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SERVIÇO SOCIAL e os dilemas da saúde em tempos de pandemia
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAZONAS
CONSELHO EDITORIAL
Presidente
Henrique dos Santos Pereira
Membros
Antônio Carlos Witkoski
Domingos Sávio Nunes de Lima
Edleno Silva de Moura
Elizabeth Ferreira Cartaxo
Spartaco Astolfi Filho
Valeria Augusta Cerqueira Medeiros Weigel
Reitor
Sylvio Mário Puga Ferreira
Vice-Reitor
Jacob Moysés Cohen
Editor
Sérgio Augusto Freire de Souza
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SERVIÇO SOCIAL
e os dilemas da saúde
em tempos de pandemia
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SERVIÇO SOCIAL e os dilemas da saúde em tempos de pandemia
Vice-presidente
Pedro Paulo Abreu Funari (UNICAMP)
Membros
Adailton da Silva (UFAM – Benjamin Constant/AM)
Alfredo González-Ruibal (Universidade Complutense de Madrid - Espanha)
Ana Cristina Alves Balbino (UNIP – São Paulo/SP)
Ana Paula Nunes Chaves (UDESC – Florianópolis/SC)
Arlete Assumpção Monteiro (PUC/SP - São Paulo/SP)
Barbara M. Arisi (UNILA – Foz do Iguaçu/PR)
Benedicto Anselmo Domingos Vitoriano (Anhanguera – Osasco/SP)
Carmen Sylvia de Alvarenga Junqueira (PUC/SP – São Paulo/SP)
Claudio Carlan (UNIFAL – Alfenas/MG)
Denia Roman Solano (Universidade da Costa Rica - Costa Rica)
Débora Cristina Goulart (UNIFESP – Guarulhos/SP)
Diana Sandra Tamburini (UNR – Rosário/Santa Fé – Argentina)
Edgard de Assis Carvalho (PUC/SP – São Paulo/SP)
Estevão Rafael Fernandes (UNIR – Porto Velho/RO)
Evandro Luiz Guedin (UFAM – Itaquatiara/AM)
Fábia Barbosa Ribeiro (UNILAB – São Francisco do Conde/BA)
Fabiano de Souza Gontijo (UFPA – Belém/PA)
Gilson Rambelli (UFS – São Cristóvão/SE)
Graziele Acçolini (UFGD – Dourados/MS)
Iraíldes Caldas Torres (UFAM – Manaus/AM)
José Geraldo Costa Grillo (UNIFESP – Guarulhos/SP)
Juan Álvaro Echeverri Restrepo (UNAL – Letícia/Amazonas – Colômbia)
Júlio Cesar Machado de Paula (UFF – Niterói/RJ)
Karel Henricus Langermans (Anhanguera – Campo Limpo - São Paulo/SP)
Kelly Ludkiewicz Alves (UFBA – Salvador/BA)
Leandro Colling (UFBA – Salvador/BA)
Lilian Marta Grisólio (UFG – Catalão/GO)
Lucia Helena Vitalli Rangel (PUC/SP – São Paulo/SP)
Luciane Soares da Silva (UENF – Campos de Goitacazes/RJ)
Mabel M. Fernández (UNLPam – Santa Rosa/La Pampa – Argentina)
Marilene Corrêa da Silva Freitas (UFAM – Manaus/AM)
María Teresa Boschín (UNLu – Luján/Buenos Aires – Argentina)
Marlon Borges Pestana (FURG – Universidade Federal do Rio Grande/RS)
Michel Justamand (UNIFESP - Guarulhos/SP)
Miguel Angelo Silva de Melo - (UPE - Recife/PE)
Odenei de Souza Ribeiro (UFAM – Manaus/AM)
Patricia Sposito Mechi (UNILA – Foz do Iguaçu/PR)
Paulo Alves Junior (FMU – São Paulo/SP)
Raquel dos Santos Funari (UNICAMP – Campinas/SP)
Renata Senna Garrafoni (UFPR – Curitiba/PR)
Renilda Aparecida Costa (UFAM – Manaus/AM)
Rita de Cassia Andrade Martins (UFG – Jataí/GO)
Sebastião Rocha de Sousa (UEA – Tabatinga/AM)
Thereza Cristina Cardoso Menezes (UFRRJ – Rio de Janeiro/RJ)
Vanderlei Elias Neri (UNICSUL – São Paulo/SP)
Vera Lúcia Vieira (PUC – São Paulo/SP)
Wanderson Fabio Melo (UFF – Rio das Ostras/RJ)
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SERVIÇO SOCIAL
e os dilemas da saúde
em tempos de pandemia
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SERVIÇO SOCIAL e os dilemas da saúde em tempos de pandemia
© by Alexa Cultural
Direção
Gladys Corcione Amaro Langermans
Nathasha Amaro Langermans
Editor
Karel Langermans
Capa
K Langer
Revisão Técnica
Michel Justamand e Hamida Assunção Pinheiro
Revisão de língua
Tuca Dantas
Editoração Eletrônica
Alexa Cultural
ISBN - 978-65-87643-57-1
1. Serviço Social, 2. Artigos, 3. Pandemia, 4. Covid 19, 5. Políticas
Públicas, I-Título, II-Sumário, III-Bibliografia
‘
CDD - 300
AGRADECIMENTOS
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SERVIÇO SOCIAL e os dilemas da saúde em tempos de pandemia
PREFÁCIO
A pandemia do novo Coronavírus, reconhecida como tal em
de 11 de março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
tem posto a situação da saúde pública em xeque. O novo Coronaví-
rus, doença causada pelo vírus Sars-CoV-2, evidencia abertamente
as dificuldades dos sistemas de saúde pública na atenção à saúde
em vários países do mundo e, em outros, explicita, a inexistência de
qualquer forma de proteção e controle público sanitário.
No Brasil, a pandemia tem mostrando as fragilidades do Sis-
tema Único de Saúde (SUS), o qual foi conquistado legitimamen-
te pela Constituição de 1988 e pela promulgação de Lei Orgânica
da Saúde (LOS) em 1990. Este sistema de saúde pública nasce no
país bastante fortalecido pelo Movimento Social – conhecido como
Reforma Sanitária – que o reivindicava desde a década de 1970.
