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Cambine-Morrumbene
2021
1
Monografia
Cientifica a ser apresentada ao
Departamento de Curso de Ciências de
Educação, como requisito para a obtenção
do grau académico de Licenciatura
em
Ciências de Educação.
Cambine-Morrumbene
2021
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Índice
Introdução.........................................................................................................................................3
Objectivos.........................................................................................................................................3
Objectivo Geral................................................................................................................................4
Objectivos Específicos.....................................................................................................................4
Justificativa.......................................................................................................................................4
Problematização...............................................................................................................................5
Hipóteses..........................................................................................................................................6
CAPÍTULO I: REVISÃO DE LITERATURA................................................................................7
1.1. Definição de Conceitos..............................................................................................................7
1.1.1. Motivação...............................................................................................................................7
1.1.3. Ensino – Aprendizagem.........................................................................................................9
1.1.4. A Motivação na Aprendizagem............................................................................................10
1.2. A Intervenção nas Abordagens à aprendizagem e na Motivação na Aprendizagem..............11
1.3. O papel da motivação no processo de Ensino e Aprendizagem..............................................14
1.4. O Papel da Motivação para o Professor..................................................................................15
CAPÍTULO II: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..........................................................17
2.1. Tipo de pesquisa......................................................................................................................17
2.1.1. Quanto a abordagem do problema........................................................................................17
2.1.2. Quanto aos objectivos...........................................................................................................17
2.1.3. Quanto aos procedimentos técnicos.....................................................................................18
2.2. Método de abordagem.............................................................................................................18
2.3. Técnicas de recolha de dados..................................................................................................19
2.4. População e amostra da pesquisa............................................................................................20
2.4.1. Amostra da pesquisa.............................................................................................................20
2.5. Considerações éticas................................................................................................................21
2.6. Procedimentos de apresentação, análise e interpretação de dados..........................................21
Referências bibliográficas..............................................................................................................22
Apêndices
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Introdução
O presente trabalho de pesquisa é subordinado ao estudo: O Impacto da Motivação no Processo
de ensino – aprendizagem: Desafios no contexto da actualidade” Caso: 8ª classe, da Escola
Secundária de Morrumbene. O Processo de ensino e aprendizagem (PEA) tem sido um dos
principais focos de pesquisa na actualidade, com mais enfoque para as áreas linguísticas.
Neste projecto abordamos um tema particularmente da área do ensino, mais concretamente sobre
o PEA. Queremos em torno do mesmo arrolar o impacto da motivação no processo de ensino e
aprendizagem e que estratégias motivacionais a usar para este tipo de ensino.
Falar sobre os desafios no PEA, como futura professora, em particular, a partir da compreensão
do nível de motivação dos alunos, pode ajudar a elevar o índice de motivação, o que, por sua vez,
pode influenciar no índice de aprovação.
Um bom professor reconhece o papel que seus alunos têm no seu meio de trabalho, e, acima de
tudo, faz dos objectivos do aluno seu ponto de partida. Portanto, a satisfação e interesse em
ensinar numa sala de aula com alunos motivados é a particular motivação para este estudo.
Portanto, conhecer os desafios no PEA pode ajudar tanto o professor como o aluno a enquadrar-
se no ensino tendo em conta os interesses do ensino, no geral, e do aluno, em particular, e
compreender a importância do ensino para a vida quotidiana. Pode, ainda, ajudar na actualização
dos parâmetros curriculares, em busca da consolidação dos objectivos em função dos interesses
do aluno, de uma aprendizagem significativa e que esteja estreitamente ligada à necessidade do
aluno.
Objectivos
MARCONI e LAKATOS (2002:102) ostentam “Objectivo como sendo o sinónimo de meta, fim
e podendo ser gerais e objectivos específicos”.
Os objectivos podem ser concebidos como o resultado final a ser alcançado numa determinada
acção levada a cabo, cujos mesmos podem ser divididos em geral e específicos, como se segue:
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Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Justificativa
Em qualquer situação de aprendizagem, não se deve deixar de lado a questão motivacional
quando os alunos têm como objectivo pessoal o domínio dos conteúdos, e não apenas a conclusão
de tarefas ou o conseguir nota suficiente, irão empenhar-se, investir tempo e energia psíquica em
determinadas actividades mentais. A importância de fazer, interagir as dimensões cognitiva e
afectiva na aquisição de conhecimentos será mais pertinente na modificação de atitudes e valores
do que propriamente na obtenção de melhores resultados, mas sim em melhores conhecimentos.
