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ÍNDICE

CAPITULO I- A IMPORTÂNCIA DA CÓNICAS” O ESTUDO DE LÍNGUA


PORTUGUESA
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
OBJETIVOS……………………………………………………………………………..3
Objetivo Geral
Objetivos específicos
METODOLOGIA………………………………………………………………………..4
JUSTIFICATIVA………………………………………………………………………..5
Objectos de Estudo………………………………………………………………………6
Hipóteses
CAPITULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA A IMPORTÂNCIA DA
CÓNICAS
CRÔNICA.........................................................................................................................7
Definição e Conceito
CARACTERISTICA…………………………………………………………………….8
TIPOS DE CRÔNICA......................................................................................................8
Descritiva
Exemplo:
Narrativa............................................................................................................................8
Narrativo-descritiva...........................................................................................................9
Dissertativa........................................................................................................................9
Humorística.......................................................................................................................9
Lírica................................................................................................................................10
Jornalística.......................................................................................................................11
Crônica histórica..............................................................................................................12
CONCLUSÃO.................................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO

O tema escolhido para objecto desta dissertação “Cónicas” o estudo de Língua


Portuguesa possibilita aos alunos a oportunidade de tornarem-se sujeitos capazes de
construírem ou se posicionarem criticamente a partir do seu desenvolvimento da leitura
e escrito construído no ambiente escolar. Do mesmo modo, o docente torna-se
responsável em mediar essa formação para os alunos, de maneira que, deve levar
estratégias de leituras que conquiste ou que chame atenção do aluno.

Em meios a essas estratégias, consideramos que os gêneros textuais, dentre eles,


o estudo da crônica possibilita ao aluno uma identificação de modo imediato, por ser um
gênero pequeno e por se tratar de situações descritas no cotidiano. Partindo disso, o
presente trabalho tem por objetivo apresentar a importância da leitura e escrita a partir
da perspectiva do gênero textual crônica, visando sobretudo a relevância da reescrita
que possibilita ao aluno a prática da produção textual, desse modo, torna-se hábito a
descrever situações vividas em seu cotidiano. Marcuschi (2008,p.218) enfatiza que “O
trabalho de escrita é também um trabalho de reescrita. O processo de produção deve-se
ser de algum modo distinguido da produção final do texto.

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Objetivo Geral
 Promover o acesso ao conhecimento do gênero textual crônica.

Objetivos específicos

 Propiciar o contato com o projeto de estágio de docência;

 Iniciar a promoção do acesso ao conhecimento do gênero textual crônica.

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METODOLOGIA

O conhecimento descoberto através da pesquisa pode ser aplicado a muitas


atividades cotidianas e profissionais, seja na solução de problemas, nas inquietações
advindas do fazer prático, na convivência interpessoal, na formação de opiniões ou em
muitas outras. A metodologia da pesquisa possibilita, dentre outros, o alcance das
respostas às perguntas e hipóteses formuladas. O método e as técnicas apresentam
alguns itens da pesquisa que passaremos a especificar, como a natureza, a finalidade, a
abordagem do problema, os objetivos e os procedimentos técnicos utilizados para o
alcance dos resultados.
A natureza da presente pesquisa é a aplicada/exploratória, a qual visa gerar
conhecimento para a aplicação prática através da proximidade com o problema, neste
caso específico, a sala de aula, partindo de estudos teóricos sobre o tema proposto e
avançando para os procedimentos de coletas de dados in loco. A finalidade pauta-se no
alcance de respostas para o melhor aprendizado dos estudantes do 2º Ano do Ensino
Superior e a consequente definição de estratégias pedagógicas no processo de ensino-
aprendizagem, com vistas ao problema, formação de leitores críticos. Tal finalidade
aponta para o alcance dos objetivos específicos da presente pesquisa, sintetizados pelos
verbos determinar (as principais dificuldades), definir (estratégias utilizadas por
professores no ensino da leitura) e apontar meios para melhorar a práxis de ensinar.

