em que se acentua à exploração nos países
periféricos como o Brasil. A multiculturalidade, por sua vez, apresenta-se como um aspecto importante de
nossa sociedade e lócus de potencia para resistir às desigualdades e racismo e contribuir com o
enfrentamento ao Preconceito.

Palavras-chave: GLOBALIZAÇÃO, MULTICULTURALIDADE, MULHERES

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE campus Recife.

153
TRANSPLANTE DE FEZES COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO AO TRANSTORNO
DEPRESSIVO MAIOR

Sarah Moreira Cardoso Fagundes1, João Victor Vieira Giacometti1, Henrique Ferrer Bueno1, Juliana de
Taddei Pinto Ferreira Coelho Braga Faria1, Marileia Chaves Andrade1,2

RESUMO
O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é uma condição de saúde mental debilitante com elevada
prevalência em todo o mundo. Apesar dos avanços terapêuticos tradicionais, muitos pacientes não
apresentam melhora satisfatória com essas abordagens. Nesse contexto, surgiram abordagens inovadoras,
como o transplante de fezes, como terapia alternativa no TDM. Foi realizada uma revisão integrativa da
literatura a partir da seleção de artigos de plataformas como PubMed, utilizando descritores como “Stool
and feces transplant” e “Microbiota and Depression”. O aumento de investigações acerca do microbioma
intestinal tem estabelecido seu papel como o principal reservatório de bactérias no corpo humano, tanto
simbióticas quanto patogênicas. Ademais, estudos contemporâneos corroboram a existência de uma
interconexão entre o cérebro e o intestino, suscitando a possibilidade de impactos na saúde humana
resultantes de desequilíbrios desses sistemas. Nesse sentido, a exposição a fatores estressores, como a
alimentação desbalanceada, pode instigar o surgimento de distúrbios psiquiátricos, notadamente a perda do
equilíbrio emocional característico do TDM, já que essa exposição pode induzir um desarranjo nas
populações bacterianas intestinais ou disbiose. Corroborando com teorias contemporâneas, a disbiose pode
ocasionar perturbações no neurodesenvolvimento ao influenciar funções imunes, uma vez que o declínio
das bactérias da microbiota pode levar à síntese e disseminação de citocinas pró-inflamatórias capazes de
remodelar a reatividade imune do SNC.Nesse cenário, é relevante observar o aumento do uso de
antidepressivos com intuito de redução de citocinas.7 Contudo, emerge uma alternativa terapêutica que
busca induzir efeitos protetores no SNC e atenuar efeitos adversos de outros tratamentos: o transplante
fecal. Esse procedimento, que consiste na introdução de fezes de um doador saudável no trato
gastrointestinal do receptor, justifica-se em estudos que demonstraram distinções na composição da
microbiota intestinal entre indivíduos com TDM e seus pares saudáveis, vislumbrando a redução dos
sintomas do TDM pelo equilíbrio microbiano intestinal. Em síntese, a revisão da literatura concernente ao
uso de transplantes fecais sugere resultados positivos no manejo dos sintomas do TDM, fundamentando a
continuidade de pesquisas que defendam essa terapêutica para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave: microbiota, terapêutica, transtorno depressivo maior


Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIT)
2
Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)

154
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE: UM MANUAL DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA
SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO

Mestranda Michelle de Sá Schrage1, Dr.ª Helena Terezinha Hubert Silva 2,


Dr.ª Carolina Sturm Trindade ³

RESUMO
Muitos casos de doenças de transmissão alimentar seriam evitados caso fossem adotadas medidas
preventivas em toda a cadeia produtiva de alimentos. Os cuidados com sua manipulação são
imprescindíveis para reduzir a incidência dessas doenças. Este não é um problema apenas no Brasil, mas à
nível mundial, onde, cerca de 600 milhões de pessoas no mundo adoecem, anualmente, após ingerir
alimentos contaminados, resultando em 420.000 mortes por ano. Com isso, após a aprovação da Lei da
Liberdade Econômica, onde classifica alguns serviços de alimentação como atividades de baixo risco e,
portanto, sem a necessidade de licenciamento sanitário e inspeção prévia ao início do seu funcionamento,
o presente estudo objetiva identificar a adoção de ferramentas de gestão da qualidade por parte destes locais,
além das principais queixas e dificuldades dos gestores, e o investimento em educação permanente para a
equipe, já que estes fatores influenciam na segurança higiênico-sanitária dos alimentos produzidos e
manipulados e consequentemente, na saúde da coletividade e, através destes resultados, construir um
manual de educação em saúde para serviços de alimentação, que contemple as diversas realidades de
contexto destes locais.

Palavras-chave: gestão da qualidade total, serviços de alimentação, educação em saúde.

1
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
2
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
³ Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

155
ALFABETIZAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: O PAPEL DA FAMÍLIA

Rayka dos Santos Carvalho1, Suzana Medeiros Batista Amorim2

RESUMO
O papel da família durante a escolarização das crianças e adolescentes é fundamental para
fortalecimento nos percursos educativos vivenciados por eles. A parceria entre família e escola subsidia e
equilibra o processo de aprendizagem dos estudantes, proporcionando construção de autonomia no período
escolar. No processo de alfabetização a família tem função significativa no que tange o acompanhamento
e o estímulo aos estudantes em formação. O papel da família no percurso da alfabetização dos discentes
precisa ser amplamente discutido pela comunidade educacional na busca de reflexões e práticas que de fato
favoreçam a educação formal. Nesta perspectiva, o estudo se propôs a investigar o papel da família no
processo de alfabetização de educandos nos anos iniciais do ensino fundamental. Para dar conta do objetivo
apresentado, foram propostos os objetivos específicos, a saber: a) apontar contribuições da família no
processo de alfabetização de educandos nos primeiros anos do ensino fundamental; e, b) identificar qual o
papel que a família assume frente ao processo de alfabetização de educandos nos primeiros anos do ensino
fundamental. O processo metodológico do estudo delimitou-se como uma pesquisa bibliográfica, de
natureza qualitativa. Alimentando e norteando a discussão, foram realizados diálogos com autores
estudiosos do tema como Magda Soares (2014); Araújo, Teles e Veras (2018); Tortora (2020); entre outros.
Espera-se com essa pesquisa fortaleça as contribuições sobre o papel da família no processo de
alfabetização dos educandos.

Palavras-chave: Alfabetização; família; educação formal.

1
Universidade de Vassouras – UNIVASSOURAS.
2
Universidade de Vassouras – UNIVASSOURAS. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1834878681745178

156
O GAME SLICE FRACTIONS E AS SIGNIFICAÇÕES DE FRAÇÕES

Cristiano Natal Tonéis1, Rosa Monteiro Paulo2

RESUMO
Fatores como a imersão e a interatividade são inerentes aos games, ou jogos digitais, e lhes conferem
potencialidades distintas daquelas dos “jogos tradicionais” ou não digitais. Com os games abrem-se novas
possibilidades de experiências que, se tratadas com objetivos didáticos, podem favorecer o processo de
significação em diferentes áreas do conhecimento, como na Matemática. Na pesquisa que se está realizando
o objetivo é conhecer o game Slice Fractions – Math Makers – para identificar as potencialidades abertas
por ele para ensinar frações e analisar o modo pelo qual as significações são possibilitadas aos alunos que
jogam. Nossa metodologia abrange três aspectos igualmente relevantes que se articulam. 1. O projeto do
game, suas regras e mecânicas; 2. Os jogadores ao jogarem ou relatos e opiniões; 3. “Jogar o Jogo”, ou seja,
assumir o papel de jogadores. Aliado a fenomenologia de Husserl e Merleau-Ponty, destaca-se que, ao
considerar a presença dos games em ambientes educacionais, o ambiente pode tornar-se um espaço para
exploração e descobertas proporcionando, posteriormente, um lugar para propostas de atividades
gamificadas decorrentes do jogar o game. Dois grupos participam da pesquisa, alunos de licenciatura em
Matemática e professores do ensino Fundamental, separadamente, cada grupo foi convidado a jogar e
conhecer o game Slice Fractions e, posteriormente, foram apresentadas propostas de tarefas gamificadas
decorrentes do jogar. Entre os principais resultados explicita-se: os modos de representar uma fração, ou
seja, como uma fração se mostra no modo pictórico e com a simbologia matemática; significados de frações
como número, como parte-todo, como equivalência e como proporção; a operação de adição de frações;
indiretamente as operações de subtração e multiplicação e divisão de frações; ao jogar “errar” é parte do
jogo, o que pode ser relevante, também, nas diversas atividades escolares; os levels de Slice Fractions se
organizam de modo progressivo e emergente. Para próximas etapas organizam-se e descrevem-se outras
atividades gamificadas decorrentes de Slice Fractions e que possam ser articuladas multidisciplinarmente
a proposta de frações, de acordo com as pesquisas com o design de engajamento.

Palavras-chave: Slice Fractions, games, frações.

1
Universidade Estadual Paulista – Unesp/FEG – Faculdade de Engenharia e Ciências de Guaratinguetá.
2
Universidade Estadual Paulista – Unesp/FEG – Faculdade de Engenharia e Ciências de Guaratinguetá.

157
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO E COLOMBIANO:
ESTUDO COMPARATIVO DE PRÁTICAS COM PROFESSORAS FORMADORAS

Natalie Batista Oliveira1, Carlos Alberto de Vasconcelos 2

RESUMO
O professor formador, diante do cenário ambiental e socioeconômico contemporâneo, desempenha
um importante papel, que é o de formar outros professores, estimulando o pensamento crítico através do
ensino. Mediante a afirmativa, esta pesquisa, com caráter qualitativo, trata de um Estudo de Caso
Comparativo que buscou compreender as práticas em educação ambiental de formadores de professores no
Brasil e Colômbia, a partir de seus discursos. A fim de atingir o objetivo proposto foi necessário analisar o
contexto econômico, social e educativo dos dois países, para entender como estes contextos poderiam
influenciar o pensamento ambiental e as práticas dos investigados. Foram realizadas entrevistas com um
total de quatro professoras formadoras, que trabalhavam com a temática ambiental, buscando identificar os
Estilos de pensamento (FLECK, 1986) em Educação Ambiental (EA) e a compreensão das práticas por elas
desenvolvidas, tendo como Locus de pesquisa, a Universidade Federal de Sergipe e a Universidade
Pedagógica Nacional. Por se tratar de uma pesquisa que envolveu a investigação de fenômenos
educacionais em diferentes lugares, o Método Comparativo foi selecionado como procedimento
metodológico. Os dados, coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, receberam tratamento
analítico comparativo, seguindo as etapas do método proposto por Bereday (1964) e da técnica de Análise
Textual Discursiva (ATD), com base em Moraes (2003). Os resultados revelaram que as ações educativas
dessas professoras, guiadas por um estilo de pensamento crítico, estão caracterizadas por práticas
participativas, interligadas a compreensão da EA como uma ação transformadora de realidades. Constatou-
se ainda que a construção desse estilo perpassa desde as relações interpessoais à formação acadêmica,
participação em grupos de pesquisas, eventos e outras atividades de extensão, que conformam os coletivos
de pensamento dessas docentes.

Palavras-chave: estilos de pensamento, metodologias, práxis.

1
Universidade Federal de Sergipe (UFS).
2
Universidade Federal de Sergipe (UFS).

158
A CONSTRUÇÃO DE PARÓDIAS DE CONTOS DE FADAS MULTIMODAIS EM INGLÊS

Helen de Oliveira Faria1

RESUMO
A educação atual deve abarcar ferramentas e plataformas virtuais para que ela seja condizente com
o universo dos aprendizes, em sua maioria indivíduos que cresceram cercados pelas tecnologias digitais da
informação e comunicação (TDICs). A pedagogia dos multiletramentos (NEW LONDON GROUP, 1996;
KALANTZIS et al., 2016) vem suprir as demandas educacionais dos aprendizes do século XXI, por abarcar
a interação de professores e estudantes em ambientes multimodais, o pensamento crítico e a valorização
das inúmeras identidades dos aprendizes, por exemplo. Na sala de aula de língua inglesa, disciplina
abordada neste trabalho, o uso das TDICs é essencial para o desenvolvimento da língua estudada em
ambientes que fazem parte da vivência dos estudantes. A partir desse quadro, este trabalho apresenta
narrativas denominadas fractured fairy tales, em português paródias de contos de fadas, desenvolvidas em
uma disciplina de língua inglesa de um curso de Letras. De acordo com Yomtov (2013), paródias de contos
de fadas são contos reescritos, alterando-se a história original para criar uma nova história, com diferentes
personagens e locações. Os alunos da disciplina criaram paródias de contos de fadas multimodais, por meio
de vídeos que continham imagens e narrações feitas por eles, por meio da abordagem gêneros textuais como
objetos de ensino (SCHNEUWLY; DOLZ, 2013). Houve um grande engajamento na realização da atividade
e foi possível observar que as vivências dos alunos foram transportadas para as histórias criadas.

Palavras-chave: paródias de contos de fadas, multimodalidade, língua inglesa.

1
Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL).

159
A GAMIFICAÇÃO NA PRATICA: A INTERFACE ENTRE O DIGITAL E O NÃO DIGITAL NO
CONTEXTO DA SALA DE AULA

Eric Souza da Silva 1, Jailton Bartho dos Santos 2

RESUMO
Visando reflexões acerca do processo de ensino, especificamente no que diz respeito a metodologias
de ensino ativa, a presente pesquisa, que encontra-se em andamento no programa de especialização Lato
Sensu em Tecnologias Digitais Aplicadas ao Ensino, ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Rio de Janeiro, campus Arraial do Cabo, aborda a gamificação como pratica metodológica
de ensino em um curso de nível básico na disciplina de matemática em uma escola púbica da região dos
lagos no Rio de janeiro. Referenciada em estudos de Burke (2015), Gomez (2015), entre outros. Partimos
da constatação das dificuldades discentes em práticas de ensino baseadas em metodologias tradicionais no
âmbito escolar e, também, das dificuldades docentes em recorrer a práticas de ensino diferenciadas.
Pautando-nos em questões metodológicas, pretendemos investigar, refletir e discutir sobre os resultados
acadêmicos de uma turma após uma proposta de ensino gamificada na disciplina de matemática. Mais
detidamente, norteados pelos resultados iniciais, decidimos investigar para além dos resultados acadêmicos
após uma organização metodológica pautada em uma estrutura de jogos, refletiremos, também, sobre as
condições, dificuldades, facilidades e outras implicações que esta proposta de prática de ensino traz ao
trabalho docente. 1) Com relação aos discentes - reflexões iniciais apontam para um resultado promissor
no tange a motivação e resultados acadêmicos; 2) Com relação aos docentes - a proposta enfrentou
inicialmente barreiras estruturais de natureza física do espaço escolar e, também, de conservação do “status
quo” metodológico das aulas. As dificuldades observadas no que diz respeito ao trabalho docente, neste
primeiro momento, nos levaram para a um olhar atento sobre questões na interface entre o digital e o não
digital na aplicação do contexto gamificado na sala de aula; sendo assim, no presente momento, a pesquisa
se debruça na investigação das possibilidades para esses contextos.

Palavras-chave: metodologia ativa, trabalho docente, gamificação.


.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ.
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ.

160
OS RECURSOS SENSORIAIS TÁTEIS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL: APOIO PEDAGÓGICO
PARA O DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGENS

Ana Sara Tomé Borges1, Géssika Mendes Vieira 2

RESUMO
O processo de desenvolvimento nas séries iniciais é de suma importância para o desenvolvimento
das crianças com necessidades específicas. A inserção em experiências educacionais lúdicas é essencial
para despertar interesse, curiosidade e estímulos sensoriais. Para a educação especial, a Política Nacional
de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, sancionada no ano de 2008, garante o direito
ao acesso e permanência dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas escolas regulares. O documento supracitado orienta os sistemas de ensino em
relação ao atendimento desses alunos e contempla o Atendimento Educacional Especializado - AEE,
regulamentado pelo Decreto n° 6.571, de 17 de setembro de 2008, do Ministério da Educação e Cultura
[MEC] (BRASIL, 2008). A oferta do AEE aos alunos com deficiência busca adequar recursos, métodos e
ferramentas de acessibilidade nas Salas de Recursos Multifuncionais. A partir do desenvolvimento de
recursos pedagógicos em Libras e Braille é possível contribuir para à informação e comunicação sem
barreiras. Esses recursos fortalecem o processo de ensino-aprendizagem, nos anos iniciais, podendo ser
potente auxiliar para o trabalho psicopedagógico com os estudantes. “A psicopedagogia, [...] ocupando um
lugar que é seu, se fixar no estudo, na análise e na solução do problema daquele sujeito que apresenta
dificuldades no seu processo de aprendizagem”. (GRIZ, 2004, p. 57-58). O conceito de Tecnologia Assistiva
(TA) proposto com base no Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), busca possibilitar recursos que visam
facilitar o desenvolvimento de atividades diárias das pessoas com deficiência, a criação dos recursos
pedagógicos pode contribuir para o processo de alfabetização e letramento assim como o desenvolvimento
afetivo, cognitivo e sensorial das crianças. Nesse sentido, buscam-se possibilidades que possam amenizar
os danos causados pela ausência desses recursos de TA na educação especial. A partir dos novos modelos
desenvolvidos por manufatura aditiva (modelo de impressão 3D), paralelamente ao processo educacional a
criança terá a possibilidade de interação com o meio social a partir da sua comunicação e possibilitará no
ambiente pedagógico o uso de diversos estímulos e respeito das suas necessidades e potencialidades
educacionais. Assim, o trabalho psicopedagógico que se desenvolve paralelamente a educação especial
busca desenvolver o ser humano integralmente, não somente para a escola, mas também para as relações
sociais, inerentes a todo ser social, “focaliza as possibilidades do aprender, num sentido amplo. Não deve
se restringir a uma só agência como a escola, mas pode ir também à família e à comunidade.” (GOLBERT,
1985, p. 13). Desse modo, a partir do desenvolvimento destes modelos como recursos pedagógicos
sensoriais e tecnológicos em Libras e Braille nas séries iniciais promovem a inclusão, o aprendizado e o
desenvolvimento.
Palavras-chave: Educação especial, recursos sensoriais, psicopedagogia.

1
Instituto Federal do Triângulo Mineiro - IFTM.
2
Universidade Federal de Uberlândia – UFU.

161
OS RECURSOS SENSORIAIS TÁTEIS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL: APOIO PEDAGÓGICO
PARA O DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGENS

Ana Sara Tomé Borges1, Géssika Mendes Vieira 2

RESUMO
O processo de desenvolvimento nas séries iniciais é de suma importância para o desenvolvimento
das crianças com necessidades específicas. A inserção em experiências educacionais lúdicas é essencial
para despertar interesse, curiosidade e estímulos sensoriais. Para a educação especial, a Política Nacional
de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, sancionada no ano de 2008, garante o direito
ao acesso e permanência dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas escolas regulares. O documento supracitado orienta os sistemas de ensino em
relação ao atendimento desses alunos e contempla o Atendimento Educacional Especializado - AEE,
regulamentado pelo Decreto n° 6.571, de 17 de setembro de 2008, do Ministério da Educação e Cultura
[MEC] (BRASIL, 2008). A oferta do AEE aos alunos com deficiência busca adequar recursos, métodos e
ferramentas de acessibilidade nas Salas de Recursos Multifuncionais. A partir do desenvolvimento de
recursos pedagógicos em Libras e Braille é possível contribuir para à informação e comunicação sem
barreiras. Esses recursos fortalecem o processo de ensino-aprendizagem, nos anos iniciais, podendo ser
potente auxiliar para o trabalho psicopedagógico com os estudantes. “A psicopedagogia, [...] ocupando um
lugar que é seu, se fixar no estudo, na análise e na solução do problema daquele sujeito que apresenta
dificuldades no seu processo de aprendizagem”. (GRIZ, 2004, p. 57-58). O conceito de Tecnologia Assistiva
(TA) proposto com base no Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), busca possibilitar recursos que visam
facilitar o desenvolvimento de atividades diárias das pessoas com deficiência, a criação dos recursos
pedagógicos pode contribuir para o processo de alfabetização e letramento assim como o desenvolvimento
afetivo, cognitivo e sensorial das crianças. Nesse sentido, buscam-se possibilidades que possam amenizar
os danos causados pela ausência desses recursos de TA na educação especial. A partir dos novos modelos
desenvolvidos por manufatura aditiva (modelo de impressão 3D), paralelamente ao processo educacional a
criança terá a possibilidade de interação com o meio social a partir da sua comunicação e possibilitará no
ambiente pedagógico o uso de diversos estímulos e respeito das suas necessidades e potencialidades
educacionais. Assim, o trabalho psicopedagógico que se desenvolve paralelamente a educação especial
busca desenvolver o ser humano integralmente, não somente para a escola, mas também para as relações
sociais, inerentes a todo ser social, “focaliza as possibilidades do aprender, num sentido amplo. Não deve
se restringir a uma só agência como a escola, mas pode ir também à família e à comunidade.” (GOLBERT,
1985, p. 13). Desse modo, a partir do desenvolvimento destes modelos como recursos pedagógicos
sensoriais e tecnológicos em Libras e Braille nas séries iniciais promovem a inclusão, o aprendizado e o
desenvolvimento.
Palavras-chave: Educação especial, recursos sensoriais, psicopedagogia.

1
Instituto Federal do Triângulo Mineiro - IFTM.
2
Universidade Federal de Uberlândia – UFU.

162
ENSINO NA SAÚDE: PESQUISA E EXTENSÃO SOBRE DOAÇÃO DE SANGUE COM
FAMÍLIAS DE PCDS

Gabriela de Mello Colombo1, Luiza Maria de Oliveira Braga Silveira1, Alethéa Gatto Barschak1, Lucila
Ludmila Paula Gutierrez1

RESUMO
A doação de sangue é um gesto altruísta de suma importância para a saúde pública. As campanhas
de conscientização são notáveis para a captação de doadores, promovendo a manutenção dos estoques. De
acordo com a legislação, de maneira geral, todo cidadão que tenha a intenção possui o direito de realizar a
doação de sangue, inclusive pessoas com deficiência (PcD). O projeto de extensão “Apoiando e Educando
Famílias de Pessoas com Deficiência” da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), iniciado em 2017, atua junto a famílias de PcD de baixa renda na sala de espera do
Educandário/Centro de Reabilitação São João Batista em Porto Alegre/RS, trabalhando temas sobre
autocuidado, autoestima e educação em saúde e utiliza também redes sociais (Instagram® e um grupo de
WhatsApp®) como ferramenta de comunicação constante com as famílias de PcD. Em parceria com o
Projeto, a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde da UFCSPA, autora deste resumo,
desenvolveu três vídeos sobre doação de sangue a convite de sua orientadora, que é coordenadora do
Projeto, com o objetivo de atender a demanda das famílias dessa população que desejavam saber se seus
filhos poderiam doar sangue, além de criar um diálogo sobre a importância da doação de sangue em geral.
Os tópicos abordados foram: pessoas com deficiência podem doar sangue, quais os pré-requisitos para doar
e quem pode ser beneficiado com a doação de sangue. Os vídeos foram editados na plataforma de design
online Canva® e possuem duração média de 1 minuto e 10 segundos, elementos gráficos ilustrativos e
legendas e áudio em português, permitindo maior abrangência de comunicação com o público, e foram
disponibilizados em @apoiandofamiliasdepcd no Instagram® e no grupo das famílias de PcD no
WhatsApp®. Com mais de 3.000 visualizações no Instagram®, os vídeos tiveram grande repercussão entre
os seguidores das páginas associadas (perfis de professores e da autora dos vídeos e o perfil do Projeto)
com curtidas e manifestações positivas. No grupo de WhatsApp®, composto por 45 famílias de PcD, pelos
pesquisadores e os extensionistas, surgiram dúvidas e depoimentos. Uma das falas que chamou a atenção
do grupo de profissionais envolvidos foi o de uma mãe que disse “Achei muito legal o vídeo! PcDs são
colocados como alguém com condições de ajudar outras pessoas. Isso, na nossa sociedade é raríssimo! As
pessoas enxergam PcDs como ‘incapazes’ em tudo e para tudo... Eu gostei muito do vídeo!”. Também,
tiveram relatos de pessoas que haviam deixado de doar sangue após o diagnóstico de distúrbio sanguíneo
por desconhecerem os pré-requisitos para se tornar um doador de sangue, por não saberem que a deficiência
em si não é um impeditivo para a doação e como funciona o processo de doação de sangue. Verificou-se
que a divulgação dos vídeos não só contribuiu para dirimir dúvidas sobre quem pode doar sangue como
também criou um espaço para discussão e conscientização sobre a importância desta ação.

Palavras-chave: doação de sangue, conscientização, pessoas com deficiência.

1
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

163
ALÉM DAS FÓRMULAS: ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE STORYTELLING EM QUÍMICA

Jéssica Higino de Souza1, Kaciele Ferreira Jorge dos Santos1, Jeane Albuquerque dos Santos1, Fred
Augusto Ribeiro Nogueira1

RESUMO
O Storytelling é uma metodologia de ensino que busca a participação ativa dos alunos por meio de
vivências e situações de aprendizado, podendo ser empregada para incentivar um ensino mais envolvente
para o estudante e assim os aproximar das temáticas das aulas, principalmente em áreas em que esse
distanciamento é mais visível. A disseminação dos conteúdos de química apresenta diversos desafios e
obstáculos que dificultam o processo de ensino-aprendizagem. Assim, o uso do storytelling, no ensino de
química, pode ser eficaz para estimular a curiosidade, imaginação e pensamento crítico dos estudantes
diante dos desafios e obstáculos da cultura científica. Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica de
natureza qualitativa em artigos relacionados ao uso do storytelling no ensino de química com o objetivo de
mapear como o tema está sendo abordado na química. Com este estudo busca-se compreender a importância
do uso do storytelling como uma metodologia inovadora e os desafios específicos da disseminação de
conteúdos químicos, tornando o aprendizado mais cativante e eficaz para os alunos. Para compreender o
cenário mundial e nacional do uso do storytelling, mais especificamente na área da química, foi efetuada
uma busca em bases de dados para artigos entre os anos 2000 e 2023. Os termos de busca escolhidos para
realizar essa pesquisa foram utilizados na língua inglesa na base de dados da Scopus e na língua portuguesa
na base de dados da Capes. As palavras-chaves formaram um grupo de palavras divididos em: active
methodology (I); active methodology AND storytelling (II); storytelling AND chemistry (III). Esses termos
foram selecionados de modo a obter uma visão generalizada sobre como vem sendo estudado e utilizado o
storytelling na química. Com os resultados da base de dados Scopus foi verificado interesse da comunidade
científica em pesquisas sobre active methodology. Entretanto, ao avaliar o número de publicações de artigos
sobre sobre storytelling e chemistry observa-se um número de publicações reduzido, quando comparado ao
termo de busca I e II, apenas 0,2 % dos artigos são da área de química. Cerca de 37% dos trabalhos foram
publicados nos últimos três anos, sendo o ano de 2021 responsável pelo maior volume de publicações. Os
Estados Unidos lideram em número de publicações, abarcando 32% do total, enquanto o Brasil ocupa a
oitava posição, contribuindo com 2,3% das publicações que incorporam as palavras do grupo III. Com as
buscas na base de dados da CAPES, exclusivamente, na língua portuguesa, foram encontrados apenas 3
artigos que relatam o uso de storytelling na química, relacionados aos assuntos de química orgânica,
química forense e modelos atômicos. Com a análise de dados realizada, é possível identificar que a área de
storytelling tem despertado o interesse da comunidade acadêmica em diversas áreas de conhecimento.
Entretanto, o número limitado de artigos demonstrando o uso do storytelling na química indica que há um
espaço a ser preenchido nessa linha, o que chama a atenção, do ponto de vista educacional, para a
importância de estudar, conhecer e desenvolver estratégias de ensino inovadoras nessa área.

Palavras-chave: ensino de química, metodologia, storytelling.

1
Instituto federal de Alagoas (IFAL)

164
BREVE ANÁLISE DO CONTO AS TRÊS IRMÃS, DE MOREIRA CAMPOS, COMO PRÁTICA
TEXTUAL

Autor1
Luiza Maria Aragão Pontes
Mantenha este espaço em branco.
RESUMO
O presente trabalho faz uma reflexão sobre o conto “As Três Irmãs”, de Moreira Campos, focando
questões familiares, e do desapego, contextualizando outros tempos, com os solilóquios de três irmãs e seus
mundos particulares que ficaram marcado num passado bem próximo, evidenciando assim, as principais
características do conto, não somente, como Gênero Textual, mas também, um tipo de narrativa curta, ao
reverenciar o estilo de um dos melhores contistas cearenses. Foram destacadas as fases por onde
vivenciaram os contos do autor: Impressionista, Transição e Realista. A leitura do conto permitiu uma breve
análise linguística do seu enredo. Metodologicamente, desenvolvemos um estudo de caso com alunos do
1º ano do Ensino Médio, através de uma Pesquisa Descritiva e Bibliográfica, para melhor compreensão do
conto em classe. Os alunos tiveram a oportunidade de ler o conto, conhecer o estilo do autor, desenvolver
um debate sobre o enredo do conto, oportunizando sua definição de conto para depois, desenvolver a prática
textual. No processo de Letramento Literário e também, Digital, vamos nos deparar com apresentação do
vídeo Arquivo Doc\Perfil Moreira Campos para que os alunos, tomassem conhecimento do estilo e das
várias características do contista Moreira Campos. Concluímos que o desenvolvimento do Letramento
proporcionou proximidade entre alunos, seguindo as orientações para desenvolverem uma síntese da
história como tipo de Prática Textual em forma de Resumo, permitindo o bate-papo em sala de aula.

Mantenha este espaço em branco.


Palavras-chave: conto, letramento literário, resumo.

1
EEFMJBM – SEDUC – Escola de Ensino Fundamental e Médio José Bezerra de Menezes

165
SER MENINO E SER MENINA: reflexões sobre a construção de gênero a partir de narrativas
escritas de crianças do ensino fundamental

John Jamerson da Silva Brito1, Witembergue Gomes Zaparoli2

RESUMO

As construções de gêneros possuem normativas sociais que determinam de forma arbitrária o que é
o papel de menino e de menina, normatizando todos os comportamentos e ações. Historicamente a escola
vem sendo um lócus de reprodução dessas normativas, perpetuando modos de ser, vestir-se e comportar-se
em consonância aos gêneros binários (masculino/feminino; macho/fêmea). Sendo assim, a presente
pesquisa visa apresentar algumas reflexões acerca da construção de gênero do que é ser menino e menina
a partir das narrativas de crianças do ensino fundamental, mais especificamente de uma turma de 4º ano no
munícipio de Davinópolis/MA em 2022. Utilizando-se da análise da produção textual com o tema “Sou
menino e sou menina...”, busca-se por meio dos estudos queerdecoloniais compreender como as crianças
entendem essas construções binárias. Por meio do trabalho percebe-se que algumas crianças conseguem
entender as transgressões normativas de gênero, apontando ações, brincadeiras e modos de ser que não
limitam-se unicamente as suas características ou papéis comumente atribuídos a determinados gêneros,
entretanto, outras apresentam uma conformação com aquilo que é tido como natural para o papel seja de
menino ou menina, afirmando claramente que existe uma divisão sobre o que é ser um menino e ser uma
menina, quais coisas meninos podem fazer ou não, e da mesma forma o que meninas podem ou não fazer.
As narrativas então demonstram essa dualidade, e ao mesmo tempo uma rigidez na concepção/percepção
das crianças, ao apresentarem que não se pode transgredir certas ações, pois isso é unicamente realizada ou
pertencente aquele gênero.

Palavras-chave: Gênero, Narrativas de crianças, Estudos Queerdecoloniais;

1
Doutorando em Educação pelo PPGE da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.
2
Doutor em Letras e Docente Permanente do PPGFOPRED da Universidade Federal do Maranhão – UFMA.

166
EXPRESSÕES ARTÍSTICAS, PROCESSOS CRIATIVOS E AÇÕES AFETIVAS NA PRÁTICA
DOCENTE

Perotoni, Fernanda X. Ott1

RESUMO
Este resumo enfatiza a importância das expressões artísticas, dos processos criativos e das
abordagens afetivas orientada para professores da educação básica. Ao imergir no mundo da arte,
desvendamos uma riqueza de sentimentos, sensações e emoções. A literatura gestáltica, por sua vez, oferece
uma perspectiva psicoterapêutica profundamente centrada na expressão individual, sendo essa tríade
(sentimentos, sensações e emoções) um elemento crucial no desenvolvimento teórico e com influência
direta no empoderamento dos alunos. Em relação aos sentimentos, é importante destacar que eles estão
intrinsecamente ligados às sensações, ou seja, os sentimentos envolvem a compreensão e integração. São
distintamente individualizados e necessitam incorporar eventos específicos das experiências e memórias do
sujeito (Polster & Polster, 2001). A partir dos sentimentos e de sua conexão com as sensações, podemos
abordar o conceito de sensação, que se refere à experiência sensorial desencadeada por estímulos, sejam
eles internos ou externos, e seus mecanismos biológicos. Em resumo, a sensação é essencialmente uma
ação dos sentidos (Ries, 2004). Passemos agora para as emoções, que, embora tenham uma definição
distinta, estão intimamente ligadas aos sentimentos e às sensações. Reeve (2006) enfatiza que as emoções
são frequentemente reconhecidas como sentimentos devido ao impacto que exercem na experiência e
expressão do indivíduo. Compreender essa tríade revela-se fundamental para o planejamento, interpretação
e reflexão do educador em relação aos alunos. A promoção de uma educação mais humanizada e afetiva
estimula diversas formas de expressão, enriquecendo o repertório e capacitando os professores a se
adaptarem às necessidades individuais dos estudantes. Não podemos deixar de mencionar o processo
criativo, que é crucial para o desenvolvimento completo e saudável do indivíduo (Wechsler, 2008). Durante
o processo criativo, o aluno percorre um caminho que envolve experimentação, espontaneidade e
transformação tanto na produção artística quanto em questões pessoais. A arte desempenha um papel
fundamental na análise das manifestações de crianças e jovens, facilitando a compreensão e a expressão de
questões profundas e provocativas. Isso promove uma abordagem mais humanizada em relação à produção
e à expressão de cada indivíduo, possibilitando interpretações e ressignificações mais significativas.

Palavras-chave: arte, afeto, educação

1
Escola de Ensino Fundamental e Médio – Pelotas - RS

167
DISCURSOS SOBRE MEDIAÇÃO E LEITURA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA

Rodrigo Soares Brito1, Milena Moretto2

RESUMO
A presente discussão3 se insere no contexto de estudos sobre leitura e formação de professores,
partindo da concepção de leitura como prática social, culturalmente produzida nas relações entre pessoas,
compreendendo que a leitura, no contexto da prática docente, é também reconhecidamente valorizada,
atravessada por discursos que significam e impactam a constituição e formação do professor. Resultado de
uma pesquisa de mestrado, de abordagem qualitativa, a investigação teve como principal objetivo
compreender quais discursos sobre leitura emergem das vozes dos professores e como essas leituras vão
constituindo e auxiliando o processo formativo desses sujeitos. Como fundamentação teórica, para abordar
a leitura e sua centralidade na formação docente, pautamo-nos na perspectiva enunciativo-discursiva, nos
aportes dos Novos Estudos sobre o Letramento e nas considerações do método (auto)biográfico. Foram
realizadas entrevistas narrativas com quatro professoras da educação básica da Rede Municipal da cidade
de Itatiba-SP. A discussão dos dados aponta que, diante das leituras realizadas durante a trajetória de vida e
nos cursos de formação, os professores são impactados sobretudo pela finalidade das leituras e pelo
processo de mediação conduzido pelos formadores. As enunciações das professoras nos desvelam a
relevância da dimensão dialógica da leitura no processo de formação, a constituição a partir das trocas
dialógicas entre os professores e com formadores e em atividades formativas que, a despeito das relações
de poder que perpassam a escola, tenham em primeiro plano as demandas reais do professor, buscando
caminhos que efetivamente signifiquem e ressignifiquem sua constituição docente e sua prática em sala de
aula.

Palavras-chave: Educação Básica, formação de professores, discursos sobre leitura

1
Universidade São Francisco (USF).
2
Universidade São Francisco (USF).
3
A pesquisa que dá origem ao presente artigo foi realizada com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior – Brasil (CAPES) - código de financiamento 001.

168
REFLEXÕES SOBRE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL A
PARTIR DA EXPERIÊNCIA DE DOCENTES QUE ATUAM NO ENSINO FUNDAMENTAL.

Maycon Vinicius Silva de Sousa1, James de Macedo Carvalho2

RESUMO
O presente texto é fruto de uma pesquisa, vinculada a disciplina “História da Europa I”, do 2º
período do curso de licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia, da Universidade Federal do Maranhão.
O estudo e as discussões das bibliografias indicadas levaram ao seguinte problema: Quais práticas são
desenvolvidas pelos professores do ensino fundamental no trabalho com História Antiga e Medieval? A
pesquisa teve como objetivo analisar as práticas e os desafios que os professores do ensino fundamental
vivenciam no ensino da História Antiga e Medieval, na cidade de Imperatriz-MA. O estudo tem uma
abordagem qualitativa, empregando a pesquisa de campo como estratégia metodológica e a entrevista
semiestruturada como instrumento de coleta de dados. Os sujeitos da pesquisa foram dois professores da
rede pública municipal da cidade de Imperatriz. Buscamos as contribuições de Macedo (2012) e Nadi
(1992, 1993) sobre o currículo e o ensino de História, especialmente a Antiga e Medieval, para fundamentar
o estudo. A análise dos dados da pesquisa indica que os professores buscam se atualizar por meio de
pesquisas na internet ou por formações continuadas oferecidas pelo município, porém as formações são
escassas e giram em torno de uma história mais atual, ou de questões metodológicas. Sobre o trabalho com
o livro didático foi verificado que os professores têm utilizado como o recurso mais acessível ao aluno,
embora também façam uso de outros recursos como filmes, jogos e até visitas a museus através de softwares
específicos, tudo isso para aumentar o interesse dos alunos nessa temática. Identificamos ainda que alguns
conteúdos da História Medieval não são explorados com a intensidade que deveriam, como questões
religiosas dentro das primeiras civilizações africanas, e questões de gênero, como a história da mulher
dentro dessas civilizações. A pesquisa indica que o trabalho com História antiga e medieval acontece de
forma tímida e que os desafios com esses conhecimentos estão diretamente relacionados com a falta de
formação específica oferecida pelo município, bem como a reduzida carga horária da disciplina e as
limitações que o livro didático possui nesses conteúdos, ficando a cargo do professor a busca de outros
recursos para complementar e auxiliar.

Palavras-chave: História antiga e medieval, práticas pedagógicas, ensino.

1
Universidade Federal do Maranhão/UFMA
2
Universidade Federal do Maranhão/UFMA

169
DUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM TEMPOS REMOTO
ENTRE O ANO 2020 NO MUNICÍPIO DE UARINI- AM

Eliomar Monteiro de Almeida1


,Jacimara Oliveira da Silva Pessoa2

RESUMO
A presente antigo, contribuir positivamente para a melhoria da pratica pedagógica do professor que
faz a formação continuada ou a própria graduação através o educação a distância na região norte, devido
seu nicho geográfico. A escolha deu-se por conveniência devido ao tempo relativamente curto para
desenvolvimento da pesquisa no que tange ao processo do marco teórico na construção, onde trabalhamos
com alguns teórico de forma na facilidade de acesso às informações da educação a distância. O universo da
pesquisa compõe-se do objetivo geral é Analisar as interferências da pandemia no campo da Educação a
distância para formação de professores em tempos remotos entre o ano 2021 no município de Uarini- AM
2021". Após a suspensão das atividades presenciais causada pela pandemia de Covid-19 em todo o mundo,
alunos e professores precisaram migrar para o meio virtual. Ferramentas virtuais que antes eram utilizadas
apenas como suporte no processo de aprendizado se tornaram da noite pro dia peças essenciais para a
manutenção do ensino. Para tanto faz-se necessário conhecer in lócus os tipos de violência praticados no
contexto escolar, como também conhecer a realidade da interferência da pandemia na formação dos
professores e sua potencialidades nas práticas pedagógicas. Nesse sentido, esse estudo foi caracterizado
como uma pesquisa mista de cunho quantiqualitativa de modo misto, com estudo da literatura bibliográfica,
pesquisa de campo, exploratória e descritiva com entrevistas semiestruturada sobre as categorias centrais
que envolvem a temática de estudo.

Palavras - Chaves: Tecnologia, educação a distância, Formação de Professores

1
Graduanda em Normal Superior –pela Universidade Estadual do Amazonas - UEA , Mestre em Ciências
da Educação pela Universidad Deil Sol- UNADES email: eliomaralmeida2009@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/4299895987931313
2 Doutora em Educação: Graduada em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas- UFAM –DOUTORA.

pela UNIVERSIDADE DE SAN LORENZO – UNISAL: email: jacypessoa@gmail.com. https://orcid.org/ ID- 0000-0001-9353-2185
http://lattes.cnpq.br/1004775463373932

170
A RELAÇÃO ENTRE O USO DO WHATSAPP PESSOAL PARA FINS DE TRABALHO E A
PERCEPÇÃO DE ESGOTAMENTO PROFISSIONAL

Mércia Cristiley Barreto Viana1 Romulo Andrade de Souza Neto 2 Yuri Ravell Nobre Costa3 Tamara
Almeida Damasceno4

RESUMO

A proliferação do uso do WhatsApp no ensino superior resultou em explosão de emoções no tocante


ao desempenho profissional dos docentes. Este artigo responde o objetivo de compreender a relação entre
o uso do WhatsApp pessoal para fins de trabalho e a percepção de esgotamento profissional. A metodologia
trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem descritiva realizada no Brasil, como instrumento
utilizou-se entrevistas semiestruturadas com 06 docentes do ensino superior durante a pandemia no período
de novembro de 2022, e analisadas à guisa da análise do discurso. Os resultados emergiram a partir dos
discursos dos entrevistados um conjunto de efeitos que a pandemia causou no tocante ao esgotamento
profissional dos docentes, decorrentes da aceleração do uso do WhatsApp. Portanto, o estudo permite a
visualização dos efeitos pandêmicos na saúde dos profissionais do ensino superior. Limitações do estudo
amostragem realizada aleatoriamente reduzida, sugestão para pesquisas futuras comparar esses resultados
por regiões que foram mais afetadas pela covid-19.

Palavras-chave: WhatsApp, desempenho, estado emocional.

1
Universidade Potiguar - UnP.
2
Universidade Potiguar – UnP.
3
Uninassau Sobral – UNINASSAU.
4
Universidade da Amazonas – UNAMA.

171
PROFESSORES INICIANTES EM ESCOLAS DE PERIFERIA EM SP CAPITAL

FERNANDA DE SOUZA SILVA GOIVINHO1


ITAMAR ERNANDES 2

RESUMO

O resumo aborda a experiência de professores iniciantes que trabalham em escolas localizadas em


territórios periféricos dos municípios de São Paulo. Essas escolas enfrentam uma série de complexidades,
incluindo infraestrutura precária, recursos limitados e uma diversidade de contextos socioeconômicos e
culturais. Para (NÓVOA, 2009, p. 9) “não nascemos, mas tornamo-nos professores”. Os professores
iniciantes que escolhem trabalhar nessas escolas frequentemente se deparam com uma demanda por
habilidades versáteis e adaptativas. Eles não precisam apenas dominar o conteúdo curricular, mas também
desenvolver habilidades para lidar com situações de conflito, atender às necessidades de alunos com
diferentes níveis de aprendizado e lidar com desafios emocionais que muitos alunos enfrentam devido a
circunstâncias socioeconômicas adversas. Além disso, a falta de recursos e o ambiente escolar muitas vezes
caótico podem tornar o planejamento e a execução de aulas eficazes um verdadeiro desafio. Os professores
iniciantes precisam ser criativos para encontrar maneiras de engajar os alunos e tornar o aprendizado
significativo, mesmo em condições adversas. No entanto, apesar dos obstáculos, muitos professores
iniciantes encontram uma motivação e realização ao trabalhar nas escolas de periferia. Eles têm a
oportunidade de fazer uma diferença tangível na vida dos alunos, oferecendo um ambiente seguro e de
apoio, além de promover a educação como uma ferramenta para a mobilidade social. Programas de mentoria
e capacitação contínua desempenham um papel crucial no apoio aos professores iniciantes nesse contexto,
compartilhando experiências, estratégias e oferecendo suporte emocional, esses programas criados para o
desenvolvimento profissional e para a proteção desses professores nas escolas de periferia. Encontramos
nesses professores satisfação ao fazer a diferença na vida dos estudantes e contribuir para uma educação
mais inclusiva e equitativa.
Palavras-chave: Professor Iniciante, Escola Periférica.

1
Universidade Cidade de São Paulo – UNICID
2
Universidade Cidade de São Paulo – UNICID

172
EXPERIMENTOS PRÁTICOS PARA O ENGAJAMENTO DO ALUNO NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA INTERDISCIPLINARIDADE

Renata Florence dos Santos1, Janara de Camargo Matos2, Eduardo Florence Batista3

RESUMO
O presente resumo tem como proposta relatar a experiência docente que apresentou aos alunos os
experimentos práticos que foram facilitadores para compreensão da química, utilizando novas tecnologias,
trabalhando de forma interdisciplinar com as disciplinas de Química e Informática aplicada à Química
(IAQ) de alunos do 1º ano do Ensino Médio Integrado ao Técnico de Química da Escola Técnica Estadual
do Centro Paula Souza, em específico a Etec de Praia Grande. A proposta foi aplicada em três aulas, sendo
duas de química e uma de IAQ, onde a primeira aula foi sobre: indicador ácido base a partir de beterraba:
Valores da escala de pH para classificar soluções aquosas como ácidas, básicas e neutras cujo objetivo foi
desenvolver a habilidade de analisar o pH através de uma aula dialogada expositiva sobre o tema e também
da disponibilização de videoaula apresentando a realização do experimento: o Indicador ácido base a
partir de beterraba, que demonstrou alterações das cores das soluções de acordo com seu pH. Foram
apresentadas aos alunos leituras complementares sobre química das soluções, usando a beterraba para medir
o pH e extração do corante da beterraba (Beta vulgaris) usado como indicador ácido-base, ao final da
primeira aula foi solicitado aos alunos a uma atividade que exigiu a execução de um experimento, bem
como o relato através de reflexões sobre os resultados obtidos. A segunda aula foi sobre a temática da
densidade do naftaleno, com o objetivo de apresentar a relação entre a massa e o volume de um determinado
material seja gás, sólido ou líquido e mostrar, de maneira visual, como funciona a diferença de densidade,
o experimento consistiu em mostrar pastilhas de naftalina flutuando e afundando em uma garrafa PET
devido a reação química entre o ácido acético e o bicarbonato de sódio. Utilizou-se a uma aula dialogada e
expositiva sobre o tema e uma videoaula sobre a realização do experimento. Foi solicitada ao aluno a
realização do experimento em casa e o relato através de relatório construído nas aulas de IAQ de forma
interdisciplinar. Como etapa final do experimento durante a aula de IAQ os trabalhos realizados foram
unificados pelos alunos a fim de montar um portfólio on-line sobre as práticas aprendidas nas aulas
anteriores com o auxílio de ferramentas tecnológicas. Esta aula prática de IAQ foi específica para a
construção do blog, solicitando fotos dos experimentos das aulas anteriores, dados dos relatórios redigidos
e vídeos dos experimentos realizados. A avaliação foi feita de forma contínua, com diferentes instrumentos
de avaliação objetivando constatar o aprendizado do aluno. Foram utilizados para avaliação os seguintes
instrumentos: relatório técnico individual; atividade em grupo de construção do blog; e experimento prático.
Por fim, foi solicitado aos alunos o preenchimento de um formulário que busca analisar o nível de
dificuldade de cada tarefa, pontuar o que os alunos acharam mais difícil e analisar como eles se consideram
em relação ao aprendizado adquirido com cada tarefa, sendo possível o aluno descrever sugestões para as
próximas tarefas.
Palavras-chave: experimentos práticos, blog, interdisciplinar.

1
Etec de Praia Grande (EtecPG) – Centro Paula Souza.
2
Etec de Praia Grande (EtecPG) – Centro Paula Souza.
3
Etec de Praia Grande (EtecPG) – Centro Paula Souza.

173
ETNOMATEMÁTICA E OS PRODUTORES DE CAFÉ: OS SABERES TRADICIONAIS NO
COTIDIANO ESCOLAR

Aldivania Alves Salvador Wernz1

RESUMO
Etnomatemática é um campo de estudos que se dedica a investigar e valorizar os conhecimentos
matemáticos presentes em diferentes culturas e grupos sociais. O termo "etnomatemática" foi cunhado pelo
educador brasileiro Ubiratan D'Ambrosio, na década de 1980, e desde então tem se difundido como uma
abordagem para a educação matemática mais inclusiva e contextualizada. O estudo da etnomatemática
reconhece que a matemática não é apenas uma ciência universal e abstrata, mas também está enraizada nas
práticas cotidianas e saberes tradicionais de diferentes comunidades. Assim, a etnomatemática busca
valorizar e incorporar esses conhecimentos locais ao ensino e aprendizagem da matemática, tornando o
processo mais significativo e relevante para os alunos. O Estado do Espírito Santo, meu foco de vivencia e
atuação possui em 77 dos 78 municípios plantações de café, com aprendizagem de vem de gerações. O
trabalho dos produtores de café, pode contribuir para o aprendizado em sala de aula, visto que para grande
parte dos estudantes é comum o contato com a produção de café em seus horários com a família. Através
da etnomatemática, diversos conceitos matemáticos, podem ser aplicados com exemplos da produção de
café, como medição de terras, cálculos de quantidade de mudas, espaçamento, monitoramento do
crescimento das plantas, gerenciamento de colheitas e negociação de preços. Esses saberes tradicionais dos
produtores de café contêm uma riqueza de conhecimentos matemáticos que geralmente não são
reconhecidos ou valorizados nos currículos tradicionais de matemática. Ao incorporar a etnomatemática no
cotidiano escolar, os educadores podem promover a valorização da cultura local, incentivar a participação
ativa dos estudantes na construção do conhecimento e criar uma ponte entre os conceitos matemáticos
abstratos e suas aplicações concretas na vida real. Além disso, a etnomatemática pode ajudar a fortalecer o
senso de identidade cultural dos alunos e criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso em sala de aula. No
entanto, é importante ressaltar que a abordagem etnomatemática não busca substituir o conhecimento
matemático formal, mas sim complementá-lo e enriquecê-lo com os saberes tradicionais das comunidades.
É um convite para reconhecer a diversidade de perspectivas matemáticas e valorizar a pluralidade de formas
de pensar e resolver problemas. Ao integrar os saberes tradicionais dos produtores de café por meio da
etnomatemática, os educadores podem tornar o ensino da matemática mais relevante, significativo e
contextualizado, promovendo uma educação mais inclusiva e valorizando as culturas locais.

Palavras-chave: Etnomatemática, Saberes Tradicionais, Produtores, Aprendizagem.

1
Mestranda na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

174
A GESTÃO COMPARTILHADA EM ESCOLAS MULTISSERIADAS CAMPESINAS

Adelícia de Oliveira1, Ozana Luzia Galvão Baldotto2

RESUMO
Esse texto pretende socializar a experiência da gestão educacional das escolas multisseriadas
vinculadas à rede municipal de Ensino de São Mateus/ES, localizadas em território campesino. Atualmente
a rede municipal de ensino possui 108 escolas, com 60 unidades escolares campesinas, destas sendo 40
escolas multisseriadas localizadas em território com identidade campesina diversificada como quilombolas,
assentamentos, agricultura familiar, pescadores, entre outros. A Educação do Campo teve início no
município de São Mateus a partir de 2010, com a implementação de 02 (duas) escolas em tempo integral
com Pedagogia da Alternância, por meio do movimento coletivo de famílias, lideranças comunitárias e
movimentos sociais. Na sequência em 2011, a estruturação do Comitê de Educação do Campo de São
Mateus com diversas lideranças, entidades e movimentos sociais representou a consolidação de espaço
coletivo de discussão e encaminhamento das ações da Educação do Campo no município de São Mateus/ES.
Em 2012, com o foco nas escolas multisseriadas estrutura-se o Plano de Fortalecimento da Educação do
Campo de São Mateus/ES (PLAFEC/SM), uma proposta pedagógica que envolve o trabalho com elementos
da Pedagogia da Alternância e Pedagogia do Movimento nos anos iniciais do ensino fundamental, contendo
calendário específico com estadia letiva e currículo construído a partir de temas geradores. A gestão
administrativa e pedagógica das Escolas Multisseriadas fixadas na sede da Secretaria Municipal de
Educação (SME) ganham uma nova configuração a partir de 2014, com o deslocamento da sede do trabalho
da gestão pedagógica para as regiões de localização das multisseriadas e em 2017, a transferência da sede
da gestão administrativa dessas escolas para o território campesino. Esse movimento de reorganização da
gestão pedagógica e administrativa para o território campesino foi uma demanda do Comitê de Educação
do Campo de São Mateus apresentada à SME. A escolha do Diretor Escolar para atuar nas escolas com
Proposta Pedagógica alinhada às diretrizes da Educação do Campo, possui como critérios o conhecimento
e experiência na modalidade de ensino, com participação da comunidade em que a escola encontra-se
inserida. O trabalho do diretor acontece em itinerância, com agrupamentos formados por uma quantidade
entre 4 e 6 escolas, considerando o número de estudantes e a distância entre as escolas multisseriadas. Como
norte principal, a gestão compartilhada nas escolas multisseriadas incide em uma organicidade de
agrupamentos coletivos que envolve educadores, famílias, lideranças comunitárias e estudantes no
fortalecimento da escola multisseriada em território campesino. Esses agrupamentos coletivos possuem
representantes com participação no Comitê de Educação do Campo de São Mateus.

Palavras-chave: multisseriada, gestão compartilhada, Educação do Campo.

1
Secretaria de Educação de São Mateus/ES (SME).
2
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

175
PROJETO DE INFORMÁTICA BÁSICA: APRENDENDO COM O TIME DO BEM, NO
LABORATÓRIO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

Analieze Aparecida Leopoldino Cardoso 1, Mauricio Rodrigues do Nascimento 2

RESUMO
O projeto "Informática Básica: Aprendendo com o Time do Bem", desenvolvido no Laboratório de
Tecnologias Educacionais de uma unidade escolar, localizada em Lages-SC, é uma iniciativa inovadora que
visa promover o ensino de informática de maneira inclusiva e acessível a todos os estudantes do ensino
fundamental II. Com foco na aprendizagem interativa e lúdica, o projeto busca despertar o interesse dos
estudantes pela tecnologia e capacitá-los com habilidades essenciais em informática. O projeto busca
atender os estudantes matriculados nas turmas de 6º ao 9º ano, garantindo que tenham acesso ao
conhecimento digital. Com uma abordagem prática e envolvente, o projeto proporciona aos estudantes a
oportunidade de aprender conceitos fundamentais de informática, como navegação na internet, uso de
programas básicos, criação de documentos e práticas de segurança online. Com resultados promissores, o
projeto destaca-se como uma referência na integração da tecnologia na educação, contribuindo para a
formação de cidadãos digitalmente competentes e preparados para o mundo contemporâneo. Através do
uso criativo e responsável da informática, o projeto busca inspirar o desenvolvimento de habilidades e
competências que impulsionem o crescimento pessoal e profissional dos estudantes, contribuindo para um
futuro mais inclusivo e tecnologicamente capacitado. Além das atividades direcionadas à informática, o
"Time do Bem" desempenha um papel fundamental na comunidade escolar ao oferecer outras ações
enriquecedoras. Por meio de uma comunidade no WhatsApp, são compartilhadas oportunidades de
qualificação profissional e acesso a vagas de empregos, visando o desenvolvimento socioeconômico dos
estudantes e seus familiares. Essa abordagem integrada e abrangente, fortalece a relação entre o projeto e a
comunidade, garantindo um impacto positivo não apenas na aprendizagem dos estudantes, mas também em
suas perspectivas futuras de inserção no mercado de trabalho e na busca por uma vida mais promissora.
Com essa visão abrangente e integradora, o projeto "Aprendendo com o Time do Bem" torna-se uma
referência exemplar na promoção do conhecimento tecnológico, da inclusão social e da qualificação
profissional, abrindo caminhos para um futuro mais promissor e equitativo para todos os envolvidos.

Palavras-chave: inclusão digital, laboratório de aprendizagem, tecnologia na educação

1
Escola de Educação Básica Visconde de Cairu.
2
Escola de Educação Básica Visconde de Cairu.

176
RECURSOS PSÍQUICOS DOS PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR NO
COMPARTILHAMENTO DE EXPERIÊNCIAS INOVADORAS: UM ESTUDO EM UM
PORTAL DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

Cleber Lopes1, Aldemar Costa2, Jurândi Serra Freitas3

RESUMO
Este estudo visa analisar os recursos psíquicos dos professores do Ensino Superior ao
compartilharem suas experiências inovadoras e exitosas em um Portal de Educação Superior. O progresso
e a evolução das tecnologias digitais abriram oportunidades para professores compartilharem suas práticas
pedagógicas e enriquecerem o cenário educacional. Utilizando uma abordagem qualitativa, foram
realizadas entrevistas semiestruturadas e grupos focais com professores de diferentes disciplinas. A revisão
bibliográfica embasa a análise dos recursos psíquicos, como resiliência, adaptabilidade, autoeficácia,
motivação e autorregulação, essenciais para enfrentar os desafios inerentes ao compartilhamento de
experiências em um ambiente digital. Os resultados destacam que os professores enfrentam desafios
emocionais ao compartilharem suas práticas inovadoras. A exposição pública de suas experiências e a
necessidade de adaptação ao ambiente digital podem gerar ansiedade e insegurança. No entanto, os docentes
também relatam sentimentos positivos de realização e satisfação ao verem suas práticas reconhecidas e
impactando outros educadores. A resiliência mostra-se como um recurso-chave para superar possíveis
obstáculos e críticas. Professores resilientes têm maior capacidade de lidar com feedbacks e resistências,
aprendendo com os desafios e aprimorando suas experiências compartilhadas. A autorregulação é
fundamental para a organização e planejamento do conteúdo compartilhado. A habilidade de gerir o próprio
tempo e ajustar a linguagem ao público-alvo contribui para uma experiência mais enriquecedora aos
usuários do portal. A motivação e a autoeficácia são determinantes para o engajamento contínuo dos
professores no compartilhamento de suas práticas. A crença na capacidade de influenciar positivamente
outros colegas e a motivação intrínseca em contribuir para o avanço da educação impulsionam o
compartilhamento de experiências inovadoras. Compreender os recursos psíquicos dos professores nesse
contexto é crucial para fomentar uma cultura de colaboração e aprendizagem entre pares. O apoio
institucional, o reconhecimento da importância do compartilhamento e a criação de um ambiente de apoio
são estratégias essenciais para incentivar e valorizar essa prática.Em síntese, este estudo enfatiza a
relevância dos recursos psíquicos dos professores do Ensino Superior ao compartilharem suas experiências
inovadoras e exitosas em um Portal de Educação Superior. O entendimento desses recursos emocionais
pode promover estratégias eficazes para apoiar e incentivar o compartilhamento de práticas pedagógicas
enriquecedoras, aprimorando a qualidade do ensino no âmbito do ensino superior.
Palavras-chave: Portal de Educação Superior, Recursos Psíquicos, Compartilhamento de
Experiências, Ensino Superior, Práticas Pedagógicas Inovadoras.

1
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
2
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
3
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

177
A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO E NA APRENDIZAGEM DA
CRIANÇA DE PRÉ-ESCOLA EM PARAIPABA, CEARÁ

Ana Paula Marques de Melo Lourenço1, Lucivanio Rodrigues Lourenço 2

RESUMO
Essa pesquisa pretendeu investigar a relevância e a contribuição da ludicidade no desenvolvimento
e na aprendizagem da criança em idade pré-escolar, em Paraipaba, Ceará. A pesquisa foi desenvolvida a
partir de um estudo bibliográfico e de campo. O método constou de entrevistas a docentes de pré-escola,
análise documental e observação de sala. A pesquisa bibliográfica, respaldou-se em trabalhos de autores
que abordam os assuntos em questão: Winnicott, Freire, Vygotsky, Malaguzzi, Piaget, Kishimoto, Ribeiro,
Bianchini. Seus trabalhos dão respaldo a um processo de ensino e aprendizagem voltado para a ludicidade
da criança, indispensável para o desenvolvimento dessa na Educação Infantil. Os teóricos citados oferecem
uma melhor compreensão dessa temática, onde o brincar, por exemplo, deve ser utilizado como força motriz
nas atividades pedagógicas, pois um trabalho nessa perspectiva, contribui para formação integral da criança,
e para o seu desenvolvimento, em diversos aspectos, seja cognitivo, emocional, intelectual, cultural e
afetivo, além de desenvolver a concentração, a criatividade, a linguagem, ou seja, a formação humana.
Nesse sentido, percebeu-se que a escola, lócus da pesquisa, precisa ampliar a formação continuada de seus
professores e apropriar-se de conhecimentos concernentes a esse assunto, para uma melhor garantia dos
direitos de aprendizagem dos pequenos, onde, no ambiente escolar possam aprender e se desenvolver de
forma plena. E a escola passa, então cumprir o seu papel social, enquanto instituição, desenvolvendo
habilidades e percepção de mundo, entre outros instrumentos otimizadores e potencializadores no processo
de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: educação infantil, ludicidade, desenvolvimento da criança.

1 Universidad Interamericana (UI).


2 Universidad Interamericana (UI).

178
GRUPO DE TRABALHO CIDADE BRINCANTE: INTERLOCUÇÕES ENTRE O JOGO,
ESCOLA E COMUNIDADE

Rodrigo Wanderley de Sousa-Cruz1, Pierre Normando Gomes-da-Silva2

RESUMO

O objetivo deste resumo é apresentar o Grupo de Trabalho Cidade Brincante (GTCB) e sua
aproximação com o componente curricular Educação Física (EF). Este GT é um dos constituintes do Grupo
de Pesquisas em Pedagogia da Corporeidade (Gepec), vinculado à Universidade Federal da Paraíba
(UFPB). Nossa tese é que a EF escolar tenha mais atenção aos jogos praticados na comunidade ou bairro
em que a escola esteja inserida, para assim poder ampliar sua cultura brincante e estar mais próximo do que
ocorre no entorno da escola. O GTCB investiga o processo de modelização sociocultural dos jogos que
ocorre nas comunidades, configurando o viver da própria comunidade, seja por análises cartográficas de
jogos por microrregiões, seja dos jogos como acervo cultural e direito à cidadania, ou ainda, comparando
os efeitos dos jogos para configuração de uma cidade brincante. Destarte, concluímos recentemente uma
tese de doutorado, cujo objetivo foi compreender os efeitos da frequência dos jogos nas praças públicas
para a configuração brincante da capital paraibana, João Pessoa-PB. Demarcamos o caráter sociocultural
dos jogos, a partir da observação, descrição, mapeamento, catalogação e categorização dos jogos vividos
nas praças públicas de João Pessoa-PB, e como esses jogos podem contribuir para uma relação mais estreita
entre os jogos nos bairros e as aulas de educação física nas respectivas escolas desses bairros, quiçá,
possibilitando práticas pedagógicas que respeitem a cultura urbana local. Apostamos que o incentivo
público e pedagógico da prática de jogos na cidade seja um propulsor de uma dinâmica mais brincante do
viver citadino, promovendo uma identidade cultural e um envolvimento societário com o entorno
ambiental, relacional e sociocultural. Nessa perspectiva de cidade brincante, a Educação Física Escolar
pode aprofundar os conhecimentos que já existem nas comunidades e se valer de uma maior interação com
elas ao valorizar os jogos nesses espaços urbanos, em especial, nas praças públicas.
Palavras-chave: Pedagogia da Corporeidade, Cidade Brincante, Escola e Comunidade.

1
Grupo de Pesquisas em Pedagogia da Corporeidade (Gepec) - Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
2
Líder do Grupo de Pesquisas em Pedagogia da Corporeidade (Gepec) - Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

179
JARDIM SENSORIAL: INTERAÇÃO DIDÁTICA PARA O CONHECIMENTO DE PLANTAS
MEDICINAIS

Giovanna Vera Trajano da Silva1, Dylan Carneiro de Rezende¹, Beatriz Lopes de Mello¹, Ionice de
Oliveira Moreira Cardoso², Sharon Santos de Lima¹

RESUMO
A compreensão e utilização sobre as propriedades medicinais de plantas no Brasil é uma prática
passada de forma informal e de geração para geração. Muitos advém dos saberes tradicionais oriundos de
raízes indígenas e quilombolas, por exemplo. No entanto, esses conhecimentos são pouco abordados
juntamente com seu viés científico. Diversas ervas que são comuns em jardins, facilmente cultivadas nas
ruas e em canteiros de casa, utilizadas na alimentação, estão presentes no cotidiano das pessoas sem
entenderem o porquê de estarem sendo aplicadas dessa forma. Em muitos casos são incrementadas em
receitas ou chás sem que as pessoas saibam o potencial químico, medicinal e até mesmo nocivo que aquela
planta pode apresentar. Sendo assim, nós estudantes bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação à Docência) BIOLOGIA UFRRJ, elaboramos o nosso projeto Jardim Sensorial, visando
aproximar os alunos do ensino médio do Colégio Estadual Barão de Tefé, localizado em Seropédica-RJ,
das plantas através de suas próprias percepções sensitivas. A proposta do projeto consistiu em resgatar um
contato físico, ao pedir que tocassem nas folhas das plantas para sentirem a textura e o cheiro que elas
apresentavam à medida que ocorria uma explicação de sua história e utilização. O trabalho foi apresentado
na Feira de Ciências da escola, chamado Ciências sem Fronteiras, juntamente com outras disciplinas como
química e física. Para a elaboração do material, escolhemos para estudo: cravo, camomila, manjericão,
alecrim, capim limão e variedades do boldo. As mudas de cada planta foram dispostas sobre a bancada para
visualização e interação do público com o material, cards explicativos com conteúdo geral sobre cada
exemplar e um banner contendo todo conteúdo teórico e referências de todo trabalho. Além de referências
de artigos, dois livros, do próprio acervo do PIBID, sobre plantas medicinais e etnobotânica foram
utilizados para elaboração do trabalho. A dinâmica utilizada despertou interesse e curiosidade dos alunos,
todas as apresentações possuíram diálogos e trocas de conhecimentos diferentes, visto que possuíam vagas
noções acerca dos assuntos. Por fim, concluímos que todos os saberes e conhecimentos são válidos e quando
aliados às ciências podem ter grande adesão da população e sua utilização de maneira consciente e segura.

Palavras-chave: jardim sensorial, medicina tradicional, etnobotânica.

¹ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, ² Colégio Estadual Barão de Tefé.

180
ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPO INTEGRAL: FRAGILIDADES E
POTENCIALIDADES

Vanilda Pereira Nunes de Sousa 1

RESUMO
A presente pesquisa tem como objeto de estudo as fragilidades e potencialidades de uma escola de
Educação Infantil em tempo integral na cidade de São Paulo. Esta pesquisa foi motivada pelas seguintes
questões: Os tempos e espaços são organizados para contemplar as necessidades das crianças na Educação
Infantil e contribuir para o seu desenvolvimento? Os profissionais da unidade compreendem e diferenciam
os conceitos de educação integral e da educação em tempo integral? Tem-se como objetivo geral:
identificar as fragilidades e potencialidades de uma escola de Educação Infantil em tempo integral na cidade
de São Paulo. Os objetivos específicos são: Identificar as práticas pedagógicas dos professores na escola
de tempo integral; verificar se os profissionais compreendem os conceitos da educação em tempo integral
na Educação Infantil definidos nos documentos oficiais; investigar se na unidade pesquisada a educação
em tempo integral oferece diversidade de ambientes/espaços, oportunizando o desenvolvimento das
diferentes linguagens. Partimos da hipótese de que os conceitos e perspectivas da escola de tempo integral
pesquisada, não sejam suficientemente compreendidos pela comunidade escolar, sendo necessários
processos formativos que diferenciem essa implementação, distanciando-se das rotinas planejadas nos
formatos tradicionais. O universo da pesquisa é uma Escola Municipal de Educação Infantil em tempo
integral da cidade de São Paulo e os participantes são duas professoras, um representante do quadro de
apoio, um representante da família e 8 crianças de quatro e cinco anos. A metodologia foi de cunho
qualitativo, sendo a entrevista semiestruturada instrumento de produção de dados também, a observação
sobre o uso dos espaços pelos sujeitos, além da análise dos documentos institucionais e os oficiais que
implementam o atendimento em tempo integral. Após análise de conteúdo, à luz da proposta de Laurence
Bardin, emergiram três categorias, a saber: Organização dos tempos e dos espaços, gestão e formação
permanente”. O referencial teórico utilizado para fundamentar as categorias pautou-se em autores da
pedagogia crítica. Os resultados da investigação mostram que a organização dos tempos e os espaços ainda
estão atrelados a uma rotina engessada, deixando de oferecer diferentes possibilidades para as crianças.
Nesse espaço, as crianças não têm liberdade de escolha, e a determinação do tempo estabelecido para sua
ação é realizada a partir da linha do tempo. Além disso, o estudo sugere que para o atendimento em tempo
integral na perspectiva da Educação Integral é preciso ser um Educador Integral, que se responsabilize com
a pesquisa, com a indagação e com a transposição didática, praticando constantemente uma ação reflexiva
transformadora.

Palavras-chave: Educação Infantil. Tempos e espaços. Educação em tempo integral e Educação Integral

1
Mestranda em Educação profissional pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE).

181
A HORTA COMO ESPAÇO NÃO FORMAL DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM UMA
ESCOLA MUNICIPAL DE SERRA-ES: POTENCIALIDADES E DESAFIOS

Lidiane dos Santos Scarabelli Ribeiro1, Adalmário Neto Silva de Freitas2,


Fabricio Bacchetti Bom2

RESUMO
A horta no ambiente escolar é um espaço não formal de aprendizagem, que pode viabilizar diferentes
atividades pedagógicas, configurando-se como um laboratório vivo para o ensino de Ciências. Este relato
apresenta parte da experiência vivida ao longo do Projeto de Horta Pedagógica (PHP) desenvolvido por
estudantes de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo que atuam
como bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). O projeto teve início
em janeiro de 2023 em uma escola municipal de Ensino Fundamental de Serra-ES. O objetivo geral do
projeto foi favorecer o desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas utilizando uma horta escolar.
O projeto envolveu as etapas de preparação do espaço destinado à horta (limpeza, aeração, adubação,
construção de casa de vegetação, irrigação e manutenção), plantio de sementes, acompanhamento do
crescimento vegetal, observação dos órgãos vegetais, composição do solo e a realização de práticas
experimentais. Em todas as etapas buscou-se fazer um levantamento prévio dos conhecimentos dos
estudantes para, em seguida, promover o aprofundamento teórico. O principal público envolvido foram
estudantes do 6º ano e estudantes da educação especial que realizam atividades no contraturno. Os
estudantes, divididos em grupos, participaram de atividades investigativas sobre a etapa de germinação das
sementes, bem como realizaram medições do crescimento das plantas e participaram de aulas práticas
envolvendo a extração de pigmentos vegetais, a observação do desenvolvimento de folhas, flores e frutos.
Ao longo do projeto identificamos como potencialidades do desenvolvimento das atividades na horta a
participação ativa dos estudantes tanto nos momentos de observação e de atividades na horta, quanto nos
momentos de discussão e realização das atividades práticas. Também destacamos como ponto positivo o
envolvimento de professores da educação especial no projeto e a parceria do gestor escolar que sempre
atendeu prontamente às demandas solicitadas para viabilizar o projeto. Como desafios na implementação
do projeto destacamos a dificuldade inicial com o plantio das sementes (devido ao calor da época),
dificuldades na etapa da irrigação (pois o sistema projetado apresentava problema e era necessário fazer
irrigação manual), a indisciplina de alguns estudantes e o baixo interesse de professores de outras
disciplinas em participarem do projeto. A partir das experiências vividas identificamos que a horta se
configura como estratégia potente na aproximação da relação teoria e prática no ensino de Ciências,
possibilitando diversas formas de aprendizagem. Também destacamos que sem a rede de apoio dos bolsistas
do PIBID seria inviável a realização do projeto devido ao tempo empenhado na preparação e manutenção
da horta, bem como no planejamento e execução das atividades, reforçando a importância da parceria
universidade-escola.

Palavras-chave: horta pedagógica, espaço não-formal, ensino de Ciências.

1
Prefeitura Municipal da Serra (PMS).
2
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

182
UM MODELO DIDÁTICO NO ENSINO DE BIOLOGIA: REPRESENTAÇÃO DAS PRIMEIRAS
FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

Larissa Christiene Ribeiro de Oliveira1, Bruna Renata Pimenta Tarôco2, Euller Lucas de Araújo Silva
Silva³, Deise da Silva Carvalho4

RESUMO
Este trabalho propõe a utilização de modelo didático para o ensino de ciências e biologia, visto que
que os conteúdos normalmente são abordados de forma fragmentada e descontextualizada, dificultando a
compreensão por parte dos alunos e fazendo com que o processo de ensino e aprendizagem seja feito de
forma superficial. Desse modo, o principal objetivo de um modelo didático é possibilitar a partir de
representações totais ou parciais dos processos biológicos, a visualização e assimilação do conteúdo de
forma mais lúdica e interativa. A princípio, visando a utilização de materiais de baixo custo para que possa
ser feito em escolas com poucos recursos didáticos, a estrutura foi montada em isopor, biscuit colorido,
papel A3 impresso, papel A4, palitos de dente e cola branca, a fim de esboçar as primeiras fases do
desenvolvimento embrionário e servir de material complementar às aulas teóricas, tornando o ensino muito
mais atrativo aos alunos. Assim, o modelo didático pode ser uma alternativa promissora no processo de
ensino e aprendizagem, uma vez que incita o protagonismo do discente na prática pedagógica e aproxima
melhor do cotidiano e vivência daquele aluno.
Palavras-chave: ferramenta interativa, processo de ensino e aprendizagem, embriologia.

1
Instituto Federal Sudeste de Minas – Campus Barbacena IFSUDESTEMG – Campus Barbacena
2
Instituto Federal Sudeste de Minas – Campus Barbacena IFSUDESTEMG – Campus Barbacena
³ Instituto Federal Sudeste de Minas – Campus Barbacena IFSUDESTEMG – Campus Barbacena
4
Instituto Federal Sudeste de Minas – Campus Barbacena IFSUDESTEMG – Campus Barbacena

183
PAINEL SENSORIAL TÁTIL: DA EMANCIPAÇÃO AO PROTAGONISMO DE ALUNOS COM
DEFICIÊNCIA NA REDE DE ENSINO EM NOVA IGUAÇU/RJ.

Daniele Campos Laino Cardoso1, Adriana da Silva Maria Pereira 2

RESUMO
A escola é um espaço de respeito à diversidade e promoção de uma educação emancipatória e
protagonista. É nesse ambiente de formação institucional, que alunos com deficiência e público-alvo da
Educação Especial e Inclusiva têm a oportunidade de desenvolver habilidades cognitivas, linguísticas,
motoras, sociais e comportamentais. O desenvolvimento dessas habilidades de forma colaborativa e
interativa junto aos seus pares é essencial para exercitar de forma ativa o respeito às diferenças e as
especificidades de cada indivíduo com ou sem deficiência. Nesse contexto, foi elaborado um Plano de Ação
como parte integrante do calendário de comemoração da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência
Intelectual e Múltipla, por duas professoras especialistas (professora do Atendimento Educacional
Especializado e Professora Itinerante da Educação Especial) que atuam em uma unidade escolar na rede
municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. A proposta foi
fundamentada nos estudos vygotskyanos (2009, 2010, 2014, 2021) e nas diretrizes da pesquisa-ação
(Thiollent, 1986) com abordagem qualitativa. A abordagem freiriana foi adotada no processo de orientação
de cinco alunos público-alvo da Educação Especial (01, com baixa visão, 03 com deficiência intelectual e
01 com Transtorno do Espectro Autista) na construção dos recursos pedagógicos, que fizeram parte do
Painel Sensorial Tátil. A avaliação final apontou que promover o protagonismo e a coautoria nos processos
de construção de recursos pedagógicos colabora não só para desenvolvimento global desses educandos,
mas também possibilita promover engajamento, autoestima e autonomia.
Palavras-chave: recursos pedagógicos, habilidades, plano de ação.

1
Mestre em Educação Inclusiva (UNESP).
2
Especialista em Inclusão Escolar nos Transtornos do Desenvolvimento: autismo e suas comorbidades (UFTPR).

184
O TRABALHO DE CAMPO DE ACADÊMICOS COMO FORMA DE RESGATE DA HISTÓRIA
DA ENFERMAGEM

Paulo Henrique Vieira de Macedo1, Maria Beatriz Pereira da Silva2, Ana Claúdia de Almeida Varão3,
Rogério José Schuck4, Francisca de Jesus Pereira da Silva5

RESUMO
O presente trabalho partiu de algumas experiências advindas de um Estágio em Docência no Ensino
Superior de um Curso a nível Stricto sensu em Ensino, de uma Universidade Comunitária no Sul do país,
realizado numa Universidade na região Nordeste do Brasil, com um grupo de acadêmicos do Curso de
Enfermagem, especificamente, 1º Período, no ano de 2022. Nesse sentido, com base em um projeto
experimental realizado em parceria com a docente do Componente Curricular de História da Enfermagem
do referido Curso, teve-se a seguinte ideia: resgatar os registros de profissionais na área de Enfermagem no
município de Bacabal/MA, através de vivências, falas, “causos”, decorrentes de seu dia a dia. Diante disso,
este trabalho tem como objetivo destacar alguns registros sobre o trabalho de campo realizado por
acadêmicos do Curso de Enfermagem diante do projeto piloto realizado no referido Componente. Para isso,
contou com a seguinte abordagem metodológica: pesquisa qualitativa (CRESWELL, 2021), com a busca
de informações na comunidade (PRODANOV, 2013), com lócus de pesquisa nas cinco maiores Unidades
Básicas de Saúde em Bacabal/MA. O público alvo nesse primeiro momento foram vinte entrevistados/as
que atuaram ou atuam na área de Enfermagem (parteiras, auxiliares, técnicos e enfermeiros/as), entre os
anos de 1990 a 2022. Os instrumento utilizados para realização da coleta de dados foram os seguintes:
questionário semi-estruturados com questões abertas, seguida da autorização prévia dos entrevistados
mediante assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os resultados e discussões
apontaram o seguinte: no decorrer da busca em campo, os vinte e três acadêmicos organizaram-se em
equipes para facilitar a busca por profissionais dispostos a participarem da pesquisa. Nessa etapa inicial
foram entrevistados 11 profissionais, entre técnicos de enfermagem e enfermeiros/as. Os quais relataram
na maioria dos casos que tiveram contato com algum curso fomentados pela Universidade Estadual do
Maranhão (UEMA), Campus Bacabal, e/ou foram motivados a realizarem o Curso de Enfermagem a nível
Superior. No decorrer da análise das falas percebeu-se muitas histórias, algumas marcantes que foram
compartilhadas pelos acadêmicos envolvidos na pesquisa numa pasta do Google Drive como forma de
registro digital do material coletado. Ao final, percebeu-se os seguintes pontos sobre a atuação dos
acadêmicos: a distribuição e organização em equipes facilitou a coleta dos dados; e ainda, a prática na
comunidade, como costumeiramente se chama “busca ativa” instigou o engajamento dos futuros
profissionais a perceberem a realidade que os norteia; somando a isso, o material coletado que possui uma
semiose com áudios, vídeos e imagens, servirá como um banco de dados digital (database) para futuras
pesquisas por outros estudantes da Instituição.
Palavras-chave: trabalho em campo, resgate da história da enfermagem, digitalização de material.

1
Universidade do Vale do Taquari (Univates).
2
Universidade Estadual do Maranhão, Campus Bacabal (UEMA).
3
Universidade Estadual do Maranhão, Campus Bacabal (UEMA).
4
Universidade do Vale do Taquari (Univates).
5
Faculdade Pitágoras – Polo Bacabal/MA.

185
O PROFESSOR NA ERA DIGITAL: REFLEXÕES PARA ENSINAR NO SÉCULO XXI

Claudia Nakanichi1, Ecleide Cunico Furlanetto2

RESUMO
O presente resumo: “O professor na Era Digital: reflexões para ensinar no século XXI” objetiva
discutir o papel docente no processo ensino-aprendizagem na contemporaneidade. O percurso teórico-
metodológico fundamentou-se em uma revisão bibliográfica que proporcionou reflexões sobre o ‘novo
papel’ do professor em meio a um contexto de mudanças e incertezas advindas da cultura digital e do uso
das tecnologias da informação e comunicação (TICS) que hoje permeiam o cenário educacional: Camargo;
Daros (2021), Bacich; Moran (2018), Bacich; Holanda (2020), Mello; Neto; Petrilho (2022), Imbernón
(2000). Tal revisão bibliográfica resultou em ponderações significativas acerca do papel do docente hoje:
(i) o trabalho em equipe – professor e alunos - deve ocorrer durante o processo educativo, elevando a
capacidade de fazer de forma compartilhada, de dividir tarefas e de compartilhar os conhecimentos que vão
sendo construídos, o individual e o coletivo se complementam e aceleram o processo formativo; (ii) o uso
de metodologias ativas – a inter-relação entre educação, cultura, sociedade, política e escola, centrados no
protagonismo do aluno e na troca com seus pares, impulsionando o desenvolvimento da autonomia e
criticidade do discente; (iii) o aluno como elemento central do processo educativo, sendo o foco a resolução
de problemas de maneira dialógica, estimulado a agir na construção de conhecimento sempre na troca com
seus pares e com o professor como mediador do processo; (iv) a valorização da invenção, da descoberta e
da construção do conhecimento de forma coletiva, possibilitando ao aluno a interação com o processo
ensino-aprendizagem de maneira mais motivadora e criativa com o intuito de desenvolver no aluno a
capacidade de pensar e aprender a aprender através de experiências em conjunto com vistas a maximizar o
pensamento crítico e reflexivo; e (v) a construção de uma nova forma de educação com a finalidade de criar
comunidades de aprendizagem nas quais a coletividade docente possa fazer o ajuste entre o conjunto de
saberes e valores considerados necessários, objetivando atender às reais necessidades do aluno. Ademais,
a revisão bibliográfica aqui apresentada, mostra-se como um recorte das profundas transformações no
processo de ensinar e aprender no século XXI, fortemente marcada pela cultura digital e pelo uso das TICS
no processo educativo, mas abre-se para um leque maior de reflexões sobre como ensinar, fomentando
debates no meio acadêmico sobre o ‘novo papel’ do docente na atualidade.

Palavras-chave: Era Digital, Século XXI; TICS.

1
Doutoranda na Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
2
Professora Doutora na Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).

186
Cultura de cores e sabores: lugares e outros caminhos

Ademilde Aguilar Moreira1, Philippe Pires de Lima2 , Renata Balduino Zuppi3

RESUMO
A presente pesquisa realizada na Educação de Jovens e Adultos Anos finais, tem como temática, em
um contexto interdisciplinar, a cultura do estudante em seu lugar onde está inserido e tem como proposta
investigar a seguinte problemática: Por que o nome de meu bairro é tal? o que vocês gostariam de saber
sobre o bairro que moram? a população da sua rua, de seu bairro tem hábitos e costumes característicos
relacionados à culinária e músicas, festas? A pesquisa tem o objetivo de ampliar as possibilidades de
aprendizagem dos estudantes da EJA, em parceria com a Embrapa territorial, utilizando os Atlas da Região
Metropolitana de Campinas, com a própria realidade e sua história, tem vínculo com o Pesco(Programa de
Pesquisa situada) por ser realizada numa metodologia ativa, a partir da apresentação aos estudantes, quando
eles descobriram os seus endereços e toda uma identificação que vai além de um mapa, em que o(a)
professor(a) é o(a) mediador(a), assim como educandos são os sujeitos, com foco na aprendizagem. Os
resultados foram satisfatórios e de encontro com a sua cultura.

Palavras-chave: Aprendizagem, educação de jovens e adultos, interdisciplinaridade

¹Escola Municipal de Ensino Fundamental Educação Integral/EJA Dr. João Alves dos Santos
1
Escola Municipal de Ensino Fundamental Educação Integral./EJA Dr. João Alves dos Santos
³Escola Municipal de Ensino Fundamental Educação Integral/EJA Dr. João Alves dos Santos

187
A INTERDISCIPLINARIDADE, INTERCULTURALIDADE E OS SABERES LOCAIS NO
CAMPO DA DIDÁTICA E NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CONTEXTO
AMAZÔNICO.

LÍDIA DA MATA CACHEADO - Autor1


LEONARDO FONSECA -Autor 2

RESUMO
Este trabalho apresenta os resultados finais de um projeto de iniciação científica (PAIC/FAPEAM), que
tem como temática central o aprofundamento teórico dos conceitos de interdisciplinaridade, interculturalidade e dos saberes locais como
metodologias aplicadas na prática de ensino, tendo como enfoque principal o contexto amazônico. Pretende-se, oportunizar a discussão e
reflexão das produções bibliográficas como metodologias de ensino aplicadas à prática docente na área da didática. Deste modo, o percurso
metodológico, caracteriza-se como revisão de literatura, onde foi realizado um levantamento das produções
acadêmicas, tais como, teses, artigos científicos, dissertações, entre outros. No primeiro momento foram
realizadas buscas a partir das referências elencadas nas produções de Fazenda (2015), Candau (2015) e
Morin (2000), autores referências nos debates acerca das temáticas. No segundo momento, foi realizado
um levantamento bibliográfico em bancos de teses e dissertações. Para levantamento de dados foi utilizado
como base da pesquisa o periódico CAPES, a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e o Repositório Institucional da Universidade do estado do
Amazonas (UEA). Sendo assim, como resultado final após a triagem das produções bibliográficas pertinentes às
temáticas, tivemos a: “Interdisciplinaridade na formação de professores” com um total de trinta e oito (38)
produções, já a “Interculturalidade no campo da didática e na formação de professores” teve um total de
vinte e seis (26) produções e os “Saberes Locais na formação de professores no contexto amazônico”, um
total de dezoito (18) produções. Portanto, com a realização do projeto de iniciação científica tivemos a oportunidade de
aprofundarmos os estudos acerca da interdisciplinaridade, da interculturalidade e dos saberes locais como metodologias de ensino no campo
da didática e na formação de professores, sobretudo, no contexto amazônico .

Palavras-chave: Interdisciplinaridade, Interculturalidade, Saberes Locais.

1
Graduanda em Pedagogia no Centro de Estudos Superiores da Universidade do Estado do Amazonas (CEST/UEA)
2
Doutorando em Educação (ProPEd/UERJ) e Professor Assistente da Universidade do Estado do Amazonas - UEA

188
A MONITORIA ACADÊMICA COMO ESPAÇO CRIATIVO: UM VERDADEIRO
“LABORATÓRIO DE IDEIAS”

Bruno Carvalho Crusinski1, Luiz Felipe de Lima Barros 2, Wildisley José de Souza Filho3, Gisele
Cantalice Salomão da Silva4

RESUMO
A monitoria acadêmica é uma importante experiência para estudantes de Ensino Médio e Superior.
Através da monitoria muitos estudantes têm contato com o mundo da docência sob outra perspectiva. A
monitoria reforça a importância da investigação científica, desenvolve a empatia e incentiva o processo de
ensino-aprendizagem. O trabalho foi desenvolvido pelos monitores (estudantes da 3ª série do Ensino
Médio) para estudantes da 3ª série do Ensino Médio da Escola Sesc de Ensino Médio. O objetivo do trabalho
foi desenvolver uma atividade de revisão de conteúdos das três séries do Ensino Médio, utilizando
experimentos laboratoriais e rotação por estações. A rotação por estações foi montada com 4 estações que
abordavam os temas: reações de oxirredução, identificação de aldeídos, confecção de desinfetantes naturais,
equilíbrio químico de reações orgânicas e processos oxidativos utilizando medicamentos. Uma das estações
consistiu em um vídeo editado e criado pelos monitores em que uma das práticas era desenvolvida e
explicada. Após cada estação os estudantes resolviam exercícios de revisão e faziam reflexões sobre cada
atividade realizada. Durante a preparação dos experimentos, montagem do roteiro, escolha dos exercícios
e execução dos experimentos os monitores demonstraram autonomia e determinação em desenvolver um
trabalho de excelência, que fosse acessível a todos os estudantes (até os que tivessem dificuldades no
conteúdo). O processo criativo e a adaptação da linguagem fizeram parte da etapa de planejamento e se
mostraram eficazes para a revisão, uma vez que os estudantes conseguiram resolver os exercícios propostos
e desenvolveram os experimentos com desenvoltura. A aprendizagem entre os próprios estudantes tornou
conteúdos que geralmente são árduos, como cálculos estequiométricos, mais acessíveis. Segundo os
estudantes que participaram da atividade a linguagem do vídeo e as explicações dos monitores foram
importantes facilitadores do processo de aprendizagem.

Palavras-chave: monitoria acadêmica, laboratório de química, rotação por estação.

1
Polo Educacional SESC (monitor de química – estudante da 3ª série do EM).
2
Polo Educacional SESC (monitor de química – estudante da 3ª série do EM)
3
Polo Educacional SESC (monitor de biologia – estudante da 3ª série do EM)
4
Polo Educacional SESC (professora de química)

189
REFLEXÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO

Caroline Filipi da Silva1

RESUMO
O presente artigo tem por objetivo apresentar os desafios encontrados às fases iniciais da escrita,
especialmente no desenvolvimento da consciência fonológica e fonêmica. Frequentemente, os alunos
encontram dificuldades ao relacionar grafema-fonema de pares mínimos como F/V, T/D, P/B; nesse
processo a semelhança da pronúncia desses pares podem ocasionar trocas específicas de letra relacionado
ao som, afetando assim a construção do conhecimento alfabético e fonológico. Nessa fase da alfabetização
é importante para o desenvolvimento da criança, manipular os sons da fala e desenvolver a consciência
fonêmica, envolvendo as unidades sonoras menores da língua, os fonemas. Por meio desta relação,
geralmente as crianças alcançam uma compreensão mais aprofundada entre letras e sons na escrita.
Compreendendo o ensino da leitura e escrita, percebemos que a criança manifesta um processo reflexivo e
interativo com a escrita. Essas etapas iniciais são críticas, visto que o desenvolvimento da construção dos
valores sonoros das letras está intrinsecamente relacionado com as habilidades de escrita e leitura. Na fase
alfabética, na qual a criança começa a representar fonemas por grafemas, é alcançada primeiro na escrita e
só depois na leitura. Contudo, a fase ortográfica, que envolve um entendimento mais aprofundado das regras
e padrões da língua, que se consolida primeiramente na leitura antes de se firmar de maneira plena na
escrita. Isto implica que, inicialmente, as crianças desenvolvem uma compreensão da correspondência entre
sons e símbolos na escrita e, progressivamente, adquiram um conhecimento mais abrangente e detalhado
das convenções e irregularidades ortográficas na leitura, antes de aplicarem tais conhecimentos de forma
consolidada na escrita. O desafio de associar letras do alfabeto e seus respectivos fonemas é um processo
que se entrelaça com a complexidade da Língua Portuguesa, que é necessário para a aquisição de
habilidades cognitivas e comunicativas. Dessa maneira, a adoção de metodologias adequadas e a criação
de um ambiente de aprendizagem propício são necessárias. Atividades lúdicas e interativas são
especialmente importantes, pois proporcionam uma aprendizagem significativa. Desta forma, a evolução
dessas habilidades influenciará sobre a capacidade de compreender e interpretar textos e fortalecerá, assim,
a escrita.

Palavras-chave: alfabetização inicial, consciência fonológica, consciência fonêmica.

1
Mestranda em Educação pela Universidad de la Empresa (UDE), Montevideo, UY.

190
FORMAÇÃO DOCENTE EM CONTEXTOS DE COLABORAÇÃO: APONTAMENTOS DA
PARCERIA ENTRE O FORMAZON E ESCOLAS DO OESTE PARAENSE

Kátia Lais Schwade de Jesus Oliveira1, Solange Helena Ximenes-Rocha2


Mantenha este espaço em branco.
RESUMO
Este estudo, conduzido no âmbito do Doutorado em Educação do Programa de Pós-graduação em
Educação na Amazônia – PGEDA/Educanorte, analisa potencialidades e desafios das práticas de formação
docente desenvolvidas pelo grupo de pesquisa Formação de Professores na Amazônia Paraense
(Formazon/Ufopa) em colaboração com escolas públicas da região oeste do Pará. Tais práticas
fundamentam-se na concepção de desenvolvimento profissional docente, colaboração universidade-escola
e formação científica e tecnológica, e envolvem a reflexão e a investigação, à luz de uma epistemologia da
práxis. A partir da revisão de trabalhos que abordam o trabalho colaborativo de formação docente
conduzido no contexto do Formazon e com base na Análise Temática das notas de campo da primeira
autora, observou-se que essas inciativas de formação têm favorecido o desenvolvimento profissional e
aproximado escola e universidade, possibilitando aprendizagens para ambas as instituições. Verificou-se,
ainda, a relevância das ações para o fortalecimento da pesquisa na escola. Entre os desafios enfrentados
estão o envolvimento da escola nas atividades de pesquisa e não somente nas ações de extensão, e a
sustentabilidade do trabalho, a qual é comprometida, especialmente, pela falta de apoio e articulação
institucional e interinstitucional. Além disso, identificou-se um número restrito de docentes da universidade
engajados nos processos formativos, a reduzida autonomia das escolas na condução das atividades, e o
desequilíbrio entre as ações de extensão e a pesquisa e entre as demandas de trabalho na escola e na
universidade. Conclui-se que embora haja aspectos importantes a serem ajustados na condução das
atividades de formação analisadas, elas demonstram a possibilidade de uma parceria colaborativa entre
escola e universidade, a qual articule formação inicial e continuada de professores e esteja alinhada às
demandas de ensino e aprendizagem no oeste do Pará. Para isso, universidade, redes de ensino e escolas
precisam viabilizar a sustentabilidade dessas iniciativas.
Mantenha este espaço em branco.
Palavras-chave: desenvolvimento profissional docente, colaboração universidade-escola, grupos
colaborativos.

1
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
2
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

191
NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE UM CURSO DE
FISIOTERAPIA NA CIDADE DE SÃO PAULO

Rafael Nunes Briet1, Catarina Ramacciotti Graça do Espírito Santo2

RESUMO
A rotina de estudantes universitários muitas vezes pode ser caracterizada pelo trabalho durante o dia
estudo durante a noite, e a atividade física pode ficar em segundo plano. Altos índices de comportamentos
sedentários estão associados a diversas complicações em saúde como doenças cardiovasculares, obesidade
e até mortalidade. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi verificar os níveis de atividade física de
estudantes universitários de um curso na área da saúde na cidade de São Paulo – SP. Sete mulheres
participaram (idades entre 32-47 anos), alunas do segundo e quarto semestre do curso de bacharelado em
Fisioterapia de uma universidade particular, em outubro de 2022. Foi aplicado presencialmente
durante a disciplina de “Cinesiologia” o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão
curta, proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta versão é construída com sete questões
abertas, e a partir da análise das respostas é possível interpretar o tempo em movimento durante a semana
em diferentes aspectos e intensidades da atividade física. As respostas foram tabuladas e apresentadas em
porcentagens. Os resultados mostraram que 42,9% (n=3) das participantes foram classificadas como muito
ativo, 42,9% (n=3) como ativo, apenas 14,2% (n=1) classificado como irregular ativo e nenhum participante
foi classificado como sedentário. A OMS recomenda que adultos façam entre 150 e 300 minutos de
atividade física moderada ou entre 75 e 150 minutos de atividade física intensa durante a semana, e a
maioria da amostra apresenta tempo adequado de atividade física. Estes resultados podem trazer
preliminarmente percepções sobre como a educação e a formação na área da saúde e do movimento
humano podem estar relacionadas aos níveis de atividade física de estudantes. Concluímos que a
amostra investigada apresentou bons resultados de níveis de atividade física segundo o IPAQ versão curta,
e que esses comportamentos podem favorecer a manutenção da saúde e qualidade de vida

Palavras-chave: Atividade física, Exercício físico. Sedentarismo, Estudantes Universitários.

192
PAINEL SENSORIAL TÁTIL: DA EMANCIPAÇÃO AO PROTAGONISMO DE ALUNOS COM
DEFICIÊNCIA NA REDE DE ENSINO EM NOVA IGUAÇU/RJ.

Daniele Campos Laino Cardoso1, Adriana da Silva Maria Pereira 2

RESUMO
A escola é um espaço de respeito à diversidade e promoção de uma educação emancipatória e
protagonista. É nesse ambiente de formação institucional, que alunos com deficiência e público-alvo da
Educação Especial e Inclusiva têm a oportunidade de desenvolver habilidades cognitivas, linguísticas,
motoras, sociais e comportamentais. O desenvolvimento dessas habilidades de forma colaborativa e
interativa junto aos seus pares é essencial para exercitar de forma ativa o respeito às diferenças e as
especificidades de cada indivíduo com ou sem deficiência. Nesse contexto, foi elaborado um Plano de Ação
como parte integrante do calendário de comemoração da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência
Intelectual e Múltipla, por duas professoras especialistas (professora do Atendimento Educacional
Especializado e Professora Itinerante da Educação Especial) que atuam em uma unidade escolar na rede
municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. A proposta foi
fundamentada nos estudos vygotskyanos (2009, 2010, 2014, 2021) e nas diretrizes da pesquisa-ação
(Thiollent, 1986) com abordagem qualitativa. A abordagem freiriana foi adotada no processo de orientação
de cinco alunos público-alvo da Educação Especial (01, com baixa visão, 03 com deficiência intelectual e
01 com Transtorno do Espectro Autista) na construção dos recursos pedagógicos, que fizeram parte do
Painel Sensorial Tátil. A avaliação final apontou que promover o protagonismo e a coautoria nos processos
de construção de recursos pedagógicos colabora não só para desenvolvimento global desses educandos,
mas também possibilita promover engajamento, autoestima e autonomia.
Palavras-chave: recursos pedagógicos, habilidades, plano de ação.

1
Especialista em Inclusão Escolar nos Transtornos do Desenvolvimento: autismo e suas comorbidades (UFTPR).

2
Mestre em Educação Inclusiva (UNESP).

193
ESCOLHER PARA QUE E POR QUÊ? ANÁLISE DE AÇÕES EDUCATIVAS COM CRIANÇAS
E ADOLESCENTES

Delma Lúcia de Mesquita1

RESUMO

Esta pesquisa teve por objetivo investigar e analisar os principais desafios e alternativas encontradas
por educadoras e educadores, enquanto mediadores do processo de construção da autonomia de crianças e
adolescentes no campo da educação não-formal. O quadro dos sujeitos foi composto por doze educadoras
(es) que, na ocasião, desenvolviam suas práticas educativas em projetos e programas de instituições
governamentais, não governamentais e movimentos sociais, na cidade de São Paulo. O processo de coleta
de dados ocorreu por meio da aplicação de um questionário e da leitura do perfil síntese dos programas. A
análise dos dados foi realizada em diálogo com os referenciais teóricos da pesquisa, especialmente os
estudos da obra de Paulo Freire. Concluiu-se que os programas pesquisados, por meio do trabalho
pedagógico das (os) educadoras (es), investem no processo de construção da autonomia de seus educandos.
Os sujeitos participantes da pesquisa apontaram como principais desafios, aprimorar o trabalho em rede,
garantir recursos financeiros para a continuidade dos projetos, assegurar infraestrutura adequada, conhecer
e intervir na realidade sócio-econômica-cultural dos educandos. Como principais alternativas de apoio ao
seu trabalho, indicaram a aproximação com escolas, formação permanente para os educadores; realização
de oficinas pedagógicas e atividades diversificadas com os educandos no campo da arte educação.
Mantenha este espaço em branco.
Palavras-chave: autonomia, criança e adolescente, educação não-formal.

1
Professora universitária. Membro do Conselho Editorial da EaD Freriana-Instituto Paulo Freire - IPF

194
PROMOVENDO O COOPERATIVISMO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DO
BRASIL: DESAFIOS E DIRETRIZES PARA O FUTURO

Cleber Lopes1, Letícia De Bortoli2

RESUMO
Buscou-se examinar a significativa relevância da disseminação do cooperativismo no contexto das
instituições de ensino superior no Brasil, em relação à promoção do desenvolvimento econômico e social
do país. Como filosofia econômica e social, o cooperativismo oferece um potencial considerável para
fortalecer a economia e as comunidades locais em território brasileiro, assim como em diversas nações.
Este estudo almeja analisar os desafios intrínsecos a essa integração, ao mesmo tempo em que propõe
sugestões concretas visando à eficaz inserção do cooperativismo no contexto acadêmico, capacitando
docentes e discentes para liderança e empreendedorismo colaborativo e fomentando a pesquisa
interdisciplinar e a inovação. Para cumprir tal objetivo, esta pesquisa utilizou um método de revisão
sistemática, das práticas relacionadas ao cooperativismo em instituições de ensino superior. Os dados
resultantes incluem informações qualitativas que constituíram a base para as sugestões e considerações
apresentadas. Os resultados destacam obstáculos críticos, tais como a escassez de conhecimento sobre o
cooperativismo entre discentes e docentes, a inflexibilidade dos currículos universitários e a ausência de
discussão sobre a temática. Como resolução desses desafios, propõe-se a capacitação de educadores para
disseminar os princípios cooperativos, a introdução de cursos específicos que abordem essa filosofia, o
estabelecimento de parcerias estratégicas com cooperativas locais, a organização de eventos acadêmicos
para promover a conscientização e a pesquisa sobre o tema e a formação de redes de cooperação entre
discentes e docentes. A integração do cooperativismo nas instituições de ensino superior no Brasil apresenta
um valor incontestável para o progresso econômico e social do país. Para superar os desafios identificados,
é fundamental um esforço colaborativo que envolva as próprias instituições de ensino, o governo e o setor
cooperativo. A promoção de educação cooperativa para futuros líderes e empreendedores, bem como a
facilitação de pesquisas interdisciplinares e inovadoras, tem o potencial de não apenas enriquecer a
experiência acadêmica, mas também fortalecer o desenvolvimento econômico e social no Brasil, de maneira
consoante com a dimensão de eventos de magnitude internacional.
Palavras-chave: Cooperativismo. Educação Superior. Desenvolvimento Econômico. Desafios. Sugestões.

1
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR
2
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR

195
A CUBAGEM DA TERRA: O ato de medir segundo o conhecimento avito do povo Koiupanká em
Alagoas

Cícero Odorico dos Santos Júnior1, Allan Gomes dos Santos2

RESUMO
O presente trata de pesquisa em andamento, retratando sua etapa inicial, para elaboração de um
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática
integrante do Programa de Licenciatura Intercultural Indígena de Alagoas - CLIND/AL desenvolvido pela
Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. O TCC encontra-se em fase de conclusão. A prática da
cubação de terras é uma tradição na comunidade Koiupanká e seu uso permanece na atualidade, mesmo
com o desenvolvimento de ferramentas técnicas mais eficazes para essa finalidade. Portanto, este trabalho
de conclusão de curso tem como objetivo investigar o processo de cubação de terra e destacar sua
importância para o povo Koiupanká. A cubagem de terras refere-se à medição e quantificação de terra em
determinada área, e esta técnica aponta a quantidade aproximada de terra disponível, o que é fundamental
para diversas atividades, como construções, agricultura e preservação ambiental contribuindo para um
melhor aproveitamento das terras disponíveis. Para o desenvolvimento deste, inicialmente, foi realizada
uma revisão bibliográfica abrangendo conceitos fundamentais da cubação de terra e aporte teórico com
Ubiratan D'Ambrósio 2000 e 2002. Em seguida, foi realizada uma pesquisa de campo na comunidade em
estudo para investigar o porquê do uso desse método para o cálculo de área e os benefícios de sua aplicação.
Os resultados iniciais obtidos demonstram que a cubação de terra é uma ferramenta essencial para o
planejamento e gestão do uso do solo, pois permite que eles conheçam a extensão de suas propriedades e
planejem com antecedência todo um ano de trabalho. Com base nesse cálculo, é possível estimar a
quantidade de grãos necessária para semear a terra e o tempo necessário para cuidar de todo o terreno e,
assim, prever aproximadamente a quantidade sacas de grãos obtidas ao final do processo. Isso é importante
para garantir uma gestão eficiente e maximizar a produtividade.na comunidade estudada.

Palavras-chave: Cubação, Povo Koiupanká, Comunidade indígena, CLIND/UNEAL.

1
Graduando do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática (CLIND/UNEAL).
2
Professor Doutor orientador TCC (CLIND/UNEAL), UAB/IFAL/DIREAD e SEMED/AL.

196
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO: UMA METODOLOGIA ATIVA PARA A
EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA

Juliana de Almeida Carvalho Silva

RESUMO
Este estudo visa analisar a aprendizagem baseada em projeto como uma metodologia ativa e
interdisciplinar que promove a criatividade e o engajamento dos alunos. Ela os desafia a investigar
problemas reais, integrando conhecimentos teóricos na prática, estimulando o pensamento crítico e
autonomia. Essa abordagem contextualiza o aprendizado, tornando-o significativo e motivador, enquanto
desenvolve habilidades úteis para a vida cotidiana. Neste estudo, temos, como hipótese, a compreensão de
que a aprendizagem baseada em projeto pode melhorar a qualidade da educação, preparando os alunos
para os desafios acadêmicos e profissionais. Tendo como objetivo geral a aprendizagem baseada em
projeto como uma abordagem pedagógica ativa que visa engajar os alunos por meio da resolução de
problemas reais e interdisciplinares. Para testar sua aplicabilidade e eficácia, propomos três objetivos, a
saber: i) verificar o processo de criatividade, autonomia, pensamento crítico e conexão entre teoria e
prática no processo educacional, ii) descrever as estratégias de implementação da ABP em diferentes
contextos educacionais, destacando as práticas eficazes e os desafios enfrentados, iii) justificar o impacto
da aprendizagem baseada em projetos no desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas e no
desempenho acadêmico dos alunos, com base em evidências empíricas disponíveis na literatura. O corpus
selecionado para este estudo é a aprendizagem baseada em projeto e sua aplicabilidade na área
educacional. O que justifica essa escolha é o fato da crescente importância da ABP como uma metodologia
ativa na educação contemporânea. A ABP tem demonstrado potencial para promover uma aprendizagem
mais significativa, engajadora e contextualizada. O arcabouço teórico que sustenta este trabalho são os
estudos sobre a ABP e pedagogia interdisciplinar de LUKI (2013), Bender (2014), Araújo (2014), Alias
(2016), Hernández (2017) e Proença (2018). O método utilizado é a revisão bibliográfica abrangente para
analisar as contribuições teóricas e práticas da aprendizagem baseada em projeto. Os resultados
alcançados confirmaram a nossa hipótese de que a aprendizagem baseada em projeto promove a
criatividade, autonomia e engajamento dos alunos, tornando o aprendizado mais significativo e
preparando-os para desafios futuros. Dessa forma, destacamos que a Aprendizagem Baseada em Projetos
(ABP) promove uma abordagem educacional inovadora e interativa, estabelecendo uma conexão
significativa entre o conteúdo, o professor e o aluno.

Palavras-chave: aprendizagem baseada em projeto, metodologia ativa, interdisciplinaridade.

197
EXPERIMENTAÇÕES NO CAMPO INTRÍNSECO DA ARTE

Eliana Bertoli Costa1

RESUMO
A arte e as experimentações estão intrinsicamente ligadas, pois a essência da arte é a
criação e esta busca incansavelmente por novas possibilidades, tanto no campo da expressão, quanto na
exploração de novos territórios, na busca de reflexões para o desenvolvimento pessoal. A prática da
experimentação artística é uma abordagem criativa que tem como objetivo principal a exploração e a
descoberta por meio de significados. Partindo desse princípio, os estudantes do Ensino Médio, do Colégio
Universitário Unidavi, situado em Rio do Sul-Santa Catarina, no Itinerário formativo de Linguagens/Arte,
em consonância com a Base Nacional Curricular (BNCC), vivenciam experiências através de
experimentações do fazer, com sentido, valorizando a criação, a exploração e a descoberta em detrimento
do resultado final. Partem de uma proposta, onde buscam compartilhar suas experiências com os demais
estudantes que participam desta oficina. Ao invés de seguir um conjunto de regras ou técnicas tradicionais
pré-estabelecidas, criam práticas significativas, buscam novos caminhos, exploram conceitos e materiais
não convencionais, aventurando-se em territórios desconhecidos. Tais experimentações, podem envolver
diversas linguagens artísticas, tanto visual, música, cênica, dança ou propriamente uma linguagem híbrida,
incorporando também tecnologias e mídias digitais. A prática da experimentação surge no itinerário
formativo, como um desafio de pensar fora da zona de conforto, considerando maneiras arrojadas de pensar
e novas perspectivas, fundamentais para o crescimento pessoal e consequentemente para sociedade como
um todo, oferecendo insights sobre questões políticas, sociais, econômicas, culturais, sendo uma poderosa
ferramenta de transformação social. Essas experimentações incentivam o estudante ao trabalho
colaborativo, expressando ideias do mundo real, imaginário, onírico, virtual, ideal, experimentando autorias
autodirigidas. Nesse viés, as práticas se integram, de modo a criar ambientes de experimentações
individuais e coletivos, no qual, cada vivência compartilhada conduz a reflexões, autonomia para tomada
de decisões, abrindo novos caminhos e novas oportunidades, desenvolvendo habilidades e perspectivas para
enfrentar desafios, ampliando e promovendo a reflexão crítica, logo, a compreensão do mundo.
Palavras-chave: Arte, experimentação, itinerário formativo

1
Universidade Regional de Blumenau - FURB); PPGE

198
Autorregulação Emocional no Contexto Escolar: Percepções de Professores nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental

Leandra Evaristo dos Santos1, Deivid Alex dos Santos2

RESUMO
As estratégias de aprendizagem de autorregulação emocional, segundo a teoria social cognitiva,
referem-se a um conjunto de habilidades cognitivas e emocionais para controlar suas emoções e otimizar o
processo de aprendizagem. No contexto educativo elas permitem que os estudantes gerenciem o estresse, a
ansiedade e outras emoções que podem interferir no seu desempenho acadêmico. Além disso, ao dominar
essas estratégias os alunos tornam-se mais autônomos e responsáveis pelo próprio processo de
aprendizagem. É igualmente importante que os professores conheçam essas estratégias, uma vez que podem
fornecer orientação e apoio aos estudantes, promovendo um ambiente de sala de aula emocionalmente
seguro e facilitando o desenvolvimento de habilidades de autorregulação emocional, o que, por sua vez,
contribui para um ensino mais eficaz e um melhor desempenho acadêmico. O objetivo principal desta
pesquisa consiste em investigar as percepções de professores que atuam nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental em relação às estratégias de autorregulação emocional. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê
de Ética e Pesquisa Envolvendo Seres Humanos conforme o parecer consubstanciado 4.160.955.
Participaram da pesquisa 6 professoras de uma escola pública Municipal do Norte do Paraná. Para a coleta
de dados, empregou-se um instrumento composto por dois questionários estruturados: um questionário
sociodemográfico e um segundo questionário, composto por cinco questões, elaborado especificamente
para investigar as estratégias de aprendizagem e autorregulação emocional. As respostas das professoras
foram categorizadas e analisadas segundo a Análise de Conteúdos de Bardin. Os resultados revelam que as
professoras confundem estratégias de aprendizagem e as estratégias de ensino, demonstrando um
desconhecimento substancial em relação às estratégias de autorregulação emocional. Além disso, constata-
se que essas profissionais carecem de orientação sobre como instruir seus alunos nessas estratégias, visto
que relataram nunca receber formação específica a respeito, seja durante sua formação inicial, seja por meio
de cursos de formação continuada, independentemente de serem oferecidos pelo município ou por
instituições particulares.. Esses resultados ressaltam a necessidade de incluir a formação em autorregulação
emocional como parte integrante da capacitação de professores, fornecendo-lhes as ferramentas necessárias
para ajudar os alunos a desenvolverem suas competências emocionais. Isso não apenas contribuirá para
criar um ambiente de sala de aula emocionalmente seguro, mas também poderá melhorar o desempenho
acadêmico dos estudantes, promovendo um aprendizado mais eficaz e uma maior autonomia no processo
de aprendizagem. Portanto, é fundamental que as instituições de ensino e os órgãos responsáveis pela
formação de professores reconheçam a importância dessas estratégias e tomem medidas para capacitá-los
de forma adequada nesse aspecto fundamental do desenvolvimento educacional.
Mantenha este espaço em branco.
Palavras-chave: estratégias de aprendizagem, autorregulação emocional, ensino fundamental.

1
Licenciada em Pedagogia, professora no Centro Municipal de Educação Infantil Professora Eliane Ferreira da Roza.
2
Doutor em Educação, professor Colaborador na Universidade Estadual de Londrina.

199
PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA DE BASE CRÍTICA: UMA PROPOSTA VOLTADA
PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Taís Vasques Barreto1, Francieli Matzenbacher Pinton2

RESUMO
Em um período de redemocratização do Brasil, discussões sobre o ensino de língua materna no
Brasil começam a questionar o ensino tradicional de gramática nas aulas de Língua Portuguesa (LP)
(PIETRI, 2004; SOARES, 2004). Nesse contexto, como uma alternativa para o ensino de LP, Geraldi (1999;
2013) apresenta a Prática de Análise Linguística (PAL): uma prática de linguagem que busca promover a
reflexão sobre o uso da linguagem em funcionamento. Com base nisso, o Parâmetros Curriculares
Nacionais (BRASIL, 1997) e, mais recentemente, a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018)
assumem a PAL como um dos eixos estruturantes para o ensino de língua materna. No entanto, mesmo que
a PAL esteja presente nos documentos oficiais da educação desde a década de 1990, pesquisas apontam que
os professores de LP, tanto em atuação quanto em formação inicial ou continuada, ainda apresentam
dificuldades, em grande medida, ao definir e/ou propor atividades com foco na PAL (SILVA, 2010; SOUZA,
2010; TENÓRIO; SILVA, 2015; TENÓRIO, 2013; PAGNAN, NANTES e SIMM, 2014; VOLK, 2021;
PINTON, BARRETO, STEINHORST, 2022; BARRETO, 2022; PINTON; BARRETO, 2022). Desse
modo, esta pesquisa objetiva investigar em que medida um curso de formação continuada sobre a PAL de
base Crítica viabiliza ao professor de LP uma prática transformadora de ensino e aprendizagem. Para isso,
buscamos contextualizar as práticas pedagógicas no Brasil, discutindo a constituição das tendências
pedagógicas liberais e progressistas (FREIRE, 1967; 1969; LUCKESI, 1994; SAVIANI, 2013; LIBÂNEO,
2014) e seus reflexos no ensino de LP (SOARES, 2004; 2021), e ancoramo-nos teórico-metodologicamente
nos pressupostos da PAL (GERALDI, 1999; 2013; MENDONÇA, 2006; KEMIAC; LINO DE ARAÚJO,
2010) e da Análise Crítica de Gênero (MEURER, 2002; BATHIA, 2004; MOTTA-ROTH, 2006) para
propor a PAL de base Crítica. Esta pesquisa, portanto, é de natureza qualitativa e toma como universo de
análise um curso de formação continuada para professores de LP, que será desenvolvido e promovido pelas
pesquisadoras deste estudo. O curso tem o objetivo de discutir os fundamentos teórico-metodológicos da
PAL de base Crítica e produzir, de forma coletiva, entre professoras formadoras e professores em atuação,
orientações pedagógicas (STEINHORST; BARRETO; PINTON, 2023, no prelo) que busquem reconhecer
e enfatizar as experiências reais dos professores em sala de aula. Para esse fim, os participantes desta
pesquisa são professores em atuação na rede pública de uma cidade localizada na região central do Rio
Grande do Sul. Desse modo, este estudo tem a pretensão de recuperar e firmar um diálogo entre o contexto
escolar e o contexto acadêmico, a fim de propor reflexões críticas que abordem a realidade do professor de
LP da educação básica e as discussões teórico-metodológicas que vêm sendo desenvolvidas na academia.

Palavras-chave: Curso de formação continuada; Professores de língua portuguesa; Prática de análise


linguística.

1
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
2
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

200
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS E A APRENDIZAGEM NA ADEQUAÇÃO DA LEI.

Luciane Dutra Oliveira1

RESUMO
A LGPD trouxe muitas dúvidas quanto a sua operacionalização dentro das empresas quanto a forma
de tratamento dos dados pessoais no âmbito dos entes públicos como das empresas privadas. Assim, a
análise da aprendizagem sobre a adequação à LGPD nas empresas a partir dos estudos empíricos publicados
no período de 2019 a 2021 sobre o tema evidencia que a lei trouxe desafios na ordem de treinamentos e
educação digital, bem como oportunidades de uso de instrumentos e ferramentas de áreas multidisciplinares
para o âmbito empresarial quando da implementação da lei. Foi possível identificar nos estudos anteriores
a forma de adequação das empresas à lei e a forma de aprendizagem e engajamento dos funcionários por
meio de instrumentos e ferramentas como Canvas, Design Thinking e Gamificação. Além disso, foi possível
verificar os desafios trazidos pela adequação dos processos que utilizam dados pessoais nas empresas para
o cumprimento da legislação, ou seja, a adequação aos seus dispositivos legais se apresenta com uma tarefa
árdua e que deve envolver todos os funcionários, clientes e fornecedores da empresa. Também, foi possível
verificar que a educação digital se apresenta como um desafio de ordem nacional e que requer políticas
públicas abrangentes e inclusivas para sua adesão na completude. Assim, foi possível evidenciar que a
aprendizagem na adequação das empresas à Lei Geral de Proteção de Dados gera uma necessidade de
inovação na abordagem do tema vinculado à privacidade e proteção de dados, uma vez que provoca uma
mudança de cultura nas relações e nos processos que envolvam dados pessoais. Também, foi possível
verificar o desafio das empresas em engajar empregados, clientes e fornecedores na implementação das
adequações à lei, uma vez que precisam buscar instrumentos e ferramentas que dinamizem o aprendizado
no contexto empresarial. Essa pesquisa limitou-se em analisar os estudos empíricos publicados no período
de 2019 a 2021 referente a aprendizagem na adequação das empresas à LGPD, não tendo o objetivo de
esgotar a discussão acerca do tema. Assim, sugere-se estudos futuros para verificar como a governança de
dados e a governança corporativa se relacionam e as boas práticas de governança, visto que há a necessidade
de gestão e governança no setor de sistemas da informação, bem como descrever como seria a implantação
de um comitê de privacidade e proteção de dados pessoais. Por fim, este estudo objetivou contribuir não só
para o meio acadêmico, mas, também, para evidenciar que as empresas estão enfrentando dificuldades na
aprendizagem e aculturamento de todos os envolvidos no processo produtivo na adequação à LGPD, uma
vez que devem garantir a privacidade e segurança da informação no uso e tratamento dos dados pessoais
no momento da execução de suas atividades em processos internos e externos. Além de desenvolver novas
perspectivas de treinamento e engajamento dos funcionários, clientes e fornecedores que afetam
diretamente a cadeia do processo produtivo.

Palavras-chave: privacidade e proteção de dados, aprendizagem, conformidade.

1
Mestra em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. PPG Ciências Contábeis, UNISINOS.

201
CRIATIVIDADE E SUSTENTABILIDADE COM O PROJETO BRINQUEDO SUSTENTÁVEL

Susana Seidel Demartini1

RESUMO
Nos tempos atuais, com as mudanças climáticas e eventos naturais cada vez mais drásticos, a
consciência sobre a sustentabilidade é fundamental. Essa preocupação precisa ser trabalhada nas escolas
para conscientizar os jovens sobre a importância de cuidarem do planeta para os tempos atuais e futuros.
Neste sentido, foi criado o projeto Brinquedo Sustentável, que envolve três turmas de sétimos anos e três
turmas de educação infantil, na Escola de Ensino Fundamental Doutor Paulo Couto, em São Leopoldo. O
principal objetivo do projeto é incentivar a criatividade na criação de brinquedos sustentáveis para serem
utilizados pelas crianças da escola nas salas da educação infantil. A ideia da sustentabilidade, defendida
neste projeto, é que os brinquedos sejam desenvolvidos com materiais que iriam para o lixo, podendo ser
reutilizados com finalidade pedagógica e lúdica. Além disso, uma ajuda econômica para a escola que não
possuiria recursos para a aquisição de vários brinquedos novos para três salas de aula da educação infantil.
Os estudantes dos sétimos anos foram convidados a conhecerem as salas de aula da educação infantil para
compreenderem os espaços e as necessidades das crianças. Assim, as criações poderão ser feitas de acordo
com os desejos das crianças, respeitando o espaço das salas e que os brinquedos possam ser utilizados de
maneira coletiva. Além dos objetivos de explorar o conceito de sustentabilidade com os estudantes dos
sétimos anos e incentivar sua criatividade, o projeto quer incentivar o brincar, tão importante na infância.
O projeto está sendo desenvolvido na disciplina de matemática, com as turmas de sétimos anos da escola.
Além do objetivo principal, foram elencados os seguintes objetivos: incentivar o trabalho em grupos;
possibilitar a criatividade, o uso de materiais concretos e lúdicos; oferecer um momento de olhar com
empatia e cuidado para com os outros; pensar, executar e testar uma ideia; utilizar instrumentos de medida
e pensar nas proporções dos brinquedos criados; fazer buscas na internet para encontrar possibilidades já
existentes e inspirações; criar algo novo de acordo com uma necessidade. Esse é um projeto em
desenvolvimento, mas que já possui resultados interessantes. Alguns estudantes mais resistentes a propostas
tradicionais, envolvendo exercícios e cálculos, demonstram maior aceitação e facilidade com propostas de
participação mais ativa, em que é necessário criar algo. Também existem os estudantes com dificuldades
de relacionamento em grupo, sendo que uma proposta com essa é um desafio para enfrentarem e reduzirem
essa barreira de relacionamento com outros. De qualquer maneira, oportunizar diferentes formas de
aprendizagem, exploração de conceitos e vivências, possibilita que os estudantes possam demonstrar seus
potenciais e que possam explorar suas fragilidades. Um mundo em constante evolução, com necessidade
de pessoas que busquem informações e criem soluções, precisa de escolas com visão de incentivo a atitudes
criativas, inovadoras e sustentáveis.

Palavras-chave: criatividade, matemática, sustentabilidade.

1
Doutoranda em Educação – PUCRS e professora de Matemática na EMEF Dr. Paulo Couto (São Leopoldo/RS).

202
TRAJETÓRIAS DE APRENDIZAGENS E A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE DE
PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Cláudia Almeida1, Patricia Lima Dubeux Abensur2, Sandro Natalício Prudêncio3,

RESUMO
Este trabalho teve o objetivo de apresentar como os (as) pós-graduandos (as) matriculados (as) na
disciplina Formação Didático-Pedagógica em Saúde, relembraram reflexivamente suas trajetórias de
formação e elaboração da identidade profissional por meio de uma atividade que propôs a partir da
memória, acionar seus arquivos fotográficos. Essa disciplina é ofertada pelo Centro de Desenvolvimento
do Ensino Superior em Saúde (CEDESS) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), aos estudantes
de pós-graduação do campus São Paulo. Participaram desta proposta três turmas: duas no ano de 2022 e
uma no ano de 2023, totalizando 38 pós-graduandos. Destes 37 enviaram a narrativa. A atividade individual,
desenvolvida no Google Sala de Aula, consistiu em selecionar de três a cinco fotografias de seu percurso
de vida e relembram suas trajetórias profissionais para, assim, elaborarem uma linha do tempo com datas
e os detalhes mais significativos de cada imagem, os momentos marcantes, uma viagem, as dificuldades,
quem influenciou na escolha profissional, as lembranças mais relevantes daquele momento, enfim, o que
viesse à memória de mais importante. As narrativas foram registradas em variados recursos: vídeos, revista
eletrônica, apresentação no powerpoint ou um texto no word. Buscou-se com essa atividade incentivar uma
reflexão crítica do porquê das escolhas que os conduziram a ser os profissionais da saúde que são. Além de
procurar mostrar a relevância dos momentos existenciais na formação profissional. A inclusão e o
desenvolvimento desta atividade foram inspirados pela tese de doutorado “A fotografia digital e a
construção da identidade do educador” desenvolvida pela pesquisadora Cláudia Almeida, na Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), no Programa de Pós-graduação em Educação: Currículo,
sob a coordenação do professor Dr. Fernando José de Almeida. Compreendemos que esses (as) alunos (as)
foram buscar nas memórias, acionaram seus arquivos fotográficos e trouxeram suas lembranças de como
aprenderam, e ao narrarem os momentos marcantes e mais significativos dos seus crescimentos
profissionais, contaram sobre os obstáculos, as dores, as alegrias, as frustrações, as superações, as amizades,
os familiares, o convívio com professores (as) e pacientes, as experiências profissionais que influenciaram
em sua formação com valores e crenças.

Palavras-chave: Narrativas; Saúde; Educação.

1
Universidade Federal de Sâo Paulo-Cedess
2
Universidade Federal de Sâo Paulo-Cedess
3
Universidade Federal de Sâo Paulo-Cedess

203
QUALIDADE DE VIDA DOS SERVIDORES ATRAVÉS DAS ATIVIDADES DE ENSINO,
PESQUISA E EXTENSÃO POR MEIO DO TREINAMENTO DE FORÇA

Aline Marília Pereira da Silva1; Deyvid Felício da Silva 2; Thiago Jessé Pereira da Cruz Santos 3; Jason
Paulo Campos Ferreira Júnior4; Rosângela Cely Branco Lindoso5

RESUMO
Nas décadas de 30 e 40 do século passado, o treinamento de força era praticado quase que
exclusivamente por um número reduzido de atletas e fisiculturistas, porém existia a crença que esse treino
provocaria lesões as lesões (STEVEN E SIMÃO, 2008). Em 1978 o Colegiado Americano de Medicina do
Esporte (ACSM) publicou o texto intitulado “A Quantidade e Qualidade de Exercício Recomendada para
Desenvolvimento e Manutenção da Capacidade Física de Adultos Saudáveis”, guia importante que alavanca
as pesquisas. Em 1980 o treinamento de força passou a ser praticado por indivíduos de ambos os sexos
objetivando melhoria do condicionamento, manutenção da saúde além de melhorias estéticas
(FEIGENBAUM E POLLOCK, 1999). Atualmente cresce a adesão, estudos apontam que a prática regular
das atividades físicas está associada à longevidade, a prevenção e reabilitação de doenças e melhoria da
qualidade de vida. Quando se promove a prevenção, economizamos na cura. As atividades propostas neste
projeto, surgiram de demandas dos próprios servidores, pleiteavam um espaço dentro da própria UFRPE
onde fosse possível, trabalhar e cuidar da saúde. As atividades objetivam a melhoria da aptidão física do
servidor, por meio do treinamento de força, um método eficaz para o desenvolvimento da aptidão músculo
esquelético, melhoria da saúde, aptidão física e qualidade de vida (C. O.; Pellegrinotti, I.; Neto, J. B.;
Montebelo, 2008). O projeto problematiza como possibilitar a promoção/manutenção da saúde dos
servidores no próprio ambiente de trabalho, simultaneamente fomentando, a formação de discentes do curso
de Licenciatura em Educação Física. Os objetivos consistem em implementar atividades de musculação
ministradas em forma de sessões de treino por acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física.
A metodologia consiste em realizar através de conhecimentos teóricos e práticos sistematizados em estudo,
sobre os processos do treinamento de força, avaliação física, a periodização individualizada do treinamento;
pesquisar, sistematizar e avaliar, os benefícios do treinamento de força para os servidores da UFRPE. Os
resultados preliminares apontados pelos monitores é o aprendizado teórico/prático e os servidores apontam
que se sentem mais dispostos.
Palavras-chave: treinamento de força, qualidade de vida, saúde, formação

204
LIFELONG LEARNING E TECNOLOGIAS DIGITAIS: IMPULSIONANDO A FORMAÇÃO
CONTINUADA DE EDUCADORES NA ERA DA EAD

Cleber Lopes1, Aldemar Costa 2

RESUMO
O estudo tem como tema central a relação entre educadores e o conceito de lifelong learning,
destacando seu potencial impulsionado pelas tecnologias digitais e pela Educação a Distância (EaD). A
abordagem desse tema reside na necessidade crescente de promover o aprendizado contínuo dos
educadores, dada a constante transformação na sociedade, acentuada pelo avanço das tecnologias digitais
e a crescente importância da EaD na educação. O objetivo deste estudo é compreender as potencialidades
do lifelong learning no contexto da formação continuada dos educadores, mediada pelas tecnologias digitais
e EaD. A fundamentação teórica deste estudo aborda conceitos como lifelong learning, EaD, tecnologias
digitais na educação e a importância da formação continuada dos educadores. A pesquisa adota uma
abordagem qualitativa e exploratória, envolvendo revisão bibliográfica e análise documental. Serão
investigados os discursos de educadores e pesquisadores sobre o tema, utilizando artigos científicos,
documentos oficiais e relatos de experiência. A análise foi realizada com base em categorias pré-definidas,
visando identificar as potencialidades do lifelong learning no desenvolvimento da aprendizagem dos
educadores no contexto das tecnologias digitais e EaD. Os resultados da análise apontam para a relevância
do lifelong learning na formação continuada dos educadores, especialmente quando mediado pelas
tecnologias digitais e EaD. A pesquisa evidencia a importância do lifelong learning na formação continuada
dos educadores, destacando o papel das tecnologias digitais e da EaD nesse processo. O constante
aprendizado ao longo da vida é essencial para a adaptação às mudanças na educação e na sociedade da
informação. Esta investigação contribui para a compreensão das potencialidades do lifelong learning na
formação dos educadores, proporcionando subsídios para orientações eficazes nesse contexto dinâmico e
desafiador.

Palavras-chave: Lifelong learning, formação continuada de educadores, tecnologias digitais, Educação a


Distância (EaD), aprendizagem ao longo da vida.

1
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR
2
Universidade Federal do Paraná - UFPR

205
TABULEIRO QUÍMICO: UMA ATIVIDADE LÚDICA PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS COM
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE NO ENSINO DA QUÍMICA

Sabrina Soares de Holanda1, Francisco de Assis Pereira Neto2

RESUMO
O presente trabalho investiga os desafios enfrentados pelos alunos com Transtorno do Déficit de
Atenção com Hiperatividade (TDAH) no processo de escolarização, especialmente na disciplina de
Química. Reconhecendo a complexidade e abstração dessa matéria, bem como as dificuldades cognitivas e
comportamentais do TDAH, a pesquisa propõe o uso de jogos didáticos, especificamente o "Tabuleiro
Químico," como uma ferramenta para auxiliar no aprendizado desses alunos. O jogo foi desenvolvido para
tornar a aula mais dinâmica, promover a concentração e a participação ativa dos alunos, além de abordar
suas necessidades específicas. A pesquisa foi realizada com uma turma do terceiro ano B do ensino médio,
integrada ao curso técnico em eletrotécnica, no Instituto Federal do Piauí - Campus Picos (IFPI). A
metodologia incluiu um estudo do perfil dos alunos com TDAH, uma adaptação do jogo ao conteúdo de
hidrocarbonetos e avaliação da eficácia do jogo no aprendizado dos alunos. Os resultados apontaram que o
uso do jogo teve um impacto positivo no desempenho acadêmico dos alunos com TDAH, mostrando-se
uma alternativa promissora para o ensino de Química, proporcionando um ambiente de aprendizagem mais
inclusivo, estimulante e efetivo. A abordagem lúdica foi bem recebida pelos alunos, que ficaram
interessados em adaptar o jogo para outros conteúdos de Química, corroborando a importância de
estratégias pedagógicas diferenciadas para atender às necessidades específicas desse público.

Palavras-chave: TDAH, química, jogos didáticos.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí - Campus Picos (IFPI)
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí - Campus Picos (IFPI)

206
RECURSOS DIGITAIS E TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: (CO)RRELAÇÕES
CONTEMPORÂNEAS

Carita Pelição1, Afonso Antonio Machado2

RESUMO
A pesquisa foi fruto da perspectiva docente da autora principal, que vivenciou o período de
pandemia de Covid-19 no formato remoto de ensino e experienciou incertezas, angústias e tentativas de
utilização de recursos digitais e tecnológicos voltados à Educação Infantil em um município no interior do
estado de São Paulo. Assim, teve como objetivo principal identificar como se deu o uso de recursos digitais
e tecnológicos aplicados ao contexto da Educação Infantil do referido sistema de ensino, voltados às
crianças de 4 a 5 anos de idade, antes e durante a pandemia de Covid-19, e após a retomada do ensino
presencial, especificamente entre os anos de 2019 a 2022. Ademais, o estudo justificou-se por abordar uma
temática atual, constantemente debatida no meio educacional e midiático, mas ainda pouco direcionada
para o ensino de crianças pequenas, especialmente até 5 anos de idade, que corresponde à creche e à pré-
escola no Brasil. A pesquisa usou de abordagem qualitativa, de caráter exploratório, que contou com a
aplicação de um questionário com 21 (vinte e uma) questões, como técnica de coleta de dados, cujos
respondentes foram 26 (vinte e seis) professores de Educação Infantil do sistema de ensino de um município
no interior do estado de São Paulo. As questões foram divididas em cinco tópicos principais: questões
sociodemográficas; contexto e perspectiva pessoal-profissional; questões específicas da pesquisa (uso de
recursos digitais e tecnológicos na Educação Infantil); equipamentos de trabalho e finalização – relacionada
à verificação de necessidade de formação. O questionário foi planejado e organizado para representar a
realidade dos professores que atuam no sistema de ensino municipal, sendo semiestruturado e composto
por perguntas abertas e fechadas. Os resultados principais apontam que os docentes recorreram ao uso de
recursos digitais e tecnológicos durante o período de Covid-19, sendo mais recorrente a televisão, o DVD,
o aparelho de som e as músicas e vídeos acessados por meio da internet, através do YouTube. No entanto,
verificou-se que mesmo os docentes que apontaram reconhecer a importância do uso de recursos digitais e
tecnológicos na Educação Infantil não continuaram com a mesma prática após a retomada das aulas
presenciais. Um dos indicadores para tal evidência encontrada foi que existem dificuldades por parte dos
professores em relação ao manejo de recursos digitais e tecnológicos aplicados ao contexto infantil e ainda
dúvidas em como vinculá-los ao pressuposto teórico adotado pelo município pesquisado, que é a Pedagogia
Histórico Cultural, pensada por Lev Vigotsky e colaboradores. Conjuntura que assinala a necessidade e
demanda docente por qualificação profissional.

Palavras-chave: práticas pedagógicas; idade pré-escolar; perspectiva histórico-cultural.

1
Mestre em Desenvolvimento Humano e Tecnologias - Universidade Júlio de Mesquita Filho - UNESP – RC.
2
Doutor pela UNICAMP, livre docente em Psicologia do Esporte, pela Universidade Júlio de Mesquita Filho - UNESP - RC.

207
ENSINO-APRENDIZAGEM SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
INTERPRETAÇÃO DE RÓTULOS DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

Mirian Vieira Teixeira1

RESUMO
Muitas vezes, pela facilidade da compra , os alimentos industrializados estão tomando o espaço de
alimentos feitos em casa. Com as mudanças ocorridas nas práticas alimentares e, em virtude dos avanços
tecnológicos na indústria de alimentos e pela globalização, esse fato tornou-se objeto de atenção do setor
de saúde, em razão do estabelecimento da relação entre a alimentação e algumas doenças crônicas não
transmissíveis. Nesse sentido, pesquisas científicas mostram, que muitas doenças podem ser evitadas pela
alimentação saudável, que garante a ingestão diária de nutrientes essenciais. Os rótulos dos diferentes
produtos alimentícios, que são comercializados nos supermercados, apresentam muitas informações como
a origem, as propriedades nutricionais e os constituintes dos produtos. A escola é espaço de promoção da
saúde, pois possui um papel importante na formação cidadã, estimula a autonomia, o exercício dos direitos
e deveres, o controle das condições de saúde e qualidade de vida, bem como na obtenção de
comportamentos e atitudes considerados como saudáveis. O objetivo desse trabalho foi discutir a temática
alimentação saudável no ambiente escolar, através de análises e interpretação de rótulos de produtos
alimentícios, reconhecendo a importância de adquirir hábitos alimentares saudáveis para a promoção da
saúde e a qualidade de vida. O presente trabalho concentra-se no relato da experiência vivenciada durante
as intervenções didáticas no componente curricular de biologia, sobre alimentação/nutrição, com quatro
turmas da 1ª série do Ensino Médio de uma escola da rede pública estadual de Goiás no município de
Goiânia- Go. Os procedimentos metodológicos foram realizados em três etapas, em que os estudantes
desenvolveram as atividades propostas pela professora. Antes da realização de cada etapa, foi explicado
aos estudantes o objetivo das atividades e como daria o andamento de cada uma delas. Na primeira etapa,
foi realizado o levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre hábitos alimentares e rótulos
de produtos alimentícios, através de questionário. Na segunda etapa, cada estudante trouxe, um rótulo do
alimento que mais consome, para análise e discussão em grupo (5 componentes). Na terceira etapa, houve
a socialização dos grupos, para turma e professora sobre a análise dos rótulos. As atividades propiciaram
um ensino-aprendizado sobre alimentação saudável que permitiu que os estudantes pudessem perceber a
importância da inserção de hábitos alimentares saudáveis e, que é possível fazer escolhas, caso seja
utilizado produtos industrializados, a partir da interpretação de rótulos de produtos alimentícios, para que
a alimentação seja balanceada/equilibrada, contendo todos os nutrientes, minerais e vitaminas essenciais
para o nosso corpo.

Palavras-chave: ensino médio, biologia, promoção da saúde.

1
Secretaria de Estado da Educação de Goiás (SEDUC-GO).

208
A AVALIAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM NO ITINERÁRIO
FORMATIVO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

Gisele Cantalice Salomão da Silva1, Dayse Pereira Barbosa Souza 2

RESUMO
Os Itinerários formativos fazem parte das diretrizes estabelecidas pela Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) para a Educação Básica. São a parte flexível do currículo e estão organizados em três
componentes: eletivas, projeto de vida e aprofundamento. O trabalho foi desenvolvido em 2 turmas da
unidade curricular “Aprofundamento em Ciências da Natureza – Química” para estudantes da 2ª série do
Ensino Médio na Escola Sesc de Ensino Médio no primeiro semestre de 2023. O objetivo principal foi
desenvolver diferentes formas de avaliação em que o protagonismo do estudante, a investigação científica,
o trabalho em equipe e a empatia fossem eixos estruturantes no processo avaliativo. A avaliação dos
estudantes foi realizada em duas etapas. A primeira etapa consistiu na busca de questões de química de
vestibulares que pudessem ser resolvidas através de práticas laboratoriais. Individualmente, cada estudante
preenchia um formulário on line com sugestão de questão e proposta de roteiro prático, posteriormente os
estudantes formavam grupos e testavam os roteiros, o grupo decidia qual questão e roteiro seriam
apresentados para a turma e por fim executavam a prática para toda turma e explicavam a questão a partir
da prática realizada. Na sequência o grupo sugeria três questões sobre o tema escolhido e a turma resolvia,
após a realização da prática e discussão da questão. Na segunda etapa os estudantes escolhiam um artigo
científico da revista “Química Nova na Escola” e apresentavam seminários para os colegas explicando o
artigo e utilizando o recurso do Power Point ou Canva. Os demais estudantes podiam participar com
dúvidas, reflexões e sugestões. A revista foi escolhida pelos estudantes, pois notaram que algumas questões
do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) utilizavam trechos extraídos dessa revista como introdução
a suas questões. Quase 70% dos artigos escolhidos tratavam de questões ambientais o que demonstrou que
tal tema é do interesse dos estudantes e pode ser mais explorado nas aulas regulares da BNCC. Através da
atividade avaliativa descrita e o protagonismo apresentado foi possível aproximar o conteúdo e o processo
avaliativo do estudante. Com o trabalho desenvolvido foi possível utilizar o espaço avaliativo de um
itinerário formativo de aprofundamento para criar e desenvolver o protagonismo estudantil.

Palavras-chave: itinerário formativo, avaliação, protagonismo estudantil.

