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Anita Faque Braimo

O Impacto da Motivação no Processo de ensino – aprendizagem: Desafios no


contexto da actualidade” Caso: 8ª classe, da Escola Secundária de Morrumbene

Licenciatura em Ciências de Educação

Universidade Metodista Unida de Moçambique

Cambine-Morrumbene

2021
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Anita Faque Braimo

O Impacto da Motivação no Processo de ensino – aprendizagem: Desafios no


contexto da actualidade” Caso: 8ª classe, da Escola Secundária de Morrumbene

Monografia
  Cientifica a ser apresentada ao
Departamento de Curso de Ciências de
 
Educação, como requisito para a obtenção
do grau académico de Licenciatura
  em
Ciências de Educação.
 

 Supervisor: dr. Simeão Sumbane

Universidade Metodista Unida de Moçambique

Cambine-Morrumbene

2021

 
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Índice
Introdução.........................................................................................................................................3
Objectivos.........................................................................................................................................3
Objectivo Geral................................................................................................................................4
Objectivos Específicos.....................................................................................................................4
Justificativa.......................................................................................................................................4
Problematização...............................................................................................................................5
Hipóteses..........................................................................................................................................6
CAPÍTULO I: REVISÃO DE LITERATURA................................................................................7
1.1. Definição de Conceitos..............................................................................................................7
1.1.1. Motivação...............................................................................................................................7
1.1.3. Ensino – Aprendizagem.........................................................................................................9
1.1.4. A Motivação na Aprendizagem............................................................................................10
1.2. A Intervenção nas Abordagens à aprendizagem e na Motivação na Aprendizagem..............11
1.3. O papel da motivação no processo de Ensino e Aprendizagem..............................................14
1.4. O Papel da Motivação para o Professor..................................................................................15
CAPÍTULO II: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..........................................................17
2.1. Tipo de pesquisa......................................................................................................................17
2.1.1. Quanto a abordagem do problema........................................................................................17
2.1.2. Quanto aos objectivos...........................................................................................................17
2.1.3. Quanto aos procedimentos técnicos.....................................................................................18
2.2. Método de abordagem.............................................................................................................18
2.3. Técnicas de recolha de dados..................................................................................................19
2.4. População e amostra da pesquisa............................................................................................20
2.4.1. Amostra da pesquisa.............................................................................................................20
2.5. Considerações éticas................................................................................................................21
2.6. Procedimentos de apresentação, análise e interpretação de dados..........................................21
Referências bibliográficas..............................................................................................................22
Apêndices
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Introdução
O presente trabalho de pesquisa é subordinado ao estudo: O Impacto da Motivação no Processo
de ensino – aprendizagem: Desafios no contexto da actualidade” Caso: 8ª classe, da Escola
Secundária de Morrumbene. O Processo de ensino e aprendizagem (PEA) tem sido um dos
principais focos de pesquisa na actualidade, com mais enfoque para as áreas linguísticas.

Neste projecto abordamos um tema particularmente da área do ensino, mais concretamente sobre
o PEA. Queremos em torno do mesmo arrolar o impacto da motivação no processo de ensino e
aprendizagem e que estratégias motivacionais a usar para este tipo de ensino.

Falar sobre os desafios no PEA, como futura professora, em particular, a partir da compreensão
do nível de motivação dos alunos, pode ajudar a elevar o índice de motivação, o que, por sua vez,
pode influenciar no índice de aprovação.

Um bom professor reconhece o papel que seus alunos têm no seu meio de trabalho, e, acima de
tudo, faz dos objectivos do aluno seu ponto de partida. Portanto, a satisfação e interesse em
ensinar numa sala de aula com alunos motivados é a particular motivação para este estudo.

Portanto, conhecer os desafios no PEA pode ajudar tanto o professor como o aluno a enquadrar-
se no ensino tendo em conta os interesses do ensino, no geral, e do aluno, em particular, e
compreender a importância do ensino para a vida quotidiana. Pode, ainda, ajudar na actualização
dos parâmetros curriculares, em busca da consolidação dos objectivos em função dos interesses
do aluno, de uma aprendizagem significativa e que esteja estreitamente ligada à necessidade do
aluno.

Objectivos
MARCONI e LAKATOS (2002:102) ostentam “Objectivo como sendo o sinónimo de meta, fim
e podendo ser gerais e objectivos específicos”.

Os objectivos podem ser concebidos como o resultado final a ser alcançado numa determinada
acção levada a cabo, cujos mesmos podem ser divididos em geral e específicos, como se segue:
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Objectivo Geral

 Analisar o impacto da motivação no Processo de Ensino e Aprendizagem no contexto da


actualidade;

Objectivos Específicos

 Identificar os factores que influenciam na desmotivação dos alunos no Processo de Ensino


e Aprendizagem;
 Descrever o Processo de Ensino e Aprendizagem no contexto da actualidade;
 Propor estratégias motivacionais que possam minimizar as dificuldades dos alunos no
Processo de Ensino e Aprendizagem.

Justificativa
Em qualquer situação de aprendizagem, não se deve deixar de lado a questão motivacional
quando os alunos têm como objectivo pessoal o domínio dos conteúdos, e não apenas a conclusão
de tarefas ou o conseguir nota suficiente, irão empenhar-se, investir tempo e energia psíquica em
determinadas actividades mentais. A importância de fazer, interagir as dimensões cognitiva e
afectiva na aquisição de conhecimentos será mais pertinente na modificação de atitudes e valores
do que propriamente na obtenção de melhores resultados, mas sim em melhores conhecimentos.