Entretanto, durante a década de 1990 e nas décadas subsequentes, a
política de saúde brasileira, de caráter universal e integral, passa a
ser combatida pelas inciativas neoliberais que primam pela redução
dos gastos sociais, numa movimentação denominada de contrarre-
forma do Estado. Assim, os serviços de saúde passam a ser espaços
de muita disputa dos interesses privados, com grandes possibilida-
des e incentivos de privatização.
É nesse contexto de garantia legal de direito à saúde, por um
lado, e de desmonte e desfinanciamento dos serviços de saúde pú-
blica, por outro lado, que a pandemia de Covid-19 tem revelado
inúmeras dificuldades para o provimento da atenção universal e
integral à saúde da população brasileira. O resultado tem sido um
número constantemente progressivo de casos da doença, que coloca
o Brasil entre os maiores números de adoecimento e de óbitos no
mundo. Soma-se a isso a postura negacionista da Presidência da
República e de suas forças aliadas, que durante os mais de 6 meses
de vivência da pandemia que atingem o país, têm sido um elemento
a mais para a coibir as ações de prevenção da contaminação pelo
Corononavírus e, consequente, de potencialização do adoecimento
da população brasileira.
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SUMÁRIO
Prefácio
Reinaldo Nobre Pontes
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Apresentação
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SEÇÃO 1
SAÚDE E POLÍTICAS PÚBLICAS EM TEMPOS DE PANDEMIA
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APRESENTAÇÃO
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Seção 1
Saúde e Políticas Públicas
em tempos de pandemia
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Introdução
Ao longo da história, as epidemias, endemias e pandemias
(re)produzem na sociedade uma dimensão particular de desorga-
nização em todas as dimensões da vida gerando adoecimento tan-
to físico como psíquico. Ventura (2013) aponta que epidemias são
eventos sociais totais que ameaçam a humanidade de todas as for-
mas: doenças, mal-estar, morte e causam efeitos como: criam de-
sordens, incrementam a violência e o medo (temor ao contágio),
geram estigmas, exacerbam as desigualdades sociais. Em contra-
nitência as respostas ao longo da história a esses eventos têm sido
estabelecidas medidas de proteção e profilaxia, práticas e estudos
científicos, expressões artísticas e literárias, entre outros. Ventu-
ra (2013) aprofunda: para ele, epidemia é uma “evolução brusca,
temporária e significativamente acima do esperado da incidência de
uma determinada doença” (p. 51) e por ser inesperado e violento
“atinge a todos em uma sociedade, sem distinção de classes, desor-
ganizando a vida de uma cidade, e refere-se que tal evento coloca
1 Doutora em Serviço social. Professora do curso de Serviço Social e do Programa de Pós-
-graduação em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
– PUC-RS e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre trabalho, saúde e Interse-
torialidade (NETSI/PUC-RS). E-mail: maria.bellini@pucrs.br.
2 Pós-Doutora na área de Serviço Social pela PUCRS, Professora associada do Departamen-
to de Serviço Social e do Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Sustentabilidade
na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Pesquisadora do Grupo Inter-
disciplinar de Estudos Socioambientais e Desenvolvimento de Tecnologias Sociais na Ama-
zônia (Grupo Inter-Ação/UFAM) e do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Trabalho, Saúde
e Intersetorialidade (NETSI/PUC-RS). E-mail: deb.band@gmail.com.
3 Doutoranda em Serviço Social na PUC-RS. Mestra em Serviço Social pela PUC-RS, Pro-
fessora na Universidade Federal de Santa Maria -RS e integrante do Núcleo de Estudos e
Pesquisa sobre Trabalho, Saúde e Intersetorialidade (NETSI/PUC-RS). E-mail: nadianna-
marques@gmail.com.
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O Brasil tem sido atingido cada vez mais por desastres pro-
vocados pela ação humana: inundações, incêndios, rupturas de
barragens. Autores que têm como objeto de estudo esses grandes
eventos explicam que o aumento das ocorrências se deve a fatores
diversos, como:
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A pandemia no Amazonas
Falar de Amazônia requer a compreensão de um espaço plu-
ral, diverso e heterogêneo, seja em sua exuberância e riqueza dos
recursos naturais, no complexo da biodiversidade, seja no universo
de povos e culturas, enfim, num mosaico que não permite entendê-
-lo de maneira homogênea. A diversidade de povos que compõem a
Amazônia, as diversas particularidades culturais, sociais, econômi-
cas e ambientais colocam o estado e as autoridades competentes em
alerta para os riscos e combate, no momento, da pandemia.
No Amazonas, devido à emergência sanitária, foi decreta-
da situação de emergência na saúde pública do Estado e instituído
o Comitê Intersetorial de Enfrentamento e Combate à covid-19,
através do Decreto nº 42.061, de 16 de março de 2020. O Decreto
colocou uma série de restrições e medidas que passaram a ser ado-
tadas a fim de “conter e controlar” a disseminação e propagação da
doença. Sendo a situação de calamidade pública mantida através
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Considerações finais
Na esteira do presente da pandemia e do futuro da pós-pan-
demia, este artigo apresenta dados parciais sobre a realidade de 02
estados brasileiros no enfrentamento do coronavírus, os impactos
numéricos do contágio, dos óbitos nestes meses desde a descoberta
do vírus no Brasil. É uma contribuição para refletir sobre o efeito
da pandemia e da insuficiência do nosso conhecimento para vencer
um vírus desconhecido e produzido em laboratórios. Vírus que é
mais mortal conforme as desigualdades no acesso a recursos de saú-
de, quando a pandemia e seus impactos são minimizados por legis-
ladores e quando as questões econômicas sobressaem ao direito à
vida. Em relação à saúde, em especial a saúde dos profissionais que
estão na linha de frente, e sobre os contágios e impactos nas suas
vidas e na saúde, sabe-se que estes podem se expressar em sintomas
físicos que podem levar à morte, mesmo que os profissionais usem
os equipamentos adequados. Assim como existem outros impac-
tos em nível emocional e que se expressam em diversas formas de
sofrimento: depressão, dores físicas/crônicas, isolamento, falta de
ânimo, abuso de álcool/medicação, término de relacionamento/rup-
turas afetivas, aumento de conflitos interpessoais, má alimentação,
estresse, alteração do sono, desenvolvimento de ansiedade, pânico,
medo, angústia, quadros confusionais, somatizações, resistência/
oposição, risco de suicídio, dentre outras.
