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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Motivação como factor fundamental no processo do ensino-aprendizagem

Alberto Virgílio

708224984

Curso: Licenciatura em Língua Portuguesa

Disciplina: Psicologia Geral (PG)

Ano de Frequência: 1º Ano

Docente:

Biembe Bakamba Médard

Cuamba, 2022
Folha de recomendações para melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1.Introdução ........................................................................................................................ 4

1.1.Justificativa ................................................................................................................... 4

1.2.Objectivos ..................................................................................................................... 5

1.2.1.Geral ........................................................................................................................... 5

1.2.2.Específicos ................................................................................................................. 5

1.3.Problema ....................................................................................................................... 5

2.Referencial teórico ........................................................................................................... 6

2.1.Introdução ..................................................................................................................... 6

3.Metodologia ..................................................................................................................... 7

4.Resultados ........................................................................................................................ 8

4.1.Motivação ..................................................................................................................... 8

4.2.Teorias do desenvolvimento ......................................................................................... 9

4.3.A escola e o professor motivador................................................................................ 10

5.Considerações finais ...................................................................................................... 12

6.Referências bibliográficas .............................................................................................. 13


1.Introdução
A palavra motivar vem do Latin motus que significa mover-se; para fornecer, estimular ou
efetuar alguma movimentação interna, impulso ou intenção que faz com que uma pessoa
aja de uma certa maneira. Assim, uma consideração primária para os professores é ajudar
os alunos a se mover para o cumprimento de sua missão. À medida que os professores
desenvolvem sua própria motivação, presença fundamentada em sua missão profissional,
maior será a sua capacidade de estimular a motivação dentro de cada aluno (Mognon, 2010,
p. 07).

O autor acima citado, acrescentou que, a motivação exerce um papel fundamental na


aprendizagem e no desempenho em sala de aula. A motivação pode afetar tanto a nova
aprendizagem quanto o desempenho de habilidades, estratégias e comportamentos
previamente aprendidos. A motivação pode influenciar o que, quando e como aprendemos
em todas as fases do desenvolvimento humano.

Os professores se deparam constantemente com grandes desafios na educação. A criança e


o jovem atualmente vivem em um mundo tecnológico repleto de atrações interessantes,
quando se deparam com a escola, que muitas vezes não oferece os mesmos atrativos
gerando desinteresse e falta de motivação dos alunos (Eccheli, 2009, p. 10).

1.1.Justificativa
As razoes que motivaram para a realização do presente trabalho, é o caso de muitos não
dao valor a motivação durante o processo de ensino e aprendizagem. Principalmente nos
ensinos secundários em Moçambique, este problema é frequente. Com isso o presente
trabalho, vem com intuito de dar enfase aos docentes na motivação dos seus educandos,
para que o problema de falta de percepcao na aula dada seja eliminado, e concorrer para
uma educação e formação de qualidade.
1.2.Objectivos

1.2.1.Geral
 Analisar a Motivação como factor fundamental no processo do ensino-
aprendizagem

1.2.2.Específicos
 Caracterizar a motivação;
 Descrever as teorias do desenvolvimento;
 E falar da escola e o professor motivador.

1.3.Problema
O problema do presente trabalho, partiu na verificação dos casos ocorridos numa
determinada escola, em que os alunos apenas ficam activos nos primeiros 15 minutos da
aula, e restante do tempo perdem interesse da aulas, apenas esperando a hora do intervalo.
Embora a motivação seja um factor essencial no PEA, ainda há fraca prática de tal ação
durante as aulas, motivo pelo qual, são reflectidos nos resultados das avaliações feitas a
maioria dos alunos passam por causa de notas administrativas dadas pelos docentes, caso
contrario o número dos aprovados no final do ano não excederia 40%. Com isso, o presente
trabalho vai ajudar a ultrapassar os problemas de género, que tem se verificado numa
determinada escola Moçambicana.

Pergunta central

 Ate que ponto, a motivação chega a ser o factor mais importante no PEA?

Perguntas específicas

 Para que serve a motivação no PEA?