A motivação joga um papel primordial tanto no desempenho como na conduta dos alunos no
processo de ensino e aprendizagem. Com efeito um aluno motivado revela uma satisfação pelo
ensino, e um dos factores determinantes dessa motivação é, indubitavelmente, o sucesso escolar
desse aluno.

Assim, a opção por esta temática levou em consideração que este estudo poderá apresentar uma
visão fundamentada da realidade que envolve a relação do educador e do educando no PEA, e
ajudar o professor na selecção de melhores estratégias motivacionais no PEA. Esperamos que
com este trabalho traga benefícios aos alunos para ampliar a sua consciência crítica, para que
sejam cidadãos com opinião própria, motivados em aprender, cada vez mais e discutir temas de
grande importância social e favorecer tomadas de decisões mais eficazes.
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Sob ponto de vista académico, o presente estudo facultará informações importantes inerentes ao
tema, bem como providenciar um conhecimento académico, que servirá de referência e
contributo nas universidades que administram cursos relacionados Ciências de Educação.

Sob ponto de vista social, o presente estudo será de total importância para a sociedade em geral
porque o trabalho aborda sobre a motivação, e olhando para as teorias da motivação, concluímos
que todas as pessoas precisam da motivação para a satisfação das suas necessidades, como aponta
Maslow na sua teoria das necessidades.

De uma forma geral, o presente estudo é de estrema importância, tanto para o sector público
assim como privado, pois, contribui para análise do nível de motivação das pessoas em geral.

Problematização
O ensino proporciona aos alunos competências de saber, saber ser, saber fazer e saber estar, e as
formas de convivência uns aos outros, para garantir uma melhor formação do individuo e
posterior aplicação dos conhecimentos na vida quotidiana, desta feita, foi com base na
assistências de aulas num período equivalente a um trimestre na perspectiva de troca de
experiências na Escola Secundária de Morrumbene, que notámos que, os alunos apresentavam
comportamentos como conversas ao longo das aulas, a falta de atenção, a pouca participação à
aula, a falta de interesse na aula, em poucas palavras os alunos da 8ª classe que foram assistidas
não apresentavam-se motivados na sua aprendizagem e isso resultava no aproveitamento
pedagógico negativo, era, no entanto, necessário reflectir sobre este fenómeno, desde a motivação
dos alunos à motivação dos professores com vista a elevar os índices de motivação e melhorar o
aproveitamento pedagógico dos alunos.

Segundo MARTINI (1990) citado por CARVALHO et al (2009:334), a problemática da


motivação ou desmotivação nos diversos níveis de escolaridade tem sido o centro das discussões
no que diz respeito ao que vai mal em nossas escolas.

Tendo em vista os aspectos acima colocados, surge a necessidade de se compreender:

 De que forma a falta de motivação pode influenciar no processo de ensino-aprendizagem


dos alunos?
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Hipóteses

Segundo MARCONI e LAKATOS (2002:105), “Hipótese é a resposta provável suposta e


provisória”. Então, podemos supor que esta problemática deve-se pelo facto das seguintes causas:

 A falta de motivação dificulta a captação dos conteúdos, por parte dos alunos resultando
no fracasso escolar dos alunos;
 A falta de motivação ajuda na captação dos conteúdos, por parte dos alunos, resultando no
sucesso escolar dos alunos;
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CAPÍTULO I: REVISÃO DE LITERATURA

Geralmente, tem-se feito pesquisas em torno do PEA, em torno desta aprendizagem, várias têm
sido as propostas de ensino, as estratégias de motivação, de avaliação, entre outros aspectos
pertinentes no ensino e aprendizagem. Nesta etapa apresentaremos algumas definições de
conceitos onde abordaremos a motivação, o ensino e aprendizagem, a motivação na
aprendizagem, o papel da motivação no processo de ensino e aprendizagem e o papel da
motivação para o professor. Na mesma linhagem a revisão de literatura será feita à luz dos
estudos dos seguintes autores: SILVA (2006), GIL (2001), PILETTI (2004), OLIVEIRA e ALVES
(2005), LIBÂNEO (1994) e outros que abordam sobre a temática em estudo.

1.1. Definição de Conceitos

1.1.1. Motivação

De acordo com SILVA (2006:32), etimologicamente o termo motivação provém do Latim


“motivus” (mover) e significa “ tudo o que pode fazer mover”, ou “ tudo aquilo que causa ou
determina alguma coisa” ou ainda “o fim ou a razão de uma acção”.

O mesmo autor citando CLARET vê-a como um conjunto de factores que impulsionam o
comportamento para a realização de um objectivo, manifestando-se, dessa forma como resposta
a estímulos internos e externos (Idem:34).

GIL (2001:202) define-a como a força que estimula as pessoas a agir.

De acordo com os teóricos da motivação tal “força que estimula” pode ter uma origem externa
(factores extrínsecos) ou interna (factores intrínsecos). Daí a destrinça entre motivação extrínseca
e motivação intrínseca.