Considerando que a política de saúde a exemplo das políticas
sociais brasileiras traz embutida as contradições que resultam de
determinações políticas, culturais e econômicas que se repetem/edi-
tam/reeditam na história desse país, afira-se que o reconhecimento
destas contradições pode diminuir o risco de interpretações caolhas
da realidade, de análises despolitizadas que se encerram no aparen-
te e imediato. Assim, ao enfatizar os processos de adoecimento e
nos óbitos dos profissionais de saúde o artigo pretende contribuir
para o fortalecimento da Política de Saúde/Saúde do Trabalhador
na proteção dos recursos humanos no enfrentamento de desastres,
pandemias e calamidades públicas.
Neste momento da pandemia, considera-se fundamental o
governo incrementar estratégias para o fortalecimento das políticas
sociais públicas, em especial da rede de saúde e, consequentemen-
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Referências
AMAZONAS GANHA REFORÇO DE R$ 6,7 MILHÕES DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE POR NOVOS LEITOS E SERVIÇOS
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amazonas.am.gov.br/mobile/#/mobile/noticias/?id=206025. Acesso
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AMAZONAS TEM 107.951 PESSOAS RECUPERADAS DA
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Introdução
A crise na saúde pública atual não é reflexo de um problema
recente, mas recorrente, pois é de conhecimento geral a necessidade
de adequações nos sistemas de saúde. O que acontece é que se poster-
gam as ações, e os problemas se acumulam, o que passa a ser evidente
em momento de extrema necessidade. Com o aumento da população,
acresce a concentração de pessoas nas grandes cidades e aumenta a
expectativa de caos social, o que ativa o surgimento de novas formas
de doenças, que afetam o sistema de saúde. A situação piora devido
à falta de políticas públicas que determinem padrões de qualidade de
vida para as pessoas, principalmente aquelas que vivem em regiões
de vulnerabilidade social e que são fortemente impactadas e geram
instabilidade e descrédito para o sistema que deveria estar apto para o
infortúnio.
Teixeira (2018) destaca que nem a sociedade nem o Estado
brasileiro têm visto o projeto da Reforma Sanitária Brasileira (RSB)
como uma prioridade e a opção pelo Sistema Único de Saúde – SUS
como política prioritária. Devido aos boicotes sofridos, por vários vie-
ses, desde a Constituição de 1988, destaca-se como desafio conciliar a
RSB para a consolidação do SUS, enquanto sistema de saúde público,
universal, igualitário, integral e de qualidade, que fica na utopia, care-
cendo de meios para se sustentar e atuar de forma mais austera, o que
precisa ter resposta séria e consistente por parte do Estado.
1 Professor Visitante do Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia
(PPGSS) da Universidade Federal do Amazonas. Graduado em Economia. Mestre em Gestão e Doutor em
Ciências Econômicas. E-mail: yunier.sarmiento@gmail.com.
2 Doutoranda em Ciência da Educação pela UNIT Brasil – Universidad del Sol – UNADES. Mestre
em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia (PPGSS) pela Universidade Federal do Amazonas.
Graduada em Serviço Social. Integrante do Grupo de Pesquisa Laboratório de Gênero – UFAM. E-mail:
alinepedraca7@gmail.com.
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b. Variável depen-
dente: Número
de leitos UTI x
1000 habitantes
Fonte: Saída do Software SPSS 20.0
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Considerações finais
O novo coronavírus representa um teste severo para os siste-
mas de saúde dos países mais afetados pela epidemia, especialmen-
te em sua capacidade de atender aos casos mais graves em hospitais.
A determinação da oferta de leitos continua sendo uma das
disciplinas pendentes do sistema de saúde. O cálculo corresponde a
uma tarefa difícil para os tomadores de decisão, pois é influenciado
por um conjunto diversificado de variáveis que se comportam de
forma diferente para cada localidade. A realidade é que a oferta
diminuiu não só no Brasil, mas no mundo, por motivos diversos,
mas é a população que mais precisa de cuidados que mais sofre com
essa situação e que exige que questões como essas sejam revistas
preferencialmente nas políticas públicas.
O estudo constatou a existência de relação inversa e correla-
ção moderada da taxa de ocupação em leitos UTI nas internações
SUS e leitos complementares x 1000 habitantes, mostrando por sua
elasticidade a sensibilidade do primeiro em relação à segunda va-
riável.
Mostra-se que a proporção de leitos por habitante é um in-
dicador a ser levado em consideração pelas autoridades sanitárias,
uma vez que o Brasil apresenta resultados abaixo dos critérios inter-
nacionais com diferenças significativas ao nível de suas sub-regiões
internas.
Referências
CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE
– CNESNet. Leitos SUS e não SUS por especialidade e Estados.
2020. Disponível em: http://cnes2.datasus.gov.br/Mod_Ind_Tipo_
Leito.asp?VEstado=13. Acesso em: 18 abr. 2020.
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Introdução
Os anos de 1970 e 1980 marcam o avanço do neoliberalis-
mo em termos mundiais, e em 1989 foram forjados conjuntamente
pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BM)
e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) os ditames do
chamado Consenso de Washington, que visava fazer dos mercados
emergentes, como o Brasil, um espaço para a expansão do capital,
tendo em vista a crise do fordismo instalada nos países centrais des-
de os anos de 1970.
Em termos gerais, o Consenso de Washington constituía-se
em um receituário de 10 (dez) imposições aos países em desenvol-
vimento para a concessão de novos empréstimos e que implicavam
em programas de ajustes financeiros e reformulação nos modelos
econômicos. O FMI passou a exigir dos países da América Lati-
na para a concessão de empréstimos: disciplina fiscal, redução dos
gastos públicos, reforma fiscal e tributária, abertura comercial e
econômica dos países, taxa de câmbio de mercado competitivo, li-
beralização do comércio exterior, investimento estrangeiro direto,
privatização, desregulamentação (econômica e trabalhista) e direito
à propriedade intelectual.