A motivação joga um papel primordial tanto no desempenho como na conduta dos alunos no
processo de ensino e aprendizagem. Com efeito um aluno motivado revela uma satisfação pelo
ensino, e um dos factores determinantes dessa motivação é, indubitavelmente, o sucesso escolar
desse aluno.
Assim, a opção por esta temática levou em consideração que este estudo poderá apresentar uma
visão fundamentada da realidade que envolve a relação do educador e do educando no PEA, e
ajudar o professor na selecção de melhores estratégias motivacionais no PEA. Esperamos que
com este trabalho traga benefícios aos alunos para ampliar a sua consciência crítica, para que
sejam cidadãos com opinião própria, motivados em aprender, cada vez mais e discutir temas de
grande importância social e favorecer tomadas de decisões mais eficazes.
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Sob ponto de vista académico, o presente estudo facultará informações importantes inerentes ao
tema, bem como providenciar um conhecimento académico, que servirá de referência e
contributo nas universidades que administram cursos relacionados Ciências de Educação.
Sob ponto de vista social, o presente estudo será de total importância para a sociedade em geral
porque o trabalho aborda sobre a motivação, e olhando para as teorias da motivação, concluímos
que todas as pessoas precisam da motivação para a satisfação das suas necessidades, como aponta
Maslow na sua teoria das necessidades.
De uma forma geral, o presente estudo é de estrema importância, tanto para o sector público
assim como privado, pois, contribui para análise do nível de motivação das pessoas em geral.
Problematização
O ensino proporciona aos alunos competências de saber, saber ser, saber fazer e saber estar, e as
formas de convivência uns aos outros, para garantir uma melhor formação do individuo e
posterior aplicação dos conhecimentos na vida quotidiana, desta feita, foi com base na
assistências de aulas num período equivalente a um trimestre na perspectiva de troca de
experiências na Escola Secundária de Morrumbene, que notámos que, os alunos apresentavam
comportamentos como conversas ao longo das aulas, a falta de atenção, a pouca participação à
aula, a falta de interesse na aula, em poucas palavras os alunos da 8ª classe que foram assistidas
não apresentavam-se motivados na sua aprendizagem e isso resultava no aproveitamento
pedagógico negativo, era, no entanto, necessário reflectir sobre este fenómeno, desde a motivação
dos alunos à motivação dos professores com vista a elevar os índices de motivação e melhorar o
aproveitamento pedagógico dos alunos.
Hipóteses
A falta de motivação dificulta a captação dos conteúdos, por parte dos alunos resultando
no fracasso escolar dos alunos;
A falta de motivação ajuda na captação dos conteúdos, por parte dos alunos, resultando no
sucesso escolar dos alunos;
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Geralmente, tem-se feito pesquisas em torno do PEA, em torno desta aprendizagem, várias têm
sido as propostas de ensino, as estratégias de motivação, de avaliação, entre outros aspectos
pertinentes no ensino e aprendizagem. Nesta etapa apresentaremos algumas definições de
conceitos onde abordaremos a motivação, o ensino e aprendizagem, a motivação na
aprendizagem, o papel da motivação no processo de ensino e aprendizagem e o papel da
motivação para o professor. Na mesma linhagem a revisão de literatura será feita à luz dos
estudos dos seguintes autores: SILVA (2006), GIL (2001), PILETTI (2004), OLIVEIRA e ALVES
(2005), LIBÂNEO (1994) e outros que abordam sobre a temática em estudo.
1.1.1. Motivação
O mesmo autor citando CLARET vê-a como um conjunto de factores que impulsionam o
comportamento para a realização de um objectivo, manifestando-se, dessa forma como resposta
a estímulos internos e externos (Idem:34).
De acordo com os teóricos da motivação tal “força que estimula” pode ter uma origem externa
(factores extrínsecos) ou interna (factores intrínsecos). Daí a destrinça entre motivação extrínseca
e motivação intrínseca.
