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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
CURSO
LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS COM HABILIDADES A FRANCÊS
CADEIRA
LINGUA PORTUGUESA 1
TEMA
TEXTOS EXPOSITIVOS-EXPLICATIVOS
Discentes
1. António Paulo Changadeia
2.Céu Agostinho
3.Cezartina Constâncio Mário Manuel Raposo
4.Daina Afonso Langalizai
5.Daniel Samuel Muchava
6.Domingos Mauzinho
7.Emilia Michel
8.Isaquiel Alberto
9.Isabel das dores
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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
CURSO
LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS COM HABILIDADES A FRANCÊS
CADEIRA
LINGUA PORTUGUESA 1
TEMA
TEXTOS EXPOSITIVOS-EXPLICATIVOS
DOCENTE
VANESSA LIVING
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Índice
Capitulo I: Introdução........................................................................................................4
1.1.Objectivos....................................................................................................................5
1.2.Geral............................................................................................................................5
1.3.Específicos...................................................................................................................5
1.4.Metodologia.................................................................................................................5
2.2.Organização textual.....................................................................................................8
2.3.Organização discursiva................................................................................................9
2.4.Características linguísticas........................................................................................10
2.6.Estrutura objectivante................................................................................................11
2.8.Estratégias discursivas...............................................................................................12
2.9.Expressão oral...........................................................................................................12
2.9.1.Elementos da exposição.........................................................................................13
3.1.Referências Bibliográficas.........................................................................................15
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Capitulo I: Introdução
A presente pesquisa descreve conteúdos sobre os textos expositivos/explicativos.
O Texto Expositivo-Explicativo é um tipo de texto que tem por objectivo principal a
transmissão de conhecimentos a cerca de uma dada realidade, isto é, fazer saber ou
fazer-conhecer (fazer-perceber). Daí, podemos concluir à priori que o texto visa a
transformação do estado cognitivo dos sujeitos aos quais se destina, informando-os de
forma clara, objectiva, coesa e coerente sobre um assunto ou problema de que se supõe
eles serem detentores de um saber insatisfatório. O Texto Expositivo-Explicativo apenas
apresenta uma informação, que se considera nova, partindo de um saber que se
pressupõe que o leitor o detenha. Daí que a linguagem usada neste tipo de texto tem
muito a ver com o tipo de público-alvo ao qual ele se destina.
Nos últimos tempos, a escrita académica tem gerado um grande interesse no seio de
investigadores preocupados com o processo de ensino e aprendizagem das línguas. As
pesquisas sobre a escrita académica em Moçambique e no mundo inteiro têm
aumentado significativamente e gerados muitos debates, prova disso é o elevado
número de congressos e colóquios com o objectivo de reflectir sobre os problemas de
literacia académica que a comunidade linguística tem revelado. Em Moçambique, o
contexto de aprendizagem de L2 favorece a existência de fragilidades no domínio do
conhecimento linguístico em estudantes do ensino superior (Gonçalves, 2010, em
decorrência, por um lado, do uso dicotómico das línguas: do Português, língua oficial e
língua de instrução, e de outras línguas bantu, línguas maternas para a maioria dos
falantes, e, por outro, do facto de Moçambique ser um país, essencialmente, de cultura
acústica.
Apesar de sabermos que os alunos têm de ser capazes de interpretar todos os textos e
que, a tipologia dos textos a ler influencia a compreensão obtida, determina objectivos
de leitura diversos e requer o uso de estratégias específicas da compreensão‖ (Sim-Sim,
2007:14), aqueles que, de acordo com Esteve (2009), mais contribuem para a obtenção
de informação nova nos diversos domínios são os textos expositivos. Este autor refere
mesmo que ―(…) entrar na dinâmica de este tipo de texto significa para muchos
escolares triunfar academicamente.
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1.1.Objectivos
1.2.Geral
Conhecer as características do texto expositivo-explicativo.
1.3.Específicos
1.4.Metodologia
Para concretização do presente trabalho, fez-se a pesquisa bibliográfica e documental
em que consultamos jornais, internet, artigos, publicações oficiais, relatórios, boletins,
guias e livros que versam sobre a literatura Moçambicana e dos países de língua oficial
portuguesa, para além da pesquisa na internet.