1 Professora do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia da Uni-
versidade Federal do Amazonas – UFAM. Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro – UFRJ. Atualmente integra a Diretoria Nacional do ANDES-SN, como Primeira Vice-Presidente da
Regional Norte 1, gestão 2018-2020. katiavallina@hotmail.com
2 Professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Amazonas – UFAM e do
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia – PPGSS, no qual atua tam-
bém como coordenadora. Doutora em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia pela UFAM.
E-mail: hamida.assuncao@gmail.com
3 Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Mestranda no Programa
de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia – PPGSS, sendo bolsista do CNPq.
cliviabarroco@gmail.com
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Considerações finais
À luz do exposto, afirma-se que a contrarreforma do ensino
superior possibilitou o processo de mercantilização da educação, a
partir das diretrizes postas por organismos internacionais, cenário
que promoveu a expansão do setor privado através de grupos e
conglomerados educacionais, visando a lucratividade nesse âmbito.
Pode-se assinalar que o alastramento da ofensiva neoliberal
na educação torna-se ainda mais evidente nos dias atuais, especifi-
camente no contexto de pandemia da covid-19, com a publicação
das portarias recentes pelo Ministério da Educação, relacionadas
ao Ensino Remoto Emergencial. Nesse cenário torna-se comum a
utilização de serviços de educação remota oferecidos por empre-
sas privadas. Essas são estratégias que, sob o viés de possibilitar o
ensino pelo meio digital e garantir o andamento do ano letivo sem
intercorrências, fomentam a privatização na política de educação.
A adoção do Ensino Remoto Emergencial é caracteriza-
da como um símbolo de avanços, por muitos de seus apoiadores,
porém são diversas as nuances negativas que são obscurecidas em
torno dessa modalidade de ensino, tais como as questões de infra-
estrutura, econômicas e sociais, que reforçam abismos já existentes
na sociedade.
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Referências
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Introdução
Nos últimos dez anos, tem crescido o número de pesquisas
em relação à violência praticada contra a população LGBTI+. Con-
tudo, pesquisas que investigam as experiências de jovens gays, lés-
bicas, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais, entre outros,
diante das violações dos direitos ao acesso à política pública de
saúde, ainda estão longe de se esgotar.
A Constituição Federal de 1988, em seu Art. 196, reconhece
a saúde como dever do Estado e direito de todos, criando mecanis-
mos por meio de políticas públicas e econômicas “que visem à re-
dução do risco de doença e de outros agravos” e busquem viabilizar
o acesso universal, gratuito e igualitário da população aos serviços
para a recuperação, promoção e proteção da saúde da população,
sem distinção de raça, etnia, classe social e gênero.
O reconhecimento do estado brasileiro sobre o acesso uni-
versal, gratuito e igualitário à política pública de saúde, não dá ga-
rantias de que na prática tal política será efetivada. São necessários
movimentos de lutas da sociedade civil, ações do Ministério Públi-
co, defesas por parte de profissionais, como os assistentes sociais
para que a política saia do papel e se transforme em equipamentos,
ambulatórios, hospitais e profissionais qualificados para atender as
1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Ama-
zônia – PPGSS/UFAM. E-mail: valeria.ss_soares@hotmail.com.
2 Professora Permanente do PPGSS/UFAM. Doutora em Ciências Ambientais e Sustenta-
bilidade na Amazônia. Professora do Curso de Serviço Social ICSEZ/UFAM. E-mail: san-
drahs@ufam.edu.br.
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Acredito que de fato ela não existe, mas está começando a ser
implementada. O processo transexualizador é uma parcela nesse
processo, mas uma saúde integral LGBTI+ ainda é uma luta
que estamos batalhando (CRISTAL, PESQUISA DE CAMPO,
2020).
Assim a política de fato não está efetivada mas ela está se efe-
tivando, a gente está pensando também em outros municípios
e pensando as especificidades dessas pessoas, porque o que
acontece com uma trans negra não é mesmo que acontece com a
trans branca, com a trans indígena etc. O plano está em parceria
com a UEA, com SUSAM e SEMSA para pensar, porque o Estado
constrói mas quem implementa é o município (ESMERALDA,
PESQUISA DE CAMPO, 2020).
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ruas, nas redes sociais, nas urnas eletrônicas. Este movimento a po-
pulação LGBTI+ vem percorrendo há décadas na luta pelo direito
a ter direitos como todo cidadão e cidadã de uma sociedade demo-
crática.
Os movimentos sociais da população LGBTI+, e não so-
mente eles, vêm há anos lutando e resistindo frente aos ataques e
ou abandono por parte do Estado, na busca de melhorias e acessos
aos serviços ofertados pelo SUS, mas se para a grande parte da
população essa luta tem sido desigual. Para a população pesquisada,
os desafios têm sido ainda mais ampliados e desumanos, em virtu-
de dos atos de discriminação e preconceitos vivenciados quando
da necessidade de tratamento médicos e hospitalares (CARDOSO;
FERRO, 2012).
Para Bravo (2001), um dos maiores agravos quando se fala de
saúde no Brasil é a incontrolável corrupção. O Estado gasta muito
pouco com saúde e gasta mal, além de não haver uma fiscalização
da destinação final dos recursos da saúde. No período da pandemia
essa situação se ampliou, visto ter sido possível observar as inúme-
ras denúncias contra os governos de diversos estados brasileiros,
como citado na rede midiática nacional, pelo uso inapropriado dos
recursos públicos destinados ao combate à pandemia.
O sucateamento da saúde pública no país, decorrente da au-
sência do Estado, interfere nesse processo e na qualidade de vida
dos indivíduos, uma vez que a própria política “considera o desen-
volvimento social uma condição imprescindível para a conquista da
saúde” (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013, p. 19).
Quando se trata da população LGBTI+ e o acesso à saúde, te-
mos os mesmo impasses: a falta de interesse do poder público, falta
de profissionais capacitados, a falta de diálogos sobre a educação
sexual nas escolas, ausência de debates sobre os temas sobre sexu-
alidade e identidade de gênero nas unidades de saúde (CARDOSO;
FERRO, 2012).