Se, por exemplo, um funcionário realiza uma determinada tarefa para evitar uma punição ou para
conquistar uma recompensa está-se perante uma motivação extrínseca, pois que a iniciativa para
a realização da tarefa não partiu da própria pessoa, mas de um factor extrínseco, que a levou para
que ela se estimulasse a agir. Muito provavelmente a pessoa não teria realizado a tarefa caso não
houvesse a punição ou a recompensa. Mas se por outro lado a força que estimula tem a sua
génese dentro da própria pessoa, então estamos em presença da motivação intrínseca. Portanto,
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para estes teóricos a motivação intrínseca é algo endógeno. Neste sentido estar-se motivado é
sentir-se bem com aquilo que é realizado: o prazer é obtido na actividade. Estes teóricos
sustentam ainda que não são as organizações que motivam os seus colaboradores, elas podem
apenas criar um clima em que as pessoas se sintam motivadas. A corroborar, GIL (2001:202)
defende que: “a evidência de que de facto uma pessoa não é capaz de motivar outra não pode, no
entanto, significar que o fenómeno motivação deve ser descurado pelos gerentes. Muito pelo
contrário; os gerentes precisam estar atento à motivação dos seus empregados. Precisam estar
aptos para identificar as suas necessidades e criar condições para que as tarefas, assim como o
ambiente de trabalho, sejam capazes de satisfazê-los”.

Motivação é uma condição interna e douradora que leva o indivíduo a persistir um


comportamento orientado para um objectivo, possibilitando a satisfação do que era criado, ou
seja, aspecto dinâmico do comportamento dirigido para um objectivo (PILETTI, 2004:275).

Corroborando com o exposto, OLIVEIRA e ALVES (2005), referem-se à motivação como uma
energia, uma força interna que impulsiona os indivíduos a realizarem algo. É uma condição
intrínseca, subjectiva, que, segundo eles não é passível de interferência de outros. A esse respeito,
LIEURY e FENOUILLET (2000) complementam afirmando que a motivação é vista como um
conjunto de mecanismo biológicos e psicológicos que possibilitam o desencadeamento da acção,
seguidos de aspectos ligados à orientação, intensidade e persistência.

Assim, frente ao que foi exposto, é notório que a motivação humana tenha base em alguns
aspectos principais, que são: aspectos determinantes ambientais, forças internas do indivíduo
(geralmente ligadas a desejos, impulsos, necessidades, interesse) e incentivo (alvo ou objecto que
aproxima ou afasta o indivíduo).

Dessa forma, CARVALHO, PERREIRA e FERREIRA (2007), facilmente traduzem a motivação


como à energia psíquica do ser humano, visto que, vários são os atributos que influenciam esta
condição no indivíduo: social, psicológico, biológico. Contudo, a intensidade deste construto
varia conforme as condições particulares, metas, expectativas e formas de enfrentar a vida de
cada sujeito.
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A motivação seria um processo intrínseco que se constitui em resposta pessoal frente à


determinada situação. Para LIEURY e FENOUILLET (2000) ela é o conjunto dos mecanismos
biológicos e psicológicos que possibilitam o desencadear da acção, da orientação, da intensidade
e da persistência, e eles diferenciam a intrínseca da extrínseca: a primeira significando que um
indivíduo efectua uma actividade unicamente pelo prazer que ela lhe proporciona e a segunda
referindo-se a todas as situações em que ele faz alguma coisa para obter algo prazeroso, sendo
que os indivíduos intrinsecamente motivados tendem a atribuir a si mesmos a causa de sua
actividade (OLIVEIRA; ALVES, 2005).

Tomando em consideração as duas definições dos autores acima identificados percebemos que
ambos definem a motivação como um factor interno que leva o individuo a uma determinada
acção, assim sendo a motivação é um processo de qualquer actividade humana que leva um
individuo a iniciar um certo comportamento direccionado a um objectivo.

1.1.2. Ensino
“Ensino é o meio fundamental do processo intelectual dos alunos e uma combinação adequada
entre a educação pelo professor e a assimilação activa ou autónoma e independente dos alunos.”
(LIBÂNEO, 1994:89).

PILETTI (2004:36), o ensino “deve se inspirar nos princípios da racionalidade, eficiência e


produtividade.” Ensino é a unidade entre a instrução e a educação.

O ensino engloba todo o processo educativo, sendo uma prática de transferir conhecimentos
provados ou acreditados por quem ensina a quem se estima desconhecer as formas, estruturas e
processos que ligam as relações coma s coisas.

1.1.3. Ensino – Aprendizagem


No ensino e aprendizagem o professor e o aluno são os mediadores do ensino, tendo como
objectivo a construção do conhecimento. É uma actividade conjunta, compartilhada do professor
e dos alunos, como relação social entre o professor e aluno até o saber escolar. (LIBÂNEO,
1994:102).
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Ensino e aprendizagem consiste na apropriação dos conhecimentos pelos alunos, para que estes
aprendam e compreendam a estrutura das tarefas de aprendizagem e os contextos socioculturais e
institucionais onde se realiza o ensino. (PENNA 2001:24).

De uma forma geral o ensino e aprendizagem são processos que se complementam em todo o
processo educativo. O ensino e aprendizagem ajuda na formação do indivíduo para que seja um
intelectual, capaz de construir e idealizar um país com vista a desenvolve-lo em extremos mais
relevantes tendo em conta a sua relação com o meio social.