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Capitulo II: Textos Expositivos-Explicativos
De acordo com Avelar (2008), o Texto Expositivo-Explicativo é um tipo de texto que
tem por objectivo principal a transmissão de conhecimentos a cerca de uma dada
realidade, isto é, fazer saber ou fazer-conhecer (fazer-perceber). Daí, podemos concluir
à priori que o texto visa a transformação do estado cognitivo dos sujeitos aos quais se
destina, informando-os de forma clara, objectiva, coesa e coerente sobre um assunto ou
problema de que se supõe eles serem detentores de um saber insatisfatório. O Texto
Expositivo-Explicativo apenas apresenta uma informação, que se considera nova,
partindo de um saber que se pressupõe que o leitor o detenha. Daí que a linguagem
usada neste tipo de texto tem muito a ver com o tipo de público-alvo ao qual ele se
destina.
Neste tipo de texto, há o predomínio de duas funções de linguagem, nomeadamente a
função referencial (aquela que se usa para transmitir informações novas) e a função
metalinguística (usada em segmentos que visam explicar ou esclarecer o sentido de uma
noção ou expressão anterior). Neste tipo de textos, podemos identificar três momentos
ou fases (correspondentes às partes do texto), a saber: a fase do questionário (que
contém de forma explícita ou implícita uma questão que se vai responder ao longo do
texto, ou simplesmente pela anunciação do tema/assunto/problema da exposição)
correspondente à introdução; a fase da resolução, correspondente ao corpo explicativo
ou desenvolvimento e a fase da conclusão.
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Relativamente às características linguísticas, o Texto Expositivo – Explicativo apresenta
(Tavares,2007):
Emprego da construção passiva como uma estratégia de impessoalizar o discurso
científico.
Sendo o texto científico objectivo o sujeito deve estar afastado do seu discurso e
isso consegue-se com o recurso à passiva.
O texto científico é monológico.
As nominalizações são usadas para condensar o que foi dito e assegurar a
progressão do texto;
Não se usam os adjectivos valorativos, a não ser que eles sejam necessariamente
exigidos pelo discurso.
As expressões explicativas permitem ao emissor tornar mais clara a sua
comunicação e orientam a compreensão do leitor;
Os conectores discursivos são os elementos que vão assegurar as relações entre
as diversas partes do texto.
No Texto Expositivo – Explicativo, os conectores são usados com frequência e
são de natureza lógica.
Eles marcam laços de adição, oposições, laços de consecução ou de causalidade;
No que diz respeito ao vocabulário, recorre-se a um vocabulário especializado.
Isto quer dizer que se um texto é do ramo de biologia, por exemplo, irá recorrer a
expressões da linguagem técnica que um biólogo deve dominar. O mesmo poder-se-ia
dizer relativamente às outras áreas do saber.
O uso do presente do indicativo com o valor gnómico (atemporal), uma vez que se
refere a factos que são tidos como verdadeiros por parte de quem os anuncia, portanto,
uma verdade que perdura independentemente do tempo em que ela é dita.
O texto expositivo-explicativo dá a conhecer e/ou esclarece determinadas situações ou
factos. É um tipo de texto cujo objectivo se prende essencialmente com o conhecimento
da realidade, a respeito da qual oferece um saber (Tavares,2007).
A finalidade de acção da linguagem a atingir é a de informar, isto é, de transmitir
conhecimentos ao destinatário relativo a um referente preciso. Por isso, o texto
expositivo/explicativo é um texto conceptual, visa instruir o estado cognitivo do
destinatário (Tavares,2007).
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2.2.Organização textual
Neste tipo de textos, identificam-se três momentos ou fases (correspondentes às partes
do texto), a saber:
A fase do questionário ou exposição – que contém de forma explícita ou
implícita uma questão que se vai responder ao longo do texto, ou simplesmente
pela anunciação do tema/assunto/problema da exposição correspondente à
introdução. Este objectivo concretiza-se através da designação, denominação,
definição ou composição dos temas ou elementos;
A fase da resolução ou desenvolvimento – correspondente ao corpo explicativo
ou desenvolvimento. Nele apresentam-se os dados de forma sistemática,
interligando-os;
A fase da conclusão ou síntese – os momentos de conclusão não são tão
necessários em todos os textos, mas havendo, ele deverá decorrer do
questionamento inicial. Nesta fase faz-se a síntese do conteúdo sobre o qual
versa o texto.