Se, por exemplo, um funcionário realiza uma determinada tarefa para evitar uma punição ou para
conquistar uma recompensa está-se perante uma motivação extrínseca, pois que a iniciativa para
a realização da tarefa não partiu da própria pessoa, mas de um factor extrínseco, que a levou para
que ela se estimulasse a agir. Muito provavelmente a pessoa não teria realizado a tarefa caso não
houvesse a punição ou a recompensa. Mas se por outro lado a força que estimula tem a sua
génese dentro da própria pessoa, então estamos em presença da motivação intrínseca. Portanto,
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para estes teóricos a motivação intrínseca é algo endógeno. Neste sentido estar-se motivado é
sentir-se bem com aquilo que é realizado: o prazer é obtido na actividade. Estes teóricos
sustentam ainda que não são as organizações que motivam os seus colaboradores, elas podem
apenas criar um clima em que as pessoas se sintam motivadas. A corroborar, GIL (2001:202)
defende que: “a evidência de que de facto uma pessoa não é capaz de motivar outra não pode, no
entanto, significar que o fenómeno motivação deve ser descurado pelos gerentes. Muito pelo
contrário; os gerentes precisam estar atento à motivação dos seus empregados. Precisam estar
aptos para identificar as suas necessidades e criar condições para que as tarefas, assim como o
ambiente de trabalho, sejam capazes de satisfazê-los”.
Corroborando com o exposto, OLIVEIRA e ALVES (2005), referem-se à motivação como uma
energia, uma força interna que impulsiona os indivíduos a realizarem algo. É uma condição
intrínseca, subjectiva, que, segundo eles não é passível de interferência de outros. A esse respeito,
LIEURY e FENOUILLET (2000) complementam afirmando que a motivação é vista como um
conjunto de mecanismo biológicos e psicológicos que possibilitam o desencadeamento da acção,
seguidos de aspectos ligados à orientação, intensidade e persistência.
Assim, frente ao que foi exposto, é notório que a motivação humana tenha base em alguns
aspectos principais, que são: aspectos determinantes ambientais, forças internas do indivíduo
(geralmente ligadas a desejos, impulsos, necessidades, interesse) e incentivo (alvo ou objecto que
aproxima ou afasta o indivíduo).
Tomando em consideração as duas definições dos autores acima identificados percebemos que
ambos definem a motivação como um factor interno que leva o individuo a uma determinada
acção, assim sendo a motivação é um processo de qualquer actividade humana que leva um
individuo a iniciar um certo comportamento direccionado a um objectivo.
1.1.2. Ensino
“Ensino é o meio fundamental do processo intelectual dos alunos e uma combinação adequada
entre a educação pelo professor e a assimilação activa ou autónoma e independente dos alunos.”
(LIBÂNEO, 1994:89).
O ensino engloba todo o processo educativo, sendo uma prática de transferir conhecimentos
provados ou acreditados por quem ensina a quem se estima desconhecer as formas, estruturas e
processos que ligam as relações coma s coisas.
Ensino e aprendizagem consiste na apropriação dos conhecimentos pelos alunos, para que estes
aprendam e compreendam a estrutura das tarefas de aprendizagem e os contextos socioculturais e
institucionais onde se realiza o ensino. (PENNA 2001:24).
De uma forma geral o ensino e aprendizagem são processos que se complementam em todo o
processo educativo. O ensino e aprendizagem ajuda na formação do indivíduo para que seja um
intelectual, capaz de construir e idealizar um país com vista a desenvolve-lo em extremos mais
relevantes tendo em conta a sua relação com o meio social.
Como foi referido anteriormente, a motivação sendo um dos elementos envolvido no tipo de
abordagem que o aluno tem perante a aprendizagem, irá condicionar os resultados escolares e,
portanto será um factor determinante do sucesso e da qualidade da aprendizagem.
MARTINELLI e GENARI (2009) no seu estudo com crianças entre os 9 e os 12 anos concluíram
que existe uma correlação significativa entre a motivação intrínseca e o desempenho escolar, ou
seja, quanto maior é o desempenho escolar, maior é a motivação intrínseca e vice-versa, e quanto
menor é o desempenho escolar, maior é a motivação extrínseca e vice-versa.
Conceptualmente a motivação define-se como um estado interno necessário para iniciar qualquer
acção, mantê-la ou terminá-la. Envolve afectos e emoções, inibe ou fomenta as aprendizagens e
confere sentido à experiência. Em termos gerais, a motivação é o aspecto dinâmico da acção
(FONTAINE, 2005).
Neste sentido, são vários os motivos e interesses de um estudante no seu desempenho académico
e por isso surgem também diferentes motivações para aprender, designadas por orientações
motivacionais: a motivação instrumental, a motivação intrínseca e a motivação de realização
(DUARTE, 2002). No primeiro caso, o jovem faz o mínimo possível de modo a evitar o
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Grande parte das intervenções na área das abordagens à aprendizagem tem como finalidade
influenciar a motivação na aprendizagem, no entanto, desconhecemos estudos nesta área que
pretenderam testar o efeito de uma intervenção feita directamente nas orientações motivacionais
com vista a melhorar a qualidade da aprendizagem. (FIGUEIRA, 2009).