1.1.4. A Motivação na Aprendizagem

Como foi referido anteriormente, a motivação sendo um dos elementos envolvido no tipo de
abordagem que o aluno tem perante a aprendizagem, irá condicionar os resultados escolares e,
portanto será um factor determinante do sucesso e da qualidade da aprendizagem.

MARTINELLI e GENARI (2009) no seu estudo com crianças entre os 9 e os 12 anos concluíram
que existe uma correlação significativa entre a motivação intrínseca e o desempenho escolar, ou
seja, quanto maior é o desempenho escolar, maior é a motivação intrínseca e vice-versa, e quanto
menor é o desempenho escolar, maior é a motivação extrínseca e vice-versa.

Conceptualmente a motivação define-se como um estado interno necessário para iniciar qualquer
acção, mantê-la ou terminá-la. Envolve afectos e emoções, inibe ou fomenta as aprendizagens e
confere sentido à experiência. Em termos gerais, a motivação é o aspecto dinâmico da acção
(FONTAINE, 2005).

Actualmente, dentro do contexto do funcionamento psicológico humano, a motivação é


essencialmente uma função do grau em que as pessoas têm consciência de si mesmas enquanto
agentes activos na construção dos seus pensamentos, crenças, objectivos, expectativas e
atribuições (MCCOMBS, 1994 cit. por SÁ, I., 2004).

Neste sentido, são vários os motivos e interesses de um estudante no seu desempenho académico
e por isso surgem também diferentes motivações para aprender, designadas por orientações
motivacionais: a motivação instrumental, a motivação intrínseca e a motivação de realização
(DUARTE, 2002). No primeiro caso, o jovem faz o mínimo possível de modo a evitar o
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insucesso e as tarefas de aprendizagem são percepcionadas como imposições exteriores. Na


motivação intrínseca, as tarefas de aprendizagem são encaradas como actividades de prazer e
como formas de actualizar os interesses e competências pessoais. Finalmente, no caso da
motivação de realização, a intenção principal face às tarefas de aprendizagem é a de obter boas
classificações, mostrando um empenho exaustivo na realização das mesmas.

1.2. A Intervenção nas Abordagens à aprendizagem e na Motivação na Aprendizagem

Grande parte das intervenções na área das abordagens à aprendizagem tem como finalidade
influenciar a motivação na aprendizagem, no entanto, desconhecemos estudos nesta área que
pretenderam testar o efeito de uma intervenção feita directamente nas orientações motivacionais
com vista a melhorar a qualidade da aprendizagem. (FIGUEIRA, 2009).

Contudo, paralelamente à realização do presente estudo, está a decorrer uma investigação


semelhante com o propósito de explorar exactamente a relação existente entre a intervenção nas
orientações motivacionais e a qualidade da aprendizagem.

DUARTE (2000), numa intervenção com estudantes universitários portugueses, testou a


possibilidade de intervir sobre as suas abordagens e concepções de aprendizagem. O autor
concluiu que a auto-análise e hetero-análise de concepções e abordagens pessoais assim como a
exposição a um ambiente de aprendizagem estimulante de uma abordagem de “profundidade” e
desencorajador de uma abordagem de “superfície” (com a explicitação de objectivos, conteúdos
centrados no processo de aprendizagem, método de ensino “pela descoberta” e avaliação contínua
e formativa) pode constituir uma forma de aumentar significativamente a estratégia e a
abordagem de “profundidade” assim como a abordagem de “sucesso”.

Estes resultados sugerem que a consciencialização das estratégias e das orientações motivacionais
para a aprendizagem, a par com mudanças no ambiente de aprendizagem poderão prever o
aumento da qualidade da aprendizagem.

Existe consistência entre os autores em afirmar que as abordagens utilizadas pelos alunos podem
ser encaradas como indicadores da qualidade da sua aprendizagem (BIGGG, 2001 cit. por
CANO, 2007) e, apesar de a abordagem de “superfície” poder ser considerada, em certas
circunstâncias, como adaptativa (por ex., pode ser eficaz na primeira fase de matérias novas, ou
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em contextos que exigem a reprodução precisa dos factos e detalhes) (BIGGS e KIRBY, 1983 cit.
por DUARTE, 2002) a intervenção nesta área tem sido no sentido de estimular os alunos para
adoptarem uma abordagem de “profundidade” ou de “sucesso” (que implica uma motivação
intrínseca ou de realização respectivamente) em detrimento da abordagem de “superfície”
(associada a uma motivação instrumental) uma vez que estes tipos de abordagem estão
associados a resultados qualitativamente melhores na aprendizagem.

Assim, a intervenção sobre as abordagens à aprendizagem centra-se em duas perspectivas:


encorajar os alunos a adoptarem uma abordagem de “profundidade” ou de “sucesso” intervindo
no contexto da aprendizagem, alterando por exemplo, o programa curricular (ver por ex.:
BALASOORIYA et.al., 2009 e ENGLISH et.al., 2004) ou, actuando especificamente na
modificação de variáveis pessoais, a qual constitui o âmbito de intervenção do presente estudo.
Esta perspectiva considera que, como em determinadas circunstâncias, a abordagem de
“superfície” pode ser a mais adaptada, o objectivo da intervenção não deve constituir o
encorajamento/dissuasão de qualquer abordagem, mas sim a promoção da capacidade de os
indivíduos auto-regularem as suas abordagens à aprendizagem (e.g. BLUNDELL, 1995 cit. por
DUARTE, 2002).