 Ate que ponto a teoria do desenvolvimento, pode ser a fonte de motivação?
 Como ser um professor motivador?
2.Referencial teórico

2.1.Introdução
Segundo Lakatos & Marconi, (2003, p. 11), Consiste em realizar uma revisão dos trabalhos
já existentes sobre o tema abordado, que pode ser em livros, artigos, enciclopédias,
monografias, teses, filmes, Mídias eletrônicas e outros materiais cientificamente
confiáveis. O referencial teórico permite verificar o estado do problema a ser pesquisado,
sob o aspecto teórico e de outros estudos e pesquisas já realizados. No entanto, pode se
usar a literatura teórica e a focalizada.

2.2.Motivação
Motivação é uma força que aciona e direciona o comportamento, ela é uma energia que
aciona e direciona o comportamento.

A preparação sistemática de aulas assegura a dosagem da matéria a tempo, o


esclarecimento de objectivos a atingir e das actividades que serão realizadas, bem como a
preparação dos meios de ensino adequados.

A motivação inicial inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão


efectivamente consolidados e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho do
professor está em estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a emitir próprias
opiniões/ideias sobre o que aprenderam e fazê-los ligar os conteúdos às coisas ou eventos
do dia-a-dia.

O melhor procedimento para aplicar a introdução é apresentar a matéria como um problema


a ser resolvido. Mediante perguntas, troca de ideias/experiências, colocação de possíveis
soluções, estabelecimento de relações causa-efeito, os problemas relacionados ao tema
vão-se encaminhando para se tornarem também problemas para os alunos na sua vida
prática. Com isso, vão sendo apontados os conhecimentos que é necessário dominar e as
actividades de aprendizagem correspondentes.
3.Metodologia
O trabalho foi realizado em bases de dados de artigos científicos, sobre o tema da
motivação escolar e as intervenções dos professores nesta temática. Representa uma
pesquisa descritiva, apresentando o que se tem de publicado em revistas cientificas sobre
o tema, onde mostra as inferências dos professores no âmbito escolar, descreve como se dá
o processo das interações sociais com a aprendizagem, os tipos de motivação e como o
professor pode atuar nesta perspectiva e quantitativa fazendo uma análise descritiva de
dados já estudados de como o professor motivacional atua para que a aprendizagem ocorra.

A pesquisa bibliográfica é o levantamento ou revisão de obras publicadas sobre a teoria


que irá direcionar o trabalho científico o que necessita uma dedicação, estudo e análise pelo
pesquisador que irá executar o trabalho científico e tem como objetivo reunir e analisar
textos publicados, para apoiar o trabalho científico. Para Gil (2002, p. 44), a pesquisa
bibliográfica “[...] é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos”.
4.Resultados

4.1.Motivação
Motivação pode se exemplificar como um fator psicológico ou como um processo,
atualmente a palavra também apresenta uma nova conotação, ao que se refere a metas
pessoais.

Para alguns autores a motivação pode ser considerada um tipo de energia que impulsiona
alguém em determinada direção, um aspecto interno da pessoa que faz com que a mesma
busque realizar algo, neste sentindo ela seria subjetiva, portanto algo intrínseco do
indivíduo, não sendo possível então o professor motivar o aluno (OLIVEIRA & ALVES,
2005).

Assim o indivíduo realiza uma atividade pelo prazer que ela proporciona, relacionada ao
interesse da própria atividade, com um fim em sim mesma e não como um meio para as
outras.

Esta ação intrínseca está fundamentada por três características: determinação, competência
e satisfação em fazer algo próprio e familiar. Assim na escola a própria matéria de estudo
poderá despertar na pessoa uma atração que o impulsiona a vencer obstáculos e ter sucesso
na aprendizagem. Uma característica importante desta definição é a autonomia e o
autocontrole.

Para Oliveira & Alves (2005, p. 25), na motivação extrínseca o estímulo é algo externo,
que também impulsiona o indivíduo em determinada direção, fazendo-o agir. Como
exemplo desses estímulos seria receber recompensas materiais ou sociais; evitar punições,
ou sentir-se pressionado. Este pode ser de várias naturezas como a econômica, social, moral
e política, e está relacionada às rotinas que vamos aprendendo ao longo de nossas vidas.