Avelar, A. (2008), resume as fases de construção do texto expositivo/explicativo em três
momentos:
A fase de questionar;
A fase de resolução;
A fase de conclusão.
2.3.Organização discursiva
Segundo Ferreira (2010), o texto expositivo-explicativo obedece a um plano discursivo
caracterizado por apresentar:
Enunciados expositivos (contendo as informações com as quais o autor do texto
pretende fazer saber, ou seja, transmitir os novos saberes): caracterizam-se pela
ausência de marcas gramaticais da primeira e segunda pessoa, cuja intenção é
não fazer transparecer a presença do sujeito enunciador; Pelo uso do presente e
do pretérito perfeito do indicativo, e pelo recurso da forma passiva.
Enunciados/ segmentos explicativos (visando fazer compreender o que se
transmite): são caracterizados pela recorrência a construções de detalhes,
visando facilitar a compreensão do fenómeno ou do estado de coisas recorrendo,
por isso, a compreensão e reformulações perifrásticas como (á semelhança…, de
tal como…, isto é…, quer dizer…, ou seja…). É igualmente caracterizado pelo
uso de asserções afirmativas ou negativas.
Enunciado balizas ou segmentos meta-discursivos: com a finalidade de marcar
as articulações do discurso, isto é, anunciar o que vai ser dito (através de títulos
e subtítulos); resumir o que se disse, focalizar o que é dito (através de destaques
tipográficos: sublinhados, negrito, itálico e maiúsculas).
Uso do presente genérico: o presente genérico – gnómico o ou universal
emprega-se para exprimir verdades a temporais, isto é, verdade que perduram,
que não passam com o tempo.
Exemplo: O exercício físico é bom para o corpo”
O homem é animal racional.
Uso das nominalizações: Empregam-se para tornar o discurso mais
coerente condessando o que se diz com o que foi dito.
Exemplo: A mensagem é transmitida, para a sua transmissão há que…
Uso do pretérito perfeito – marca o valor espectado acabado para simbolizar
verdades que aconteceram realmente.
Exemplo: Eu deixava o dinheiro com o teu filho (Pretérito imperfeito).
Eu deixei o dinheiro com o teu filho (Pretérito perfeito).
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2.4.Características linguísticas
Para Ferreira (2010), linguisticamente, o texto expositivo-explicativo caracteriza-se por:
O uso do presente genérico com o valor gnómico (atemporal), uma vez que se
refere a factos que são tidos como verdadeiros por parte de quem os anuncia,
portanto, uma verdade que perdura independentemente do tempo em que ela é
dita.
Exemplo: o ciclone tropical é um sistema tempestuoso.
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O discurso expositivo deverá, por isso, fazer desaparecer do enunciado toda a referência
a um caso particular, a um momento determinado e situar-se no universal. A forma
passiva é um mecanismo para tornar impessoal o discurso científico; ela é usada como
uma estratégia de objectividade, de afastamento do sujeito enunciador do seu discurso.
2.6.Estrutura objectivante
Segundo Duarte (2003), o texto expositivo é um tipo de texto que visa a apresentação de
um conceito ou de uma ideia. É muito comum esse tipo de texto ser abordado no
contexto académico, uma vez que inclui formas de apresentação, tais como: seminários,
artigos académicos, congressos, conferências, palestras, colóquios, entrevistas, dentre
outros.
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Enunciados que marcam as articulações do discurso: anunciar o que vai ser dito;
resumir o que se disse; antecipar o que vai ser dito, através de títulos, subtítulos,
numerações, etc., focalizar o que é dito através de sublinhados e de mudanças
tipográficas.
Os discursos de manuais (usados nas escolas) têm a ver com saberes científicos de base
de uma disciplina, escritos por autores que não são, grosso modo, pesquisadores; jogam,
sim, um papel de intermediários (Duarte, 2003).Este facto leva o autor da compilação a
usar estratégias que ajudarão o estudante a compreender o texto.
2.8.Estratégias discursivas
O texto expositivo/explicativo é um discurso de verdade, a sua objectividade manifesta-
se através de formas linguísticas próprias. Ele é emitido por um locutor ao qual não são
contestados nem o poder nem o saber. Quando se põe em causa esta autoridade, entra-se
no domínio da polémica, perdendo, assim o estatuto de texto de explicação. É objectivo
e isento de ataques.