1
Polo Educacional Sesc (professora de Química)
2
Polo Educacional Sesc (professora de Química)

209
Identidade da mulher discente da Educação de Jovens e Adultos

Marcele Ventura de Andrade de Oliveira1, Suzana Medeiros Batista Amorim2

RESUMO
A identidade das mulheres que frequentam a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil
apresenta-se multifacetada, moldada por uma variedade de fatores sociais, educacionais e psicológicos
vivenciados ao longo dos tempos. As referidas mulheres representam ampla diversidade em termos de
idade, origem étnica, motivações e experiências de vida. A identidade de uma discente na EJA é
influenciada por sua história de vida, desafios enfrentados e sucessos ou fracassos experenciados. A faixa
etária das mulheres desta modalidade abrange desde jovens a adultas que abandonaram a escola cedo, bem
como mulheres maduras que decidiram retomar os estudos. Muitas delas têm responsabilidades familiares,
o que exige um equilíbrio entre suas obrigações caseiras e o compromisso com a educação. O contexto
socioeconômico varia consideravelmente, com enfrentamentos e desafios financeiros significativos. Para
muitas mulheres, a EJA representa uma oportunidade de empoderamento, ajudando-as a desenvolver
habilidades, confiança, independência e autonomia, seja nos espaços sociais como nos pessoais. As
motivações para ingressar na Educação de Jovens e Adultos são diversas, abrangendo busca por melhores
oportunidades de emprego até o desejo de autoaperfeiçoamento e a realização de metas pessoais, que são
fundamentais na construção de suas identidades na escola, orientando seus objetivos educacionais. Frente
a isso, o estudo objetivou discutir as contribuições da Educação de Jovens e Adultos na construção da
identidade da mulher discente. Para atender tal objetivo, foi necessário traçar os objetivos específicos do
estudo, a saber: a) identificar os desafios vivenciados pela mulher jovem ou adulta discente na Educação
de Jovens e Adultos; e, b) entender como as práticas educativas desenvolvidas na EJA influenciam no
empoderamento da mulher jovem ou adulta discente. Para dar conta desses objetivos, a pesquisa, no viés
metodológico, foi inspirada nos pressupostos teóricos e nas dimensões de investigação de natureza
qualitativa, de cunho bibliográfico. O estudo foi ancorado, teoricamente, nas discussões de Fagundes
(2018); Freire (1992; 2001); Galvão e Di Pierro (2013); Hall (2006); Pimenta (2000); Silva e Silva (2019);
Tacca e Rey (2008); entre outros. Espera-se que o estudo possa contribuir com reflexões que valorizem
práticas educativas desenvolvidas na EJA que contribuam para o empoderamento da mulher discente dessa
modalidade de ensino.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; identidade; empoderamento da mulher.

1
Universidade de Vassouras – UNIVASSOURAS. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4919049820208040
2
Universidade de Vassouras – UNIVASSOURAS. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1834878681745178

210
EDUCAÇÃO E CRIMINALIDADE: O papel da educação no desenvolvimento humano,
reintegração, combate da reincidência nas Unidades Prisionais da Zona da Mata Sul de PE.

Maria Eduarda de Oliveira Nery UFPE1, Sara Milena Gois Santos UFPE2

RESUMO
A educação é um direito humano atrelado à dignidade da pessoa humana, com escopo em
dispositivos legais nacionais e internacionais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e
Constituição Federal (CF/88), entre outros dispositivos que a regulamentam e complementam. Ela é um
agente transformador da sociedade, contribui para o desenvolvimento da pessoa humana, cidadania e
qualificação para o trabalho. A educação pode ser a primeira oportunidade que o indivíduo terá de
compreender sua história, o que lhe possibilitará o desenvolvimento do seu próprio projeto de vida. A
educação é uma ferramenta essencial para a transformação da sociedade, pois é através dela que se pode
libertar os vulneráveis das difíceis condições impostas pelo sistema, com o intuito de superar as
desigualdades mudando a vida das pessoas (FREIRE, 1984). Negar o acesso à educação configura uma
dupla punição - bis in idem, o que é proibido pela Lei de Execuções Penais já que é uma das formas de
remissão de pena. Em Pernambuco a oferta de educação ocorre em 20 unidades prisionais, em observância
ao que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDBEN N° 9.394/1996, as Diretrizes
Nacionais para Educação em Prisões (Resolução CNE/CEB nº 02, de 19.05/2010) e o Plano Estratégico de
Educação no âmbito do Sistema Prisional- PEESP sancionado pelo governo federal com o objetivo de
ampliar o acesso a educação nas unidades prisionais do estado de Pernambuco. O Plano Estadual de
Educação para Pessoas Privadas de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional do Estado de Pernambuco
com vigência de 2021-2024, dispõe de metas e dados sobre nível de escolaridade dos apenados das
Unidades Prisionais do Estado. Na Mata Sul, evidenciou-se que a população carcerária é formada em sua
maioria por presos com menor nível de estudo, sendo apenas 05 com ensino superior completo ou
incompleto, quando há um total de 809 indivíduos e 401 alunos matriculados na Escola Estadual daquela
região. Dessa forma, conforme estudos sobre os impactos da educação, a presente pesquisa tem o objetivo
de oferecer ao gestor um instrumento que aponte as lacunas e inconsistências da unidade prisional, sendo
uma ferramenta estratégica para a gestão prisional.

Palavras-chave: REINCIDÊNCIA, EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS.

1
Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
2
Universidade Federal de Pernambuco-UFPE

211
OFICINAS DE MAPAS MENTAIS – PARCERIA NA SALA DE AULA ENTRE O PROGRAMA
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA LETRAS/UFPEL E O IFSUL/CAVG

Giovana Canez Valerão 1, Helena Morales Gentilini 2, Helena Pereira Quines 3, Maria Inês Bittencourt
Pereira 4, Thamara Furtado dos Santos 5

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo relatar a aplicação das oficinas de Mapas Mentais realizadas no
mês de maio de 2023 na escola-campo do IFSUL/CAVG, pelas residentes do Programa Residência
Pedagógica da UFPEL, subprojeto Português, com os estudantes do ensino médio integrado ao técnico da
instituição. A aplicação se deu sob a orientação da preceptora do programa na escola-campo e dos
professores e professoras da Área de Cultura Linguística e Literária do IFSUL/CAVG. A Metodologia
utilizada foi a seguinte: 1) escuta da demanda de um dos professores de Língua Portuguesa que sentia a
necessidade do trabalho com tal recurso para a otimização dos conteúdos em Literatura e Português; 2)
reunião das residentes para pesquisar material sobre o assunto; 3) avaliação da preceptora em relação ao
conteúdo das oficinas; 4) apresentação do material para a coordenação do subprojeto na reunião geral da
Residência Pedagógica na UFPel e; 5) avaliação do material final pelo professor solicitante da escola-
campo. Aprovado o conteúdo das oficinas, as residentes usaram o aplicativo CANVA no material
produzido, a fim de que este ficasse esteticamente chamativo para ser aplicado com os estudantes. Após,
passou-se para a fase de organização da aplicação: a) ocorrência das oficinas nos períodos da manhã e tarde,
em dois dias distintos, com todas as turmas do ensino médio integrado ao técnico do CAVG; b) exposição
teórica utilizando slides explicativos sobre as origens da ferramenta “mapa mental” e; c) explanação da
metodologia de produção dos diferentes modelos existentes e ferramentas on-line para a criação de mapas
mentais. Nos dias e horários determinados, os estudantes foram encaminhados ao miniauditório da
instituição pelos professores da área de Cultura Linguística e Literária, tomaram contato com a teoria da
ferramenta e, logo após, criaram mapas mentais com temática livre utilizando lápis de cor e folhas de ofício
dadas pelas residentes. Como resultado, verificou-se que a oficina estimulou novas opções de organização
de estudos não somente para as disciplinas de Português e Literatura, mas também para as demais
disciplinas do currículo escolar dos estudantes, incluindo as disciplinas técnicas. Além disso, a atividade
estimulou a criatividade e a aprendizagem visual dos envolvidos, tornando-se uma opção pedagógica para
organização de estudos dos estudantes e professores envolvidos, que foi muito além dos resumos
comumente utilizados em sala de aula.

Palavras-chave: Residência Pedagógica UFPel/CAVG, Mapas Mentais, Formação Inicial.

1
Universidade Federal de Pelotas (UFPel/Letras Português e Espanhol ).
2
Universidade Federal de Pelotas (UFPel/Letras Português e Alemão).
3
Universidade Federal de Pelotas (UFPel/Letras Português).
4
Universidade Federal de Pelotas (UFPel/Letras Português e Francês).
5
Universidade Federal de Pelotas (UFPel/ Letras Português).

212
CRITÉRIOS ADOTADOS POR LICENCIANDOS AO PLANEJAR UMA ATIVIDADE
DIDÁTICA DE CIÊNCIAS

Karine Gehrke Graffunder1, Cíntia Moralles Camillo2

RESUMO
Na formação inicial de professores, planejar uma ação pedagógica pode se tornar um desafio. A
dicotomia entre teoria e prática; a visão unidirecional do ensino; e a aplicação mecânica de regras para a
resolução de problemas, são exemplos de carências ainda presentes na esfera formativa superior. Por sua
vez, esses fatos promovem a necessidade de dialogarmos sobre como o professor organiza a sua prática
educativa, instigando os próprios estudantes a construir argumentos e propor soluções sobre como realizar
um planejamento acessível e adequado. Desse modo, esse estudo objetivou verificar o que professores em
formação inicial consideram ao planejar uma atividade didática. De natureza investigativa e de caráter
qualitativo, esse estudo ocorreu a partir da análise de um questionamento elaborado para professores em
formação de Ciências da Natureza e áreas afins. A pergunta solicitada foi “Como desenvolver uma atividade
didática para que todos os alunos possam aprender?”, durante a aplicação de um curso on-line para
professores de todas as regiões do Brasil. Foram analisadas ao total 42 respostas (N=42), no qual ‘N’
representa a amostra total de participantes. As categorias de análise foram determinadas a partir da
similaridade das respostas, sendo: 1- Adotar diferentes metodologias e recursos didáticos/tecnológicos
(jogos educacionais, experimentação e aulas práticas); 2- Analisar o contexto da escola e do aluno (realidade
em que o estudante está inserido, relaciona-se às questões sociais e culturais); 3- Contextualizar conceitos
(inserir uma situação que tenha algum sentido em conjunto com o ambiente ou tema em questão); 4-
Dominar o conteúdo (saber explicar e mediar conceitos); 5- Incentivar a interatividade (diálogo, autonomia
e resolução de problemas em grupo); e 6- Verificar os conhecimentos prévios (saberes que os alunos já
possuem). No geral, os resultados obtidos indicaram que para desenvolver uma atividade didática, 35,7%
(N=15) de licenciandos consideram necessário analisar o contexto da escola e do aluno; 23,8% (N=10)
adotar diferentes metodologias e recursos didáticos/tecnológicos; 16,7% (N=7) dominar o conteúdo; 11,9%
(N=5) incentivar a interatividade; 7,1% (N=3) contextualizar conceitos; e 4,8% (N=2) verificar os
conhecimentos prévios. Observamos que o termo mais frequente nas respostas foi ‘contextualizar’, mas
utilizado de forma confusa. O processo de contextualizar pode ser definido pela ação de dar sentido aquilo
que o aluno aprende, de forma motivadora, assim como, para analisar a realidade (contexto) do aluno. Além
disso, houve muitas menções apenas ao domínio do conteúdo, desconsiderando sua associação com o
domínio da prática pedagógica, tão essenciais no ensino. A amorosidade e empatia também obtiveram
destaque. Nesse sentido, ressaltamos a necessidade de trabalharmos na formação inicial com práticas
restaurativas, as quais promovem o diálogo, a superação de conflitos e resolução de problemas de forma
colaborativa. Por fim, esperamos contribuir para o avanço teórico sobre a inserção do professor na docência
e suas práticas no planejamento curricular.
Palavras-chave: docência, formação inicial, planejamento escolar.

1
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
2
Instituto Federal Farroupilha (IFFar).

213
CIÊNCIAS PARA UM MUNDO MELHOR: DESENVOLVENDO O CONCEITO DE
CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

Geovanna Vitória Rodrigues Bezerra, Giovana Dalonso Monteiro¹, Carlos Alexandre Felicio Brito²

RESUMO
O objeto de conhecimento observado foi Ciências com ênfase no desenvolvimento do conceito de
conscientização ambiental e sustentabilidade. Essa observação foi realizada no Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), fomentado pela CAPES. Este relato de experiência procurou
observar a aplicação de uma sequência didática, pela professora de campo, sobre o objeto de conhecimento
“cuidados com o meio ambiente", no Ensino Fundamental. A pesquisa ora característica do Design
Experiment Research (DER) como proposto por Cobb et al. (2003). Para a compreensão dos procedimentos
de pesquisa existem três fases a serem elucidadas como: fase Prospectiva (prepara a DE, portanto aqui se
revela a Sequência Didática - SD), fase Reflexiva (conduz a DE) e fase Retrospectiva (analisa o que ocorreu
na DE). O estudo foi desenvolvido no município de São Caetano do Sul, na escola EMEF 28 de Julho. Os
participantes foram alunos do 1° ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais, sendo escolhidos
intencionalmente 30 crianças sendo 2 de inclusão. Como instrumento de observação utilizamos: registro,
questionamentos à professora para complementação das anotações e fotografia para ilustração, seguidos de
análise crítica e reflexiva, servindo para elaboração de relatório (material de síntese – portfólio). Após a
observação da SD aplicada os resultados foram analisados em conjunto com o professor na formação do
PIBID. No período de reflexão observamos como a docente conduziu as aulas, utilizando os gestos
didáticos fundadores que permearam e fundamentaram sua prática em campo; a professora trouxe os
conteúdos através de vídeos, formulação de tarefas com atividades impressas e aulas práticas, apresentando
a eles materiais concretos. Quanto a fase retrospectiva observamos que a educadora se utiliza de plataformas
digitais para a introdução dos saberes, também utiliza outros suportes como, materiais concretos,
objetivando a fixação do conteúdo, ajustando ao longo das aulas por meio de flexibilização da metodologia
e planejamento, sem suprimir o diálogo constante com os estudantes, objetivando receber feedback.
Concluindo, como pibidianos, que a sequência didática elaborada pela professora no presente trabalho
revelou-se como positiva mediante ao contexto escolar e social.

Palavras-chave: FORMAÇÃO, SEQUÊNCIA DIDÁDITCA, CIÊNCIAS.

214
A COMMÉDIA DELL’ARTE NA EDUCAÇÃO

Gilvani José Bortoluzzi1

RESUMO

A pesquisa dedicou-se ao processo criador da Performance Reciclando (De) Ilusões foi


desenvolvida no segundo semestre de 2019 no Laboratório de Performance, arte e cultura, ligado ao CNPQ
e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGART), da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM). Os teóricos Bergson, Carson, Cohen, Fo, Glusberg, Goldberg, Schechner e Stanislávski,
embasaram as ações performativas nos aspectos teórico-práticos. A Performance teve como objetivos
revitalizar as artes ao borrar as fronteiras entre elas aproximando a dança, do teatro, das artes visuais, da
literatura, entre outras manifestações, além de revelar seu caráter transgressor de padrões instituídos. Os
procedimentos metodológicos buscaram subsídios na Commédia Dell’arte, sendo realizados em
laboratórios em sala de ensaios, por meio de improvisações. Reciclando (Des) Ilusões, constitui uma
abordagem da futilidade burguesa reforçada pelo capitalismo e foi apresentada nos dias 20 e 24 de setembro
de 2019 no Centro de Artes e Letras (CAL) da UFSM.

Palavras-chave: commédia dell’arte, performance, zanni.

1
Possui Graduação em Artes Cênicas (2015) e Licenciatura em Teatro (2019), ambos pela Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM/RS). É Mestre em Artes Visuais em 2018 pelo PPGART/UFSM (Programa de Pós-graduação Artes Visuais). Atualmente
cursa Pedagogia Diurno pela UFSM/RS.

215
TRILHA DO CONHECIMENTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SALA DE AULA PARA O
ENSINO DA TEORIA DO CONHECIMENTO

Merielle Camilo1, Marcos Cesar Danhoni Neves 2,Belmiro Marcos Beloni3

RESUMO
Trata-se de uma adaptação da metodologia "trilha da vida”, muito utilizada para atividades de
educação ambiental com o objetivo de sensibilização em relação à percepção do meio ambiente. A
metodologia utilizada na Trilha do Conhecimento foi adaptada para a reflexão filosófica da gênese do
conhecimento e das relações entre imaginação e realidade. O experimento foi aplicado no Colégio Estadual
Rui Barbosa no ano de 2022, em Guarapuava-Pr. Objetivou-se que os alunos pudessem refletir de forma
ativa sobre a teoria do conhecimento em Platão, Aristóteles e Descartes, fazendo a discussão sobre a origem
do conhecimento através de uma metodologia ativa. Os alunos do primeiro ano do Ensino Médio
produziram uma trilha com produtos naturais que estimulam os sentidos do olfato, tato e paladar, e
introduziram sons de chuva e canto de pássaros para estimulação auditiva dos participantes do nono ano do
Ensino Fundamental, que vendados, teriam contato com esses elementos. Procurou-se que através da
ausência do sentido da visão que os participantes vendados imaginassem o que lhe eram oferecidos,
enquanto os alunos do Ensino Médio analisavam a relação entre as respostas obtidas e o que realmente
eram os elementos naturais ofertados. Os alunos do nono ano produziram um debate em sala sobre empatia
e acessibilidade, uma vez que o circuito da trilha foi realizado com eles vendados e com auxílio de um
aluno-guia. A experiência com os alunos nessa adaptação didática teve como resultado a visualização da
relação explorada por Platão ao colocar o conhecimento originário de um processo intelectivo no qual se
imagina uma expectativa a respeito do que se sente, e paralelos com a dúvida hiperbólica de Descartes ao
analisar o medo que alguns participantes tiveram durante o percurso da trilha. Foi observado também que
quanto mais conhecimento do mundo natural o estudante tinha, menos equivocada eram as respostas, o que
levou a discussão da teoria aristotélica em relação à gênese do conhecimento pelas experiências vividas.
Conseguiu-se êxito em estabelecer uma abordagem que visa motivar os alunos quanto ao interesse na
temática e compreensão prática da teoria dos filósofos trabalhados, tornando o docente um mediador que
estimula o protagonismo para os estudantes. Como recurso metodológico a experiência da Trilha do
Conhecimento ao observar as devolutivas dos alunos e a participação ativa destes que é um recurso que
propicia uma ferramenta para diversificar o trabalho de conteúdos pelo professor de filosofia. O foco
prioritário, foi desenvolver uma metodologia ativa que auxiliasse a transposição didática de um tema teórico
em que muitos estudantes têm dificuldade de compreensão. Ao tornar lúdico um conceito teórico, o
professor alcança uma ferramenta de aprendizagem valiosa em tempos que se exige o uso de recursos de
metodologias ativas e inovadoras nas escolas para uma significativa aprendizagem dos estudantes.
Palavras-chave: Filosofia, Transposição didática, Metodologias Ativas

1
Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED-PR.
2
Universidade Estadual de Maringá - UEL
3
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Guarapuava.

216
FORMAÇÃO CONTINUADA E PRÁTICA DOCENTE: PERSPECTIVAS DE PROFESSORAS
DO CAMPO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Josiléia Curty de Oliveira1, Ozana Luzia Galvão Baldotto2, Erineu Foerste3

RESUMO

Este texto traz discussões sobre a formação continuada de professores e seus efeitos na prática
docente. Ele é um recorte de um amplo projeto de formação continuada de docentes realizado nos anos de
2021 e 2022 no estado do Espírito Santo, sudeste do Brasil, ofertado pelo Programa Escola da Terra
Capixaba. O Programa Escola da Terra Capixaba consistiu na oferta de cursos de aperfeiçoamento e
especialização Lato Sensu em Educação do Campo para docentes dos anos iniciais da educação básica,
vinculados aos contextos campesinos. Do mesmo modo, apresentamos reflexões sobre a formação
continuada e a atuação profissional sob a perspectiva de três professoras, estudantes dos cursos de
aperfeiçoamento e do curso de Especialização em Educação do Campo do Programa Escola da Terra
Capixaba, que atuam em escolas da rede municipal, no sul do estado do Espírito Santo. Para esta pesquisa,
optamos pela abordagem qualitativa, apostando na pesquisa narrativa como método de investigação. Por
meio das narrativas de memoriais docentes construídos ao longo do curso de especialização, buscamos
compreender como acontece a formação continuada dos professores dos anos iniciais e a sua articulação
com a prática docente. Para assim entender, como os docentes, com diferentes histórias, influências e
trajetórias profissionais, vivem suas subjetividades a partir da experiência de ser professor. Partimos do
pressuposto que a formação docente é marcada pela experiência que o professor teve durante toda a sua
vida pessoal, escolar e de formação profissional que prossegue ao longo de toda a sua carreira. A partir das
narrativas das professoras, podemos afirmar que o ser e o fazer-se docente tem raízes na história de vida,
com uma contribuição importante da socialização escolar e pré-profissional na compreensão da prática
pedagógica e do desenvolvimento profissional dos professores, no entanto, existe um efeito cumulativo e
seletivo de experiências antecedentes em relação às experiências em curso. Nesse sentido, as experiências
familiares e escolares vividas pelos professores definem ações e comportamentos durante a formação inicial
e no exercício da docência. Assim, entendemos que o crescimento profissional efetuado na atuação docente
por meio da formação contínua e da socialização escolar e profissional proporciona um novo sentido à
prática pedagógica e é ressignificada pelos saberes docentes e experiências formativas ao longo da vida.

Palavras-chave: Educação do Campo, Escola da Terra, Formação Continuada, Prática Docente.

1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), E-mail: josileia.oliveira@ufes.br.
2
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). E-mail: ozanabaldotto@gmail.com.
3
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), E-mail: erineu.foerste@ufes.br.

217
POSSIBILIDADES DO PIBID INTERDISCIPLINAR: AS OFICINAS PEDAGÓGICAS E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Renata Souza de Oliveira1, Marcella Marques Correa1, Mariana Vitti Dorizzotto1, Beatriz Pollettini
Medici1, Maria Fernanda Pereira Buciano2

RESUMO
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) propicia aos licenciandos a
vivência da prática docente em escolas parceiras. No âmbito de um subprojeto interdisciplinar Pedagogia -
Geografia da Unicamp, intitulado “Formação para a cidadania no contexto dos desafios ambientais do
século XXI: Pedagogia, Geografia e Educação Ambiental (EA) em diálogo", realizamos oficinas de livre
escolha dos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental, em junho de de 2023. A escola parceira
EMEF Profa. Dulce Bento Nascimento (Campinas, SP), em diálogo com a comunidade na qual se insere,
sentiu a necessidade de discutir temas urgentes e relacionados às políticas públicas de ocupação do solo e
a instauração do Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS), que impactará e modificará os
modos de vida na região. Atuamos em oficinas de produção artesanal com intuito de promover discussões
e reflexões sobre o entorno da escola e a forma como é feita a ocupação dos espaços urbanos, além de
considerar os produtos finais coletivamente construídos pelas crianças. Lançamos mão da arte, de forma
prazerosa e lúdica. As oficinas misturaram estudantes de turmas e anos diferentes e aconteceram em um
contexto não dividido em “hora/aula”, mas pautado na necessidade de auto-organização das crianças para
movimentarem-se entre espaços e se alimentarem ao longo da manhã. A primeira oficina propôs a
confecção de chaveiros de origami, na forma de beija-flor e onça-parda, destacando na temática sobre a
ocupação do solo e ameaça e intensificação de perda da vegetação que abriga tais animais. A segunda
introduziu o assunto da ocupação do solo pela leitura de um livro infanto-juvenil (KURUSA; DOPPERT,
2012) e propôs a confecção de fantoches e encenação da história literária. Como em Almeida et al. (2010),
que relata o uso da arte para a EA em diferentes intervenções em escolas, as atividades foram prazerosas e
criaram envolvimento e engajamento dos estudantes para com os temas. Além da importância da
sensibilização das crianças para os temas, realizar práticas diversificadas utilizando literatura, dobradura,
recorte, colagem, manuseio de materiais diferentes; ressaltamos dois aspectos: o envolvimento prazeroso e
lúdico dos estudantes com o assunto a ser abordado; e para a formação de professores, proporcionando a
experiência com temas interdisciplinares de modo diferente do que é reconhecido como tradicional na
escola.
Palavras-chave: Oficinas Pedagógicas, Educação Ambiental, Pibid Interdisciplinar
Referências
ALMEIDA, E. de; COSTA-SANTANA, P. M.; TONSO, S. O papel da literatura infantil como instrumento na
reflexão e busca de soluções dos problemas ambientais. Ambiente & Educação, v. 15, n. 1, p. 207-228, 2010.
KURUZA; DOPPERT, Mônica. A Rua é Livre. Editora Callis, 2.ed., 2012. 48 p.

1
Graduanda em Pedagogia - Faculdade de Educação - Unicamp.
2
Secretaria Municipal de Educação - Prefeitura Municipal de Campinas.

218
ABORDAGEM TEÓRICA E PRÁXIS LITERÁRIA

Maria de Lourdes Dionizio Santos1, Deyse de Freitas Galvão2, Dhéris de Sousa Lima3, Lara Luisa Silva
Cavalcante4, Pedro Gustawo da Silva Lima5

RESUMO:

Partimos, do pressuposto de que o estudo sobre literatura e a análise de suas obras, em sala de aula,
nos possibilitaram compreender as sutis particularidades deste componente acadêmico-curricular, ao
tomarmos como suporte para sua fundamentação, dentre vários autores versados no assunto, Antonio
Candido, Terry Egleton, Tzvetan Todorov, Mario Vargas Llosa. Desse modo, nossa discussão tem como
principal objetivo promover a compreensão dos conceitos que fundamentam o texto literário e as
peculiaridades que o envolvem.

Palavras-Chave: Teoria da Literatura, Práxis literária, Formação Inicial Docente.

1
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Maria.dionizio@professor.ufcg.edu.br
2
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG);
3
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); dheris22@gmail.com
4
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); laraluisacavalcante@gmail.com
5
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); pedrogustawo1@gmail.com

219
RELATO DE EXPERIÊNCIA - DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
DOCENTE ATRAVÉS DA FORMAÇÃO CONTINUADA.

Melquisedeque da Conceição Lima1


Marlene Rodrigues2

RESUMO
O presente artigo objetiva descrever reflexões construídas através das leituras e discussões
realizadas durante a realização da proposta de desenvolvimento da disciplina Formação de Professores e
Trabalho Docente, ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar, Mestrado e Doutorado
Profissional (PPGEEProf) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), ministrada pela professora Dra.
Kátia Sebastiana Carvalho dos Santos Farias. No delinear da proposta estabelecida pela professora regente
da disciplina, enfatizou-se através das leituras e experiências pessoais dos doutorandos num panorama de
governabilidade, formação inicial, atrativos e incentivos, formação continuada e os reflexos dos mesmos
na concepção da identidade docente e as consequências na sala de aula e no processo de ensino e
aprendizagem. “Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da
reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar
a próxima prática” (FREIRE, 2006, p. 18). Também estabelece, uma correlação entre uma sociedade que
evoluiu ao longo das décadas. “Temos fortes críticas a uma didática instrumental, em que o ensino se
configura como uma técnica, desvalorizando as possibilidades humanas de criação, invenção, sensibilidade
e outras dimensões que o compõem, inclusive políticas” (COIMBRA, 2020, p. 17). Portanto, mostra que é
imperativo que a escola e o docente responda a esse processo evolutivo das demandas escolares e sociais,
denotando a complexidade do trabalho docente diante de mudanças que possibilitam uma transformação
na percepção da formação docente e que impactam nas ressignificações do fazer pedagógico, que deveriam
nortear a governabilidade e a valoração docente, mitigando os receios que perpetuam e são elucidados
através das pesquisas na formação docente. A sociedade mudou e continua num processo evolutivo de ideias
e os estudantes também. Nessa ótica, é fundamental e necessário a garantia do desenvolvimento contínuo
do educador, por meio de formações em serviço que tragam temas relevantes à sua prática pedagógica.
Deve-se promover ações que estabeleçam condições para o desenvolvimento profissional do educador,
fomentando e gerindo comunidades de aprendizagem, impulsionando o trabalho coletivo que se apresentam
como pilares fundamentais na concepção da identidade docente, consolidando a diversidade da carreira dos
professores. Renovo minhas esperanças na ressignificação da pesquisa em educação, a necessidade de uma
formação profissional e da concepção de uma identidade docente que dialogue com a escola em tempos
modernos, bem como as técnicas de ensino que são eficientes no aspecto de um ensino para todos e com
todos.

Palavras-chave: Memórias da formação continuada, Formação de professores, Prática docente.

1
Instituto Federal De Educação Ciência E Tecnologia De Rondônia – IFRO.
2
Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR.

220
JOGO DIDÁTICO TAPA ESPERTO – CIENTISTAS DO BRASIL: UMA FERRAMENTA DE
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Iara Borges da Silva1, Jean Carlos Miranda1, Dominique Guimarães de Souza2, Thaís de Fátima Lúcio
Torres1

RESUMO
Considerando a realidade de grande parte da população brasileira, a profissão de cientista se
apresenta distante das ambições dos jovens, devido à falta de reconhecimento pela sociedade. Essa falta de
conhecimento acerca da Ciência produz uma visão estereotipada acerca dos cientistas que, na maioria das
vezes, são retratados como homens brancos, de meia idade, de jaleco branco em um laboratório,
desenvolvendo atividades distantes da realidade cotidiana. Essa visão estereotipada nos é apresentada na
infância, por meio de desenhos animados e permanece até a vida adulta, em novelas e filmes, por exemplo.
A pesquisa “Percepção Pública da Ciência e Tecnologia (C&T) no Brasil”, realizada em 2019, pelo Centro
de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), aponta que grande parcela da população não se lembra ou não
sabe apontar um cientista brasileiro e não se lembra ou não sabe indicar uma instituição que faz pesquisas
no país. Esses dados destacam a necessidade de divulgação e valorização dos profissionais e instituições
que fazem Ciência no Brasil. Nesse sentido, foi desenvolvido, no âmbito do projeto “A Ciência pede
passagem: cientistas brasileiros/as, pesquisas transformadoras e contribuições para a sociedade”, o jogo
didático “Tapa Esperto – Cientistas do Brasil”, como ferramenta auxiliar na divulgação do conhecimento
acerca da trajetória de homens e mulheres que fizeram/fazem Ciência em nosso país e suas principais
contribuições para a sociedade. O jogo didático é composto por quatro varetas em formato de mão, com
ventosas, 50 fichas com fotos de cientistas brasileiros e brasileiras e 50 fichas contendo quatro informações
sobre e uma frase dita por eles(as). Participam das partidas quatro jogadores e um mediador (professor). O
jogo didático segue a seguinte dinâmica: (1) Após cada jogador receber uma vareta em formato de mão, as
fichas com as fotos dos(as) cientistas são espalhadas sobre uma mesa, com a imagem voltada para cima;
(2) As fichas com as informações sobre cientistas devem ser embaralhadas e colocadas em uma pilha com
a face contendo as informações voltada para baixo; (3) O mediador retira uma ficha da pilha e lê em voz
alta as informações sobre o(a) cientista, sem informar sua identidade; (4) Todos os participantes devem
procurar, visualmente, o(a) cientista a que se refere a ficha, dentre as espalhadas sobre a mesa e tratar de
pegá-lo “no tapa”, isto é, utilizando a vareta com a ventosa; (5) Quem conseguir pegar a ficha correta
primeiro, a guarda juntamente com a ficha das informações que deverá ser entregue ao jogador pelo
mediador; (6) O jogador que pegar a ficha do(a) cientista errado(a) deverá devolvê-la à mesa; (7) O jogo
segue esta dinâmica até que todas as fichas da mesa acabem; (8) Vence o jogo quem conseguir pegar mais
fichas com fotos dos(as) cientistas corretamente.

Palavras-chave: jogo didático, ciência brasileira, divulgação científica.


Financiamento: FAPERJ

1
Universidade Federal Fluminense – UFF.
2
Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro – SEEDUC/RJ

221
LIVRO “CEIERs – 40 ANOS: MEMÓRIAS AFETIVAS”: VIVÊNCIAS DE UMA ESCOLA DO
CAMPO

Rainei Rodrigues Jadejiski1, Erineu Foerste2, Aléssio Coco de Andrade3

A Educação do Campo se volta para os anseios e as necessidades educativas dos povos do campo.
Ela considera a importância dos diversos saberes que circulam nos territórios campesinos e das
territorialidades produzidas nos espaços rurais, pressupondo um trabalho pedagógico que parte da realidade
concreta e multifacetada para o ensino dos conteúdos historicamente produzidos pela ciência. É uma
educação que legitima os estudantes como protagonistas na (re)criação de suas vivências e na (re)invenção
de suas histórias, pois reconhece que a realidade é dinâmica e permanentemente (res)significada. O estado
do Espírito Santo, nosso foco de atuação e vivência, abriga múltiplos formatos de Educação do Campo.
Dentre eles, destacamos os Centros Estaduais Integrados de Educação Rural (CEIERs), que há quatro
décadas ocupam uma importante posição histórica, política e social no nordeste/noroeste do Espírito Santo.
O estado conta com três desses Centros: o CEIER de Boa Esperança, criado em 1982 e os CEIERs de Águia
Branca e Vila Pavão, criados em 1983. Esses CEIERs realizam um trabalho pedagógico diferenciado,
relevante e de grande impacto para as comunidades camponesas, em meio aos inúmeros desafios que
enfrentam para existir como escolas do campo. Nessas escolas de tempo integral, os estudantes vivenciam
momentos formativos que intercalam estudos teóricos e práticos. Além de estudarem os conteúdos
curriculares, são incentivados a produzirem relações sadias com os territórios em que vivem e circulam,
pautadas no respeito ao ambiente e no convívio harmonioso com as pessoas. Diante disso, propomos o
“Projeto de Extensão nº 3929 - 40 anos dos CEIERs: memórias afetivas” na Universidade Federal do
Espírito Santo (UFES) com o intuito de produzir um livro comemorativo dos 40 anos dos CEIERs (e-book
e livro físico) para ampliar a visibilidade do trabalho pedagógico potente que esses Centros desenvolvem.
Pessoas que possuem vínculo afetivo com essas instituições serão autoras da obra, por meio da escrita de
suas memórias afetivas. Os organizadores farão o processo de recebimento e revisão dos textos, para
posterior envio à Editora Schreiben, responsável pela publicação. Cabe aos organizadores, também,
estabelecer parcerias para viabilizar financeiramente a publicação do livro e distribuir, gratuitamente,
exemplares para as pessoas autoras e escolas envolvidas, além de realizar um evento de lançamento do livro
em cada um dos três CEIERs. Acreditamos que todo esse movimento contribuirá para o fortalecimento da
Educação do Campo empreendida por essas escolas.

Palavras-chave: Centros Estaduais Integrados de Educação Rural, Educação do Campo, Memórias


Afetivas.

1
Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo.
2
Professor titular na Universidade Federal do Espírito Santo.
3
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo.

222
DIÁLOGOS SOBRE SUSTENTABILIDADE EM ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO
PAULO A PARTIR DA TEMÁTICA ENERGIA

Isac Dos Santos Almeida1, Kleilton de Oliveira Silva2, Yasmin Da Rocha Ribeiro Soares3, Arnaldo
Antonio da Silva Junior4

RESUMO
Mais do que nunca, a necessidade por práticas sustentáveis se faz presente em nossa sociedade.
Vivemos um momento crucial da história, no qual nossas atitudes serão decisivas para o futuro do planeta
e da humanidade. Nesse sentido, para além das disputas em prol do Meio Ambiente que se dão nos
diferentes espaços, encabeçadas por sujeitos em momentos mais avançados de seus processos de educação
ambiental, é imprescindível a formação de novas gerações com consciência da responsabilidade que temos
em mãos. Sendo assim, o presente resumo pretende compartilhar algumas reflexões originadas de processo
pedagógico em escola estadual de São Paulo, dentro da temática energia, ocorrido em componente do
aprofundamento “Meu Papel no Desenvolvimento Sustentável”, que está inserido nos chamados Itinerários
Formativos. Durante as aulas, foram trabalhados os conceitos de energia renovável e não renovável, sendo
realizada toda a problematização pertinente em relação as aplicações, prós e contras, contexto
socioeconômico e ambiental que possa favorecer mais determinados tipos de produção energética e menos
outros tipos, além do panorama global da matriz energética brasileira e quais impactos ambientais estão
envolvidos, tanto no meio geofísico quanto na biodiversidade. Esse tipo de análise permite compreender de
forma mais integrada como a eletricidade chega aos domicílios, comércios e indústrias e como podemos
pensar a energia elétrica de forma mais sustentável e eficiente. O estudo da eficiência energética, por sua
vez, permite abordar conceitos da Física e da Matemática que contribuem com o desenvolvimento do
pensamento científico, como foi o caso da confecção de carrinhos de fricção pelos estudantes. Os carrinhos
foram montados a partir de materiais de baixo custo, com o intuito de trabalhar a conversão entre energia
potencial e energia cinética. Também foram utilizados programas de simulação para aprender sobre energia
e suas transformações, além do estudo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são
importantes para pensar presente e futuro dos ecossistemas e da sociedade humana. No nosso caso,
sobretudo o ODS 7, que trata de energia acessível e limpa. A questão energética é essencial, como pode-se
perceber nos debates globais em conferências climáticas e a preocupação por usos mais limpos,
principalmente com a substituição dos combustíveis fósseis, ainda que de forma gradual, também é
fundamental. A escola pode fornecer reflexões, vivências e aprendizados de enorme relevância para
caminharmos na direção de um futuro com mais equilíbrio ecológico e sustentabilidade e esse trajeto passa
pela formação cidadã, um dos objetivos da Educação Básica.

Palavras-chave: sustentabilidade, meio ambiente, energia

1
Estudante do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Carlos Roberto Guariento
2
Estudante do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Carlos Roberto Guariento
3
Estudante do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Carlos Roberto Guariento
4
Professor pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, SEDUC-SP

223
LETRAMENTO URBANO: ESCRITAS MARGINAS E A CONSTITUIÇÃO DE
TERRITORIALIDADES

Wesley Baptista1, Luzia Bueno 2 Maria de Fatima Guimarães3

RESUMO
Uma cidade pertence a todos que nela habitam, porém, quando dela emergem leituras e percepções
de valores e de cidadania que segregam e afastam sujeitos por sua etnia, cor da pele, gênero, idade, classe
social, origem, ou por manifestarem práticas religiosas, culturais e políticas distintas, mitiga a possibilidade
de propor práticas de sociabilidade e de uma educação dos sentidos e sensibilidades para a diversidade,
logo, do encontro e diálogo com o Outro, podendo, assim, se tornar um território de violência e exclusão.
Tais práticas são marcadas pela apropriação e tentativa de controle do espaço da urbe de diversas formas:
a coerção policial, a patrimonialização, os usos e acessos que se dão aos espaços coletivos da cidade, a
localização dos bens públicos, os nomes que eles e logradouros da cidade recebem como homenagem,
localização dos espaços destinados às manifestações culturais, de lazer e comércio. Todas essas são escritas
que redigem o texto da cidade, que pode ser lido, analisado, interpretado e colocado em diálogo com outros
textos, a essa pluralidade de práticas de leitura e escrita do texto da cidade denominamos Letramento
Urbano. Apesar da tentativa de exclusão de grupos minoritários do ambiente citadino, sobretudo dos lugares
sacralizados da cidade, como a região central, muitas vezes denominadas como Centros Históricos, e de
praças públicas, a presença desses sujeitos é marcada por diferentes formas de apropriação e reivindicação
do espaço, dentre elas as escritas marginais: adesivos, tags, marcas, picho, grafite que podem ser
encontrados nas paredes, muros, edifícios, árvores, bancos etc. Essas escritas não são meras marcas ou
ações de vândalos, são escritas sensobiográficas de grupos marginalizados que buscam significar o espaço
urbano por meio de uma apropriação simbólica, uma reivindicação silenciosa do espaço. Para além de
confrontar toda uma organização da cidade e suas formas de exclusão, atravessa fronteiras constituindo
novas sensibilidades, sociabilidades e práticas socioculturais sobre o espaço da urbe, desvelando a
constituição de novas territorialidades, espaços significados permeados por sentidos e laços identitários.

Palavras-chave: letramento urbano, cidade, territorialidade.

1
Faculdade XV de Agosto.
2
Universidade São Francisco.
3
Universidade São Francisco.

224
CINE(IFSP)DEBATE: ARTE NA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO

Wiliam Garcia¹

RESUMO

O presente resumo tem como objetivo descrever uma atividade do grupo “Cine(IFSP)Debate: Arte
na construção de conhecimento”, apresentada na 8a Semana de Educação, do Instituto Federal de São Paulo
(IFSP), a qual abordou o tema “Cultura, Diversidade e Sustentabilidade” e que ocorreu nos dias 17, 19 e
20 de junho de 2023. Tal atividade consistiu na apresentação do filme “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” com
um posterior debate sobre as temáticas apresentadas no mesmo.O grupo “Cine(IFSP)Debate: Arte na
construção de conhecimento” é um projeto de extensão do IFSP Campus Araraquara e conta com servidores
docentes e técnicos-administrativos além de alunos do curso Técnico Integrado ao Ensino Médio. Tal
projeto tem como objetivo estimular o pensamento crítico através da exibição de filmes nacionais, aberta à
comunidade interna e externa, com posterior debate mediado pelos membros do grupo. Em relação à
atividade desenvolvida, esta buscou, em sintonia com o objetivo central do projeto, vincular arte, teoria e
pensamento, buscando discutir e elaborar elementos do filme que trouxessem relações com os conflitos
vividos pelos alunos no contexto escolar e, fora dele, em locais de suas atividades
cotidianas.Metodologicamente, os membros do grupo assistiram, anteriormente ao evento, ao filme “Hoje
Eu Quero Voltar Sozinho” e buscaram, dentro de suas respectivas áreas de conhecimento, realizar leituras
de textos teóricos e artigos científicos que discutissem as temáticas relacionadas ao filme. Em um segundo
momento, houve uma reunião para apresentação e discussão de questões levantadas pelos integrantes do
grupo, além da troca de indicações dos materiais que apoiaram as reflexões suscitadas. Tal momento
constituiu um importante intercâmbio de experiências que, longe de esgotar os temas abordados pelo filme,
pôde contribuir para o desenvolvimento dos participantes através da visualização dos temas por várias
perspectivas e para a elaboração de um roteiro de temas e possíveis questões a serem desenvolvidas no
debate. Após essa fase ocorreu, no dia 17 de junho, a exibição do filme anteriormente citado como uma
atividade da 8a Semana de Educação do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).Posteriormente à exibição do
filme, foi iniciado o debate em que temáticas como as dificuldades dos adolescentes em relação à
constituição da sexualidade, o homossexualismo, discriminação, capacitismo, bullying e relações tensas
entre pais e filhos no que tange à superproteção e independência foram surgindo. Tais temas emergiram das
experiências dos participantes e puderam ser melhor elaborados através dos aprofundamentos teóricos
previamente desenvolvidos pelos integrantes do grupo, sob o prisma de várias áreas do conhecimento como
a sociologia, arte, história, literatura e psicanálise. Ao final, foi evidenciada a importância das questões
discutidas e de seu aprofundamento para além do senso comum, através do aprofundamento teórico,
revelando as complexidades da realidade concreta, o que é uma condição fundamental para a crítica que
busca construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

Palavras-chave: arte, teoria, crítica.

225
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA
PERSPECTIVA GEOGRÁFICA

Mauricio Pedro da Silva1, Marcos Aurélio Soares da Silva 2

RESUMO
O ano de 2023 marcou os vinte anos de promulgação da Lei 10.639/23 que instituiu a
obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afrodescendente e Africana. Nessa perspectiva, conhecer
os mecanismos que ainda impactam sua efetivação é fundamental para o avanço das relações étnico-raciais
nas escolas brasileiras. Para tanto, propomos uma pesquisa-ação que tem como objetivo analisar a
efetividade do ensino de Ensino de História e Cultura Afrodescendente e Africana, na perspectiva da
geografia escolar nos anos iniciais do ensino fundamental em escolas do município de Jandira na grande
São Paulo. Tendo como orientadores o currículo municipal, a BNCC e os métodos pedagógicos utilizados
pelos professores polivalentes em sala da aula. A análise sobre o aporte teórico-metodológico no ensino da
geografia escolar, na perspectiva de um ensino emancipador e crítico em relação ao sujeito e ao espaço,
será obtida por meio de bibliografia sobre o tema (CALLAI, 2005; 2010; 2011; CAVALCANTI, 2000;
2002; 2012; FREIRE, 1996; 2018). Enquanto para analisarmos a dimensão do Ensino de História e Cultura
Afrodescendente e Africana utilizaremos um arcabouço teórico-conceitual que nos permita interrogar como
e se esse tema é abordado no âmbito das aulas de Geografia, a partir de uma perspectiva crítica da produção
do conhecimento (BHABHA, 2013; FANON, 1965, 2008; HALL, 2013; SANTOS, 2010; SOUZA, 2021).
Paralelamente aos aspectos teóricos que subsidiam a prática docente, pretendemos investigar suas
representações sobre África, buscando compreender o quanto essas permeiam suas práticas, de modo a
fortalecer ou fragilizar a efetivação do Ensino de História e Cultura Afrodescendente e Africana, para tal
pretendemos utilizar a metodologia da cartografia cognitiva, de maneira que possamos colocar uma lente
sobre o tema África e africanidades nas escolas, com criticidade e que propicie uma ampliação e o possível
avanço das discussões sobre racialidade no âmbito escolar.

Palavras-chave: ensino da geografia, Lei 10.639/2003, cartografia cognitiva.

1
Professor Programa Mestrado e Doutorado em Educação Uninove (PPGE) Email:maurisil@gmail.com
2
Doutorando na Uninove- Programa Pós Graduação em Educação (PPGE). Email: marcosaurelio01@gmail.com

226
POTENCIALIZANDO A APRENDIZAGEM: ESTRATÉGIAS COM TDIC NOS ANOS FINAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL

Marineide Gomes Alves1, Raquel da Silva Santos2, Janaína Gomes Xavier3

RESUMO
Este estudo de natureza qualitativa se concentra em um relato de experiência que descreve uma
intervenção pedagógica na qual as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) foram
utilizadas para aprimorar o processo de aprendizagem de estudantes dos anos finais do ensino fundamental
em Língua Portuguesa de uma escola da rede estadual de Minas Gerais. Esta intervenção foi direcionada a
estudantes que apresentavam defasagem em conteúdos curriculares. O propósito deste estudo é descrever
as primeiras observações decorrentes dessa ação. A intervenção teve início no terceiro bimestre de 2023,
com cinco aulas semanais de cinquenta minutos cada. Ela abrangeu quatro turmas do 6º ano, três do 7º ano
e duas do 8º ano. A iniciativa contou com a colaboração de duas professoras de Língua Portuguesa e uma
especialista em educação básica. O atendimento às turmas foi realizado em um sistema de revezamento
semanal entre as professoras, no laboratório de informática. As turmas do sexto ano participaram das
atividades por três semanas, enquanto as demais turmas participaram por duas semanas. O que inicialmente
foi um desafio, a insuficiência do número de computadores por aluno, transformou-se em uma oportunidade
para o aprendizado colaborativo em duplas. Dessa forma, por meio de monitoramento e parceria, os
estudantes conseguiram interagir com o conhecimento de maneira ampliada e engajada. Os softwares
educativos utilizados como recursos tecnológicos têm origem em pesquisas científicas que integram a
pesquisa de mestrado da primeira autora. Após uma análise inicial, ficou evidente que os primeiros avanços
foram notados ao observar o engajamento ativo dos estudantes na busca pelo conhecimento desde o
primeiro dia, transformando conversas casuais em diálogos orientados para o aprendizado. Convém
destacar que os alunos se mostraram motivados e empolgados em relação às atividades subsequentes. Com
base nos resultados preliminares, torna-se evidente que a integração das TDIC no processo de ensino é um
recurso que amplia o potencial das aprendizagens propostas. Isso foi confirmado pelas professoras, que
relataram uma expansão das aprendizagens, tanto em relação aos conteúdos de ortografia para os sextos
anos quanto aos de classes gramaticais, gênero textual e artigo de opinião para os demais anos de
escolarização.

Palavras-chave: TDIC, Intervenção pedagógica, Anos finais do ensino fundamental

1
Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais (SEE/MG).
2
Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais (SEE/MG).
3
Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais (SEE/MG).

227
COMPREENDENDO OS RECURSOS ESTILÍSTICOS NO SONETO LX DE SHAKESPEARE E
NA TRADUÇÃO POR VASCO GRAÇA MOURA

Maria Cilene Lucas Vieira1

RESUMO
Este artigo reflete sobre as escolhas estilísticas dos autores/escritores nos gêneros textuais
discursivos, assim como perceber as escolhas e recursos estilísticos utilizados tanto no texto original do
soneto inglês de número LX de William Shakespeare e na tradução para a língua portuguesa de Vasco Graça
Moura. Ambos – autor e tradutor – optam por diversos recursos estilísticos que adornam os textos. Para o
esboço e reflexão desse gênero poético tivemos a contribuição dos estudos de Mikhail Bakhtin permeando
condições específicas e finalidades dos gêneros textuais discursivos para o conteúdo temático, estilo verbal
e construção composicional dos recursos da língua – léxico/frase/gramática. Nilce Sant’anna Martins
contribuiu com a fundamentação e reflexão analítica dos versos do soneto na língua portuguesa e inglesa
com base nos estilos do som, palavra e frase. O estudo possibilitou a percepção de que o
autor/escritor/tradutor recorre a diversos recursos estilísticos para compor seu gênero discursivo
selecionando palavras em seu contexto social para conduzir a mensagem, disposição e estilo, preocupando-
se assim com o ato da escrita para o seu leitor.

Palavras-chave: Palavras-chave: recursos estilísticos, estilo, gêneros textuais discursivos.

1
Professora da Rede Municipal de São Paulo. Graduada em Letras português/inglês (UNIBAN); Pedagogia (UNINOVE) e Artes
Visuais (UNIMES). Pós-graduada em Ética, Valores e Cidadania na Escola (USP); Gramática e Texto da Língua Portuguesa
(UNINOVE); Educação Inclusiva (IFSULDEMINAS); Tradução (ANHANGUERA). E-mail: m.cilenivieira@gmail.com

228
LA NUEVA GESTIÓN PÚBLICA Y SUS EFECTOS EN EL TRABAJO DEL DIRECTOR
ESCOLAR: EL CASO DEL SISTEMA EDUCATIVO CHILENO

Daniel Reyes Araya1, Ricardo Alexandre Marangoni2

RESUMEN
La investigación esta asociada al grupo de pesquisa "Políticas educativas: desdoblamientos en la
gestión de las unidades escolares", de la Universidade Cidade de São Paulo. El objetivo principal busca
analizar los efectos de la nueva gestión pública (NGP) en el trabajo de los directores de escuelas del sistema
educativo chileno. Los estudios desarrollados respecto a las principales macro políticas aplicadas, tanto en
el siglo pasado como en la actualidad, dan cuenta de un sistema educacional altamente privatizado
(BELLEI; MUÑOZ, 2020), profundamente segregado a nivel socioeducativo y territorial, que cuenta con
una evidente orientación al mercado y a sus estímulos, en los diversos tipos de dependencia de los centros
(FALABELLA; ILABACA, 2021; OCDE, 2019; UNESCO, 2020). Los que generan prácticamente desde
el inicio de la trayectoria educativa del estudiante, desiguales oportunidades de desarrollo educativo siendo
ello un factor predominante para mejorar los resultados escolares (BELLEI; VANNI, 2015, MINEDUC,
2017, TREVIÑO, 2018). Chile es un ejemplo paradigmático de la aplicación de políticas neoliberales en la
economía, la sociedad y el mismo Estado (BELLEI, 2016; HARVEY, 2007; ZURITA, 2021), del cual el
sector ha sido uno de sus principales referentes de intervención sociopolítica, epistemológica, axiológica e
ideológica (CARBONELL, 1996; PARDO PÉREZ; GARCÍA TOBÍO, 2003; VALDÉS, 2020). La primera
etapa del estudio esta referida a la construcción analítica de un marco teórico que aborde los efectos de la
nueva gestión pública y el modelo neoliberal imperante, a nivel de las estructuras político-legales, sus
directrices rectoras, y las demás orientaciones de agencias públicas como la Agencia de Calidad de la
Educación y la Superintendencia de Educación, y por otra, de los propios sostenedores públicos y privados
(que perciben subvención). Estos actores ejercen distintos niveles de poder e influencia en los centros, en
el trabajo del director, e inciden en la evaluación de desempeño del directivo, así como en la instauración
de sistemas cada vez más estandarizados de rendición de cuentas a nivel interno (en sus comunidades
educativas) y externo. La metodología utilizada es mixta, cualitativa y cuantitativa (TASHAKKORI;
TEDDLIE, 1998; YIN, 2016), esta basada en un cuestionario aplicado a una muestra de directivos escolares
de una región del país, que cuente con un sistema educativo representativo de los principales nudos críticos.
Posteriormente, se efectúan entrevistas en profundidad a directores que cumplan los criterios de inclusión
definidos, con el fin de ahondar en la identificación y análisis de los principales resultados y efectos de la
NGP en su gestión directiva. Los resultados preliminares muestran la influencia de la nueva gestión pública
en la dinámica de trabajo de los directores, dando cuenta de una gestión gerencial crecientemente
burocrática y padronizada, que no les permite orientar los esfuerzos centrales hacia el proyecto educativo
institucional, las demandas de sus comunidades escolares y los desafíos de su entorno.

Palabras clave: director de escuela, nueva gestión pública, educación chilena.

1
Universidad de Talca (UTALCA- Chile).
2
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID- Brasil).

229
LITERATURA POPULAR: VIVÊNCIAS E MEMÓRIA COLETIVA NO SERTÃO
NORDESTINO

Maria de Lourdes Dionizio Santos1, Lucrécio Araújo de Sá Júnior2, Francisco Lucas Ferreira Barbosa3,
Gabriela Almeida Pinheiro4, Maria Layana Andrade Parnaíba5

Resumo:

Trata-se de um Projeto de Extensão submetido e aprovado na Seleção do EDITAL PROPEX N°


005/2022, inscrito na Linha de atuação: Educação de Qualidade. Esse projeto partiu de um intento de
realizar uma ação de caráter interdisciplinar entre Literatura e Filosofia, voltada para a formação continuada
de discentes do Curso de Letras da Unidade Acadêmica do Centro de Formação de Professores da
Universidade Federal de Campina Grande (CFP/UFCG), bem como de docentes de escolas da rede pública
do sertão nordestino que atuam nas áreas.

Palavras-chave: Literatura Popular, memória coletiva, formação continuada.

1
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); maria.dionizio@professor.ufcg.edu.br
2
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); lucrecio.araujo@professor.ufcg.edu.br
3
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); francisco.barbosa@estudante.ufcg.edu.br
4
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); almeidapinheirogabriela@gmail.com
5
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); layanneparnaiba6@gmail.com

230
ARGUMENTOS DE AUTORIDADES E TÓPICO FRASAL NAS DISSERTAÇÕES DO ENSINO
MÉDIO

Luiz Henrique da Cruz Silvestrini1, Tânia Luzia Freitas Poza da Silva2

RESUMO
A partir do Projeto de Extensão intitulado “Raciocínio lógico e a estrutura argumentativa da redação
modelo Enem”, o chamado Raciolog, foi proposta uma metodologia de ensino acerca da estrutura de
dissertações argumentativas. O referido projeto extensionista promove o pensamento crítico no sentido de
Carnielli e Epstein (2019). O Raciolog contempla módulos de lógica proposicional oferecidos aos alunos
do Ensino Médio de escolas públicas da cidade de Bauru/SP, a fim de desenvolver, entre aqueles estudantes,
a habilidade de raciocínio lógico. Tal aptidão constitui um dos fatores para o indivíduo conseguir uma
melhor colocação no mercado de trabalho. Além dos temas usuais ministrados nos módulos do projeto
Raciolog, como as estruturas lógicas, contemplando os conectivos da linguagem proposicional, foi
desenvolvido um módulo que pautou, especificamente, o ensino da redação no modelo dissertativo-
argumentativo a partir das definições de argumento e argumento logicamente válido, abordadas durante os
módulos anteriores pelos alunos. O conteúdo ministrado no módulo em destaque teve como material teórico
uma apostila intitulada “Lógica e Redação: A estrutura argumentativa da redação modelo Enem sob o olhar
da lógica proposicional”; material este desenvolvido por uma bolsista do projeto, o qual instrui, em sete
capítulos, como é possível estruturar os parágrafos de uma dissertação-argumentativa, usando, para isso, as
regras de inferência da lógica proposicional. Dessa maneira, embora não tenha sido desenvolvida com esse
intuito, a apostila em questão pode ser utilizada como material de apoio a professores que trabalham em
escolas nas quais é aplicada a metodologia de ensino a partir de itinerários formativos; uma vez que a
relação existente entre conteúdos da lógica proposicional e da escrita textual constitui um tema passível de
ser desenvolvido em um itinerário formativo que vincula Matemática e Língua Portuguesa. Nesta
apresentação, preparamos um relato de experiência e divulgamos algumas possibilidades de investigação a
partir deste projeto de extensão universitária. Destacaremos, a partir da apostila Lógica e Redação, as
contribuições desta para elucidar os erros mais comuns cometidos pelos alunos, a saber, a confusão entre
Tópico Frasal com premissa do argumento, ou seja, a ideia resumida do assunto que será abordado na
redação vista como mera premissa e não como tese do argumento. Por outro lado, os argumentos de
autoridades na redação também precisam ser esclarecidos, diante de falácias de autoridade. Ademais,
explicitamos como o ensino das estruturas lógicas abordadas nos módulos, sobretudo o de argumento
válido, contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico.

Palavras-chave: raciocínio lógico, argumentação, redação modelo Enem.


Referências
CARNIELLI, W. A.; EPSTEIN, R. L. Pensamento crítico: o poder da lógica e da argumentação. São Paulo:
Rideel, 2019. ISBN 978853395440-3.

1
Universidade Estadual Paulista (UNESP); Faculdade de Ciências, Departamento de Matemática.
2
Universidade Estadual Paulista (UNESP); Faculdade de Ciências, Licenciatura em Matemática.

231
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DAS REDES PÚBLICAS MUNICIPAIS
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: NA GARANTIA DE INTEGRALIZAÇÃO DE CRIANÇAS
E JOVENS COM DEFICIÊNCIA

Livia Azevedo Bennett1, Joyce Gachet da Silva 2

RESUMO
O estudo analisa estrutural e conceitualmente ações de formação continuada em serviço para
profissionais da educação, numa perspectiva inclusiva, sobretudo, como vetor fundamental na promoção
de políticas públicas que contribuam com a integralização de alunos público-alvo da Educação Especial,
garantindo resultados qualitativos em seu processo educativo. Em relação aos objetivos da produção
acadêmica, analisa-se, a partir da coleta de dados, o déficit de formações continuadas em serviço que
discutam sobre a Educação Especial numa perspectiva inclusiva; enfatiza-se a possível institucionalização
de cursos Lato Sensu para viabilizar a inclusão social de alunos com deficiência oriundos, principalmente,
das redes de ensino do estado do Rio de Janeiro. A respeito dos referenciais bibliográficos foram utilizados
os Direitos Humanos (ONU, 1948); a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996) e a Lei nº 13.146, o
Estatuto da Pessoa com Deficiência (2015); Cruz e Glat (2014) ao discutirem a relevância da capacitação
em Educação Especial para professores; Oliveira e Courela (2013) acerca da perspectiva de inovação;
Souza e Andrada (2013) associando as contribuições teóricas de Vigotski nos processos de aprendizagem.
Metodologicamente, a pesquisa quantitativa (GERHARDT; SILVEIRA, 2009), com a construção do
questionário semiestruturado (CHAGAS, 2000), bem como, os autores e documentos legais, foi necessária
para organizar qualitativamente o estudo. Conclui-se que os cursos Lato Sensu em Educação Especial
podem ressignificar concepções capacitistas, , de forma acessível, tornando a sociedade mais justa e
equitativa para pessoas com deficiência. Pondera-se a necessidade de institucionalização da formação
continuada de iniciativa pública para docentes em todo estado do Rio de Janeiro. Compreende-se a
indispensabilidade da formação continuada em Educação Especial para disseminação de conhecimentos
teóricos/práticos que facultem a aprendizagem de alunos com deficiência ou não, através da perspectiva
inclusiva.

Palavras-chave: formação continuada, professores(as), educação especial.

1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
2
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

232
PROMOVENDO O LETRAMENTO CIENTÍFICO POR MEIO DO PENSAMENTO
COMPUTACIONAL: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR

Rosilda de Menezes1, Helenara Regina Sampaio Figueiredo 2

RESUMO
Os documentos balizadores da Educação brasileira, orientam o desenvolvimento dos
multiletramentos requeridos nas práticas sociais, de modo interdisciplinar. Entre esses documentos, a Base
Nacional Comum Curricular – BNCC (Brasil, 2018) destaca o compromisso da Educação Básica (EB) com
o desenvolvimento do Letramento Científico (LC) dos alunos, que envolve a capacidade de aplicar
princípios científicos em diferentes contextos para compreender, interpretar e transformar o mundo. No
entanto, os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) de 2018 destacaram
os desafios significativos que a EB enfrenta em relação ao LC dos alunos. Além disso, é preciso levar em
conta o cenário complexo da integração das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) na
prática pedagógica, dada a limitada disponibilidade de recursos tecnológicos e acesso à internet nas escolas
públicas, somando a preocupação dos professores em ter que competir pela atenção de seus alunos quando
estes utilizam seus celulares em sala de aula, o que pode tornar a formação de letrados digitais um desafio
adicional. Diante desse contexto desafiador, o Pensamento Computacional (PC) emerge como uma base
para o desenvolvimento de uma proposta metodológica que visa aprimorar o LC dos alunos em contexto
digital. O PC envolve a aplicação dos princípios da computação para resolver problemas de forma eficaz,
crítica, estratégica e criativa, sem a necessidade de utilizar um computador, o que pode ser uma estratégia
eficaz mesmo em ambientes com recursos limitados. Nesse sentido, a pesquisa propõe responder à questão:
Como a aplicação dos princípios do Pensamento Computacional pode contribuir para o desenvolvimento
do Letramento Científico dos alunos do sexto ano do Ensino Fundamental? Para investigar essa questão,
adotaremos uma abordagem descritiva, exploratória e colaborativa de natureza qualitativa, conforme Gil
(2008). A metodologia envolve a criação de uma Trilha de Aprendizagem, aplicando os princípios do PC,
que será realizada em uma turma de sexto ano do Ensino Fundamental de uma escola no Paraná. O
referencial teórico da pesquisa será constituído por estudos sobre Letramento Científico e o Pensamento
Computacional. Os resultados serão analisados por meio de técnicas de análise de conteúdo (Bardin, 2011),
em que as categorias e subcategorias de análise serão criadas à luz do PC. O estudo visa desenvolver uma
metodologia inovadora que possa ser convertida em um produto educacional, para ser compartilhado e
replicado por professores da EB, visando o aprimoramento do LC dos alunos.

Palavras-chave: Letramento Científico, Pensamento Computacional, Língua Portuguesa.

1
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias da
Universidade Pitágoras Unopar.
2
Orientadora no Programa de Pós-Graduação em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias da
Universidade Pitágoras Unopar.

233
O TRABALHO ESTILHAÇADO: A ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DO TRABALHO
PLATAFORMIZADO

Francisco Glauber de Oliveira Paulino1, Raquel Dias Araujo 2

RESUMO
Essa pesquisa possui como objetivo geral apresentar o valor ontológico do trabalho e junto a isso
divulgar o ciclo de precarização das relações de trabalho manifesta nas mais variadas faces da exploração
do trabalho humano no contexto da sociedade de classes, os quais impactam diretamente na formação inicial
e continuada dos professores e, por fim, desaguam na educação (stricto e lato sensu). Para tal objetivo, o
trabalho apresenta uma taxonomia onde podemos observar um longo ciclo de precarização das relações de
trabalho e sociais, a criação do ethos neoliberal e as suas consequências no “Mundo do Trabalho” e na
educação. Tem como objetivos específicos evidenciar o movimento dialético da categoria do trabalho;
resgatar sinteticamente o valor ontológico do trabalho, entendendo-o enquanto ato de fruição e de catarse
humana; denotar as principais mistificações da categoria do trabalho ao longo de nossa história humana e
sua intensificação a contento do modo de produção capitalista; explicitar os processos de reestruturação, de
flexibilidade e de precarização da economia e do trabalho; analisar criticamente o processo de trabalho
precarizado dos “entregadores por aplicativos”; compreender como se dá a relação da precarização do
trabalho com a formação inicial e continuada dos professores e a educação dos filhos da classe trabalhadora
na escola, tanto em suas determinações econômicas como nas sociais. O mesmo possui natureza teórico-
bibliográfica e para tal lança mão em uma miríade bem diversificada de autores renomados onde, sem temer
a teoria, transita pela Psicologia com Safatle (2021) e Dunker (2021), pela Sociologia com Antunes (2018;
2017; 2011), Braga (2017; 2012) e Brandão (2019), pela História com Engels (2010), Thompson (2019),
Prado Junior (2019), Galeano (2019) e Mattos (2019), pela Geografia com Harvey (2016) e Fernandes
(2013), pela Filosofia com Marx e Engels (2010; 2007), Marx (2010) e Kosik (1976), pela Economia com
Forrester (1997), Paulo Netto (2008) e Mészáros (2016; 2011; 2007) e pela Educação com Saviani (2018;
2013), Duarte (2016), Kuenzer (2008), Gentili (1995), Bourdieu (2015) e Chauí (2018), entre outras leituras
complementares, anuente com o método proposto por Marx (2011) e Paulo Netto (2011). Assim, trata-se
de uma reflexão descritiva-exploratória e crítico-comparativa a qual enseja explicitar a relação entre o
contexto de crise que nos circunscreve com a educação (stricto e lato sensu), destacando seus limites e suas
possibilidades. Por fim, a construção desta pesquisa ressalta que o processo de precarização das relações
de trabalho e socias enseja já começou a produzir efeitos deletérios sobre a realidade da educação (stricto
e lato sensu) a na escola (stricto sensu), lócus privilegiado de formação dos sujeitos sociais e da classe
trabalhadora. Não é casual que sob o controle do Estado, a sociedade e os empresários vêm atribuindo à
educação a função de redentora dos males sociais, visto que a escola passou a ser espaço de formação para
a cidadania e para o mercado de trabalho. Lugar por excelência da formação do capital humano e de
consciência crítica não-reprodutivista, cabe a escola uma função social a qual nem o capital em crise nem
a classe trabalhadora revolucionária não podem prescindir.
Palavras-chave: Classe trabalhadora, Trabalho Precarizado, Educação alienada.

1
Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará (PPGE-UECE).
2
Centro de Educação da Universidade Estadual do Ceará (CED-UECE).

234
DIVULGAÇÃO DE GUIA SOBRE O USO DE TECNOLOGIAS NO CONTEXTO
EDUCACIONAL

Karine Gehrke Graffunder1, Cíntia Moralles Camillo2

RESUMO
O e-book “O ensino e a aprendizagem por meio das tecnologias digitais e multimeios” foi elaborado
pensando nas possibilidades do uso dos multimeios com as Tecnologias Digitais da Informação e
Comunicação (TDIC) no planejamento didático. Partimos do pressuposto de que não se trata apenas de
incorporar as TDIC nas salas de aula, mas ensinar ‘como e por que’ utilizar as TDIC. Nesse contexto, nosso
objetivo é divulgar esse material, que foi escrito em linguagem própria e em formato acessível para
educadores. Na obra, definimos a importância do cognitivismo e as suas relações com a Neurociência, visto
que, o que leva um indivíduo a aprender são, sobretudo, as suas necessidades internas, a sua curiosidade e
as suas expectativas. Na sequência, esclarecemos que as TDIC promovem a interação síncrona ou
assíncrona entre sujeitos, por meio de dispositivos tecnológicos. Entretanto, é urgente que professores e
alunos façam o seu uso de forma crítica e reflexiva. Ademais, discutimos sobre o planejamento didático; os
conhecimentos prévios; a avaliação; e as principais diferenças entre ferramentas e recursos tecnológicos.
‘Ferramenta tecnológica’ pode ser definida como todo instrumento que o professor utiliza para chegar a
ação didática (como computador ou celular) e ‘recurso tecnológico’ a ação que você escolhe dentro da
ferramenta para utilizar com seus alunos. Para auxiliar nesse processo, ilustramos e explicamos como fazer
uso de: (1) Aplicativos no Ensino e Aprendizagem; (2) Videoconferências na Educação; (3) Ambientes
Virtuais de Ensino e Aprendizagem; (4) Mural interativo; (5) Apresentações dinâmicas e interativas; (6)
Formulários; (7) Mapas mentais e Mapas conceituais; (8) Infográficos; (9) Nuvens de palavras; e (10)
Criação de Sites e Blogs. Além disso, listamos que existem diversos organizadores de materiais didáticos
digitais que recebem variadas nomenclaturas, como: Recursos Educacionais Abertos (REA); Objetos de
Aprendizagem Digitais (OAD); Bibliotecas Digitais (BD); e Bancos Digitais de Objetos Digitais (BDOD).
Nelas o professor encontra vídeos, textos, artigos, propostas de aulas, hiperlinks, imagens, jogos, e-books,
mapas conceituais, aplicativos e plataformas. Banco de questões (OBMEP; Estuda.com; Lecionas;
Professor Bio; Qconcursos; e Stoodi) e bibliotecas virtuais (Domínio Público; Ecofuturo; Pearson; Portal
do Professor; Professor Emerson; Professor Leonardo; e Projeto Gutenberg), também podem ser utilizados
em sala de aula. Por fim, esclarecemos como utilizar materiais da internet, evitar o plágio, citar fontes e
usar licenças como a ‘Creative Commons’ (direitos de uso de imagem). Concluímos que as TDIC
potencializam o desempenho individual dos estudantes, na interação e em estratégias motivacionais. Ainda
mais, auxilia na correção de redações, na orientação vocacional e em avaliações/simulados. Contudo, aliar
criatividade e rigor na escolha desses materiais, no planejamento didático, se torna imprescindível.

Palavras-chave: aplicativos de ensino e aprendizagem, ferramentas e recursos tecnológicos, materiais


didáticos digitais.

1
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
2
Instituto Federal Farroupilha (IFFar).

235
OS IMPACTOS DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO NA PRÁTICA DOCENTE NO ESTADO
DO CEARÁ

Paula Trajano de Araújo Alves1, Solonildo Almeida da Silva2, Sandro César Silveira Jucá3, Grasiany
Sousa de Almeida4, Natália Parente de Lima Valente5

RESUMO
Considerando a problemática envolvendo as mudanças ocorridas na Educação Básica a partir da
instituição da política do Novo Ensino Médio, este estudo em andamento tem como objetivo geral investigar
as repercussões para a atividade docente no contexto de implementação do Novo Ensino Médio. Assim
formula-se a seguinte questão de pesquisa: Como a implantação do Novo Ensino Médio repercutiu na
atividade docente? Para respondê-la pretende-se considerar dois corpus de pesquisa: o primeiro,
documental e o segundo constituído pelo discurso de professores de uma escola de Ensino Médio. A
abordagem metodológica será qualitativa, composta por pesquisa documental e pesquisa de campo. A
investigação empírica será realizada por meio de entrevista semiestruturada. Já o aporte teórico-
metodológico será fundamentado no método materialista histórico-dialético. Espera-se com esse estudo
traçar o panorama de impacto das reformas educacionais na docência no ensino de nível médio no Ceará.

Palavras-chave: Novo Ensino Médio, Prática docente, Ceará.

1
Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC/CE), Caucaia, Ceará, Brasil.
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Fortaleza, Ceará, Brasil.
3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Fortaleza, Ceará, Brasil.
4
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Fortaleza, Ceará, Brasil.
5
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Maracanaú, Ceará, Brasil.

236
PROPOSTA PARA O ENSINO DE ASTRONOMIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL

Rosemery Issa Rizk Costa1, Débora Ferreira Da Silva2, Michel Corci Batista3

RESUMO
A Astronomia é uma ciência muito presente em nossas vidas, basta simplesmente observarmos o
céu para ficarmos encantados com tamanha imensidão do universo. No Ensino Fundamental, nos anos
iniciais, geralmente os professores se dedicam mais à alfabetização dos componentes curriculares de Língua
Portuguesa e Matemática e acabam deixando os demais componentes em segundo plano. Desta forma, este
trabalho tem como objetivo avaliar uma proposta para o ensino de Astronomia no 5º ano do Ensino
Fundamental buscando atender às necessidades desse grupo de professores, proporcionando melhores
condições para trabalharem a temática. Esta proposta está sendo implementada em uma turma, de 5º ano,
no período vespertino, na Escola Municipal Paulo Freire – EIEF, na cidade de Tapejara – Paraná. O trabalho
insere-se no campo da pesquisa qualitativa e constitui-se como uma observação participante. Para a
constituição dos dados tem-se o diário de campo da pesquisadora e os documentos produzidos pelos alunos
durante a implementação da proposta. Os resultados parciais indicam maior motivação e engajamento dos
estudantes principalmente com as atividades práticas realizadas. Entendemos que motivação e engajamento
são os primeiros passos para que aconteça uma aprendizagem significativa.

Palavras-chave: astronomia, experimentação, ensino fundamental.

1
UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – rose.rizk@hotmail.com
2
UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – deborafsilva@utfpr.edu.br
3
UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – michel@utfpr.edu.br

237
A EDUCAÇÃO FÍSICA E O NOVO ENSINO MÉDIO EM MATO GROSSO DO SUL

Otávio Bonjiovanne Lourenço1, Rodrigo Gonçalves Duarte 2 Dirceu Santos Silva3

RESUMO
A implementação do Novo Ensino Médio acontece no Brasil, por meio da Lei 13.415 de 2017, que
contou inicialmente com a proposição de uma medida provisória que se quer contou com a participação
popular na formulação da política. A participação de professores, estudantes, especialistas em educação e
da sociedade civil é fundamental para a efetividade da política. Sendo assim, neste trabalho é proposto fazer
uma análise com base no depoimento de professores de educação física sobre o NEM. Para isso,
estabelecemos uma pesquisa do tipo descritiva com abordagem qualitativa. Foi utilizado para a coleta de
dados a entrevista com roteiro semiestruturado com sete docentes que atuam na rede estadual de Mato
Grosso do Sul (MS). Para executar a análise dessas entrevistas foi proposto realizar uma análise
interpretativa que buscou inter-relacionar os dados com o referencial teórico metodológico marxista. Os
principais resultados advindos do depoimento dos docentes foi que o desconhecimento com relação a
política do NEM é unanime, a medida que alguns necessitam de orientação de seus superiores. Os
professores relataram que não existe um documento que oriente a ministração das aulas, bem como fica
expressivo na fala dos professores que a política foi formulada por uma pessoa que desconhece a realidade
da escola. Com isso, destaca-se que o NEM é uma política implementada com proposito unilateral do
governo de propor a implementação de políticas de cunho neoliberal cujo a proposta é massificar a educação
de maneira que ela busque se adequar aos padrões do mercado.
Palavras-chave: NEM, Educação Física, Política Educacional, Implementação.

1
Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Educação (PPGEdu) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(UFMS).
2
Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Educação (PPGEdu) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(UFMS).
3
Doutor em Educação Física (UNICAMP). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação
(PPGEdu/UFMS).

238
ENSINO MÉDIO INTEGRADO AO ENSINO TÉCNICO: AS METODOLOGIAS DE ENSINO
UTILIZADAS NOS PROJETOS DE APROFUNDAMENTO

Ana Paula Noemy Dantas Saito Borges1, André Luís Pinto de Oliveira2, Adriana Lúcia Carolo3

RESUMO
Este trabalho apresenta as metodologias de ensino utilizadas pelos professores que ministram aulas
nos componentes curriculares pertencentes aos Projetos de Aprofundamento do Ensino Médio com
Habilitação Profissional – período integral das Escolas Técnicas. Desta forma, além de expor as
metodologias utilizadas na práticas pelos docentes, objetiva-se apresentar a proposta curricular. Para
evidenciar as metodologias utilizadas, realizou-se uma pesquisa por meio do Microsoft Forms que ocorreu
entre os meses de julho e agosto de 2023, contou com a participação de 59 docentes que ministram aulas
no Ensino Médio com Habilitação Profissional – período integral em 08 Escolas Técnicas pertencentes ao
Núcleo Regional Administração de Campinas Sul. No desenho curricular evidencia-se que os Projetos de
Aprofundamento compõem a parte diversificada da matriz curricular do Ensino Médio com Habilitação
Profissional – período integral e que corresponde 600 horas de carga horária, dividida em 06 componentes
curriculares, conforme cada série. Para as aulas desses componentes curriculares, no Plano de Curso e nos
Roteiros de Aprendizagem preveem a utilização do ensino por projetos, sensibilizando a aproximação dos
alunos do seu entorno, contextualizando o ensino com a sua realidade e com objetivo da formação integral.
Enfatiza-se que há um espaço específico no Plano de Trabalho Docente (PTD) para os docentes
descreverem o planejamento, as ações dos projetos e acrescentarem os componentes curriculares que
pretendem realizar a integração curricular. Ao analisar os resultados da pesquisa, evidenciou-se que: 83%
docentes assinalaram que utilizam aulas expositivas e o ensino por projetos; percebe-se então que se trata
de um número bastante expressivo, 51% indicaram a utilização de projetos interdisciplinares, entende-se
que há a necessidade de sensibilizar a integração dos projetos por meio dos componentes curriculares; 46%
colocaram que utilizam o estudo de caso; 20% marcaram o ensino por problemas; 15% a metodologia de
salas de integração criativa e apenas 3,4% indicaram que usam a prototipagem como metodologia de ensino.
Como resultado, percebeu-se que apenas 10 professores dos 59 participantes não utilizam o ensino por
projetos como metodologia, porém usam outras metodologias ativas além das aulas expositivas. Cabe
destacar, que essa modalidade de ensino atende à Lei 13.415/2017, que se trata do “novo” ensino médio,
que ainda há oferta de turmas até a 2ª série, desta forma, os componentes curriculares dos Projetos de
Aprofundamento são considerados “novos” para os professores, havendo a necessidade da formação
docente, ou seja, o professor precisa estudar, capacitar, planejar e adequar as metodologia de ensino, bem
como garantir a construção das competências e habilidades previstas no Plano de Curso. Entende-se que o
presente trabalho poderá contribuir para futuros debates e estudos sobre a oferta do Ensino Médio com
Habilitação Profissional, período integral.

Palavras-chave: Metodologias de Ensino; Ensino por Projetos; Ensino Médio e Técnico

1
Centro Paula Souza (CPS).
2
Centro Paula Souza (CPS)
3
Centro Paula Souza (CPS)

239
Projeto SAEB: nossa meta é você!: uma proposta ousada de intervenção na Rede Estadual de
Ensino do estado de Rondônia

Izis Cúbia Mendes Leandro da Silva Universidade do Vale do Itajaí


1,

Tânia Regina Raitz Universidade do Vale do Itajaí


2,

RESUMO. Esta pesquisa é resultado de uma grande iniciativa da Secretaria de Estado da Educação
do estado de Rondônia, que surge com a necessidade de sensibilizar e mobilizar as equipes escolares e suas
comunidades, levando a todos os envolvidos (equipe gestora, equipe pedagógica e família) a importância
do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Decorre de experiências vividas no âmbito escolar e
como coordenadora geral do Projeto Saeb: Nossa Meta é você!, com a grande tarefa de mobilizar e dar
suporte pedagógico a toda Rede Estadual de Ensino do referido estado. O estado de Rondônia nos últimos
anos apresentou baixa participação dos estudantes, e proficiência abaixo do básico, refletindo em seus
resultados uma realidade complexa a ser orientada. Esses resultados podem ser analisados e consolidados
através da plataforma do INEP que expõe os dados para as secretarias e as unidades escolares. A pesquisa
tem como objetivo analisar o desenvolvimento do projeto e suas ações de fortalecimento das práticas do
professor diante desse desafio, repensando sua forma de atuar, possibilitando assim, elementos favoráveis
à construção e desenvolvimento das habilidades alinhadas aos descritores, o currículo e a BNCC, tanto para
o estudante como para o professor. Levando aos professores processos formativos como o nivelamento de
aprendizagem e habilidades a serem resgatadas, fomentando estratégias que possam intervir e oportunizar
melhorias no desempenho escolar dos estudantes. Trata-se de um tema que possui várias vertentes, inclusive
abordar os pontos negativos e positivos do processo, levando a escola formações, guias de estudo e guias
de suporte pedagógico. MATERIAIS E MÉTODOS. A análise dos documentos oficiais e de dados
levantados é parte fundamental da pesquisa, dela faz-se necessário a leitura, análise e interpretação dos
dados contidos, é um fator que se constitui em um instrumento que permite orientar os passos do objeto da
pesquisa, estabelecendo seu desenvolvimento. RESULTADOS. Os resultados almejados ao final desta
pesquisa se constituem na entrega de um material de apoio aos professores sobre as práticas pedagógicas
implementadas na Rede Estadual de Educação do estado de Rondônia. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Esta
pesquisa em andamento procurará concretizar práticas pedagógicas que possam ser implementadas para
melhoria dos resultados e indicadores da Rede Estadual de Ensino, oferecendo subsídios que à formulação,
reformulação e monitoramento de Políticas Públicas e projetos de intervenção ajustados às necessidades
diagnosticadas nas áreas e etapas de ensino avaliadas.
PALAVRAS-CHAVE: SAEB – suporte pedagógico – intervenção.

AGRADECIMENTOS: Agradeço a Secretaria de Estado da Educação que tem financiado vários profissionais da
educação básica do estado de Rondônia a se aperfeiçoar, buscando melhorias na educação rondoniense.

240
ANALISE DOS PARTICIPANTES DO FESTIVAL PARALÍMPICO

Juarez Luiz Abrão1, Rodrigo da Silva Pereira 2, Isanil Júnior Tavares 3, Marcelo Henrique dos Santos 4 e
Adélia Luci Ribeiro 5

RESUMO
O Festival Paralímpico é um evento promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, em parceria
com instituições, prefeituras e entidades, com a finalidade de proporcionar as crianças com e sem
deficiência, vivências em modalidades paralímpicas, de maneira recreativa e lúdica, bem como difundir o
Movimento Paralímpico. Com base nesta temática, este estudo tem por objetivo realizar uma análise dos
participantes do Festival Paralímpico em relação a suas deficiências. A pesquisa foi realizada com base nos
resultados do somatório de todas as inscrições dos núcleos que organizaram o evento, em comparação as
inscrições dos participantes do município de Três Corações/MG. O festival foi realizado no mês de
setembro de 2023, e as referidas informações foram disponibilizadas no link oficial de inscrição do festival.
A festividade contou com a participação de 118 núcleos, espalhados pelas 27 unidades federativas do país.
Participaram do festival, 21.376 pessoas, dentre eles 75% (16.032) possuíam alguma deficiência, e 25%
foram pessoas sem deficiência (5.344). Ao compararmos a totalidade de todos os núcleos, com o Festival
realizado em Três Corações, concluímos que o município atingiu cerca de 1% do número de inscritos em
todo o país, totalizando 215 participantes. Dentre eles 66% eram pessoas com deficiência (PCD) (142), e
34% relataram não possuir deficiência. Analisando no contexto das deficiências, a nível Brasil verso Três
Corações, percebemos que a participação das pessoas com deficiência intelectual (DI) foram o maior
número de inscritos, com cerca de 34% dos inscritos declararam-se DI, em ambas as esferas. Já os
deficientes físicos (DF), tiveram uma participação nacional de quase 10% do total de inscritos (2.107), e
no município tricordiano apenas 2,4% (3). Os deficientes visuais e auditivos, tiveram poucas participações,
totalizando 998 pessoas em todo o país, e em TC apenas duas pessoas. Já os participantes com transtorno
de espectro autista (TEA), tiveram uma expressiva presença, chegando à casa do 19% a níveis nacionais e
24,4% no município pesquisado. Fica evidente que as pessoas com deficiência visual, auditiva e física,
precisam de maiores incentivos para a participação nos futuros festivais. Outro fato, é que os inscritos com
DI, eram em sua maioria, alunos das instituições que atendem as PCD, como as Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais (APAE). Sendo assim, concluímos que ações como o Festival Paralímpico são
oportunidades únicas para que as pessoas com deficiência, e sem deficiência, convivam em um ambiente
de práticas esportivas, de maneira recreativa e inclusiva.

Palavras-chave: esporte paralímpico, pessoa com deficiência, inclusão Times 12, alinhado à esquerda; três
palavras-chave separadas por vírgula, em letras minúsculas.

1
Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS)
2
Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS)
3
Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS)
4
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
5
Universidade Federal de Lavras (UFLA)

241
TDAH – ENSINO INCLUSIVO E A SOCIALIZAÇÃO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
ESCOLARES

Renata Guedes Pereira Carvalho1 Dr. Diemerson da Costa Sacchetto2

RESUMO
O presente trabalho aborda as particularidades e as dificuldades das representações escolares em
relação ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no ambiente escolar: (I) seja pela
falta de conhecimento em relação ao transtorno, que nos incita a compreender como as representações
sociais do TDAH são construídas; (II) seja pela falta do sentimento de corresponsabilização da comunidade
escolar em relação ao movimento pedagógico necessário para inclusão desses alunos; (III) seja pela falta
de estratégias de ensino inclusivas. A proposta e desenvolvimento da pesquisa teve o intuito de conhecer
como se dá a relação social referente ao TDAH, através da representação social de alunos da EEEM Mário
Gurgel, localizada no munícipio de Vila Velha – ES. A realização da pesquisa tem caráter exploratório,
através de entrevista com questionário, do tipo semiestruturado, para um total de 115 alunos, abordando as
cinco primeiras palavras que vem à mente quando o assunto é TDAH. Para os critérios de análise foram
utilizados categorizações provenientes da Teoria das Representações Sociais e utilizado compreensões de
discurso que buscam chegar ao Núcleo Central das Representações Sociais, além dos processos de
ancoragem e objetivação, norteadores da Teoria Clássica Moscoviciana, utilizando para isso programas
estatísticos de articulação psicossocial, como o EVOC-2003, que são demonstrados num quadro de quatro
componentes com elementos que constituem o núcleo central e a periferia de uma representação. Para a
percepção das representações sociais em torno do tema, buscou-se analisar os pontos de contato
aglutinadores e de complementariedade notória. Foram notados elementos centrais do objeto
representacional TDAH, a atenção, dificuldade de aprendizado, esquecimento, falta de atenção e
hiperatividade. As primeiras correlações se dão exclusivamente as principais características do transtorno,
limitando-se a própria nomenclatura, relacionando-a hiperatividade e/ou déficit de atenção. Apesar de
cientes das principais características, a inclusão não é citada na relação com o TDAH. As periferias mais
próximas e que convergem para a estabilidade do núcleo central negativo trazem como elementos: agitado,
não sei, respeito. Com isso, ainda se percebe alguns alunos que desconhecem o transtorno e suas
correlações, bem como a falta de relação ao processo educacional e inclusivo. Na periferia mais distante se
estrutura principalmente a relação com os sentimentos como por exemplo citados, amor, ansiedade e
carinho. A expressão do amor, estreita a relação dos educandos ao TDAH na perspectiva inclusiva no que
se relaciona a empatia. Diante dos resultados apresentados, nota-se a necessidade de formação de
professores e demais membros da comunidade escolar. Pois, não há educação real se esta não acolher todos
integralmente, e para isso precisa inicialmente que todos conheçam e reconheçam a diversidade em prol da
construção da equidade e garantia das condições de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Palavras-chave: tdah (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), equidade,


inclusão.

1
Instituto Federal do Espírito Santo - IFES - Mestrado Profissional em Educação em Ciências e Matemática.
2
Instituto Federal do Espírito Santo – IFES - Docente do Mestrado Profissional em Educação em Ciências e Matemática.

242
A PESQUISA-AÇÃO E SEU PAPEL NA INTEGRAÇÃO ESCOLA-UNIVERSIDADE

Karla Mendonça Menezes1, Vanessa Candito2, Carolina Braz Carlan Rodrigues3

RESUMO
O potencial da pesquisa-ação para auxiliar os docentes na reflexão crítica sobre seu contexto
educacional é destacado por estudiosos que analisam a associação entre ensino e pesquisa na prática
pedagógica. Esses estudos reconhecem que a pesquisa educacional pode promover um processo
emancipatório de ensino-aprendizagem e formação profissional. Nesse sentido, a pesquisa-ação emerge
como uma estratégia de formação, pesquisa e prática educacional, constituindo-se como uma ferramenta
de desenvolvimento de professores e pesquisadores. Ao passo que lhes permite usar suas pesquisas para
melhorar o ensino, estabelecendo-se como um instrumento de formação e desenvolvimento profissional, e
criando, um processo colaborativo de aprendizado. Ao considerar essa perspectiva, este estudo analisa as
contribuições da pesquisa-ação na integração entre escola e universidade. Para isso, examina uma
colaboração que se desenvolveu ao longo de mais de uma década entre uma instituição de educação básica
e uma universidade no centro do Rio Grande do Sul, Brasil. A aproximação com o contexto escolar começou
em 2011, com a participação de pesquisadores de uma universidade pública federal. Ao longo dos anos, a
pesquisa-ação tornou-se um processo cíclico no contexto escolar, ao passo que a prática pedagógica foi
influenciada pela alternância entre ação e investigação, consolidando uma relação colaborativa entre a
escola e a universidade. Dada a multiplicidade de demandas do contexto escolar, a pesquisa-ação solicita
avaliações intermitentes, adaptações, planejamento e implementação de ações, seguidos de reavaliação.
Nesse sentido, progressivamente, os ciclos de pesquisa-ação passaram a se integrar à sistemática de trabalho
da escola, que está em constante aprimoramento: isso inclui a identificação coletiva das demandas escolares
e o planejamento conjunto de estratégias pedagógicas, resultando em processos formativos contínuos
realizados anualmente na escola. As reflexões ao longo dessa experiência têm impulsionado novas
discussões e transformações no contexto educacional, pois além de contribuir para identificar as
necessidades e interesses da comunidade escolar, a pesquisa-ação oportunizou espaço e tempo para a
formação dos professores dentro da instituição de ensino e demonstrou o potencial do trabalho colaborativo
entre escola e universidade. Além disso, os processos integrados de forma cíclica no contexto escolar
destacam as vantagens da pesquisa-ação como parte da prática educativa, fornecendo subsídios importantes
para redefinir os processos pedagógicos.

Palavras-chave: Pesquisa-ação, escola, universidade, formação continuada.

1
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
3
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

243
A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES EM GEOGRAFIA COM UTILIZAÇÃO DE
TECNOLOGIAIS DIGITAIS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Jhonatas Isac Pereira Lima1, Carlos Alberto de Vasconcelos 2

RESUMO
A formação inicial de professores deve ser sempre uma temática de relevância, principalmente na
contemporaneidade, visto que existe um contexto socioeducacional caracterizado por mudanças de diversas
ordens, a exemplo das inovações tecnológicas e metodologias ativas. Nesse contexto, a incorporação das
tecnologias, notadamente as de natureza digital, nos ambientes educacionais se torna um desafio quanto à
implementação e utilização com finalidades pedagógicas. Assim, torna-se imprescindível que, de modo
abrangente, o processo de formação inicial do(a) professor(a) – e especificamente do(a) docente de
Geografia – busque integrar tecnologias digitais na educação, tais como: notebook, smartphone, internet e
outras interfaces tecnológicas, de tal forma que elas sejam adequadas às necessidades dos(as) educandos(as)
e do próprio processo de ensinar e aprender. Desta feita, este estudo tem como objetivo compreender a
formação inicial de professores(as) de Geografia na Universidade Federal de Sergipe (UFS) quanto ao uso
de tecnologias digitais, bem como as possíveis contribuições que esses recursos podem exercer sobre sua
futura prática pedagógica. É uma pesquisa de cunho qualitativo, a partir de revisão de literatura e pesquisa
online, através da aplicação de questionário com licenciandos em Geografia da UFS. Sua fundamentação
teórica apoia-se principalmente em autores, como: Castellar (2010), Cavalcanti (2020), Gatti (2009) e
Vasconcelos (2017; 2018), entre outros. Para tratamento dos dados, deliberamos pela utilização da Análise
de Conteúdo na perspectiva de Bardin (2021). De antemão, foi possível criar quatro categorias temáticas:
relação com as tecnologias no cotidiano e dificuldades para lidar com elas; formação continuada ou
extensionista em tecnologias; ambiente universitário propício para o trabalho com as tecnologias; e
momentos significativos de utilização de tecnologias digitais no curso. Os resultados encontrados
evidenciaram tópicos importantes para a compreensão da formação inicial de professores(as) de Geografia,
destacando-se preocupações significativas, a saber: a infraestrutura das instituições de ensino sem espaços
adequados para utilização das tecnologias digitais; e a necessidade de uma formação continuada que ajude
a integrar as tecnologias em sala de aula com finalidade pedagógica. Além disso, os dados apontam que,
apesar de tais dificuldades apresentadas pelos(as) estudantes em formação, os(as) professores(as) têm
inserido essas tecnologias no ensino-aprendizagem. Vale ressaltar que apenas o domínio de técnicas de
tecnologia não garante transformação no processo de ensino-aprendizagem, pois a primazia de práticas
pedagógicas requer tempo e estudo por parte do(a) docente, a fim de realizar práticas pedagógicas
significativas buscando como finalidade o próprio ensino-aprendizagem, bem como a constante
atualização. Por fim, é mister realizar uma reflexão crítica na perspectiva da sociedade tecnológica, e mais
especificamente sobre o modo como essas transformações estão interligadas ao âmbito educacional.

Palavras-chave: formação inicial, práticas pedagógicas, tecnologias digitais.

1
Universidade Federal de Sergipe (UFS). E-mail: jhonatasisac1997@gmail.com
2
Universidade Federal de Sergipe (UFS). E-mail: geopedagogia@yahoo.com.br

244
É BRINCANDO QUE SE APRENDE: A BRINCADEIRA COMO CONSTITUIÇÃO SOCIAL
DOS PAPÉIS DE GÊNERO DO SUJEITO

Leonardo Felipe Gonçalves Duarte1, Josiane Peres Gonçalves 2 Ida Carneiro Martins3

RESUMO
Segundo a Teoria Histórico-Cultural (THC) a pessoa se constitui por meio das relações que ela
estabelece com seu grupo social. A teoria entende que o sujeito para apropriar-se dos aspectos sociais utiliza
diversas atividades, entre elas estão as brincadeiras que são meios de apropriação do meio cultural, em
especial das funções e/ou atividades desempenhadas pelos sujeitos socialmente. Estabelecemos como
objetivo verificar como a brincadeira pode ser uma atividade determinante na apropriação dos papéis sociais
de gênero. Para isso empreendemos uma pesquisa de abordagem qualitativa com enfoque bibliográfica. Os
estudos foram obtidos na base de dados da Scielo em setembro de 2023. A busca foi feita por meio de
palavras chave e a seleção seguiu os seguintes critérios: estar associado a THC; e com a temática discutida.
Para isso foram lidos os resumos e a introdução como forma de fazer a seleção. Os artigos encontrados
apontaram os seguintes resultados: as brincadeiras são atividades predominantes na infância e auxiliam na
apropriação social dos papéis de gênero, pois a menina aprende desde pequena a cuidar e os meninos se
voltam a atividades ou brincadeiras em que são estimulados a força, agilidade, agressividade e domínio,
que são padrões sociais estabelecidos para o perfil masculino. A menina aprende com as brincadeiras que
o seu papel é cuidar da casa, dos filhos e do companheiro, de forma que ela não aprende a dominar da
mesma forma que os meninos as atividades que requerem ampla movimentação. Isso posto, identificamos
que as brincadeiras são atividades que auxiliam as crianças a determinar os papéis sociais de maneira que
auxiliam na reprodução dos estereótipos de gênero.
Palavras-chave: Brincadeira, Teoria histórico-cultural, Gênero.

1
Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(PPGEdu/UFMS). Mestre em Educação pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
2
Doutora em Educação (PUC-RS). Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu/UFMS).
3
Doutora em Educação (UNIMEP). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Cidade de São
Paulo (UNICID).

245
EDUCAÇÃO E AS TECNOLOGIAS DIGITAIS INTERGERACIONAIS: DESPERTANDO A
CIBERCULTURA NA UNIVERSIDADE DA MATURIDADE

Djanires Lageano Neto de Jesus1, Alessandra Lopes da Rocha2, Maria Aparecida Rondis Nunes de Abreu
3
, Gabriela Benevides da Silva Alves dos Santos 4

RESUMO
O uso da internet e das tecnologias estão cada vez mais presentes na rotina das pessoas, em todas as
gerações, facilitando a comunicação em rede e criando possibilidades de múltiplas aprendizagens. No
entanto, aqueles que não se adaptam aos recursos digitais acabam sendo excluídos socialmente, o que ocorre
em muitos casos com as pessoas idosas, que diferentemente dos mais jovens que são nativos digitais, se
deparam com maiores desafios, seja nos recursos básicos como também nas mídias sociais, entre outros
aspectos. Nesse sentido, o objetivo que originou o estudo, buscou oportunizar aos acadêmicos da
Tecnologia Social Universidade da Maturidade (UMA/UEMS), conteúdos da cibercultura na
contemporaneidade sob o signo sociedade pós-moderna e em rede, na era da conexão. A metodologia teve
como princípio a pesquisa-ação, aplicada, de natureza qualiquantitativa, bibliográfica e documental. O
estado do conhecimento foi baseando entre autores: Anjos & Gostijo (2015); Gómez (2015); Ribeiro
(2018); Machado et. Al (2016); Lolli & Maio (2015). Entre os 100 participantes da UMA/UEMS, 76%
efetivamente participou de uma pesquisa que avaliou as competências e habilidades tecnológicas,
vinculados a disciplina de “Educação e as tecnologias digitais intergeracionais”, ministrada por cinco
professores e bolsistas de graduação, obtendo os seguintes resultados: 77,7% tinham de 51 a 70 anos; entre
os dispositivos eletrônicos que mais usavam com frequência 95,9% smartphone; 28,6% notebook; 22,4%
desktop; 8,2% tablet; desses, 55,3% utilizavam a internet mais de 4 horas diárias; entre os aplicativos de
maior utilização 96,1% WhatsApp, 81,6% Facebook, 69,7% Youtube, 65,8% E-mail, Aplicativos de Bancos
61,8%. Após, verificados o perfil, iniciou-se o processo de formação, afim de serem alavancadas
competências aos participantes da UMA/UEMS, entre elas: as educacionais e informacionais sobre a
sociedade conectada e em rede que vivemos, para a busca da formação crítica sobre a aplicabilidades das
TDICs; despertar para as habilidades funcionais para a utilização consciente e instrumental que as
tecnologias proporcionam na sociedade atual; além das atitudes para lidar com autonomia e bem-estar no
uso dos recursos digitais, disponíveis no contexto pessoal e profissional. Sobre esses aspectos, a partir dos
relatos dos participantes dessa Tecnologia Social, destacamos: “aprendizagem de cibernética, navegação
segura”; “lidar com segurança nas tarefas mais simples que envolvem as tecnologias”; “conhecimento sobre
Inteligência Artificial”; “liberdade para usar o celular e navegabilidade no notebook”; “oportunidade de
novos conhecimentos com a minha idade avançada”. Com esses discursos, validamos que os objetivos
estabelecidos no plano de ensino da disciplina estão sendo cumpridos, além disso, espera-se que nesta
relação entre professores e estudantes, os desafios vão sendo encarados, de forma intergeracional e
inclusiva.
Palavras-chave: Cibercultura, Intergeracionalidade, Inclusão Digital, Tecnologia Social.

1
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). PROFEDUC/UEMS.
2
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
3
Universidade estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
4
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

246
A INFLUÊNCIA DE MERLEAU-PONTY NA EDUCAÇÃO : UM OLHAR SENSÍVEL ONDE A
AFETIVIDADE CONDUZ O ENSINO-APRENDIZAGEM

Eliane Terezinha Piccolotto1 Adriano Furtado Holanda2

RESUMO
No âmbito educativo, a consideração das múltiplas perspectivas que abrangem o conhecimento
humano é crucial, especialmente em um cenário em constante evolução devido aos avanços tecnológicos.
Além disso, as crescentes discussões sobre inclusão social destacam a necessidade de uma abordagem
holística e sensível ao contexto. Sob o olhar fenomenológico, influenciado por pensadores como Merleau-
Ponty, podemos desenvolver uma sensibilidade intuitiva que nos permite compreender, de forma mais
profunda, as nuances e complexidades das interações entre professores e alunos. Esse entendimento mais
aprofundado pode resultar em uma abordagem instrutiva mais eficaz, uma vez que leva em consideração a
diversidade de manifestações e necessidades individuais. Ao refletirmos sobre as experiências vivenciadas
no processo de ensino-aprendizagem no ambiente escolar, reconhecendo as inúmeras peculiaridades e a
singularidade de cada sujeito, tornamos o ato de ensinar intrinsecamente dinâmico. É fundamental destacar
o papel do corpo como uma parte integral do ser humano nesse contexto. Na escola, há diversos caminhos
a serem explorados, mas é imperativo ressaltar a dimensão afetiva. Ao dar ênfase a esse aspecto, os
estudantes podem adquirir o conhecimento necessário para se tornarem indivíduos independentes e
criativos. Assim sendo, ampliamos nossas perspectivas e acreditamos que, mesmo quando os alunos podem
inicialmente não estar plenamente envolvidos, nosso objetivo ético é orientá-los em sua jornada
pedagógica, ajudando-os a reconhecer o valor da educação e seu papel na construção de uma sociedade
mais justa. Diante disso, emerge a necessidade de estudos adicionais que explorem a influência da
afetividade no ensino-aprendizagem à vista das contribuições de Merleau-Ponty, buscando novas
abordagens para aprimorar a prática educativa.

Palavras-chave: educação, ensino-aprendizagem, Merleau-Ponty.

1
Universidade Federal do Paraná (UFPR).
2
Universidade Federal do Paraná (UFPR).

247
INTEGRANDO BRINCADEIRAS AFROBRASILEIRAS E AFRICANAS NO CURRÍCULO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL

Adão Gustavo Aureliano 1, Gisele da Silva Soares 2, Gustawo Lemos Borges3, Isabel Porto Filgueiras 4,
Elisabete dos Santos Freire 5

RESUMO
Este relato de experiência pedagógica realizada no ano de 2023, teve como objetivo incorporar
brincadeiras afrobrasileiras e africanas nas aulas de Educação Física da Educação Infantil, e fomentar a
consciência sobre a diversidade cultural e histórica do Brasil. As aulas aconteceram em uma escola pública
municipal em Santo André, São Paulo, envolvendo crianças entre 4 e 5 anos e 11 meses. O planejamento
da experiência foi baseado no documento curricular da Secretaria Municipal de Santo André, seguindo as
orientações para o ensino da História e Cultura afrobrasileira, africana e Indígena na Educação Infantil e
Ensino Fundamental. Esta abordagem é fundamentada nas Leis nº 10.639/03 e 11.645/08, que promovem
a inclusão e valorização da cultura e história afrobrasileira e africana. Utilizou-se de brincadeiras
tradicionais africanas e afrobrasileiras, incluindo "Terra-mar", "Fogo na montanha", "Labirinto", "Mamba"
e "Acompanhe meus pés", provenientes de diferentes países africanos, como Moçambique, Tanzânia e
África do Sul. A metodologia adotada envolveu um planejamento detalhado das atividades, execução das
brincadeiras, observação contínua e registro nas documentações pedagógicas referentes às crianças. Os
resultados apontaram um aumento na conscientização, participação ativa e respeito pela diversidade
cultural, além da promoção de um ambiente inclusivo de aprendizado. Conclui-se que a estratégia utilizada
se demonstrou eficaz no estímulo ao reconhecimento e apreciação da cultura afrobrasileira e africana.
Sugere-se a integração deste método nas futuras práticas pedagógicas, principalmente nas aulas de
Educação Física, com o propósito de promover uma educação que preza pelo respeito e estima a diversidade
cultural.

Palavras-chave: educação infantil, educação física, afro-brasileira.

1
Universidade são Judas Tadeu - USJT
2
Universidade são Judas Tadeu - USJT
3
Universidade são Judas Tadeu - USJT
4
Universidade são Judas Tadeu - USJT
5
Universidade são Judas Tadeu - USJT

248
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE ESTUDANTES EM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO NO
CAMPO DO ENSINO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Leandro Augusto Martins1, Ana Maria Cervato-Mancuso 2, Rogério Nogueira de Oliveira2

RESUMO
A utilização de metodologias ativas no ensino coloca o estudante no centro do processo de
aprendizagem. No entanto, sua implementação nos cenários educacionais, incluindo o ensino superior,
ainda é desafiadora. Nesse trabalho, os autores narram a vivência no campo do ensino em saúde por meio
de relato de experiência na disciplina Metodologia e Ensino: Fundamentação Teórica e Estratégica do
Programa de Mestrado Profissional em Formação Interdisciplinar em Saúde (FIS-USP). Com a participação
de 15 discentes, com formações distintas em áreas da saúde, três docentes desempenharam o papel de
facilitadores em um processo de imersão autônoma e crítica voltada para os aspectos políticos, teóricos e
metodológicos que permeiam as práticas de ensino e aprendizagem. Durante 15 encontros semanais, o
grupo desenvolveu sua capacidade de protagonismo, partindo de uma análise e compartilhamento de
experiências afetuosas prévias vinculadas a uma reflexão crítica do filme "Sociedade dos Poetas Mortos"
quanto a questões de metodologia de ensino e aprendizagem. Buscou-se, a cada encontro, uma aproximação
das metodologias ativas, incluindo modelos de sala de aula invertida, aula expositiva dialogada, rodas de
conversa, seminários temáticos, sessões de 'brainstorming' e a exploração de recursos midiáticos
envolvendo ensino remoto, telessaúde e uso da inteligência artificial. Sempre em diálogo com leituras
prévias, de Freire, Delors e Morin, que serviam de cenário para as discussões. Com o caminhar da
construção do conhecimento, foi proposta a divisão do coletivo em quatro grupos, sendo cada grupo
responsável pela condução de seminários temáticos, o que proporcionou uma abordagem mais participativa
e aberta. Os quatro eixos trabalhados nos seminários foram: Pedagogia e Autonomia; Didática;
Metodologias Ativas e Avaliação. Foi interessante observar que os grupos buscaram a variedade de
estratégias e recursos para abordagem dos temas, fluindo de forma natural as conexões entre cada eixo.
Destes seminários, pode-se extrair experiências educacionais variadas, desde a utilização de filmes a
plataformas de ‘brainstorming’ virtual, mas que pela liberdade criativa proporcionada, levaram para o
inusitado na construção pedagógica, ocupando a cozinha do departamento no preparo coletivo de um bolo
de maçã, sendo as teorias e conceitos educacionais apresentados na forma dos ingredientes e preparos, que
deforma precisa e correta, constroem um conhecimento, no caso específico, representado por um bolo que
pode ser compartilhado por todos. Como proposta final, cada participante teve a oportunidade de construir
uma prática pedagógica direcionada para seu contexto profissional, utilizando fundamentos construídos
coletivamente. No último encontro, pôde-se, através de um "World Café", realizar uma avaliação da
disciplina e os caminhos que foram percorridos. Verifica-se que a abordagem docente estabeleceu uma base
sólida para as ações que ressaltam o futuro da educação, assim como suas aplicações na educação em saúde.
Além disso, o processo proporcionou experiência enriquecedora e significativa aos participantes,
capacitando-os a desempenhar papéis ativos, críticos e envolventes na construção de abordagens
educacionais tanto na sua prática profissional como educadores em saúde como no exercício da facilitação
de aprendizagem em sala de aula.
Palavras-chave: Educação em Saúde; Metodologias ativas; Autonomia.

1
Mestrado Profissional em Formação Interdisciplinar em Saúde da Universidade de São Paulo (FIS-USP).
2
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo

249
EXPERIMENTOS PET: VAMOS SER CIENTISTAS HOJE?

Ligia Maria de Morais1, Andriele P. Rosa2, Pedro Henrique de Oliveira3, Naiely Kimberly
Romeiro4,Tatiana B. Rosado5.

RESUMO
O Programa de Educação Tutorial da FUP (PET CIÊNCIAS – FUP) da Universidade de Brasília
(UnB), situado no campus de Planaltina-DF, organizou uma atividade durante a Semana Acadêmica da
Universidade de Brasília, realizada nos dias 25 e 28 de setembro de 2023. Esta iniciativa foi principalmente
direcionada para escolas do ensino básico da rede pública do Distrito Federal, bem como para alunos de
graduação da Universidade. O objetivo central dessa atividade foi a apresentação de experimentos
científicos simples, desenvolvidos pelos estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Naturais, que
poderiam ser utilizados tanto pelos estudantes universitários para enriquecer sua futura prática docente,
quanto pelos professores das escolas públicas do Distrito Federal. Três experimentos foram selecionados:
O “Jogo do Circuito Elétrico" que é uma forma de simplificar os conceitos do circuito elétrico em que uma
única corrente elétrica que sai do gerador percorrendo somente um caminho, sendo ele um circuito fechado.
Esse experimento didático aprimora os conceitos em eletrônica e testa a coordenação motora, lógica,
organização e entre outras habilidades cognitivas e manuais dos alunos. O experimento do “Fluido Não
Newtoniano” que demostra que o fluído, ao contrário da água e outros líquidos newtonianos, tem uma
viscosidade que varia de acordo com a pressão aplicada. Logo, ao aplicar uma força muito grande no fluído
ele se comporta como sólido, mas ao aplicar pouca força ele se comporta como líquido. O experimento do
"Submarino" que usa uma caneta dentro de uma garrafa PET para simular o funcionamento de um
submarino por meio dos princípios de Arquimedes e Pascal. Ele ilustra o conceito de que qualquer objeto
imerso em um fluido em equilíbrio, seja totalmente ou parcialmente submerso, experimenta uma força
vertical conhecida como empuxo. Esse experimento prático ajuda a compreender como esses princípios são
fundamentais para o funcionamento de um submarino. Essa oficina despertou muito interesse dos alunos
evidenciando que foi eficiente para auxilar no aprofundamento dos conteúdos propostos.
Palavras-chave: experimentos, ensino, ciências

1
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Discente do grupo PET Ciências - FUP
2
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Discente do grupo PET Ciências - FUP
3
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Discente do curso de Ciências Naturais - FUP
4
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Discente do grupo PET Ciências - FUP
5
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Professora adjunta e tutora do PET Ciências - FUP

250
PROVA CURITIBA: PERSPECTIVAS PEDAGÓGICAS

Luciana Zaidan Pereira1

RESUMO
A Prova Curitiba é uma avaliação de sistema elaborada e realizada pela equipe técnica e pedagógica
da Secretaria Municipal de Curitiba, aplicada desde 2018 para todos os estudantes de 2.º a 9.º ano. A
avaliação tem a caráter diagnóstico elaborada a partir do Currículo do Ensino Fundamental: diálogos com
a BNCC. No primeiro ano da sua implantação, ocorreu com avaliação em Língua Portuguesa e Matemática
para os 2.º, 4.º, 6.º e 8.º anos. Em 2019, participaram os estudantes do 2.º ao 9.º ano, com foco nos
componentes curriculares já mencionados. A partir de 2021, agregou-se o componente curricular de
Ciências e ocorre anualmente até a presente data. Considerando a necessidade de constante monitoramento
após o período de isolamento social, verificou-se a necessidade de duas edições da prova com áreas e anos
específicos, a partir de 2021.Os resultados obtidos da Prova Curitiba servem de base para a realização de
estudos e reflexões fundamentais para o (re)planejamento de ações voltadas para a aprendizagem dos
estudantes de toda a RME e para embasar ações equitativas. As devolutivas são feitas por meio de planilhas
específicas com os resultados consolidados de cada unidade.Quanto as perspectivas pedagógicas das
diferentes áreas em relação a Prova Curitiba, destacamos: Em Língua Portuguesa, a concepção norteadora
é a interacionista, na qual a linguagem é vista como um processo contínuo de interação entre os sujeitos e
os diferentes contextos sócio discursivos. Para tanto, a prova sistematiza os conteúdos do Currículo forma
contextualizada, a partir de textos de diferentes gêneros, por meio da seleção de temáticas de interesse das
distintas faixas etárias.
Na área de Matemática, objetiva-se avaliar a compreensão, a interpretação e a descrição de
fenômenos matemáticos, por meio da Resolução de Problemas, de modo a envolver os cinco eixos: números
e operações, pensamento algébrico, geometria, grandezas e medidas, estatística e probabilidade.Enquanto
em Ciências, a avaliação é elaborada com base no letramento científico, o desenvolvimento da capacidade
de atuação no e sobre o mundo, verificando se os estudantes compreendem a Natureza da Ciência e a
influência dos avanços científicos e tecnológicos na sociedade; entendam as questões culturais, sociais,
éticas e ambientais, associadas ao uso dos recursos naturais; e possam pensar e agir de modo informado
perante os desafios da contemporaneidade.O trabalho coletivo com a avaliação da Prova Curitiba permite
alinhar as políticas públicas de atendimento pedagógico e de infraestrutura, conforme cada perfil, abordar
as questões sobre planejamento e currículo, além de proporcionar reflexões sobre metodologias e estratégias
de ensino, por meio da escrita de materiais pedagógicos e na elaboração de ações formativas e programas
para os professores e gestores. Todo este processo de avaliação contribui para qualificação do processo
educacional.

Palavras-chave: Prova Curitiba, avaliação de sistema, perspectivas pedagógicas.

1
Secretaria Municipal de Educação de Curitiba (SME).

251
A INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NA MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA EM CRIANÇAS
COM TDAH

Edenise do Amaral Favarin1, Susana Cristina dos Reis 2, Caroline Larrañaga3, Suzana Toniolo Linhati4

RESUMO
Este estudo tem por objetivo analisar a importância da integração das tecnologias na mediação
pedagógica de crianças diagnosticadas com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Especificamente, busca-se neste trabalho: a) descrever e contextualizar as principais características de
alunos com TDAH em contexto escolar, baseados em estudos prévios publicados; b) fazer mapeamento em
periódicos na área de estudos linguísticos sobre como esse tema vem sendo discutido, principalmente,
investigando se há diretrizes que orientam o processo de elaboração de materiais digitais para esse público-
alvo; e, c) propor uma intervenção pedagógica a partir do uso de um aplicativo Gamebook Guardiões da
Floresta. O aplicativo foi desenvolvido pela Rede de Pesquisas Comunidades Virtuais (UNEB-UFBA) e
tem a personagem Lyu, que deverá salvar a Floresta Amazônica, com a ajuda de outros personagens do
folclore brasileiro. Por meio de um estudo-piloto com uma criança que possui TDAH, buscamos identificar
as necessidades dessa participante para, posteriormente, planejar diretrizes para orientar o design de
materiais digitais para público similar. O TDAH é uma condição neuropsiquiátrica que afeta crianças e
adultos, caracterizada por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. No contexto escolar, os
alunos com o referido transtorno têm dificuldades em manter o foco, seguir instruções, organizar materiais
ou tarefas e controlar impulsos, o que pode afetar significativamente seu funcionamento escolar/acadêmico,
social e profissional. Adotamos uma abordagem metodológica de base qualitativa, por meio de um estudo
de caso, e utilizamos pesquisa exploratória bibliográfica para a construção do arcabouço teórico-
metodológico desta investigação. Este estudo está em fase inicial e, primeiramente, será realizada uma
intervenção, com observação-participante e mediação, a qual prevê a execução e uso do Gamebook por
uma criança de 12 anos de idade, diagnosticada com TDAH. Acreditamos que as tecnologias desempenham
um papel significativo no manejo de alunos com o TDAH, pois oferecem ferramentas e recursos que podem
ser benéficos para atender às necessidades desses estudantes. Além disso, pensamos que nesse processo, a
colaboração entre professores, pais e tecnologias pode promover a construção de comunidades de
aprendizagem. Com base na literatura investigada, a integração de dispositivos móveis e aplicativos podem
auxiliar na gestão do tempo, na criação e na adaptação de rotinas, assim como também na redução de
distrações. Como resultados, esperamos propor um protocolo que poderá ajudar a orientar o design de
materiais digitais por meio do uso de tecnologias, das quais os alunos poderão focar nas suas tarefas
escolares e incluir recursos diversos para fomentar habilidades essenciais de autorregulação, melhorar a
experiência de aprendizagem e a atingir o seu potencial máximo com o uso de recursos digitais.

Palavras-chave: mediação pedagógica, tecnologias, TDAH.

1
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.
2
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.
3
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.
4
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.

252
UMA PROPOSTA DE MULTILETRAMENTOS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PARA A
FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

Daniela Rebello Pereira Sylvestre1, Márcia Gonçalves de Oliveira 2

RESUMO
Os docentes da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) têm de compreender o mundo do
trabalho em que vivemos, buscar a politecnia, segundo Saviani (2022), a qual é a superação da dicotomia
entre trabalho manual e intelectual. O objetivo geral da pesquisa é desenvolver os multiletramentos em
Língua Portuguesa dos alunos do curso técnico de Logística na busca pela formação humana integral. A
Pedagogia dos Multiletramentos por ter dois eixos principais: a multiculturalidade e a multimodalidade dos
textos, entende a heterogeneidade constitutiva das sociedades e considera três esferas da existência humana:
vida profissional, cidadania e mundo da vida, assim favorece a formação de leitores com visão crítica-
reflexiva. Atualmente, a importância da escrita para a sociedade letrada é inquestionável, pois, ela é
instrumento de expressão do conhecimento humano. Logo, é indispensável que todos possam dominá-la.
Aquele que não sabe ler e escrever com propriedade fica de certa forma excluído da vida social e
impossibilitado de ser um cidadão crítico e reflexivo, muito aquém de ter uma formação humana integral
pela qual se luta, na EPT. Entretanto, com a crescente disseminação das tecnologias digitais de
comunicação, os textos tornaram-se multissemióticos. Segundo Rojo (2019) a escola deve desenvolver nos
alunos habilidades para além da leitura e escrita, incorporando as comunicações multimodais,
oportunizando habilidades para o acesso a novas formas de trabalho e de se envolver criticamente com as
condições de suas vidas nas três esferas de sua existência. Diante dessa realidade, serão propostas oficinas
de leitura e escrita com os alunos do curso de Logística, com textos multimodais, seguindo os passos da
didática para a Pedagogia Histórico Crítica de Gasparin (2020). As oficinas contemplarão textos
multissemióticos, os quais serão corrigidos e analisados através de rubricas elaboradas para tal finalidade.
Como produto educacional será elaborado um e-book com atividades de práticas de multiletramentos para
possibilidade de divulgação em rede e contribuir para a práxis educativa dos docentes, especialmente da
EPT. Espera-se que com as oficinas, os alunos ampliem sua leitura de mundo, através do trabalho com
diversos textos multimodais que englobam os diferentes modos de significação como os designs linguístico,
sonoro, espacial, gestual e visual, a partir de temas norteadores escolhidos por eles e desenvolva seus
multiletramentos. Contribuindo, assim, para a busca da formação humana integral e que o produto
educacional seja útil para a práxis docente.

Palavras-chave: Curso Técnico de Logística; Multiletramentos; Educação Profissional e Tecnológica.

1
Prof ª. Esp. Leitura e Produção Textual da Secretaria Estadual de Educação do Espírito Santo (SEDU-ES).
2
Prof ª. Dr ª. Engenharia Elétrica, Mestra em Informática e Prof ª. do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES).

253
A LUDIFICAÇÃO COMO ABORDAGEM NA METODOLOGIA SOS: UMA EXPERIÊNCIA
PARA OS GESTORES ESCOLARES

Everton Silva Santos Lopes 1 e Ida Carneiro Martins2

RESUMO

Os desafios enfrentados pelos gestores escolares são numerosos, o que abrange desde a organização
da instituição até a implementação de abordagens democráticas que promovam a inclusão. Muitas das
responsabilidades dos gestores ainda refletem um modelo administrativo voltado para o ambiente
empresarial, e, consequentemente, há pouca ênfase na discussão de estratégias de formação que realmente
enriquecem a prática educacional dos docentes. Diante dessa jornada formativa, é notável um descompasso
entre a teoria e a prática, apesar das reflexões e análises embasadas em referenciais teóricos que abordam
diferentes temáticas sobre formas de aprendizagem, ou até pela oportunidade de conhecer novas tecnologias
aplicadas no contexto educativo. No entanto, grande parte dessas formações segue, predominantemente,
uma abordagem passiva. Observando tais questões o presente trabalho, uma pesquisa de mestrado em
andamento, traz enquanto objetivo, investigar as contribuições do método SOS (sensibilização, organização
e sistematização) para formação do gestor escolar. A finalidade é proporcionar o foco na autonomia dos
atores envolvidos em relação ao conteúdo trabalhado, visando a sobremaneira, o protagonismo e a
participação no processo formativo. Por esta razão, considerando a metodologia SOS interativa, foi
levantada a possibilidade de explorar a utilização da ludificação como abordagem para a capacitação dos
gestores educacionais da Etec de Francisco Morato. Uma questão a ser examinada é a integração da
ludificação como elemento-chave na abordagem da metodologia SOS contribuindo para a formação de
gestores educacionais. Outras informações que merecem investigação incluem: Quais são as abordagens
potenciais que podem ser exploradas para enriquecer o processo formativo dos gestores, incorporando os
elementos da ludificação? Quais benefícios específicos podem ser identificados ao incorporar a ludificação
como parte da metodologia SOS na formação de gestores educacionais? Nesse sentido, a pesquisa tem
como característica a articulação de minha experiência docente com a metodologia (S.O.S), utilizando a
ludificação como aborgadem para formação do gestor educacional na Etec de Francisco Morato.

Palavras-chave: Gestor Escolar; Formação; Metodologia SOS; Ludificação.

1
Universidade Cidade de São Paulo - UNICID
2
Universidade Cidade de São Paulo - UNICID

254
FORMANDO PROFESSORES PARA ATUAÇÃO INCLUSIVA

Cristina Hill Fávero1, Deijeane Auxiliadora Machado 2, Luiz Felipe da Silva Monteiro3

RESUMO

O princípio da educação inclusiva vem sendo debatido em diversos países, especialmente após a
Declaração de Salamanca (1994). O Brasil, signatário desta declaração, iniciou o processo inclusivo e uma
série de leis e decretos foram promulgados, de forma a garantir o acesso de pessoas com deficiência às
escolas regulares. Os documentos expressam que o atendimento aos alunos com deficiências deve ser,
preferencialmente em classes comuns da escola, em todos os níveis, etapas e modalidades de educação e
ensino, tentando garantir o direito à educação a esse público. Porém, é consenso que somente a garantia do
acesso não garante a efetiva inclusão do estudante. Para que este movimento ocorra faz-se necessário
garantir a aprendizagem e a permanência desse estudante na escola e, nesse contexto destaca-se a
necessidade constante de capacitação profissional, para a promoção de mudanças no ambiente educacional
(Glat,1998). Frente a complexidade da dinâmica da discussão acerca da formação de professores para
atuarem na educação inclusiva, aliada a necessidade de potencialização da qualidade da formação dos
licenciando, exige-se dos profissionais que atuam e dos futuros profissionais, que irão adentrar no mundo
profissional, estarem em constante capacitação para atenderem as exigências garantindo-se assim o direito
à educação a esse público. Além da qualificação profissional, capacidade em perceber a diferenciação de
necessidades dos educandos, valorização do conhecimento, inovação, excelência e adaptação aos diversos
contextos educacionais, é fundamental na educação inclusiva (Dávila e Naya,2012; Aquino e García, 2012;
Friender e Osborne, 2013; Lawford-Smith, 2013; Alba Pastor e Zubillaga Delrío, 2012). No projeto de
extensão AÇÕES INTERDISCIPLINARES: CONSTRUINDO COMUNICAÇÕES, AMPLIANDO
CONHECIMENTOS, PROPICIANDO INTERAÇÕES, busca-se contribuir com a formação de
professores, para que possam auxiliar a escola e a sociedade de forma geral na compreensão de concepções
e práticas para que a Inclusão ocorra efetivamente em todos os contextos sociais e educacionais. No decorrer
das atividades, ao desenvolver cursos de formação continuada para grupos de educadores de escolas
públicas e discentes de licenciaturas, visamos buscar alternativas que atendam às necessidades e às
demandas da realidade vivenciam. Para atingir os objetivos propostos, a discussão focará temas
relacionados à marcadores sociais das diferenças, inclusão e exclusão. Para execução do projeto pretende-
se possibilitar momentos de formação para professores e licenciandos com a realização de rodas de
conversa, discussões em grupo, e atividades práticas (oficinas). Serão organizadas apostilas e utilizados
artigos científicos que abordam a temática, assim como recursos áudio visuais. As atividades do projeto
serão realizadas na sede da UEMG/Barbacena e/ou nas escolas participantes do projeto.

Palavras-chave: inclusão, diferença, formação de professores

1
Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG
2
Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG
3
Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG

255
O QUE OS OLHOS NÃO VEEM, O CORAÇÃO SENTE

Cíntya Severino da Silva1, Suzana Medeiros Batista Amorim 2

RESUMO
Este estudo propõe uma análise e reflexão sobre o lugar de fala de um discente com deficiência
visual na construção de seu conhecimento na educação formal, na qual poderemos perceber e discutir como
esses discentes estão se desenvolvendo no seu aprendizado, e como é na realidade a verdadeira situação
vivida por eles. Desta forma, pretende-se enxergar quais ações educativas de educação consolidam a
participação ativa de muitos discentes com deficiência visual nas instituições de ensino, buscando descobrir
quais dificuldades e necessidades pedagógicas de inclusão que esse estudante possui, buscando, assim,
saber como a comunidade escolar vem abraçando a inclusão de deficientes visuais, bem como tais discentes
veem seu desenvolvimento no processo ensino e aprendizagem, vislumbrando como estão realizando suas
tarefas educacionais através das práticas educativas mediadas pelo professor regente. O estudo objetivou
discutir as percepções de um deficiente visual sobre a realidade vivida na aprendizagem formal na educação
inclusiva, enquanto portador de deficiência visual, no seu processo de ensino e aprendizagem. Para tanto,
foram traçados os objetivos específicos, a saber: a) conhecer as ações educativas inclusivas que consolidam
a participação ativa de muitos estudantes deficiente visuais nas instituições de ensino; b) identificar as
necessidades pedagógicas inclusivas do discente com deficiência visual; e, c) entender como as práticas
educativas inclusivas desenvolvidas para o deficiente visual são vistas pelo mesmo no seu processo ensino
aprendizagem. Diante dos objetivos propostos, entendemos que o estudo se traduziu em uma pesquisa
qualitativa, de cunho bibliográfico. O aporte teórico foram FREIRE (1996); RIBEIRO (2017); GARCIA E
BRAZ (2020); entre outros estudiosos no tema. Entendemos que a inclusão escolar tem muito a avançar
buscando de fato que ocorra igualdade e democratização do ensino.

Palavras-chave: Deficiência visual, inclusão, educação formal.

1
Universidade de Vassouras – UNIVASSOURAS. Lattes: http://lattes.cnpq.br/3961122030203350
2
Universidade de Vassouras – UNIVASSOURAS. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1834878681745178

256
O ESTÁGIO CURRICULAR NA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE FUTUROS PROFESSORES:
A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA COMO LUGAR DE FORMAÇÃO

Ana Eliza de Jesus1, Dijnane Vedovatto2

RESUMO
O estágio curricular supervisionado é uma importante etapa da formação inicial de professores em
que há possibilidade de entrar em contato com o campo profissional, favorecendo o conhecimento sobre a
cultura da escola que envolve diferentes profissionais, como professores, coordenadores, direção, além dos
alunos das escolas. Porém, nem sempre os estágios curriculares supervisionados e a escola como lugar de
formação são reconhecidos em sua totalidade, o que pode fragilizar a potencialidade do estágio no âmbito
da formação inicial, pois se trata de uma parte fundamental na formação do futuro professor. Com efeito,
embora tenha-se a importância do estágio na formação dos licenciandos, estudos na literatura relatam
fragilidades em relação ao desenvolvimento de um trabalho formativo e integrado nos estágios, haja vista,
que nem sempre se tem uma colaboração consolidada nas ações junto ao estágio, ocasionando, assim, uma
postura ausente, falta de articulação entre a formação e a prática no campo escolar. Desse modo, o presente
estudo, em forma de um ensaio teórico, apresenta uma pesquisa sobre as relações do estágio curricular na
inserção profissional de futuros professores, evidenciando a escola como lugar de formação. A referida
pesquisa foi conduzida pela seguinte questão direcionadora: “quais os desafios e as possibilidades
formativas da escola enquanto lugar de formação de futuros professores?”. Referenciamos este estudo em
Tardif (2002, 2008, 2011, 2013), Nóvoa (2009, 2017, 2019), Benites (2012), Souza Neto, Sarti e Benites
(2016), Souza Neto e Vedovatto (2021). A opção por estudar esta temática justifica-se por se tratar de uma
discussão que anuncia possibilidades formativas que dialogam com os desafios no cenário educacional.
Com isto, verificou-se que o espaço escolar precisa ser valorizado como lugar oportuno para formação em
trabalho, partindo do princípio de que sem a integração efetiva com a escola não há a incorporação de
maneira mais densa da cultura docente, gerando assim lacunas e tensões no desenvolvimento profissional.
Concluiu-se, então, que as possibilidades e as experiências oportunizadas aos professores são fundamentais
para o processo de inserção e formação, propiciando a superação dos desafios, de modo que tais
possibilidades potencializam as práticas pedagógicas, favorecendo a construção de sentidos sobre a
profissão docente.

Palavras-chave: estágio curricular, formação inicial de professores, escola.

1
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
2
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

257
AQUISIÇÃO DA LEITURA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NOS ANOS INICIAIS A
PARTIR DE UMA INSTRUÇÃO FÔNICA COM AS ONOMATOPEIAS

Sandra Albuquerque da Costa1

O presente estudo, intitulado “A aquisição da leitura no processo de alfabetização nos anos iniciais,
a partir de uma instrução fônica explícita com apoio do método das onomatopeias,” nasceu da necessidade
de entender o porquê de um expressivo número de crianças saírem do 2º ano sem domínio de leitura. Isso
significa que quatro em cada dez crianças que terminam o 2º ano do Ensino Fundamental não sabem ler.
Este resultado foi divulgado em rede nacional, por meio da pesquisa Alfabetiza Brasil, do Ministério da
Educação e, posteriormente, instituído um compromisso nacional de Alfabetização, conforme decreto N°
11.556, de 12 de junho de 2023. (BRASIL, 2023). O processo de alfabetização é um marco importante no
desenvolvimento acadêmico e social das crianças, no entanto, apesar dos esforços dos professores e do
sistema educacional, é alarmante o número de crianças que apresentam dificuldades de aprender a ler no
Brasil. A garantia do direito à alfabetização na idade certa é fundamental para que a criança conquiste êxito
e alegria na sua vida. Ao final do 2º ano, a criança de sete ou oito anos, deveria dominar as habilidades de
leitura e escrita previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visto que a falta dessas
habilidades nessa trajetória inicial da alfabetização será fator determinante para o sucesso escolar nos anos
seguintes, em todas as áreas do conhecimento, dado a importância da inserção em práticas sociais letradas.
Dessa forma, é preciso investigar as razões por trás dessa problemática, entendendo quais fatores estão
influenciando no processo de aprendizagem das crianças. Sendo assim, este estudo pretende analisar as
causas que levam as crianças a não aprenderem a ler exitosamente, buscando compreender as problemáticas
vivenciadas no âmbito do ensino, as possíveis lacunas no processo de alfabetização e indicar caminhos para
o enfrentamento desse quadro, considerando os conhecimentos que estão sendo produzidos pela Ciência
Cognitiva da Leitura, a Psicologia Cognitiva e a Neurociência. Conhecimentos esses que têm, dentre tantos
saberes e contribuições para a educação, evidenciado como o processo de leitura ocorre no cérebro, a
apropriação dos processos cognitivos e mecanismo cerebrais presentes na aprendizagem da leitura, o papel
central do desenvolvimento da consciência fonológica, assim como o entendimento do princípio alfabético,
dentro de uma instrução fônica explícita e sistemática com uso das onomatopeias.

Palavras-chave: Alfabetização, leitura, prática pedagógica.

1
World University Ecumenical (WUE) – Mestrado Internacional em Ciências da Educação.

258
KAHOOT COMO RECURSO PARA RECUPERAÇÃO DE APRENDIZAGEM EM
MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DA SEQUÊNCIA FEDATHI

Caio Henrique Sobral Santiago1, Raimundo Nonato Barbosa Cavalcante2

RESUMO
Atualmente as metodologias ativas de aprendizagem tornam-se um meio prático para a utilização
da gamificação em sala de aula. Aliar o protagonismo do aluno, e a mediação do professor, tornam-se
possibilidades a serem abordadas nesse estudo, sendo pertinente a junção de Sequência Fedathi (SF) e
Recuperação de Aprendizagem em Matemática. O uso de recursos tecnológicos em sala de aula como
alternativa para inovar o processo de ensino e aprendizagem pode beneficiar alunos e professores. É
importante entender os diferentes níveis de aprendizado e buscar alternativas para igualá-los. Essa pesquisa
tem como objetivo verificar as contribuições do uso do Kahoot! como recurso metodológico na
recuperação de aprendizagem em Matemática na perspectiva da Sequência Fedathi para alunos do 1º ano
do ensino médio do IFMA – Zé Doca. Para tanto, baseia-se em estudos básicos sobre a importância do
nivelamento em Matemática para alunos ingressantes no ensino médio, e, aliado a isto, toma como alicerce
os princípios da SF, voltada para a ação mediadora docente e propondo que o aluno comande o centro de
sua aprendizagem, devendo reproduzir os passos que um matemático realiza quando se tem um novo
problema. Tomando como base as etapas do trabalho científico do matemático, a SF é composta por quatro
etapas: Tomada de Posição, Maturação, Solução e Prova. Esse estudo abrange também o conhecimento da
plataforma Kahoot! e sua utilização como recurso metodológico. Metodologicamente, trata-se de uma
pesquisa aplicada, de caráter descritivo/exploratória, sendo do ponto de vista dos procedimentos técnicos,
de campo/experimental e como abordagem qualitativa, utilizando questionários e sessões didáticas para a
coleta de dados, o método utilizado para tratamento desses dados será a Análise de Conteúdo de Bardin.
Espera-se, após a intervenção, que os participantes envolvidos na pesquisa apresentem evolução na
compreensão dos conteúdos matemáticos abordados, sendo o Kahoot! uma das possíveis soluções para a
recuperação de suas aprendizagens. Do ponto de vista do professor, pretende-se que a interação dos
pesquisadores com a turma utilizando a SF os desperte para compreender seus princípios e introduza-os em
seu fazer pedagógico. Essa pesquisa servirá ainda como base bibliográfica para futuros aprofundamentos
sobre o tema.

Palavras-chave: Gamificação, Aprendizagem em Matemática, Metodologia de Ensino.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – Zé Doca (IFMA/ZD)
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – Zé Doca (IFMA/ZD)

259
EDUCAÇÃO ESPECIAL: INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE NAS UNIVERSIDADES

Ana Paula da Silva da Costa1

RESUMO
A Educação Especial na Educação Superior é uma temática importante que tem sido amplamente
discutida nos últimos anos. A Educação Especial deve atender às necessidades educacionais individuais de
estudantes com deficiências físicas, intelectuais ou de desenvolvimento. A inclusão e a acessibilidade são
a garantia de que todos(as) os(as) estudantes tenham acesso ao ensino e à aprendizagem,
independentemente de suas particularidades. No que tange à Educação Superior, a proposta de Educação
Inclusiva foi abordada pela primeira vez em 2008, com a implementação da Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Desde então, todos os níveis de ensino necessitaram se
reestruturar para dar suporte às pessoas com deficiência, legitimando a Educação como um direito de todos,
e assegurar-lhes dessa maneira, os seus direitos humanos. A transversalidade da Educação Especial, firmada
pela legislação em vigor, tem viabilizado as pessoas com deficiência chegarem às universidades. Entretanto,
sabe-se que ainda existem muitos desafios a serem superados, entre eles, a falta de recursos para ampliar
os suportes que assegurem de fato uma proposta de educação inclusiva e acessível. Isso denota na ampliação
de políticas institucionais, iniciativas administrativas, estruturação física, apoio pedagógico, etc. Outro
desafio é a falta de apoio profissional especializado, o que provoca a reflexão sobre a importância da
contribuição de uma equipe de trabalho formada por diferentes profissionais para a atuação junto à
Educação Especial, evidenciando a importância da constituição do trabalho multiprofissional e colaborativo
entre os/as profissionais que atuam nas universidades, criando um ambiente de aprendizagem mais
inclusivo e acessível para todos os(as) estudantes. Nesse sentido, é necessário que continuemos avançando
e ampliando as políticas institucionais de inclusão e acessibilidade para o público da Educação Especial
alcançar os níveis superiores de ensino, compreendendo que isso implica no contínuo desenvolvimento de
práticas educacionais inclusivas a fim de garantir a participação desses sujeitos nas atividades acadêmicas,
além de propiciar ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dessas pessoas,
incluindo a construção de medidas efetivas que intensifiquem o desenvolvimento de uma cultura coletiva
dos direitos de todas e todos.

Palavras-chave: Educação Superior, inclusão, acessibilidade.

1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ.

260
A FÍSICA DO DIA-A-DIA: DA SALA DE AULA A SALA DE CASA.

Msc. Mariele Lima1


Dr. Arthur Gonçalves Jr 2

RESUMO
Esta experiência é fruto do meu trabalho no projeto: Sistema de Organização Modular de Ensino –
SOME da Secretaria Estadual de Educação – SEDCU/PA. Nesta modalidade, que atende alunos do Ensino
Fundamental (anos finais) e Ensino Médio, nas ilhas e ramais, as disciplinas são ofertadas por módulos de
50 dias, onde 4 módulos compõe um ano letivo. No 1º módulo de 2023, na comunidade Rio Sapucajuba,
município de Abaetetuba, durante as aulas de Física com a 3ª série do E.M. sobre eletricidade surgiram
muitos relatos, depois reforçados durante a pesquisa pela comunidade local, pertinentes ao objeto de ensino
estudado que causavam prejuízos e risco a integridade das pessoas. Como a perda de equipamentos elétricos
por oscilação de energia e raios, além da instalação de transformadores elétricos na ilha, em postes de
madeira, com altura abaixo do recomendado e próximo das árvores. Diante do exposto propus, uma Feira
de Física que relacionasse os objetos de ensino estudados em sala de aula e a realidade daquela comunidade.
Tendo como: Objetivo Geral: Integrar a escola e a comunidade na qual ela está inserida, a partir da
exposição de trabalhos que observam a aplicação dos conceitos da Física, promovendo práticas mais
seguras durante a utilização de equipamentos elétricos. Objetivos Específicos: Consolidar as
aprendizagens em Física; Produzir trabalhos relacionados a demanda da comunidade; Expor o que foi
produzido, tendo a comunidade em geral como público alvo.A Feira aconteceu em um espaço cedido pela
comunidade, uma vez que a quantidade de pessoas esperadas não seria facilmente acomodada na escola, a
exposição ocorreu o dia todo e a comunidade prestigiou o evento e manifestou sua satisfação ao
compreender que os objetos de ensino estudados em sala fazem parte do cotidiano de todos nós e orgulhosos
pela produção e desempenho dos alunos, que no geral são parentes e amigos, uma vez que a ilha tem poucos
habitantes.Como resultado desta experiência pedagógica foi possível observar consolidação das
aprendizagens dos alunos, através da percepção destas no seu cotidiano, o que permitiu elaborar uma série
de orientações para a prevenção de acidentes e melhor utilização de equipamentos elétricos como o uso de
aterramento e o filtro de linha, o distanciamento das linhas de alta tensão das árvores e do solo, a busca por
lugares seguros durante tempestades com raios, entre tantas outras orientações. A produção e a exposição
dos trabalhos promoveram a troca de saberes entre escola e comunidade, e a autonomia e autoestima entre
os alunos.

Palavras-chave: Física, Feira, Integração escola-comunidade.

1
Secretaria de Estado de Educação – SEDUC/PA.
2
Universidade Federal do Pará - UFPA; Instituto de Educação Matemática e Científica – IEMCI.