Os descasos do Estado diante da saúde pública, citados acima
por Cardoso e Ferro (2012), se avolumam ainda mais na atual con-
juntura política do estado brasileiro. Nesse aspecto, os participantes
da pesquisa declaram:
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Considerações finais
As discussões em torno dos direitos da população LGB-
TI+ estão longe de se esgotar, e em um cenário de acirramento
dos conflitos sociais/morais, de uma conjuntura política e econô-
mica conservadora e de extrema direita como a do Brasil exige
de nós, assistentes sociais e pesquisadores, ações e reflexões que
contribuam para fortalecer os movimentos sociais representativos
dessa comunidade, na garantia do acesso aos seus direitos.
Desde os anos 1990 há um movimento econômico e políti-
co fundado no ideário neoliberal de privatização dos bens, recursos
e políticas públicas, de precarização das condições de trabalho, de
sucateamento da educação e da saúde, da focalização dos progra-
mas da assistência social para o mais vulneráveis, de degradação
ambiental e mercantilização dos recursos naturais, o que repercute
diretamente na ampliação das taxas de desigualdades sociais e de-
gradação ambiental.
Nesse bojo é afetada toda uma população, a denominada
classe trabalhadora. Nessa classe está inserida também, mas talvez
quase nunca visível, a população LGBTI+, marginalizada, estig-
matizada, negada e discriminada por valores culturais heteronor-
mativos que se agravam quando associados à lógica capitalista e
racista tão presentes historicamente em nossa sociedade (TEIXEI-
RA, 2020).
Há décadas a população LGBTI+ vem lutando pelo seu di-
reito de ser reconhecida como cidadãos e cidadãs de direito. Ser
LGBTI+ na sociedade brasileira é um ato de resistência. É lutar pela
sobrevivência, pelo direito de existir, lutar para manter-se vivo,
diante de uma baixa expectativa de vida, como a de uma travesti e
mulheres transexuais. No Brasil a média de vida dessa população
é de apenas 35 anos, conforme dados do Observatório do Terceiro
Setor, em artigo produzido por Alves (2018). Com o cenário da
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Referências
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Saúde
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texto que situamos o objetivo deste artigo, qual seja, refletir sobre
o trabalho dos assistentes sociais na área da saúde em tempos de
pandemia no Brasil.
Parte-se do pressuposto de que tais condições são determina-
ções importantes para a atuação profissional deles, que têm a ques-
tão social como objeto de intervenção em todas as áreas de atuação.
Importante destacar ainda que os desafios aqui localizados não se
limitam ao ambiente hospitalar, uma vez que a atuação do Serviço
Social na área da saúde abrange os diversos níveis de atendimentos.
Na direção do que aponta Matos (2020, p. 2-3), os serviços de saúde
tiveram suas rotinas alteradas em todos os níveis: “[...] suspensão
de cirurgias eletivas nos ambulatórios especializados e hospitais;
‘transformação’ de leitos direcionados para os agravos decorrentes
da covid-19; suspensão de consultas ambulatoriais de rotina para
evitar aglomerações etc.”. Isso trouxe implicações aos profissionais
em geral e, em particular, aos/às assistentes sociais que atuam tam-
bém como importantes interlocutores/as na comunicação entre a
população usuária e os serviços.
Além disso, é oportuno localizar o profissional no “mundo
do trabalho”, que, ao mesmo tempo em que atua na atenção aos
trabalhadores, é também um trabalhador assalariado – com ou sem
vínculo formal – que vivencia no seu cotidiano profissional diversas
situações postas ao conjunto da classe trabalhadora. No contexto
de pandemia, isso ficou evidenciado, entre outros, na desproteção e
insegurança no trabalho, na falta e/ou insuficiência de equipamen-
tos de proteção individual (EPIs), na suspensão de férias, aumento
das horas e sobrecarga de trabalho, reduzido tempo de repouso etc.
Dito isso, o artigo foi dividido em duas partes relacionadas:
a primeira de contextualização da saúde no Brasil – com destaque
para o Sistema Único de Saúde (SUS) e as empreitadas de seu des-
monte, especialmente a partir da Emenda Constitucional nº 95/2016
– e da relação do Serviço Social com esse campo, numa tentativa
de explicitar as particularidades da atuação dos assistentes sociais
nesse espaço sócio-ocupacional. Para qualificar essa reflexão, apon-
tamos as tensões entre o projeto privatista e o de reforma sanitária
e seus rebatimentos nos princípios norteadores do trabalho desses
profissionais. Tais discussões nos possibilitaram chegar ao contexto
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Introdução
Este estudo debate sobre a atuação do assistente social na
área da saúde em tempos de pandemia, um tempo atípico de sur-
to de covid-19 (coronavírus), definido pela Organização Mundial
da Saúde como pandemia, ocasionando uma emergência em saúde
pública, em nível internacional, requerendo altos investimentos em
equipamentos e recursos humanos do Estado.
O termo pandemia, segundo a OMS, é usado para descrever
a disseminação mundial de uma nova doença, ou seja, um grande
surto de uma doença que afeta uma região e se espalha por diferen-
tes continentes com transmissão de pessoa para pessoa e coletiva-
mente. E, em consequência de sua gravidade, requer uma série de
medidas sanitárias para evitar a disseminação do vírus tais como
isolamento, quarentena, distanciamento social, uso de máscaras e
álcool em gel.
No Brasil, país de frágeis políticas sociais, o impacto da pan-
demia é mais latente, pois o país enfrenta uma permanente tensão
entre a ampliação dos serviços, a disponibilidade de recursos, os
interesses do Estado e do empresariado médico e, ainda, um qua-
dro de recursos humanos insuficientes para suprir a demanda, entre
outros fatores.
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Considerações finais
A pandemia da covid-19 encontrou a população brasileira
em situação de extrema vulnerabilidade social, e por isso há que se
destacar a importância da atuação profissional do assistente social
neste contexto, no sentido de proporcionar acesso aos serviços es-
senciais que o momento exige.