Neste sentido, podemos encontrar intervenções que pretenderam melhorar a qualidade da


aprendizagem dos alunos através do recurso à metacognição, estimulando os alunos a
consciencializarem-se do seu processo de aprendizagem e a poderem ter controlo sobre o mesmo,
o que lhes confere um papel activo e autónomo.

Uma das técnicas, utilizada neste estudo, que se foca na consciencialização e na modificação dos
pensamentos é a técnica da reestruturação cognitiva que surgiu no enquadramento da psicoterapia
e do aconselhamento de cariz cognitivo.

A reestruturação cognitiva é uma das técnicas utilizadas na psicoterapia individual e


aconselhamento (HEESACKER et.al., 1982 cit. por DIGIUSEPPE et.al., 1990) e baseia-se na
ideia de que as pessoas fazem inferências e avaliações sobre as percepções que têm do ambiente
que as circula. Essas inferências, muitas vezes originadas em crenças, dão origem a estados
emocionais que podem ser ou não adaptativos e que podem bloquear ou incentivar o
cumprimento de objectivos e metas.
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Assim, esta técnica, pretende numa primeira fase detectar as crenças irracionais e ilógicas de um
indivíduo que o está a bloquear no alcance de um determinado objectivo. De seguida pretende-se
que essas crenças disfuncionais sejam debatidas para que o indivíduo as reconheça como irreais
ou distorcidas e, finalmente, reformulá-las dando origem a crenças racionais e adaptativas e a
uma nova percepção da realidade. Espera-se que a alteração na percepção dos acontecimentos
contribua para uma alteração dos estados emocionais para mais adequados e desejáveis e, que em
consequência final, altere as acções do indivíduo.

A utilização desta técnica em contexto escolar foi proposta por BARD e FISHER (1983), em
casos de insucesso escolar partindo da ideia de que o insucesso escolar é definido como um
desempenho académico muito pobre resultante principalmente das crenças falsas dos alunos,
incompatíveis com os objectivos do “sistema” educacional.

Os autores acima citados identificaram cinco crenças comuns nos adolescentes que fundamentam
o tipo de insucesso académico defendido pelos autores:

 “As coisas vão correr bem quer eu trabalhe ou não”;

 “Tudo deve ser divertido e /ou agradável e não deve haver nenhum aborrecimento”;

 “Ser bom na escola significa trair as relações que tenho com os meus amigos”;

 “É um comportamento desonroso ou destrutivo para a minha integridade pessoal cooperar


de alguma forma com a autoridade”;

 “Nada do que eu faça na escola irá beneficiar-me”.

Os autores iniciavam a sua intervenção ao falar com os pais dos alunos com o objectivo de
determinar se haveriam atitudes ou práticas dos pais que pudessem apoiar ou mesmo reforçar as
crenças erróneas dos alunos e, por outro lado, que tipo de cooperação e ajuda poderiam esperar
dos pais para contornar a situação. O segundo passo seria o contacto directo com o aluno no
sentido de perceber se a crença ou a combinação de crenças era de facto responsável pelo
insucesso e qual o tipo de abordagem era mais provável de suscitar o interesse e a colaboração de
um aluno para o trabalho de aconselhamento.
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Os estudantes poderão ter crenças relativamente ao valor da tarefa mas também em relação à
própria capacidade de lidar com essas tarefas. Estudos empíricos têm demonstrado que o grau de
envolvimento manifestado pelo estudante na execução de uma tarefa está dependente das crenças
sobre as competências pessoais para a executar bem (expectativas de auto-eficácia), das crenças
sobre os resultados que pode alcançar (positivos ou negativos) e das percepções de sucesso
(SILVA, 2004).

O autor acima citado afirma que para que haja uma boa execução das tarefas por parte dos
estudantes há uma dependência das suas crenças na execução da tarefa dada e que o mesmo
evidencia-se nos resultados que o estudante quer alcançar.

1.3. O papel da motivação no processo de Ensino e Aprendizagem


Em qualquer situação de aprendizagem, não se deve deixar de lado a questão motivacional
quando os alunos têm como objectivo pessoal o domínio dos conteúdos, e não apenas a conclusão
de tarefas ou o conseguir nota suficiente, irão empenhar-se, investir tempo e energia psíquica em
determinadas actividades mentais. A importância de fazer interagir as dimensões cognitiva e
afectiva na aquisição de conhecimentos será mais pertinente na modificação de atitudes e valores
do que propriamente na obtenção de melhores resultados, mas sim em melhores conhecimentos.

Segundo MARTINI (1990) citado por CARVALHO et.al., (2009: 127), a problemática da
motivação ou desmotivação nos diversos níveis de escolaridade tem sido o centro das discussões
no que diz respeito ao que vai mal em nossas escolas.

Os métodos de ensino também podem prejudicar a aprendizagem. Se o professor for autoritário e


dominador, não permitirá que os alunos se manifestem, participem, aprendam por si. Este tipo de
professor considera-se dono do saber e procurará transmitir esse saber aos alunos, que deverão
permanecer passivos, receber o que o professor lhes dá e devolver na prova.