261
OFICINA SOBRE SEXUALIDADE NO ÂMBITO ESCOLAR: UMA ABORDAGEM
NECESSÁRIA

Thátila Larissa da Cruz Andrade1, Gardênia Monteiro Batista 2

RESUMO
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde (OMS), define os adolescentes como
indivíduos do sexo masculino e feminino, que apresentam uma faixa etária em torno de 10 e 19 anos. Por
outro lado, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) defende que a adolescência começa aos 12 e
percorre até os 18 anos. Desse modo, a presente temática requer uma atenção especial, tornando se assim,
a necessidade de uma discussão mais aprofundada sobre o assunto, principalmente no que tange ao âmbito
escolar. Pois a maioria dos jovens da atualidade tendem a buscar vínculos, que possam proporcionar apoio
e auxílio, além de requererem respostas aos seus questionamentos. Dentro deste contexto, a escola possui
uma função social, e tem se tornado um espaço importante para exposição dos saberes sociais. Tal
constatação demostra que a escola é um ambiente social, na qual seu principal objetivo deve ser orientar,
auxiliar na construção de respostas aos questionamentos de maneira natural e imparcial. OBJETIVO:
Discutir a saúde sexual no período da adolescência no contexto escolar. MÉTODOS: Trata-se de um relato
de experiência, baseado em oficinas sobre sexualidade, realizadas na disciplina de eletiva de uma escola
estadual do interior maranhense, baseada em três momentos: 1) Dinâmica dos Valores; 2) Explanação da
temática com recursos audiovisuais; 3) Caixa de perguntas. RESULTADOS: Com a realização das oficinas
educativas pode-se criar um elo no processo de ensino-aprendizagem, obtendo desta forma, um ambiente
propício ao diálogo sobre a temática em questão. No decorrer das discussões evidenciou-se a importância
do papel da família no âmbito da educação sexual. Tornou-se evidente no final das oficinas, o quanto uma
sociedade bem-informada e atualizada sobre a sexualidade faz a diferença, pois formará seres humanos
mais seguros, empoderados e felizes consigo, e ao mesmo tempo, com o meio se onde vive. Desse modo,
faz-se necessário a presença de um profissional qualificado, onde ampliará o olhar para além da técnica,
incorporando a ferramenta lúdica para ampliar a absorção e entendimento acerca do assunto, usando desta
maneira, diversas metodologias de ensino. CONCLUSÃO: Diante do exposto, notou-se que proporcionar
educação sexual no âmbito escolar é um grande desafio, pois existe a necessidade de ofertar um ensino,
onde possa respeitar o aspecto cultural, a forma de vida, necessidades, possibilidades, capacidade e o
conhecimento, para que ocorra o fortalecimento no processo de formação. Além do mais, observou-se
diversas possibilidades para a inovação do ensino e prática na presente temática.

Palavras-chave: Educação Sexual, Escola, Abordagem.

1
Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IEMA.
2
Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IEMA

262
CONSTRUÇÃO DE UMA MONITORIA INTERATIVA PARA O CONHECIMENTO DE
IMUNOLOGIA

Pedro Antonio Moraes Souza1, Monica Camargo Sopelete 1

RESUMO
As monitorias nos cursos de graduação possibilitam a colaboração entre graduandos na intenção de
um discente, que foi aprovado com excelência em determinado componente curricular possa auxiliar outros
estudantes. Posto isso, o resumo em questão pretende relatar uma experiência de monitoria do componente
curricular Imunologia, no curso de Biomedicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), durante o
período das disciplinas ministradas em formato remoto na pandemia da Covid-19, no ano de 2021. Essa
experiência foi marcada, sobretudo, pela construção de três instrumentos baseados em metodologias ativas
de ensino e aprendizagem, com o intuito de possibilitar a aprendizagem de conceitos caros à Imunologia.
A primeira proposta foi realizada a partir da elaboração das cruzadinhas imunes, através do Puzzle org,
sobre conceitos básicos da imunidade humoral (https://puzzel.org/pt/crossword/play?p=-NHVvzc799-
s6t5MdMT_) e do sistema imune inato (https://puzzel.org/pt/crossword/play?p=-
NHR341zrslumvJzBGrW). Essas eram respondidas durante o período da monitoria, e a partir das respostas,
disparavam-se questões para a construção de raciocínio mais aprofundado dos processos os quais estavam
sendo estudados. A segunda, refere-se ao game Nearpod, um aplicativo de aprendizagem, utilizado em
formato de um jogo onde é dada uma sentença para guiar o estudante à várias alternativas. Depois de várias
questões, caso o estudante as responda corretamente, é pontuado até cumprir o objetivo do jogo. Também
foram elaborados flash-cards com perguntas e respostas rápidas, de temas conceituais em Imunologia,
através do PowerPoint, utilizando um slide para uma questão curta e outro, para sua resposta de forma
objetiva, sendo os slides de cores diferentes, exatamente para destacar a mudança de questão. Todos os
instrumentos de metodologias ativas foram disponibilizados no Microsoft Teams do componente, onde
todos os estudantes regularmente matriculados tinham acesso. Toda interação do docente e monitor com os
estudantes se deu por meio de reuniões remotas no próprio Teams. Por intermédio da realização dessas
atividades, foi possível notar o desenvolvimento da autonomia de certos estudantes do componente
curricular de imunologia, que começaram a construir uma perspectiva de como estudar e como montar a
linha de raciocínio que leva ao conhecimento dos saberes em Imunologia. Para o monitor, toda a experiência
de elaborar os instrumentos de metodologias ativas, acompanhar os estudantes do componente e interagir
com os conteúdos, estudantes e docente, foi gratificante, além de ter contribuído com sua formação
profissional e pessoal.

Palavras-chave: metodologias ativas, game, cruzadinhas.

1
Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Ciências Biomédicas (ICBIM).

263
EDUCAÇÃO COMO CULTURA: O MULTICULTURALISMO CRÍTICO EM UMA
COMUNIDADE REMANESCENTE QUILOMBOLA (BAHIA/BRASIL)

Silas Lacerda dos Santos1; Erineu Foerst2

O presente estudo objetiva discutir propostas pedagógicas da Escola João Martins Peixoto e práticas
culturais da Comunidade Remanescente Quilombola de Helvécia-Nova Viçosa (BAHIA-BRASIL),
visando entender se os atores sociais propagam uma educação emancipatória, popular e participativa.
Mediante proposta investigativa, refletimos o lugar das práticas culturais da comunidade e se elas
contemplam táticas, estratégias educativas e adotam a (re)constituição da memória, da história, das
identidades étnico-culturais e das políticas no contexto de território baiano. Quanto ao multiculturalismo
crítico, entendemos que a pluralidade étnica e cultural, as linguagens e outras constituições identitárias, em
uma sociedade diversificada, deve-se organizar com vistas em propostas culturais e educativas de forma
inclusiva. Todo modo, inferimos que pelas práticas culturais e educativas de Helvécia é possível encontrar
elementos da identidade histórica afro-brasileira a serem identificados em seus mitos, lendas, poesias,
contos populares, ladainhas e entre outros. Compreendemos que as práticas culturais e educativas
funcionam como gêneros discursivos e que dão acesso aos sentimentos, à memória e à tomada de
consciência dos atores sociais, portanto, a identidade histórica deve ser apreciada. Os atores sociais
adentram em leituras dinâmicas internas, refletem seus posicionamentos, com vistas a ultrapassarem
abstrações manejadas pela produção mistificada da consciência e de seus posicionamentos e participações
políticas. Podemos pensar nas práticas culturais e educativas como discursos constituintes de narrativas
simbólicas, que reatualizam fragmentos do mundo negro, numa perspectiva histórica (não-linear), social,
cultural e educacional, onde sujeitos passam a experimentar formas de resistências, de troca de saberes
negros e de interações coletivas. Elementos utilizados para a constituição do que hoje são denominadas
como culturas simbólicas da comunidade de Helvécia, têm marcas da repressão e proibições inerentes ao
regime de escravidão, são indissociáveis no modo de produção e resultados na contemporaneidade. Ou seja,
universos políticos, sociais e econômicos, tanto no período de escravidão como nos que se sucederam,
foram espaços de produções de práticas culturais que persistem até os nossos dias. Tais considerações
justificam que práticas educativas em contexto de aquilombamento podem apontar para a importância do
diálogo entre conhecimentos de diferentes culturas, sobretudo aqueles que indicam rupturas ao modelo de
ensino da modernidade ocidental, trazendo, assim, para o centro das discussões escolares como o poder do
Estado se consolidou apoiado no pensamento de uma cultura única, ao tempo em que se desconsiderava
saberes ancestrais na formação de estudantes majoritariamente negros.

Palavras-chave: Propostas pedagógicas, Práticas culturais, Comunidade Quilombola de Helvécia-Nova


Viçosa (BAHIA/BRASIL).

1
Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
2
Professor Titular de Tempo de Dedicação Exclusiva (DE) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

264
O PROGRAMA PIBID E SEUS TRÊS NÚCLEOS BASILARES: UMA INTEGRAÇÃO
CRÍTICO-FORMATIVA

André Henrique Boazejewski Pereira1, Desiré Luciane Dominschek 2

RESUMO
Em 2007, cria-se o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), cujo principal
objetivo reside na valorização da formação inicial docente, dimensionando uma práxis educacional (teoria
e prática) com maior amparo crítico, significativo e qualitativo, bem como a integração a Educação básica,
a concretização da tríade Pesquisa-Ensino-Extensão através da participação em eventos, desenvolvendo
tanto no discente quanto no docente maior consciência sobre sua profissão (identificação/identidade
docente), tangendo assim suas dimensões socioculturais, políticas, econômicas e educacionais
(DOMINSCHEK; ALVES, 2017; GATTI et al., 2014). Destarte, para contemplar estes aspectos, estrutura-
se no PIBID três núcleos basilares principais, os quais norteiam e instrumentalizam as atividades
desenvolvidas no Programa, sendo eles: os encontros formativos, as visitas nas escolas e a participação em
eventos. Assim, os encontros formativos ocorrem entre os Coordenadores (professores da instituição de
ensino superior que lideram os grupos com eixos de pesquisa dentro do PIBID), professores das escolas
participantes (os supervisores/preceptores da rede que acompanham os estudantes nas visitas escolares) e
os pibidianos (estudantes da licenciatura envolvidos no Programa), envolvendo momentos de apropriação
teórica (leituras dirigidas de textos, artigos, livros), com debates, socializações coletivas e apresentações,
desenvolvendo a criatividade, consciência crítica e comunicação dos integrantes; as visitas semanais na
escola que, com as devidas orientações, oportunizam uma maior experiência com o ambiente educativo, o
contato direto com os discentes e suas relações socioemocionais, uma maior prática didático-metodológica,
tendo envolvimento com o corpo docente, o setor pedagógico, os agentes escolares, a aproximação com a
comunidade, além da elaboração e a realização de projetos junto às turmas; e as pesquisas e participação
em eventos, promovendo a integração científica-acadêmica, dialogando com a própria sociedade os
resultados das investigações propostas no âmbito educativo, articulando a tríade Ensino, Pesquisa e
Extensão (SEVERINO, 2016, p. 36). Em suma, a articulação intencional, contextualizada, reflexiva e crítica
destes três núcleos possibilitam a todos os membros do PIBID a apropriação da materialidade educativa,
contribuindo para uma formação docente mais qualitativa.

Palavras-chave: PIBID; Formação Docente; Núcleos basilares.


DOMINSCHEK, Desiré Luciane; ALVES, Tabatha Castro. O Pibid como estratégia pedagógica na formação inicial docente.
Revista Internacional de Educação Superior, Campinas, SP, v. 3, n. 3, p. 624-644, dez. 2017. Disponível
em:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/riesup/article/view/8650626/16839. Acesso em: 10 de outubro de 2023.

GATTI, Bernadete A. et al. Um Estudo Avaliativo do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID),
Fundação Carlos Chagas, São Paulo, v. 41, 2014. Disponível em:
http://publicacoes.fcc.org.br/index.php/textosfcc/issue/view/298/6. Acesso em: 10 de outubro de 2023.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 24. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2016

1
Centro Universitário Internacional UNINTER, orientando do grupo de pesquisa GHESP e PIBID/RP UNINTER.
2
Centro Universitário Internacional UNINTER, Orientadora, Coordenadora do PIBID/RP UNINTER e GHESP.

265
BLENDED LEARNING: ENSINO HÍBRIDO E GOOGLE FOR EDUCATION NA EDUCAÇÃO
SUPERIOR

Nicolas Valverde Costa1, Nonato Assis de Miranda2

RESUMO
O ensino híbrido é uma metodologia de ensino que vem ganhando destaque, pois ao combinar
ambientes virtuais e presenciais em sua modalidade, abordando metodologias ativas e recursos online,
respeita o ritmo e estilo de aprendizagem dos alunos, além de integrar tempos, espaços e tecnologias digitais
como o caso do Google for Education – plataforma educacional colaborativa oficializada na IES durante a
pandemia do Covid-19 devido ao ensino remoto emergencial (ERE). Tal plataforma abarca uma gama de
softwares educacionais que viabilizam a comunicação e produtividade do estudante, interligando
tecnologias e beneficiando a interação do aluno-professor, o acesso e organização dos materiais necessários,
além de promover a atribuição de atividades e notas. Sendo assim, o projeto dirigiu-se a responder a
indagação de como os alunos da universidade concebem o emprego das soluções Google em seu processo
de ensino e aprendizagem considerando uma perspectiva híbrida. Para atingir tal objetivo a pesquisa valeu-
se tanto de métodos quantitativos quanto qualitativos (natureza mista, quanti-quali), sendo estes
respectivamente: a elaboração, validação e aplicação de um instrumento de coleta de dados (questionário)
em escala tipo “Likert” que nos forneceu uma amostra de 771 entradas, e posteriormente um Grupo de
Discussão (GD) onde 7 alunos que participaram da primeira fase da pesquisa (questionário) puderam de
forma voluntária responder a novos tópicos pré-elaborados, nos quais objetivou-se uma melhor
compreensão sobre as concepções do emprego do Google Classroom, as perspectivas de ensino híbrido e
tradicionais. Posteriormente avaliamos tais dados de modo descritivo por meio de análise de prosa,
comparando-os e assim, observamos consensos e contradições sobre suas preferências e aversões. Tendo
em vista os objetivos iniciais da pesquisa, os principais achados foram: participantes pontuaram que o
Google Classroom disponibiliza um acesso rápido ao material (91%), que a organização do conteúdo
facilita a busca de materiais (88%) e a economizar tempo (88%), além de ajudar a estimular a aprendizagem
(69%) e favorecer a participação nas aulas presenciais (68%), proporcionando um melhor desempenho nas
disciplinas (73%) e contribuindo na interação professor-aluno (66%). Em contrapartida, a maioria dos
discentes discordam que as disciplinas no formato 100% EAD favorecem a formação deles (46%),
manifestam dificuldade acentuada em acompanhar as disciplinas (54%) e assinalam que não favorecem a
interação professor aluno (57%), mesmo tendo um dia da semana para realizar essa e outras tarefas como
estágio, ainda não optam por tal modelo (41%). Para além dos resultados e dados científicos, como bem
cabe a este congresso, a experiência que me fora oportunizada abriu-me muitas portas e conexões que nunca
antes teria feito, sonhos e metas que afirmaram-se e estabeleceram-se em percursos que este ensejo me
proporcionou, de fato marcou minha vivência acadêmica e alterou-me por completo, trazendo em si muito
aprendizado e gratidão.
Palavras-chave: ensino híbrido, google for education, ensino superior.

1
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), orientado/aluno do PIBIC.
2
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), orientando do PIBIC.

266
DESENVOLVIMENTO DE CONCEITOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES EM
IMUNOLOGIA ATRAVÉS DE MAPA CONCEITUAL COLABORATIVO

Bruna Teixeira Tavares1, Mônica Camargo Sopelete2

Mantenha este espaço em branco.


RESUMO
O componente curricular Imunologia, presente nos currículos de cursos das áreas da saúde e
biológicas, constitui-se de temas envolvendo a participação de moléculas e células, bem como de
Imunologia Clínica, de média a grande complexidade em especial quanto associados entre si. Os
constituintes do Sistema Imune interagem de forma diversa, refletindo em eventos, de uma maneira geral,
positivos e negativos para a imunidade, podendo ser aditivos, sinérgicos e bloqueadores/neutralizadores.
Assim, docentes e estudantes de Imunologia, precisam conhecer mecanismos básicos e aplicados, bem
como desenvolver raciocínio associativo e lógico, o que num primeiro momento constitui-se um desafio.
Os estudantes do curso de Nutrição, num primeiro momento buscam conhecer os chamados
imunonutrientes e como eles podem fortalecer a imunidade. Entretanto, após o início do curso, entendem
que conhecer como atua o sistema imune implica nem desenvolver competências e habilidades no
diagnóstico e intervenção de doenças importantes ao nutricionista, como a alergia a alimentos, Diabetes
Mellitus tipo 1, Doença celíaca, Síndrome de Sjögren, Hipo e Hipertireoidismo autoimunes, Doenças
inflamatórias intestinais e outras nem tão prevalentes e conhecidas como Espondilite anquilosante,
Miastenia Grave e Pênfigo vulgar, que num primeiro olhar não parecem doenças importantes para a
intervenção nutricional. Assim, com o objetivo de integrar mecanismos celulares, moleculares e clínicos de
várias doenças de fundo imunológico, elaborou-se um mapa conceitual, sob a orientação da docente
responsável pelo componente Imunologia no ano de 2022, para o curso de Nutrição, da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU). O mapa conceitual (http://bit.ly/3PXZcft) foi desenvolvido no aplicativo
Miro, associado a uma equipe do Microsoft Teams, o que facilitou a interação com a docente orientadora.
O mapa contém temas e associações entre si sobre: órgãos, tecidos e células do sistema imune; imunidade
inata e seus principais constituintes celulares e moleculares, bem como mecanismos. Elaborar o mapa foi
desafiador e importante para fortalecer o conhecimento do tema de sua autora. Além disso, contribuiu para
desenvolver habilidades na elaboração de um mapa conceitual, saber conectar conceitos e termos, e como
trabalhar com o app Miro. Ainda servirá de material de apoio às pessoas interessadas em Imunologia, que
poderão complementá-lo, uma vez que a versão inicial é disponibilizada para edição. A elaboração do mapa
conceitual, embora desafiadora, foi uma experiência gratificante. A temática abordada revela complexidade
e é, ao mesmo tempo, repleta de informações intricadas, as quais despertam um fascínio pelo funcionamento
do organismo humano. Destaco o sistema imune como um tópico que desperta particular interesse, sendo
fonte de contínua admiração.
Mantenha este espaço em branco.
Palavras-chave: imunologia, nutrição, mapa conceitual.

1
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), discente do curso de Bacharelado em Nutrição/UFU.
2
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), docente de Imunologia, ICBIM/UFU.

267
ACERVO DE VIDEOAULAS DE MATEMÁTICA: UM PROJETO DE INCLUSÃO - ACERMAT

Angelita Minetto Araújo1, Marta Rejane Proença Filietaz2, Ana Cristina Corrêa Munaretto3, Edna Sakon
Banin4, Jamile Cristina Ajub Bridi5

RESUMO
Este estudo apresenta uma das ações do Projeto de Acervo de Videoaulas de Matemática -
ACERMAT, que envolve práticas do Ensino Superior na função de pesquisar e consolidar os princípios da
educação inclusiva, na problemática de que seria possível utilizar as tecnologias digitais na elaboração de
videoaulas, para estudantes com ou sem deficiências, que apresentam dificuldades em conteúdos
matemáticos. Para tal, o objetivo consiste em apresentar o Projeto ACERMAT, estruturado nos princípios
de acessibilidade e inclusão escolar, principalmente para alunos surdos e cegos, com dificuldades na
compreensão dos conteúdos matemáticos. Esta pesquisa-ação, de cunho qualitativo, ocorrida em uma
universidade pública de grande porte, da cidade de Curitiba-PR, envolveu ações colaborativas de vinte e
nove (29) participantes, entre professores da universidade responsáveis pelo projeto; professores de
matemática da rede pública; parceria com tradutores e intérpretes de língua de sinais e língua portuguesa
(TILS); alunos de licenciaturas, com e sem deficiências. As videoaulas com duração em torno de quatro
minutos, com tradução em libras para alunos surdos e linguagem acessível para cegos, disponibilizadas na
plataforma Youtube <https://www.youtube.com/@acermat-utfpr-ct>, simbolizam os resultados
promissores do Projeto ACERMAT, de forma que respondem, ainda que incipiente, a carência de materiais
de acesso aos alunos com deficiências suportado nas tecnologias digitais, de forma aberta, propulsionando
práticas educacionais de superação das barreiras sociais, políticas e econômicas, a compor um olhar a todos
os estudantes como cidadãos produtores de uma cultura essencial para o desenvolvimento de sujeitos sociais
em situação de igualdade.

Palavras-chave: videoaulas, inclusão educacional, Libras.

1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
2
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
3
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
4
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
5
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

268
DISCURSO E EDUCAÇÃO: UMA VISÃO PÓS-ESTRUTURALISTA NAS POLÍTICAS
EDUCACIONAIS

Divane Oliveira de Moura Silva1, Diana Cibele de Assis Ferreira2, Janini Paula da Silva3, Kátia Silva
Cunha4

RESUMO
Este estudo explora caminhos pós-estruturais para investigações no campo das políticas
educacionais, visto que, o pós-estruturalismo vai além da crítica aos fundamentos teóricos do
estruturalismo, ao estimular novas análises e perspectivas variadas sobre o discurso. Nossa exploração
teórica faz parte das problematizações suscitadas no Laboratório de Pesquisa em Políticas Públicas,
Currículo e Docência, no âmbito da Universidade Federal de Pernambuco. Consideramos o discurso como
construtor de ‘práticas’ e ‘regimes’, o que nos possibilita investigações distanciadas de entendimentos
discursivos limitantes que focam no determinismo econômico ou luta de classes. Deste modo, nosso
objetivo é examinar meios das políticas educacionais serem interpretadas à luz da Teoria do Discurso Pós-
estruturalista (TDP), cuja orientação teórico-metodológica segue a perspectiva desenvolvida pelos
cientistas políticos Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, fundadores da Escola de Essex no Reino Unido.
Assim como esses cientistas, defendemos que a política se define como a contestação e estabelecimento
das relações e práticas sociais, e é marcada por resultados contingentes e precários, oriundos de disputas
discursivas. Sendo assim, captamos um caminho auspicioso para o estudo das políticas educacionais, pois,
sob essa ótica, um dos principais desafios na análise política consistiria na realização de uma explicação
crítica sobre o ‘por quê’ e ‘como’ uma determinada política foi concebida, aceita e posta em prática, em
detrimento de outras possíveis abordagens. Isso concentra a atenção do pesquisador, tanto para as
possibilidades de transformação ou reversão da política em estudo, quanto para a percepção da tendência à
inércia e à sedimentação das políticas já estabelecidas. O enfoque da TDP gera um conjunto específico de
questões para o pesquisador, que é desenvolvido posteriormente por Jason Glynos e David Howarth em
Essex. Eles recomendam uma atenção especial a alguns itens na construção da pesquisa. Sinteticamente,
podemos apresentar esses itens da seguinte forma: (i) problematização – construção do objeto de estudo
como problema; (ii) retrodução – produção de hipóteses para discussão; (iii) lógicas – apreensão das lógicas
sociais, políticas e fantasmáticas; (iv) articulação – ligação da pluralidade de lógicas; e (v) crítica – emprego
das lógicas políticas e fantasmáticas para explicar e expor a contingência das relações. A partir desses
elementos, o debate pode emergir a natureza incerta da política dominante e suas circunstâncias instáveis,
as quais dão condições à hegemonia de suas narrativas. Assim, inferimos que a concepção de ‘política’
oferecida pela TDP oportuniza estudos sobre a construção do conhecimento, poder, adesão a normas e
resistência nas políticas educacionais. Nesse horizonte, a abordagem pós-estruturalista oferece insights
sobre como determinadas formações discursivas são aceitas, enquanto argumentos concorrentes falham.
Palavras-chave: políticas educacionais, teoria do discurso pós-estruturalista, disputas discursivas.

1 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).


2 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
3 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
4 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

269
A CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Amanda Helena Ferreira Pinto Pereira1, Sofia Valeriano Silva Ratz 2

A Educação Ambiental desempenha um papel de vital importância na formação das crianças, já que
seu processo envolve a conscientização e a valorização de habilidades sociais e atitudes voltadas para a
preservação da natureza e a melhoria da qualidade de vida. A interação das crianças com o ambiente natural
desempenha um papel fundamental em seu processo de aprendizagem e desenvolvimento e deve começar
desde a primeira infância. Portanto, é imprescindível compreender como a Educação Ambiental está
integrada ao desenvolvimento das crianças, especialmente aquelas matriculadas na Educação Infantil. A
relação simbólica entre a criança e o ambiente natural vai além de um mero conceito. Ela tem o potencial
de fomentar a consciência ecológica desde o desenvolvimento infantil, moldando a forma como as crianças
percebem o mundo ao seu redor. Embora a Educação Ambiental seja um processo que pode ser
desenvolvido em todas as etapas educacionais, infelizmente, ela ainda é pouco abordada nos documentos
normativos que regem a educação infantil, incluindo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que
orienta as práticas pedagógicas e aprendizagens no contexto educacional brasileiro. Ao analisar a BNCC,
fica evidente uma notável carência de abordagens relacionadas à temática ambiental. Se concentrarmos
nossa análise apenas na Educação Ambiental, percebemos grandes lacunas no documento. No estudo para
a conclusão de curso de Licenciatura em Pedagogia da primeira autora, temos como objetivo compreender
como essa lacuna na BNCC pode prejudicar a Educação Infantil no processo de construção de currículos
das instituições escolares e no desenvolvimento da consciência ecológica como parte integrante do
desenvolvimento infantil. Realizamos uma análise minuciosa do currículo de uma creche do município de
São José do Rio Pardo, pesquisando palavras-chave relacionadas à temática ambiental, como "meio
natural," "ambiente natural," e "natureza." Surpreendentemente, encontramos apenas oito ocorrências
dessas palavras no currículo. Além disso, essas palavras estavam presentes apenas em um guia que abordava
as turmas do berçário e do mini maternal, não sendo mencionadas nas outras turmas que compõem a
Educação Infantil de 0 a 4 anos do currículo. Em um momento em que a necessidade de discutir e agir em
prol da preservação do planeta se torna cada vez mais urgente incentivar o cuidado com o meio ambiente
desde cedo nas crianças é fundamental. Isso não apenas contribui para o desenvolvimento e o conhecimento
relacionados à biodiversidade, mas também melhora a qualidade de vida das atuais e futuras gerações.
Assim, é imperativo que a Educação Ambiental seja devidamente integrada à Educação Infantil, tanto na
BNCC quanto nos currículos municipais, a fim de garantir que as crianças desenvolvam uma sólida
consciência ecológica desde cedo, preparando-as para serem cidadãs responsáveis e atentas à preservação
do nosso planeta.
.
Palavras-chave: Educação Ambiental; Educação Infantil; BNCC.

1
Aluna do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Municipal Euclides da Cunha, em São José do Rio Pardo.
2
Docente do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Municipal Euclides da Cunha, em São José do Rio Pardo.

270
OS JOGOS DE ENTRETENIMENTO E A BUSCA DO ALÍVIO DO TRANSTORNO DA
ANSIEDADE

Marcela Buzzo de Oliveira1, Andréia de Cássia dos Santos 2, Annecy Tojeiro Giordani 3

RESUMO
O transtorno de ansiedade e a depressão estão muito presentes na população mundial, provocando
reflexões e alertas em indivíduos cada vez mais jovens. O estudo objetivou compreender as características
do transtorno da ansiedade e desenvolver um site e um jogo de entretenimento para que as pessoas se
mantenham informadas sobre o assunto, e se utilizem do jogo como entretenimento para amenizar sintomas
da ansiedade, compreendida como uma doença, que se manifesta por um sentimento vago e desconfortável
de medo ou apreensão, caracterizando-se por tensão ou desconforto de antecipação de perigo, de algo
desconhecido e fobia social. É comum que amigos e familiares identifiquem a doença, havendo inúmeros
fatores desencadeadores, o que torna fundamental a procura de profissionais especializados para tratamento
adequado. Dentre outras táticas para aliviar os sintomas, uma consiste em usufruir dos cinco sentidos
presentes no corpo humano para desfocar a atenção daquilo que está causando a ansiedade. Com este
propósito, Trenton (2021) desenvolveu a técnica ‘5-4-3-2-1’ a qual consiste em concentrar-se ao seu redor,
identificando 5 coisas que se pode ver, 4 coisas que se pode tocar, 3 coisas que se pode ouvir, 2 coisas que
se pode cheirar e 1 coisa que se pode sentir o cheiro. A proposta da criação de um jogo para aliviar os
sintomas da ansiedade, é feita levando-se em conta os recursos limitantes, capaz de suprirem a necessidade
de um acompanhante durante a prática individual, com o uso do maior número de sentidos possível e menos
probabilidades de distração. O jogo fica alojado em um site com uma história introdutória ao seu contexto,
podendo ser lida e escutada com informações adicionais sobre o mesmo e uma página de informações
básicas sobre a doença. Sua criação se deu a partir da plataforma GameMaker®, projetada para capacitar
os usuários a fazerem jogos novos e inovadores, bem como ideias de protótipos da maneira mais rápida e
intuitiva por meio de múltiplas plataformas alvo. O personagem que o usuário controla no jogo é uma nave
espacial que possui como objetivo atingir as rochas espaciais encontradas pelo caminho. O jogo é em loop
e acaba quando há colisão com as rochas, sendo necessária muita atenção do jogador para atinja o objetivo
proposto, ou seja, o alívio dos sintomas de ansiedade. Utilizando a técnica de Trenton, em questão visual,
o cenário com tons mais escuro e com menos elementos visuais, tendo fundo espacial onde os astros mudam
de posições e formas, mantem a atenção dos jogadores. No quesito audição, utilizou-se músicas que ajudam
a manter a concentração voltada para o jogo, bem como efeitos sonoros que buscam resgatar novamente a
atenção, se perdida. No tato, utilizou-se as setas para movimentação e a tecla backspace para atingir as
rochas de maneira fácil e funcional com teclas próximas umas das outras de modo a facilitar o acesso aos
jogadores. Entretanto, quanto aos quesitos paladar e olfato, não foi possível incorporá-los ao jogo, devido
à limitação dos recursos computacionais.

Palavras-chave: jogos de entretenimento, transtorno de ansiedade, desenvolvimento de jogos.

1
Centro Paula Souza (CPS)
2
Centro Paula Souza (CPS)
3
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

271
CONFORMAÇÃO DOS SISTEMAS MUNICIPAIS DE MEIO AMBIENTE NO VALE DO
JIQUIRIÇÁ – BA: ENTRE AVANÇOS E RETROCESSOS

Clovis Costa dos Santos1

RESUMO
A temática geral do presente estudo é a questão ambiental, sobretudo as estruturas de gestão das
políticas públicas de meio ambiente. O objetivo é analisar e contextualizar o processo de implementação
dos Sistemas Municipais de Meio Ambiente (SISMUMA), a partir dos municípios que constituem o
Território de Identidade Vale do Jiquiriçá, recorte espacial situado no estado da Bahia. O Sistema Municipal
de Meio Ambiente “é o conjunto de órgãos e entidades do Município que são responsáveis pela preservação,
conservação, proteção, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente e uso adequado dos
recursos ambientais do Município” (ÁVILA &; MALHEIROS, 2012, p. 35), considerado essencial para o
processo de implementação das políticas ambientais, cujo pressuposto básico é o desenvolvimento da
sociedade em observância à proteção do meio ambiente. O estudo, de caráter exploratório, proporciona
aos(às) leitores(às) uma visão panorâmica sobre a efetividade das estruturas administrativas, técnicas,
financeiras e de participação social voltadas à proteção do meio ambiente, tema pouco explorado, mas de
fundamental relevância para a compreensão da dinâmica territorial do recorte espacial analisado. De modo
mais específico espera-se identificar a existência (ou não) dos seguintes instrumentos conformadores do
sistema ambiental local: a) órgão gestor da política municipal de meio ambiente (secretaria exclusiva,
secretaria conjunta e/ou departamentos); b) conselho Municipal de Meio Ambiente; c) fundo municipal de
meio ambiente; e d) normativas legais que versam sobre o meio ambiente no âmbito local. No aspecto
operacional, utilizou-se do levantamento bibliográfico e documental. O primeiro, por meio da análise de
periódicos e artigos científicos, anais, teses e livros dedicados à análise teórica e empírica das áreas de
interesse do estudo, com destaque para os(as) seguintes autores(as): Gómez (2002), Santos (2009), Bonetti
(2011), Porto-Gonçalves (2012), Rocha (2018), Nadal (2021), dentre outras relevantes contribuições
fundantes da discussão teórica. O segundo, através da coleta de dados em fontes documentais, a exemplo
de normativas legais, e em plataformas oficiais, com destaque para a base de dados da Pesquisa de
Informações Básicas Municipais (MUNIC), ano de referência 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Os resultados indicam diferentes níveis de organização municipal, enquanto em certos
arranjos a estrutura de gestão ambiental é incipiente, em outros há uma capacidade administrativa, técnica,
normativa e financeira razoável para lidar com as políticas ambientais em consonância com as
especificidades locais. Os desafios vindouros consistem em compreender, de forma mais aprofundada, as
articulações entre os entes federados, as instituições (públicas e privadas) e a sociedade civil na elaboração
e execução das políticas ambientais, bem como o papel das ações coletivas e movimentos sociais em prol
do meio ambiente que atuam no Vale do Jiquiriçá.

Palavras-chave: Gestão ambiental, sustentabilidade, políticas públicas, escala local.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) Campus Santa Inês.

272
INCLUSÃO SOCIAL-AFETIVA A PARTIR DE UM SOCIODRAMA

Rita de Cássia Santos Almeida1

RESUMO
Este relato de experiência sociátrica ocorreu durante aulas na disciplina de Língua Portuguesa, no
6º ano do Ensino Fundamental, de uma escola privada, no interior de São Paulo, impulsionado pela
preocupação com uma inclusão social, devido ao despontar de distanciamento da maioria dos alunos com
a garota que apresentava descontrole salivar e dificuldades na fala, cujo diagnóstico não fora revelado. Ao
perceber que alguns deles estavam desprezando-a, zombando dela e isolando-a, resolvi desenvolver uma
prática visando incluir, respeitar e valorizar o outro; buscando aceitação, quebrando tabus e preconceitos
que os levassem à reflexão para sentirem os efeitos causados pelas atitudes alheias. Foi dessa maneira que
surgiu a ideia de fazer um axiodrama, que de acordo com Marineau (1992) é uma dramatização que visa à
exploração de valores ético-sociais e foi desenvolvido por Moreno (1974) como uma forma de desconstruir
paradigmas culturais, ou seja, permitir que os atores sociais participem de uma ‘reconstituição’, pois só
assim poderão julgar uma atitude, haja vista que é necessário ressignificá-la; conhecer e sentir as emoções
vivenciadas pelo outro para ter referências. Assim, para motivar a discussão coletiva de modo indireto,
segui sugestões de Aguiar (1998), que nos indica trabalhar com um tema a partir de uma história e a
escolhida foi o conto “Uma Vela para Dario”, de Dalton Trevisan, cuja a temática se volta a questões ético-
sociais; a alguns valores tidos pela sociedade como bons/ruins; certos/errados; (in)adequados etc.; ou seja,
os índices valorativos nas práticas sociais que são relativos à cultura, ao status e demais estimas. Outra
contribuição importante para o estudo foram as declarações de Almeida, Gonçalves e Wolff (1988, p.47),
que afirmam que a “[...] espontaneidade é a capacidade de agir de modo ‘adequado’ diante de situações
novas, criando uma resposta inédita ou renovadora ou, ainda transformadora de situações preestabelecidas
[...] ser espontâneo significa estar presente às situações, configuradas pelas relações afetivas e sociais,
procurando transformar seus aspectos insatisfatórios”. Enfim, após os preparos para a atividade (leitura,
compreensão do texto e convite para as dramatizações), seguimos com o aquecimento e iniciamos as cenas
que envolveram os alunos, pois havia necessidade de protagonismo de todos a fim de que conseguissem
estar em cena emocionalmente e exteriorizassem seus sentimentos em relação às vivências. Esse teatro foi
excelente!! Eles se personificaram nos papéis que receberam, reproduzindo as atitudes dos personagens,
usando diálogos próprios para externar as emoções provocadas pela situação in loco durante o contexto
criado com caraterísticas de inconformismo com o abandono de Dario, no conto. Após darmos por
encerrado o teatro, sentamo-nos em círculo para discutir e analisar o que fora vivenciado e observado.
Consegui ver claramente que relevaram as cenas em que se apropriaram das dores e enunciados
involuntários dos atores sociais, mostrando que há caminhos diversos para que o ser humano possa ser mais
afetivo e sensível ao diferente, ao inusitado. Dessa forma, entendi que essa tarefa foi extremamente útil e
trouxe abertura para os diálogos sentimentais por parte de todos, mostrado que é possível viver
amigavelmente em sociedade, com respeito às diferenças e incluindo os que estão à margem por carregarem
marcas que não pediram para ter.

Palavras-chave: Inclusão, Interpretação, Psicodrama.

1
Faculdades Integradas Einstein de Limeira - FIEL

273
CONSTRUÇÃO DE UM CURSO EXTENSIONISTA HÍBRIDO SOBRE PERÍCIA
FISIOTERAPÊUTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

William Felipe Dariz1, Márcia Rosa da Costa2, Lucila Ludmila Paula Gutierrez 3

RESUMO
No ensino do século XXI é necessário que o docente busque novas dinâmicas que sejam atraentes
e inovadoras aos discentes, o que o impulsiona a reestruturar suas aulas por meio da implementação de
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Neste contexto entra o ensino híbrido que combina
características do ensino presencial e do ensino a distância e possa utilizar recursos tecnológicos para
aprimorar o aprendizado fora da sala de aula. Obviamente, a compreensão dessas tecnologias depende do
interesse, da disponibilidade em aprender e de condições institucionais que promovam este aprendizado. O
objetivo deste trabalho foi fazer um relato de experiência docente sobre a criação de um curso de extensão
híbrido com foco no ensino de perícia fisioterapêutica. O desenvolvimento desse curso faz parte do projeto
de pesquisa do autor no Programa de Pós-graduação em Ensino na Saúde (PPGENSAU). O curso híbrido
foi criado em ambiente virtual de aprendizagem (Moodle) da Universidade Federal de Ciências da Saúde
de Porto Alegre (UFCSPA) e será ofertado a alunos de graduação em fisioterapia, contando com uma carga
horária de 22h, separadas em doze encontros, sendo cinco presenciais e os demais a distância, com
frequência de dois encontros semanais a ser realizada no segundo semestre de 2023. Para o
desenvolvimento do curso foi necessário a criação de animações e vídeos (de forma autoral, com uso do
Canva), fotos (acervo pessoal), esquemas e gráficos (autoral e artigos científicos), seleção de artigos
científicos e literatura (Scielo, Google Acadêmico, PubMed, Pedro) onde posteriormente reuniu-se todo o
material e foi montado em um formato de curso. O curso tem foco no uso de metodologias ativas, como
peer instruction, sala de aula invertida, gamificação, jogos-sérios, simulações e teatro, ciclo de discussão
de problemas (CDP), espiral construtivista, e mapa mentais. O curso atende às competências necessárias
para a atuação profissional na área da fisioterapia, citadas pelo COFFITO (2016), quais sejam: (I) Solicitar,
aplicar e interpretar escalas; (II) Determinar diagnóstico, planejar e executar medidas de prevenção e
redução de risco; (III) Estabelecer nexo causal, tanto para diagnóstico de capacidade funcional quanto para
perícia ergonômica; (IV) Avaliar, elaborar e gerenciar a qualidade de vida no trabalho, ergonomia e saúde
do trabalhador; (V) Realizar ou participar de perícias e assistências técnicas judiciais e extrajudiciais,
emitindo laudos de nexo causal. A construção do curso levou 30 dias. Este tempo foi suficiente para realizar
o levantamento das informações e alimentá-las no Moodle, uma vez que o autor é perito na área de
fisioterapia e ergonomia e possui experiência prévia no mercado de trabalho nesta área, além de ser docente
em instituição privada de ensino superior. O desenvolvimento do curso de extensão requisita ao professor
que tenha experiência com o mundo digital e que gere estrategicamente o tempo para montar seus
conteúdos, além de movimentar saberes, conhecimentos e posturas mais ativas, propositivas e positivas,
que predisponham o docente a aprender e a atuar interativamente e de forma colaborativa.

Palavras-chave: Perícia Fisioterapêutica; Tecnologias Educacionais; TIC

1
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) – (PPGENSAU)
2
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) – (PPGENSAU)
3
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) – (PPGENSAU)

274
‘A GENTE’ ERA FELIZ E NÃO SABIA... É possível sair da zona de conforto de maneira abrupta
e ainda dar lugar a um novo processo de construção didática?

Priscila Gabriel Gonçalves e Sá1

RESUMO
A presente pesquisa investiga os efeitos da pandemia no mundo educacional, estudando
diversos aspectos, como a questão profissional – professor mediador – e o processo de ensino-aprendizagem
como um todo. Observa, também, os desafios enfrentados pelos sujeitos atuantes em escolas de diferentes
realidades e atua na construção de uma didática que promova trabalhos conscientes e criativos, apesar de
todos os desafios que têm sido enfrentados e que ainda estão por vir. O estudo traz uma reflexão do contexto
educacional pré-pandêmico, para abordar, comparativamente, o pós, entendendo como se deu a vivência de
um período complicado em questões sociais, emocionais, pessoais e profissionais em todos os âmbitos da
sociedade brasileira. Assim, aborda os reflexos na educação e investiga a formação do protagonismo do
aluno na aprendizagem, sua conquista de autonomia significativa para enfrentamento da situação real e a
importância da construção da representatividade, principalmente nas classes populares. A questão da lógica
educacional atual é investigada, para levantamento real de hipóteses que levem os educandos à construção
de pensamento crítico, consciente e participativo da sociedade. Vivemos um período de muitos medos,
dúvidas e incertezas desde que nos deparamos com uma pandemia. Algo totalmente inesperado, que chegou
como um furacão para bagunçar as nossas vidas. A pesquisa de campo baseia-se em alguns questionamentos
fundamentais: Qual será o papel do professor no período pós-pandêmico, diante das muitas adversidades
que estarão presentes e precisarão ser conduzidas? Este professor, que precisa lidar com grandes desafios,
está preparado física e emocionalmente após tantas turbulências? Depois da pandemia, qual o principal
ganho para o mundo educacional? E mais: em que pontos as diferenças sociais foram mais afetadas e
acentuadas? Precisamos pensar na construção de uma nova didática? Em meio a tantos medos, a pesquisa
busca alternativas para uma educação que seja capaz de superar os inúmeros limites que nos serão impostos:
uma educação libertadora! O ensino híbrido veio para ficar. E é necessário que façamos alguma intervenção
prática para que as diferenças não fiquem mais evidentes e não prejudiquem toda uma população cidadã
futura. Acreditamos que precisaremos ser menos CHRONOS e mais KAIRÓS no período pós-pandêmico,
visando a educação mais leve, mais centrada na vida e não no conteúdo e nos tempos de aula. Chronos é o
senhor do tempo, enquanto Kairós representa o tempo que não pode ser controlado. Nesse turbilhão de
pensamentos e sentimentos, de todas as pessoas do mundo, vamos conseguir levar a vida com mais calma?
Ou teremos mais pressa? Assim, surgem novas questões permeando a pesquisa a todo momento. No fim
das contas, ou no início dessa nova “era”, precisamos mesmo é de esperanças, como já dizia nosso Mestre
Paulo Freire. E é dessa maneira que pretende-se continuar este estudo: com esperança de que mudanças,
mesmo em meio ao caos, podem ser positivas.

Palavras-chave: Desafios. Pandemia. Desigualdades Sociais.

1
Mestranda – PPGEB – Cap UERJ – Cotidiano e Currículo na Educação Básica.

275
EDUCAÇÃO, EXPERIÊNCIA E DEMOCRACIA SEGUNDO JOHN DEWEY

José Ronaldo de Freitas Machado1


Prof. Dr. José Carlos Souza Araújo2

RESUMO

Segundo Dewey, a educação parte do princípio de uma construção da moral, ou seja do caráter da
criança, como bem disse em sua obra, Democracia e Educação, na qual dissertou que certo caráter, em sua
construção, compreendia a verdadeira essência basilar a fim de uma postura moral, sem contudo
caracterizá-la como práticas democráticas. Este posicionamento parece coadunar com os princípios de
Durkheim, que bem disse sobre a temática, pela qual se formalizaram os fatos sociais, bem como a
Sociologia como ciência das instituições. Dewey, em seu tratado acerca da Experiência e Educação,
sabiamente explicitou a construção do saber adotado desde seus primórdios, como algo que emerge de
dentro para fora. Ainda, descreveu que a educação é formada por corpos de saberes tanto do passado, quanto
da contemporaneidade, cabendo à escola transmiti-los ao ser humano, para sua formação histórico-social e
integral, assim, para o mundo em que se vive. Através de seus ensaios de experiências em educação, critica
decentemente a pedagogia tradicional, que é caracterizada por uma formação de fora para dentro, o que
implica em educação por imposição, figura predominante do professor que imprime o conhecimento no
sujeito, que segundo os empiristas, seria uma folha em branco, ou seja, uma tábua rasa. Mesmo diante de
sua crítica, postulou que um dos grandes problemas com respeito à educação progressivista, parte do
princípio do significado de matéria e da sistematização interna na experiência e qual seria seu lugar. Dewey
afirmou que a sociedade não sobrevive apenas de transmissão e comunicação, mas que a própria
transmissão e a comunicação, alinhadas com a escola, são de suma importância nesse processo formativo.
Contudo, não é a única, como era observado pelos pensadores escolásticos, que veio precisar de renovação
com postura democrática na educação, quando todos são libertos das amarras dos poderes oligárquicos, em
busca de uma formação ativa no presente e no futuro, num modelo novo de educação, para todo ser.

Palavras-chave: Dewey, Educação, Formação.

1
Mestrando em Educação pela Universidade de Uberaba - UNIUBE.
2
Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Uberaba. Doutorado em Educação pela UNICAMP,
e Mestrado em História Social pela USP.

276
EDUCAÇÃO, APARATO IMPRESCINDÍVEL NO COMBATE ÀS VIOLÊNCIAS CONTRA AS
MULHERES E MENINAS

Ana Paula da Silva da Costa1

RESUMO
A violência contra as mulheres e meninas é uma questão global e necessita, urgentemente, de
instrumentos que auxiliem de maneira efetiva em seu combate. Infelizmente, essa é uma realidade que afeta
as mulheres e meninas em todo o mundo, independente de idade, raça, religião ou classe social. A violência
contra as mulheres pode ocorrer em diversos contextos, incluindo violência física, sexual, psicológica,
patrimonial, etc. De acordo com a Organização das Nações Unidas – ONU (2020), uma em cada três
mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual e a maioria desses episódios são realizados pelo
parceiro íntimo. A violência contra as mulheres é uma violação dos seus direitos humanos e a falta de
conhecimento em relação às questões de gênero acaba influenciando para o aumento dessa problemática.
Portanto, estratégias de combate às violências contra as mulheres devem ser implementadas de maneira
imediata. Por isso, é fundamental que haja o engajamento político-social para conter e reduzir os impactos
da violência causada contra mulheres e meninas. Isso inclui a implementação de políticas públicas, bem
como a promoção de programas educacionais sobre essa abordagem, para que o conhecimento a respeito
desse cenário seja ampliado. Frequentemente, as mulheres têm medo de denunciar as violências sofridas,
seja por receio de sofrer retaliação ou, dentre outras coisas, por causa da cultura da impunidade. Dessa
forma, compreende-se que a Educação é um aparato imprescindível no combate às violências contra o
gênero feminino, pois desempenha um papel crucial na promoção da igualdade de gênero e na expansão do
conhecimento a respeito dos tipos de violência das quais as meninas e mulheres são acometidas desde a
mais tenra idade. A Educação também pode “empoderar” as mulheres e ajudá-las a se livrar de
relacionamentos abusivos e denunciar o seu agressor. Além disso, a Educação de homens e mulheres pode
contribuir na mudança de atitudes, promovendo empatia, respeito e apoio aos direitos das mulheres e o
combate às violências contra o gênero feminino. Mediante a isso, é possível que se perpetue a formação
para o exercício da cidadania de maneira igualitária entre homens e mulheres e, consequentemente, o
desenvolvimento de um mundo melhor e mais humano para todos(as) nós!

Palavras-chave: Educação, combate à violência, mulheres.

1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ.

277
PRÁTICA DE ENSINO EM LETRAMENTO LITERÁRIO COM PROPOSTA DE PROJEÇÃO
DE MEDIAÇÃO DE LEITURA ASSOCIADA A TEMAS INTERDITADOS

Ramone A. A. Jasper Soares1, Berenice Rocha Z. Garcia 2

RESUMO
A experiência refere-se a um estágio em docência no ensino superior no curso de Letras (turma
mista - licenciatura e bacharelado) na disciplina de Literatura Infantil/Juvenil em junho de 2023. A prática
pedagógica teve como objetivo geral oportunizar aos acadêmicos conhecer os pressupostos do letramento
literário segundo abordagem de Rildo Cosson e trouxe dentre seus objetivos específicos refletir sobre os
processos de escolarização da literatura e ponderar a respeito de quais temas e características das obras
literárias infanto-juvenis podem ser selecionados e apresentados aos alunos da educação básica. A
metodologia empregada contou com aula expositiva dialogada para o (re)conhecimento do conceito de
letramento (Magda Soares) e desdobramento do mesmo em letramento literário no esteio da leitura conjunta
e problematizadora de alguns capítulos da obra Letramento Literário – Teoria e Prática de Cosson
(2021). Na sequência a estagiária mediou a apresentação e debate dos demais capítulos da obra do autor
incitando os alunos a fazerem relações com as práticas quotidianas vivenciadas em seus ambientes de
trabalho, estágio ou que outrora experienciaram enquanto estudantes da educação básica. Mais adiante a
educadora em estágio versou sobre a questão dos temas comumente interditados no ambiente escolar
brasileiro mas cuja abordagem seria fundamental para promover a paz, a igualdade e a saúde mental, como
as questões relacionadas à identidade de gênero e à morte e fez uma avaliação junto ao alunado sobre como
o trabalho com a literatura em sala de aula pode preencher essas lacunas de significação. Por fim, a partir
de orientações e seleção de obras prévias efetivadas pela docente em estágio, os alunos em equipes
apresentaram obras de literatura infanto-juvenis com tais características, compreendendo Um Corvo Torto,
de Helga Bansch (São Paulo: Brinque-Book, 2017) e Mas por quê?! - A história de Elvis., de Peter
Schossow (São Paulo: Cosac Naify, 2008). A seguir, cada grupo propôs prática pedagógica a ser
desenvolvida com alunos do ensino fundamental ou médio com o intuito de desenvolver o gosto pela leitura
por intermédio da obra exposta, justificando tal prática com base nos textos de Cosson. Em linhas
abrangentes, a partir das avaliações individuais e coletivas, a estagiária observou que durante sua
experiência deu-se processo de ensino-aprendizagem não de superfície, mas que pôde atingir certas
profundidades, que são as marcas que nos inscrevem na cognição e na memória aquilo que nos fica dos
conteúdos significativos e das experiências pelas quais passamos e que os universitários envolvidos
integralmente no processo conseguiram desenvolver e/ou aprimorar mecanismos teóricos e práticos para
atuar como agentes de letramento literário de qualidade em quaisquer ambientes de educação – formal, não
formal ou informal.

Palavras-chave: letramento literário, literatura infantil/juvenil, temas interditados

1
Mestranda em Educação Univille (Universidade da Região de Joinville) S.C. rahparapsico2013@gmail.com
2
Doutora em Educação PUC/SP e docente do Mestrado em Educação Univille – Joinville, S.C.

278
A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO NO SISTEMA DE EDUCAÇÃO COMO RESPOSTA AOS
DESAFIOS APRESENTADOS PELA PANDEMIA DO COVID-19

Dandara Scarlet Sousa Gomes Bacelar1, Lucas Marques Bacelar2, Thaísa Renata Marques Bacelar3, Kayo
Vinicius de Sousa Leite4, Elizângela do Carmo Sousa Martins5

RESUMO
A interrupção global das atividades presenciais nas escolas e universidades levou a uma rápida
adoção de tecnologias educacionais e a mudanças significativas na forma como o ensino e a aprendizagem
são conduzidos. Nesse contexto, é fundamental explorar as oportunidades que a inovação traz para
aprimorar a educação pós-pandemia. Após uma revisão da
literatura e análise de estudos de caso, constata-se que a inovação no sistema de educação abrange diversas
áreas, incluindo: Tecnologias educacionais: Essas tecnologias
possibilitaram a continuidade do ensino remoto, a colaboração entre alunos e professores e a personalização
do aprendizado. A inovação também se estende ao desenvolvimento de soluções que promovem a inclusão
digital e superam a desigualdade de acesso.
Modelos de ensino híbrido: Essa modalidade oferece flexibilidade, permitindo que os alunos aprendam em
ambientes diversificados e ampliem suas habilidades de autorregulação e autodireção.
Avaliação formativa e personalizada: O uso de tecnologias educacionais permite a coleta e análise de dados
em tempo real, possibilitando aos professores identificar as necessidades individuais dos alunos e adaptar
suas práticas de ensino. Colaboração e aprendizagem ativa: Através de
ferramentas digitais, os alunos são incentivados a participar ativamente das atividades, colaborar com
colegas, resolver problemas complexos e construir conhecimento de forma significativa.
Desenvolvimento profissional docente: É essencial fornecer suporte e capacitação para que os professores
possam se adaptar às mudanças tecnológicas, desenvolver novas competências pedagógicas e utilizar
efetivamente as ferramentas inovadoras em suas práticas de ensino.
Em suma, a pandemia do COVID-19 trouxe desafios significativos para o sistema de educação, mas
também abriu espaço para a inovação. Através da adoção de tecnologias educacionais, modelos de ensino
híbrido, avaliação formativa e personalizada, colaboração e aprendizagem ativa, e desenvolvimento
profissional docente, é possível impulsionar a transformação do sistema educacional. Essas inovações têm
o potencial de melhorar a qualidade da educação, tornando-a mais inclusiva, flexível e alinhada às
necessidades dos alunos na era pós-pandemia.

Palavras-chave: adaptação, educação, inovação.

1
Universidade Federal do Piauí (UFPI).
2
Universidade Federal do Piauí (UFPI).
3
Instituto Federal do Piauí (IFPI).
4
Instituto de Ensino Superior (ICEV).
5
Faculdade Integral Diferencial (UNIFACID WYDEN)

279
PISTAS DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE UMA PROFESSORA DE
PORTUGUÊS QUANTO À ANÁLISE SEMIÓTICA

Laura Remus-Moraes1, Cátia de Azevedo Fronza2

RESUMO

Em 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi homologada, e o componente Língua
Portuguesa foi dividido em quatro eixos: leitura, produção escrita, oralidade e análise linguística/semiótica.
Muitos professores desconhecem o que vem a ser análise semiótica. Os trabalhos de Gatti (2010, 2016)
revelam, há muitos anos, uma incompatibilidade total entre os currículos dos cursos de formação e os
currículos da escola básica. É em contexto de formação continuada de professores que esta pesquisa se
insere. Para compreender o agir docente, buscamos responder à seguinte indagação: de que modo uma
professora que participa de um (per)curso de formação continuada compreende e ressignifica seu trabalho
(se o ressignifica) quanto à análise semiótica? De natureza qualitativa, esta investigação busca, a partir da
análise da produção linguageira dos professores, pistas de seu desenvolvimento profissional. Para esta
comunicação, tomando a análise de entrevista com professora do ensino fundamental, por meio da
arquitetura textual de Bronckart (1999), compartilhamos pistas de sua tomada de consciência em relação
ao trabalho em sala de aula com análise semiótica. Pelo que foi possível averiguar, cursos de graduação em
Letras não preparam os futuros professores para o trabalho com análise semiótica (AS). Esse fato revela o
quanto cursos de formação continuada que abordem AS podem contribuir para que os professores de
Português sejam capazes de incluir o trabalho com AS em suas aulas.

Palavras-chave: aulas de português, formação continuada docente, análise semiótica.

1
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)
2
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

280
FORMAÇÃO CONTINUADA COM PROFESSORES DE MATEMÁTICA: UMA ABORDAGEM
SOBRE O USO DO MATERIAL DIDÁTICO MANIPULÁVEL1

Lais Scorziello Feitosa da Silva2, Jorge Henrique Gualandi3

RESUMO
Em um contexto de mudanças a nível mundial, como o processo de produção e divulgação do
conhecimento e o vasto desenvolvimento tecnológico, é importante que o docente reconsidere suas práticas
de ensino. Essas circunstâncias encadearam discussões nas últimas décadas acerca da formação continuada
de professores que ensinam matemática. Para atender as demandas atuais da sociedade é importante que o
professor de matemática deixe de utilizar apenas a memorização de regras e fórmulas, a prática reprodutora
de atividades, a repetição e treino de exercícios, e priorize a utilização de métodos de ensino que tornam o
discente um sujeito ativo, capaz de argumentar e elaborar estratégias de resolução de problemas e de tomar
decisões quanto a uma situação-problema. O material didático manipulável (MDM) é um exemplo de
recurso que pode desenvolver o raciocínio lógico, crítico e científico, além de facilitar a observação e a
síntese do conhecimento matemático construído. MDM é um objeto ou elemento que o estudante pode
tocar, manusear, sentir e mover. Pode ser um objeto utilizado para representar uma ideia ou um objeto real
que possui aplicação social em assuntos do cotidiano. Considerando as numerosas pesquisas que
apresentam resultados positivos na área da educação matemática sobre o tema, é possível constatar a
importância e eficácia do MDM no processo de ensino e aprendizagem de matemática. Vale ressaltar, que
os conceitos matemáticos não se encontram de forma pronta em nenhum MDM, é fundamental que para a
construção da aprendizagem ocorra uma ação interiorizada do discente, que haja significado às suas ações,
às formulações que enunciam, às verificações que realizam. Portanto, é imprescindível a mediação do
professor nesse processo de interação do aluno com o material. No entanto, afirma-se que apenas com a
utilização correta desse recurso por parte do docente, obtêm-se bons resultados. Por isso, é essencial que o
docente conheça o MDM escolhido e saiba organizar uma dinâmica que promova o ensino. À vista disso,
a pesquisa de mestrado em andamento, com abordagem qualitativa e do tipo participante, aqui anunciada,
tem como intuito contribuir no desenvolvimento das práticas profissionais de professores de matemática
por meio de um curso de formação continuada no viés de ensino mediante o uso do MDM. Ao fim deste
trabalho, almejamos contribuir na (res)significação das concepções dos cursistas acerca do uso do MDM
no ensino de matemática, motivando e facilitando o uso desses materiais, além de destacar a importância
da formação continuada nesse contexto.

Palavras-chave: formação continuada, material didático manipulável, ensino de matemática.

1
Este trabalho refere-se a uma pesquisa de mestrado em andamento.
2
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
3
Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

281
A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Rejane Steidel1 Roseide Mara de Mattos2


RESUMO

Este estudo tem como base a pesquisa bibliográfica é um procedimento metodológico, e tem como
objetivo, buscar soluções para um problema, pode ser caracterizada como uma revisão teórica ou
bibliográfica. O estudo pesquisado decorre de questões levantadas ao longo da formação acadêmica na
graduação no curso de Licenciatura em Pedagogia. Trazendo a discussão para o contexto atual, vale dizer
que, a inclusão no ambiente escolar tem mostrado transformações fundamentais às teorias e as práticas que
tem como foco o aluno ideal, chamado à responsabilidade os profissionais comprometidos com a educação
de qualidade para todos e com todos, independentemente da natureza de suas diferenças individuais. Nesse
sentido, faz-se apropriada a definição de Gomes (1999, pg. 31) observa que “a escola é um espaço
sociocultural em que as diferentes presenças se encontram”. É importante dispor, neste ponto, os elementos
que comprovam que a educação infantil se perceba imprescindível no desenvolvimento e aprendizagem de
alunos com deficiência, considerando seu espaço privilegiado para oportunizar experiências significativas
que possibilitarão a esses alunos permanência nos níveis mais elevados de escolarização. Ainda, de acordo
com os propósitos deste estudo, ressalta-se Sacristán (1995, p. 77): As mudanças educativas, entendidas
como uma transformação ao nível das ideias e das práticas, não são repentinas nem lineares. A prática
educativa não começa do zero: quem quiser modificá-la tem de apanhar o processo “em andamento”. A
Educação Infantil na Inclusão Escolar constitui-se, portanto, como uma proposta pedagógica que assegura
recursos e serviços para amparar, acrescentar e/ ou substituir serviços educacionais comuns. Morin (2011,
p. 49-50) ainda, de acordo com os propósitos deste estudo, ressalta-se que: Cabe à educação do futuro
cuidar para que a ideia de unidade da espécie humana não apague a ideia de diversidade, e que a da sua
diversidade não apague a da unidade. Há uma unidade humana. Há uma diversidade humana. A unidade
não está apenas nos traços biológicos da espécie Homo sapiens. A diversidade não está apenas nos traços
psicológicos, culturais, sociais do ser humano. Existe também diversidade propriamente biológica no seio
da unidade humana; não apenas existe unidade cerebral, mas mental, psíquica, afetiva, intelectual; além
disso, as mais diversas culturas e sociedades têm princípios geradores ou organizacionais comuns. É a
unidade humana que traz em si os princípios de suas múltiplas diversidades. Compreender o humano é
compreender sua unidade na diversidade, sua diversidade na unidade. É preciso conceber a unidade do
múltiplo, a multiplicidade do uno. Ao longo do que tem sido analisado, percebe-se nitidamente que a
pesquisa desenvolvida emite um caráter inconclusivo, estando aberta para novas ações, se trata de um tema
atual, que precisa ser refeito e planejando, para novas pesquisas e o desejo de aperfeiçoamento de estudos.

Palavras-chave: educação inclusiva, educação infantil, prática pedagógica.

1
Universidade Estadual do Paraná UNESPAR – Campus de União da Vitória.
2
Universidade Estadual do Paraná UNESPAR – Campus de União da Vitória.

282
FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE: O ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA/ADICIONAL
NUMA PERSPECTIVA INCLUSIVA

Fabíola Teixeira Ferreira1, Eliane Elenice Jorge 2

RESUMO
Ainda são muitos os desafios encontrados para a implementação de uma educação realmente
inclusiva na nossa Educação Básica. Garante-se o acesso à escola regular, mas, muitas vezes, não se
promovem as mudanças na forma de se conceber a educação e o processo de ensino e de aprendizagem que
são necessários para que todos/as estudantes possam participar, pertencer e aprender. Em vista disso, o
processo formativo dos/as professores/as necessita abordar cada vez mais as questões relacionadas à
educação inclusiva e à variabilidade humana. Nesse sentido, apresentamos neste trabalho um recorte da
parceria desenvolvida entre a disciplina de Línguas Estrangeiras/Adicionais do Colégio de Aplicação da
Universidade Federal de Santa Catarina (LEs-CA-UFSC) e duas disciplinas de Prática Como Componente
Curricular (PCC) dos cursos de Licenciatura em Letras - UFSC. O objetivo principal desta parceria foi o
de discutir com o grupo de graduandos/as a realidade e perspectivas das LEs dentro da Educação Básica,
sobretudo os aspectos relacionados à inclusão escolar. Para isso, em um primeiro momento, na disciplina
de Ensino de línguas em diferentes contextos de aprendizagem (PCC- Graduação UFSC) as professoras de
língua espanhola do CA-UFSC participaram da Mesa Redonda “A diversidade de contextos e as Línguas
Estrangeiras no CA” apresentando o trabalho “A língua espanhola dentro do contexto inclusivo do CA-
UFSC: a busca de possíveis estratégias de ensino/aprendizagem”. Já em um segundo momento, estas
docentes participaram da palestra e roda de conversa: “UFSC foi para o CA e CA vem para a UFSC: um
encontro entre línguas e espaços educativos” em outra disciplina de PCC-UFSC, intitulada Língua, ensino
e avaliação. Nessas duas ocasiões, os/as graduandos/as tiveram a oportunidade de discutir sobre várias de
suas dúvidas e anseios sobre o dia a dia de um/a professor/a de LE na realidade da Educação Básica, de
todo o universo de saberes que isso envolve, e sobre as possíveis estratégias e caminhos para a inclusão de
todos/as estudantes nas aulas de LE. Assim, como destaca Rodrigues (2012), “o reconhecimento de
dificuldades na formação docente para a educação inclusiva deve ser não uma justificativa para os fracassos,
mas um motor para a construção de experiências bem-sucedidas onde a educação é de qualidade e
verdadeiramente para todos/as.”. Por fim, acreditamos que é desde a formação inicial docente que os
subsídios para a prática reflexiva, que se fazem necessários à inclusão de pessoas com necessidades
educacionais específicas, deverão ser discutidos e consolidados. E essa preocupação deve estar presente
nas diferentes licenciaturas, já que todos/as profissionais da educação são corresponsáveis pelo processo
educativo de todo/as estudantes, independente de suas especificidades.

Palavras-chave: educação inclusiva; formação inicial; línguas estrangeiras/adicionais.

1
Colégio de Aplicação – Universidade Federal de Santa Catarina (CA-UFSC).
2
Colégio de Aplicação – Universidade Federal de Santa Catarina (CA-UFSC).

283
PIRÂMIDE DE PESQUISAS EM GRUPO: MESTRADO, PIBITI, PIBIC E PIBIC E.M., NO
DOMÍNIO DAS LETRAS NA AMAZÔNIA

Júlio César Barreto Rocha1, Patrícia Helena dos Santos Carneiro2, Andressa Rodrigues de Jesus3,
Andressa Leite Alencar4, Fernando Gabriel Soares Silva5

Mantenha este espaço em branco.


RESUMO
Apresentamos aqui uma síntese de trabalhos realizados por cinco pessoas, duas orientando projetos,
uma mestra e duas oriundas do Ensino Médio, cada qual com um recorte do estudo de Letras na Amazônia,
contemplando por um lado níveis diferentes de profundidade na abordagem da Literatura e da Linguagem,
e, por outro lado, apoiando com as suas atividades de pesquisa a máquina de criar consciência cidadã
(Freire). O nosso objetivo é descrever a experiência de um Grupo de Pesquisa (Filologia e Modernidades),
cujo engajamento de diversos pesquisadores com doutorado permitiu obter uma unidade temática e um
aprofundamento de assunto e de bibliografia, dirimida em referenciais para cada plano de trabalho, em
casos concretos de pesquisas, em projetos, de mestrado ou de iniciação científica, almejando tocar temas
de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico, tendo em vista lapidar objetos, mais do que simplesmente
usar inovações no setor como fator intrumental. Arrancamos da ideia de que a literatura, ssim como a análise
da linguagem, é uma importante ferramenta para interpretação histórico-social. Uma dissertação de
mestrado (dentre outras) centrou o seu interesse na análise de obras da Amazônia. Daí, o mesmo manancial
recolhido (dentre outros) forneceu dialogicamente combustível para ampliar no PIBIC o tema de “Direito,
Literatura e Amazônia: Reflexões sobre o Direito ao Desenvolvimento como Direito Humano”, conectados
aos ODS. Os discursos das mídias digitais (na “Lógica da Hipermodernidade”) puderam se valer de estudos
de PIBITI sobre Linguagem e Argumentação, ainda que por um prisma idealizado ao Ensino Médio. Ao
final, obtivemos uma unidade de debates que permite um uso sistemático de materiais numa “pirâmide de
pesquisas” de mútuo benefício para as partes. A meta foi envolver títulos das diversas áreas de Letras, de
modo coerente, tanto matérias passíveis de serem estudadas por preferências de Linguagem como de
Literatura, já tendo sido levantados materiais, amealhados em diversos projetos concluídos, tanto no nível
de pós-graduação, como pesquisa de gente oriunda do ensino de graduação, como pessoas adscritas pelo
novo programa federal “PIBIC Ensino Médio”, primeiro ano concluído neste ciclo 2022-2023. O nosso
referencial teórico contempla os principais autores de cada parcela temática, sendo o mestrado trabalhado
de modo a oferecer o método político-cultural (Rocha e Eagleton), para quem Literatura e Linguagem
servem ao levantamento histórico-social, bem como condicionar o desenvolvimento do local.
Mantenha este espaço em branco.
Palavras-chave: Literatura e Linguagem; Amazônia; Direito ao Desenvolvimento.

1
Docente da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Coordenadora de pesquisa PIBITI e de PIBIC E.M.
2
Docente da UNIR, líder do Grupo de Pesauisa Filologia e Modernidades. Coordenador de PIBIC e de PIBIC E.M..
3
Mestra em Letras pela UNIR. Membra do Grupo de Pesauisa Filologia e Modernidades. Docente do Ensino Médio.
4
Discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia. Bolsista PIBIC E.M. (UNIR/CNPq)
5
Discente da EEFM Santa Marcelina. Bolsista PIBIC E.M.(UNIR/CNPq).

284
REFLEXÕES SOBRE AS FAMÍLIAS E A ATUAÇÃO MATERNA EM ARUANDA – BANHO DE
CHEIRO DE ENEIDA DE MORAES E ÉRAMOS SEIS DE MARIA DUPRÉ

Lorena de Fátima Castro Alves1

RESUMO
Compreendendo-se a família enquanto categoria estruturante da sociedade, instituição primaria de
socialização ao qual o sujeito social tem participação (Niccolacci-da-Costa, 1991 apud Biasoli-Alves,
1997), onde se constrói a educação familiar deste indivíduo, a qual é direcionada a apreensão dos valores
morais, éticos, construção de costumes e preceitos, respeito e as noções iniciais de convívio social além de
outros ensinamentos e orientações, assinala-se a importância da formação familiar na configuração social
e neste cenário, a figura materna estampa um grande destaque e reconhecimento frente a esse processo de
formação social. Em concordância ao que Souza e Castro (p. 478, 2021) acentuam, temos que, há para uma
obra literária a possibilidade de trazer consigo marcas do contexto cultural ao qual é construída, e além
disto, como aponta Huizinga (1929 apud BURKE, 2004), as obras da literatura se fazem significativas para
compreender os aspectos característicos de uma determinada temporalidade. Assim, esta pesquisa se propõe
a analisar e refletir sobre as temáticas da família e da conduta materna na criação familiar, além de outros
aspectos correlacionados, uma vez que estas atravessam culturas, temporalidades, costumes, sociedades e
etc., nas obras literárias Éramos seis de Maria José Dúpre (1993) e Éramos seis de Eneida de Moraes.
Metodologicamente, em uma abordagem qualitativa, utiliza-se o tipo de pesquisa bibliográfica da literatura
e de textos auxiliares relacionados aos temas, além de uma análise de conteúdo destes. Assim, ao
explorarem o contexto familiar e a atuação materna em narrativas únicas, sinalizando os resultados obtidos
até o momento na pesquisa, a obra de Moraes, no cenário Amazônico, nos possibilita vislumbrar o contexto
social e familiar na Belém Paraense do século XX, observada expressivamente a religiosidade dentro deste
cotidiano, a qual influencia significativamente junto a outros elementos a conduta materna analisada na
obra, em que Eneida narra momentos de sua infância, associando elementos fictícios à memórias marcantes
(MORAES, 1989). De encontro a isso, a narrativa de Dupré nos coloca diante da rotina familiar
característica de uma família emergente em São Paulo, no século XX, narrada por Lola, a matriarca dos
Lemos, esta narrativa nos propõe conhecer um modelo de conduta materna da época, destacando a
inexistência de um modelo universal, mas que sim esse é diversificado. Em linhas gerais, pode-se
compreender as influições sociais e culturais que atingem o fazer materno e familiar nas duas obras, as
quais as configurações familiares apresentadas, são postas diante influencias voltadas aos valores éticos e
morais, costumes e tradicionalidades, visualizados de acordo com a temporalidade abordada. Finalmente,
acentua-se a importância da literatura como ferramenta de pesquisa sobre uma diversidade de temáticas de
relevância social, de encontro a isso, destaca-se a significância de pesquisas futuras sobre os assuntos aqui
abordados e de outros correlacionados, a partir de novos olhares e diferentes ferramentas de pesquisa.

Palavras-chave: literatura, família, conduta materna.

1
Universidade Federal do Pará - UFPA

285
POLÍTICAS GERENCIALISTAS NO BRASIL: O CASO DO PROGRAMA APRENDIZAGEM
NA IDADE CERTA

Rodrigo Gonçalves Duarte1, Eric Ferdinando Kanai Passone2 Dirceu Santos Silva3

RESUMO
A política educacional desde o começo da implementação das políticas neoliberais, em 1990,
começaram a ser formuladas a partir dos aspectos e perspectivas de escolas internacionais, isto é, como
forma de tentar equiparar a educação brasileira aos padrões internacionais, os quais preconizam e valorizam
a orientação de organismos multilaterais, que passam a propagar os projetos internacionais e a repassar, ao
Estado, as orientações para a implementação dessas políticas. No entanto, muitos estudos foram
desenvolvidos com a intenção de favorecer a consolidação de uma política educacional que de fato venha
a refletir nos indicadores de desempenho, de maneira que sejam apontados os caminhos e as estratégias que
melhor favoreçam a aprendizagem e a formação de docentes. O Programa Alfabetização na Idade Certa foi
criado, em 2007, com foco na alfabetização, passou por diversas formulações, em 2011, passou atender o
público até o final do ensino fundamental I (PAIC+5). Em 2015, o programa passou a atender a educação
infantil e ensino fundamental I e II, e foi denominado de Programa Aprendizagem na Idade Certa. Esse
programa tem por intenção melhorar os resultados de aprendizagem do Ceará por meio do estabelecimento
de uma política de equidade. A política conta com diversos incentivos como o Programa Escola Nota Dez,
que tem sido visto por estudos como uma política de cunho gerencialista, pois visa por meio de avaliação
aumentar os resultados da instituição. Com isso, o objetivo da presente comunicação é analisar como a
política do Programa Aprendizagem na Idade Certa se configurou no modelo gerencialista. Para isso,
empreendemos uma pesquisa do tipo descritiva com abordagem qualitativa. O referencial teórico de análise
foi inspirada nos teóricos marxianos. Verificou-se por meio dos resultados que a política gerencialista visa
implementar na educação o modelo empresarial de cumprimento de metas e objetivos. O Mais Paic
corresponde a um programa de responsabilização, ou seja, divide-se as tarefas de maneiras para que a ideia
de “Efetividade”, “Eficácia”, e “Resultados” possa se estabelecer na educação em detrimento de um modelo
que visa uma formação mais humanística e crítica. Verificou-se que a política do Mais Paic vem apostando,
desde 2007, em um modelo de gestão dos resultados que gera responsabilização da escola e dos municípios
pelo não cumprimento de metas que são aferidas em avaliações externas pelo Spaece. Portanto, os
mecanismos de responsabilização são moldados por um sistema de ensino que é configurado para dar
respostas às necessidades de controle dos processos e para atender à demanda do mercado, o que foi
fundamental para implementar uma política gerencialista, com o dever de garantir resultados que, muitas
vezes, podem não ser coerentes com a realidade.
Palavras-chave: Mais Paic, Política Social, Gerencialismo.

1
Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (PPGEdu/UFMS).
Mestre em Educação pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
2
Doutor em Educação (UNICAMP). Professor e Vice coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
3
Doutor em Educação Física (UNICAMP). Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade
Federal de Mato grosso do Sul (PPGEdu/UFMS).

286
ENTRE CURRÍCULOS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: RELATOS DE ALGUNS EXERCÍCIOS
DE FORMAÇÃO CONTINUADA

Simone Riske-Koch1, Katilene Willms Labes 2

RESUMO
O componente curricular de Ensino Religioso, deve integrar o currículo do Ensino Fundamental
desde a constituição federal de 1988, ainda que sua matrícula seja facultativa. A LDBEN de 1996, através
da Lei 9575/97 já o apresenta como inter-religioso e a BNCC de 2017 reforça seu caráter não confessional,
uma vez que o Brasil é um Estado laico. Este relato de experiência trata sobre um trabalho de formação
continuada desenvolvido com docentes de Ensino Religioso do Ensino Fundamental nas Redes Municipais
de Guabiruba, Bombinhas e Pomerode SC. O objetivo da formação foi proporcionar aos docentes de Ensino
Religioso, oficinas pedagógicas para que pudessem, no coletivo, dialogar e refletir sobre a implementação
do currículo/diretrizes da rede alinhados ao Currículo Base do Território Catarinense (CBTC) e Base
Nacional Comum Curricular (BNCC). Diante disso, enquanto formadoras, o nosso objetivo ao compartilhar
este relato de experiência, é refletir sobre as implicações da formação inicial e continuada para a
implementação nas práticas pedagógicas. Os encontros com as/os docentes são do período de fevereiro a
novembro de 2023, nas três cidades. Neste relato, destacamos alguns conceitos refletidos no exercício de
formação em desenvolvimento, conceitos esses, que perpassam o currículo de Ensino Religioso, são eles:
Estado Laico (Cecchetti, 2016); Ensino Religioso não confessional (Riske-Koch, 2022); ética da Alteridade
(Brasil, 2017, Wickert, 2016); interculturalidade (Brasil, 2027; SC, 2019; Walsh 2009, 2012); formação de
docente (Imbernón, 2010 e Nóvoa, 2009), práticas educativas e pedagógicas (André, 2016, Sacristán, 1999),
interdisciplinaridade (Fazenda, 2011); aprendizagem e desenvolvimento contínuos. Inferimos, que a
experiência vivenciada por nós, formadoras, permitiu conhecermos as implicações da implementação do
currículo nas práticas pedagógicas dos profissionais, nos fazendo refletir no coletivo sobre os caminhos a
serem trilhados para que os estudantes tenham uma formação integral, pautada no respeito as diferenças e
os diferentes, contribuindo para a aprendizagem e o seu desenvolvimento.
Palavras-chave: formação docente, práticas educativas, ensino religioso.

1
Universidade Regional de Blumenau – FURB; PPGE/GPFORPE; RELER/FONAPER; GPEAD/FURB.
2
Universidade Regional de Blumenau- FURB; ASPERSC.

287
APLICATIVO SKETCHUP: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE
GEOMETRIA ESPACIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL.

Wéllerson Penna Guedes1, Jorge Henrique Gualandi 2

RESUMO
Mesmo que a geometria esteja em nosso cotidiano, o que tem se observado por meio das práticas
docentes é que alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio apresentam dificuldades para visualizar e
argumentar acerca da geometria espacial, principalmente quando se trata de representações desses objetos
matemáticos em uma superfície plana. O aplicativo SketchUp não foi pensado para o ensino de matemática,
porém, entendemos que ele pode ser um potencializador para promover a aprendizagem no que tange a
alguns elementos da geometria espacial. Sendo assim, esta pesquisa de mestrado em andamento objetiva
identificar as contribuições do uso do SketchUp na compreensão da geometria espacial por meio de
sequências didáticas, nas quais fazem uso da ferramenta SketchUp. O estudo será desenvolvido com alunos
do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública estadual na cidade de Cachoeiro de
Itapemirim, Espírito Santo. Para este estudo será feita uma pesquisa de campo, com uma abordagem
descritiva de caráter qualitativo. Para a obtenção dos dados necessários, será aplicado um questionário de
diagnóstico, em seguida os alunos desenvolverão tarefas de geometria utilizando o software SketchUp e ao
final, será aplicado um questionário para identificar a influência e contribuições do aplicativo no
aprendizado dos alunos.

Palavras-chave: ensino de matemática, geometria espacial, sketchup.

1
Mestrando na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES.
2
Docente no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) – campus Cachoeiro de Itapemirim.

288
O TRABALHO DE LEITURA E ESCRITA PARA INCLUSÃO DE ALUNOS COM
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ASSOCIADAS A NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS EM ESCOLAS ESTADUAIS DO AMAZONAS

Joseia Reis1, Maria Souza2, Marilza Monteiro3

RESUMO
O presente trabalho busca fazer uma reflexão a partir das pesquisas desenvolvidas pelas professoras
sobre as práticas pedagógicas com estudantes do ensino fundamental que apresentam dificuldades de
aprendizagem de leitura e escrita associadas a necessidades educacionais especiais, como deficiências,
Transtorno do Espectro Autista (TEA), dislexia e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade) nas escolas públicas estaduais e municipais do Amazonas. É expressiva a quantidade de
alunos que não conseguem ler e escrever com autonomia atualmente, devido a vários fatores, como
educação familiar, desenvolvimento neurológico, infrequência escolar, aspectos socioeconômicos, dentre
outros fatores que afetam a qualidade de aprendizagem desses alunos. Devemos salientar que conforme
Ferreiro e Teberosky (1999) os estudantes podem apresentar alguns níveis alfabéticos, que demandam um
olhar cuidadoso do professor da sala regular. Soares (2020) vai mais além, ao definir que saber ler é decifrar
o que está escrito, interpretar é decoficar um texto e escrever é codificar a língua. Por isso a autora afirma
que é necessário alfaletrar esses estudantes, isto é, apresentar um ambiente escolar repleto de atividades
em que a leitura e a produção escrita estejam unidas, oportunizando a esses alunos uma aprendizagem
significativa para que compreendam o sistema do código escrito. Freire (1989), em “A importância do ato
de ler” já afirmava que a leitura de mundo precede a leitura da palavra. Diante disso, os obstáculos podem
ser muitos para os professores, mesmo aqueles que possuem o auxílio de profissionais de apoio escolar,
pois é muita expressiva a parcela de alunos que apenas estudam na escola, tendo acesso à cultura da leitura
e escrita somente no espaço escolar. Realmente esse debate é de suma importância e tem sido um entrave
para a consecução de melhorias na aprendizagem de alunos com dificuldades de aprendizagem. A inclusão
começa a partir do olhar diferenciado para este público, por isso a importância de outros profissionais na
escola, como profissionais de apoio, projetos para a formação de pequenos cientistas, aulas diferenciadas e
atreladas ao mundo digital.

Palavras-chave: Leitura e escrita, dificuldades de aprendizagem, inclusão.

1
Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC-AM).
2
Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC-AM).
3
Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC).

289
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS UTILIZANDO A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
MATEMÁTICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Thais Cristina de Souza1, Larissa Pinca Sarro Gomes2

RESUMO
O currículo do curso de Pedagogia abrange discussões de teorias de ensino em diversas áreas de
conhecimento, tal como a Matemática. Para além das disciplinas durante a formação inicial, uma das
oportunidades oferecidas aos estudantes é o Programa Residência Pedagógica (PRP) que objetiva
proporcionar aos estudantes participação ativa no espaço escolar. Sendo assim, a partir de uma abordagem
qualitativa, esta pesquisa tem como objetivo analisar as práticas pedagógicas de estudantes do curso de
licenciatura em Pedagogia, participantes do PRP, ao utilizarem a Resolução de Problemas para ensinar
conceitos matemáticos na Educação Infantil. Para isso, este trabalho tem como participantes sete estudantes
do PRP, do curso de licenciatura em Pedagogia, referente ao edital nº 24/2022, que utilizarão a metodologia
Ensino-Aprendizagem-Avaliação através da Resolução de Problemas para o ensino de conceitos
matemáticos. A pesquisa será realizada na escola campo no município de Ilhéus, na Bahia, onde está sendo
desenvolvido o PRP, no curso de Pedagogia, com a participação da pesquisadora. Para a produção de dados,
as residentes responderam inicialmente um questionário que permitiu compreender a trajetória escolar e
suas expectativas. Também está previsto o registro dos encontros realizados no diário de campo da
pesquisadora, para o estudo da Resolução de Problemas como uma metodologia para o ensino de
Matemática, e os formulários com os problemas elaborados durante os encontros formativos. Para a análise
dos dados será utilizada a Análise Textual Discursiva. Com os resultados preliminares, obtidos através da
análise dos questionários e dos encontros realizados para o estudo da Resolução de Problemas foi possível
obter duas categorias de analises: (1) Experiência e desenvolvimento profissional docente com foco na
Educação Infantil e (2) Interações, metodologias de ensino e superação de estigmas no ensino da
Matemática. Na primeira categoria discutem-se as expectativas das participantes da pesquisa em obter
experiência e se desenvolver profissionalmente. Na segunda categoria é discutida a formação no curso de
Pedagogia, especificamente em relação às metodologias de ensino do componente curricular da
Matemática. Por fim, os resultados preliminares evidenciaram a importância da aproximação com o campo
de atuação das futuras pedagogas e, em especial, com as atividades relacionadas ao exercício da docência
em sala de aula, da aprendizagem com professores mais experientes, da reflexão ao utilizar diferentes
metodologias de ensino, com propostas de promover diferentes formas de aprender conceitos matemáticos.

Palavras-chave: formação de professores; programa residência pedagógica; resolução de problemas;


conceitos matemáticos.

1
Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC.
2
Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC.

290
A CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NAS LICENCIATURAS EM PRODUÇÕES
ACADÊMICAS DE PÓS-GRADUAÇÃO NO ESTADO DO PARANÁ

Sueli Pereira Donato1 Josililian Alberton2 Vanderléia Martins de Almeida3

Mantenha este espaço em branco.


RESUMO
Esse estudo tem como tema a curricularização da extensão no âmbito das licenciaturas e apresenta
os resultados parciais de uma pesquisa do tipo estado do conhecimento em andamento. Prevista no Plano
Nacional de Educação (PNE) instituído a partir da Lei n° 13.005/2014 e regulamentada pela Resolução nº
7 de 18 de setembro de 2018, a curricularização da extensão universitária pressupõe a relação teoria e
prática de modo integrado, inter e transdisciplinar. Entretanto, assumi-la e operacionalizá-la nessa
perspectiva, não tem sido tarefa fácil à medida que requer uma ruptura epistemológica na Educação
Superior. Interessa-nos investigar as características da produção acadêmico-científica que discute a
curricularização da extensão – nas licenciaturas, no contexto dos programas de pós-graduação stricto sensu
ofertados no Estado do Paraná. Para isso, com o objetivo de examinar as características da produção
acadêmica que discute a curricularização da extensão no âmbito das licenciaturas no referido estado, essa
pesquisa se caracteriza como um estudo qualitativo, bibliográfico e do tipo estado do conhecimento
referendado em Romanowski e Ens (2006); Vosgerau e Romanowski (2014). Para tal, foi realizado um
levantamento das teses e dissertações procedentes dos programas de pós-graduação stricto sensu ofertados
no Estado do Paraná, disponíveis no Catálogo de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Capes) e produzidas no período entre os anos 2018 a 2023. Os descritores
utilizados na busca entre aspas duplas e com o operador boleano “and”, foram “extensão” e
“curricularização da extensão”. Para constituir o corpus de análise desta pesquisa realizada durante a 1ª
quinzena de agosto/2023, selecionamos, dentre os 37 resultados obtidos, 1 tese e 1 dissertação.
Estabelecemos como critérios de inclusão o recorte temporal de 2018 a 2023, os trabalhos pertencentes à
Grande Área Conhecimento: Ciências Humanas e Multidisciplinar no âmbito de instituições localizadas no
Estado do Paraná, e que continham em seus títulos, resumos e palavras-chave os dois descritores da
pesquisa associado ao lócus formativo – licenciaturas. A análise parcial das características da referida
produção a partir da “leitura dos resumos” (FERREIRA, 2002), apontam a dissertação de Silva (2023)
produzida na Universidade Estadual de Maringá (UEM) que investigou a curricularização da extensão nas
licenciaturas com foco nos entraves curriculares à formação identitária. A tese produzida por Zanon (2022)
investigou o processo de curricularização da extensão na formação de licenciados da UEPG. Os resultados
obtidos revelam a carência de investigação com relação a presente temática nos limites deste estudo, ao que
inferimos a relevância de que a curricularização da extensão, decorrente da complexidade que a
acompanha, constitua objeto de intensa discussão e análise da comunidade científico-acadêmica, pois não
se trata de implementá-la apenas no cumprimento da contabilização dos créditos, pelo contrário, é preciso
romper paradigmas e assumi-la ao encontro da formação docente sob a perspectiva crítica emancipadora e
potencializar a transformação social.

1 Doutora em Educação. Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná.
2
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).
3
Estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

291
O PAPEL DA EDUCAÇÃO NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO: TECNOLOGIA,
SUSTENTABILIDADE E CAPACITAÇÃO DO CAPITAL HUMANO

Rafael Arlindo Rosa1, Simone Regina Dias2, Jeane Cristina de Oliveira Cardoso3

RESUMO
O sistema prisional brasileiro é confrontado com desafios multifacetados que transcenderam uma
simples privação de liberdade. Questões como o crescimento constante da população carcerária, a
superlotação das unidades prisionais, as condições degradantes e a alta taxa de reincidência são problemas
persistentes que afetam não apenas os detentos, mas também a sociedade como um todo. Nesse contexto
brasileiro desafiador, este artigo tem como objetivo destacar o papel crucial da educação como uma
ferramenta fundamental na busca pela reabilitação e ressocialização de indivíduos encarcerados.
Abordaremos, dentro desse escopo, a importância da educação no contexto do sistema prisional do Brasil,
explorando como ela pode ser um elemento transformador na vida dos detentos e, por conseguinte,
contribuir para a redução da criminalidade. Além disso, este artigo também se propõe a examinar como a
tecnologia pode ser integrada de maneira eficaz no ambiente prisional para apoiar a educação e o
desenvolvimento de habilidades dos detentos. Através de programas educacionais inovadores e acessíveis,
a tecnologia pode desempenhar um papel crucial na capacitação dos indivíduos, preparando-os para uma
reintegração bem-sucedida na sociedade após o cumprimento de suas penas. A sustentabilidade é outro
elemento a ser considerado neste contexto. Abordaremos como programas de educação prisional podem
incorporar princípios de sustentabilidade, promovendo não apenas a reabilitação dos detentos, mas também
a criação de oportunidades econômicas sustentáveis que beneficiem tanto os ex-detentos quanto a
comunidade. Por fim, discutiremos a importância da capacitação do capital humano nos presídios,
destacando como a educação não apenas fornece aos detentos habilidades práticas, mas também promove
a autoestima, a autoconfiança e a dignidade, fatores essenciais para sua reintegração eficaz na sociedade.

Palavras-chave: sustentabilidade, educação, tecnologias educacionais.

1
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI.
2
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI.
3
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI.

292
A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE APOIO JUNTO AO PROFESSOR DA SALA
COMUM PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS EM ESCOLAS ESTADUAIS DO AMAZONAS

Joseia Reis1, Aliete Pires2

RESUMO
O presente trabalho é uma reflexão sobre a relevância da parceria escolar entre o profissional de
apoio e o professor da sala regular para o desenvolvimento de alunos com necessidades educacionais
especiais, que foram contemplados conforme o parâmetro da legislação da política de educação especial
nacional, representada pela Lei Nº 13.146, de 6 de Julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência. Esta mesma ampliou a educação inclusiva, oportunizando o acesso ao
ensino-aprendizagem por meio dos denominados de profissionais de apoio escolar. A recente Instrução
Normativa do profissional de apoio escolar da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC),
oriundo da expressiva preocupação com a demanda de estudantes acometidos por dificuldades de
aprendizagem que apresentam laudo médico associados à natureza de ordem neurológica como alunos com
TEA (Transtorno do Espectro Autista), deficiência, graves transtornos do desenvolvimento, dislexia e
TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), demonstra a importância da atuação desse
profissional e que deve trabalhar de forma conjunta com os professores da sala comum. Além disso, deve
estar presente nos planejamentos e articular os exercícios da turma da sala de aula junto aos demais docentes
a fim de que os educandos com necessidades especiais tenham uma aprendizagem significativa. Todo o
processo de ensino-aprendizagem desses estudantes deve estar voltado para exercícios adaptados, rotina de
estudo diferenciada, materiais pedagógicos acessíveis e concretos. Assim, para que isso aconteça, é
necessária uma articulação entre os professores, que devem ser flexíveis, pois esse público de alunos
também está imerso num mundo digital da realidade atual, que é algo que demanda ainda mais dos
educadores.

Palavras-chave: Educação inclusiva, profissional de apoio, professor da sala comum.

1
Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC-AM).
2
Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC-AM).

293
Reflexões sobre a disciplina Projeto de Vida no Estado de Minas Gerais: tensões, perspectivas e
profissionalização docente

Douglas Franco Bortone1, Mateus José dos Santos 2, Rita Márcia Andrade Vaz de Mello 3

RESUMO
A disciplina de Projeto de Vida foi incluída no Ensino Médio a partir da imposição das modificações
abarcadas pela contrarreforma curricular que afeta milhares de instituições educativas. Em Minas Gerais,
tais modificações chegarão ao 3º Ano do Ensino Médio Regular em 2024. Contudo, a Educação de Jovens
e Adultos (EJA) já contempla em seus três segmentos do Ensino Médio, a referida disciplina. No entanto,
incluir a disciplina de Projeto de Vida traz uma série de implicações para a formação docente, uma vez que,
não há formação inicial específica para o trabalho com esta disciplina fazendo com que professores de
qualquer área trabalhem com o aludido componente curricular valendo-se do problemático notório
saber.Com base no Caderno Pedagógico para a disciplina de Projeto de Vida em Minas Gerais elaborado
pela Secretaria de Estado e Educação (SEE-MG), o componente curricular supracitado perpassa pelas
dimensões social e cidadã, pessoal e profissional além de contemplar habilidades da área cognitiva,
socioemocional, ética, moral e de valores. Isso indica que uma série de habilidades são esperadas para os
adolescentes e adultos que cursam essa disciplina. Em contrapartida, o docente ainda não possui uma
formação adequada para realizar tais aulas e concentram-se em manuais didáticos, livros e sistemas
apostilados para exporem algumas discussões, dinâmicas e possíveis situações de aprendizagem
impactando o trabalho docente. Partindo destes preceitos, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas
Públicas e Formação de Profissionais da Educação (GEPPFOR-UFV), vinculado à Universidade Federal
de Viçosa, propôs uma pesquisa que busca responder a seguinte questão investigativa: Como o professor
de projeto de vida aprender a lecionar? A questão problema centra-se em aspectos da aprendizagem da
docência e de questões específicas do campo disciplinar que nos propiciam interpretações de como este
profissional se mune de saberes específicos para lecionar este componente curricular, além de contemplar
aspectos que permeiam o trabalho e a profissionalização docente.Por meio da pesquisa qualitativa
fenomenológica, analisar-se-á o fenômeno – aqui constituído da disciplina de projeto de vida – em
suspensão, e a partir das informações textuais coletadas nos documentos oficiais e nas entrevistas
semiestruturadas com os docentes, far-se-á a análise do corpus via Análise Textual Discursiva (ATD). A
ATD permite uma análise esmiuçada das informações reunidas podendo possibilizar a ampliação dos
horizontes compreensivos acerca de um fenômeno investigado. Assim, espera-se, por meio desta pesquisa,
contribuir para a formação de professores e lançar interpretações sobre a importância de uma formação
inicial e continuada para lidar com as múltiplas adversidades emergidas com a imposição do NEM nos
Estados brasileiros, dentre eles o de Minas Gerais.

Palavras-Chave: Profissionalização docente. Formação de Professores. Projeto de Vida.

1
Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica (PPGED). GEPPFOR. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas
Gerais.
2
Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica (PPGED). GEPPFOR. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas
Gerais.
3
Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). GEPPFOR. Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.

294
A SITUAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO EM UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

Lúcia Córdula dos Santos1, Fernando Rodrigues Peixoto Quaresma 2

RESUMO
Os ambientes de inovação ou ecossistemas de inovação são espaços que abrigam pessoas,
tecnologias, capital e infraestrutura capazes de transformar ideias em produtos ou serviços que possam ser
utilizados para o desenvolvimento da sociedade. Em todo o mundo incubadoras, aceleradoras e parques
tecnológicos abrigam startups e empreendedores com ideias inovadoras, mas que precisam de apoio em
questões administrativas, financeiras, legais, processos de gestão e capacitação para alcançarem sucesso
(ANPROTEC 2021). Objetivo: entender o papel que as universidades públicas brasileiras ocupam com
agente de transferência de tecnologia, processos inovadores e fomento ao empreendedorismo.
Metodologia: Trata-se de uma proposta de pesquisa de natureza descritiva, exploratória, com variáveis
quantitativas. Instrumentos para Coleta de dados: Questionário com perguntas fechadas e abertas sobre
as estratégias utilizadas para atração, incubação e desincubação de empresas nas universidades públicas
que possuem ambientes de inovação. Os questionários serão aplicados aos gestores de incubadoras e de
empresas incubadas. Discussões: Dados da plataforma Cortex (2022) indicam que o Brasil tem 11.562
startups ativas. Destas, 28% são do segmento de Tecnologia da Informação, 22% do segmento de serviços,
16% do varejo, 11% da indústria e 6% do financeiro. Educação (6ª posição) e Saúde (10ª posição) juntas
somam 6% das startups ativas. O Estado de São Paulo concentra cerca de 50% dessas empresas. Outros
lugares que se destacam são Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais concentram 8% das startups
nacionais. Ainda segundo a pesquisa, a região Sul tem 2.585 startups, sendo 15% no segmento da tecnologia
da informação. Em se tratando da região Nordeste do Brasil, que concentra 5,6%, o destaque é para o Estado
de Pernambuco com 179 startups, sendo cerca de 40% no segmento da tecnologia da informação. O
volume de recursos captados pelas startups no país em 2022 foi de US$ 4,45 bilhões e demonstram um
mercado aquecido. Tendo como foco este cenário e a clara compreensão de que o modelo criado em meados
de 1990, a Joint Venture Silicon Valleys, originou um modelo importante de desenvolvimento tecnológico
baseado na Tríplice Hélice, que trata da compreensão da relação entre empresa, universidade e governo e
tem a inovação como um dos principais objetivos e estimula a criação de arranjos produtivos locais,
estratégias de cooperação, criação de incubadoras, parques tecnológicos (KUHN, 2018). Resultados
esperados: Identificar os espaços de aprendizagem empreendedora nas universidades e as práticas
inovadoras utilizadas para fomento ao empreendedorismo e transferência de tecnologias.

Palavras-chave: Incubadoras universitárias, Empreendedorismo universitário, Empresas de base


tecnológica

1
Universidade Federal do Tocantins – UFT/TO - Mestranda. e-mail: lucia.cordula@uft.edu.br
2
Universidade Federal do Tocantins – UFT/TO – Professor Doutor. e-mail: quaresma@uft.edu.br

295
CODIVAR E CONDEMAT – CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS E SUAS RESPECTIVAS
CÂMARAS TÉCNICA DE EDUCAÇÃO

Izabel Soares de Souza1, Valéria Cristina Rosa Pontes2, Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz3, Alicia
Freijo Rodrigues4

RESUMO
O artigo busca comparar e entender a atuação de dois consórcios intermunicipais com
atuação em educação: o Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira e Litoral Sul
(Codivar) e o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). Ambos são
formas de cooperação intermunicipal, previstas na Constituição Federal (CF) de 1988, com personalidade
jurídica distinta. O Codivar assume a modalidade de consórcio administrativo (de direito privado) e o
Condemat é um consórcio público (de direito público) . O estudo é qualitativo e a metodologia
abrangeu: a) escolha dos consórcios a serem pesquisados; b) levantamento bibliográfico e revisão de leitura
sobre a temática ; c) definição de categorias de análise; d) análise documental do Codivar e Condemat;
e e) análise dos resultados. A pesquisa baseou-se em estudos de Oliveira (2010); Cruz, Araújo e Batista
(2012); Oliveira e Ganzeli (2013); Strelec e Costa (2016); Archipavas (2016); Carneiro e Hsia (2019);
Carneiro e Santos (2020); Cruz e Batista (2019), entre outros. Após a comparação entre ambos os
consórcios investigados, foi possível perceber que existem similaridades na atuação cooperada com os
municípios membros . Há diferenças significativas em relação ao ano de criação; à quantidade de
municípios atendidos; à população abrangida e áreas de atuação. Suas estruturas organizacionais
possuem Câmaras Técnicas, mas as de Educação se apresentam com composições, periodicidade de
reuniões e formas de tomada de decisão distintas. Pode-se -se afirmar que as
Câmaras Técnicas de Educação são instrumentos de governança em ambos e têm promovido a discussão
da educação nas regiões analisadas .

Palavras-chave: consórcios intermunicipais, regime de colaboração, câmara técnica de educação.

1
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Formação de Gestores Educacionais da Universidade Cidade de São Paulo
(Unicid).
2
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Formação de Gestores Educacionais da Universidade Cidade de São Paulo
(Unicid).
3
Professora dos Programas de Pós-graduação em Educação e m Formação de Gestores Educacionais da Universidade Cidade
de São Paulo (Unicid).
4
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Formação de Gestores Educacionais da Universidade Cidade de São Paulo
(Unicid).

296
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: O POTENCIAL PEDAGÓGICO DA PROBLEMATECA

Ellen Michelle Barbosa de Moura1, Karla Vanessa Gomes dos Santos2, Dulcimária Ferreira da Cunha
Marçal3, Joeanne Neves Fraz4, Juliana Alves Lopes dos Santos5

RESUMO
O objetivo do estudo proposto foi analisar o potencial do trabalho pedagógico com a Problemateca
em uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental. Pesquisa de abordagem qualitativa e caráter exploratório,
teve como procedimentos a análise de material produzido durante as aulas de Matemática e entrevista com
as professoras. A Problemateca é uma estratégia pedagógica que consiste em uma coleção de problemas
matemáticos significativos e organizados a partir de critérios que perpassam as ideias contidas nas
operações. Visa garantir o desenvolvimento do raciocínio lógico, a habilidade de leitura de textos
matemáticos e de resolução de problemas (BONILHA E VIDIGAL, 2016, SMOLE, DINIZ, 2016). A
Problemateca acontece quando docentes e estudantes fazem um contrato didático (BROUSSEAU, 1982)
que inclui a resolução/elaboração de problemas no cotidiano escolar de modo organizado e desafiador. É
uma estratégia em que o docente e/ou os alunos dialogam e elaboram situações-problema a partir de um
determinado tema e critérios estabelecidos. Destarte, “a problemateca é um recurso que trabalha com a
Resolução de Problemas, ao possibilitar ao aluno: pensar, discutir e formular hipóteses” (PARANÁ, 2016).
As professoras organizaram a Problemateca com o objetivo de desafiar os estudantes com situações que
envolvessem as operações e suas ideias (VERGNAUD, 1996) mediante uso de situações do cotidiano
social/ escolar. Foi utilizada de modos diversificados: resolução coletiva, por temática, em pequenos
grupos, com indicação da ideia enfatizada no problema, com intuito de garantir as aprendizagens de todos
(MOURA et al., 2023). Possibilitou aos discentes o desenvolvimento da capacidade de compreender
problemas, resolvê-los, formular/elaborar problemas e desenvolver a criatividade. Fatores que revelam o
potencial pedagógico da Problemateca e a importância de sua utilização pelos/as professores/as que
ensinam Matemática.

Palavras-chave: Educação Matemática, Problemateca, Resolução de Problemas.

1
Universidade de Brasília (UnB)/Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
2
Universidade de Brasília (UnB)/Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
3
Universidade de Brasília (UnB)/Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
4
Universidade de Brasília UnB/ Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).
5
Universidade de Brasília (UnB)/Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).

297
DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: RELATO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS DO SUBPROJETO
DE ENSINO RELIGIOSO - PIBID/FURB

Simone Riske-Koch1, Djanna Zita Fontanive2, Jobson B. Mascarenhas3, Sandra A. M. Schroeder4,


Katilene W. Labes5

RESUMO
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID criado pela CAPES (2007) é
uma iniciativa que integra a Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação –
MEC e tem por finalidade fomentar a iniciação à docência, contribuindo para o aperfeiçoamento da
formação de docentes em nível superior e para a melhoria de qualidade da educação básica pública
brasileira. No edital 023/2022, a CAPES disponibilizou 30.840 cotas de bolsa de iniciação à docência, na
Universidade Regional de Blumenau – FURB, o Subprojeto de Ensino Religioso - SER vinculado ao Curso
de Licenciatura de Ciências da Religião foi selecionado juntamente com outros dois subprojetos e iniciou
em novembro de 2022. Este trabalho objetiva compartilhar práticas pedagógicas desenvolvidas no
subprojeto de Ensino Religioso - ER. O SER está organizado em três núcleos, sendo dois em Blumenau e
um em Rio do Sul na região do Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina. Para seu desenvolvimento os grupos
de bolsistas se encontram semanalmente nas escolas de Educação Básica para atuação nas atividades de
docência em ER e nos núcleos para estudo, pesquisa e planejamento. Vivenciando deste modo, um processo
contínuo de ação-reflexão-ação no cotidiano da prática pedagógica na Educação Básica, com suporte das
abordagens pedagógicas de ER. O SER tem como perspectivas metodológicas a integração de tecnologias
digitais da informação e comunicação, com o uso de metodologias ativas e abordagens inovadoras que
proporcionam a interatividade, o desenvolvimento do espírito investigativo e de aprendizagens
significativas em ER. E assim, organizando/planejando/sistematizando o Ensino Religioso, a partir de
estudos pedagógicos e didáticos que permitam (re)ver, (re)fletir, (res)significar e (re)elaborar concepções e
ações dos sujeitos envolvidos nos processos pedagógico-didáticos. Neste relato, alguns conceitos são
refletidos no exercício de formação em desenvolvimento, são eles: Estado Laico (Cecchetti, 2016); Ensino
Religioso não confessional (Riske-Koch, 2022); ética da Alteridade (Brasil, 2017, Wickert, 2016);
interculturalidade e diálogo (Brasil, 2027; SC, 2019; Walsh 2009, 2012); formação de docente (Imbernón,
2010 e Nóvoa, 2009), práticas educativas e pedagógicas (André, 2016; Sacristán, 1999),
interdisciplinaridade (Fazenda, 2011), entre outros. Dentre as práticas pedagógicas destacamos: Varal das
memórias, Jogo da Memória do Guilherme Augusto Araújo Fernandes, Simulação de tribunal do júri com
ética, Jogo dos líderes, Educação midiática/ podcast, Assessoria ao Grêmio Estudantil, Relato de
experiências, Participação em reuniões pedagógicas, Projeto de leitura de gibis no Circuito e Sarau Cultural,
Chá literário, Contação de histórias, entre outras. Os resultados sinalizam a inserção dos licenciandos no
cotidiano das escolas da rede pública de educação, lhes proporcionando participação em experiências e
práticas docentes epistemetodológicas de caráter inovador, intercultural e interdisciplinar, em prol de
aprendizagens significativas.

1
Universidade Regional de Blumenau – FURB; PPGE/GPFORPE; RELER/FONAPER; GPEAD; PIBID.
2
CEPLAS, PIBID/FURB.
3
SEMED/PIBID.
4
SEMED/PIBID.
5
FURB, Gaspar, ASPERSC.

298
CADERNO QUADRICULADO E SUAS POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS PARA O
ENSINO DE MATEMÁTICA

Dulcimária Ferreira da Cunha Marçal1, Ellen Michelle Barbosa de Moura2, Karla Vanessa Gomes dos
Santos3, Geraldo Eustáquio Moreira4, Lygianne BatistaVieira5

RESUMO
O objetivo deste resumo é apresentar o caderno quadriculado como um recurso para o
desenvolvimento dos saberes matemáticos. Pesquisa de abordagem qualitativa, teve como procedimentos
a análise de material produzido durante 10 aulas de Matemática e entrevista com professoras que atuam
nos anos iniciais do Ensino Fundamental e utilizam o caderno quadriculado, em uma escola pública do
Distrito Federal. São inúmeras as possibilidades de utilização deste recurso, para esta produção, daremos
foco no uso do caderno quadriculado como ferramenta para auxiliar no ensino e aprendizagem de conceitos
matemáticos (SILVA, 2018). O potencial pedagógico deste recurso consiste na compreensão, na
organização e na visualização de relações numéricas e geométricas, tais como: número, quantidade, fatos
fundamentais, operações básicas, frações, figuras planas, medidas, gráficos, tabelas, resolução de
problemas matemáticos. A pesquisa demonstrou que o uso do caderno quadriculado auxilia tanto o/a
professor/a quanto os estudantes no registro e, consequentemente, potencializa a aprendizagem dos
conceitos matemáticos (LORENZATO, 2009). Destarte, o caderno quadriculado é um instrumento de
grande relevância nas situações de aprendizagem e na estruturação dos processos mentais, visto que é um
recurso de organização e de mediação do pensamento para o registro. Ademais, auxilia no desenvolvimento
da coordenação motora fina e visomotora, na orientação espacial, nas questões de lateralidade e criação de
padrões. Assim, o caderno quadriculado demonstra ser um recurso com elevado valor didático e, portanto,
instrumento facilitador da aprendizagem de conceitos matemáticos.

Palavras-chave: Educação Matemática, Caderno quadriculado. Recurso pedagógico.

1
Universidade de Brasília UnB e Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
2
Universidade de Brasília UnB e Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
3
Universidade de Brasília UnB e Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
4
Universidade de Brasília UnB.
5
Universidade de Brasília UnB.

299
APLICAÇÃO DE ESCALA DE RASTREIO PARA HABILIDADES DE CONSCIÊNCIA
FONOLÓGICA EM ALUNOS DE UMA ESCOLA DO RIO DE JANEIRO

Washington Adolfo Batista1, Fabrício Bruno Cardoso 2

RESUMO
A Consciência Fonológica é um termo que se tornou central no campo da alfabetização e é crucial
para o desenvolvimento da habilidade de ler e escrever. Trata-se da capacidade de reflexão e manipulação
dos sons da linguagem, também conhecidos como fonemas. A importância da Consciência Fonológica
reside na sua relação direta com a alfabetização. Quando as crianças desenvolvem essa habilidade, elas são
mais capazes de entender a conexão entre os sons da linguagem e os símbolos escritos. Isso facilita a
aprendizagem do alfabeto, a decodificação de palavras e a compreensão da leitura. Mas esse fator também
está intimamente ligado com o seu desenvolvimento. Alguns estudos das Neurociências vêm nos apresentar
algumas possibilidades de aprofundamento das discussões e reflexões acerca dos fatores que envolvem o
desenvolvimento humano e sua relação de forma direta ou indireta com a aprendizagem. Dessa forma,
elegemos neste trabalho uma das variáveis que afetam diretamente na aprendizagem dos alunos: as suas
Habilidades de Consciência Fonológica. A ideia é apresentar alguns possíveis impactos, apontados pelos
estudos atuais e corroborados pela aplicação de uma escala de mensuração de Habilidades de Consciência
Fonológica, sobre o Sistema Nervoso e seus possíveis desdobramentos no processo de alfabetização.
Algumas pesquisas apontam que no Brasil, um quantitativo de cerca de 50% das crianças que estão
frequentando a escola apresenta problemas de aprendizagem. Esses problemas incidem principalmente nas
habilidades de leitura e escrita e habilidades matemáticas. Na situação atual e mediante os achados das
pesquisas no que se refere ao Sistema Nervoso, há a necessidade de um acompanhamento
Neuropsicopedagógico mais apurado, principalmente em termos de Habilidades de Consciência
Fonológica.

Palavras-chave: consciência fonológica, alfabetização, neuropsicopedagogia

1
Laboratório de Inovações Educacionais e Estudos Neuropsicopedagógicos (LIEENP/CENSUPEG)
2
Laboratório de Inovações Educacionais e Estudos Neuropsicopedagógicos (LIEENP/CENSUPEG)

300
GESTÃO PEDAGÓGICA EM ESCOLAS ESTADUAIS DE ESINO MÉDIO

Deusiane das Graças Paiva de Souza1, Rodnei Pereira 2

.
RESUMO
É sabido que a gestão pedagógica é uma das dimensões da gestão que mais impacta a aprendizagem
dos estudantes. Dada sua relevância, se faz necessário avançar na compreensão da visão, contextos,
necessidades e desafios enfrentados pelos coordenadores pedagógicos em seu exercício profissional
cotidiano. Para avançar nessa investigação, será realizada uma pesquisa qualitativa por meio de
questionário destinado a profissionais da escola (coordenadores pedagógicos, diretores e professores) sobre
suas visões a respeito do papel da coordenação pedagógica. O questionário é composto por perguntas
adequadas a cada um desses públicos. O objetivo é mensurar cinco aspectos em relação ao papel da
coordenação pedagógica: a) visão dos atores educacionais sobre as atribuições do(a) coordenador(a)
escolar; b) práticas realizadas pelo(a) coordenador(a) escolar; c) dimensionamento do tempo gasto pelo(a)
coordenador(a) escolar em cada prática; d) restritores para atuação do(a) coordenador(a) escolar; e)
atividade indutoras da ação do(a) coordenador(a) escolar. O questionário será aplicado em quatro redes
estaduais de educação, com foco nos profissionais que trabalham em escolas de ensino médio. Após a
aplicação, os dados serão analisados e darão elementos para a proposição de uma matriz de atribuições para
a gestão pedagógica que considere também os saberes, rotinas e expectativas dos profissionais que
trabalham nas escolas.

Palavras-chave: gestão pedagógica, matriz de atribuições, aprendizagem.

1
Universidade Cidade de São Paulo - UNICID
2
Universidade Cidade de São Paulo - UNICID

301
FORMAÇÃO DOCENTE E PROJETO DE EXTENSÃO NAVEGANDO PELO MICROSOFT
TEAMS: RECURSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM REMOTOS

Ana Paula Teixeira Bomfim1, Yasmin Nascimento Bernardes2, Mônica Camargo Sopelete3

RESUMO
Diante da pandemia de Covid-19, gestores e a comunidade acadêmica se viram diante de um novo
desafio: o ensino e aprendizagem remotos. Secretarias municipais e estaduais, bem como universidades
utilizaram várias plataformas para a realização de aulas e atividades síncronas e assíncronas. Sabendo que
projetos de extensão universitária, em âmbito escolar e acadêmico, são uma ótima oportunidade de
aprender, aprimorar e divulgar conhecimentos e que as experiências adquiridas através do
compartilhamento de ideias são positivas para alunos, professores e comunidade, que crescem juntos nessa
caminhada, a Universidade Federal de Uberlândia criou o Programa de Extensão #UFUEMCASA.
Particularmente, o projeto de extensão Navegando pelo Microsoft Teams teve como objetivo servir de
amparo digital para toda a comunidade, além de abordar as metodologias ativas de ensino e aprendizagem
como estratégia de dinamização do exercício docente, muitas delas desconhecidas mas disponibilizadas
pelo Microsoft Teams, com meios que podem ser utilizados em aulas e reuniões. O projeto teve duas
edições, que se estenderam para o formato híbrido e presencial, com a publicação na sua primeira edição
de onze cartilhas e episódios em vídeo abordando as funções iniciais e secundárias do M. Teams, desde
como criar um conta e uma equipe, até a edição e publicação de vídeos. Na sua segunda edição, foram
produzidos dez vídeos tutoriais com as suas respectivas versões em cartilha, acerca de diferentes aplicativos
para a criação de mapas mentais e conceituais (Miro e Lucidchart), organização e dinamismo do estudo
(OneNote), entre outros, a exemplo do NearPod, MindMeister e Lists. O conteúdo teve divulgação pelo
Instagram e canal do YouTube do projeto (@navegandopelomicrosoftteams) e da Pró-Reitoria de Extensão
e Cultura da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) (@proexcufu), e presencialmente na I Mostra de
ações extensionistas do Instituto de Ciências Biomédicas (ICBIM) da UFU, com apoio do PIAEV2022,
além de ter sido amplamente difundido pelos integrantes entre seus pares na universidade e fora dela e pauta
de explanações periódicas em classe no que se refere, por exemplo, à diferença entre mapa mental e
conceitual. Conclusão: Em suma, os aprendizados se estenderam para além do período de realização do
programa e projeto de extensão e servem, ainda hoje, como material de consulta para aulas e produção de
trabalhos, e como divulgação de recursos visando atenuar o tradicionalismo na educação. Ademais, o
processo de criação e edição do material informativo aprimorou a capacidade de escrita e comunicação dos
participantes, além das habilidades relativas aos recursos tecnológicos.

Palavras-chave: ensino remoto, aprendizagem remota, plataformas educacionais.

1
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), graduanda do curso de Licenciatura e Bacharelado em Enfermagem.
2
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), mestranda do curso de Pós-graduação PPGIPA/UFU.
3
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), docente do Instituto de Ciências Biomédicas.

302
PENSAR A ESCOLA, A FORMAÇÃO E A ESCRITA: RELATOS DAS EXPERIÊNCIAS DO
PROJETO RP CAPES NA UNIFESP EM GUARULHOS

Anna Lima1, Flávia Vanessa2, Letícia Ramires3, Renata Marcílio4

RESUMO
O relato de experiência pretende retomar e analisar a trajetória formativa de professores formados
e em formação no âmbito do Projeto RP-Capes área da Pedagogia desenvolvido pela Unifesp. O projeto
desenvolvido nas salas de aulas de alfabetização das escolas públicas de Guarulhos tem como objetivo
contribuir para construção de um novo olhar para o processo de desenvolvimento da leitura e da escrita da
criança, promovendo reflexões a respeito da educação e das relações entre educandos e educadores no
processo de alfabetização. Por meio da leitura de textos e pesquisas procurou-se refletir sobre as práticas
docente e seus desdobramentos em sala de aula de modo a colaborar para a autorreflexão e constituição de
sua identidade profissional. As atividades do projeto estão amparadas numa visão de formação docente que
busca a construção da autonomia por parte dos/as futuros/as professores/as, tornando-os conscientes da
especificidade da profissão, que requer a indissociabilidade entre teoria (de fundamentação científica) e
prática (que comporta ação refletida, consciente e planejada). Para isso, adota-se o modelo de trabalho
centrado na partilha de conhecimentos entre atores com experiência na docência da Educação Infantil e
Anos Iniciais, docentes-pesquisadores e residentes que cursam Pedagogia. A experiência relatada aqui se
dá a partir da vivência do grupo que atua na EPG Professor Edson Nunes Malecka. Escutar, compreender
e acolher as demandas dos estudantes foi a primeira tarefa do grupo de residentes junto à professora
preceptora. Desta forma, reuniões reflexivas nortearam a prática em sala de aula para que, posteriormente,
os residentes produzissem uma sequência didática sobre as questões de gênero, tema identificado como
necessário ao observar o cotidiano das crianças. Utilizando a literatura infantil, foram discutidas as relações
entre meninos e meninas visando romper com estereótipos de gênero, propondo também, atividades que
contribuíssem com o processo de alfabetização da turma. Considerando a heterogeneidade da turma em que
as hipóteses de escritas são variadas, através das leituras indicadas pela professora formadora e a vivência
em sala de aula, os residentes têm experienciado o funcionamento dos Agrupamentos Produtivos e das
Estações de Aprendizagem, metodologias que fazem parte da rotina da turma. Aproximar-se destas práticas
numa postura colaborativa possibilitou aos residentes compreenderem a alfabetização não mais como um
processo solitário entre apenas o professor e aluno e onde só o professor é detentor do saber, mas sim como
uma caminhada que se faz em conjunto, com trocas entre os colegas. Além disso, o cotidiano vivenciado
pelos estudantes da graduação é muito importante à medida que não pode ser comparado a um simples
estágio, já que é um aprendizado único que garante a participação na ativa na realidade profissional e o
incentivo a pesquisa na área da educação.

Palavras-chave: residência pedagógica - CAPES, formação continuada, relação escola pública e


universidade.

1
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
2
Prefeitura de Guarulhos
3
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
4
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

303
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS NA
PERSPECTIVA INCLUSIVA

Fabrícia Maria dos Santos1, Adriana R. Suarez 2

RESUMO

O presente resumo tem como objetivo, propor uma reflexão sobre a metodologia ativa da
Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), na perspectiva inclusiva, propondo a interação com os
princípios do Desenho Universal para Aprendizagem frente às complexidades apresentadas pelos alunos
com Necessidades Educacionais Especiais (NEE). Novas práticas didático-pedagógicas, ferramentas e
metodologias vêm ganhando espaço na sociedade e direcionando as práticas educativas objetivando a
formação integral de todos os alunos, sem exceção. O paradigma da inclusão é um tema ainda recente na
sociedade, apesar de orientações inclusivas dos dispositivos legais, a matrícula dos alunos na rede regular
de ensino, por si só não garante a escolarização. A perspectiva da Educação Inclusiva se refere a necessidade
de universalizar ensino e assegurar o direito de todos à Educação. Segundo PRAIS (2017), um ensino
organizado para inclusão deduz que o docente considere as necessidades de aprendizagem dos alunos,
organizando sua ação pedagógica com vistas aos objetivos e metodologias adequados. Desse modo, os
princípios do Desenho Universal da Aprendizagem (DUA) colaboram com a redução das barreiras
educacionais, pois seus princípios são baseados na elaboração de estratégias para o acesso e a acessibilidade
de todos para que ocorra o progresso de todos sem barreiras, auxiliando os educadores a adotarem modos
de ensino de aprendizado adequados a partir dos seus princípios norteadores. Novas práticas didático-
pedagógicas, ferramentas e metodologias vêm ganhando espaço na sociedade contribuindo para a formação
integral de todos os alunos, sem exceção. Segundo FREIRE (2006), a Metodologia Ativa se constitui a
partir de estímulos dos processos da ação-reflexão-ação no qual o aluno se apropria de uma postura ativa
em relação ao seu aprendizado. Ela é vista como uma prática de ensino-aprendizagem que o professor
participa de forma mais ativa, refletindo sobre suas práticas, adotando materiais e métodos de forma mais
justas para o progresso de todos. Para BENDER (2014), a ABP é um modelo de ensino que permite que os
educandos confrontem problemas do mundo real que consideram significativos, determinando como
abordá-los e, então, e agindo colaborativamente traçando soluções. Aprender a trabalhar coletivamente na
resolução de problemas além de ser uma das habilidades mais importantes para praticamente todos os
trabalhos do sec. XXI dá suporte para que o processo educacional possa estimular através da colaboração
atitudes inclusivas nos estudantes, favorece as demandas atuais, contribuindo para uma sociedade de cultura
inclusiva, subsidiando ações concretas de inclusão. Diante da afirmativa anterior, no atual contexto,
considero relevante uma movimentação entre as características da ABP e os princípios do DUA, que juntos
podem resultar na redução das barreiras escolares, ter como premissa o ensino centrado no aluno o professor
como mediador, que considera a realidade em suas ações pedagógicas. Assim ao estimular a interação e o
acesso ao currículo por todos os estudantes a escola promove a inclusão escolar.

Palavras-chave: inclusão, metodologia ativa, práticas pedagógicas.

304
AÇÃO SUPERVISORA ESCOLAR NA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA

Iraci Teodomira da Silva1, Rodnei Pereira dos Santos 2

RESUMO
Este resumo tem o objetivo de apresentar um trabalho de pesquisa que terá como foco a atuação do
supervisor de ensino da rede pública municipal de uma cidade da grande São Paulo, no ensino fundamental
I, numa perspectiva pedagógica. Examinar como a atuação deste profissional afeta a dinâmica escolar e tem
um impacto direto nos resultados da aprendizagem dos alunos. Focado em construir uma identidade
profissional sólida, em que suas ações estejam voltadas para o aprendizado de todos os alunos, superando
ações meramente burocráticas. O supervisor escolar desempenha um papel crucial como mediador entre as
esferas administrativa e pedagógica, fortalecendo o princípio democrático de participação coletiva no
processo educativo. A equipe técnica e pedagógica da Secretaria Municipal da Educação de Franco da
Rocha realizou escutas com professores da rede municipal após resultados insatisfatórios no Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2020. Durante as escutas, vários fatores foram
identificados, porém ficou evidente que o modelo de acompanhamento escolar realizado por supervisores
de ensino e A.T.P. (Assistentes Técnicos Pedagógicos) estava muito distante das necessidades reais das
escolas e não contribuía efetivamente para as ações de superação das dificuldades de ensino e aprendizagem
dos alunos. As frequências de visitas às Unidades Escolares eram escassas, não dando condições de
apropriação das reais necessidades da escola. O supervisor tinha um papel fiscalizador, com pouca ou
nenhuma interação direta com os professores e alunos. Uma reformulação foi realizada, dividindo as 54
escolas em 10 setores para um acompanhamento mais eficaz. O supervisor de ensino e o APT foram
designados Gestores de setor e cada Gestor de Setor passou a ter responsabilidades do acompanhamento
tanto das ações pedagógicas quanto administrativas, porém cada um com apenas 5 ou 6 Unidades Escolares,
permitindo serem muito mais presente e atuante nas ações de enfrentamentos das dificuldades apresentadas
pela escola.

Palavras-chave: Supervisão Escolar, Supervisor de Ensino, Acompanhamento Pedagógico.

1
Universidade da Cidade de São Paulo - UNICID
2
Universidade da Cidade de São Paulo - UNICID

305
AÇÃO SUPERVISORA ESCOLAR NA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA

Iraci Teodomira da Silva1, Rodnei Pereira dos Santos 2

RESUMO
Este resumo tem o objetivo de apresentar um trabalho de pesquisa que terá como foco a atuação do
supervisor de ensino da rede pública municipal de uma cidade da grande São Paulo, no ensino fundamental
I, numa perspectiva pedagógica. Examinar como a atuação deste profissional afeta a dinâmica escolar e tem
um impacto direto nos resultados da aprendizagem dos alunos. Focado em construir uma identidade
profissional sólida, em que suas ações estejam voltadas para o aprendizado de todos os alunos, superando
ações meramente burocráticas. O supervisor escolar desempenha um papel crucial como mediador entre as
esferas administrativa e pedagógica, fortalecendo o princípio democrático de participação coletiva no
processo educativo. A equipe técnica e pedagógica da Secretaria Municipal da Educação de Franco da
Rocha realizou escutas com professores da rede municipal após resultados insatisfatórios no Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2020. Durante as escutas, vários fatores foram
identificados, porém ficou evidente que o modelo de acompanhamento escolar realizado por supervisores
de ensino e A.T.P. (Assistentes Técnicos Pedagógicos) estava muito distante das necessidades reais das
escolas e não contribuía efetivamente para as ações de superação das dificuldades de ensino e aprendizagem
dos alunos. As frequências de visitas às Unidades Escolares eram escassas, não dando condições de
apropriação das reais necessidades da escola. O supervisor tinha um papel fiscalizador, com pouca ou
nenhuma interação direta com os professores e alunos. Uma reformulação foi realizada, dividindo as 54
escolas em 10 setores para um acompanhamento mais eficaz. O supervisor de ensino e o APT foram
designados Gestores de setor e cada Gestor de Setor passou a ter responsabilidades do acompanhamento
tanto das ações pedagógicas quanto administrativas, porém cada um com apenas 5 ou 6 Unidades Escolares,
permitindo serem muito mais presente e atuante nas ações de enfrentamentos das dificuldades apresentadas
pela escola.

Palavras-chave: Supervisão Escolar, Supervisor de Ensino, Acompanhamento Pedagógico.

1
Universidade da Cidade de São Paulo - UNICID
2
Universidade da Cidade de São Paulo - UNICID

306
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO COM SEQUÊNCIA DIDÁTICA DO GÊNERO PETIÇÃO
INICIAL NO ENSINO SUPERIOR

Alessandra Gomes Varisco1, Milena Moretto 2

RESUMO
No Brasil, muitos alunos ingressam no ensino superior com dificuldades de leitura e escrita, o que
pode prejudicá-los ao longo da graduação. Lado outro, muitos professores imaginam que o aluno, pelo fato
de ter ingressado em uma instituição de ensino superior, já é conhecedor dos mais variados gêneros
discursivos, notadamente os acadêmicos, pensamento esse que não reflete a realidade. Isso porque o
letramento jurídico, incluindo o acadêmico, só ocorre se houver um ensino sistematizado do gênero, para
que os participantes possam dominá-lo. Diante de tal situação e com base em nossas experiências docentes
em um curso de Direito, objetivamos em nossa pesquisa compreender as contribuições do trabalho com o
gênero petição inicial para o letramento jurídico no ensino superior por meio das sequências didáticas. Para
isso, elaboramos um modelo didático do gênero petição inicial e aplicamo-lo por meio de uma sequência
didática a alunos do segundo semestre do curso de Direito de uma instituição de ensino superior privada
localizada no interior do Estado de São Paulo. Nossa pesquisa foi lastreada pela perspectiva enunciativo-
discursiva ao tratar do signo e da relação dialógica, pelas considerações dos didaticistas de Genebra para
as orientações sobre a produção de modelo didático e sequência didática, e pelas considerações de autores
que levam em consideração os Novos Estudos do Letramento. Foram analisadas as produções inicial e final
dos alunos participantes, além da nossa própria prática docente. Os resultados conduzem a reflexões sobre
a importância da elaboração de um modelo didático do gênero e do trabalho com sequência didática para o
ensino, para que os estudantes, logo no início do curso, já se sintam inseridos no meio acadêmico e no
contexto em que vão agir profissionalmente no futuro.

Palavras-chave: letramento jurídico, sequência didática, petição inicial.

1
Universidade São Francisco (USF)
2
Universidade São Francisco (USF)

307
INVESTIGAÇÕES DAS PROBLEMÁTICAS RELATADAS PELOS PROFESSORES DE
CIÊNCIAS EM UMA ESCOLA DA ILHA DO COMBU-PARÁ, POR MEIO DA PBL

Amanda de Jesus Araujo Trindade Parente1, Inês Trevisan 2

RESUMO

Este trabalho discute uma proposta de mural fotográfico colaborativo, realizado na ferramenta
digital Padlet (plataforma digital), elaborado pelos docentes e discentes da Escola Municipal, localizada na
Ilha do Combu-PA, utilizando 5 etapas que vão desde o momento da realização das fotografias, seleção,
identificação dos problemas, observação e reflexão e por fim, a discussão para a tomada de decisão sobre
o que fazer para contornar estes entraves. A ideia surgiu a partir de uma visita realizada a referida escola
em entrevista com os professores, tendo como objetivo conhecer as problemáticas vivenciadas e a
relevância dessas temáticas para no contexto ribeirinho. Portanto esta ideia utiliza as problemáticas
apresentadas nas entrevistas que apontaram temáticas importantes a serem trabalhadas, no ensino de
ciências, com alunos do fundamental I, como por exemplo, a questão do descarte de lixo, falta de estrutura
da escola, a poluição dos rios, o plantio do açaí, entre outros. Neste caso selecionamos essas temáticas nos
remetem a trabalhar com metodologias ativas, neste caso selecionamos a Aprendizagem Baseada em
Problemas-PBL (Problem Based Learning), que segundo Berbel (1998) na Metodologia da
Problematização, os problemas precisam ser oriundos da realidade observada pelos participantes da escola.
A PBL, aproxima o participante de um pensamento crítico e reflexivo, o que já expõe a relevância dessa
realidade, já que ele será convidado a pensar sobre seu contexto e construir possíveis soluções para essas
problemáticas. Tendo em vista essas características, buscamos uma aproximação dessa metodologia com
os pensamentos de Paulo Freire (1996), que em suas obras e ações, defendia que toda realidade pode ser
transformada, ou seja, já não cabe mais nenhum tipo de educação estritamente tradicional e engessada, ou
seja, o sujeito apenas como repositório de conteúdo, mas que leve os participantes, seja ele aluno ou
professor, a um ensino-aprendizagem pautada na formação de cidadãos autônomos, políticos e
transformadores.
Palavras-chave: formação de professores, aprendizagem baseada em problemas, escola ribeirinha.

1
Universidade do Estado do Pará-UEPA
2
Universidade do Estado do Pará-UEPA

308
POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DO DISCURSO DO PNAES

Nidia Gizelli de Oliveira Fernandes1, Marcia Aparecida Amador Mascia2

RESUMO
O Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES consiste em um programa que foi criado
pelo Ministério da Educação e Cultura no ano de 2010 visando garantir a permanência e a conclusão com
sucesso dos graduandos das instituições federais de ensino superior brasileiras. Desde o momento de sua
criação e execução o PNAES tem sido objeto de pesquisas em especial na área de Educação e também entre
estudiosos da área do Serviço Social, pois esses profissionais são fundamentais nos processos de concessões
de bolsas e benefícios vinculados ao PNAES. Supondo que a partir de 2016 este programa sofreu impactos
decorrentes da lógica neoliberal que atravessou grandemente as relações econômicas, sociais, políticas do
Brasil, inquietações emergiram buscando apreender o que estava no subsolo desse contexto. Nesse sentido,
a pesquisa aqui proposta objetiva problematizar o discurso contemporâneo do Programa Nacional de
Assistência Estudantil - PNAES a partir das ferramentas foucaultianas, lançando mão, em especial, da
governamentalidade, da biopolítica e da análise do discurso. Para tanto, lança-se mão da pesquisa de cunho
qualitativo, visando consolidar uma pesquisa documental e bibliográfica. Diz-se documental porque serão
analisados documentos relativos ao PNAES e bibliográfica porque serão analisadas as produções científicas
que abordam essa temática, fundamentadas nas ferramentas foucaultianas, a fim de consolidar o estado da
arte. A análise do discurso será a ferramenta foucaultiana utilizada para analisar os documentos. Esta
pesquisa se insere na linha de pesquisa: “Educação, Sociedade e Processos Formativos” do Programa de
Pós-Graduação de Educação da Universidade São Francisco e faz parte do grupo de pesquisa “Estudos
Foucaultianos e Educação”.

Palavras-chave: Programa Nacional de Assistência Estudantil, ferramentas foucaultianas,


neoliberalismo.

1
Doutoranda em Educação - Universidade São Francisco – USF
2
Professora do Programa de Pós-graduação em Educação - Universidade São Francisco – USF

309
PONTOS CHAVES NO ENSINO DA INOVAÇÃO, SUSTENTABILIDADE E MEIO
AMBIENTE: SUAS RELAÇOES E IMPACTOS COM A SOCIEDADE SMART

Dr. Eng. Márcio de Andrade Batista 1

RESUMO
Em uma sociedade altamente conectada e onde as profundas transformações sociais, tecnológicas e
ambientais ocorrem em um rápido ritmo (informações e dados dobram seus respectivos conteúdos a cada
04 meses) é condição sine qua non que que se ensine novas formas de pensar e questionar sobre essas
respectivas transformações. A simples transferência de conteúdo em salas de aula não faz mais o menor
sentido em um novo mundo onde a IA (Inteligência Artificial) já faz parte da realidade estudantil, não só
relativa ao ensino médio, mas também ao ensino superior. Neste contexto altamente complexo, deve-se
questionar como alunos irão se inserir na chamada Sociedade Smart, ou seja, como responderão a
importantes questões sociais ligadas ao desemprego, geração de resíduos plásticos, fome, desperdício,
violência, moradias, clima, economia de energia, transportes entre outras. Modelos de gestão públicos
falidos, inchados e obsoletos não são mais capazes de responder ou melhor atender essas constantes
demandas. A formação de uma enorme massa crítica pensante precisa ser construída a partir de agora, para
que tenhamos um plano elaborado para propor respostas e soluções para estes intensos problemas sociais,
tecnológicos e ambientais e é claro fazer as novas perguntas que levem ao desenvolvimento. Obviamente
que não existem soluções fáceis para tais apontamentos, mas um bom começo seria uma mudança profunda
em nossos métodos de ensino e educação. Estamos mesmo ensinando nossos jovens a elaborarem novas
questões e proporem soluções e respostas criativas as questões já citadas? Os dados são preocupantes, senão
vejamos: 8 em cada 10 alunos universitários não são capazes de manipular a língua pátria com eficiência e
nossos números no exame de Pisa não nada animadores, já que desde 2013 estamos em queda vertiginosa
no ensino de ciências. Apenas 5% dos alunos matriculados no ensino médio tem um aprendizado dito
adequado em matemática e dos aproximadamente dos 2 milhões de alunos que terminam o ensino médio,
apenas 100 mil sabem usar corretamente porcentagem e aplicar o clássico teorema matemático de Pitágoras.
Não é preciso ser um gênio para entender o quão grave é este cenário e que a solução para reverte-lo passa
pelo fortalecimento da classe de professores, condições de trabalho adequadas, construção de laboratórios
para difusão do ensino de física, química e matemática e é claro a remuneração adequada aos melhores
professores. Somente a implantação de uma política de estado na educação e não de governo pode oferecer
uma luz de esperança no fim do túnel da ignorância e declínio. E só assim, no futuro poderemos dizer:
Bem-vindos a nossa Sociedade Smart.

Palavras-chave: Sustentabilidade, Inovação, Sociedade Smart.

1
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT

310
PROPOSTA DE JOGO PARA O ENSINO DE SURDOS

Stefany Cristina Alves Gonçalves1, Antônia Lília Soares Pereira2

RESUMO
Este estudo apresenta a produção de uma trilha matemática como uma proposta de jogo para o
ensino de alunos surdos. Há pesquisas científicas que apontam que os alunos surdos aprendem de forma
eficaz por meio de materiais pedagógicos visuais. Neste sentido, o pesquisador é levado a repensar a
importância do uso de metodologias diferenciadas para o ensino de matemática, que podem proporcionar
um engajamento e uma aprendizagem significativa aos alunos surdos. Este trabalho busca responder a
seguinte questão investigativa: Como deve ser uma trilha matemática adaptada aos alunos surdos para o
ensino de frações? Diante desse questionamento, tem-se como objetivo desenvolver uma proposta de trilha
matemática adaptada para alunos surdos. Os objetivos específicos deste estudo são: descrever uma proposta
educacional de trilha matemática para o ensino de frações voltada para a educação de surdos; apresentar
uma proposta educacional de trilha matemática para a aprendizagem de frações; e compreender a melhor
forma de ensinar matemática aos alunos surdos. Esta pesquisa possui um viés qualitativo e é de natureza
básica. Quanto aos objetivos, a pesquisa é exploratória e descritiva. Como resultados, apresenta-se uma
Trilha Matemática como uma proposta de jogo pedagógico voltada para o ensino-aprendizagem de Frações
para os alunos surdos. Conclui-se que a Trilha Matemática é um jogo que pode ser adaptado para qualquer
nível de ensino, qualquer área do conhecimento ou qualquer segmento da educação especial. Verifica-se
também que se faz necessária a existência de formações continuadas para os professores, além da busca de
conhecimentos sobre metodologias de ensino de matemática e a educação de surdos. Enfatiza-se que a
análise da temática permitiu uma mudança quanto à compreensão do ensino de matemática voltado para os
alunos surdos. Dessa forma, a utilização de recursos pedagógicos visuais é indispensável para o ensino-
aprendizagem de matemática dos alunos surdos e que a proposta educacional de jogo apresentada pode
contribuir para o trabalho docente por meio da inovação pedagógica, com o uso inclusive, de metodologias
interativas.

Palavras-chave: ensino de surdos, jogo pedagógico, trilha matemática.

1
Graduanda do Curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins –
IFTO, stefany.goncalves@estudante.ifto.edu.br.
2
Doutoranda em Educação em Ciências e Matemática (PPGCEM/REAMEC/UFMT). Mestra em Ensino em Ciências e Saúde
(UFT). Professora de Matemática do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Tocantins – IFTO, antonia.pereira@ifto.edu.br.

311
O MODO DE ACESSO AO ENSINO MÉDIO TÉCNICO COMO ALIADO NA PROMOÇÃO DE
EQUIDADE.

Tarsila Roquete Fernandes de Oliveira Santiago1, Rodnei Pereira 2

RESUMO
O objetivo desse trabalho foi compreender as características dos ingressantes na Escola Técnica
Estadual Itaquera II, vinculada a autarquia do governo do Estado de São Paulo, situada a zona leste da
capital e se existe alteração do perfil dos estudantes dependendo da forma de ingresso utilizada para
inserção dos mesmos ao Ensino Médio Técnico. A pesquisa é fundamentada nas discussões das
desigualdades de acesso à escola pública considerada de melhor qualidade, questionando se o modo de
acesso, privilegia determinado grupo social, raça e gênero em detrimento a outro. Analisou-se os dados
comparando os modos escolhidos para acesso pela instituição, se pode resultar em maior ou menor
igualdade de gênero, raça e classe social. Para ingressar nos cursos de ensino médio com habilitação técnica
é necessário que o candidato participe de um processo de Vestibulinho com 40 questões de múltipla escolha
envolvendo questões de Português, Matemática e Conhecimentos Gerais, que tem por objetivo avaliar os
conhecimentos prévios dos alunos e a partir da quantidade de acertos ranqueá-los a fim de que por ordem
de acertos, proporcionar acesso as vagas existentes. Devido a pandemia do Corona vírus e em atendimento
as exigências sanitárias, o Centro Paula Souza, optou por selecionar de forma totalmente on line. Durante
os anos de 2021 e 2022 o modo utilizado foi a análise documental do aluno, através das notas de Português
e Matemática das séries finais do Ensino Fundamental II, ranqueando os mesmos, para ingresso no 1° ano
do ensino médio técnico. A pesquisa está organizada em três etapas. Na primeira, foram levantados os
seguintes dados: Quantidade de alunos ingressantes nos anos de 2020, 2021, 2022 e 2023, gênero e raça
indicados e se concluíram o Ensino Fundamental 2 em escola pública ou particular. A segunda etapa
contempla a análise desses dados comparando a forma de ingresso, se por Vestibulinho ou análise
documental. Em sua última etapa, por fim, esses dados foram analisados e percebeu-se uma grande
diferença no perfil dos alunos ingressantes em relação a raça, gênero e classe social dependendo do modo
utilizado para ingresso. Mais alunos autodeclarados pretos e pardos, mulheres e vindos de escolas públicas
ingressaram na unidade escolar nos anos de 2021 e 2022. Conclui-se que, quando utilizado o modo de
análise documental, propicia o acesso à escola aos grupos sociais considerados mais vulneráveis e torna
esse acesso mais democrático e equânime.