Em termos globais observamos que em situações de crises
sanitárias e emergenciais, como a Pandemia, as lideranças políticas
devem tomar atitudes rápidas a favor da população e em sintonia
com a OMS, pois as escolhas politicamente inadequadas agravadas
pela fragilidade do sistema de saúde elevam o número de vítimas
fatais.
Nessa realidade vivenciada pelos assistentes sociais que atu-
am na área da saúde, é latente os efeitos da conjuntura atual na for-
ma de viabilizar o acesso aos serviços de saúde, e que se apresenta
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Introdução
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma aná-
lise acerca da atuação do Assistente Social no contexto de contrar-
reformas e privatizações na política de saúde nos estabelecimentos
que estão sob a gestão das Organizações Sociais de Saúde (OSS).
Esse modelo de gestão, a partir da década de 1990, vem se expan-
dindo nos municípios e estados brasileiros e orientam políticas pú-
blicas sociais, em especial na área da saúde pública. Também ganha
destaque no contexto da pandemia da covid-19, com a criação e
implementação de hospitais de campanha por todo o Brasil. Tal fato
merece uma reflexão crítica, principalmente no que diz respeito aos
rebatimentos deste modelo de gestão na atuação do/da assistente
social nas OSS, na realidade paraense.
Destarte, o assistente social não está imune às mudanças e
dinâmicas provenientes dos processos sociais contemporâneos, que
reverberam nas suas relações e condições de trabalho, assim como
1 Assistente Social. Mestra e Doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
Pós-doutora pela Universidade Livre de Berlim/Alemanha. Professora do Programa de Pós-
-graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Pará (PPGSS/UFPA). Coordena-
dora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Trabalho, Direitos Humanos e Seguridade Social
(TRADHUSS). drika.azevedo@hotmail.com
2 Assistente Social. Discente do Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em
Serviço Social da Universidade Federal do Pará (PPGSS/UFPA). Integrante do Grupo de
Estudos e Pesquisas em Trabalho, Direitos Humanos e Seguridade Social (TRADHUSS).
jefferson.franco@hotmail.com
3 Assistente Social. Mestra e Doutora pela Universidade Nacional de Brasília – UnB. Pós-
-doutora pelo Instituto Universitário de Lisboa – ISCTE /Portugal. Professora do Programa
de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Pará (PPGSS/UFPA). Inte-
grante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Trabalho, Direitos Humanos e Seguridade Social
(TRADHUSS). cilenelins@yahoo.com.br
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Introdução
A reflexão em pauta trata sobre a liberdade como valor ético
central e o trabalho do assistente social no contexto da privatização
do SUS. O objetivo é compreender como a liberdade do ponto de
vista da ontologia do ser social se torna necessária e urgente no
cotidiano do profissional da saúde.
No código de ética de 1993 do Serviço Social há onze princí-
pios. Dentre esses selecionou-se para a servir de parâmetro à refle-
xão aqui empreendida, o “Reconhecimento da liberdade como valor
ético central e das demandas políticas a ela inerentes – autonomia,
emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais (CFESS,
1993, p. 23)”. A escolha deve-se ao fato dele ser o fundamento do
Projeto Ético-político do Serviço Social brasileiro (LIMA, 2018) e
das dificuldades de compreensão do seu significado pela categoria
(DAROS; GUEDES, 2008).
Além disso a liberdade na contemporaneidade está cada vez
mais reforçada pelo viés liberal centrado nas escolhas individuais
e delimitada na forma jurídica, contrapondo-se à noção de liberda-
1 Assistente Social. Pós-doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio Grande
do Norte –UFRN. Professora do Departamento de Serviço Social e do Programa de Pós-
-graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia da Universidade Federal do
Amazonas – PPGSS/UFAM. Atuante também no Grupo de Pesquisa Gestão Social, Direitos
Humanos e Sustentabilidade na Amazônia – GEDHMAM/UFAM. lucilenefmelo@yahoo.
com.br
2 Assistente Social. Mestranda em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia no PP-
GSS/UFAM. Especialista em Gestão Social: Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos
pela Universidade Norte do Paraná – Unopar. Participante do Grupo de Pesquisa Gestão
Social, Direitos Humanos e Sustentabilidade na Amazônia – GEDHMAM/UFAM. ruthpmo-
liveira@gmail.com
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6). Assim, o ser social é constituído pelo trabalho, uma nova forma
de ser, superior ao que era antes, mais sociabilizado, mais humano,
distinto da natureza, mas também parte dela, numa relação contínua
e transformadora com ela.
Imerso nas teias da vida social está o ser social num contí-
nuo devenir e inexoravelmente objetivado pelo trabalho, constrói
e se reconstrói na processualidade histórica, a partir de particulari-
dades inerentes ao seu ser, insere-se aqui as posições teleológicas,
“um modo de pôr – posição sempre realizada por uma consciência”
(LUKÁCS, 1979, p. 6). No complexo do trabalho, a consciência é
essencial, pelo “poder ontológico efetivo” é decisiva na tomada de
decisões (LUKÁCS, 1979).
Ainda segundo Lukács (1979) “O trabalho é um ato de pôr
consciente e, portanto, pressupõe um conhecimento concreto, ainda
que jamais perfeito, de determinadas finalidades e de determinados
meios” (p. 9). Nessa acepção, está posta a possibilidade concreta
da continuidade do desenvolvimento superior do ser social pela ne-
cessidade de aperfeiçoamento do trabalho, demandando educação,
pesquisa e inovação, pondo em movimento o salto qualitativo para
a transformação.
Acerca da relação ontológica entre trabalho e liberdade
Lukács (1979) aborda:
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Considerações finais
Na trajetória da Política de Saúde no Brasil, a dinâmica uni-
versalização da saúde e privatização assume novos contornos pelo
movimento da Reforma Sanitária e, assim, os resultados conforma-
rão, a partir de 1988, a saúde como um direito e dever do Estado,
deixando de ser contributiva e passando a ser de acesso universal,
criando as bases para o Sistema Único de Saúde – SUS.
