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Objetivo Geral
Promover o acesso ao conhecimento do gênero textual crônica.
Objetivos específicos
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METODOLOGIA
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JUSTIFICATIVA
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Objectos de Estudo
O presente trabalho tem como objeto de estudo:
Hipóteses
Tendo em conta os objetivos e problema da investigação, formulou-se as
hipóteses da seguinte forma:
H1: A crônica narra eventos e, por isso, produzir este tipo de texto
mobiliza algumas estruturas linguísticas próprias, como os verbos no
pretérito perfeito e imperfeito e as formas narrativas em primeira pessoa.
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CRÔNICA
Definição e Conceito
A palavra crônica vem da junção do termo grego “Khónos” ou latino “Chronos”
que significa tempo. Em Língua Portuguesa, crônica tem acepção de comentário breve,
publicado em jornal, revista ou mídia eletrônica. Essencialmente trata de fatos reais e/ou
imaginários do cotidiano, influenciados por correntes impressionista e poético.
CARACTERÍSTICAS
Por tratar de assuntos cotidianos e factuais, a crônica tem “vida curta”. O assunto
em pauta hoje não será o mesmo de amanhã, aspecto similar ao jornalismo, visto que
ambas buscam inspiração nos acontecimentos do dia a dia.
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TIPOS DE CRÔNICA
Apesar de ter em comum o tom crítico com a intenção de causar uma reflexão no
leitor sobre o assunto abordado, a crônica pode ser classificada em: descritiva, narrativa,
dissertativa, narrativo-descritiva, humorística, lírica, jornalística e histórica.
Descritiva
Como o próprio nome diz, a crônica descritiva detalha, expõe com pormenores
os atributos de pessoas, animais ou objetos. A linguagem utilizada é dinâmica e
conotativa. Confira o exemplo abaixo
Exemplo:
“...pôs a mão no tronco de uma árvore pequena, sacudiu um pouco, e recebeu nos
cabelos e na cara as gotas de água como se fosse uma bênção. Ali perto mesmo a cidade
murmurava, estalava com seus ruídos vespertinos, ranger de bondes, buzinar impaciente de
carros, vozes indistintas; mas ele via apenas algumas árvores, um canto de mato, uma pedra
escura. Ali perto, dentro de uma casa fechada, um telefone batia, silenciava, batia outra vez,
interminável, paciente, melancólico. Alguém com certeza já sem esperança, insistia em querer
falar com alguém.” (Trecho do texto O mato, de Rubem Braga).
Narrativa
Esse tipo de crônica tem como pano de fundo a narração de uma história, que
pode ser feita na 1ª ou 3ª pessoa do singular, e por isso acaba sendo confundida com o
conto (texto fictício que cria fantasias e acontecimentos). Humor, ação e crítica são as
principais características, conforme o exemplo abaixo:
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Mas — bem ou mal — lá chegaram, lá abri rata a cova e lá enterraram o caixão.” (Trecho da
crônica Choro, veia e cachaça, do escritor Stanislaw Ponte Preta).
Narrativo-descritiva
“Ora, uma noite, correu a notícia de que o bazar se incendiara. E foi uma espécie
de festa fantástica. O fogo ia muito alto, o céu ficava todo rubro, voavam chispas e
labaredas pelo bairro todo. As crianças queriam ver o incêndio de perto, não se
contentavam com portas e janelas, fugiam para a rua, onde brilhavam bombeiros entre
jorros d’água. A eles não interessava nada, peças de pano, cetins, cretones, cobertores,
que os adultos lamentavam. Sofriam pelos cavalinhos e bonecas, os trens e os palhaços,
fechados, sufocados em suas grandes caixas.” (Trecho de Brinquedos, da escritora
Cecília Meireles).
Dissertativa
"Vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo..."
Humorística
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estatísticas, aliás, só poderiam ser feitas eficientemente com o auxílio de robôs. Não sei se as
menenininhas sabiam ao certo o que era um robô. Mas a professora delas, que mandara fazer as
perguntas, devia ser um deles.” (Trecho da crônica De como não ler um poema, de Mário
Quintana).
Lírica
“Com os dias, Senhora, o leite pela primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio
aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada.
Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de
fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava
só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na
varanda.” (Trecho do texto Apelo, de Dalton Trevisan).
Jornalística
Como o próprio nome diz, esse tipo de crônica explora notícias jornalísticas. A
principal diferença entre a crônica jornalística e a dissertativa é que a primeira aborda
apenas os fatos que permeiam os meios de comunicação, conforme exemplo abaixo:
“Amigos, a bola foi atirada no fogo como uma Joana d’Arc. Garrincha apanha e
dispara. Já em plena corrida, vai driblando o inimigo. São cortes límpidos, exatos,
fatais. E, de repente, estaca. Soa o riso da multidão — riso aberto, escancarado, quase
ginecológico. Há, em torno do Mané, um marulho de tchecos. Novamente, ele começa a
cortar um, outro, mais outro. Iluminado de molecagem, Garrincha tem nos pés uma bola
encantada, ou melhor, uma bola amestrada. O adversário para também. O Mané, com
quarenta graus de febre, prende ainda o couro.” (Trecho da crônica O escrete de loucos,
de Nelson Rodrigues).
Crônica histórica
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A palavra crônica se origina do latim Chronica e do grego Khrónos (tempo). O
significado principal neste tipo de texto é precisamente o conceito de tempo, ou seja, é o
relato de um ou mais acontecimentos em um determinado período. O número de
personagens é reduzido ou até podem não haver personagens. É a narração do cotidiano
das pessoas de forma bem humorada, fazendo com que se veja de uma forma diferente
aquilo que parece óbvio demais para ser observado. Uma boa crônica é rica nos
detalhes, descritos pelo cronista de forma bem particular, com originalidade. A partir do
século XV, com Fernão Lopes, a crônica passou a ser uma perspectiva individual ou
interpretativa. Até então, resumia-se a relatos de acontecimentos históricos, registrados
por ordem cronológica. A crônica de teor crítico surgiu com os periódicos (folhetins e
jornais), evoluindo até adentrar de vez ao jornalismo e à literatura.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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