Palavras-chave: gênero; raça; ensino médio técnico

1
Universidade Cidade de São Paulo UNICID
2
Universidade Cidade de São Paulo UNICID

312
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I: MAPEAMENTO DAS
PESQUISAS ACADÊMICAS NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS DO ENPEC

Cíntia Moralles Camillo1, Karine Gehrke Graffunder2

RESUMO
Entende-se que a alfabetização científica (AC) contribui para a formação de um aluno crítico,
visando mudanças no comportamento perante a sociedade. Desta forma, a AC, é fundamental nos primeiros
anos do Ensino Fundamental I, por ser considerada uma das dimensões para potencializar alternativas que
privilegiam uma educação mais comprometida. Sendo assim, este estudo objetivou analisar as publicações
presentes nos últimos dez anos nos anais do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências
(ENPEC) sobre as contribuições de ações pedagógicas, que apresentam como finalidade a alfabetização
científica no ensino de Ciências no Ensino Fundamental I, bem como as principais características dos
trabalhos apresentados no ENPEC. O estudo trata-se de uma pesquisa exploratória por ser de uma revisão
sistemática de literatura (RSL). A questão norteadora consiste no problema de pesquisa: “Quais são as
contribuições, avanços e/ou fragilidades das ações didáticas com finalidade à alfabetização científica no
ensino de Ciências do/para o Ensino Fundamental I”? Para isso, utilizou-se as pesquisas apresentadas no
ENPEC no período de dez anos, sendo as últimas seis edições (2011, 2013, 2015, 2017, 2019, 2021). O
ENPEC apresenta 13 linhas temáticas, escolheu-se a linha temática “Alfabetização científica e tecnológica,
abordagens CTS/CTSA: relações entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente; questões sociocientíficas;
temas controversos; letramento científico”. Seguiu-se sete passos para a realização da RSL: formulação da
pergunta, localização e seleção dos estudos, avaliação crítica dos estudos, coleta de dados, análise e
apresentação dos dados, interpretação dos dados, aprimoramento e atualização da revisão. Para estabelecer
a inclusão ou exclusão dos trabalhos, foi realizado a análise dos títulos, resumos e palavras-chave dos
estudos; bem como, levantaram-se critérios de exclusão e inclusão. Posteriormente, realizou-se a leitura na
íntegra dos estudos selecionados, analisando os critérios de análise selecionados, como: ano de
escolaridade, região, proposta didática, contribuições, categorização em eixos temáticos. Encontrou-se 501
trabalhos, dos quais cinco se classificam nos critérios de inclusão, sendo dois trabalhos relacionados ao 5º
ano e um (1) trabalho no 1º, 2º e 3º ano, respectivamente. A região que se destacou foi a Sudeste. Alguns
autores valorizaram mais a construção de conhecimentos interdisciplinares e contextualizados; outros, o
desenvolvimento de conceitos científicos; o estímulo à postura do aluno como cidadão crítico e
participativo; e, o incentivo ao uso responsável das tecnologias digitais. Acerca das propostas didáticas
analisadas, a maioria explorou as sequências didáticas como metodologia de trabalho, englobando história
em quadrinhos e práticas através das tecnologias digitais. Nesse sentido, ressaltamos a necessidade de
trabalharmos na alfabetização científica no Ensino Fundamental I. O professor e a escola devem incluir
atividades, propostas e projetos que leve o aluno a desenvolver atitudes científicas. O aluno alfabetizado
cientificamente, estará preparado para enfrentar a sociedade de forma a ter seus valores pautados na Ciência,
ser um sujeito crítico, participativo nas decisões da sociedade e consciente de tudo que o cerca.

Palavras-chave: ações didáticas, atitudes científicas, ensino de Ciências.

1
Instituto Federal Farroupilha (IFFar).
2
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

313
O USO DE MATERIAL PEDAGÓGICO MANIPULÁVEL PARA O ENSINO DE
MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Adriano Barbosa Fernandes1, Antônia Lília Soares Pereira2

RESUMO
Os materiais manipuláveis podem ser utilizados de forma pedagógica no processo de ensino-
aprendizagem de Matemática. O uso de materiais manipuláveis no processo educacional permite o
desenvolvimento de propostas pedagogicamente valorizadas no que tange o aprendizado dos estudantes.
De acordo com a Teoria da Aprendizagem Significativa, para contribuir com a compreensão dos conceitos
matemáticos, o material utilizado necessita ser potencialmente significativo. O objetivo deste estudo
consiste em analisar como os materiais manipuláveis: prancha trigonométrica e ciclo trigonométrico, são
potencialmente significativos para o ensino dos conceitos de circunferência trigonométrica. Quanto aos
objetivos específicos deste estudo, destacam-se: 1) Contribuir no processo de ensino-aprendizagem do
conteúdo de Circunferência Trigonométrica por meio do uso da prancha trigonométrica e do ciclo
trigonométrico; 2) Analisar como a utilização dos materiais manipuláveis pode facilitar o processo de
ensino-aprendizagem de Matemática; 3) Descrever, à luz da aprendizagem significativa, a importância de
metodologias de ensino que utilizem de materiais manipuláveis para o ensino de matemática. Quanto à
metodologia da pesquisa, este estudo é de abordagem qualitativa, em que se utilizou métodos empíricos. É
um estudo descritivo e analítico, com viés explicativo. Para a coleta de dados da pesquisa utilizamos os
instrumentos: questionário, registros, diário de campo e imagem. Como resultados da pesquisa, apontamos
que, por meio do uso de materiais manipuláveis para o ensino de Circunferência Trigonométrica, a
aprendizagem pode ser mais significativa e eficaz. A pré-abordagem de conhecimentos prévios dos
estudantes sobre a trigonometria com a utilização dos materiais manipuláveis contribuiu para a
identificação de possíveis lacunas quanto aos conhecimentos matemáticos que seriam abordados no
decorrer das aulas. Com o auxílio dos materiais pedagógicos manipuláveis (prancha trigonométrica e ciclo
trigonométrico) e a abordagem da Teoria da Aprendizagem Significativa, os estudantes compreenderam
melhor os conceitos geométricos e trigonométricos, além disso, participaram efetivamente das atividades.
Neste sentido, o uso da prancha trigonométrica e do ciclo trigonométrico foram potencialmente
significativos, uma vez que, os estudantes apresentaram interesse em aprender. Conclui-se que, faz-se
necessário pensar em propostas educacionais alternativas e metodologias de ensino que possibilitem o
desenvolvimento de competências e habilidades matemáticas dos estudantes. O uso de materiais
manipuláveis nas aulas de matemática torna-se de extrema importância e como fator imprescindível para o
aprendizado, pois estes recursos didático-pedagógicos possibilitam a reflexão, a prática e a autonomia no
processo educativo.

Palavras-chave: circunferência trigonométrica, ensino-aprendizagem de matemática, materiais


manipuláveis, teoria da aprendizagem significativa.

1
Licenciatura em Matemática (em andamento) pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO).
2
Doutorado (em andamento) em Educação em Ciências e Matemática (REAMEC/UFMT). Professora do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO).

314
FONTE DA VIDA (ÁGUA): GESTOS DIDÁTICOS NA PRÁTICA DOCENTE

Felippe Augusto Gonçalves1; Gabriela Carneiro de Almeida1, GabrielaOliveira Barzi1, Gabriela Rúbia
Brazil1, Carlos Alexandre Felício Brito2

RESUMO
O presente relato visa apresentar o objeto de estudo e as estratégias utilizadas pela docente, a fim de
garantir os devidos resultados no processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, procurou-se observar a
aplicação de uma sequência didática, pela professora de campo, sobre o objeto de conhecimento água
(ciências), recurso natural essencial para equilibrar e conservar a biodiversidade. A pesquisa ora apresentada
classifica-se como qualitativa de natureza descritiva e interpretativa com características do Design
Experiment Research (DER), como proposto por Cobb et al. (2003). Para a compreensão dos procedimentos
de pesquisa existem três fases a serem elucidadas como: fase Prospectiva (prepara a DE, portanto aqui se
revela a Sequência Didática - SD), fase Reflexiva (conduz a DE) e fase Retrospectiva (analisa o que ocorreu
na DE). O estudo foi desenvolvido no município de São Caetano do Sul, na escola Sylvio Romero. Os
participantes são alunos do 5º ano do ensino fundamental, sendo escolhidos intencionalmente 32 discentes.
Como instrumentos de observação foram utilizados registros fotográficos e anotações no diário de bordo.
Após a observaçãoda SD aplicada, os resultados foram analisados em conjunto com o professor na formação
do PIBID.Na fase reflexiva, observamos a professora apresentar o objeto de ensino aos alunos por meio do
gesto didático fundador presentificação, o qual introduz o propósito em cena didática para que o aluno tome
conhecimento do que será abordado. Feita a introdução e com o objetivo de ajudar no processo de ensino-
aprendizagem, iniciou o processo de materialização através do uso de diferentessites com atividades e jogos
digitais, lousa digital e atividades de corte e colagem. Contudo, para quefizesse sentido para os discentes e
eles conseguissem compreender onde poderiam usar o conteúdo no seu dia a dia, foi preciso que a
professora trouxesse a matéria para a realidade deles, transformando-a numa linguagem mais clara,
adequada e acessível. Neste gesto (o qual denomina- se elementarização), o objeto foi decomposto e
apresentado em suas diferentes dimensões. Em seguida, utilizou-se do apelo à memória através da retomada
de conteúdo, recorrendo à memória didática dos alunos no processo de novas aprendizagens e manutenção
das já adquiridas. Na fase retrospectiva, observamos junto a professora, que a utilização de variadas
tecnologias colabora para a fixação e a aprendizagem do objeto vigente. O PIBID proporcionou aos
universitários experiênciassobre a realidade vivida em sala de aula, provendo repertório maior de estratégias
pedagógicas e mostrando que é necessário estar atento às novas informações, como também entender as
exigênciase a importância de se adaptar de acordo com a demanda de cada aluno.

Palavras-chave: Gestos didáticos, água, PIBID.

1
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), discentes do programa PIBID
2
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), coordenador institucional do programa PIBID

315
MAKHINA ENGINEERING CLUB: CRIAÇÃO DE UM CLUBE DE ENGENHARIA VISANDO
O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES STEM EM ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA

Omar Ferreira dos Santos Junior1, Arthur Rolim de Oliveira2, José Heitor de Almeida Santos3

RESUMO
Os clubes estudantis proporcionam experiências educacionais enriquecedoras para os estudantes,
preparando-os para o futuro com impacto profundo no seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. As
atividades de um clube estudantil possibilitam que os estudantes explorem seus interesses ou se aprofundem
no desenvolvimento de habilidades específicas ou ainda ganhar experiência em tópicos que não são
abordados pelo currículo escolar vigente. Com intuito de atender a uma demanda levantada pelos dois
estudantes do 9º ano que buscam capacitação e repertório em STEM, o professor, que na ocasião estava no
Mestrado Profissional em Astronomia - MPAstro, na Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS,
relatou suas experiências no desenvolvimento do seu projeto de pesquisa em produção de materiais
didáticos e divulgação científica inspirou seus estudantes a propor a criação de um clube de engenharia na
escola com foco em desenvolvimento de habilidades STEM. Os clubes focados em STEM oferecem uma
plataforma única para promover o desenvolvimento de habilidades essenciais e moldar futuros líderes na
área. Além disso, esse tipo de clube estudantil contribuiu na formação dos estudantes na medida em que
trabalhar em equipe em projetos complexos ensina habilidades valiosas de comunicação, cooperação e
liderança, além da responsabilidade de planejar reuniões, estabelecer metas e manter a organização do clube
fornece experiência prática em gerenciamento. A motivação principal dos estudantes é compor um conjunto
de registro de experiência para futuros processos seletivos no país e no exterior, tendo em vista que a
participação em clubes STEM pode ser um diferencial significativo nas candidaturas universitárias e futuros
processos seletivos de emprego, pois mostra um comprometimento com o aprendizado contínuo,
aprimoramento de habilidades e a busca por oportunidades de liderança, que é algo valioso em qualquer
área profissional. Além disso, as instituições de ensino que oportunizam a criação e manutenção de clubes
estudantis STEM incentivam o crescimento intelectual e o desenvolvimento pessoal de seus estudantes,
contribuindo para uma sociedade mais bem preparada para os desafios tecnológicos do século XXI.

Palavras-chave: STEM, clube estudantil, atividades extracurriculares

1
Colégio Helyos, omar.ferreira@colegiohelyos.com.br
2
Colégio Helyos, arthur.roliveira@students.colegiohelyos.com.br
3
Colégio Helyos, jose.hasantos@students.colegiohelyos.com.br

316
Bioestatística: Conhecimento Básico sobre Educação Ambiental e a Coleta Seletiva

Souza-Sobrinho, Humberto Bezerra,¹ ²; Lima, Júlia Maria Conceição²; Oliveira, Maíra Medeiros ² ; Silva,
Patrícia Lopes Galdino ².
GRE Recife Norte – SEDUC ¹ - PE; UPE – Garanhuns ²

RESUMO
A coleta seletiva é o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são possíveis de serem
reciclados, previamente separados na fonte geradora. No entanto, envolve o processo de separação de
diferentes tipos de lixo. As divisões mais clássicas são: plástico, papel, metais e vidro. Podem existir
também outras categorias de lixo, como por exemplo, o lixo orgânico ou eletrônico. Cada cor utilizada na
coleta seletiva tem um significado específico. Entender o que cada cor representa é fundamental para
realizar a separação correta dos resíduos. Por exemplo, recipiente azul (descartes como jornais, revistas,
embalagens de papelão, caixas e outros materiais similares), vermelho (garrafas PET, embalagens plásticas,
sacolas, potes e tampas), verde (garrafas, potes e frascos de vidro), amarelo (latas de alumínio, latas de aço,
tampas metálicas), marrom (restos de alimentos, cascas de frutas e legumes, e outros materiais
biodegradáveis) e cinza (papel higiênico, fraldas descartáveis). A Educação Ambiental pode ser entendida
como os processos pelos quais o indivíduo e a comunidade constroem valores sociais. No entanto, podendo
ser definida como conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente. Na pesquisa, foi utilizado um formulário do Google Form, com 68 pessoas de diferentes
idades com perguntas diretas acerca do conhecimento da Educação Ambiental, da coleta seletiva, tipo de
coletor para variedades do lixo descartado. Em seguida, foi elaborada uma tabela de frequência, com valores
e gráficos com dados bioestatísticos para identificar qual idade tinha mais dificuldade em diferenciar o uso
de cada lixeira, o tipo de lixo referindo-se a educação ambiental. Neste contexto, o objetivo dessa pesquisa
foi identificar através de dados Bioestatísticos, o conhecimento básico de educação ambiental, a coleta
seletora com pessoas de diferentes idades, identificando qual idade tem mais facilidade em diferenciar os
tipos de lixeiras no uso da coleta seletiva. Os resultados estatísticos mostraram que das 68 pessoas
entrevistadas, 60 com idade mais jovem disseram saber o que é Educação Ambiental e faz uso da Coleta
Seletiva adequada. Enquanto os demais afirmaram não ter conhecimento à respeito da EA, por isso não faz
uso da coleta seletora.

.Palavras-chave: coleta seletiva, educação ambiental, bioestatística.

317
NOVO ENSINO MÉDIO: DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO EAD

HORN, Cláudia Inês1,RAMALHO, Lara Brum 2,FÜHR, Marcela Érica3, BERSCH, Maria Elisabete4

RESUMO
O Grupo de Pesquisa “Currículo, Espaço, Movimento” (CEM/CNPq), vinculado ao Programa de
Pós-Graduação em Ensino da Universidade Vale do Taquari - Univates/Lajeado-RS, investiga a aula como
uma forma de impulsionar a reflexão referente ao currículo, em sua relação com a docência e com os
processos de ensinar e aprender. Vinculado ao grupo CEM, encontra-se o Grupo de Trabalho (GT3)
“Docência Inventiva, Aprendizagem e Educação a Distância”, que tem como objetivo investigar a aula na
educação a distância e, ao compreender a docência como uma prática inventiva, analisar como as
tecnologias da informação e comunicação são capazes de possibilitar uma EAD mais criadora e potente. O
presente resumo apresenta um recorte da pesquisa, que teve como objetivo conhecer as percepções de
professores da Educação Básica em relação à possibilidade de implantação de um percentual da carga
horária do Ensino Médio na modalidade EAD, prevista na resolução nº 3 de novembro de 2018. Para
conhecer tais percepções foram entrevistados cinco professores de uma Escola de Ensino Médio da Rede
Estadual, situada na região da 3ª Coordenadoria Regional de Educação/Estrela/RS. Atendendo ao disposto
nas atuais diretrizes do Ensino Médio, a escola reorganizou sua proposta curricular, está implementando os
itinerários formativos, e ampliando a carga horária do curso. Nesse movimento, um período de aula por
semana da proposta do Ensino Médio noturno, passou a ser ofertado na modalidade a distância, no horário
vespertino. Atendendo ao disposto nas atuais diretrizes do Ensino Médio, a escola reorganizou sua proposta
curricular. O primeiro movimento de análise indica que os professores observam que até o momento, a
proposta de implementar um percentual da carga horária EAD reverberou em mais desafios do que
potencialidades. O professor entrevistado 3, por exemplo, destaca a dificuldade em mobilizar os estudantes.
A mesma preocupação é ressaltada por outros professores, em especial, porque na proposta em vigor, esta
carga-horária tem sido realizada no horário vespertino, o que dificulta a mobilização dos estudantes. Nas
palavras da professora entrevistada 1: “...o professor está aqui na escola para cumprir a sua carga horária e
está disponível pra ficar aqui interagindo com os alunos, mas os alunos não estão. É a hora que eles saem
do trabalho e vão pra escola.” e ainda “Esse primeiro período ele não tem como ser síncrono, se o aluno...
está se deslocando pra escola.”. Outra preocupação é com o preparo docente para atuar nessa modalidade.
Os professores entendem que a modalidade EAD não pode se restringir à temas de casa ou a transposição
de uma aula presencial, mas não se sentem preparados para planejar a aula a partir de outras lógicas. Assim,
revela-se uma descrença dos professores entrevistados quanto à possibilidade da oferta uma parte da carga
horária EAD como uma alternativa possa agregar qualidade ao Ensino Médio.

Palavras-chave: educação a distância, ensino médio, políticas educacionais.

318
ESCRITORES MIRINS: UMA ALTERNATIVA DE PRODUÇÃO TEXTUAL SIGNIFICATIVA

Fernanda Sturion, Everton Viesba e Marilena Rosalen

RESUMO
Escrever para a maioria das pessoas não é algo fácil e para o professor, que precisa pensar em como
trazer para seu aluno uma proposta que gere interesse, pode e muitas vezes é, algo bem mais complexo do
que parece. Refletindo sobre essa questão surgiu um projeto que foi desenvolvido com uma turma do
terceiro ano do Ensino Fundamental, em que os alunos entrevistaram duas autoras de livros infantis, para
posteriormente escrever o próprio livro. Todo o trabalho desenvolvido demorou quase um ano, pois
inicialmente os alunos conversavam sobre a possibilidade de escrever um livro, tendo o professor como
escriba. Surgiu então, a dúvida do que escrever! Depois, com o tempo ficou acordado que seria contada a
trajetória da turma em busca da escrita de um livro. Com a frequência de uma aula por semana, ou a cada
quinze dias, os alunos iam ditando a história que era digitada pela professora, com o uso do notebook e a
televisão, para que todos pudessem ler o que estava sendo escrito. Na próxima aula, era realizada a leitura
do que já estava escrito, para continuar e corrigir o que eles queriam. Com o texto pronto, foi feita a divisão
da história em páginas e em duplas ou trios, eles foram os ilustradores da própria história. Ao final, com o
texto e a ilustração pronta, foi realizado o envio para a editora, que organizou o livro. Veio então, a proposta
para que cada aluno escrevesse a sua biografia e o seu desenho. Com tudo pronto, os alunos participaram
da última leitura/revisão. Nesse momento, teve aluno que se emocionou por ver o livro praticamente pronto.
Foram feitas as indicações de uma ou outra mudança, que eles julgaram relevante. O produto final foi o
livro. Cada aluno ganhou o seu, que foi entregue aos pais, gratuitamente. Do início ao fim do projeto, foi
evidente o interesse da maioria dos alunos, inicialmente e posteriormente dos pais, que se emocionaram ao
conhecer o projeto, aceitaram e autorizaram que o mesmo fosse publicado. Falas como “Meu neto realizou
o meu sonho de escrever um livro!” ou comentários de como é emocionante poder registrar a escrita do (a)
filho(a), nesse momento foram ditas e ouvidas. Hoje, o livro pode ser encontrado no site da V&V Editora
gratuitamente. Ao final de um percurso longo, mas de muito significado para quem se envolveu, fica a
sensação de que uma semente foi plantada, que pode florescer e gerar interesse para que novos autores
nasçam nesse momento. O projeto teve o objetivo de desenvolver a escrita dos alunos, mas muito mais do
que somente ensinar a escrever corretamente, o projeto teve o objetivo de mostrar para os alunos que a
escrita precisa ter significado para eles, que ela pode fazer parte do nosso dia-a-dia, desta forma é possível
desmistificar a escrita e a leitura.
Mantenha este espaço em branco.
Palavras-chave: escrita, significo, produção e revisão textual

319
A ARTE DA PERFORMANCE COMO FERRAMENTA EDUCATIVA

Gilvani José Bortoluzzi1

RESUMO

A presente pesquisa de ensino e extensão abordou o processo colaborativo criador de uma


Performance que foi desenvolvida no segundo semestre de 2019, num Grupo de Pesquisas vinculado ao
CNPQ. O teórico Guattari embasou e sedimentou as ações performativas em seu aspecto teórico
fundamentando os campos de resistência relativos às questões de cunho ambiental. Conforme Guattari
(1990, p. 8-9):" O que está em questão é a maneira de viver daqui em diante sobre esse planeta, no contexto
da aceleração das mutações técnicos-científicas e do considerável crescimento demográfico". Atualmente,
o mundo passa por uma explosão demográfica nunca antes vista na história da humanidade.
Especificamente, no Brasil, este crescimento populacional verificado, principalmente após a virada do
milênio, aliado ao grande avanço dos processos de industrialização, tem levado grande empresas do
agrobussines a aplicação abusiva de agrotóxicos, com a desculpa de conseguirem suprir esse grande avanço
populacional. A Performance em questão também se embasou em uma experiência prática carregando
pedras a partir de narrativas de relatos de sofrimentos de transeuntes no Campus de uma Universidade
pública brasileira. As relações entre a perspectiva teórica e a experiência prática geraram o trabalho que
aborda os defensivos químicos utilizados nas lavouras para produção de alimentos. As materialidades que
compõe a obra são projeções, um carrinho de supermercado, tomates podres e o performer em ação.

Palavras-chaves: arte da performance, educação, questão ambiental.

1
Possui Graduação em Artes Cênicas (2015) e Licenciatura em Teatro (2019) ambos pela Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM/RS). É Mestre em Artes Visuais em 2018 pelo PPGART/UFSM (Programa de Pós-Graduação em Artes
Visuais). Atualmente cursa Pedagogia Diurno pela UFSM/RS.

320
A COMMÉDIA DELL’ARTE NA EDUCAÇÃO

Gilvani José Bortoluzzi1

RESUMO

A pesquisa dedicou-se ao processo criador da Performance Reciclando (De) Ilusões foi


desenvolvida no segundo semestre de 2019 no Laboratório de Performance, arte e cultura, ligado ao CNPQ
e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGART), da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM). Os teóricos Bergson, Carson, Cohen, Fo, Glusberg, Goldberg, Schechner e Stanislávski,
embasaram as ações performativas nos aspectos teórico-práticos. A Performance teve como objetivos
revitalizar as artes ao borrar as fronteiras entre elas aproximando a dança, do teatro, das artes visuais, da
literatura, entre outras manifestações, além de revelar seu caráter transgressor de padrões instituídos. Os
procedimentos metodológicos buscaram subsídios na Commédia Dell’arte, sendo realizados em
laboratórios em sala de ensaios, por meio de improvisações. Reciclando (Des) Ilusões, constitui uma
abordagem da futilidade burguesa reforçada pelo capitalismo e foi apresentada nos dias 20 e 24 de setembro
de 2019 no Centro de Artes e Letras (CAL) da UFSM.

Palavras-chave: commédia dell’arte, performance, zanni.

1
Possui Graduação em Artes Cênicas (2015) e Licenciatura em Teatro (2019), ambos pela Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM/RS). É Mestre em Artes Visuais em 2018 pelo PPGART/UFSM (Programa de Pós-graduação Artes Visuais).
Atualmente cursa Pedagogia Diurno pela UFSM/RS.

321
A FÍSICA DO DIA-A-DIA: DA SALA DE AULA A SALA DE CASA.

Msc. Mariele Lima1, Dr. Arthur Gonçalves Jr 2


RESUMO

Esta experiência é fruto do meu trabalho no projeto: Sistema de Organização Modular de Ensino –
SOME da Secretaria Estadual de Educação – SEDCU/PA. Nesta modalidade, que atende alunos do Ensino
Fundamental (anos finais) e Ensino Médio, nas ilhas e ramais, as disciplinas são ofertadas por módulos de
50 dias, onde 4 módulos compõe um ano letivo. No 1º módulo de 2023, na comunidade Rio Sapucajuba,
município de Abaetetuba, durante as aulas de Física com a 3ª série do E.M. sobre eletricidade surgiram
muitos relatos, depois reforçados durante a pesquisa pela comunidade local, pertinentes ao objeto de ensino
estudado que causavam prejuízos e risco a integridade das pessoas. Como a perda de equipamentos elétricos
por oscilação de energia e raios, além da instalação de transformadores elétricos na ilha, em postes de
madeira, com altura abaixo do recomendado e próximo das árvores. Diante do exposto propus, uma Feira
de Física que relacionasse os objetos de ensino estudados em sala de aula e a realidade daquela comunidade.
Tendo como: Objetivo Geral: Integrar a escola e a comunidade na qual ela está inserida, a partir da
exposição de trabalhos que observam a aplicação dos conceitos da Física, promovendo práticas mais
seguras durante a utilização de equipamentos elétricos. Objetivos Específicos: Consolidar as
aprendizagens em Física; Produzir trabalhos relacionados a demanda da comunidade; Expor o que foi
produzido, tendo a comunidade em geral como público alvo. A Feira aconteceu em um espaço cedido pela
comunidade, uma vez que a quantidade de pessoas esperadas não seria facilmente acomodada na escola, a
exposição ocorreu o dia todo e a comunidade prestigiou o evento e manifestou sua satisfação ao
compreender que os objetos de ensino estudados em sala fazem parte do cotidiano de todos nós e orgulhosos
pela produção e desempenho dos alunos, que no geral são parentes e amigos, uma vez que a ilha tem poucos
habitantes. Como resultado desta experiência pedagógica foi possível observar consolidação das
aprendizagens dos alunos, através da percepção destas no seu cotidiano, o que permitiu elaborar uma série
de orientações para a prevenção de acidentes e melhor utilização de equipamentos elétricos como o uso de
aterramento e o filtro de linha, o distanciamento das linhas de alta tensão das árvores e do solo, a busca por
lugares seguros durante tempestades com raios, entre tantas outras orientações. A produção e a exposição
dos trabalhos promoveram a troca de saberes entre escola e comunidade, e a autonomia e autoestima entre
os alunos.

Palavras-chave: Física, Feira, Integração escola-comunidade.

1
Secretaria de Estado de Educação – SEDUC/PA.
2
Universidade Federal do Pará - UFPA; Instituto de Educação Matemática e Científica – IEMCI.

322
A INFLUÊNCIA DE MERLEAU-PONTY NA EDUCAÇÃO : UM OLHAR SENSÍVEL ONDE A
AFETIVIDADE CONDUZ O ENSINO-APRENDIZAGEM

Eliane Terezinha Piccolotto1 Adriano Furtado Holanda2

RESUMO

No âmbito educativo, a consideração das múltiplas perspectivas que abrangem o conhecimento


humano é crucial, especialmente em um cenário em constante evolução devido aos avanços tecnológicos.
Além disso, as crescentes discussões sobre inclusão social destacam a necessidade de uma abordagem
holística e sensível ao contexto. Sob o olhar fenomenológico, influenciado por pensadores como Merleau-
Ponty, podemos desenvolver uma sensibilidade intuitiva que nos permite compreender, de forma mais
profunda, as nuances e complexidades das interações entre professores e alunos. Esse entendimento mais
aprofundado pode resultar em uma abordagem instrutiva mais eficaz, uma vez que leva em consideração a
diversidade de manifestações e necessidades individuais. Ao refletirmos sobre as experiências vivenciadas
no processo de ensino-aprendizagem no ambiente escolar, reconhecendo as inúmeras peculiaridades e a
singularidade de cada sujeito, tornamos o ato de ensinar intrinsecamente dinâmico. É fundamental destacar
o papel do corpo como uma parte integral do ser humano nesse contexto. Na escola, há diversos caminhos
a serem explorados, mas é imperativo ressaltar a dimensão afetiva. Ao dar ênfase a esse aspecto, os
estudantes podem adquirir o conhecimento necessário para se tornarem indivíduos independentes e
criativos. Assim sendo, ampliamos nossas perspectivas e acreditamos que, mesmo quando os alunos podem
inicialmente não estar plenamente envolvidos, nosso objetivo ético é orientá-los em sua jornada
pedagógica, ajudando-os a reconhecer o valor da educação e seu papel na construção de uma sociedade
mais justa. Diante disso, emerge a necessidade de estudos adicionais que explorem a influência da
afetividade no ensino-aprendizagem à vista das contribuições de Merleau-Ponty, buscando novas
abordagens para aprimorar a prática educativa.

Palavras-chave: educação, ensino-aprendizagem, Merleau-Ponty.

1
Universidade Federal do Paraná (UFPR).
2
Universidade Federal do Paraná (UFPR).

323
A INTLIGÊNCIA ARTIFICIAL E O GEOGEBRA E SUAS POSSIBILIDADES NA EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA

Cláudio José Braga de Bittencourt1, André Luís Andrejew Ferreira2 Rozane da Silveira Alves3

RESUMO

A inteligência artificial (IA) tem se mostrado cada vez mais presente em diversos aspectos de nossas
vidas, e a educação é um deles. Na área de matemática, o uso da IA pode auxiliar no desenvolvimento de
soluções inovadoras e personalizadas para aprimorar a aprendizagem dos alunos. Algumas maneiras como
a inteligência artificial pode ser usada na educação matemática: 1º. Personalização do aprendizado: A
inteligência artificial pode ajudar a adaptar o conteúdo matemático para cada aluno, levando em conta suas
necessidades e dificuldades específicas. Isso pode ser feito por meio de análises de dados, identificando
quais são os pontos fracos de cada aluno e fornecendo exercícios e atividades que atendam às suas
necessidades; 2º. Tutoria virtual: A inteligência artificial pode desempenhar o papel de tutor virtual,
guiando os alunos em sua jornada de aprendizagem. Um tutor virtual pode fornecer feedback instantâneo
sobre o desempenho do aluno, ajudá-lo a resolver problemas e oferecer sugestões para melhorar seu
desempenho; 3º. Jogos educacionais: A inteligência artificial pode ser usada para desenvolver jogos
educacionais matemáticos que sejam adaptativos e personalizados para cada aluno. Esses jogos podem
ajudar a tornar o aprendizado mais divertido e envolvente, além de proporcionar feedback imediato sobre
o desempenho do aluno; 4º. Análise de dados: A inteligência artificial pode ajudar a analisar grandes
quantidades de dados educacionais, permitindo que os educadores identifiquem padrões e tendências que
podem ajudá-los a desenvolver estratégias de ensino mais eficazes, e 5º. Reconhecimento de voz: A
inteligência artificial pode ser usada para desenvolver tecnologias de reconhecimento de voz que permitem
que os alunos interajam com o conteúdo matemático por meio da fala. Isso pode ajudar a tornar o
aprendizado mais acessível para alunos com dificuldades de escrita ou leitura. Nesse contexto, o Geogebra,
uma ferramenta de software dinâmico e livre, para ensino de matemática, tem se mostrado uma opção
promissora para a integração com a IA. Como mencionado anteriormente, uma das possibilidades de uso
do Geogebra com a IA é o desenvolvimento de sistemas de tutoria inteligente. A combinação do Geogebra
com técnicas de IA pode levar ao desenvolvimento de sistemas que analisam dados coletados durante a
interação do aluno com a ferramenta e geram feedback personalizado com base no desempenho do aluno.
Além disso, o Geogebra também pode ser usado como um assistente de aprendizagem, sugerindo atividades
ou construções baseadas no nível de habilidade do aluno e adaptando a dificuldade à medida que o aluno
progride. Outra possibilidade de uso da IA em conjunto com o Geogebra é o reconhecimento de padrões
nos dados gerados pela ferramenta. Um bom exemplo é que o Geogebra pode ser usado em conjunto com
técnicas de aprendizado de máquina para reconhecer os padrões de erros cometidos pelos alunos em cada
etapa da resolução de problemas. A inteligência artificial em conjunto com o geogebra tem o potencial de
revolucionar a educação matemática, proporcionando aos alunos experiências de aprendizagem mais
personalizadas, interativas e eficazes.
Palavras-chave: Inteligência artificial; geogebra; educação matemática

1
Escola Freinet
2
Universidade Federal de Pelotas - UFPel
3
Universidade Federal de Pelotas - UFPel

324
A OBSERVAÇÃO DE LÂMINAS HISTOLÓGICAS COMO ESTRATÉGICA PEDAGÓGICA
NO ENSINO MÉDIO

Letícia Soares Coelho1, Lorena Araujo Tenório Cerqueira1 , Victor Hugo Sanches Pinto 1, Ionice de
Oliveira Moreira Cardoso 2 e Leilane Maria Barcellos Nepomuceno 3

RESUMO

A histologia é o estudo das células e dos tecidos do corpo e de como essas estruturas se organizam
para constituir os órgãos. O microscópio é uma ótima ferramenta para abordagens educacionais e o
instrumento utilizado para a visualização das células, pois estas possuem pequenas dimensões. A BNCC
(Base Nacional Comum Curricular) em suas competências específicas, estimula a utilização de
procedimentos práticos das Ciências da Natureza como forma de aguçar a curiosidade sobre o mundo, a
construção e avaliação de hipóteses e a investigação de situações-problema. O relatório técnico do INEP
de 2019 aponta que apenas 40,9% das escolas estaduais do Brasil possuem laboratório de Ciências.
Entretanto, a ocorrência deste espaço físico, não garante que esteja equipado adequadamente. O
oferecimento de atividades práticas favorece o desenvolvimento de postura reflexiva e investigativa. O
objetivo do nosso trabalho foi oferecer uma atividade prática, com o uso de microscópio de luz, para a
observação de preparados histológicos, com intuito de estimular a curiosidade sobre células, tecidos e
órgãos. Discentes do PIBID-Biologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ
organizaram e apresentaram uma oficina na feira de Ciências do C.E Barão de Tefé (Seropédica – RJ) para
alunos do ensino médio – do 1º ao 3º ano. A apresentação ocorreu da seguinte forma: foi utilizado um balcão
contendo dois microscópios, com lâminas de intestino delgado e tecido ósseo. Os alunos do ensino médio,
circulavam livremente pelas oficinas da Feira de Ciências, porém, notamos que a presença dos microscópios
estimulava que eles se aproximassem para experienciar a atividade. Cada grupos de alunos atendido,
recebeu explicações, com apoio de material explicativo que foi produzido, impresso e colado sobre placas
de EVA e disponibilizado na bancada. Após as explicações, os discentes observavam as lâminas e
realizavam perguntas e na troca de ideias, recebiam mais informações e curiosidades sobre o material
apresentado. Aproximadamente 60 discentes participaram da oficina. Os alunos demonstraram grande
interesse e entusiasmo pelo tema, principalmente pela oportunidade de observar as lâminas ao microscópio.
Concluímos que a utilização de estratégias motivadoras que complementam o método tradicional de ensino,
além de oportunizar o acesso à informação, permitem que os alunos experimentem de forma prática a teoria
apresentada em sala de aula. A escola também é o espaço mais adequado para agregar novos conhecimentos
e habilidades propício para a produção e a difusão do conhecimento.

Palavras-chave: microscópio, tecidos, órgãos

1-Graduando(a) em Licenciatura em Ciências Biológicas-UFRRJ,

2- Professora do Colégio Estadual Barão de Tefé, Seropédica, Rio de Janeiro

3- Professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

325
A SUSTENTABILIDADE COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NA CONSTRUÇÃO DE
MODELOS DIDÁTICOS

Emily Vitória Ferreira dos Santos 1,Geovana Barbosa Veiga da Silva1, Ivis de Menezes Ribeiro 1, Maria
Clara Cunha de Souza1, Flávia Martins Valim2

RESUMO
As questões ambientais têm sido uma preocupação crescente em todo o mundo e, no
âmbito educacional, as escolas desempenham um papel crucial na formação de cidadãos responsáveis
e conscientes. Dessa forma, o projeto Lixo Zero implementado pela SEEDUC (Secretaria de Educação do
Estado do Rio de Janeiro) trabalha a direção de resíduos concentrados nas escolas, através da
problematização e da formação do pensamento crítico. Segundo Storck (2016, p. 31), “O projeto Lixo Zero
trabalha a gestão dos resíduos sólidos dentro da escola por meio da problematização e formação do
pensamento crítico para conscientização, trazendo a compreensão dos problemas ambientais relacionados
ao lixo, utilizando diferentes linguagens para informar e sensibilizar”. Em virtude disso, o presente
trabalho teve por objetivo realizar uma atividade prática com discentes do ensino médio, utilizando
materiais que seriam descartados pela própria escola, para desenvolver modelos celulares 3D e trazer para
a discussão a conscientização sobre o tema sustentabilidade. O projeto foi desenvolvido por pibidianos do
Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-UFRRJ, que desenvolvem
suas atividades no CIEP 156 Dr. Albert Sabin localizado no Município de Seropédica- RJ. Os alunos da
escola receberam informações sobre a importância da reciclagem e como reutilizar materiais descartados
como matéria-prima para outras produções. Os alunos do ensino médio foram divididos em grupos, para
confeccionar o papel machê. O papel machê, consiste em uma massa feita de papéis, misturados com água,
liquidificados, coados e acrescidos de amido de milho e cola. Durante a atividade, os alunos foram
informados que o papel que utilizaram era proveniente da própria escola e que estavam realizando uma
atividade de reciclagem. Além da massa de papel, para modelagem das organelas, foram utilizados
também papelão e garrafas pet para a estruturação das células. Através dessa atividade, buscamos reforçar
os conteúdos trabalhados em Ecologia, levantando a importância da reciclagem. Ao final da atividade, os
discentes comentaram que ficaram surpresos com a transformação do papel picado em massa moldável e
de como foi possível construir diversas estruturas com materiais simples, que temos em casa. Foi reforçado
também que o material construído por eles possui durabilidade e que poderá ser utilizado por diversas
turmas. O tema sustentabilidade é uma das habilidades propostas pela BNCC (Base Nacional Comum
Curricular) com vistas a problematização de hábitos e práticas individuais e coletivos de produção,
reaproveitamento e descarte de resíduos em metrópoles, áreas urbanas e rurais. Com isso, percebemos que
através de atividades simples, temas relevantes podem ser abordados com participação ativa dos discentes.

Palavras-chave: material reciclado; práticas sustentáveis; impacto ambiental

1-Graduando(a) em Licenciatura em Ciências Biológicas-UFRRJ,

2- Professora do CIEP 156 Dr Alberto Sabin, Seropédica, Rio de Janeiro

326
FUNCIONAMENTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: UMA DISCUSSÃO SOBRE AS SUAS
FORMAS

Lucineide Bispo dos Reis Luz 1, Renato Henrique da Luz 2

RESUMO

Nesta investigação, são analisadas as principais capacidades da Inteligência Artificial que podem
simplificar as tarefas do dia a dia em várias atividades. Estas capacidades compreendem a Representação
do Conhecimento, Aprendizado de Máquina, Aprendizado Profundo e Mineração de Processos. O estudo
tem como propósito examinar o impacto significativo da Inteligência Artificial em diversas áreas de estudo.
A Inteligência Artificial visa emular funções cognitivas humanas, como o reconhecimento de padrões,
raciocínio e aprendizagem. É previsto que entre 2020 e 2025, a Inteligência Artificial irá amplamente
substituir atividades como negociações comerciais e decisões legais, enquanto de 2026 a 2030, espera-se a
implementação global de um sistema unificado de transações comerciais, garantindo máxima segurança
através de criptografia. Ademais, a Inteligência Artificial tende a assumir um papel predominante no mundo
dos negócios e a contribuir de forma essencial na descentralização do poder em organizações autônomas.
As principais capacidades da Inteligência Artificial, que visam facilitar sua aplicação no dia a dia, envolvem
a compreensão do conhecimento, o processo de aprendizagem automática, a assimilação avançada e a
análise detalhada de procedimentos. Ao imitar os processos cognitivos humanos e adquirir conhecimento
por meio de dados, os sistemas podem se comportar de maneira semelhante a indivíduos com compreensão
comparável, ao mesmo tempo em que reduzem possíveis imperfeições no raciocínio humano. A integração
do conhecimento, conforme destacado por alguns autores é aplicada em âmbito global para interações de
perguntas e respostas, bem como na busca eficiente por informações online. A organização inteligente dos
dados está progressivamente sustentando atividades voltadas ao aprimoramento do conhecimento,
evidenciado pela eficácia das ferramentas de pesquisa online. Em relação ao processo de aprendizagem
automática, conforme delineado por alguns autores, essa abordagem permite o desenvolvimento de sistemas
capazes de identificar padrões e antecipar resultados futuros com base em uma análise meticulosa de dados,
facilitando decisões fundamentadas. O aprendizado desse sistema ocorre com intervenção humana mínima
e pode ser monitorado ou não. Juntas, essas capacidades essenciais da Inteligência Artificial estão
influenciando a trajetória futura das relações entre humanos e tecnologia, indicando um potencial
significativo para impulsionar a inovação e o avanço em vários setores da vida cotidiana e empresarial. A
progressiva evolução e incorporação dessas habilidades prometem transformar completamente a maneira
como os sistemas de informação são aplicados, redefinindo os limites do conhecimento e do desempenho
em uma era cada vez mais impulsionada pelas inovações tecnológicas.

Palavras-chave: knowledge representation; machine learning; inteligência artificial.

1
Universidade de São Paulo – FEA - RP
2
Universidade São Caetano do Sul - USCS

327
AS LEIS DO HOMEM EM AÇÃO NO TEATRO E FUTEBOL

Gilvani José Bortoluzzi1

RESUMO

A presente pesquisa visou o desenvolvimento de um estudo teórico – prático, com o intuito de


elaborar uma metodologia de trabalho para o ator, servindo de modelo na composição de um personagem
em um espetáculo teatral, buscando a organicidade. Foram quase vinte anos envolvidos com o futebol,
desde os primeiros chutes nas escolinhas da dupla Rio – Nal de Santa Maria/RS, até a chegada aos juvenis
do Grêmio Futebol Porto – Alegrense e após ao Coritiba Futebol Clube, e quando me deparei com o teatro,
após a entrada no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), observei muitas
semelhanças entre ambos, mas vou me deter em somente uma, a vontade, que nos dois casos são
fundamentais. O embasamento teórico reside em textos de Constantin Stanislavski (1863-1938),
objetivando uma atuação orgânica, com base nas “Leis do Homem em Ação”, por ele postuladas. O futebol
foi revisitado no aspecto do Movimento Humano, enquanto em termos teatrais, recorremos a Meyerhold
com os princípios da Biomecânica. Ao final dessa pesquisa, o resultado teórico e prático foi levado à
comunidade escolar, e ao público em geral na forma de um espetáculo-solo, além da apresentação de um
relatório reflexivo final, analisando o processo e os resultados obtidos.

Palavras-chave: leis do homem em ação, teatro, escola.

1
Possui Graduação em Artes Cênicas (2015) e Licenciatura em Teatro (2019), ambos pela Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM/RS). É Mestre em Artes Visuais em 2018 pelo PPGART/UFSM (Programa de Pós-Graduação em Artes
Visuais). Atualmente cursa Pedagogia Diurno pela UFSM/RS.

328
PARTILHA DE AULAS E AVALIAÇÃO CONTÍNUA – UM ESTUDO DE CASO APLICADO A
UMA UNIDADE CURRICULAR NO ENSINO SUPERIOR

Sofia Cardim1, Sandra Oliveira 2

RESUMO

A avaliação de estudantes, nos diferentes níveis de ensino, deve assumir um caráter contínuo, uma
vez que possibilita entre outros benefícios: um maior acompanhamento por parte do docente, a
possibilidade de um feedback constante; a oportunidade dos estudantes melhorarem de forma gradual o seu
desempenho; a redução da ansiedade e do stress, que ocorre muitas vezes quando o esforço se concentra
num momento de avaliação único; maiores níveis de assiduidade e de pontualidade; a consolidação de
aprendizagens mais significativas e a identificação precoce de dificuldades; uma maior retenção da
informação e a capacidade de relacionar conceitos; uma maior motivação intrínseca, entre outros aspetos.
Adicionalmente, destaca-se ainda a possibilidade de integração de atividades que potenciem o
desenvolvimento de soft skills, nomedamente, de aspetos relacionados com o trabalho em grupo/equipa, a
capacidade de comunicação (oral, escrita e digital) e de gerar empatia, a adaptabilidade, a resolução de
problemas, a liderança, a cross-cultural comunication, a resiliência e a inteligência emocional, a
criatividade; a gestão do tempo, o comprometimento enquanto aluno e a organização do trabalho. Estas soft
skills são cada vez mais priorizadas pelas empresas no recrutamento de trabalhadores e nem sempre são
devidamente exploradas/trabalhadas em contexto de sala de aula. O presente trabalho tem como objetivo
analisar o processo de avaliação aplicado no ano letivo de 2022-2023 na Unidade Curricular de Gestão
Internacional da Inovação, lecionada no 3º ano curricular da Licenciatura de Gestão de Negócios
Internacionais, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTiG) no Instituto Politécnico de Bragança
(IPB), em Portugal. Para além de uma avaliação com um caráter contínuo (os estudantes entregaram seis
atividades, um projeto final escrito, com a respetiva apresentação e realizaram dois testes de avaliação), as
docentes lecionaram a Unidade Curricular em conjunto e de forma articulada, aspeto que possibilitou a
partilha de aulas e abordagens diferenciadas, mas complementares, de ensino. A medodologia da
investigação assume uma tipologia híbrida. Trata-se de um estudo de caso, em que as investigadoras
assumem o papel de observadoras participantes. Uma vez que as docentes tinham lecionado a Unidade
Curricular no ano letivo anterior, tendo aplicado também um método de avaliação contínua, mas com um
menor número de atividades, existiu a possibilidade de comprarar os resultados relativos a parâmetros como
o rácio do número de estudantes avaliados vs. o número de estudantes inscritos, a média das classificações
obtidas pelos mesmos, e a sua assiduidade e a pontualidade. Como principais resultados, destaca-se que
ocorreu uma melhoria em todos os indicadores analisados. A lecionação da Unidade Curricular por duas
docentes com uma experiência profissional distinta e complementar à docência, possibilitou uma
abordagem mais prática/dinâmica dos conteúdos, bem como o fornecimento de perspetivas distintas,
embora integradas e o acesso a recursos de qualidade.

Palavras-chave: Avaliação contínua, aulas partilhadas, ensino superior.

1
Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança (ESTiG – IPB).
2
Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança (ESTiG – IPB).

329
A ESCOLA BARCA PENDULO: CRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO (1908 - 1948)

Jeferson dos Santos1, Marijane Silveira da Silva 2


RESUMO

O presente texto se constitui a partir da investigação do processo de criação de uma escola


denominada Barca Pendulo bem como seu processo de funcionamento em um espaço ribeirinho
denominado de Várzea Grande, região que se constituía parte da capital do estado de Mato Grosso, durante
o período estudado. A pesquisa partiu e foi norteada pela pergunta: Como se deu a construção e
funcionamento da escola Barca Pendulo no período de 1908 até 1948? Para traçar uma resposta foi realizada
uma pesquisa documental que desencadeou no levantamento de distintas fontes textuais pertencentes a
acervos variados que sob o respaldo da abordagem histórico-cultural no campo da história da educação
buscou alcançar o objetivo traçado. Como suporte na análise das fontes levantadas e selecionadas definiu-
se um referencial teórico metodológico que estivesse de acordo com os conceitos de instituições escolares
(NOSSELA e BUFFA, 2013; MAGALHÃES, 2004; SANFELICE, 2007) e de cultura escolar (JULÍA,
2001; VIDAL, 2004). Como aspecto balizador da pesquisa o recorte temporal considerou dois aspectos
principais: o ano em que foi criada a escola Barca Pendulo, em 16 de outubro de 1908, por meio da resolução
de n° 508 promulgada pelo então vice-presidente do estado Pedro Celestino Corrêa da Costa e; a o ano em
que Várzea Grande foi elevada à categoria de município, em 23 de setembro de 1948 pelo projeto de lei n°
126. Ao longo do período delimitado a instituição sofreu alterações, atendia em média 15 crianças, e a partir
de 1931 deixou de ser rural e passou a ser considerada urbana aspecto que não garantiu de imediato
melhorias na sua infraestrutura. Os dados parciais apontam que desde sua criação a escola Barca Pendulo
trouxe inovações para o espaço em que estava inserida uma vez que foi criada como escola mista, se
configurando em um espaço educativo que atendia meninos e meninas. Entretanto durante o processo de
funcionamento ao longo das quatro décadas aqui estudadas, percebemos que enfrentou vários percalços
como a não existência de um prédio próprio, fator que fez que com a escola funcionasse em residências
particulares e alugadas até a efetiva construção de um prédio próprio instalado em 1941. Constatou-se ainda
que, apesar dessa conquista a escola ainda se situava em uma região com características rurais e, apesar de
estar em uma região pertencente a capital e próxima da metrópole, os percalços para a consolidação da
oferta do ensino primário esbaravam nos aspectos estruturais da escola e salientavam as dificuldades de
solidificação de uma instituição escolar, o que não inviabilizou o acesso ao ensino para as crianças
ribeirinhas da região da Várzea Grande, em Mato Grosso.

Palavras-chave: história da educação, instituição escolar, Várzea Grande-MT.

1
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – jefersonsantos54@gmail.com..
2
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – mjanesilva@gmail.com

330
CINEMA E MEDICINA: UMA INTERSECÇÃO EM TEMPOS DA PANDEMIA DO COVID 19

Maria Luísa Jorge de Sousa Gonzaga 1, Maria Lúcia Jorge de Sousa Gonzaga 2, Alexandre Araújo Vicente
3
, Heron Fernando de Sousa Gonzaga 4, Maria Augusta Jorge 5
Mantenha este espaço em branco.

RESUMO

A máxima de que a vida imita a arte é a premissa desse trabalho, partindo-se de obras da indústria
cinematográfica com a temática de pandemias/epidemias. Embora produzidos anos atrás, estes filmes
envolvem diversas circunstâncias semelhantes às vividas com a pandemia do Covid-19. A história mostra
que as pandemias foram flagelos que marcaram as sociedades e ocorreram em contextos diferentes. Este
foi também o roteiro seguido e coincidente em muitos dos filmes analisados e referidos neste trabalho. Em
dezembro de 2019, um novo coronavírus, denominado Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2
(SARS-CoV-2) ou (2019-nCoV) de origem desconhecida se espalhou na província de Hubei, na China. A
doença epidêmica causada por SARS-CoV-2, foi chamada doença coronavírus-19 (COVID-19). Sua
presença pode ser assintomática, e manifestar sintomas desde leves até doença grave e morte. Como essa
infecção viral se expandiu internacionalmente, a OMS anunciou uma emergência de Saúde Pública de
preocupação internacional, decretando a pandemia da Covid-19. Para diagnosticar e controlar rapidamente
essa doença altamente infecciosa, indivíduos suspeitos foram isolados e procedimentos de diagnóstico e
tratamento foram desenvolvidos por meio de dados epidemiológicos e clínicos dos pacientes. Esse trabalho
procurou refletir sobre a interseccão entre o cinema e a saúde /medicina, quais as possíveis conexões entre
a ficcão e a realidade a partir do levantamento de filmes sobre a temática de pandemias mundiais,
produzidos pela indústria do cinema. Mesmo que os filmes sejam retratados de forma exagerada, pode-se
fazer diversas reflexões sobre os aspectos por eles apresentados. O levantamento das obras fílmicas foi
realizado a partir de consultas na rede social de filmes Filmow, no banco de dados de obras cinematográficas
IMDb, no site de buscas Google, no banco de dados de estudos acadêmicos Google Acadêmico e na
biblioteca de produções acadêmicas SciELO. Assim, levantamos 30 filmes com temática semelhante à
pandemia atual de Covid-19, realizados no período de 1971 a 2019. Os resultados foram organizados em
tabelas e relacionamos com estudos sobre cinema e pandemias/epidemias. Observamos quatro filmes -
Contágio (2011, Dir. Steven Soderbergh), A Gripe (2013, Dir. Kim Sung-su) e Epidemia (1995, Dir.
Wolfgang Petersen), e Guerra Mundial Z (2013, Dir. Marc Forster) - correspondendo à 10%, com total
semelhança a realidade da pandemia de Covid-19, tanto na forma de disseminação do vírus, isolamento e
quarentena e um filme com alguma semelhança. Partindo da ideia de que o cinema se configura como um
dos principais disseminadores de comportamentos, estes filmes podem fazer refletir a respeito do momento
em que vivemos.a este espaço em branco.
Palavras-chave: cinema, medicina, covid 19

1Especialização em Gestão de Produção e Negócios Audiovisuais (Curso de Cinema—FAAP)


2Conjunto Hospitalar do Mandaqui, São Paulo, Brasil

3Filmoteca (Centro Universitário Armando Alvares Penteado—FAAP)


4Departamento de Dermatologia – Escola Paulista de Medicina—EPM/UNIFESP

5Centro de Ensino Superior de Dracena—CESD

331
INSTRUÇÃO INDIVIDUALIZADA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA ANÁLISE A PARTIR
DE DISSERTAÇÕES E TESES

Érika Fabíola da Silva Maia1, Juliana Rink 2

RESUMO

O tema avaliação educacional é de suma importância ao refletirmos sobre as práticas de ensino-


aprendizagem em todas as áreas do conhecimento. Sabemos que a avaliação é muitas vezes retratada como
uma questão inquietante, traumática, classificatória e hierárquica no cotidiano escolar (LUCKESI, 2018).
Ainda, temos o desafio de garantir acesso e permanência na escola a todos os cidadãos, incluindo os
estudantes com deficiências que têm necessidades educacionais especiais e que têm direito às adaptações
nos formatos de ensino e instrumentos avaliativos. A instrução individualizada, para Krasilchik (2004, p.
103) se trata de “todas as atividades que o aluno tem liberdade para seguir sua própria velocidade de
aprendizado”, mas nem sempre isso se efetiva nas escolas. Diante do exposto, este estudo visa discutir a
presença de práticas avaliativas individualizadas em pesquisas de Ensino de Ciências. É derivado de uma
pesquisa do tipo estado da arte (MAIA, 2021), que analisou práticas avaliativas presentes em dissertações
e teses de Ensino de Ciências (1972-2016). Utilizamos o banco de dados do Centro de Documentação em
Ensino de Ciências da Unicamp (CEDOC) para as buscas e recuperamos 62 pesquisas. Os descritores
específicos para análise foram: formato do desenvolvimento e aplicação da prática pedagógica, duração da
prática, número de estudantes, anos escolares, planejamento, natureza dos instrumentos, resultados,
referenciais e concepções de avaliação descritas nas pesquisas. As práticas que se propuseram a avaliar
foram majoritariamente desenvolvidas por aulas expositivas, com 9o. anos, e duração média de um a dois
meses. Apenas uma das 62 pesquisas relatou uso de instrução individualizada para adaptação avaliativa,
inspirada pela presença de dois alunos com necessidades especiais no contexto de realização do estudo;
também discutindo a importância do replanejamento a partir dos resultados da avaliação (GONDIM, 2016).
A lacuna é ainda mais significativa ao entendermos que estudantes com ou sem deficiência possuem
especificidades que o atendimento individualizado poderia considerar e auxiliar o professor ao interpretar
os resultados dessas avaliações. Nos preocupa a ausência da instrução individualizada como estratégia
avaliativa no âmbito das pesquisas em Ensino de Ciências e esperamos que este estudo contribua para
fomentar discussões sobre o tema.

Palavras-chave: avaliação educacional, ensino de ciências, educação especial.

GONDIM, M. da S. Ensino de Ciências: Sequência Didática Multissensorial sobre solos. Dissertação de Mestrado,
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2016.
KRASILCHIK, M. Práticas de ensino de Biologia. São Paulo: Editora da USP, 2004.

1
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
2
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

332
EDUCAÇÃO PARA SUSTENTABILIZAR: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO
FUNDAMENTAL BRASILEIRO

Raquel Fernandes dos Anjos1, Gisele Santos de Jesus2 Joelma Cruz da Cunha3, Lilian Aquino Oliveira4

RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de relatar e analisar experiências desenvolvidas no âmbito do Programa
Residência Pedagógica, integrante da Política Nacional de Formação de Profissionais da Educação Básica
no Brasil. As práticas que o embasam ocorreram na Escola Municipal Rosineide Fonseca Vieira (Santarém-
Pará), na turma do 5º ano do Ensino Fundamental. O estudo tem natureza qualitativa, e foi realizado a partir
de pesquisa bibliográfica e empírica. O estudo bibliográfico tomou por base Gadotti (2008) Oliveira e
Brasileiro (2001). A pesquisa empírica foi materializada a partir da inserção das residentes no contexto
escolar, com a realização de observação sistematizada e regência de classe, na perspectiva da pesquisa-
ação. A regência de classe pautou-se na exploração de metodologias ativas, com abordagem interdisciplinar,
no ensino de Ciência e Matemática, transversalizados pela Educação para a Sustentabilidade. No ensino da
matemática, abordou-se: "figuras geométricas planas, sólidos geométricos, poliedros e corpos redondos”.
Utilizou-se como recursos pedagógicos massa de modelar caseira e palitos de dentes para formar poliedros
(cubo, pirâmide, prisma). Os alunos desempenharam essa atividade prática associando com conteúdo
exposto, além de que na exposição dos poliedros distinguiram a “pirâmide de base triangular da pirâmide
de base quadrangular”. No ensino de Ciências, abordou-se o conteúdo das “Unidades de conservação e
áreas verdes”. O desenvolvimento se deu a partir da socialização dos alunos buscando compreender a
importância da conservação, proteção e contribuição com o meio ambiente. Propôs-se uma atividade
prática, na qual os alunos desenvolveram um plantio de feijão no canteiro da escola, utilizando garrafas pet,
terra e sementes de feijão. Nos dias posteriores, os alunos observaram a germinação e crescimento. Essas
atividades oportunizam o desenvolvimento de práticas sustentáveis no cotidiano dos alunos, na busca por
um planeta sustentável, além de trabalhar a questão da educação para a sustentabilidade como eixo
norteador das atividades. Entre as conclusões do estudo destaca-se que é notório que, além da aula
expositiva, é necessário material concreto para que os alunos/as melhor assimilem os símbolos
matemáticos. As aulas com metodologias ativas aguçaram e instigaram os alunos a serem questionadores
e investigadores de nossa realidade. O contato direto com o campo profissional proporcionou mais
aprendizado às residentes, futuras docentes, aperfeiçoando o conhecimento em práticas que fortalecerão a
trajetória na Pedagogia. As vivências no âmbito do Programa Residência Pedagógica ofereceram
oportunidades para reflexão sobre práticas de ensino e aprendizagem, não apenas promovendo a
compreensão dos conteúdos, mas também incentivando a adoção de comportamentos sustentáveis,
alinhando-se ao objetivo maior de uma educação voltada para a construção de um planeta mais equilibrado
e sustentável.

1
Acadêmica do Curso de Pedagogia/Ufopa. Residente pedagógica/Pedagogia/Ufopa.
2
Acadêmica do Curso de Pedagogia/Ufopa. Residente pedagógica/Pedagogia/Ufopa.
3
Docente da Educação Básica. Preceptora do Programa Residência Pedagógica/Pedagogia/Ufopa.
4
Docente do Curso de Pedagogia/Ufopa. Orientadora do Programa Residência Pedagógica/Pedagogia/Ufopa.

333
EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE SOCIAL: VALORIZANDO A ESCUTA E AS
VIVÊNCIAS NO AMBIENTE ESCOLAR

Clodenize de Lima Silva1, Lílian Aquino Oliveira2

RESUMO

Este trabalho relata atividades desenvolvidas no âmbito do Programa Residência Pedagógica


(Capes) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Oeste do Pará
(PRP/Pedagogia/Ufopa), integrando as práticas de observação sistematizada do ambiente escolar. As
atividades foram realizadas na escola-campo, Ezeriel Mônico de Matos, vinculada à Rede Estadual de
Educação do Município de Santarém-Pará, sendo observada a interação dos estudantes em um evento
promovido pelo Centro Cultural Sapucaia em alusão ao Dia Internacional da Mulher (março de 2023). O
objetivo deste trabalho é analisar a relação entre escola e comunidade e relatar as percepções acerca dessas
experiências vivenciadas no Programa Residência Pedagógica, tendo como enfoque a importância das
relações dialógicas, da valorização dos diferentes saberes e do trabalho colaborativo, e, especialmente, da
igualdade de gênero como referências da Educação para a Sustentabilidade (EpS). A metodologia utilizada
foi a observação sistematizada das atividades realizadas na escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
Ezeriel Mônico de Matos e no Centro Cultural Sapucaia. Entre as observações realizadas, destacam-se: um
encontro de formação com troca de experiências e escutas no Quintal Sapucaia com corpo técnico da escola
Ezeriel, roda de conversa com os alunos das turmas de 2º e 3º anos do ensino médio da Educação de Jovens
e Adultos (EJA), professores, pedagogas e estudantes residentes, a participação na elaboração da
culminância do material, no último dia de evento acompanhando os alunos em uma aula aberta com a
premiação dos trabalhos desenvolvidos por eles. As discussões realizadas no âmbito do Programa
Residência Pedagógica e o respectivo referencial teórico estudado contribuíram para sensibilizar a
comunidade para a realidade de exploração e desrespeito pela qual milhões de mulheres passam
historicamente. Considera-se muito importante as discussões sobre a diversidade de gênero que ocorre nas
escolas, visto que as interações produzem conhecimentos é por meio delas com o outro e com a sociedade
que o ser humano se desenvolve em sua plenitude, é uma construção de sentidos e experiências repassadas
e acumulativas. Todas as ações realizadas produzem saberes, as relações representam sentidos concretos de
habilidades e cidadania. Essa mobilização e união da escola é muito importante no processo de ensino e
são práticas balizadoras do Programa Residência Pedagógica/Pedagogia/Ufopa, tendo como referência a
articulação entre teoria e prática, com vistas à sustentabilidade social, que se volta, também, à igualdade de
gênero e a satisfazer as necessidades presentes sem comprometer as gerações futuras, contribuindo para o
crescimento dos educandos.

Palavras-chave: Residência Pedagógica; Educação para a Sustentabilidade; Relações dialógicas; Diversidade de


gênero; Comunidade.

1
Acadêmica do Curso de Pedagogia/Ufopa. Residente pedagógica/Pedagogia/Ufopa.
2
Docente do Curso de Pedagogia/Ufopa. Orientadora do Programa Residência Pedagógica/Pedagogia/Ufopa.

334
A PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL: O QUE PODEMOS APRENDER COM ELAS?

Cláudia Inês Horn1e Lara Brum Ramalho2

O presente resumo é um recorte de um Trabalho de Conclusão de Curso I do curso de graduação de


pedagogia da Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, RS que tem como tema principal a
Participação Infantil. Este trabalho tem por problemática responder a seguinte questão: Quais as práticas
pedagógicas são utilizadas para viabilizar a participação das crianças no cotidiano da escola nos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental? Sendo assim, a pesquisa busca investigar as práticas pedagógicas que são
utilizadas para viabilizar a participação das crianças no cotidiano da escola nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que será realizada inicialmente por uma pesquisa
bibliográfica. Para este trabalho, o conceito de participação utilizado vem de Natália Fernandes em
Carvalho e Silva (2016). A autora explica que a participação deve ser um ato que seja significativo para o
indivíduo ao ponto de causar uma mudança social como consequência, mesmo que envolva ações menores
que afetam o próprio indivíduo ou seu grupo. No entanto, é fundamental que este sinta que sua ação é
valorizada por um determinado coletivo e que essa ação possa ter ou não um impacto percebido. Além
disso, a pesquisa pretende ir à campo para fazer uma geração de dados que emergirá da participação ativa
da pesquisadora e do encontro com os sujeitos que virão a fazer parte do contexto pesquisado fazendo uso
de três ferramentas de geração de dados como observações, entrevistas semi-estruturadas com professores
e rodas de conversas com as crianças da escola a ser pesquisada. Desta maneira, a pesquisadora entrou em
contato com uma escola em Garopaba, SC, a qual foi elencada pelo fato de realizar Assembléias trimestrais
com a participação de “todos” da escola. Após um primeiro contato por telefone, foi feita uma reunião via
ferramenta Google Meet, com a Diretora da escola para explicar a respeito da pesquisa e verificar a
viabilidade da realização da mesma na escola, a qual foi autorizada e o cronograma para a realização da
mesma, no ano de 2024, já está sendo planejado. Por meio dessa investigação pretende-se contribuir com a
educação ao falar sobre a participação das crianças como um processo colaborativo, no qual cada voz,
independentemente da idade, é essencial para a construção de um ambiente escolar mais enriquecedor e
inclusivo; e o quanto educadores, pais e gestores podem aprender com a perspectiva genuína e desinibida
das crianças.

Palavras-chave: Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Participação das Crianças. Práticas Pedagógicas.

Referências:

CARVALHO, Regiane S. de; SILVA, Ana Paula S. da. A participação infantil em foco: uma entrevista com Natália
Fernandes. Psicologia em Estudo, Maringá, Paraná, v. 21, n. 1, p. 187-194, mar. 2016. ISSN: 1413-7372. Disponível
em: https://www.redalyc.org/pdf/2871/287146384002.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

1
Universidade do Vale do Taquari/Univates.
2
Universidade do Vale do Taquari/Univates.

335
POESIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA: ANÁLISE DE UMA
VÍDEOAULA INTERDISCIPLINAR

Danielle Cristina Pereira1, Andiara Aparecida Sousa 2, Antonio Fernandes Nascimento Junior ³

RESUMO

Este trabalho relata uma atividade desenvolvida no primeiro semestre do ano de 2022 na disciplina
“Estudos e Desenvolvimento de Propostas de Ensino Interdisciplinar em Ciências” ofertada pelo Programa
de Pós-graduação em Educação Científica e Ambiental (PPGECA) da Universidade Federal de Lavras
(UFLA), Minas Gerais. Para a metodologia, foi utilizado um recurso audiovisual como facilitador, onde foi
desenvolvida uma aula, apresentando um diálogo entre diversos eixos temáticos. O objetivo foi apresentar
uma videoaula que utilizou um poema e a interdisciplinaridade do ensino de ciências com a perspectiva de
que as artes podem ser um caminho que permite um processo de ensino-aprendizagem emancipador,
trazendo um novo olhar para o mundo. Com isso, estudantes passam a pensar sobre a realidade que está em
sua volta, podendo refletir sobre os temas que são abordados. Corroborando com Souza et al. (2020), as
artes ajudam o sujeito a se encantar e ir para além, dando possibilidades para que ele possa viajar entre as
estrofes e rimas. Assim, as artes têm ajudado no processo de ensino-aprendizagem, tendo a capacidade de
despertar o encantamento, a curiosidade e a sensibilidade nos(as) discentes. O poema “Resposta do Jeca
Tatu”, de Catulo da Paixão Cearense, foi um forte aliado da educação científica, pois conseguiu despertar
o interessante dos(as) estudantes, possibilitando apresentar informações relevantes e contribuindo com a
participação de todos(as) na construção do conhecimento. De acordo com Noronha e Rotta (2020), o ensino
interdisciplinar de ciências permite discussões amplas com a participação de professores(as) e alunos(as).
Para diversos autores, como, Thiesen (2008) e Blauth (2015), para superar a visão fragmentada e limitada
do ensino e compreender a realidade, é necessário romper com engessamento das disciplinas, sendo esse
um dos objetivos da construção da videoaula. Dessa forma, foi feita uma produção audiovisual, onde duas
professoras interpretam personagens que dialogam entre si, discutindo temas como diversidade cultural,
crise socioambiental, agricultura familiar, política, ecologia, botânica e solos. Após a construção, a
videoaula foi apresentada durante a disciplina por meio do Google Meet, onde, posteriormente, discentes
que participaram da aula fizeram seus apontamentos. Em seguida, foi realizada uma análise de conteúdo
por meio da pesquisa qualitativa do efeito que a videoaula teve sobre os(as) estudantes. Como resultado,
percebemos que o poema e os recursos escolhidos provocaram um debate enriquecedor sobre as relações
entre sociedade, ciência e ambiente, tendo impacto positivo no processo de ensino-aprendizagem.
Os autores agradecem o apoio Capes, FAPEMIG e CNPq

alavras-chave: poesia, interdisciplinaridade, formação de professores

1
Universidade Federal de Lavras – UFLA.
² Universidade Federal de Lavras – UFLA.
³ Universidade Federal de Lavras – UFLA.

336
MINIESTAÇÃO METEOROLÓGICA COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO
APRENDIZAGEM DE CLIMATOLOGIA ESCOLAR.

Rosangela Aparecida Oliveira Brito1, Hélio Elael Bonini Viana 2

RESUMO

Na busca de um aprendizado significativo que saia dos moldes tradicionais de ensino, onde na
maioria das vezes os alunos são meros receptores de conteúdo e o professor apenas narrador, é de suma
importância encontrar alternativas para mudar essa situação. Dentre os principais problemas, nos
deparamos com conceitos básicos que deveriam ser assimilados em sua totalidade, mas por falta de um
aprendizado que os estimule, isto não acontece, deixando lacunas que os alunos levarão para as demais
séries. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi planejar, aplicar e avaliar uma proposta de intervenção
didática com o uso de uma miniestação meteorológica após a caracterização dos conhecimentos prévios
dos alunos e suas percepções sobre temas relacionados aos conteúdos de Geografia. A pesquisa foi realizada
em uma escola pública, com duas salas do 9º ano do ensino fundamental II, totalizando 74 alunos. E a
pergunta que buscamos responder é “em que medida o uso de uma miniestação meteorológica em um
percurso didático pode contribuir com o ensino-aprendizagem de Climatologia Escolar”. No que se refere
a sua construção, a miniestação foi equipada com aparelhos básicos de monitoramento como: barômetro,
higrômetro, pluviômetro, galo dos ventos e termômetros de máxima e mínima. Durante a pesquisa foram
realizadas atividades pedagógicas para avaliar o aprendizado dos alunos, e atividades para analisar os dados
coletados, em seguida apresentados à comunidade escolar. Trata-se de uma pesquisa-ação, que segundo
Tripp (2005) “é uma forma de investigação-ação que utiliza técnicas de pesquisa consagradas para informar
à ação que se decide tomar para melhorar a prática”. Os dados coletados consistiram em observações,
questionários, anotações em diário, atividades avaliativas, entrevistas, seminários e rodas de conversa, e
foram analisados utilizando a Análise de Conteúdo (AC) de Bardin (1977). As categorias a priori foram:
Conhecimentos prévios; O meio ambiente e a relação homem x natureza e A Climatologia como objeto de
estudo. Os resultados evidenciaram que um percurso didático que utiliza aulas teóricas e práticas, desperta
a curiosidade e a vontade de aprender dos alunos, e propicia um ambiente de construção de conhecimentos
que estimula a investigação científica, valoriza as singularidades dos indivíduos, suas vivências e suas
contribuições no coletivo.

Palavras-chave: miniestação meteorológica, climatologia escolar.

1
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
2
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

337
DESAFIOS E APRENDIZADOS NO ESTÁGIO DE DOCÊNCIA: EXPERIÊNCIA EM UMA
UNIVERSIDADE PRIVADA DO INTERIOR DO PARANÁ

Keylle Ranielle dos Santos1

RESUMO

No ano de 2022, iniciei uma etapa relevante em minha jornada acadêmica ao embarcar no estágio
de docência no ensino superior. Essa experiência foi uma exigência do programa de mestrado no qual estou
matriculado, com o objetivo de aprimorar minha formação e proporcionar contato prático no ensino
superior. Durante as quatro aulas de observação e duas de regência, tive a oportunidade de atuar como
docente em duas turmas do primeiro ano do curso de Direito na disciplina de Teoria das Ciências e Ciências
Políticas, compostas por 69 e 71 alunos, em uma universidade privada no interior do Paraná. Essa
experiência não apenas expandiu meus horizontes acadêmicos, mas também permitiu contribuir para o
desenvolvimento acadêmico desses alunos. Após participar como ouvinte, observando o comportamento e
a interação dos alunos com o professor titular da disciplina, realizei a regência das aulas seguindo o plano
de ensino da disciplina, que tinha como objetivo compreender o conceito de mercado de trabalho e suas
variáveis, com o intuito de identificar e interpretar taxas para análises macroeconômicas. Em ambas as
turmas, realizei a regência com a exposição do mesmo conteúdo, utilizando computador e projetor para a
exibição dos slides e quadro para a resolução dos exemplos e exercícios, permitindo uma exposição clara e
interativa do conteúdo, facilitando a assimilação pelos alunos. Durante o andamento da aula, mantive
abertura constante para esclarecer dúvidas ou revisar o assunto abordado. Após a conclusão da parte teórica
dos conceitos, iniciou-se o conteúdo da aula que envolvia o cálculo das variáveis que compunham o
mercado de trabalho, onde foram expostas as fórmulas das taxas e alguns exercícios de fixação para serem
resolvidos em sala. Após aguardar alguns minutos para a resolução desses exercícios, foi realizada a
correção, na qual ocorreu a participação de alguns alunos, principalmente os que se sentavam à frente. Por
fim, foi feita a chamada e o encerramento da aula, agradecendo ao professor titular regente e às duas turmas
por proporcionarem essa experiência. No geral, este estágio de docência não apenas cumpriu os requisitos
do programa de mestrado, mas também proporcionou grande aprendizado e entendimento do desafio que o
professor do ensino superior enfrenta para ser dinâmico na relação aluno/professor para o maior
desenvolvimento da aula e na formação desses alunos.
Palavras-chave: estágio de docência, experiência no ensino superior, graduação em Direito.

1
Mestrando em Gestão do Conhecimento nas Organizações - Universidade Cesumar.

338
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA ESCOLA PÚBLICA
MUNICIPAL DA CIDADE DE RECIFE-PE.

Alexsander Soares Da Silva1, Rosângela Cely Branco Lindoso2

RESUMO

A educação física enquanto componente curricular obrigatória, a partir da publicação da Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394/96, normatizada pela Base Nacional Comum Curricular
(Brasil 2017b) tem como objetivo desenvolver práticas corporais, por meio de inúmeras experiências para
crianças, jovens e adultos da Educação Básica. Desta forma este trabalho tem como objetivo relatar a
experiência vivenciada durante uma aula de educação física realizada em uma escola pública municipal na
cidade do Recife no estado de Pernambuco por estudantes do 4 período de Licenciatura em Educação Física
pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. O trabalho foi desenvolvido utilizando a abordagem
construtivista que segundo Freire (2009) utiliza o jogo como importante conteúdo de ensino, pois, enquanto
joga ou brinca, a criança aprende. Ainda segundo Freire (1994, p. 76) é importante nas atividades realizadas
aproveitar o caráter lúdico do jogo, dessa forma foram desenvolvidas atividades utilizando os conteúdos da
educação física partindo de jogos e brincadeiras populares tais como a brincadeira estátua, amarelinha,
batatinha quente utilizando bolas etc. As atividades foram desenvolvidas a partir do resgate de vivências da
cultura popular. Utilizou-se a análise qualitativa que segundo Minayo (2015) envolve um universo de
múltiplos significados atribuídos pelos sujeitos não podendo ser mensurado quantitativamente. A partir das
observações da participação dos alunos nas atividades realizadas na aula podemos perceber o quão é
importante a Educação Física Escolar e como ela impacta na vida dos alunos promovendo a socialização,
inclusão e interação entre o professor e o aluno, aluno e aluno, e entre o aluno com o objeto/conteúdo da
educação física.

Palavras-chave: educação física, escola, relato de experiência.

1
Universidade Federal Rural De Pernambuco (UFRPE)
2
Profa. Dra. Orientadora Universidade Federal Rural De Pernambuco (UFRPE)

339
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E PROCESSO DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA

Assissa Souza da Silva, Maria Cristina Mazzaia

A Educação Permanente em Saúde (EPS) emerge do contexto histórico do Sistema Único de Saúde
(SUS), pois este último tem em sua legislação a formação de profissionais, assim a EPS surgiu da
necessidade de ações educacionais que retratam os problemas enfrentados no cotidiano profissional. Os
enfermeiros passam pelo papel de liderança, pensamento crítico e decisivo através do Processo de
Enfermagem (PE), pois o PE com suas cinco etapas: coleta de dados/histórico, diagnóstico de enfermagem,
planejamento, implementação e avaliação das ações, visam garantir uma linguagem universal e qualidade
a assistência. Assim, o presente estudo tem como objetivo: identificar ações de educação permanente que
auxiliem o uso do processo de enfermagem pela equipe de enfermagem. Atualmente os profissionais de
enfermagem representam o maior quantitativo de trabalhadores no contexto da assistência à saúde, e são
relevantes as ações voltadas para esse público, pois as mesmas, também são atreladas a melhoria da
qualidade da assistência. Dessa forma o bom uso do processo de enfermagem, por uma equipe capacitada
resulta em um ganho significativo da assistência. O estudo foi descritivo, de natureza qualitativa, realizado
através de uma revisão integrativa através das seguintes etapas: definição do tema e elaboração de pergunta
de pesquisa, formulação dos critérios de inclusão e exclusão de artigos, coleta de dados dos artigos
relevantes encontrados, análise dos artigos selecionados. A coleta de dados ocorreu entre maio de 2023 e
agosto 2023. A busca ocorreu na base de dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), como
critérios de inclusão temos: publicações no ano de 2022 e 2023, serem no idioma português e da relação
das palavras chaves: educação permanente em saúde e processo de enfermagem. Resultados e discussão:
Foram encontrados 10 artigos, após a leitura dos mesmos, os mesmos foram classificados em categorias:
02 artigos na categoria de ações de educação permanente em saúde e processo de enfermagem, 6 em
fomentação de atividades de educação permanente em saúde e 02 de assuntos relacionados a assistência em
saúde no geral. Na categoria de ações de educação permanente em saúde e processo de enfermagem,
emergiram como resultado com tecnologias educacionais como infográfico e outro relatando a
incompletude dos registros de enfermagem por parte dos enfermeiros. Em relação a categoria de
fomentação de atividades de educação permanente, os resultados apontam para estratégias para fomentar e
ratificar a educação permanente em unidades de saúde, a diferenciando da educação continuada. E em
relação a categoria de assistência em saúde no geral, os achados demonstram uma preocupação com
treinamentos no geral para as equipes de saúde. Assim, através dessa pesquisa evidencia-se a necessidade
de maiores estudos voltados ao tema, uma vez que existem no momento poucas produções recentes que
relacionem educação permanente em saúde e processo de enfermagem, uma vez que o processo de
enfermagem resulta na segurança e qualidade da assistência do paciente e a educação permanente pode
sanar problemas cotidianos.

Palavras-chave: educação permanente em saúde; educação permanente; processo de enfermagem;

340
ENSINO DE CIÊNCIAS: CONCEPÇÕES SOBRE TEORIA E PRÁTICA A PARTIR DO
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Samara Ferreira da Silva1,João Paulo de Freitas2, Ducyely Lima Silva3, Maria Edilania da Silva Serafim
Pereira4, Cícero Magerbio Gomes Torres 5

RESUMO

O Ensino de Ciências vem passando por diversas transformações em relação aos métodos de ensino,
processos curriculares e formativos. Tem-se percebido a necessidade de ressignificar a forma de abordar os
conteúdos que serão ministrados em sala de aula, com isso exige-se o domínio de um conhecimento
aprofundado para o uso das ferramentas tecnológicas. Tais mudanças buscam elevar a qualidade da
formação dos novos professores como também fortalecer a visão de que a escola caminha junto com a
universidade a fim de alcançar a aprendizagem dos estudantes. Essa caminhada se fortalece com o Estágio
Curricular Supervisionado por ter sua extensão acadêmica na escola de educação básica oferecendo aos
acadêmicos um amplo suporte para compreensão sobre a formação de professores, seu aperfeiçoamento e
atividades que norteiam a teoria e a prática na escola de forma indissociável. Entender a prática docente
como momento de reflexão e aprendizagem propicia ao aluno a aquisição da experiência profissional e
inserção no mercado de trabalho. A parceria entre a Instituição de Ensino Superior e a escola de educação
básica, através do planejamento, metas, objetivos e atividades bem elaboradas contribuem e reconfigura as
competências e habilidades essenciais para a formação docente, assim como fortalece o compromisso com
a qualidade do ensino. Desse modo, justifica-se tal estudo por trata-se de uma problemática bastante
pertinente face à relevância do Estágio Curricular Supervisionado, a busca por respostas aos problemas que
a educação em Ciências enfrenta hoje, assim como alternativas que promovam mudanças nesse contexto
formativo. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo compreender as concepções de teoria e
prática a partir dos Estágios Curriculares Supervisionados a partir dos acadêmicos do curso de Licenciatura
em Ciências Biológicas da Universidade Regional do Cariri – URCA. A pesquisa apresenta-se a partir de
uma abordagem qualitativa e do tipo exploratória realizada a partir de um questionário o qual foi enviado
para o e-mail dos participantes. Na oportunidade foi esclarecido que os mesmos não seriam identificados
nos resultados. Participaram da pesquisa os estudantes do IX semestre da disciplina de Estágio Curricular
Supervisionado do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Regional do Cariri –
URCA, localizada na cidade do Crato, Ceará. A pesquisa foi realizada no segundo semestre letivo do ano
de 2022. Os resultados alcançados revelam a necessidade da ressignificação do Estágio Curricular

1
Universidade Regional do Cariri, email: samaraejoao10@gmail.com
2
Universidade Regional do Cariri, email: simplesmentejpp@gmail.com
3
Universidade Regional do Cariri, email: ducyely.silva@urca.br
4
Universidade Regional do Cariri, email: mserafim.edilania@urca.br
5 Universidade Regional do Cariri, email: cicero.torres@urca.br
5

341
Supervisionado no campo do Ensino de Ciências e a importância do mesmo poder contribuir para o
desenvolvimento profissional dos futuros professores de Ciências; oportunizar conhecer quanto ao
funcionamento e a organização da escola, lidar com as dificuldades recorrentes da sala de aula, tornando os
estagiários autônomos na tomada de decisões e na elaboração de atividades que permitam a compreensão
dos conhecimentos biológicos por seus alunos e, principalmente, na aquisição de saberes docentes
construídos mediante sua vivência profissional. Por fim conclui-se que as concepções dos licenciandos
sobre a teoria e prática a partir do Estágio Curricular Supervisionado revelam a significância deste em seu
processo formativo e a magnitude do Estágio Curricular Supervisionado na estruturação da identidade
docente.

Palavras-chave: Formação de Professores. Ensino de Biologia. Identidades docentes.

342
´ ENVELHECER NO SÉCULO XXI: FORMAÇÃO, COMUNIDADES E REDES DE
COLABORAÇÃO.

Introdução: a longevidade humana é um fenômeno do nosso tempo, da nossa sociedade, em 1940


a expectativa de vida no Brasil era de 45,5 anos, em 2018 passou a ser de 76,3 anos (IBGE, 2020).
Investimentos educacionais em diversas áreas do saber foram feitos para humanidade alcançá-la. Nas
últimas décadas, mudanças são observadas no perfil demográfico da população brasileira, em razão do
número crescente de idosos, fenômeno conhecido por envelhecimento populacional (SIMÕES, 2016).
Neste cenário, torna-se fundante a ampliação de espaços de formação na perspectiva da aprendizagem ao
longo da vida para qualificar profissionais que trabalham junto com a população idosa. A aprendizagem ao
longo da vida abrange todo o período de vida (lifelong) e ocorre em variados contextos formais, não formais
e informais (life-wide), contemplando diferentes necessidades e demandas educativas das pessoas de todas
as idades (UNESCO, 2014). De acordo com Baviera (2017) e Ledesma et al ( 2022) estudos
interdisciplinares com foco no envelhecimento contribuem para ampliar a compreensão do homem, do
mundo, do ambiente físico e sociocultural e de todos os fenômenos que caracterizam a vida humana, nas
diversas fases. Concordando com os autores citados, afirmamos que a compreensão do envelhecimento
requer estudos interdisciplinares, situar o homem no tempo histórico, no contexto em que ele está inserido
e a desconstrução de uma visão abrangente, homogênea da velhice que rotula de forma negativa as pessoas
idosas. Esta compreensão errônea do viver/envelhecer, impulsionou as Nações Unidas a declarar 2021-
2030 como a Década do Envelhecimento Saudável com o propósito de mudar a forma como pensamos,
sentimos e agimos em relação ao envelhecimento (WHO, 2020). No Brasil, a maioria das pessoas continua
residindo em suas casas ao longo dos anos, por escolha individual ou do seu grupo familiar e também em
razão do número reduzido de instituições de longa permanência para idosos (ILPIs, antigos asilos) públicas,
aproximadamente 1% do total das existentes no país tem essa natureza. Segundo Fonseca (2018, 2021) e
estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2015) ageing in place ( e n v e l h e c e r e m c a s a
e n a c o m u n i d a d e , t r a d u ç ã o l i v r e ) significa apoiar a pessoa à medida que ela envelhece
a concretizar o seu desejo de permanecer na sua casa e no local onde ela se encontra, com autonomia e
independência. Estudos desenvolvidos por Fonseca (2018,2021) mostram a necessidade do engajamento
de governos através de políticas públicas, diálogos entre profissionais e da construção de redes de
colaboração no território, na comunidade visando a promoção do envelhecimento digno na concepção
ageing in place. O b j e t i v o : compreender as percepções de profissionais que trabalham com a população
idosa na Instituição de Longa Permanência Santa Rita localizada em Irati, Paraná sobre a importância da
aprendizagem ao longo da vida com foco no envelhecimento e da concepção ageing in place . Método:
trata-se de uma pesquisa de caráter explotória, descritiva e qualitativa. Como estratégia metodológica busca
relacionar práticas educativas disponibilizadas aos profissionais que trabalham com a população idosa nesta
Instituição de Longa Permanência na perspectiva da geração de aprendizagem ao longo da vida, nos últimos
dez anos. A investigação apoia-se em estudos da Unesco (2014) e desenvolvidos por Fonseca (2018, 2021).
Resultados esperados: sensibilizar profissionais sobre a importância da aprendizagem ao longo da vida,
promoção de diálogos na comunidade, construção de redes de colaboração entre os atores de diversas políticas
públicas e da sociedade. Conclusão: ampliar a visibilidade sobre a concepção ageing in place e a necessidade
da aprendizagem ao longo da vida tendo em vista a longevidade humana.

343
DOCENTES E AS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE QUÍMICA:
POTENCIALIDADES E DIFICULDADES EM CONTEXTO PANDÊMICO (COVID-19)

Érica Regina Silva1, Marilena Aparecida de Souza Rosalen2

RESUMO

Em 2020 e em 2021, devido a pandemia de SARS-CoV2 (Covid-19), as aulas presenciais foram


suspensas e os professores e as instituições escolares precisaram se adaptar às aulas remotas por meio das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Hoje, é impossível pensar em um mundo sem essas
tecnologias. No entanto, quando falamos da aplicação das TICs na educação temos uma realidade bem
diferente: as mídias se apropriam rapidamente das TICs enquanto a escola, por questões institucionais e
estruturais, têm dificuldade em acompanhar e se adaptar ao desenvolvimento tecnológico. (BELLONI,
2009). Dessa forma, a presente pesquisa objetiva compreender como professores de química do Ensino
Médio têm utilizado as TICs no processo de ensino-aprendizagem a partir de uma abordagem comparativa
antes do período pandêmico, durante a pandemia de Covid-19 e após o retorno das aulas presenciais. Para
aprofundar este estudo busca-se entender como essas ferramentas têm sido utilizadas na preparação e
durante as aulas, quais ferramentas e quais critérios foram adotados na escolha da ferramenta e como elas
contribuíram no processo educativo. Para isso, esta pesquisa de cunho qualitativa foi dividida em duas
etapas. Na primeira etapa, foi aplicado um questionário online por meio do Google Forms para 47
professores de química do ensino médio de vários estados brasileiros, sendo que alguns serão selecionados
para participar da segunda etapa da pesquisa. A segunda etapa, por sua vez, consistirá na realização de uma
entrevista semi-estruturada onde as respostas serão analisadas por meio da análise de conteúdo de Bardin.
O estudo está em andamento, portanto, foi realizada e analisada apenas a primeira etapa do estudo. Nesse
sentido, como resultados parciais da pesquisa, temos que, durante a pandemia, a experiência no uso das
TICs no ensino não influenciou os tipos de ferramentas adotadas: tanto professores inexperientes quanto
professores pouco ou muito experientes adotaram o uso de vídeos no YouTube, Google Meet e/ou
apresentação de slides. Em geral, os docentes aplicaram suas aulas de 3 formas: aula pré-elaborada (como
slides prontos), aula ao vivo que imitavam a aula presencial utilizando recursos como mesa digitalizadora
e quadro branco ou, uma minoria, que disponibilizou o material físico para retirada na escola. Metade dos
docentes participantes da pesquisa escolheram essas ferramentas apenas porque era a única forma de as
aulas acontecerem. Nesse sentido, como critério de seleção temos, para 21 docentes, o fácil acesso da TIC
para os estudantes, 11 docentes mencionaram seguir a exigência da escola, 9 docentes adotaram pela
facilidade no manuseio da ferramenta e apenas 5 docentes tiveram como critério principal os recursos
fornecidos pela ferramenta. No entanto, em relação às TICs específicas para o ensino de química, somente
o PHET Colorado foi lembrado por 10 docentes. Em geral, os docentes relataram ter tido uma experiência
entre moderada a muito boa (37 docentes). Dentre os docentes participantes, apenas 1 afirmou não optar
por usar TICs no retorno das aulas presenciais.
Palavras-chave: Ensino de química, Professores de Química, TICs, Pandemia

1
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - mestranda em ensino de ciências e matemática
2
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - professora do programa de pós graduação em ensino de ciências e
matemática e do programa de graduação em ciências - licenciatura

344
EXPLORANDO AS CONEXÕES ENTRE A MICROBIOTA INTESTINAL, COVID-19 E SAÚDE
MENTAL: UMA ANÁLISE DO EIXO INTESTINO – PULMÃO – CÉREBRO

Luciana Kanno1, Mayara de Castro Mohallem1, Marileia Chaves Andrade1,2

RESUMO

Em dezembro de 2019, ocorreu um surto de infecção viral com quadro clínico de doença respiratória
aguda grave, cujo agente etiológico foi genotipado e classificado como SARS-CoV-2 (Severe Acute
Respiratory Syndrome-Coronavirus-2), e rapidamente evoluiu para uma pandemia. Os coronavírus são
vírus de RNA que causam doenças respiratórias, entéricas e neurológicas. O SARS-CoV-2 é uma nova
variante, que usa a proteína de membrana “Spike” para entrar nas células-alvo do hospedeiro por meio do
receptor ECA-2 (Enzima Conversora de Angiotensina-2). Há uma forte ativação imunológica, com intenso
processo pró-inflamatório, caracterizado por ativação da imunidade inata, estado anérgico de algumas
células da imunidade adaptativa e grande produção de citocinas inflamatórias, fenômeno conhecido como
“tempestade de citocina”. Durante a pandemia da Covid-19 (Coronavirus disease 2019), encaramos novos
desafios relacionados ao bem-estar humano, como a manutenção da saúde mental. Muito se buscou sobre
o esclarecimento dos mecanismos envolvidos na patogênese da Covid-19 e, surpreendentemente, dentre
vários fatores, destaca-se o papel da microbiota intestinal. Esse ecossistema, através do eixo microbiota-
intestino/pulmão-cérebro auxilia na homeostase do organismo, influenciando na fisiologia dos sistemas
nervoso e imunológico. Bactérias autóctones da microbiota intestinal no estado de equilíbrio, estimulam as
células enterocromafins, responsáveis pela produção de grande parte da serotonina corporal. Baixos níveis
desse neurotransmissor foram observados em pacientes depressivos e estão relacionados ao desejo de
consumir alimentos ricos em doces e carboidratos. Ao longo da pandemia, a complexidade da miríade de
ações do vírus, mudanças de hábitos, sedentarismo e ingestão de medicamentos foram responsáveis por
uma disbiose na microbiota, impossibilitando a plenitude de suas funções. Todos esses fatores, aliados a
insegurança e ansiedade generalizadas que se desenvolveram com o isolamento social e a incerteza sobre
o futuro, podem diretamente relacionar-se a um declínio na saúde mental.

Palavras-chave: Covid-19, microbioma, transtornos mentais.

1
Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIT)
2
Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)

345
FORMAÇÃO CONTINUADA DE DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL -ANOS INICIAIS
DIANTE DA TEMÁTICA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Joice Helena Adriano Marcello Felipe1

RESUMO

A pesquisa tem como objetivo analisar as ações de formação continuada de um grupo de professores
dos Anos Iniciais diante da Temática História e Cultura Afro-brasileira e sua obrigatoriedade no Currículo
oficial da Rede de Ensino do Estado de São Paulo, as quais foram realizadas em uma Unidade Escolar da
Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo na cidade de São Carlos. A Lei Federal nº
10.639/03, veio alterar a Lei nº 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) incluindo no currículo
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. A pesquisa
considera a designação da função do Coordenador Pedagógico, que é ocupada por um professor efetivo
ou categoria F, como agente de formação continuada para a implementação da Lei nº 10.639/03. A relação
do coordenador pedagógico à prática reflexiva dos professores que ocorre individualmente e coletiva
durante o processo de formação, buscou apresentar a Cultura Africana e os afrodescendentes como
participantes na formação da sociedade brasileira, valorizando a diversidade por meio da identidade
cultural. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como instrumentos a análise de documentos , a
bibliográfica e o questionário semi-estruturado. O caminho percorrido pela organização do material
empírico apresenta três ciclos. O defino dessa forma por sua etimologia se assemelhar ao conceito de
Sankofa (CARMO,2016) um provérbio tradicional entre os povos de língua Akan em África Ocidental, em
Gana, Costa do Marfim e Togo que ensina a possibilidade de voltar atrás, às raízes, para poder avançar. O
primeiro ciclo narra os motivos que levaram ao desenvolvimento da primeira ação que está representada
no desenvolvimento do projeto sobre africanidades. O segundo ciclo, está relacionado a segunda ação de
formação que envolve a ampliação desse primeiro projeto em outra Unidade Escolar contemplando os
alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. O terceiro e último ciclo, considera a última
ação de formação que é decorrente da rotatividade dos professores na Unidade Escolar e os estudos sobre
a temática, houve a necessidade de uma educação do olhar dos professores às questões étnico-raciais, uma
vez que o processo de formação visa sensibilizar os processos e práticas educativas no âmbito escolar.
Pretendemos responder a seguinte questão: como as ações de formação continuada de um grupo de
professoras do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais, em uma Unidade Escolar da Rede Estadual de São
Paulo na cidade de São Carlos, foram organizadas de modo que atendessem a lei 10.639/03 no período de
2015 a 2020.O resultado da pesquisa indica que o projeto foi configurado em três ciclos os quais estão
interligados e o alcance do resultado está relacionado às demandas apresentadas durante a prática,
produzindo assim, um material educacional. O primeiro ciclo narra os motivos que levaram ao
desenvolvimento do primeiro projeto sobre africanidades; o segundo a ampliação do projeto para uma
Unidade Escolar contemplando os alunos dos anos iniciais e o terceiro voltado para o processo de formação
continuada dos professores.

Palavras– chave: formação continuada de docente, ensino fundamental, lei 10.639/03.

1
Universidade Federal de São Carlos UFSCar

346
A LEITURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL TEORIZADAS NO CURRÍCULO E PRATICADAS
NO COTIDIANO POR MEIO DO LÚDICO.

Janiara de Lima Medeiros 1, William de Goes Ribeiro 2

RESUMO

A conscientização da relevância do hábito da leitura se reforça com a prática. Desta forma,


os educadores constituem uma especial relevância na formação do leitor, corroborando com a afirmação de
Freire quanto “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Compreendendo a leitura e a produção
textual como atividades socialmente valorizadas, defende-se sua teoria e prática nos currículos acadêmicos,
sobretudo no do curso de graduação em Pedagogia. Assim, considerando os objetivos da disciplina “Leitura
e Produção de Textos” cuja ementa proposta contempla conteúdos a fim de favorecer a ampliação da
competência comunicativa dos graduandos. Enquanto educadores, a inquietação pela leitura e pela
produção textual é necessária para que os graduandos perpetuem esta prática quando em seu fazer docente.
A inquietação refere-se muito mais que uma determinação à leitura, mas uma motivação que pode ser
estimulada por diferentes sentidos. Neste trabalho busca-se compartilhar a experiência do incentivo à
produção textual motivada a partir da compreensão da leitura como essencial ao processo ensino-
aprendizagem, cuja provocação aos alunos se dá por diferentes leituras, métodos e recursos propiciadores
para o hábito de ler. Este é um resumo das atividades realizadas com os graduandos de Pedagogia da
Universidade Federal Fluminense – Instituto de Educação de Angra dos Reis (IEAR) que culminou em
produção de material pedagógico por meio das Fábulas. O gênero textual Fábula foi destacado em razão
de ter sido o gênero unanimemente descontraído, agraciado, inicialmente por sua leveza e, em seguida,
revelando seu forte teor de criticidade em que cumpre um valoroso papel na afirmação da relevância de
uma formação de leitores, gerando conhecimentos para os/ as estudantes. Os referidos textos, como uma
composição artística, remetem à experiência social e proposições para se viver. Sobre isso, temos
acompanhado questões delicadas com as quais estamos tentando lidar, como o preconceito e a
discriminação (política, de línguas, religiosa, econômica, de gênero, entre outras). As fábulas geraram o
atravessamento de tais problemas e convocaram, à sua maneira, como se deve lidar com a convivência,
incluindo aspirações, valores e expectativas. As produções dos docentes revelaram-se uma rede criativa e
corajosa, a qual já está gerando frutos para além dos textos, enfrentando desafios relacionados com as
desigualdades. Desobedecendo aos produtos curriculares enlatados e às normativas engabinetadas, as
produções textuais por meio do gênero fábulas convocam ao envolvimento pedagógico e político,
mobilizado por uma linguagem tão expressiva e poderosa quanto a escrita. Assim, podem coincidir em
alguns aspectos com documentos oficiais, mas geram opções que questionam, ainda que nas entrelinhas,
uma dura realidade que é parte do ensino no país, em tempos da globalização multidimensional. Realidade
desigual, explicitada nas trinta fábulas compostas pelos graduandos de Pedagogia envolvidos na
composição.

Palavras-chave: currículo, produção textual, fábulas.

1
Universidade Federal Fluminense - UFF.
2
Universidade Federal Fluminense - UFF.

347
JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

Andreza Michella Cardoso Nery1, Jéssica da Silva Nascimento2 , Andrea Carla de Paiva³, Maria Teresa
Barros Falcão Coelho⁴

RESUMO

Os jogos e as brincadeiras populares fazem parte da nossa cultura há anos, tendo sido passadas de
geração a geração ao longo do tempo. Nessas atividades lúdicas, a maneira de brincar vai se modificando,
pois não existem regras fixas, cabendo ao grupo negociá-las. Em geral, a construção das atividades lúdicas,
a serem realizadas durante as aulas, envolvem uma intencionalidade educativa por parte de pedagogos e
professores de Educação Física, que buscam tornar as aulas mais interessantes e ampliar a participação dos
estudantes. Este trabalho objetiva relatar a experiência das alunas de Licenciatura em Educação Física da
Universidade Federal Rural de Pernambuco em uma atividade de campo envolvendo as disciplinas de
Aprendizagem e Desenvolvimento Motor e Metodologia do Ensino da Educação Física Ensino
Fundamental - 1° ao 9° ano, em uma Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos
Iniciais do Recife. A metodologia implicou em dinâmicas de grupo com atividades lúdicas, envolvendo
jogos e brincadeiras populares, em duas turmas da Educação Infantil, que possuíam 11 alunos cada, com
faixa etária entre 3 a 6 anos. As atividades foram propostas a partir de uma metodologia de ensino com
abordagem desenvolvimentista, priorizando o desenvolvimento motor dos alunos. Tendo em vista a
importância que esse tipo de atividade tem para as aulas no contexto da Educação Infantil, a partir de
perspectivas que consideram o brincar em grupo como promotor dos processos de desenvolvimento e de
aprendizagem, sendo facilitador da integração entre as dimensões cognitivas, afetivas, sociais e motoras
das crianças. Durante a prática da atividade ficou nítida a felicidade das crianças e a necessidade do lúdico
ser cada dia mais valorizado, constando no planejamento da prática pedagógica do professor. Percebemos,
a partir dessa experiência, que é possível para os educadores utilizarem-se das brincadeiras e jogos
populares para estimularem o desenvolvimento e as habilidades motoras das crianças.

Palavras-chave: jogos, brincadeiras, educação infantil.

1
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
2
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

³ Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

⁴ Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

348
PRÁTICA DE ESTUDO DE CAMPO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO DE
GEOGRAFIA

Joilson Rodrigues Alves1, Emely Sena de Oliveira2, Wagner da Silva Dias3

RESUMO
Este resumo visa apresentar uma atividade de campo realizada durante o cumprimento das
atividades do Estágio Supervisionado no Ensino de Geografia, do curso de licenciatura em Geografia da
Universidade do Estado do Amazonas em Coari, e procuramos oferecer aos estudantes uma aula
diferenciada acerca da orientação no espaço. A atividade foi realizada com estudantes do 6° ano, da Escola
Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Coari-AM. Organizamos a atividade da seguinte forma:
a) pré estudo de campo, com uma aula dentro de sala, com aplicação dos conteúdos sobre orientação e
localização no espaço geográfico; b) depois realizamos a atividade de campo com a turma para concluir
atividade prática; e c) ocorreu o pós-estudo de campo para conversarmos sobre a atividade. O objetivo
proposto no planejamento da dinâmica era fazer com que os estudantes associassem os conteúdos teóricos
com a prática. Sendo assim, desenvolvemos a “caça ao tesouro” que consistia em descobrir objetos
escondidos por meio da orientação no espaço. Antes de sairmos da sala de aula com alunos, eles receberam
orientações de como aconteceria a dinâmica e sobre os cuidados que estes deveriam ter. Ao chegarmos ao
local a turma foi dividida em 4 grupos, e em seguida foi entregue a cada grupo um mapa da área de onde
se realizava a atividade. Na etapa seguinte receberam ordem para utilizar o mapa como ferramenta para
encontrar objetos que havíamos escondido nas proximidades da praça. Ao término da dinâmica foram
entregues brindes aos integrantes dos grupos, pois todos conseguiram concluir o trajeto. A dinâmica foi
proveitosa, pois os alunos demostraram empenho e interesse na realização da atividade. Acreditamos que,
considerando a abordagem no pós-estudo de campo, o conteúdo foi compreendido pelos estudantes, o que
nos motiva a sempre propor atividades diferenciadas para um ensino de geografia mais significativo.

Palavras-chave: estudo de campo, espaços não escolares, orientação.

1
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
2
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
3
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

349
Identidade da mulher discente da Educação de Jovens e Adultos

Marcele Ventura de Andrade de Oliveira1, Suzana Medeiros Batista Amorim2

RESUMO

A identidade das mulheres que frequentam a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil
apresenta-se multifacetada, moldada por uma variedade de fatores sociais, educacionais e psicológicos
vivenciados ao longo dos tempos. As referidas mulheres representam ampla diversidade em termos de
idade, origem étnica, motivações e experiências de vida. A identidade de uma discente na EJA é
influenciada por sua história de vida, desafios enfrentados e sucessos ou fracassos experenciados. A faixa
etária das mulheres desta modalidade abrange desde jovens a adultas que abandonaram a escola cedo, bem
como mulheres maduras que decidiram retomar os estudos. Muitas delas têm responsabilidades familiares,
o que exige um equilíbrio entre suas obrigações caseiras e o compromisso com a educação. O contexto
socioeconômico varia consideravelmente, com enfrentamentos e desafios financeiros significativos. Para
muitas mulheres, a EJA representa uma oportunidade de empoderamento, ajudando-as a desenvolver
habilidades, confiança, independência e autonomia, seja nos espaços sociais como nos pessoais. As
motivações para ingressar na Educação de Jovens e Adultos são diversas, abrangendo busca por melhores
oportunidades de emprego até o desejo de autoaperfeiçoamento e a realização de metas pessoais, que são
fundamentais na construção de suas identidades na escola, orientando seus objetivos educacionais. Frente
a isso, o estudo objetivou discutir as contribuições da Educação de Jovens e Adultos na construção da
identidade da mulher discente. Para atender tal objetivo, foi necessário traçar os objetivos específicos do
estudo, a saber: a) identificar os desafios vivenciados pela mulher jovem ou adulta discente na Educação
de Jovens e Adultos; e, b) entender como as práticas educativas desenvolvidas na EJA influenciam no
empoderamento da mulher jovem ou adulta discente. Para dar conta desses objetivos, a pesquisa, no viés
metodológico, foi inspirada nos pressupostos teóricos e nas dimensões de investigação de natureza
qualitativa, de cunho bibliográfico. O estudo foi ancorado, teoricamente, nas discussões de Fagundes
(2018); Freire (1992; 2001); Galvão e Di Pierro (2013); Hall (2006); Pimenta (2000); Silva e Silva (2019);
Tacca e Rey (2008); entre outros. Espera-se que o estudo possa contribuir com reflexões que valorizem
práticas educativas desenvolvidas na EJA que contribuam para o empoderamento da mulher discente dessa
modalidade de ensino.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; identidade; empoderamento da mulher.

1
Universidade de Vassouras – UNIVASSOURAS. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4919049820208040
2
Universidade de Vassouras – UNIVASSOURAS. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1834878681745178

350
LINGUAGEM MATEMÁTICA NA BNCC: LINGUAGEM E MATEMÁTICA

Marcella Gomes Esteves1,

RESUMO

“Linguagem” é um termo muito utilizado ao longo de todo o documento da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), seja dessa forma ou acompanhando de adjetivos como “linguagem matemática”, ou
no plural como “múltiplas ou diferentes linguagens”. A partir desses termos, surgem termos derivados como
“signos matemáticos” e “letramento matemático”, todavia, não há explicação sobre o sentido usado,
tampouco consenso de significado. Diante da inflação terminológica e da confusão conceitual existente,
interessa saber qual seria o conceito de linguagem matemática na BNCC, visto que é um documento nuclear
e normativo. Buscou-se, por todo o documento, a presença dos termos em questão e, pelo método indiciário,
inquiriu-se o que foi dito e o que se quis dizer sobre cada um dos termos. Nesse levantamento, foi possível:
1. encontrar significativa incoerência em ora agrupar Matemática como linguagem e ora excluí-la da Área
de Linguagens. A Quarta Competência Geral e a etapa do Ensino Fundamental da BNCC assumem que a
matemática seria uma das tantas linguagens existentes, entretanto, quando a BNCC destina uma área
específica para Linguagem, não a inclui; 2. especificamente na Área da Matemática, a maioria dos termos
que orbitam em torno de “linguagem matemática” referem-se a notação, registro, representação e,
especialmente, ao uso de técnicas e ferramentas próprias da matemática. Portanto, há divergência no
conceito de linguagem para a própria BNCC e há compreensão, por parte da área da Matemática, da
“linguagem matemática” ocupar toda a lógica formal dessa componente curricular. Não haveria
estranhamento se houvesse clareza sobre os termos usados, mas a integralidade do texto da área da
Matemática direciona a função dessa ciência como sendo o desenvolvimento das habilidades e
competências diante dos registros, formas de representações e técnicas desenvolvidas. Assume-se que a
Matemática se concentra na criação de sistemas abstratos realizados a partir da observação do mundo real,
porém há demasiada ênfase no desenvolvimento das formas de representação da realidade, a ponto disso
ter maior protagonismo no documento que a ciência em si, sobretudo ao domínio das técnicas e ferramentas
criadas com o intuito de melhorar o conhecimento matemático. Em decorrência da inversão de prioridades
na compreensão da Matemática, cria-se considerável distância, impossibilitando qualquer postura crítica
diante da realidade, uma vez que já não se sabe sobre o que se discute e sim apenas sobre como está sendo
representado o que se discute. A matemática tende a ser mais “linguagem matemática” que propriamente
área de conhecimento e o ensino passa a se concentrar em habilitar e capacitar estudantes para o uso de
técnicas específicas e ferramentas. Sendo assim, a matemática estaria injustamente apartada da área de
Linguagem.

Palavras-chave: matemática, linguagem, BNCC.

1
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

351
UM ESTUDO SOBRE A OCORRÊNCIA DE BULLYING NO ENSINO SUPERIOR

Tatiane Gonçalves1, Silvani dos Santos Valentim 2

RESUMO

O bullying pode ser definido como conjunto de atitudes agressivas, repetitivas e intencionais
adotadas por uma pessoa ou um grupo de pessoas com finalidade de causar intimidação, angústia, dor e
sofrimento. O objetivo desta pesquisa é analisar a ocorrência (ou não) do bullying no ensino superior, o
procedimento de pesquisa foi através de uma análise de periódicos da Scielo, Capes e Google Acadêmico,
onde as buscas foram feitas no período de 2003 a 2023. Após refinar essa busca, foram selecionados
quatorze (14) trabalhos e um (1) capitulo de livro para abordagem que discutiam a cerca dessa temática e
que serviram de base teórica para discussão desse artigo. Este estudo teve a pretensão de colaborar com a
escassa produção científica sobre a temática no ensino superior e verificar sua manifestação na
universidade, com intuito de fornecer dados para auxiliar na elaboração de projetos de prevenção ao
bullying, contribuindo para conscientizar a sociedade da importância e gravidade deste fenômeno. Após a
análise dos dados foi possível, por meio das publicações analisadas, compreender que ocorre o bullying no
ensino superior e precisa ser observado, afinal, o bullying é violência em qualquer contexto. Conclui-se que
é imprescindível tomar atitudes em relação à prática do bullying na universidade, a fim de garantir ao
estudante sua estabilidade emocional, psicológica e seu bem-estar.

Palavras-chave: bullying; ensino superior, violência escolar.

1
Centro Federal de Educação Tecnológica – MG (CEFET - MG) Tatiane Gonçalves
2
Centro Federal de Educação Tecnológica – MG (CEFET – MG) Silvani dos Santos Valentim

352
INCIDENTES CRÍTICOS IDENTIFICADOS NAS NARRATIVAS DE COORDENADORAS
PEDAGÓGICAS: DESAFIOS E APRENDIZAGENS

Simone Aparecida Silva Angelo Bassotto1, Laurinda Ramalho de Almeida2

RESUMO

Este trabalho apresenta resultados parciais de pesquisa concluída em nível de Doutorado em


Educação: Psicologia da Educação. Teve como objetivo geral analisar a compreensão de coordenadoras
pedagógicas da Rede Municipal de Ensino de São Paulo referente às relações interpessoais em sua
constituição e, como essas relações reverberaram em sua atuação profissional. A fundamentação teórica
pautou-se na Psicogenética Walloniana, em estudos de autores acerca da coordenação pedagógica, da
formação e do desenvolvimento profissional docentes, tais como: Almeida, Bolívar, Domingo, Fernández,
Josso, Placco, Tardif. Pesquisa qualitativa de abordagem autobiográfica que se utilizou de narrativas para
produzir informações. Para a produção das informações foram realizadas entrevistas inspiradas na
modalidade reflexiva (SZYMANSKY, 2018). As informações produzidas foram posteriormente analisadas
seguindo as orientações de Almeida (2012), buscando apreender o indivíduo por inteiro, considerando, a
partir do texto proveniente da entrevista, recuos, avanços e contradições explicitados. Os resultados de
pesquisa mostram que esse modo de investigação possibilitou: identificar como as coordenadoras percebem
o papel das relações interpessoais no desempenho de suas funções; identificar sentimentos e situações
indutoras que permeiam as narrativas das coordenadoras; analisar incidentes críticos provocadores de
aprendizagens. Incidentes críticos identificados nas narrativas das coordenadoras são considerados aqueles
acontecimentos cruciais que determinaram decisões e rumos nas trajetórias profissionais ou na própria vida.
Tais acontecimentos foram identificados pelas próprias narradoras referindo-se a momentos marcantes que
provocaram mudanças. As narrativas revelam que nas trajetórias das coordenadoras pedagógicas ocorreram
incidentes críticos que as levaram a sentirem-se desafiadas e impulsionadas a mudar de rumo na trajetória
profissional. Ao serem desafiadas, perceberam o quanto os incidentes críticos são provocadores de novas
aprendizagens.

Palavras-chave: coordenadoras pedagógicas, incidentes críticos, aprendizagens

1
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP.
2
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP.

353
CONCEPÇÕES DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA SOBRE JOGOS E SUA UTILIZAÇÃO

Alixandre Marques Cruz1, Carlos Alberto de Vasconcelos 2

RESUMO

O presente texto expõe o resumo de uma pesquisa de dissertação realizada em 2022 e teve por
objetivo compreender as concepções de professores de Matemática dos anos finais do Ensino Fundamental
de escolas da rede pública municipal de Poço Redondo (SE) sobre jogos e sua utilização. Para isso, foram
selecionadas cinco instituições de ensino desse município que possuem os anos finais do Ensino
Fundamental. A partir dessa escolha, participaram da pesquisa onze professores de Matemática que
lecionam nessas instituições de ensino. Como referencial teórico, buscou-se fundamentação principalmente
em Grando (2015, 2004, 1995) para nortear sobre a relevância do uso de jogos para o processo de ensino-
aprendizagem da Matemática. Já acerca do conceito da ludicidade do jogo e da distinção entre brinquedo e
brincadeira, adotou-se como base os apontamentos de Muniz (2021) e Kishimoto (2017). Por sua vez, o
entendimento de concepção é pautado por Matos e Jardilino (2016). Trata-se de uma pesquisa com
abordagem qualitativa e de um estudo de caso, no qual o instrumento de coleta de dados utilizado para
entender o fenômeno estudado foi o questionário semiestruturado, elaborado a partir das recomendações de
Gil (2008) e Marconi e Lakatos (2003). A análise dos resultados foi realizada por meio da técnica da análise
de conteúdo de Bardin (2016). Por meio dos resultados, foi possível identificar que todos os participantes
da pesquisa fazem uso de jogos em suas aulas de Matemática. Ademais, também foi possível evidenciar
quatro categorias: a primeira, o entendimento de jogo, que, segundo os docentes pesquisados evidenciaram
em suas concepções, é um recurso pedagógico cuja metodologia para seu desenvolvimento envolve
ludicidade, regras, interação, capacidade de desenvolver o raciocínio lógico e, a depender do jogo,
aprendizagem de determinados conteúdos matemáticos por parte de quem está jogando; a segunda diz
respeito a etapas e desafios do desenvolvimento do jogo, categoria na qual concluiu-se que os professores
estudam, planejam e fazem a testagem do jogo com seus familiares antes de levá-lo para ser desenvolvido
em suas aulas. Após essa testagem, fazem seu uso em momentos que podem estar relacionados com o antes
e o depois da explicação do conteúdo, todavia, também destacaram que para sua execução existem
obstáculos. Na terceira categoria norteada pelos tipos de jogos, constatou-se que jogos como quebra-cabeça
e tabuleiro são utilizados pela maioria dos participantes, seguidos dos jogos de estratégia, de cartas e os que
envolvem fixação de conteúdo, depois os jogos digitais e por último os jogos de azar e bingo. Na quarta e
última categoria, nomeada por conhecimento do professor sobre os jogos, concluiu-se que 82% dos
docentes possuem conhecimento sobre informações acerca do uso de jogos para o ensino de Matemática.
Palavras-chave: concepções de professores, ensino de Matemática, jogos.

1
Professor da rede estadual de Alagoas.
2
Universidade Federal de Sergipe (UFS).

354
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO E O DISCURSO CIENTÍFICO: UMA PROPOSTA PARA
AÇÃO SOCIOPOLÍTICA NA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA

Camila Cunha1

RESUMO

O debate sobre a questão do aborto no Brasil é marcado por seu aspecto controverso, dividindo
opiniões e grupos acerca da legalização ou não desse procedimento de forma voluntária pelas mulheres.
Frequentemente o discurso científico permeia essas discussões, sobretudo no que se refere ao início da vida
humana, evidenciando as complexas relações que se estabelecem entre Ciência e Tecnologia na Sociedade
e no Ambiente (CTSA). Entretanto, o debate acerca do início da vida não é convergente, sendo possível
identificar diversas interpretações para esse fenômeno, inclusive dentro da própria ciência. Partindo da
perspectiva CTSA buscamos situar o debate do aborto na educação científica, ao passo que evidenciamos
e problematizamos a utilização dos discursos científicos na questão da legalização do aborto. Assim,
apresentamos e discutimos neste trabalho um caso intitulado “Plebiscito da Legalização do Aborto”
estruturado a partir do modelo de Questões Sociocientíficas (QSC), que prevê objetivos CPA (conceitual-
procedimental-atitudinal), um caso e questões orientadoras do estudo. Escolhemos utilizar essa abordagem
para estruturar uma intervenção pedagógica sobre a legalização do aborto baseada em casos QSC pois, essa
temática se apresenta enquanto uma controvérsia no contexto sócio-político brasileiro. A utilização de
discursos científicos evidencia a articulação entre aspectos sociais e científicos em torno do debate sobre a
legalização do aborto. Vislumbramos que ao abordar aspectos científicos que envolvem a temática principal
da QSC será possível contemplar aspectos da natureza das ciências, discutindo a confiabilidade e os
mecanismos de poder atrelados ao conhecimento científico. Além disso, a QSC proposta evidencia
mecanismos legais de participação cidadã e democrática nas decisões coletivas, em específico aos direitos
sexuais e reprodutivos das mulheres. Alguns conteúdos biológicos poderão ser desenvolvidos por meio
dessa intervenção, tais como: reprodução humana, embriologia, fecundação, desenvolvimento fetal e saúde
coletiva. A legalização do aborto vem sendo reivindicada por segmentos do movimento feminista que lutam
pelos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, lançando críticas ao sistema patriarcal, ao machismo e
à falta de equidade nas responsabilidades perante o cuidado parental. Esse é um debate profundamente
marcado por questões morais e que envolve aspectos éticos e também aspectos científicos. É comum
utilizar-se do discurso científico para reforçar que o início da vida acontece na fecundação, ou ainda que ao
passo que os genes da mãe se “unem” aos genes do pai, estaria formada a vida. Evocar o discurso científico,
muita das vezes é sinônimo de expressar exatidão, neutralidade e veracidade a um determinado ponto de
vista. O valor que a ciência moderna ocidental possui nas sociedades contemporâneas é notável, e assim o
é visto as relações de poder que permeiam a atividade científica. Problematizar a utilização deste
conhecimento em debates como o levantado pela legalização do aborto, bem como abordar aspectos da
natureza das ciências na educação científica pode contribuir para uma formação em ciências que ajude os
estudantes a tomarem decisões individuais e coletivas em questões que envolvam aspectos sociocientíficos.
Palavras-chave: questões sociocientíficas, aborto, educação científica.

1
Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC/BA) e Universidade Federal da Bahia (UFBA)

355
AS CONTRIBUIÇÕES DA MUSICALIZAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

Cássia Figueiredo Rosas1 Ângela Maria Rodrigues de figueiredo 2

RESUMO

O presente trabalho visa estudar as contribuições da musicalização no processo de aprendizagem


das crianças bem pequenas na Educação Infantil. Por meio dele buscamos contribuir com a construção de
estratégias metodológicas para introduzir a musicalização na Educação Infantil. Tomaremos como
referência autores como Cipola e Oliveira Junior (2017), Marco Antônio Moreira (1999), Vygotsky (1988),
Bréscia (2003). A partir desses autores, construiremos um referencial teórico que nos ajude a estruturar os
seguintes conceitos: musicalização; aprendizagem e Educação Infantil. Deste modo nos dispomos a estudar
a musicalização como processo de aquisição de conhecimentos necessário às crianças desde a E.I. Além
disso, refletir sobre o processo de ensino, como condição para o desenvolvimento de uma prática docente
fundamentada. Para que este estudo se efetive, a dialética nos permitirá a aproximação com a realidade,
visando melhor compreensão do tema estudado e da perspectiva dos sujeitos envolvidos, possibilidade de
melhoria em sua prática no contexto da sala de aula. Esta pesquisa parte de uma inquietação da pesquisadora
com relação ao vínculo entre a musicalização e o processo de aprendizagem de crianças bem pequenas na
Educação Infantil, no intuito de conhecer e entender como ocorre esse processo e como a musicalização
pode contribuir para esse processo, apresentando formas de inserir a musicalização no contexto da sala de
aula. Ao realizar esta pesquisa são esperados resultados que possam contribuir para o melhor entendimento
do tema e auxiliar na aplicação de atividades que utilizam a musicalidade, refletindo em melhorias no ensino
e nas práticas desenvolvidas em sala de aula.

Palavras-chave: Musicalização, aprendizagem, Educação Infantil.

1
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
2
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

356
PERCEPÇÃO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL NA ESCOLA BÁSICA

Giovano Candiani 1, Alessandra do Carmo Vieira Candiani, Nilson Gabriel de Brito Madureira 2

RESUMO

O ensino da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) não é simples para alunos de graduação, pois
exige conceitos e métodos complexos e abordagens interdisciplinares. Ensinar AIA para alunos da escola
básica é ainda mais desafiador. Por outro lado, o ensino da AIA é fundamental para sua prática efetiva.
ambientais. Ensinar AIA no ensino básico é uma oportunidade de utilização de um tema gerador capaz de
promover a interdisciplinaridade, além de trabalhar conceitos ambientais presentes nos livros didáticos e
que precisam ser tratados nos conteúdos curriculares nas áreas de Ciências, Ciências da Natureza, Biologia
e Geografia. Assim, esta pesquisa busca caracterizar a percepção de alunos de uma escola básica quanto
aos conceitos da AIA e com isto subsidiar a elaboração de uma proposta de intervenção em educação
ambiental. O ensino da AIA não é tarefa fácil, exigindo-se conceituações complexas e, principalmente
entendimento da sistemática de processo. Os resultados da percepção dos alunos sobre AIA, permitiu
visualizar algumas lacunas conceituais importantes e de entendimento do processo participativo, sendo
incorporados na proposta de intervenção, que conta ainda com os princípios básicos da educação ambiental,
como enfoque humanista, holístico, democrático e participativo e pensamento crítico, fundamentais no
debate das temáticas e conflitos ambientais frequentes na AIA.

Palavras-chave: MEIO AMBIENTE; ESCOLA; IMPACTO AMBIENTAL.

1
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Campus Diadema.
2
Escola Estadual Professor Francisco Casabona, Osasco.

357
ENCAMINHAMENTOS PEDAGÓGICOS EM ARTES VISUAIS: PRÁTICAS NO ENSINO
FUNDAMENTAL I

Isamara Samira Ibrahim Felix1, Regiane da Silva Macuch 2

RESUMO

A produção artística na escola ocorre quando um estudante realiza um processo criativo. O resultado
desse processo pode ser um desenho, uma pintura, uma escultura, uma instalação, uma peça de teatro, entre
outras linguagens. Nesta experiência, os alunos do ensino fundamental conheceram a famosa pintura de
Vincent van Gogh denominada “Os Girassóis”. Falou-se sobre a vida do artista, a relação com seu irmão,
Theo, o estilo de sua pintura e seus trabalhos. Conhecer essas informações são importantes para a
compreensão do contexto em que o artista vivia e produzia. Cabe destacar que essa aula foi realizada com
turmas do 1º ao 5º ano e Classe Especial e os objetivos para cada turma diferiram em consideração à faixa
etária e realidade de cada grupo. Cada aula teve um encaminhamento diferente, embora a abordagem de
ensino utilizada como referência tenha sido a mesma, neste caso, a Abordagem Triangular para o ensino de
Arte, proposta pela arte-educadora Ana Mae Barbosa. No primeiro contato com as imagens, quanto mais
informações estiver disponível para os alunos, maior serão as conexões que eles farão. Informações como,
ano que foi produzida, tempo que o artista levou para concluir a pintura, tamanho da tela, local em que a
obra está localizada (ter um mapa nesse momento é interessante), é importante para que eles sejam capazes
de realizar conexões com sua realidade. Em seguida, os estudantes foram convidados a compartilharem
com os colegas suas percepções sobre as imagens a produzirem uma releitura da obra.

Palavras-chave: Práticas de Artes visuais, Abordagem Triangular, ensino fundamental.

1
Universidade Cesumar (UNICESUMAR)
2
Universidade Cesumar (UNICESUMAR)

358
OS IMPACTOS DO PROGRAMA ESCOLA 10 NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO
ESTADO DE ALAGOAS

Vitória Millena dos Santos 1, Karla de Oliveira Santos 2, Bruna Gomes da Silva3, Beatriz Gomes da
Silva4, Maria José dos Santos Lima5

RESUMO

O Programa Escola 10 tem provocado mudanças significativas na educação alagoana, a partir do


consenso da inovação, modernização e superação de desigualdades educacionais. Criado através da Lei nº
8.048/2018, o referido Programa segue sendo ampliado e possui como objetivos: elevar os índices
educacionais garantindo os direitos de aprendizagem, a partir da incrementação de inovações na gestão
pública, com acordos de colaboração entre o estado e os municípios alagoanos, no qual envolve assistência
técnica e financeira, produção de materiais didáticos, estabelecimento de metas e avaliações externas. O
objetivo desta pesquisa é analisar os impactos do Programa Escola 10 na formação de professores, através
de ações de controle e alinhamento entre o currículo e as avaliações externas. A investigação possui
abordagem qualitativa, através da revisão de literatura sobre a temática estudada, pautada nos seguintes
referenciais: Afonso, 2009;Lopes e Macedo, 2011;Moreira e Silva,2005;Santos,2022 e 2023;Silva, 2021 e
2022.Sendo assim, pontuamos que a capilaridade que o programa ganhou em todo território alagoano,
diante da adesão em massa e a concepção gerencialista que norteia as suas ações, nos fizeram observar o
alinhamento entre o currículo, as avaliações em larga escala e a formação de professores, ocasionando em
uma formação utilitarista, técnica e modelar, retirando a sua autonomia e autoria no ato de planejar e avaliar.
O Programa produz apostilas de Língua Portuguesa e Matemática e avaliações periódicas que deverão ser
aplicadas obrigatoriamente, exercendo assim um controle sobre a eficácia das formações e sobre a prática
pedagógica dos professores. Há uma ênfase em perfomatividades que deverão ser alcançadas para obtenção
de metas e de bonificações, priorizando exclusivamente aspectos quantitativos, responsabilizando
diretamente os professores pelo sucesso ou fracasso nos resultados, sob a égide da meritocracia que encobre
as práticas de accountability, estimulando a competitividade entre seus pares, como uma possível prestação
de contas do serviço público ofertado à comunidade escolar.

Palavras-chave: Programa Escola 10; formação de professores; accountability.

1
Graduanda no curso de Letras - Português (UNEAL). E-mail: vitoriamillena@alunos.uneal.edu.br
2
Doutora em Educação (PPGE/UFAL). Professora Adjunta da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL).
E-mail:karla.oliveira@uneal.edu.br
3
Graduanda no curso de Letras - Português (UNEAL). E-mail: bruna.silva5@alunos.uneal.edu.br
4
Graduanda no curso de Letras - Português (UNEAL). E-mail: beatriz.silva4@alunos.uneal.edu.br
5
Graduada no curso de Letras-Português (UNEAL). E-mail: maria.lima@alunos.uneal.edu.br

359
NOVA REALIDADE COM A CHEGADA DOS TABLETS NA REDE PÚBLICA DE NATAL: UM
NOVO DESAFIO A SER CONQUISTADO POR TODOS

Marcos Aurélio Ribeiro Dantas1

RESUMO

A lei nº 14.533, de 11 de janeiro de 2023, institui a Política Nacional de Educação Digital. E dentre
os quatro eixos estruturantes do PNED destaca-se a Inclusão Digital e Educação Digital Escolar. Ao passo
que, a sociedade atual bem como a educação vem se transformando com a cultura digital que é caracterizada
pela conectividade on-line, onde as pessoas podem se comunicar, colaborar e compartilhar informações
através da Internet. Isso inclui redes sociais, correio eletrônico, mensagens instantâneas e outras formas de
comunicação digital. A "cultura digital" refere-se à cultura que surgiu em torno do uso da tecnologia digital
e da comunicação on-line. Esta cultura abrange uma ampla gama de atividades, comportamentos e atitudes
que se desenvolvem no contexto da era digital em especial no ambiente escolar. Diante de tal afirmação, os
tablets têm desempenhado um papel cada vez mais importante na educação nos últimos anos. Eles oferecem
várias vantagens em relação aos métodos de ensino tradicionais. Pois com eles tanto os professores como
os alunos terão acessibilidade aos recursos educacionais. Os tablets permitem que os alunos acessem uma
ampla variedade de recursos educacionais online, incluindo livros digitais, vídeos, aplicativos educacionais
e sites de aprendizagem. Isso ajuda a enriquecer o conteúdo educacional e tornar o aprendizado mais
envolvente. Como resultado, Seguindo as novas demandas da contemporaneidade, de que seja possibilitado
o acesso às ferramentas digitais, a Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Educação
(SME), investiu na compra de tablets para as escolas de Ensino Fundamental, oportunizando que estudantes
e professores tenham maior dinamicidade no processo de ensino e aprendizagem Os tablets possibilitam o
acesso a ferramentas que favorecem as condições de explorar diferentes estratégias didáticas e adaptações
metodológicas, para viabilizar a aprendizagem de todos..

Palavras-chave: cultura;tablets;digital.

1
Instituição do primeiro autor (nome e sigla) TNR 10 à direita, espaçamento 1,0 – utilize apenas uma linha.

360
AS COMPETÊNCIAS SÓCIOEMOCIONAIS EM UMA UNIDADE CURRICULAR DE
CIÊNCIAS DA NATUREZA

Dayse Pereira Barbosa Souza1, Gisele Cantalice Salomão da Silva 2

RESUMO

A promoção de ações que estimulem o desenvolvimento integral de estudantes de ensino médio


pode se apresentar como um desafio por motivos já bem conhecidos do cotidiano escolar como a falta de
momentos dedicados ao planejamento das atividades, recursos estruturais e financeiros limitados, entre
outros. No entanto, pode ser também um espaço de oportunidades de discussão e formação para docentes
e estudantes. Apresenta-se neste trabalho, um compartilhamento de experiência, sobre uma das formas de
avaliação utilizada em uma unidade curricular do itinerário formativo de Ciências da natureza, que tratava
da aproximação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade. Um dos objetivos dessa disciplina também foi a de
despertar em estudantes da 1ª série do ensino médio a consciência sobre sua formação, que está ligada a
macro competências socioemocionais (autogestão, engajamento com os outros, amabilidade, resiliência
emocional e abertura ao novo) previstas no documento orientador, ainda em vigência, da Base Nacional
Comum Curricular. As atividades, realizadas semanalmente, propostas durante a disciplina estimulavam as
ações coletivas em diferentes formatos, pretendendo o desenvolvimento dos conhecimentos específicos da
área de Ciências da Natureza, mas também das habilidades socioemocionais dos estudantes. Foram
realizadas práticas que utilizam metodologias como, por exemplo, método Jig-Saw (método de
especialistas), “Pense, engaje-se e compartilhe” e estudo de caso. Após as vivências do trimestre, os
estudantes, em uma atividade de autoreflexão, avaliaram seu desenvolvimento dentro desse período. Para
isso, aplicou-se um questionário, no formato on line, com questões de múltipla-escolha, em que os
estudantes identificavam as competências que foram desenvolvidas e aquelas em que “precisavam
melhorar”. A participação na atividade avaliativa não foi obrigatória. Portanto, apresentam-se dados iniciais
sobre as percepções dos estudantes quanto ao desenvolvimento das macrocompetências socioemocionais.
De acordo com os dados coletados, de 46 participantes, dentro da macrocompetência Amabilidade, foi o
respeito, a habilidade considerada como desenvolvida por 39 dos respondentes. No entanto, quando o
questionamento trata sobre a habilidade a ser desenvolvida, 35 dos participantes, destacam a confiança
(macrocompetência Amabilidade) e 32 apontam o foco (macrocompetência autogestão). Destaca-se que os
resultados são preliminares e podem contribuir com a intencionalidade de novas ações que pretendam uma
formação para a cidadania, baseada na tomada de decisões e na participação ativa em sociedade, tendo
como partida a curiosidade e a criatividade.

Palavras-chave: competências socioemocionais, ciências da natureza, avaliação.

1
Polo Educacional SESC (Professora de Química).
2
Polo Educacional SESC (Professora de Química).

361
PERCEPCIÓN DE LOS ESTUDIANTES CURSANTES DE MATERIAS BÁSICAS SOBRE EL
MODELO HÍBRIDO DE ENSEÑANZA EN LA LICENCIATURA EN CIENCIA Y
TECNOLOGÍA DE LOS ALIMENTOS, UNLA

Gastón Ezequiel Maraulo1, Juan Manuel Alderete1, Clarisa Elena Beaufort1, Cecilia Analía Fleitas1,
Emilse Ayelén Barreira Aguiar1

RESUMO

Somos una sociedad de conocimiento en constante evolución. Una educación de calidad prepara a
los futuros profesionales para adaptarse a esos cambios y así poder acceder al mercado laboral y contribuir
al desarrollo socioeconómico de la Nación. El uso de diversas tecnologías de información y comunicación
como herramientas de enseñanza ha generado un cambio sustancial en las metodologías abordadas por
docentes y estudiantes. La Universidad Nacional de Lanús (UNLa) propuso hace varios años el trabajo
híbrido, integrando la educación presencial con la virtual por medio del campus virtual bajo plataforma
Moodle. La pandemia determinó que el campus se fortaleciera, y en esta etapa de pospandemia se proponga
la virtualidad en algún porcentaje para todas las materias y carreras. En ese sentido, es necesario indagar
sobre el estado de la implementación de la modalidad integrada, la opinión tanto de docentes como
estudiantes es importante, ya que son los actores centrales del proceso educativo y los referentes para
generar propuestas de adecuación a las nuevas demandas. El objetivo de este trabajo fue analizar la
percepción de los estudiantes cursantes de materias básicas de la Licenciatura en Ciencia y Tecnología de
los Alimentos de la UNLa, sobre el modelo de enseñanza híbrido implementado en la pospandemia; con
vistas de poder trabajar sobre la mejora de las prácticas docentes en esta metodología híbrida. Se realizó
una encuesta a estudiantes que cursaron en 2022 materias básicas (Matemática, Química, Física, Biología,
Anatomía y Estadística), con una pregunta abierta y preguntas cerradas en las cuales debían ponderar
afirmaciones con características del proceso de enseñanza de 0 a 10 puntos. Participaron 60 estudiantes,
respecto a la percepción de la educación híbrida, el 41,2 % valoró mucho la posibilidad de tener algunas
clases sin necesidad de asistir a la universidad y consideró que es muy influyente la autodisciplina para las
clases virtuales. En cuanto a la modalidad híbrida adoptada por la carrera, la satisfacción general tiene una
media de 7,2 y una mediana de 8, esto indicaría que es satisfactorio pero hay un margen interesante para
trabajar y mejorar. Se destacó en las respuestas a la pregunta abierta que los estudiantes refieren percibir
que algunos docentes se sienten inseguros en el uso de las tecnologías o sienten que no logran aprovechar
recursos valiosos disponibles para desarrollar la parte virtual de la asignatura; consideran que los recursos
audiovisuales empleado eran de gran utilidad pero destacan que en las aulas virtuales en algunos casos
encontraban mucho material que les dificultaba organizarse y estudiar. Por otro lado, indicaron que les
gustaba que algunas clases sean virtuales ya que les permitían gestionar aún más su tiempo, organizarse y
era un beneficio económico pues no deben desplazarse hasta la universidad. Se observó que los estudiantes
valoran positivamente la metodología integral pero perciben que la implementación podría mejorarse. La
información obtenida es un punto de partida e insumo para un análisis FODA que se está realizando en
conjunto con la experiencia de los docentes y que nos va a permitir proponer alternativas que mejoren el
proceso educativo.

1
Centro de Investigaciones de Ciencia y Tecnología de los Alimentos (CICTA), Departamento de Desarrollo Productivo y
Tecnológico, Universidad Nacional de Lanús, Buenos Aires, Argentina.

362
A TRAJETÓRIA DE UMA PESQUISA SOBRE O ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIAS:
DA PANDEMIA, PÓS-PANDEMIA, A UMA NOVA SUBJETIVIDADE

Miriam Magedanz1, Rogério José Schuck2, Adriano Edo Neuenfeldt3, Paulo Henrique Vieira de Macedo4,
Luiz Fernando Togni5

RESUMO
As contribuições da pesquisa no campo do conhecimento têm o desafio de trazer para o diálogo
questões que se apresentam como problemas na contemporaneidade. Este resumo parte da produção de uma
pesquisa que acontece na Universidade do Vale do Taquari (Univates), e que explora o tema do uso das
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), no ambiente de ensino e aprendizagem. A
pesquisa acontece desde 2016 e atravessou o período da pandemia de Covid-19, sendo que em 2023 está
investigando como os docentes foram incorporando as TDIC ao ambiente de ensino, especificamente no
Ensino Superior. Chegando ao período pós-pandêmico, a investigação envolveu, além de uma
Universidades do Sul e outra do Nordeste do Brasil, a Universidade de San Buenaventura em Bogotá, na
Colômbia e a Universidade de Évora, em Portugal. O presente recorte da pesquisa objetivou apontar as
dicotomias sobre a subjetividade dos docentes na Universidade de Évora em Portugal, diante do uso das
tecnologias. A metodologia adotada foi a de uma pesquisa qualitativa, numa pesquisa de campo, através de
questionários compartilhados com questões abertas utilizando o Google Forms, com aproximações à
Análise Textual Discursiva (ATD) e Hermenêutica. Os docentes apontaram aspectos relevantes sobre a
experiência com uso das TDIC. Ficou demonstrado um bom desempenho nas avaliações; o relacionamento
entre alunos e alunos; professor e alunos, apresentou certa fragmentação e falta de engajamento na retórica
que as aulas presenciais propiciaram. Nesse sentido, observou-se uma dicotomia que sugere um caminho
de investigação que compreenda os sujeitos docentes e suas subjetividades diante do desafio que se impõe.
Permanece o desafio em como ampliar o distanciamento e superação dos modelos de aula tradicionalmente
analógicos, atendendo assim a demanda e potencialidades dos recursos tecnológicos para o ensino, sem
perder a capacidade crítica de compreender os limites entre o humano e a máquina.

Palavras-chave: docentes, tecnologias, subjetividades.

