Você está na página 1de 10

0

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Gestão de Sistemas de Informação

Informação e Sociedade em Rede

Nome do aluno: Saide Henriques

Código: 81231525

Maxixe, Março de 2023


1

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Gestão de Sistemas de Informação

Informação e Sociedade em Rede

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Gestão de Sistemas de Informação.

Tutores: MSc. David Franco e MSc.


Damasceno Lopes

Nome do aluno: Saide Henriques

Código: 81231525

Maxixe, Março de 2023


2

Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos do Trabalho ............................................................................................................ 3
1.1.1. Objectivo Geral...................................................................................................................... 3
1.1.2. Objectivos Específicos .......................................................................................................... 3
1.2. Metodologias ............................................................................................................................ 3
2. Fundamentação teórica ................................................................................................................ 4
2.1. A sociedade da informação....................................................................................................... 4
2.2. Sociedade em Rede ................................................................................................................... 5
3. Conclusão .................................................................................................................................... 8
4. Referências bibliográficas ........................................................................................................... 9
3

1. Introdução

O nosso estudo aborda sobre “Informação e Sociedade em Rede”. A expressão “sociedade da


informação” passou a ser utilizada, nos últimos anos desse século, como substituto para o
conceito complexo de “sociedade pós-industrial” e como forma de transmitir o conteúdo
específico do “novo paradigma técnico-económico”.

As redes de comunicação digital são a coluna vertebral da sociedade em rede, tal como as redes
de potência (ou redes energéticas) eram as infra-estruturas sobre as quais a sociedade industrial
foi construída, como demonstrou o historiador Thomas Hughes. Na verdade, a sociedade em rede
manifesta-se de diversas formas, conforme a cultura, as instituições e a trajectória histórica de
cada sociedade, tal como a sociedade industrial englobou realidades tão diferentes como os EUA
e a União Soviética, a Inglaterra e o Japão, que partilhavam algumas características fundamentais
que permitiam a sua definição, dentro do industrialismo, como uma forma distintiva de
organização humana não determinada pelas tecnologias industriais, mas impensável sem elas.

1.1. Objectivos do Trabalho

1.1.1. Objectivo Geral

 Reflectir sobre a informação e sociedade em rede.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Abordar sobre a informação e sociedade em rede;


 Descrever a informação e sociedade em rede;

1.2. Metodologias

Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se à revisão bibliográfica das obras que tratam
do tema em destaque, que finalmente, culminou com a elaboração do presente texto.
4

2. Fundamentação teórica

2.1. A sociedade da informação

A expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada, nos últimos anos desse século,
como substituto para o conceito complexo de “sociedade pós-industrial” e como forma de
transmitir o conteúdo específico do “novo paradigma técnico-económico”. A realidade que os
conceitos das ciências sociais procuram expressar refere-se às transformações técnicas,
organizacionais e administrativas que têm como “factor-chave” não mais os insumos baratos de
energia – como na sociedade industrial – mas os insumos baratos de informação propiciados
pelos avanços tecnológicos na microelectrónica e telecomunicações. Esta sociedade pós-
industrial ou “informacional”, como prefere Castells, está ligada à expansão e reestruturação do
capitalismo desde a década de 80 do século que termina. As novas tecnologias e a ênfase na
flexibilidade – ideia central das transformações organizacionais – têm permitido realizar com
rapidez e eficiência os processos de desregulamentação, privatização e ruptura do modelo de
contrato social entre capital e trabalho característicos do capitalismo industrial.

As transformações em direcção à sociedade da informação, em estágio avançado nos países


industrializados, constituem uma tendência dominante mesmo para economias menos
industrializadas e definem um novo paradigma, o da tecnologia da informação, que expressa a
essência da presente transformação tecnológica em suas relações com a economia e a sociedade.
Esse novo paradigma tem, segundo Castells (2000) as seguintes características fundamentais:

 A informação é sua matéria-prima: as tecnologias se desenvolvem para permitir o


homem actuar sobre a informação propriamente dita, ao contrário do passado quando o
objectivo dominante era utilizar informação para agir sobre as tecnologias, criando
implementos novos ou adaptando-os a novos usos.
 Os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade porque a informação é parte
integrante de toda actividade humana, individual ou colectiva e, portanto todas essas
actividades tendem a serem afectadas directamente pela nova tecnologia.
 Predomínio da lógica de redes. Esta lógica, característica de todo tipo de relação
complexa, pode ser, graças às novas tecnologias, materialmente implementada em
qualquer tipo de processo.
5

 Flexibilidade: a tecnologia favorece processos reversíveis, permite modificação por


reorganização de componentes e tem alta capacidade de reconfiguração.
 Crescente convergência de tecnologias, principalmente a microelectrónica,
telecomunicações, optoelectrónica, computadores, mas também e crescentemente, a
biologia. O ponto central aqui é que trajectórias de desenvolvimento tecnológico em
diversas áreas do saber tornam-se interligadas e transformam-se as categorias segundo as
quais pensamos todos os processos.

2.2. Sociedade em Rede

A sociedade em rede, em termos simples, é uma estrutura social baseada em redes operadas por
tecnologias de comunicação e informação fundamentadas na microelectrónica e em redes digitais
de computadores que geram, processam e distribuem informação a partir de conhecimento
acumulado nos nós dessas redes. A rede é a estrutura formal (vide Monge e Contractor, 2004). É
um sistema de nós interligados. E os nós são, em linguagem formal, os pontos onde a curva se
intersecta a si própria. As redes são estruturas abertas que evoluem acrescentando ou removendo
nós de acordo com as mudanças necessárias dos programas que conseguem atingir os objectivos
de performance para a rede. Estes programas são decididos socialmente fora da rede mas a partir
do momento em que são inscritos na lógica da rede, a rede vai seguir eficientemente essas
instruções, acrescentando, apagando e reconfigurando, até que um novo programa substitua ou
modifique os códigos que comandam esse sistema operativo.

O que a sociedade em rede é actualmente não pode ser decidido fora da observação empírica da
organização social e das práticas que dão corpo à lógica da rede. Assim, irei resumir a essência
daquilo que a investigação académica (isto é, a produção de conhecimento reconhecida como tal
pela comunidade científica) já descobriu em vários contextos sociais.

A sociedade em rede também se manifesta na transformação da sociabilidade. O que nós


observamos, não é ao desaparecimento da interacção face a face ou ao acréscimo do isolamento
das pessoas em frente dos seus computadores. Sabemos, pelos estudos em diferentes sociedades,
que a maior parte das vezes os utilizadores de Internet são mais sociáveis, têm mais amigos e
contactos e são social e politicamente mais activos do que os não utilizadores. Além disso, quanto
mais usam a Internet, mais se envolvem, simultaneamente, em interacções, face a face, em todos
6

os domínios das suas vidas. Da mesma maneira, as novas formas de comunicação sem fios, desde
o telefone móvel aos SMS, o WiFi e o WiMax, fazem aumentar substancialmente a sociabilidade,
particularmente nos grupos mais jovens da população. A sociedade em rede é uma sociedade
hipersocial, não uma sociedade de isolamento. As pessoas, na sua maioria, não disfarçam a sua
identidade na Internet, excepto alguns adolescentes a fazer experiências de vida. As pessoas
integraram as tecnologias nas suas vidas, ligando a realidade virtual com a virtualidade real,
vivendo em várias formas tecnológicas de comunicação, articulando-as conforme as suas
necessidades.

Contudo, existe uma enorme mudança na sociabilidade, que não é uma consequência da Internet
ou das novas tecnologias de comunicação, mas uma mudança que é totalmente suportada pela
lógica própria das redes de comunicação. É a emergência do individualismo em rede (enquanto a
estrutura social e a evolução histórica induz a emergência do individualismo como cultura
dominante das nossas sociedades) e as novas tecnologias de comunicação adaptam-se
perfeitamente na forma de construir sociabilidades em redes de comunicação auto-selectivas,
ligadas ou desligadas dependendo das necessidades ou disposições de cada indivíduo. Então, a
sociedade em rede é a sociedade de indivíduos em rede.

Uma característica central da sociedade em rede é a transformação da área da comunicação,


incluindo os media. A comunicação constitui o espaço público, ou seja, o espaço cognitivo em
que as mentes das pessoas recebem informação e formam os seus pontos de vista através do
processamento de sinais da sociedade no seu conjunto.