A respeito da relação motivação – aprendizagem, FITA (2003) citado por CARVALHO et.al.,
(2009:66), enfatiza a importância dos modelos de aprendizagem e ensino estarem repletas de
ideias relativas à motivação, no intuito de que os alunos aprendam realmente. Assim, essas ideias
devem levar em conta os condicionantes que interferem na motivação do aluno, sendo estes
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intrínsecos ou extrínsecos a ele. Todavia, a motivação, não só deve ser por parte do aluno, mas
também do professor.

O uso das recompensas externas em situações de aprendizagem deve ser viabilizado de forma
criteriosa, evitando que os alunos sejam orientados extrinsecamente (a motivação extrínseca
relaciona-se às rotinas que vamos aprendendo ao longo de nossas vida, ao desejo de desenvolver
uma acção por causa de recompensas externas ou para evitar punições) no envolvimento com as
actividades.

No âmbito escolar, a motivação remete para o factor interno que move o aluno para estudar,
iniciar as tarefas de aprendizagem e nelas permanecer até ao fim, várias investigações no domínio
da motivação e aprendizagem, declaram que a motivação tem um papel essencial na
aprendizagem.

Para ANTUNES e MONTEIRO (2008:14), enaltecem a importância da motivação dos


professores, pois os estudos sobre a motivação dos alunos concluem pela necessidade da
motivação dos professores, demonstrando que se um professor pretende ter alunos motivados
para a aprendizagem, então deverá fazer uso de si mesmo como instrumento, expressando o seu
entusiasmo e motivação.

De forma breve e sucinta a citação acima demonstra que para que alunos sejam motivados na
aula há uma grande necessidade de o professor ser motivado primeiro para poder motivar os
outros.

1.4. O Papel da Motivação para o Professor


Ao remeter a prática docente é preciso antes de tudo falar sobre o processo de formação desse
profissional. Desta forma, conforme OLIARI, et.al. (2012) a formação profissional docente é um
processo que demanda um olhar crítico sobre as próprias representações dos professores, suas
concepções, crenças e valores. Esse olhar, também recai sobre a instituição de ensino,
problemáticas sociais que reflectem no ambiente escolar e as formas de ensinar e aprender.

O processo de formação de professores é complexo, pois nesse processo estão envolvidos tanto
os diferentes espaços de sua formação quanto os saberes diversos que devem estar articulados,
16

compondo um referencial teórico-prático, que possibilite a estes profissionais a realização de uma


acção concreta e comprometida com a aprendizagem dos alunos.

Neste sentido, destacam-se vários aspectos que devem ser considerados neste processo: a
necessidade de articulação entre a teoria e a prática, a valorização da atitude crítico-reflexiva na
busca de auto formação, a valorização de saberes e práticas docentes, reconhecendo as
instituições escolares como espaço de formação docente, formação permanente em serviço, entre
outros.

De acordo com LEMOS (2011, p. 41) [...] “ensinar é trabalhar com seres humanos, sobre seres
humanos, para seres humanos, e essa impregnação do trabalho pelo objecto humano merece ser
problematizada por estar no centro do trabalho docente”. Assim, a acção docente se estabelece
como uma das chaves principais para compreensão das transformações sociais. O mesmo autor
enfatiza que o trabalho docente se estabelece e se modifica no quotidiano social, buscando a
transformação de uma realidade específica e mediando a construção de novos saberes.

Neste contesto a prática do professor é um factor propulsor no processo de motivação para


aprendizagem. Contudo, quando o docente não é provido de condições favoráveis de trabalho ou
a ocorrência de factores externos influenciam em sua condição motivacional, consequentemente,
repercutirá em sua prática e poderá comprometer a aprendizagem dos alunos.

TAPIA e FITA (2003, p.88) complementam a ideia acima dizendo: [...] “se o professor não está
motivado, se não exerce de forma satisfatória sua profissão, é muito difícil que seja capaz de
comunicar a seus alunos, entusiasmo, interesse pelas tarefas escolares; é definitivamente, muito
difícil que seja capaz de motivá-los”.

Por isso, é importante conhecer os factores que maximizam ou minimizam essa motivação
docente e levar em consideração que o professor não é o único responsável pelas aprendizagens
de seus alunos, antes de tudo, é um ser humano que possui características comuns a todos e
também necessitam de auxílio e compreensão. Portanto, importa destacar também sobre a
precarização do trabalho docente e as problemáticas enfrentadas por esse grupo profissional.
17

CAPÍTULO II: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


O conjunto de actividades de pesquisa necessitam antes de mais de uma delimitação
metodológica, isto é, determinar as diversas metodologias a usar para o desenvolvimento do
trabalho, ideia compartilhada por GIL (1995:27) ao referenciar que um conhecimento para ser
considerado científico, torna-se necessário identificar operações mentais e técnicas que
possibilitam sua verificação, ou seja, determinar os métodos e técnicas que possam levar ao
conhecimento. Assim sendo, metodologia, aparece como um termo que irá associar métodos e
técnicas que levam ao alcance de um determinado objectivo, envolvendo todos recursos que
serão necessários para o efeito.