1
Universidade do Vale do Taquari – RS (Univates/RS) mmagedanz1@universo.univates.br
2
Universidade do Vale do Taquari -RS (Univates/RS) rogerios@univates.br
3
Universidade do Vale do Taquari -RS (Univates/RS) adrianoneuenfeldt@universo.univates.br
4
Universidade do Vale do Taquari -RS (Univates/RS) paulo.macedo@universo.univates.br
5
Universidade do Vale do Taquari -RS (Univates/RS) luiz.togni@universo.univates.br

363
A INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE: POSSIBILIDADES DE ABORDAGENS
INTERDISCIPLINARES EM SALA DE AULA

Jorge Fernandes Filho1, Giovanni Miraveti Carriello1, Lucas Repecka Alves1, Guilherme Manassés
Pegoraro1, Henrique Solowej Medeiros Lopes1, Marcus Felipe de Jesus Barros1

RESUMO

Este trabalho é um recorte de um trabalho mais amplo sobre a dinâmica da indústria de papel e
celulose, bem como sobre os conceitos científicos que a cercam, desde a produção de papel até as
modificações químicas em sua estrutura, com objetivos mais diversos do que apenas o uso para escrita. O
entendimento de como as indústrias processam suas matérias-primas para a produção dos materiais que o
ser humano utiliza em suas atividades cotidianas é, de certa forma, uma maneira de apresentar determinados
conceitos científicos, interdisciplinares, para os alunos de diversas modalidades de ensino. Neste contexto,
a pesquisa segue a trilha do histórico em que a indústria de papel e celulose no Brasil se insere e se tornou
uma das mais relevantes no atual contexto globalizado, para apresentar como os temas podem ser
trabalhados pelo professor em sala de aula. A indústria se destaca por se sustentar em três pilares: (1)
crescimento, (2) ser renovável e (3) versatilidade. Seu crescimento se deve à intensificação da troca de
mercadorias em todo o mundo, impulsionando a modernização da indústria de papel e celulose, visto que
as longas distâncias entre produtor e comprador inviabilizam a entrega do produto a granel. Sua
versatilidade se deve à mudança constante no setor em que está presente, uma vez que, no passado,
dedicava-se à produção de insumos para a impressão de livros, mas hoje migra sua produção para atender
principalmente ao público das embalagens. Além disso, é ambientalmente mais amigável em comparação
com a indústria petrolífera e de plásticos, uma vez que sua matéria-prima é renovável. Dessa forma,
conceitos como intercâmbio de mercadorias, expansão de rotas comerciais e políticas alfandegárias podem
ser abordados em disciplinas de geografia, enquanto as disciplinas de química e biologia podem explorar o
tema em relação aos danos ao meio ambiente causados pelo uso de materiais não renováveis. Seguindo essa
abordagem, a proposta é oferecer uma perspectiva de como a produção de papel em nosso país pode servir
de base para contribuir com a interdisciplinaridade tentando enriquecer a educação com conceitos que
extrapolam os limites das matérias estudadas em sala de aula

Palavras-chave: indústria, papel e celulose, educação

1
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

364
NOVAS TECNOLOGIAS E APRENDIZADO: UMA ANÁLISE DAS MOTIVAÇÕES DAS
GERAÇÕES

Luciane Dutra Oliveira1

RESUMO

As novas tecnologias e o processo de aprendizagem estão intimamente ligados quando se está


falando em motivações das gerações. Cada geração possui características e comportamentos que espelham
o contexto econômico, financeiro, cultural nas sociedades há diversas décadas. Cabe aqui a reflexão do
porquê a forma como os professores estão ministrando as suas aulas deve acompanhar a motivação dos
alunos que pertencem a um momento de aprendizagem num mundo cada vez mais conectado, híbrido,
colaborativo e socialmente responsável. Na sala de aula o professor tem contato com diferentes gerações,
especialmente as gerações X e Y e Z, conforme menciona Mariana Ezenwabasili em entrevista publicada
na Revista Educação em 2016, uma vez que os diferentes períodos da história têm impacto sobre a forma
como jovens e adultos consomem, trabalham e aprendem. A análise de Oscar Jerez Yañez, diretor do Centro
de Ensino e Aprendizagem da Universidade do Chile, quando afirma que diferentes gerações de jovens
aprendem de formas distintas, e de que para acompanhar as mudanças geracionais o ensino também deve
ser mais maleável. Com essa diversidade de comportamentos e propósitos, o professor deve estar em
constante processo de reconstrução das metodologias que usará em sala de aula para atingir todos os
diferentes perfis de alunos. Atualmente, sabe-se que não basta transmitir o conteúdo das disciplinas, pois a
ação do professor deve ir ao encontro de estimular a autonomia e a participação dos alunos, no processo de
aprendizagem (FARIAS; DE CARVALHO, 2016). Além disso, estudantes de ensino superior tem o perfil
de vivenciar, realizar práticas e aplicação dos conteúdos teóricos ministrados nos cursos das Instituições de
Ensino Superior. Para Oscar Jerez Yañez, a universidade tem de oferecer outras formas de ensino para que
esses alunos possam aprender mais e melhor. O diretor da Universidade do Chile, em entrevista à Revista
Educação (2016), cita a aposta no modelo do seamless learning (“aprendizagem sem costuras”), que tem
entre suas principais características: a consideração da aprendizagem formal e informal por meio de
dispositivos analógicos e digitais; o ensino em espaços físicos diferentes e a transparência na forma de
ensinar por meio de múltiplas tarefas. Uma vez que as mudanças na metodologia de aprendizagem deve
estar cada vez mais conectado com as inovações que impactam a forma de aprendizagem dos alunos. Assim,
foi possível evidenciar que a aprendizagem nas diferentes gerações passa por mudanças cada vez mais
rápidas num contexto de transformação da sociedade e das inovações. Também, foi possível verificar o
desafio das instituições de ensino superior e dos professores de terem atualização constante para atender
mais e melhor aos alunos que estarão frequentando as salas de aulas, seja no modelo presencial, remoto ou
híbrido. A relação terá de ser cada vez mais próxima para engajar a todos na implementação das adequações
às novas tecnologias, uma vez que precisam buscar instrumentos e ferramentas que dinamizem o
aprendizado no contexto de evolução constante das sociedades.

Palavras-chave: tecnologia, aprendizagem, motivações das gerações.

1
Mestra em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. PPG Ciências Contábeis, UNISINOS.

365
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO SOB A ÓTICA DO CAMPO PROFISSIONAL: A ATUAÇÃO
DA EQUIPE GESTORA NA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA

Ana Eliza de Jesus1, Pedro Henrique Rodrigues de Oliveira 2

RESUMO

O presente estudo teve como foco investigar, no processo de estágio curricular supervisionado, as
implicações formativas que envolvem a inserção profissional de futuros docentes, tendo como âmbito, a
atuação da equipe gestora na aprendizagem da docência. Nesse sentido, é relevante compreender que as
relações iniciais da prática docente refletem na constituição do “ser professor”. Consequentemente, as
vivências no estágio, tal como, a atuação da equipe escolar nesse ciclo da vida dos estagiários são decisivas
e influenciam na inserção na carreira docente. Nisto, pode ser muito significativo, quando bem integrado,
o apoio institucional dentro dos espaços escolares nas trocas entre os pares e com a equipe gestora, na
relação de transpor as dificuldades e desafios para o modo de superação e acolhimento aos iniciantes no
professorado. A referida pesquisa trata-se de uma revisão sistemática, de abordagem qualitativa do tipo
bibliográfico. Norteada pela questão de investigação: como se tem abordado nas produções acadêmicas a
atuação da equipe gestora e a escola enquanto lugar de formação, no que se refere às ações junto ao estágio,
enquanto processo de inserção profissional. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases do Banco
de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e Google
Acadêmico, a partir dos descritores representativos à temática de investigação, utilizados isoladamente e
pelo cruzamento em associação entre eles, sendo: estágio supervisionado; inserção profissional; gestão
escolar; formação inicial. Em função dos critérios de seleção, foram analisados integralmente 4 (quatro)
artigos que se referem ao foco da presente investigação. Nesse sentido, os resultados indicam que embora
as produções abordam sobre a escola enquanto lugar propício para a aprendizagem da docência, ainda há
lacunas quanto às discussões acerca da atuação da gestão escolar nas ações formativas junto ao estágio.
Conclui-se, portanto, a partir da pesquisa a necessidade de mais discussões específicas sobre a atuação da
equipe gestora na inserção profissional, assumindo maior espaço nas possibilidades de formação inicial dos
futuros professores. Assim, visa-se contribuir com estudos fomentando indicativos para a formação na área,
sendo importante que dentro das escolas haja uma cultura que propicie aos formandos acolhimento para
que este processo seja permeado por partilhas e trocas de conhecimentos para uma melhor formação do
futuro professor e consequentemente melhoria na qualidade do ensino.

Palavras-chave: estágio supervisionado, formação inicial, equipe gestora.

1
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
2
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP

366
O TRABALHO COM METAS: ESTRATÉGIA PARA DESENVOLVER NOS ALUNOS O
COMPROMETIMENTO COM A PRÓRPIA APRENDIZAGEM

Daiane Aparecida Sontag1, Angelica da Fontoura Garcia Silva 2

RESUMO

A formação continuada é parte essencial da profissão de professor, com ela o profissional tem a
oportunidade de adquirir mais conhecimento e aperfeiçoar a sua prática pedagógica. Este trabalho discorre
sobre a prática pedagógica apresentada por uma professora do terceiro ano do Ensino Fundamental durante
um encontro de formação continuada no qual os professores foram convidados a partilhar com os colegas
de outras escolas do município sua realidade de sala de aula e compartilharem suas práticas pedagógicas
tendo na troca de experiências a oportunidade de ampliar o repertório de estratégias e metodologias de
ensino. A prática escolhida para ser apresentada foi desenvolvida pela professora com o abjetivo de
desenvolver nos alunos o senso de responsabilidade pelo próprio aprendizado. A professora relatou a
dificuldade que estava enfrentando com o desinteresse dos alunos nas aulas e com o fato de eles não se
importarem em estar aprendendo ou não. Diante dessa situação a professora resolveu criar fichas com metas
que deveriam ser alcançadas até o final do trimestre. As metas foram separadas em três categorias:
conteúdos curriculares, habilidades sociais e dados familiares. A categoria de conteúdos curriculares
apresenta metas referentes as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática como ler com fluência um
livro para turma, aprender realizar os procedimentos de cálculo e resolver situações problema envolvendo
a divisão, etc. Na categoria habilidades socias estavam metas como respeitar quando o colega estiver
falando, esperar pela sua vez, não pegar os materiais do colega sem pedir, etc. E na categoria de dados
familiares as metas dizem respeito a informações como nome completo dos pais e irmãos, saber o telefone
dos pais ou do responsável, saber dizer o endereço onde mora, etc. A professora entregou uma ficha para
cada aluno e explicou cada meta e como cada aluno seria responsável por anotar o seu desenvolvimento na
ficha. Ao final de cada semana a professora entrega a ficha para os alunos anotarem a meta que alcançaram
e questiona a eles o que alcançaram, o que ainda não alcançaram, o que cada um acha que está dificultando
para conseguir alcançar as metas e o que pode fazer para conseguir. Passou a ser um momento de reflexão
individual e coletiva. De acordo com a professora, o estabelecimento das metas e principalmente os
momentos de reflexão em que cada aluno se põe a pensar sobre seu avanço e suas dificuldades resultou
num maior comprometimento deles com a sua própria aprendizagem. Este relato de prática faz parte de
uma pesquisa de mestrado em andamento sobre formação continuada de professores.

Palavras-chave: Formação de professores, prática pedagógica, anos iniciais.

1
UNOPAR – Londrina – Pr.
2
UNOPAR – Londrina – Pr.

367
JOGOS POPULARES: RESGATANDO A CONVIVÊNCIA COLETIVA NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA.

Amanda Maria de Melo Bezerra¹, Jéssica da Silva Nascimento², Lucélia Cintia Cardoso Feliciano³
Rosangela Cely Branco Lindoso⁴

RESUMO

O referido trabalho foi realizado dentro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID) fornecido pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A intervenção foi realizada
no bairro da Várzea na EREFEM Senador Novaes Filho, escola que faz parte da rede estadual de ensino da
capital Pernambucana e que atende alunos do Ensino Fundamental e Médio, porém a atividade foi destinada
para o terceiro ano do ensino médio. O objetivo desta intervenção foi resgatar, através dos jogos populares,
a coletividade dos alunos dentro e fora da sala de aula. Além disso, problematizar o conteúdo "jogo"
buscando ampliar sua prática dentro das aulas de Educação Física. O jogo, segundo Huizinga (2000), é uma
atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de determinados limites de tempo e de espaço, segundo
regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em mesmo,
acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida
quotidiana. É uma prática corporal que objetiva a diversão e o prazer. Assim, na resolução da atividade foi
pedido para que os alunos distinguissem o que era jogos e esportes e suas diferenças através de uma roda
de conversa. Após esse debate, pedimos para que os discentes escolhessem três jogos de sua infância, porém
as regras deveriam ser desenvolvidas em equipe. Buscando não apenas algo mecânico e pronto pelo
docente, mas estimular o trabalho em equipe e a criatividade, sendo os educandos protagonistas e críticos
sobre o referido conteúdo abordado. A partir da intervenção pode-se identificar resistência dos educandos
com a prática de jogos populares e a preferência pelos jogos esportivos. Desse modo, se percebe a
necessidade da investigação e elaboração de atividades que liguem os jogos aos esportes, para que haja uma
melhor interação por parte dos estudantes. A partir dessa experiência, é possível constatar que os professores
podem utilizar as brincadeiras e jogos populares para estimular o interesse dos adolescentes pelas aulas de
educação física.

Palavras-chave: jogos populares, educação física escolar, pibid

368
RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS: PERSPECTIVAS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS

Luciana Zaidan Pereira1

RESUMO

A Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, diante o contexto de crise sanitária, distanciamento


social e consequente suspensão das aulas em virtude da pandemia de Coronavírus mobilizou a realizar um
trabalho diferenciado e inovador na busca de atender e atingir, com a máxima qualidade, seus estudantes.
Buscou-se como alternativa a implantação das videoaulas, das atividades de ensino a distância e
posteriormente do Ensino Híbrido, fundamentados sempre no Currículo do Ensino Fundamental.
Preocupada em acolher as fragilidades e potencialidades dos estudantes, que foram evidenciadas e com um
olhar diferenciado para os docentes, no sentido de auxiliá-los em seu novo formato de trabalho no contexto,
a RME mobiliza-se de diferentes formas para contribuir com as práticas pedagógicas, entre elas destacamos
a elaboração de materiais pedagógicos e suas respectivas formações, em um primeiro momento foram
elaborados os Cadernos Pedagógicos de Unidades Curriculares de Transição, edições 2020-2021 e 2021-
2022, totalizando 33 cadernos, para ambos foram proporcionadas formações, entre elas de forma on-line,
considerando o contexto vivido da época, do qual tiveram aproximadamente 38 mil visualizações. Na
mesma perspectiva, com o retorno pleno do ensino presencial, foram elaborados os 16 Cadernos
Pedagógicos de Unidades Curriculares de Recomposição das Aprendizagens, avançando em outras
discussões a partir de novos contextos e dados. Os cadernos foram lançados em 2023, do qual foram
realizadas formações, entre elas, o Seminário Currículo do Ensino Fundamental: Diálogos com a BNCC –
2023 e Recomposição das Aprendizagens, totalizando 1.113 participações. Entre os princípios enfatizados
nestes materiais, destacamos: Equidade e de Inclusão, como também na necessidade diária e imediata de
diagnosticar, planejar, mediar, intervir e monitorar as aprendizagens dos estudantes frente à
heterogeneidade da sala de aula e que promovermos a recomposição das aprendizagens ao mesmo tempo
em que compreendemos os novos contornos do trabalho docente e as diferentes formas, tempos e espaços
de aprendizagem de nossos estudantes. Nosso papel é trabalhar pela potencialização desse espaço escolar,
rico em diversidade social, cultural e em possibilidades de aprendizagem, considerando seus diferentes
níveis, pois a heterogeneidade é inerente à sala de aula. Ressalta-se a necessidade de proporcionar o
Currículo a cada estudante, não somente como documento norteador, mas como direito de aprendizagem,
é imprescindível. O trabalho deve estar orientado para possibilitar a todos os estudantes o avanço em seus
processos educativos. Essas proposições estão alicerçadas na elaboração de um planejamento direcionado
para o bom e efetivo uso dos atuais tempos e espaços de (e para) aprender, associado a uma avaliação
constante que possibilite a análise da aprendizagem de cada um e a identificação do tipo mais adequado de
intervenção, de estratégia e de apoio pedagógico que cada estudante necessita para conseguir avançar. A
reorganização das atividades pedagógicas, com o objetivo de materializar os direitos de aprendizagem dos
estudantes, fortalece continuidades entre os ciclos e os anos escolares, como também o Currículo do Ensino
Fundamental de Curitiba.

Palavras-chave: recomposição das aprendizagens, unidades curriculares, cadernos pedagógicos.3

1
Secretaria Municipal de Educação de Curitiba (SME).

369
INTERCÂMBIO ACADÊMICO E CULTURAL EM BOGOTÁ: UM BREVE RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Luiz Fernando Togni, Rogério José Schuck, Adriano Edo Neuenfeldt, Miriam Magedanz, Paulo Henrique
Vieira de Macedo1

RESUMO

No primeiro semestre de 2023, vivi uma das experiências mais marcantes de minha vida: um
intercâmbio acadêmico de 5 meses na Colômbia, onde residi na cidade montanhosa de Bogotá, capital
social, política e cultural do país. Os impactos dessa vivência em minha visão acadêmica e de mundo são
profundos. Nessa escrita, pretendo compartilhar brevemente um pouco de minha história nesse país tão rico
e diverso. No dia 28/01/2023, embarquei em Porto Alegre/RS, com destino a Bogotá, com muita vontade
de aprender, vivenciar e expandir meu conhecimento sobre o mundo. Meu semestre passou-se estudando
na Corporación Universitária Minuto de Diós, sede Bogotá, uma universidade que tem como objetivo
fornecer à Colômbia uma classe avançada de profissionais, com qualidade, compromisso social e caridade.
A experiência acadêmica foi de grande valia ao vislumbrar novas maneiras de pensar, além de toda uma
outra bibliografia, com diferentes autores e professores. Um dos meus objetivos ao me candidatar para
realizar o intercâmbio era adquirir essa rica experiência de imersão em uma cultura totalmente diferente da
minha, e com isso alcançar um amadurecimento pessoal e acadêmico. Além disso, pretendia aprender um
novo idioma, o espanhol, amplamente utilizado na América do Sul, facilitando o diálogo com outras
culturas. Durante meu intercâmbio acadêmico na Colômbia, adquiri uma série de aprendizados que
transcenderam as fronteiras acadêmicas. Primeiramente, o domínio do espanhol foi uma conquista
significativa. Superar a barreira linguística e chegar ao ponto em que podia me comunicar fluentemente em
espanhol foi um marco pessoal importante. A experiência do intercâmbio na Colômbia teve um impacto
profundo em minha vida. Ela expandiu meus horizontes acadêmicos, me proporcionou uma visão mais
global e me ajudou a desenvolver habilidades de comunicação intercultural. Também foi enriquecedora no
âmbito acadêmico, ao me conectar com diferentes instituições de ensino, como a Corporación Universitária
Minuto de Dios e a Universidade de San Buenaventura, e aprender diferentes métodos, bibliografias e
conhecimentos, ampliando minha visão científica. Na Corporación Universitaria Minuto de Dios me
chamou muito a atenção sua abordagem social, sendo em todos currículos da universidade obrigatória a
realização do trabalho social de caridade com populações vulneráveis. Isso demonstra o quanto o trabalho
social está enraizado na cultura dessa instituição, ajudando-a a cumprir seu propósito. Em conclusão, meu
intercâmbio acadêmico na Colômbia foi uma jornada enriquecedora. Foi uma experiência que moldou
minha visão de mundo, me proporcionou aprendizados valiosos e me conectou a pessoas e culturas
diferentes. Gostaria de expressar minha gratidão à Universidade do Vale do Taquari por essa oportunidade
de representá-la mundo afora, e espero que minha experiência inspire outros a buscar experiências de
intercâmbio e enriquecimento cultural.

Palavras-chave: Intercâmbio, Acadêmico, Relato

1
Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES

370
RELATO DE EXPERIÊNCIA: UMA AULA SOBRE EVENTOS GASTRONOMICOS

Maria Tereza Barbosa da Silva1

RESUMO

O estágio em docência é o primeiro contato do discente exercendo o papel de professor à frente de


uma sala de aula. O relato de experiência apresentado neste trabalho emerge da experiência de uma aula
aplicada na disciplina "Eventos Gastronômicos" do curso de Gastronomia em uma instituição de ensino
privada do interior do Paraná. A experiência pedagógica foi proposta pela disciplina "Estágio em Docência"
do programa de mestrado cursado pela autora. O objetivo da aula foi apresentar o surgimento, características
e os principais tipos de eventos e profissionais da área, com o intuito de aprofundar os conhecimentos dos
alunos para a organização do evento final de conclusão do curso. A turma, no dia, era composta por 18
alunos que colaboraram ao sugerir que a sala fosse organizada em um semicírculo, criando certa
proximidade da professora com a turma. Para iniciar a aula, foi proposta uma dinâmica de apresentação
para entender a proximidade dos alunos com a área de eventos, na qual expuseram suas experiências,
trabalhando no planejamento ou na cozinha de eventos. A aula foi conduzida a partir de discussões
norteadas por slides, mesclando o conteúdo exposto com experiências da professora e alunos, gerando assim
um engajamento significativo da turma. Para finalizar, foi proposta uma atividade em grupo para simular a
organização do evento final, tendo como desafio pensar nos pequenos detalhes que envolvem o processo,
como a iluminação e sinalização do local, proposta do evento, cardápio, estrutura para preparo dos pratos,
decoração e possíveis imprevistos. A atividade contribuiu com a prática dos conteúdos apresentados durante
a aula, promovendo uma compreensão aprofundada do tema e fixação do conteúdo abordado, servindo
como base para a elaboração de todas as etapas da preparação do evento final de conclusão do curso.

Palavras-chave: estágio em docência, experiencia pedagógica, aula de eventos gastronômicos.

1
Mestranda do Programa de Gestão do Conhecimento nas Organizações UNIVERSIDADE – CESUMAR.

371
RELATO SOBRE A AULA DE LUTAS INDÍGENAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Ana Beatriz Conceição de Amorim¹, Cláudia Manuela de Lima Chaves Fragoso² Walquíria Wallesca dos
Santos Xavier ³, Girlane Rafael Aguiar⁴ Rosângela Cely Branco Lindoso⁵

RESUMO

Os povos indígenas carregam consigo uma riqueza de manifestações culturais próprias como o
artesanato, as danças, mitos, ritos e dentre outros. Na escola a temática indígena tornou-se obrigatória a
partir da Lei nº 11.645/08, mas há diversos fatores que influenciam o trabalho dos professores sobre essa
temática, por exemplo, questões acerca da falta de formação inicial e continuada, fatores relacionados à
família dos discentes, falta de apoio da gestão escolar, disponibilidade de tempo e acesso a materiais pelos
alunos. A presente pesquisa foi realizada na Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE), tendo como
público alvo os alunos do 3º A (ensino médio), do turno da manhã, do Colégio Agrícola Dom Agostinho
Ikas da UFRPE (CODAI), sendo orientados pela professora de Educação Física, Carla Caroliny e
acompanhados pelos os alunos de Licenciatura em Educação Física devido a participação no Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Tem como objetivo relatar a vivência e experiência
de como uma professora de Educação Física aborda o conteúdo de lutas indígenas e a importância desse
assunto ser trabalhado em ambiente escolar, pois colabora de forma significativa para o controle do corpo,
de forma cognitiva, motora, além da grande importância em relação ao respeito e conhecimento às culturas.
A aula foi iniciada com uma roda de conversa sobre as lutas de nomes OI’O e WA’I, e OTA ARÜ NÜ, a
importância do significado dessas lutas de raízes, que são praticadas pelos indígenas Xavante no Mato
Grosso e não há um juiz, mas sim um orientador indígena. E a importância cultural em que esta luta faz
parte, como ritos de passagem dos meninos Xavante, que são preparados desde os dois anos e quando
completam dez anos vão para uma casa chamada H'o (que marca a passagem da infância para a
adolescência). Em seguida foram realizadas vivências práticas sobre as lutas OI’O e WA’I, e OTA ARÜ
NÜ. Por fim, a avaliação se deu no final da aula em uma roda de conversa sobre o que eles haviam
compreendido sobre o tema proposto. Através desta pesquisa, foram oferecidos aos alunos condições para
experimentar lutas que fazem parte das raízes brasileiras e estar em contato com as tradições de seu país,
buscando valorização, promoção e preservação dessa rica cultura. O acompanhamento das aulas traz como
resultado, a extrema contribuição na formação docente resgatando o conhecimento dos saberes e da cultura
tradicional, que são de suma importância na formação da sociedade brasileira.

Palavras-chave: pibid, lutas indígenas, educação física escolar.

372
A EDUCAÇÃO INFANTIL E A INSERÇÃO DE HOMENS COMO DOCENTES

Leonardo Felipe Gonçalves Duarte1, Josiane Peres Gonçalves 2 Ida Carneiro Martins3

RESUMO

A ausência de homens na educação infantil tem sido uma das problemáticas debatidas atualmente.
Segundo Censo Escolar de 2022 existem 657 mil docentes sendo que apenas 3,7% são homens. Esses
professores sofrem, segundo a literatura com o estranhamento, justamente por desempenharam uma função
considerada socialmente como feminina. Neste trabalho temos por objetivo analisar o que evidenciam as
pesquisas científicas sobre a docência masculina na educação infantil. Esse trabalho é qualitativo com
enfoque bibliográfico. Os textos analisados foram encontrados em bases de dados e buscados por meio dos
descritores desta investigação. Nos textos analisados emerge os seguintes resultados: os docentes
masculinos entendem que a educação é um espaço hegemonicamente feminino, a literatura aponta que a
ausência dos homens, justifica-se por que as funções atribuídas ao cuidado foram designadas socialmente
as mulheres, sendo que o homem tem a função de prover e a mulher de cuidar. Todavia, destacamos que
esses atributos foram construídos socialmente e não possuem relações biológicas, por isso podem ser
desconstruídas. Destaca-se que a docência masculina desempenha uma função importante na educação
infantil, a de proporcionar que as crianças, em especial os meninos, apropriem a profissão de professor não
como algo feminino, mas como uma função que deve ser desempenhada independente do gênero. Por fim,
destacamos que a docência na educação é uma atividade que deve ser valorizada de maneira que se
possibilite a inserção dos mais diversos sujeitos fazendo dela um ambiente diverso e propicio a situações
de cuidado e educação.
Palavras-chave: Docência masculina, Cuidar, Educação infantil.

1
Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(PPGEdu/UFMS). Mestre em Educação pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
2
Doutora em Educação (PUC-RS). Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu/UFMS).
3
Doutora em Educação (UNIMEP). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Cidade de São
Paulo (UNICID).

373
PAINEL SENSORIAL TÁTIL: DA EMANCIPAÇÃO AO PROTAGONISMO DE ALUNOS COM
DEFICIÊNCIA NA REDE DE ENSINO EM NOVA IGUAÇU/RJ.

Daniele Campos Laino Cardoso1, Adriana da Silva Maria Pereira 2

RESUMO

A escola é um espaço de respeito à diversidade e promoção de uma educação emancipatória e


protagonista. É nesse ambiente de formação institucional, que alunos com deficiência e público-alvo da
Educação Especial e Inclusiva têm a oportunidade de desenvolver habilidades cognitivas, linguísticas,
motoras, sociais e comportamentais. O desenvolvimento dessas habilidades de forma colaborativa e
interativa junto aos seus pares é essencial para exercitar de forma ativa o respeito às diferenças e as
especificidades de cada indivíduo com ou sem deficiência. Nesse contexto, foi elaborado um Plano de Ação
como parte integrante do calendário de comemoração da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência
Intelectual e Múltipla, por duas professoras especialistas (professora do Atendimento Educacional
Especializado e Professora Itinerante da Educação Especial) que atuam em uma unidade escolar na rede
municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. A proposta foi
fundamentada nos estudos vygotskyanos (2009, 2010, 2014, 2021) e nas diretrizes da pesquisa-ação
(Thiollent, 1986) com abordagem qualitativa. A abordagem freiriana foi adotada no processo de orientação
de cinco alunos público-alvo da Educação Especial (01, com baixa visão, 03 com deficiência intelectual e
01 com Transtorno do Espectro Autista) na construção dos recursos pedagógicos, que fizeram parte do
Painel Sensorial Tátil. A avaliação final apontou que promover o protagonismo e a coautoria nos processos
de construção de recursos pedagógicos colabora não só para desenvolvimento global desses educandos,
mas também possibilita promover engajamento, autoestima e autonomia.
Palavras-chave: recursos pedagógicos, habilidades, plano de ação.

1
Mestre em Educação Inclusiva (UNESP).
2
Especialista em Inclusão Escolar nos Transtornos do Desenvolvimento: autismo e suas comorbidades (UFTPR).

374
O ENSINO DE GEOGRAFIA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO INSTITUTO
FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - CAMPUS NATAL-CENTRAL

SILVA, V. E. F.1, SILVA, F. L.2, OLIVEIRA, A. F. M.3, ARAÚJO, M. C. C.4

RESUMO

A Educação Inclusiva visa garantir condições de acesso a um ensino equitativo e de qualidade para
todos, entre eles os estudantes com deficiência visual (DV). Apesar da inclusão de pessoas com cegueira
ou baixa visão no ensino regular ser um trabalho árduo, o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal-Central (IFRN-CNAT), com o direcionamento do seu
Projeto Político-Pedagógico e através da atuação do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades
Educacionais Especiais - NAPNE, vem promovendo, nas últimas décadas, a inserção, cada vez mais
significativa, de estudantes DV’s nos mais diversos níveis de ensino da instituição, que vai desde o Ensino
Médio até a Pós-graduação. Contudo, uma das maiores barreiras educacionais se dá na aprendizagem de
conteúdos que requerem maior abstração, como a Geografia, necessitando da utilização de materiais
didáticos multissensoriais que supram esses vazios conceituais. Diante do abordado, o objetivo deste
trabalho é apresentar os resultados preliminares de uma pesquisa em andamento acerca da disposição de
materiais multissensoriais de geografia e sua utilização pelos profissionais responsáveis pelo processo de
ensino e aprendizagem dos alunos DV’s. As metodologias utilizadas foram a pesquisa bibliográfica seguido
de um levantamento dos produtos multissensoriais de Geografia da instituição, dos equipamentos que
contribuam para a produção desse tipo de material e se os professores de Geografia tem aptidão para
produzir e utilizar estes recursos didáticos. O levantamento apontou que a instituição possui cerca de 37
mapas táteis de alto relevo impressos em folhas A3, além de 1 impressora 3D e 2 impressoras Braille. No
entanto, a disponibilidade desses equipamentos e recursos não assegura automaticamente os processos de
ensino e aprendizagem, pois, quando questionados se a escola possuía tais recursos, os professores de
geografia responderam que não sabiam de sua existência e possuíam várias dificuldades para promover a
Educação Inclusiva à esse público, sendo as principais descrever imagens e fenômenos de forma que não
fique muito subjetivo e dar atenção para os alunos DV’s durante a aula. Diante disso, é possível perceber
que não basta apenas a existência desses materiais ou de equipamentos que permitam a produção dos
mesmos, a falta de domínio dos conhecimentos específicos à deficiência ou a confecção/utilização destes
recursos nas aulas se tornam impeditivos para que o aluno DV aprenda e que a sua inclusão nos espaços
regulares de ensino ocorra de fato.

Palavras-chave: Educação Inclusiva, Ensino de Geografia, Recursos Táteis.

1
Instituição Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN.
2
Instituição Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN.
3
Instituição Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN.
4
Instituição Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN.

375
ANÁLISE DO CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA CIDADE DE SÃO PAULO:
AGENCIAMENTOS E SEUS EFEITOS NA PRÁTICA DOCENTE

Alessandra Aparecida Dias1, Celso do Prado Ferraz de Carvalho2

RESUMO

O trabalho tem como objeto de estudo o currículo. Pretende investigar os processos de formulação
e implementação das Políticas Curriculares, especificamente o Currículo de Educação Física no universo
da Diretoria Regional- Butantã da Cidade de São Paulo. Partindo deste objeto emergiram algumas
inquietações que motivaram e direcionaram o problema da pesquisa: como os princípios e concepções da
política curricular interferem na prática docente e quais agenciamentos e efeitos sucedem na didática dos
professores do ensino fundamental? Com os questionamentos apresentados, delimitou-se como objetivo
geral: Compreender como professores de Educação Física que atuam no ensino fundamental, incorporam
os princípios Currículo da Cidade e os expressam em sua prática cotidiana. Como objetivos específicos
elencamos: 1) Analisar as políticas curriculares educacionais e a influência da ordem mundial neoliberal.
2) Entender como as políticas curriculares interferem no trabalho na sala de aula. 3) Perceber as linhas de
forças que agenciam as ações didáticas dos professores. Partindo dos objetivos apresentados, a pesquisa
está sendo desenvolvida utilizando a metodologia cartográfica, um trabalho de campo de escuta sensível,
que pressupõe uma proximidade com as pessoas, situações e com os caminhos. Utilizaremos mapas como
instrumentos, mapeando e registrando tudo o que envolve o espaço escolar. Do ponto de vista conceitual e
analítico, situa-se no horizonte pós-estruturalista e contra hegemônico, optamos pelas contribuições, de
Gilles Deleuze, Marcos Neira e Mário Nunes. As categorias fundamentais serão: Política Educacional,
Currículo, Educação Física e Prática Docente. O que justifica esta pesquisa é o fato de seus resultados
poderem contribuir para o aprofundamento de estudos curriculares e especificamente o da Educação Física.

Palavras-chave: Agenciamentos, Currículo, Educação Física, Prática Docente.

1
Professora Coordenadora de Educação Física – Secretaria Municipal de Educação de Jandira-SP – Licenciada em
Educação Física – Doutoranda em Educação pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE) – E-mail:
alessandraef2006@gmail.com. ORCID. 0000-0002-8570-9582

2
Professor Orientador- Sociólogo- Mestre e Doutor em Educação: História Política e Sociedade pela PUC-SP. Atualmente é
professor do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho e do curso de
Pedagogia. Coordenador da Linha de Pesquisa em Políticas Educacionais e líder do Grupo de Pesquisa em Políticas e Gestão
Educacional. Tem experiência na área de educação, com ênfase em políticas educacionais, políticas curriculares e educação
básica. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8703-8236

376
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O TRABALHO DE EDUCAÇÃO SEXUAL NA EJA DO
ENSINO MÉDIO

Alessandra Gomes Sales Hirsch1, Meiri Aparecida Gurgel de Campos Miranda 2

RESUMO

A educação de jovens e adultos atende um público específico que, no caso do ensino médio, é
composto por jovens a partir dos 18 anos, adultos e idosos, que adentram a escola para complementar sua
formação, a qual, muitas vezes, teve início na EJA do Ensino Fundamental. Quando pensamos em trabalhar
Educação Sexual com este grupo de alunos, temos que levar em consideração que eles já chegam à escola
trazendo suas percepções e vivências da sexualidade frequentemente carregadas de mitos, crenças e tabus.
Tendo esses aspectos como ponto de partida, neste trabalho, buscamos relatar o desafio de trabalhar a
educação sexual na EJA, mais especificamente o ensino de IST/Aids, na perspectiva de uma
professora/pesquisadora. Este trabalho é composto por reflexões que surgem no escopo de uma pesquisa-
ação que compõe a dissertação de mestrado da primeira autora. Nas salas da EJA, encontramos diversos
perfis de vulnerabilidades às IST/Aids, uma vez que esses grupos têm maiores possibilidades de sofrerem
com a falta de informação, pois vieram de um processo de exclusão social. Em nossa pesquisa,
identificamos algumas dessas vulnerabilidades, como por exemplo: a falta de percepção dos alunos de que
uma pessoa com higiene não pode ter IST; relacionamentos mais duradouros podem representar uma
barreira para a negociação do uso do preservativo; os alunos não entendem a diferença entre infecção e
doença quando falamos de IST/Aids. Na escola, estes alunos encontram professores despreparados para
abordar a temática, geralmente o conteúdo tem como foco o aspecto biologicista centrado na anatomia e
reprodução. Em alguns casos, quando o assunto é sexo ou sexualidade a abordagem acontece de um jeito
formal dando pouco ou nenhum espaço para as perguntas mais pessoais e na linguagem que os estudantes
costumam se comunicar. Entendendo que a educação sexual consiste em uma área de ensino que busca
compreender a sexualidade humana e seus aspectos biológicos, sociais e psicológicos é essencial que ela
seja abordada respeitando as especificidades desses educandos, a fim de ajudá-los a entenderem suas
próprias sexualidades e desenvolverem relacionamentos saudáveis. Como forma de enfrentamento das
vulnerabilidades encontradas até o momento, entendemos que uma saída seria a utilização de estratégias,
como os estudos de caso e rodas de conversa, que possibilitem a cada aluno a reflexão sobre o que levar
em consideração na tomada de decisões em seu cotidiano. Percebemos, em nossa pesquisa, que o
planejamento de aulas e projetos sobre temas da sexualidade precisam ser feitos levando-se em conta essas
especificidades do trabalho na EJA, uma vez que a maior parte dos recursos didáticos sobre o tema são
voltados para adolescentes.

Palavras-chave: educação sexual; EJA; vulnerabilidades.

1
Escola Estadual Professor Rubens Moreira da Rocha e Universidade Federal do ABC - UFABC
2
Universidade Federal do ABC - UFABC

377
A DOCÊNCIA DA ELETRÔNICA PARA MÚSICOS ATRAVÉS DE
EXPERIMENTOS PRÁTICOS E INTERATIVOS

Alex Ribeiro Maia Baroni1

RESUMO

Introdução: Com a difusão das práticas de ‘faça você mesmo’, variadas foram as áreas que
experimentaram crescimento dessa atividade. A exemplo, músicos que optam pela construção de seus
próprios equipamentos e instrumentos musicais, se utilizando de componentes eletrônicos. Na esteira desse
cenário, há necessidade de equacionar o ensino da eletrônica para alunos que muitas vezes não têm o
conhecimento necessário em física e química. Objetivo: O relato de experiência buscou expressar como se
deu a organização do plano pedagógico, o qual foi desenvolvido pelo professor para lecionar eletrônica aos
músicos. Assim, foi possível evidenciar as diferentes abordagens utilizadas durante a exposição do
conteúdo. Relato do caso: Perante o exposto, mostrou-se necessário adotar dinâmicas que favorecessem o
ensino da eletrônica para os alunos/músicos em vias de um melhor aprendizado por parte desses. Desta
forma, a solução encontrada foi desenvolver uma série de experimentos práticos para serem utilizados como
facilitadores durante a explanação dos assuntos. Esses experimentos foram organizados em pequenas
pranchas de madeira, as quais eram dispostas em uma mesa e os alunos posicionados no entorno durante a
demonstração e explicação. Discussão: Como resultado da adoção dos experimentos práticos durante as
aulas, os alunos demonstraram uma maior associação dos temas lecionados durante as exposições teóricas.
Ao conteúdo teórico, também foram agregadas histórias reais relacionadas com aqueles
personagens/cientistas envolvidos com os experimentos que estavam sendo expostos. Como consequência,
os alunos mostraram-se mais atentos às aulas. Aspecto esse que merece um destaque, pois caso os
experimentos ficassem expostos sobre a mesa, antes ou após seu uso, era objeto de distração para os alunos.
Sugere-se assim, que os mesmos só sejam exibidos durante seu uso. E que depois sejam guardados, longe
dos olhares curiosos da classe. Dessa forma, evitando a dispersão dos alunos. Ademais, é importante
considerar o tamanho físico dos experimentos versus o número de alunos na classe, pois em turmas com
grande quantidade de alunos pode ser necessário construí-los com maior porte físico. Espera-se que dessa
forma, até aos alunos mais distantes dos experimentos possam visualizar adequadamente a demonstração
prática. Conclusão: As aulas mais lúdicas, despertaram nos alunos uma maior curiosidade sobre o tema.
Além disso, permitiram que a exposição dos assuntos lecionados, mesmo aqueles mais teóricos, tivessem
um teor prático.

Palavras-chave: aulas de eletrônica, faça você mesmo, construção de instrumentos e equipamentos musicais.

1Fundação Getulio Vargas – FGV.

378
ENSINO DA MATEMÁTICA NO CONTEXTO INDÍGENA: dificuldades encontradas pelo
docente no Ensino Fundamental II

Selma de Souza Santos1, Allan Gomes dos Santos2

RESUMO

O presente trata de pesquisa em andamento, retratando sua etapa inicial, para elaboração de um
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática
integrante do Programa de Licenciatura Intercultural Indígena de Alagoas - CLIND/AL desenvolvido pela
Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. O TCC encontra-se em fase de conclusão. O objetivo deste
trabalho é verificar as dificuldades encontradas pelos docentes no ensino da matemática para o contexto
indígena no Ensino Fundamental II. Nesse viés, a disciplina de matemática é vista como uma das mais
preocupante para os alunos, gerando distanciamento no âmbito de uma aprendizagem significativa.
Considera-se que esse fato é decorrente da falta de contextualização na realidade de ensino dos estudantes
indígenas. Nesse sentido, os critérios que fazem alusão à aplicação das práticas que envolvem os números
devem ser baseadas no contexto cultural em questão, ou seja, as metodologias desenvolvidas devem estar
de acordo com a realidade dos alunos indígenas, atendendo, nos mínimos detalhes, aos anseios que
fortalecem esse povo, dando-lhes condições reais de compreender o processo de ensino-aprendizagem que
os envolvem com desenvoltura. Portanto, essas dificuldades existentes no fazer docente indígena devem
ser visualizadas e compreendidas para que haja êxito na aprendizagem. O trabalho tem uma abordagem
qualitativa que além de uma pesquisa bibliográfica optou pelo uso de pesquisa de campo, onde os dados
foram coletados através de um questionário semiestruturado constituído por um grupo de perguntas que
foram respondidas pelos docentes atuantes em sala de aula. Ao mesmo tempo, a pesquisa traz contribuições
valiosas para a reflexão sobre o ensino da matemática apontando para a importância da identificação
docente com a prática e suas consequências em estudos futuros, suscitando novos olhares e formas de
pensar o processo de aprendizagem da matemática por parte dos discente no âmbito de sua realidade.

Palavras-chave: Ensino docente indígena, Ensino da matemática, CLIND/UNEAL.

1
Graduanda do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática (CLIND/UNEAL).
2
Professor Doutor orientador TCC (CLIND/UNEAL), UAB/IFAL/DIREAD e SEMED/AL.

379
O PENSAMENTO ALGÉBRICO NA FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR QUE
ENSINA MATEMÁTICA

Amanda Corrêa Meireles1, Jorge Henrique Gualandi 2

RESUMO

Este resumo tem como objetivo descrever as características de uma pesquisa de mestrado, em
andamento, do Programa de Pós-graduação em Ensino, Educação Básica e Formação de Professores
(PPGEEDUC) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) campus Alegre-ES. Trata-se de um
estudo de natureza qualitativa e do tipo exploratório na concepção de Fiorentini e Lorenzato (2012) com
intuito de compreender de que maneira: uma formação continuada com professores que ensinam
matemática no ensino fundamental, pode auxiliar no desenvolvimento do pensamento algébrico e como a
formação influenciará em sua prática letiva. Serão utilizadas tarefas que contribuem com o processo de generalização de padrões
na acepção de Kaput (2000). A pesquisa se desenvolverá a partir de um curso de formação continuada com
professores que ensinam matemática no ensino fundamental. A base teórica para essa investigação vai ao
encontro das ideias apresentadas por Ponte e Branco (2013), Vale e Barbosa (2019) e Groenwald (2014)
para definir álgebra e o pensamento algébrico, Gualandi (2019) para descrever que o pensamento algébrico
emerge no início da escolarização do aluno e Paiva (2006) e Pimenta (1999) que orientam os estudos em
formação continuada, de professores. Espera-se que os professores participantes dessa formação reflitam
suas práticas e desenvolvam tarefas com o propósito de promover o desenvolvimento do pensamento
algébrico em seus alunos.
Palavras-chave: pensamento algébrico; formação de professores; ensino fundamental.

1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
2
Instituto Federal do Espírito Santo (IFES)

380
O BULLYING E A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NO ENSINO FUNDAMENTAL II:
A ARTE COMO ESPAÇO DE DISCUSSÃO EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE SALVADOR -
BAHIA

Ana Cristina Silva da Purificação1, 2 Lucianne Oliveira Monteiro Andrade

RESUMO

No Brasil, o enfrentamento da violência escolar demanda políticas públicas efetivas e ações


integradas entre escolas, famílias e comunidades. Além disso, a prevenção do bullying dentro e fora da
escola requer a implementação de programas e projetos pedagógicos que incentivem a empatia, o respeito
e a tolerância entre os estudantes.Um dos aspectos essenciais na prevenção do bullying nas escolas é a
promoção de valores como empatia, respeito e tolerância. Este trabalho apresenta os estudos relacionados
a questão bullying e a Educação em Direitos humanos no Ensino Fundamental II, com foco na utilização
da arte e cultura-afro como espaço de discussão em uma escola pública da cidade de Salvador, no estado
da Bahia, Brasil. A pesquisa se justificou pela necessidade de compreender como a arte e cultura-afro podem
ser utilizadas como espaço de educação em direitos humanos para prevenir e combater o bullying no
ambiente escolar, considerando as especificidades do contexto social e cultural de Salvador. A metodologia
adotada foi a qualitativa, com a coleta de dados por meio de entrevistas com 16 professores da escola
investigada. Bandeira e Hutz (2012) ressaltam a importância de se trabalhar com a formação de habilidades
socioemocionais, promovendo uma comunicação assertiva e o respeito às diferenças, a fim de criar um
ambiente mais inclusivo e seguro para os estudantes. É de fundamental importância promover a formação
continuada dos educadores, bem como o desenvolvimento de habilidades socioemocionais dos alunos, de
modo a criar um ambiente escolar seguro e inclusivo (SOARES; CARVALHO, 2020). Para abordar a
violência escolar, a UNESCO (2019) sugere a promoção de ambientes escolares seguros e inclusivos, a
capacitação de educadores e a implementação de programas de educação socioemocional. Políticas públicas
e legislação, como a Lei nº 13.185/2015 no Brasil, também desempenham um papel fundamental na
prevenção e no combate à violência escolar (BRASIL, 2015). A implementação de estratégias eficazes de
prevenção e intervenção é crucial para enfrentar a violência escolar. Iniciativas como a educação em direitos
humanos e a promoção da empatia e do respeito podem contribuir para a criação de um ambiente escolar
mais seguro e inclusivo (UNESCO, 2019).Os resultados obtidos contribuíram para a ampliação do
conhecimento sobre a utilização das artes e cultura-afro como espaço de educação em direitos humanos
para a prevenção e combate ao bullying no ambiente escolar. A pesquisa apresenta uma proposta de projeto
de intervenção com a utilização das artes como possibilidade para a discussão e conscientização a respeito
do bullying, com toda a comunidade escolar. A comunicação entre a escola e a família é fundamental para
o enfrentamento do bullying e a promoção de um ambiente escolar saudável. De acordo com Gomes e
Vieira (2013), é importante que os pais estejam cientes das ações pedagógicas realizadas na escola e que
possam acompanhar o desempenho e o comportamento de seus filhos. Dessa forma, a família se torna uma
aliada na identificação e no enfrentamento de situações de violência entre os estudantes.
Palavras-chave: bullying, educação em direitos humanos, ensino fundamental II, artes, cultura-afro.

1
Secretaria de Educação do Estado da Bahia SEC. Escola Estadual Dom Avelar Brandão Vilela
2
Instituto Federal Goiano - Campus Ceres

381
metodologias ativas e dispositivos digitais na aprendizagem NO PÓS-PANDEMIA: relato de
experiência DE UM CURSO DE FORMAÇÃO

Belmiro Marcos Beloni1, Alessandra Dutra 2, Merielle Camilo3

RESUMO

Trata-se da implementação de um curso de formação enquanto demanda da produção do Doutorado


em Ensino de Ciência e Tecnologia, que procura discutir as repercussões da inserção dos dispositivos
digitais na educação bem como da utilização de metodologias ativas na aprendizagem, dentro da lógica de
reconfiguração do Novo Ensino Médio, com vistas em melhor aproveitamento do tempo dos momentos em
sala de aula. Objetivou-se que professores com atuação no ensino médio público, pudessem refletir
qualitativamente quanto aos impactos do ensino remoto, especialmente na apropriação forçada das
tecnologias educacionais para a continuidade de atendimento da educação, bem como a relevância desses
dispositivos com o retorno do ensino presencial e diferencial entre instrumentos e metodologias na
educação básica. O curso se processou por videoconferência com oito encontros síncronos, onde se partiu
do contexto das drásticas mudanças recente no processo constituinte da educação formal, do legado
tecnológico, especialmente das plataformas utilizadas (Google Suite) sequenciadas pelo trabalho com
quatro metodologias ativas, a saber: rotação por estações, instrução por pares, sala de aula invertida e
aprendizagem baseada em projetos. Procurou-se oportunizar dentro do trabalho com essas metodologias,
possibilidades tecnológicas instrumentais, para momentos presenciais ou assíncronos, explicitando que
ambos, metodologias e plataformização, não são um fim em si mesmo ou panaceia para todos os problemas
do ensino-aprendizagem. O curso teve como resultado, além das discussões descentralizadas sobre as
temáticas, a produção por parte dos cursistas de dois instrumentos em momentos diferentes do curso de
proposição na realidade destes, no caso um plano de aula e uma sequência didática, tentando aliar a
utilização de uma das metodologias ativas abordadas com dispositivos digitais com foco em melhor
aproveitamento dos espaços de aprendizagem. Conseguiu-se êxito em desmistificar esse processo, sendo
possível vislumbrar a utilização virtuosa de ambos (metodologias ativas e plataformas) enquanto
facilitadores, estabelecendo o papel mediador docente, bem como que sendo do professor o poder decisório
de lançar mão da melhor estratégia. Com o curso integralizado, pode-se observar nas devolutivas de
implementação uma maior segurança por parte dos cursistas sobre as metodologias ativas que foram
apresentadas e discutidas e como o ensino presencial pode ser propício para que se diversifique o formato
de trabalho de conteúdos, O foco prioritário, separar o instrumental do metodológico, bem como evitar que
haja uma total negação da tecnologia, e da metodologia na sua esteira, fora atingido, afinal otimizar o
espaço de aprendizagem da sala de aula, diante da flagrante defasagem amplificada pelo ensino na
pandemia é urgente. Para tanto, ter a clareza de que metodologias que facilitem a apropriação e significação
do conhecimento vão além dos dispositivos digitais é indispensável.

1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Guarapuava.
2
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Londrina.
3
Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED-PR.

382
Palavras-chave: reconfiguração do Ensino, ensino presencial, instrumentos de aprendizagem RECURSOS
TECNOLÓGICOS COMO FERRAMENTAS PARA FAMILIARES ACOMPANHAREM O PERCURSO ESCOLAR DE UMA
CRIANÇA COM TEA

Carita Pelição1, Fernanda Jardim Maia2, Marta Baggio Bippus3, Ielson José dos Santos4, Afonso Antonio
Machado5

RESUMO

O trabalho trata-se da experiência de uma professora da Educação Infantil de um município no


interior do estado de São Paulo, que a partir de um curo de Especialização em Tecnologias para Educação
Profissional (ofertado pelo Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC) realizado ao longo do ano de 2022,
foi incentivada a pensar acerca de algum desafio enfrentado no cotidiano da escola e, partir deste, buscar
meios/recursos tecnológicos para solucioná-lo ou amenizá-lo. Isto exposto, no ano de 2022 um dos alunos
da turma apresentava dificuldades de interação social e compreensão, e também possuía um comportamento
bastante agressivo que refletia diretamente no afastamento das demais crianças. Devido a esses e outras
características mais específicas, como certas estereotipias e seletividade para brincadeiras e alimentos, o
referido aluno começou a passar por avaliação com equipe multidisciplinar, com o objetivo de investigar
um possível laudo de TEA – Transtorno do Espectro Autista. No entanto, cientes do lento processo que
demanda uma avaliação como a mencionada, os pais demostravam acentuada preocupação com o percurso
escolar do filho na escola e estavam constantemente conversando com a professora, perguntando acerca da
aprendizagem e da conduta dele. Assim, tal contexto foi a mola propulsora para que o desafio do trabalho
fosse focado nas formas como os pais, responsáveis e outras pessoas interessadas, pudessem saber mais
sobre autismo, as ações pedagógicas voltadas às crianças com TEA na Educação Infantil e como
acompanhar essas ações por meio de recursos tecnológicos. Pensando nisso chegou-se ao recurso Padlet,
software que é capaz de armazenar fotos, descrições (textos), vídeos e áudios. Ou seja, um recurso versátil
com ampla possibilidade de manipulação e de fácil acesso aos pais e familiares.

Palavras-chave: padlet; autismo, educação infantil.

1
Mestre em Desenvolvimento Humano e Tecnologias - Universidade Júlio de Mesquita Filho - UNESP – RC.
2
Doutoranda em Desenvolvimento Humano e Tecnologias - Universidade Júlio de Mesquita Filho - UNESP – RC.
3
Doutoranda em Desenvolvimento Humano e Tecnologias - Universidade Júlio de Mesquita Filho - UNESP – RC.
4
Doutorando em Desenvolvimento Humano e Tecnologias - Universidade Júlio de Mesquita Filho - UNESP - RC
5
Doutor pela UNICAMP, livre docente em Psicologia do Esporte pela Universidade Júlio de Mesquita Filho - UNESP - RC.

383
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DE PROFESSORAS DO ENSINO MÉDIO: DESAFIOS E
POSSIBILIDADES EM UM COLÉGIO ESTADUAL EM ITARANTIM – BAHIA

Carla Chaves Sousa Andrade Batista 1, Dra. Lucianne Oliveira Monteiro Andrade 2

RESUMO

Considerando a importância da inteligência emocional na prática pedagógica, esta pesquisa tem


como objetivo investigar o papel da inteligência emocional das professoras do Ensino Médio do Colégio
Estadual Naomar Soares Alcântara em Itarantim, Bahia, na construção de um ambiente de aprendizagem
acolhedor e seguro. Busca-se compreender os desafios enfrentados pelas professoras, identificar as
possibilidades e estratégias eficazes para aprimorar a relação professor-aluno e promover um melhor
ambiente de ensino. A pergunta de pesquisa que orienta o estudo é: Como a inteligência emocional das
professoras do Ensino Médio do Colégio Estadual Naomar Soares Alcântara em Itarantim, Bahia, influencia
a construção de um ambiente de aprendizagem acolhedor e seguro, e quais são os desafios, possibilidades
e estratégias eficazes para promover uma relação professor-aluno positiva no contexto escolar? A
metodologia adotada inclui a análise de conteúdo como estratégia de interpretação das falas das professoras,
utilizando a abordagem qualitativa para uma compreensão detalhada dos dados coletados. A observação
participante, o questionário semiestruturado e a análise de documentos oficiais também foram utilizados
para complementar a coleta de dados. Diante da relevância do tema e da escassez de estudos que investigam
a inteligência emocional de professores do Ensino Médio, esta pesquisa busca contribuir para a
compreensão e aprimoramento da prática docente, fornecendo subsídios teóricos e práticos para a promoção
de um ambiente de aprendizagem mais acolhedor e seguro. Além disso, espera-se que os resultados desta
pesquisa possam incentivar novos estudos e discussões sobre o papel da inteligência emocional na
educação, visando a melhoria da qualidade do ensino e do bem-estar dos profissionais e estudantes.

Palavras-chave: inteligência emocional, ensino médio, formação de professores.

1
Colégio Estadual Naomar Soares Alcântara em Itarantim, Bahia.
2
Instituto Federal Goiano – IFGOIANO.

384
INTEGRANDO A QUÍMICA VERDE NA EDUCAÇÃO BÁSICA COM A TABELA PERIÓDICA
DA QUÍMICA VERDE E SUSTENTÁVEL (TPQVS)

Carlos Alberto da Silva Júnior, Dosil Pereira de Jesus e Gildo Girotto Júnior1

RESUMO

A integração da Química Verde na Educação Básica se mostra imperativa, notadamente no âmbito


brasileiro, onde essa temática ainda não recebeu a devida ênfase. O ano de 2022, designado como o Ano
Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, trouxe consigo novas ferramentas
pedagógicas no cenário educacional do Brasil. Uma iniciativa notável foi a tradução, do inglês para o
português, da Tabela Periódica dos Elementos Figurativos da Química Verde e Sustentável (TPQVS), uma
ferramenta inovadora que responde diretamente à pergunta central desta pesquisa: Como abordar a temática
da Química Verde na Educação Básica? Metodologicamente, este estudo, de cunho teórico e exploratório,
tem como objetivo explorar as formas de utilizar a TPQVS para promover os princípios da Química Verde
na Educação Básica, com base nos quatro níveis de representação da Química, propostos pela metáfora do
Tetraedro de Mahaffy. Os resultados obtidos elucidam a correlação entre os Elementos Figurativos (EF) da
TPQVS e os distintos níveis de representação identificados no Tetraedro de Mahaffy. No nível
“macroscópico” ou “fenomenológico”, foram identificados Elementos Figurativos (EF) da TPQVS
relacionados principalmente a aspectos experimentais. Isso inclui elementos do grupo “métricas” da
TPQVS, que proporcionam uma compreensão dos processos químicos verdes. Nos níveis “microscópico”
e “simbólico”, os EF estão ligados, respectivamente, às representações submicroscópicas e à simbologia
química. Entre eles, destaca-se o EF intitulado de “modelos computacionais”, que auxilia os alunos a
entenderem aspectos abstratos da Química por meio de representações virtuais. O nível intitulado de
“elemento humano” engloba EF que promovem a reflexão de aspectos sociais e éticos. Os EF do bloco
“elementos nobres” da TPQVS exemplificam esses conceitos. Essa abordagem tetraédrica oferece aos
professores a oportunidade de explorar diversos EF relacionados aos conteúdos programáticos da Educação
Básica. A esperança é que a incorporação reflexiva da TPQVS como recurso didático interdisciplinar possa
não apenas abordar a Química Verde no âmbito da escola, mas também estimular o ensino de tópicos
voltados para o desenvolvimento sustentável em outros níveis de educação, como o ensino superior, além
de influenciar atividades de pesquisa e extensão. Portanto, a integração da TPQVS emerge como uma
estratégia promissora para abordar a Química Verde. Isso não apenas enriquece a compreensão dos alunos
sobre os princípios da Química Sustentável, mas também os habilita a se tornarem agentes ativos na
promoção do desenvolvimento sustentável em sua comunidade e além dela.
Palavras-chave: educação ambiental, desenvolvimento sustentável, pensamento sistêmico.

1
Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Brasil, e-mail: ggirotto@unicamp.br

385
A MARANHENSIDADE COMO EIXO CENTRAL NO ENSINO DE ÁLGEBRA NOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Carlos Humberto Silva de Sousa1, Jónata Ferreira de Moura2

RESUMO

O presente texto é fruto da pesquisa de mestrado, em andamento, vinculada ao Programa de Pós-


Graduação em Formação Docente em Práticas Educativas da Universidade Federal do Maranhão. A
problemática da pesquisa emergiu com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em
2017, e, por conseguinte a implementação o Documento Curricular do Território Maranhense (DCTMA)
em 2019. O DCTMA coloca a maranhensidade como eixo fundamental para a construção do currículo,
porém pesquisas já desenvolvidas (Silva; Silva; Moura 2020 e Viana; Santos; Moura 2021) mostram que,
embora a maranhensidade seja destacada como eixo central, o documento não orienta, sugere ou indica
como o docente poderia desenvolver o seu trabalho, especialmente no componente curricular matemática,
relacionando com a ideia da maranhensidade. O estudo tem como objetivos: desenvolver sequências
didáticas para o ensino de álgebra nos anos iniciais do ensino fundamental, tendo a maranhensidade como
elemento central; discutir as propostas da BNCC e do DCTMA para o ensino da matemática nesse contexto;
analisar a contribuição de sequências didáticas envolvendo a maranhensidade, para o aprendizado da
matemática. O estudo adota uma abordagem qualitativa, empregando a pesquisa-ação como estratégia
metodológica. O contexto da pesquisa é uma escola pública da rede municipal da zona urbana de
Imperatriz/MA. As discussões teóricas engendradas até o momento mostram que a utilização de sequências
didáticas pode ser uma abordagem promissora para o ensino de álgebra, permitindo uma organização
coerente e sistemática das atividades, engajando os alunos no processo de construção do conhecimento e
ajustando as atividades às suas necessidades individuais e que ao integrar a maranhensidade nas sequências
didáticas de álgebra, constitui-se uma conexão mais forte entre o conteúdo matemático e a realidade dos
alunos, tornando o aprendizado mais significativo.

Palavras-chave: maranhensidade, álgebra, sequência-didática

1
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
2
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

386
PENSAR A ESCOLA, A FORMAÇÃO E A ESCRITA: IMPORTÂNCIA DO PROJETO RP-
CAPES

Ana Luiza Vieira1, Caroline Nunes de Lima2, Jeniffer da Silva Souza3 , Rafaela Hayde Nunes de Souza⁴ ,
Sheila Martins Santana⁵
RESUMO

O relato de experiência pretende retomar e analisar as experiências formativas de professores


formados e em formação no âmbito do Projeto RP-Capes área da Pedagogia desenvolvido no âmbito da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O projeto desenvolvido nas salas de aulas de alfabetização
das escolas públicas de Guarulhos tem como objetivo contribuir para construção de um novo olhar para o
processo de desenvolvimento da leitura e da escrita da criança, promovendo reflexões a respeito da
educação e das relações entre educandos e educadores no processo de alfabetização e letramento. Por meio
da leitura de textos e pesquisas procurou-se refletir sobre as práticas dos professores e seus desdobramentos
em sala de aula, de modo a colaborar para a autorreflexão e constituição de sua identidade profissional. As
atividades do projeto estão amparadas numa visão de formação docente que busca a construção da
autonomia por parte dos licenciandos, futuros/as-professores/as, tornando-os conscientes da especificidade
da profissão docente, que requer a indissociabilidade entre teoria (de fundamentação científica) e prática
(que comporta ação refletida, consciente e planejada). Para isso, adota-se o modelo de trabalho centrado na
partilha de experiências entre atores com experiência na docência da Educação Infantil e Anos Iniciais
(preceptores) e docentes-pesquisadores (orientadores) e residentes que cursam a Pedagogia (licenciandos).
As ações realizadas pelos estudantes dentro da escola-campo são: observação da turma, análise das
atividades, escrita de diário de bordo, criação e aplicação de uma sequência didática, focando nos objetivos
desejados visando o avanço da hipótese escrita ou a fixação de um determinado conteúdo, além de utilizar
o lúdico dentro da aprendizagem significativa. Através da aplicação das sequências, pode-se observar a
grande participação dos alunos possibilitando um bom desenvolvimento das atividades e aprendizados para
os alunos e residentes. Ademais, podemos dizer que o projeto é uma via de mão dupla, por um lado possui
todos os benefícios supracitados para os estudantes, exerce papel fundamental para a formação continuada
dos professores da rede pública, a partir dos debates e leituras coletivas, não somente, a orientação
dedicadas aos estudantes e a parceria dos mesmos na elaboração das sequências didáticas que atendam a
demanda pedagógica das crianças. Além disso, o projeto segue como uma extensão do conhecimento, para
além da universidade pública. As discussões chegam a lugares muitas vezes não atingidos, pois através da
imersão nas escolas o projeto propicia o diálogo, a reflexão e a quebra de paradigmas entre os residentes e
a professora formadora, contribuindo na prática docente de ambas as partes. Desse modo, o Projeto RP-
Capes propicia a desconstrução do “muro” entre a universidade e a escola pública, além de contribuir
fortemente para o fortalecimento de uma educação pública, gratuita e de qualidade, que deve ser vista como
essencial para se transformar uma sociedade.

1
Licencianda em Pedagogia, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, alvieira@unifesp.br.
2
Licencianda em Pedagogia, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, caroline.nunes02@unifesp.br.
3
Licencianda em Pedagogia, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, souza.jeniffer@unifesp.br.
⁴ Licencianda em Pedagogia, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, rafaela.hayde@unifesp.br.
⁵ Licencianda em Pedagogia, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, martins.santana@unifesp.br.

387
Palavras-chave: formação inicial, formação continuada, residência, relação escola pública e universidade. JOGOS
DIGITAIS NO ENSINO DAS OPERAÇÕES DA MATEMÁTICA ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS
MATEMÁTICOS

Charlene Onhas Galo


RESUMO

Com essa proposta de pesquisa, pretende-se investigar como a utilização de jogos digitais, como
metodologia de ensino de matemática, pode auxiliar nos processos de construção do conhecimento
matemático. O objetivo geral constitui-se em analisar o uso de jogos digitais no ensino de matemática, no
que se refere à possibilidade de que essa ferramenta possa trazer contribuições para a construção do
conhecimento matemático. Como suporte teórico são abordados os estudos de Muniz (2010) e Grando
(2015), acerca do uso de jogos como ferramenta para o ensino, bem como, Bairral, Assis e Silva (2015) e
Borba e Lacerda (2015), os quais enfatizam o uso da Tecnologia digital no ensino da matemática. A pesquisa
é de cunho qualitativo e acontecerá durante o ano letivo de 2023, com alunos de uma turma do 6º ano do
Ensino Fundamental da Escola “EMEB Anacleto Ramos”, localizada no município de Cachoeiro de
Itapemirim, região Sul do Espírito Santo. Intenciona-se convidar um professor do 6º ano do Ensino
Fundamental para participar da pesquisa em sua turma. A pesquisa será desenvolvida em 06 encontros,
sendo que no primeiro realizar-se-á por meio da aplicação de uma atividade diagnóstica escrita e após este
momento, os alunos irão preencher um questionário, a fim de se obter informações acerca da inserção e a
utilização de jogos digitais nas aulas de matemática . Nos quatro encontros posteriores, aplicaremos uma
oficina com dois jogos no formato de tabuleiro e cartas, tendo como auxílio o site gratuito, Racha Cuca, no
laboratório de informática da escola e no último encontro, os alunos irão participar de uma roda de conversa,
como uma proposta metodológica, favorecendo uma comunicação dinâmica e produtiva. Os encontros
serão filmados para posteriores consultas ao material, no decorrer do processo, apresentando como dados
para a pesquisa.

Palavras-chaves: Ensino Fundamental, quatro operações, jogos digitais.

388
A INCLUSÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA
PRÁTICA PEDAGÓGICA

Charlene Tugne Pinheiro 1, José Fabiano Costa Justus 2

RESUMO

As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação presentes na sociedade contemporânea,


provocam desafios à educação, principalmente, no processo de ensino, o qual é responsabilidade do
professor. Introduzir as ferramentas digitais no processo educacional requer reflexão, sobre a adoção de
estratégias e elaboração de objetivos a serem alcançados pelo uso das ferramentas digitais presentes na
internet. O professor pode realizar uma curadoria sobre a diversidade de recursos digitais disponíveis nas
plataformas virtuais, elencar os que melhor se adéquem às necessidades de aprendizagem, e ao contexto
educacional da sua sala. O docente se torna o mediador, o facilitador de experiências de aprendizagens
significativas, o provocador de desafios que estimulem o aluno a pensar de forma crítica e criativa, aprenda
a pesquisar,a selecionar informações relevantes nas mídias digitais, indicar possíveis soluções para
resolução de problemas complexos, em um processo dinâmico de ensino e aprendizagem. Essas são
algumas das características exigidas na aprendizagem do século XXI, influenciada pelas Tecnologias
digitais. A presença das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação na sociedade, estimula a
mudança de postura tanto do docente quanto do aluno, visto que, ambos podem se tornarem produtores de
conhecimentos ao construírem de forma colaborativa projetos, desenvolverem ações, materiais que podem
ser compartilhados com todos, por meio das mídias digitais, das redes sociais. E quando se pensa em todos,
há de se considerar a diversidade de modos de aprender em uma sala de aula, visto que, as tecnologias
digitais colocam a disposição do professor uma gama de recursos digitais; softwares de código aberto,
jogos, sites, aplicativos, plataformas de vídeos, ambientes virtuais de aprendizagem, que auxiliam o docente
em sua prática pedagógica tornando-a mais atrativa e dinâmica. Entretanto, para incluir a diversidade de
ferramentas digitais no processo educacional é preciso que o docente disponha de conhecimento e
intencionalidade pedagógica, se aproprie das funcionalidades e benefícios que os aparatos tecnológicos
podem oferecer ao processo de ensino e aprendizagem, diante disso, é de extrema importância fomentar a
formação continuada para este profissional, pois, sabe-se que o cenário educacional permeado pelas
tecnologias digitais encontra-se cada vez mais desafiador, com diversas situações que exigem do professor
uma postura consciente, criativa e embasada na literatura educacional, dessa forma é possível responder
às necessidades de aprendizagem de todos.

Palavras-chave: Tecnologias digitais, aprendizagem, inclusão.

1Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG/PR.

2Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG/PR.

389
DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS DE PROTEÇÃO SOCIAL PARA O
ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: UM
ESTUDO EXPLORATÓRIO NA CAPITAL DE SÃO PAULO

Cimere Tatiane dos Santos Klauk1, Ana Rojas Acosta 2

RESUMO

Este estudo aborda a implementação das políticas públicas de proteção social no que tange ao acesso
ao mercado de trabalho para a população em situação de rua. A pesquisa de campo adotou uma abordagem
exploratória e qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas como fontes primárias e complementando
com pesquisa bibliográfica e documental como fontes secundárias. Foram conduzidas 30 entrevistas dentro
de uma amostra intencional previamente definida, tendo como cenário a região central de São Paulo,
especificamente no Centro de Acolhida Estação Vivência. As entrevistas foram realizadas com homens
adultos entre 18 e 65 anos. A análise dos dados revelou que 60% da população em situação de rua estavam
ativamente buscando oportunidades de trabalho e renda como meio de subsistência. Observou-se que a
perda do emprego desempenhou um papel de relevância significativa no processo que levou à situação de
rua. Embora houvesse políticas sociais voltadas para a inserção no mercado de trabalho, constatou-se que
essas políticas não atendiam efetivamente às necessidades da classe trabalhadora em busca de empregos na
região. Os programas implementados pela prefeitura de São Paulo, como a Economia Solidária, a Operação
Trabalho (POT), os Cursos Profissionalizantes e o Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo
(CATe), não alcançaram de maneira satisfatória a garantia do direito ao trabalho e à renda. Conclui-se que,
apesar do respaldo legal estabelecido pela Constituição Brasileira de 1988 e pelas leis que regem a proteção
social relacionada ao trabalho e à renda, não houve uma redução significativa na gravidade do problema
enfrentado pela população em situação de rua.

Palavras-chave: Políticas Públicas, Trabalho, População em situação de rua.

1
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Mestra em Serviço Social e Políticas Sociais.
2
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Doutora em Serviço Social, Docente – Bolsista Produtividade PQ2 – CNPq.

390
O PROFESSOR NA ERA DIGITAL: REFLEXÕES PARA ENSINAR NO SÉCULO XXI

Claudia Nakanichi1, Ecleide Cunico Furlanetto2

RESUMO

O presente resumo: “O professor na Era Digital: reflexões para ensinar no século XXI” objetiva
discutir o papel docente no processo ensino-aprendizagem na contemporaneidade. O percurso teórico-
metodológico fundamentou-se em uma revisão bibliográfica que proporcionou reflexões sobre o ‘novo
papel’ do professor em meio a um contexto de mudanças e incertezas advindas da cultura digital e do uso
das tecnologias da informação e comunicação (TICS) que hoje permeiam o cenário educacional: Camargo;
Daros (2021), Bacich; Moran (2018), Bacich; Holanda (2020), Mello; Neto; Petrilho (2022), Imbernón
(2000). Tal revisão bibliográfica resultou em ponderações significativas acerca do papel do docente hoje:
(i) o trabalho em equipe – professor e alunos - deve ocorrer durante o processo educativo, elevando a
capacidade de fazer de forma compartilhada, de dividir tarefas e de compartilhar os conhecimentos que vão
sendo construídos, o individual e o coletivo se complementam e aceleram o processo formativo; (ii) o uso
de metodologias ativas – a inter-relação entre educação, cultura, sociedade, política e escola, centrados no
protagonismo do aluno e na troca com seus pares, impulsionando o desenvolvimento da autonomia e
criticidade do discente; (iii) o aluno como elemento central do processo educativo, sendo o foco a resolução
de problemas de maneira dialógica, estimulado a agir na construção de conhecimento sempre na troca com
seus pares e com o professor como mediador do processo; (iv) a valorização da invenção, da descoberta e
da construção do conhecimento de forma coletiva, possibilitando ao aluno a interação com o processo
ensino-aprendizagem de maneira mais motivadora e criativa com o intuito de desenvolver no aluno a
capacidade de pensar e aprender a aprender através de experiências em conjunto com vistas a maximizar o
pensamento crítico e reflexivo; e (v) a construção de uma nova forma de educação com a finalidade de criar
comunidades de aprendizagem nas quais a coletividade docente possa fazer o ajuste entre o conjunto de
saberes e valores considerados necessários, objetivando atender às reais necessidades do aluno. Ademais,
a revisão bibliográfica aqui apresentada, mostra-se como um recorte das profundas transformações no
processo de ensinar e aprender no século XXI, fortemente marcada pela cultura digital e pelo uso das TICS
no processo educativo, mas abre-se para um leque maior de reflexões sobre como ensinar, fomentando
debates no meio acadêmico sobre o ‘novo papel’ do docente na atualidade.

Palavras-chave: Era Digital, Século XXI; TICS.

1
Doutoranda na Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
2
Professora Doutora na Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).

391
FOMENTANDO A AUTONOMIA PEDAGÓGICA: UM PORTAL AUTOSSUSTENTÁVEL
PARA A AUTOFORMAÇÃO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR

Cleber Lopes1, Aldemar Costa2, Jurândi Serra Freitas3

RESUMO

O presente estudo aborda a concepção e desenvolvimento de um Portal da Web Autossustentável de


Autoformação Docente no Ensino Superior. A crescente demanda por capacitação contínua dos professores
universitários e a necessidade de promover a autonomia no desenvolvimento profissional levaram à
proposição deste projeto. O objetivo é criar uma plataforma virtual que congregue recursos educacionais
abertos, tecnologias de aprendizagem e metodologias inovadoras, proporcionando aos docentes um espaço
de autoaprendizagem e aprimoramento de suas práticas pedagógicas. A pesquisa é fundamentada na
abordagem qualitativa e utiliza métodos de pesquisa-ação e pesquisa participante. A análise documental e
a revisão sistemática da literatura permitem a identificação de elementos-chave para o desenvolvimento do
portal, como as necessidades de formação docente no contexto do Ensino Superior e as melhores práticas
no âmbito das tecnologias educacionais. O Portal da Web Autossustentável de Autoformação Docente no
Ensino Superior visa à autossustentabilidade por meio de uma arquitetura inovadora, que integra
colaboração e compartilhamento de conhecimentos. A plataforma adota um modelo de coleta de recursos
educacionais baseado na comunidade de docentes, incentivando-os a compartilhar experiências e materiais
didáticos. Isso promove uma cultura de cooperação e colaboração no ambiente acadêmico, impulsionando
a formação continuada e o crescimento profissional. A concepção pedagógica do portal enfatiza a
aprendizagem ativa, centrada no estudante e orientada para a resolução de problemas. As atividades de
autoformação são flexíveis e adaptáveis, permitindo aos docentes personalizar seu percurso formativo com
base em suas necessidades específicas. Além disso, são incorporadas ferramentas de acompanhamento do
progresso e avaliação formativa para auxiliar os professores na reflexão contínua sobre suas práticas e na
tomada de decisões pedagógicas fundamentadas.
Palavras-chave: Formação docente, Ensino Superior, Portal da Web, Autossustentável, Autoformação, Tecnologias
Educacionais.

1
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
2
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
3
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

392
SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA EM EDUCAÇÃO SUPERIOR: ANÁLISE DA
VIABILIDADE DE UM PORTAL AUTOSSUSTENTÁVEL DE RECURSOS EDUCACIONAIS

Cleber Lopes1, Aldemar Costa2, Jurândi Serra Freitas3

RESUMO

O presente estudo tem como objetivo analisar a viabilidade da autossustentabilidade financeira de


um Portal de Educação Superior. A crescente demanda por recursos educacionais digitais e a necessidade
de capacitação contínua no ensino superior motivam a criação de plataformas inovadoras para a
autoformação docente. No entanto, a manutenção de tais iniciativas requer uma avaliação criteriosa da
sustentabilidade financeira para garantir sua continuidade e efetividade. Para a condução desta pesquisa,
foi adotada uma abordagem mista que combina elementos qualitativos e quantitativos. A revisão
bibliográfica permitiu identificar as melhores práticas em relação à criação e manutenção de portais
educacionais, bem como os fatores críticos para a viabilidade financeira desses projetos. A análise
qualitativa se baseia em estudos de caso de portais educacionais já existentes que alcançaram a
autossustentabilidade financeira. Foram investigados modelos de negócio, estratégias de captação de
recursos e parcerias institucionais que contribuíram para o sucesso desses empreendimentos. No aspecto
quantitativo, foram realizadas projeções financeiras considerando diferentes cenários de adesão e utilização
do Portal de Educação Superior. Fatores como custos operacionais, investimentos em tecnologia, marketing
e infraestrutura foram levados em conta para estimar as receitas necessárias para a manutenção do projeto
ao longo do tempo. Os resultados indicam que a viabilidade da autossustentabilidade financeira do Portal
de Educação Superior está associada a uma combinação de estratégias. A diversificação de fontes de receita,
como assinaturas de instituições de ensino, parcerias com empresas e agências de fomento, e a oferta de
serviços adicionais premium podem contribuir significativamente para a geração de recursos financeiros.
Além disso, a construção de uma comunidade engajada de usuários, incluindo docentes e estudantes, é
essencial para aumentar o valor percebido da plataforma e atrair potenciais apoiadores e patrocinadores.
Contudo, a análise também ressalta a importância de uma gestão financeira criteriosa, com controle de
custos e monitoramento contínuo do desempenho econômico do portal. Ademais, a análise de viabilidade
deve ser um processo iterativo, capaz de se adaptar às mudanças nas condições do mercado e às
necessidades da comunidade acadêmica. Em síntese, a pesquisa evidencia que a autossustentabilidade
financeira de um Portal de Educação Superior é alcançável, desde que seja embasada em modelos de
negócio robustos, colaboração institucional e compreensão profunda das demandas dos usuários. A
viabilidade financeira do projeto é essencial para garantir a continuidade do acesso a recursos educacionais
de qualidade, contribuindo para a capacitação contínua e o aprimoramento do ensino no âmbito do ensino
superior.
Palavras-chave: Portal de Educação Superior, Autossustentabilidade Financeira, Viabilidade Econômica,
Recursos Educacionais, Ensino Superior.

1
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
2
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
3
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

393
ESTUDOS DO TEMA GERADOR ÁGUA: TURMAS DO 6º E 9º ANOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL II

Edinilson dos Anjos Silva1

RESUMO

Segue pautado de forma objetiva um relato de experiência desenvolvida com base em visita de
campo com estudantes do Centro Municipal de Educação Agroecológica (CMEA) Artur Pagung, lócus dos
estudos. Os procedimentos ocorreram e atestaram elementos pedagógicos interdisciplinares alicerçados às
disciplinas de Matemática e Ciências. Este relato vale-se de amplos saberes educativos proveniente de ações
que alicerçam o Tema Gerador Água. O objetivo da visita de estudos visa compreender o sistema de
irrigação no uso e reuso da água, no processo de construção de hortas em padrão agroflorestal e em espaços
abertos. Segundo Luckesi (2011, p. 87), “aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é,
da situação real vivida pelo educando”. Nesse sentido, os colaboradores se firmam enquanto instituição de
ensino com as presenças da diretora escolar, o professor de matemática, a professora de ciências e
estudantes das turmas do 6° e 9° anos do Ensino Fundamental II. Em conjunto, a saída se deu no transporte
escolar aproximadamente às 12h30 minutos do dia 04 de agosto de 2023 com destino às duas propriedades
rurais que ficam localizadas nas proximidades da região central do município de Vila Pavão, Espírito Santo.
No tocante aos produtores rurais, foram dois os colaboradores. Ao chegarmos, fomos bem acolhidos. No
que decorre, foi possível observar que as realidades presenciadas vão de encontro com padrões de saberes
dos estudantes, pois, em sua maioria são oriundos e residentes do/no meio rural. Para os momentos
presentes ocorreram entrevistas (preenchimento de questionários), visitações nos espaços de hortas,
mecanismos de utilizações da água (represas, cacimbas e córregos) e explicações pelos produtores dos
procedimentos de plantações e irrigações. Sobre organização institucional, ficou dividido uma turma para
entrevistar cada produtor rural em suas respectivas propriedades, que dista poucos metros uma da outra.
Diante do que observamos/presenciamos foi possível concluir que as estruturas de plantio nos trouxeram
saberes diversos, como aproveitamento de terras dentro do sistema agroflorestal (usado pelo produtor 1).
Assim como estratégias de plantios em espaços abertos e em alguns casos, em certos canteiros que se usam
coberturas para manter a humidade na plantação (usado pelo produtor 2). Cabe ressaltar que os resultados
dessa visita de estudos foram apresentados pelos estudantes na culminância do tema gerador na data do dia
25 de agosto de 2023, no horário entre 14h50 minutos até 16h30 minutos. Ressalta-se, ainda, que estudos
foram desenvolvidos pela escola nos mais diversos componentes curriculares no que decorre o período de
22 de maio até 31 de agosto de 2023. Diante dos fatos, Freire (2019, p. 136) nos ensina que “investigar o
tema gerador é investigar, repentinamente, o pensar dos homens referido à realidade, é investigar seu atuar
sobre a realidade, que é sua práxis”. Conclui-se, portanto, que o objetivo da visita de estudos foi alcançado
e os resultados confirmaram e nos ensinaram os mais diversos conhecimentos vindos e provindos de
produtores rurais experientes do meio agrícola.

Palavras-chave: agroecologia, educação, produtores rurais.

1
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.

394
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE PROFESSORES BACHÁREIS: CURSO DE FORMAÇÃO EM
UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Géssika Mendes Vieira1, Geovana Ferreira Melo 2

RESUMO

Este estudo é parte uma pesquisa que está sendo desenvolvida vinculada a um curso de doutorado
acadêmico de uma instituição pública brasileira, e tem como principal objetivo investigar a Formação dos
professores bacharéis. Parte-se do princípio que a complexidade da profissão docente não pode ser resumida
a simples ideia de que quem sabe fazer também sabe ensinar, “a ausência de saberes pedagógicos limita a
ação do docente e causa transtornos de naturezas variadas ao processo de ensinar e aprender.” (SOARES;
CUNHA, p.24, 2010). Desse modo, é evidente que mesmo que os professores da Educação Superior tenham
cursado pós-graduação a nível de mestrado e doutorado em diferentes áreas do conhecimento, existem
dificuldades diante da prática docente devido à ausência de formação pedagógica. Cunha (2004, p. 526),
elucida que “[...]esse professor se constituiu, historicamente, tendo como base a profissão paralela que
exerce ou exercia no mundo do trabalho. “A investigação tem como base três aspectos que compõem o
cenário da Educação Superior no Brasil: ausência de Formação Pedagógica para professores bacharéis
devido a inexistência de políticas institucionais; omissão de uma legislação que regulamente a Formação
dos professores que atuam nas universidades; avaliações que valorizam mais o trabalho da pesquisa que a
docência, relegando ao trabalho docente menos atenção por parte dos professores. Assim, foi realizado um
curso de formação com 20 professores bacharéis, em 10 encontros que foram construídos como ciclos
reflexivos, com base nos pressupostos da pesquisa-ação crítico-colaborativa. Os ciclos reflexivos são
espaços efetivos de formação, que ajudam diretamente os envolvidos, permitindo reflexão da prática,
ressignificação de conceitos e novas construções em torno da profissão. O estudo foi realizado no primeiro
semestre de 2023 e por isso está em processo de análise e até aqui perpassa o campo teórico e de organização
dos dados obtidos, pretende-se compartilhar resultados parciais durante a apresentação. Por hora, ressalta-
se a importância de discussões sobre a Formação dos professores universitários e de políticas institucionais
que auxiliem os docentes em sua prática.

Palavras-chave: formação de professores bacharéis, formação de professores do ensino superior, pedagogia


universitária

1
Universidade Federal de Uberlândia - UFU
2
Universidade Federal de Uberlândia - UFU

395
DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DO CUIDADOR
ESCOLAR NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE DIAS D’ÁVILA – BA

Cláudia Cristiane Verçosa Simões de Farias1, Lucianne Oliveira Monteiro Andrade2

RESUMO

A pesquisa de doutorado,desenvolvida no Programa de Postgrado da Universidad Interamericana –


PY, objetivou investigar o papel e a contribuição do cuidador de estudantes da Educação Especial na
perspectiva da Educação Inclusiva, abordando os desafios e possibilidades para a sua formação continuada
na Rede Pública Municipal de Ensino de Dias d'Ávila, Bahia. O estudo foi realizado em escolas públicas
municipais envolvendo um total de 10 (dez) escolas, sendo duas de referência e outra 8 (oito) nucleadas,
com um total de 56 (cinquenta e seis) profissionais participantes de diferentes áreas da rede de apoio
vinculados a essas unidades escolares. A pesquisa buscou verificar os desafios encarados pelos cuidadores,
listar o nível de formação e tempo de atuação na função, investigar os saberes obtidos e as barreiras
encontradas, além de captar propostas para aprimorar o desempenho desses profissionais com os estudantes
público-alvo da Educação Especial Inclusiva. A pesquisa salienta políticas públicas inclusivas fundamentais
para a garantia de acesso igualitário dos estudantes com deficiência aos serviços educacionais, ressaltando
a responsabilidade coletiva como indispensável no processo de inclusão. Os procedimentos metodológicos
assumidos na execução da pesquisa abrangem a abordagem qualitativa, observação participante,
questionário semiestruturado e análise de conteúdo. Os resultados alcançados possibilitaram um debate
mais genuíno sobre o papel e a formação do cuidador escolar, um assunto até este tempo pouco investigado
no campo academial. Frente aos desafios reconhecidos, é necessária a organização e estratégias para a
formação continuada para os cuidadores, em adição à normatização e investimentos nos serviços
disponibilizados. O estudo perfaz que é essencial transpor barreiras reais, oportunizando Educação Especial
Inclusiva com equidade e qualidade. Considerando os resultados alcançados, é possível afirmar que novas
estratégias e intervenções podem ser realizadas, na busca da modificação que impacte positivamente na
realidade vivenciada em Dias d'Ávila, Bahia.

Palavras-chave: cuidadores da educação especial, inclusão escolar, formação continuada.

1
Secretaria Municipal de Educação de Dias d'Ávila (SEDUC-BA). Mestre em Educação. Doutoranda em Educação.
2
Instituto Federal Goiano (IF Goiano). Doutora em Educação.

396
EXPLORANDO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
PARA O TREINAMENTO SIMULADO EM TERAPIA OCUPACIONAL

Cynthia Girundi1

RESUMO

O ensino na área da saúde, guiado pela lógica da integralidade, deve harmonizar abordagens mais
dialéticas e dialógicas, convidando o estudante a desempenhar um papel ativo em seu processo de
aprendizagem. Isso coloca o professor não apenas como um mero transmissor de conhecimento, mas
também como um mediador do saber e da aprendizagem. Além disso, essa abordagem inclui o paciente
como um participante ativo desse processo. O processo de aprendizagem naturalmente envolve tanto erros
quanto acertos, mas na área da saúde, a minimização dos erros é crucial, uma vez que esses erros podem
afetar a saúde dos pacientes. Portanto, o planejamento do ensino prático em saúde pode ser desafiador,
especialmente após o período de pandemia, durante o qual as abordagens de ensino precisaram ser
adaptadas para o ambiente virtual. Nesse contexto, o uso de tecnologias pode auxiliar no treinamento dos
estudantes, especialmente quando realizado por meio de simulações. Este trabalho tem como objetivo
relatar a experiência do uso da inteligência artificial (IA) ChatGPT como um ambiente simulado para o
treinamento de cinesioterapia, destinado aos estudantes do curso de Terapia Ocupacional de uma
universidade federal localizada na região sul do país. A disciplina de cinesioterapia prevê treinamento
prático com carga horária extensionista, ou seja, atendimento clínico de terapia ocupacional para a
comunidade. Contudo, a fim de criar um ambiente de simulação das técnicas cinesioterápicas aplicadas à
terapia ocupacional, a disciplina foi planejada para ter um módulo de caso simulado com auxílio da
inteligência artificial ChatGPT, antes da ida a campo, de fato. Foi criado um prompt que orientava a IA a
participar de um jogo de simulação no qual ela deveria interagir com os estudantes como um paciente com
uma condição de disfunção motora. A prática simulada está em andamento e será realizada durante seis
semanas. Antes do início do uso da IA, foi realizada uma discussão sobre as questões éticas e suas
implicações para o uso da plataforma. Antes de cada interação com a IA, os estudantes discutem o conteúdo
teórico dos temas da disciplina em aulas expositivo-dialogadas e, em seguida, realizam o atendimento
simulado e entregam o registro da interação, bem como as considerações sobre as escolhas das condutas e
técnicas empregadas e a percepção sobre o atendimento e a interação com a plataforma virtual. Após o
período de treinamento simulado, os estudantes atenderão, durante seis semanas, pacientes do SUS,
aplicando as técnicas aprendidas previamente. Espera-se, com isso, aprimorar a habilidade dos estudantes
para a avaliação e execução das técnicas cinesioterápicas que podem ser empregadas no contexto de
reabilitação em terapia ocupacional, diminuir a insegurança dos estudantes para a atuação nos campos de
prática e fomentar a curiosidade pela busca de respostas científicas provocadas a partir da interação
simulada.

Palavras-chave: simulador interativo, metodologia, técnicas de ensino, ensino superior, terapia ocupacional.

1
Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

397
GRATUIDAD EN LA EDUCACIÓN SUPERIOR. UN ESPEJISMO NEOLIBERAL EN EL
SISTEMA EDUCATIVO CHILENO

Daniel Reyes Araya1


RESUMEN

El objetivo principal busca analizar los efectos del financiamiento gratuito de aranceles a los
estudiantes de educación superior en Chile, política impulsada desde el 2016 en el contexto de la
masificación del nivel. La primera etapa del estudio esta referida a la construcción de un marco teórico que
aborde las políticas de financiamiento de la educación superior, las que combinan la desregulación de las
instituciones para fijar aranceles y vacantes, junto con créditos y becas públicas de apoyo a la demanda
educacional. Estos elementos conforman la base del marco ideológico neoliberal, esto es: mínima
regulación e intervención estatal junto al subsidio a la demanda, asumiendo que el mercado generaría tanto
calidad como equidad en la educación terciaria. Si bien esta visión en democracia ha sido (re)elaborada, se
valida y es administrada por cada gobierno post dictadura cívico militar, manteniendo hasta el año 2015 el
sistema de subsidio a la demanda, donde instituciones privadas y públicas se solventan mediante aranceles
pagados por las familias, y el Estado, pone a disposición de los estudiantes, créditos y becas según
capacidad de pago, fiel a su canon subsidiario. La génesis de este camino se genera partir de la
implementación uno de los cambios centrales al modelo financiero en 2005, donde se sustituye el crédito
fiscal otorgado al estudiante por un crédito privado con garantía estatal, denominado Crédito con Aval del
Estado (CAE), el que sostuvo el aumento exponencial de la matrícula, provocando el masivo
endeudamiento de las familias por el encarecimiento de los aranceles y condiciones de pago del nuevo
crédito. Las consecuencias asociadas a la expansión de matrícula mediante el CAE son tan profundas que
se llega a un consenso políticamente transversal, que debía separarse a la banca privada del sistema de
créditos estudiantiles (VERGARA, 2017; KREMERMAN; PÁEZ; SÁEZ, 2020). Esta crisis fue factor
esencial en la demanda social de transformación del sistema de financiamiento, instalada a mediados del
gobierno de Michelle Bachelet (2016), que busco “aliviar la carga financiera de las familias para que sus
hijos accedan a la educación superior y, mediante ello, potenciar sus capacidades y aumentar en forma
duradera sus posibilidades de mayor bienestar, confianza y seguridad en el futuro” (BCN, 2018, art. 3ª).
Sobre la política de gratuidad existen expectativas que implican la posibilidad efectiva de estudiar, así como
la influencia de actores institucionales que buscan su transformación, relevancia que se incrementa al
tratarse de un sistema con un alto grado de privatización en su operación y financiamiento. La metodología
es cuantitativa descriptiva (HERNÁNDEZ; FERNÁNDEZ; BAPTISTA, 2014), esta basada en el análisis
de bases de datos de organismos públicos, de tipo censal y muestral (CASEN, CNED, Contraloría General
de la República, SIES). El estudio revela los principales resultados de la gratuidad, destacado la importancia
de implementar una política sustentable en el tiempo, analizando sus efectos en equidad e integración social,
como criterios fundamentales de un sistema de educación superior exitoso, Chile en ese tránsito debe
superar más de una valla en una colisión de intereses profundo, a nivel de su macro y micropolítica.

Palabras clave: educación chilena, equidad en la educación superior, política de gratuidad.

1
Universidad de Talca (UTALCA- Chile).

398
PROFESSORES DE CIÊNCIAS EF/ANOS FINAIS DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE
PORTO ALEGRE/RS E O USO DE ESPAÇOS NÃO FORMAIS

Daniela Alves da Silva1, José Vicente Lima Robaina 2

RESUMO

Atualmente, os Espaços Não Formais (ENF) que promovem atividades relacionadas à Educação em
Ciências da Natureza têm o potencial de enriquecer as abordagens da Educação em Ciências da Natureza
fornecida nos Espaços Formais (EF). Os ENF podem ser caracterizados como Institucionais, são exemplos
Museus e Centros de Ciências, Planetários e Jardins Botânicos, ou podem ser caracterizados como Não
Institucionais, que incluem, Centros de reciclagem, Aldeias Indígenas e Feiras de produtores rurais. Se por
um lado estes espaços proporcionam uma abordagem prática e inovadora, permitindo que os estudantes
explorem competências e habilidades de maneira realista e concreta por outro lado a utilização de ENF na
Educação em Ciências pode apresentar desafios para os professores, desde a falta de conhecimento prévio
com esses ambientes, falta de recursos como transporte e a necessidade de adaptação de estratégias de
ensino. O presente resumo apresenta a pesquisa em andamento a nível de doutorado pelo Programa de Pós-
Graduação em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O objetivo principal
da pesquisa é investigar as percepções de professores do Ensino Fundamental dos anos finais, pertencentes
à rede pública de ensino do município de Porto Alegre/RS, sobre a utilização de ENF para a Educação em
Ciências da Natureza. Para fundamentar teoricamente, este estudo se respalda em documentos e legislações
oficiais que regulam e direcionam o ensino e a aprendizagem em Ciências da Natureza em EF. Ainda é
utilizado como referencial, contribuições de autoras e autores que sustentam a Educação em Ciências da
Natureza em uma perspectiva dialógica e problematizadora, a formação continuada de professores e a
utilização dos ENF para o ensino-aprendizagem em Ciências da Natureza. Quanto à abordagem
metodológica, esta pesquisa adota um enfoque misto, empregando tanto métodos qualitativos quanto
quantitativos. Para a coleta de dados, serão utilizados questionários semi-estruturados e encontros
formativos em formato de Extensão Universitária, caracterizando a pesquisa como um estudo de caso. A
análise dos dados será conduzida por meio da análise temática e estatística descritiva. A pesquisa encontra-
se na segunda etapa, que envolve a elaboração do referencial teórico. Os resultados da revisão sistemática
conduzida entre julho e setembro de 2023 indicam um aumento exponencial na abordagem da temática de
Espaços Não Formais. No entanto, observamos uma produção científica ainda limitada quando se trata da
formação continuada de professores nas Ciências da Natureza direcionada aos ENF.

Palavras-chave: espaços não formais, educação em ciências, formação continuada de professores.

1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

399
EDUCAÇÃO, PISA E MÍDIA: UMA ANÁLISE DISCURSIVA

Daniella Biselli Silveira Clivatti1, Márcia Aparecida Amador Mascia 2

RESUMO

No atual cenário sociopolítico brasileiro, a discussão sobre o papel da mídia e sua possível influência
sobre a formação de opinião das pessoas tem sido cada vez mais presente. Este trabalho nasce a partir do
questionamento sobre como a mídia constrói as subjetividades contemporâneas a respeito da educação no
Brasil, pela perspectiva da análise de discurso de linha francesa. Estabeleceu-se como objetivo geral deste
trabalho contribuir para uma reflexão sobre os possíveis efeitos de sentido veiculados pela mídia,
problematizando como atuação na construção de jogos de verdade do PISA Brasil. O corpus escolhido para
tal reflexão são duas reportagens publicadas na Revista Veja, que se utilizam da metáfora de jogo para
discorrer sobre o desempenho do país no Programme for International Student Assessment (PISA), do qual
participam mais de 70 países. Mais do que divulgar os resultados e problematizar sobre o futuro dos jovens
brasileiros, as reportagens comparam o país com outros tidos como mais desenvolvidos, sem a
contextualização socioeconômica que seria necessária para justificar tamanha diferença nos resultados,
promovendo uma verdadeira disputa não apenas nos termos e expressões escolhidos, mas sobretudo nas
imagens que complementam o texto. Com o olhar discursivo, a análise aponta a mídia como um dos
instrumentos de objetivação que corrobora com a construção de memórias discursivas sobre o atual cenário
da educação brasileira.
Palavras-chave: PISA; Governamentalidade; Análise de discurso; Mídia; Indústria Cultural.

1
Mestra em Educação pelo Programa de Pós-graduação da Universidade São Francisco.
2
Professora do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade São Francisco.

400
USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:
COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS

Derli Juliano Neuenfeldt1, Camila Portaluppi Michelon2, Macgregor Baumgarten3, Jovana Horst4,
Vanderlucia Silva5

RESUMO

Na Educação Física escolar, o uso de tecnologias digitais não é algo recente, mas devido a sua
especificidade ser o movimento humano elas não têm ocupado lugar de destaque. Contudo, em tempos
digitais, faz-se necessário explorar potencialidades delas numa perspectiva de ensino colaborativa e crítica.
Esse trabalho tem por objetivo relatar experiências de ensino da Educação Física Escolar, ministradas para
alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental, mediadas por tecnologias digitais. Enquanto metodologia,
trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa com aproximações à pesquisa-ação. A investigação foi
realizada em um município do Vale do Taquari/RS/BRA com duas escolas da rede municipal de ensino. Os
participantes foram os alunos de duas turmas, um 6.º e um 8.º Anos, uma de cada escola. Também
participaram as duas professoras de Educação Física. Em cada escola foi ministrada uma aula de Educação
Física mediada por tecnologias digitais. Os temas das aulas foram definidos em conjunto com as professoras
de Educação Física. Para o 6.º ano, a aula ocorreu em dezembro de 2022 e foi desenvolvida no formato de
uma gincana com o propósito de revisar objetos de ensino tematizados ao longo do ano, contemplando as
modalidades de atletismo, futsal, handebol, voleibol e dança. No 8.º ano, a aula ocorreu em abril de 2023.
Tematizou-se os fundamentos do futsal e a forma como ocorre a escolha das equipes para os jogos. Em
ambas escolas, partiu-se do acesso que os alunos tinham às tecnologias digitais. Dessa forma, o uso do
celular foi o principal recurso. As atividades foram acessadas a partir da leitura de QR Codes que os
conduziram a atividades problematizadoras ou vídeos explicativos das práticas corporais disponíveis no
Youtube. Como resultados, constatou-se que em ambas as aulas os alunos se engajaram na resolução dos
desafios propostos, ocorrendo construção de novos conhecimentos. As tecnologias possibilitaram aos
alunos ter acesso ao conhecimento, tal como os vídeos disponíveis no Youtube, que os auxiliaram a pensar
e a construir novas formar de experimentar as práticas corporais. Portanto, as tecnologias digitais
contribuíram para a efetivação de uma proposta de ensino da Educação Física que defende a necessidade
de os alunos serem o centro do processo de ensino, construindo novas formas de experimentação corporal
e propondo alterações em práticas excludentes, tal como a escolha das equipes para os jogos esportivos que
privilegiam os mais habilidosos. Conclui-se que as duas experiências reforçam o potencial das tecnologias
digitais como recursos que possibilitam acesso ao conhecimento pois estimulam a criatividade e o trabalho
colaborativo dos alunos. Constatou-se que é possível utilizar-se das tecnologias digitais como mediadoras
de uma proposta de ensino que prime pelo protagonismo dos alunos, numa perspectiva colaborativa e crítica
do ensino da Educação Física escolar.

Palavras-chave: Tecnologias Digitais, Ensino, Educação Física.

401
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE DOCENTES ACERCA DE MASCULINIDADES E
FEMINILIDADES EM CONTEXTO ESCOLAR

Douglas Paulino Barreiros1, José Roberto da Silva Brêtas 2

RESUMO

O estudo teve como objetivo identificar e analisar as representações sociais de docentes a respeito
da diversidade sexual em contexto escolar. De natureza qualitativa, empregou-se como instrumento de
pesquisa a entrevista semiestruturada, feita individualmente com trinta professores/as da rede pública
paulista que se dispuseram a participar do estudo de maneira livre e esclarecida mediante assinatura de
termo de consentimento. Os procedimentos éticos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa d
UNIFESP sob o número de parecer número 4.332.428. Os dados produzidos nas entrevistas foram
examinados a partir das representações sociais enquanto método e dos procedimentos analíticos da análise
de conteúdo. Tais procedimentos fizeram emergir oito categorias temáticas, sendo uma delas a “Escola e
Scripts sexuais: masculinidades e feminilidades” da qual apresentamos os resultados analíticos que
revelaram que: (I) docentes acreditam que há modelos adequados de masculinidade e feminilidade para o
espaço escolar; (II) a inadequação da masculinidade e feminilidade em contexto escolar aumenta à medida
que essas expressões se afastam do padrão reconhecido como conveniente, especificamente cisgênero e
heterossexual; (III) professores/as presumem que gays são homens que querem ser mulher e lésbicas
mulheres que querem ser homens; (IV) travestis, transexuais e transgêneros são expressões inautênticas de
masculinidade e feminilidade; (V) as representações sociais de docentes acerca de masculinidade e
feminilidade estão na raiz do preconceito de gênero em contexto escolar. Tais representações estão
ancoradas no conservadorismo, no essencialismo biológico e no fundamentalismo religioso. Por se tratar
de modalidades de conhecimento que alicerçam a ação dos sujeitos e grupos, tais representações sociais
atravessam as práticas pedagógicas que contrariando toda falácia conservadora e os pânicos morais,
docentes tratam a questão da diversidade sexual e de gênero privilegiando padrões heterocentrados e de
cisgeneridade no espaço escolar.

Palavras-chave: sexualidade, gênero, educação.

1
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo - SEDUC.
2
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.

402
PRATICA DOCENTE COM USO DE METODOLOGIAS ATIVAS: AVALIAÇÃO DE OBJETO
DE APRENDIZAGEM EM NEUROFISIOLOGIA

Eduardo Benfatto Berna1, Vinicius Faria Curi¹, Marilene Porawski¹, Alexandro Guimarães¹, Lucila
Ludmila Paula Guiterrez1

RESUMO

A aprendizagem por meio de metodologias ativas é reconhecida por auxiliar no engajamento e


compreensão de estudantes. O grupo de pesquisa em Fisiologia da Universidade Federal de Ciências da
Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) criou um quebra-cabeça sobre potenciais de ação como Objeto de
Aprendizagem (OA) em Fisiologia. O estudo visou avaliar a eficácia desse OA em cursos de saúde,
coletando percepções dos estudantes. A coleta de dados ocorreu nas disciplinas de Fisiologia dos cursos
Física Médica e Química Medicinal da UFCSPA (CAE 51729521.6.0000.5345) em 2022. Alunos que
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram incluídos. Dadas as aulas teóricas sobre
potenciais de ação, os alunos colaboraram em grupos, montando o quebra-cabeça citado como forma de
revisão e esclarecimento. Após a atividade, esses discentes avaliaram o OA através do questionário LORI,
medindo qualidade, alinhamento com objetivos, design, usabilidade, acessibilidade, reusabilidade,
motivação e adaptabilidade em escala de 1 a 5 e também responderam a um questionário de autopercepção
de aprendizagem (ambos os questionários em escala tipo Likert). Dos 34 respondentes, 61,76% avaliaram
o OA com nota máxima de qualidade, 73,53% quanto ao alinhamento com objetivos, 67,65% quanto ao
design, 70,59% quanto à usabilidade, 32,35% quanto à acessibilidade, 79,41% quanto à reusabilidade,
73,53% quanto à motivação e 76,47% quanto à adaptabilidade. Sobre autopercepção de aprendizagem,
88,24% concordaram que o OA contribuiu para o aprendizado, 85,29% relataram auxílio na memorização,
70,59% afirmou que houve melhora no desempenho na prova de neurofisiologia, 88,24% disse que o OA
auxiliou na compreensão do conteúdo e 79,41% concordou que o OA ajudou na percepção de dúvidas.
Porém, 52,94% mencionaram desconforto ou resistência na participação da atividade. Resultados
preliminares sugerem que o OA pode ser um adjuvante eficaz no aprendizado com revisão constante para
manter a adequação aos objetivos de aprendizagem.
Palavras-chave: Metodologias ativas; Ensino de Neurofisiologia; Objeto de Aprendizagem

1
Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA

403
METODOLOGIA DE ENSINO E AVALIAÇÃO EM HISTÓRIA: EXPLORANDO
ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM

Mailson Moreira dos Santos Gama1

RESUMO

Através de uma pesquisa bibliográfica, este estudo examina a interconexão vital integração entre
metodologia de ensino e avaliação no âmbito do ensino da disciplina de História. Abordagens pedagógicas
inovadoras desempenham um papel importante na ampliação da compreensão dos alunos em relação aos
eventos históricos, enquanto estratégias de avaliação criteriosamente planejadas proporcionam uma
avaliação mais precisa do progresso histórico individual de cada estudante. Para fundamentar esta pesquisa
recorreu a contribuições teóricas de educadores renomeados, incluindo Circe Maria Fernandes Bittencourt
(2008), Carla Bassanezi Pinsky (2008), Selva Guimarães Fonseca (2003) e outros destacados pensadores.
Em última análise este estudo propõe uma abordagem holística que integra metodologias inovadoras com
avaliações formativas para promover uma aprendizagem mais significativa e eficiente.

Palavras-chave: metodologia, avaliação, ensino de História.

1
Universidade do Estado da Bahia – PPGH UNEB, Bolsista FAPESB.

404
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: O QUE DIZEM OS GESTORES E OS PROFESSORES
SOBRE A AUSÊNCIA DESTE DOCUMENTO EM UMA ESCOLA PÚBLICA EM CANTÁ-RR

Eliel Firmino de Normando1, Ricardo Alexandre Marangoni2

RESUMO

A pesquisa, em andamento, tem como objetivo principal investigar as percepções dos gestores e
professores sobre a importância (ou não) do desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico (PPP) de uma
escola pública em Cantá-RR. O PPP é “entendido como a própria organização do trabalho pedagógico da
escola como um todo” (VEIGA, 1995, p. 11), sendo um importante documento orientador para os
profissionais da educação. Assim, as dimensões política e pedagógica são indissociáveis. O projeto é
político porque compromete-se a formar cidadãos para um tipo de sociedade, e, pedagógico, porque defini
ações educativas para cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade (VEIGA, 1995). A partir destes
conceitos, surgem três questões norteadoras: (i) O que gestores e professores entendem por PPP? (ii) Por
que a escola pública não construiu o PPP? (iii) O PPP é um instrumento que corrobora com o
desenvolvimento da gestão democrática? A realização deste estudo abrange três fases: (a) a pesquisa
documental, envolvendo a discussão da legislação nacional e estadual (CF, 1988; LDBEN, 1996; PNE,
2014; PEE-RR, 2014 e outros); (b) a pesquisa bibliográfica, relacionada ao debate do PPP e gestão escolar
democrática (MARANGONI, 2018; PARO, 2002, 2007, 2011; SOUZA, 2007, 2009, 2012;
VASCONCELLOS, 2019; VEIGA, 1995, 2009 e outros); (c) a coleta de dados por meio de questionários.
Os dados serão organizados e submetidos à Análise de Conteúdo (BARDIN, 2010; FRANCO, 2012). De
modo preliminar, consideramos que a construção coletiva do PPP proporcionará à comunidade a
oportunidade de participação e o exercício da gestão escolar democrática.

Palavras-chave: projeto político-pedagógico, gestão democrática, escola pública.

1
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
2
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).

405
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: O POTENCIAL PEDAGÓGICO DA PROBLEMATECA

Ellen Michelle Barbosa de Moura1, Karla Vanessa Gomes dos Santos2, Dulcimária Ferreira da Cunha
Marçal3, Joeanne Neves Fraz4, Juliana Alves Lopes dos Santos5

RESUMO

O objetivo do estudo proposto foi analisar o potencial do trabalho pedagógico com a Problemateca
em uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental. Pesquisa de abordagem qualitativa e caráter exploratório,
teve como procedimentos a análise de material produzido durante as aulas de Matemática e entrevista com
as professoras. A Problemateca é uma estratégia pedagógica que consiste em uma coleção de problemas
matemáticos significativos e organizados a partir de critérios que perpassam as ideias contidas nas
operações. Visa garantir o desenvolvimento do raciocínio lógico, a habilidade de leitura de textos
matemáticos e de resolução de problemas (BONILHA E VIDIGAL, 2016, SMOLE, DINIZ, 2016). A
Problemateca acontece quando docentes e estudantes fazem um contrato didático (BROUSSEAU, 1982)
que inclui a resolução/elaboração de problemas no cotidiano escolar de modo organizado e desafiador. É
uma estratégia em que o docente e/ou os alunos dialogam e elaboram situações-problema a partir de um
determinado tema e critérios estabelecidos. Destarte, “a problemateca é um recurso que trabalha com a
Resolução de Problemas, ao possibilitar ao aluno: pensar, discutir e formular hipóteses” (PARANÁ, 2016).
As professoras organizaram a Problemateca com o objetivo de desafiar os estudantes com situações que
envolvessem as operações e suas ideias (VERGNAUD, 1996) mediante uso de situações do cotidiano
social/ escolar. Foi utilizada de modos diversificados: resolução coletiva, por temática, em pequenos
grupos, com indicação da ideia enfatizada no problema, com intuito de garantir as aprendizagens de todos
(MOURA et al., 2023). Possibilitou aos discentes o desenvolvimento da capacidade de compreender
problemas, resolvê-los, formular/elaborar problemas e desenvolver a criatividade. Fatores que revelam o
potencial pedagógico da Problemateca e a importância de sua utilização pelos/as professores/as que
ensinam Matemática.

Palavras-chave: Educação Matemática, Problemateca, Resolução de Problemas.

1
Universidade de Brasília (UnB)/Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
2
Universidade de Brasília (UnB)/Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
3
Universidade de Brasília (UnB)/Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
4
Universidade de Brasília UnB/ Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).
5
Universidade de Brasília (UnB)/Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).

406
OS GRANDES DESAFIOS PARA O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA DA PÓS-
MODERNIDADE.

Cibele Juliane Barros Generoso 1, Érica Cristiane Barros Moreira 2

RESUMO

Atualmente, muitas mudanças na educação. E juntamente com essas mudanças o educando, presente
em nossas escolas, está em constante transformação, e de certa forma, mais veloz do que as que a educação
está passando. Nesse contexto, surge insegurança em relação aos currículos existentes nas nossas escolas,
será que estes estão conseguindo acompanhar os nossos educandos da pós-modernidade? Infelizmente, não,
o currículo existente, na maioria das escolas, precisa ser reconstruído para atender as necessidades dos
nossos educandos, sendo que com a velocidade e intensidade de informações que os mesmos adquirem com
a diversidade de recursos tecnológicos e a facilidade de acesso a todos os tipos de mídia, o ensino tem que
acompanhar essa “novidade“ e, além de adequar-se às novas necessidades de sua clientela, deve também
preparar os professores para que lidem naturalmente com essas mudanças, para que possam também
orientar os educandos sobre como buscar e encontrar essas informações e como aplicá-las positivamente
em seu cotidiano. Desta forma, um dos grandes desafios da nossa era é a mudança da postura dos nossos
educadores, sendo que muitas vezes o papel do educador fica reduzido apenas no de transmissor de
conhecimentos, porém o papel do verdadeiro educador vai muito além, é tentar construir com o educando
algo que seja significativo para ele, ou seja, o educador deve ter um olhar especial para as vivências que o
mesmo traz. Tentando mudar a sua identidade, diante das exigências que vêm dos mesmos, garantindo o
seu direito à educação, a formação, socialização, aprendizado dos saberes, culturas, entre outros.

Palavras-chave: currículo, escola pública, pós-modernidade.

1
Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE – Licenciada em Pedagogia.
2
Universidade Estadual do Estado de São Paulo – UNESP- Licenciada em Pedagogia.

407
MEMÓRIAS DE PROFESSORAS PRIMÁRIAS NEGRAS EM CORUMBÁ (MS)

Esthermira Rodrigues Pedroso1, Ademilson Batista Paes2

RESUMO

O presente trabalho é uma pesquisa de mestrado em andamento, tendo como objeto, analisar a
trajetória profissional de docentes negras aposentadas, buscando compreender quais fatos marcaram as
trajetórias formativas dessas profissionais, procurando entender como o racismo institucional, de gênero e
cor interferiram em suas andamentos profissionais e quais foram os desafios encontrados para se estabelecer
no espaço da sala de aula, em um período que acontecia muitas repressões e discriminações com as
mulheres. A metodologia adotada parte de uma pesquisa qualitativa mediante a realização de entrevistas,
junto às professoras negras que atuaram no ensino primário das escolas estaduais e municipais de Corumbá,
município localizado no interior do Estado de Mato Grosso do Sul. Os autores que irão corroborar com o
trabalho em questão são: Thompson, Perrot, Del Priore e outros autores, que irão ratificar a pesquisa. A
nossa delimitação temporal será a década de 1960, período da ditadura militar e época de repressão no
Brasil, período também de formação e atuação profissional dessas docentes. Pretende-se com esse trabalho,
mostrar que independente da questão racial e das dificuldades, essas professoras, conseguiram o respeito e
deixaram a sua contribuição na educação do município de Corumbá.
Palavras-chaves: Professoras, Negras, Corumbá.

1
Docente da rede municipal de Corumbá, mestranda em Educação (PROFEDUC/UEMS/Campo Grande).
2 Docente do PGEDU/UEMS/Paranaíba e PROFEDUC/UEMS/Campo Grande.

408
O CURRÍCULO DE PEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A EDUCAÇÃO DE BEBÊS1

Beatriz Gonçalves Rodrigues2, Carolina Fazan Morandim2, Maria Eduarda Nunes Barbosa2, Thaize
Fernanda Ramos Macedo3, Fabiana Cristina Frigieri de Vitta4,

RESUMO

O presente estudo integra uma pesquisa guarda-chuva realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas
em Atividade e Desenvolvimento Infantil - GEPADI, cujo objetivo geral é analisar e discutir a formação
para o uso de atividades – de vida diária (AVD - higiene, alimentação e vestuário), com brinquedos,
equipamentos de playground e música - na atuação educacional junto a crianças de zero a um ano e seis
meses a partir da visão de graduandos, docentes e Projeto Político Pedagógico (PPP) dos cursos de
pedagogia de uma universidade pública do Estado de São Paulo. A primeira parte da pesquisa consistiu em
verificar a percepção dos estudantes de Pedagogia, por meio de um questionário virtual elaborado a partir
de bibliografia da área. Os resultados obetidos possibilitaram elencar novas questões a serem investigadas
nos projetos político-pedagógicos. Dessa forma, na segunda fase da pesquisa, documental, foi realizada
uma análise qualitativa utilizando o software Atlas.ti, cuja licença foi adquirida com o apoio da Fapesp.
Nesta análise buscou-se verificar como os PPPs articulam os conhecimentos teórico-práticos a serem
trabalhados juntos aos estudantes e identificar nas matrizes curriculares as disciplinas que abrangem
conteúdos referentes à Educação Infantil, relacionados à faixa etária da pesquisa (zero a 18 meses) e às
atividades que estimulem o desenvolvimento dos bebês. Nestas análise, verificou-se a escassez de
referências à educação infantil, especialmente relacionada aos bebês, nos PPPs assim como uma oferta
diminuta de disciplinas relacionadas a essa fase e às atividades, sendo encontrada alguma mais específica
relacionada ao brincar. Conclui-se que, embora tenham sido promulgados documentos que incluem os
bebês como parte da educação infantil, os currículos dos cursos de pedagogia ainda não incorporam esse
tema de forma consistente.

Palavras-chave: Pedagogia, desenvolvimento infantil, bebês.

1
Pesquisa financiada pela Fapesp – processo n. 2018/11392-0
2
Bolsistas de Iniciação Científica – CNPq - Universidade Estadual Paulista - UNESP.
3
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar - Universidade Estadual Paulista - UNESP.
4
Universidade Estadual Paulista - UNESP.

409
PIBIC ENSINO MÉDIO: UMA EXPERIÊNCIA DE INICIAÇÃO À METODOLOGIA E
ORIENTAÇÃO CIENTÍFICA

Fabiana C. F. de Vitta1, Patrícia U. R. Bataglia1, Sofia F. de Vitta2, Maria Fernanda B. Dall’Aglio2, Rafael
G. Zanini2

RESUMO

O uso de questionário em pesquisas exploratórias é bastante conhecido, sendo discutido por vários
autores, que apontam as facilidades e dificuldades deste método para coleta de dados. Com a pandemia do
Covid-19, os formulários eletrônicos de diferentes plataformas foram amplamente utilizados e
possibilitaram a coleta de dados importantes. No entanto, o uso inadequado deste instrumento foi extenso,
levando a coletas enviesadas, ou ainda, inúteis por apresentarem dados sem possibilidade de tratamento ou
análise. Este trabalho teve por objetivo orientar três alunos do ensino médio e um da graduação a identificar
os componentes que constituem um formulário de pesquisa e coleta de dados, como as questões devem ser
organizadas, bem como sua eficácia na análise dos dados de interesse. A orientação foi feita por dois
doutorandos, sob a supervisão da docente responsável (orientadora). O grupo analisou textos sobre o uso
de formulários eletrônicos, assim como questionários sobre diferentes assuntos, disponíveis na rede virtual.
Verificaram como foram organizadas as cartas de encaminhamento, a adequação do instrumento ao objetivo
da pesquisa e as possibilidades de análise das questões. Por fim, organizaram um formulário para
colaboração com a pesquisa "Estudo das concepções de estudantes de Ensino Médio sobre o que são e quais
são os preconceitos que embasam as relações sociais". Os dados coletados estão em fase de sistematização
para discussão dos resultados. Com isso, tanto os alunos do ensino médio como o graduando têm a
oportunidade, ao participar do processo, de aprender a usar o Google Formulário, de preparar as questões,
verificar sua adequação, organizar e analisar as respostas no Google planilhas. Ademais, os doutorandos,
consolidam seus conhecimentos sobre metodologia na prática de orientação de pesquisa.

Palavras-chave: metodologia de pesquisa, questionário eletrônico, tecnologias.

1
Universidade Estadual Paulista - UNESP.
2
Ensino médio - Colégio Chaminade – Bauru.

410
TERRITÓRIOS CONECTADOS: UMA EXPERIÊNCIA DE ARTICULAÇÃO
INTERSETORIAL E POLÍTICA PÚBLICA EM SÃO CAETANO DO SUL

Fabio Toro1, Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz 2

RESUMO

Instituído como política pública em agosto de 2022, o Programa Territórios Conectados do


município paulista de São Caetano do Sul tem como objetivo promover atendimento qualificado,
multidisciplinar e integral por meio da articulação intersetorial de quatro secretarias: Educação, Saúde,
Assistência e Inclusão Social e Governo, visando o atendimento das demandas dos 15 territórios do
município para os estudantes, preferencialmente, matriculados na Rede Municipal de Ensino. O programa
é implementado com base na fundamentação que estrutura o Currículo Municipal da Rede de Ensino e
considera como princípio norteador da educação cinco dimensões: o contexto; a participação; o
conhecimento; a intersetorialidade e a universalização. O contexto expressa as pessoas, identidades, cultura
e história e são fonte para os saberes que são constituídos dentro e fora da escola, cabendo aqui uma relação
entre a educação formal e informal. A participação é a dimensão que efetiva o envolvimento da comunidade
nas ações escolares em ações integradas com a gestão escolar democrática. O conhecimento é a dimensão
que envolve todas as relações que considera o território como um espaço potencial de construção de saberes,
a partir das relações que se dão naquele espaço e na interação com o repertório adquirido. A
intersetorialidade, objeto da pesquisa em ação, apresenta-se como a quarta dimensão do território educativo.
A universalidade visa garantir o acesso aos serviços e assegurar a aprendizagem e o desenvolvimento dos
estudantes da rede. Dessa forma o Programa Territórios Conectados, implementado como política pública,
compreende que para que crianças e estudantes da rede aprendam é necessário criar condições dignas e que
os direitos à educação/aprendizagem sejam assegurados através da interlocução permanente e integrada dos
equipamentos e setores da saúde, assistência e inclusão social, cultura, esportes e lazer visando a educação
integral de bebês, crianças, adolescentes e jovens da rede municipal de ensino de São Caetano. A ação
acontece nos 15 territórios do município, com instrumentos desenvolvidos para o acompanhamento
permanente das ações e reuniões bimestrais com pautas ora comunitárias, cujo enfoque são as demandas
do território, ora de casos desafiadores em que são discutidas estratégias de acompanhamento integral às
necessidades dos estudantes.

Palavras-chave: intersetorialidade, educação integral, território.

1
Mestrando do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid).
2
Professora do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) e do Mestrado Profissional em Formação de Gestores
Educacionais (PPGP-Ge) da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid).

411
FEIRA DE CIÊNCIAS “CIENTISTAS DO BRASIL”

Dominique Guimarães de Souza1, Luciana Ferreira Mendes Ribeiro1, Jean Carlos Miranda2, Thaís de
Fátima Lucio Torres2, Iara Borges da Silva2

RESUMO

A Feira de Ciências é um evento escolar amplamente difundido em nosso país. Por meio de uma
prática de ensino diferenciada, possibilita a promoção da interdisciplinaridade, contextualização e
alfabetização científica do estudante da Educação Básica, como também a popularização da Ciência para
toda comunidade envolvida. O uso deste potente instrumento de ensino se faz ainda mais necessário diante
da realidade na qual vivemos, onde grande parte da população não é capaz de indicar sequer um cientista
brasileiro e/ou instituição que faz pesquisa no país. Esta falta de conhecimento pode estar associada ao
movimento de descrença em relação à Ciência, não só no Brasil, como também em outros países. Esse
movimento tem possibilitado a disseminação crescente de informações falsas e interferindo negativamente
em diversos setores da sociedade, inclusive na saúde pública, fato este evidenciado durante o período
pandêmico. Essa oposição à conhecimentos historicamente legitimados, como a eficácia das vacinas, por
exemplo, interferiu na contenção da Covid-19 que matou, e ainda mata, milhares de pessoas em todo o
mundo. Diante deste contexto, faz-se necessária a divulgação e valorização dos profissionais que fizeram
e fazem Ciência no Brasil. Nesse sentido, foi realizada, no âmbito do projeto “A Ciência pede passagem:
cientistas brasileiros/as, pesquisas transformadoras e contribuições para a sociedade”, a Feira de Ciências
“Cientistas do Brasil”, no Colégio Estadual Deodato Linhares, no município de Miracema (RJ), em 15 de
setembro de 2023. A atividade buscou despertar nos alunos, professores e comunidade, o interesse pela
Ciência, bem como a divulgação dos trabalhos desenvolvidos por cientistas brasileiros, fomentando a
valorização e popularização do conhecimento científico produzido em nosso país. Participaram, na
qualidade de expositores, 239 alunos de nove turmas do Ensino Médio que, organizados em grupos,
apresentaram, com detalhes, a vida e a obra de cientistas, estudados sob a mediação de professores da
escola. Trinta e quatro cientistas brasileiros tiveram sua vida e obra apresentadas na Feira. Importante
destacar a desconstrução do estereótipo de cientista (frequentemente associado ao homem e a rotina em
laboratório), uma vez que os trabalhos apresentados envolveram, em sua maioria cientistas mulheres e de
diversas áreas do conhecimento. A Feira também contou com a participação de instituições de ensino e
pesquisa, públicas e privadas (Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Instituto Federal Fluminense, Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro, Faculdade Santo Antônio de
Pádua e Universidade Iguaçu), expondo algumas de suas ações. Participaram também as Secretarias
Municipais de Educação e de Saúde e a equipe do Programa Jovens Talentos (FAPERJ) que atua no
município. Visitaram a Feira alunos de 10 escolas públicas e privadas, e membros da comunidade local e
de cidades vizinhas.

Palavras-chave: feira de ciências, cientistas brasileiros, divulgação científica.

1 Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro – SEEDUC/RJ.


2 Universidade Federal Fluminense – UFF.

412
FEIRA DE CONHECIMENTO COMO DISPOSITIVO DE APRENDIZAGEM NO CONTEXTO
DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Giulia Danielle Soares Rodrigues1, Guilherme Garcia Sumariva 2

RESUMO

A Educação de Jovens e Adultos, como uma modalidade de ensino não regular, muitas vezes carece
de propostas que busquem inovar nos métodos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, a Escola Municipal
de Educação de Jovens e Adultos Anísio Teixeira, do município de Esteio/RS, buscou, no ano de 2022,
estimular a pesquisa e a criatividade de seus estudanteS por meio da realização de uma feira científica,
intitulada Feira de Ideias e Conhecimento Anísio Teixeira (FEICAT). Como uma feira de ciências pode
auxiliar os estudantes a compreenderem metodologia científica por meio de suas vivências pessoais e
profissionais? Supunha-se que por se tratarem de muitos estudantes trabalhadores, o universo de pesquisa
majoritariamente dialogaria com o mundo do trabalho e, assim, demonstraria a pesquisa como algo presente
no dia-a-dia. A feira, com o intuito de proporcionar um espaço de troca de conhecimentos, partindo dos
temas de interesse dos estudantes, ampliou as possibilidades de organização pedagógica desta etapa escolar,
desejando superar a visão estigmatizada de que conhecimento científico seria complicado demais para esta
modalidade de ensino. O evento contou com a participação ativa da comunidade escolar, sendo
apresentados, em seus três turnos de funcionamento, 47 trabalhos de pesquisa elaborados pelos alunos.
Estes trabalhos movimentaram aprendizagens efetivas, baseados nos questionamentos e reflexões dos
estudantes, apoiados por seus professores-orientadores de pesquisa. Os esforços revelaram as percepções
dos alunos acerca da produção de conhecimento, além do entendimento de que adultos também podem
realizar pesquisas de cunho científico. O evento também estimulou professores a pensarem de forma
transdisciplinar, promovendo outros métodos de ensino em suas práticas pedagógicas. Destes trabalhos, 21
foram selecionados para a Feira Municipal de Ciências e Ideias (FEMUCI) de Esteio, recebendo
credenciamentos para diversas feras externas, tais como, uma vaga na Ciencap (Paraguai), duas vagas na
Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (FENECIT) e uma vaga na Mostra Internacional de Ciência e
Tecnologia (MOSTRATEC), sendo que nesta recebeu a premiação de 4º lugar na categoria EJA. Ainda,
garantiu-se três vagas para a participação na Feira de Ciências do Pampa (FECIPAMPA/UNIPAMPA) onde
além da premiação de 1º lugar na categoria EJA, um novo credenciamento foi obtido, para a Feira de
Ciências do Decolar e NAIPCE (Nova Mutum/MT). Os dados demonstram o sucesso da iniciativa, visto
que fora a primeira edição do evento organizado nestes parâmetros. Espera-se que nas próximas edições a
feira cresça tanto em quantidade quanto em qualidade, propiciando um ensino virtuoso para jovens e adultos
estudantes.

Palavras-chave: feira de ciências, educação de jovens e adultos, metodologia científica

1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

413
PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS COMERCIANTES DA CIDADE DE ZÉ DOCA (MA)
ACERCA DE RESÍDUOS PRODUZIDOS NOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS.

Rosal; Felipe João Oliveira1, Costa; Darleila Damasceno2, Mecenas; Antônio Pablo Falcão3, Costa, Isak
Cruz4, Cruz ; Jediael Diniz5

RESUMO

A indústria automobilística contribui com a quantidade de carros existentes no país, onde a


manutenção desses carros leva a um descarte de óleos e graxas. O setor alimentício, hoje bastante difundido
com as alimentações rápidas, exige uma grande produção de resíduos, como os óleos de frituras. Ambos os
resíduos, se descartados de forma errônea, levam a impactos ambientais negativos que, muitas vezes podem
ser irreparáveis. Neste trabalho, relata-se o estudo sobre a percepção ambiental dos proprietários de oficinas
automobilísticas e restaurantes da cidade de Zé Doca - MA, buscando compreender os efeitos da falta ou
do pouco acesso ao conhecimento que os proprietários e/ou funcionários dos estabelecimentos possuem
sobre os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado dos resíduos produzidos naqueles
estabelecimentos, bem como sobre a política que norteia o descarte de resíduos sólidos. Através das
informações obtidas por aplicação de questionário, foram analisados locais destinados ao descarte de óleos
lubrificantes, óleos provenientes de frituras e graxas e as quantidades residuais foram estimadas pelos
proprietários. Com a organização dos dados foi possível perceber que a maioria dos proprietários ou
funcionários dos estabelecimentos pesquisados possuem pouco conhecimento sobre a temática, descartando
de maneira indevida os resíduos produzidos. Considerando as informações dos resultados ressalta-se a
necessidade imediata de mudança de hábitos e costumes da sociedade. Um ponto de partida interessante
seriam as atividades escolares, de maneira a promover transformações correlacionadas entre seres humanos
e meio-ambiente, promovendo a sustentabilidade como fator de autonomia e de garantia de continuidade
da vida na Terra.

Palavras-chave: indústria automobilística; setor alimentício; resíduos sólidos.

1
Instituto Federal do Maranhão (IFMA)
2
Instituto Estadual do Maranhão (IEMA)
3
Instituto Federal do Maranhão (IFMA)
4
Instituto Estadual do Maranhão (IEMA)
5
Instituto Estadual do Maranhão (IEMA)

414
FIRMAR O PÉ NO TERRITÓRIO: UMA PESQUISA SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL
DOS(AS) PROFESSORES(AS) DE ARTE CONECTADA COM OS POVOS INDÍGENAS

Flávia Gisele Nascimento1

RESUMO

Este estudo pretende investigar como o contato com as artes, as histórias e as culturas dos povos
indígenas pode mobilizar estudantes do curso de Licenciatura em Artes Visuais, da Universidade Estadual
do Paraná (Unespar), localizada na cidade de Curitiba, a um ensino de Arte antirracista. Além disso, quais
marcas, memórias e afetos ficam nesse processo de formação conectado com essa temática? Esta pesquisa
iniciou-se em 2018, ano das eleições no Brasil, um período marcado por demonstrações explícitas de ódio,
preconceito e racismo contra vários grupos e classes sociais. Diante desse cenário caótico, sendo uma
professora de uma instituição pública, que participava do processo de formação de professores(as) em Arte,
pensei em como poderia contribuir de forma mais efetiva para que os(as) licenciandos(as) conhecessem a
história do outro e consequentemente respeitassem e valorizassem as suas diferenças. Pensando em todas
essas questões, criei em 2019, uma disciplina optativa intitulada Diversidade Cultural Brasileira. Nesse
processo de formação, a professora e os(as) alunos(as) foram estudando a obra e a biografia de artistas,
escritores(as), professores(as), lideranças, dentre outras personalidades indígenas, negras, mulheres e
LGBTQIA+. Nessa trajetória verificamos que a história é contada somente por um grupo, em detrimento
de outros, que são apagados, silenciados, além do preconceito, racismo, genocídio e epistemicídio contra
esses povos. O recorte desse estudo está voltado para os povos indígenas e a cada passo desse caminhar,
vão sendo formuladas perguntas, como: quais disciplinas contemplam as histórias e as culturas dos povos
indígenas nos currículos das Licenciaturas em Artes Visuais? Existe uma formação continuada para os(as)
professores(as) de Arte sobre esse assunto nas instituições de Ensino Superior pública e privada? O método
utilizado na pesquisa é a abordagem cartográfica, a qual é a mais indicada para acompanhar processos.
Serão analisados os seguintes instrumentos: os formulários do Google Forms respondidos pelos(as)
alunos(as), que contém perguntas voltadas para a sua formação em relação aos povos indígenas; os
depoimentos nas aulas; e as cartas desenvolvidas pelos(as) graduandos(as) ao final da disciplina optativa.
O referencial teórico do estudo faz alianças afetivas com escritores(as) indígenas como Daniel Munduruku,
Edson Kayapó, Marcia Kambeba e não-indígenas como Anna Maria Costa, Giovani José da Silva,
Giovanna de Cássia Fanelli, dentre outros(as) teóricos(as). O título do trabalho é inspirado no livro
“Firmando o pé no território: temática indígena em escolas”, organizado por Angelise Nadal Pimenta e
Paula Mendonça de Menezes (2020), que tem texto e ilustrações de Ailton Krenak. Essa pesquisa está em
processo e o relato apresenta muitas questões, mas não tem a intenção de responder todas elas, a proposta
é pensar como as artes, as culturas e as histórias dos povos indígenas é muitas vezes invisibilizada na
universidade, na escola, na mídia e na sociedade. Além disso, como o contato com essa temática pode
possibilitar outros modos de pensar a arte, a educação, a vida.
Palavras-chave: arte, formação inicial de professores(as), povos indígenas.

1
Universidade Federal do Paraná (UFPR).

415
ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE SERIOUS GAME NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA

Franciele Finck1, Bernadete Lema Mazzafera2

RESUMO

Neste estudo relata-se os procedimentos utilizados para a criação do jogo utilizado na disciplina de
língua inglesa da EFOC (Escola da Floresta Olho da Coruja), localizada no município de Chapada, no
estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Esta é uma escola no modelo forest school, e procura integrar os
componentes curriculares recomendados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) à sua aplicação e
experimentação direta em ambiente florestal. Para este fim, o ensino é interdisciplinar e as atividades
pedagógicas utilizam metodologias ativas em uma abordagem humanista. Dentre as diversas metodologias
ativas colocadas em prática nessa escola, estão a gamificação. Todos os professores adaptam o conteúdo
em questão a suas disciplinas, deste modo, trabalha-se em conjunto. Resolveu-se elaborar um conteúdo
sobre “Combate ao tráfico de animais”, temática do período. Não tendo encontrado algum jogo, digital ou
analógico, na temática desejada e que fosse condizente com a realidade da escola e dos alunos, optou-se
por criar um jogo de RPG com o software RPG Maker MV, obtido por meio da plataforma Steam, de forma
paga. Este, consiste em uma ferramenta disponível para computadores com os sistemas operacionais
Windows, Linux e iOS, mas não para dispositivos móveis. Nele, é possível criar cenários e personagens, e
há uma gama de possibilidades a serem exploradas na construção das ações e reações dos personagens, bem
como modificações em eventos e cenários. Apesar do software não necessitar de conhecimentos de
linguagem de programação, é necessário ter algum conhecimento em lógica de programação. Entretanto,
há uma vasta gama disponível de tutoriais providos tanto pelos desenvolvedores do programa quanto pela
sua ampla comunidade de usuários. O primeiro passo no desenvolvimento do jogo foi a criação de um
cenário. No intuito de tornar o jogo mais significativo aos alunos, optou-se por reproduzir parte da estrutura
física da EFOC. O segundo passo foi a criação do enredo e personagens. Para cada personagem foi alocada
uma armadilha que havia capturado algum animal brasileiro que esteja em alguma categoria de ameaça. Ao
conversar com o professor, lia-se uma charada, que consistia em uma pergunta sobre tráfico de animais,
com alternativas. Ao escolher-se a resposta correta, o animal era libertado da armadilha. O jogo foi
desenvolvido nas versões em Português e em Inglês, podendo o idioma ser escolhido ao início do game. O
jogo foi aplicado em diversas turmas e gerou tanto engajamento que os estudantes pediram para levar para
casa e brincar com as famílias.

Palavras-chave: Gamificação. Ensino. Língua Inglesa

1
Mestranda em Metodologias Para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias Anhanguera/Pitágoras/Unopar.
2
Docente titular do stricto-sensu Anhanguera/Pitágoras/Unopar.

416
O TRABALHO DOCENTE NA TUTORIA PRESENCIAL – UMA ANÁLISE A PARTIR DAS
CATEGORIAS: TRABALHO, MEDIAÇÃO E PRÁXIS

Franciline de Oliveira Carlos V.

RESUMO
O estudo tem a pretensão de analisar editais direcionados a seleção de Tutores Presenciais para o
curso de Pedagogia na modalidade EAD, ligados a Universidades Públicas e Privadas com polos na Paraíba,
no período de 2018 a 2023.1. Os pontos destacados são: as atribuições ao Tutor Presencial, Critérios para
assumir a vaga e a relação vínculo empregatício. A partir desta realidade, faz-se o movimento de análise
através da pesquisa qualitativa, com base no Método Materialista Histórico Dialético que “caracteriza-se
pelo movimento do pensamento pela materialidade histórica da vida dos homens em sociedade, isto é, trata-
se de descobrir (pelo movimento do pensamento apoiado no princípio da contradição) as leis fundamentais
que definem a forma organizativa (material) dos homens durante a história da humanidade” (REIS,2020).
O princípio da contradição (a lógica dialética) indica que para pensar a realidade é possível aceitar a
contradição, caminhar por ela e apreender o que dela é essencial. (SAVIANI, 1991). Como ponto de partida
se faz a seguinte indagação: Qual o contraditório está intrico ao trabalho docente do Tutor Presencial neste
processo na modalidade EAD? Para o estudo deste movimento, referente a primeira etapa da pesquisa, há
alguns estudos que somam nosso esteio de fundamentação teórica: (OLIVEIRA; SANTOS, 2015),
(NUNES & GUERRINI, 2017), VELOSO, 2018), PEREIRA & NEVES 2020), (FERNANDES, 2020) e
(KOSIK, 2002) com a Dialética do concreto. Para esteio metodológico, foram escolhidas três categorias de
análise: Trabalho, Mediação e Práxis. Neste movimento, entende Trabalho, como sendo, “antes de tudo,
um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano, com sua própria
ação, impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza”. (MARX, 2002, p. 211). A
práxis é compreendida segundo (KOSIK, 2002). Ele trata da práxis associada ao conhecimento do mundo
pelo ser humano, tendo como método a dialética, por isso explica que a dialética trata da “coisa em si” e
que, para chegarmos à compreensão da coisa em si, é preciso não só fazer um esforço, mas empreender um
detour. No pensamento dialético, a representação e o conceito da coisa, são duas formas e dois graus de
conhecimento, mas, especialmente, duas qualidades da práxis humana. A mediação em Marx pode
expressar-se no trabalho e na práxis. Nessa perspectiva, o trabalho é o resultado da tensão dialética entre a
natureza imediata e o ser humano que é mediato. Por meio desta tensão, o ser humano supera a natureza
quando a transforma. Portanto, o estudo está em processo de aprofundar a realidade aparente sobre o
trabalho docente do Tutor Presencial e o maior desafio que o Método coloca é permitir e até exigir que, na
ação cotidiana, o pensamento faça movimentos lógico dialéticos na interpretação da realidade, com o
objetivo de compreendê-la para transformá-la, (PIRES, 1997). E assim, pode-se conceber que a
riqueza do real está na sua contraditoriedade e multiplicidades de significações (KOSIK,
2011).
Palavras-chave: DOCÊNCIA, TUTOR(A ), DIALÉTICA

417
PRODUÇÃO DE UM MANUAL DIDÁTICO COM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA ENSINO
DE QUÍMICA EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO

Gabriel Teixeira Malacarne1, Carlos Roberto Pires Campos2

RESUMO

Esta pesquisa busca, por meio da elaboração de um pequeno manual didático, apresentar práticas de
ensino voltadas para um aprendizado mais ativo pelos alunos sobre a disciplina de Química, considerando
alguns desafios que a educação brasileira tem enfrentado na atualidade. Entende-se por espaço escolar
formal aquele relacionado às Instituições Escolares da Educação Básica e da Educação Superior. Os espaços
não formais são quaisquer espaços fora do ambiente escolar, passíveis de ocorrer uma prática educacional.
Tais ambientes estimulam a autonomia dos alunos na busca pelo conhecimento, despertando emoções que
se alinham aos processos cognitivos da aprendizagem científica. O material didático é um instrumento de
suporte educacional com propósitos didáticos para facilitar a mediação de procedimentos de ensino e
aprendizado em variados cenários educacionais. A pesquisa teve por objetivo elaborar um manual com
práticas pedagógicas para o ensino de Química a partir de um levantamento de espaços não formais no
município de Vila Velha, avaliando a viabilidade e a utilização destes espaços para aulas de campo. Além
disso, buscar a validação do Produto Educacional através de uma oficina para a formação continuada de
docentes. Sendo assim, como resultado foram identificados cinco locais distintos no município de Vila
Velha, neste caso: Prainha; Morro da Ucharia; Praia da Costa; Parque Natural do Morro da Manteigueira e
Parque Natural de Jacarenema, nas quais foram elaboradas práticas pedagógicas específicas para o ensino
de Química. A partir deste processo, um Manual Didático foi produzido, contendo orientações didáticas
para docentes aplicarem essas intervenções na área das ciências naturais, seja no Ensino Fundamental ou
Médio. Diante disso, uma das práticas pedagógicas produzidas abordou a "Análise da Dureza da Água",
servindo como base para a realização de uma oficina com alunos de mestrado do Programa de Pós-
graduação em Educação em Ciências e Matemática (Educimat) do Ifes Vila Velha. Foram realizadas duas
amostragens em agosto de 2023, sendo uma amostra da água da praia da curva da Jurema e outra da água
residencial de um condomínio, ambas localizadas em Vitória. Para o desenvolvimento da prática
pedagógica, foi utilizado como espaço não formal o laboratório de Físico-Química do Ifes Vila Velha, com
a participação de vinte mestrandos. Os estudantes foram divididos em quatro grupos de cinco e receberam
um material de apoio para que houvesse uma maior compreensão dos conceitos ali expostos em prática. A
condução da oficina contou com a colaboração de duas doutorandas do Educimat, que também validaram
o Manual didático, com pontuações de 1 a 4 em escala do tipo Likert que varia de 4 (concordo totalmente)
até 1 (discordo totalmente). Na validação do mesmo, houve concordância de 100% em todos os itens, neste
caso referentes aos eixos: estética e organização; capítulos; estilo de escrita; conteúdo; criatividade
apresentados no material educativo do Produto Educacional. Por fim, as atividades realizadas durante a
oficina ressaltaram não apenas a eficácia do manual, mas também a sua capacidade de inspirar uma
abordagem mais dinâmica e envolvente no ensino de Química.
Palavras-chave: espaços não formais, ensino de química, manual didático.