Observa-se no cenário da área da saúde um confronto entre
projetos distintos, por um lado, a defesa da universalização da saú-
de e, por outro, a defesa da privatização. O sistema público de saúde
no Brasil – o SUS – se materializa na relação público-privado, uma
contradição explicada, por exemplo, pela estrutura hibrida da rede
de atendimento, pelo financiamento por meio de renúncias fiscais e
a sua gestão por organizações sociais de saúde. Essa relação, cada
vez mais, vem tendendo para o viés da privatização e com isso um
retrocesso ao direito à saúde no Brasil.
Em meio a esse processo de desmonte do SUS encontra-se
o profissional de serviço social atuando face a todas essas adver-
sidades. A saída que se vislumbra para a sobrevivência nesse ce-
nário tão adverso é que nesse embate que ocorre no cotidiano do
profissional, o enfrentamento não pode ser vislumbrado do ponto
da relativa autonomia no viés do individualismo, por isso aqui, a
liberdade necessária, não é a do liberalismo, mas sim da ontologia
do ser social.
Entretanto, isso significa que as respostas e o enfrentamento
aos desafios no efetivo-exercício profissional, por meio das media-
ções, carece de teleologia embasada no Projeto Ético-político da
profissão. Uma vez que ele representa a construção coletiva da ca-
tegoria. Embora, mesmo salvaguardando essa base ético-política, e
um significado novo ao saber-fazer, o confronto é tenso, intenso na
relação capital x trabalho e no âmbito do Estado e longo.
Por fim, o Sistema Único de Saúde em 30 anos processou-se
em um caminho desafiador; no bojo desse processo, as ações contra
à saúde pública vêm galgando vitórias, ameaçando os direitos con-
sagrados pela Carta Cidadã, contudo, tais ameaças de retrocessos
podem ser contidas à medida que emergem manifestações e rei-
vindicações em defesa dos direitos sociais. Trata-se, portanto, de
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CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução Nº 218, de 06 de
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Seção 3
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Introdução
Tabus e preconceitos invisibilizaram a Saúde Mental por sé-
culos no Brasil. O tema foi reduzido às perspectivas da institucio-
nalização de pessoas, o que gerou um tabu sobre as possibilidades
mais amplas de tratar a discussão. A contemporaneidade demanda a
abertura dos portões para a compreensão da necessidade de quebrar
paradigmas para falar sobre tema de forma mais aberta, sobretudo
relacioná-lo aos desafios profissionais na universidade, onde o do-
cente assume um papel multifacetado.
O projeto exposto pela sociabilidade capitalista aponta uma
espécie de “capitalismo acadêmico” que de acordo com Delgado
(2007) invade as universidades na perspectiva de atender aos pro-
pósitos do produtivismo a qualquer custo. Tal contexto, aliado a
um peculiar período de pandemia, pode ocasionar a elevação dos
quadros de adoecimentos mentais, os quais já eram vislumbrados
no cotidiano das universidades.
Neste ínterim, a proposta da presente análise consistiu em
ponderar os desafios da saúde mental docente diante do produti-
vismo acadêmico imposto nas universidades públicas. Apesar de o
processo vir desde a década de 1990, faz-se relevante compreender
de que forma o período de pandemia pode contribuir para a eleva-
ção do quadro de risco psíquico.
1 Professora Pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas. Docente do Programa de
Pós-graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia – PPGSS/UFAM. Coorde-
nadora do Laboratório de Estudos de Gênero/UFAM.lidiany@ufam.edu.br
2 Assistente Social. Mestranda em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia, Bolsista
FAPEAM. etianevalente.as@gmail.com
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Considerações finais
A reflexão sobre o período de pandemia, por si apresenta
contextos situacionais que sinalizam compreensões inovadoras no
que tange a situação do homem no mundo. Os “novos” tempos soli-
citam não apenas inovações tecnológicas, como também a reinven-
ção do humano para dar conta de inúmeras demandas que se fazem
presentes.
O cenário imposto pela covid-19 desenha um cotidiano sem
precedentes e deveria envolver, sobretudo, a garantia da vida, mas
o contexto da sociabilidade capitalista vai além das possibilidades
e sustenta de maneira atroz o produtivismo acadêmico, por meio da
aplicabilidade de aulas remotas, sobrecarga de trabalho, exigências
em pesquisas, distanciamento social e cobranças para a manutenção
das publicações de forma regular, mesmo diante de um momento
histórico atípico. As exigências não são novas, foram asseveradas
pelas reformas administrativas e propostas que ainda são adensadas
pela necropolítica vigente na realidade brasileira, as quais corrobo-
ram para o processo de adoecimento docente nas universidades bra-
sileiras. Os dados apontados revelaram que o adoecimento mental
no mundo acadêmico é decorrente das várias faces da precarização
do trabalho, evidentes na sociabilidade capitalista, as quais podem
estar em processo de constante mutação e aceleração, o que coloca
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VIOLÊNCIA, SÓ UM PROBLEMA
POLICIAL?
Uma análise da prática de assistentes sociais da
rede pública de saúde diante da violência sofrida
por mulheres
Tainá Abecassis Teixeira1
Iraildes Caldas Torres2
Introdução
Este estudo apresenta uma abordagem sobre o atendimento
de saúde às mulheres vítimas de violência, dando especial destaque
ao relevo do trabalho de assistentes sociais no âmbito da rede públi-
ca de saúde do município de Parintins, no Amazonas.
A violência continua sendo uma realidade nociva à vida das
mulheres em todo o mundo. Em 2020, a expressividade da vio-
lência contra as mulheres ganhou notoriedade em meio à pande-
mia de covid-193. A ONU Mulheres (2020) afirmou que, diante
da necessidade de utilização da estratégia de distanciamento so-
cial com isolamento no domicílio, visando à diminuição dos ca-
sos da doença, houve o adensamento da violência doméstica e da
denúncia desse problema. Atrelada à violência doméstica, outras
de suas formas ficam ainda mais explícitas, sobretudo as de teor
estrutural, simbólica e as institucionalizadas. Prevenir a violência
é, não por acaso, desafiador quando se considera o contexto de
1 Assistente social. Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Amazonas –
UFAM. Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na
Amazônia (PPGSS/UFAM). Exerce o cargo de Analista Técnico-educacional no Centro de
Educação Tecnológica do Amazonas. tainaabecassis@gmail.com
2 Professora Titular da Universidade Federal do Amazonas. Doutora em Ciências Sociais/
Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP. Pós-Doutora
pela Université Lumière de Lyon 2, França.