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JUSTIFICATIVA

A leitura sempre foi motivo de preocupação constante dos profissionais que


atuam na educação. Geralmente, quem não lê (ou lê mal) também tem dificuldade para
escrever e compreender o mundo de maneira menos expressiva. É preciso que o hábito da
leitura seja desenvolvido de maneira adequada e prazerosa, útil e enriquecedora, ao
universo escolar e a realidade social do aluno. Para tanto esta sequência didática apresenta
aos alunos o gênero textual crônica que se trata de um gênero com um texto curto que
oscila entre a literatura e o jornalismo a sátira, a ironia o uso da linguagem coloquial
demonstrada na fala dos personagens a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o
que se passa estão presentes nas crônicas. O gênero crônica é importante para os alunos,
pois por meio dele, poderão conhecer diferentes textos, reconhecer ensinamentos e a
partir da observação de fatos do cotidiano passam a refletir sobre as virtudes humanas. 

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Objectos de Estudo
O presente trabalho tem como objeto de estudo:

 As crônicas retratem acontecimentos do dia-a-dia, elas não têm a


finalidade exclusiva de informar. O objetivo da narrativa é, na verdade,
provocar uma reflexão sobre o assunto abordado.

Hipóteses
Tendo em conta os objetivos e problema da investigação, formulou-se as
hipóteses da seguinte forma:

 H1: A crônica narra eventos e, por isso, produzir este tipo de texto
mobiliza algumas estruturas linguísticas próprias, como os verbos no
pretérito perfeito e imperfeito e as formas narrativas em primeira pessoa.

 H2: Por apresentar uma narrativa curta, focada em temas cotidianos, as


crônicas trazem um texto muito acessível do ponto de vista de leitura e da
produção escrita. É por isso que as crônicas são um excelente ponto de
partida para os exercícios de leitura e escrita em sala de aula.

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CRÔNICA

Definição e Conceito
A palavra crônica vem da junção do termo grego “Khónos” ou latino “Chronos”
que significa tempo. Em Língua Portuguesa, crônica tem acepção de comentário breve,
publicado em jornal, revista ou mídia eletrônica. Essencialmente trata de fatos reais e/ou
imaginários do cotidiano, influenciados por correntes impressionista e poético.

Nos primórdios da civilização portuguesa, houve a narrativa de fatos


considerados importantes na esfera política e econômica. Posteriormente, esses registros
foram organizados nos chamados Anais da História. Nesse contexto, as crônicas
também tiveram um sentido estritamente histórico, visto que eternizaram os feitos dos
reis e os noticiaram à posteridade. No final da Idade Média, o gênero atingiu o ápice
com os relatos do cronista português Fernão Lopes (1418), que descreveu o governo dos
reis D. Pedro I, D. Fernando e D. João I. Durante o Renascimento a crônica continuou
como um texto de registro histórico.

CARACTERÍSTICAS

Por tratar de assuntos cotidianos e factuais, a crônica tem “vida curta”. O assunto
em pauta hoje não será o mesmo de amanhã, aspecto similar ao jornalismo, visto que
ambas buscam inspiração nos acontecimentos do dia a dia.

Com uma linguagem simples, a crônica relata de forma diferenciada as


ocorrências, seja de forma artística, em tom crítico ou com humor. As principais
características dessa vertente dos gêneros textuais:

 É escrita em textos curtos;

 Possui linguagem despojada e simples;

 Narra situações do cotidiano;

 Visa prender a atenção do leitor.

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TIPOS DE CRÔNICA

Apesar de ter em comum o tom crítico com a intenção de causar uma reflexão no
leitor sobre o assunto abordado, a crônica pode ser classificada em: descritiva, narrativa,
dissertativa, narrativo-descritiva, humorística, lírica, jornalística e histórica.