1
Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vila Velha (IFES)
2
Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vila Velha (IFES)

418
DINÂMICA DA TEIA COMO PROMOTORA ACOLHIMENTO E INTEGRAÇÃO: UMA
EXPERIÊNCIA COM CUIDADORES DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Gabriela Barbosa do Amaral , Rafael Borges Carvalho , Luisa Lunardi dos Santos , Alethéa Gatto
1 1 1

Barschak , Lucila Ludmila Paula Gutierrez


1 1

RESUMO

Cuidar de pessoas com deficiência (PcD) exige tempo e dedicação dos cuidadores, portanto, para
ampará-los, uma rede de apoio educacional/social é fundamental. O projeto de extensão "Apoiando e
Educando Famílias de PcD" da Universidade federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)
trabalha temas relacionados a educação em saúde, autoestima e autocuidado junto a famílias de PcD de
baixa renda no Educandário/Centro de Reabilitação São João Batista (Porto Alegre/RS) no período que este
aguardam o atendimento gratuito de seus entes cuidados. O projeto ocorre quinzenalmente por meio de
oficinas, dinâmicas e rodas de conversa. Em 2023, com a chegada de novos cuidadores participantes do
projeto, foi pensada pelos extensionistas a realização de uma dinâmica integrativa que pudesse proporcionar
um espaço de acolhimento, aproximação e como forma de todos se conhecerem. O objetivo deste trabalho
é fazer um relato de experiência sobre a atividade de integração entre os cuidadores e extensionistas, de
modo a inserir os novos participantes em uma rede de apoio educacional/social já existente. A metodologia
escolhida ocorreu pela aplicação da dinâmica da teia, que consiste em formar uma roda com todos os
participantes e, em seguida, um dos membros inicia a atividade segurando um novelo de barbante. Nessa
dinâmica, cada indivíduo que estivesse segurando o novelo deveria dizer ao grupo o seu nome, um desafio
em sua vida e um sonho. Após, escolher outro participante para entregar o novelo e ficar segurando o fio,
formando uma teia com o desenvolvimento da atividade. Participaram da teia 8 cuidadoras de PcD e 6
extensionistas. Observou-se a importância da proximidade e de um espaço de acolhimento para que se
pudesse realizar a troca de experiências e sentimentos. Durante a dinâmica houve momentos de muita
emoção e posteriormente de apoio e empatia, pontos estes que são considerados extremamente necessários
para o desenvolvimento de relações saudáveis. Assim, a atividade além de promover uma visão diante da
complexidade das interações sociais, uma vez que o barbante é deslocado de um lado para o outro e aparenta
estar emaranhado, também possibilita a identificação entre os participantes diante da troca de ideias
referentes aos sonhos e desafios já enfrentados. Deste modo, constatou-se que a atividade cumpriu o seu
objetivo no sentido da promoção da proximidade. Por fim, foi relatada pelas cuidadoras de PcD
participantes a importância da atividade e o quão legal foi ter participado da mesma. Embora esse relato
seja de uma ação extensionista para acolher as famílias novas que chegaram ao projeto de extensão, cabe
salientar que atividades de educação em saúde, autoestima e autocuidado continuaram a ocorrer ao longo
de 2023, dando seguimento à rede de apoio já formada.

Palavras-chave: teia, aproximação, autoconhecimento.

419
A LUDICIDADE NO PROCESSO EDUCATIVO

SOUZA, Gabrielle Luize de[1], METZNER, Cintia de Sousa[2]

RESUMO
O estudo objetivou refletir sobre a importância do trabalho lúdico com crianças nos anos iniciais do
ensino fundamental e estruturou-se a partir do desenvolvimento do Estágio Curricular do curso de
Pedagogia. Na observação foi percebido uma espécie de "choque de realidade" vivenciadas pelas crianças
no processo de transição entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Afinal, anteriormente a criança
aprendia através da ludicidade e, ao ingressar no primeiro ano, é inserida em um ambiente que não respeita
a infância, no qual o professor se apresenta muitas vezes como o centro do trabalho pedagógico. A
investigação apoiada na abordagem qualitativa com coleta de dados durante o desenvolvimento da
observação na docência na turma dos anos iniciais. Dentre os referenciais teóricos estudados destaca-se
Vygotsky (1987) e Oliveira (2011) que enfatizam o jogo como ajuda para construir novas descobertas e o
professor como mediador professor das vivências lúdicas. Além, das referências teóricas citadas foi
desenvolvido um estudo bibliográfico sobre concepções de ludicidade, jogos, brincadeiras e sua relação
com o trabalho pedagógico nos anos iniciais. Na infância, a aprendizagem ocorre com mais facilidade se
aliada às propostas lúdicas, afinal: “[...] para se desenvolver, a função imaginativa depende da experiência,
das necessidades e interesses, da capacidade combinativa exercitada na atividade de dar forma material aos
seus frutos – os conhecimentos técnicos e as tradições, ou seja, os modelos de criação que influem no ser
humano (OLIVEIRA, 2011, p. 167). A partir do estudo do referencial teórico sinaliza-se que o professor
precisa reformular constantemente sua prática em sala de aula e fugir de uma rotina mecânica que não
desperta o interesse da criança. A reflexão dos dados descritos do período de docência no estágio permitiu
constatar que na ação docente, organizada com jogos e com brincadeiras, as crianças têm maior
envolvimento nas propostas pedagógicas, formulam hipóteses e se apresentam como sujeitos com voz ativa
e interessados na aprendizagem de novos objetos de conhecimentos. Os referenciais citados no decorrer do
trabalho comprovam que o uso correto dessas metodologias facilita a obtenção da aprendizagem. Sabe-se
que o excesso de conteúdo no Ensino Fundamental é bastante robusto, sendo assim, em muitos momentos
o tempo é o principal dificultador da inovação em sala de aula, por isso, sugere-se que atividades lúdicas
sejam realizadas semanalmente, assim, as crianças sempre saberão que em um dia da semana haverá uma
atividade diferenciada. No período da docência notou-se que com os jogos e propostas diversificadas as
crianças demonstravam interesse e empolgação, características que não foram vistas no período de
observação, além disso, as crianças associaram aulas divertidas com a chegada da estagiária na escola,
comprovando o envolvimento dos alunos nas atividades. Por meio do lúdico, comprovou-se que os
estudantes podem aprender e internalizar o conhecimento, pois a aprendizagem se torna descontraída e
significativa.
Palavras-chave: Ludicidade; Infância; Estágio Curricular.
¹Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

² Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

420
TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS ABORDADOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA
EDUCAÇÃO INFANTIL

Gisele da Silva Soares 1, Adão Gustavo Aureliano 2, Gustawo Lemos Borges3, Elisabete dos Santos Freire
4
, Isabel Porto Filgueiras 5

RESUMO

O presente resumo apresenta um relato de experiência pedagógica nas aulas de Educação Física da
Educação Infantil, realizadas no ano de 2023. E teve como intuito discutir e exemplificar práticas
pedagógicas dos professores de Educação Física em uma escola de Educação Infantil em Santo André, São
Paulo, no campo de experiência "Traços, sons, cores e formas ". As atividades foram realizadas com doze
turmas de crianças de 4 e 5 anos, nos meses de maio e a outubro de 2022. Com objetivo de promover
experiências significativas de aprendizagem no campo de experiências "Traços, sons, cores e formas " nas
aulas de Educação, buscou-se desenvolver a capacidade das crianças de expressar-se livremente por meio
de sons, desenhos, pinturas, colagens, dobraduras e esculturas, além de explorar e criar ritmos, formas e
imagens diversificadas. Além disso, buscou-se favorecer o reconhecimento de características sonoras e
ampliar a expressão corporal e facial das crianças, bem como sua apreciação artística. A abordagem
metodológica iniciou-se no mês de maio, com intuito de disponibilizar às crianças instrumentos de
brinquedo, e materiais construídos, capazes de emitir uma gama variada de sons. Foi também incentivada
a confecção de brinquedos por meio de dobraduras, além de promover sessões de desenho e escultura. Em
outubro, ampliou-se o repertório ao instigar as crianças, juntamente com suas famílias, a realizar pesquisas
sobre instrumentos musicais e a construção dos mesmos a partir de materiais recicláveis. Ainda, foi
conduzida uma análise sistemática dos sons produzidos, com a identificação de suas propriedades sonoras.
Por meio da observação contínua das crianças e de registros nas documentações pedagógicas, pode-se
identificar o efetivo aumento da participação nas atividades propostas, sendo as crianças capazes de ampliar
sua exploração, criação e expressão. Identificou-se um avanço na compreensão das características dos sons
e no desenvolvimento de habilidades de expressão, tanto na esfera sonora quanto no visual. Conclui-se que,
por meio dessa prática de ensino direcionada a essa faixa etária, se obteve um impacto significativo no
desenvolvimento da expressão infantil e no reconhecimento de propriedades sonoras.

Palavras-chave: educação física, educação infantil, Campo de experiência.

1
Universidade são Judas Tadeu - USJT
2
Universidade são Judas Tadeu - USJT
3
Universidade são Judas Tadeu - USJT
4
Universidade são Judas Tadeu - USJT
5
Universidade são Judas Tadeu - USJT

421
TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS ABORDADOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA
EDUCAÇÃO INFANTIL

Gisele da Silva Soares 1, Adão Gustavo Aureliano 2, Gustawo Lemos Borges3, Elisabete dos Santos Freire
4
, Isabel Porto Filgueiras 5

RESUMO

O presente resumo apresenta um relato de experiência pedagógica nas aulas de Educação Física da
Educação Infantil, realizadas no ano de 2023. E teve como intuito discutir e exemplificar práticas
pedagógicas dos professores de Educação Física em uma escola de Educação Infantil em Santo André, São
Paulo, no campo de experiência "Traços, sons, cores e formas ". As atividades foram realizadas com doze
turmas de crianças de 4 e 5 anos, nos meses de maio e a outubro de 2022. Com objetivo de promover
experiências significativas de aprendizagem no campo de experiências "Traços, sons, cores e formas " nas
aulas de Educação, buscou-se desenvolver a capacidade das crianças de expressar-se livremente por meio
de sons, desenhos, pinturas, colagens, dobraduras e esculturas, além de explorar e criar ritmos, formas e
imagens diversificadas. Além disso, buscou-se favorecer o reconhecimento de características sonoras e
ampliar a expressão corporal e facial das crianças, bem como sua apreciação artística. A abordagem
metodológica iniciou-se no mês de maio, com intuito de disponibilizar às crianças instrumentos de
brinquedo, e materiais construídos, capazes de emitir uma gama variada de sons. Foi também incentivada
a confecção de brinquedos por meio de dobraduras, além de promover sessões de desenho e escultura. Em
outubro, ampliou-se o repertório ao instigar as crianças, juntamente com suas famílias, a realizar pesquisas
sobre instrumentos musicais e a construção dos mesmos a partir de materiais recicláveis. Ainda, foi
conduzida uma análise sistemática dos sons produzidos, com a identificação de suas propriedades sonoras.
Por meio da observação contínua das crianças e de registros nas documentações pedagógicas, pode-se
identificar o efetivo aumento da participação nas atividades propostas, sendo as crianças capazes de ampliar
sua exploração, criação e expressão. Identificou-se um avanço na compreensão das características dos sons
e no desenvolvimento de habilidades de expressão, tanto na esfera sonora quanto no visual. Conclui-se que,
por meio dessa prática de ensino direcionada a essa faixa etária, se obteve um impacto significativo no
desenvolvimento da expressão infantil e no reconhecimento de propriedades sonoras.

Palavras-chave: educação física, educação infantil, Campo de experiência.

1
Universidade são Judas Tadeu - USJT
2
Universidade são Judas Tadeu - USJT
3
Universidade são Judas Tadeu - USJT
4
Universidade são Judas Tadeu - USJT
5
Universidade são Judas Tadeu - USJT

422
EXPERIÊNCIA DA VELA MÁGICA: APRENDENDO SOBRE PRESSÃO ATMOSFÉRICA NAS
AULAS DE CIÊNCIAS

Giseli da Silva Lucas1, Franciny da Silva Santos2, Isabel de Conte Carvalho de Alencar3 e Carlos Roberto
Pires Campos4

RESUMO

Com vistas a estimular o interesse, a curiosidade e a participação ativa dos alunos durante as aulas,
a experiência “Vela mágica” foi utilizada como recurso pedagógico para promover uma aprendizagem
significativa do conceito de pressão atmosférica trabalhado nas aulas de Ciências em uma turma de 8º ano
do ensino regular de uma escola pública municipal de Marataízes-ES. A prática pedagógica foi realizada
embasada nos preceitos da aprendizagem significativa, em que uma nova ideia se relaciona aos
conhecimentos prévios dos alunos, atribuindo novos significados, por meio de atividades relevantes
propostas pelo professor. Para a realização da experiência foram utilizados os seguintes materiais: uma vela,
fósforos, um copo de vidro longo, um prato de vidro fundo, uma garrafa com 500 ml de água e corante. Na
dinâmica da aula proposta pela professora, os alunos formaram quatro grupos, nos quais os estudantes
permaneceram em pé ao redor de uma mesa. Esta disposição possibilitou a participação de todos, que
puderam observar, analisar, manusear os materiais, propor e sugerir intervenções na execução da atividade
ao grupo. Os procedimentos a serem feitos para montar o experimento foram explicados pela professora e
entregue impresso aos grupos. Os elementos como o espaço, o tempo e os materiais a serem utilizados
foram previamente articulados de forma intencional. Inicialmente os alunos fixaram a vela no prato, em
seguida colocaram água no prato e pingaram de duas a três gotas de corante. Logo depois, acenderam a
vela com um fósforo e colocaram o copo de vidro sobre a vela. Eles esperaram para ver o que aconteceu e
fizeram anotações no roteiro da atividade. Por meio desse experimento os alunos puderam compreender as
diferenças de pressão existentes, associando-as aos padrões de clima encontrados nas cidades litorâneas e
também das que são mais distantes do mar. Além disso, foi possível observar a integração dos alunos, mais
atenção e empolgação em participar da aula. Ao fazer o experimento, fortaleceu-se a relação dos
participantes de cada grupo, que agiram de forma colaborativa. Os alunos que rapidamente compreenderam
os procedimentos, espontaneamente explicaram para aqueles que ainda não haviam compreendido, o que
demonstrou empatia por parte dos alunos e a tolerância na aceitação dos diferentes tempos de entendimento.
Ao concluírem ficou evidente a satisfação do trabalho em equipe e a confiança em realizar desafios, além
de apresentarem um melhor desempenho na aprendizagem dos conteúdos em Ciências.
Palavras-chave: Ensino de Ciências, Aprendizagem significativa, Prática experimenta

1
Mestranda do Programa de Pós-Graduação EDUCIMAT (IFES). E-mail: giseli.sl@hotmail.com
2
Mestranda do Programa de Pós-Graduação EDUCIMAT (IFES). E-mail: francinyd@gmail.com
3
Professora do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). E-mail: idccalencar@gmail.com
4
Professor do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). E-mail: carlosr@ifes.edu.br

423
TRANSFORMANDO PROCESSOS E DESENVOLVENDO HABILIDADES DIGITAIS COM
DOCENTES EM PERÍODO DE PANDEMIA

Guilherme Rodrigues de Oliveira1

RESUMO

Este relato de experiência tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre a formação
continuada de professores em relação à apropriação do letramento digital. Durante três anos (2020-2022),
houve no Brasil e no mundo, a pandemia relacionada ao COVID-19, o que gerou em instituições de ensino
e professores de todos os segmentos a urgência em se adequarem e conseguirem, no menor tempo possível,
que as aulas e propostas pedagógicas fossem postas em prática. Durante toda essa preparação ocorrida em
março de 2020, houve agitação e preocupação por partes dos docentes em como manter a qualidade em um
formato que, na visão de muitos, era desconfortável, o do ensino remoto, mediado por ferramentas digitais,
e como adequar locais físicos em suas casas e equipamentos, que em muitos casos, não existiam, ou como
poderiam adaptar seus conteúdos que vinham sendo usados por muitos anos da mesma forma.O primeiro
fator primordial para houvesse um sucesso em todo esse processo foi a acolhida, a informação de que nós
dos setores responsáveis pelas ferramentas digitais e o corpo docente estávamos juntos naquele momento
e que os recursos tecnológicos seriam apoio ao docente, que não haveria substituição do ser humano pelo
meio digital e demonstrar que a resiliência e adaptabilidade poderiam ser aplicadas de uma forma mais
natural possível. O mais surpreendente em todo o processo é que por questões culturais sempre houve a
máxima de que docentes da área de exatas, engenharias e que tivessem pouca idade seriam os mais aptos a
se adequarem a transformação que estava ocorrendo. Pelo contrário, provou-se que não havia um perfil
específico e que muitos ditos como “dinossauros” foram os que mais surpreenderam e mostraram aos
demais que com paciência, espírito de fazer diferente e agir diferente, realmente traz a mudança que era
necessária para aquele momento.

Palavras-chave: formação de professores, letramento digital, ferramentas digitais .

1
Consultor em Inovação e Tecnologia Educacional na Universidade São Francisco (USF). Mestrando em Educação pela
Universidade São Francisco (USF).

424
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS SOBRE A UNIDADE TEMÁTICA NÚMEROS PARA
TRABALHAR A MARANHENSIDADE NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL1

Gustavo Soares dos Santos2, Jónata Ferreira de Moura 3

RESUMO

O presente estudo, em andamento, versa sobre a Base Nacional Comum Curricular – BNCC e o
Documento Curricular do Território Maranhense – DCTMA, particularmente, acerca do componente
curricular matemática, destacando a unidade temática número, nos anos iniciais do ensino fundamental.
Faremos uso de sequências didáticas, que serão produzidas, no âmbito do projeto A PRODUÇÃO DE
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO
ENSINO FUNDAMENTAL: A MARANHENSIDADE COMO EIXO CENTRAL, vinculado ao Grupo de
Pesquisa História de Formação de Professores que Ensinam Matemática (Hifopem), em uma turma dos
anos iniciais do ensino fundamental para trabalhar a matemática com a maranhensidade, pois segundo o
DCTMA, é necessário ter a maranhensidade como eixo fundamental no ensino dos componentes
curriculares no estado do Maranhão. A base teórica será a Teoria Histórico-Cultural, que nos norteará para
compreender o que é o currículo, o ensino e a infância, as discussões sobre educação matemática e
sequência didática; a qual terá como inspiração a Sequência Fedathi que é uma proposta teórico-
metodológica elaborada no Laboratório de Pesquisa Multimeios, sob a coordenação do professor Dr.
Hermínio Borges Neto da UFC. Os objetivos são: 1. Analisar, à luz da Teoria Histórico Cultural, as
propostas da Base Nacional Comum Curricular e do Documento Curricular do Território Maranhense para
o ensino da unidade temática número do componente curricular matemática nos anos iniciais do Ensino
Fundamental; 2. Criar sequências didáticas para trabalhar a unidade temática número do componente
curricular matemática, tendo como eixo central a maranhensidade; 3. Avaliar o quanto que a sequência
didática criada favoreceu a aprendizagem da unidade temática número do componente curricular
matemática de estudantes anos iniciais do Ensino Fundamental e que significações são atribuídas por eles.
A investigação do tipo pesquisa-ação e os sujeitos que farão parte da pesquisa serão estudantes dos anos
iniciais do Ensino Fundamental de uma turma do 4º ou 5º ano de uma escola pública municipal da zona
urbana de Imperatriz. Para garantir a ética na pesquisa, serão feitos três documentos: Carta de Autorização
da Escola, assinada pela direção escolar, permitindo que a investigação seja realizada; Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), assinado pelos pais ou responsáveis pelas crianças, permitindo
que aquilo que será realizado em sala possa ser utilizado na pesquisa resguardando as crianças de qualquer
exposição; e por fim o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE), assinado pelas crianças, pois é
necessário que ela seja consultada se deseja participar. Registraremos a sequência didática por meio de
videogravações, registros fotográficos e do diário de bordo do pesquisador, uma vez que ao final de cada
etapa da sequência didática desenvolvida com as crianças, transcreveremos as concepções e análises

1
A pesquisa recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do
Maranhão (FAPEMA).
2
Graduando do curso de Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão/ Centro de Ciências de Imperatriz (UFMA/CCIm).
3
Prof. Dr. do Curso de Pedagogia e do Mestrado Profissional em Educação da Universidade Federal do Maranhão/ Centro de
Ciências de Imperatriz (UFMA/CCIm).

425
preliminares sobre essa prática. A análise dos dados acontecerá através do estudo do marco teórico adotado
e seguindo as orientações da análise microgenética. ISLEXIA NO ÂMBITO EDUCACIONAL
ISAÍAS SILVA DE CARVALHO¹
INTRODUÇÃO: Este estudo tem como objetivo ampliar o conhecimento para um dos transtornos
de aprendizagem mais conhecido na infância, mas que poucas vezes é identificado, a Dislexia. É importante
compreender que a dislexia não se dá de uma má alfabetização ou por culpa do aluno. Então, é de grande
relevância que se entendam as causas e as características para poder trabalhar essa questão, procurando
técnicas pedagógicas eficientes que possam ajudar esses alunos a minimizar essa dificuldade, de forma a
superar as frustrações e promover a melhoria da aprendizagem. OBJETIVO GERAL: Analisar como a
Dislexia interfere no processo ensino- aprendizagem, de forma a oferecer caminhos aos professores que
possa contribuir com a superação dos alunos com dislexia. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Analisar as
consequências da dislexia na vida escolar e social: Aplicar métodos pedagógicos que ajude na aprendizagem
das crianças disléxicas. METODOLOGIA: A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, lendo em
artigos científicos, monografias e TCC acerca da temática, analisando que é fundamental compreender: O
que é Dislexia? Como os professores deve ter uma ação nessa questão? Compreender também as atividades
pedagógicas para usar como recurso lúdico necessário, como a ação pedagógica do professor pode ajudar
nesse processo? A dislexia é um distúrbio de aprendizagem relacionado a leitura é a escrita. As atividades
lúdicas é utilizadas pela escola como um recurso de extrema importância para realizar essas atividades no
âmbito educacional, inclusive com crianças com essa dificuldade de aprendizagem. A intervenção na
dislexia pode ser feito por meio desses métodos de alfabetização: O professor pode aplicar o ensino da
psicotromocidade para o aluno entender a questão de direita e esquerda que é a lateralidade, com isso vai
desenvolvendo a personalidade da criança, é entendendo a noção de espaço- tempo. O professor também
pode utiliza a educação gamificada, que e a gamificacão em jogos, usando jogos educativos acerca da
tecnologia para despertar na criança curiosidade de conhecer, porque são jogos infantis, dá para aplicar esse
ensino em todas as matérias. O professor utilizar a literatura infantil, a contação de histórias e importante
para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Ao ouvirem as histórias, o aluno tem a oportunidade
de ampliar seu guia, assimilar estruturas gramaticais e adquirir fluência na expressão verbal. Além disso,
uma exposição de diferentes estilos de narrativa contribui para o enriquecimento da linguagem e estimula
a criatividade na escrita. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados deste estudo permitiram chegar
que a intervenção pedagógica do professor junto a esse aluno com dislexia tem se discutido como estratégia
lúdica mais importante para possibilitar a obtenção de resultados positivos nessa realidade educativa:
CONCLUSÃO: Conclui- se que fica evidente que cabe ao professor a missão dentro do espaço da escola
apresentar intervenções pedagógicas que criem situações positivas despertando o gosto pela leitura,
reforçando também a melhorar o desenvolvimento da autonomia do aluno com dislexia, para a busca de
soluções dos seus problemas e que consiga enfrentar as frustrações na vida escolar é social, para que o
aluno seja atendido e que esses impactos emocionais e comportamentais sejam evitados é de competência
de todos conhecerem esse distúrbio.
PALAVRAS-CHAVE: Dislexia, Leitura e Escrita, Escola.
¹ Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

426
DESMISTIFICANDO A EPILEPSIA: A RELEVÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Ismenia Lopes Oliveira1

RESUMO

A inclusão escolar de crianças com epilepsia em sala de aula comum requer que os professores
estejam informados sobre a doença e possuam as habilidades necessárias para lidar com suas necessidades
específicas. A formação de professores deve contemplar informações sobre a epilepsia, as habilidades
práticas para lidar com as crises epilépticas e as estratégias para ajudar a prevenir e lidar com as crises e o
processo ensino-aprendizagem. A falta de informação e o estigma ainda são desafios enfrentados por
crianças com epilepsia na escola. Kremer, Souza e Oliveira (2017) ², relataram as implicações no processo
ensino-aprendizagem de uma criança de nove anos, considerada pelos profissionais da escola como se seu
cérebro estivesse morto, conforme orientações médicas equivocadas. Por isso, a importância da educação
para combater o estigma e garantir a inclusão adequada dessas crianças na escola regular. A educação
inclusiva é fundamental para garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade em
ambientes que valorizem a diversidade e promovam a equidade. Este estudo, aprovado pelo Comitê de ética
(Parecer n 6.220.675), tem como problema de pesquisa, qual a compreensão que os professores têm das
crianças com epilepsia e do processo ensino-aprendizagem? Trata-se de dissertação em andamento do
Programa de Mestrado Profissional em Educação Inclusiva (PROFEI), e parte do Grupo de Estudo e
Pesquisa em Processos de Aprendizagem (GEP-ProA). O objetivo geral é analisar os conhecimentos dos
professores de uma Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) de Ferraz de Vasconcelos/SP, sobre
epilepsia e suas implicações no processo ensino-aprendizagem dos educandos com epilepsia. Para alcançar
os objetivos desse estudo será realizada pesquisa qualitativa com aplicação de questionários fechados de
Fonseca (2009) ³, em formato Formulário Google, aos 16 professores e professoras que lecionam na
Educação Infantil - Pré I e II de uma determinada EMEB. Algumas palavras/conceitos do questionário
original foram atualizados devido a mudança do contexto social. Ao final será elaborado como produto
educacional um ebook intitulado "Desmistificando a epilepsia no contexto escolar". Esse material
informativo conterá uma perspectiva histórica, aspectos socioculturais e escolares relacionados à epilepsia,
além de esclarecimentos apontados na análise dos questionários, sugestões de materiais audiovisuais e de
leituras. O ebook tem o objetivo disseminar informações corretas sobre a epilepsia, combater o estigma e
auxiliar na formação de professores e na conscientização da comunidade escolar, promovendo uma maior
compreensão sobre a temática no contexto escolar. Espera-se que os resultados contribuam para a
disseminação de informações adequadas.

Palavras-chave: formação de professores, educação infantil, epilepsia

1
Universidade Estadual de Ponta Grossa/UEPG.

427
JOGOS DIGITAIS DE PALAVRAS CRUZADAS SOBRE OS ELEMENTOS NOBRES DA
TABELA PERIÓDICA DA QUÍMICA VERDE E SUSTENTÁVEL (TPQVS)

Jaelson Marques Martins1, Lucas de Sá Batista2, Carlos Alberto da Silva Júnior3

RESUMO

A Química Verde é uma área multidisciplinar, cujo foco reside na criação, no desenvolvimento e na
aplicação de processos químicos que reduzem ou eliminam o uso de substâncias nocivas ao ambiente. Trata-
se de uma Química que busca tornar as suas atividades mais sustentáveis. A incorporação dos princípios da
Química Verde permite uma mudança de paradigma, fomentando a emancipação de uma sociedade mais
consciente e sustentável. Neste contexto, os pesquisadores Paul T. Anastas e Julie B. Zimmerman criaram
a Tabela Periódica da Química Verde e Sustentável (TPQVS), apresentando os chamados 90 Elementos
Figurativos da Química Verde. Esses elementos são exemplificativos e não taxativos, representando meios
de se alcançar um futuro sustentável. Além de conter os 12 princípios da Química Verde, a TPQVS
apresenta outros conceitos que norteiam todos aqueles que desejam um mundo sustentável. Por se tratar de
um conceito inovador e atual, a TPQVS pode ser ainda considerada de difícil entendimento. Ademais, a
Química Verde ainda é pouco trabalhada no contexto educacional brasileiro. Uma forma de amenizar tal
situação é utilizando ferramentas pedagógicas que consigam tornar o ensino dessa Química Limpa mais
acessível e prazeroso. O uso de jogos educativos pode auxiliar na aprendizagem de conhecimentos
químicos. Trata-se de uma abordagem na qual é possível aprender se divertindo. Há também uma maior
socialização em grupo e motivação por meio da competitividade. Assim, esta pesquisa buscou responder a
seguinte pergunta: “Como criar jogos digitais sobre a TPQVS de forma gratuita?” A metodologia usada
fundamentou-se na teoria da Aprendizagem Baseada em Jogos. Utilizando a plataforma Wordwall para a
criação de jogos digitais, foi desenvolvido um jogo de palavras cruzadas para trabalhar especificamente os
elementos figurativos presentes no bloco dos “Elementos Nobres” da TPQVS. Para as palavras cruzadas
foram escolhidas sete palavras para cada um dos “Elementos Nobres” e mais uma palavra correspondente
a um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que se relaciona com os elementos figurativos
presentes no jogo digital, totalizando oito palavras. Para cada palavra existe uma dica, na qual o jogador
deverá interpretar e responder com uma palavra que encaixe tanto no contexto da dica como no número de
espaços disponíveis para cada caractere da palavra a ser formada. Por fim, embora ainda não tenha sido
aplicado no contexto escolar, acredita-se que o jogo digital em tela apresenta potencial de divulgação e
aprendizagem da TPQVS, sendo também uma pesquisa pioneira na área.
Palavras-chave: química verde; palavras cruzadas; ensino de química

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB.
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB.

³ Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB.

428
PROJETO REINO PROTISTA: ALGA DE NORI . RELATO DE EXPERIÊNCIA EDUCATIVA

Jani Bolsonello1, Ângela Mara de Barros Lara2, Regiane da Silva Macuch3

RESUMO

Trabalhar o Reino Protista, na disciplina de Biologia, em sala por meio de projetos para desenvolver
um aprendizado mais ativo foi o objetivo do projeto. Algumas espécies desse reino são comestíveis, como
a Porphyra e estão presentes na culinária oriental, entre elas a alga Nori, utilizado no sushi para enrolar os
ingredientes. O sushi é famoso típico da culinária oriental, porém bastante conhecido e apreciado no Brasil
e prepará-lo requer um conhecimento específico. Nesse sentido, este resumo consiste no relato da
experiência resultante de um projeto educacional na disciplina de Biologia, dentro da temática do Reino
Protista, realizada com alunos do 2º ano do ensino médio de uma Cooperativa Educacional no interior do
Mato Grosso. A origem do projeto deu-se após uma roda de conversa sobre as algas comestíveis apreciadas
em culinárias, na qual, os alunos descreveram os diversos tipos de recheios de sushi após a abordagem da
alga de Nori, como também o relato de alguns que nunca tiveram contato com essa culinária. A elaboração
do projeto foi baseada em proporcionar uma aula prática, voltado na montagem do sushi para proporcionar
um contato direto com a alga e para apreciação e degustação da culinária. Assim sendo, buscamos na
comunidade local alguém que tivesse o conhecimento específico na montagem do Sushi e que aceitasse
oferecer uma aula prática de forma voluntária. Após isso, o próximo passo foi providenciar os ingredientes
e marcar a data. A aula prática foi executada dentro das dependências da escola, o convidado levou os
ingredientes prontos, porém separados para a montagem ser demonstrada à toda a turma. Primeiramente
foram apresentados os ingredientes e como foram preparados, nesse momento a folha da alga de Nori foi
passada de mão em mão para análise individual de cada aluno. O segundo passo foi a demonstração dos
utensílios envolvidos no processo de montagem do sushi que são específicos da cultura oriental, como
também como são organizados os ingredientes e como envolvê-los adequadamente na alga. Logo após
houve a demonstração do corte correto com as medições adequadas para formar as “rodelinhas” de sushi e
por fim, o momento de degustação apresentando os temperos e modos de consumir o sushi. Essa aula prática
proporcionou uma vivencia que foi lembrada no decorrer do ano letivo pelos alunos.

Palavras-chave: Reino Protista, Alga de Nori, Aprendizado com experiência.

1 Mestranda Programa Gestão do Conhecimento nas Organizações - Unicesumar

429
O DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA SOCIOEMOCIONAL NA EDUCAÇÃO
INFANTIL E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO.

Lucas dos Santos Macedo 1, Janiara de Lima Medeiros 2

RESUMO

A relação professor-aluno é essencial para a construção da inteligência socioemocional desde a


Educação Infantil. O relacionamento professor-aluno deve buscar a empatia, a capacidade de ouvir e de
refletir as considerações verbalizadas pelo aluno ou mesmo as que ele não consegue comunicar por meio
da fala. Esta sensibilidade favorece o processo ensino-aprendizagem uma vez que, contribui à busca pela
parceria da família (família-escola), cuja sinergia propicia o desenvolvimento integral do educando. É na
Educação Infantil que são alicerçadas as noções fundamentais indispensáveis para o desenvolvimento da
criança ao longo da sua vida escolar e como sujeito social: traços da personalidade, a sociabilidade, a noção
do eu no mundo, são elementos que fazem parte desta importante etapa infantil. Neste sentido, esta
pesquisa, fundamenta-se nos teóricos Henri Wallon (1879-1962), Jean Piaget (1896-1980), Lev Vygotsky
(1896-1934), a fim de contribuir para um olhar sensivelmente amadurecido quanto à responsabilidade que
cabe à modalidade da Educação Infantil para o desenvolvimento holístico da criança. O presente trabalho
busca apresentar saberes e inquietações acerca da inteligência socioemocional construída desde a Educação
Infantil por meio da relação professor-aluno, constituída com base na afetividade. Buscou-se reflexões de
caráter ontológico e, dentro da perspectiva epistemológica, foi realizado levantamento teórico-prático
acerca da afetividade. A afetividade que permeia a relação entre o professor e o aluno e a participação da
família no ambiente escolar é de extrema relevância para o desenvolvimento da criança na Educação
Infantil, onde se inicia o processo do “eu” como um todo, do descobrimento do ser afetivo e do aspecto
cognitivo abordados nesta pesquisa pelos pensadores referenciados.

Palavras-chave: inteligência socioemocional, afetividade, educação infantil.

1
Universidade Federal Fluminense - UFF.
2
Universidade Federal Fluminense - UFF.

430
APRESENTAÇÃO DE UM SHOW DE QUÍMICA PARA MOTIVAR O INTERESSE DOS
ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

Jéssica Higino de Souza1, Raul dos Santos Pereira1, Leonardo Vieira da Silva1, Fred Augusto Ribeiro
Nogueira1

RESUMO

A visão dos alunos ingressantes em cursos de licenciatura em química é que o ensino da química se
resume à memorização de fórmulas, nomes de substâncias e ao aprendizado da tabela periódica. Essa visão
limitada compromete a compreensão da disciplina e sua relação com muitos aspectos da sociedade, como
saúde, meio ambiente, doenças, entre outros. É extremamente importante promover a relevância da química
na sociedade e incentivar o interesse dos licenciandos desde as séries iniciais, para evitar os níveis de
desinteresse e evasão no curso. Para enfrentar esse desafio as apresentações do show de química têm como
objetivo promover a compreensão da ciência química e estimular o interesse entre os discentes ingressantes
no curso através da abordagem prática dos experimentos, além de estabelecer uma interação entre os
discentes novos e veteranos. A organização e apresentação dos experimentos foi elaborada pelos discentes
do curso de licenciatura em química, com o apoio dos professores do curso. A apresentação do show de
química acontece anualmente, integrando-se à recepção dos novos alunos do curso de licenciatura em
química do Instituto Federal de Alagoas. A seleção dos experimentos demonstrados foi realizada buscando
processos que envolvem mudança de cor, liberação de gases, combustões e explosões. Os experimentos
escolhidos foram: a decomposição do peróxido de hidrogênio catalisada por iodeto de potássio, combustão
da nitrocelulose (algodão pólvora), explosão da peroxiacetona e gás hidrogênio, sopro mágico,
descoloração do permanganato de potássio em meio ácido, combustão falsa do dinheiro e fogo sem fósforo
usando glicerina e permanganato de potássio. Os experimentos foram selecionados e alinhados aos
objetivos do show de química. Após a execução dos experimentos foram realizadas discussões para
incentivar os alunos a elaborarem teorias visando justificar os resultados obtidos. O entusiasmo dos alunos
durante as apresentações dos experimentos e o grau de envolvimento durante as discussões após os
experimentos demonstram que a atividade despertou de fato o interesse do público. A discussão dos
experimentos apresentados não apenas abordou os conceitos e reações químicas envolvidas, mas também
explorou contextos históricos, como o uso da peroxiacetona em ataques em Barcelona e o uso da
nitrocelulose como película cinematográfica no Brasil até a década de 1940 que causou vários incêndios
em estúdios e salas de cinema. A realização de experimentos demonstrativos de química em formato de
show apresenta-se como uma ferramenta poderosa capaz de auxiliar os alunos no desenvolvimento do
pensamento crítico, instigando sua capacidade de questionar e analisar de forma racional, e desta forma
motivar o interesse dos alunos pelo curso, além de contribuir na obtenção de novos conhecimentos. Ao
promover o show de química, os estudantes reconhecem a relevância e a aplicabilidade da química, o que
pode ser útil para reduzir os índices de evasão do curso.

Palavras-chave: ensino de química, experimentação, show de química.

1
Instituto Federal de Alagoas- IFAL, campus Maceió.

431
JOGOS POPULARES INSERIDOS EM EVENTOS ESCOLARES COMO ESTRATÉGIA PARA
PROPAGAÇÃO DA CULTURA CORPORAL

Aline Marília Pereira da Silva1; Edson José da Silva 2; Márcio Alexandre da Silva Oliveira3; Rosângela
Cely Branco Lindoso4

RESUMO

Os jogos populares fazem parte da cultura corporal há muitos anos e são formas de expressão
corporal que envolvem o corpo, de certa maneira, lúdica e envolvem práticas tradicionais de uma sociedade.
Com isso, este resumo trata-se de um relato de experiência que tem como propósito compartilhar
intervenções realizadas pelos alunos do programa institucional de bolsas de iniciação à docência (PIBID)
da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) que, utilizando o instituto federal de Pernambuco
(IFPE), organizaram jogos populares para ocorrerem durante o evento da festa junina. Durante a
intervenção, os “pibidianos” decidiram por realizar 3 atividades. Sendo elas: Queimado, Corrida de saco e
corrida do “limão na colher”. No decorrer da aplicação dos jogos percebemos que havia um certo receio,
por parte dos estudantes do IFPE, com relação a participar das atividades. Porém, ao longo dos jogos que
fomos fazendo esse receio foi sendo “escanteado”. Em linhas gerais, foi possível perceber que trazer os
jogos populares em eventos escolares, não só como um conteúdo pra dentro da sala de aula, colaboram
tanto para o enriquecimento da cultura corporal, quanto para fortalecer a identidade cultural local, bem
como colabora para inclusão e o estímulo da atividade física.

Palavras-chave: Jogos populares; Cultura; Educação Física

432
EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS: O ENSINO DE CIÊNCIAS NA OBRA A ESTRUTURA DAS
REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS E OS PARADIGMAS EDUCACIONAIS.

John Lucas Alves Fernandes da Silva 1

RESUMO

Este trabalho tem como intuito dar continuidade ao Trabalho de Conclusão de Curso defendido em
2022 no curso de Ciências da Universidade Federal de São Paulo - campus Diadema, cuja temática é
estabelecer uma relação entre a obra A Estrutura das Revoluções Científicas, de Thomas Samuel Kuhn
(1962), com o ensino de ciências. Tem-se como objetivo central estudar, compreender e expor
sistematicamente a obra, visando identificar as contribuições epistemológicas que o livro apresenta para
refletir o exercício do ensino de ciências no Brasil. Como objetivos subsidiários pretende-se: analisar a obra
em pauta, procurando compreender a novidade historiográfica na história ciência e a perspectiva de
participação no debate da filosofia da ciência no século XX; entrelaçar a dimensão histórica-filosófica-
científica desta obra com os demais livros de Thomas Kuhn; discernir um campo de estudos propriamente
filosófico dentro das ciências a partir do campo dos estudos científicos de que a obra de Thomas Kuhn
participa, destacando as oposições, as complementações e os continuadores. SILVA (2022) realizou uma
pesquisa em que o percurso metodológico foi estruturado através da pesquisa explicativa, isto é, buscou-se
explicar a obra que trata de filosofia e história da ciência. Além disso, foi feita uma revisão bibliográfica a
respeito de periódicos, trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações que estavam ligadas à temática
da obra. Esse estudo difere do TCC, pois pretende ampliar a explicação da obra e ressignificar a pesquisa
bibliográfica, elaborando um Estado da Arte através do portal de teses e dissertações da CAPES e, em
paralelo, realizando uma investigação sobre o currículo, através da a Base Nacional Comum Curricular e
os Parâmetros Curriculares Nacionais, tendo em vista o eixo que liga a obra kuhniana e os paradigmas
educacionais.

Palavras-chave: Ensino de ciências, thomas kuhn e filosofia da ciência.

1
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP (Campus Diadema).

433
ANÁLISE DE UMA OFICINA ANTIRRACISTA COMO MECANISMO DE
ENFRENTAMENTO AO RACISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Joicemara de Queiroz Souza1, Lílian Caroline Urnau2

RESUMO

O racismo e suas facetas tratam-se de processos construídos historicamente desde o século XVI,
num projeto civilizatório pautado no domínio e construção da noção de superioridade (intelectual, moral,
afetiva, societária) do branco europeu sobre outras populações com identidades étnico-raciais distintas,
amalgamada em explicações religiosas e científicas, que consolidaram a inferiorização, animalização, e
exotização de povos e pessoas não brancas, passíveis de serem escravizadas e dominadas, como as
populações africanas e indígena. A partir dessa perspectiva é possível pensar e repensar, como o homem
tece suas relações na sociedade e como sua atividade vai se transformando ao longo de sua vida acerca do
ver o mundo e ser no mundo. Nesse passo, no cenário brasileiro as estruturas racistas tem relação direta
com os 300 anos de escravidão arduamente vividos pelos negros, e que mesmo após o fim da escravização
e a tão aguardada libertação que gerou a esperança por dias melhores naquele momento e também para o
futuro, a população negra ainda sofre com os arquétipos do período colonial. Não se pode negar que houve
avanços a partir de políticas públicas voltadas para questões raciais, como é o caso da Lei 10.639/2003 que
instituiu a obrigatoriedade do ensino da história da cultura afro-brasileiro e a 11.645/2008 que tornou o
ensino de história e cultura africana/afro-brasileira e indígena na educação básica obrigatório, sendo, ambos
mecanismos jurídicos um marco para a população negra. Todavia, em muitas instituições de ensino essa
obrigatoriedade torna-se facultativa, por isso, é fundamental desenvolver pesquisas que impulsionem
discussões sobre essa temática no ambiente escolar e assim dar início a implantação de uma educação
antirracista que contribua para a desconstrução do racismo para além dos muros da escola. O método de
pesquisa utilizado para a produção dos dados foi de cunho qualitativo, acoplado a isso, optou-se pela
pesquisa intervenção para melhor contribuir com a proposta da pesquisa, salienta-se que foram realizados
cinco encontros com abordagem e métodos diferentes, sendo que aqui será apresentado o encontro que
tratou sobre os conteúdos escolares sobre a escravização. O encontro foi desenvolvido na Escola Estadual
de Ensino Fundamental e Médio Maria Nazaré dos Santos, localizada em Jaci Paraná um distrito de Porto
Velho. Participaram do encontro 18 alunos do primeiro ano do ensino médio, sendo que as discussões
ocorreram nas aulas de história. A seguir será explicado de forma breve como ocorreu: Encontro sobre
história dos negros no Brasil: foi planejado um seminário sobre a historicidade dos negros no Brasil,
ressalta-se, que além do seminário foi utilizado um questionário para gerar discussões sobre o que foi
mostrado durante a aula. Devido a redução do tempo da aula esse encontro ocorreu em duas etapas. No dia
seguinte, foram realizadas perguntas sobre o seminário, bem como, sobre as vivências escolares em torno
do conteúdo apresentado. Nessa mesma aula, foi apresentada a música da Elza Soares “A carne” como
instrumento para a escrita de um texto em grupo fazer uma relação com letra da música e os conteúdos
apresentados no seminário. A partir da análise dos dados do encontro foi possível identificar que
estudantes não tiveram contato de forma mais aprofundada com os conteúdos escolares que abordam o
processo de escravização.

1
Fundação Universidade Federal de Rondônia -UNIR.
2
Fundação Universidade Federal de Rondônia -UNIR.

434
A INCLUSÃO DE ALUNOS CEGOS NO ENSINO SUPERIOR DO IFMA- CAMPUS BACABAL

Joice Kely Sousa Cantanhede1, Williane de Fátima Vieira Batista 2

RESUMO

Ao longo do tempo, as pessoas com deficiência transcorreram por momentos atribulados,


enfrentando diversos problemas até chegarem na realidade dos dias atuais. Atualmente vivenciamos a fase
da inclusão, a qual visa tornar os ambientes acessíveis e acolhedor para todos, sem rejeitá-los por sua
deficiência, buscando equidade. No campo do Ensino Superior, recorte do nosso estudo, é um nível que
vem sendo essencial para o desenvolvimento profissional, na medida em que se almeja uma melhor
qualificação para o mercado de trabalho. Apesar das leis criadas que facilitam o processo de inclusão dos
alunos cegos no ensino superior, é de comum conhecimento que não é fácil conseguir ingressar neste ensino,
pois estar presente em nossa educação a falta de um bom planejamento desde a infraestrutura, a
profissionais capacitados para atender suas necessidades, acessibilidade, dentre outros âmbitos. Desse
modo, para que seja possível a instituição de ensino receber os mais diversos alunos, é necessário pensar
no viés da inclusão escolar. Porém, não basta apenas recebe-los, ela precisa oferecer um ensino de qualidade
de acordo com as suas necessidades. Portanto, propor uma educação de qualidade para alunos cegos,
sujeitos de nossa pesquisa, envolve diversos fatores, inclusive a efetivação e concretização de ações
políticas que garantam os direitos desses alunos. Diante desse cenário, nos questionamentos sobre o
andamento da implementação da política de acesso e permanência deste público alvo no IFMA, campus
Bacabal. Cujo objetivo será analisar o acesso e permanência do aluno cego no curso superior da referida
Instituição, de modo que possamos elencar as barreiras que possa dificultar o acesso e a permaneça do aluno
cego, mapeando possíveis adaptações realizadas no âmbito pedagógico e arquitetônico do campus para
receber esse aluno. A futura pesquisa tem caráter qualitativo descritivo. Nela será possível uma pesquisa de
campo e como instrumento de coleta de dados será feito uma entrevista. Após a coleta dos dados, serão
apresentadas e analisadas todas as informações de forma crítica, fazendo jus ao tema proposto, com o
objetivo de contribuir de forma positiva para a instituição de ensino e aos debates científicos. Bem como,
será possível identificar pontos importantes acerca do assunto, fatores que poderão ser utilizados para a
efetivação de uma prática que melhore ainda mais o processo de inclusão de pessoas com deficiência visual.

Palavras-chave: Ensino Superior, Aluno Cego, Inclusão

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA

435
Leitura e Formação Docente

Juliana Cavalcanti Candelária¹, Guaraciaba Micheletti²

RESUMO

Considerando que o tema leitura não é atual, mas que continua sendo de extrema relevância,
deparamo-nos com uma vasta produção de artigos científicos que se referem às demandas apresentadas na
literatura, tais como: GONDINHO, M.; OLIVEIRA, L. e VELOSO, C. 2020; CARVALHO, L. e CORRÊA,
H., 2012 e LIMA, P.; ANDRADE, F. e VASCONCELOS, S., 2020. Ler envolve muitas capacidades que
dependem da finalidade da leitura, e por isso, não podem ser reduzidas a mera decodificação de códigos e
símbolos ou, ainda, na perspectiva de alguns, considerar o ato de ler como tão somente uma atividade
ociosa, um simples deleite. Por muito tempo, ouviram-se professores afirmar terem perdido tempo nas aulas
com um texto. Essa afirmação parece ter sido banida das conversas por reconhecimento da importância da
leitura, todavia, as práticas de leitura na vida escolar só interessam como processo de repetição, de
memorização, com atenção delimitada ao cumprimento do currículo, em especial, quando se trata de textos
literários. Ler é muito mais do que um processo individual; é uma prática social que se realiza a todo tempo,
nos mais diversos e diferentes espaços. Ao compreender a leitura como um objeto do conhecimento, o
professor possibilita que o estudante adquira competências que o permitam extrapolar os muros escolares.
A leitura não deve estar restrita à escola, nem se ler para esta; mas essa é que deve garantir que os estudantes
se tornem capazes de refletir, reconhecer, identificar, analisar e se posicionarem acerca das informações
veiculadas nos textos. Para os que se tornam leitores, há a inserção e a participação como cidadãos na vida
social, o acesso à memória cultural, ao conhecimento do passado para uma melhor compreensão do presente
para a manutenção ou transformação do futuro. Junto a uma necessidade que ainda persiste, de uma leitura
mais abrangente, há um mundo em constante mudança, novas tecnologias e a necessidade de que os
professores estejam preparados para atuar frente a todos esses desafios. Uma possibilidade da promoção
desta mudança é oferecer momentos de formação aos professores, por meio das narrativas autobiográficas
acreditando que essa experiência de visitar o passado por meio da leitura, permite enriquecer o que já se
conhece, bem como olhar para esse saber de forma a ressignificá-lo, e, por conseguinte, atribuir-lhes novos
sentidos como forma de conexão entre os tempos, considerando a memória como um lugar de referência,
justificando a realização de estudos sobre o tema. Esta comunicação articula-se a uma pesquisa maior
intitulada: “A importância de ser um professor leitor para o processo de ensino aprendizagem - Um olhar a
partir das memórias dos docentes”, cujo objetivo é compreender, através das narrativas, como as memórias
de leitura dos professores se relacionam com seu fazer docente. Espera-se que esses momentos formativos,
ao considerar a formação pela perspectiva do sujeito/professor, sejam significativos e possam oportunizar
vivências e experiências, por meio da construção, reflexão e compartilhamento de suas narrativas de vida
e de constituição como professor, como professor leitor.
Palavras-chave: leitura. narrativas. formação docente
¹ Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)

² Universidade de São Paulo (FFLCH - USP); Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)

436
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO SOBRE SEU
TRABALHO NO COTIDIANO ESCOLAR NA REDE MUNICIPAL DE CURITIBA

Juliana de Cássia Ferreira da Silva Vieira1 Sueli Pereira Donato2

RESUMO

O presente estudo é proveniente da pesquisa de Mestrado em Educação em andamento, na Linha de


pesquisa: Práticas Pedagógicas: Elementos Articuladores no âmbito do Grupo de Pesquisa “Formação de
Professores, Territórios Educativos e Representações Sociais (FOTERS) que integra o Centro Internacional
de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade – Educação (CIER-ed)/ FCC-SP. Surge das
inquietações de uma coordenadora pedagógica da Rede Municipal de Educação de Curitiba sobre seu
trabalho no cotidiano escolar, que se reveste de enorme complexidade em face das demandas que emergem
na escola. O problema de pesquisa é “quais as Representações Sociais de Coordenadores(as)
Pedagógicos(as) sobre seu trabalho no cotidiano dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na Rede
Municipal de Curitiba/PR?” Para desenvolver a pesquisa elegeu-se como objeto de estudo as representações
sociais dos coordenadores pedagógicos sobre seu trabalho no cotidiano escolar, com o objetivo geral de
analisar as representações sociais de coordenadores(as) pedagógicos(as) dentro do contexto apresentado.
Para alcançar o objetivo principal será necessário caracterizar o trabalho do coordenador pedagógico no
cotidiano escolar, interpretar o conteúdo e a organização das representações sociais sobre o trabalho do
coordenador pedagógico, por meio do termo indutor: " O que é ser coordenador pedagógico?” e categorizar
as funções identitárias destes profissionais no âmbito da RME. Como procedimento metodológico será
desenvolvida pesquisa qualitativa com suporte da Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2003,
2015) com ênfase na abordagem estrutural de Abric (2000), a Teoria do Núcleo Central (TNC). Os
participantes da pesquisa serão entre 40 a 50 coordenadores pedagógicos da Rede Municipal de Educação
de Curitiba, tendo como procedimentos para produção de dados: teste de associação livre de palavras,
(VERGÈS, 1992) com o termo indutor: "O que é ser coordenador pedagógico?”; assim como um
questionário contendo a dimensão sociodemográfica com questões fechadas, seguindo de 8 a 10 questões
abertas, referente a aspectos do cotidiano escolar e das atribuições da função de coordenador pedagógico,
nos quais serão delimitados até o início da pesquisa. Como recurso tecnológico serão utilizados os
softwares: openEvoc (2012) para processar os dados proveniente da aplicação do teste de associação livre
de palavras, o software IRAMUTEQ para processar os dados provenientes do questionário, temático. Os
resultados da análise prototípica gerada pelo openEvoc e a Classificação Hierárquica Descendente (CHD)
gerada pelo IRAMUTEQ, essa última complementada pela análise de conteúdo em Bardin (2016), serão
discutidos e analisados com base no aporte teórico, sobre o trabalho do coordenador pedagógico no
cotidiano escolar, tendo como principais autores: Placco (2012), Almeida (2006), Geglio (2012), Christov
(2012), Nagel (2017 e 2022) Vasconcellos(2009) e Libâneo (2006), entre outros. Sobre a Teoria das
Representações Sociais articulada à TNC destacam-se autores como Moscovici (1978; 2003; 2015), Sá
(1996; 1998); Abric (2000, 2001) e Jodelet (2001).

1
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).
2
Doutora em Educação. Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná.

437
O PROCESSO DE TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA EM CIÊNCIAS PARA ALUNOS SURDOS:
DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Juliana Suemi Miyano1, Rui Manoel de Bastos Vieira 2 Silvana Zajac 3

RESUMO

Este estudo tem por objetivo analisar a percepção de um(a) professor(a) de Ciências sobre o
potencial de uma atividade didática experimental de caráter investigativo: “foguete movido a água”, no
contexto de uma Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos, da cidade de São Paulo. Para tanto,
buscar-se-á uma parceria com o(a) professor(a) de Ciências a fim de realizar de modo colaborativo, a
transposição didática dos conceitos científicos envolvidos neste experimento objetivando analisar se na sua
percepção, o uso de experimentos científicos com materiais de baixo custo podem favorecer e potencializar
o ensino de Ciências da Natureza. Neste sentido, buscaremos responder ao longo dessa pesquisa as
seguintes questões: Quais as concepções que o(a) professor(a) revela sobre ensino de Ciências da Natureza
para alunos surdos? Quais estratégias são necessárias para que todos os alunos acessem o conteúdo? Tem
apoio e suporte pedagógico especializado para isso? O experimento: foguete movido a água, possibilita que
os alunos fiquem mais interessados e curiosos? Conseguem se expressar melhor? Os mais quietos ficam
mais participativos, não tem medo de errar, manipulam os materiais, demonstram gostar do que estão
fazendo? Pretendemos, ao final da aplicação, incentivar que os alunos dessa escola participem da Mostra
Brasileira de Foguetes (MOBFOG), que é uma vertente da Olimpíada Brasileira de Astronomia e
Aeronáutica. Os dados serão coletados por meio de: observações e registro em diário de bordo sobre a
aplicação da atividade, gravação das aulas, registros das atividades pelos alunos e realização de entrevistas
com professor. O enfoque teórico- metodológico que alicerça esta investigação é baseado na teoria sócio-
histórica de Vigotski. Esta pesquisa mostra-se relevante pois poderá contribuir para a discussão sobre a
necessidade de aprimorar os processos formativos de professores, especialmente na Educação Bilíngue para
surdos, visto a falta de materiais didáticos pedagógicos que atendam as especificidades desse público, bem
como a escassez de pesquisas sobre esse tema conforme aponta a literatura especializada.

Palavras-chave: alunos surdos, material didático de baixo custo, foguete movido a água.

1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)
3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)

438
DISCURSOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: CRIANÇAS E ADOLESCENTES E A ESCOLA
NA REDE DE PROTEÇÃO

Kátia Batista de Medeiros1, Márcia Aparecida Amador Mascia 2

RESUMO

A presente pesquisa faz parte de tese de doutorado defendida no Programa de Pós-graduação da


Universidade São Francisco e traz à discussão as resistências de crianças e adolescentes vítimas de violência
doméstica, em um cenário onde a escola se apresenta como parte de uma rede de proteção e garantias.
Partindo da roda dos Expostos, à criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a infância e
adolescência parecem ainda estar à margem desses domínios, no que diz respeito efetivamente à legitimação
de sua proteção, a não exclusão, tortura, exploração, espancamento, abuso etc. Um dos espaços destinados
à educação e formação global é a escola que assiste a um panorama de violência contra seus alunos dentro
e fora de suas paredes. A partir do pressuposto de que ela pode favorecer o desenvolvimento infantil e
juvenil, pergunta-se como a escola tem se colocado diante do fenômeno da violência contra esses sujeitos?
A pesquisa tem como objetivo levantar as construções discursivas de crianças e adolescentes vítimas de
violência doméstica implicadas nesse fenômeno, além de ressaltar o papel da escola do século XXI frente
à essa situação. O corpus de análise se constituiu em relatos verbais de duas crianças e de algumas páginas
de um diário de uma adolescente inseridos em um Programa de Proteção às vítimas de violência doméstica,
na cidade de São José dos Campos – SP. Os resultados desse trabalho apontaram para a capacidade que
esses sujeitos têm para suportar, resistir e sobreviver diante de situações de privação e violência,
denunciando à sociedade que os responsáveis por protegê-los quando buscam o enfrentamento da violência
podem, muitas vezes, se transformar nos ofensores, machucando-os, humilhando e abusando. Tal tema
intervém, de forma direta e indiretamente, no estabelecimento das relações sociais, produzindo sentidos
diversos, capazes de fortalecer e manter as relações violentas em diversos âmbitos sociais, no presente e no
futuro.
Palavras-chave: Infância, Violência, Resistência, Análise do Discurso, Escola

1
Doutora em Educação e Professora de Graduação da Faculdade Vanguarda (São José dos Campos – SP) e Coordenadora do
Curso de Pedagogia do Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes – SP)
2
Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade São Francisco.

439
A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Kedman Jesus Silva¹, Derli Juliano Neuenfeldt²

RESUMO

Dada a variedade de recursos tecnológicos disponíveis, é importante pesquisar sobre o ensino de


Língua Inglesa mediado pelas TDICs para descobrir como ou se esses recursos modernos podem ser usados
para melhorar o ensino e promover a aprendizagem dos alunos. O presente trabalho aborda uma pesquisa
sobre o uso de aplicativos móveis no ensino da Língua Inglesa que tem como objetivo investigar as
potencialidades do uso de aplicativos móveis no ensino de Língua Inglesa em uma turma de 3 ano do curso
técnico de Agropecuária integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal do Maranhão. Caracteriza-se como
uma pesquisa do tipo de intervenção pedagógica (Damiani et al.,2013), pesquisa de abordagem qualitativa,
de natureza aplicada e descritiva que está sendo realizada com uma turma de 33 alunos do curso de
Agropecuária. Três das quatro etapas que norteiam o desenvolvimento dessa pesquisa são fundamentais: a
análise de aplicativos de línguas que se destacam na atualidade, a experimentação com o uso do aplicativo
Duolingo nas aulas de Língua Inglesa e a descrição da percepção dos alunos quanto ao uso do app. Para o
levantamento e produção de informações está sendo utilizado instrumentos como questionário, diário de
campo e grupo de discussão. Para análise e discussão das informações que estão sendo obtidas nesta
pesquisa, será feita a utilização da Análise Textual Discursiva de Moraes e Galliazi (2006;2016), a partir da
qual emergirão as categorias de análise. Um dos resultados observados nas primeiras aulas foi a empolgação
que os alunos demonstraram ao utilizar o aplicativo. Pretende-se identificar potencialidades bem como as
desvantagens da utilização do aplicativo Duolingo nas aulas de Língua Inglesa, como também promover o
desenvolvimento de habilidades. Este estudo busca oferecer contribuições através dos resultados que serão
obtidos para dinamizar e melhorar as práticas pedagógicas nas aulas de LI no que tange ao ensino de línguas
mediado por tecnologias móveis com o intuito de tornar a aula mais atrativa e próxima da realidade do
discente.

Palavras-chave: Ensino, Língua Inglesa, Tecnologias Digitais

Referências

DAMIANI, M. F.; CASTRO, R. F. de; ROCHEFORT, R. S.; PINHEIRO, S.; DARIZ, M. R. Discutindo pesquisas do tipo
intervenção pedagógica. Cadernos de Educação, Pelotas, v. 45, n. 1, p.57-67, maio/agosto 2013.

MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise Textual Discursiva. 3.ed. Editora Unijuí. Ijuí, 2016.

440
O QUE PODE MOBILIZAR UMA DOCÊNCIA INVENTIVA NO EAD: PERCEPÇÕES DE
PROFESSORES

Cláudia Inês Horn¹, Lara Brum Ramalho², Maria Elisabete Bersch³

RESUMO Este resumo apresenta um recorte da pesquisa desenvolvida no Grupo de Trabalho


“Docência Inventiva, Aprendizagem e Educação a Distância” (GT3), junto ao Grupo de Pesquisa
“Currículo, Espaço, Movimento” (CEM/CNPq/Univates), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em
Ensino da Universidade do Vale do Taquari – Univates, Lajeado/RS/Brasil. O estudo investiga a aula como
dispositivo que mobiliza professores, estudantes e matérias de estudo na educação a distância. Além disso,
busca compreender como as tecnologias da informação e da comunicação podem contribuir para a
emergência de uma educação a distância criadora e potente, capaz de mobilizar a docência como uma
prática inventiva. A metodologia da pesquisa, de abordagem qualitativa, envolveu um levantamento
bibliográfico sobre o tema e a realização, até o momento, de entrevistas com nove professores e sete
estudantes de cursos de graduação da modalidade EAD da Univates, os quais assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), resguardando as questões éticas. Todas as entrevistas foram
gravadas e, posteriormente, transcritas para análise e categorização. Neste recorte explora-se as percepções
de professores desta modalidade sobre o que mobiliza uma aula inventiva no EAD. Para alguns professores,
um dos fatores que mobiliza uma prática mais inventiva é quando este se sente confortável para criar e
planejar suas aulas e situações de aprendizagem, baseando-se em seu próprio estilo de ensino que vai ser
construído através da prática, em vez de seguir modelos pré estabelecidos. Para isto, este professor precisa
estudar, praticar, pesquisar: “Uma aula sempre é aquilo que eu estudo, que eu pesquiso, vou criando
repertórios que vão me dar condições para eu criar a minha aula” (Professor Entrevistado 9) e “Essa
aprendizagem, essa docência inventiva a gente tem que construir” (Professor Entrevistado 2). Outros
depoimentos trouxeram a ideia de adaptar-se às necessidades e motivações dos alunos “A docência
inventiva seria buscar entender aquilo que o estudante quer e ao mesmo tempo saber aquilo que é preciso
passar para ele, criando metodologias para que isso aconteça” (Professor Entrevistado 5), ou seja, encontrar
métodos eficazes para permitir que os alunos compreendam e assimilem os conteúdos. Por último, os
professores trouxeram a questão tecnológica como um forte instrumento para mobilizar uma docência mais
inventiva e mais colaborativa por parte dos alunos “O que nós precisamos entender é que a docência
inventiva vai estar associada também a utilização de tecnologias, que podem ser aplicativos ou ferramentas,
diferentes instrumentos que vão dar as condições para a colaboração” (Professor Entrevistado 9). A análise
dos dados produzidos nesta investigação, possibilitam inferir que a docência inventiva na modalidade a
distância, envolve a capacidade de criar conteúdos relevantes, integrando o uso de tecnologias da
informação, a fim de tornar o conhecimento e a aprendizagem mais significativos. Com criatividade, estudo
e conhecimento das tecnologias digitais, é possível reconfigurar práticas pedagógicas, metodologias e
currículos dos cursos, em direção a propostas educacionais mais inventivas.

Palavras-chave: Educação a distância. Docência Inventiva. Professores.

441
O OLHAR DAS CRIANÇAS EM RELAÇÃO AO COTIDIANO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO
INFANTIL

Cláudia Inês Horn1, Jacqueline Silva da Silva2e Lara Brum Ramalho³

O presente resumo decorre da pesquisa institucional “O ensinar da infância à idade adulta: olhares
de professores e alunos”, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade do Vale do
Taquari - Univates, Lajeado/RS. Também apresenta um recorte da pesquisa intitulada “A representação do
olhar da criança sobre a Escola de Educação Infantil” aprovada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Estas pesquisas têm como objetivos investigar a representação do
olhar da criança sobre a escola de Educação Infantil, bem como aprimorar o cotidiano de uma escola de
Educação Infantil, da rede pública de ensino do município de Lajeado. Os sujeitos participantes, foram três
professoras e suas respectivas turmas de crianças, da faixa etária de 3 a 5 anos de idade. O presente resumo
volta-se para o olhar destas crianças por meio de fotografias produzidas por elas, a partir dos espaços e
tempos que habitam na escola. As fotografias fizeram parte do caminho metodológico, assim como a
realização de “rodas de conversas” com suas respectivas professoras que tiveram a intenção de propiciar
um debate, explicações e argumentações por parte das crianças. Estes foram alguns dos instrumentos
utilizados para coleta de dados na pesquisa, os quais produziram informações que foram analisadas e
categorizadas inspirando-se na análise de conteúdo, segundo Bardin (2012). Ao observar os locais onde as
fotografias foram registradas, verificou-se a preferência por áreas externas, desta maneira pode-se fazer
alguns questionamentos a respeito: O que isso quer dizer em relação ao olhar destas crianças? Quanto tempo
por dia elas ficam no pátio? Que propostas são feitas no pátio para além dos brinquedos que já existem lá?
Além disso, no banheiro as crianças sugeriram adicionar portas nos espaços sanitários e torneiras de apertar;
em outros ambientes sugeriram pintar paredes, brinquedos e colocar letras nas portas de armários e paredes.
Gobbi (2011), afirma que as imagens produzidas nas fotografias, apresentam como resultado, um rico
processo de criação envolvendo o posicionamento crítico diante do contexto fotografado, o que demonstra
que elas interpretam a realidade da qual fazem parte, construindo suas próprias culturas. Assim, o que pode
estar passando despercebido pelos professores e que pode ser importante para as crianças? Devemos nos
importar com o olhar delas enquanto brincam, enquanto aprendem e também enquanto sentem que falta
alguma coisa, pois ao dar voz a elas, percebe-se que estão prontas para nos ajudar na construção de uma
escola de Educação Infantil que seja "delas", oferecendo-nos ideias e sugestões, como um caminho a ser
trilhado para tornar o espaço mais acolhedor, inclusivo e significativo para elas, promovendo uma Educação
Infantil de qualidade e mais voltada às suas necessidades e interesses.

Palavras-chave: Educação Infantil. Participação das Crianças. Fotografias.

1
Universidade do Vale do Taquari/Univates.
2
Universidade do Vale do Taquari/Univates.

³ Universidade do Vale do Taquari/Univates.

442
BOAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA

BUENO, Larissa Rodrigues 1, SOUSA, Cintia Metzner de 2


RESUMO

Esta pesquisa se propõe a analisar como as ações de docentes podem contribuir para as práticas
pedagógicas no desenvolvimento da primeira infância, considerando crianças em idade pré-escolar, no
contexto do Programa de Residência Pedagógica (PRP) em uma instituição de Educação Infantil,
entendendo este programa como uma das ações que fazem parte da Política Nacional de Formação de
Professores, sendo articulada com os programas da Capes (Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)
para promover a imersão do licenciando no contexto escolar e de sala de aula a partir da segunda metade
do curso. Com isso, o “locus” desta pesquisa é uma instituição municipal de Educação Infantil que mantém
turmas de pré-escola e os sujeitos participantes são professores e alunos de duas turmas, jardim I e II,
abrangendo as aulas da disciplina de Múltiplas Linguagens, onde o professor é visto como mediador de
processos educativos, atuando como provocador de descobertas, explorando as diferentes linguagens das
crianças, assim organizando espaços e materiais diversos que possibilitem a aproximação da Arte em suas
diversas vertente para potencializar a sensibilidade, a criação e a imaginação. Os objetivos específicos são:
pesquisar e construir fundamentos teóricos com foco em boas práticas pedagógicas, relatando as ações
desenvolvidas na Residência Pedagógica visando identificar as diferentes estratégias com o foco na
promoção da autonomia, independência e autoestima escolar para analisar como as ações do docente podem
contribuir para as práticas pedagógicas no desenvolvimento da primeira infância. Os estudos sobre a(s)
Pedagogia(s) da infância constituem o suporte teórico da presente pesquisa, por enfatizarem a importância
da escuta atenta, diálogo e negociação, entendendo a criança como ser ativo e capaz, bem como, as teorias
de Vygotsky e Wallon que consideram a importância do meio sociocultural para o desenvolvimento infantil
de modo global e integrado. O estudo também se apoia em algumas referências oficiais como leis e
documentos do Ministério de Educação. A abordagem metodológica se divide em 4 etapas: ambientação
escolar, observação da rotina e atividades, estudos teóricos sobre a temática e a realização da prática docente
baseado no tema abordado. Após a organização e sistematização das observações e referencial teórico, a
pesquisa em fase de desenvolvimento demonstra que as práticas pedagógicas baseadas numa pedagogia
transmissiva, não promovem a participação e interação da criança em sala de aula assim, dificultando o
processo de desenvolvimento integral da criança, o que pode resultar na falta de autoestima, independência
e autonomia, gerando lacunas na aprendizagem e desenvolvimento no período da primeira infância. Assim,
faz-se necessário introduzir boas práticas pedagógicas à rotina do aluno, assimilando a ludicidade, o afeto,
a percepção e trocas significativas como ferramentas que transformem o ato de ensinar e aprender.

Palavras-chave: Boas Práticas Pedagógicas; Programa de Residência Pedagógica; Desenvolvimento e


aprendizagem

1
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) - Licencianda do curso de Pedagogia
2
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) - Professora orientadora

443
CONSTRUINDO UM AMBIENTE ESCOLAR INCLUSIVO NA CONTEMPORANEIDADE

Ma Adalgisa Cristina Marques Boni1, Julia Kawany Machado Lopes2 - Larissa Pereira dos Santos3

RESUMO

A Educação Inclusiva se tornou uma realidade dentro do espaço escolar e a adequação deste
processo contribuirá para o atendimento dos alunos com e sem necessidades educacionais especiais. Dessa
forma, o presente estudo de iniciação científica investigou uma escola pública do interior do estado de São
Paulo, com o objetivo de conhecer sua estrutura física e educacional, visando compreender as adaptações
necessárias para uma educação inclusiva dentro do ensino regular. A metodologia de campo, com análise
descritiva e qualitativa contou com um instrumento elaborado pelas pesquisadoras com perguntas para a
equipe gestora e para as professoras, além de observações realizadas no espaço escolar. Os resultados
apontaram que a escola regular ainda enfrenta muitos obstáculos para atender esse público e os professores
se sentem abandonados e sem ação diante das dificuldades de trabalho.

Palavras-chave: educação inclusiva, espaço físico, ambiente pedagógico.

1
Faculdades Integradas Einstein de Limeira (FIEL).
2
Faculdades Integradas Einstein de Limeira (FIEL).
3
Faculdades Integradas Einstein de Limeira (FIEL).

444
A PERMANÊNCIA DE DISCENTES HOMENS LGBTI+ NO CURSO DE PEDAGOGIA A
PARTIR DOS ESTUDOS (AUTO)BIOGRÁFICOS

Leandro de Almeida Costa1, Jónata Ferreira de Moura 2

RESUMO

A presente pesquisa é parte da dissertação de mestrado, em andamento, que tem por tema os estudos
de gêneros e a trajetória universitária de estudantes homens da comunidade LGBTI+ no curso de Pedagogia.
A investigação é de abordagem qualitativa, pesquisa do tipo (auto)biográfica, que, em educação possibilita
analisar as especificidades de um indivíduo a partir das suas relações com grupos sociais diversos, e que
vão se incorporando biograficamente aos eventos, fatos e experiências de aprendizagens obtidas por este
sujeito, e que implicam diretamente na produção e formação de seus conhecimentos, assim como, na
compreensão de seus processos de resistências, modos de ser e a ideia sobre pertencimento que é construída
a partir destas experiências. Parto deste conceito por posicionar-me como, também, sujeito desta pesquisa,
que diante as relações experenciadas no campo social, religioso e educacional que me formaram, me levam
hoje a discutir o ingresso, a permanência e adesão a profissão docente e os desafios enfrentados pelos
discentes homens da comunidade LGBTI+ de um curso de pedagogia de uma universidade federal do
nordeste brasileiro. A pesquisa (auto)biográfica é também uma maneira pela qual os sujeitos pesquisados
têm a oportunidade de compreender a sua própria formação, pois, as histórias de vida vão sendo construídas
pelas práticas sociais e os sentidos destas ações apenas podem ser organizadas e compreendidas pelas
narrativas de vida, mediante a história individual do sujeito e o seu ser social. Em meio a este embasamento
teórico fomento as discussões acerca do gênero, primeiro especificando os seus estudos por um viés social
a partir dos estudos de Joan Scott (1995), que possibilita evidenciar como a experiência dos sujeitos
LGBTI+ no ensino superior indicam as causas e motivos que os levam a permanecer em seu curso de
ingresso. Como ponto concretos a essas discussões e em resultados preliminares a pesquisa, verificou-se o
não protagonismo dos homens LGBTI+ nos documentos oficiais do Censo da Educação Superior do Brasil,
que segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) dos anos de
2020 e 2021, que negligenciam a presença e questões objetivas que formam os discentes homens LGBTI+,
o que pode invisibilizar as possibilidades de políticas de permanência destes sujeitos nas universidades,
grupo este ainda marginalizado socialmente pelo preconceito e discriminação enfrentadas por não seguir
os padrões cis-heteronormativos impostos socialmente. Como resultados já obtidos nota-se ainda a
incipiente produção acadêmica acerca deste tema, identificada dentro das bases de teses e dissertações de
repositório como a CAPES o que torna ainda mais necessário se debruçar sobre o tema. A pesquisa ainda
se encontra em estágio de sua revisão de literatura e documental, mas já apresenta discussões importantes
acerca da presença destes sujeitos no ensino superior, a intenção em ampliar essa investigação é evidenciar
a partir de suas narrativas, como as políticas públicas de ingresso e permanência fazem-se presente na
construção de uma formação educadora e possibilitadora.

Palavras-chave: Permanência, gênero, curso de pedagogia.

1
Universidade Federal do Maranhão/Centro de Ciências de Imperatriz (CCIm).
2
Universidade Federal do Maranhão/Centro de Ciências de Imperatriz (CCIm).

445
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM SÃO
PAULO

Leonardo Dias da Silva1

RESUMO

O presente resumo tem como objetivo discorrer sobre a pesquisa que compõe uma dissertação de
mestrado, a qual teve como objeto de estudo a educação ambiental no currículo e práticas cotidianas de
uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) de São Paulo. Baseada nos aspectos da educação
ambiental, eixo estruturante do Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição, e nos conceitos da
educação infantil, a investigação buscou compreender a seguinte questão: como a educação ambiental está
inserida como eixo da proposta curricular no contexto de uma instituição de educação infantil? O trabalho
é considerado uma pesquisa pedagógica qualitativa de estudo de caso único, como proposto por Bogdan e
Biklen. A metodologia de levantamento de dados está sustentada pelos preceitos de Lankshear e Knobel.
Foram consideradas diferentes fontes de dados para análise: documentos elaborados pela instituição como
registros de reuniões e o PPP em que constavam as concepções de educação e infância da instituição, além
de projetos desenvolvidos; diário de campo do pesquisador sobre as sessões de observação não
participativa; fotos dos espaços; e entrevistas realizadas com a equipe gestora e uma educadora da unidade
foco. O estudo e discussão dos dados produzidos foram realizados a partir dos conceitos de educação
ambiental sustentados, sobretudo por Mauro Guimarães e documentos oficiais nacionais. Também foram
utilizadas referências teóricas sobre educação infantil a partir das obras de Mônica Pinazza, Barbosa e Horn
e Oliveira-Formosinho, além de publicações e diretrizes oficiais nacionais e do município de São Paulo. A
investigação trouxe significantes evidências sobre o processo de implantação e consolidação do PPP da
instituição, principalmente ao que tange às circunstâncias formativas, estruturais e organizativas da
unidade, as quais revelaram uma perspectiva crítica e reflexiva acerca da educação ambiental. Os tempos,
espaços e materialidades foram repensados no contexto educativo por meio de uma efetiva formação e
comprometimento do coletivo educacional. A unidade escolar contou com parcerias externas (ONGs,
voluntários, familiares e comunidade), as quais colaboraram para aprimorar, modificar e criar espaços
educativos. A transformação das práticas pedagógicas caminharam no sentido de superar as práticas
tradicionais e dar lugar à pedagogia participativa. Os projetos de trabalho estavam em busca do
desenvolvimento da autonomia das crianças, autoria e protagonismo infantil, com temas relativos à
educação para o ambiente, às experiências e ao contexto socioeducativo. O estudo salienta a possibilidade
de inserir a educação ambiental no currículo da educação infantil, de modo que haja a chance de englobar
especificidades socioambientais com o trabalho a partir de projetos estruturados que envolvam toda a
comunidade escolar. Destarte, a promoção de uma educação ambiental crítica e reflexiva, sobretudo na
educação infantil, foi a chave de investigação dessa pesquisa, a fim de promover a formação de cidadãos
comprometidos com o bem-estar e a qualidade de vida no Planeta.

Palavras-chave: educação infantil, educação ambiental, práticas pedagógicas.

1
Prefeitura Municipal de São Paulo - PMSP

446
TRAJETÓRIAS DA EXTENSÃO, INCLUSÃO E REDES DE APRENDIZADO

MACHADO, Luciana de Albuquerque1, LOPES, Viven Janai A.2

RESUMO: Toda universidade tem como público uma diversidade de estudantes, entre estes os que
se apresentam com deficiências e que conseguem chegar aos estudos superiores. O estudante universitário
deficiente enfrenta desafios como: vulnerabilidade econômica, social e de acessibilidade para estudar, além
da conquista de políticas de permanência estudantil. O aluno (a) deficiente auditivo usuário de Libras, é
limitado pela necessidade de intérpretes, e a universidade precisa desenvolver alternativas para integração.
Os projetos de extensão são oportunidades de aprendizado que desenvolvem potencialidades, onde ensino,
pesquisa e extensão possibilitam a inclusão. Por isso, na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul-
UERGS contamos com a monitoria ACD para alunos com deficiência, na qual os graduandos participam
no acompanhamento desses estudantes beneficiados. Ocorreu em 2021 um curso de 40 horas para
capacitação na monitoria inclusiva, para aperfeiçoamento da monitoria ACD, além de discutirmos as
políticas de atendimento, às tecnologias assistivas em EAD e os desafios do período pandêmico, entre 2020
e 2021. Outros projetos de inclusão apresentam-se em forma de extensão na UERGS. Destacamos o 2°
"Glossário de Libras de Biotecnologia”, onde foram criados novos sinais para termos específicos do curso
que ainda não possuiam tradução em libras, incentivando estudantes surdos a permanecerem na
universidade utilizando a linguagem de sinais, promovendo a profissão como uma possibilidade no futuro.
O projeto ”Mãos Livres Libras”, incentiva o uso da libras como segunda língua Brasileira. Ocorre por meio
de palestras temáticas semanais dentro das escolas, propiciando transformação e engajamento social. O
projeto “Cursinho de Educação Popular Conexão" é uma extensão de fluxo contínuo, construída por alunos
(as) da universidade, por meio da EAD e das tecnologias. Através de aulas, estudantes do Enem e
professores extensionistas, alunos(as) da Uergs e de outras universidades, dispõem do Google Meet para
suas aulas. Tanto para professores e alunos deficientes auditivos, o Meet disponibiliza a tecnologia assistiva,
a tradução por meio de legendas que promovem a inclusão social e digital. Outros trabalhos foram
desenvolvidos nas licenciaturas, na disciplina curricular de Libras. No curso de Letras, elaborou-se trabalho
em grupo, onde foi criado um vídeo com apresentação de objeto virtual de aprendizagem integrado entre
as tecnologias e a linguagem, possibilitando a tradução de um diálogo em libras pelo app Hand Talk.
Através dessa interatividade de suporte (Litto,2009) que incluiu níveis de participação, o diálogo ocorreu
entre os componentes junto com o avatar Ícaro que interagiu com todos do grupo, a partir de perguntas e
respostas realizadas em Libras, como um quinto elemental, parte dessa comunicação. Um objeto de
aprendizagem, como um avatar interativo, comunicam segundo Levy (pág.5,2010) através das "Tecnologias
da inteligência", pois a comunicação não se dá por "simples substituição, mas antes por complexificação e
por deslocamento de centros de gravidade", por isso, destacamos que o avatar Ícaro, ora objeto de
aprendizagem ora ícone, é um conceito manifesto que atua como suporte de aprendizagem para o ensino
de Libras, por ser uma língua essencialmente visual é cercada de gestos sígnicos e representativos. O vídeo
criado propõe interacionismo entre humanos e inteligência artificial, o avatar Ícaro um quinto elemento na
comunicação.

1
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul- UERGS. Bacharel em Educação nas Organizações, Psicopedagoga e Graduanda
em Licenciatura em Letras, Coordenadora do Cursinho de Educação Popular Conexão.
2
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS. Aluna surda, Educadora extensionista do projeto do Cursinho de
Educação Popular Conexão, Graduanda em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia.

447
Palavras-chave: Libras, Tecnologias, Linguagem, Extensão, Aprendizagem.LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS E A
APRENDIZAGEM NA ADEQUAÇÃO DA LEI.

Luciane Dutra Oliveira1

RESUMO

A LGPD trouxe muitas dúvidas quanto a sua operacionalização dentro das empresas quanto a forma
de tratamento dos dados pessoais no âmbito dos entes públicos como das empresas privadas. Assim, a
análise da aprendizagem sobre a adequação à LGPD nas empresas a partir dos estudos empíricos publicados
no período de 2019 a 2021 sobre o tema evidencia que a lei trouxe desafios na ordem de treinamentos e
educação digital, bem como oportunidades de uso de instrumentos e ferramentas de áreas multidisciplinares
para o âmbito empresarial quando da implementação da lei. Foi possível identificar nos estudos anteriores
a forma de adequação das empresas à lei e a forma de aprendizagem e engajamento dos funcionários por
meio de instrumentos e ferramentas como Canvas, Design Thinking e Gamificação. Além disso, foi possível
verificar os desafios trazidos pela adequação dos processos que utilizam dados pessoais nas empresas para
o cumprimento da legislação, ou seja, a adequação aos seus dispositivos legais se apresenta com uma tarefa
árdua e que deve envolver todos os funcionários, clientes e fornecedores da empresa. Também, foi possível
verificar que a educação digital se apresenta como um desafio de ordem nacional e que requer políticas
públicas abrangentes e inclusivas para sua adesão na completude. Assim, foi possível evidenciar que a
aprendizagem na adequação das empresas à Lei Geral de Proteção de Dados gera uma necessidade de
inovação na abordagem do tema vinculado à privacidade e proteção de dados, uma vez que provoca uma
mudança de cultura nas relações e nos processos que envolvam dados pessoais. Também, foi possível
verificar o desafio das empresas em engajar empregados, clientes e fornecedores na implementação das
adequações à lei, uma vez que precisam buscar instrumentos e ferramentas que dinamizem o aprendizado
no contexto empresarial. Essa pesquisa limitou-se em analisar os estudos empíricos publicados no período
de 2019 a 2021 referente a aprendizagem na adequação das empresas à LGPD, não tendo o objetivo de
esgotar a discussão acerca do tema. Assim, sugere-se estudos futuros para verificar como a governança de
dados e a governança corporativa se relacionam e as boas práticas de governança, visto que há a necessidade
de gestão e governança no setor de sistemas da informação, bem como descrever como seria a implantação
de um comitê de privacidade e proteção de dados pessoais. Por fim, este estudo objetivou contribuir não só
para o meio acadêmico, mas, também, para evidenciar que as empresas estão enfrentando dificuldades na
aprendizagem e aculturamento de todos os envolvidos no processo produtivo na adequação à LGPD, uma
vez que devem garantir a privacidade e segurança da informação no uso e tratamento dos dados pessoais
no momento da execução de suas atividades em processos internos e externos. Além de desenvolver novas
perspectivas de treinamento e engajamento dos funcionários, clientes e fornecedores que afetam
diretamente a cadeia do processo produtivo.

Palavras-chave: privacidade e proteção de dados, aprendizagem, conformidade.

1
Mestra em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. PPG Ciências Contábeis, UNISINOS.

448
CONHECIMENTO COMO FERRAMENTA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE
ÚTERO EM AÇÃO EXTENSIONISTA

Luísa Lunardi dos Santos , Rafael Borges Carvalho , Fátima Clarice Nunes de Oliveira , Alethéa Gatto
1 1 1

Barschak , Lucila Ludmila Paula Gutierrez


1 1.

RESUMO

Introdução: O projeto de extensão da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre


“Apoiando e Educando Famílias de Pessoa com Deficiência (PcD)” trabalha temas relacionados à educação
em saúde, autoestima e autocuidado junto às famílias cuidadoras que levam seus filhos com deficiência
para serem atendidos gratuitamente no Educandário São João Batista (Porto Alegre/RS). Objetivo: O
objetivo deste trabalho foi fazer um relato de experiencia sobre atividade relacionada a conscientização e
prevenção do câncer de colo de útero. Metodologia: Em junho de 2023, em um dos encontros quinzenais
dos extensionistas com os cuidadores foi feita uma oficina sobre o exame ginecológico do Papanicolau,
utilizado para o diagnóstico de câncer de colo de útero, e a importância do uso de preservativos de barreira
para evitar o contágio com o Papiloma Vírus Humano (HPV), com demonstração de ambas atividades em
peças anatômicas. Após, foi realizado um jogo de perguntas do tipo “Mito ou Verdade”, os conceitos
relacionados ao tema foram trabalhados com os participantes e foi organizado um mural que separava os
mitos das verdades. Resultados e Discussões: Dez mulhres cuidadoras de PcD participaram da ação. Além
de ressaltar a importância da realização anual do exame de Papanicolau, falou-se do método de prevenção
do contágio de HPV. Recolheram-se frases como: “Depois dessa atividade entendi a importância de exames
preventivos femininos”, “Vou levar minha filha ao ginecologista” e “Vou chegar em casa e explicar tudo
que aprendi para minha sobrinha e minha filha”, “Vou fazer meu exame de colo de útero no posto de saúde”
e “Os assuntos são explicados bem direitinho e isso é importante para entendermos e não termos vergonha
de perguntar”. Observou-se que após a atividade foi possível perceber que as cuidadoras foram
sensibilizadas pela temática, podendo pensar em autocuidado e multiplicação de conhecimento.

Palavras-chave: Câncer de colo de útero; Papanicolau; Prevenção.

449
A UTILIZAÇÃO DE MODELOS NO ENSINO DA ANATOMIA VETERINÁRIA: PASSADO,
PRESENTE E FUTURO

M.J. Lança1, A.I. Faustino-Rocha 2

A Anatomia humana e animal tem sido alvo de interesse desde tempos ancestrais, tal como
evidenciado em hieróglifos e papiros datados de 3000 a 1600 a.C. Os cadáveres têm sido a ferramenta por
eleição para o estudo da anatomia. Aristóteles (384-322 a.C.), considerado o Pai da Biologia, dissecou
plantas e animais, acreditando que o coração era o centro do pensamento e da alma. Anos mais tarde,
Herophilus (335-280 a.C.) foi o primeiro a dissecar cadáveres humanos, tendo dissecado mais de 600
cadáveres. Estas disseções foram essenciais para o conhecimento do sistema nervoso, tendo permitido a
descrição do cérebro, dos ventrículos cerebrais e do cerebelo, e a identificação dos nervos como sensoriais
ou motores, e o cérebro como centro do sistema nervoso central e sede da inteligência. Posteriormente,
Erasistratus (310-250 a.C.) foi responsável pela criação da Escola de Alexandria que impulsionou as
ciências anatómicas, tendo sido considerado um dos mais ativos dissecadores da antiguidade. O médico
grego Claudius Galeno (129-200 d.C.) desenvolveu trabalhos nas áreas da Anatomia e da Fisiologia, tendo
dissecado macacos e porcos, com o objetivo de extrapolar os conhecimentos adquiridos nos animais para
os humanos. Os conhecimentos adquiridos foram de tal forma importantes, que a sua obra “Sobre o uso das
partes do corpo humano” regeu a Medicina por catorze séculos, após os quais algumas das suas teorias
foram contestadas. Embora a disseção de cadáveres tenha sido proibida a partir do século 150 d.C. por
condicionamentos éticas e religiosas, no ano de 1240, o Imperador romano-germânico Frederico II declarou
obrigatória a utilização de cadáveres pelos cirurgiões da escola de Nápoles. Em 1315, o professor de
medicina italiano Mondino de Liuzzi tornou a disseção de cadáveres como parte integrante do currículo
médico em Bolonha, pelo que foi considerado “restaurador” da Anatomia. Como a utilização de cadáveres
para fins educativos ou experimentais é alvo de controvérsia na sociedade, por questões éticas e por
questões relacionadas com o bem-estar animal, muito se tem feito para melhorar contornar e melhorar esta
prática. Em 1959, a dupla Russel & Burch definiu um conjunto de regras para uma utilização “mais ética”
de animais para fins experimentais e educativos. Assim, ficaram conhecidos pela implementação do
princípio dos 3Rs: reduce, refine e replace, que tem promovido o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de
estratégias que permitem reduzir, refinar e, sempre que possível, substituir a utilização de animais. Apesar
do número crescente de recursos in silico para o ensino e aprendizagem da Anatomia, o cadáver permanece
como uma ferramenta imprescindível no ensino médico, devendo sempre ser salvaguardadas as questões
éticas, e cumprida a legislação em vigor relativa à utilização de animais para fins científicos e educacionais.
Palavras-chave: Anatomia, in silico, in vivo

1
Departamento de Zootecnia (DZoo), Escola de Ciências e Tecnologia (ECT), Universidade de Évora, Évora, Portugal;
Mediterranean Institute for Agriculture, Environment and Development (MED) & Global Change and Sustainability Institute
(CHANGE), Universidade de Évora, Pólo da Mitra, Évora, Portugal.
2
Departamento de Zootecnia (DZoo), Escola de Ciências e Tecnologia (ECT), Universidade de Évora, Évora, Portugal; Centro de
Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), Inov4Agro, Vila Real, Portugal; Comprehensive Health
Research Center (CHRC), Évora, Portugal.

450
INCLUSÃO ESCOLAR NA PANDEMIA DA COVID-19: percepções de professores,
coordenadores pedagógicos e mães/pais.

Marcia Dutra da Silva1, Franc-Lane Sousa Carvalho do Nascimento 2

RESUMO

Este trabalho analisa as percepções de professores, coordenadores pedagógicos, mães/ pais sobre as
políticas públicas educacionais e a educação especial na perspectiva inclusiva em tempos de pandemia da
Covid-19. Visto que, a inclusão educacional deve envolver, acolher e incluir a todos/as, mas para que se
concretize, todos/as devem participar das discussões e mudanças que esta proposição exige, seja na
formação de professores, entendimento das especificidades da deficiência, organização estrutural, física,
financeira, curricular e o ensino escolar. Para fundamentar a discussão desta pesquisa, estamos utilizando
autores que abordam a educação especial na perspectiva inclusiva Mantoan e Lanuti (2021; 2022); Lanuti;
Baptista e Mantoan (2022); Lanuti (2019), entre outros autores, além de documentos legais como a
Constituição Federal Brasileira (BRASIL, 1988), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
Inclusiva (BRASIL, 2008) e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, nº 13.146 (BRASIL,
2015). A investigação foi do tipo descritiva e exploratória, método dialética, utilizamos como instrumento
um questionário, com questões abertas e fechadas, e a técnica de observação para a coleta de dados,
desenvolve-se a partir da concepção quali-quantitativa de análise de dados. A pesquisa está sendo
desenvolvida em escolas públicas municipais da cidade de Caxias-MA, contemplando escolas pública do
campo/zona urbana e cidade/zona rural, de Educação Infantil e Ensino Fundamental, que tiveram alunos
matriculados com deficiência ou transtornos de aprendizagens durante pandemia. Esse estudo está em
desenvolvimento, tendo como atividades realizadas, o estudo bibliográfico e documental, aplicação de 143
questionários aos participantes da pesquisa e tabulação dos dados para análise. As idades dos participantes
variam de 22 anos a mais de 38 anos. Como resultados parciais dessa pesquisa, pode-se evidenciar o
conhecimento da Lei Brasileira de Inclusão Escolar, seja parcial ou total, de 81% de coordenadores e 79%
de professores, e que mesmo com avanços, declaram haver desafios e dificuldades no processo de Inclusão
de alunos com deficiência, transtornos e dificuldades de aprendizagem, seja pela falta de formação
continuada na área, falta de intencionalidade na prática pedagógica do professor, pela quantidade de alunos
na sala de aula, os planejamentos e planos de aulas não estão direcionados para atender o aluno com
deficiência, ou pela própria dificuldade de acolhimento dos familiares. É relevante ressaltar que a Educação
na perspectiva Inclusiva ainda está em processo nas escolas municipais de Caxias/MA, e esses desafios
perpassam a compreensão de Inclusão Escolar dos familiares participantes da pesquisa, que por vezes
confundem a inserção e integração com inclusão escolar, mas entendem que seus filhos devem ter igualdade
de direitos, e que a Inclusão escolar contribui para a garantia de acesso e permanência nos contextos sociais,
educacionais e formativos. Outra dificuldade é o modelo de interpretação da deficiência adotado nas
instituições escolares, que valorizam o modelo médico e ficam reféns de laudos, ao invés do modelo social,
o mais indicado a uma educação especial na perspectiva inclusiva.

1
Graduada em Pedagogia - CESC/UEMA. Bolsista BATI pela Universidade Estadual do Maranhão - UEMA.
2
Doutora em Educação. Professora e pesquisadora do Departamento de Educação da Universidade Estadual do Maranhão-
CESC/PPGE/PPGHIST/UEMA.

451
Palavras-chave: inclusão escolar, políticas educacionais, pessoa com deficiência CAMINHOS PARA A FORMAÇÃO
CIDADÃ: PROPOSTA DIDÁTICA A PARTIR DA ANÁLISE DE FAKE NEWS NA SALA DE AULA

Marcia Elisia Matos Aguiar1, Raquel Abreu-Aoki2

RESUMO

A fake news é um fenômeno do universo digital que pode ser concebido como uma forma moderna
de contar falácias, dado o papel expressivo e importante da tecnologia para a sua circulação e disseminação.
Em diálogo com Gomes (2020), essas notícias manipuladas trazem consigo argumentos falaciosos capazes
de persuadir e reduzir o seu auditório no contexto das redes sociais, bem como suscitar emoções. Nesse
sentido, elas estão sendo utilizadas como uma ferramenta dentro da comunicação política, configurando-
se, então, não meramente um fenômeno do jornalismo, mas, sim, um fenômeno da política. Ao desempenhar
uma função no campo político, torna-se um mecanismo que gera impactos negativos no processo eleitoral
e na percepção, por parte dos cidadãos, no que diz respeito à democracia, logo, interfere na continuidade e
manutenção da democracia. A sala de aula, à vista das questões já elencadas, é um espaço oportuno e
significativo para debater o fenômeno contemporâneo aqui elucidado e promover a formação cidadã dos
sujeitos envolvidos, em especial, os discentes. A formação cidadã tomada, aqui, como perspectiva e
contemplada em Gomes (2022), compreende a escola como um lugar de relevância para a construção da
cidadania. Desse modo, o presente trabalho tem por objetivo apresentar uma proposta didática a partir da
análise de uma fake news, buscando discutir a temática pautando-se em um viés discursivo e retórico
(ARISTÓTELES, 2005; CHARAUDEAU, 2020), principalmente, em relação ao despertar de emoções
(pathos). Assim, igualmente, é desejado que essa proposta desenvolva e fomente um olhar crítico e
reflexivo, de maneira que impulsione uma formação cidadã dos alunos no ambiente escolar, a qual propicie
que os estudantes estejam aptos a questionar e a participar efetiva e eticamente de debates voltados a temas
de ordem social e política nas diversas esferas da vida dos sujeitos supracitados.

Palavras-chave: formação cidadã, fake news, retórica.

1
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
2
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

452
NEUROCIENCIA EDUCACIONAL: NOVAS POSSIBILIDADES NA ALFABETIZAÇÃO

Maria Angela Ferreira de Oliveira Scarinci1

RESUMO

Este relato pretende descrever o processo de um aluno com doze anos, incluído no sexto ano sem
saber ler, encaminhado a uma casa de ação social para famílias de baixa renda, para atendimentos com
profissionais de diferentes áreas, como: Psicopedagogia, Psicologia e Reforço Escolar; a fim de garantir
uma melhor resposta do aluno. O objetivo desse estudo é compreender essa trajetória educativa com o novo
olhar de que todos devem aprender e não ficar para trás neste ensino que requer experiências significativas
que considere a realidade complexa desses alunos incluídos, na sua faixa etária, sem acompanhar o
conteúdo. Segundo relato familiar, ele apresentava problemas de memória, concentração e atenção causados
pelos prejuízos de não acompanhar o conteúdo do sexto ano. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (PcD) assegura os direitos fundamentais e garante a qualidade de um ambiente seguro, de modo
a desenvolver habilidades favoráveis ao ensino/aprendizagem (Lei nº 13.146/2015). Sendo assim, essa
evolução ocorreu através de um programa na psicopedagogia, com e uma metodologia qualitativa, que se
dividiu em duas etapas: na primeira, realizou-se um diagnóstico sobre os conhecimentos adquiridos durante
os anos na escola. Na sequência, realizou-se uma estratégia flexível, enriquecida de estímulos neurais, no
sentido de aumentar a credibilidade as inúmeras possibilidades de aprendizagem. Na segunda etapa,
organizou-se uma abordagem lúdica e criativa com estímulos de dois ou mais sentidos, para promover a
alfabetização através da metodologia fônica com a utilização de imagens. Nesse sentido, o foco foi na
evolução da base fonética, (consciência fonológica e a consciência fonêmica) a fim de tomar consciência
da linguagem ao nível das palavras, sílabas e aprender a manipular os sons (fonemas). Assim adquiriu duas
novas habilidades de consciência fonêmica: segmentar e sintetizar. Essa alfabetização com compreensão
veio a ocorrer através das inúmeras abordagens enriquecida de estímulos neurais que favoreceu novas
conexões, com base nos estudos da neurociência educacional, que é multidisciplinar e baseia-se em vários
campos científicos, novas abordagens interativas e com uma estrutura multissensorial (Capovilla, 2002;
Birsh, 2011). Esse fato permitiu a exploração sensorial e o desenvolvimento de diferentes competências
perceptivas, táteis e cinestésicas mediante aos estímulos auditivos e visuais. Acrescenta-se ao êxito desse
processo a importância da família ao impor limites, rotinas e constância em seguir as instruções a serem
trabalhadas em casa. Convém destacar a descoberta de várias habilidades, após os novos estímulos e
melhoria no processo de alfabetização com compreensão. Foi possível perceber que existe urgência na
formação profissional sobre os conhecimentos da neurociência educacional, metodologia fônica e na
utilização de novos estímulos para alargar a evolução de novas áreas, apesar das peculiaridades. Ressalta-
se a necessidade de novos estudos para dar credibilidade nas capacidades dos inúmeros alunos, inseridos
na escola sem aprender, mas que possuem grande potencial a se valorizar a partir de um ensino adequado e
individualizado.
Palavras-chave: Estímulos Neurais, Alfabetização, Multissensorial.

1
Mestre em Ciências da Educação: Educação Especial, Especialista em Neuropsicopedagogia e Psicopedagogia.

453
CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO: AUTONOMIA E TRANSPARÊNCIA NA
QUALIFICAÇÃO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS EM PARAIPABA-CE

Maria Luciene Teixeira


RESUMO

O presente trabalho é resultado parcial de uma pesquisa bibliográfica ampla sobre os sistemas
municipais de ensino. Apresenta um estudo sobre os conselhos municipais de educação constituídos de 80%
dos municípios do estado do Ceará que tem seus sistemas de ensino próprio com o surgimento das seguintes
indagações: Qual a autonomia dos conselhos de educação na qualificação das políticas educacionais nos
municípios? Sobre quais formas de transparências? Neste sentido se faz necessário compreender que a
gestão pública educacional necessita da participação e mobilização social para assegurar o pleno exercício
de cidadania, mostrando transparência relevante em todas as suas ações. Com o objetivo de promover os
fortalecimentos das políticas educacionais legais adequando as suas estruturas tendo como base LDB e no
artigo 2011 da constituição federal de 1988, de acordo com suas peculiaridades envolvendo as lideranças e
comunidade local. A sociedade representada no conselho, torna-se vigilante na defesa do direito de todos a
educação de qualidade e transparência das ações e regulamentação das políticas educacionais dentro do
sistema. Desta forma conclui que o Conselho municipal de educação é de fundamental importância nas
relações do ensino, tem autonomia, atua com transparência, legalidade em todas as politicas educacionais
em preposição.
Palavras-chave: conselho de educação, autonomia, políticas educacionais.

454
RESTAURAÇÃO DO MATERIAL BIOLÓGICO DO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS DA
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR SOARES FERREIRA

Guilherme Leonardo Araújo da Silva1, Maria de Lourdes de Assis Santos2, Tamires Cristina Pamplona3,
Deise da Silva Carvalho4, Fernando Martins Costa5, Vanderléia Amaral Duarte Mendes6, Bruna Renata
Pimenta Tarôco7

RESUMO

Introdução: Na prática docente, as aulas teóricas são mais frequentes do que as aulas práticas, sendo
estas programadas de acordo com vários aspectos, tais como: disponibilidade de materiais, técnicos de
laboratório e espaço físico (BEREZUK; INADA, 2010). O uso da experimentação nas aulas de Ciências e
Biologia, constitui uma relevante ferramenta metodológica no processo de aprendizagem, pois além de ser
um local de aprendizagem, o laboratório é um local de desenvolvimento do aluno como um todo. Existem
diferentes perspectivas pelas quais a experimentação pode ser analisada. Inicialmente, conceitua-se a
experimentação como forma de testar algo, ou em sentido mais amplo, de confirmar hipóteses que julgam
ser verdadeiras, demonstrar a veracidade de uma hipótese, verificar fenômenos naturais, conhecer ou avaliar
pela experiência (MORAES, 1998). Objetivos: Realizar a organização, limpeza e restauração de
exemplares biológicos de uma escola estadual do município de Barbacena, Minas Gerais, assim como
estimular a utilização do laboratório e seus recursos no ensino de Ciências e Biologia. Metodologia: Quatro
residentes de licenciatura em Ciências Biológicas do IF Sudeste MG - Campus Barbacena, integrantes do
Projeto Residência Pedagógica, realizaram no primeiro semestre de 2023, a recuperação de 16 exemplares
de materiais biológicos que estavam inseridos em frascos de vidro vedados com silicone sem a devida
manutenção por um longo período. As amostras previamente armazenadas, sem nenhuma checagem
periódica e/ou controle do percentual alcoólico da solução ficaram por muitos anos sujeitas a desidratação
e decomposição gradual. Tal situação se torna preocupante tendo em vista o risco de degradação ao material
biológico, com sério potencial de prejudicar de forma significativa o acervo escolar. A fim de reparar a
situação supracitada, diversas adaptações foram feitas a fim de garantir a integridade do material didático.
Para a manutenção da vida útil dos materiais, efetuou-se a troca do líquido dos frascos por álcool etílico
hidratado 70%. Foi realizada a limpeza de um exemplar taxidermizado de um jacaré que estava coberto por
resíduos de poeira, sendo realizado ainda no mesmo a pintura e incorporação de acessórios visando melhora
visual. Na sequência, identificou-se as espécies de acordo com as ordens taxonômicas, sendo feito por
último a limpeza e organização geral do laboratório. Conclusão: Acredita-se que a restauração do material
biológico realizado pelos licenciandos pode estimular a incorporação deste recurso no futuro pelo professor,
na medida em que os materiais biológicos se tornaram aptos para serem utilizados como materiais didáticos.
Além disso, o uso do laboratório pode ser promissor para o processo de ensino e aprendizagem, ao
possibilitar, engajar e aumentar a participação dos estudantes nas aulas, pois as estratégias práticas podem
atuar como recurso complementar aos conteúdos teóricos dos livros didáticos de Ciências e Biologia.
Apoio: CAPES, Escola Estadual Professor Soares Ferreira, IF Sudeste MG – Barbacena.
Palavras-chave: organização, laboratório escolar, ensino de ciência

1-5
Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Campus Barbacena (IF Sudeste MG - Barbacena).
6
Escola Estadual Professor Soares Ferreira.
7
Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Campus Barbacena (IF Sudeste MG - Barbacena).

455
O PAPEL DA GESTÃO ESCOLAR FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS E A SUA
CONTRIBUIÇÃO PARA O APRIMORAMENTO DO CAPITAL CULTURAL DOS
PROFESSORES DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

Mariléte Pinto de Oliveira, Doutoranda em Educação e Novas Tecnologias UNINTER


Desiré Luciane Dominschek, Professora Orientadora: Doutora em Educação pela Universidade Estadual
de Campinas (UNICAMP), líder do grupo de pesquisa GHESP e coordenadora do PIBID/RP UNINTER.

RESUMO

O papel da escola vem se moldando ao longo da história e na era digital em que vivemos, precisa
estar adaptada às novas tecnologias, ou seja, atualizar-se constantemente. No passado, o papel do professor
era transmitir o conhecimento, fazendo com que seus alunos assimilassem os conteúdos. Perante os pais o
professor era o responsável pelo desempenho do aluno e pelo seu comportamento em sala de aula,
considerado o responsável pelo futuro profissional do estudante. Hoje, com a revolução tecnológica, a
situação mudou. O professor se tornou o mediador das informações e um orientador no que diz respeito ao
que seu aluno está acessando. O professor passa a estimular seu aluno a ter um pensamento crítico a tudo o
que ele tem acesso e procura nos meios digitais. A gestão escolar tem o papel de incentivar, capacitar e
oferecer os meios tecnológicos para o desenvolvimento de metodologias, possibilitando aos professores
meios para facilitar seu trabalho diário. Neste sentido, a tecnologia tem muito a contribuir com a educação,
pois somos cercados pelo mundo tecnológico e devemos trazê-lo para nosso favorecimento. A questão
central para a promoção da mudança no sistema de ensino é ter uma gestão escolar pautada na qualidade
da educação socialmente referenciada e passa pelo capital cultural, sendo necessário pensar maneiras dele
não ser um instrumento de dominação e de reprodução. Pretendo investigar o papel da gestão escolar frente
às novas tecnologias, examinar os dados obtidos através da pesquisa empírica em relação ao capital cultural
dos professores, pesquisar teoricamente o papel da gestão escolar frente às novas tecnologias e a sua
contribuição para o aperfeiçoamento do capital cultural dos professores, tendo como embasamento a
compreensão de Pierre Bourdieu sobre capital cultural e a função da escola no processo de reprodução
cultural na sociedade capitalista.
Palavras-chave: escola, gestão escolar, professor.

456
TRANSITANDO ENTRE A ARTE E A VIDA NA ESCOLA E NA CIDADE

Maristela Juchum1, Fabiane Olegário2

RESUMO

Este texto tem como objetivo compartilhar experiências docentes advindas do componente
curricular Transitando entre a Arte e a Vida na escola e na cidade dos Cursos de Letras e de Pedagogia da
Universidade do Vale do Taquari - Univates/RS. Trata-se de um componente curricular de 80 horas
compartilhado entre os dois cursos, em forma de docência compartilhada, sendo 40 horas ministradas no
formato de Seminário e 40h no formato Atelier. Tal componente parte da concepção de que a arte é
“polissêmica, explode em múltiplos sentidos e formas de interação [...] sempre aberta a infinitas formas de
[interpretação] e de leitura” (Ka, 2021, p.17). Além disso, entende que as perguntas no percurso formativo
dos estudantes podem gerar experiências singulares, qualificando o processo de aprendizagem. A partir dos
estudos de Larrosa e Rechia (2018), compreende-se a experiência como um exercício de atenção ao mundo.
Considerando a pergunta e as experiências como mote do trabalho pedagógico, a metodologia adotada pelas
professoras tem como base os projetos de trabalho como procedimento didático. Segundo Hernández
(2007), os projetos englobam as relações pedagógicas e o aprendizado por meio do diálogo e da indagação,
em que todos podem encontrar seu lugar para aprender. A proposta de trabalho consiste na inserção do
estudante no espaço escolar, a fim de observar como a Arte transita no território escolar e de identificar uma
pergunta de pesquisa. Após, os estudantes têm o desafio de produzir um vídeo curto, de aproximadamente
cinco minutos, apresentando uma intervenção pedagógica que possa apontar alternativas para a referida
situação-problema. Espera-se que as perguntas possam produzir experiências significativas e, sobretudo,
contribuir na formação do olhar mais crítico e humanizado que guiará o fazer pedagógico dos futuros
professores.

Palavras-chave: arte, escola, cidade.

REFERÊNCIAS

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed,
2007.

KA, Sandro. As coisas do mundo como coisas da arte. In: CUNHA, Suzana Rangel Vieira; CARVALHO, Rodrigo
Saballa de. Arte contemporânea e docência com crianças: inventários educativos. Porto Alegre: Zouk, 2021.

LARROSA, Jorge; RECHIA, Karen. P de Professor. São Carlos: Pedro & João Editores, 2018.

1
Universidade do Vale do Taquari
2
Universidade do Vale do Taquari

457
Valorização da leitura e escrita em aulas de Química a partir da produção de histórias sobre
compostos orgânicos

Mateus José dos Santos1, Rita Márcia Andrade Vaz de Mello 2

RESUMO

É indiscutível a importância da leitura e da escrita em diversos componentes curriculares que


perpassam pelos contextos educativos. O estímulo à leitura pode permitir o desenvolvimento de novas
habilidades, dentre elas a dimensão criativa dos estudantes. Paralelamente à prática da leitura, temos a
escrita que se estimulada pode favorecer com que os estudantes desenvolvam seus argumentos a partir de
diferentes situações-problema que emergem de inúmeros contextos educativos. Ainda, não basta apenas
construir argumentos, é essencial que tais argumentos sejam pautados em ideias consistentes e coerentes
que só com a prática da escrita e da leitura que os estudantes terão a oportunidade de exercitar. Além disso,
cabe salientar que no Ensino de Química, são poucas as práticas que recorrem às práticas de leitura e de
escrita, o que acaba dificultando uma série de avanços nas capacidades argumentativas e de interpretações
de mundo dos estudantes. Pautado nestes pressupostos, foi proposto a 17 estudantes de uma escola
particular da cidade de Contagem (MG) que eles elaborassem histórias sobre diferentes substâncias
orgânicas, uma vez que os estudantes estavam estudando as funções orgânicas e aprendendo sobre a
importância dos compostos orgânicos no dia a dia. Os estudantes uniram seus conhecimentos químicos a
práticas de leitura e escrita, dado que, precisariam criar histórias que abarcassem o mundo imaginário, mas
que ao mesmo tempo expusessem informações verídicas sobre as propriedades das substâncias orgânicas.
Diversas histórias emergiram desta construção dos estudantes. Textos como “a jornada de um cientista em
busca da inovação responsável”; “Acetato de etila e a terra encantada”, “Luisa e o etileno” e “Urie e a
Ureia” foram construídos pelos estudantes que também fizeram ilustrações, o que contribuiu não só para a
dimensão criativa, mas para a dimensão estética dos trabalhos apresentados. Desse modo, em um
movimento interpretativo, os estudantes demonstraram que apreenderam não só os conceitos químicos, mas
que exercitaram suas habilidades argumentativas ao criarem histórias sobre os compostos orgânicos. Neste
processo criativo de histórias químicas, foi perceptível que os estudantes também utilizaram aspectos
socioafetivos para narrarem suas criações. Desse modo, os gostos, preferências, memórias foram
exercitadas, o que podemos denominar de resgaste ontológico. Ir atrás das memórias para realizar uma
atividade de Química os fizeram sair de uma situação de conforto e a pensarem em como construir as ideias
a respeito dos compostos orgânicos indicados. Assim, é primordial que mais atividades que explorem esse
universo da leitura e da escrita sejam incentivadas nas aulas de Química mostrando aos estudantes que é
possível unir conceitos químicos a situações do dia a dia e a aprender a partir da construção de livretos que
exploram o universo imaginário, mas ao mesmo tempo utiliza-se de conceitos científicos importantes para
a compreensão de diferentes fenômenos cotidianos.

Palavras-Chave: Livretos. Educação Química. Habilidades argumentativas.

1
Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica (PPGED). GEPPFOR. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas
Gerais.
2
Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). GEPPFOR. Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.

458
OFICINAS PEDAGÓGICAS E O TEMA TRANSVERSAL SAÚDE

Mirtes Marques dos santos Alves (Seeduc/RJ)

A pesquisa desenvolvida no mestrado profissional do Programa de Pós-Graduação de Ensino em


Educação Básica (PPGEB-CAp/UERJ) teve como eixo o tema transversal Saúde e sua prática com alunos
do ensino fundamental II. A metodologia aplicada a partir de oficinas pedagógicas proporcionou uma das
experiências mais importantes da pesquisa, visto que as oficinas pedagógicas permitem a vivência de
situações concretas. A Educação para Saúde proposta nessa pesquisa está relacionada a uma visão prática
da Promoção para Saúde, educação integrada, interdisciplinaridade, reflexão e coerência. Nesse sentido, o
aluno tem a oportunidade de descobrir, debater, socializar e construir conhecimentos em sala de aula. Essa
metodologia permitiu a criatividade, o envolvimento e a sensibilidade dos sujeitos participantes e um dos
objetivos dessa pesquisa foi apresentar propostas de trabalhos interdisciplinares aos professores, já que nas
oficinas o aprendizado é dialético, ou seja, tanto o professor quanto o aluno produzem o conhecimento.
Para transformar a realidade vivenciada pelo aluno, é necessário trabalhar o cotidiano deste em toda sua
complexidade, os contextos em que estão inseridos e as relações construídas no âmbito escolar, sendo que
este espaço de reflexão passa por diferentes estruturas, sendo elas familiares, professores e comunidades.
As oficinas foram aplicadas em duas escolas, uma da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro e outra
da rede privada de São João de Meriti, e em ambas foram direcionadas oficinas para alunos e professores
com tema prevenção do mosquito Aedes aegypti. O produto educacional resultante da pesquisa foi um guia
contendo oficinas pedagógicas relacionadas ao tema transversal Saúde (Guia de Oficinas Pedagógicas Tema
Transversal Saúde) que pode ser consultado no portal de produtos educacionais – Portal eduCapes.

Palavras-chave: saúde, temas transversais, oficinas pedagógicas

459
O CURRÍCULO DE MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E A
FORMAÇÃO DOCENTE

Mônica Letícia Sousa Vale1, Jónata Ferreira de Moura2

RESUMO

Pensar sobre o currículo requer refletir sobre qual tipo de construção do conhecimento os
documentos orientadores defendem. A lei nº 9.394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN), determina que os currículos devem ser compostos por uma base nacional comum e uma parte
diversificada. Para cumprir tal determinação o Documento Curricular do Território Maranhense (DCTMA)
surge também por uma questão de necessidade: a valorização da identidade e da diversidade do povo
maranhense. Assim, todas as escolas do estado do Maranhão, devem seguir as orientações do documento
que coloca o desenvolvimento da maranhensidade como eixo central de suas atividades. O DCTMA possui
muita coisa em comum com a Base Nacional Comum Curricular, inclusive no tocante ao conceito utilitarista
de formação dos estudantes por meio de competências e habilidades tendo como foco o mercado de
trabalho. Por esse motivo, é de fundamental importância fomentar debates sobre os documentos normativos,
sobre a formação de professores e, principalmente, sobre que tipo de pessoas queremos formar. Pessoas
aptas ao mercado de trabalho ou pessoas capazes de perceberem o seu mundo e lutarem por melhorias em
prol de uma educação justa e de qualidade para todos? Por este motivo, o DCTMA precisa ser mais estudado
e debatido. Algumas pesquisas sobre o componente curricular matemática estão em andamento na
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), realizados pelas mestrandas Mariana Ribeiro Cardoso Sousa
e Mônica Letícia Sousa Vale, sob a orientação do professor Dr. Jónata Ferreira de Moura, no Programada
de Pós-Graduação de Formação Docente em Práticas Educativas (PPGFOPRED). Tais pesquisas
encontram-se em andamento e têm o objetivo de criar e problematizar proposições de ensino de como
trabalhar a matemática e a maranhensidade por meio de sequências didáticas e servirá de inspiração para
que sejam criadas outras possibilidades.

Palavras-chave: bncc, dctma, currículo de matemática

1
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
2
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

460
CODIVAR E CONDEMAT – CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS E SUAS RESPECTIVAS
CÂMARAS TÉCNICA DE EDUCAÇÃO

Izabel Soares de Souza1, Valéria Cristina Rosa Pontes2, Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz3, Alicia
Freijo Rodrigues4

RESUMO

O artigo busca comparar e entender a atuação de dois consórcios intermunicipais com atuação em
educação: o Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira e Litoral Sul (Codivar) e o
Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). Ambos são formas de
cooperação intermunicipal, previstas na Constituição Federal (CF) de 1988, com personalidade jurídica
distinta. O Codivar assume a modalidade de consórcio administrativo (de direito privado) e o Condemat é
um consórcio público (de direito público). O estudo é qualitativo e a metodologia abrangeu: a) escolha dos
consórcios a serem pesquisados; b) levantamento bibliográfico e revisão de leitura sobre a temática; c)
definição de categorias de análise; d) análise documental do Codivar e Condemat; e e) análise dos
resultados. A pesquisa baseou-se emestudos de Oliveira (2010); Cruz, Araújo e Batista (2012); Oliveira e
Ganzeli (2013); Strelec e Costa (2016); Archipavas (2016); Carneiro e Hsia (2019); Carneiro e Santos
(2020); Cruz e Batista (2019), entre outros. Após a comparação entre ambos os consórcios investigados, foi
possível perceber que existem similaridades na atuação cooperada com os municípios membros. Há
diferenças significativas em relação ao ano de criação; à quantidade de municípios atendidos; à população
abrangida e áreas de atuação. Suas estruturas organizacionais possuem Câmaras Técnicas, mas as de
Educação se apresentam com composições, periodicidade de reuniões e formas de tomada de decisão
distintas. Pode-se-se afirmar que as Câmaras Técnicas de Educação são instrumentos de governança em
ambos e têm promovido a discussão da educação nas regiões analisadas .

Palavras-chave: consórcios intermunicipais, regime de colaboração, câmara técnica de educação.

1
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Formação de Gestores Educacionais da Universidade Cidade de São Paulo
(Unicid).
2
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Formação de Gestores Educacionais da Universidade Cidade de São Paulo
(Unicid).
3
Professora dos Programas de Pós-graduação em Educação e m Formação de Gestores Educacionais da Universidade Cidade
de São Paulo (Unicid).
4
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Formação de Gestores Educacionais da Universidade Cidade de São Paulo
(Unicid).

461
GERENCIAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS E USO DE EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA

Marielle Máximo Barbosa1, Rosineide Marques Ribas2, Cristiane Silveira de Brito3, Mônica Camargo
Sopelete4

RESUMO

Laboratórios de ensino e pesquisa requerem de docentes, técnicos e de estudantes, conhecimentos


sobre o uso correto de produtos químicos e descarte de seus resíduos, substâncias essas que podem causar
agravos à saúde e danos ao meio ambiente, necessitando assim de atenção especial e serem tratados
individualmente, visto que cada um se comporta de maneira diferente. O objetivo deste trabalho foi propor
o gerenciamento de produtos químicos para o Laboratório de Microbiologia (MicroMol), da UFU, bem
como analisar e orientar quanto ao uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva
(EPCs). No MicroMol estavam presentes 99 produtos químicos e pelas informações contidas em suas
Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos, Diagrama de Perigo e Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, observou-se que mais de 50% dos
produtos químicos são considerados perigosos para a saúde, e menos de 50% são irritantes. Em relação aos
EPIs, o uso de luvas é recomendado para quase a metade dos produtos químicos, sendo a mais indicada no
MicroMol, a nitrílica. Destaca-se que 92,9% dos produtos químicos têm recomendação de utilização de
óculos de proteção para seu manuseio. Já os EPCs recomendados são autoclave, cabine de segurança
biológica, chuveiro, lava-olhos e extintores de incêndio. Quanto ao combate a incêndio, conclui-se que os
extintores presentes no MicroMol mais apropriados são os das classes A, B e C e os agentes extintores, pó
químico e água, devido aos produtos químicos, equipamentos elétricos/eletrônicos e outros materiais como
papel e madeira. Conclui-se que o gerenciamento dos produtos químicos é fundamental, pois, além de
contribuir no trabalho direto de docentes e técnicos nos laboratórios, permite aos usuários conhecer melhor
os produtos presentes no ambiente. Assim propor e adotar medidas para uso e descartes corretos,
contribuindo para a biossegurança das pessoas, animais e meio ambiente.

Palavras-chave: biossegurança, riscos à saúde, produtos químicos.

1
Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Bolsista CNPq/UFU.
2
Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Instituto de Ciências Biomédicas, Departamento de Microbiologia.
3
Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Instituto de Ciências Biomédicas, Departamento de Microbiologia.
4
Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Instituto de Ciências Biomédicas, Departamento de Imunologia.

462
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A LITERATURA EM DIÁLOGO COM A FOTOGRAFIA EM O
MENINO DE CALÇA CURTA, DE FLÁVIO DE SOUZA

Autor1 Nádia Patrícia Ribeiro

RESUMO

Neste resumo, objetivamos apresentar de forma breve um relato de experiência desenvolvido em


uma escola da região do ABC paulista. A experiência teve como foco principal a leitura de um livro,
compartilhada na modalidade de leitura em voz alta. Na obra O menino de calça curta, de Flávio de Souza
a sensibilidade das memórias fotográficas familiares é explorada por meio da linguagem fotográfica como
recurso de produção da narrativa. A literatura, ao adentrar o ambiente escolar, amplia a percepção das
crianças em relação à experiência de leitura, valorizando seus pontos de vista individuais e incentivando a
partilha de reflexões, ao experimentar e partilhar suas próprias memórias, os alunos rompem com a
automatização da experiência literária tradicional, tornando o contato com a literatura algo tangível e
significativo. Com o objetivo de construir sentidos e produzir significados, promovemos um trabalho que
envolve a leitura literária, o desenvolvimento do olhar crítico para histórias pessoais e a percepção estética
da arte fotográfica. O diálogo com a fotografia como linguagem desperta experiências afetivas e sensíveis,
sensibilizando não apenas as crianças, mas também os professores e as famílias de maneira significativa.

Palavras-chave: literatura infantil, fotografia, memória.

1
Instituição do primeiro autor (nome e sigla) TNR 10 à direita, espaçamento 1,0 – utilize apenas uma linha.

463
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A LITERATURA EM DIÁLOGO COM A FOTOGRAFIA EM O
MENINO DE CALÇA CURTA, DE FLÁVIO DE SOUZA

Autor1 Nádia Patrícia Ribeiro

RESUMO

Neste resumo, objetivamos apresentar de forma breve um relato de experiência desenvolvido em


uma escola da região do ABC paulista. A experiência teve como foco principal a leitura de um livro,
compartilhada na modalidade de leitura em voz alta. Na obra O menino de calça curta, de Flávio de Souza
a sensibilidade das memórias fotográficas familiares é explorada por meio da linguagem fotográfica como
recurso de produção da narrativa. A literatura, ao adentrar o ambiente escolar, amplia a percepção das
crianças em relação à experiência de leitura, valorizando seus pontos de vista individuais e incentivando a
partilha de reflexões, ao experimentar e partilhar suas próprias memórias, os alunos rompem com a
automatização da experiência literária tradicional, tornando o contato com a literatura algo tangível e
significativo. Com o objetivo de construir sentidos e produzir significados, promovemos um trabalho que
envolve a leitura literária, o desenvolvimento do olhar crítico para histórias pessoais e a percepção estética
da arte fotográfica. O diálogo com a fotografia como linguagem desperta experiências afetivas e sensíveis,
sensibilizando não apenas as crianças, mas também os professores e as famílias de maneira significativa.

Palavras-chave: literatura infantil, fotografia, memória.

1
Instituição do primeiro autor (nome e sigla) TNR 10 à direita, espaçamento 1,0 – utilize apenas uma linha.

464
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A LITERATURA EM DIÁLOGO COM A FOTOGRAFIA EM O
MENINO DE CALÇA CURTA, DE FLÁVIO DE SOUZA

Autor1 Nádia Patrícia Ribeiro

RESUMO

Neste resumo, objetivamos apresentar de forma breve um relato de experiência desenvolvido em


uma escola da região do ABC paulista. A experiência teve como foco principal a leitura de um livro,
compartilhada na modalidade de leitura em voz alta. Na obra O menino de calça curta, de Flávio de Souza
a sensibilidade das memórias fotográficas familiares é explorada por meio da linguagem fotográfica como
recurso de produção da narrativa. A literatura, ao adentrar o ambiente escolar, amplia a percepção das
crianças em relação à experiência de leitura, valorizando seus pontos de vista individuais e incentivando a
partilha de reflexões, ao experimentar e partilhar suas próprias memórias, os alunos rompem com a
automatização da experiência literária tradicional, tornando o contato com a literatura algo tangível e
significativo. Com o objetivo de construir sentidos e produzir significados, promovemos um trabalho que
envolve a leitura literária, o desenvolvimento do olhar crítico para histórias pessoais e a percepção estética
da arte fotográfica. O diálogo com a fotografia como linguagem desperta experiências afetivas e sensíveis,
sensibilizando não apenas as crianças, mas também os professores e as famílias de maneira significativa.

Palavras-chave: literatura infantil, fotografia, memória.

1
Instituição do primeiro autor (nome e sigla) TNR 10 à direita, espaçamento 1,0 – utilize apenas uma linha.

465
IDENTIDADE CULTURAL E MEMÓRIAS AFETIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Perotoni, Fernanda X. Ott1

RESUMO

Este resumo apresenta um projeto de aulas dedicado à abrangente cultura gaúcha, que se revela
como uma oportunidade para os alunos explorarem e aprofundarem seu conhecimento sobre o estado do
Rio Grande do Sul. Além de fortalecer sua identidade cultural, essa abordagem vem proporcionando
aprendizados profundamente significativos, enraizados em memórias afetivas e conectados às tradições
locais. A cultura gaúcha é um dos aspectos da identidade do Rio Grande do Sul, notabilizando-se por sua
amplitude e diversidade. Por meio deste projeto educacional, o objetivo é oferecer aos alunos uma
experiência que valorize e promova a compreensão das tradições, história e expressões artísticas desta
região pitoresca A concepção deste projeto encontra sua justificativa na imperativa necessidade de preservar
o patrimônio cultural, fortalecer a identidade local, fomentar a apreciação pela diversidade cultural, ampliar
conexões interdisciplinares e estimular o protagonismo dos alunos. Para tornar a experiência ainda mais
envolvente e interativa, o projeto emprega metodologias e atividades lúdicas que despertam o interesse e a
participação ativa das crianças. Por meio de jogos, brincadeiras, contação de histórias e músicas, as crianças
têm a oportunidade de vivenciar a cultura gaúcha de maneira envolvente e divertida. Outro componente
essencial da execução é a integração do conhecimento cultural gaúcho ao currículo escolar, a BNCC nos
apresenta em algumas habilidades essa necessidade, como exemplo a habilidade EF04GE01 que consiste
em selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares e/ou da comunidade,
elementos de distintas culturas (indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões do país, latino-
americanas, europeias, asiáticas etc.), valorizando o que é próprio em cada uma delas e sua
contribuição para a formação da cultura local, regional e brasileira relacionando-o com diversas áreas
do conhecimento. Acredita-se que por meio deste tipo de trabalho os estudantes têm a oportunidade de vivenciar
uma experiência enriquecedora que contribuirá para seu desenvolvimento integral. Dessa forma, as crianças
têm a chance de aprender sobre história, geografia, música, dança e culinária gaúchas, ampliando seu
repertório cultural de maneira transversal e significativa. Ao aprofundarem o conhecimento das raízes
culturais do Rio Grande do Sul, eles se tornam cidadãos conscientes e apreciadores da herança cultural de
seu estado. Mais especificamente, O resultado esperado com a aplicação do projeto vem sendo o de desenvolver o senso
de identidade e pertencimento dos alunos em relação à sua cultura. Isso é alcançado explorando elementos
característicos, como costumes regionais, resgate de histórias orais transmitidas de geração em geração e
símbolos que representam a identidade gaúcha. Ao promover uma compreensão mais profunda e uma maior
valorização da diversidade cultural presente no Rio Grande do Sul, este projeto busca não apenas educar,
mas também inspirar um amor duradouro pelo patrimônio cultural de sua região.

Palavras-chave: identidade, cultura, memória

1
Escola de Ensino Fundamental e Médio – Pelotas - RS

466
DEPOIMENTOS ORAIS: ASPECTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS EM PESQUISAS NO
CAMPO RELIGIOSO

Sérgio Nunes de Jesus1, Reginaldo Conceição da Silva2, Nara Dantas de Azevêdo3


RESUMO

Este trabalho aponta para os desafios que enfrenta o pesquisador quando se ‘aventura’ numa seara
didático-metodológico com trabalhos orais. Ao considerar os depoimentos orais – as significações
interiorizadas do depoente – a sua memória discursiva pode remeter diferentes pontos de vista do
documento escrito, caso ele possa optar por essa materialidade. Nesse princípio, é importante dizer que o
legado antropológico e outras áreas do conhecimento são importantes nesse campo didático-metodológico.
Consideramos como válido que a cultura tem como ponto fundamental revisitar os constituintes da
língua(gem) a partir de uma perspectiva antropológica – essa compelida pelo aprendizado herdado de
geração para geração numa concepção de interação comunicativa – pela análise dos componentes da
língua(gem) como um sistema que identificará os objetos sociais. Sagrado e Profano se subdividem em
mundos distintos que representam crenças, mitos, sistemas, atributos e significados que, de acordo as
circunstâncias se caracterizam como uma cerimônia ou ritual. Tal direção como virtude dialógica vê-se os
ritos/cerimônias católicas; o batismo nas igrejas protestantes e os cultos afro-religiosos nos salões dos
terreiros – todos no cumprimento dos ‘deveres’ sob as fórmulas e matérias (palavras) que são proferidas a
partir dos atos nas Casa/Templos sagrados. Invocamos a base teórica da Semântica de Contextos e Cenários
(SCC), onde assume a concepção de língua a partir da essência cultural. Observamos também que, numa
possessão do ritual católico, a figura que será representada no confronto Sagrado e Profano, é a do
‘demônio’, entre outros adjetivos que são incutidos para materializar o confronto direto com o “outro
possuído”. O corpo do sujeito manifestado é de caráter do divino ou por assim dizer, do sagrado. Por outro
lado, no culto afro-religioso há uma manifestação que o homem/sujeito incorpora no salão/terreiro que é
denominado de Exú. Essa representatividade para a essência Afro é o Orixá que faz a ponte entre os dois
mundos: Cósmico e o Natural profano. Desta feita, coadunamos que, a sacralização faz parte da vida
humana como funções importantes para a vida – essa última como propósito dos modos do “Ser” no Mundo.
Assim sendo, salientamos que tais comportamentos humanos são condicionados pela cultura tomando cada
vez mais o Cosmo sacralizado. Conquanto, essas perspectivas sistematizam na representação material entre
a língua-sagrado-profano – pois tais relações culturais se caracterizam como ferramentas sociais na
interpretação do mundo (sistema mediador) entre os sujeitos, as manifestações materiais e imateriais que
são fundamentadas nos sentidos dos signos nesses mundos.

Palavras-chave: depoimentos orais, língua-sagrado-profano, afro-religioso.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - IF
2
Universidade do Estado do Amazonas - UEA
3
Universidade do Estado da Bahia -UNEB. CETEP do Sertão Produtivo - Caetité-BA

467
O BREGA DO ROSSI NA SALA DE AULA

Jevison Cesário Santa Cruz1, Maria do Bom Despacho do Nascimento Vieira da Rocha 2

RESUMO

Quem não gosta de música? Difícil encontrar alguém que responda a esta indagação e se tratando
do ambiente escolar, é quase impossível, uma vez que os estudantes estão quase que diariamente envolvidos
com essa linguagem da arte, seja através das aulas de educação musical ou das apresentações nas datas
comemorativas. Soma-se a isso, que no cotidiano da cidade do Recife, o movimento Brega através de sua
música e estética tem alcançado diferentes espaços sociais sendo considerado em 2021, patrimônio
imaterial do Recife. Logo, a escola como espaço de aprendizagem, reflexão e vivência cultural não deve
mostrar-se isenta na discussão de tais fenômenos. Nessa ótica, pensando sobre a importância de
compartilhar a novas gerações sobre às raízes históricas do Brega Pernambucano, é que desenvolveu-se
com uma turma de 4° ano do ensino fundamental, num total de 22 alunos, em uma escola da rede privada
de ensino na região metropolitana do Recife/PE no trimestre Abril-Junho de 2023, o projeto intitulado: “O
Brega do Rossi na Sala de Aula”, cujo objetivo foi apresentar aos estudantes um panorama
histórico/artístico sobre a vida e obra do cantor e compositor Reginaldo Rossi, o Rei do Brega, reproduzindo
algumas de suas canções através do instrumento musical flauta doce. A metodologia utilizada baseou-se na
audição e repetição das músicas selecionadas através do constante diálogo entre docente e discentes, à
medida que conheceram um pouco da história de vida de um dos personagens mais importantes da música
pernambucana e nacional. Assim, os estudantes decidiram por executar as seguintes melodias: “Itamaracá”,
“A Raposa e as Uvas” e o clássico “Garçon”. Durante as aulas, que aconteceram uma vez na semana e com
duração de 40 minutos, cada estudante tocava individualmente sua flauta doce, a fim de que o professor
pudesse corrigir aparentes dificuldades tanto na sonoridade quanto no dedilhado, uma vez que as melodias
necessitaram conhecimento sobre tessituras desconhecidas até aquele momento. Como resultados, os
estudantes contemplaram os quesitos da BNCC: 1) Contextos e práticas e 2) processos de criação. Para a
culminância e divulgação do projeto, os alunos apresentaram a história do artista e o repertório estudado a
comunidade escolar, podendo a experiência ser encontrada no seguinte endereço:
https://www.instagram.com/p/CtMs-IWsCPf/. Assim, identificou-se que os estudantes não tinham
conhecimento sobre o compositor Reginaldo Rossi, salvo, raríssimas exceções, que ouviam suas músicas
através do convívio com avós em momentos de lazer, minimizando, desse modo, a história do estilo brega
tanto a artistas contemporâneos quanto a sua hibridização através do tecnobrega e brega funk. Logo, a
memória de tais artistas raízes, necessitam serem lembradas, pois suas produções servem como
fundamentos identitários de um povo.

Palavras-chave: Educação Musical, Movimento Brega, Flauta Doce.

1
(Universidade Federal de Pernambuco, UFPE)
2
(Centro Universitário Frassinetti do Recife, FAFIRE)

468
ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA CIENTÍFICA: SÍNTESE DE COMO
REALIZAR

Paulo Nunes Costa Filho1, Pablo Costa da Silva2

RESUMO

A elaboração do projeto de pesquisa requer planejamento para estabelecer um ordenamento lógico-


satisfatório e racional, utilizando uma redação científica, podendo ser composto dos seguintes elementos:
Tema: é o panorama geral do que deseja estudar. Título: deve deixar claro e conciso como alcançar o
objetivo de pesquisa, podendo ser abordado a partir do problema de pesquisa. Elementos pré-textuais:
refere-se a tudo àquilo que vem antes da parte textual: capa e folha de rosto (obrigatórios), lista de
ilustrações, lista de tabelas, lista de abreviatura e de siglas, lista de símbolos e sumário (obrigatório).
Elementos Textuais: refere-se a todo o conteúdo escrito: Introdução: é a ideia que se quer passar, a
questão da pesquisa, (problemática), mostrando ao leitor a significância do problema, mostrando a “lacuna
do conhecimento”. Problemas: sob a forma de pergunta. Problema principal: refere-se a uma questão não
resolvida que será o objeto de investigação. Problema secundário: poderá ter várias perguntas, com
desdobramentos do problema principal. Hipóteses: é a explicação de acreditar que a resposta para sua
pergunta pode estar. No entanto, uma hipótese desenvolvida de modo forçado pode enviesar todo o trabalho.
Hipótese principal: é uma suposição formulada ao problema principal. Hipótese secundária: é uma
suposição formulada ao problema secundário. Objetivos: iniciam-se com um verbo no infinitivo indicando
o que deve ser feito. Objetivo geral: descreve a ideia central do trabalho, delimitando qual vai ser o foco
do estudo, de forma clara, demonstrando a ação que se pretende praticar fazendo alusão ao problema
principal da pesquisa. Objetivo específico: ligados ao objetivo geral, são as demais metas que devem ser
cumpridas, de modo a aprofundar o escopo do trabalho e suas particularidades. Relevância do estudo
(Justificativa): é a pergunta central da importância da pesquisa, devendo ser revelada a pertinência e suas
motivações, explicando a relevância científica e social do que você pretende estudar e o que levou à escolha
do objetivo, tentando “convencer o leitor”. Delimitação: é um recorte, especificando um limite para o tema
da pesquisa, respondendo às seguintes questões onde? como? quando? o quê?. Também é importante
mencionar o porquê de não fazer determinada(s) tarefa(s). Referencial teórico: é o embasamento teórico
do trabalho, com maior aprofundamento, com base em outras pesquisas para construir as ideias. É
importante citar fontes que corroboram ou não (expondo argumentos) com a ideia do autor, de modo a não
realizar compilações de conceitos. Metodologia: como a pesquisa vai ser colocada em prática? como os
objetivos serão alcançados? descrevendo técnicas, tipo, meios, método de abordagem e procedimento,
finalidade (natureza), e seu objeto. Coleta dos Dados: Como, onde e quais dados serão coletados? qual o
público-alvo? Tratamento dos Dados: Qual o tratamento estatístico será utilizado? Qual o programa que
fará esta análise? Cronograma: é a distribuição temporal das diferentes etapas de elaboração e execução
do projeto. Elementos pós-textuais: são as informações que complementam o projeto. Referências
Bibliográficas (obrigatório): autorias das citações relatadas no texto, dentro das normas de formatações.
Glossário: denominações de palavras e expressões pouco conhecidas inseridas no texto Anexos: material
suplementar que o autor não produziu. Apêndice: material suplementar que o autor produziu. Índice
remissivo: lista dos termos e tópicos que foram abordados no projeto, acrescido das numerações das
páginas.