Estes resultados sugerem que a consciencialização das estratégias e das orientações motivacionais
para a aprendizagem, a par com mudanças no ambiente de aprendizagem poderão prever o
aumento da qualidade da aprendizagem.
Existe consistência entre os autores em afirmar que as abordagens utilizadas pelos alunos podem
ser encaradas como indicadores da qualidade da sua aprendizagem (BIGGG, 2001 cit. por
CANO, 2007) e, apesar de a abordagem de “superfície” poder ser considerada, em certas
circunstâncias, como adaptativa (por ex., pode ser eficaz na primeira fase de matérias novas, ou
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em contextos que exigem a reprodução precisa dos factos e detalhes) (BIGGS e KIRBY, 1983 cit.
por DUARTE, 2002) a intervenção nesta área tem sido no sentido de estimular os alunos para
adoptarem uma abordagem de “profundidade” ou de “sucesso” (que implica uma motivação
intrínseca ou de realização respectivamente) em detrimento da abordagem de “superfície”
(associada a uma motivação instrumental) uma vez que estes tipos de abordagem estão
associados a resultados qualitativamente melhores na aprendizagem.
Uma das técnicas, utilizada neste estudo, que se foca na consciencialização e na modificação dos
pensamentos é a técnica da reestruturação cognitiva que surgiu no enquadramento da psicoterapia
e do aconselhamento de cariz cognitivo.
Assim, esta técnica, pretende numa primeira fase detectar as crenças irracionais e ilógicas de um
indivíduo que o está a bloquear no alcance de um determinado objectivo. De seguida pretende-se
que essas crenças disfuncionais sejam debatidas para que o indivíduo as reconheça como irreais
ou distorcidas e, finalmente, reformulá-las dando origem a crenças racionais e adaptativas e a
uma nova percepção da realidade. Espera-se que a alteração na percepção dos acontecimentos
contribua para uma alteração dos estados emocionais para mais adequados e desejáveis e, que em
consequência final, altere as acções do indivíduo.
A utilização desta técnica em contexto escolar foi proposta por BARD e FISHER (1983), em
casos de insucesso escolar partindo da ideia de que o insucesso escolar é definido como um
desempenho académico muito pobre resultante principalmente das crenças falsas dos alunos,
incompatíveis com os objectivos do “sistema” educacional.
Os autores acima citados identificaram cinco crenças comuns nos adolescentes que fundamentam
o tipo de insucesso académico defendido pelos autores:
“Tudo deve ser divertido e /ou agradável e não deve haver nenhum aborrecimento”;
“Ser bom na escola significa trair as relações que tenho com os meus amigos”;
Os autores iniciavam a sua intervenção ao falar com os pais dos alunos com o objectivo de
determinar se haveriam atitudes ou práticas dos pais que pudessem apoiar ou mesmo reforçar as
crenças erróneas dos alunos e, por outro lado, que tipo de cooperação e ajuda poderiam esperar
dos pais para contornar a situação. O segundo passo seria o contacto directo com o aluno no
sentido de perceber se a crença ou a combinação de crenças era de facto responsável pelo
insucesso e qual o tipo de abordagem era mais provável de suscitar o interesse e a colaboração de
um aluno para o trabalho de aconselhamento.
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Os estudantes poderão ter crenças relativamente ao valor da tarefa mas também em relação à
própria capacidade de lidar com essas tarefas. Estudos empíricos têm demonstrado que o grau de
envolvimento manifestado pelo estudante na execução de uma tarefa está dependente das crenças
sobre as competências pessoais para a executar bem (expectativas de auto-eficácia), das crenças
sobre os resultados que pode alcançar (positivos ou negativos) e das percepções de sucesso
(SILVA, 2004).
O autor acima citado afirma que para que haja uma boa execução das tarefas por parte dos
estudantes há uma dependência das suas crenças na execução da tarefa dada e que o mesmo
evidencia-se nos resultados que o estudante quer alcançar.
Segundo MARTINI (1990) citado por CARVALHO et.al., (2009: 127), a problemática da
motivação ou desmotivação nos diversos níveis de escolaridade tem sido o centro das discussões
no que diz respeito ao que vai mal em nossas escolas.
