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Resumo
Introdução
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como eles se denominam defensores do liberalismo em seu sentido originário
do século XIX, cujos preceitos se caracterizam pela completa abertura dos
mercados mundiais, a retomada dos discursos de meritocracia, bem como a
interferência mínima do Estado acarretando em estímulo à iniciativa privada
Essa corrente político-econômica é atrelada as desigualdades sociais, o
acúmulo de capital de muitos em detrimento da maioria da população e tem
influenciado as políticas educacionais que estão a serviço do grande capital,
atrelando a educação para formação de sujeitos para o mercado de trabalho e
passivo diante das injustiças sociais produzidas pela classe detentora do
controle dos modos de produção.
O ideário neoliberal é difundido no Chile antes de serem legitimados pelo
Consenso de Washington o que culminou para que esse país fosse
considerado um modelo de sucesso para os países latino-americanos, inclusive
para o Brasil, sendo geradas políticas inspiradas nesta corrente político-
econômica.
No Brasil tal hegemonia se difundiu a partir da década de 1990 através
do governo de Fernando Collor de Mello, mas se formalizou com o governo de
Fernando Henrique Cardoso, no qual ocorre a elaboração do Plano Diretor de
Reforma do Estado e ampla reforma no campo das políticas educacionais e
manteve continuidade no governo de Luis Inácio Lula da Silva
Métodos
Resultados e Discussão
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pelo seu texto “ O Caminho da Servidão”, escrito em 1944. Tal livro foi uma
critica aos socialistas e ao Estado intervencionista.
O neoliberalismo sofre influência do liberalismo clássico,
especificamente com os discursos de Adam Smith sobre a limitação do Estado
perante a economia. Os precursores neoliberais pregavam a diminuição do
Estado perante as atividades que podem ser exercidas pelo Mercado, alegando
que o mesmo era mais eficiente em realizar tais funções, inclusive na educação
por se tratar de investimento em capital humano, além da liberdade de escolha
que deve ser oportunizada para os pais escolherem onde matricularem seus
filhos (FRIEDMAN, 2014).
O discurso de maior liberdade é um dos valores pregados pelos
defensores dessa corrente que proporciona um embasamento convincente a
ideologia neoliberal de acordo com Harvey (2005). Entretanto apesar da defesa
de liberdade individual o primeiro país a implantar a ideologia neoliberal foi o
Chile num contexto de ditadura, com o General Pinochet, uma contradição,
considerando uma proposta liberal num contexto ditatorial, sofreu influência
direta da escola de Chicago, com Milton Friedman.
Pinochet inspirado pelas doutrinas de Milton Friedman, realizou reformas
na educação de cunho neoliberal prevalecendo o predomínio do mercado no
campo educacional, se antes o Estado tinha a principal responsabilidade pela
oferta da educação, o controle da mesma passa a ser gerida pela livre
iniciativa, prevalecendo o princípio da liberdade de escolha que servirá de
justificativa para o processo de descentralização e privatização que privilegia a
iniciativa privativa com recursos públicos.
A partir do Consenso de Washington os organismos internacionais
estabelecem aos países latino-americanos uma série de reformas com vistas a
estabelecer na economia e na política o predomínio da corrente político-
econômica neoliberal enfatizando o Chile como um modelo a ser copiado pelos
demais países da América Latina, inclusive para o Brasil.
A conjuntura de implantação da política neoliberal no Brasil se deu
através da gestão governamental de Collor, porém foi com Fernando Henrique
Cardoso que ocorre um aprofundamento dessa doutrina através da elaboração
do Plano Diretor de Reforma do Estado cujo objetivo é tornar “as decisões do
não mercado” mais próximas das “decisões do tipo mercado”
Com o advento do Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, um
ex-operário e líder sindical que representava uma esperança de ruptura, pelo
fato de sua atuação no movimento sindical ter sido a favor da luta da classe
trabalhadora brasileira, ocorre na realidade a intensificação de programas de
cunho neoliberal para a surpresa de muitos. O que demonstra que o
neoliberalismo não se limitou em aplicar seus programas a países que se
diziam de direita, mas a qualquer governo, “inclusive os que se
autoproclamavam e se acreditavam de esquerda” (ANDERSON, 1995, p.3).
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Considerações finais
Referências
ARAÚJO, Emílio. A educação sob a avalanche liberal que desce dos Andes. In:
ADRIÃO, Theresa;GIL, Juca (Org.). Educação no Chile: olhares do Brasil. São
Paulo: Xamã.2009, p.61-77.