1
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
2
Universidade Augusto Motta (UNISUAM)

469
A FORMAÇÃO DOCENTE PARA A INCLUSÃO NOS PROJETOS PEDAGÓGICOS
CURRICULARES EM LICENCIATURAS

Fernanda Sobreira Cossate Burock1, Simone Aparecida Fernandes Anastácio2, Adriana Moreira dos
Santos Ferreira3

RESUMO

Via de regra, o processo de exclusão na prática escolar foi uma realidade que após a declaração dos
direitos humanos em 1948 tornou-se questionável e repudiada. A partir deste marco histórico, foram
ocorrendo vários acordos dos quais o Brasil é signatário, entre eles a declaração de Salamanca (1994). Esses
acordos visaram prover nortes que pudessem balizar a formação do paradigma da educação inclusiva em
diferentes países do mundo. Muitos autores, como Boaventura Sousa Santos, buscaram estudar e
compreender as diferenças e descreveram como ocorre o processo de exclusão daqueles que por serem
diferentes sofrem o epistemicídio de suas ideias e saberes em face dos saberes daqueles que detêm o poder
econômico e social em uma sociedade, na qual a diversidade deve ser lançada para além da visibilidade.
Na invisibilidade se encontra tudo o que representa o diferente em uma sociedade profundamente marcada
pela busca da homogeneidade cultural em detrimento de outras epistemologias. Neste contexto surgiram
autores de abordagens teóricas críticas e pós-críticas à ideia de currículo escolar, entre eles Paulo Freire,
Giroux e Laclau, que estudaram a ideia de emancipação, importante no processo de mudanças do sistema
político e social, em especial no contexto da educação, visando a constituição de um currículo capaz de
abarcar as várias demandas sociais representadas pela diversidade humana. Neste sentido, este trabalho é
um estudo de caso dos quatro cursos de licenciatura da Universidade Federal do Espírito Santo, unidade de
Alegre - ES e objetivou analisar como a estrutura curricular dos cursos de licenciatura contribui para a
formação docente na perspectiva da educação inclusiva. Para tanto, foi realizada a análise documental dos
projetos político pedagógicos desses cursos e sua adequação às diretrizes curriculares nacionais que
norteiam cada licenciatura. Além disso, contou- se com a realização de dois grupos focais com docentes
membros do Núcleo Docente Estruturante (NDE) de cada um dos cursos para identificar quais aspectos
políticos e pedagógicos vêm influenciando a formação de professores no que tange aos aspectos da
educação inclusiva. Os dados desta pesquisa indicam que existe a adequação dos PPC´s analisados às
diretrizes curriculares nacionais que norteiam os cursos de licenciatura estudados, bem como o forte aspecto
técnico dos cursos, o que corrobora com os dados históricos referentes à formação de professores no Brasil,
que guarda ainda um foco no bacharelado em detrimento das licenciaturas, o que a princípio torna-se um
fator agravador da formação docente voltada para a educação inclusiva. Ao mesmo tempo, em que as
legislações dos cursos estão adequadas ao que se refere à infra-estrutura, apoio pedagógico aos
coordenadores e professores, a articulação política entre Administração Pública Municipal e Universidade
Federal ainda carece de melhorias. No entanto, o potencial dos cursos com alta qualificação do corpo
docente constitui-se como grande oportunidade para o desenvolvimento do tema.
Palavras-chave:Educação Inclusiva; Formação de Professores; Currículo Escolar

1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
2
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
3
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

470
O ENSINO MÉDIO INTEGRADO: À LUZ DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
INTEGRADORAS

Luiz Mário Lopes Cardoso1, Heloisia Carneiro de Souza2, Matias Noll3, Emmanuela Ferreira de Lima4

RESUMO

As Práticas Pedagógicas Integradoras (PPIs) guiam o método de ensino e aprendizagem por meio
de atuações contextualizadas, problematizadoras e interdisciplinares, integrando teoria e prática para a
assimilação dos saberes em sua totalidade, ou aproximando e relacionando-os com a realidade concreta.
Dessa forma, esta pesquisa tem por objetivo geral compreender as percepções dos docentes sobre o uso das
PPIs nos componentes curriculares do Ensino Médio Integrado (EMI) à Educação Profissional Técnica no
Curso Técnico em Informática no Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, Jussara-GO. O percurso
metodológico se concentra numa abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. Para a coleta de dados,
foram utilizadas a pesquisa bibliográfica e o instrumento questionário semiestruturado aplicado e
respondido por dez docentes, três profissionais do grupo gestor e dez estudantes. A escolha do grupo gestor
e dos estudantes tem por objetivo comparar as suas respostas com a dos docentes em relação à pergunta-
problema. No processo de análise de dados, usou-se a triangulação de dados. Os resultados revelaram,
dentre outras perspectivas, que os docentes possuem uma boa compreensão do uso das PPIs nos
componentes curriculares do EMI e conceituam como sendo práticas, que possibilitam o trabalho docente
de forma integral e integrada. Conclui-se que, embora tenham bom conhecimento sobre os princípios
orientadores das PPIs e do EMI, os docentes enfrentam dificuldades em colocar em prática ações
integradoras que possibilitem a integração dos componentes curriculares. A pesquisa aponta a necessidade
de formação para docentes, observando que estas práticas darão amparos significativos ao fortalecimento
desse fazer pedagógico, integrado ao projeto social, pedagógico e político da escola. Sendo assim, o
trabalho com as PPIs nos componentes curriculares torna-se fundamental para efetivar o EMI numa
concepção de formação integral e politécnica dos estudantes.

Palavras-chave: educação profissional e tecnológica, integração curricular, educação profissional integrada.

1
Secretaria de Estado da Educação - Seduc – Goiás.
2
Instituto Federal Goiano - Campus Ceres – IFGoiano.
3
Instituto Federal Goiano - Campus Ceres – IFGoiano.
4
Instituto Federal da Paraíba - Campus Princesa Isabel – IFPB.

471
ENVOLVENDO A COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA EM AÇÕES EXTENSIONISTAS:
CRIANDO HÁBITOS DE LEITURA JUNTO A FAMÍLIAS DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Rafael Borges de Carvalho1, Gabriela Barbosa do Amaral , Luisa Lunardi dos Santos , Alethéa Gatto
1 1

Barschak , Lucila Ludmila Paula Gutierrez


1 1

RESUMO
O projeto de extensão "Apoiando e Educando Famílias de Pessoa com Deficiência (PcD)" da
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) leva educação em saúde a famílias
cuidadoras de PcD de baixa renda que aguardam atendimento gratuito de seus entes cuidados no
Educandário São João Batista (Porto Alegre/RS).Verificando-se o baixo acesso à leitura que esta população
apresentava, realizaram-se ações para criar uma biblioteca para as famílias. O objetivo deste trabalho é
apresentar um relato de experiência extensionista envolvendo a comunidade da UFCSPA na criação de uma
biblioteca às famílias de PcD. Entre agosto e outubro de 2019, o projeto de extensão fez uma campanha de
arrecadação de obras literárias adultas, infantis e gibis junto à comunidade da UFCSPA, por meio de vídeo
publicado em redes sociais e cartazes fixados nas dependências da universidade. Os voluntários entregavam
os livros em sala separada para esse fim, com horário de funcionamento definido. Foram coletadas mais de
400 obras literárias versando sobre diferentes assuntos (para todos os gostos), nas quais a equipe
extensionista colocou uma frase de incentivo para o leitor que as retirasse. No final de outubro de 2019, foi
feita a entrega dos livros, junto as famílias e representantes da instituição parceira, assim como da UFCSPA
e do grupo extensionista, em um encontro que contou com a presença do coral da UFCSPA. Em seguida,
as ações do projeto entraram em recesso e após, houve a pandemia da COVID-19, o que não permitiu a
finalização de um canto de leitura e a disponibilização sistemática das obras para as famílias. Em abril de
2022, com a retomada das atividades presenciais do projeto de extensão, o local de leitura foi finalizado e
toda comunidade do Educandário (famílias, PcD e funcionários) pode ter acesso aos livros. Recolheram-se
falas como: “Agora com a biblioteca eu pude reler o livro da minha vida – O pequeno príncipe- junto de
meu filho”, “Agora todo mundo pode ler, tem acesso aos livros, pode levar para casa”, “Está todo mundo
usando o canto de leitura e participando” e “Vou escolher o livro Três Céus porque uma frase dele me
chamou a atenção”. Além disso, os funcionários do Educandário foram responsáveis por arrumar o canto
de leitura, fazer o rodízio das obras e organizar a retirada dos mesmos pela comunidade. Observou-se que
a comunidade ficou grata pela criação de uma biblioteca coletiva e estão utilizando esse recurso para trazer
leveza para suas vidas, objetivos do projeto, que é levar educação em saúde, autoestima e autocuidado.

Palavras-chave: PcD, biblioteca, ação extensionista.

1 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

472
A PERCEPÇÂO DOS PROFESSORES SOBRE O LUGAR PEDAGÓGICO DAS
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO (TCS.) NO ENSINO PÚBLICO.

Rafael Callegari Moreira

RESUMO

Este trabalho tem como foco a percepção de professores do Ensino Médio no uso das Tecnologias
da Informação (TICs) em escolas de ensino público e faz parte de uma pesquisa maior envolvendo a
percepção de professores no uso das TICs no ensino ciclo I e II. O objetivo deste projeto foi levantar a
percepção de professores em duas escolas públicas de Ensino Médio, uma de ensino integral e outro de
ensino regular no interior de SP, sobre o uso das tecnologias de informação na educação, dando destaque a
uma análise crítica da realidade empírica, apontando os mecanismos que operacionalizam esta realidade e
a constroem, apontando possibilidades de reflexões críticas por parte do discente no uso das TICs. A
pesquisa de natureza qualitativa fez uso de um roteiro de perguntas semi-dirigidas aos professores
participantes, estabelecendo-se em média um tempo de 20 minutos para cada entrevista e tendo o áudio
gravado e transcrito, sendo entregue para todos os envolvidos um termo de consentimento para permissão
da gravação do áudio e realização da transcrição da entrevista. A partir utilizou-se a análise de conteúdo,
segundo Bardin (1977) que é compreendida por três etapas a) a pré-análise; b) exploração do material; c)
tratamento dos dados e interpretação. Os resultados refletiram a falta de investimento do governo que não
cumpriu com a implantação da lousa digital, a falta de capacitação dos professores no uso das tecnologias
que somam com o discurso de grande parte dos docentes de ambas as instituições da opção muitas vezes
por um ambiente de aula tradicional e que garante a uma boa exposição das aulas. Este fator trouxe à luz a
contradição nas ações do município que hora se favorece da importância das TICs na educação, mas em
contrapartida não contempla a implantação das mesmas na escola acusando a falta de recursos públicos
insuficientes.

Palavras-chave: professores, ensino médio, tecnologias da informação e comunicação.

473
O USO DE NOVAS METODOLOGIAS DE ENSINO: O UNO NA MATEMÁTICA

Beatriz Andrade Bianchini, Bruna Bortoletto, Rafaella Souza Mangiapane, Rayza Rhanna Sobreira
Coutinho Loiola1, Carlos Alexandre Felício Brito 2

RESUMO

O objeto de conhecimento analisado são as aulas de matemática observadas em uma escola


municipal em São Caetano do Sul, onde o principal foco é adição e subtração. Entende-se como sequência
didática como um conjunto de atividades trabalhadas etapa por etapa, buscando promover uma progressão
coerente. Esse relato de experiência procurou observar a aplicação de uma sequência didática, pela
professora de campo, sobre o objeto de conhecimento de operações matemáticas, no ensino, compreensão
e organização dos fenômenos que ocorrem nos mundos mental, social e natural. A pesquisa ora apresentada
classifica-se como qualitativa de natureza descritiva e interpretativa com características do Design
Experiment Research (DER) como proposto por Cobb et al. (2003). Para a compreensão dos procedimentos
de pesquisa existem três fases a serem elucidadas como: fase Prospectiva (prepara a DE, portanto aqui se
revela a Sequência Didática - SD), fase Reflexiva (conduz a DE) e fase Retrospectiva (analisa o que ocorreu
na DE). O estudo foi desenvolvido no município de São Caetano do Sul, na escola 28 de Julho. Os
participantes foram alunos do 1º ano do Ensino Fundamental sendo escolhidos(as) intencionalmente (n=
30, sendo 2 de inclusão). Como instrumento de observação foi utilizado por meio de registros e análises
pelo uso de anotações no celular e por fotos e vídeos das atividades que os alunos realizavam que em
seguida foram utilizados na realização de relatórios semanais. Após a observação da SD aplicada os
resultados foram analisados em conjunto com o professor na formação do PIBID. Na fase reflexiva
observamos que em decorrência da dificuldade apresentada pelos alunos em realizar as operações
matemáticas básicas, as professoras criaram novas estratégias de ensino. Visto isso, observamos na fase
retrospectiva a prática de diferentes abordagens do ensino da matemática, como uso de jogos de cartas
numéricas (UNO) e contagens de palitos de sorvete e lápis. Durante o processo de ensino, a ludicidade e a
dinâmica trilharam o caminho até a aprendizagem como fuga da educação bancária, assim os alunos foram
estimulados a desenvolver um raciocínio lógico eficiente e pessoal. Em vista dos argumentos apresentados,
é de suma importância que o professor conheça a necessidade individual e o perfil de cada turma, dessa
forma, mantendo-se assim atualizado em suas metodologias de ensino.

Palavras-chave: sequência didática, matemática, PIBID.

1
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) - aluno do programa PIBID
2
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) - coordenador do programa PIBID

474
A LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: UMA EXPERIÊNCIA PESSOAL DE
FORMAÇÃO

Rainei Rodrigues Jadejiski1

No ano de 2018, eu, camponês do interior do estado, concluí a Licenciatura em Educação do Campo
com habilitação em Ciências Humanas e Sociais (História, Geografia, Sociologia e Filosofia) na
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), campus Goiabeiras, tornando-me egresso da primeira
turma dessa graduação na Universidade. A Licenciatura em Educação do Campo me habilitou para atuar na
gestão de processos educativos escolares, na docência por área de conhecimento e na gestão de processos
educativos em comunidades rurais. O curso durou quatro anos e foi direcionado pela Pedagogia da
Alternância, a partir da articulação intrínseca entre a educação e a realidade. Os tempos e espaços
formativos eram divididos em tempo universidade (momento em que tínhamos aulas presenciais na UFES)
e tempo comunidade (momento em que eram realizadas atividades de estudo e pesquisa na comunidade).
No tempo universidade, as aulas aconteciam em intervalos mensais, de quinta-feira a sábado (manhã, tarde
e noite). Além disso, também haviam aulas concentradas em janeiro e julho, devido as férias escolares, já
que parte dos graduandos atuava em escolas. Nesses períodos, os custos de alimentação, transporte e
hospedagem eram financiados com recursos públicos. Embora antes de ingressar nessa licenciatura eu já
atuasse na educação básica em diferentes contextos e tivesse outras formações de nível superior, esse curso
me possibilitou enxergar a educação por um outro prisma. Eu passei a reconhecer os anseios e as
necessidades educativas dos meus estudantes, a partir dos saberes que eles traziam para dialogar com o
conhecimento historicamente produzido pela ciência. Diante disso, independente de eu estar ou não atuando
na Educação do Campo, sempre trago comigo a premissa de que a educação, seja ela no contexto campesino
ou urbano, precisa legitimar seus sujeitos como protagonistas na (re)criação de suas vivências e na
(re)invenção de suas histórias.

Palavras-chave: Educação do Campo, Pedagogia da Alternância, Tempo Universidade e Tempo Comunidade.

1
Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

475
O PODCAST COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL POR ESTUDANTES DO
ENSINO FUNDAMENTAL

Raquel Spadotto1, Renata Spadotto2, Antônio Vinicius Ozi Galvão3, Daniel González González4

RESUMO

O surgimento da Internet no final do século XX revolucionou a comunicação, permitindo uma maior


participação da sociedade no processo de criação e distribuição de conteúdo. O podcast tem se revelado um
fenômeno típico da fase atual dessa cultura que se revela em um conjunto de possíveis transformações em
curso na produção e consumo cultural. Neste sentido, o objetivo da presente pesquisa foi identificar se a
utilização de podcast com alunos de 7 anos, da E. M. Sumie Tereza Matsubara Baldissera, de Capão
Bonito/SP, influência como uma ferramenta de educação ambiental, no processo de ensino-aprendizado dos
estudantes. O trabalho tratou-se de estudo com abordagem descritiva quantitativa. Os dados foram
coletados por meio de um questionário estruturado, aplicado em sala de aula, junto aos estudantes de 7º ano
do ensino fundamental, foram elaborados cinco podcast por sala, com os temas: ecossistemas; fauna e flora
brasileiras; unidade de conservação e preservação em Capão Bonito/SP; uso sustentável e impactos por
catástrofes no estado de São Paulo e extinção e migração de espécies no Brasil; a escola tem quatro 7º anos,
os podcasts foram na área de meio ambiente e sustentabilidade. Essa forma de uso e aplicação de
metodologia ativa foi analisada, buscando a eficácia dela no processo de aprendizagem e aplicabilidade dos
conhecimentos. Os principais resultados encontrados com a análise do questionário foram: a) 94% dos
discentes não tinham feito uso dessa metodologia ativa, b) 91% consideram ótimo o uso do podcast, pois
ele ajuda no aprendizado e facilitam a absorção do conteúdo. Dessa forma, essa dinâmica criou uma
diversidade de conteúdos e temas a serem trabalhados pelos estudantes dos 7º anos da escola, o podcast foi
uma excelente ferramenta de ensino aprendizagem que dinamizou as aulas com os estudantes ávidos por
aprender a fazer e motivando-os a serem autores de suas próprias histórias.

Palavras-chave: Metodologia ativa, gamificação; podcast.

1
Universidad Autónoma de Asunción UAA
2
Colégio Anglo de Botucatu ANGLO
3
EM Sumie Tereza Matsura Baldissera EMSTMB
4
Universidad de Granada da Espanha UGR

476
O lúdico educação inclusiva como ferramenta pedagógica na educação infantil

Roseide Mara de Mattos1, Rejane Steidel 2

RESUMO

Este estudo discute as questões referentes à importância da ludicidade no processo de inclusão no


ambiente escolar. O objetivo geral do estudo consiste em despertar a importância do lúdico no processo de
ensino aprendizagem na educação inclusiva na educação infantil de modo que compreendam este recurso
metodológico afim de contribuir para o desenvolvimento cognitivo e inteligências múltiplas dos educandos
no ambiente escolar através da inserção da ludicidade nas práticas pedagógicas. Assim buscou-se suporte
em Gil (2010, p. 29), é “elaborada com base em material já publicado [...], esta modalidade de pesquisa
inclui material impresso, como livros, revistas, teses, dissertações e canais de eventos científicos”. Aceitar
a criança com necessidades especiais é aceitar também suas diferenças e limitações, sendo que para isso
um dos recursos mais apropriados é a ludicidade e suas interfaces. “Brincar, jogar, agir ludicamente, exige
uma entrega total do ser humano, corpo e mente, ao mesmo tempo. Outro aspecto que se pode ressaltar que
cabe à escola proporcionar um ambiente favorável ao aprendizado do aluno com necessidades especiais de
forma lúdica. A atividade lúdica não admite divisão; e, as próprias atividades lúdicas, por si mesmas, nos
conduzem para esse estado de consciência” (LUCKESI 2005 p.2). Trazendo a discussão para o contexto
atual, vale dizer que, o ato de praticar o jogo, aliando-o aos conceitos de aprender e ensinar, mesmo sem a
intencionalidade para a educação, tornou as escolas mais importantes e mais dinâmicas para a sociedade.
Nesse sentido, faz-se apropriada a definição de Ide (2008, p.90), explica que: Os jogos educativos ou
didáticos estão orientados para estimular o desenvolvimento do conhecimento escolar mais elaborado:
calcular, ler e escrever. Dessa revisão teórica, concluiu-se que “a aprendizagem e o desenvolvimento estão
estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam com o meio objetal e social,
internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção” (Vygotsky (1984, p. 103). Da
mesma forma, pode-se dizer ainda que na perspectiva da inclusão a ludicidade é importante para o
desenvolvimento integral da criança (aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo) uma
vez que professor deve compreender que o brincar é essencial para o aprendizado e a formação da criança
em todas as etapas de sua vida. Tomando como válida essa afirmação, é lícito supor que cabe à escola
proporcionar um ambiente favorável ao aprendizado do aluno com necessidades especiais de forma lúdica.
Palavras-chave: Lúdico. Aprendizagem. Inclusão.

1
Universidade Estadual do Paraná UNESPAR – Campus de União da Vitória.
2
Universidade Estadual do Paraná UNESPAR – Campus de União da Vitória.

477
A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE NO BRASIL E O DISCURSO DA AGENDA
INTERNACIONAL 2030

Renato Souza Dellova1, Marcia Aparecida Amador Mascia2

RESUMO

O presente trabalho, desenvolvido junto ao Programa de PGSS em Educação da USF, na linha de


pesquisa intitulada Educação, Sociedade e Processos Formativos, tem como título “A Educação de
Qualidade no Brasil e o Discurso da Agenda Internacional 2030”. Visa responder: (i) Como a Agenda 2030
em Educação constrói discurso de qualidade em Educação; e (ii) qual racionalidade sustenta o discurso da
Agenda 2030 em Educação. Como hipótese, o que se verifica é que o discurso em torno da educação
permanece dentro de uma lógica de acumulação de capital. A justificativa é que, talvez, seja possível pensar
na educação brasileira, uma nova forma de governamentalidade para que as pessoas possam cuidar de si
mesmas apesar da influência econômica. O objetivo geral é problematizar os documentos da Agenda 2030
em Educação como nova forma de governamentalidade. Os objetivos específicos são: (i) identificar qual
a concepção de educação nestes documentos internacionais; (ii) pesquisar quais os sentidos da qualidade
em educação; e (iii) discutir como os documentos que compõem a Agenda 2030 se configuram como uma
forma de governamentalidade. Este trabalho tem como aporte teórico os estudos foucaultianos,
particularmente, a ferramenta teórica da governamentalidade e biopolítica. E a metodologia se caracteriza
como qualitativa, documental, bibliográfica, com a utilização dos instrumentos de acesso a banco de dados
e legislação juntos aos sites oficiais, nacionais e internacionais.

Palavras-chave: UNESCO; governamentalidade; biopolítica.

1
Doutorando no PPGSS em Educação da Universidade São Francisco - USF
2
Professora Doutora do PPGSS em Educação da Universidade São Francisco - USF

478
VIVÊNCIAS E MEMÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DA PROFESSORA ALFABETIZADORA
NA ESCOLA PÚBLICA

Rita de Cássia Bento Manfrim1, Milena Moretto 2

RESUMO

A expansão do número de alunos frequentando as salas de aula nas escolas públicas desde a
democratização do ensino impôs novos desafios aos professores e em suas formações, seja ela inicial e/ou
continuada. Tais desafios tornam-se ainda mais complexos quando discutimos sobre o professor
alfabetizador. Por essas razões, esse trabalho, resultado de um doutorado em andamento, tem como objetivo
compreender como os docentes se constituem professores alfabetizadores e quais suas concepções de
alfabetização. Neste sentido, pautamo-nos nos pressupostos teóricos e metodológicos da perspectiva
histórico-cultural, da teoria enunciativo-discursiva e nas considerações de autores que têm como foco o
método autobiográfico. Para a produção dos dados, realizamos entrevistas narrativas com seis professoras
alfabetizadoras que trabalham com alunos dos anos iniciais (1º ao 3º ano) em uma escola pública periférica
no município de Campinas. Após a realização, as entrevistas foram transcritas e textualizadas a fim de que
identificar as unidades temáticas de análise: 1) Narrativas/ Trajetórias de vida e da escola que contribuíram
para a escolha docente; e, 2) A relação eu-outro na constituição e formação do professor alfabetizador. Os
resultados da análise mostram que a distância entre a teoria e o cotidiano real das escolas públicas,
sobretudo aquelas localizadas nas regiões periféricas, gera insegurança e sentimento de solidão nas
professoras em início de carreira. A trajetória da formação profissional das professoras narradas revela que
estas trajetórias trazem elementos históricos, culturais e sociais, isto é, marcas que contribuem para
aderirem ou não a uma determinada prática e concepção de alfabetização.

Palavras-chave: NARRATIVA DOCENTE, PROFESSORA ALFABETIZADORA; FORMAÇÃO DE PROFESSOR.

1
Universidade São Francisco - USF.
2
Universidade São Francisco - USF

479
O ALINHAMENTO ENTRE O PLANO PLURIANUAL E O PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO EM UMA UNIDADE ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE ILHA COMPRIDA

Grécia Roberta Torcinelli Sigaud Xavier1, Rodnei Pereira 2

O Plano Plurianual (PPA), previsto no art. 165, Inciso I, da Constituição Federal, é um instrumento
de planejamento público para o estabelecimento de prioridades e metas de médio prazo utilizado pelo
governo para definir as diretrizes, objetivos e metas da administração pública por um período de quatro
anos. É fato que o orçamento público apresenta um importante papel como agente de mudança e
aprimoramento na qualidade do funcionamento da sociedade, pois a partir dele pode-se realizar atividades
e exercer funções prioritárias do Estado. O presente trabalho tem como objetivo compartilhar uma pesquisa
em desenvolvimento que busca analisar a implementação do Plano Plurianual da Educação de Ilha
Comprida em consonância com o Projeto Político Pedagógico de uma escola da Rede Municipal,
apresentando, como produto final do Mestrado Profissional, uma ferramenta capaz de aprimorar o
monitoramento de acompanhamento do PPA da Educação de Ilha Comprida, dando maior publicidade à
política pública e sua efetiva aplicação em consonância com os demais documentos e planejamentos no
âmbito educacional do município. A necessidade de pesquisar o tema surge quando tenho a oportunidade
de participar da construção do PPA da educação municipal, reconhecendo então a sua especial importância
para a gestão pública. Foi surpreendente observar que, mesmo atuando há mais de quinze anos na educação,
nunca havia tido contato com a elaboração e acompanhamento do instrumento e, consequentemente, não
reconhecia sua relevância. Observei, ainda, a dificuldade dos agentes responsáveis em levar os objetivos
do PPA às Unidades de Ensino, a falta de alinhamento entre o planejamento orçamentário e o estabelecido
pelo PPP e, principalmente, a inexistência do acompanhamento dos munícipes, ainda que houvesse
chamadas públicas e/ou reuniões oferecidas pelo Poder Executivo e Legislativo. Portanto, busca-se
entender de que forma o planejamento orçamentário pode/deve estar alinhado ao planejamento das ações
na escola. Para seu desenvolvimento, será feita a análise da documentação e principais políticas públicas
a respeito da temática, escuta de professores e gestores e, por fim, pretende-se apresentar uma plataforma
digital de acompanhamento e monitoramento do PPA da educação e o PPP da Unidade Escolar. Os
resultados obtidos nessa pesquisa poderão contribuir para o aspecto gerencial do PPA alinhado ao PPP, no
que se refere ao processo de elaboração e aplicação, e, sobretudo, no engajamento da comunidade no
acompanhamento da efetividade das ações planejadas por meio de uma ferramenta digital.
Palavras-chave: plano plurianual, projeto político pedagógico (PPP), instrumento de planejamento público.

1
1PPGP-GE– UNICID. robertaxaviereducacao@gmail.com
2
1PPGP-GE– UNICID. rodneipereira@uol.com.br.

480
RELAÇÕES DE PODER-SABER NO MODELO REMOTO DE ENSINO SUPERIOR

Rodrigo Parras1, Márcia Aparecida Amador Mascia 2

RESUMO

O início da pandemia de COVID-19 trouxe mudanças significativas no setor educacional,


principalmente no trabalho dos professores. As atividades escolares presenciais tradicionais passaram para
modos virtuais, e alunos e professores tiveram que se ajustar a esse novo normal. Esta pesquisa investiga o
conceito de poder-saber na perspectiva de Michel Foucault em relação à modalidade a distância do ensino
superior brasileiro. Dada a situação atual, os professores tiveram que se adaptar e incorporar contextos e
conceitos desconhecidos que normalmente não eram utilizados em sala de aula. Portanto, o objetivo
primordial deste estudo é refletir sobre a legislação que orienta o ensino durante a pandemia do Novo
Coronavírus-COVID-19 e seus efeitos na formação da subjetividade dos professores, particularmente no
contexto do ensino superior. A indagação central deste estudo está voltada para a identificação das
dinâmicas de poder-saber existentes nas normas que foram implementadas para o ensino a distância
emergencial (ERE) durante a pandemia de Covid-19 em São Paulo. O estudo tem três objetivos específicos:
em primeiro lugar, explorar os novos regimes de verdade que surgiram na modalidade remota, que se
tornaram uma nova forma de biopolítica e governamentalidade na educação, conforme delineados na
documentação oficial; em segundo lugar, examinar as formas como o ensino a distância tem afetado a
formação da subjetividade dos profissionais do ensino superior, a partir dos relatos dos entrevistados; e, em
terceiro lugar, investigar o impacto das interfaces tecnológicas nos métodos de ensino na modalidade a
distância. O referencial teórico deste estudo tem como base as obras de Michel Foucault, e o corpus inclui
as políticas educacionais nacionais, bem como os decretos e portarias publicados pelo Ministério da
Educação durante a situação de pandemia. Adicionalmente, o estudo conta com entrevistas com professores
do ensino superior. Os resultados da pesquisa revelam a presença da governamentalidade no cenário da
Covid-19. Segundo Foucault, as relações de poder são produzidas pelas relações sociais, políticas e
econômicas na modernidade, e essas relações são específicas de cada sociedade. O cenário educacional
pandêmico e pós-pandêmico tem sido objeto de intervenções de poder e biopoder para provocar mudanças.

Palavras-chave: Relações, Poder, Educação.

1
Doutorando em Educação – Universidade São Francisco.
2
Professora do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Educação - Universidade São Francisco.

481
A IMPORTÂNCIA DA FAMILIA NA ESCOLA

Rosa Angela da Silva1

RESUMO

O presente resumo pretende focar na importância da família no processo de aprendizagem do aluno,


onde a parceria entre família e escola é de fundamental importância para que esse desenvolvimento aconteça
e a criança fortaleça seus conhecimentos com autonomia, pois, o estilo de família atual que temos na esfera
educacional é diversificado, e, os alunos, produto desse meio familiar, trazem consigo uma bagagem de
conhecimentos que se transformam em desafios na escola. Os desafios oportunizam a escola em fortalecer
o seu trabalho, e possibilita uma parceria entre as partes interessadas, dessarte na família, há o
reconhecimento do papel dos pais, irmãos e outras pessoas que convivem com a criança ou adolescente e
sua contribuição para o desenvolvimento geral e acadêmico, e na escola, destacam-se os professores e os
pares, uma vez que estes se envolvem cotidianamente em atividades programadas e realizam intervenções
importantes que afetam o processo de ensino e aprendizagem. Assim, podemos perceber que a interação
família/escola é necessária, para que cada uma conheça suas limitações e realidades, e possam buscar
caminhos que permitam e facilitem o entrosamento entre si, com o mesmo objetivo que é o sucesso
educacional do filho/aluno. Visto isso, faz-se necessário retomar algumas questões no que se refere à família
e à escola: suas estruturas e suas formas de relacionamentos. Portanto, a relação entre ambas é essencial no
processo educativo das crianças.

Palavras-chave: família. escola. aprendizagem.

1
Universidad Interamericana (U.I)

482
PROPOSTA PARA O ENSINO DE ASTRONOMIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL

Rosemery Issa Rizk Costa1, Débora Ferreira Da Silva2, Michel Corci Batista3

RESUMO

A Astronomia é uma ciência muito presente em nossas vidas, basta simplesmente observarmos o
céu para ficarmos encantados com tamanha imensidão do universo. No Ensino Fundamental, nos anos
iniciais, geralmente os professores se dedicam mais à alfabetização dos componentes curriculares de Língua
Portuguesa e Matemática e acabam deixando os demais componentes em segundo plano. Desta forma, este
trabalho tem como objetivo avaliar uma proposta para o ensino de Astronomia no 5º ano do Ensino
Fundamental buscando atender às necessidades desse grupo de professores, proporcionando melhores
condições para trabalharem a temática. Esta proposta está sendo implementada em uma turma, de 5º ano,
no período vespertino, na Escola Municipal Paulo Freire – EIEF, na cidade de Tapejara – Paraná. O trabalho
insere-se no campo da pesquisa qualitativa e constitui-se como uma observação participante. Para a
constituição dos dados tem-se o diário de campo da pesquisadora e os documentos produzidos pelos alunos
durante a implementação da proposta. Os resultados parciais indicam maior motivação e engajamento dos
estudantes principalmente com as atividades práticas realizadas. Entendemos que motivação e engajamento
são os primeiros passos para que aconteça uma aprendizagem significativa.

Palavras-chave: astronomia, experimentação, ensino fundamental.

1
UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – rose.rizk@hotmail.com
2
UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – deborafsilva@utfpr.edu.br
3
UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – michel@utfpr.edu.br

483
ESPALHANDO LIBRAS NO AR: INCLUIR É PARTICIPAR!

Rosiane Sousa Pereira1

RESUMO

A Escola Inclusiva necessita primar pela difusão de práticas, ações e projetos, que tornem os espaços
educacionais inclusivos reais, a ponto de eliminar conceitos e preconceitos que criam barreiras atitudinais
(e comunicativas, no caso por exemplo, de surdos) entre pessoas com e sem deficiência. A implementação
dos Projetos Educacionais Inclusivos, demonstram na prática, que o trabalho colaborativo e participativo
entre Gestão Escolar Democrática, profissionais do AEE e comunidade escolar, são elos fundamentais para
o desenvolvimento de ações e reflexões no contexto inclusivo. Pereira (2023, p. 1132) enfatiza que “o
ensino bilíngue, proposta pela Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, ainda não é garantia de ensino acessível
aos surdos pois ainda não se tornou realidade em grande parte das escolas públicas, com alunos surdos
inclusos”, por tal realidade, percebeu-se a necessidade de buscar estratégias que pudessem mudar esse
cenário, para tanto, deu-se início ao ensino dessa língua para que todos os alunos e professores (ouvintes)
da escola, fossem estimulados a aprendizagem, valorização e respeito sobre a Libras, bem como, o estímulo
para que passassem a se comunicar com os alunos surdos inclusos na escola. Quando todos os envolvidos
no processo educacional inclusivo, tem em seus objetivos propor condições de uma educação de qualidade,
com acessibilidade e respeito às diferenças, a construção da Escola Inclusiva passa a ser uma realidade, e
não apenas uma expectativa e esperança daqueles que tanto almejam vivenciá-la. Nesse aspecto, a
elaboração e implementação do projeto educacional inclusivo intitulado “Espalhando Libras no Ar: Incluir
é participar!”, propôs desenvolver ações para o ensino e difusão da Língua Brasileira de Sinais – Libras,
em uma escola regular inclusiva, da rede pública municipal localizada na zona urbana do município de
Santarém no estado do Pará. Nessa etapa, foram aprofundadas as ações desenvolvidas anteriormente,
ampliando o ensino da Libras na própria escola, tendo como público-alvo nesta etapa, todos os alunos e
professores do 1º ao 9º ano que compõem a clientela da escola. A ação propôs dar continuidade ao ensino
da Libras, iniciada em 2002 durante as etapas do projeto desenvolvidas nas salas de aula com os alunos
surdos, levando em consideração as legislações que propõem o desenvolvimento de ações de Educação
Inclusiva para o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de expressão e
comunicação. Nessa projeção, “é imprescindível saber conviver com as diferenças e não permitir que essas
“diferenças” transformem o espaço escolar num ambiente de desigualdade e de exclusão” (Pereira, 2023,
p.1135), nesse viés propôs-se a execução do referido projeto com a participação do aluno com surdez,
protagonizando o ensino da sua língua mãe, em trabalho colaborativo com a professora do Atendimento
Educacional Especializado (AEE) e gestão democrática inclusiva, como possibilidade de disseminar a
Língua Brasileira de Sinais para toda a comunidade escolar, estimulando e possibilitando a comunicação
entre surdos e ouvintes, tanto no ambiente escolar como fora dele, além de fomentar a valorização e respeito
pala cultura surda.

Palavras-chave: Escola Inclusiva, Projetos Escolares, Libra

1
Mestra em Ensino pela Universidade Vale do Taquari - UNIVATES/RS.

484
FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL: A COLABORAÇÃO
PARTICIPATIVA COMO ESTRATÉGIA DOCENTE

Rozinalva Brito Gomes dos Santos1, Inês Trevisan2

RESUMO

Considerando que o debate ambiental precisa estar presente nas escolas, especialmente por Belém
do Pará sediar a COP30 em 2024, desenvolvemos esta proposta com o propósito de trabalhar um curso de
formação docente em educação ambiental destinado a professores de escola pública do ensino fundamental
I com base na colaboração participativa. A metodologia se assenta na investigação-ação, na ocasião a
pesquisadora e os docentes terão a oportunidade de planejar as etapas correspondentes aos ciclos formativos
pautados em Ibiapina (2004) envolvendo: descrição, informação, confronto, reconstrução. Objetiva-se
provocar reflexão e participação colaborativa instigando os professores envolver os objetos de
conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da área de Ciências da Natureza. Curso
pautado numa visão ambiental crítica, compreendendo a participação individual e coletiva de cada um.
Busca-se desenvolver ações conjuntamente e avalia-las no intuito de atingir a consciência ambiental. Tem-
se como sugestão de programação do curso: 1. reflexão acerca dos desafios da prática docente; 2. visita
guiada, em local a escolha dos docentes envolvidos, como forma de sensibilização ambiental, se
constituindo uma estratégia reflexiva; 3. diálogos sobre educação ambiental; 4. diferentes perspectivas de
Educação Ambiental; 5. Planejamento participativo de uma ação de EA; 6. Alinhamento do planejamento
com a comunidade escolar; 7. realização da ação; 8. Avaliação conjunta das ações realizadas. 9.
encaminhamentos para continuidade da proposta na escola. Com este curso espera-se que as questões
ambientais sejam trabalhadas para além de datas comemorativas, vislumbrando visão e ação crítica da
prática educativa ambiental na escola. Também se almeja a gerarão um Produto Educacional (PE) que será
destinado e desenvolvido por e para educadores do Ensino Fundamental.
Palavras-chave: formação continuada, educação ambiental, processo colaborativo.

1, 2
Universidade Estadual do Pará (UEPA).

485
POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E AUTISMO: OLHAR ATENTO ÀS
ESCOLAS DO CAPARAÓ CAPIXABA

Suélen Rodrigues de Freitas Costa1, Simone Aparecida Fernandes Anastácio2

RESUMO

Este texto apresenta resultados preliminares de uma pesquisa de mestrado vinculada ao Programa
de Pós-Graduação em Ensino Educação Básica e formação de professores (PPGEEDUC) - UFES. O
objetivo geral da pesquisa é analisar como as Políticas Municipais de Educação e de Educação Especial
dos municípios do Caparaó Capixaba têm discutido e orientado a inclusão escolar dos estudantes da
Educação Especial, com foco no TEA (Transtorno do Espectro Autista). As considerações e interpretações
que emergem desta pesquisa, assentam-se nos pressupostos de Vygotsky, sobre a importância das
interações, principalmente no ambiente escolar, e em referenciais de autores que tratam de políticas de
educação e de educação especial. Para tanto, nossa metodologia, pauta-se em uma pesquisa qualitativa, do
tipo estudo de caso, com análise documental e entrevistas semiestruturadas voltadas às Políticas Municipais
de Educação Especial. As entrevistas foram aplicadas a profissionais da educação de três municípios da
região do Caparaó Capixaba. Participaram da pesquisa (03) professores de Educação Especial, três (04)
professores de sala regular, três (03) coordenadores pedagógicos e três (03) representantes das secretarias
de Educação, responsáveis pela educação Especial de cada município. A análise dos dados segue as
proposições da técnica de análise de conteúdo de Bardin, a partir das transcrições das entrevistas. Os
resultados parciais, indicam uma lógica gerencial de educação e a insuficiência do Estado para garantir as
políticas mínimas de Educação Especial, o que culmina em uma oferta educacional que não atende às
necessidades dos estudantes e muitas vezes contribui para a sua exclusão mesmo dentro da escola, devido
à ausência de recursos de acessibilidade, de práticas adequadas e de profissionais qualificados. Constatamos
fragilidades no processo de formação docente e no relacionamento entre a Universidade e as redes
municipais, havendo a necessidade de estabelecer/estreitar vínculos entre esses órgãos. Essas observações
indicam a necessidade de reformulação das políticas públicas com vistas a sistematização de práticas
pedagógicas escolares eficazes, por meio de investimentos em infraestrutura, em formação docente e de
diretrizes claras para inclusão escolar.

Palavras-chave: Políticas públicas, Educação Especial, Autismo.

1
Universidade Federal do Espírito Santo – UFES.
2
Universidade Federal do Espírito Santo – UFES.

486
A PRÁTICA PEDAGÓGICA E A EXPRESSÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

Melo. Susy Kelly Azevedo1, Moura. Jónata Ferreira 2

RESUMO

Introdução: Apresenta-se, como tema de pesquisa a relação entre a expressão do gênero e da sexualidade a partir
da concepção adotada por professores da educação infantil em sala de aula e espaços escolares. Objetivo: Avaliar
de que forma as práticas pedagógicas de docentes docentesda educação infantil contribuem na construção da
sexualidade e identidade de gênero de crianças. Metodologia: A pesquisa em andamento é de natureza
exploratória e de abordagem qualitativa. Terá como técnica a entrevista, tendo em vista a busca de respostas mais
genuínas, interpretação do contexto dos entrevistados, no sentido de perceber como estes se relacionam e se
articulam com a prática pedagógica percebida em sala de aula junto às crianças acerca do tema gênero e
sexualidade. Intenção de pesquisa: O local de pesquisa escolhido será uma escola municipal de educação infantil
da rede de ensino pública de Imperatriz/MA, que atualmente conta com dezenove turmas de educação infantil,
das quais, oito são de pré-escola. A pré-escola escolhida conta com sete docentes. Mediante a autorização dos
professores da pré-escola, serão realizadas observações em sala de aula, na tentativa de captar situações de
expressão de gênero e sexualidade entre as crianças e a condução de tais situações pelos professores, caso não
seja observada nenhuma situação específica, no momento da roda de conversa serão simuladas situações a partir
de recorte de falas de crianças da mesma faixa-etária a fim de perceber de que forma o professor conduzirá o
processo. Na sequência, pretende-se conduzir entrevistas, a partir de um roteiro semi-estruturado, junto ao grupo
de sete professores da pré-escola, tendo como recorte principal as diferenças de faixa-etária e tempo de serviço
na educação infantil. Para a realização das entrevistas, serão estabelecidos grupos focais com a temática Gênero e
Sexualidade, onde os participantes poderão, em roda de conversa, exprimir seus pensamentos e conhecimentos a
partir do tema central e socializar com os colegas a respeito. Esta opção metodológica possibilita a obtenção de
um estudo mais amplo e com maior riqueza de detalhes, devido a utilização de informações mais subjetivas e de
um meio mais flexível. Nesse sentido, durante o processo, que se baseará em três encontros, a pesquisadora
direcionará as perguntas a partir de eixos temáticos a fim de identificar discursos não expressos de modo explícito
e trazê-los à tona para a roda de conversa, a fim de que os docentes sejam capazes de analisar as incoerências e
subjetividades que permeiam a temática e a partir daí elaborem uma reflexão sobre a prática que adotam em sala
de aula. Após os encontros, será proposto a construção de um documentário no formato curta metragem, com
duração aproximada de dez minutos, que aborde os desafios de trabalhar a temática gênero e sexualidade na
educação infantil.

Palavras-chave: Educação Infantil, Gênero, Sexualidade

1
Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Este trabalho faz parte da pesquisa de mestrado do Programa de Pós-
Graduação em Formação Docente em Práticas Educativas (PPGFOPRED).
2
Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Orientador

487
CULTURA TRANSMÍDIA E MULTILETRAMENTOS NAS PLATAFORMAS DE INTERAÇAO
DE LEITURA

Suzana Pereira Lopes Muniz1, Olira Saraiva Rodrigues 2

A EMERGÊNCIA DO LEITOR DIGITAL E PROSSUMIDOR NA PLATAFORMA WATTPAD

RESUMO

As reflexões suscitadas aqui têm como objetivo refletir sobre o tema: literatura infanto-juvenil na
formação leitores prossumidores na plataforma wattpad de leitura e interação (comentários e fanfics),
assim como compreender a importância de despertar no estudante o gosto pela infanto-juvenil através da
cultura transmídia. O foco da pesquisa é considerar outras maneiras de leituras como movimentos sociais
e digitais. Alguns autores que representarão a base para a fundamentação teórica da proposta. No que se
refere às Culturas Digitais e Transmídias, Jenkins (2015), Santaella (2021), Rodrigues (2019), Castells
(2002), Lévy (1999), entre outros. No eixo teórico de linguagem, discurso e letramento e multiletramentos
são os autores: Kleiman (2009), Soares (2009), Freire (1988), Ribeiro (2016), Rojo (2012), Bakhtin (1993),
entre outros. A pesquisa tem a intenção de ser bibliográfica, exploratória, qualitativa. Nos clássicos da
década de 70, os autores Husserl, Merleau-Ponty e Heideger surgem com uma nova perspectiva de pesquisa,
possibilitando interpretações e reflexões no âmbito subjetivo do sujeito em relação ao fenômeno. Portanto,
no sentido de questionar a existência mesma da consciência que elimina o que a ela é dado (retira toda a
aparência, extrai a essência e descortina (desvela eu- mundo). No contexto da pesquisa em rede, Kozinets
(2014) afirma que o método da netnografia, que é uma abordagem de pesquisa que utiliza métodos
etnográficos para estudar a cultura e o comportamento humano online. O problema pode ser relacionado ao

1
Graduada em Letra p Português/Literatura na Universidade Salgado de Oliveira. Pós-Graduada Lato Sensu em Educação
Inclusiva (FABEC). Estudante na Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias da UEG. Professora
na escola Interamérica e na rede estadual de Educação do Estado de Goiás – Colégio Estadual Polivalente Prof. Goiany Prates.
Atualmente é integrante do grupo de pesquisa LECCE (Letramentos, Cultura, Conectividade e Educação). Lates:
http://lattes.cnpq.br/7373831988022416. Orcid: https://orcid.org/0009-0004-7797-0715. E-mail:
mestresuzanainter@gmail.com.
Google Acadêmico: https://scholar.google.com.br/citations?view_op=new_profile&hl=pt-BR.
2
Professora e pesquisadora do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias da
Universidade Estadual de Goiás (PPGIELT/UEG). Pós-doutora pelo Departamento de Ciências da Comunicação e da
Informação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto em Portugal (FLUP). Pós-doutora em Estudos Culturais pela
Faculdade de Letras (UFRJ). Doutora em Arte e Cultura Visual (UFG). Mestra em Educação (PUC-Goiás). Graduada em
Letras (UEG). Lattes: http://lattes.cnpq.br/8866061054957829. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2371-3030. E-mail:
olira.rodrigues@ueg.br. Google Acadêmico: https://encurtador.com.br/jzNS8.
Reseachgate: https://www.researchgate.net/profile/Olira-Rodrigues

488
questionamento sobre as possibilidades de promover outras aprendizagens e construção do conhecimento
através da cultura transmídia dos leitores presumidores Jenkins (2015). Nesse sentido, a pesquisa poderá
cumprir seu papel que é buscar fundamentação teórica mediante ao problema levantado: Quais as
implicações da cultura transmidiática e letramento literário na emergência de leitores digitais e
prossumidores?

PALAVRAS-CHAVE: Literatura digital, formação do leitor, multiletramentos, plataformas de leitura e interação.

489
DESCOLONIZAR O PENSAMENTO É PRECISO! EXPERIENCIAR, CONHECER E
APRENDER SOBRE OS POVOS INDÍGENAS.

QUINTAL, Tânia Maria Massaruto de1, PITO, Juliana Diamente2, ARAUJO, Thaise Vieira3

RESUMO

Para garantir uma educação de qualidade e cumprir com sua função social, as unidades universitárias
de educação básica desenvolvem atividades de ensino, pesquisa e extensão de forma articulada e
indissociável, tendo assim um papel formativo mais amplo, por meio de atividades que englobam ações
culturais e sociais. Este trabalho apresenta um relato de ação extensionista proposta com a comunidade de
uma escola universitária, integrada a um projeto de ensino realizado com crianças da Educação Infantil e
do quinto ano do Ensino Fundamental. O projeto de ensino proposto surgiu dos interesses manifestados
pelas crianças e professoras sobre os povos indígenas brasileiros, a partir dos acontecimentos trazidos à
mídia sobre o povo Yanomami. A tragédia humanitária observada, despertou nas crianças questões
relacionadas à vida e aos costumes dos indígenas, suas manifestações culturais, assim como os dilemas
históricos, sociais e ambientais por eles vividos, em relação a demarcação de terras e preservação da
floresta. Diversas propostas foram realizadas com as turmas, tendo como objeto de investigação os povos
originários brasileiros, as questões culturais e históricas subjacentes. As turmas do quinto ano realizaram
propostas de leitura e pesquisas sobre diversas culturas indígenas, apreciação de fotografias, vídeos e
documentários. Participaram de uma roda de conversa com duas indígenas, uma Karajá e outra Trumai,
sobre seus modos de vida, língua, costumes e tradições, além de visitaram à exposição Xingu: contatos, no
Instituto Moreira Salles. As crianças da turma da Educação Infantil, por sua vez, além de visita à exposição
Nhe’ê Porã: memória e transformação, no Museu da Língua Portuguesa, com suas famílias, vivenciaram
diversas experiências, nas diferentes linguagens, sobre diversas culturas indígenas. Nesse processo,
conheceram músicas, histórias, obras de arte, além de biografia de indígenas reconhecidos pela atuação na
luta pelos seus direitos no país. Por fim, escreveram um manifesto e uma carta de reivindicação dos direitos
dos indígenas. Como ponto de encontro para a ação extensionista, cujo objeto parte da mesma problemática,
foi escolhido um filme de produção nacional (Para’i), que tem como protagonista uma menina Guarani,
relatando sua história e as questões relacionadas à manutenção da cultura de seu povo e do direito à terra.
A ação extensionista consistiu na exibição do filme, seguida por um debate com especialistas sobre
educação, culturas indígenas e relações étnico-raciais, além da participação de um indígena guarani que
integrou a equipe do filme. Destacamos a relevância de ações descolonizadoras do currículo, da Educação
Infantil ao Ensino Superior, que apresentem diferentes olhares sobre o mundo, e que sobretudo possibilite
a construção de conhecimentos sobre grupos sociais historicamente invisibilizados pela escola.

Palavras-chave: povos indígenas; currículo decolonial; ensino e extensão;

1
NEI- Paulistinha, Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP.
2
NEI- Paulistinha, Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP.
3
NEI- Paulistinha, Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP.

490
DESAFIOS DA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS FRENTE À PANDEMIA
PARA ATIVIDADES EDUCACIONAIS ONLINE

Teresa Celia de Mattos Moraes dos Santos, Karina Tirelli Alves Ribeiro, Daiane Cristine da Silva
Oliveira, Vania Maria de Araújo Giaretta1

RESUMO

Introdução: A educação é algo que se faz necessário mesmo nos tempos da pandemia e como a
educação não pode parar, foi necessária a utilização de recursos tecnológicos para que estas atividades
chegassem aos alunos na tentativa de alcançar a todos, exigindo readaptação por parte de todos os
envolvidos. Não diferente de outros setores, a educação ao utilizar o ensino remoto como uma forma de
minimizar os danos causados pela pandemia sofreu impactos pedagógicos que pode ser percebido nos dias
atuais. Objetivos: Identificar os desafios da utilização de ferramentas digitais frente à pandemia para
atividades educacionais online. Método: Trata-se de uma revisão da literatura. A busca dos artigos se deu
na base de dados da Biblioteca Virtual da Saúde em 2020. Utilizou-se as palavras-chave “Educação” e
“Tecnologias da informação”. Foram encontrados quatro artigos, dos quais após análise foram selecionados
e utilizados três artigos. Resultados: Devido à crise pandêmica instalada, houve a necessidade em abranger
os conhecimentos de forma a dar continuidade ao estudo. Sendo assim, fazer uso das plataformas digitais
para manter o aprendizado, foi uma alternativa para que não houvesse prejuízo pedagógico aos alunos. As
ferramentas escolhidas para uso por meio da internet foram: vídeo aulas, lives, palestras, dentre outras.
Houve a necessidade de aprendizado para ambas as partes, tanto professores quanto alunos, pois tiveram
que se adaptar à nova realidade sem expor ninguém aos riscos de contrair a doença, por outro lado,
observou-se que nem todos tiveram acesso às aulas e com isso, a necessidade de acesso remoto foi exposta
ao mundo. O despreparo do sistema educacional frente à necessidade de readaptação do ensino presencial
para o digital expôs os menos favorecidos a falta de informação o que obrigou os gestores e coordenadores
escolares a ter tomadas de decisão para que os mesmos não sofressem com esse problema, fornecendo
atividades, cartilhas e apostilhas já impressas, porém, cobrando os resultados e mantendo as
avaliações/correções e se dispondo em caso de dúvidas. E devido aos impactos da pandemia atual com
relação ao isolamento social, na educação foram necessárias, a criação de políticas públicas e práticas
gestoras de enfrentamento, que devido à crise, deixou evidente a desigualdade de acesso e uma qualidade
precária da educação no Brasil, necessitando com urgência de um planejamento sobre o assunto e a
necessidade de se investir no conhecimento e consequentemente atender a Agenda 2030, no que diz
respeito ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS), que trata sobre a educação de qualidade,
educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida
para todos. Conclusão: Apesar dos esforços políticos em fornecer a educação igualitária para todos e a
criação de políticas públicas, o acesso às informações por meio das plataformas digitais ainda não é uma
realidade para muitos brasileiros.
Palavras-chave: Educação, Tecnologias da informação, Pandemia, Enfermagem, ODS.

1
Universidade de Taubaté - Unitau

491
"Formação de professores para a Educação Moderna e Híbrida: Desenvolvendo competências
digitais e promovendo altas expectativas de aprendizagem"

Margarete Aparecida Ticianel

Palavras-chave: FORMAÇÃO DE PROFESSORES; LETRAMENTO DIGITAL; EDUCAÇÃO MODERNA E HÍBRIDA.

RESUMO

Este artigo apresenta um curso de formação de professores inovador que busca atender ao novo
perfil da educação, marcado pela necessidade de trabalhar com o letramento digital. O curso tem como
objetivo auxiliar os educadores a desenvolverem competências e habilidades para a educação moderna e
híbrida, promovendo uma aprendizagem significativa e eficaz. Uma das principais abordagens do curso é
o desenvolvimento da memória de longo prazo em contraponto com a memória de trabalho. Os educadores
aprendem técnicas específicas para auxiliar os alunos a consolidarem o conhecimento adquirido, de forma
a garantir que ele seja retido a longo prazo e possa ser aplicado em situações práticas. Além disso, o curso
enfatiza a importância de se ter altas expectativas de aprendizagem e comportamento. Os participantes são
incentivados a criar um ambiente de sala de aula desafiador, onde os alunos são incentivados a se superarem
e a alcançarem todo o seu potencial. No que diz respeito às metodologias e avaliação, o curso introduz as
modalidades organizativas e a avaliação ativa. Os professores aprendem diferentes estratégias para engajar
os alunos, promovendo a participação ativa e a aprendizagem colaborativa. Outro aspecto abordado é o uso
das narrativas digitais como uma ferramenta pedagógica. Os educadores são incentivados a utilizar recursos
digitais e tecnologias para criar histórias e projetos educacionais, proporcionando aos alunos uma
abordagem personalizada e significativa. Por fim, o curso aborda a gestão de sala de aula e a elaboração
de um currículo alinhado com a teoria de Antonio Zaballa. Os professores aprendem estratégias de gestão
do tempo, gerenciamento de comportamento dos alunos e como planejar atividades que estejam de acordo
com os interesses e necessidades dos estudantes.

492
MEDIAR CONFLITOS E CONSTRUIR A PAZ NOS AMBIENTES ESCOLARES: A importância
da mediação na educação: promovendo a resolução de conflitos de forma pacífica

Valmira da Silva Cristofori1 Patrícia Figueiredo Pereira Salgado2

RESUMO

Mediar conflitos escolares é um processo de facilitação de diálogo entre as partes envolvidas, com
o objetivo de buscar soluções pacíficas e construtivas. Envolve ouvir atentamente, promover a empatia e
buscar um acordo mutuamente satisfatório. Conflitos podem surgir em diversas situações, como diferenças
de opinião, valores ou interesses. Na escola, esses conflitos podem envolver alunos, professores,
funcionários e até mesmo pais. É importante abordar os conflitos de forma efetiva para evitar que eles se
tornem mais intensos e prejudiquem o ambiente escolar. A mediação de conflitos é uma técnica que pode
ajudar a resolver essas situações de forma pacífica e construtiva. Este artigo discute o papel da mediação
na educação como uma abordagem eficaz para lidar com conflitos entre estudantes, professores e demais
membros da comunidade educacional. Exploramos os benefícios da mediação, suas principais
características e como ela pode contribuir para um ambiente escolar mais harmonioso e propício ao
aprendizado. De forma reflexiva, abordaremos a importância da resolução de conflitos na educação. O
objetivo geral do artigo é analisar a importância da mediação na educação, destacando suas contribuições
para o desenvolvimento cognitivo, socioemocional dos estudantes. Como objetivo específico, promover a
construção de um instrumento conscientizador no processo de mediação como uma ferramenta eficaz para
resolver conflitos de forma pacífica. Para minimizar os problemas de conflitualidade e violência na escola
torna-se necessário desenvolver uma educação para a gestão positiva dos conflitos, de modo a fomentar
uma cultura de paz e de cidadania, contribuindo para o desenvolvimento do papel da escola como uma
“política da vida” (Giddens, 19941 apud Sarmento, 2002). Metodologicamente, será apresentado um
exemplo prático que demonstre como a implementação efetiva da mediação na educação pode transformar
o ambiente escolar, promovendo a resolução pacífica de conflitos, fortalecendo as relações interpessoais e
proporcionando um espaço propício para o aprendizado e desenvolvimento integral dos alunos. Neste
sentido, encontramos nos processos de mediação escolar uma abordagem criativa para a resolução dos
conflitos, oportunizando crescimento e mudança, estimulando a formação pessoal e social. No desafio
proposto buscou-se estimular melhoria nas relações interpessoais entre alunos e professores. Depois,
buscou-se conectar o aprendizado a partir de atividades escritas, relacionando a importância da mediação
transformando as informações em um guia para ser distribuído na comunidade escolar. A pesquisa evidencia
que através do diálogo facilitado pela mediação, professores puderam entender melhor as necessidades e
preocupações dos estudantes, promovendo uma maior empatia e conexão entre ambas as partes.

1
Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO
2
Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO

Palavras-chave: escola, conflito, mediação.

493
A PESQUISA NA FORMAÇÃO DOCENTE: POTENCIALIZANDO AS PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS

Vanessa Candito1, Karla Mendonça Menezes2, Carolina Braz Carlan Rodrigues3, Félix Alexandre
Antunes Soares4
RESUMO

Articular pesquisa e educação é uma necessidade da Educação Básica, voltada para a formação do
sujeito com autonomia e capacidade de formulação própria. O processo que trabalha o Educar pela Pesquisa
(EPP) tem como premissa o princípio científico e educativo da pesquisa para além das práticas escolares e
da sala de aula. Segundo Pedro Demo, o EPP estimula a curiosidade pela busca por respostas e elaboração
própria. Em sala de aula, a pesquisa visa a construção de aprendizagens com significado, problematizando
os conhecimentos, desenvolvendo questionamento reconstrutivo, construção de novos argumentos e a
comunicação. Transformar estratégias, projetos pedagógicos e competências é desafiador para os
professores. Nessa perspectiva, investir na formação continuada e reflexiva, transformando a prática
educativa, é essencial desenvolver com os professores. Esse estudo considerou como contexto uma escola
da rede pública estadual de Santa Maria/RS, em colaboração com pesquisadores da Universidade Federal
de Santa Maria, perpassando uma sistemática de pesquisa-ação, na qual estrutura-se o planejamento
pedagógico anual, constituindo-se como um importante meio para a qualificação dos docentes. Assim, no
ano de 2022, foram organizados sete encontros formativos, sendo que se evidenciou a necessidade de
promover espaços e tempos de estudo e reconstrução do conhecimento dos educadores. Um dos encontros
teve como tema a integração do ensino e pesquisa na formação docente, por meio perspectiva do Educar
pela Pesquisa. Essa ação foi realizada na sede da escola, no mês de outubro, no turno noturno, e teve a
participação de 12 professores. Com vistas a aprimorar as práticas pedagógicas, desenvolver e potencializar
as habilidades e integrá-las aos componentes curriculares, durante a oficina deu-se uma explanação da
temática, seguidos de diálogos, relatos e troca de experiências, além da apresentação de recursos
educacionais relacionados a pesquisa, para serem empregados em aula, com foco na autoria própria do
estudante. Como material de apoio, os professores receberam uma apostila com informações e orientações
sobre como desenvolver a pesquisa em sala. A formação enfatizou o desenvolvimento de experiências
pedagógicas fundamentadas em atividades investigativas, promovendo a reflexão do professor sobre sua
prática, e direcionou as práticas centrada no estudante, incentivando a pesquisa. De uma forma geral o
desenvolvimento foi positivo, e dentre a avaliação dos professores evidenciou-se que é possível desenvolver
a pesquisa e aproximar do contexto, facilita a mediação, traz novos meios e recursos tecnológicos,
contribuiu para a formação profissional, e é uma possibilidade de aplicação que se associa a realidade
escolar. Destarte, a pesquisa desperta o senso crítico e o torna questionador e problematizador da realidade
em que está inserido, promovendo a reconstrução do conhecimento. Espera-se que a formação contribua na
prática docente, incentivando a pesquisa e a elaboração própria.
Palavras-chave: Construção do Conhecimento, Ensino-aprendizagem, Formação Docente, Pesquisa.

1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
2
Universidade Federal e Santa Maria - UFSM

494
REFLEXÕES SOBRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR PARA A EDUCAÇÃO
INFANTIL

Vanilda Divina Almério Bistaffa1, Thaize Fernanda Ramos Macedo2, Helena Martinez Avila de Mello3,
Girlene de Albuquerque Cruz4, Fabiana Cristina Frigieri de Vitta5

RESUMO

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz a proposta de normatizar e orientar o currículo
para a Educação Básica. Este trabalho teve o objetivo de identificar na literatura da área, pontos críticos
relacionados à BNCC para a Educação Infantil. Para tal, foi realizada a revisão da literatura científica dos
últimos 10 anos, com os seguintes descritores: BNCC, Educação Infantil e críticas à BNCC. Buscou-se na
leitura sistêmica dos textos com esses descritores encontrar reflexões acerca da organização desse
documento (BNCC) e das variáveis envolvidas. A crítica de autores a respeito da BNCC, especificamente
para a etapa da Educação Infantil, relaciona-se à participação de especialistas em educação infantil sem
formação específica nas áreas de conhecimento, causando uma ruptura na estrutura disciplinar e
possibilitando a interpretação do currículo organizado por campos interdisciplinares, a divisão da faixa
etária e a antecipação da alfabetização da criança nesta etapa de ensino. Conclui-se que este documento
pode auxiliar na garantia dos direitos de aprendizagem, porém é necessário priorizar políticas educacionais
com investimentos nos espaços, materiais e formação de professores para a educação infantil.

Palavras-chave: educação infantil, base nacional comum curricular, críticas.

1
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar - Universidade Estadual Paulista - UNESP.
2
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar - Universidade Estadual Paulista - UNESP.
3
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar - Universidade Estadual Paulista - UNESP.
4
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar - Universidade Estadual Paulista - UNESP.
5
Universidade Estadual Paulista - UNESP.

495
CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Maria Vanusa Sousa Melo1, Maria Diva Barbosa Lima2, Larissa Silva Ferreira3, Maria do Rosário
Madeiros Lopes4, Leandro Araujo de Sousa5

RESUMO

O Programa Residência Pedagógica (PRP) foi introduzido no Brasil em 2018 por meio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Um dos objetivos é aprimorar a
formação dos licenciandos, concentrando-se na interseção entre teoria e prática educacional por meio da
implementação de projetos educativos. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo analisar as
contribuições do Programa Residência Pedagógica para a formação inicial docente dos licenciandos em
Educação Física. A metodologia empregada baseou-se na revisão de literatura, que incluiu a análise de
artigos científicos relacionados ao tema. A busca por esses artigos foi conduzida na base de dados do Portal
de Periódicos CAPES. Para a seleção, os critérios aplicados foram: artigos com as palavras-chave
"Residência Pedagógica", "Formação de professores" e "Educação Física"; serem escritos em língua
portuguesa; terem sido publicados entre 2019 e 2023; e terem passado por revisão por pares. Como
resultado desse processo, foram identificados 14 artigos relevantes, dos quais 4 foram escolhidos para
análise detalhada com base na leitura de títulos e resumos. Os dados desses artigos selecionados foram
então submetidos a uma análise qualitativa. Os resultados indicam que o Programa Residência Pedagógica
tem como alvo a melhoria da preparação dos futuros educadores, alcançada por meio da imersão na prática
profissional durante o período de graduação. Isso permite a assimilação de conhecimentos tanto
provenientes do ambiente escolar quanto da instituição de ensino superior. Além de aprimorar as
habilidades de ensino dos licenciandos, o programa também promove o desenvolvimento da autonomia,
abrangendo desde a elaboração até a condução das aulas. Isso implica na melhoria da abordagem de ensino
por meio do desenvolvimento de capacidades comunicativas e reflexivas. Pode-se inferir, portanto, que o
Programa Residência Pedagógica desempenha um papel significativo na construção da identidade
profissional dos futuros docentes. Isso ocorre ao garantir uma presença prolongada nas escolas, permitindo
um contato direto com as realidades cotidianas do ambiente escolar. Esse contato é de extrema importância
para moldar as práticas futuras dos professores. O processo abrangente de planejamento, organização e
execução de aulas proporciona ao residente uma compreensão profunda do funcionamento escolar
cotidiano, ao mesmo tempo em que lhe confere a autonomia e a confiança necessárias para exercer sua
profissão de forma eficaz.

Palavras-chave: residência pedagógica, formação de professores, educação física.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE/Campus Canindé
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE/Campus Canindé
3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE/Campus Canindé
4
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE/Campus Canindé
5
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE/Campus Canindé

496
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA FORMAR CRIANÇAS LEITORES.

Vanuza Cardoso de Souza Vasconcelos

RESUMO

O presente artigo, trata da importância da literatura infantil para despetar o gosto pela leitura e o
desenvolvimento do indivíduo, desde seus primeiros anos. A arte escrita é requisito básico para que a
criança, mesmo sem saber ler ainda, possa participar efetivamente da vida social e cultural, pois a narrativa
infantil dá condições de apropiar de conhecimento e entendimento de mundo. Além do mais, a criança que,
desde cedo, tem contato com histórias, tem probabilidade de ter um melhor desempenho escolar. Os pais
e professores precisam entender que a literatura tem se tornado um grande aliado da educação das crianças
e deve ser uma atividade continua. Em casa, é importante que as historinhas façam parte do cotidiano, seja
contada ou através de livinhos, quando esse hábito é cultivado, a criança entende que ler é uma atividade
comum e um caminho para a busca do conhecimento, sem falar que, vai para a escola gostando de ler. Na
escola, o texto literário deve fazer parte da rotina, tanto nos momentos de descontração como na
aprendizagem, pois o aluno que ler, interpreta com facilidade, aumenta o vocabulário, o senso crítico para
entender tudo a sua volta.

Palavras-Chave: literatura, criança, leitura.

497
AMPLIANDO REPERTÓRIOS: TÉCNICAS DE LEITURA LATERAL NA FORMAÇÃO
DOCENTE CONTEMPORÂNEA

Victor Araujo Coutinho1

RESUMO

O presente trabalho é um convite para explorarmos a leitura lateral como ferramenta pedagógica
nos repertórios de docentes em formação inicial e continuada na contemporaneidade. Para tanto, partiremos
do arcabouço teórico do Letramento Digital para entendermos as mudanças recentes no mundo da leitura,
em especial as que surgiram após o advento da internet. Com a possibilidade de se disseminar informações
falsas em massa a fim de manipular a opinião pública, é urgente que pensemos estratégias para formação
de alunos que sejam leitores críticos e autônomos frente ao cenário que nos é posto. Eis então que surge a
leitura lateral como uma possível solução, de fácil adaptação e já amplamente empregada no campo do
Jornalismo. Essa estratégia foi proposta por Wineburg e McGrew (2017) em sua pesquisa conduzida na
Universidade de Stanford (EUA), na qual perceberam que “nativos-digitais” não estão isentos à
manipulação de informações na internet como se acreditava. Isso se dá porque, cada vez mais, as
ferramentas digitais de produção de texto e mídia se tornam sofisticadas e acessíveis. Desse modo, é
possível replicar diferentes traços de gêneros discursivos que nos levam a conceder credibilidade a
informações encontradas online. Assim, nos resta a opção de expandir o nosso modo de leitura para além
do horizontal, ou seja, da leitura que se inicia e termina dentro do mesmo texto. Para que possamos
averiguar a veracidade dos fatos, é preciso ler um texto lateralmente, em uma metáfora que faz alusão às
abas no topo de navegadores. Lateralmente, podemos aproveitar o poder da conexão provido pela internet,
para assim lermos o que outras fontes e sites confiáveis dizem sobre o tema em questão. Apesar de simples,
é preciso ensinar essa técnica de leitura em sala de aula, aproximando-a do cotidiano de nossos alunos para
que possamos fomentar o pensamento crítico e autônomo em nossas comunidades escolares.

Palavras-chave: leitura lateral, letramento digital, repertório pedagógico

1
Doutorando no Programa de Pós-graduação em Linguística (PPGL) da Universidade de Brasília (UnB).

498
CIENTISTAS DO BRASIL: PRODUÇÃO DE VÍDEOS COMO FERRAMENTA DE
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Dominique Guimarães de Souza1, Thaís de Fátima Lucio Torres2, Iara Borges da Silva2, Jean Carlos
Miranda2

RESUMO

Uma característica da sociedade contemporânea é sua íntima relação com a tecnologia. Grande
parte da população, principalmente os indivíduos mais jovens, passa considerável parte do tempo em frente
a computadores e celulares, consumindo e divulgando conteúdo. Importante destacar que grande parte desse
conteúdo é constituída por informações falsas (fake news), que compartilhadas em grande escala nas redes
sociais, influenciam decisões tomadas e defendidas, impactam os diversos setores da sociedade e fomentam
a desinformação. Tal condição foi observada, por exemplo, no auge da pandemia de Covid-19, onde o papel
da Ciência e dos cientistas na sociedade foi questionado, desmerecido e até mesmo negado. Essa situação
reforça a necessidade de divulgação e valorização dos profissionais e instituições que fazem pesquisa no
Brasil. Nessa perspectiva, como parte das ações do projeto “A Ciência pede passagem: cientistas
brasileiros/as, pesquisas transformadoras e contribuições para a sociedade”, foram produzidos vídeos que
abordam a vida e a obra de cientistas brasileiros. Cento e sessenta e dois alunos do Ensino Médio Regular
e Curso Técnico Integrado do Colégio Estadual Deodato Linhares, localizada em Miracema, Região
Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, participaram do processo de produção dos vídeos, realizada no
âmbito das disciplinas de Biologia e Sustentabilidade. Para tal, foram seguidas as seguintes etapas: (i)
organização em grupos compostos por cerca de 4 a 6 alunos; (ii) escolha do(s) cientista(s) a ser(em)
retratado(s) por cada grupo e realização de pesquisa sobre sua(s) vida(s) e obra(s); (iii) definição do formato
do vídeo a ser elaborado (documentário ou entrevista com o cientista ou um especialista). Como resultado,
foram produzidos 33 vídeos, com duração média de sete minutos, sobre os principais fatos da vida e obra
de 32 cientistas (16 homens e 16 mulheres). Os vídeos, disponíveis na plataforma YouTube, buscam
contribuir no combate à desinformação e à deslegitimação da Ciência incentivadas por movimentos
anticientíficos. A apresentação de informações em formato audiovisual é um bom recurso na
construção/disseminação do conhecimento, considerando a presença e a importância da tecnologia em
nossa sociedade. Nesse sentido, a escola deve apropriar-se desse recurso como forma de dinamizar e
motivar a aprendizagem, estimulando as habilidades cognitivas, criativas, analíticas e reflexivas.

Palavras-chave: recursos didáticos, ciência brasileira, divulgação científica.

1 Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro – SEEDUC/RJ.


2 Universidade Federal Fluminense – UFF.

499
A QUÍMICA E O COTIDIANO: EXPERIMENTOS DE QUÍMICA COM MATERIAIS DE
BAIXO CUSTO

Vitória Rocha de Oliveira1, Socorro Larissa de Oliveira Silva1, Natanielly de Oliveira, Fred Augusto
Ribeiro Nogueira2

RESUMO

As ações de extensão unem as instituições de ensino e a sociedade por meio de atividades


informativas e educativas que permitem expandir o conhecimento nas mais diversas áreas de atuação. A
área de ensino de química tem ganhado destaque devido a ampla faixa de temas geradores de atividades de
extensão, pois ensinar química, uma das ciências da natureza que pode ser considerada de difícil
aprendizado, exige a necessidade de conhecimentos abrangentes para a sua compreensão. Frente à
conjuntura educacional atual, as atividades experimentais surgem como metodologia que possibilita ao
estudante diferentes formas de percepção qualitativa e quantitativa, de manuseio, observação, confronto,
dúvida e de construção conceitual, como estabelecido pelas PCN para o ensino de química. Assim, o projeto
“a química perto de você” buscou mostrar como a química está presente no cotidiano das pessoas e
incentivar o interesse dos alunos, que são de escolas públicas, pela disciplina de química através de
experimentos usando materiais de baixo custo e de fácil acesso. O projeto atendeu sete turmas de primeiro
ano do ensino médio da escola Estadual Manoel Lúcio da Silva da cidade de Arapiraca. Os experimentos
aplicados durante a execução do projeto foram selecionados de acordo com os conteúdos da disciplina e
sua correlação com o cotidiano. Os experimentos selecionados foram: a determinação da presença de água
e amido nos alimentos, misturas homogêneas e heterogêneas, comprovação da existência do ar,
determinação da pressão do ar, densidades de líquidos e evidências de reações químicas. Após a execução
dos experimentos foram realizadas discussões para incentivar os alunos a elaborarem teorias visando
justificar os resultados obtidos e associar aos conteúdos abordados pelo professor. No início foi perceptível
a dificuldade enfrentada pelos alunos em compreender os temas que estavam sendo discutidos em sala de
aula, mas no decorrer das atividades, foi notável a evolução no processo de ensino-aprendizagem dos
discentes participantes. Dentre os experimentos realizados, o que envolveu a liberação do dióxido de
carbono na reação do bicarbonato de sódio em meio ácido, foi o que despertou mais a atenção dos alunos
devido à possibilidade de encher o balão sem utilizar o ar dos pulmões. A motivação e participação dos
alunos durante as atividades apontou que o uso da experimentação é uma metodologia alternativa e
indispensável para o ensino de química, tendo em vista que esta é uma ciência empírica. Além disso, a
contextualização dos experimentos com situações do cotidiano possibilitou os estudantes reconhecerem a
relevância e aplicabilidade da química na sociedade, assim como contribuiu significativamente para o
desenvolvimento da alfabetização científica dos mesmos.

Palavras-chave: ensino de química, experimentação, extensão.

1
Universidade Federal de Alagoas - UFAL
2
Instituto Federal de Alagoas - IFAL

500
“O BREGA FUNK COMO EXPRESSÃO CULTURAL: UMA LIÇÃO CONTAGIANTE PARA
ALUNOS DO ENSINO MÉDIO”

Vinícius Lucas da Silva1, Wllyane Chystinne Conceição do Nascimento2

RESUMO

O histórico da dança na escola inicia-se através da educação física, que utilizava a ginástica como a
principal influência, que com sua especificidade engloba algumas danças que eram tidas como inúteis, pois
se entendia as atividades com dança como mero entretenimento. Nesse sentido, com base no repertório
cultural dos alunos, decidimos abordar o contexto das danças urbanas direcionado ao brega funk através de
uma aula expositiva dialogada, com o objetivo de introduzir aos alunos do ensino médio o tema das danças
urbanas, com foco no brega funk. Durante a aula os estudantes foram expostos às origens, características e
evolução desse gênero musical popular na região. Este presente relato se apresenta para descrever um
experiência desenvolvida no Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), que por
diligência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), possibilitou a
participação dos acadêmicos de licenciatura em Educação Física da Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE), elevar a qualidade da formação inicial como futuros professores e qualidade das
ações acadêmicas realizadas. Durante nossas observações na EREFEM Senador Novaes Filho, com os
discentes do ensino médio, vimos o grande interesse dos alunos pelo brega funk. Com isso, decidimos
quebrar o paradigma do gênero em questão como algo negativo e de repulsa de parte da sociedade. A partir
de uma aula, trabalhamos o conteúdo de danças urbanas com foco no estilo musical supracitado, além de
destacar a importância de explorar uma expressão cultural local, enriquecendo seu entendimento das
tradições culturais de Pernambuco. Esta aula expositiva nos proporcionou retorno positivo, no que concerne
à motivação dos alunos com a temática, visto que, é de extrema importância que haja incentivos e
oportunidades aos jovens das redondezas da escola, que são os maiores ouvintes do brega funk.

Palavras-chave: expressão cultural, danças urbanas, brega funk.

1
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
2
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

501
APROXIMANDO ESCOLA E COMUNIDADE: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO SURICATO -
EDUCAÇÃO COLABORATIVA

Jaqueline Sabrini Carvalho Cunha1, Karla Marques da Rocha2 , Giliane Bernardi3

RESUMO

Este estudo apresenta o projeto Suricato - Educação Colaborativa, uma iniciativa consolidada
durante estudos realizados no Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede (UFSM),
que busca promover a aproximação entre escolas públicas e comunidade. Inspirado no comportamento
colaborativo dos suricatos, o projeto busca transmitir valores de união, colaboração e aprendizagem
significativa. Nos últimos tempos, devido a vários fatores, incluindo a pandemia de Covid-19, os desafios
enfrentados pelas escolas públicas foram acentuados, tornando cada vez mais necessária a união de esforços
de toda a sociedade. Assim, com o apoio de instituições e profissionais locais, foi constituída uma rede
colaborativa, que buscou atender escolas municipais e estaduais da cidade de Santa Maria -RS. Durante o
ano de 2022 foram realizadas atividades em três escolas, onde foi possível contar com a participação de
217 estudantes do ensino fundamental e médio. A cidade de Santa Maria, por ser um polo universitário
bastante forte na região, oferece um espaço favorável para estabelecer uma rede colaborativa entre a
academia e as escolas, ampliando as oportunidades para todos os envolvidos. Neste sentido, as atividades
realizadas contaram, principalmente, com o apoio de estudantes e professores de graduação e pós-
graduação. O ponto de partida para realização das atividades foi o interesse manifestado pelas escolas em
desenvolver temáticas complementares e importantes para seus contextos educacionais. Assim, os
estudantes das escolas públicas participaram de encontros com voluntários atuantes nas áreas da saúde
mental e da agricultura familiar, onde obtivemos resultados bastante positivos - tanto na visão dos
estudantes, quanto na visão dos voluntários e gestão escolar. Apesar de alguns obstáculos enfrentados
durante a execução do estudo, como a comunicação lenta em algumas instituições e a própria pandemia,
percebemos que este é um projeto com significativo potencial de crescimento, abrangendo outras escolas,
voluntários e temáticas, sendo, portanto, altamente escalável e possível de ser replicado em diferentes
contextos educacionais, formais e não formais. Quanto às oportunidades de melhoria, identificamos, entre
outros aspectos, a necessidade de ampliação da oferta de ferramentas e materiais de apoio para os
voluntários e as escolas participantes. Em síntese, pode-se dizer que os resultados obtidos até o momento
são promissores, pois entende-se que exista um espaço fértil para ampliar a atuação junto às escolas
públicas. Desta maneira, acredita-se que projetos com estratégias semelhantes têm o potencial de contribuir
significativamente para a viabilização de oportunidades de espaços de ensino e aprendizado diversificados
e enriquecedores, produzindo mudanças de ação em micro e macro contextos.

Palavras-chave: Redes colaborativas em educação. Educação Básica. Escola pública.

1
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
2
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
3
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

502
A PERCEPÇÃO DAS CRIANÇAS SOBRE A DOCÊNCIA MASCULINA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL

Leonardo Felipe Gonçalves Duarte1, Josiane Peres Gonçalves 2 Ida Carneiro Martins3

RESUMO

Esta comunicação tem por objetivo verificar, com base na literatura, a perspectiva das crianças sobre
a docência masculina na educação infantil. Para isso é observável a presença de poucos homens atuando
como docentes (3,7%) o que pode gerar nas crianças estranhamento ou uma experiência inovadora. A
presente pesquisa é do tipo descritiva com abordagem qualitativa e bibliográfica. A análise da literatura foi
feita utilizando a técnica de análise interpretava tendo por base textos da teoria histórico-cultural. Os
resultados apontaram que o sujeito se constitui por meio das relações que ele vai estabelecendo com seu
grupo social. A forte presença de mulheres pode auxiliar na reprodução de estereótipos que esse espaço ou
profissão deve ser exercido de forma prioritária por mulheres. Ao observar a presença de homens as crianças
poderão se apropriar que tal função pode ser exercida independente do papel social desempenhado pelo
indivíduo. Todavia, é relevante que homens e mulheres ocupem os espaços sociais de maneira a que as
divisões sexuais do trabalho venham a ser superadas. Observa-se que quando homens desempenham
funções tipicamente femininas (docência na educação infantil e/ou trabalho doméstico) sofrem com o
estranhamento social, pois o grupo social entende que a funções devem ser desempenhadas seguindo a
forma pela qual se estabeleceu as funções tipicamente de homens e mulheres.
Palavras-chave: Docência masculina, Educação infantil, Criança.

1
Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(PPGEdu/UFMS). Mestre em Educação pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
2
Doutora em Educação (PUC-RS). Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu/UFMS).
3
Doutora em Educação (UNIMEP). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Cidade de São
Paulo (UNICID).

503
AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS E O NOVO ENSINO MÉDIO

Rodrigo Gonçalves Duarte1, Dirceu Santos Silva 2

RESUMO

Esta comunicação tem por objetivo analisar a produção científica sobre o retorno das políticas
neoliberais e a proposta de implementação do Novo Ensino Médio. Desde o impeachment/golpe de 2016,
o Brasil passou a sofrer com o retorno das políticas neoliberais, na educação, a principal política foi o Novo
Ensino Médio (NEM) que tem por objetivo a reformulação do ensino médio com uma formação com ênfase
na mão de obra para atuação no mercado de trabalho. Esse modelo de educação foi implementado, com a
justificativa dos baixos resultados apresentados nas provas internacionais. Como forma de buscar adequar
a educação aos padrões internacionais, implementa-se um modelo educativo alinhado às políticas que o
governo Temer, que pretendia colocar em prática, isto é, o neoliberalismo, que tem por intenção a liberdade
do mercado e por consequência a formação de mão de obra para o mercado. A proposta desta pesquisa é
entender por qual razão as políticas neoliberais foram implementadas no Brasil em relação ao NEM? Para
isso, estabelecemos uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa. Os resultados apontam que o
retorno do neoliberalismo em especial na educação acontece por meio de uma gama de políticas e ideias
advindas da concepção de modernização do Estado, em especial por meio da aprovação da PEC de
congelamento de gastos aprovada do governo de Temer. Com relação ao NEM, evidenciou-se que essa
política visa atender não a um modelo de educação humanizado, mas sim aos padrões do mercado e a
formação de mão de obra. Conclui-se que o ideal neoliberal está influenciando os sistemas políticos
mundialmente, inclusive nas políticas educacionais. Esse ideal tem por objetivo a recuperação da economia,
bem como, a implementação de políticas que atendam aos padrões do mercado como é o caso do NEM.

Palavras-chave: NEM, Política Social, Política Educacional, Implementação.

1
Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(PPGEdu/UFMS).
2
Doutor em Educação Física (UNICAMP). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação
(PPGEdu/UFMS).

504
CRIAÇÃO DE WEBSITES E ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS: PRÁTICAS
EMANCIPATÓRIAS DE LETRAMENTO DIGITAL

Hélio da Guia Alves Junior1

RESUMO

Introdução: este estudo tem como objetivo explorar o uso das Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação no contexto da escola pública para promover práticas pedagógicas emancipatórias no âmbito
da disciplina de Língua Portuguesa do ensino fundamental, introduzindo, para isso, o ensino de gêneros
jornalísticos por meio de dispositivos eletrônicos e ferramentas de desenvolvimento de websites na sala de
aula presencial tradicional. O propósito é incentivar uma abordagem coletiva e simultânea na criação de
textos multimodais, fomentando uma compreensão crítica do uso dos espaços digitais. Objetivos: no
contexto da sala de aula, o estudo visa a (i) implementar o uso de recursos tecnológicos para a produção de
textos digitais multimodais, (ii) ampliar a compreensão do letramento digital e (iii) promover reflexões
críticas e emancipatórias sobre o tema. Metodologia: adotando uma abordagem de pesquisa-ação
pedagógica, convidamos os alunos a desenvolverem websites em uma sequência didática composta por três
etapas: (i) o estudo das características e estrutura da reportagem; (ii) a criação colaborativa de hipertextos;
e (iii) a apresentação e discussão das produções. Resultados: apesar da hipótese inicial pressupor o oposto,
mesmo os alunos sem experiência prévia com as ferramentas conseguiram criar coletivamente websites e
reportagens em formato digital em um ambiente de sala de aula convencional com o apoio de recursos
tecnológicos. Essas produções ficaram disponíveis para toda a turma, permitindo o compartilhamento do
conhecimento construído, a divulgação das reportagens elaboradas pelos alunos e uma análise coletiva dos
resultados. Essas análises foram posteriormente consolidadas por meio de um formulário semiestruturado,
com o intuito de compreender as perspectivas dos participantes sobre a prática pedagógica. Conclusões:
este estudo demonstrou que a incorporação da construção de websites no ensino de gêneros textuais
contribui para o desenvolvimento de habilidades avançadas de leitura e escrita de textos multimodais. Além
disso, permitiu que a escola promovesse o letramento digital dos alunos e, ao mesmo tempo, facilitasse a
construção de conhecimento e reflexão em um ambiente pedagógico comprometido com a emancipação
crítica dos envolvidos.

Palavras-chave: multimodalidade textual, ensino fundamental, gênero reportagem.

1
Mestre em Educação pela Universidade Católica de Santos (UNISANTOS). Bolsista CAPES. Professor de Língua Portuguesa
nos anos Iniciais do Ensino Fundamental.

505
EXPLORANDO A BIODIVERSIDADE E RELEVÂNCIA DO MUNDO DAS ALGAS NO
CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Thaynara da Silva Clementino1, Letycia Rodrigues dos Santos1, João Pedro de Oliveira Santos Guinarte1,
Ionice de Oliveira Moreira Cardoso2, Sharon Santos de Lima1

RESUMO
O conhecimento a respeito das algas ainda é pouco difundido e parcialmente desatualizado na
educação básica. Por vezes, nos livros didáticos, o conteúdo “algas” se encontra em capítulos destinados
ao estudo de fungos, protistas e bactérias. Pode-se atribuir essa imprecisão ao fato de que o termo “alga”
não possui um significado taxonômico bem definido. Tendo isso em vista, o presente trabalho teve como
objetivo desconstruir a visão de algas enquanto um grupo biológico único, explicitando a sua diversidade
de formas e papéis nos ecossistemas, bem como abordar seu impacto evolutivo sobre diversas formas de
vida existentes hoje e suas aplicações práticas na indústria de modo geral. Dessa forma, pretendeu-se tratar
da temática de algas de maneira atualizada, acessível e contextualizada no cotidiano dos estudantes da
educação básica. A atividade foi desenvolvida por bolsistas do Pibid-Biologia da Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), para discentes do ensino médio do Colégio Estadual Barão de Tefé,
localizado em Seropédica-RJ. Foi realizada uma apresentação montada em uma bancada contendo um
microscópio óptico para a observação de microalgas previamente coletadas de poças formadas por água de
chuva na UFRRJ, onde também ficaram expostos alguns produtos contendo alga em sua composição, como
achocolatados em caixa e agar-agar. Ademais, foi utilizado um banner explicativo como recurso didático
para a visualização de imagens de algas in situ. O tema apresentado despertou o interesse dos alunos em
aspectos como a relação das algas com a produção de oxigênio global, quanto nas suas diversas aplicações
industriais. Os alunos relataram não ter muito contato prévio com o tema e fizeram diversas perguntas a
respeito. O material utilizado se mostrou suficiente para a apresentação do tema, pois os discentes
demostraram interesse e muitas vezes se mostraram surpreendidos com o fato de ingerirem alimentos
contendo algas, com o protagonismo das algas em diferentes ecossistemas e procuraram realizar
esclarecimentos diversos.

Palavras-chave: algas, diversidade, ensino.


1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ),
2
Colégio Estadual Barão de Tefé.

506
O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA POR MEIO DO TRATAMENTO COM CÃES.

Aline Araújo da Silva 1, Janiara de Lima Medeiros 2


RESUMO

Por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, após o término da Segunda
Grande Guerra, a Carta das Nações Unidas reafirma o compromisso das nações com os direitos humanos e
liberdades fundamentais, surgindo à Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi aprovada na
ONU. Compreendendo a Educação Especial como a modalidade de ensino que se caracteriza por um
conjunto de recursos educacionais especiais organizados de maneira a garantir a educação formal de
estudantes que apresentem necessidades educacionais muito diferentes das da maioria das crianças é que
este trabalho procurou, oportunamente, identificar e diferenciar conceitos que são candentes na área da
educação especial e inclusiva. Por educação especial compreende-se uma educação voltada às pessoas com
deficiência, necessitando-se, para tanto, que o processo de ensino-aprendizagem busque dar conta das suas
limitações. Já o termo, educação inclusiva, parte da premissa que, se todos os alunos são diferentes, logo,
cada uma precisa ser incluído conforme as suas características específicas. Este trabalho objetivou-se
apresentar a possibilidade do tratamento com cães para auxiliar no processo do tratamento do Transtorno
do Espectro Autista (TEA), contribuindo à acessibilidade da criança com TEA à vida cotidiana, seja para o
lazer, a escola, a sociedade e a família. A pesquisa realizada indicou que o cão coterapeuta contribui ao
estímulo comportamental desse autista ao orientá-lo no controle dos sentimentos característicos desse
transtorno, além do companheirismo e da afetividade que incorporarão às atividades de aprendizagem
rotineiras desse público. Desta forma foi identificado que é possível integrar de forma mais viável a criança
com deficiência ao ambiente escolar, proporcionando também sua socialização aos outros grupos que irão
interagir por meio da cultura, educação e lazer. Todos, no intuito de reduzir efeitos preconceituosos e
excludentes que possam ser expostos cotidianamente.
Palavras-chave: linguagem, inclusão, transtorno do espectro autista (TEA).

1
Universidade Federal Fluminense - UFF.
2
Universidade Federal Fluminense - UFF.

507
O NOVO PARADIGMA TECNOLÓGICO E O NOVO SISTEMA CAPITALISTA GLOBAL:
IMPLICAÇÕES PARA A GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES

Liliane Schilive Faccin 1, Ângela Mara de Barros Lara 2

RESUMO

Este estudo tem como objetivo de discutir sobre o “novo paradigma tecnológico” e sua relação com
que o autor denomina de novo sistema capitalista global; além da relação desses conceitos com a Gestão
do Conhecimento nas Organizações. Com base no texto A sociedade em Rede - Paz e Terra (CASTELLS
2009), serão apresentados os principais pontos desse tema. O autor discute o impacto desse novo paradigma
tecnológico na sociedade e no sistema capitalista global. A sociedade contemporânea é caracterizada pela
conectividade em rede, proporcionada pelas tecnologias da informação e comunicação. Essa rede global de
comunicação e interconexão influencia e transforma diversos aspectos da vida social, econômica e política
num contexto histórico e destacando que o novo paradigma da gestão do conhecimento está enraizado na
revolução tecnológica da informação e da comunicação, que possibilita a geração e o acesso em massa ao
conhecimento. As tecnologias digitais e as redes de comunicação permitem a conexão e colaboração entre
pessoas e organizações em escala global, facilitando a troca de informações e a criação de novos
conhecimentos. Neste contexto, ressalta-se a importância da gestão do conhecimento como um ativo
estratégico para as empresas e as organizações. A capacidade de gerenciar e utilizar efetivamente o
conhecimento se tornou um fator crítico para a competitividade e o sucesso sistema capitalista. No campo
da gestão do conhecimento, o novo paradigma é abordado como uma transformação fundamental na forma
como o conhecimento é produzido, disseminado e utilizado na sociedade em rede e o conhecimento se
tornou um recurso central na economia informacional e está ligado sistema capitalista. No que diz respeito
ao sistema capitalista global, o novo paradigma tecnológico implica mudanças na forma como a economia
é estruturada e operada; algumas interpretações sugerem que o novo paradigma tecnológico pode tanto
reforçar quanto desafiar as estruturas e dinâmicas do sistema. O autor enfatiza a importância de estruturas
organizacionais flexíveis e de uma cultura que promova a aprendizagem contínua e a inovação, e destaca
que as redes de colaboração, tanto internas quanto externas, desempenham um papel crucial na gestão eficaz
do conhecimento. No campo da gestão do conhecimento, salienta-se a importância do conhecimento como
um recurso estratégico para as organizações, permitindo-as que capturem e capitalizem o conhecimento
com o intuito de promover a colaboração entre equipes e departamentos, evitando a duplicação de esforços
e melhorando a tomada de decisões. O novo paradigma tecnológico e o sistema capitalista global
impulsionam a necessidade, a importância da gestão do conhecimento nas organizações, a tecnologia
facilita o acesso, compartilhamento e criação de conhecimento, enquanto a gestão eficaz desse
conhecimento pode fornecer uma vantagem competitiva e promover a inovação e a adaptação
organizacional.

Palavras-chave: Paradigma Tecnológico; Sistema Capitalista; Gestão do Conhecimento.

1
Mestranda do Curso de Gestão do Conhecimento nas Organizações. Universidade Cesumar - UNICESUMAR. Bolsista CAPES- PROSUP II.
2 Orientadora, Doutora, Docente do Mestrado em Gestão do Conhecimento nas Organizações. Universidade Cesumar - UNICESUMAR.

508
UTILIZAÇÃO DO FILME WALL-E COMO RECURSO PEDAGÓGICO DE REFLEXÃO
SOBRE PROBLEMAS AMBIENTAIS E CONSUMISMO

Mateus Duarte Moreira1, Analuz Dias Rocha1


Clara Nogueira Damasceno1, Cátia Mofato2, Norma Aparecida Almeida Figueiredo de Oliveira3

RESUMO

A utilização de recursos pedagógicos é fundamental para promover uma aprendizagem ativa e


significativa, permitindo que o aluno ocupe a posição de protagonista no processo de ensino-aprendizagem.
O uso de recursos como materiais visuais, jogos e filmes estimulam a curiosidade e desenvolvimento de
competências básicas como pensamento científico e crítico, argumentação e habilidades específicas. À
medida que a sociedade avança, a demanda por recursos energéticos aumenta e a tecnologia digital participa
cada vez mais do nosso cotidiano, de modo que muitos indivíduos tornam-se dependentes, sobretudo de
aparelhos celulares. Baseando-se no fato que atividades que trabalham com o aluno fora do ambiente de
sala de aula atraiam mais a sua atenção, utilizar esse recurso para o melhor entendimento de conteúdos mais
complexos da área da biologia é essencial. Sendo assim, discentes do PIBID-Biologia da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro propuseram uma atividade denominada CineCiência para ser apresentada
na Feira de Ciências do C. E. Barão de Tefé (Seropédica-RJ). A atividade teve duração de cerca de 40
minutos e consistiu na apresentação de trechos do filme wall-e, uma animação que apresenta o planeta
totalmente destruído, sem sequer uma única planta, mas que luta para que um dia consiga abrigar novamente
humanos, que agora viajam pelo espaço em busca de um novo planeta, uma vez que Terra está inabitável.
O objetivo era que os estudantes resgatassem suas memórias afetivas e refletissem à respeito da temática
da superexploração dos recursos naturais, produção de lixo e as consequências de uma sociedade
consumista. Por se tratar de um filme infantojuvenil com muito recursos de humor, aqueles que o assistiram
quando pequenos podem não ter compreendido totalmente sua mensagem, logo o objetivo principal do
projeto foi propiciar que os alunos refletissem em primeiro lugar as problemáticas ambientais e de qualidade
de vida. Após a apresentação de cenas do filme, foram feitas perguntas/provocações e durante as discussões
geradas, notamos que, apesar da participação limitada, os alunos compreenderam a temática abordada no
filme, através da mensagem que ele transmite sobre a importância e necessidade de reciclar, preservar o
meio ambiente e sobre o uso moderado dos recursos tecnológicos. Isso evidencia que o filme é uma valiosa
ferramenta didática quando trabalhado de forma apropriada pelo professor. Além disso, o planejamento e a
execução dessa atividade contribuíram para o exercício de diferentes abordagens de ensino, enriquecendo
a formação acadêmica e profissional dos participantes do PIBID-Biologia. Tendo em vista que é necessário
aprender o novo e manter-se atualizado quanto aos diversos recursos pedagógicos disponíveis para o uso
em sala de aula.
Palavras-chave: filme pedagógico, educação ambiental, ciências biológicas.

1
Graduando(a) em Licenciatura em Ciências Biológicas - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
2
Professora do Colégio Estadual Barão de Tefé (CEBT)
3
Professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

509
LUTA POLÍTICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: A EXPERIÊNCIA DA GREVE
ESTADUAL DE PROFESSORES DO RIO DE JANEIRO EM 2023 SOB O PONTO DE VISTA
DE UM PRECEPTOR DA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Walter José Moreira Dias Junior1

RESUMO

O objetivo do trabalho é estabelecer um relato sobre a vivência da greve da rede estadual de


educação do Rio de Janeiro em 2023, que ocorreu de forma concomitante com a minha atuação no Programa
de Residência Pedagógica (UFF/CAPES), do qual atuo como preceptor de um núcleo no Colégio Estadual
Manuel de Abreu (Niterói/RJ). O foco da reflexão se constituirá a partir da compreensão que estórias de
vida se transformam em histórias de vida quando se relacionam cenários sociais e políticos mais amplos,
favorecendo assim uma inserção da narrativa em um contexto coletivo (GOODSON, PETRUCCI-ROSA,
2020). Desta maneira, ao conjugar a greve como ferramenta histórica de luta dos/das trabalhadores/as, com
a formação inicial de licenciandos/as, atuando como residentes neste núcleo, pretende-se abordar como
ambos os processos não são dissonantes, e sim, de indispensável correlação.

Palavras-Chave: formação de professores, greve, residência pedagógica

1
Universidade Federal Fluminense (UFF)

510
NÃO OLHE PARA CIMA? REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS DE PODER PRESENTES
NAS MÍDIAS

Cesar Dalmolin1, Alan Silva de Aviz2, Fernanda Carvalho Ferreira3

RESUMO

O presente trabalho traz à tona uma reflexão sobre como as narrativas fílmicas apontam para
relações de poder por meio das mídias atuais, tendo como referência o filme “Não olhe para cima” (Don’t
Look Up), lançado pela plataforma de streaming Netflix, em dezembro de 2021. Trata-se de uma sátira
pertinente, necessária e condizente com vários aspectos do contemporâneo. Apresentando vários aspectos
com suas respectivas características em cada cena que segue, iniciando por um lado científico representado
por ciências (com graves problemas de comunicação social), passando pelo retrato de uma mídia que se faz
sedenta de notícias e repercussões de conteúdos e, ao final, chegando na política do absurdo. Nesta linha,
outros aspectos são abordados, como o sistema capitalista e cenas que remetem a acontecimentos reais,
criando a sensação de que os personagens são baseados em pessoas reais. O filme teve uma narrativa
condizente com o momento do lançamento (momento pandêmico), retratando cenários políticos,
científicos, dentre outros, mas que igualmente se aplicam em outros contextos conforme proposto por este
trabalho. Diante disso, o objetivo deste artigo está na apropriação dos elementos construtivos dessa
produção para pensarmos a equação civilizatória e a nossa condição humana presente no mundo real,
sobretudo, no Brasil. Dentro da presente proposta, trazemos, uma análise de como as relações de poder se
configuram atualmente por intermédio das mídias, fazendo um paralelo com as relações do contexto vivido
na sociedade atual, seja durante a pandemia como antes dela. Assim, o presente texto sobre proposta de
uma reflexão hermenêutica está dividido em quatro partes, conforme segue: 1. Descrição do filme “Não
olhe para cima” - descreveremos alguns pontos importantes apresentados pelo filme, por meio de suas
cenas, bem como o que elas podem representar. 2. Uma análise da relação de poder por meio da difusão
de informação - apresentamos uma análise das problemáticas que estão presentes na nossa sociedade, em
que podem ser também percebidas as similaridades apresentadas no filme. 3. A narrativa fílmica e a relação
com problemáticas atuais - fazemos uma análise relacionada do filme com os perigos, os riscos e problemas
da sociedade atual, bem como o que isso tem a ver com equação civilizatória e suas variáveis
contemporâneas. 4. Considerações finais - apresentamos as considerações finais, ressaltando a preocupação
sobre as questões pontuadas no presente trabalho. Considerando a premissa de que é necessário
entendermos o poder que a mídia possui e como isso se converge para ações políticas em coletivo, torna-
se fulcral perceber os mecanismos pelos quais nossa percepção de realidade pode ser construída a partir de
um interesse hegemônico de poder, situações tão recorrentes na humanidade ao longo da história.
Palavras-chave: reflexões críticas, análise fílmica, relações de poder.

1
Programa de Pós Graduação em Educação Científica e Tecnológica - PPGECT/UFSC
2
Programa de Pós Graduação em Educação Científica e Tecnológica - PPGECT/UFSC
3
Programa de Pós Graduação em Educação Científica e Tecnológica - PPGECT/UFSC

511
Práticas pedagógicas na educação infantil: Estudo exploratório/descritivo/experimental no
município de Caldas Novas/GO

Elenice dos Anjos Silva 1, Ana Paula Alves 2, Luciana Santos de Souza3

RESUMO

O presente estudo aborda as práticas pedagógicas destinadas à Educação Infantil. Não é o foco desta
pesquisa discutir didáticas ou metodologias variadas que os professores podem aplicar em suas salas de
aula. Em vez disso, este estudo tem como objetivo compreender as concepções que permeiam as teorias e
práticas pedagógicas, tanto nos documentos que regem a Educação Infantil quanto nas obras dos autores
que exploram esse tema. A motivação para este estudo surgiu da experiência profissional da pesquisadora
principal, que sempre se sentiu intrigada pelas discrepâncias entre o que é sugerido na teoria e o que é
observado na prática nas escolas. Nesse contexto, surgiram questionamentos relevantes: Qual é a
compreensão dos professores em relação às práticas pedagógicas? Quais são os principais desafios que
enfrentam ao conduzir uma prática pedagógica? Como podemos contribuir para a ampliação de seus
conhecimentos? Uma hipótese levantada é que os professores da Educação Infantil podem não ter uma
formação básica e contínua em práticas pedagógicas. Acredita-se que possam faltar a eles o conhecimento
teórico e a experiência prática necessários para dominar o uso das práticas pedagógicas voltadas para essa
faixa etária. Dessa forma, o objetivo geral deste estudo é identificar as dificuldades teóricas e práticas
enfrentadas pelos professores em relação às práticas pedagógicas. Além disso, foram estabelecidos
objetivos específicos, incluindo a contextualização histórica das práticas pedagógicas, a distinção entre
práticas pedagógicas e práticas educativas, didáticas e/ou metodologias, e a elaboração de um projeto de
intervenção que possa contribuir para a prática pedagógica dos professores da Educação Infantil no
município. A pesquisa foi realizada entre os dias 16 de dezembro de 2019 a 10 de fevereiro de 2020, na
cidade de Caldas Novas, estado de Goiás, Brasil. O estudo foi dividido em cinco fases: a) aplicação de
questionários; b) criação de um grupo no Telegram; c) elaboração coletiva do projeto de intervenção "Curso
de Práticas Pedagógicas (CPP)"; d) avaliação do Curso de Práticas Pedagógicas (CPP) por meio do Google
Forms. Os procedimentos metodológicos incluíram uma pesquisa exploratória nos centros de educação
infantil, seguida por uma pesquisa experimental na qual um projeto de intervenção foi aplicado e seus
resultados foram avaliados. Participaram da pesquisa 19 professoras da Educação Infantil, com uma
representante de cada um dos centros de educação infantil do município. Posteriormente, após a divulgação
do Curso de Práticas Pedagógicas (CPP), 63 professores participaram da avaliação. Conclui-se que os
professores da Educação Infantil necessitam de formação contínua em práticas pedagógicas. Acredita-se
que os objetivos foram alcançados e que os resultados foram satisfatórios.
Palavras-chave: Práticas Pedagógicas, Formação Continuada, Educação Infantil

1
Universidad del Sol - UNADES.
2
Universidad del Sol - UNADES.
3
Universidad Colúmbia del Paraguay - UCDP

512
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ÂMBITO DA ALFABETIZAÇÃO: desafios e possibilidades

Indianara Aparecida Cavalcante Lourenço1


RESUMO

Os indicadores das avaliações externas notificando o fracasso da escola brasileira na alfabetização,


bem como os estudos que apontam como um dos fatores desse fracasso a prática pedagógica dos
professores, foram os motivadores deste trabalho. Tendo em vista, estas duas questões, o objetivo central
foi o de observar e analisar nas práticas pedagógicas de professores alfabetizadores, buscando nos
referenciais teóricos possibilidades para resolvê-los. Para a realização da pesquisa foi escolhida a
abordagem qualitativa, com base na metodologia da triangulação cujos caminhos foram percorridos pela
pesquisa bibliográfica, a observação das práticas pedagógica de professoras alfabetizadoras e as entrevistas
com as mesmas. Para a análise foi utilizado o discurso do sujeito coletivo (DSC) e a triangulação dos
dados. As investigações quanto aos processos de interação, diálogo e transmissão relacionados aos aspectos
da apropriação do aprendizado inicial da leitura e da escrita foram realizadas à luz dos pressupostos teóricos
de Vygotsky, Kleiman, Soares, Bakhtin, entre outros. Já os aspectos condizentes às práticas dos professores
estão embasados por Franco, Misukami, Candau, etc, cujos estudos explicam os conceitos e
contextualizações acerca destas percepções. Identificamos que, embora haja intensão em tornar as práticas
pedagógicas mais significativas, ao fazermos o intercruzamento dos dados das entrevistas com os dados
das observações e, também dos aportes teóricos, verificamos que há um distanciamento entre as práticas
pedagógicas empreendidas nas salas de aula pelas professoras, no que tange ao processo escolar de
aquisição da leitura e da escrita pela criança. Assim, inferimos que é necessário investir na formação dos
professores alfabetizadores, capacitando-os para uma prática pedagógica respaldada tanto pelas propostas
educativas apontadas nas legislações, quanto pelos recentes estudos da área.

Palavras-chave: práticas pedagógicas, alfabetização, cultura grafocêntrica.

1
Universidad del Salvador (USAL/AR).

513
PROJETO ECOBAIRRO E A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA PARA O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA LEGAL

Mayara Duarte da Silva1, Tânia Suely Azevedo Brasileiro2, Eldra Carvalho da Silva3

RESUMO

A reflexão sobre as problemáticas socioambientais decorrentes das Mudanças Climáticas Globais


(MCG) tornou-se uma das maiores necessidades do século XXI. Diante disso, a Organização das Nações
Unidas (ONU) propôs 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) desdobrados em 169 metas a
serem alcançadas até 2030. Dentre esses ODS, destaca-se o ODS 4 – Educação de Qualidade, o qual
incentiva as instituições de ensino à promoção de uma abordagem pedagógica de Educação para o
Desenvolvimento Sustentável (EDS), capacitando os educandos à tomada de decisões informadas e
comportamentos responsáveis em relação ao meio ambiente. No Brasil, esse desafio tornou-se ainda maior
tendo em vista os déficits no desempenho em ciências de estudantes da educação básica nas avaliações
nacionais e internacionais. Nesse sentido, a concatenação de ideias para alcançar essa proposta de educação
requer a cooperação de diversos setores da sociedade. Assim, o projeto Ecobairro surgiu como uma
iniciativa de proporcionar a Educação Científica para o Desenvolvimento Sustentável (ECDS), unindo a
necessária formação científica com foco no desenvolvimento sustentável. Este trabalho objetiva descrever
a importância das ações de ECDS realizadas pelo projeto Ecobairro em um município da Amazônia Legal
para a promoção de uma Educação de Qualidade. A abordagem metodológica utilizada no estudo foi a
qualitativa descritiva, do tipo Relato de Experiência, utilizando também a pesquisa bibliográfica e
documental, com recorte temporal estabelecido entre janeiro de 2014 a abril de 2023. O relato sobre as
práticas pedagógicas do projeto se deu a partir da participação de uma docente pesquisadora de uma
universidade federal, uma aluna de pós-graduação stricto sensu (doutorado), quatro estudantes de
graduação, quatro alunos do ensino médio, além de vinte famílias de moradores de um bairro situado na
zona periférica do município de Oriximiná, Pará, organizados em formato de uma pirâmide acadêmica. Os
resultados do estudo demonstraram que na Amazônia brasileira a abordagem pedagógica precisa ser
interdisciplinar e articulada com realidade da população local. Dessa forma, o projeto Ecobairro se mostrou
sensível à participação ativa dos moradores locais na problematização de temas cotidianos desses
participantes. As conclusões evidenciam a importância da ECDS na Amazônia brasileira tendo como base
a interlocução Universidade-Escola-Comunidade. O estudo destacou o potencial que o projeto Ecobairro
possui como modelo de ECDS na e para a Amazônia. No entanto, iniciativas como essas precisam ser
(re)conhecidas e, sobretudo, valorizadas.

Palavras-chave: Educação Científica para o Desenvolvimento Sustentável, Interlocução Universidade-Escola-


Comunidade, Mudanças Climáticas Globais.

1
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). E-mail: mdsilva.ufopa@gmail.com.
2
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). E-mail: brasileirotania@gmail.com.
3
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). E-mail: eldracarv@gmail.com.

514
INTERAÇÃO EM EaD: REDES SOCIAIS E COMUNIDADE DE PRÁTICA

Silvane Aparecida Gomes1,

RESUMO

O advento das redes sociais como meios de comunicação trouxe uma série de recursos que têm o
potencial de revolucionar as práticas pedagógicas. Estudos recentes têm destacado o uso de plataformas
como o Messenger, Facebook, Twitter, WhatsApp e, recentemente, o Instagram e o Tik Tok, como
ferramentas valiosas no contexto educacional. Mas, a relação entre o uso desses recursos virtuais e a
aprendizagem escolar apresenta ângulos tanto positivos quanto controversos para a educação. Através de
uma análise bibliográfica e documental, diversos autores, como Kenski (2007), Gomes (2012), Garcia
(2015) e Moran (2015), têm refletido sobre a apropriação da internet como uma ferramenta de mediação
no processo de ensino-aprendizagem. Em que, teóricos como Recuero (2009), Umbelina (2012), Dutra
(2013) e Santos (2013) têm dissertado sobre as contribuições das redes sociais no ambiente escolar. O
objetivo é apresentar uma análise qualitativa e observar os resultados que as novas tecnologias, incluindo
as redes sociais, podem ofertar ao processo de ensino-aprendizagem. A literatura disponível indica que as
tecnologias podem enriquecer a prática dos professores e promover a aprendizagem dos alunos,
especialmente aqueles que têm acesso ao ensino a distância. Ressaltamos que o Ministério da Educação
(MEC) regulamentou a Educação a Distância (EaD) no Brasil, tornando-a tão legítima quanto a modalidade
presencial (Decreto № 9057/2017), o que tem incentivado a aquisição de conhecimento e a adoção de
práticas inovadoras. Apesar dos relatos de experiências bem-sucedidas na EaD, ainda existem desafios e
obstáculos a serem superados. Nesse contexto, o foco é explorar as interações entre os estudantes na
modalidade de EaD baseada em redes sociais, considerando o potencial da colaboração e da cooperação
virtual para a formação de uma comunidade de prática (CoP) (Wenger, 1991), que pode desempenhar um
papel fundamental ao propiciar interações eficientes para o processo de aprendizagem e a permanência dos
estudantes na EaD. Busca-se identificar dinâmicas e estratégias interacionais que possam motivar e
estimular a autonomia dos alunos nas disciplinas a distância. Assim, o estudo visa explorar o uso das redes
sociais na educação e entender como elas podem promover um ambiente de aprendizagem colaborativo e
significativo, capacitando os alunos a enfrentarem os desafios da EaD com confiança e motivação na
construção de sua cidadania.

Palavras-chave: redes sociais, tecnologias educacionais, comunidade de prática.

1
Aluna do Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Minas Gerais – Poslin/UFMG
e docente da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais – SEE-MG.

515
REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA APS

Luana Roberta dos Santos Palma1, Maria Cristina Mazzaia 2

RESUMO

A educação na área de saúde é tema que vem sendo discutido há tempos pois é primordial para
promoção, prevenção e reabilitação da saúde do indivíduo ou comunidade, condizente com nossa
Constituição de 1988 que preconiza ações e serviços voltados a qualidade de vida do ser humano e não
somente a ausência de doenças. Nessa perspectiva temos o trabalho desenvolvido na Atenção Primaria a
Saúde pelo profissional Enfermeiro que atua diariamente educando sua equipe e população assistida, por
meio das quatro modalidades educativas existentes no Sistema Único de Saúde descritas como; Educação
Permanente, Educação Continuada, Educação em Saúde e Comunidade e Educação Interprofissional. O
enfermeiro é um educador por natureza e o tema e conteúdos sobre educação estão inseridos já no processo
de formação na sua graduação como preconizado pelas diretrizes curriculares onde destaca-se, que o
profissional deve ser capaz de aprender constantemente, seja durante sua formação seja durante sua prática
profissional e ter como compromisso a educação e o treinamento das futuras gerações de profissionais,
assim como deve atuar na educação voltada ao indivíduo e comunidade com intuito de orientar, esclarecer
dúvidas, relacionadas à condição de saúde, e à qualidade de vida. O papel do enfermeiro está diretamente
ligado à prática da educação voltada à problematização identificada no seu local de atuação, indivíduo e
comunidade, pautado na troca de saberes e experiências para a construção de vínculos facilitando o
entendimento assim como o diálogo horizontal onde todos podem contribuir com suas vivências, em busca
de garantir que o conhecimento traga qualidade de vida aos cidadãos. Assim, fica evidente que o
profissional enfermeiro é o elo na tríade educação-profissional-paciente transformando teoria em prática,
mudanças significativas, que transformam a realidade e promovem condições de saúde e bem-estar a todos.
O enfermeiro deve estar atento às mudanças, e inovações, estando apto a desenvolver ações voltadas à
educação utilizando o senso crítico. decorrente da realidade do seu local de atuação, de forma organizada e
articulada e certamente humanizada, garantindo assim o fortalecimento da sua equipe e consequentemente
a promoção, prevenção e reabilitação da saúde da sua população.

Palavras-chave: EDUCAÇÃO, ATENÇÃO PRIMARIA A SAÚDE, ENFERMEIRO

1
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
2
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

516
A FUNCIONALIDADE DO TEXTO TRADUZIDO: REFLEXÕES SOBRE A LITERATURA
COMPARADA EM SALA DE AULA

Viviane Dias Pereira1

RESUMO

O presente estudo se propõe a analisar como acontece a compreensão de um texto traduzido e os


mecanismos comparativos que o estudante busca utilizar para enriquecer a construção de sua aprendizagem.
Certo que abordar a literatura em sala de aula tem se revelado desafio constante, ainda mais nos anos finais
do ensino fundamental, quando os estudantes têm apresentado dificuldade de compreender um texto, mas
priorizam o aprendizado com o auxílio de novas tecnologias. Ressaltamos a importância do professor nesse
processo, ao planejar aulas dinâmicas com leituras de autores estrangeiros, como metodologia de ensino
das línguas em geral (materna ou estrangeira), uma vez que o panorama literário reflete muito do que somos
e pensamos. A Literatura Comparada vem comprovar nitidamente isso, ao estabelecer relações entre os
textos literários, seja prosa ou poesia, coloquial ou culto, canônico ou não. Fato é que ao instigar desde
cedo esse tipo de estudo, o professor pode trabalhar em prol de uma aprendizagem significativa por parte
dos estudantes, com estratégias de leitura e escrita que dialogam com diversas áreas do conhecimento em
voga.

Palavras-chave: Texto traduzido; Literatura Comparada; Aprendizagem significativa.

1
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução - PGET.

517
PROJETO: DE TAMPINHA EM TAMPINHA, ESPALHAMOS O BEM

Fabiane Adolfo Pavan1, Ana Beatriz de Souza Cunha2, Raquel Rupphental³

RESUMO

Este resumo tem a finalidade de apresentar o projeto de arrecadação de tampinhas, idealizado por
uma professora dos anos iniciais e outra de anos finais do ensino fundamental, e vem sendo desenvolvido
em uma escola pública municipal de ensino fundamental da cidade de Uruguaiana-RS. O principal objetivo
do projeto é desenvolver ações e posturas responsáveis, sensíveis e saudáveis para com o próximo. Desejou-
se potencializar nos estudantes envolvidos hábitos sócio-ecológicos, que despertem a conscientização,
respeito e preservação do meio ambiente. O projeto começou de forma tímida e despretensiosa, através da
iniciativa de duas professoras da escola, que passaram por momentos difíceis ligados à saúde oncológica.
Nesse momento, elas puderam conhecer o trabalho realizado pela Associação de Apoio a pessoas com
Câncer (AAPECAN) na cidade. Uma das fontes de renda da associação é através do arrecadamento de
tampinhas, que as recebe, as higieniza e as vendem por valores que ajudam na manutenção e despesas da
associação. Por isso, as professoras solicitaram que os estudantes trouxessem tampinhas para a escola e
organizaram lugares de armazenamento para estes. Aos poucos, a ideia foi sendo aceita pelos alunos dos
dois turnos da escola, que começaram a trazer tampinhas. As professoras fazem a contabilização da
quantidade de tampinhas que cada aluno traz no caderno. Chegando ao final do 1º trimestre de 2023, o
projeto coletou, aproximadamente, 30 bombonas de 20 litros preenchidas por tampinhas. Foi após o
desenvolvimento do projeto que os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a sede da AAPECAN, onde
receberam informações, além das já conhecidas, e viram com os próprios olhos o desenvolvimento da
associação. Os estudantes puderam conhecer os pacientes e ver como funciona a hospedagem e alimentação
ali realizadas. Ao retornar para as suas casas, puderam se sensibilizar ainda mais com o excelente trabalho
e amor ao próximo. Também tiveram atividades que contaram com ações ligadas ao meio ambiente nas
dependências da escola, como um mutirão em prol da limpeza nos arredores da quadra e pracinha, com
intenção de juntar mais reciclados. Nesse momento, também pode-se trabalhar com os alunos a separação
adequada do lixo. Ao final do projeto, previsto para o final de 2023, as professoras irão fazer um certificado
de merecimento para cada aluno que contribuiu. O desenvolvimento desse projeto vem sendo muito
importante para a escola: a coleta de tampinhas é um tema integrador aos que fazem parte da comunidade
escolar e, ao ensinar os alunos sobre as finalidades e características de separação do plástico das tampinhas,
pode-se mudar a perspectiva dos alunos sobre a reciclagem, instruindo futuros cidadãos conscientes de um
mundo melhor, onde a empatia prevalece. Os estudantes também puderam relacionar a doação das
tampinhas com respeito ao meio ambiente e a solidariedade ao próximo.
Palavras-chave: conscientização, solidariedade, ecologia

1
Professora de Educação Básica da rede Municipal de Uruguaiana (SEMED)
2
Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
³ Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

518
ESTÁGIO DOCENTE: FAMA E JUS DE PRECÁRIO

Marcella Gomes Esteves1


RESUMO

Este texto foi inspirado em um relatório de Estágio2 que, embora seja um documento técnico e
formal, trouxe inúmeras e diversificadas reflexões entre os limites conflitantes do ser estudante e o ser
docente. A formação acadêmica prevê, ou deveria, etapas de experimentações, inquietudes, trocas, conflitos
e criações e, por excelência, é desse tempo e lugar: não há estágio fora do gerúndio, ele existe nas
continuidades. É pra ser aqui e agora, dentro e durante. Esse é o momento do não sei; não conheço; nunca
vi; será que; talvez assim; posso, o que acha? É de sua natureza ser incerto, instável, transitório, inconcluso.
Por isso, precário: um desejo que não necessariamente se realiza (do latim precarius). É um estar para vir
a ser, talvez. Aceitar essa condição de incerteza da experiência do estágio é assumi-lo com rigor
metodológico, pois tal qual a pesquisa científica, nos dedicamos a algo que não conhecemos. E como não
se deve fazê-lo só, no estágio, o melhor guia dos incertos não será o sábio, e sim o generoso. Diante da
dúvida infantil, o sábio dirá a uma criança que se ela pular na piscina, poderá se afogar e o generoso irá
estender sua mão para o salto conjunto. Concentro-me no conceito de estágio enquanto ação, nunca inércia;
necessariamente guiada, nunca ordenada; e assumidamente intuitiva, nunca prescritiva. Apresento as
principais reflexões dessa experiência em torno do quê, como, para quem e por quem, respectivamente. 1.
O conteúdo nuclear do estágio era Literatura, mas poderia ser, claro, qualquer outro, importando questionar
o que se tem e o que se pretende com aquilo, desconstruindo o senso comum, principalmente. 2. O formato
do curso foi pensado a partir da existência ativa das monitoras. Boa parte da carga horária da disciplina
estava sob a regência das estagiárias, exigindo compromisso, dedicação e atuação; e garantindo a elas
autonomia e supervisão. 3. Nos momentos de autoria enquanto regente, pude mapear a classe e guiar minha
contribuição na formação de cada um. Foi na observação e inquirição de quem são, de onde vinham e para
onde vislumbravam ir que percebi meu planejamento sugestionado e condicionado. 4. Mais importante que
identificar o contexto é compreendê-lo enquanto condicionante e nunca determinante. O professor da
disciplina compreendeu que estava diante de características específicas daqueles alunos desde que
ingressou numa jovem Universidade no interior da Amazônia e fez, diante dessa constatação, pesquisa para
que todos os envolvidos na educação dessas pessoas pudessem estar munidos de elaboradas reflexões.
Desenvolveu pesquisa sobre postura epistemológica e percepção de autoria, formas de conhecimento,
concepções de estudo e expectativas do estudante universitário de Instituições de Ensino Superior
periféricas. A importância do estágio na formação docente parece não ser questionada, porém sua concepção
enquanto atividade (ação, posição, movimento) não é debatida em muitos casos. Quanto maior for a postura
do incerto, maiores serão os limites para a ação do estagiário. E quanto maior for a segurança de atuação
(acompanhada por generosos guias) maior será a compreensão sintônica do ambiente e maiores serão as
transformações, de todos, porque “não existe ensinar sem aprender”.

Palavras-chave: estágio docente, formação de professores, atividade.

1
Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA.
.

519
UM MODELO DIDÁTICO NO ENSINO DE BIOLOGIA: REPRESENTAÇÃO DAS PRIMEIRAS
FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

Larissa Christiene Ribeiro de Oliveira1, Bruna Renata Pimenta Tarôco2, Euller Lucas de Araújo Silva
Silva³, Deise da Silva Carvalho4

RESUMO

Este trabalho propõe a utilização de modelo didático para o ensino de ciências e biologia, visto que
que os conteúdos normalmente são abordados de forma fragmentada e descontextualizada, dificultando a
compreensão por parte dos alunos e fazendo com que o processo de ensino e aprendizagem seja feito de
forma superficial. Desse modo, o principal objetivo de um modelo didático é possibilitar a partir de
representações totais ou parciais dos processos biológicos, a visualização e assimilação do conteúdo de
forma mais lúdica e interativa. A princípio, visando a utilização de materiais de baixo custo para que possa
ser feito em escolas com poucos recursos didáticos, a estrutura foi montada em isopor, biscuit colorido,
papel A3 impresso, papel A4, palitos de dente e cola branca, a fim de esboçar as primeiras fases do
desenvolvimento embrionário e servir de material complementar às aulas teóricas, tornando o ensino muito
mais atrativo aos alunos. Assim, o modelo didático pode ser uma alternativa promissora no processo de
ensino e aprendizagem, uma vez que incita o protagonismo do discente na prática pedagógica e aproxima
melhor do cotidiano e vivência daquele aluno.
Palavras-chave: ferramenta interativa, processo de ensino e aprendizagem, embriologia.

1
Instituto Federal Sudeste de Minas – Campus Barbacena IFSUDESTEMG – Campus Barbacena
2
Instituto Federal Sudeste de Minas – Campus Barbacena IFSUDESTEMG – Campus Barbacena

³ Instituto Federal Sudeste de Minas – Campus Barbacena IFSUDESTEMG – Campus Barbacena


4
Instituto Federal Sudeste de Minas – Campus Barbacena IFSUDESTEMG – Campus Barbacena

520
MONITORIA NA ESCOLA: ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA INICIAÇÃO CIENTÍFICA
NO ENSINO MÉDIO

Neila de Jesus Ribeiro Almeida1, Marinaldo Baia Correa 2

RESUMO

Esse texto trata de um relato de experiência sobre o projeto de monitoria da Escola Estadual de
Ensino Médio Simão Jacinto dos Reis. Busca fomentar ações pedagógicas voltadas para a iniciação
científica na área de Ciências da Natureza, no componente curricular Biologia com alunos da 1ª e 2ª série
do Ensino Médio. As ações estão sendo realizadas no Laboratório de Ciências da Natureza e suas
Tecnologias da referida escola, localizada no município de Turucuí, Estado do Pará. As atividades são
voltadas para as aulas de Biologia em que os alunos monitores desenvolvem atividades que incentive a
participação de todos os discentes da turma. Essa abordagem pedagógica, busca com que os alunos da turma
encontrem uma linguagem mais acessível dos conteúdos através dos alunos-monitores. O projeto de
monitoria, busca o perfil de um aluno curioso-investigador que desenvolva habilidade de cooperação,
tomando como base o envolvimento coletivo durante a ação pedagógica através da execução (manipulação
de equipamentos) de observações de fenômenos e experimentos com materiais científicos, fomentando a
construção de um aluno científico-pesquisador. A realização do projeto de monitoria na Escola Estadual de
Ensino Médio Simão Jacinto dos Reis deve nos deixar atentos para o fato de que um importante instrumento
pedagógico pode estar sendo muito bem utilizado pelos professores e alunos. Sabe-se dos problemas que
são enfrentados no processo de ensino e aprendizagem diária, mas isso não deve servir de motivo e nem de
desculpa para que os profissionais se acomodem. Dessa forma o projeto monitoria como estratégia
pedagógica para a iniciação científica no Ensino Médio – Componente Curricular Biologia, vem
fundamentar a importância da participação dos alunos como protagonistas do processo de Ensino e
aprendizagem, uma vez quando se ensina, consequentemente se aprende também.

Palavras-chave: Monitoria, Ensino Médio, Iniciação Científica.

1
Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC/PA).
2
Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC/PA).

521
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: PERCEPÇÃO DOS RESIDENTES DOS CURSOS DE
LICENCIATURA SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA EM SUA FORMAÇAO
DOCENTE
Francisca Juliane Cavalcante da Rocha1, Francisco de Assis Pereira Neto 2

RESUMO

A experiência prática é fundamental para o desenvolvimento das habilidades pedagógicas dos


futuros professores, portanto, é importante que a formação inicial contemple o contato dos acadêmicos com
o âmbito escolar e os programas institucionais são uma estratégia efetiva nesse processo. O presente
trabalho tem como objetivo central apresentar a concepção dos residentes sobre as contribuições do
Programa de Residência Pedagógica na sua formação docente. A pesquisa foi realizada com os estudantes
dos cursos de Licenciatura em Química e Licenciatura em Física do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Piauí, Campus de Picos – IFPI, após o primeiro módulo do programa que teve duração de
seis meses. Para coleta de dados utilizou-se o questionário aplicado pela plataforma do Google Forms. Os
resultados do estudo demostraram que os residentes enxergaram o programa como uma parte importante
da sua formação acadêmica contribuindo para o aumento da segurança em exercer a docência, na relação
da teoria com a prática pedagógica, oportunizando uma melhor preparação para o futuro profissional e na
construção da identidade docente. O trabalho evidenciou a importância que as experiências vivenciadas
pelos residentes por meio do programa tiveram na sua formação acadêmica e destacou a necessidade de
direcionar mais o olhar para as perspectivas dos licenciandos sobre o seu processo de formação.

Palavras-chave: Formação, Residência Pedagógica, Docência.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí-Campus Picos (IFPI).
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí-Campus Picos (IFPI).

522
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: PERCEPÇÃO DOS RESIDENTES DOS CURSOS DE
LICENCIATURA SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA EM SUA FORMAÇAO
DOCENTE

Francisca Juliane Cavalcante da Rocha1, Francisco de Assis Pereira Neto 2

RESUMO

A experiência prática é fundamental para o desenvolvimento das habilidades pedagógicas dos


futuros professores, portanto, é importante que a formação inicial contemple o contato dos acadêmicos com
o âmbito escolar e os programas institucionais são uma estratégia efetiva nesse processo. O presente
trabalho tem como objetivo central apresentar a concepção dos residentes sobre as contribuições do
Programa de Residência Pedagógica na sua formação docente. A pesquisa foi realizada com os estudantes
dos cursos de Licenciatura em Química e Licenciatura em Física do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Piauí, Campus de Picos – IFPI, após o primeiro módulo do programa que teve duração de
seis meses. Para coleta de dados utilizou-se o questionário aplicado pela plataforma do Google Forms. Os
resultados do estudo demostraram que os residentes enxergaram o programa como uma parte importante
da sua formação acadêmica contribuindo para o aumento da segurança em exercer a docência, na relação
da teoria com a prática pedagógica, oportunizando uma melhor preparação para o futuro profissional e na
construção da identidade docente. O trabalho evidenciou a importância que as experiências vivenciadas
pelos residentes por meio do programa tiveram na sua formação acadêmica e destacou a necessidade de
direcionar mais o olhar para as perspectivas dos licenciandos sobre o seu processo de formação.

Palavras-chave: Formação, Residência Pedagógica, Docência.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí-Campus Picos (IFPI).
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí-Campus Picos (IFPI).

523
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: PERCEPÇÃO DOS RESIDENTES DOS CURSOS DE
LICENCIATURA SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA EM SUA FORMAÇAO
DOCENTE

Francisca Juliane Cavalcante da Rocha1, Francisco de Assis Pereira Neto 2

RESUMO

A experiência prática é fundamental para o desenvolvimento das habilidades pedagógicas dos


futuros professores, portanto, é importante que a formação inicial contemple o contato dos acadêmicos com
o âmbito escolar e os programas institucionais são uma estratégia efetiva nesse processo. O presente
trabalho tem como objetivo central apresentar a concepção dos residentes sobre as contribuições do
Programa de Residência Pedagógica na sua formação docente. A pesquisa foi realizada com os estudantes
dos cursos de Licenciatura em Química e Licenciatura em Física do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Piauí, Campus de Picos – IFPI, após o primeiro módulo do programa que teve duração de
seis meses. Para coleta de dados utilizou-se o questionário aplicado pela plataforma do Google Forms. Os
resultados do estudo demostraram que os residentes enxergaram o programa como uma parte importante
da sua formação acadêmica contribuindo para o aumento da segurança em exercer a docência, na relação
da teoria com a prática pedagógica, oportunizando uma melhor preparação para o futuro profissional e na
construção da identidade docente. O trabalho evidenciou a importância que as experiências vivenciadas
pelos residentes por meio do programa tiveram na sua formação acadêmica e destacou a necessidade de
direcionar mais o olhar para as perspectivas dos licenciandos sobre o seu processo de formação.

Palavras-chave: Formação, Residência Pedagógica, Docência.

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí-Campus Picos (IFPI).
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí-Campus Picos (IFPI).

524
PRÁTICA DE ENSINO E ASSISTÊNCIA NO LABORATÓRIO DE ATIVIDADE DE VIDA
DIÁRIA.

Isabel Cristina Santos Rodrigues1, Ana Cláudia Martins e Martins2, Roberta de Oliveira Corrêa³

RESUMO

Introdução: A prática dos terapeutas ocupacionais na área da reabilitação física tem buscado
minimizar as incapacidades dos sujeitos pelo estímulo e desenvolvimento de habilidades necessárias. O
profissional deve analisar o paciente para além da limitação, buscando ressaltar as capacidades
remanescentes. Dessa maneira, pode-se dizer que a Terapia Ocupacional nesse contexto é apresentar
possibilidade para que o paciente consiga desenvolver seu nível máximo de desempenho funcional e
independência nas Atividades de Vida Diária (AVD), produtivas e de lazer. Objetivo: Relatar a experiência
de uma residente de Terapia Ocupacional na Unidade de Ensino e Assistência em Fisioterapia e Terapia
Ocupacional (UEAFTO). Método: Trata-se de um relato de experiência de uma residente no rodizio
ambulatorial em reabilitação física realizado na UEAFTO, localizado em Belém, Pará. Os atendimentos
aconteciam no Laboratório de Atividade de Vida Diária, no qual foram atendidos idosos com limitações
funcionais, com a frequência de duas vezes na semana, no mês de setembro de 2023. Resultados: Os
atendimentos aconteciam no Laboratório de AVD, o qual reproduz as dependências de uma casa (sala,
quarto, banheiro e cozinha), tinham como objetivo facilitar e treinar a realização das tarefas cotidianas e
possibilitar adaptações para os idosos. Foram desenvolvidas atividades visando a independência dos
pacientes, dentro de suas limitações, através do treino e orientação no desempenho das AVD, envolvendo
tarefas culinárias. Além disso, eram avaliadas e trabalhadas as competências de desempenho, as quais
consistem em competências motoras, de processo e de interação social. A compreensão dos desafios
ocupacionais de cada paciente norteou os atendimentos terapêuticos ocupacionais, determinando a
intervenção adequada para favorecer o desempenho ocupacional dos idosos em atividades significativas.
Conclusão: Ao descrever o cotidiano vivenciado na prática da residência, evidenciou-se as possibilidades
de intervenções da Terapia Ocupacional no âmbito da reabilitação física. Diante das repercussões no
desempenho ocupacional, a Terapia ocupacional conhece a história de vida dos sujeitos, visando a conquista
da independência e a organização de um cotidiano potencializado e vivificado, no sentido da construção do
bem-estar pessoal e engajamento em ocupações significativas. Destaca-se que o rodizio ambulatorial em
reabilitação física fomentou o processo de ensino-aprendizagem, mostrando-se efetivo na aplicação dos
conhecimentos teóricos à prática profissional do terapeuta ocupacional.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional; Reabilitação; Ensino.

1
Universidade do Estado do Pará- UEPA
2
Universidade do Estado do Pará- UEPA

³ Universidade do Estado do Pará- UEPA

525
PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UM OLHAR DAS FATECS SOBRE
OS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA

Jucimara Moreira Santos1, Roberto Gimenez 2

RESUMO

O presente estudo almeja desenvolver um levantamento analítico/quantitativo dos estudantes


com deficiências matriculados nas Faculdades de Tecnologias de São Paulo (FATECs). A cada semestre,
com aumento das unidades de Fatecs e das demandas por vagas, identifica-se que a quantidade de alunos
matriculados que possuem alguma deficiência aumenta proporcionalmente, e com isso, são necessários que
os processos de inclusão de pessoas com deficiências no ensino superior aconteçam de forma equivalente.
Apesar da existência de políticas voltadas para o assunto e das Fatecs cumprirem rigorosamente as
exigências legais, reconhece-se a necessidade de que o Centro Paula Souza tenha suas próprias deliberações
voltadas à inclusão. Esse estudo vai revisar algumas referências que tratam das práticas pedagógicas
inclusivas e encontra respaldo nos estudos de (Gimenez 2022, Mantoan 2003, Stanback and Stanback 1999,
Sasaki 2006). Almeja-se ainda identificar a prevalência das maiores dificuldades enfrentadas pelos
estudantes, com vistas á criação de subsídios para a formulação de políticas e regulamentos voltados ao
acolhimento e aprendizagem por parte do Centro Paula Souza.

Palavras-Chave: Inclusivas; Inclusão, Fatecs

1
Universidade Cidade de São Paulo - UNICID.
2
Universidade Cidade de São Paulo - UNICID

526
A química dos alimentos: uma abordagem para o nono ano do ensino fundamental

Aylane de Souza Siston1, Giseli Capaci Rodrigues2

RESUMO

A desmistificação do ensino da Química é o processo de tornar o estudo mais acessível,


compreensível e relevante para os estudantes, desfazendo mitos, dificuldades e percepções negativas que
podem cercar a disciplina. Essa abordagem visa tornar a Química mais envolvente, prática e aplicável à
vida cotidiana, promovendo uma compreensão mais profunda dos conceitos químicos e incentivando o
interesse dos alunos pela matéria. Neste contexto, o presente trabalho propõe a desmitificação através da
criação do jogo eletrônico “Monstro NutriAção: Aventura Saudável”, desenvolvido para o ensino dos
conteúdos de Química, permitindo a concordância com a BNCC nos aspectos curriculares e pedagógicos,
como a contextualização, a abordagem interdisciplinar e o uso da tecnologia. Através da investigação a um
estudo de caso quanto a didática do professor que atua lecionando ciências na série do Nono ano do Ensino
Fundamental no Município de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro, o presente trabalho utiliza o
método da pesquisa qualitativa, para compreender as interações e as complexidades em questão, permitindo
uma análise minuciosa e uma visão abrangente dos fatores envolvidos ao problema da dificuldade em
lecionar e em aprender química. O jogo eletrônico conta com um formato significativo proposto para aulas
de Química e Ciências, contextualizando conteúdos sobre a reflexão da manutenção da alimentação
consciente, propriedades químicas, propriedades nutricionais e esquematização molecular dos alimentos, a
partir do desenvolvimento de habilidades tecnológicas. Temos então por este motivo, o presente trabalho
como escopo, propondo assim a ampliação da estrutura de ensino para professores e desenvolvimento
cognitivo dos alunos. Neste sentido, o professor norteia suas aulas com o produto educacional, a fim de
facilitar a compreensão de questões presentes no seu dia a dia sobre alimentação consciente, formando
alunos que compreendem conceitos e conteúdos de Ciências e Química de maneira interdisciplinar. A partir
da análise dos dados, no que tange demonstrar os resultados obtidos na pesquisa com os resultados da
observação, através de entrevistas, questionários quanto a aplicação do jogo, vem ser fundamental para
identificar as situações problemáticas afim de melhor intervir e minimizar as dificuldades pelos professores
em ensinar e aos alunos em aprender, com a finalidade de chegar à soluções para a aprendizagem dos
conceitos de Química.