A respeito da relação motivação – aprendizagem, FITA (2003) citado por CARVALHO et.al.,
(2009:66), enfatiza a importância dos modelos de aprendizagem e ensino estarem repletas de
ideias relativas à motivação, no intuito de que os alunos aprendam realmente. Assim, essas ideias
devem levar em conta os condicionantes que interferem na motivação do aluno, sendo estes
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intrínsecos ou extrínsecos a ele. Todavia, a motivação, não só deve ser por parte do aluno, mas
também do professor.
O uso das recompensas externas em situações de aprendizagem deve ser viabilizado de forma
criteriosa, evitando que os alunos sejam orientados extrinsecamente (a motivação extrínseca
relaciona-se às rotinas que vamos aprendendo ao longo de nossas vida, ao desejo de desenvolver
uma acção por causa de recompensas externas ou para evitar punições) no envolvimento com as
actividades.
No âmbito escolar, a motivação remete para o factor interno que move o aluno para estudar,
iniciar as tarefas de aprendizagem e nelas permanecer até ao fim, várias investigações no domínio
da motivação e aprendizagem, declaram que a motivação tem um papel essencial na
aprendizagem.
De forma breve e sucinta a citação acima demonstra que para que alunos sejam motivados na
aula há uma grande necessidade de o professor ser motivado primeiro para poder motivar os
outros.
O processo de formação de professores é complexo, pois nesse processo estão envolvidos tanto
os diferentes espaços de sua formação quanto os saberes diversos que devem estar articulados,
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Neste sentido, destacam-se vários aspectos que devem ser considerados neste processo: a
necessidade de articulação entre a teoria e a prática, a valorização da atitude crítico-reflexiva na
busca de auto formação, a valorização de saberes e práticas docentes, reconhecendo as
instituições escolares como espaço de formação docente, formação permanente em serviço, entre
outros.
De acordo com LEMOS (2011, p. 41) [...] “ensinar é trabalhar com seres humanos, sobre seres
humanos, para seres humanos, e essa impregnação do trabalho pelo objecto humano merece ser
problematizada por estar no centro do trabalho docente”. Assim, a acção docente se estabelece
como uma das chaves principais para compreensão das transformações sociais. O mesmo autor
enfatiza que o trabalho docente se estabelece e se modifica no quotidiano social, buscando a
transformação de uma realidade específica e mediando a construção de novos saberes.
TAPIA e FITA (2003, p.88) complementam a ideia acima dizendo: [...] “se o professor não está
motivado, se não exerce de forma satisfatória sua profissão, é muito difícil que seja capaz de
comunicar a seus alunos, entusiasmo, interesse pelas tarefas escolares; é definitivamente, muito
difícil que seja capaz de motivá-los”.
Por isso, é importante conhecer os factores que maximizam ou minimizam essa motivação
docente e levar em consideração que o professor não é o único responsável pelas aprendizagens
de seus alunos, antes de tudo, é um ser humano que possui características comuns a todos e
também necessitam de auxílio e compreensão. Portanto, importa destacar também sobre a
precarização do trabalho docente e as problemáticas enfrentadas por esse grupo profissional.
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Para o presente trabalho, será feita uma pesquisa qualitativa, que segundo TRIPODI et.al. citado
por MARKONI & LAKATOS (2003:187) consiste na investigação de pesquisa empírica cuja
principal finalidade é o delineamento ou análise das características de factos ou fenómenos, esta
pesquisa se enquadra no conjunto de pesquisas de campo.
De acordo com MARCONI & LAKATOS (1995: 20), “diz que a pesquisa qualitativa é aquela
cujas informações não são quantificáveis; os dados obtidos são analisados indutivamente; a
interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados são aspectos básicos no processo de
pesquisa qualitativa”.
esta pesquisa a pesquisadora visa buscar de forma detalhada o processo de integração dos saberes
locais no PEA Escola Secundária de Morrumbene.
Vemos então que, o método é o meio pelo qual será possível a concretização do nosso estudo,
assim sendo, temos a referenciar que para o presente trabalho basearmo-nos nos métodos de
pesquisa bibliográfica e indutivo.
Para PARDAL & CORREIA, (1995:48) consideram a técnica como um instrumento de trabalho
que viabiliza a realização de uma pesquisa que através de execução do conjunto de operações de
um método, permite confrontar o corpo de hipóteses com a informação colhida na amostra.