2.1. Tipo de pesquisa

2.1.1. Quanto a abordagem do problema

Para o presente trabalho, será feita uma pesquisa qualitativa, que segundo TRIPODI et.al. citado
por MARKONI & LAKATOS (2003:187) consiste na investigação de pesquisa empírica cuja
principal finalidade é o delineamento ou análise das características de factos ou fenómenos, esta
pesquisa se enquadra no conjunto de pesquisas de campo.

De acordo com MARCONI & LAKATOS (1995: 20), “diz que a pesquisa qualitativa é aquela
cujas informações não são quantificáveis; os dados obtidos são analisados indutivamente; a
interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados são aspectos básicos no processo de
pesquisa qualitativa”.

A pesquisa qualitativa foi importante no nosso trabalho, na medida em que ajudou-nos na


interpretação dos dados encontrados Escola Secundária de Morrumbene, os quais foram
relevantes no fortalecimento do nosso trabalho. E foi crucial na percepção do fenómeno estudado
que é o impacto da motivação no PEA.

2.1.2. Quanto aos objectivos


Baseamo-nos na pesquisa explicativa, aquela que tem como preocupação central identificar os
factores que determinam ou contribuem para a ocorrência de fenómenos GIL (2008:48). Com
18

esta pesquisa a pesquisadora visa buscar de forma detalhada o processo de integração dos saberes
locais no PEA Escola Secundária de Morrumbene.

2.1.3. Quanto aos procedimentos técnicos.


A pesquisa feita na Escola Secundaria de Morrumbene é quanto aos procedimentos técnicos uma
pesquisa de campo, onde fomos no terreno vivenciar o fenómeno por nós estudado, para melhor
obtenção dos resultados, que segundo GIL, (2002:59) o pesquisador apresenta nível maior de
participação e, torna-se maior a probabilidade de os sujeitos oferecerem respostas mais
confiáveis.

2.2. Método de abordagem


Segundo GIL (1995:27) método científico é o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos
que possibilitam o desenvolvimento de uma investigação científica, num outro âmbito,
MARCONI & LAKATOS (2003:83) definem método científico como:

O conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior


segurança e economia permite alcançar os objectivos conhecimentos
válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros
e auxiliando as decisões do cientista.

Vemos então que, o método é o meio pelo qual será possível a concretização do nosso estudo,
assim sendo, temos a referenciar que para o presente trabalho basearmo-nos nos métodos de
pesquisa bibliográfica e indutivo.

Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares,


suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes
examinadas MARCONI & LAKATOS (2003:86), ou seja, parte de informações particulares
correspondentes a representatividade para obter conclusões gerais. Este método permitirá que
através das informações a serem recolhidas no campo chegaremos a conclusões sobre o impacto
da motivação no PEA da Escola Secundária de Morrumbene.

O método de consulta bibliográfico permite ao pesquisador a aquisição de conteúdos já escritos e


publicados em volta do tema em estudo (Ibid:183). Desta forma irá nos ajudar a ter mais
fundamentos sobre o que os autores dizem sobre o tema em estudo.
19

2.3. Técnicas de recolha de dados


As técnicas correspondem ao conjunto de instrumentos ou processos que são usados para o
alcance dos objectivos previamente estabelecidos facilitando o processo de colecta de dados
(Ibid:222).

Para PARDAL & CORREIA, (1995:48) consideram a técnica como um instrumento de trabalho
que viabiliza a realização de uma pesquisa que através de execução do conjunto de operações de
um método, permite confrontar o corpo de hipóteses com a informação colhida na amostra.

Desta feita, para o processo de colecta de dados no nosso trabalho contamos com entrevista,
inquérito e observação directa.

2.3.1. Entrevista
Na perspectiva de GIL (2008:109), “entrevista é uma técnica em que o investigador se apresenta
frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos dados que
interessam à investigação”.

A entrevista foi direccionada a alguns professores, com vista a obtermos informação sobre o
impacto da motivação no PEA. De salientar que a entrevista será livre, por isso não é pertinente a
colocação do questionário nos apêndices.

2.3.2. Inquérito

O inquérito é uma técnica de investigação que permite a recolha de informação directamente de


um interveniente na investigação através de um conjunto de questões organizadas segundo uma
determinada ordem. Estas, podem ser apresentadas ao respondente de forma escrita ou oral.

É uma das técnicas mais utilizadas, pois permite obter informação, sobre determinado fenómeno,
através da formulação de questões que reflectem atitudes, opiniões, percepções, interesses e
comportamentos de um conjunto de indivíduos, confira-se (TUCKMAN, 2000, p.517).

Portanto o inquérito1 vai ser direccionado a alunos e professores da Escola Secundária de


Morrumbene, O nosso inquérito congregava perguntas abertas e fechadas com intenção de fazer

Vide Apêndice 1 – inquérito dirigido aos alunos e professores


1
20

uma avaliação do impacto da motivação no PEA. O inquérito foi muito importante, pois, foi um
dos principais instrumentos de recolha de dados na elaboração do nosso trabalho.

2.3.3. Observação Directa


Na ideia de MARCONI E LAKATOS (1999:38) citando IVALA etal (2007:34), “observação
referem que é uma técnica de colecta de dados, para conseguir informações e utilizam sentidos na
obtenção de determinados aspectos da realidade”.
Ainda na concepção de MARCONI E LAKATOS (1999:39), “na observação directa segue se um
planeamento e realiza-se em condições controladas para responder aos propósitos
preestabelecidos”.
Recorremos `a observação directa, pois nos permitiu verificar e registar o fenómeno da
motivação na sala de aulas.