Palavras-chave: ensino de química, alimentação consciente, jogo eletrônico

1
Universidade do Grande Rio-UNIGRANRIO-PPGEC - Profa. Drª ( Giseli Capaci Rodrigues)
2
Universidade do Grande Rio-UNIGRANRIO-PPGEC – Mestranda (Aylane de Souza Siston)

527
PROMOVENDO A INCLUSÃO DE ALUNOS MIGRANTES EM DIÁSPORA: AVALIAÇÃO DAS
POLÍTICAS PUBLICAS NAS ESCOLAS DO ESTADO E DAS CIDADE DE SÃO PAULO

Luis Carlos de Oliveira Paulo

RESUMO

Este estudo tem por objetivo analisar as políticas públicas existentes como meio para permitir o
acolhimento e a inclusão de alunos(as) migrantes em diáspora (pessoas com deslocamento forçado) nas
escolas públicas paulistas. Considerando que a educação é um pressuposto da Declaração Universal dos
Direitos Humanos (DUDH), nesta pesquisa, partimos do problema de pesquisa: como as políticas públicas
podem contribuir para a inclusão de alunos(as) migrantes em diáspora nas escolas estaduais e municipais
paulistas? Neste estudo, parte-se da hipótese de que as políticas públicas podem incluir os(as) alunos(as)
em diáspora para desenvolver as habilidades e competências exigidas na educação em São Paulo. O objetivo
geral é compreender se há políticas públicas de educação municipais e estaduais que verdadeiramente
incluam alunos(as) migrantes em diáspora, e temos três objetivos específicos, a saber: (i) compreender se
as políticas públicas de educação municipais e estaduais de São Paulo acolhem alunos(as) migrantes em
diáspora; (ii) Avaliar as tratativas aos(as) alunos(as) em diáspora nas políticas públicas educacionais no
Estado de São Paulo; (iii) Avaliar as tratativas aos(as) alunos(as) em diáspora nas políticas públicas
educacionais no Município de São Paulo. O corpus selecionado para este estudo são as políticas públicas
educacionais para inclusão de alunos(as) em diáspora que adentram no Brasil, englobando as crianças
matriculadas na Rede Pública Estadual e Municipal Paulista. O que justifica essa escolha é o aumento de
migrantes em diáspora nas escolas paulistas, devido a ocorrência de guerras, catástrofes naturais e
perseguição religiosa, que fazem com que as pessoas migrem para países que possam acolhê-las, sendo
preconizado pela DUDH a inclusão nas escolas como direito humano da educação, também estabelecido
nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas
(ONU, 2022). O arcabouço teórico que sustenta este trabalho são os estudos sobre migrantes em diáspora
pela perspectiva dos direitos humanos, adotando Silva (2020), Stuart Hall (2018) e Hartmann (2018) no
conceito de diáspora enquanto direito humano e sobre a inclusão das pessoas migrantes em diáspora como
cidadãos. O método utilizada é a revisão bibliográfica, conforme Gil (2008) como aquela que permite
aprofundar o problema de pesquisa. O método utilizado é o hipotético-dedutivo e a coleta de dados será
realizada por revisão bibliográfica e pesquisa documental. Os resultados alcançados confirmam que tanto
nas escolas municipais quanto nas estaduais paulistas há ênfase na inclusão de alunos(as) migrantes em
diáspora. Dessa forma, evidenciamos que as políticas públicas para inclusão de migrantes em diáspora na
escola pública paulista são definidas em documentos norteadores nas escolas municipais e estaduais.
Concluímos que a inclusão de alunos(as) migrantes em diáspora é um direito humano contemplado nas
políticas públicas educacionais das escolas municipais e estaduais paulistas em consonância com o que
dispõe a Constituição Federal do Brasil.

Palavras-chave – Políticas públicas. Inclusão. Alunos(as) migrantes em diáspora. Escola municipal de


São Paulo. Escola estadual de São Paulo.

528
A Construção de Instrumentos de Avaliação em Educação Permanente em Instituição Hospitalar

Joseane Stahl Silveira1, Carolina Sturm Trindade2, Andréa Wander Bonamigo3, Helena Terezinha Hubert
Silva4

RESUMO

A educação permanente se baseia na aprendizagem significativa, a partir da problematização do


processo de trabalho. Porém, existem dificuldades em avaliar as ações educativas realizadas em serviços
de saúde, constituindo-se como uma temática relevante a ser investigada. A necessidade de se gerenciar os
resultados na aprendizagem é um assunto importante para a gestão institucional. Atualmente existe uma
política de educação e orientações sobre o registro das ações educativas no Hospital de Clínicas de Porto
Alegre, porém não há especificações sobre o processo avaliativo. O objetivo desta pesquisa foi desenvolver
um modelo de instrumento de avaliação das ações educativas. A pesquisa realizada foi submetida e
aprovada no Comitê de Ética e Pesquisa da UFCSPA, classificada como quantitativa e qualitativa. Na
primeira fase da pesquisa, as lideranças de enfermagem responderam a um questionário, sobre o
planejamento das ações educativas, onde as participantes concordaram com as afirmativas da necessidade
de planejamento, definição de objetivos de aprendizagem e a importância do processo avaliativo. Na
segunda fase da pesquisa foi realizada a construção dos instrumentos de avaliação, a partir das respostas
obtidas na primeira fase e do referencial teórico do tema, com base no modelo de avaliação de Kirkpatrick,
que sugere a mensuração em quatro níveis de avaliação: reação, aprendizagem, comportamento e
resultados. A terceira fase da pesquisa foi a validação de conteúdo dos instrumentos de avaliação, realizada
por equipe de especialistas, através de um questionário estruturado. A abordagem quantitativa utilizada foi
o Índice de Validade de Conteúdo (IVC), que mede a proporção ou porcentagem de concordância sobre
determinados aspectos de um instrumento. Neste estudo utilizamos um IVC de concordância de 80% nas
respostas. A Avaliação de Reação obteve um IVC geral de aprovação de 0,96. A Avaliação de Aprendizagem
obteve um IVC de 0,80. A Avaliação de Comportamento - Participante obteve um IVC de 0,91 e na
Avaliação de Comportamento e Resultados - Liderança, o IVC foi de 0,90. No geral, os instrumentos foram
aprovados, para aplicação em serviço. A partir das contribuições das lideranças em enfermagem, foi
possível concluir que é importante na etapa do planejamento o estabelecimento de objetivos de
aprendizagem e a utilização dos indicadores do processo. Nas sugestões dos especialistas, alguns itens
foram alterados, visando melhorar os resultados das avaliações. Outros itens foram mantidos, de acordo
com as recomendações da literatura e para análises posteriores. Assim, foi desenvolvido um instrumento e
espera-se que o mesmo facilite a avaliação dos processos educativos na instituição contribuindo para a
melhoria da assistência no hospital.

Palavras-chave: Ensino na Saúde; Gestão em Saúde; Educação Permanente.

1
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
2
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
3
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
4
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

529
ENSINO DA ENFERMAGEM NEONATOLÓGICA NA MODALIDADE RESIDÊNCIA

Guareschi, APDF1, Balbino FS 2

RESUMO

Introdução: a residência em Enfermagem Neonatológica é uma modalidade de pós-graduação lato


sensu, com financiamento do Ministério da Educação. O objetivo é formar especialistas na área com
excelência pautado nos princípios do Sistema Único de Saúde, políticas públicas e na filosofia do Cuidado
Centrado na Família, visando a redução da morbimortalidade neonatal. Objetivo: Relatar o planejamento
educacional do Programa de Residência em Enfermagem Neonatológica da Universidade Federal de São
Paulo (UNIFESP). Método: relato de experiência da articulação da teoria com a prática, visando a
aprendizagem significativa dos residentes. Resultado: o projeto político pedagógico do programa prevê o
ensino em serviço, com embasamento na teoria de aprendizagem cognitivista de Ausubel e método de
ensino pautado nas metodologias ativas. O programa possui 5740 horas sendo 80% da carga horária prática
e 20% da carga horária teórica, é composto por disciplinas teóricas e práticas divididas entre o 1º e 2º ano
da residência. A construção do conhecimento dos residentes é realizada de forma gradual com conteúdos e
práticas que vão da baixa à alta complexidade de atendimento neonatal, com a vivência do trabalho
interprofissional, com realização de estudos de casos mensais apresentados e discutidos com os tutores e
preceptores do programa. O processo avaliativo é realizado a partir de um instrumento de competências,
com parâmetros de acordo com o perfil profissiográfico da especialidade. O programa é composto pela
coordenação que é responsável pela gestão acadêmica, docentes e tutores com titulação mínima de mestre
que contribuem com as reflexões teóricas e preceptores especialistas, que contribuem com o ensino prático
da profissão e discussões clínicas. Ao final do curso os residentes realizam um trabalho acadêmico
científico, a partir das inquietações vivenciadas na prática, contribuindo com evidências científicas da
especialidade. Conclusão: o processo de ensino que proporciona uma aprendizagem significativa ao
residente contribui para a formação do futuro especialista, transformando-o em um profissional de saúde
qualificado com responsabilidade social, na diminuição dos indicadores neonatais de morbimortalidade,
bem como, na garantia de um cuidado seguro e humanizado ao recém-nascido e sua família.

Palavras-chave: enfermagem neonatal, especialização, ensino superior

1
Professora Adjunto da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
2
Enfermeira da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

530
FORMAÇÃO DOCENTE POR PRÁTICAS INSPIRADADORAS: A EXPERIENCIA SENSÍVEL
NO PIBID/EIN

Márcia Onisia da Silva1, Naise Valéria Guimarães Neves2

RESUMO

O PIBID Educação Infantil vem ocorrendo desde 2014 e já possibilitou amplas experiências aos
discentes do curso, tendo em 2023, 60 discentes envolvidos. Mais que experiências, provoca reflexões
acerca dos saberes docentes, suas práticas e os resultados delas. A formação de professores para atuar com
crianças de 0 a 6 anos, ultrapassa as paredes da universidade para se tornar efetiva, imergindo os discentes
nas escolas e levando-os a confrontar seus saberes, suas ideias, suas próprias perspectivas e concepções
sobre a educação, as crianças, as infâncias. O desequilíbrio provocado, ao terem que interagir com crianças
reais, que necessitam de respostas e ações reais, os coloca diante de desafios do cotidiano, mesmo antes de
serem habilitados, o que favorece seu fazer profissional. Ao adentrar escolas das periferias e rurais, se
deparam com realidades diferentes das imaginadas, como por exemplo, de que numa escola rural, as
crianças dominam questões da vida cotidiana de forma natural. Ao perceberem que as crianças nunca
tinham plantado, colhido ou se alimentado de produção própria, os discentes começam num processo de
tomada de consciência, que os leva de um fazer (e um pensar) ancorado no senso comum, para um fazer e
um pensar no saber científico. Ao tomar consciência desta realidade, seu foco muda de “eu faço com as
crianças” para “as crianças fazem por si” e isso muda toda concepção e rumos do trabalho. Se dão conta
que eles mesmo estão superando práticas arcaicas, substituindo-as por práticas inovadoras,
desemparedando as crianças e promovendo atividades muito mais lúdicas, e assim o mais difícil, nem
sempre é tão difícil como parece. Ao contrário, dar autonomia para as crianças, escutá-las, permitir seu
protagonismo torna o fazer docente mais desafiador, portanto, mais sensível, envolvente e prazeroso.
Nenhum dia é igual ao outro e a espera pelas surpresas do dia seguinte recobrem de prazer o dia a dia,
instiga a vontade de voltar logo para compartilhar das alegrias das crianças perante suas descobertas, seus
conhecimentos que foram construídos naturalmente, mas de forma planejada e intencional. Para além dos
muros das escolas, o envolvimento das famílias, professores (as) e da comunidade em corresponsabilização
pelas infâncias mostra como operacionalizar as políticas públicas para a infância, seja na escola ou fora
dela. Larrosa (2002, p. 21), define "a experiência como o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca.
Não o que se passa, o que acontece, ou o que toca". Neste sentido, a experiencia do PIBID para os Ids tem
se mostrado aquilo que os toca diante de uma criança que, com seu olhar, diz: “eu tenho muito mais a te
ensinar do que você imagina”. E no desafio de aprender com elas, os pibidianos vão se inspirando e
construindo suas bases para atuarem como docentes que vêem a alma da criança irradiada num sorriso,
numa lágrima, num olhar, na busca pelo abraço ou pelo conhecimento. E ao ensinarem o professor a ser
professor, o ensinam também a ser humano.

Palavras-chave: formação inicial, pibid, experiências docentes

1
Universidade Federal de Viçosa (UFV).

531
Educação de jovens e adultos no sistema prisional brasileiro: uma reflexão acerca de estatíticas e da
aprendizagem

JOSÉ DA SILVA, Danielle Francis

Resumo

Esta pesquisa tem como tema Educação de jovens e adultos no sistema prisional brasileiro, com
reflexão para as estatísticas apresentadas pelas fontes de pesquisa e uma análise sobre a aprendizagem de
acordo com os dados e fatos observados nos documentos. O assunto principal é a importância da existência
de condições para o desenvolvimento dos indivíduos em situação de privação de liberdade como seres
biopsicossocionais, considerando este como sujeito de direito a educação, capaz de contribuir com a
sustentabilidade socioeconômica do país. O objetivo geral é analisar as discussões a respeito do impacto da
educação nas dimensões sociais e escolares com a perda e/ou ganho dos aspectos de uma identidade
socioeconômica e cultural individual e coletiva. Assim, pretende-se: i) analisar e argumentar estatísticas e
fatos já existentes; ii) Refletir sobre mudanças futuras, como novos métodos de ensino-aprendizagem e
desenvolvimento integral do indivíduo em situação de privação de liberdade.

Palavras-chave: Educação. Sistema prisional. Estatística. Aprendizagem.

Abstract

This research is about youth and adult education in the Brazilian prison system, it’s a reflexion about the statistics
and an analyse about the learning process according to the data and facts observed. The central subject is the
importance of the existence of conditions to improve the learning process, to promote an effective learning and
youth and adults who is deprived of freedom in the prison system, considering them as a subject of right to
education, able to contribute to socioeconomic sustainability. The objective of this article is to analyse the
discussions concerning impact of education in the social and school dimensions with the loss and/or gain of
socioeconomic and cultural aspects of individual and collective identity; focusing on the importance to
development cognitive and social skills with youth and adults in the conditions of deprivation of liberty and
monitoring the development of them, considering them as a biopsychosocial person. Thus, the article intends to:
i) to analyse and to argue about the statistics and facts; ii) to reflect about future and possibilities changes in
methodology of education, such as new learning methods and complete development of the youth and adults in
situation of freedom privatization; through theoretical and documental research.

Keywords: Education; Prison System; Statistics; Learning.

532
O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA SOB A LUZ DA SEMIÓTICA DE PEIRCE PARA O
TRABALHO COM LEITURA E ESCRITA;

FERNANDA DE FREITAS MACHADO PIROVANI


O projeto propõe realizar uma pesquisa sobre as contribuições da semiótica para o ensino de língua
portuguesa através de multiletramentos para o avanço na construção de currículos dotados de significados
críticos e reflexivos, visando a formação de estudantes leitores proficientes como um desafio para os
docentes de língua portuguesa; e também, compreender as mudanças na prática docente, através do campo
da semiótica (Norte Americana e da Semiologia (Europa). Justifica-se através de pesquisa bibliográfica
sobre o que é realmente relevante aos estudantes que segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular)
as aulas de Língua Portuguesa devem contemplar novos gêneros textuais. Para tanto, a pesquisa será
realizada em uma escola pública da rede municipal de ensino de Alegre e na SEED (Secretaria Executiva
de Educação), este projeto surge com a finalidade de analisar as contribuições da semiótica de Peirce para
o trabalho com leitura e escrita, utilizando-se dos multiletramentos, assim como compreender a língua
falada e escrita como um instrumento de relações de poder e interação social. E, o que será possível
transformar e contribuir nos currículos da educação básica do município. Através de uma abordagem ação-
participativa, aplicada, sendo assim, espera-se como resultados, reconhecer que as dimensões de ensino, de
pesquisa e de extensão sejam momentos que se apresentam distintos, mas indissociáveis e articulados
semioticamente, e que através de práticas de ensino da língua, não como um sistema de categorias
gramaticais abstratas, mas como uma opinião concreta que garante um máximo de compreensão mútua, em
todas as esferas da vida ideológica. Acredita-se que por meio de um novo currículo será possível
proporcionar aos estudantes a aquisição de proficiência em leitura e escrita o que possibilitarão exercer suas
cidadanias críticas e reflexivas.
Palavras-chave: Currículo. ENSINO, LÍNGUA PORTUGUESA, SEMIÓTICA.

533
‘A GENTE’ ERA FELIZ E NÃO SABIA... É possível sair da zona de conforto de maneira abrupta
e ainda dar lugar a um novo processo de construção didática?

Priscila Gabriel Gonçalves e Sá1

RESUMO

A presente pesquisa investiga os efeitos da pandemia no mundo educacional, estudando


diversos aspectos, como a questão profissional – professor mediador – e o processo de ensino-aprendizagem
como um todo. Observa, também, os desafios enfrentados pelos sujeitos atuantes em escolas de diferentes
realidades e atua na construção de uma didática que promova trabalhos conscientes e criativos, apesar de
todos os desafios que têm sido enfrentados e que ainda estão por vir. O estudo traz uma reflexão do contexto
educacional pré-pandêmico, para abordar, comparativamente, o pós, entendendo como se deu a vivência de
um período complicado em questões sociais, emocionais, pessoais e profissionais em todos os âmbitos da
sociedade brasileira. Assim, aborda os reflexos na educação e investiga a formação do protagonismo do
aluno na aprendizagem, sua conquista de autonomia significativa para enfrentamento da situação real e a
importância da construção da representatividade, principalmente nas classes populares. A questão da lógica
educacional atual é investigada, para levantamento real de hipóteses que levem os educandos à construção
de pensamento crítico, consciente e participativo da sociedade. Vivemos um período de muitos medos,
dúvidas e incertezas desde que nos deparamos com uma pandemia. Algo totalmente inesperado, que chegou
como um furacão para bagunçar as nossas vidas. A pesquisa de campo baseia-se em alguns questionamentos
fundamentais: Qual será o papel do professor no período pós-pandêmico, diante das muitas adversidades
que estarão presentes e precisarão ser conduzidas? Este professor, que precisa lidar com grandes desafios,
está preparado física e emocionalmente após tantas turbulências? Depois da pandemia, qual o principal
ganho para o mundo educacional? E mais: em que pontos as diferenças sociais foram mais afetadas e
acentuadas? Precisamos pensar na construção de uma nova didática? Em meio a tantos medos, a pesquisa
busca alternativas para uma educação que seja capaz de superar os inúmeros limites que nos serão impostos:
uma educação libertadora! O ensino híbrido veio para ficar. E é necessário que façamos alguma intervenção
prática para que as diferenças não fiquem mais evidentes e não prejudiquem toda uma população cidadã
futura. Acreditamos que precisaremos ser menos CHRONOS e mais KAIRÓS no período pós-pandêmico,
visando a educação mais leve, mais centrada na vida e não no conteúdo e nos tempos de aula. Chronos é o
senhor do tempo, enquanto Kairós representa o tempo que não pode ser controlado. Nesse turbilhão de
pensamentos e sentimentos, de todas as pessoas do mundo, vamos conseguir levar a vida com mais calma?
Ou teremos mais pressa? Assim, surgem novas questões permeando a pesquisa a todo momento. No fim
das contas, ou no início dessa nova “era”, precisamos mesmo é de esperanças, como já dizia nosso Mestre
Paulo Freire. E é dessa maneira que pretende-se continuar este estudo: com esperança de que mudanças,
mesmo em meio ao caos, podem ser positivas.

Palavras-chave: Desafios. Pandemia. Desigualdades Sociais.

1
Mestranda – PPGEB – Cap UERJ – Cotidiano e Currículo na Educação Básica.

534
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LEITURA E
ESCRITA

Marilene da Silva Moura1

Este resumo descreve uma pesquisa quali-quantitativa que teve como objetivo identificar e analisar os
fatores desencadeadores e agravantes das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita nas séries
iniciais do ensino fundamental. O estudo foi realizado em duas escolas, uma pública e outra privada,
localizadas no município de Araguaína. Os participantes incluíram coordenadores, professores e alunos
identificados como tendo dificuldades de aprendizagem pelos seus professores. Diversos instrumentos de
coleta de dados, como entrevistas, questionários e sondagens de hipótese de escrita baseada na teoria de
Ferreiro e Teberosky, foram utilizados para compreender a situação atual dos alunos e identificar estratégias
para facilitar o processo de ensino-aprendizagem. No livro Psicogênese da Língua Escrita das autoras, toda
criança na fase inicial, passa por quatro etapas diferentes, para que se construa então, suas competências e
habilidades para o sucesso do processo de ensino aprendizagem, sendo elas as fases: - Garatuja: rabiscos,
não diferencia letras de números; - Pré-Silábica: a criança não relacionar as letras com os sons; - Silábica:
interpreta a letra a sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada uma; - Silábico-Alfabética: confunde a
lógica da etapa anterior com a identificação de algumas sílabas; - Alfabética: compreende as letras e sílabas.
Portanto enfatiza a importância de adotar uma visão multidimensional para compreender a complexidade
do fenômeno das dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita. Tanto os aspectos intrínsecos aos alunos,
como dificuldades cognitivas ou neurobiológicas, quanto os fatores extrínsecos, como o ambiente escolar,
familiar e socioeconômico, são levados em conta. O apoio familiar, a qualidade do ensino oferecido pela
escola e as condições sociais que podem influenciar o processo de aprendizagem são destacados como
elementos-chave para lidar com as dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita. O estudo discute
abordagens pedagógicas diferenciadas, recursos e materiais didáticos específicos, bem como a importância
do trabalho colaborativo entre professores, coordenação pedagógica, família e profissionais especializados.
São enfatizadas práticas inclusivas e individualizadas, visando atender às necessidades específicas de cada
aluno. Os resultados da pesquisa evidenciam que o acompanhamento familiar das atividades propostas
representa um dos principais desafios para combater ou melhorar as dificuldades de aprendizagem. Isso
destaca a importância da parceria entre a escola e a família no processo educacional. Além disso, fatores
socioeconômicos e culturais também foram identificados como influências no desenvolvimento da
aprendizagem. Em suma, o estudo contribui para uma compreensão mais aprofundada das dificuldades de
aprendizagem na leitura e na escrita nas séries iniciais e ressalta a necessidade de intervenções adequadas
para auxiliar os alunos nesse processo, com o objetivo de alcançar um desenvolvimento satisfatório nessas
habilidades.

Palavras-chave: Dificuldades, leitura, escrita.

1
UFT – Universidade Federal do Tocantins / Palmas - PPGECS

535
O QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE ÁFRICA NA ESCOLA? REFLEXÕES ACERCA DE
GENERALIZAÇÕES E ESTEREÓTIPOS PRESENTES NOS DISCURSOS.

Elayne Melo1

RESUMO

Ao pensarmos em um mundo cada vez mais globalizado, é impactante perceber o quão equivocados
são os discursos que circulam sobre o continente africano ainda hoje. Na maioria das vezes, apresentando
generalizações e estereótipos negativos. Geralmente veiculados e disseminados massivamente pelas
grandes mídias, com reportagens e imagens que acabam por resumir todo um continente a imagens de
crianças desnutridas, doenças, fome, pobreza, guerras etc. Entretanto, é necessário trazer a escola e sua
ambiguidade para a discussão, pois ao mesmo tempo que reproduz, colabora institucionalmente e
historicamente com o racismo, ela também é um instrumento de intervenção no mundo e pode servir como
agente contra o racismo. Sendo assim, pensando no cenário atual, no ano em que se completa 20 anos da
Lei 10.639, sabemos que houve muitos avanços, porém sabemos que ainda temos uma grande caminhada
para alcançar uma educação de fato democrática. Sendo assim, esse estudo pretende fazer um levantamento
de estereótipos sobre a África existentes em discursos atuais. Objetivando construir reflexões e analises
sobre esses discursos a partir de entrevistas semiestruturadas realizadas com mães de crianças matriculadas
na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Apoiando-se teoricamente em ALMEIDA (2018),
CAVALLEIRO (2020) e GOMES (2010). Por fim, pretende-se destacar a importância do diálogo e parceria
entre famílias e escolas no combate ao racismo e abordar a importância do letramento racial como
ferramenta crucial para superação desses discursos negativos sobre a África e para se pensar e construir
uma educação antirracista

Palavras-chave: estereótipos, racismo estrutural, educação antirracista.

1
Mestranda pela CApUerj e Professora de Educação Infantil pela SME/Rj

536
A ERER: O RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP/BRASIL

Cíntia Ferreira Araújo1

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi compreender como o Núcleo Pedagógico [NPE] pode contribuir para
a formação continuada dos docentes no que se refere ao atendimento da Lei 11.645/2008 e avaliar o impacto
das ações do NPE para a formação nos espaços coletivos de estudos e Orientações Técnicas [OT]. O NPE
é responsável, entre outros, pela formação em serviço de professores e coordenadores,2 com o objetivo de
apoiar na implementação do currículo oficial e identificar demandas de formação. Desta forma, esta
investigação visou versar como a Educação para as Relações Étnico-Raciais [ERER], tema contemporâneo
transversal, foi desenvolvida e tratada nas ações de formação do NPE, anos de 2019, 2020 e 2021. E como
foram entrecruzadas com a gestão educacional e práticas pedagógicas nas Unidades Escolares [UE]. Em
2020 e 2021 foi elaborado questionário para dar voz as escolas quanto as práticas sobre a temática e o
impacto das formações na realidade das UE analisadas. Durante o ano letivo de 2021 foi possível visualizar
que em algumas escolas a abordagem ERER vem acontecendo de forma transversal e se faz presente ao
longo do ano letivo, outras caminham para esta consolidação e há aquelas cujos trabalhos ainda são tímidos
e acontecem de forma pontual. Por isso é importante que todas as escolas sejam incentivadas, formadas e
que se tenha um olhar especial para aquelas que vêm apresentando dificuldades para o trabalho contínuo
da ERER. Para estas, é extremamente importante que se valorize todas as ações, mesmo que pontuais, para
que consigam como o tempo consolidar este trabalho tão importante. É significativo destacar que apenas a
abordagem cultural não é suficiente para a construção de uma Educação Antirracista. Ela é importante, mas
precisamos transcendê-la! Se ficarmos somente na visão da contribuição da miscigenação para a formação
do povo brasileiro (indígena, negro e branco europeu), acabamos por suavizar conflitos e violências, não
nos atentando para as resistências, lutas e apagamento histórico. A formação da sociedade brasileira deve-
se sim a mestiçagem, tão presente na concepção de alguns autores do tema. Mas é preciso problematizar
em que contexto e condição se deu esta miscigenação, que foi usada, inclusive, como política de dominação.
Que consequências a invasão europeia trouxe para os povos originários e a escravidão para os afro-
brasileiros na atualidade. Mesmo com todas as legislações e desenvolvimento de práticas em muitas escolas,
nota-se grandes desafios para se implantar a ERER. Em muitos casos, há boas intenções de trabalhos, mas,
infelizmente, esbarram-se em estereótipos que acabam por exaltar, mesmo que inconscientemente, o
etnocentrismo e eurocentrismo, perpetuando preconceitos. Por este motivo a formação continuada em
serviço, seja via DER e/ou UE, é importantíssima. Para que de fato possamos construir uma Educação
Antirracista, tendo a escola como aliada na construção de uma sociedade mais justa, igualitária em que
todos tenham lugar, voz e vez.

Palavras-chave: formação continuada, docentes, ERER

1
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Diretoria de Ensino da Região de São José dos Campos [SEDUC-SP/DER-
SJC].
2
Neste texto optou-se por utilizar as nomenclaturas usadas pela SEDUC/SP nos anos aqui abordados.

537
EXPERIMENTOS EDUCACIONAIS EM MOREIRA CAMPOS POR MEIO DO LETRAMENTO
LITERÁRIO

Luiza Maria Aragão Pontes

RESUMO

INTRODUÇÃO: O tema da pesquisa encontra-se voltado para a compreensão do conto enquanto


Gênero Textual, trazendo o conto como objeto de estudo e experimento educacional Na oportunidade,
foram organizados alguns experimentos de leitura de alguns contos de Moreira Campos, valorizando, assim,
a Literatura Cearense OBJETIVO: Verificar o processo de leitura de cinco contos de Moreira Campos,
valorizando o conto como gênero textual. METOLOGIA: A metodologia aplicada foi a pesquisa
bibliográfica de natureza qualitativa com enfoque exploratório, e, ao mesmo tempo, descritivo, por meio
de estudo de caso, desenvolvendo o Letramento Literário e, também, o Letramento Digital,
estrategicamente, tendo o apoio do método Alfaletrar de Magda Soares. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Como podemos concluir, os alunos se apropriaram destes experimentos educacionais para conhecer o conto
de Moreira Campos, interpretaram seu enredo com o apoio das informações do Questionário Estruturado
de Leitura, por meio do qual ficou conhecido o perfil de leitura de alguns alunos do 1° Ano de uma escola
pública de Ensino Médio.

Palavras-chave: Conto, Letramentos, Gênero Textual

538
PROTAGONISMO DE DIDÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: REFLEXÕES
SOBRE O ENSINAR-APRENDER DIDÁTICA NO CURRÍCULO

Valdenildo Pedro da Silva1

RESUMO

Este estudo, realizado de modo transversal e descritivo, visa a refletir sobre a disciplina Didática
dos currículos, em particular, de formação de professores de Institutos Federais brasileiros, a partir dos
cursos de licenciatura em Química do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, visando a demonstrar o
protagonismo pedagógico da Didática na formação docente de nível superior para a educação básica. A
partir dos anos 2000, essas instituições federais de educação profissional foram desafiadas, pelo Ministério
da Educação, a contribuir com a formação de professores para a educação básica, ofertando cursos de
licenciatura devido à grande ausência de professores da sala de aula, com formação superior no ensino de
ciências em Química, Física, Biologia e Matemática, nas redes de ensino da educação básica,
principalmente das áreas mais interioranas e longínquas do Brasil. Os desafios propostos foram atrelados
aos processos de ensino-aprendizagem demonstrados por essas instituições em relação à oferta de ensino
propedêutico considerado como competente e de qualidade pelo país afora. A partir de então, tais desafios
se transformaram em possibilidades de se difundir novos modos estratégicos de ensino mais sérios e
duradouros pelas instituições de ensino federais de educação profissional junto às redes de ensino públicas,
sobretudo das esferas municipal e estadual rumo a uma educação de qualidade e transgressora. O ensinar-
aprender de Didática tem se tornando um componente curricular de formação docente nos cursos de
licenciatura em Química, pois ela tem como objeto de estudo os processos de ensino e de aprendizagem
focados no trabalho do docente voltados à melhoria da qualidade do ensino. Para isso, tem se permitido aos
futuros professores o domínio dos conhecimentos que lhes permitam ensinar, a organização do ensino em
função da aprendizagem dos alunos, considerando as características individuais e sociais dos estudantes, e
os fatores socioculturais que se voltam à aprendizagem. Tais requisitos se vinculam àquilo que se almeja
dos processos de ensinar-aprender, precisamente ao objeto de estudo da didática básica e das didáticas
específicas. Portanto, é importante repensar o campo da Didática no contexto dos currículos de cursos de
formação de professores, por se configurar como eixo articulador e estruturante, em que o ensino de
Didática como teoria (campo epistêmico) e prática (componente curricular) dos processos de ensino-
aprendizagem, que objetiva a formação integral e onmilateral do ser humano, cria substrato para a produção
de concepção, de análise e de estudo crítico e dialógico no campo da educação. A Didática, como estratégia
para futuros possíveis, como disciplina pedagógica, campo de pesquisa e de aquisição de conhecimentos,
habilidades e atitudes para o exercício profissional, contribui, de maneira singular, para a formação de
professores. Ela constitui o campo como o docente ensina determinado conteúdo para os estudantes,
garantindo, através de eficientes estratégias e técnicas de ensino, a construção do conhecimento. O ensino
de Didática na formação de professores, em termos técnicos e práticos, possui um conteúdo implícito, uma
concepção de sociedade, de homem e de educação visando a melhorar a qualidade da educação em sintonia
e para além dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas, em
particular com o objetivo 4, que almeja garantir uma educação de qualidade, inclusiva e equitativa para
todas e todos.

1
Professor-pesquisador aposentado do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

539
FORMAÇÃO NA PEDAGOGIA DA CORPOREIDADE COM OFICINAS DE BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS NA ESCOLA PÚBLICA

Autora1 Maria Aline Leite Calado, Co-autores 2 Pierre N. Gomes-da-Silva, Ana Lua Pereira Mousinho,
Williams Florêncio Cavalcante Junior, Edvaldo Jose garcia Gonçalves

RESUMO

Este projeto OBBA (Oficina de Brinquedos e Brincadeiras) está vinculado ao Laboratório Escola
Brincante, pertencente ao GEPEC (Grupo de Estudos em Pedagogia da Corporeidade) e ao GEPELF
(Grupo de Pesquisa em Lazer e Formação de Professores), vinculados ao Departamento de Educação Física
CCS/UFPB e ao programa de Pós-Graduação em Educação Física UPE/UFPB, fundamentada na Pedagogia
da Corporeidade elegendo o jogo como pivô do ensino e aprendizagem, a valorização cultural e a
intervenção pedagógica e terapêutica; investigando os efeitos Semióticos do Jogo com a formação humana,
a saúde e a memória sociocultural, destinando-se a possibilitar o conhecimento teórico e vivencial de alguns
brinquedos para estudantes de escolas públicas de João Pessoa-PB e para graduandos de algumas
licenciaturas. Além de complementar a formação dos licenciados em Educação Física, pela Pedagogia da
Corporeidade, com o programa das Oficinas (OBBA), nas intervenções com escolares. A temática do
projeto também é cultural porque trata do brinquedo artesanal, pertencente à cultura popular, a ser
construído e pedagogizado de acordo com a faixa etária e o grau de instrução. A Oficina de brinquedos e
Brincadeiras - OBBA, (Gomes-da-Silva,2013) tem como princípio a construção do próprio brinquedo a
partir de materiais reutilizáveis e de baixo custo. A OBBA oferece 24 brinquedos de construção artesanal,
sistematizados em termos de materiais necessários, passos para a construção e brincadeiras realizáveis e
habilidades aprendidas. Construção, que favorece a noção de reversibilidade, envolvendo os processos de
composição, montagem e fabricação. A finalidade é confrontar a noção linear e progressiva do tempo com
a vivência das possibilidades de recomeçar e recriar o jogo, a circunstância e o próprio modo de se
relacionar com o mundo. Deste total de brinquedos foram escolhidos 5 para a implementação das OBBAs:
2 de Construção, 2 de experimentação e 1 de teorização; o planejamento das Oficinas para escolares e para
graduandos seguirá a classificação dos brinquedos em Gêneros de Jogos. Os brinquedos dos gêneros
primários são aqueles de maior vínculo na relação imediata consigo e com o entorno, mais aproximado da
educação infantil. Estes jogos, mais diretamente relacionados à percepção ambiental e corporal, são
chamados de jogos ambientais e jogos sensoriais. E os brinquedos mais elaborados em termos de
comunicação, estão classificados em Gêneros Secundários, que são decorrentes e intercambiam-se com os
primários. São eles: Jogos Rítmicos; Jogos Simbólicos; Jogos de Confrontação; Jogos de Construção e
Jogos de Expedição. Sua implementação é feita por meio das seguintes etapas: Apresentação, Tematização,
Implementação, Intervenção e Avaliação.
Palavras-chave: Pedagogia da Corporeidade, Brinquedos, Educação Física.

1
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
2
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

540
EDUCAÇÃO SEXUAL EM MATERIAIS DIDÁTICOS, INTERNET E FORMAÇÃO DOCENTE:
ANÁLISE DE VÍDEOS

Gislene Cristina Ehlert1, Simone Riske-Koch2

RESUMO

Este artigo é um recorte do Trabalho de Conclusão de Curso de Pedagogia, realizado na


Universidade Regional de Blumenau- FURB. A Educação Sexual (ES) não é obrigatória nas escolas, mas
no cotidiano é possível perceber o quanto é necessária e urgente no âmbito escolar, pois, crianças e
adolescentes convivem com situações relacionadas à sexualidade, como também possuem curiosidades e
consequentemente têm muitos questionamentos sobre. Um marco no que diz respeito à Educação Sexual
no campo da educação, foram os PCN (Brasil, 1997), embora ES tenha sido apresentada como orientação
sexual. No entanto, mesmo com a elaboração deste documento em 1997, o tema ES que deveria ser
abordado transversalmente segue silenciado e pouco abordado nas escolas. O estudo objetivou identificar
materiais didáticos para educação sexual de crianças, disponíveis na internet, para professores/as,
analisando alguns vídeos. Constitui-se em uma pesquisa documental de abordagem qualitativa exploratória,
que mapeou materiais didáticos disponíveis na internet e analisou cinco vídeos sobre ES, que podem ser
utilizados para auxiliar professores/as em suas práticas pedagógicas. O aporte teórico se pauta em autores
como Figueiró (2007, 2009), Brasil (1997), Maia (2011), Ribeiro (2011, 2018), Bueno (2018) e Furlani
(2016). Os resultados desta pesquisa sinalizam que a Educação Sexual, demandam conhecimentos
científicos, para compreender e trabalhar este tema nas escolas, de forma, que a/o própria/o estudante
construa sua concepção sobre sexualidade. Faz-se necessária práticas educativas pautadas no diálogo e na
naturalidade, despidas de preconceitos e tabus. Além de apresentar elementos que poderão auxiliar novos
estudos e investigações acerca dessa temática.

Palavras- chave: educação sexual, formação docente, práticas educativas.

1
Rede Municipal de Jaraguá do Sul.
2
Universidade Regional de Blumenau – FURB; PPGE/GPFORPE; RELER/FONAPER; GPEAD/FURB.

541
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA DO CONHECIMENTO A PRÁTICA: UMA ABORDAGEM
AO KICKBOXING NA EDUCAÇÃO FÍSICA

João Guilherme Baracho Jordão¹, Matheus Queiroz de Arruda França², Alysson Anastácio de Oliveira3,
Rosangela Cely Branco Lindoso4.

O texto trata de uma intervenção pedagógica conduzida pelos alunos do PIBID do curso de
Licenciatura em Educação Física da UFRPE, a proposta foi oferecer aos alunos do CODAI uma experiência
significativa com a prática de lutas, especificamente o kickboxing. Para isso, os alunos realizaram uma
pesquisa abrangente sobre a luta, incluindo sua história, regras e categorias, proporcionando uma base
sólida para uma roda de conversa e problematizações sobre o conteúdo. Essa abordagem visa não apenas
ensinar os fundamentos práticos da luta, mas também compreender o kickboxing em seu contexto histórico
e contemporâneo. A aula começou com uma troca de conhecimentos, onde os alunos foram convidados a
compartilhar o que já sabiam sobre o kickboxing. Em seguida, os pibidianos iniciaram com o conhecimento
construído, explicaram o contexto histórico no qual a luta surgiu e como ela evoluiu até os dias atuais. Essa
contextualização permitiu aos alunos compreenderem não apenas os aspectos técnicos, mas também a
importância cultural e social do kickboxing. Na vivência prática, os alunos foram introduzidos aos
fundamentos da luta, incluindo técnicas de socos, chutes e esquivas. A abordagem metodológica adotada
na aula reflete os princípios da Pedagogia Histórico Crítica, que enfatiza a importância da compreensão
histórico-crítica, promovendo a socialização por meio de uma abordagem crítica, além da relação entre
teoria e prática no processo de ensino. Ao iniciar com uma pesquisa aprofundada, os alunos puderam
conectar os conhecimentos teóricos com a aplicação prática, promovendo uma aprendizagem mais
completa e significativa. A intervenção pedagógica demonstrou a eficácia da abordagem adotada,
proporcionando aos alunos do Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas não apenas a experiência prática com
o kickboxing, mas também uma compreensão mais profunda da luta em seu contexto histórico e atual. Ao
integrar a pesquisa com a prática, enriquecendo a experiência de aprendizado dos alunos. Esta aula
exemplifica como a combinação de teoria e prática pode tornar o ensino da Educação Física mais
envolvente e enriquecedor.

Palavras-Chave: PIBID, educação física, kickboxing.

542
A PAIXÃO DA EXPERIÊNCIA.

Isabela da Cunha1
RESUMO
É na memória da experiência vivida, que se reencontra o propósito e um novo limiar. Foi pela
memória da experiência que tive com meus professores e, em sala de aula, que eu quis estar como professora
em uma sala de aula. Citando hooks (2013) o “ponto de vista não nasce da ‘autoridade da experiência’, mas
sim da paixão da experiência, da paixão da lembrança”, trago a autora estadunidense como referência, pois
as escritas dela e também de Paulo Freire, me trouxeram grandes ferramentas para expandir meu olhar e
experiência em sala de aula. O professor é sim “autoridade máxima” em sala de aula, mas ele faz parte da
sala de aula e esta é uma comunidade de aprendizagens, trocas e evolução. Percebi o quanto é importante
fazer os educandos se ouvirem, ouvirem suas próprias vozes e trocarem suas experiências; para isso, me
coloquei no lugar deles, me deixei ser vulnerável aos meus próprios questionamentos, deixei que eles
percebessem, por meio de seus próprios relatos e experiências, que eles não estavam sozinhos. Colocar o
aluno para observar a classe, perguntar como ele se sente estando no lugar de visibilidade mais ampla, cria
empatia. Deixar com que eles escrevam de forma anônima sobre como eles se sentem estando naquela
turma todos os dias, faz com que eles derramem suas angústias, faz com que eles enxerguem seus colegas,
faz com que eles percebam-se como indivíduos que tem autonomia para contribuir com a sala de aula. A
confiança, nos aponta hooks (2020), deve ser reforçada continuamente, e por ações que estamos dispostos
a tomar, então uma pedagogia engajada, uma sala de aula dinâmica como é a realidade do mundo hoje,
precisa ouvir e enxergar seus educandos. Atualmente o cotidiano é guiado por imagens, as relações, os
hábitos, as formas de resolver os impasses do dia a dia, são permeados por imagens e por uma realidade
paralela, que é a virtual, o que provoca uma série de alterações no modo de viver e se relacionar, como bem
aponta o sociólogo Zygmunt Bauman que nomeou a pós modernidade, ou o nosso tempo presente, como
“modernidade líquida”, devido a fluidez do tempo e das mudanças. Então os professores do tempo presente,
precisam estar no presente, lidar com as mudanças, acompanhar e enxergar aonde está o seu aluno e o que
interessa para ele, para assim proporcionar experiências que fiquem impressas em suas memórias,
experiências que despertem paixões, que o façam querer aprender, evoluir e contribuir.

Palavras-chave: Experiência, aprendizagem, lembrança.

1 Secretaria Estadual de Educação – SedSC.

543
ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS NO ENSINO DE BIOLOGIA EM PERSPECTIVA DA
FORMAÇÃO CONTINUADA DO PPGEEDUC/UFES

Katryn Sonja Santos Ferreira Pereira da Silva1, Tatiana Santos Barroso 2

RESUMO

Este trabalho tem a perspectiva de apresentar uma pesquisa em andamento destinada à elaboração
da Dissertação de mestrado acadêmico vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ensino, Educação
Básica e Formação de Professores (PPGEEDUC) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) no
Campus de Alegre/ES. As ações do PPGEEDUC tiveram início no ano de 2016 objetivando a formação
continuada de professores em nível de mestrado, contribuindo com pesquisas no âmbito educacional nas
áreas de ensino em Física, Química, Matemática, Ciências Biológicas e Ciências Humanas, enfatizando
uma prática pedagógica reverberada por ações sociais e de ensino corroborando com a continuidade dos
cursos de licenciatura da UFES/Alegre (FRANÇA; ANASTÁCIO; MARTINS, 2022). Neste sentido, este
estudo foi pensado a partir da análise histórica do PPGEEDUC/UFES observando o olhar pedagógico do
programa, sendo norteado pela seguinte questão de pesquisa: Como o Programa de Pós-graduação em
Ensino, Educação Básica e Formação de Professores (PPGEEDUC/UFES) podem contribuir com
estratégias didáticas na Instrumentação do Ensino de Biologia? Para isso, se estruturou como objetivo geral
analisar como o Programa de Pós-Graduação em Ensino, Educação Básica e Formação de Professores
(PPGEEDUC/UFES) pode contribuir com as estratégias didáticas no Ensino de Biologia. Além disso, têm-
se como objetivos específicos selecionar os trabalhos desenvolvidos pelos discentes do PPGEEDUC/UFES
que se relacionarem com a Instrumentação no Ensino de Biologia; identificar na literatura estratégias
didáticas que possam contribuir com a Instrumentação no Ensino de Biologia; apresentar aos licenciandos
de Biologia da UFES no Campus de Alegre/ES as estratégias didáticas no ensino de Biologia encontradas
na pesquisa; ressignificar as estratégias didáticas pesquisadas a fim de propor para aquelas que forem
necessárias a utilização de materiais de fácil acessibilidade e baixo custo e produzir e divulgar propostas de
estratégias didáticas no Ensino de Biologia. Portanto, esta pesquisa é de natureza qualitativa, estruturada a
partir do método do estudo de caso utilizando entrevista semiestruturada com licenciandos do curso de
Ciências Biológicas matriculados na disciplina de Instrumentação de Ensino de Biologia. Para analisar os
dados será utilizada a técnica de análise de conteúdo amparada no pressuposto de Bardin (2016). Com isso,
espera-se elaborar e divulgar práticas pedagógicas no Ensino de Biologia com a perspectiva de apresentar
para professores em formação inicial e docentes que já trabalham na área, propostas pedagógicas utilizando
materiais acessíveis em consonância com escolas públicas da Rede Básica de Educação, partindo para uma
perspectiva social e colaborativa da prática pedagógica.

Palavras-chave: estratégias didáticas, formação de professores, instrumentação no ensino de biologia.

1
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES.
2
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES.

544
AS POTENCIALIDADES DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DO
FAZ DE CONTA NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Isabele Cristina da Silva de Almeida1, Luana Caroline Camargo da Silva Rocha2

RESUMO

A literatura infantil e a brincadeira do faz de conta possuem grande importância para o


desenvolvimento da criança. O contexto histórico revela que o interesse do ser humano em ouvir e contar
histórias é caracterizado pela busca do conhecimento. Para entendermos a contribuição da literatura para o
desenvolvimento infantil contamos com a contribuição das ideias de autores como Regina Zilberman
(1985), Fanny Abramovich (1995), entre outros. Durante nossas observações e regências na disciplina de
Ação Docente na Educação Infantil, sentimos a necessidade de buscar fundamentação teórica para
compreender a literatura infantil e suas relações com a brincadeira do faz de conta na primeira infância,
pois observamos sua importância como fonte de desenvolvimento psíquico. Para tanto, será realizada uma
pesquisa bibliográfica nas bases de dados Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e
Scientific Electronic Library Online (SciELO) acerca do tema abordado, contribuindo para a organização
dos dados. A partir dos resultados encontrados, o trabalho foi organizado em três capítulos, sendo a leitura
e a contação de histórias na Educação Infantil onde abordamos a sua importância e seu histórico no Brasil.
O segundo capítulo apresenta o papel da literatura infantil no desenvolvimento da imaginação,
contemplamos que literatura infantil, ao apresentar personagens e situações diversas, ajuda as crianças a
entenderem diferentes emoções, a desenvolverem empatia e a praticarem habilidades sociais por meio da
imitação das interações entre personagens. No terceiro capítulo, a literatura e o brincar faz de conta,
buscamos compreender a importância da literatura e das brincadeiras de faz de conta para o
desenvolvimento da criança de 0 a 5 anos, recorrendo aos fundamentos de autores como Piaget, Vygotsky
e Zilberman. Os resultados demonstram que a literatura infantil e a brincadeira de faz de conta contribuem
para formação das crianças, que se desenvolve na interação social, resolve seus conflitos e supera seus
limites conforme as situações de brincadeiras que ela vivencia.

Palavras-chave: Literatura infantil, faz de conta, primeira infância.

1
Universidade Estadual do Norte do Paraná UENP
2
Universidade Estadual do Norte do Paraná UENP

545
A REFLEXÃO DE SI E DO OUTRO POR MEIO DO DESENHO REALISTA

FARIA, Lucimar Izabel 1, MORENO, Fabiana de Araújo2

RESUMO

A experiência foi realizada com crianças entre 3 e 4 anos de uma escola pública na cidade de
Diadema. Objetivou-se propiciar situações para que elas demonstrassem imagem positiva de si, do outro e
reconhecessem suas qualidades. As atividades iniciaram com observação das fotografias em desenho de
todos os alunos (edição das imagens por meio de um aplicativo) e destacou-se sob forma de legenda uma
frase de uma qualidade ou característica positiva da criança. As imagens artísticas ficaram expostas num
mural para reconhecimento próprio e dos integrantes da turma. Eles realizaram espontaneamente as leituras
com o “uso dos dedinhos”, evidenciando seu comportamento leitor. Além da foto arte de cada criança,
utilizou-se imagens realistas de quatro personagens históricos e mundialmente conhecidas: Angela Davis,
Beyoncé (Giselle Knowles-Carter), Tarsila do Amaral e Irmã Dulce. Estas personagens foram apresentadas
em rodas de conversa com apreciação de suas respectivas imagens em desenho e para cada uma delas houve
desdobramentos de diferentes estratégias. Nessa interação, propiciou-se condições para a construção de
percepções sobre si e do outro, observação de diferentes biotipos, vivência de experiências culturais e
valorização da identidade do educando e respeito ao outro. Com a personagem Angela Davis (filósofa e
ativista estadunidense engajada pela por direitos de mulheres, racismo e causas sociais), realizou-se
conversa com a turma sobre questões raciais, apreciação dos tons de pele dos alunos, bem como a
abordagem de alguns tópicos da história e cultura afro brasileira através do livro “Kaya, uma história de
representatividade" de Mércia Magalhães. Os alunos fizeram relações dos desenhos e da personagem da
história com alguns colegas da turma e professores e orgulharam-se por apreciarem suas semelhanças e
diferenças entre a turma. Sobre a personagem “Irmã Dulce” (religiosa católica brasileira que dedicou a
sua vida a ajudar os doentes e necessitados), a partir de imagens e roda de conversa, as crianças relataram
suas experiências sobre empatia às pessoas necessitadas. Apresentou-se a cantora Beyoncé, mulher negra,
artista mundialmente conhecida. As crianças apreciaram a música "Love On Top" e expressaram-se
livremente através da dança. Por dias seguidos as crianças pediam para dançar a mesma música. Eles
reconhecem a imagem da cantora e fazem comentários sobre a beleza da cantora. Por fim, apresentou-se a
artista Tarsila do Amaral (pintora e desenhista brasileira) com a obra "Abaporu". Contextualizou-se a obra,
as cores da pintura relacionada à cultura brasileira e à vida da artista. As crianças questionaram bastante,
queriam saber sobre o tamanho do pé e da cabeça do personagem da obra e o porquê apresentava-se sem
roupa. Questionaram sobre o que estavam pensando e por que Abaporu olhava triste para o cacto. Realizou-
se a releitura do quadro com o registro fotográfico dos alunos. As fotos foram tratadas com o aplicativo
resultando numa obra de arte. As crianças apreciaram a produção final do desenho realista. Reconheceram-
se a si próprios e sentiram-se orgulhosos e valorizados com a exposição de suas imagens.
Palavras-chave: DESENHO REALISTA, APRECIAÇÃO, REFLEXÃO.

1
Prefeitura Municipal de Diadema (PMD)
2
Prefeitura Municipal de Diadema (PMD)

546
FORMAR ATRAVÉS DA PESQUISA E EM COMUNIDADE DE PRÁTICAS: TRILHA (S)
PARA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

Daniela de Araújo Ando1,

RESUMO

Formar pela pesquisa e em contexto de comunidade de práticas, representam recursos significativos


para o desenvolvimento profissional do futuro professor. O trabalho abrange uma abordagem teórica sobre
as características da teoria social de aprendizagem de Wengel que destaca a função da comunidade de
práticas, bem como as diferentes concepções e características do que significa formar o professor
pesquisador. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica, na qual foram analisados trabalhos
científicos publicados no portal de Periódicos da Capes e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e
dissertações (BDTS) com o objetivo de compreender as características e contribuições das pesquisas em
educação que investigam a formação de professores por meio de comunidade de práticas e da formação do
professor enquanto pesquisador. Da análise, foi possível identificar que a integralização da proposta de
formação de professores em comunidades de práticas e da proposta de formação do professor pesquisador
possibilitam: conhecer mais a profissão docente, colocar em prática as teorias estudadas na universidade e
desenvolver uma postura investigativa que ao se deparar com a realidade possa agir em parceria com seus
pares para mudar a realidade e dessa forma transformar a si mesmo. Outro resultado importante desta
pesquisa foi a identificação da lacuna na produção acadêmica: a falta de estudos sobre a potencialidade de
associar, na formação inicial de professores, o trabalho de formação docente em comunidade de práticas e
a formação do professor pesquisador.

Palavras-chave: professor pesquisador, comunidade de práticas , formação inicial

1
Doutora em Educação pela PUC/SP. Docente da Faculdade Cristã da Cidade /SP

547
Letramento em saúde e o empoderamento dos Agentes Comunitários na Comunidade.

Jennifer Ponsoni dos Santos1, Ana Rojas Acosta2

RESUMO

O letramento em saúde, um conceito fundamental na capacitação das pessoas para compreender e


tomar decisões conscientes sobre sua saúde e tratamento, desempenha um importante papel na promoção
da saúde nas comunidades. Este estudo concentra-se na importância da Atenção Primária à Saúde (APS)
como um local essencial para desenvolver o letramento em saúde, especialmente através do trabalho dos
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que servem como pontes entre os serviços de saúde e as
comunidades. Os ACS desempenham um duplo papel, atuando como facilitadores da educação em saúde e
como membros da própria comunidade. Eles enfrentam desafios significativos ao tentar melhorar o
letramento em saúde das pessoas ao seu redor. O principal objetivo deste trabalho é identificar e destacar
os desafios enfrentados pela equipe de saúde, especialmente pelos ACS, na promoção do letramento em
saúde na comunidade. Um objetivo específico do estudo é desenvolver uma oficina destinada aos ACS,
abordando as principais doenças prevalentes na área e seus tratamentos. A pesquisa baseia-se em dados
qualitativos coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde de uma unidade
de saúde Estratégia Saúde da Família - ESF em Embu das Artes, São Paulo. Assim como fontes secundárias
consistente em pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. O locus da pesquisa de campo será na unidade
de saúde ESF São Luís, do município de Embu das Artes/SP. O universo da pesquisa é composto por 21
profissionais que integram três equipes da ESF e que realizam visitas domiciliares tais como médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem, e agentes comunitários de saúde, sendo excluídos os profissionais
administrativos, e a seleção da amostra ocorrerá por conveniência. Os resultados desta pesquisa tem o
potencial de contribuir significativamente para a promoção do letramento em saúde tanto dos profissionais
de saúde quanto da comunidade atendida por eles. O estudo visa melhorar a compreensão das barreiras
enfrentadas na promoção do letramento em saúde e, assim, auxiliar na implementação de estratégias mais
eficazes no município de Embu das Artes, São Paulo.

Palavras-chave: Educação em saúde; letramento em saúde; atenção primária à saúde.

1
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
2
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

548
O JOGO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE: EVIDÊNCIAS PRODUZIDAS PELO GRUPO DE
PESQUISAS EM PEDAGOGIA DA CORPOREIDADE

Edson Swendsen Ferreira da Rocha1, Maria Eduarda Bezerra Lacerda-Swendsen2, Pierre Normando
Gomes-da-Silva3

RESUMO

A relação educação física e saúde tem sido majoritariamente tratada, até o momento, sob o viés
teórico-metodológico biodinâmica do movimento ou da epidemilogia, ambas as ciências atentas ao estilo
de vida ativo ou aos programas de exercícios. Entretanto, o Grupo de Pesquisas em Pedagogia da
Corporeidade (GEPEC) conta com uma trajetória de investigações, intervenções e análises sobre os efeitos
que os jogos provocam nos jogadores e suas inter-relações terapêuticas. A Pedagogia da Corporeidade (PC)
é um método de ensino, pesquisa, treinamento e cuidado da saúde que adota o jogo como pivô da
aprendizagem existencial e um forte recurso terapêutico. O GEPEC desenvolve pesquisas sobre o potencial
do jogo e do brincar nos âmbitos pedagógicos, socioculturais e terapêuticos, auxiliando com seus
resultados, tanto a prática pedagógica quanto a formação profissional de docentes. Nessa perspectiva, foi
possível evidenciar, por exemplo, as contribuições do uso de videogames ativos como um recurso para o
enfrentamento do período de hospitalização por crianças com câncer. Assim como, através das Oficinas de
Brinquedos e Brincadeiras (OBBAs) realizadas com escolares observamos melhoria da conduta de crianças
identificadas com comportamentos antissociais. Ainda na escola constatamos a necessidade da inclusão do
grounding postural nas aulas de educação física para promover e elevar o nível de autopossessão dos alunos.
Tivemos ainda um estudo com drogadictos, a intervenção foi realizada com o uso de jogos teatrais, durante
o estudo foi possível colher relatos emocionais dos sujeitos sobre a sensação de bem-estar e alegria. Além
disso, uma dissertação de mestrado que utilizou oficinas com jogos de construção (tangram, peteca e vai-
vem) para crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), concluiu que a
OBBA foi um recruso eficaz ao produzir a estimulação necessária para a atenção sustentada das crianças
durante a confecção do brinquedo e realização das brincadeiras. Foram constatadas ainda, por uma tese de
doutorado, as contribuições do brincar na velhice, o objetivo da pesquisa foi analisar os efeitos semióticos
do jogo Quadrantes Mágicos nos idosos. Como resultado, foram observados ímpetos prazerosos de
excitação e absorção nos duelos enquanto efeitos emocionais; quanto aos efeitos energéticos, foi
demonstrado o esforço nas ações de fluidez entre os jogadores com diferentes estratégias de jogo e autoria
de movimentos criados; por fim, os efeitos lógicos foram o avanço do conhecimento de cada jogador ao
evocar o seu próprio Ser Brincante na velhice. Nessa perspectiva, os estudos desenvolvidos pelo GEPEC
têm demonstrado que o jogo tanto auxilia quanto é protagonista nos processos de cuidado da saúde,
apresentando-se como uma nova possibilidade de intervenção para o vasto campo da educação física.

Palavras-chave: pedagogia da corporeidade, jogo, saúde.

1
Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
2
Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
3
Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

549
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO PROFESSOR REGENTE SOBRE O PROFESSOR HORA-
ATIVIDADE E REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO PROFESSOR HORA ATIVIDADE EM
RELAÇÃO O PROFESSOR REGENTE: O CASO DAS AULAS DE CIÊNCIAS

Amanda Vitor Dourado1, Luciano Carvalhais Gomes 2

RESUMO
As representações sociais entre professores que ensinam ciência refletem percepções
compartilhadas, influenciando dinâmicas educacionais. Essas representações moldam a interação,
colaboração e identidade profissional, impactando o ambiente escolar e o processo de ensino-aprendizagem.
Compreender essas dinâmicas é fundamental para promover práticas pedagógicas eficazes e fortalecer o
ambiente educacional. Neste sentido, buscamos na tese de doutorado do Pós Graduação em Educação para
Ciência e Matemática - Universidade Estadual de Maringá. refletir sobre as representações sociais entre
professores2, ou seja: o(a) professora(r)3 hora-atividade, no qual é o profissional que atua em atendimento
a criança na educação infantil no momento em que a (o) docente regente está em ação de estudo,
atendimento e/ou planejamento, garantido pela Lei 11.738/2008. Para isso, no apoiamos no referencial
teórico metodológico na pesquisa de campo das Representações Sociais (RS), que nos permite interpretar
os aspectos da realidade docente. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa é analisar as representação social
do professor regente sobre o professor hora-atividade e representação social do professor hora atividade em
relação ao professor regente: o caso das aulas de ciências. Para tanto, a metodologia compreenderá um
grupo focal, cuja a coleta de dados a ser realizada por meio de entrevistas e questionários com profissionais
atuantes no ensino de Ciências na Rede Municipal de Educação do Estado do Paraná. Os resultados e
discussões identificam a necessidade de estudos voltados as Representações Sociais entre docentes na
educação infantil voltadas ao ensino de ciências.

Palavras-chave: Educação; Ensino de Ciências; Formação continuada de professores; trabalho docente.

1 Universidade Estadual de Maringá (UEM)


2 Universidade Estadual de Maringá (UEM)
3 Utilizaremos o termo: professora(r); educadora(r) devido o fato das mulheres serem as profissionais que mais ocupam os
espaços de trabalho na educação infantil.

550
Explorando a Metodologia de Projetos como Estratégia de Aprendizagem Ativa e Interdisciplinar:
Um Estudo de Caso na Rede Municipal de Ensino de Natal

Valeska Rochelle Carneiro Lisboa

RESUMO

Este resumo apresenta um estudo de caso que investigou a implementação da metodologia de


projetos como uma estratégia de ensino inovadora, como a abordagem de aprendizagem ativa por meio de
projetos tem se destacado de maneira eficaz de envolver os alunos em experiências práticas de aprendizado,
promovendo o desenvolvimento de habilidades críticas, criativas e interdisciplinares. Implementamos um
currículo baseado no projeto que abrangeu dois bimestres escolares em 2023. O projeto foi concebido para
ser interdisciplinar, desafiando os alunos a aplicar seus conhecimentos em outras disciplinas que compõem
o currículo basilar da educação básica como também em situações do mundo real. A metodologia incluiu a
formação de equipes de alunos, orientações frequentes, recursos adequados e avaliação rigorosa. incluindo
questionários, análise de desempenho, observações de sala de aula e entrevistas com os alunos. Nossos
resultados revelaram que a metodologia de projetos teve um impacto positivo significativo no aprendizado
dos alunos. Eles demonstraram uma compreensão mais profunda dos temas abordados, bem como uma
melhoria nas habilidades de pensamento crítico, comunicação e trabalho em equipe. O projeto também
estimulou a criatividade e a aplicação prática do conhecimento. Além disso, os alunos relataram níveis mais
elevados de motivação e satisfação com o processo de aprendizado baseado em projetos. Este estudo reforça
a eficácia da metodologia de projetos como uma abordagem pedagógica valiosa no processo de aquisição
do conhecimento seja qual for o nível de ensino ali aplicado. Os resultados destacam a importância de
proporcionar oportunidades para que os alunos apliquem seus conhecimentos em contextos do mundo real,
desenvolvendo habilidades transferíveis cruciais. A implementação bem-sucedida dessa abordagem requer
um planejamento cuidadoso, apoio adequado e colaboração entre instrutores e alunos.
Palavras-chave: Metodologia de Projetos, Aprendizagem Ativa, Interdisciplinaridade.

551
CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA - EAD
PARA O INGRESSO NO STRICTO SENSU

Giana Valim Martins, Rosilda de Menezes, Helenara Regina Sampaio Figueiredo, Fátima Aparecida da
Silva Dias
O fortalecimento do Ensino Superior (ES) é previsto no Plano Nacional da Educação (PNE -
2014/2024), aprovado pela Lei N°13.005/2014 (Brasil, 2014), por meio de metas que visam elevar a
qualidade da Educação Superior, e a expansão da oferta de cursos de pós-graduação Stricto Sensu no Brasil,
compreendendo programas de mestrado e doutorado, a fim de ampliar a proporção de mestres e doutores
do corpo docente para 75%. Nesse contexto, o Programa de Iniciação Científica e Tecnológica a Distância
(PICT-EAD), ofertado aos estudantes dos cursos de graduação nas modalidades semipresencial e EAD de
todo o Brasil, tem contribuído para a formação científica, e consequentemente, para o ingresso destes na
pós-graduação. De acordo com Oliveira e Bianchetti (2017), a Iniciação Científica desempenha um papel
importante na formação dos estudantes de graduação, preparando futuros pesquisadores ao desenvolver o
Letramento Científico, um “conjunto de habilidades necessárias para a compreensão e uso da linguagem e
dos conceitos científicos, bem como para a avaliação crítica de informações científicas”, conforme Espírito
Santo (2023, p. 91). Este estudo tem como objetivo investigar se a participação no PICT-EAD contribuiu
para a trajetória acadêmica dos estudantes que ingressaram na Pós-graduação Stricto Sensu. Para alcançar
esse objetivo utilizou-se abordagem quali-quantitativa, com análise dos dados envolvendo métodos
estatísticos descritivos, que, conforme Minayo (2009), podem ser complementares e enriquecer a análise e
as discussões finais. Para a coleta de dados, foram analisados depoimentos de estudantes participantes do
programa que ingressaram em cursos de mestrado. Como resultado, verificou-se que, além das
competências e habilidades para a pesquisa científica, as produções desenvolvidas pelos estudantes durante
o programa representaram um diferencial em seus currículos acadêmicos, tornando-os candidatos mais
promissores para os programas de Stricto Sensu. A vivência na pesquisa científica também contribuiu para
uma escolha mais embasada pela carreira acadêmica, uma vez que os estudantes tiveram a oportunidade de
conhecer os desafios e as possibilidades que essa trajetória oferece. Concluímos, portanto, que o PICT-EAD
oferece novas oportunidades para os estudantes de graduação, promovendo o desenvolvimento do
Letramento Científico, o que, por sua vez, os estimula a buscar o aperfeiçoamento por meio da Pós-
graduação Stricto Sensu.

Palavras-chave: Letramento Científico, Educação a Distância, PICT-EAD.

552
O MÉTODO ABA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE
ESTUDANTES COM TEA

Adélia Luci Ribeiro1, Rodrigo da Silva Pereira 2, Isanil Júnior Tavares 3, Marcelo Henrique dos Santos 4 e
Juarez Luiz Abrão 5

RESUMO

O tema autismo está presente nos dias atuais e enfatiza as pessoas com transtorno, visto que ainda
não há causas determinadas, confundindo com outros transtornos. A literatura apresenta diversas
metodologias colaborativas neste processo de inclusão do autista, dentre elas está o método da Análise do
Comportamento Aplicada (ABA). Assim, o presente estudo tem por finalidade apresentar o método o ABA,
aos profissionais que atuam nas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), como um
processo colaborativo na terapia do estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA), visando melhorar
sua linguagem, habilidade de comunicação, foco e habilidades sociais. Este relato faz parte de um amplo
projeto de pesquisa que tem como objetivo ampliar a compreensão de concepções acerca do método ABA
e refletir sobre as respectivas implicações para o exercício das tarefas relacionadas aos acontecimentos
escolares e do cotidiano dos estudantes com autismo. O estudo contará com a participação de professores
que atuam nas salas do AEE das escolas do ensino regular de uma cidade no Sul de Minas. A amostra
utilizará como referência o censo escolar 2022, para determinar o quantitativo de estudantes com TEA no
município pesquisado. Será realizada uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, priorizada por uma
revisão bibliográfica e o estudo de caso, com auxílio de um questionário semiestruturado, aplicado nos
profissionais do AEE, para mensurarmos o conhecimento dos professores sobre o método ABA. Espera-se,
com esta pesquisa, que se ampliem as possibilidades de discussão sobre o tema, levantando novos
questionamentos a metodologia, assim como a elaboração de uma formação para os professores do AEE
sobre o método ABA.

Palavras-chave: autismo, análise do comportamento aplicada, atendimento educacional especializado,

1
Universidade Federal de Lavras (UFLA)
2
Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS)
3
Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS)
4
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
5
Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS)

553
CONCEPÇÕES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO FUNDAMENTAL COM
TECNOLOGIAS

João Victor Pereira dos Santos1, Carlos Alberto de Vasconcelos 2

RESUMO

Os avanços tecnológicos têm causado transformações substanciais sobre a sociedade


contemporânea. No âmbito educacional, as inovações tecnológicas emergiram com a intenção de (re)definir
não apenas a abordagem dos educadores em relação ao ensino, mas também a dinâmica integral da
comunidade escolar. As tecnologias possibilitam o acesso a recursos online, auxiliam na aprendizagem
colaborativa e personalizada, além da criação de ambientes de aprendizagem mais interessantes e
envolventes para os alunos, enriquecidos com interfaces interativas. Diante do exposto, esse recorte da
pesquisa intitulada “Concepções e práticas pedagógicas de professores do Ensino Fundamental com relação
ao uso de tecnologias”, desenvolvida no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)
da Universidade Federal de Sergipe (UFS), tem como objetivo compreender as práticas e concepções de
professores do Ensino Fundamental de Sergipe em relação à utilização de tecnologias. Para atingir esse
objetivo, foi realizado um levantamento bibliográfico dos seguintes eventos: Colóquio Internacional
Educação e Contemporaneidade (EDUCON), promovido pelo Grupo de Pesquisa CNPq da UFS, com
marco temporal de 2019 a 2021, e o 12° Encontro Internacional de Formação de Professores (ENFOPE),
promovido pela Universidade Tiradentes (Unit), realizado em 2021. Além disso, foi aplicado um
questionário semiestruturado no Google Forms, que contou com a participação de 66 professores. Para a
análise dos dados gerados pelas questões subjetivas (abertas), foi empregada a “Análise de Conteúdo” na
perspectiva de Bardin (2016), baseando-se na técnica “Análise Categorial Temática”, a qual é caracterizada
pela distribuição dos depoimentos em categorias. Enquanto as questões objetivas (fechadas), foi utilizada
a Análise Descritiva de Dados. A partir dos resultados obtidos, é perceptível que ainda há predomínio pela
utilização de tecnologias analógicas, como quadro branco com pincel, livros e materiais impressos, uma
vez que foram instruídos em suas formações iniciais a utilizá-las, além de fazerem parte das suas
preferências pessoais. Contudo, em sua maioria, os participantes afirmaram que as tecnologias
contemporâneas, quando utilizadas adequadamente, colaboram para o processo de aprendizagem dos
alunos. Além disso, há uma premente necessidade de conduzir uma análise crítica e construtiva sobre a
progressiva integração das tecnologias no ambiente das instituições educacionais. Nesse sentido, as
tecnologias atuais são recursos que auxiliam no processo ensino-aprendizagem, porém são necessárias
políticas públicas de incentivo à implementação equitativa dos recursos tecnológicos no espaço escolar e a
abertura de cursos de formação continuada quanto ao uso de tais interfaces como recurso pedagógico, uma
vez que boa parte das dificuldades relatadas pelos professores está relacionada à associação dessas
interfaces com suas práticas pedagógicas.

Palavras-chave: Concepções e Práticas Docentes, Formação Inicial e Continuada. Tecnologias.

1
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
2
Universidade Federal de Sergipe (UFS)

554
Andragogia: a formação e as práticas de ensino dos professores atuantes com estudantes surdos em
escolas públicas do Estado de São Paulo - SP

Mestranda: Suelen Maria da Silva 1, Orientador: Prof. Dr. Marcio Hollosi 2

RESUMO: Este projeto visa explorar e aprimorar aspectos acerca da formação dos professores que
atuam com estudantes surdos, utilizando para isso a andragogia. O presente trabalho não visa esmiuçar o
conteúdo que a andragogia abrange, entretanto, tendo em vista o enfoque no ensino-aprendizagem do professor da escola
pública, que comumente relata não se sentir preparado para atender os alunos surdos, a andragogia será adotada como base
teórica para a análise da formação desse profissional. Considerando que a ciência que estuda a aprendizagem das
crianças é a Pedagogia, a Andragogia, em contraponto, é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender.
Isso posto, o trabalho analisará como o processo de aprendizagem do professor se deu e ainda se dá, em
linhas de formação continuada, e o impacto que isso gera em suas práticas docentes e, consequentemente,
na educação de estudantes surdos. Mesmo com toda a evolução histórica no campo acadêmico, é visível a
necessidade de uma formação constante para esses profissionais, formação essa que não seja gerada por
meio de um viés ouvintista, mas que seja construída por meio dos próprios agentes em questão, os surdos.
Na década de 1990, a Declaração de Salamanca impulsionou políticas de educação inclusiva, por colocar
em evidência um de seus objetivos mais importantes: educar todos no mesmo espaço. Com esse “pontapé”,
surgiram outros documentos que possibilitaram avanço na Educação de surdos, por exemplo, o Decreto
5.626/2005 prevê que a Libras seja inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação
de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia,
de instituições de ensino superior, privadas e públicas. Dando um salto na história, tivemos recentemente a aprovação
da Lei 14.191, de 2021, que insere a Educação Bilíngue de Surdos na Lei Brasileira de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, como uma modalidade de ensino independente, antes incluída como parte da
Educação Especial. Essa nova Lei prevê que o ensino seja iniciado na educação infantil e tenha continuidade
durante toda a vida escolar. Com essa nova legislação, a formação do professor, que já era deficitária no
que diz respeito a educação especial e como tema central aqui, a educação de surdos, agora toma uma
visibilidade maior e se torna ainda mais urgente a ser discutida. O referencial bibliográfico segue a linha de
ensinamentos de importantes acadêmicos e especialistas, no campo da surdez, como: Ronice Muller de
Quadros e Karin Lilian Strobel; no campo da teoria andragógica, as contribuições de Malcolm Knowles e
Eduard Lindeman, serão utilizadas para embasar teoricamente o trabalho. A metodológica será exploratória
descritiva, seguindo uma abordagem de pesquisa qualitativa, com procedimento de pesquisa Survey
(questionário) aos professores de uma Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS)
localizada na cidade de São Paulo - SP. Espera-se que os resultados obtidos com esse projeto levantem
informações que corroborem com os futuros professores da educação de surdos, para, dessa forma, garantir
um ensino e aprendizagem de qualidade para ambos os públicos.
Palavras-chave: andragogia, educação para surdos, formação.

1
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
2
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

555
TRABALHO DOCENTE EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA PRODUÇÃO ACADÊMICA

SOUSA, Antônio Gabriel de Sena¹; LINDOSO, Rosângela Cely Branco²

RESUMO
O trabalho docente vem sendo modificado na sociedade capitalista, com base nestas modificações,
o estudo teve como objetivo, verificar o trabalho docente em educação física referente ao que dizem as
produções acadêmicas do conhecimento. A metodologia constitui em uma pesquisa bibliográfica de caráter
qualitativo, conceituando o trabalho docente e suas subcategorias pelo relatório dessa pesquisa. A coleta de
dados foi feita no site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), uma
fundação do Ministério da Educação. Foram encontrados 427 estudos. Os critérios de exclusão, foram não
estar em português, não se repetir, e não estar relacionado ao trabalho docente em educação física. O
trabalho em sentido geral, vem sendo constantemente reestruturado cientificamente buscando técnicas, no
sentido de racionalizar a produção acadêmica, eliminando os tempos mortos e outros constrangimentos a
fim de se obter mais trabalho. Segundo Antunes (2003, p.53), trata-se da intensificação das condições de
exploração do trabalho, reduzindo ou eliminando o trabalho improdutivo. Os dados foram tratados a partir
de categorias, as categorias são criadas por meio da atividade prática e do conhecimento. Com base na
dialética, adotam-se dois níveis de categorias, denominadas por Kopnin (1978, p.34) como analíticas e
empíricas, as categorias geram novas ideias e, sobre essa base, novos enfoques dos fenômenos. Os
resultados apontam que no trabalho docente em educação física, se apresenta através das categorias,
precarização (Bosi, 2007), expressa na falta de condições em que o trabalho é realizado, isso somado a
tecnologia da informação (TIC), na dificuldade em atender as crianças com necessidades especiais, a
diversidade, gera a Intensificação do trabalho (Dal Rosso, 2008); Barbosa (2009). Outra categoria que se
apresenta é a Valorização (Grochoka, 2016), que no caso se expressa na (Des)valorização (Lindoso, 2017),
ou seja, na retirada de direitos, sobretudo nos profissionais do bacharelado. Mesmo com as dificuldades
apontadas os docentes acreditam que nas escolas ainda têm um maior reconhecimento do seu trabalho na
maior parte dos dados apontam satisfação com o trabalho realizado.

Palavras-Chave: trabalho docente, educação física, precarização, intensificação, valorização.

556
COMPREENDENDO OS RECURSOS ESTILÍSTICOS NO SONETO LX DE SHAKESPEARE E
NA TRADUÇÃO POR VASCO GRAÇA MOURA

Maria Cilene Lucas Vieira1

RESUMO

Este artigo reflete sobre as escolhas estilísticas dos autores/escritores nos gêneros textuais
discursivos, assim como perceber as escolhas e recursos estilísticos utilizados tanto no texto original do
soneto inglês de número LX de William Shakespeare e na tradução para a língua portuguesa de Vasco Graça
Moura. Ambos – autor e tradutor – optam por diversos recursos estilísticos que adornam os textos. Para o
esboço e reflexão desse gênero poético tivemos a contribuição dos estudos de Mikhail Bakhtin permeando
condições específicas e finalidades dos gêneros textuais discursivos para o conteúdo temático, estilo verbal
e construção composicional dos recursos da língua – léxico/frase/gramática. Nilce Sant’anna Martins
contribuiu com a fundamentação e reflexão analítica dos versos do soneto na língua portuguesa e inglesa
com base nos estilos do som, palavra e frase. O estudo possibilitou a percepção de que o
autor/escritor/tradutor recorre a diversos recursos estilísticos para compor seu gênero discursivo
selecionando palavras em seu contexto social para conduzir a mensagem, disposição e estilo, preocupando-
se assim com o ato da escrita para o seu leitor.

Palavras-chave: Palavras-chave: recursos estilísticos, estilo, gêneros textuais discursivos.

1
Professora da Rede Municipal de São Paulo. Graduada em Letras português/inglês (UNIBAN); Pedagogia (UNINOVE) e
Artes Visuais (UNIMES). Pós-graduada em Ética, Valores e Cidadania na Escola (USP); Gramática e Texto da Língua
Portuguesa (UNINOVE); Educação Inclusiva (IFSULDEMINAS); Tradução (ANHANGUERA). E-mail:
m.cilenivieira@gmail.com

557
FUTEBOL BRINCANTE: Efeitos Semióticos do “Brincar” no Desenvolvimento do Conhecimento
Tático Processual nas Situações de Movimento Ofensivas

Autor: José Everaldo dos Santos-Neto, Autor: Pierre Normando Gomes-da-Silva

RESUMO

Nos dispomos neste projeto a contribuir com as pedagogias inovadoras que têm confrontado os
modelos tradicionais do ensino-aprendizagem-treinamento dos esportes ao longo dos anos, em especial
para o Futebol. Dentre os modelos de ensino contemporâneos, destacamos o Teaching Games for
Understanding, Pedagogia não-linear, Sports for Education, e o Método Situacional, onde os estudos
recentes apontam que vem se mostrando como os principais métodos de intervenção para o ensino do
esporte, deixando para trás o método tradicional analítico. Sendo assim, nossa proposta é lançar um olhar
semiótico para o futebol, numa perspectiva ecológica e ontológica, tendo como pedra fundamental a
Pedagogia da Corporeidade (Gomes-da-Silva, 2003; 2015; 2016). Essa abordagem tem o jogo como o pivô
da aprendizagem, propõe a experiência do brincar, visando contribuir para formação de jogadores e
jogadores “brincantes”, ou seja, aqueles capazes de brincar, criar e amar, capazes de realizar leituras dentro
da partida, sendo parte do jogo, possibilitando o agir na circunstância, a partir do sentir, reagir e refletir.
Destarte, entendemos que as decisões que tomamos tem relação com as informações do ambiente que me
provocou, ela não é neutra, ela vem com intenção. Nesse sentido, apoiados nessas ideias, nos perguntamos,
como estruturar sessões de treinamento que favorecem o desenvolvimento do conhecimento tático
processual nas movimentações ofensivas do futebol a partir do “brincar”? quais os efeitos semióticos
produzidos? Temos como objetivo geral estruturar sessões de treinamento de futebol a partir de situações
de movimento (jogo semiotizado) que favoreçam o desenvolvimento do conhecimento tático processual
nas fases ofensivas do futebol, analisando os efeitos semióticos produzidos. Temos como objetivos
específicos, estruturar sessões de treinamentos tendo como epicentro a Aula Laboratório da Pedagogia da
Corporeidade – ALPC, trabalhando seus eixos intensivos de volume, temperatura e pressão; mapear quais
são as ações comunicativas nas fases ofensivas em um jogo de futebol; analisar os efeitos semióticos
(emocionais, energéticos e lógicos), nas sessões de treinamento e em partidas disputadas pela equipe, a
partir analítica pragmática da Pedagogia da Corporeidade, especificamente nas situações de movimento
ofensivas. A pesquisa é de caráter descritivo, com abordagem qualitativa dos dados. Para coleta de dados,
utilizaremos como técnica a observação direta, participante, o diário de campo, roteiro de observação e
filmagens. Os sujeitos da pesquisa serão escolares, do sexo masculino, na faixa etária entre 15 e 17 anos,
que já participam de equipes de futebol fora do ambiente escolar. Para avaliar a tomada de decisão dos
jogadores utilizaremos o Game Performance Assessment Instrument (GPAI) e para análise dos efeitos
semióticos será utilizado o método analítico pragmático da Pedagogia da Corporeidade.

Palavras Chave: pedagogia da corporeidade, futebol, Esporte.

558
EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS EM GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA: contribuição para
formação e o desenvolvimento profissional de professores de Ciências na Amazônia Paraense

Maria Milena de Oliveira Abreu1, Cleide Maria Velasco Magno2

RESUMO

Os Grupos de Estudos e Pesquisas no âmbito de programas de pós-graduação têm contribuído para


a Formação de Professores. Nesta pesquisa, objetivamos compreender como experiências formativas no
contexto do Grupo de Estudos e Pesquisas (Trans)Formação contribuem para o desenvolvimento
profissional de professores de Ciências na Amazônia Paraense. Para tanto, fizemos o seguinte
questionamento: Em que termos professoras que ensinam Ciências expressam experiências formativas no
contexto do Grupo (Trans)Formação que reverberam para o desenvolvimento profissional? Assumimos a
pesquisa qualitativa na modalidade narrativa, a partir dos relatos de duas professoras que ensinam Ciências.
Para análises do corpus utilizamos a Análise Textual Discursiva (ATD) associada ao software IRAMUTEQ.
Concluímos que os relatos das professoras expressam experiências formativas como momentos singulares
permeados por desafios e possibilidades que refletidos, tornam-se um exercício para aprimoramento de
conhecimentos teórico-práticos e de saberes docentes e uma visão holística a partir dos estudos e pesquisas
realizados.
Palavras-chave: pesquisa narrativa, experiências formativas, grupo de estudo e pesquisa.

1
Universidade Federal do Pará (UFPA).
2
Universidade Federal do Pará (UFPA).

559
SOCIEDADE DIGITAL X ESCOLA CONTEMPORÂNEA: RELAÇÕES POSSÍVEIS

Carita Pelição1, Ronald Canabarro2

RESUMO

A sociedade contemporânea vive um momento histórico, em que as relações cotidianas entre as


pessoas ocorrem frequentemente por intermédio das tecnologias digitais e das redes sociais. É praticamente
improvável alguém que não tenha algum contato com os recursos mencionados, pelo menos de maneira
indireta. A facilidade de acesso à internet e a disposição de pontos de wifi gratuitos em vários lugares e
estabelecimentos comerciais tem acelerado cada vez mais essa dinâmica. Aliás, dinâmica é uma das
características mais marcantes para descrever a lógica hodierna, que é regida por um comportamento que
demanda consumo acelerado de informação, que necessita estar conectado, que é fugaz e imediatista. Ou
seja, toda a multiplicidade de conhecimentos historicamente construídos está majoritariamente disponível
em ambientes virtuais e, portanto, o digital está incorporado ao Ser Humano. No entanto, na contramão da
perspectiva apresentada estão as instituições escolares e a educação, principalmente a educação pública,
que apresenta-se destoada e estagnada no tempo, insistindo em pedagogias mecanicistas e na transmissão
automatizada de conteúdos que, predominantemente, não dialogam com os interesses dos estudantes e não
representam o que eles experienciam fora dos perímetros da escola. Mas, é importante destacar que tais
iniciativas não representam a maioria das escolas do nosso país, concentrando-se, inclusive, em redes
privadas de ensino. Claro que o cenário da educação pública no Brasil, com todos os seus pormenores - que
envolvem a heterogeneidade de pessoas e pensamentos, falta de qualificação adequada e formação
continuada de profissionais, salários defasados, precariedade de materiais e estrutura, políticas públicas
ineficientes, etc. – esbarram bruscamente na busca pela incorporação efetiva do digital. Porém, todos esses
aspectos corroboram para a manutenção de um ensino descontextualizado. Isso porque, como apontamos
antes, nós vivemos sob a lógica dos signos da ficção, em que a realidade concreta e a realidade virtual
coexistem, sendo a primeira tão palpável quando a segunda. Nessa vertente, as crianças das atuais gerações
nascem cada vez mais envolvidas com as mídias e o digital, sendo moldadas – em relação à conduta e
personalidade – pelas influências desse meio e pelas práxis que vivenciam nele. Hoje, é mais comum que
uma criança conheça o esquema visual digital das coisas do que a própria realidade ou organicidade. Diante
do que foi exposto, deparamo-nos com os seguintes questionamentos: considerando as peculiaridades da
escola pública contemporânea brasileira, é possível que esta integre em seu cotidiano práticas que
dialoguem com a educação digital? De que forma? Estes questionamentos representam também o objetivo
geral de pesquisa deste trabalho, que terá como público-alvo estudantes do período pré-escolar da Educação
Infantil (crianças entre 4 e 5 anos de idade. Além disso, pretendemos esclarecer alguns conceitos que vêm
ganhando destaque, mas que são pouco debatidos sob a ótica da Educação na infância, como virtualidade
(realidade virtual), humanidades digitais e signos ficcionais.

Palavras-chave: educação infantil, humanidades digitais, práticas de ensino.

1
Universidade Estadual Paulista - UNESP.
2
Fundação Getúlio Vargas - FGV.

560
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: A PRODUÇÃO DE MATERIAIS EDUCATIVOS
INCLUSIVOS COMO RECURSO PARA AÇÕES EDUCATIVAS

Maria de Lourdes de Assis Santos1, Deise da Silva Carvalho2, Fabiana Aparecida de Paiva3, Marli Amélia
Lucas de Oliveira4

RESUMO

Introdução: Apesar da ampliação do acesso das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
na escola regular, ainda são necessários mais estudos que contribuam de fato para a inclusão destes alunos
na sala de aula, favorecendo a permanência, o processo de ensino e aprendizagem e o desenvolvimento das
habilidades e potencialidades em detrimento das dificuldades encontradas pelos estudantes com TEA
(ARAÚJO, 2022; BIANCHI; LEPRE; CAMPANHARO, 2022). Nesse sentido, o objetivo deste trabalho
foi relatar uma oficina online direcionada aos profissionais da educação de duas redes municipais de ensino,
que buscaram ampliar a discussão sobre recursos e estratégias que favoreçam o TEA no âmbito escolar.
Metodologia: Este relato de experiência se refere a uma das cinco oficinas realizadas em 2022 no projeto
de extensão denominado “A Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva: uma parceria com
redes municipais de Minas Gerais e São Paulo”. A oficina online intitulada “O Transtorno do Espectro
Autista (TEA): a produção de materiais educativos inclusivos como recurso para ações educativas” foi
elaborada por quatro estudantes dos cursos de licenciatura do IF Sudeste MG- Barbacena, e, apresentada
pela coordenadora do projeto de extensão desta mesma instituição de ensino. Esta oficina teve duração
aproximada de uma hora e foi ofertada para a rede de Jarinu e repetida para a rede de Barbacena em dias
diferentes. Iniciou-se a oficina pela plataforma Google Meet, com a animação e a história em quadrinhos
de Maurício de Souza sobre o TEA, assim como a definição e algumas dicas escolares sobre este transtorno.
Na sequência, foram apresentados quatro materiais didáticos encontrados na literatura que poderiam ser
úteis para os estudantes com TEA: pião silábico, caminho sustentável, roda das frações e livro sensorial.
Ao longo da oficina, os participantes puderam dialogar e interagir virtualmente e livremente. Por fim, os
profissionais da educação avaliaram os materiais didáticos direcionados às crianças com TEA pelo
formulário do Google Forms, e, a oficina em geral através do Mentimeter. Resultados: 58 profissionais da
educação participaram das oficinas, sendo apenas seis deles da rede de Barbacena. Dentre os participantes
das oficinas, 64% relataram não ter utilizado nenhum dos quatro materiais didáticos propostos. Quando
ainda questionados sobre o que acharam dos materiais didáticos apresentados, a maioria dos professores
afirmou ter gostado das propostas e 83% manifestaram intenção em utilizar pelo menos duas das quatro
propostas apresentadas, no futuro. Por fim, ao serem questionados quanto ao que acharam da oficina de
modo geral, 72% dos participantes referiram ter adorado a oficina e os 28% restantes gostaram da mesma.
Conclusão: Os profissionais da educação juntamente com a coordenadora e alunos de licenciatura do
projeto puderam dialogar e compartilhar conhecimentos e experiências escolares, possibilitando, assim, a
reflexão coletiva sobre a produção de materiais didáticos educativos e inclusivos na perspectiva do TEA.
As oficinas e os materiais didáticos direcionados às crianças com TEA apresentados nelas foram bem
avaliados pelos participantes das redes de Barbacena e de Jarinu. Apoio: IF Sudeste MG - Barbacena, Redes
de ensino de Barbacena e de Jarinu.

Palavras-chave: educação especial, autismo, oficina pedagógica.

561
TikTok da Química

Yasmin Náthaly Gomes Santos 1, Catarina Soares Silva 2, Ingrid Thauane Santos Oliveira3, Renata
Aquino4, Tatiana B Rosado5

RESUMO

Alunos do Programa de Educação Tutorial da FUP (PET CIÊNCIAS – FUP) da Universidade de


Brasília (UnB) organizou uma oficina durante a Semana Acadêmica da UNB, nos dias 27 e 28 de setembro
de 2023. O objetivo foi a apresentação de dois experimentos químicos de reações simples e visuais que
poderiam ser utilizados como alternativa educacional para o ensino de Ciências. Um dos experimentos foi
o Amassa Submarino que consistia em amassar uma latinha de alumínio usando a pressão. A lata, com
pouca água dentro, era colocada em cima de uma chapa quente e ao lado tinha uma bacia com água bem
gelada, quando a água de dentro da lata estava fervendo a ponto de sair fumaça, rapidamente um aluno com
ajuda de uma garra, virava a lata em cima da água gelada e acontecia uma implosão, chegando ao ponto de
a lata amassar imediatamente ao contato. O segundo experimento foi o Baba de Monstro que consistia na
visualização da decomposição da água oxigenada. Foram apresentados quatro tubos com corantes de
diferentes cores com os reagentes dentro: água oxigenada liquida quarenta por cento e detergente. Após a
rápida explicação de como vai funcionar a reação, eram escolhidos três alunos da turma para ajudar a
colocar o último ingrediente que era o peroxido de iodo, com todos em seus devidos postos eram jogados
ao mesmo tempo uma pequena quantia do peroxido em cada um dos tubos e imediatamente acontecia a
reação, bastante espuma colorida crescia de dentro pra fora de cada tubo. Esta oficina não só foi uma
experiencia divertida e nova para os alunos como também para nós discentes de um curso de licenciatura
que experimentamos o trabalho em equipe dentro de um laboratório, aprendemos e ampliamos nossos
conhecimentos para poder explicar e ensinar os alunos que foram, na sua maioria, pré-adolescentes e
também usamos do método científico, auxiliados pela professora, para testar e escolher todos os
experimentos previamente;

Palavras-chave: experimentos, ensino, ciências

1
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Discente do grupo PET Ciências - FUP
2
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Discente do grupo PET Ciências - FUP
3
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Discente do grupo PET Ciências - FUP
4
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Professora adjunta do curso de Ciências Naturais
5
Universidade de Brasília campus Planaltina FUP-UNB. Professora adjunta e tutora do PET Ciências - FUP

562
A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E SUAS CONCEPÇÕES ACERCA DA
INCLUSÃO ESCOLAR E DO LAUDO MÉDICO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Carlos Roberto Silva de Araújo1

RESUMO

Este resumo busca apresentar a pesquisa de uma tese que buscou investigar como a interação de
alguns professores da educação básica com os laudos médicos durante seu processo de formação continuada
afeta suas concepções acerca da inclusão escolar e sua prática pedagógica no contexto da educação
inclusiva. Para abordar este problema, o objetivo geral desta pesquisa foi: examinar como os professores
da amostra pesquisada interagem com os laudos médicos durante seu processo de formação continuada e
como essa interação influencia suas concepções e práticas pedagógicas no contexto da inclusão escolar. A
metodologia utilizada foi a mista e envolveu um grupo pareado de 24 professores. Foram aplicados dois
questionários, com questões fechadas e abertas, um antes e um depois do estudo do laudo médico, e
conduzido um grupo focal com 14 destes professores. Os dados foram analisados à luz da metodologia de
análise de conteúdo na perspectiva de Bardin (2011). Também foi aplicado o teste de Wilcoxon para avaliar
mudanças nas percepções dos professores. A análise dos dados indicou que os professores demonstraram
reconhecer a importância de incluir os estudos dos laudos, em seus momentos de formação continuada,
visando agregar conhecimento capaz de orientar suas práticas pedagógicas e promover a inclusão e
aprendizagem dos estudantes. Este resultado foi corroborado pelas categorias emergentes derivadas da
análise de conteúdo, e principalmente, pela comprovação da mudança de percepção dada pelo teste de
Wilcoxon. Também foi possível destacar várias categorias onde Relativo às inferências acerca da inclusão
escolar obtiveram-se as categorias: Inclusão escolar como sinônimo de educação especial , Inclusão escolar
como garantia de direitos, Inclusão escolar como adaptação e acesso, Inclusão escolar como socialização e
interação, Inclusão escolar como desafio, Inclusão como valorização da diversidade, Recursos e
Infraestrutura, Políticas Públicas e Legislação, Formação e Capacitação, Abordagens e Estratégias
Pedagógicas, Atitudes e Percepções e Experiência e Suporte Práticos. Sobre as inferências relativas à
Formação Continuada identificou-se as categorias: O conceito de Formação continuada na perspectiva da
amostra, Busca por conhecimento e atualização, Aprimoramento profissional, Valorização e motivação
profissional, Apoio Institucional à Formação continuada, Conexão com a Prática e Realidade Escolar,
Iniciativas e Perspectivas Individuais e Acesso e Oportunidades para Formação continuada Já sobre a
telemática laudo médico foi possível registrar as categorias: Laudo Médico como Diagnóstico Amplo e
Simplificado, Laudo Médico como Direcionamento para a Prática Pedagógica, Laudo Médico como
Instrumento de Comunicação entre Saúde e Educação, Colaboração e diálogo com outros profissionais e a
família, Busca por adaptação e alteridade, Preparo e Formação, Prática Pedagógica, Compreensão do aluno,
Frustração com o processo como um todo e Necessidade de compreensão sobre o saber do laudo e seu uso
na prática pedagógica.
Palavras-chave: Formação continuada, inclusão escolar, prática pedagógica.

1
I SEE/MG; Centro Universitário Leonardo da Vinci - Uniasselvi.

563
DUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM TEMPOS REMOTO
ENTRE O ANO 2020 NO MUNICÍPIO DE UARINI- AM

Eliomar Monteiro de Almeida1, ,Jacimara Oliveira da Silva Pessoa2

RESUMO

A presente antigo, contribuir positivamente para a melhoria da pratica pedagógica do professor que
faz a formação continuada ou a própria graduação através o educação a distância na região norte, devido
seu nicho geográfico. A escolha deu-se por conveniência devido ao tempo relativamente curto para
desenvolvimento da pesquisa no que tange ao processo do marco teórico na construção, onde trabalhamos
com alguns teórico de forma na facilidade de acesso às informações da educação a distância. O universo da
pesquisa compõe-se do objetivo geral é Analisar as interferências da pandemia no campo da Educação a
distância para formação de professores em tempos remotos entre o ano 2021 no município de Uarini- AM
2021". Após a suspensão das atividades presenciais causada pela pandemia de Covid-19 em todo o mundo,
alunos e professores precisaram migrar para o meio virtual. Ferramentas virtuais que antes eram utilizadas
apenas como suporte no processo de aprendizado se tornaram da noite pro dia peças essenciais para a
manutenção do ensino. Para tanto faz-se necessário conhecer in lócus os tipos de violência praticados no
contexto escolar, como também conhecer a realidade da interferência da pandemia na formação dos
professores e sua potencialidades nas práticas pedagógicas. Nesse sentido, esse estudo foi caracterizado
como uma pesquisa mista de cunho quantiqualitativa de modo misto, com estudo da literatura bibliográfica,
pesquisa de campo, exploratória e descritiva com entrevistas semiestruturada sobre as categorias centrais
que envolvem a temática de estudo.

Palavras - Chaves: Tecnologia, educação a distância, Formação de Professores

1
Graduanda em Normal Superior –pela Universidade Estadual do Amazonas - UEA , Mestre em Ciências
da Educação pela Universidad Deil Sol- UNADES email: eliomaralmeida2009@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/4299895987931313
2 Doutora em Educação: Graduada em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas- UFAM –

DOUTORA. pela UNIVERSIDADE DE SAN LORENZO – UNISAL: email: jacypessoa@gmail.com. https://orcid.org/ ID- 0000-
0001-9353-2185 http://lattes.cnpq.br/1004775463373932

564
DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS DE PROTEÇÃO SOCIAL PARA O
ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: UM
ESTUDO EXPLORATÓRIO NA CAPITAL DE SÃO PAULO

Cimere Tatiane dos Santos Klauk1, Ana Rojas Acosta 2

RESUMO

Este estudo aborda a implementação das políticas públicas de proteção social no que tange ao acesso
ao mercado de trabalho para a população em situação de rua. A pesquisa de campo adotou uma abordagem
exploratória e qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas como fontes primárias e complementando
com pesquisa bibliográfica e documental como fontes secundárias. Foram conduzidas 30 entrevistas dentro
de uma amostra intencional previamente definida, tendo como cenário a região central de São Paulo,
especificamente no Centro de Acolhida Estação Vivência. As entrevistas foram realizadas com homens
adultos entre 18 e 65 anos. A análise dos dados revelou que 60% da população em situação de rua estavam
ativamente buscando oportunidades de trabalho e renda como meio de subsistência. Observou-se que a
perda do emprego desempenhou um papel de relevância significativa no processo que levou à situação de
rua. Embora houvesse políticas sociais voltadas para a inserção no mercado de trabalho, constatou-se que
essas políticas não atendiam efetivamente às necessidades da classe trabalhadora em busca de empregos na
região. Os programas implementados pela prefeitura de São Paulo, como a Economia Solidária, a Operação
Trabalho (POT), os Cursos Profissionalizantes e o Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo
(CATe), não alcançaram de maneira satisfatória a garantia do direito ao trabalho e à renda. Conclui-se que,
apesar do respaldo legal estabelecido pela Constituição Brasileira de 1988 e pelas leis que regem a proteção
social relacionada ao trabalho e à renda, não houve uma redução significativa na gravidade do problema
enfrentado pela população em situação de rua.

Palavras-chave: Políticas Públicas, Trabalho, População em situação de rua.

1
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Mestra em Serviço Social e Políticas Sociais.
2
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Doutora em Serviço Social, Docente – Bolsista Produtividade PQ2 – CNPq.

565
EXPLORANDO O LETRAMENTO DIGITAL E SUA RELEVÂNCIA NAS PRÁTICAS
EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEAS

Cleber Lopes1, Aldemar Costa 2

RESUMO

Este estudo de cunho acadêmico busca analisar e definir o conceito de letramento digital,
examinando suas relações intrínsecas com diversas áreas do conhecimento, englobando dimensões
psicológicas, culturais, sociais, econômicas e, especialmente, cognitivas. A relevância desta pesquisa reside
na capacidade de oferecer uma perspectiva ampla sobre o letramento digital, evidenciando sua presença e
importância nos processos educacionais contemporâneos. Atualmente a imprevisibilidade do futuro e a
crescente complexidade das situações, a temática do letramento digital torna-se ainda mais crucial. A
Organização das Nações Unidas (ONU) propõe o estímulo ao letramento digital como um meio de
emancipação em um mundo globalizado, realçando sua pertinência neste cenário. A evolução do termo
"literacy" para "letramento" ocorreu na década de 80, quando se expandiu o seu significado para abranger
não apenas a aquisição de habilidades de leitura e escrita, mas também a apropriação do código linguístico
em contextos práticos de uso da língua. No contexto educacional brasileiro, o conceito de letramento adota
múltiplas perspectivas, alinhando-se com as tendências internacionais. Sociedades letradas caracterizam-se
por práticas sociais de leitura e escrita que permeiam o cotidiano. A cibercultura, por sua vez, introduz
tecnologias de comunicação como alternativas aos meios de comunicação tradicionais, como rádio,
televisão, jornais e revistas. Essa transição promove novos comportamentos, formas de interação e
competências cognitivas, especialmente entre estudantes e educadores, desafiando e ampliando o contexto
educacional contemporâneo. A contribuição para uma compreensão mais abrangente do letramento digital
e seu papel nas práticas educacionais foi o propósito, considerando a crescente digitalização e interconexão
do mundo contemporâneo.

Palavras-chave: Letramento digital, educação contemporânea, cibercultura, competências cognitivas, sociedades


letradas.

1
Instituição do primeiro autor (nome e sigla) TNR 10 à direita, espaçamento 1,0 – utilize apenas uma linha.
2
Instituição do segundo autor (nome e sigla) TNR 10 à direita, espaçamento 1,0

566
UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O FUTEBOL FEMININO: BARREIRAS E
PRECONCEITOS VISTO SOCIALMENTE

Rebeka Martins Florêncio de Sousa 1, Félix Willian Campos Medeiros 2 Lourenço Nunes Batista Silva3

RESUMO

Introdução: O futebol é considerado o esporte mais popular do mundo e está intensivamente sendo
praticado nas aulas de Educação Física, que tem em sua essência a prática de esportes coletivos como
conteúdo central de seus ensinamentos. Porém, sabe-se que por muitos anos o futebol foi (e ainda é)
culturalmente considerado um esporte hegemonicamente masculino, o que afeta diretamente no espaço das
mulheres nessa prática. Objetivo: Contextualizar o cenário do futebol feminino dentro do ambiente escolar,
buscando apontar qual a perspectiva da sociedade quanto à prática desse esporte nas escolas. Metodologia:
Realizou-se uma revisão no catálogo de teses e dissertações da CAPES aplicando os descritores “futebol
feminino” AND “educação física escolar” para localizar os estudos. Mediante isso, foram encontrados uma
amostra de 15 trabalhos e o material empírico foi submetido a análise temática. Resultados: Percebemos
que a condição das relações sexistas no ambiente das turmas pesquisadas reafirma a desigualdade entre os
gêneros e a divisão das funções sociais e que eles continuam seguindo os valores construídos socialmente
e transferidos por várias gerações como verdades absolutas. Entende-se que os argumentos dos autores, que
deram suporte a este estudo e durante as discussões apresentadas, são no sentido de assumirmos que esta
pode ser uma importante oportunidade de vivências esportivas para os meninos e as meninas, permitindo
as habilidades existentes nas práticas esportivas do ambiente escolar. Conclusão: Com base no
levantamento realizado, observamos que as investigações buscam evidenciar as principais dificuldades de
mulheres na prática esportiva em contexto marcado pelo preconceito e machismo estrutural e, com isso
visam fomentar e engajar a desconcentração de conceitos e estereótipos, bem como em alguns aspectos
socialmente construídos para denominar as relações de gênero.

Palavras-chave: futebol feminino; educação física escolar; esporte hegemônico;

1
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)
2
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)
3
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)

567
CONCEPÇÕES DE PROFESSORES/AS DE CIÊNCIAS SOBRE SEXUALIDADE EM
ALUNOS/AS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Tatiana Pinheiro da Cruz, Carlos Alberto de Vasconcelos

RESUMO
A pesquisa buscou compreender a concepção dos/as professores/as de ciências do 8º ano Ensino
Fundamental sobre sexualidade de alunos/as com Deficiência Intelectual no município de Itabaiana (SE).
A técnica para coletar os dados foi entrevista semiestruturada (Gil, 2008). Análise dos dados foi à luz de
Bardin (2016). Foi possível subsidiar nos resultados três categorias: a primeira categoria abrange
concepções de sexualidade, segunda categoria: abordagens pedagógicas desenvolvidas por esses/as
professores/as no campo da sexualidade e da deficiência intelectual, a terceira categoria: trajetória formativa
inicial e continuada dos/as docentes no campo da sexualidade e da sexualidade de alunos/as com DI.
Embora, a sexualidade é inerente a qualquer ser humano com ou sem deficiência ainda é tema carregado
de tabus, preconceitos.

Palavras-Chave: Concepções de Professores, Deficiência Intelectual, Educação Sexual, sexualidade

568
ATUAÇÃO PEDAGÓGICA NO NÚCLEO DE APOIO À INCLUSÃO DO ALUNO COM
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

Dart Clea Rios Andrade Araujo1, Paulo Henrique Vieira de Macedo2, José Gonçalo dos Santos Cazumbá3,
Elizabeth Reis Teixeira4.

RESUMO

O Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais (NAPE), da


Universidade Federal da Bahia, contribui para a execução das ações afirmativas coordenadas pela Pró-
reitoria de Assistência Estudantil, em conformidade com os objetivos do Plano Nacional de Assistência
Estudantil e da Lei Brasileira de Inclusão. Diante disso, o presente relato tem como objetivo destacar as
atividades desenvolvidas pela equipe, baseando se nas demandas dos estudantes, com vistas a fortalecer a
acessibilidade. A metodologia utilizada pautou-se numa abordagem qualitativa, baseada na pesquisa-ação
(GIL, 2017), com foco nas principais atividades desenvolvidas pela pedagoga, e pela equipe
multiprofissional no NAPE. Os principais resultados decorrentes dessas práticas pedagógicas giram em
torno das seguintes ações: auxílio no planejamento acadêmico das necessidades dos alunos com
deficiências assistidos pelo núcleo, seguida de orientação aos professores; além da orientação curricular
proposta como meio de auxiliar os acadêmicos. Em seguida a atividade da pedagoga, a equipe realiza
“capacitações” a docentes e técnicos da Universidade; e implementa materiais acessíveis aos alunos, oferta
e orienta no uso de Tecnologias Assistivas, bem como faz adaptações de textos, conforme as necessidades
advindas dos acadêmicos. Além disso, há, ainda, a demanda de alunos com deficiência física e deficiência
visual que necessitam de auxílio à mobilidade nos espaços da universidade. Por fim, ressalta-se a
importância do núcleo de acessibilidade e inclusão. que contribui, diariamente, para a promoção de uma
cultura inclusiva, e para o acesso, a permanência e o êxito acadêmico.

Palavras-Chave: inclusão na Universidade, práticas pedagógicas, igualdade.

REFERÊNCIAS

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. – 6 ed. – São Paulo: Atlas,2017.

1
Universidade do Vale do Taquari (Univates)
2
Universidade do Vale do Taquari (Univates)
3
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
4
Universidade Federal da Bahia (UFBA)

569
A INAPTIDÃO MATEMÁTICA INATA COMO PROFECIA AUTORREALIZÁVEL E O
MODELO DE ENSINO TRADICIONAL DE MATEMÁTICA

Giovana Elisa Soares1

RESUMO

O presente trabalho tratará sobre a crença de uma falsa inaptidão matemática inata e o ensino escolar
tradicional que favorece um ensino matemático inacessível, compreendido como a prática e perpetuação de
uma didática que só alcança alguns indivíduos, fazendo com que aqueles que apresentam dificuldades ou
rendimentos insatisfatórios questionem sua habilidade matemática, associando a si mesmo uma
inferioridade intelectual, produto de uma cultura de supervalorização da ciências exatas que atende a uma
lógica mercadológica da utilidade que consequentemente desvaloriza outras áreas do conhecimento, como
as ciências humanas. A maioria das pessoas acredita que ou se nasce com um "cérebro matemático”, ou
seja, uma aptidão matemática inata geralmente associada à genialidade, ou não se terá habilidade com esta
disciplina, onde a Matemática é vista como uma área do conhecimento inacessível, mas que na verdade diz
mais a respeito sobre as nossas próprias percepções sobre nossas capacidades e como aprendemos e
associamos os conhecimentos específicos desta disciplina durante nossa vida acadêmica. Vale ainda
ressaltar que trabalhar com estes pressupostos não quer dizer a que a Matemática não exija esforço ou que
o processo de aprendizado não esteja sujeito a certas frustrações, principalmente se considerarmos casos
específicos que abrangem a discalculia, acalculia ou outros. Tais questionamentos possuem suma
importância frente ao baixo desempenho na disciplina de Matemática no cenário escolar e a necessidade de
se elaborar um ensino matemático inclusivo, conscientizador e desmistificador de falácias, como a falsa
crença de uma inaptidão matemática inata e imutável. Enfim, devemos compreender o processo de ensino
como sendo a socialização do saber construído, regido por tendências sociais, políticas e ideológicas, onde
o professor e a comunidade escolar devem trabalhar no sentido de que as aulas de Matemática não se tornem
uma cacofonia desconexa em que os alunos não consigam enxergar suas realidades representadas, além do
docente estar consciente que possui o poder da palavra e pode profetizar o desempenho de seus alunos,
enquanto que a Matemática e seus disseminadores não são intocáveis e nunca serão visto que todos devemos
cultivar um brio e nos atrever a aprender tudo o que nos desafia, visando que as aulas de Matemática não
se tornem uma cacofonia desconexa em que os alunos não consigam enxergar suas realidades.

Palavras-chave: matemática, aptidão, ensino

1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – IFSP.

570
FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM TEMPOS DE PANDEMIA:
REFLEXÕES SOBRE OS SABERES DOCENTES

Luciane H. M. Miranda1, Flavio D. Carli 2, Patrick V. Ferreira3


Dilma A. Silva4, Vera M. N. S. Placco5

RESUMO

Compreender os saberes docentes no século 21 implica reconhecer a complexidade dessa profissão


as transformações ocorridas pela pandemia de Covid-19. Este contexto educacional atual está em constante
evolução devido às transformações tecnológicas, sociais e culturais, exigindo que a formação docente seja
repensada. Este estudo tem como objetivo investigar quais saberes docentes são necessários para formação
docente e quais exigências surgiram durante o período pandêmico. Dentre os diversos saberes, neste estudo
compreende-se cinco principais: Saberes profissionais, Saberes pedagógicos, Saberes disciplinares, Saberes
curriculares, Saberes experienciais e os Saberes profissionais. O método utilizado para produção dos dados
foi a realização de Grupos de Discussão com 40 profissionais da educação básica da rede estadual de São
Paulo, que incluem: professores, diretores, professores coordenadores de núcleo pedagógico, professores
coordenadores pedagógicos, supervisores e dirigentes de ensino. Após as transcrições do material, nos
dividimos para a leitura e identificação de possíveis categorias dos seguintes sujeitos/grupos: Diretores,
Professores e Coordenadores Pedagógicos. Para análise, apropriou-se da Análise de Prosa, que consiste em
uma forma de investigação que se estrutura em tópicos e temas, que são gerados a partir do exame dos
dados. A partir da análise, fica claro que os saberes docentes são uma construção complexa e multifacetada.
Eles não se limitam apenas ao conhecimento disciplinar, mas abrangem uma série de dimensões que são
fundamentais para o exercício eficaz da profissão docente. Esses saberes são influenciados por experiências
pessoais, trajetórias individuais, interações sociais e práticas pedagógicas. Eles incluem não apenas o
domínio do conteúdo a ser ensinado, mas também a compreensão das técnicas pedagógicas, a capacidade
de lidar com a diversidade dos alunos, a consciência ética, a habilidade de trabalhar em equipe e até mesmo
a sensibilidade para lidar com os desafios emergentes na prática. A compreensão desses saberes como um
conjunto dinâmico de conhecimentos que se desenvolve ao longo da carreira do professor é essencial. Eles
são moldados pela interação entre o que os professores são como indivíduos e o que fazem em sua prática
diária. A pesquisa também revelou o papel crítico e ativo dos docentes, a formação docente como fator-
chave para a melhoria da qualidade da educação, destacou a importância dos saberes tecnológicos, a
importância de se adaptar as práticas dos saberes pedagógicos e profissionais e que as formações precisam
ser adaptadas às necessidades específicas das escolas e professores e, por fim, que a pandemia trouxe
mudanças profundas e permanentes para a educação.

1
Universidade Paulista - UNIP.
2
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP.
3
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP.
4
Universidade Federal de São Paulo - Unifesp.
5
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP.

571
GRUPO COLABORATIVO MATEMÁTICA EM MOVIMENTO: O SURGIMENTO EM MEIO
A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E SUA CONSTITUIÇÃO

Tatiana Lima Koga1, Virginia Cardia Cardoso2


RESUMO

O presente resumo aborda um trecho da pesquisa em desenvolvimento, em nível de doutoramento


a respeito da formação de professores em ambiente não formal e sem vinculação direta com instituição
acadêmica. Apresentamos a seguir, um breve relato sobre a criação do Grupo Colaborativo Matemática em
Movimento (GMOV) que surgiu durante a formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
(PNAIC), em 2017. Durante a participação em eventos relacionados à Educação Matemática (VII EEMOP
e VI SHIAM), promovidos pela Universidade Federal de Minas Gerais e pelo Grupo de Sábado da
Universidade Estadual de Campinas, respectivamente. Cinco professoras que atuavam no Município de São
Bernardo do Campo apresentaram seus relatos de experiência e durante os eventos se encantaram com a
proposta de grupos colaborativos para a formação de professores inspiradas na palestra do professor João
Pedro da Ponte, da Universidade de Lisboa. Nascia naquele momento o desejo de aprofundar conhecimento
quanto ao ensino da Matemática, criar projetos juntas e ao mesmo tempo compartilhar conhecimentos com
outros professores. Inicialmente eram cinco professoras, que foram indicando outras colegas que também
faziam a formação do PNAIC, chegando a totalizar dez docentes, conversando, discutindo, estudando e
criando situações didáticas com o uso de jogos por meio de um projeto “Caixa de Jogos Viajantes”. Ter
atitudes colaborativas não é uma tarefa fácil, geralmente, o professor é passivo nas formações, ser autor e
protagonista foi um desafio para as integrantes do grupo. Estudos foram realizados quanto à definição de
colaboração em um grupo de profissionais, autores como: IMBERNÓN, FIORENTINI, PASSOS e
NACARATO foram referenciais teóricos que corroboraram para as discussões. Desde o início ocorreram
reuniões mensais para a tomada de decisões coletivas, incluindo a escolha do nome do grupo, as demandas,
pautas das reuniões, projeto coletivo, a participação em eventos acadêmicos, o compartilhamento das
práticas a outros docentes, definindo o papel de cada membro por meio de coordenadorias e as regras do
grupo. Os encontros ocorriam em espaços alternativos (casa de algum membro, cafeterias, clube, espaços
emprestados por amigos, dentre outros). Em 2023 completaram 06 anos, está ativo, alguns integrantes
foram e outros chegaram, sendo composto atualmente por nove pessoas atuantes na Educação Infantil, Anos
Iniciais do Ensino Fundamental e na gestão escolar. A pesquisa em desenvolvimento baseia-se na formação
e constituição deste grupo. Participamos de dez reuniões entre 2019/2020, gravamos os áudios dos
encontros e fizemos diário de bordo. Estamos na etapa de transcrição dos dados e pretendemos responder
as seguintes questões: De que modo o grupo colaborativo contribuiu para a formação dos professores que
nele atuam? Tem sido um fator de desenvolvimento profissional aos mesmos, sendo o professor sujeito de
sua formação?

Palavras-chave: grupo colaborativo; formação de professores; ensino da Matemática.

1
Universidade Federal do ABC, UFABC.
2
Universidade Federal do ABC, UFABC.

572
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA CIBERCULTURA

Fábio dos Santos Coradini1, Silvane Gomes Aparecida 2, Tielle Alves Souto3

RESUMO

A cibercultura é um campo epistemológico de produção de conhecimento e práticas na sua relação


com o digital. De acordo com Santos (2005, 2014, 2019) a cibercultura é a ‘cultura contemporânea mediada
pelo digital em rede na relação cidade-ciberespaço’, ou seja, o território físico jamais é apartado do digital,
pois virtualizamos nossas práticas a partir desta relação, como bem pontua Marilena Chaui (2017), ao
denominar a atopia, que reduz espaço ao ponto, e acronia, que reduz o tempo ao instante, nos tornamos na cibercultura seres temporais e
espaciais, vivendo uma relação constantemente mediada pela tecnologia. Portanto, também teremos uma escola conectada e que deverá estar
preparada para os enfrentamentos com a quebra da presencialidade, mobilizando saberes que possam dialogar e se constituir em um currículo
que também deverá ser híbrido. A pandemia da Covid-19 trouxe para a cena educacional, preocupações antes não
vivenciadas por muitos professores, que foi a necessidade de se praticar a inclusão digital. Ao falar de
inclusão, pontuamos o direito ao acesso às tecnologias digitais conectadas a internet e a habilidade no uso
dessas tecnologias e interfaces. De acordo com Santos (2009) formar na cibercultura é compreender a
importância das redes, ou seja, “todo fluxo e feixe de relações entre seres humanos e as interfaces digitais”,
pois é nesta dimensão do digital em rede e sua relação com os territórios físicos e informacionais, que
nossas praticantes liberaram o polo de emissão (Lemos, 2008) das suas autorias. A liberação do polo de
emissão, esta em uma importante bricolagem com as formas de inclusão, pois se trata de dar voz ao sujeito,
uma vez que a comunicação no digital não se encontra mais sob o controle dos veículos tradicionais. É
nesta contemporaneidade, que o professor está inserido, necessitando criar e ressignificar suas práticas para
uma educação ubíqua e da hipermobilidade. Conforme Silva (2010), se a escola e a universidade ainda não
exploram devidamente a internet na formação da nova geração, estão na contramão da história. Nesse
sentido, é necessário refletir como a formação dos professores deve ser pensada para desenvolver esse
ensino-aprendizagem apresentado pelo autor. Por um lado, os educadores precisam adquirir competências
digitais para incorporar eficazmente as TICs em suas práticas pedagógicas. Isso envolve o domínio de
ferramentas tecnológicas, a compreensão das potencialidades e limitações da internet, bem como a
capacidade de avaliar criticamente recursos digitais. E ainda, a formação na cibercultura deve considerar a
necessidade de desenvolver competências socioemocionais e cognitivas em professores. Isso inclui a
capacidade de promover a colaboração e a criatividade dos alunos, estimular o pensamento crítico e a
resolução de problemas, bem como fomentar a empatia e a inteligência emocional no ambiente digital. A
formação de professores na/com a cibercultura também requer uma reflexão sobre a ética e a
responsabilidade digital, visto que se trata de um processo de aprendizagem, de práticas e movimentos que
perpassam as fronteiras da escola, habitando as famílias, a sociedade e toda a história de vida e formação
deste aluno. Portanto, a formação de professores na cibercultura não é apenas sobre tecnologia, mas também
sobre uma transformação profunda na pedagogia e na mentalidade dos educadores, nos permitindo
progredir em uma educação emancipadora.
Palavras-chave: formação de professores, cibercultura, educação digital.

1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
2
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
3
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

573
O ENSINO DE ACÚSTICA E ÓPTICA NA PERSPECTIVA ARTÍSTICA POR MEIO DE UM
SARAU CIENTÍFICO: A RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA EM FOCO

Bruna Brito Santos1, Luan Nascimento de Oliveira2, João Vitor Rodrigues³, Ruceline Paiva Melo Lins4

RESUMO

A reconfiguração do ambiente escolar para uma versão mais alegre e estimulante é uma das
recomendações da neurociência e educação, de forma a proporcionar espaços de aprendizagem
significativa. Nessa perspectiva, o Programa Residência Pedagógica, Subprojeto do curso de Licenciatura
em Ciências Biológicas (PRP-BIO) da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) tem orientado
seus residentes em formação inicial para que façam parte desse processo inovador de ensino. Portanto, o
objetivo desse trabalho é demonstrar as possibilidades de ensino dos conteúdos de Acústica e Óptica na
perspectiva artística e consolidado por meio de um Sarau Científico. O percurso metodológico segue a
abordagem qualitativa, de natureza exploratória, realizado por meio de entrevista semiestruturada com dois
residentes do PRP-BIO. A análise de dados foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo de
Bardin (2015), seguindo as fases de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. O
trabalho orienta-se nas bases teóricas da Neurociência e Educação de Consenza e Guerra (2011) e na teoria
da aprendizagem significativa de David Ausubel. A reunião festiva se configurou como um Sarau
Científico, pois ofereceu oportunidades para a expressão do aprendizado sobre os conteúdos propostos na
perspectiva artística. Os alunos apresentaram experiências estimulantes regadas ao uso de instrumentos
musicais e cantoria. As experiências foram: a sala de Ames, enxergar a voz, câmara escura e outras diversas
ilusões de óptica. Os residentes relatam que a participação dos alunos no Sarau Científico proporcionou
oportunidades de interação, expressão da criatividade e aprendizado significativo sobre os conhecimentos
trabalhados nos conteúdos de Acústica e Óptica.

Palavras-chave: Ensino de Ciências, Neuroeducação, Aprendizagem Significativa.

1
Universidade Federal do Ceará – Rede Nordeste de Ensino (UFC/RENOEN) – Doutoranda em Ensino de Ciências.
2
Universidade Federal do Delta do Parnaíba – Graduando em Ciências Biológicas.

³ Universidade Federal do Delta do Parnaíba – Graduando em Ciências Biológicas.

4 Universidade Federal do Delta do Parnaíba – Professora do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.

574
“SE LIGA NA SUSTENTABILIDADE” OS DESAFIOS DOS 17 ODS, SÃO LIÇÕES QUE
TAMBÉM SE APRENDEM NA ESCOLA.

Irini Cristina Monteiro de Brito1

RESUMO

O desenvolvimento sustentável é um desafio condicionante para que os países possam evoluir


eficientemente, principalmente face aos recentes acontecimentos climáticos mundiais. Tendo em vista este
tema relevante a Rede de ensino municipal de Taboão da Serra/SP, e a EMEF. Prof.ª Maria Alice Borges
Ghion, elegeram como Projeto Institucional a SUSTENTABILIDADE. Para este trabalho, utilizei os 17
ODS, assinados por 193 países na sede da ONU em Nova York em 2015, que se comprometeram a alcançá-
los até 2030.A metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória. O projeto “Se liga na Sustentabilidade”
São lições que também se aprendem na Escola, foi desenvolvido com estudantes do 5º ano D, e consiste no
aprendizado sobre os 17 ODS, em suas 4 dimensões: Dimensão Social (1,2,3,4,5,10); Dimensão Ambiental
(6,7,12,13,14,15); Dimensão Econômica (8,9,11); Dimensão Institucional (16,17). Reflexão e Discussão
sobre as dimensões, pesquisa em jornais, blogs, bibliotecas digitais, e a utilização do JORNAL JOCA,
publicação quinzenal destinada a faixa etária e nível escolar dos estudantes, cujas notícias atualizadas
reportam aos acontecimentos relacionados ao tema, e contribuíram de forma relevante não só para
compreensão como para o desenvolvimento de ações dos estudantes relativas aos ODS, temos como
exemplo a importância do calendário vacinal para saúde; alimentação saudável; boas práticas na
conservação e higienização dos alimentos, orientações para evitar desperdício, o Brasil é o 10º colocado no
ranking mundial de desperdício de alimentos; outra ação relevante foi a educação financeira que
possibilitou a reflexão sobre o consumo consciente, e utilização das Notas fiscais para doação a duas
Instituições beneficentes: “AMOR ROSA” e “TEN YAD” que atuam na promoção de assistência e bem
estar social, as notas fiscais sem CPF doadas pelos comerciantes da região, familiares e amigos, foram
lançadas no site da “Nota Fiscal Paulista para as referidas entidades. Outra ação foi a realização de oficinas
para estimular a geração de renda e “hand made”, confecção pelas estudantes de pulseiras, colares,
chaveiros, orientação para formação de preço e comercialização dos itens entre estudantes, comunidade
escolar, familiares e comunidade externa, para os meninos orientação para confecção de pipas e brinquedos
de sucata. Os estudantes também coletaram tampinhas de garrafas PET e lacres de latinhas de alumínio,
que foram encaminhadas à Instituição Amor Rosa. Ação que contribuiu para orientações sobre a reciclagem
e adequado descarte dos resíduos sólidos. Os resultados alcançados neste trabalho, evidenciam que a
aprendizagem dos estudantes contribui para sensibilização dos mesmos de suas famílias e comunidade para
a relevância dos 17 ODS, na concretude do desenvolvimento sustentável. O projeto “ Se liga na
Sustentabilidade” obteve o 1º lugar no 4º Prêmio Professor Transformador 2023, do JORNAL JOCA.
– ( SP /Brasil).
Palavras-chave: Sustentabilidade. Desenvolvimento Sustentável. Conscientização. Ações Sustentáveis.
Sensibilização.

1
UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá (MG). EMEF. Prof.ª Maria Alice Borges Ghion. (SP- Brasil).

575
A PARCERIA UNIVERSIDADE E ESCOLA NOS ESTÁGIOS OBRIGATÓRIOS DA UFES –
ANÁLISE DA INSERÇÃO PROFISSIONAL

Liliane Dias Heringer Casotte1, Dijnane Vedovatto Autor 2

RESUMO

Este estudo visa identificar e analisar os processos de inserção dos futuros professores nas escolas
de educação básica, por meio dos estágios curriculares supervisionados (ECS) dos cursos de licenciaturas
da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), de modo a verificar como ocorre a parceria universidade
e escola. A atividade de estágio, é regulamentado pela Lei 11.788, Brasil (2008), neste ato normativo o
professor supervisor, é o responsável pelo acompanhamento dos estudantes da parte da unidade concedente
sendo, desta forma, um agente essencial para efetividade da parceria universidade e escola por seu papel na
formação dos futuros professores. Por outro lado, o docente designado pela Instituição de Ensino Superior
(IES), que dispõe das funções coordenação e avaliação das atividades dos licenciandos durante os ECS, é
denominado professor orientador. O presente estudo tem como referência o estágio como atividade baseada
no conhecimento teórico, na reflexão, por meio do diálogo coletivo, de investigação e intervenção política
da realidade profissional (ARAÚJO, 2019). Para realização dos ECS são necessárias ações de parceria entre
a instituição formadora e as escolas, pois se forma um profissional que irá atuar em um determinado campo
profissional, como afirma Nóvoa (2019). As parcerias tem como foco interações para tratar de interesses
comuns, construindo e implementando programas a partir de objetivos partilhados, com a definição de
atribuições ou competências institucionais (FOERSTE, 2006). Compreendemos a parceria universidade e
escola como espaço de colaboração entre as instituições (BENITES, 2021) e possibilidade para os
licenciandos de aprender sobre a docência no futuro ambiente de trabalho, em colaboração com o professor
(SARTI, 2009). Por meio da parceria ocorre a articulação entre formação inicial e continuada
(VEDOVATTO; SOUZA NETO, 2015). Os objetivos específicos do presente estudo incluem a
identificação e análise dos processos para efetivação da parceria universidade e escolas; das práticas de
inserção e acompanhamento dos estagiários nas escolas e das concepções de parceria universidade e escola
nos ECS do ponto de vista de professores orientadores e supervisores dos ECS. A pesquisa de doutorado,
que está em desenvolvimento, se configura como de natureza qualitativa, do tipo estudo de caso, com o uso
de análise documental, e de questionários e entrevistas para coleta de dados. Nosso propósito é que o estudo
possa contribuir com a construção do conhecimento nos contextos de realização dos ECS.

Palavras-chave: formação de professores, estágio curricular supervisionado, parceria universidade e escola.

1
Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR.
2
Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR.

576
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO-COLABORATIVO SEMANAL: UMA ESTRATÉGIA
INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Thays Fernandes Flor da Silva1

RESUMO

Partindo do pressuposto de que estudantes da Educação de Jovens e Adultos retornam à escola


dotados de conhecimentos que, embora não sejam os sistematizados pela escola, são saberes constituídos
entre as relações de suas próprias experiências cotidianas e multidimensionais, este resumo tem o objetivo
de apresentar o modo de funcionamento do planejamento pedagógico-colaborativo semanal do Centro
Integrador de Educação de Jovens Adultos (CIEJA) - unidade Campo Limpo - e no que incide a sua
proposta. A experiência foi oportunizada e autorizada no âmbito do projeto de ensino “Projeto Avião de
Papel” - etapa de observação -, mediante a autorização da direção, em 2018. Fundado em 1998, o CIEJA
Campo Limpo tem o propósito de atender um público diversificado que, por múltiplos fatores, foi excluído
da Educação Básica. Para tanto, considerando a diversidade de saberes desse público como ponto de partida
para a apropriação de outros conhecimentos, a estrutura curricular do CIEJA Campo Limpo em vez de
ofertar disciplinas tradicionais, como Matemática e Português, criou quatro áreas do conhecimento que
englobam disciplinas tradicionais e incluem outras consideradas fundamentais para a EJA e para o
fortalecimento da autonomia do estudante, sendo elas: Linguagens e Códigos (LC); Ciências Humanas
(CH); Ensaios Lógicos e Artísticos (ELA) e Ciências do Pensamento (CP); bem como de “Projetos”,
atividades de acompanhamento individualizado e a integração com a comunidade. Esse arranjo também
permite que os horários de aulas sejam flexíveis, ou seja, o estudante tem a liberdade de optar por estudar
em qualquer um dos três turnos - sem perda de conteúdo. Tal organização torna-se possível em virtude do
planejamento pedagógico-colaborativo que ocorre semanalmente com os professores de cada área e ciclo
escolar, dos quais orientam-se pelo Método Paulo Freire, portanto, em uma educação pautada na realidade
do estudante, nas suas experiências, opiniões e na sua história de vida. Tais planejamentos partem do tema
gerador escolhido pelos estudantes e do planejamento geral pedagógico realizado no início do ano letivo, e
constroem ramificações progressivas de ensino por meio dos saberes que os estudantes também apresentam
e propõem em sala de aula. Nesse trabalho coletivo, os professores, por meio de observações e do que os
estudantes sinalizam com relação às necessidades de aprendizagem e potencialidades de práticas de ensino,
definem e alinham os assuntos, conteúdos e objetivos de aprendizagem da semana com o intuito de fomentar
um processo de aprendizagem significativo e de garantir a coesão de conteúdos nos três turnos de aulas,
respeitando as especificidades de cada turma. Com isso, o estudante tende a compreender que os
conhecimentos que constrói no CIEJA têm relação com os já construídos em sua vida cotidiana e do
potencial profícuo de relacioná-los e ampliá-los. Por conseguinte, a proposta de planejamento pedagógico-
colaborativo semanal do CIEJA Campo Limpo constitui-se, pela articulação entre a estrutura curricular e
os saberes dos estudantes, como uma estratégia inclusiva de aprendizagem voltada às pessoas que, por
alguma razão, foram excluídas do ritmo regular do sistema de educação formal.

Palavras-chave: Planejamento pedagógico, Educação Inclusiva, Educação de Jovens e Adultos.

1
Centro Universitário Católico Ítalo Brasileiro (UniÍtalo).

577
Conselho de Escola: o desafio da gestão democrática no município de Caçapava-SP

Djalma dos Santos Machado1, Ricardo Alexandre Marangoni2

RESUMO

A pesquisa, em andamento, surgiu a partir de uma inquietação durante o desenvolvimento do


trabalho na direção de escola. Nas últimas décadas, ocorreram muitas lutas pela ampliação dos espaços de
participação política, sendo organizado pela população brasileira, e, em especial, pelos educadores. Nesta
perspectiva, a partir dos anos 1980, observou-se um movimento em direção à democratização da educação
e dos mecanismos de participação na escola, dentre eles, o conselho de escola. O objetivo central deste
estudo é examinar os registros e os assuntos discutidos no conselho de uma escola pública municipal de
Caçapava-SP. O conselho de escola constitui-se um colegiado composto por vários segmentos da
comunidade escolar, sendo: 40% de professores; 5% de especialistas de educação, exceto o diretor; 5% de
funcionários; 25% de pais ou responsáveis; 25% de estudantes; e o diretor escolar, que é membro nato. Este
é um espaço de discussão de caráter consultivo, deliberativo, fiscalizador, mobilizador e pedagógico. Com
a promulgação da Constituição Federal de 1988 (e outras legislações posteriores), houve um esforço para
consolidar o conselho de escola como um espaço político e de gestão democrática, que encontra respaldo
nos estudos (MARANGONI, 2018; MARTINS, 2008; PARO, 2002; SOUZA, 2009 e outros) que retratam
o quão difícil tem sido a sua efetivação. O estudo, de natureza qualitativa, abrange duas fases: na primeira,
uma discussão teórica sobre a gestão democrática e os mecanismos coletivos de participação; na segunda,
uma análise de conteúdo nas atas do conselho de uma escola pública municipal, com o intuito de refletir
sobre os dados mais relevantes. Em suma, conclui-se (de maneira preliminar) que a implementação da
gestão democrática ainda é um desafio para o diretor de escola (e comunidade escolar), pois ainda não
temos condições reais para efetivá-la.

Palavras-chave: conselho de escola, desafios, gestão democrática.

1
PPGP-GE - UNICID.
2
PPGP-GE - UNICID.

578
UTILIZAÇÃO DE MODELOS DIDÁTICOS SUSTENTÁVEIS COMO METODOLOGIA PARA
ENSINO DE BIOLOGIA CELULAR

Ana Clara Marques Alves Silva1, Mailson Teixeira Batista1, Thamires Batista de Assis Netto1, Maria
Clara Cunha de Souza1, Flávia Martins Valim2

RESUMO

A biologia celular é essencial para o entendimento da vida, já que apenas através do seu estudo é
possível compreender o funcionamento e individualidade de cada organismo existente. O estudo das células
e suas estruturas pode ser muito confuso, pelo caráter abstrato, resultado de sua natureza microscópica. A
BNCC (Base Nacional Comum Curricular) do Ensino médio, destaca o conhecimento sobre células como
competência específica, fundamental para o embasamento de debates sobre os avanços científicos e
tecnológicos. O objetivo do presente trabalho foi realizar atividades com alunos do ensino médio, para que
conteúdos abstratos sobre células, pudessem ser expressos através da modelagem de organelas celulares,
utilizando materiais recicláveis da própria escola, de forma a trabalhar também o conceito de
sustentabilidade. Para isso, discentes bolsistas do PIBID-Biologia da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, desenvolveram um projeto de construção de materiais didáticos com o tema células e organelas
celulares na escola CIEP 156 Dr Alberto Sabin, utilizando materiais que seriam descartados pela escola. O
projeto constou de três etapas: 1ª etapa: Avaliação diagnóstica, onde seis perguntas sobre o tema, foram
propostas aos alunos de ensino médio da escola, para avaliar o conhecimento prévio sobre biologia celular
; 2ª etapa: os alunos foram organizados em grupos de 10 para a produção da massa modelável. A massa tipo
papel machê foi feita com papel triturado no liquidificador industrial, cola branca e amido de milho
adicionados à massa após a filtragem com um pano; 3ª etapa: foi feita uma apresentação que durou cerca
de 10 minutos, para explicar as dificuldades sobre o tema e ressaltar que o material produzido será utilizado
como recurso didático permanente para escola. A partir das respostas obtidas na etapa diagnóstica, foi
montado um quadro que gerou um mapa de ideias, utilizado para debates e discussões. As organelas foram
moldadas e após a secagem, as peças foram pintadas para diferenciar as estruturas. Os alunos se
empenharam muito no desenvolvimento das atividades, principalmente na modelagem do material. Além
disso, elogiaram a realização da oficina, bem como o acompanhamento e tutoria dos pibidianos. Nesse
sentido, o projeto foi eficaz em sua abordagem, pois além de envolver os discentes em todas as etapas da
atividade, também facilitou a compreensão de conceitos. O entusiasmo dos alunos na participação da
oficina, também empolga os pibidianos, futuros docentes, que participaram da atividade, pois
experienciaram na prática, a importância das atividades lúdicas e criativas no ensino das ciências biológicas.

Palavras-chave: modelos didáticos, organelas celulares, sustentabilidade

1- Graduando(a) em Licenciatura em Ciências Biológicas-UFRRJ,

2- Professora do CIEP 156 Dr Alberto Sabin, Seropédica, Rio de Janeiro

579
JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

Andreza Michella Cardoso Nery1015, Jéssica da Silva Nascimento1016 , Andrea Carla de Paiva³, Maria
Teresa Barros Falcão Coelho⁴

RESUMO
Os jogos e as brincadeiras populares fazem parte da nossa cultura há anos, tendo sido passadas de
geração a geração ao longo do tempo. Nessas atividades lúdicas, a maneira de brincar vai se modificando,
pois não existem regras fixas, cabendo ao grupo negociá-las. Em geral, a construção das atividades lúdicas,
a serem realizadas durante as aulas, envolvem uma intencionalidade educativa por parte de pedagogos e
professores de Educação Física, que buscam tornar as aulas mais interessantes e ampliar a participação dos
estudantes. Este trabalho objetiva relatar a experiência das alunas de Licenciatura em Educação Física da
Universidade Federal Rural de Pernambuco em uma atividade de campo envolvendo as disciplinas de
Aprendizagem e Desenvolvimento Motor e Metodologia do Ensino da Educação Física Ensino
Fundamental - 1° ao 9° ano, em uma Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos
Iniciais do Recife. A metodologia implicou em dinâmicas de grupo com atividades lúdicas, envolvendo
jogos e brincadeiras populares, em duas turmas da Educação Infantil, que possuíam 11 alunos cada, com
faixa etária entre 3 a 6 anos. As atividades foram propostas a partir de uma metodologia de ensino com
abordagem desenvolvimentista, priorizando o desenvolvimento motor dos alunos. Tendo em vista a
importância que esse tipo de atividade tem para as aulas no contexto da Educação Infantil, a partir de
perspectivas que consideram o brincar em grupo como promotor dos processos de desenvolvimento e de
aprendizagem, sendo facilitador da integração entre as dimensões cognitivas, afetivas, sociais e motoras
das crianças. Durante a prática da atividade ficou nítida a felicidade das crianças e a necessidade do lúdico
ser cada dia mais valorizado, constando no planejamento da prática pedagógica do professor. Percebemos,
a partir dessa experiência, que é possível para os educadores utilizarem-se das brincadeiras e jogos
populares para estimularem o desenvolvimento e as habilidades motoras das crianças.

Palavras-chave: jogos, brincadeiras, educação infantil.

1015
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
1016
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
³ Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
⁴ Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

580
Conselho de Escola: o desafio da gestão democrática no município de Caçapava-SP

Djalma dos Santos Machado1, Ricardo Alexandre Marangoni2

RESUMO

A pesquisa, em andamento, surgiu a partir de uma inquietação durante o desenvolvimento do


trabalho na direção de escola. Nas últimas décadas, ocorreram muitas lutas pela ampliação dos espaços de
participação política, sendo organizado pela população brasileira, e, em especial, pelos educadores. Nesta
perspectiva, a partir dos anos 1980, observou-se um movimento em direção à democratização da educação
e dos mecanismos de participação na escola, dentre eles, o conselho de escola. O objetivo central deste
estudo é examinar os registros e os assuntos discutidos no conselho de uma escola pública municipal de
Caçapava-SP. O conselho de escola constitui-se um colegiado composto por vários segmentos da
comunidade escolar, sendo: 40% de professores; 5% de especialistas de educação, exceto o diretor; 5% de
funcionários; 25% de pais ou responsáveis; 25% de estudantes; e o diretor escolar, que é membro nato. Este
é um espaço de discussão de caráter consultivo, deliberativo, fiscalizador, mobilizador e pedagógico. Com
a promulgação da Constituição Federal de 1988 (e outras legislações posteriores), houve um esforço para
consolidar o conselho de escola como um espaço político e de gestão democrática, que encontra respaldo
nos estudos (MARANGONI, 2018; MARTINS, 2008; PARO, 2002; SOUZA, 2009 e outros) que retratam
o quão difícil tem sido a sua efetivação. O estudo, de natureza qualitativa, abrange duas fases: na primeira,
uma discussão teórica sobre a gestão democrática e os mecanismos coletivos de participação; na segunda,
uma análise de conteúdo nas atas do conselho de uma escola pública municipal, com o intuito de refletir
sobre os dados mais relevantes. Em suma, conclui-se (de maneira preliminar) que a implementação da
gestão democrática ainda é um desafio para o diretor de escola (e comunidade escolar), pois ainda não
temos condições reais para efetivá-la.

Palavras-chave: conselho de escola, desafios, gestão democrática.

1
PPGP-GE - UNICID.
2
PPGP-GE - UNICID.

581
PERCURSOS E RESULTADOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO OBSERVATÓRIO DE
EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Lara Santana, Mariana Rosa, Everton Viesba e Marilena Rosalen

O ObES, Observatório de Educação e Sustentabilidade, tem como objetivo atuar como um


instrumento sistemático da UNIFESP na coleta, pesquisa, organização, tratamento e difusão de temas
pertinentes à Educação e Sustentabilidade no município de Diadema/SP. O campo primário de atuação do
Observatório são as instituições de ensino do município, do ensino infantil ao superior, do público ao
privado, e os demais espaços educadores. O projeto de implementação prevê a conclusão de três fases: I.
Instituições de ensino que ofereçam ensino fundamental II e ensino médio; II. Instituições de ensino que
ofereçam educação infantil e ensino fundamental I; III. Instituições de ensino técnico e superior. A primeira
fase está em vias de ser concluída e a plotagem dos dados já foi finalizada, sendo prevista a disponibilização
pública destes e a análise para gerar novos subsídios às pesquisas e tomadas de decisão.

Observatório; Educação; Sustentabilidade; Pesquisas; Dados.

582
583

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