Por outras palavras, enquanto a comunicação interpessoal é uma relação privada, formada pelos
actores da interacção, os sistemas de comunicação mediáticos criam os relacionamentos entre
instituições e organizações da sociedade e as pessoas no seu conjunto, não enquanto indivíduos,
mas como receptores colectivos de informação, mesmo quando a informação final é processada
por cada indivíduo de acordo com as suas próprias características pessoais. É por isso que a
estrutura e a dinâmica da comunicação social é essencial na formação da consciência e da
opinião, e a base do processo de decisão política.

Neste sentido, o novo sistema de comunicação é definido por três grandes tendências:
7

 A comunicação é em grande medida organizada em torno dos negócios de media


aglomerados que são globais e locais simultaneamente, e que incluem a televisão, a rádio,
a imprensa escrita, a produção audiovisual, a publicação editorial, a indústria discográfica
e a distribuição, e as empresas comerciais on-line. Estes aglomerados estão ligados às
empresas de media em todo o mundo, sob diferentes formas de parceria, enquanto se
envolvem, a mesmo tempo, em ferozes competições. A comunicação é simultaneamente
global e local, genérica e especializada, dependente de mercados e de produtos.
 O sistema de comunicação está cada vez mais digitalizado e gradualmente mais
interactivo. A concentração do negócio, não significa que exista um processo
comunicativo unificado e unidireccional. As sociedades têm vindo a movimentar- se de
um sistema de mass media para um sistema multimédia especializado e fragmentado, em
que as audiências são cada vez mais segmentadas. Como o sistema é diversificado e
flexível, é cada vez mais inclusivo de todas as mensagens enviadas na sociedade. Por
outras palavras, a maleabilidade tecnológica dos novos media permite uma muito maior
integração de todas as fontes de comunicação no mesmo hipertexto. Logo, a comunicação
digital tornou-se menos organizada centralmente, mas absorve na sua lógica uma parte
crescente da comunicação social.
 Com a difusão da sociedade em rede, e com a expansão das redes de novas tecnologias de
comunicação, dá-se uma explosão de redes horizontais de comunicação, bastante
independentes do negócio dos media e dos governos, o que permite a emergência daquilo
a que chamei comunicação de massa autocomandada. É comunicação de massas porque é
difundida em toda a Internet, podendo potencialmente chegar a todo o planeta. É
autocomandada porque geralmente é iniciada por indivíduos ou grupos, por eles próprios,
sem a mediação do sistema de media.

A explosão de blogues, vlogues (vídeo-blogues), podding, streaming e outras formas de


interactividade. A comunicação entre computadores criou um novo sistema de redes de
comunicação global e horizontal que, pela primeira vez na história, permite que as pessoas
comuniquem umas com as outras sem utilizar os canais criados pelas instituições da sociedade
para a comunicação socializante.
8

3. Conclusão

De forma resumida concluímos que, a sociedade em rede, em termos simples, é uma estrutura
social baseada em redes operadas por tecnologias de comunicação e informação fundamentadas
na microelectrónica e em redes digitais de computadores que geram, processam e distribuem
informação a partir de conhecimento acumulado nos nós dessas redes. A rede é a estrutura
formal. É um sistema de nós interligados. E os nós são, em linguagem formal, os pontos onde a
curva se intersecta a si própria. As redes são estruturas abertas que evoluem acrescentando ou
removendo nós de acordo com as mudanças necessárias dos programas que conseguem atingir os
objectivos de performance para a rede. Estes programas são decididos socialmente fora da rede
mas a partir do momento em que são inscritos na lógica da rede, a rede vai seguir eficientemente
essas instruções, acrescentando, apagando e reconfigurando, até que um novo programa substitua
ou modifique os códigos que comandam esse sistema operativo.
9

4. Referências bibliográficas

CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. In: A Sociedade em


rede. São Paulo : Paz e Terra, 2000. v. 1.

GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas: 2002.

TIFFIN, John, RAJASINGHAM, Lalita. In: Search for the virtual class: education in an
Information Society. London : Routledge, 1995.

Você também pode gostar