3 Refere-se à doença causada pelo novo coronavírus (SARS-coV-2), infecção respiratória
identificada no ano de 2019, caracterizada como Pandemia pela Organização Mundial da
Saúde em decorrência de sua abrangência mundial com elevado número de infectados em
diversos países. iraildes.caldas@gmail.com
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Considerações finais
O cenário parintinense é repleto de desafios e possibilidades
para a prática profissional de assistentes sociais da saúde pública
de Parintins/AM. A violência, entendida como complexo social ex-
pressivo e multiforme, representa um desses desafios na medida em
que gera impactos para as mulheres: traumatiza, fere e mata, tolhen-
do direitos e reduzindo a qualidade de vida.
A pesquisa junto às assistentes sociais evidenciou a necessi-
dade de ampliar as discussões sobre violência contra as mulheres,
transversalizando a perspectiva de gênero nas políticas de saúde do
interior do Amazonas. Observou-se a dificuldade das profissionais
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saúde. Por que, durante quase três décadas, já não foram tomadas
providências para que essas dificuldades fossem amenizadas ou até
mesmo superadas? Silva (2003) nos ajuda com a resposta:
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Considerações finais
Os estudos apontam que os momentos em que o governo
concede abertura à sociedade são aqueles em que esta se encontra
mais organizada e articulada. Portanto, a organização social está
longe de ser desnecessária, ao contrário, ela é item fundamental e
indiscutivelmente valioso para a consolidação e fortalecimento da
cidadania, bem como para a democratização da política de saúde
no país.
Com o desmonte que temos assistido, o SUS corre um perigo
iminente que ameaça constantemente sua existência e nos coloca à
mercê de um retrocesso que aponta para o retorno de uma política
de saúde na qualidade de seguro e não mais de seguridade social.
Os conselhos de saúde, mesmo com todas as dificuldades, têm man-
tido sua existência e a realização das conferências e, embora não
tenha sido possível observar uma ampliação consistente do exercí-
cio democrático dentro ou fora dessas instituições, a sua existência
e realização de atividades garantem que as raízes da democracia
continuem fincadas na política de saúde pública no Amazonas.
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Introdução
As extensas queimadas que atingem o pantanal mato-gros-
sense e a floresta amazônica no Brasil têm sido tema de intenso
debate internacional e de preocupação, inclusive de investidores
que se recusam a priorizar o país, para implantação de novos negó-
cios, o que tem impactado negativamente na economia brasileira,
já em profundo recesso. Essa crítica, absolutamente pertinente, se
justifica em razão da secundarização e do descaso com que o meio
ambiente vem sendo tratado pelo Governo Federal no Brasil. A pre-
ocupação com a questão ambiental hoje não pode mais limitar-se
a movimentos e organizações que historicamente tem lutado pela
defesa do meio ambiente, cuja importância é inegável, mas precisa
compor as prioridades, em termos de planejamento, da sociedade e
dos governos em todo o mundo, porque significa reconhecer a ne-
cessária centralidade da preservação da vida e da garantia de futuro
a todos os seres que habitam a terra.
É bem verdade que os problemas ambientais no Brasil,
infelizmente, não se limitam ao desmatamento e às queimadas,
1 Assistente Social. Mestra e doutora em Serviço Social pela PUC-RS. Pós-doutoranda no
PPGSS/PUC-RS como bolsista PNPD – professora colaboradora e pesquisadora do Núcleo
de Estudos em Políticas e Economia Social (NEPES). Principais experiências profissionais
como técnica, gestora, pesquisadora e assessora no campo das Organizações da Sociedade
Civil. E-mail: ebordin@pucrs.br.
2 Assistente Social. Mestra e doutora em Serviço Social pela PUC-RS. Pós-doutora em Ser-
viço Social pela PUC-SP. Coordenadora e professora do PPGSS/PUC-RS. Coordenadora do
Núcleo de Estudos em Políticas e Economia Social (NEPES). Líder do Grupo de Estudos so-
bre Teoria Marxiana, Ensino e Políticas Públicas (GTEMPP). Pesquisadora produtividade do
CNPq e editora da Revista Textos & Contextos, de Porto Alegre. E-mail: jprates@pucrs.br.
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Considerações finais
O tema do Meio Ambiente vem despertando progressiva-
mente a atenção de uma parcela maior da população, de profissio-
nais e de pesquisadores. Não é possível mais ignorar a urgência
em se debater e denunciar as consequências do modo de produção
capitalista para a sustentabilidade do planeta.
A interferência da ação humana no Meio Ambiente ficou
evidente nos primeiros meses de pandemia da covid-19, quando as
fábricas pararam ou diminuíram significativamente suas produções
e à redução no tráfego – deixaram de circular nas grandes cidades
ao se perceber as mudanças na coloração do céu, a diminuição da
poluição e a consequente melhoria da qualidade do ar, assim como
o surgimento de animais que há muito não eram avistados.
Se por um lado tem-se a oportunidade de rever ações e re-
conhecer o quanto esse sistema e modo de produção capitalista são
prejudiciais à vida, na contramão, o governo brasileiro e os grandes
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Sobre as Organizadoras
HAMIDA ASSUNÇÃO PINHEIRO
Professora do Departamento de Serviço Social da Universi-
dade Federal do Amazonas – UFAM. Atualmente, atua como do-
cente e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Serviço
Social e Sustentabilidade na Amazônia (PPGSS) da UFAM. É dou-
tora em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia pela
UFAM, mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela UFAM
e graduada em Serviço Social pela UFAM. É líder do Grupo de
Pesquisa Estudos de Sustentabilidade, Trabalho e Direitos na Ama-
zônia – ESTRADAS e também faz parte da diretoria da Associação
Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) pela
segunda gestão consecutiva (2017/2018 e 2019/2020). E-mail para
contato: hamida.assuncao@gmail.com ou hamida@ufam.edu.br
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