A análise do tipo de discurso mostra a existência de uma diversidade de modos de
comunicação:
Emprego da passiva;
Nominalizações;
Apagamento do sujeito falante;
Emprego de um presente com valor genérico;
Uso de expressões que explicam os conteúdos veiculados;
Articuladores.
2.9.Expressão oral
Uma das características do texto expositivo/explicativo consiste na abstracção do sujeito
entanto que membro duma sociedade determinada; deve neutralizar tudo o que se possa
resultar de uma apreciação pessoal, subjectiva.
O discurso expositivo deverá, por isso, fazer desaparecer do enunciado toda a referência
a um caso particular, a um momento determinado e situar-se no universal. A forma
passiva é um mecanismo para tornar impessoal o discurso científico; ela é usada como
uma estratégia de objectividade, de afastamento do sujeito enunciador do seu discurso
(Duarte, 2003).
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2.9.1.Elementos da exposição
De acordo com Duarte, (2003), o discurso expositivo ocorre em situações de
comunicação determinadas por três elementos: o emissor, o receptor e a relação que se
estabelece entre eles:
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Capitulo III: Conclusão
Com essa pesquisa conclui-se que o texto expositivo/explicativo tem o principal
objectivo é informar. Uma das características do texto expositivo/explicativo consiste na
abstracção do sujeito entanto que membro duma sociedade determinada; deve
neutralizar tudo o que se possa resultar de uma apreciação pessoal, subjectiva. O
discurso expositivo deverá, por isso, fazer desaparecer do enunciado toda a referência a
um caso particular, a um momento determinado e situar-se no universal.
A forma passiva é um mecanismo para tornar impessoal o discurso científico; ela é
usada como uma estratégia de objectividade, de afastamento do sujeito enunciador do
seu discurso
O uso do presente do indicativo com o valor gnómico (atemporal), uma vez que se
refere a factos que são tidos como verdadeiros por parte de quem os anuncia, portanto,
uma verdade que perdura independentemente do tempo em que ela é dita.
O texto expositivo-explicativo dá a conhecer e/ou esclarece determinadas situações ou
factos. É um tipo de texto cujo objectivo se prende essencialmente com o conhecimento
da realidade, a respeito da qual oferece um saber.
A finalidade de acção da linguagem a atingir é a de informar, isto é, de transmitir
conhecimentos ao destinatário relativo a um referente preciso. Por isso, o texto
expositivo/explicativo é um texto conceptual, visa instruir o estado cognitivo do
destinatário.
O texto expositivo/explicativo é um discurso de verdade, a sua objectividade manifesta-
se através de formas linguísticas próprias. Ele é emitido por um locutor ao qual não são
contestados nem o poder nem o saber. Quando se põe em causa esta autoridade, entra-se
no domínio da polémica, perdendo, assim o estatuto de texto de explicação. É objectivo
e isento de ataques.
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3.1.Referências Bibliográficas
Avelar, A. (2008). Géneros e registos do discurso no ensino de línguas:
proposta de aplicação ao ensino de PLE e monitorização em contexto, Tese de
Doutoramento, Universidade de Lisboa, Lisboa.
Alves, M (1938). O texto literário. 2ª Edição. Lisboa: Livraria Popular de
Francisco Franco.
Bárbara, L. (2009).Linguístico sistémico funcional para a análise de discurso:
um panorama introdutório, Universidade Federal do Pará – UFPA
Duarte, I (2003).Aspectos linguísticos da organização textual. In Mateus.
Ferreira, R (2010).A tradução literária numa perspectiva metodológica:
problemas de tradução em “Le Livre des fuites”, de J.M.G. Le Clézio, Projeto
de Mestrado. Faculdade de Letras Universidade de Coimbra.
Raposo, E (1992).Teoria da Gramática: A faculdade da linguagem. Lisboa. Ed.
Caminho.
Tavares, C. F. (2007). Didáctica do Português – Língua Materna e Não
Materna – No Ensino Básico. Porto: Porto Editora
Villalva, (2003). Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho.
Vunguire, G (2010).Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa. Manual de
Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa. Código: A0001. Módulo único
(24 Unidades). Universidade Católica de Moçambique, Beira, s/d.
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