Descritiva

Como o próprio nome diz, a crônica descritiva detalha, expõe com pormenores
os atributos de pessoas, animais ou objetos. A linguagem utilizada é dinâmica e
conotativa. Confira o exemplo abaixo

Exemplo:

“...pôs a mão no tronco de uma árvore pequena, sacudiu um pouco, e recebeu nos
cabelos e na cara as gotas de água como se fosse uma bênção. Ali perto mesmo a cidade
murmurava, estalava com seus ruídos vespertinos, ranger de bondes, buzinar impaciente de
carros, vozes indistintas; mas ele via apenas algumas árvores, um canto de mato, uma pedra
escura. Ali perto, dentro de uma casa fechada, um telefone batia, silenciava, batia outra vez,
interminável, paciente, melancólico. Alguém com certeza já sem esperança, insistia em querer
falar com alguém.” (Trecho do texto O mato, de Rubem Braga).

Narrativa

Esse tipo de crônica tem como pano de fundo a narração de uma história, que
pode ser feita na 1ª ou 3ª pessoa do singular, e por isso acaba sendo confundida com o
conto (texto fictício que cria fantasias e acontecimentos). Humor, ação e crítica são as
principais características, conforme o exemplo abaixo:

"Morreu lá um tal de 56 Nicolino, numa indigência que eu vou te contar; Segundo


telegrama vindo de Ubá, alguns amigos de 58 Nicolino compraram um caixão e algumas
garrafas de cangibrina, levando tudo para o velório. Passaram a noite velando o morto e
entornando a cachaça. De manhã, na hora do enterro, fecharam o caixão e foram para o
cemitério, num cortejo meio ziguezagueando e num compasso mais de rancho que de féretro.

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Mas — bem ou mal — lá chegaram, lá abri rata a cova e lá enterraram o caixão.” (Trecho da
crônica Choro, veia e cachaça, do escritor Stanislaw Ponte Preta).

Narrativo-descritiva

Apresenta características narrativas e descritivas de maneira intercalada no


decorrer do texto, com acontecimentos retratados em uma sequência temporal. Exemplo
abaixo:

“Ora, uma noite, correu a notícia de que o bazar se incendiara. E foi uma espécie
de festa fantástica. O fogo ia muito alto, o céu ficava todo rubro, voavam chispas e
labaredas pelo bairro todo. As crianças queriam ver o incêndio de perto, não se
contentavam com portas e janelas, fugiam para a rua, onde brilhavam bombeiros entre
jorros d’água. A eles não interessava nada, peças de pano, cetins, cretones, cobertores,
que os adultos lamentavam. Sofriam pelos cavalinhos e bonecas, os trens e os palhaços,
fechados, sufocados em suas grandes caixas.” (Trecho de Brinquedos, da escritora
Cecília Meireles).

Dissertativa

A apresentação explícita da opinião do autor sobre determinado assunto do


cotidiano é a principal característica desse tipo de crônica, que pode ser escrita em 1ª do
singular ou 3ª pessoa do plural. Tendo como exemplo uma pesquisa apresentada por um
instituto sobre o aumento da mortalidade infantil, a crônica dissertativa poderia ser
escrita da seguinte forma:

"Vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo..."

Humorística

A crônica humorística utiliza a ironia, o sarcasmo e o humor para tratar assuntos


que impactam a sociedade, como política, economia e cultura. Observe o exemplo:

“Há tempos me perguntaram umas menininhas, numa dessas pesquisas, quantos


diminutivos eu empregara no meu livro A rua dos Cataventos. Espantadíssimo, disse-lhes que
não sabia. Nem tentaria saber, porque poderiam escapar-me alguns na contagem. Que essas

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estatísticas, aliás, só poderiam ser feitas eficientemente com o auxílio de robôs. Não sei se as
menenininhas sabiam ao certo o que era um robô. Mas a professora delas, que mandara fazer as
perguntas, devia ser um deles.” (Trecho da crônica De como não ler um poema, de Mário
Quintana).

Lírica

A crônica lírica apresenta uma linguagem poética e metafórica que demonstra


emoções como nostalgia, saudade e paixão, conforme exemplificado abaixo:

“Com os dias, Senhora, o leite pela primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio
aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada.
Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de
fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava
só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na
varanda.” (Trecho do texto Apelo, de Dalton Trevisan).