Dentro do estudo da motivação, a teoria da Escola Hierárquica das Necessidades Humanas


Básicas de Maslow é uma das teorias mais conhecidas, ela apresenta-se como um processo
racional, pelo qual a motivação acontece através de níveis de necessidades.
Estes níveis devem ser vencidos, e, assim que algum deles estiver satisfeito o esforço de
motivação deste se colocará na busca de satisfação do nível imediatamente superior.
Maslow hierarquizou as necessidades humanas na seguinte ordem: necessidade de
autorrealização; Autoestima; necessidades sociais; de segurança e fisiológicas.

Mais elevado e mais difícil de ser alcançado, o nível mais raramente preenchido em sua
plenitude é, segundo Maslow, o das necessidades de autorrealização. Este engloba a
necessidade dos indivíduos de realizar ou atualizar seu potencial, de concretizar ou
operacionalizar suas possibilidades (BOHRER, 2000, p. 45).

De acordo com esta teoria, o aluno só irá ser motivado por um nível mais superior de
necessidades quando os níveis anteriores já estiverem satisfatoriamente preenchidos para
ele. Se o professor e a escola trabalhar por essa perspectiva as atividades serão organizadas
contemplando esses níveis mantendo assim seus alunos motivados e favorecendo a
aprendizagem.

4.2.Teorias do desenvolvimento
O professor participa e interage com o processo de aprendizagem, essa interação pode ser
ou não fonte de motivação.

Para Vygotsky o sujeito se constitui nas relações com os outros, dando fundamental
importância às interações sociais, que funcionam na construção do conhecimento, ou seja,
o conceito de aprendizagem envolve a interação social. Vygotsky identifica dois níveis de
desenvolvimento: o nível real, que são as conquistas já realizadas e o potencial, que se
refere ao que a criança é capaz de fazer, com a ajuda de outra pessoa. Portanto o professor
e sua função de aprendizado seria justamente criar a zona de desenvolvimento proximal,
pois somente com essa interação a criança conseguiria se desenvolver, nesta perspectiva o
professor seria a principal fonte de motivação (Mognon, 2010, p. 15).

A mesma autora afirma, para Piaget o desenvolvimento humano está ligado a dois fatores:
o da hereditariedade e o da adaptação biológica, pelo qual depende a evolução do sistema
nervoso, e das interações sociais, que inclui a educação. Assim para Piaget a criança
aprende por si mesmo o que não foi lhe ensinado e que ela descobrirá sozinha.

O desenvolvimento da inteligência se desenvolve em uma ordem por estágios. Uma


descoberta envolve assimilação e acomodação das estruturas cognitivas, a direção do
desenvolvimento então é por meio da equilibração progressiva, assim Piaget relata que os
outros fatores do desenvolvimento: hereditariedade, experiência física e transmissão social
(fator educativo), são condições necessárias, mas não suficientes para o desenvolvimento.

Assim o papel do professor, mesmo sendo importante fica subordinado ao processo de


construção das estruturas cognitivas, assim o professor poderia até ser uma fonte de
estímulo, mas a aprendizagem somente ocorrerá se a criança estiver preparada
internamente para isso. (Mognon, 2010, p. 13).

4.3.A escola e o professor motivador


A escola e o professor podem exercer um papel fundamental na motivação escolar,
selecionando experiências úteis para que as crianças construam conteúdos significativos,
além de possibilitar condições para o desenvolvimento.

Perassinoto & Boruchovitch (2013, p. 05) afirmam que, o conteúdo científico não deve ser
descontextualizado da vida do aluno, os educadores devem estar atentos as experiências
que os alunos já vivenciaram, identificando fatores positivos e negativos, é importante
levantar elementos que podem reduzir ou aumentar esse interesse. Entre esses fatores estão
à relação professor aluno.

Segundo Mognon (2010, pp. 19-23), no processo ensino aprendizagem, a motivação deve
estar presente em todos os momentos, e explica que para isso é necessário ter um bom
professor, e que também o bom professor é aquele que sabe motivar o aluno.