2.4. População e amostra da pesquisa


População é o conjunto de seres animados e inanimados que apresentam pelo menos uma
característica em comum. Neste contexto, consideramos população da pesquisa, o conjunto
constituído por 210 elementos, sendo 200 alunos e 10 professores da 8ª classe da escola
Secundária de Morrumbene.

2.4.1. Amostra da pesquisa


Na nossa pesquisa trabalhamos num total de 4 turmas onde seleccionamos 5 alunos por turma e
tivemos um total de 20 alunos que participaram da amostra, nas 4 turmas onde trabalhamos
seleccionamos 5 professores para amostra.

De salientar que o critério da selecção dos alunos bem como dos professores dependeu da
voluntariedade e disponibilidade dos mesmos.

2.5. Considerações éticas

Por questões éticas os inquiridos não são obrigados a mencionar a sua identidade, e não
mencionaremos as suas identidades no trabalho.
21

Por toda colaboração prestada, sem a qual este trabalho seria inviável, manifestamos desde já o
nosso agradecimento, uma vez que da sua sinceridade e da ponderação das suas respostas
depende a validade deste trabalho.

2.6. Procedimentos de apresentação, análise e interpretação de dados


Nesta etapa pretendemos fazer a descrição e simultaneamente análise dos dados obtidos no
campo referentes ao “Impacto da Motivação no Processo de ensino – aprendizagem: Desafios no
contexto da actualidade” Caso: 8ª classe, da Escola Secundária de Morrumbene”. Após a
apresentação dos dados obtidos aos professores e alunos, faremos a análise dos mesmos, de modo
a cumprirmos com os objectivos de pesquisa e relacionando-os com as hipóteses.

Para a análise de dados recorremos primeiro ao método indutivo. Este método, segundo
MARCONI e LAKATOS (2002: 53), surge de questões particulares até a sua generalização,
permitindo a redução de fenómenos sociológicos, políticos e económicos a termos quantitativos.

Portanto, este método será útil na medida em que nos permitirá fazer generalizações a partir
duma questão particular, e perceber o desenvolvimento das habilidades dos alunos participantes
durante a entrevista e questionário, desta feita, usaremos o método estatístico que consiste na
sistematização de dados e análise dos mesmos.
22

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TUCKMAN, B. Manual de Investigação em Educação. 2ª Edição, Fundação Calouste


Gulbenkian, Lisboa, 2000.
25

Apêndice
26

Apêndice 1

Inquérito dirigido aos alunos da Escola Secundária de Morrumbene

Estimado (a)
Este inquérito enquadra-se no âmbito do trabalho de culminação do Curso de Ciência de
Educação, ministrado pela Universidade Metodista Unida de Moçambique, para a obtenção
do Nível Superior, cujo tema é “O Impacto da Motivação no Processo de Ensino e
Aprendizagem”.

Assinale com x as perguntas abaixo

1. Dados do Aluno
a) Sexo ( )
b) Idade ( )
2. O que você gosta de fazer nos tempos livres?
a) Livros ( )
b) Assistir TV ( )
c) Praticar Desporto ( )
d) Passear com os amigos ( )
e) Ajudar nos deveres domésticos ( )

Outras sugestões______________________________________________________________

3. O que é que te motiva na aprendizagem?

R_____________________________________________________________________________
__________________________________________.

4. Sente-se motivado na sua aprendizagem?


a) Sim ( )
b) Não ( )

Justifique a escolha
______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
27

5. Com que frequência o seu professor orienta as actividades que motivam no seu
aprendizagem?
a) Sempre ( )
b) De vez em quando ( )
c) Nunca ( )
6. Na sua óptica que impacto a motivação têm no PEA?
a) Impacto Positivo ( )
b) Impacto Negativo ( )

Justifique a sua escolha

______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________.
28

Apêndice 2

Inquérito dirigido aos professores da Escola Secundaria de Morrumbene

Estimado (a)
Este inquérito enquadra-se no âmbito do trabalho de culminação do Curso de Ciência de
Educação, ministrado pela Universidade Metodista Unida de Moçambique, para a obtenção
do Nível Superior, cujo tema é “O Impacto da Motivação no Processo de Ensino e
Aprendizagem”.

1. Dados do Professor

Formação: ___________________________________________________

Área de formação: ____________________________________________

2. Como classifica a motivação no PEA?


a) Uma actividade obrigatória ( )
b) Estratégia do PEA ( )
c) Actividade opcional ( )

3. O professor tem motivado os seus alunos nas suas aulas?

a) Sim ( )
b) Não ( )
7. Que estratégias tens usado para motivar os seus alunos nas suas aulas?
a) Narrar historias ( )
b) Dizer advinhas ( )
c) Dizer anedotas ( )
d) Fazer Dramatizações ( )

Outras Opções: ___________________________________________________.

8. O Professor sente-se motivado na sua profissão?


a) Sim ( )
b) Não ( )
29

Justifique a sua escolha

______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________.

9. Na sua óptica que impacto a motivação têm no PEA?


c) Impacto Positivo ( )
d) Impacto Negativo ( )

Justifique a sua escolha

______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________.

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