Jornalística

Como o próprio nome diz, esse tipo de crônica explora notícias jornalísticas. A
principal diferença entre a crônica jornalística e a dissertativa é que a primeira aborda
apenas os fatos que permeiam os meios de comunicação, conforme exemplo abaixo:

“Amigos, a bola foi atirada no fogo como uma Joana d’Arc. Garrincha apanha e
dispara. Já em plena corrida, vai driblando o inimigo. São cortes límpidos, exatos,
fatais. E, de repente, estaca. Soa o riso da multidão — riso aberto, escancarado, quase
ginecológico. Há, em torno do Mané, um marulho de tchecos. Novamente, ele começa a
cortar um, outro, mais outro. Iluminado de molecagem, Garrincha tem nos pés uma bola
encantada, ou melhor, uma bola amestrada. O adversário para também. O Mané, com
quarenta graus de febre, prende ainda o couro.” (Trecho da crônica O escrete de loucos,
de Nelson Rodrigues).

Crônica histórica

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A palavra crônica se origina do latim Chronica e do grego Khrónos (tempo). O
significado principal neste tipo de texto é precisamente o conceito de tempo, ou seja, é o
relato de um ou mais acontecimentos em um determinado período. O número de
personagens é reduzido ou até podem não haver personagens. É a narração do cotidiano
das pessoas de forma bem humorada, fazendo com que se veja de uma forma diferente
aquilo que parece óbvio demais para ser observado. Uma boa crônica é rica nos
detalhes, descritos pelo cronista de forma bem particular, com originalidade. A partir do
século XV, com Fernão Lopes, a crônica passou a ser uma perspectiva individual ou
interpretativa. Até então, resumia-se a relatos de acontecimentos históricos, registrados
por ordem cronológica. A crônica de teor crítico surgiu com os periódicos (folhetins e
jornais), evoluindo até adentrar de vez ao jornalismo e à literatura.

A crônica histórica busca sempre relatar a realidade social, política ou cultural,


avaliada pelo autor quase sempre com um tom de protesto ou de argumentação.
Existem duas formas de crônica: a crônica narrativa, relatando fatos do
cotidiano, com personagens, enredo, etc. e a crônica jornalística, uma forma mais
moderna, que não narra e sim disserta, defende ou mostra um ponto de vista diferente
do que a maioria enxerga. As semelhanças entre elas são o caráter social crítico, o
humor, a ironia, até mesmo com um tom sarcástico. A crônica conta fatos cotidianos
comuns da vida real das pessoas. Não se deve confundir crônica com conto ou fábula,
que contam fatos inusitados e irreais.

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CONCLUSÃO

Com base na pesquisa realizada, constatamos que o estudo de Língua Portuguesa


deve ser norteado não apenas através de estudos gramaticais, aulas expositivas e
exercícios do livro didático, mas também a partir de trabalhos utilizando gêneros
textuais, como as memórias literárias, poemas, documentários e crônicas, fazendo com
que os alunos possam construir seu próprio saber e desenvolvam as habilidades de
discutir e compreender diversos temas e apresentá-los de maneiras diversificadas
utilizando a leitura e escrita, sem deixar de lado a gramática que pode ser estudada de
forma contextualizada.

Destacamos também que a utilização do gênero textual crônica possibilita aos


alunos mostrarem a sua cultura e aprenderem um pouco das outras culturas na medida
em que escrevem a sua realidade e as suas vivências aproximando o leitor de um meio
social que muitas vezes não conhece, ou que considera que está muito longe de sua
realidade. Assim percebemos que através da leitura e escrita, desenvolvemos muitas
habilidades, mas também criamos laços entre povos e culturas diferentes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec,


1981. LUNKES, Lurdes Maria; GLASSER, Adriane Elisa, Os desafios de escola
pública Paranaense na perspectiva do professor PDE. A crônica como ferramenta para
formação de leitores. Paraná, 2013, vol.1. MARCUSCHI, Luís Antônio. Produção
Textual. Análise de Gênero e Compreensão. São Paulo: Parábola Editorial. 2008.
PERISSE, Gabriel. Entrevista. Tantas Palavras.2002. Disponível em:
http://www.tantaspalavras.com.br/gabriel_Perisse.php.acesso em 27 de Março. 2017.

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