Toda motivação deve ser relacionada com objetivos, um bom professor possui metas de
ensino o que tornará o aluno motivado para aprender. Diante desta ideia o professor
influenciará o aluno no desenvolvimento da motivação da aprendizagem, e quanto mais
consciente for o professor em relação a esse aspecto melhor será a aprendizagem do aluno
(MACHADO, 2012, pp. 109-111)

Para que o professor seja uma fonte motivadora ele também deve estar motivado, nisso as
autoras OLIVEIRA & ALVES (2005, p. 20), identificam quatro aspectos: influências
positivas e negativas que receberam em sua trajetória escolar, sua experiência profissional,
sua formação pedagógica.

Segundo Eccheli (2009, p. 22) É imperativo que o professor conheça o aluno e sua história
de vida. Assim, o educador poderá ficar próximo dele, saber seus interesses e sonhos para,
a partir daí, preparar aulas atrativas e significativas que atenderão às necessidades e aos
interesses da turma.

O professor motivador é aquele que deixa seu aluno mostrar seu lado criativo, permite que
o mesmo formule questões, elabore hipóteses, concede tempo pra que seu aluno pense e
desenvolva ideias. (ECHELLI, 2008).

Os fatores que permeiam o professor motivador seriam o envolvimento e dedicação no


trabalho, habilidade para perceber seu aluno de forma individualizada, afetividade,
equilíbrio com as cobranças dos conteúdos acadêmicos, prática pedagógica,
responsabilidade, paciência, Compreensão e amorosidade. (MOGNON, 2010).
5.Considerações finais
E essencial que o professor conheça os fundamentos da aprendizagem e as teorias sobre a
motivação, pois somente saberão motivar para aprendizagem quem conhece como os
alunos
aprendem.

Um tipo de energia que impulsiona alguém em determinada direção, um aspecto interno


da pessoa que faz com que a mesma busque realizar algo, neste sentindo ela seria subjetiva,
portanto algo intrínseco do indivíduo, não sendo possível então o professor motivar o
aluno, e por sua vez, o indivíduo realiza uma atividade pelo prazer que ela proporciona,
relacionada ao interesse da própria atividade, com um fim em sim mesma e não como um
meio para as outras

O sujeito se constitui nas relações com os outros, dando fundamental importância às


interações sociais, que funcionam na construção do conhecimento, ou seja, o conceito de
aprendizagem envolve a interação social. Vygotsky identifica dois níveis de
desenvolvimento: o
nível real, que são as conquistas já realizadas e o potencial, que se refere ao que a criança
é capaz de fazer, com a ajuda de outra pessoa.

Toda motivação deve ser relacionada com objetivos, um bom professor possui metas de
ensino o que tornará o aluno motivado para aprender. Diante desta ideia o professor
influenciará o aluno no desenvolvimento da motivação da aprendizagem, e quanto mais
consciente for o professor em relação a esse aspecto melhor será a aprendizagem do aluno.

Para que o professor seja uma fonte motivadora ele também deve estar motivado, há de
seguir os seguintes aspectos: influências positivas e negativas que receberam em sua
trajetória escolar, sua experiência profissional, sua formação pedagógica.
6.Referências bibliográficas
BOHRER, R. S. (2000). Motivação: abordagem critica da teoria de Maslow pela
propaganda. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.21, n.4, p.43-47.

Eccheli, S. D. (2009). A motivação como prevenção da indisciplina. Curitiba, Educar.

Lakatos, E. M., & Marconi, M. d. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. .


São Paulo: Atlas.

MACHADO, A. C. (2012). Estilos motivacionais de professores: preferência por controle


ou por autonomia. Brasília: Psicologia: Ciência e Profissão.

Mognon, J. F. (2010). Motivação para aprender na escola. Itatiba: Psico-USF (Impr.).

OLIVEIRA, C. B., & ALVES, P. B. (2005). Ensino fundamental: papel do professor,


motivação e estimulação no contexto escolar. Paidéia: Ribeirão Preto.

PERASSINOTO, G. M., & BORUCHOVITCH, E. (2013). Estratégias de aprendizagem e


motivação para aprender de alunos do Ensino Fundamental. Psicológica, v.12, n.3,,
p.351-359.

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