Desta feita, para o processo de colecta de dados no nosso trabalho contamos com entrevista,
inquérito e observação directa.
2.3.1. Entrevista
Na perspectiva de GIL (2008:109), “entrevista é uma técnica em que o investigador se apresenta
frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos dados que
interessam à investigação”.
A entrevista foi direccionada a alguns professores, com vista a obtermos informação sobre o
impacto da motivação no PEA. De salientar que a entrevista será livre, por isso não é pertinente a
colocação do questionário nos apêndices.
2.3.2. Inquérito
É uma das técnicas mais utilizadas, pois permite obter informação, sobre determinado fenómeno,
através da formulação de questões que reflectem atitudes, opiniões, percepções, interesses e
comportamentos de um conjunto de indivíduos, confira-se (TUCKMAN, 2000, p.517).
uma avaliação do impacto da motivação no PEA. O inquérito foi muito importante, pois, foi um
dos principais instrumentos de recolha de dados na elaboração do nosso trabalho.
De salientar que o critério da selecção dos alunos bem como dos professores dependeu da
voluntariedade e disponibilidade dos mesmos.
Por questões éticas os inquiridos não são obrigados a mencionar a sua identidade, e não
mencionaremos as suas identidades no trabalho.
21
Por toda colaboração prestada, sem a qual este trabalho seria inviável, manifestamos desde já o
nosso agradecimento, uma vez que da sua sinceridade e da ponderação das suas respostas
depende a validade deste trabalho.
Para a análise de dados recorremos primeiro ao método indutivo. Este método, segundo
MARCONI e LAKATOS (2002: 53), surge de questões particulares até a sua generalização,
permitindo a redução de fenómenos sociológicos, políticos e económicos a termos quantitativos.
Portanto, este método será útil na medida em que nos permitirá fazer generalizações a partir
duma questão particular, e perceber o desenvolvimento das habilidades dos alunos participantes
durante a entrevista e questionário, desta feita, usaremos o método estatístico que consiste na
sistematização de dados e análise dos mesmos.
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Referências bibliográficas
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social 5ª ed., Editores atlas, São Paulo, 2002.
LIEURY, A.; FENOUILLT, B. Motivação e aproveitamento escolar. São Paulo: Edições Loyola.
1ª edição, 2000.
MARCONI, Maria de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa, 5ªed., Atlas,
São Paulo, 2002.
PILETTI, Claudino. Didáctica Geral, 23ª ed., Ática, São Paulo, 2004.
TAPIA, J/A, FITA, E/C. Contexto, motivação e aprendizagem. In: TAPIA, J.A. A motivação em
sala de aula: o que é, como faz. 5ª Ed. São Paulo: Loyola, 2003.
Apêndice
26
Apêndice 1
Estimado (a)
Este inquérito enquadra-se no âmbito do trabalho de culminação do Curso de Ciência de
Educação, ministrado pela Universidade Metodista Unida de Moçambique, para a obtenção
do Nível Superior, cujo tema é “O Impacto da Motivação no Processo de Ensino e
Aprendizagem”.
1. Dados do Aluno
a) Sexo ( )
b) Idade ( )
2. O que você gosta de fazer nos tempos livres?
a) Livros ( )
b) Assistir TV ( )
c) Praticar Desporto ( )
d) Passear com os amigos ( )
e) Ajudar nos deveres domésticos ( )
Outras sugestões______________________________________________________________
R_____________________________________________________________________________
__________________________________________.
Justifique a escolha
______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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5. Com que frequência o seu professor orienta as actividades que motivam no seu
aprendizagem?
a) Sempre ( )
b) De vez em quando ( )
c) Nunca ( )
6. Na sua óptica que impacto a motivação têm no PEA?
a) Impacto Positivo ( )
b) Impacto Negativo ( )
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________.
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Apêndice 2
Estimado (a)
Este inquérito enquadra-se no âmbito do trabalho de culminação do Curso de Ciência de
Educação, ministrado pela Universidade Metodista Unida de Moçambique, para a obtenção
do Nível Superior, cujo tema é “O Impacto da Motivação no Processo de Ensino e
Aprendizagem”.
1. Dados do Professor
Formação: ___________________________________________________
a) Sim ( )
b) Não ( )
7. Que estratégias tens usado para motivar os seus alunos nas suas aulas?
a) Narrar historias ( )
b) Dizer advinhas ( )
c) Dizer anedotas ( )
d) Fazer Dramatizações ( )
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________.
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________.