Você está na página 1de 8

0

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Ficha de Síntese sobre o Texto Expositivo-Explicativo

Nome do aluno: Maria Alexandre Gil

Código: 41230992

Maxixe, Março de 2023


1

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Ficha de Síntese sobre o Texto Expositivo-Explicativo

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Português do ISCED.

Nome do aluno: Maria Alexandre Gil

Código: 41230992

Maxixe, Março de 2023


2

CHICUMULE. F. M. S. Safo. Técnicas de Expressão Oral e Escrita. Beira. O Livro Didáctico


Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 2018.
Definição do texto Expositivo-Explicativo Em poucas
O texto expositivo/explicativo é um tipo de texto cuja palavras o texto
intenção de comunicação se prende essencialmente expositivo
com conhecimento da realidade, a respeito da qual explicativo é
p. 102 oferece um saber. um texto que
A finalidade de acção da linguagem a atingir é a de tem o propósito
informar, isto é, de transmitir conhecimentos ao de expor uma
destinatário relativo a um referente preciso. Por isso, situação e
o texto expositivo/explicativo é um texto conceptual, explicar a
visa instruir o estado cognitivo do destinatário. ocorrência do
mesmo.

CHICUMULE. F. M. S. Safo. Técnicas de Expressão Oral e Escrita. Beira. O Livro Didáctico


Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 2018.
Estrutura do Texto Expositivo-Explicativo No que concerne
Collier (1986:8) apud Adam resume as fases de construção do a estrutura os
texto expositivo/explicativo em três momentos: textos
1) A fase de questionar expositivos
2) A fase de resolução explicativos tem
3) A fase de conclusão como estrutura
peculiar a
Estes três momentos (introdução, desenvolvimento e introdução, o
conclusão) podem ou não aparecer explícito na superfície do desenvolvimento
texto. Todavia, a fase de questionar não contém e a conclusão
p. 103 necessariamente uma interrogativa directa ou indirecta;
poderá, por exemplo, ser constituída apenas pela explicitação
do tema / assunto da exposição, às vezes, aparece no título do
texto.
3

A ordem de ocorrência destas fases, regra geral, obedece ao


seguinte encadeamento: de questão poder-se-á ir à resolução,
ou optar-se pela antecipação da parte conclusiva.
Exemplo 1:
Introdução – uma reflexão sobre influência da droga no
rendimento escolar da camada juvenil.
Implicitamente temos uma questão:
A droga influencia? Porquê? Como?
Desenvolvimento – Expor-se-ão as principais ideias sobre a
influência da droga no rendimento escolar.
Conclusão – Apresentar-se-ão as principais conclusões sobre
o objecto problematizado.
Exemplo 2:
“A droga provoca um fraco rendimento escolar na camada
juvenil, o que origina o abandono dos estudos”.
Desenvolvimentos – Apresentam-se enunciados que fazem
compreender a observância do baixo rendimento nos
consumidores de estupefacientes.

CHICUMULE. F. M. S. Safo. Técnicas de Expressão Oral e Escrita. Beira. O Livro Didáctico


Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 2018.
Características discursivas do Texto Expositivo-
Explicativo

O texto expositivo/explicativo tem uma própria


textura que o distingue das outras formas de
discurso.
p. 103
Assim, este género textual é composto por três tipos
de enunciados:

1. enunciados de exposição, contendo uma sucessão


4

de informações que visam fazer saber.

2. enunciados de explicação que tem como


p. 104
finalidade fazer compreender o saber
transmitido.

3. enunciados que marcam as articulações do


discurso: anunciar o que vai ser dito; resumir o
que se disse; antecipar o que vai ser dito, através
de títulos, subtítulos, numerações, etc., focalizar
o que é dito através de sublinhados e de
mudanças tipográficas.

Os discursos de manuais (usados nas escolas) têm


a ver com saberes científicos de base de uma
disciplina, escritos por autores que não são,
grosso modo, pesquisadores; jogam, sim, um
papel de intermediários, Beacco, 1990. Este facto
leva o autor da compilação a usar estratégias que
ajudarão o estudante a compreender o texto.

CHICUMULE. F. M. S. Safo. Técnicas de Expressão Oral e Escrita. Beira. O Livro Didáctico


Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 2018.
Características linguísticas do Texto Expositivo-Explicativo Quanto as
O texto expositvo/explicativo é um discurso de verdade, a sua características
objectividade manifesta-se através de formas linguísticas linguísticas o
próprias. Ele é emitido por um locutor ao qual não são texto expositivo
contestados nem o poder nem o saber. Quando se põe em explicativo
5

p. 104 causa esta autoridade, entra-se no domínio da polémica, apresenta:


perdendo, assim o estatuto de texto de explicação. É objectivo emprego da
e isento de ataques. passiva;
A análise deste tipo de discurso mostra a existência de uma nominalizações;
diversidade de modos de comunicação: apagamento do
 emprego da passiva; sujeito falante;
 nominalizações; emprego de um
 apagamento do sujeito falante; presente com
 emprego de um presente com valor genérico; valor genérico;
 uso de expressões que explicam os conteúdos uso de
veiculados; expressões que
 articuladores. explicam os
Uma das características do texto expositivo/explicativo conteúdos
p. 105 consiste na abstracção do sujeito entanto que membro duma veiculados;
sociedade determinada; deve neutralizar tudo o que se possa articuladores.
resultar de uma apreciação pessoal, subjectiva. O discurso
expositivo deverá, por isso, fazer desaparecer do enunciado
toda a referência a um caso particular, a um momento
determinado e situar-se no universal. A forma passiva é um
mecanismo para tornar impessoal o discurso científico; ela é
usada como uma estratégia de objectividade, de afastamento
do sujeito enunciador do seu discurso.
Em suma, usam-se procedimentos de invisibilidade, mesmo
que em alguns textos apareça um nós, eu, estarão desprovidos
do valor individualizante. Por se tratar de um discurso
monológico, observa-se a ausência de tu.
As nominalizações, processo que consiste na transformação
de um sintagma verbal, ou adjectival num nome, permite, em
certos casos, condensar o que foi dito, assegurar uma
determinada orientação da reflexão.
Exemplo:
6

“Quando os animais e as plantas morrem, os corpos


apodrecem (SV) e acabam por desaparecer na terra. O
apodrecimento (N) é provocado por organismos (...) ”.
Quanto aos tempos verbais, a forma essencial é o presente
com valor genérico ou estativo que enuncia as propriedades.
Exemplo:
“O gato é um animal vertebrado”.
A informação contida nesta frase constitui uma verdade que
perdura, independentemente da sua enunciação.
O presente genérico não pode ser oposto a um passado ou um
futuro, trata-se de uma forma temporal “zero”, Mainguenean
(1991:65).
Um presente com valor deíctico (actual) reenvia ao momento
de exposição.
As expressões explicativas têm um papel importante nos
textos expositivos/explicativos, permitindo ao emissor tornar
mais clara a sua comunicação e orientar a compreensão do
receptor.
Definidos como elementos que asseguram as relações entre as
diversas partes do texto, quer a nível intrafrásico, interfrásico,
quer entre parágrafos, no texto expositivo/explicativo, estes
elementos com frequência são de natureza lógica.
Estes conectores podem marcar laços de adição (também,
igualmente) oposições (mas, ao contrário) laços de consecução
ou de causalidade (porque, visto que, dado que).
7

Você também pode gostar